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8/9/2019 18974704 Apostila Ramatis 21 O Fenomeno Da Obsessao http://slidepdf.com/reader/full/18974704-apostila-ramatis-21-o-fenomeno-da-obsessao 1/24  FRATERNIDADE RAMATÍS DE CURITIBA CURSO "PREPARANDO-SE PARA O TERCEIRO MILÊNIO" 1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís O FENÔMENO DA OBSESSÃO  1. SUBTÍTULO  1.1 AFASTAMENTO COMPULSÓRIO DOS OBSESSORES Alguns trabalhos de intercâmbio mediúnico especializado adotam recursos em que os espíritos obsessores são afastados compulsoriamente de junto dos seus obsidiados e impedidos de agir malignamente. Certos espiritualistas afirmam que é de salutar eficiência esse tipo de trabalho, geralmente de terreiro, em que os espíritos atormentadores são tolhidos em sua ação nefasta sobre suas vítimas encarnadas. Entretanto inúmeras vezes os instrutores espirituais tem advertido de que a singela providência de que "afastar as moscas das feridas" não é suficiente para estas serem curadas. Da mesma forma, o afastamento forçado do obsessor de junto de sua vítima obsidiada também não soluciona certos problemas psíquicos dolorosos, que há muitos séculos se enraízam devido à crueldade e vingança de ambas as partes. Essa providência draconiana é bem semelhante ao efeito da injeção violenta: enquanto persiste a sua ação no organismo físico, há cura aparente e contemporiza-se o sintoma doloroso, mas isso não é a remoção da causa oculta da enfermidade. O obsessor afastado violentamente de junto do obsediado apenas aguarda o ensejo oportuno para retornar ainda mais enfurecido sobre a vítima, e continuar a sua vingança odiosa. Certos espíritos vingativos, astutos e maquiavélicos fingem aderir às imposições violentas que os forçam a deixar suas vítimas cármicas, mas depois vigiam-nas incessantemente, espreitando o momento de feri-las de modo a aniquilarem-nas sem qualquer possibilidade de recuperação. Muitas vezes já se manifesta entre os encarnados o júbilo decorrente da conversão e do arrependimento lacrimoso do obsessor que foi afastado por um caboclo de Ogum ou de Oxossi, quando ele então faz desabar o seu derradeiro ataque e logra a sua vingança homicida! Aqui, lança o desafeto sob as rodas do veículo pesado; ali, invalida a vítima para o resto da existência no acidente inevitável; acolá, fere-a profundamente no afeta mais querido ou destruí-lhes os bens terrenos.  

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FRATERNIDADE RAMATÍS DE CURITIBA

CURSO "PREPARANDO-SE PARA O TERCEIRO MILÊNIO"1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís

O FENÔMENO DA OBSESSÃO 1. SUBTÍTULO

 

1.1 AFASTAMENTO COMPULSÓRIO DOS OBSESSORES

Alguns trabalhos de intercâmbio mediúnico especializado adotam recursos em que os espíritosobsessores são afastados compulsoriamente de junto dos seus obsidiados e impedidos de agir 

malignamente.

Certos espiritualistas afirmam que é de salutar eficiência esse tipo de trabalho, geralmente deterreiro, em que os espíritos atormentadores são tolhidos em sua ação nefasta sobre suas vítimasencarnadas.

Entretanto inúmeras vezes os instrutores espirituais tem advertido de que a singela providência deque "afastar as moscas das feridas" não é suficiente para estas serem curadas. Da mesma forma,o afastamento forçado do obsessor de junto de sua vítima obsidiada também não solucionacertos problemas psíquicos dolorosos, que há muitos séculos se enraízam devido à crueldade evingança de ambas as partes.

Essa providência draconiana é bem semelhante ao efeito da injeção violenta: enquanto persiste asua ação no organismo físico, há cura aparente e contemporiza-se o sintoma doloroso, mas issonão é a remoção da causa oculta da enfermidade.

O obsessor afastado violentamente de junto do obsediado apenas aguarda o ensejooportuno para retornar ainda mais enfurecido sobre a vítima, e continuar a suavingança odiosa.

Certos espíritos vingativos, astutos e maquiavélicos fingem aderir às imposições violentas que osforçam a deixar suas vítimas cármicas, mas depois vigiam-nas incessantemente, espreitando omomento de feri-las de modo a aniquilarem-nas sem qualquer possibilidade de recuperação.

Muitas vezes já se manifesta entre os encarnados o júbilo decorrente da conversão e doarrependimento lacrimoso do obsessor que foi afastado por um caboclo de Ogum ou de Oxossi,quando ele então faz desabar o seu derradeiro ataque e logra a sua vingança homicida! Aqui, lançao desafeto sob as rodas do veículo pesado; ali, invalida a vítima para o resto da existência noacidente inevitável; acolá, fere-a profundamente no afeta mais querido ou destruí-lhes os bensterrenos.

 

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Não se soluciona o problema da obsessão pelo simples afastamento dos espíritosobsessores, nem impedindo-os de se aproximarem de suas vítimas.

Esse recurso intempestivo não liquida a responsabilidade cármica e recíproca, em que ambos,vítima e algoz, encontram-se enleados na rede de ódios e desforras cruéis. Esse recurso apenasresolve temporariamente o problema, mas não o soluciona; persistindo o ódio como a causada enfermidade espiritual, sem dúvida retorna o perseguidor, assim como as moscas retornamsobre a ferida mal cheirosa.

Só a conversão simultânea do obsessor e obsediado é que realmente proporciona asolução espiritual que a violência e a força nunca poderão resolver.

Há casos tão impiedosos, pr parte de espíritos obsessores tão cruéis, sobre as suas vítimas, quemuitos acham razoável o emprego da força e da disciplina férrea com que, por exemplo, certossilvícolas dominam violentamente essas vontades maldosas e tão destrutivas.

Entretanto, não consta que Buda, Krishna, Ramakrishna, Maharshi, Gandhi, Vicente de Paula,Francisco de Assis, e principalmente Jesus, espíritos que renunciaram as gloríolas terrenas para sedevotar ao bem do próximo, tenham sido vítimas das entidades obsessoras sediadas no mundooculto. Allan Kardec foi uma das criaturas que mais lidaram com espíritos de todos os matizes egraus espirituais, enquanto também enfrentava a companhia difamante do clero e dos pseudocientistas da época. No entanto, nenhum espírito desencarnado malévolo e cruel conseguiu atacar o codificador do Espiritismo, ou firmar as bases para quaisquer empreendimentos obsessivos.

De acordo com os princípios justos da Lei do Carma, a interferência de espíritos cruéis eenfurecidos, tentando obsidiar os encarnados, não é acontecimento acidental ou proceder injusto,mas apenas o efeito de alguma causa infeliz ou trágica do passado. Foi o próprio obsidiadoque engendrou as conseqüências dolorosas que depois vem o sofrer; ele também feriu ou traiuaquele que o persegue.

A lei retificadora de tais casos, Jesus a enunciou claramente, quando advertiu que "quem com ferrofere, com ferro será ferido", ou seja, o equivalente ao próprio adágio terrícola, de "quem semeiaventos, colhe tempestades".

Não há injustiças no mecanismo ordeiro da evolução espiritual criada por Deus;ninguém será perseguido, maltratado ou enganado, salvo por sua própria imprudênciaou culpa pregressa.

Malgrado se possa comparar um obsessor cruel a um tigre feroz e rebelde a qualquer providênciaamorosa, não há dúvida de que sua vítima é a principal culpada de atraí-lo à sua presença, emface dos prejuízos que também o fez sofrer no passado.

O castigo ou a prisão não apagam as chamas do ódio que alimentam os espíritos em mútuoprocesso obsessivo, onde um deles leva vantagem de operar do Invisível. Só há um recurso ousolução: o amor pregado pelo Cristo, e que converte até as feras.

 

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O espírito perseguidor e cruel é apenas o credor que regressa para cobrar suas dívidas, exigindoos juros escorchantes da chantagem de que foi vítima no passado.

Infelizmente, mesmo entre alguns espíritas estudiosos da doutrina, ainda se alimenta odiosa

animosidade para com o obsessor sediado no além, enquanto se procura ignorar o ódio, airascibilidade e a blasfêmia da própria vítima, que assim tenta ignorar suas culpas pregressas.

A família do obsidiado tenta liquidar o problema aflitivo e incômodo a qualquer preço e modo; paraisso, move terra e céus com o fito de afastar o obsessor ou, se possível, liquidá-lo.

Raramente os prejudicados reconhecem os gritos de ódio, os propósitos de vingançae o desespero espiritual que vai na alma daquele que foi a vítima de ontem.

Poucos são aqueles que se dispõem a conquistar o coração daquele que os persegue, pois tentamignorar suas culpas pregressas e fugir a responsabilidade cármica.

Até que os laços atados pelo ódio sejam desatados pelos sentimentos sublimes do amor  e daternura crística, o problema obsessivo continuará insolúvel, prolongando-se reciprocamente por outras existências futuras e na erraticidade do Espaço, sob a condenável perda de tempo, em quese retarda tanto a ventura espiritual do obsessor como a do obsidiado.

É inútil afastar com violência os obsessores, caso suas vítimas ainda não passem de imãs vivos,cuja vibração odiosa insiste em atrais os seus perseguidores.

É prematura qualquer intervenção compulsória no mecanismo da obsessão, sem que haja sidoiniciada a reforma íntima e espiritual, ou do obsessor ou do obsidiado , pois isso seria omesmo que tentar afastar as moscas de um prato com mel que está ao seu alcance.

Muitos trabalhos de terreiro tem comprovado curas de obsessões, graças a atuação ed silvícolas eafricanos desencarnado, que empregam para esse fim um sistema vigoroso e decididamentecorretivo, chegando em alguns casos a afastar obsessores renitentes, em apenas duas ou trêssessões, que, havia alguns anos, desafiavam os recursos comuns das doutrinações.

Entretanto, a retirada obrigatória do espírito obsessor, de junto de sua vítima, não resolve

 problemas obscuros, cujas raízes podem estar fixadas há muitos séculos, num passado repletode tropelias e crueldades recíprocas! Esse processo mais se assemelha ao efeito da injeçãocalmante no corpo físico, que pode contemporizar o efeito doloroso, mas não soluciona a causaoculta da enfermidade.

Em todas as comunidades do Além, que se dedicam às tarefas benfeitoras de cura e tratamentodesobsessivo, só se emprega uma "técnica espiritual": o despertamento incondicional do amor! 

Seguindo os passos e o exemplo de Jesus, que se entregou até em holocausto na cruz torturante,também a Espiritualidade cuida de curar todos os sofrimentos cruciantes das almas embrutecidas,aplicando-lhes a mesma terapêutica do amor incondicional, que é capaz de conquistar os corações

mais empedernidos.

 

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O amor não se impõe pelo palavreado rebuscado, nem pelo gesto compungido; paraser profundo, há de ser sentido e ofertado vivamente pela angústia de servir, pois nãosendo assim desintegra-se na crosta dos corações duros.

Os mentores espirituais de alta experimentação sideral consideram que só existe uma soluçãológica e sensata para esse acontecimento confrangedor, como o processo mais eficiente para otratamento da obsessão: converter simultaneamente o obsessor e o obsediado aos postulados amorosos do Cristo! 

Pouco adianta afastar espíritos perseguidores e impedi-los de se aproximarem de suas vítimas,pois esse processo violenta, mas não soluciona a execução da lei de "causa e efeito"; a soluçãoproblema fica em suspenso e, sem ela, a "enfermidade" espiritual voltará da mesma forma comovoltam as moscas às feridas, logo depois de enxotadas.

Em breve, obsidiado e obsessor envolver-se-ão novamente através dos velhos laços do ódioinsatisfeito e ainda superexcitados pelo desencarnado, enquanto o perseguido também vibra contrao seu algoz das sombras.

A cura requer o desatamento espontâneo das algemas que os prendem há longo tempo, e isso sóserá possível pela força do perdão e da humildade.

1.2 CURSOS NO ASTRAL ESPECIALIZADOS NO PREPARO TÉCNICO DE ESPÍRITOS PARA OATENDIMENTO AOS CASOS DE OBSESSÃO

Uma das questões mais dolorosas e de difícil solução para os espíritos benfeitores é justamente areferente à obsessão, pois não há número suficiente de espíritos adestrados para solucionaremcompletamente esse problema tão complexo. A humanidade terrícola, por sua vez, aumentaassustadoramente as oportunidades delituosas, e que ainda auxilia a execranda atividadeobsessora das entidades trevosas, sobre a crosta.

Se as próprias organizações do astral inferior, disciplinam a sua ação nefasta e possuem cursosque ministram ensinamentos astuciosos, preparando espíritos sagazes para o domínio e aexploração das criaturas débeis de vontade e escravos das paixões animais, o serviço do bem, queé ainda mais completo e delicado, também possui as suas instituições adequadas, para melhor êxito de sua ação benfeitora.

Nestas existem cursos, supervisionados pelos espíritos benfeitores, de estudos inteligentíssimos eincessantemente progressivos, baseados no conhecimento avançado da anatomia e fisiologia docorpo humano e sobre as mais sutis manifestações do sistema nervoso e endócrino, a fim dese conhecerem todas as vulnerabilidades e os efeitos orgânicos que resultam nas vítimas dasobsessões.

Os espíritos que se devotam à cura de obsediados tanto precisam conhecer a naturezadas emissões magnéticas que podem beneficiar as vítimas das obsessões, como

também as energias venenosas produzidas por esse processo vil durante o mórbidoentrelaçamento entre o cérebro perispiritual e o cérebro físico.

 

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Esses cursos, esquematizados por geniais cientistas siderais, requerem almas corajosas e devontade bastante desenvolvida, que aliem ainda a estas qualidades excepcionais os maiselevados sentimentos de bondade, tolerância e pureza de intenções.

Em face dessas exigências, torna-se dificílimo conseguir-se o número suficiente de equipes

especializadas para neutralizar definitivamente a nefasta ação dos espíritos vingativos sobre osencarnados. É serviço de vulto, que já teria desanimado completamente outras criaturas que nãopossuíssem o heroísmo e a perseverança das almas benfeitoras das comunidades superiores.

Quase nada se pode fazer quando tanto os desencarnados como os próprios encarnados seenleiam perigosamente nas malhas de suas paixões denegridas, permanecendo durante séculos ase vingarem reciprocamente, manietados à mútua expiação obsessiva e atravessando existênciapor existência nessa dolorosa e execrável flagelação.

E assim o detestável círculo vicioso prossegue; ora os que assumem a figura de algozes evingadores exploram suas vítimas, certos de sua desforra; ora estas se compensam sugando até a

última gota das forças vitais e psíquicas dos seus desafetos do passado!

Mesmo que houvesse número suficiente de técnicos ou de servidores habilitados para atender aoscasos de obsessões, esse problema tão doloroso não se solucionaria de modo rápido, porquemuitas das vítimas e dos algozes que se acham mútua e obsessivamente enredados pelos laçosde ódio e da vingança, ainda requerem alguns lustros para que então se efetue a sua libertaçãoespiritual.

Embora a Lei Cármica, que disciplina todas as ações de causa e efeito para a Ventura Espiritual,tenha uma técnica e seja um processo inflexível na sua execução, são as próprias almas culposasque marcam realmente o seu tempo de funcionamento, para a devida retificação psíquica.

É de lei sideral que aquilo que foi atado na Terra, também nesta deverá ser desatado!

Os mentores e os técnicos espirituais não podem intervir e violentar drasticamente esse círculovicioso de mútua obsessão entre os terrícolas, ainda incapazes da humildade e do perdão, e que oreforçam com a vaidade, o orgulho, o ódio, a crueldade e a vingança, distanciados, como estão, daterapêutica evangélica criada por Jesus.

Considerando-se que o obsessor e o obsidiados são dois enfermos que se digladiam mutuamente,em terrível crise de amargura gerada pelo ódio ou pela vingança, é óbvio que o tratamento maiseficaz exige que sejam drenados os tóxicos que lhes corroem a intimidade psíquica , paraque depois se possa substituí-las pelo bálsamo abençoado que provém do amor e do perdão.

Os cursos especializados no Espaço, responsáveis pelo aprendizado e preparo de espíritosdestinados a atender os casos graves de obsessões e fascinação dos encarnados, funcionamquase sempre nos departamentos de auxílio espiritual, localizados no seio das instituiçõesreencarnatórias.

Nos cursos de cura de obsessões, que funcionam nas comunidades astrais, embora os alunos se

devotem a avançado conhecimento psicológico espiritual e cientificamente transcendental,primeiramente cuidam de todos os anelos superiores do sentimento do espírito imortal, para que oêxito da cura das enfermidades psíquicas seja melhor conseguida pela terapia elevada do Amor.

 

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O roteiro de estudos estabelecidos pelos cientistas siderais no Além, para o serviço de cura dasobsessões, os seus quadros didáticos, com as suas complexas experimentações, escapam ainda aleitura comum.

Nos cursos de desobsessões mantidos no Espaço, o estudo psicológico, necessário aos espíritos

que os freqüentam, não podem ser dispensados, pois se assim fosse, também não haverianecessidade de que os espíritos diabólicos das sombras freqüentassem cursos de psicologiahumana, para rebuscarem as válvulas das debilidades espirituais das futuras vítimas de suastorpezas e vampirismos.

Inúmeras contradições e sutilidades psíquicas, que escapam a percepção do espírito encarnado,os astutos das trevas conseguem explorar tão sorrateiramente, que só depois de suadesencarnação é que se consegue avaliar com indizível espanto o seu trabalho.

Trata-se de estados íntimos tão dissimulados no recesso do psiquismo humano, que somente nãoos ignora o homem dotado de profundo senso de autocrítica espiritual muito aguçada.

O homem Terreno, devido à sua grande ignorância espiritual, ainda é muito influenciado pelo meioem que habita, e ao qual se apega com excessivo prejuízo para sua futura libertação.

Ele vive no cenário da Terra algo hipnotizado pelos seus interesses egocêntricos e paixõesviolentas; encarcera-se nas grades das prisões econômicas, para cercar-se de bens que terá deabandonar à beira do túmulo, ao mesmo tempo que fica algemado ao sentimentalismo que o ligaegoisticamente a parente consangüínea.

Raras criaturas se decidem pelo reino do Cristo, tentando se libertar das formas domundo material e reconhecer que a verdadeira família é constituída por toda ahumanidade.

E como o homem terreno ainda possui em sua estrutura psíquica fragmentos de todos os vícios evulnerabilidades perigosas provindas de sua herança animal, fragilmente reprimidas pelas leissociais, torna-se débil instrumento que, habilmente explorado, pode materializar na crosta avontade pervertida dos espíritos inferiores.

Nos "cursos" de psicologia humana freqüentados pelos espíritos das sombras, os comandos

trevosos realizam estudos minuciosos sobre todas as tendências prejudiciais humanas,pesquisando as vontades fracas, e procurando os escravos dos preconceitos e convençõesmundanas, para depois vampirizá-los em sua vitalidade psíquica.

Muitas vezes, eles organizam cuidadosos relatórios das prováveis vítimas a serem obsidiadas,examinando todas as suas reações nos campos de sua manifestação física e natureza moral desuas reflexões inferiores. Assim não lhes custa muito descobrir um desejo mais vigoroso ouimprudente, que possa servir como um "detonador psíquico" procurado para a concretização dosseus objetivos sombrios.

Esse desejo muitas vezes palpita como um ideal oculto no âmago da futura vítima, podendo ser 

uma ansiedade permanente por algum objetivo de auto-exaltação perigosa, na esfera social,política ou no comando da vida, disfarçando talvez uma vaidade exuberante ou um orgulhoimplacável.

 

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É algo persistente que domina pouco a pouco a criatura e supera todos os demais desejos eobjetivos acidentais; desenvolve-se sub-repticiamente, à revelia do seu próprio portador.

Quantos tiranos, caudilhos, magnatas desonestos e vultos atrabiliários da história viram-se alçadosrapidamente às posições mais perigosas ou prestigiosas do mundo, apenas porque descobriram a

sua força e o seu desejo vigoroso, oculto no subjetivismo da alma, e os atiçaram à medida que seformava o clima eletivo para sua eclosão definitiva!

1.3 XXXXXXXXXXXXXXX

Toda alma desequilibrada se torna um repasto fácil para os desencarnados viciosos e vingativos,que agem ardilosamente do astral inferior.

Os obsessores tanto agem por sua conta própria, exercendo suas vinganças e explorando osincautos terrenos, como também desempenham encargos e "missões" vingativas, em serviço

alheio, aceitando a função execrável de instrumentos de desforras dos outros.

Esses espíritos malfeitores revezam-se em suas próprias crueldades e vinganças, num trabalhorecíproco, organizado e incessante, que exercem do além sobre os encarnados, contra os quaistramam as mais hábeis artimanhas diabólicas, através da orientação técnica e experimentação dosveteranos.

1.4 XXXXXXXXXXXXXXX

O perispírito é um conjunto de natureza vital poderosíssima e de intensa atividade no seu plano

eletivo do mundo astral, sendo organização levíssima e de tão assombrosa elasticidade, que reageimediatamente a mais sutil cogitação mental do espírito, por cujo motivo é extraordinariamenteinfluenciável pela natureza dos pensamentos bons ou maus das entidades desencarnadas.

É exatamente no perispírito onde tanto podem atuar os espíritos benfeitores como os malfeitores,isso dependendo, sem dúvida, da natureza elevada ou inferior das simpatias psíquicas de cadaum.

Os espiritualistas encarnados, que pretendem lograr êxito na solução dos casos de obsessão,precisam conhecer melhor os sistemas orgânicos que constituem o corpo físico, assim como seespecializar no conhecimento da complexa fisiologia do  perispírito.  É necessário que se

investiguem atenciosamente todos os fenômenos que, durante as obsessões, provocam adesarmonia entre o veículo físico e o perispírito.

Na possessão completa, em que o algoz e a vítima se entrelaçam através de inextrimável redefluídica, constituindo a ponte ou elo responsável pela troca recíproca de sentimentos, emoções,pensamentos e impulsos psicológicos, não basta localizar o acontecimento apenas no quadropatológico de obsessão já conhecida, mas é preciso que sejam identificadas perfeitamente asinúmeras sutilidades e diferenças psíquicas pessoais, que variam sempre de caso para caso,embora aparentemente semelhantes entre si.

 

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Cada processo de obsessão apresenta um conjunto de manifestações individuaisdistintas, porquanto cada alma é um mundo à parte, oferecendo reações diferentes emtodos os espíritos.

Daí, pois, a necessidade de se aliar ao sentimento amoroso fundamental, o conhecimentocientífico, embora na cura espiritual o "saber" ou a "técnica no agir" sejam fatores secundários ao"sentir", que encerra a técnica de amar e servir!

O estudo científico da obsessão no mundo astral apresenta melhor resultado quando feito por espíritos que foram médiuns na Terra pois, evidentemente, os melhores trabalhadores que noEspaço se dedicam ao tratamento da obsessão são justamente aqueles que ainda conseguem unir os seus elevados sentimentos ao tirocínio médico sensato, que cultivaram com devotamento emexistência pregressa.

Em virtude dos seus conhecimentos avançados de anatomia e fisiologia carnal, eles encontrammaiores facilidades para estudar as "contrapartes astrais" do perispírito e das matrizes astrais docorpo humano. O cérebro de carne, que comanda as funções do organismo físico, não passa eduma cópia bem acanhada do cérebro do perispírito, que é o verdadeiro responsável pelo admirávelmecanismo das operações mentais.

Embora o "duplo", ou seja, a cópia ou a duplicata espiritual do cérebro físico funcione em outrocampo vibratório sutilíssimo, como é o mundo astral dos desencarnados, ele possui contornos edetalhes ainda mais perfeito e precisos que os do cérebro do homem encarnado. Por isto, o médicoou o homem que conhece satisfatoriamente a anatomia e fisiologia do corpo humano se integracom mais facilidade nos cursos de anatomia perispiritual, tornando-se mais competente paraoperar e servir no campo das obsessões.

Em face da complexidade e pelo fato de sobreviver à dissolução do cérebro de carne, é sempre oinstrumento mais lesado em qualquer acontecimento psíquico daninho, por cujo motivo exige que oestudem em cursos disciplinados no mundo astral, a fim de que se possa dar solução inteligente edefinitiva aos processos obsessivos de que é vítima.

Esses cursos assemelham-se um tanto aos que são exigidos para os especialistas nas instituiçõesmédicas da Terra, que só aceitam membros credenciados em cursos especiais, variando apenasquanto à exigência dos mais elevados sentimentos evangélicos, como base terapêutica principal

para cura de obsidiados e conversão de obsessores.Daí os múltiplos problemas complexos e dolorosos que oferecem os infindáveis casos deobsessões e fascinações.

Durante a execrável função obsessiva e a troca de poderosas energias magnéticassubvertidas, fica lesado o maravilhoso patrimônio do cérebro perispiritual, tornando-seinfeliz depósito de venenos produzidos pela mente satanizada e o odioso desejo devingança.

É por isso que nas instituições astrais, devotados ao serviço de desobsessão, estuda-se o assuntodesde a mais diminuta influência mental, que varia potencialmente em cada obsessor, quando atuasobre a região cérebro-nervosa de suas vítimas. 

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Na realidade, o cérebro do obsessor casa-se ao cérebro da vítima sob o efeito da maisdegradante simbiose, e por isso o tempo de cura varia para cada caso, tanto quanto tenha sido aintensidade vibratória da influência maligna produzida pelo entrelaçamento obsessivo dos perispíritos do algoz e do obsidiado.

Não basta o conhecimento técnico do perispírito, entretanto; há necessidade de se  pesquisar também o fator psicológico. Por isso, os espíritos devotados às tarefas dedesobsessão devem conhecer satisfatoriamente os segredos da psicologia humana.

Se até os próprios espíritos malfeitores, do astral inferior, criam cursos de psicologia humana parase tornarem exímios identificadores das vulnerabilidades dos encarnados, seria bastanteincoerente que os benfeitores espirituais desprezassem tal recurso, optando só pela técnica e pelocientificismo das relações do perispírito com o corpo físico.

Trata-se de valioso e apurado estudo, imprescindível ao trabalho desobsessivo, para melhor se

apurarem os sintomas psicológicos negativos, afins às manifestações da preguiça, cupidez,vaidade, orgulho, avareza, luxúria, ciúme, crueldade ou hipocrisia, que ainda se conjugamperigosamente ao cabedal de vícios, que completa a escravidão do ser humano ao pelourinho desua própria desgraça.

Servindo-se desse potencial de forças negativas do homem encarnado, os perseguidores dassombras operam com êxito e formam elos favoráveis para servirem de algemas lançadas domundo invisível sobre o mundo carnal.

Normalmente, o homem obsediado é a criatura que amplia seus defeitos ou um vício de origemque já dormitava potencialmente na sua intimidade psíquica, e que eclode voluptuosamente sob oconvite e desejos subvertidos do comando mefistofélico dos espíritos obsessores.

1.5 XXXXXXXXXXXXXXX

é evidente que o mais obstinado em manter esse círculo vicioso é sempre o obsessor, livre noAstral; em princípio, lhe cumpriria ceder em primeiro lugar, uma vez que está ciente da imortalidadee das futuras conseqüências de seus atos.

Entretanto, nem todos os obsessores têm consciência de suas tarefas nefandas ou vingançasimpiedosas; muitos deles não passam, também, de loucos ou desesperados, que se agarramvigorosamente à vítima indefesa, como o parasita adere ao caule da árvore em crescimento,atendendo ao sagrado direito de tentar a sua sobrevivência.

A esses espíritos é melhor que seja dado o tratamento do amor e da ternura espiritual, aliviando assuas dores acerbas e as torturas psíquicas, muito antes de se pretender enxota-los de junto dosinvigilantes encarnados, que os atraem continuamente pelos seus próprios vícios e ociosidadeespiritual.

Algoz e vítima, ambos doentes, pedem a mesma medicação que o Sublime Jesus receitou semrebuços: "Faze aos outros o que querem que te façam!"

1.6 XXXXXXXXXXXXXXX

 

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Obsessão é o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Segundo o graued constrangimento e a natureza dos efeitos que produz, a obsessão pode ser: obsessão simples,fascinação e subjugação.

1.7 INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS DESENCARNADOS SOBRE OS ENCARNADOS

Todo o homem é médium em potencial, e tanto pode relacionar-se ostensivamente com osdesencarnados pela fenomenologia mediúnica visível do mundo material, como recepciona-los naintimidade de sua consciência moral.

Pelo fato de todas as criaturas serem médiuns, elas também sofrem a influência incessante dosespíritos desencarnados e, por isso, sujeitam-se constantemente tanto à inspiração do bem comoaos estímulos do mal, devido a essa sintonia mediúnica.

A realidade da vida, criada por Deus desde o início a humanidade, obedece ao seguinte princípio

imutável: "os homens bons atraem os bons espíritos e os homens maus atraem os mausespíritos". Essas relações exercem-se através da afinidade eletiva, que é responsável pelaatração e harmonia entre os astros, tanto quanto rege a simpatia entre as substâncias e o amor entre os homens.

Em face de tal premissa, que regula a afeição, a atração ou o entendimento entre todasas coisas da obra criada por Deus, só existe oportunidade para os encarnadossofrerem a má atuação dos espíritos desencarnados quando também perdem o sensodiretivo de seu comando espiritual na matéria, para cede-lo a outrem mal-intencionado.

Sem dúvida, isso só acontece para aqueles que se afastam dos ensinamentos crísticos da vidasuperior que foram divulgados e apregoados a todos os povos por instrutores adequados a cadaraça, índole psicológica e até senso artístico, tal como fizeram Hermes, no Egito, Antúlio, naAtlântida, Zoroastro, na Pérsia, Krishna e Rama, na Índia, Confúcio, na China, Pitágoras, naGrécia, e o inconfundível Jesus, na Judéia.

Quando deixar seu corpo na cova terrena, o homem será então espírito desencarnado, tãobenfeitor ou malfeitor quanto já é no trato das paixões, dos vícios ou das virtudes esposadas nasuperfície do mundo físico.

Aqueles que conhecem o roteiro que os pode distanciar da companhia ou do domínio daqueles queainda se alimentam no banquete detestável das iguarias viciosas do mundo animal, sabem que osdesencarnados respiram por afinidade o "hálito-mental" e sintonizam-se com a esfera emotivados encarnados em conformidade com que se lhes é oferecido o alimento adequado: ou eles senutrem com os terráqueos na efervescência das paixões delituosas, ou intercambiam com estes asemoções e os pensamentos crísticos recepcionados na esfera do Cristo.

Assim como os germes nocivos são atraídos pela deterioração da fruta podre, os espíritos malintencionados também acodem pressurosos para junto daqueles que lhes fornecem o alimentoimpuro e adequado.

Sem dúvida, há possibilidade de todos os "vivos" serem influenciados pelos espíritosdesencarnados, que os espreitam incessantemente, valendo-se de qualquer suscetibilidadepsíquica ou vulnerabilidade moral para se insinuarem em suas intenções malévolas.

 

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Paulo de Tarso, em epístola aos Romanos, faz uma das mais vivas afirmações disso, quandoproclama: "Estamos cercados de nuvens de testemunhas", confirmando que os homens estãocercados de massas de espíritos que os vigiam em todos os seus atos e atividades da vida física.

É certo que nem todos os homens percebem psiquicamente a presença dos desencarnados, oudistinguirem fluidicamente os bons dos maus espíritos, por cujo motivo afirmam-se completamenteisentos de qualquer sensibilidade mediúnica.

Na verdade, o acontecimento é bem mais comum do que eles pensam, pois é constante a açãoou atuação dos espíritos no seio da atividade humana dos encarnados.

Embora todas as criaturas sejam médiuns, a sua maior ou menor sintonia com osespíritos desencarnados também depende da natureza de sua sensibilidade mediúnicainferior ou superior.

Muitas pessoas, que se acreditam insensíveis à influência oculta do Além, mal sabem que há muitotempo são o prolongamento vivo de alguns desencarnados astutos e maus, reproduzindo nocenário do mundo físico os seus desejos subvertidos. Tudo é uma questão de afinidade eletiva,em que os vivos sintonizam-se com os mortos, conforme o seu padrão mental e a natureza dosseus sentimentos cultuados na vida humana.

É preciso não esquecer que os espíritos desencarnados, que em sua maioria ainda se arrastamsobre a superfície terrena, algemados às paixões e aos desejos carnais insatisfeitos, não sedevotam aos objetivos elevados, nem mesmo se preocupam em melhorar sua própria situaçãoaflitiva ou condenável no Além.

Alguns deles vagueiam vítimas de sua própria incúria espiritual e escravos das emoções animaisprimitivas, conseqüentes ao desleixo e desinteresse por sua própria sorte; outros, bastanteexperimentados nos labores repulsivos da obsessão e da perfídia,  procuram intrometer-se navida material dos encarnados, insuflando-lhes idéias errôneas e orientações confusas, a fim deos levar ao ridículo e ao desespero; não recuam diante dos maiores obstáculos, desde que possamprejudicar a estabilidade moral das criaturas ou minar-lhes a situação financeira.

Ociosos, exigentes, sensuais e escravos dos vícios terrenos, vampirizam as energias alheias,

fazendo de suas vítimas na carne o prolongamento vivo e vicioso com que saciam algo de suaspaixões impuras.

Entretanto, no seio da massa de espíritos levianos, malévolos e viciados, infiltram-se algumasalmas benfeitoras, dispondo-se à luta heróica para converter esses desventurados das sombrasamenizar-lhes também a ação perniciosa sobre os encarnados. São essas almas que, emergindodo mundo oculto, inspiram as criaturas para o Bem e tudo fazem para ajudá-las na soluçãobenfeitora dos problemas justos da vida humana, no esforço de libertarem o homem da tristeza dasvidas planetárias.

Infelizmente, enquanto um espírito consegue desviar o homem da senda tortuosa, há sempre

dezenas de outras almas subvertidas que tudo fazem para arrasta-lo aos piores deslizes eequívocos espirituais.

 

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A resistência ou imunização contra os espíritos malfeitores do Além, portanto, dependeexclusivamente dos encarnados.

Só o procedimento superior, o afastamento dos vícios estigmatizantes e das

iniqüidades humanas é que sintonizam o homem à faixa sideral dos seres angélicos eo protegem contra os espíritos imperfeitos ou maus.

Sob esse enfoque, obsessão, do ponto de vista espiritual, de forma ampla, então pode ser entendida como um processo em que uma criatura encarnada sofre má influenciação de umespírito desencarnado, em diferentes graus de intervenção ou constrangimento.

Segundo esses graus de constrangimento impostos aos encarnados, e a natureza dos efeitosneles produzidos, a obsessão espiritual pode se dar em diferentes categorias ou níveis deinfluenciação, cujas principais variedades foram classificadas por Kardec como obsessão simples,

fascinação e subjugação (ou possessão).

1.7.1 AUTO-OBSESSÃO (OBSESSÃO PSICOLÓGICA) x INFLUENCIAÇÃO ESPIRITUAL

Sob o enfoque psicológico do ser encarnado, o vocábulo "obsidiado" encerra uma definição desentido mais amplo, pois também define aquele que já se encontra dominado por um desejoveemente, uma idéia fixa, ou é vítima de impulsos violentos e incontroláveis

O estado obsessivo pode ser proveniente da angústia implacável do homem para obter a todocusto um cargo público, um posto de destaque nas esferas sociais ou artísticas, da cupidezinsofreável pelo prestígio público, a cegueira pela fortuna fácil, ou a escravidão a uma paixãoindomável.

O desgoverno psíquico, a teimosia incessante para se possuir algo a qualquer peço, também cria oestado obsessivo (obsessão psicológica), diferindo apenas da obsessão espiritual pelo fato de quesão os objetivos, as ambições ou as sensações mundanas ou desagradáveis que então sãotomadas como entidades obsessoras, até que, por fim, se forma o alicerce tão desejado, para aeficiente e solerte investida dos perseguidores e gozadores das sombras.

Que é o fumante inveterado senão o obsidiado pelo fumo; o alcoólatra pelo álcool e o transviadopelos entorpecentes! Há mulheres que exaurem as rendas copiosas dos seus maridos, para o cultoexagerado e obsediante do luxo e da vaidade pessoal; certos homens extinguem a própria fortunaobsediados pelo amor-próprio ou pelo desejo de ganhar alguma ação judicial impetrada por qualquer banalidade ofensiva às suas convicções de honra e tradição da família!

Criaturas fortes, sadias e libertas de preocupações aceitam o jugo obsessivo da preguiça,esquecidas de empreender movimentos que dinamizem a alma no socorro à infelicidade alheia;homens sensuais cercam-se de bens, mas colocam a fortuna à disposição do prazer genésico,esquecidos de que, se só atendem as exigências do corpo, atrofiam a vitalidade psíquica.

Que é tudo isso, senão várias formas de auto-obsessão, que oferecem ótimos ensejos para que

os malfeitores das trevas operem com êxito sobre infelizes que já perderam a sua liberdade epassam a viver algemados às suas próprias criações mentais fascinantes!

 

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1.7.2 "ENCOSTOS"

Parte da multidão de criaturas miseravelmente amontoadas nos subúrbios das cidades do astralinferior constitui reserva mórbida, recém-chegada, em fase de aproveitamento que é endereçadaao serviço diabólico de obsessão metodizado.

Aqueles que depois de terem servido como repasto deletérios em processos infames, jáforam esgotados sob nefandos propósitos, são abandonados e enxotados para as furnastenebrosas de répteis e vermes das matas circunvizinhas do astral inóspito, enquanto novas levas,que compensam a carga exaurida, destinam-se aos abomináveis processos de vampirização enutrição vital nos labores de ataques aos encarnados.

Depois de avançados trabalhos de magia, os técnicos das sombras colam os espíritos doentes erecém-chegados ao perispírito daqueles que foram visados para obsessão na Terra, quer o pedidode magos negros ou feiticeiros da Terra, quer por interesse da comunidade astral.

Então esses infelizes desencarnados ficam jungidos à organização perispiritual dos terrenos,desempenhando a tenebrosa tarefa de transmitir ou filtrar para o corpo da vítima encarnada osmiasmas da própria moléstia que os vitimara na carne.

É por isso que a medicina terrena se vê impotente ante estranhas enfermidades incuráveis equadros patológicos desanimadores, pois a causa principal quase sempre reside nessa "colagemperispiritual" entre um desencarnado enfermiço e um encarnado sadio, em face da invigilânciamoral e evangélica deste último.

Quando os malfeitores das sombras envolvem a criatura, devido à sua negligência espiritual eescravidão às paixões aniquilantes, só as forças íntimas da oração e a renovação espiritual

poderão efetuar a libertação da obsessão ou do vampirismo, que não será conseguida de modoalgum com injeções, drágeas ou cirurgia intempestiva!

1.7.3 INTERVENÇÃO DELIBERADA DE GUIAS ESPIRITUAIS SOBRE OS SEUS ASSISTIDOS

Por vezes, os "guias" espirituais se servem dos espíritos inferiores, permitindo que eles perturbemseus pupilos encarnados, nos sentido de afasta-los, com urgência, de caprichos ou atividadesprejudiciais à sua integridade espiritual.

Em tais casos, eles agem com severidade, sem o sentimentalismo comum dos pais terrenos ante

os filhos indisciplinados, entregues a hábitos que lhes são bastante nocivos.

São recursos drásticos, mas sensatos e prudentes, com o intuito salutar de impedir os seusprotegidos de participarem da aventura pecaminosa, transações desonestas ou paixõesperniciosas. Então, os mentores espirituais recorrem aos fluídos agressivos e por vezesenfermiços, dos espíritos sofredores ou primários, a fim de reter no leito de sofrimento ascriaturas imprudentes, que não lhes ouvem as intuições benfeitoras.

Quando se faz necessário, providenciam até o acidente corretivo como recurso de urgência parainterromper as atividades nocivas e evitar que os seus tutelados sigam adiante em quaisquer objetivos nocivos a terceiros e a si próprio.

 

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Embora essas providências drásticas dos guias pareçam um tanto violentas e impiedosas, o seuobjetivo ou finalidade é obrigar as criaturas imprudentes a se afastarem dos meandros domal, evitando-lhe maiores prejuízos ao espírito já comprometido no passado.

Ainda que possa ser considerada censurável a mobilização de recursos violentos por parte dos

espíritos benfeitores, no sentido de impedirem os seus protegidos de praticar atoscomprometedores a si mesmos, eles compensam pela disciplina que impõem e se justificam pelosresultados benéficos.

Assim, eles lançam mão de meios enérgicos, enfraquecendo até a integridade física dos seuspupilos, quando eles são refratários a todas as sugestões para livra-los dos vícios, das paixõesdestruidoras ou de empreitadas perigosas. Deste modo, precisam por vezes mobiliza-los atravésdo sofrimento no leito de dor, a fim de que se desviem do pecado e não lhes aconteça coisa pior!

Muitas criaturas freqüentam os centros espíritas apenas para se livrarem do "encosto" de espíritosatrasados, que lhes tolhem a liberdade de ação e as impedem até de gozar os prazeres mais

comuns. Elas se queixam de perseguições invisíveis de "velhos adversários" do passado, masignoram que, as vezes, se trata de uma providência salutar adotada pelos seus própriosguias, no sentido de preserva-las de maiores prejuízos.

Nesses casos, os espíritos inferiores, em serviço voluntário e sob o comando de seusmentores, praticam os seus "encostos" aplicando fluídos opressivos ou incômodos,que funcionam à guisa de um "freio moderador" sobre os encarnados.

Não se trata de qualquer processo obsessivo, mas apenas de uma interferência compulsóriasobre as criaturas imprudentes, que tem por objetivo reduzir suas atividades nocivas.

Subjugadas pela carga ed fluídos entorpecentes dos espíritos inferiores, as criaturas deixam decomparecer à aventura extraconjugal censurável, faltam à jogatina viciosa e evitam os ambientesprostituídos onde domina o tóxico alcoólico! Elas sentem-se desanimadas, febris e buscam o leitode repouso, completamente indispostas ou impossibilitadas para acompanhar as libações doscompanheiros!

É óbvio que nem sempre o "encosto" é recurso providenciado pelos guias em favor dos seustutelados, pois também pode ser fruto do  processo obsessivo comandado pelos espíritos das

sombras.Mas, em ambos os casos, os fluídos incômodos ou agressivos desaparecem na sua açãoindesejável assim que as vítimas acertam sua "bússola espiritual" para objetivos sadios ebenfeitores.

Também não importa o prestígio, a responsabilidade ou a cultura do homem do mundo, pois tantoenferma entre lençóis confortáveis o rico e feliz, quanto o pobre, entre os trapos da cama tosca.

Até os anjos podem usar de métodos ríspidos, mas de proveito espiritual, assim como os paisseveros que, ante o filho rebelde que não atende aos seus conselhos, resolvem adotar 

providências mais rigorosas e eficazes.

Esses recursos drásticos e violentos, embora criticáveis em sua aparência, muitas vezes evitamque os encarnados ingressem na senda criminosa que poderia atira-los no cárcere, impede-os da

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aventura que lhes macularia o nome benquisto, evita-lhes a união ilícita com a mulher prostituta ouos afasta do negócio desonesto e de agravo contra terceiros.

O saneamento, portanto, não se refere propriamente ao corpo transitório, mas, em particular, aoespírito eterno, isto é, ao cidadão sideral. Atinge o homem rico, famoso e culto, assim como a

criatura ignorante e coberta de andrajos.

O interessante é que, devido a esses recursos drásticos mobilizados pelos guias, como aenfermidade ou o acidente de sentido educativo, as criaturas visadas não melhoram, de modoalgum, ante o socorro médico ou ante a interferência do médium. Nesse caso, é bem maisimportante e preferível permanecer doente o corpo físico, do que adoecer o espírito na prática deatividades condenáveis.

O sofrimento físico pode findar-se com a desencarnação, enquanto a saúde arruinadado espírito pode exigir alguns séculos para a sua recuperação benfeitora.

Não importam a fama e o poder do médico, do curandeiro ou do médium, no caso da doençadisciplinadora, pois ela não cederá enquanto o espírito rebelde não modificar a sua conduta para melhor! 

A doença manifesta-se teimosa e insolúvel, porque atende a um processo redentor determinadopelo Alto, só regredindo depois que o enfermo de corpo também se decide por uma vida útil ededicada aos princípios regeneradores da vida imortal.

No entanto, desde que seja da vontade dos guias, a cura será fácil e até miraculosa, pois nessecaso o doente tanto recobra a saúde com um copo d´água fluidificada prescrita por qualquer médium incipiente, assim como se recupera através do chá de erva receitado pelo caboclocurandeiro.

É certo que o médium ou curandeiro que logram esse êxito, depois podem se tornar famosos,atraindo multidões inquietas e provocando verdadeiras romarias de enfermos e mutilados. O povofacilmente os considera dotados de poderes excepcionais e capazes de salvarem as criaturas maisestropiadas. No entanto, não lhes tarda a decepção, porque se o moribundo se salva devido a umadecisão espiritual superior, obviamente ele se recuperaria sem a presença do médico oucurandeiro.

Às vezes, a enfermidade brusca e implacável lança os homens mais robustos e sadios no leito dedor, justamente às vésperas deles prejudicarem o próximo pela aventura extraconjugal, pelonegócio ilícito, ou pela empreitada política menos digna. Malgrado a sua inconformação e o seuabatimento moral, eles são obrigados a reconhecer a sua impotência ante o sofrimento redentor ea inutilidade da assistência médica.

Em verdade, os valores definitivos do espírito eterno e geralmente subestimadosdurante a saúde corporal, terminam por eclodir sob o guante da doença humilhante!

Entretanto na é só providenciando o "encosto" de espíritos atrasados que os guias conseguemafastar seus pupilos do crime, dos vícios ou das paixões perigosas. Só quando falham todos osrecursos pacíficos, é que eles então convocam certos espíritos amigos e obedientes, embora de

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graduação primária e de fluídos até mortificantes, para atuarem nos seus pupilos encarnadosrebeldes, e reprimirem as suas atividades censuráveis.

Infelizmente, ainda são raros os homens cuja conduta espiritual louvável os permite uma sintoniamais freqüente com as faixas vibratórias espirituais da intuição pura.

A instabilidade mental e emotiva, que ainda é muito comum entre as criaturas terrenas, isolam-nas das intuições salutares dos seus guias, motivo por que ainda fazem jus à disciplina corretiva edrástica capaz de estorvar-lhes os impulsos pecaminosos!

1.8 PROCESSO OU MECANISMO DE INSTALAÇÃO DA OBSESSÃO

Os magos das sombras procuram conhecer o tipo do  predominante desejo de cada criatura e aprobabilidade de lhes servir como ponto de apoio para suas maquinações diabólicas ou desforrascruéis; examinam e distinguem, pouco a pouco, todos os pensamentos que inconscientemente

podem ser produzidos por esse desejo oculto e ainda ignorado da própria vítima.

Auscultam-na através de todos os seus empreendimentos e relações, assim como lheproporcionam toda sorte de oportunidades e contatos com outras criaturas que possam atuar namesma faixa vibratória e superexcitar aquele desejo oculto, até conseguirem a sua eclosão nomundo exterior.

A vítima vai despertando lentamente ao tomar conhecimento do objetivo de sua excitação íntimaque, embora vaga, é uma força condutora tentando orientar-lhe os passos para algum ideal,realização ou programa absolutamente afim à sua índole.

Muitas vezes o passado influi vigorosamente na fixação do "desejo central", pois ainda vive naintimidade do indivíduo o eco das glórias faustosas, a força ardentes das paixões calorosas, ouentão um certo gozo, que é um prolongamento da prepotência e do comando tirânico de outrorasobre os homens.

Quando o espírito já alimenta propósitos melhores na atual existência, mas ainda é alvo dointeresse das sombras - para que não repila com veemência o seu "desejo central", que pode sechocar com a moral já condicionada aos seus projetos - os obsessores buscam enfraquecer-lheas defesas, criando ensejos de gozos e facilidades, que de início não passam de atrações algoinofensivas e, quando muito, leves pecadinhos comuns a toda a humanidade.

E assim armam perigosa equação do seu senso psicológico comum, abrindo-lhes brechas cadavez maiores e que a criatura subestima porque a sutileza e capacidade do invisível não a deixamaquilatar a proporção de prejuízo ético e o aviltamento moral que pesa sobre seus atoshipnotizados.

É o caso de certas criaturas que iniciam inocente jogatina no lar, sem interesse utilitarista ouintenção subversiva, mas gradativamente se condicionam ao vício, sem se aperceberem disso. Deum simples "passatempo" inofensivo e enquadrado na moral das criaturas, nasce a paixão viciosapela ilusão das cartas, que pouco a pouco lhes rouba o senso do comando consciente, e produz asuperexcitação da febre do jogo, capaz de leva-la aos piores desatinos.

Mas a queda pode ser de modo tão milimétrico e despercebido, que as vítimas da paixão do jogonão avaliam a metragem que já percorreram na descida de um abismo que já as separou da éticamoral, que lhes servia de garantia espiritual e sensata no mundo.

 

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Muitas ainda se zangam se alguém as adverte do extremismo perigoso em que já podem seencontrar, corroborando o velho ditado de que "o pior cego é o que não quer ver".

Igual processo se efetua sob a direção dos espíritos malfeitores, sobre aqueles que eles pretendem

fascinar, para conseguirem as suas realizações diabólicas; ativam-lhe o "desejo central"  inferior,que identificam o âmago do encarnado, dando-lhe força e excitando-lhe a imaginação, numprocesso gradativo e incessante, que muito lembra a marcha progressiva da hipnose.

Então esse "desejo central" vai aflorando à consciência desperta da vítima, pintando-lhes quadrosde realizações agradáveis e possibilidades grandiosas, e avivam-lhe o campo emotivo sobperigoso narcisismo, até que o trabalho das trevas consiga alimentar no terreno da alma a grande paixão oculta, que será doravante o motivo da fanática sedução.

Essa paixão será então o "centro hipnótico" ou o "ponto hipnótico" maligno, que absorverá toda aatenção do obsidiado; enquanto isso, os obsessores se apossam do seu sistema nervoso e

coordenam o seu campo intuitivo, para então leva-lo a servir-lhes de instrumento vivo de suasmaquinações perigosas.

Em verdade, os trevosos nada mais fazem do que explorar qualquer paixão, vício oucapacidade oculta que, na forma de "desejo central" predominante, seja o maisindicado para o cultivo na forma de paixão incontrolável.

Esse "desejo central", que serve de base tão sólida para o êxito das obsessões, corr esponde auma força passional oculta, de forte exaltação psíquica, resultante de todas as energias daconseqüentes da experimentação milenária da consciência.

É conquista que funde num só campo de forças tudo o que a alma experimentou e absorveu notrato energético com o mundo exterior; figura no âmago da consciência como sua finalidademais importante, que supera todos os demais desejos e ações que não vibram com esse "desejocentral".

Mas ele tanto pode ser o fruto de más raízes, que a consciência espiritual lançou para o fundo doseu psiquismo, como pode ser também um oceano de energias represadas que, ao romperem assuas comportas, podem acender as mais sublimes luzes messiânicas a favor da humanidade.

No subjetivismo do ser, esse desejo vai fazendo a sua investida lenta mas tenaz, porque não éforça estável, mas sim, energia inquieta à procura de expansão e domínio. Em alguns seres, asua eclosão pode cessar quando atingidas as bordas da vaidade pessoal, em conseqüência deposses econômicas ou posições sociais comuns à vida epicurista, quiçá no orgulho pessoal doscargos e gloríolas políticas, embora sem grandes expansões notórias.

Em outros, porém, é força perigosa que, ao eclodir, transforma as instituições clássicas do mundoe subverte as leis tradicionais, impondo programas tirânicos, o fausto ou a rapinagem quesacrificam o gênero humano.

Mas na alma superior, o "desejo central", embora ainda indefinido, expande-se como um potencialde reservas abençoadas, e produz as grandes renúncias e os iluminados guias da humanidade:

 

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• Francisco de Assis, quando sentiu aflorar-lhe a força íntima do seu "desejo central",consumiu-se no desempenho do serviço amoroso aos infelizes;

• Jesus, dominado pelo mesmo impulso oculto, transformou-se num vibrante instrumento vivodo heroísmo e amor, cujo potencial energético exsudou em torno da cruz do martírio, emfavor da felicidade do homem.

O "desejo central" de seres sublimes recebe o alento das hierarquias angélicas,enquanto que, nos grandes tiranos ou flagelados da humanidade, o alento parte dopoder das trevas.

Embora ainda ignorassem, no seu subjetivismo, a existência de um "desejo central" predominantesobre os demais desejos e manifestações menores da alma, palpitava no âmago do moderno jornalista chamado Benito Mussolini e do apagado ajudante de cozinha denominado Adolfo Hitler,

quando ainda não passavam de criaturas desconhecidas do mundo, o indiscutível desejo deconquistarem o mundo!

E isso se comprova facilmente, pois, assim que neles se formou o clima psicológico favorável à suaeclosão, foi justamente o "desejo central" de conquista e domínio do mundo que os obsedioudefinitivamente.

Os espíritos diabólicos que procuravam almas simpáticas a fim de levar à guerra o mundo terreno emantê-lo submisso às suas influências, fazendo dele um campo subversivo para a sua nutriçãodesregrada, anotaram, protegeram e estimularam o perigoso "desejo central" de Hitler, Mussolini, eoutros, conseguindo transformar essas criaturas em turbulentos instrumentos da última hecatombemundial.

É provável que durante a sua mocidade, os planos de prepotência desses homens não fossemalém da invasão da propriedade do vizinho, coisa já identificável no seu "desejo central", mas osgênios das sombras puderam ampliar a área de atuação desses súditos simpáticos, conseguindolança-los à estratégia e à rapinagem sobre as terras vizinhas.

A medida que os espíritos malfeitores iam criando neles o clima favorável para a prepotência doseu "desejo central", também solapavam a sua resistência moral condicionada do mundo, atépoderem cegá-los pela sua paixão de conquista, tornando-os êmulos dos grandes assaltantes da

História.Feito isso, foi-lhes fácil extinguir todos os seus últimos escrúpulos, pois em breve invertiam osconceitos do Direito humano e das leis pacíficas, substituindo-os por uma legislação à base decanhões e bombas homicidas!

E quando a força oculta, que lhes modelava todos os gestos e planos, veio completamente à terra,rompendo todas as barreiras da ética e bondade, o modesto cabo do exército alemão setransformou em "Führer", e o inquieto jornalista se travestiu de "???????"! Na realidade, era opróprio "desejo central" que adquiria personalidade e viera se manifestar à luz do ambientematerial.

Os comandos das sombras puderam exultar pela sua astuciosa realização e pelo êxito infernal,pois, exumado o "desejo central" subversivo daqueles marionetes vivos, puderam produzir a

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brecha inicial e dar vazão à enxurrada sangrenta, que também passou a ser alimentada por outrasalmas vibrando em simpatia com as trevas!

Alcançados os fins de morte, desespero e luto, os "chefes negros" do Além abandonaram os seustolos "médiuns" belicosos à mercê da justiça da Lei do Carma, tirando-lhes todo o apoio e

deixando-os morrer estúpida e ingloriamente, na colheita dos resultados do seu próprio "desejocentral" pervertido.

Há muito tempo, o "desejo central", despertado violentamente num jovem militar da Macedônia,transformou-o em Alexandre Magno; posteriormente, retornando o mesmo espírito à matéria, o"desejo central" ainda o conduziu à figura de César, outro grande general; enfim, pela última vez,reeditou-o como Napoleão Bonaparte, para que se pudesse erigir na Terra um império de vaidadehumana.

No entanto, esse mesmo "desejo central", operando de maneira inversa, primeiramente edificouSamuel, o profeta puro; retornando, também, o mesmo espírito à Terra, plasmou-se na figura

suave de João Evangelista, que mais uma vez voltou a iluminar a superfície do orbe comoFrancisco de Assis que, invadindo os corações humanos, também erigiu um império, porém deamor e de glórias espirituais!

Não é o "centro hipnótico" ou "ponto hipnótico" que serve fundamentalmente de base principal doêxito para o mais fácil comando dos obsessores sobre as suas vítimas.

Os obsessores aproveitam a ocasião em que suas vítimas criam um "centrohipnótico", ficando, por isso hipnotizadas pela vaidade, por um perigoso vício, umatentação ou pecado, deixando aberto para serem obsediadas facilmente, e entãotratam de agir, não no "centro hipnótico" que elas criaram, mas sim no espírito davítima escolhida.

É como se uma mulher se postasse por longo tempo à janela de sua casa, entretida em palestra com alguém ou com as futilidades da rua, e os gatos, penetrando na cozinha,roubassem os peixinhos que ela ia preparar para o jantar!

Na hipnose comum, o hipnotizador procura conduzir o "sujet"  a fixar toda a sua atenção numobjeto, num ponto, num acontecimento ou mesmo numa evocação subjetiva, procurando distraí-lo

ao máximo, a fim de poder criar o "ponto hipnótico" ou mesmo o "centro hipnótico", que deve setornar o tema convergente da mente do hipnotizado.

Pouco a pouco o paciente se entrega ao sono hipnótico, influenciado pela incessante sugestão doseu hipnotizador ou por qualquer odor característico, ruído monótono, ou música sonolenta, oumesmo por se submeter voluntariamente à sua ação e vontade.

O hipnotizador algema-lhe a consciência objetiva e a segrega no cárcere construído pela incisivasugestão mental, mas deixa em liberdade o comando motor e psíquico das atividadessubconscientes do corpo, que reside na zona instintiva sediada na região cerebral. Então ele seapossa da região provisoriamente desabilitada do seu "sujet", a qual Freud classificou habilmente

como sendo o "porão da individualidade".

Através dessa região submissa, atua a vontade do hipnotizador que, então, desata o seumecanismo "psicofísico", produzindo-se os fenômenos térmicos, as reações instintivas, os choros,

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os risos, à simples mudança de novas sugestões mentais, cenas estas muito comuns em teatrosterrenos, e que servem para estupefação do público, ainda ignorante da realidade espiritual.

Como todos os acontecimentos ocorridos com a criatura, no pretérito, encontram-se normalmenteregistrados em sua "memória etérica", constituindo a bagagem do passado, os hipnotizadores

conseguem que se reproduzam as rixas, os prazeres, e as atitudes e reações emotivas que seuspacientes tinham na infância longínqua e que, reproduzidas através de um corpo adulto, tornam-secaricaturas ridículas que divertem o público festivo.

No entanto, assim que o paciente desperta, o seu espírito retoma a posse da região do "córtexcerebral" motor, na zona intermediária do cérebro, ajusta-se ao comando dos seus centrossensoriais e se focaliza outra vez na habitual figura comum ao meio presente.

Na verdade, o seu espírito não se afastou do comando cerebral; apenas "distraiu-se", atraído peloseu "centro hipnótico", tal qual a mulher do exemplo anterior que, por se distrair demais à janela,não notou o roubo na cozinha!

Eis a função importante do "centro hipnótico" ou "ponto hipnótico", que serve para distrair edesviar a atenção do dono do corpo físico, enquanto o hipnotizador serve-se, à vontade, doequipo neurocerebral com o seu cortejo passado e os automatismos instintivos.

Devido ao seu profundo conhecimento das mazelas humanas, os espíritos obsessores, quandoconscientes, logram focalizar o "desejo central" oculto na alma da vítima. Certas vezes, esse"desejo central" pode se originar de um "reflexo suicida" de vida passada, com uma base emotivade desespero, quase sempre não trazendo à tona nem o fato nem o motivo do gesto tresloucadodo passado, que poderia ter sido o orgulho recalcado, o amor-próprio, a excessiva avareza, aluxúria, a cobiça ou o remorso.

Mesmo uma forte disposição para o vício ou um estímulo psíquico desregrado, que se mantinha, acusto, soterrado sob a censura da consciência, serve de pretexto fundamental para os obsessorescriarem a oportunidade favorável para a constituição de um "ponto hipnótico" no indivíduo.

No psiquismo do ser humano, há quase sempre um "tema fundamental" predominantee que, sendo vulnerável às sugestões mefistofélicas do Além, pode servir de motivobásico para se formar o "centro ou ponto hipnótico", necessário ao êxito da obsessão.

É por isso que comumente se diz que os maiores adversários do homem estão no seio da suaprópria alma, e devem ser combatidos em sua própria intimidade, pois, na verdade, as mazelas evícios são os alicerces perigosos em que os malfeitores desencarnados se firmam para impor ocomando obsessivo.

Desde muitíssimos anos, a voz amiga do Além adverte o homem de que o segredo de suasegurança espiritual ainda provém do "conhece-te a ti mesmo".

Os obsessores se dedicam maquiavelicamente a explorar esse "desejo central" predominante,

quase sempre ignorado do seu portador e, se a vítima não tiver consciência exata de sua situação,ou por desprezar a fiel observância do Evangelho do Cristo, é certo que não tardará a se submeter ao comando e aos desejos torpes do astral inferior.

 

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Assim como o hipnotizador encarnado consegue criar o desejado "ponto hipnótico" no seupaciente, o obsessor procura transportar para a consciência em vigília do encarnado, o seu "desejofundamental", que tanto pode ser uma incontida vaidade, um grande orgulho ou desejo decomando despótico, como também uma represada luxúria, sensualismo, ou mesmo a propensãopara os entorpecentes ou o alcoolismo.

O obsidiado, ignorante dos verdadeiros objetivos do obsessor, mas responsável pelo descontrolede suas emoções e pensamentos, é conduzido docilmente à criação de um "centro hipnótico", oude fascinação, que pouco a pouco constitui a sua atração psíquica, tornando-se um "clichê mental"ou "idéia fixa".

Logo isso se transforma em vigorosa força comandando-lhe a zona cerebral, onde se localiza a suabagagem subconsciente e o controle dos instintos animais do pretérito; sorrateiramente os gêniosdas trevas impõem-se através daquela "distração" fixa, passando a comandar o sistema nervosoe a excitar cada vez mais as emoções e os desejos de sua vítima.

A criatura é obsidiada porque se distraiu com a sedução que constitui o seu próprio"ponto hipnótico"; afrouxa então a vigilância em torno de sua habitação carnal, porqueestá voltado exclusivamente para um objetivo que a domine emotivamente.

Isso sucedido, os espíritos daninhos procuram favorecer os desejos da criatura e as suasrealizações perigosas, prolongando o transe sedutor, com o que se firma cada vez mais o "pontohipnótico", que lhes permitirá maior acesso ao equipo físico da vítima.

Muitos artistas, escritores, líderes, desportistas, taumaturgos ou crianças prodígio, que jáconseguiram visível destaque no mundo material, se deixam às vezes fascinar tão perigosamentepelo seu sucesso ou pelas suas glórias súbitas, que tombam dos seus pedestais de barro, vítimasde sua própria vaidade que é habilmente explorada pelos espíritos do astral inferior.

Alguns pregadores religiosos arvoradas em missionários ou salvadores da humanidade,doutrinadores entusiastas, críticos sisudos do labor do próximo e médiuns de brilhantefenomenologia, por vezes se perdem, dominados pela vaidade ou orgulho, porque lhes falta oabençoado senso crítico do "conhece-te a ti mesmo". Fecham os ouvidos às mais sensatasadvertências que recebem e passam a cometer as maiores estultices, como se fossemmanifestações de genialidade espiritual.

Então, enclausuram-se na sua vaidade e se autofascinam, convictos de sua paradoxal modéstia,mas ignorando que o velho "desejo central" delituoso, do passado, pode estar eclodindolentamente, explorado pela astúcia e capacidade das trevas. Chega o momento em que tambémnão tardam em se abater, desmoronados pelas próprias forças destruidoras que aliciaram em simesmos, ficando então relegados à obscuridade e ao anonimato inglório, quando pior sorte não oslança no desvario ou na alienação mental.

Em verdade, essas criaturas se deixam iludir pela presunção de serem almas de alta estirpeespiritual, incapazes de se equivocarem e permanentemente atuadas pelas hierarquias superiores;isso em breve se torna excelente fator para aflorar a sua vaidade e o potencial de orgulho

adormecido no recôndito do ser, com a inevitável convergência para um "centro de fascinação"ideal para a operação das sombras.

 

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Muitas vezes, a vaidade grita tão alto a essas criaturas, que elas tomam o maquiavelismo dosobsessores como sendo grandes surtos de revelação espiritual! Então, não tardam em pregar oridículo à conta de sabedoria, os lugares comuns como preceitos doutrinários, e transformam airascibilidade ou os envaidecimentos íntimos em posturas messiânicas; "distraem-se" através desuas próprias fascinações, enquanto do invisível lhes guiam os pensamentos e as emoções.

Enquanto cultivam fanaticamente o seu "desejo central" e se desorientam refesteladas no trono desua vaidade presunçosa, são como fortalezas inexpugnáveis e hostis a qualquer advertênciabenfeitora; a cegueira hipnótica leva-as gradativamente ao ridículo, à decepção e ao equívoco,maquiavelicamente planejados pelas trevas.

1.8.1 CARMA E OBSESSÃO

Os Mentores Espirituais nunca determinam que certos espíritos devam reencarnar-se sob oestigma implacável, ou com o destino fatalista, de serem obsidiados, vítimas de homicídios ou de

acidentes fatais, o que seria uma punição deliberada e incompatível com a bondade do Criador.Ninguém renasce na Terra já com a determinação de sofrer qualquer castigo ou penalidadepropositadamente, sob a imposição dos espíritos superiores.

Os espíritos faltosos são encaminhados para a vida física sob o comando de suaspróprias faltas, e dos efeitos do desregramento cometido nas existências passadas.Eles são situados carmicamente no seio das influências mórbidas ou maléficassemelhantes às que também alimentaram ou produziram no pretérito.

A nova existência física transforma-se-lhes numa  probabilidade favorável ou desfavorável,dependendo fundamentalmente do modo como eles passam a agir na matéria entre os seus velhoscomparsas, vítimas ou algozes pregressos, pois ficam na dependência de suas próprias paixões, vícios ou virtudes. Desde que se mantenham de modo digno, vivendo amorosamenteem favor do próximo, também poderão sobreviver sem conflitos ou tragédias, fazendo jus aosocorro espiritual dos seus mentores, que de modo algum desejam castiga-los, mas apenasrecupera-los espiritualmente.

Sem dúvida, o espírito que, embora renascendo no meio de malfeitores, ou mesmo sendo alvo dequalquer obsessor cruel, se devota heroicamente ao bem alheio, exercite a sua ternura, o seu amor 

e magnanimidade para com todas as criaturas, sem distinção de crença, raça ou casta, tambémlogra maiores probabilidades de sobreviver na matéria, à distância de qualquer violência ou fimtrágico.

1.8.2 OBSESSÃO x ALIENAÇÃO MENTAL

Não há exagero em se afirmar que a maioria das criaturas vítimas de alienação mental não passamde seres obsidiados por seres malévolos.

A maior porcentagem de alienações mentais no mundo terreno ainda é fruto das forças destrutivase obsessoras, muitíssimo favorecidas pelo descaso evangélico do homem.

 

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Afora os casos naturais de lesões cerebrais, todas as alienações de ordem mental seoriginam diretamente do desequilíbrio da própria alma.

Futuramente, os psiquiatras da Terra poderão também aplicar grande parte dos tratamentosespirituais ministrados no Espaço, quando se convencerem de que os principais fundamentosda cura psíquica são os ensinamentos evangélicos de Jesus - na realidade, "o verdadeiroMédico da Alma!"

Os estabelecimentos de tratamento de psicopatas, situadas na Terra, falham consideravelmentenos seus tratamentos clássicos, porque pretendem solucionar problemas emotivos - que seenraízam na concha do coração e algemam as forças do espírito - usando dos recursosdraconianos da terapêutica indistinta à base de eletricidade ou de hormônios.

É certo que os choques elétricos ou as intervenções medicamentosas violentas conseguem às

vezes a marcha da loucura, ou manter algo desperto o enfermo, pois o processo superativatemporariamente as células cansadas. Mas o problema secular ou milenário da enfermidadeespiritual há de continuar a desafiar esses recursos, uma vez que apenas contemporiza, mas nãosoluciona a situação.

A aplicação de choques consegue proporcionar alguns momentos de razão ao obsidiado, ouprotelar a crise fatal, devido ao despertamento súbito das células cerebrais e à trepidação dosistema nervoso, que então se desoprime da ação obsessiva do perseguidor oculto nas sombrasdo Além. Mas isso não conseguirá impedir que, logo depois, ou ainda mesmo em futuraencarnação, o espírito enfermo passe a reproduzir novamente os mesmos sintomas ou efeitosmórbidos.

Os asilos de doentes mentais, na Terra, ainda desconhecem que, acima da terapêutica química outécnica do mundo material, há um tratamento mais eficiente e miraculoso, que é a transformaçãodo amor! 

1.9 XXXXXXXXXXXXX

O hábito do Bem e a integração definitiva do homem aos preceitos evangélicos de Jesus realmentedespertam as forças criadoras da alma e a imunizam contra os ataques perversos e capciosos dastrevas.

1.9.1 ESCOLAS DAS ORGANIZAÇÕES DO MAL

Nas regiões inferiores do Astral há escolas que estudam e esclarecem o mecanismo psicológico daalma encarnada, com muito mais largueza de conceitos e conhecimentos psíquicos do que aconseguida pelo mais abalizado psicólogo terreno.

Exímios cientistas, subvertidos ao mal empreendem longa auscultação psíquica sobre as criaturasencarnadas, a fim de catalogar as suas vulnerabilidades, e mais facilmente se assenhorarem dosseus corpos astrais, assim que elas abandonem a sepultura terrena.

Entregues à cobiça dos tesouros fugazes do mundo terreno, muitos encarnados, inconscientes deseu mal proceder, mal sabem que, através de seus desejos desregrados terminam negociando

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suas almas com os professores das trevas que, em troca, lhes ministram lições de domínio, deprepotência, luxúria ou crueldade!

Eles se interessam muito pelas pessoas escravizadas aos vícios mundanos, assim como aliciam osverdugos da Terra, para aumentarem a mole de almas que, no astral inferior são utilizadas nos

serviços mais repulsivos e nas tarefas mais atrozes, fortificando a sistemática rebeldia contra aAdministração Sideral do Cristo sobre a Terra.

Muitos espíritos, explorados por muito tempo, sob o poder cruel dos verdugos e chefes impiedososdas cidades do astral inferior, se degradam a tal ponto que também passam a reforçar as hordasinimigas da ordem e da renovação espiritual. Permanecem estioladas nas suas regiões sombrias, econdicionadas a um modo de vida rebelde e degradante, sem poder vencer a hipnose dos sentidosadormecidos pelo vício e pelo crime, impermeabilizando-se contra o próprio socorro das falangesde espíritos benfeitores, e odiando a luz salvadora.

Os mais débeis de vontade permanecem por longo tempo aviltados no servilismo diabólico, sem

coragem para abandonar os próprios verdugos que os torturam, mas os alimentam; outros, maisespertos e falazes, emancipam-se no próprio meio deletério, assumem tarefas infamantes eaceitam a função de "vingadores" profissionais, assim como na Terra existem os sequazes oucapangas para o assassinato contratado.