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20-01-2016
Revista de Imprensa20-01-2016
1. (PT) - Correio da Manhã, 20/01/2016, Nasceram quase mais 2 mil bebés 1
2. (PT) - Diário de Notícias, 20/01/2016, Porto - IPO vai revistar sacos e carros de doentes e funcionários 2
3. (PT) - Jornal de Notícias, 20/01/2016, 5 milhões de euros... 4
4. (PT) - Diário do Minho, 20/01/2016, Ínsula das carvalheiras deve ser novo polo de atração de Braga 5
5. (PT) - Correio da Manhã, 20/01/2016, Doente queixa-se de agressão 7
6. (PT) - Correio da Manhã, 20/01/2016, «Abandono no hospital é forma de maus-tratos» - Entrevista a JoséManuel Silva
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7. (PT) - Destak, 20/01/2016, Deco alerta para vendas disfarçadas de rastreios 9
8. (PT) - Negócios, 20/01/2016, Bial confirma suspensão de ensaio clínico com nova molécula 10
9. (PT) - Público, 20/01/2016, Bial fez alerta três dias após suspender ensaio clínico 11
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Tiragem: 142529
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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RASTREIO NEONATAL
Nasceram quase mais 2 mil bebés [ Realizaram-se 85 058 testes do pezinho em 2015, mais 1958 do que os 83 100 do ano ante-rior. De acordo com os dados do Instituto Ricardo Jorge - que coordena o Programa Nacional de Diagnóstico Precoce -, o dis-trito do Porto foi o quemais au-mentou, tendo registado um total de 15 631 recém-nascidos, o que representam mais 538 do que em 2014.
Lisboa, porém, continua a ser o distrito com mais nascimen-tos. Foram 24 603 em 2015, um aumento de 212 face a 2014. Braga é Faro também regista-ram aumentos significativos. O primeiro realizou 6189 exames (mais 301 do que em 2014) e o segundo 4024 (mais 240). No sentido inverso estão Guarda (752, menos 57), Aveiro (4235, menos 42), Beja (1023, menos 35) e Açores (2206, menos 86).
O ano passado ficou marcado pelo aumento da natalidade em Portugal, invertendo uma ten - dência que se prolongava já desde o ano 2010.
Os testes identificam crianças.„, com doenças, quase sempege-néticas, como a ienficetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de trata-mento precoce. •AP.
Em 2015 realizaram-se 85 058 testes
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Âmbito: Informação Geral
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IPO do Porto vai revistar sacos e carros de doentes e funcionários Controlo de bens. Instituto publicou regulamento que prevê revista de quem entra e sai, medida que se admite vir a ser "tanto frequente como possível". Advogados e profissionais questionam a legalidade e o exagero destas fiscalizações
DIANA MENDES
O Instituto Português deOncokogia (IPO) do Porto vai começar a revis-tar malas, sacos e até carros de doentes, utentes e funcionários, de forma a evitar o roubo de bens. Se-gundo uma norma aprovada no fi-nal do ano, a que o DN teve acesso, estão previstas operações de con-trolo "tanto frequentes como pos-síveis". Maria Merlinde Madureira, da Federação Nacional dos Médi-cos (FNAM), diz que a norma é in-vulgar. "A forma como será feito o controlo não faz sentido e não é muito elegante para os utentes e funcionários". Há ainda dúvidas quanto à legalidade.
Contactado pelo DN, o IPO do Porto minimiza o impacto da ação, que surge no âmbito de uma audi-toria de qualidade, e refere que o mesmo é "comum a outras unida-des hospitalares e múltiplas em-presas privadas". Quase todas as unidades reportam casos de roubo de equipamentos, material clínico mas também de bens dos próprios doentes, embora admitam que
hoje é menos frequente. No caso do IPO, todos os utiliza-
dores das instalações terão de se sujeitar a estas fiscalizações, sejam funcionários, doentes, visitantes e outros utilizadores. Se recusarem o controlo, poderá ser chamada a Policia de Segurança Pública (PSP) para o fazer, refere o documento in-titulado"Procedinlento de Contro-lo de bens do IPO do Porto", publi-cado no final do ano num boletim informativo destinado aos profis-sionais.
Sobre a forma de atuação, admi-te-seque irá abranger, sempre que possível, todas as saídas do institu-to, em locais "preferencialmente resguardados e discretos". Caberá à empresa de segurança privada a realização destas revistas, que terão sempre de contar com pelo menos dois seguranças. As ações serão planeadas com base em informa-ções anónimas ou não.
As pessoas devem abrir "volun-tariamente ossacos, volumes, ma-las e viaturas". O controlo pode ain-da ser feito nos serviços e vestiários, podendo ser"solicitada a abertura dos cacifos dos profissionais e dos
funcionários das empressa presta-doras de serviços". Estas operações podem também ser programadas com base em instruções superiores ou por denúncias anónimas.
Maria Merlinde Madureira ex- • plica que o caso do IPO ia ser abor-dado em reunião executiva, de onde sairá u►na atitude. "Apesar de haver necessidade de tomar medi-das, porque o problema afeta todas as unidades, esta forma não é dis - creta e é acintosa com toda agente. Mas penso que não será ilegal." ►á Jorge Matta, advogado da
FNAM, tem menos dúvidas. "Pare-ce-me que é ilegal, além de mani-festamente excessiva. A menos que haja roubos avultado de bens, não se justifica uma ação tão intrusiva, sem suspeitas, como se todos ti-vessem cometido um crime."
Portáteis, carteiras e material Laranja Pontes, o presidente do conselho de administração do (P0 do Porto, recorda que a unidade é "acreditada internacionalmente, o que obriga à publicação de todos os critérios de qualidade, nomeada-mente relativos ao controlo interno
de bens". Medidas como as referi-das e como a videovigilância- ain-da a ser avaliada pelo sindicato -"visam proteger os utentes e os pro-fissionais de situações deft mo, bem
MÉDICOS
Sindicato recomenda presença da PSP • O Sindicato dos Médicos do Norte, que pertence à FNAM, recomendou aos médicos que exigissem "sempre a pre-sença da PSP" e que preferis-sem "ser revistados em local público, com testemunhas várias, e não um local res-guardado e discreto, como re-fere o normativo, `onde tudo pode acontecer". Recordou que o IPO não pode confiscar bens aos proprietários. O !PO prevê que haja relatórios, quer haja ou não atos ilícitos, publicando um anexo para controlo de bens, a ser assina-do pelas pessoas controladas.
como a unidade". Questionado so-bre a existência de roubos na unida-de, em número que justificasse esta ação, I .aranja Pontes diz que"há ca-sos esporádicos, que são comunica-dos à PSP". Recorda o caso de uma pessoa que vestiu uma bata e rou-bou portáteis de alguns médicos ou de outro indivíduo que furtava car-teiras aos utentes. Francisco Ramos, administrador do IPO de Lisboa, diz que as pessi ias não são revistadas. "Há sempre roubos, mas nada de grave. Optámos por fazer a inventa-riação e ter em atenção os serviços afetados."
Merlinde Madureira conta que no Hospital de Gaia, há uns anos, foram roubados ecrãs plasma atra-vés dos quais eram chamados os utentes. Os problemas "repetem-se em tudo o lado, com material clíni-co ou básico como papel higiénico. Aqui até levaram partes de chuvei-ro". Pedro Nunes, administrador do C entro Hospitalar do Algarve, diz que a unidade "tem vários arma-zéns, e o controlo é dificil. Aqui, te-mos registo sempre que algo falta e há pessoas à frente de cada unida-de. sendo responsabilizadas".
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Tiragem: 26084
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 2 de 2ID: 62753590 20-01-2016
Porto IPO vai revistar sacos e carros de doentes e funcionários Roubos. Computadores, televisões, carteiras e até "partes de chuveiro" têm desaparecido dos hospitais. O IPO do Porto vai passar a revistar, com a ajuda da PSP se necessário, malas, sacos e carros de doentes, visitantes e funcionários. A legalidade da decisão é posta em causa pela FNAM, que a considera sem sentido, acintosa e excessiva. SOCIEDADE PÁG 2E1
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Âmbito: Informação Geral
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milhões de euros é o investimento estimado pela Câ-
mara de Santo urso para reorganizar o hospital. A Au-
tarquia está disposta a ajudar no financiamento e cul-
pa o anterior Governo pela "degradação" da unidade.
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Tiragem: 8500
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Ínsula das Carvalheiras deve ser«novo polo de atração de Braga»
JOSÉ CARLOS LIMA
A Câmara Municipal de Braga aprovou, por unanimidade, os termos de refe-
rência do Plano de Por-menor e Salvaguarda do Quarteirão da Ínsula das Carvalheiras, um sítio ar-queológico reconhecido e escavado em parte, pe-los anos de 1985, mas que continua à espera de va-lorização e abertura ao público. O local é pro-priedade municipal, mas confina com outros lo-tes privados de eventual valor arqueológico, so-bre os quais os proprie-tários reivindicam direi-tos construtivos.
O assunto foi o tema principal da reunião des-centralizada, realizada an-teontem, na freguesia de Sequeira, tendo motiva-do algum debate entre os eleitos dos vários parti-dos, depois de o verea-dor Miguel Bandeira ter aberto as “hostilidades” ao lamentar que, no passa-do, «a política urbanística subordinasse a preserva-ção patrimonial aos in-teresses da construção», frisando que o atual exe-
cutivo «pretende inverter esta ordem de valores, ga-rantindo, primeiro, a sal-vaguarda e, depois, con-ciliando com os diversos interesses em presença».
«Pretendemos poten-ciar um novo ponto cen-tral do património a par-tir do qual se organizem as demais opções urba-nísticas», salientou o titu-lar do pelouro de Urba-nismo e Património. Na resposta, o líder socialista
Hugo Pires garantiu «total concordância do PS com a preservação deste espa-ço», mas frisou que este «não é o primeiro passo para a sua preservação», já que o anterior executi-vo «sempre procurou in-viabilizar novas constru-ções no local», tendo até encomendado «uma sé-rie de 19 trabalhos sobre o aproveitamento deste sí-tio a um grupo de alunos de Património da Univer-
sidade do Porto».Miguel Bandeira reco-
nheceu a existência des-tes trabalhos e considerou que «algumas das propos-tas de abertura e possibi-lidade de visitação podem até ser implementadas no decorrer do Plano de Salvaguarda», explicando que, atendendo «à eleva-da capacidade construti-va reclamada pelos donos dos terrenos, a solução poderá passar pela per-
Plano de Salvaguarda aprovado por unanimidade na Câmara de Braga
Câmara vai «inverter prioridades» urbanísticas, para garantir preservação do património
muta de solos e/ou uma compensação, por for-ma a conciliar todos os interesses atendíveis em presença». O geógrafo la-mentou, contudo, que o crescimento no centro de Braga «se tenha feito pela construção no inte-rior dos quarteirões his-tóricos, sem um plano in-tegrado de reabilitação».
Pela CDU, o vereador Carlos Almeida enalteceu a iniciativa do executivo, mas considerou que «os termos de referência do plano deveriam ser tam-bém colocados em discus-são pública», além de o período de «dois anos para a elaboração deste docu-mento serem excessivos, podendo até ser contra-producentes face ao ob-jetivo de salvaguarda», até porque apontam para que o plano fique pronto ape-nas no final do mandato.
O vereador do Urba-nismo reconheceu que este «é um tempo longo», mas «é o tempo necessário de um processo comple-xo e trabalhoso, que tem que ser desenvolvido pe-los serviços municipais», embora reconheça que es-te «é um caso bem mais
DR
Sequeira quer Unidade de Saúdeinstalada até ao final do ano
O presidente da Junta de Sequeira, Emilia-no Noversa, aprovei-tou a última reunião
de Câmara para destacar a importância da aber-tura de uma nova Uni-dade de Saúde Familiar para servir a localidade e a população da vizinha S. Julião de Passos. A Uni-
dade estava prometida pa-ra 2015 – e deverá ocupar a antiga Escola da Breia, em Sequeira – mas aca-bou por não ser concre-tizada, pelo que é espera-do que avance durante o presente ano.
A este propósito os também deputados so-cialistas Hugo Pires e Pal-
mira Maciel anunciaram que vão reunir em breve com a Administração re-gional de Saúde do Nor-te, para «saberem o ponto de situação do projeto».
Por sua vez, o presiden-te da Câmara reforçou «a importância deste proje-to para as comunidades», tendo avançado que a ARS
lhe tinha garantido que «primeiro iria avançar a Unidade de Martim e de-pois a de Sequeira, pelo que espera que os atuais responsáveis pelo Ministé-rio da Saúde mantenham esse compromisso, para que as pessoas passem a ter melhores condições de acesso à saúde».
Hugo Pires e Palmira Maciel anunciaram que vão reunir em breve com a Administração Regional de Saúde do Norte.
Sete Fontes
O Plano de Pormenor e Salvaguarda das Sete Fontes está a andar «à velocidade possível», mas o vereador Miguel Bandeira garante que «estão a ser dados os passos certos com vista ao objetivo de preservação patrimonial». Este é um verdadeiro “bico de obra” para o executivo, já que está a trabalhar num «monumento de primeira grandeza, mas que é na sua totalidade privado», estando nas mãos de mais de 60 proprietários.Esta situação, junto com o facto de os donos terem tido capacidade construtiva máxima no anterior Plano Diretor Municipal, enfraquece a posição negocial do Município, que pretende também avançar com medidas de salvaguarda e valorização até conseguir a permuta ou a negociação dos terrenos, que permitam a implantação de um grande parque urbano no centro da cidade. «Em breve vamos ter mais medidas de valorização do local», adiantou Miguel Bandeira.
simples» do que o Plano de Salvaguarda das Se-te Fontes, já que o pon-to central é proprieda-de da Câmara de Braga. Bandeira referiu que «es-tão previstas várias fases» de participação popular e garantiu que a Câmara «está sempre aberta a su-gestões e contributos da população, de técnicos ou dos eleitos municipais».
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Tiragem: 8500
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
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Corte: 2 de 2ID: 62754921 20-01-2016
BRAGA P.04
ÍNSULA DAS CARVALHEIRAS DEVE SERNOVO POLO DE ATRAÇÃO DE BRAGA
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Tiragem: 142529
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 62753845 20-01-2016
DOENTE QUEIXA-SE DE AGRESSÃO m idoso de 91 anos queixa-se deter sido agre-
i/ dido por uma enfermeira, ontem, no Hospital de Guimarães. "0 meu pai diz que se assustou ao ver a seringa e que, ao debater-se, pode ter tocado na enfermeira. Mas depois ela bateu-lhe na cara, e isso não é admissível, porque é uma profissional". contou Rui Cunha, que vai apresentar queixa. O presidente do conselho de administração esclarece que "a enfermeira foi agredida a pontapé".
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 62754128 20-01-2016
CRIMINALIZAÇÃODEABANDONODEIDOSC/SNOSHOSPITAIS
José Manuel Silva: Bastonário da Ordem dos Médicos está de acordo com projeto de lei
"ABANDONO NO HOSPITAL É FORMA DE MAUS-TRATOS" 131 CM: Defendeu ontem no Parla-mento penalizações para quem abando-na familiares nos hospitais. A que atribui estes casos? José Manuel Silva - Esta rea-lidade acentuou-se com o fim dos hospitais concelhios, que prestavam cuidados de saúde de proximidade e a baixo custo. Foram transfor-mados em espaços de cuida -dos continuados, incapazes de responder às necessida - des da população. Houve também um agravamento das condições das famílias. - Qual considera ser o tipo de punição adequada? - Não podemos decidir o tipo
de punição, mas es-tamos de acordo com o projeto de lei. O abandono nos hospitais é uma for -ma de maus-tratos a pessoas fragilizadas
e dependentes e deve ser criminalizado. - A ocupação de camas por doentes com alta complica os serviços dos hospitais? - Cria dificuldades de inter-namento e contribui para a congestão das Urgèncias. - E para as famílias que não tém condições? - Não se pode aceitar que abandonem os familiares. Devem ser criados os meca - nismos sociais necessários (mais na pág. 18) . • C.M.
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Tiragem: 70083
País: Portugal
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Deco alertapara vendasdisfarçadasde rastreios
A Deco alertou os consumidorespara a oferta de rastreios de saúdegratuitos pelo telefone que acabamporse revelarumaarmadilhado con-sumo e lembrou que estas vendasagressivas podemsercanceladas nosprimeiros 14 dias. AAssociação Por-tuguesa para a Defesa do Consumi-dor já denunciou tais práticas à Au-toridade de Segurança Alimentar eEconómica(ASAE), àDireção-Geraldo Consumidor (DGC) e à EntidadeReguladoradaSaúde (ERS). ADecoacrescentaque «continua» areceberreclamações de consumidores que, apropósito da realização de rastreiosgratuitos de saúde, são alvo de práti-cas comerciais desleais e enganosas.
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Tiragem: 12402
País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 1ID: 62753509 20-01-2016
SAÚDE
Bial confirma suspensão de ensaio clínico com nova molécula
A farmacêutica portuguesa diz ainda desconhecer a causa do incidente em França. E diz-se "encorajada" com a evolução do estado de saúde dos voluntários internados em Rennes.
A Bial confirmou esta terça-feira, 19 de Janeiro, ter suspendido o ensaio clínico coma molécula ex-perimental que estava a ser testa-da em França e que levou seis dos participantes a serem hospitali-zados, tendo um deles falecido.
"Não existe qualquer outro ensaio a decorrer com a molécu-la experimental em causa, nem a Bial iniciará qualquer ensaio com este composto sem que estejam totalmente apuradas as causas deste grave incidente", assegura a farmacêutica portuguesa, em comunicado. E acrescenta que quando teve conhecimento "da ocorrência de um efeito adverso grave manifestado num pacien-te ande Janeiro, tomou de ime-diato a decisão de suspender a medicação a todos os participan-tes no ensaio".
O sucedido foi depois comu-nicado às autoridades regulado-res francesas a 14 de Janeiro, numa decisão conjunta da Bial e da Biotrial, que estava a fazer os ensaios para a companhia portu-
guesa e que "é uma empresa com grande experiência no âmbito da investigação clínica, com a qual a Bial colabora desde 2007", realça a farmacêutica.
"É uma prioridade absoluta para a Bial encontrar as causas deste grave incidente, tenha ele sido causado pelo composto ou por outra razão externa que des-
66 É uma prioridade absoluta para a Bial encontrar as causas deste grave incidente, tenha ele sido causado pelo composto ou por outra razão externa que desconhecemos. COMUNICADO Bial
conhecemos", reafirma. Na informação enviada às re-
dacções, a companhia divulga também mais detalhes sobre o ensaio clínico. Especifica que se tratou de um teste da molécula experimental sob o nome de có-digo BIA 10-2474, que funciona como um inibidor de longa dura-ção. E que, embora com varia-ções, pertence a uma categoria de inibidores que já tinha sido inves-tigada por outras farmacêuticas, "não existindo notificações de efeitos adversos significativos".
Este projecto teve início em 2005"e os estudos com este com-posto remontam a 2009, nomea-damente, a avaliação farmacoló-gica e toxicológica pré-clínica 'in vitro' e i n vivo', detalha, subli-nhando que "os resultados obti-dos nos estudos pré-clínicos de-monstraram um perfil de segu-rança e tolerabilidade que permi-tiu, em Junho de 2015, a aprova-ção do ensaio de frisei no homem, com voluntários saudáveis", pe-las autoridades francesas. mas
Paulo Duarte
A Bial garante que "não existe qualquer outro ensaio a decorrer com a molécula experimental em causa".
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A farmacêutica portuguesa Bial e o
centro de ensaios francês Biotrial
comunicaram às autoridades fran-
cesas as reacções adversas do teste
que estavam a realizar três dias após
terem suspendido o ensaio. Isso mes-
mo é assumido pela Bial, numa nota
enviada ontem à comunicação social
e onde a empresa defende que essa
comunicação ocorreu “dentro de
todos os prazos legais”.
Em comunicado, a Bial diz ter to-
mado conhecimento da ocorrência
de “um efeito adverso grave manifes-
tado num paciente” a 11 de Janeiro,
segunda-feira, no dia seguinte ao in-
ternamento do voluntário que mor-
reu no domingo. “Logo que a Bial to-
mou conhecimento da ocorrência de
um efeito adverso grave manifestado
num paciente a 11 de Janeiro, tomou
de imediato a decisão de suspender
a medicação a todos os participantes
no ensaio”, lê-se no comunicado.
E continua: “No dia 14 de Janeiro,
dentro de todos os prazos legais, a
Bial e a Biotrial acordaram a comuni-
cação às autoridades e, nesse mesmo
dia, em nome da Bial, a Biotrial for-
malizou à Autoridade Regulamentar
Francesa (ANSM) e à Comissão de
Ética os efeitos adversos graves regis-
tados.” A farmacêutica portuguesa
faz questão de sublinhar que a “Bio-
trial é uma empresa com grande ex-
periência no âmbito da investigação
clínica”, com a qual a Bial colabora
desde 2007.
A Bial adianta ainda que mantém
uma equipa em Rennes, França, a
colaborar com as diversas autorida-
des envolvidas na investigação da
situação. “É uma prioridade abso-
luta para a Bial encontrar as causas
deste grave incidente, tenha ele sido
causado pelo composto ou por outra
razão externa que desconhecemos”,
realça a farmacêutica.
A empresa portuguesa afirma
estar “a acompanhar em perma-
nência” o estado de saúde dos cin-
co voluntários que tiveram de ser
hospitalizados na sequência deste
ensaio. E aproveita para fazer um
balanço do estado destes voluntá-
rios: o que não apresentava quais-
quer sintomas já regressou a casa,
Bial fez alerta três dias após suspender ensaio clínico
dois foram transferidos para hospi-
tais das suas áreas de residência e
outros dois mantêm-se internados
no Centro Hospitalar Universitário
de Rennes. “Neste momento temos
indicação de que os exames médicos
realizados apresentam um quadro
positivo. Continuaremos a acom-
panhar a evolução dos voluntários,
esperando a sua total recuperação”,
refere a Bial.
O balanço coincide com o divul-
gado ontem pela unidade hospitalar
num comunicado que refere ainda a
“melhoria” do estado de saúde dos
doentes internados em Rennes. O es-
tabelecimento de saúde acrescenta
que, dos 84 voluntários que toma-
ram a molécula, 18 já foram sujeitos
a um exame neurológico e a uma
ressonância magnética cerebral. “As
anomalias clínicas e radiológicas pre-
sentes nos pacientes hospitalizados
não foram encontradas”, informa.
A farmacêutica explica que a mo-
lécula experimental que estava a ser
testada, sob o nome de código BIA
10-2474, é um inibidor de uma pro-
teína importante na destruição dos
endocanabinóides, que actuam no
apetite, na sensação de dor, no hu-
mor e na memória. “De realçar que
outras empresas farmacêuticas têm
também investigado ao longo dos
anos outros inibidores” desta pro-
teína, “com um perfi l semelhante,
não existindo notifi cações de efeitos
adversos signifi cativos”.
A farmacêutica adianta que não
existe “qualquer outro ensaio a de-
correr com a molécula experimental
em causa”, e garante que não inicia-
rá “qualquer ensaio com este com-
posto sem que estejam totalmente
apuradas as causas deste grave in-
cidente”.
SaúdeMariana Oliveira
Autoridades francesas só foram informadas na quinta-feira, mas o ensaio estava suspenso desde dia 11, segunda
A Bial colabora com a empresa Biotrial desde 2007 Página 11