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Material Digital do Professor História – 7º ano 3º bimestre – Gabarito 1. Leia o verbete abaixo: Mercantilismo mer·can·ti·lis·mo, substantivo masculino. Doutrina consolidada no século XVII, segundo a qual a riqueza e o poder de um país dependem do aumento da população e do acúmulo de divisas em metais preciosos, do estímulo ao comércio exterior e da valorização do comércio e da indústria em detrimento da agricultura. Verbete Mercantilismo. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/ busca/portugues-brasileiro/mercantilismo/>. Acesso em: 16 jul. 2018. Mercantilismo é o nome dado à política econômica de alguns Estados modernos europeus, desenvolvida entre os séculos XV e XVIII, no contexto do expansionismo marítimo. Com base no verbete acima, explique a relação entre o mercantilismo e as Grandes Navegações. Objeto(s) de conhecimento As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto Oriental Habilidade (EF07HI13) Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas mercantis visando ao domínio no mundo atlântico. Tipo de questão Aberta Capítulo 7 Grade de correção 100% O aluno indicou e explicou a relação entre as práticas mercantilistas e os interesses europeus nas Grandes Navegações. As práticas mercantilistas adotadas pelos reinos europeus visavam obter riquezas na forma de ouro e prata. Por meio da colonização da América, as metrópoles puderam consumar essas práticas com a exploração de novos territórios que forneciam riquezas. 50% O aluno indicou que existe uma relação entre as práticas mercantilistas e os interesses europeus nas Grandes Navegações, mas não explicou. Ou apenas explicou mas não estabeleceu uma relação. 0% O aluno não conseguiu estabelecer uma relação entre mercantilismo e Grandes Navegações. Orientações sobre como interpretar as respostas e reorientar o planejamento com base nos resultados O objetivo da questão é relacionar a prática econômica mercantilista à exploração de novos territórios através das Grandes Navegações. Caso a turma apresente dificuldades em responder o que se pede, conceitue mercantilismo verbalmente em sala de aula e, depois, apresente as estratégias adotadas pelos reinos europeus visando seu enriquecimento. Enfatize como os interesses mercantilistas relacionam-se ao expansionismo marítimo. Por fim, registre o resultado da discussão e as principais características do mercantilismo na lousa. Dessa forma, espera-se que os alunos possam sistematizar de forma prática e eficiente conceitos-chave para a compreensão do mundo moderno, política e economicamente.

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Material Digital do Professor

História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

1. Leia o verbete abaixo:

Mercantilismo – mer·can·ti·lis·mo, substantivo masculino. Doutrina

consolidada no século XVII, segundo a qual a riqueza e o poder de um país dependem

do aumento da população e do acúmulo de divisas em metais preciosos, do estímulo

ao comércio exterior e da valorização do comércio e da indústria em detrimento da

agricultura.

Verbete Mercantilismo. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/

busca/portugues-brasileiro/mercantilismo/>. Acesso em: 16 jul. 2018.

Mercantilismo é o nome dado à política econômica de alguns Estados modernos europeus, desenvolvida entre os séculos XV e XVIII, no contexto do expansionismo marítimo. Com base no verbete acima, explique a relação entre o mercantilismo e as Grandes Navegações.

Objeto(s) de conhecimento

As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto Oriental

Habilidade (EF07HI13) Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas mercantis visando ao domínio no mundo atlântico.

Tipo de questão Aberta Capítulo 7

Grade de correção

100%

O aluno indicou e explicou a relação entre as práticas mercantilistas e os interesses europeus nas Grandes Navegações. As práticas mercantilistas adotadas pelos reinos europeus visavam obter riquezas na forma de ouro e prata. Por meio da colonização da América, as metrópoles puderam consumar essas práticas com a exploração de novos territórios que forneciam riquezas.

50% O aluno indicou que existe uma relação entre as práticas mercantilistas e os interesses europeus nas Grandes Navegações, mas não explicou. Ou apenas explicou mas não estabeleceu uma relação.

0% O aluno não conseguiu estabelecer uma relação entre mercantilismo e Grandes Navegações.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é relacionar a prática econômica mercantilista à exploração de novos territórios através das Grandes Navegações. Caso a turma apresente dificuldades em responder o que se pede, conceitue mercantilismo verbalmente em sala de aula e, depois, apresente as estratégias adotadas pelos reinos europeus visando seu enriquecimento. Enfatize como os interesses mercantilistas relacionam-se ao expansionismo marítimo. Por fim, registre o resultado da discussão e as principais características do mercantilismo na lousa. Dessa forma, espera-se que os alunos possam sistematizar de forma prática e eficiente conceitos-chave para a compreensão do mundo moderno, política e economicamente.

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História – 7º ano

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2. Observe a imagem abaixo:

Reprodução/Coleção particular

Colombo toma posse das Américas. Gravura de Theodore de Bry, século XVI.

A gravura acima foi produzida por Theodore de Bry, um europeu que viveu no século XVI, e representa a chegada de Colombo à ilha de Guanahani, ilha antilhana na qual desembarcou em 1492. Descreva a imagem destacando a visão do artista sobre o processo de conquista.

Objeto(s) de conhecimento

A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação

Habilidade (EF07HI08) Descrever as formas de organização das sociedades americanas no tempo da conquista com vistas à compreensão dos mecanismos de alianças, confrontos e resistências.

Tipo de questão Aberta Capítulo 7

Grade de correção

100%

O aluno indicou que os indígenas são representados quase nus. Em contrapartida, os colonizadores são representados posando como triunfantes, ricamente trajados. De um lado, os grupos indígenas seminus dançando próximos à praia sem motivo aparente, de outro, líderes ibéricos soberanos, dotados de tecnologia náutica imponente (o uso de caravelas) e da “verdade” cristã. Essa representação corresponde ao olhar eurocêntrico típico do contexto moderno.

50% O aluno apontou apenas que a imagem mostra a conquista do território americano por parte dos espanhóis, com a representação dos europeus superiores aos indígenas, sem explicar.

0% O aluno apontou que a imagem retrata a conquista do território americano por parte dos espanhóis demonstrando o poder e a superioridade dos indígenas.

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é que os alunos analisem como o discurso eurocêntrico validou a conquista do Novo Mundo, no caso, de forma imagética. Caso a turma apresente dificuldade na questão, discuta com eles sobre a visão etnocêntrica do período. Apresente imagens e/ou textos que reforçam essa visão em sala de aula, projetados ou impressos e entregues aos alunos (sugestões: <https://bit.ly/2JvW4BJ>; <https://bit.ly/2Jsn9WE>; <https://bit.ly/2Lj8wKi>; <https://bit.ly/2Jvcdrr>. Acesso em: 17 jul. 2018). Peça aos alunos que indiquem como é possível perceber eurocentrismo nos documentos analisados. Essa atividade poderá ser feita em sala de aula com grupos de três a quatro alunos, ou como dever de casa, individualmente. Depois disso, por meio de debate coletivo e colaborativo, desconstrua as ideias de que os índios eram “bárbaros” ou “incivilizados” e de que a conquista espanhola foi fácil. Apresente formas de resistência indígena, demonstrando que não foram passivos diante dessa invasão. Dessa forma, espera-se que os alunos adquiram um olhar crítico com relação ao eurocentrismo e consigam relativizá-lo.

3. Observe os mapas abaixo:

Banco de imagens/Arquivo da editora

Fonte: ALBUQUERQUE, M. et. al. Atlas histórico escolar.

Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1991.

Banco de imagens/Arquivo da editora

Fonte: CINTRA, Jorge Pimentel. Reconstruindo o mapa

das capitanias hereditárias. Anais do Museu Paulista:

História e cultura medieval. v. 21, n. 2, 2013.

A partir da observação dos mapas, indique qual deles apresenta uma visão mais antiga e qual apresenta uma visão mais recente das capitanias hereditárias, justificando sua resposta.

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de conhecimento

A estruturação dos vice-reinos nas Américas Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa

Habilidade (EF07HI10) Analisar, com base em documentos históricos, diferentes interpretações sobre as dinâmicas das sociedades americanas no período colonial.

Tipo de questão Aberta Capítulo 8

Grade de correção

100%

O aluno conseguiu identificar que o primeiro mapa apresenta uma visão mais antiga, justificando que as capitanias foram representadas em linhas paralelas que vão do litoral ao meridiano de Tordesilhas, e que o segundo mapa apresenta uma visão mais recente, feita com base em cálculos precisos e mediante consulta de fontes diversas.

50% O aluno indicou apenas um dos mapas corretamente.

0% O aluno errou ao indicar a versão mais antiga ou a mais recente ou não indicou nenhuma delas.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é identificar se os alunos compreendem como se dividiram as capitanias hereditárias e suas modificações ao longo do tempo. Envolve também as interpretações históricas dessa divisão, via mapas: uma mais antiga, que vem de Adolfo Varnhagen (1816-1878); e outra de 2013. Caso os alunos apresentem dificuldade na questão, discuta com a turma a ideia de que o conhecimento histórico é construído a partir de diversas fontes. Apresente os mapas tradicionais que retratam as capitanias hereditárias e compare com o mapa produzido por Jorge Pimental Cintra. Promova, em sala de aula, um “jogo dos 7 erros”, em que os alunos deverão apontar onde se encontram as diferenças entre um mapa e outro. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam, de forma mais aprofundada e visual como foram divididas as capitanias. E também como o conhecimento histórico, apoiado em pesquisas, descortina novos conhecimentos, alterando interpretações.

4. Leia o texto:

Aqueles que foram de Espanha para esses países usaram de duas maneiras

gerais e principais para extirpar da face da terra aquelas pobres nações. Uma foi a

guerra injusta, cruel, tirânica e sangrenta. Outra foi matar todos aqueles que podiam

ainda respirar ou suspirar e pensar em recobrar a liberdade ou subtrair-se aos

tormentos que suportam, como fazem todos os senhores naturais e os homens

valorosos e fortes; pois frequentemente na guerra não deixam viver senão as crianças

e as mulheres: e depois oprimem-nos com a mais horrível e cruel servidão a que jamais

tenham submetido homens ou animais.

Bartolomeu de Las Casas – 1552

BOMBASSARO, Luiz Carlos; PAVIANI, Jayme. As fontes do humanismo latino. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004, p. 37.

Extirpar: extinguir, destruir, eliminar.

O texto critica o processo de conquista europeia da América. Apresente uma estratégia de dominação adotada pelos espanhóis nesse processo e uma forma de resistência dos povos nativos.

Objeto(s) de conhecimento

A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação

Habilidade (EF07HI09) Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da América para as populações ameríndias e identificar as formas de resistência.

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

Tipo de questão Aberta Capítulo 7

Grade de correção

100%

O aluno indicou uma estratégia de dominação dos espanhóis e uma forma de resistência dos indígenas corretamente. Os espanhois utilizaram armas de fogo e cavalos e os indígenas resistiam militarmente, atacando povoados e vilas. Também pode ser indicado pelo aluno: a resistência em realizar os trabalhos forçados, o silêncio, as fugas, a manutenção das suas tradições. Outra possivel citação sobre o encontro europeus/indígenas é quanto as diversas epidemias que enfraqueceram e dizimaram muitos nativos.

50% O aluno indicou corretamente apenas a estratégia europeia ou apenas uma forma de resistência indígena.

0% O aluno não indicou uma forma de estratégia e uma forma de resistência. Escreveu sobre temas que não concernem ao que foi solicitado, como “o processo de conquista europeia da América foi criticado devido a sua violência”.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é promover o entendimento dos conflitos entre nativos ameríndios e europeus no processo de conquista e colonização do Novo Mundo, enfatizando a resistência indígena. Caso a turma apresente dificuldade na questão, faça uma lista no quadro junto a uma explicação verbal dos principais fatores que justificam a conquista espanhola da América, tendo em vista a competição econômica e o contexto absolutista, especialmente. Explique que, apesar da superioridade bélica europeia, os nativos resistiram e conseguiram atacar muitos soldados e vilas espanholas. Por fim, liste também as formas de resistência nativa. Dessa forma, espera-se que a turma seja capaz de sistematizar o conhecimento sobre o processo de colonização e ocupação das Américas.

5. Observe o mapa abaixo:

Banco de imagens/Arquivo da editora

Fonte: IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro. 2000.

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

O mapa mostra as dinâmicas de ocupação territorial antes do Tratado de Madri e definição das fronteiras após suas assinatura. Considerando o mapa e o que você aprendeu, cite ao menos duas formas de ocupação do interior do território e da definição das fronteiras da América portuguesa e uma consequência para os povos indígenas.

Objeto(s) de conhecimento

A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação

Habilidade (EF07HI09) Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da América para as populações ameríndias e identificar as formas de resistência.

Tipo de questão Aberta Capítulo 9

Grade de correção

100%

O aluno indicou corretamente ao menos duas formas de ocupação do interior da América Portuguesa, por exemplo, bandeiras, monções, pecuária, aldeamentos, etc., e uma consequência desse processo para os povos indígenas, como a expulsão de suas terras, morte em combate com os europeus, etc. A definição das fronteiras da América portuguesa no sul envolveu muitas disputas entre portugueses e espanhóis. Essas disputas foram resolvidas por meio de tratados, como Tratado de Madri e Tratado de Badajós. O processo resultou na morte de milhares de indígenas, que resistiram à ocupação de seus territórios por parte dos europeus, mas foram utilizados como mão de obra e passaram por uma aculturação forçada.

50% O aluno indicou apenas uma forma de ocupação do interior ou apenas uma consequência para os povos indígenas.

0% O aluno não respondeu à questão, descrevendo o mapa sem associar ao processo de ocupação do interior e definição de fronteiras, conforme solicitado.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é que os alunos compreendam como ocorreu o processo de ocupação e definição das fronteiras na América portuguesa. Caso a turma apresente dificuldades em responder a questão, explique as dinâmicas sociais e os tratados que definiram as fronteiras, apresentando as suas motivações e importância no contexto de definição territorial. Discuta com os alunos sobre as atuações jesuíticas na região com seus aldeamentos indígenas ou outras dinâmicas sociais que tenham sido apresentadas e o impacto desses tratados e da ocupação europeia para os povos indígenas; é importante, nesse momento, escutar a opinião dos alunos e suas dificuldades sobre o tema, sanando quaisquer dúvidas restantes. Por fim, apresente mapas que ilustram esse processo por meio de projeção em sala ou impressão e distribuição entre os alunos, para facilitar o aprendizado do aluno sobre o tema. Dessa forma, espera-se que o alunos compreendam de forma contextualizada e problematizada a conquista territorial da América portuguesa colonial.

6. Leia o texto:

(...) É fácil entender porque D. Francisco de Requena, comandante da

Comissión del Marañón, requisitou os dois capitáns morenos para integrar a comitiva

espanhola do Tratado de Santo Ildefonso (1777). Foi assim que João e Fernando

chegaram a Tefé em 1782, causando espanto à povoação portuguesa. Além de

portarem armas (prerrogativa pouco comum para homens negros na colônia

portuguesa), revelavam uma familiaridade invejável com a floresta e com os índios:

além do nheengatu, conheciam a maior parte das línguas faladas no baixo Putumayo

(Içá) e Caquetá (Japurá); sabiam tratar com os índios aldeados e não aldeados;

comandavam a abertura de roças, dominavam as técnicas da produção de farinha, da

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

montagem das feitorias de manteiga e pescado, da fabricação de canoas e da

construção de casas; conduziam canoas e faziam reconhecimentos de rios. João e

Fernando desempenhavam papéis fundamentais nos trabalhos da comissão espanhola

e provocavam incômodo entre os portugueses.

SAMPAIO, Patrícia Melo. Amazônia: fronteiras, identidades e história. Revista Ciência e Cultura, vol. 61, n. 3, São Paulo, 2009.

Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252009000300011>.

Acesso em: 13 set. 2018.

Nheengatu: Língua geral amazônica, falada por muitos povos indígenas até os dias atuais.

O trecho apresenta a configuração étnica da região da Amazônia no período do estabelecimento de tratados de fronteiras. De que forma os capitães “morenos” desempenharam sua função pela comitiva espanhola na demarcação de limites territoriais? Justifique.

Objeto(s) de conhecimento

A estruturação dos vice-reinos nas Américas Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa

Habilidade (EF07HI12) Identificar a distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade étnico-racial e étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática).

Tipo de questão Aberta Capítulo 9

Grade de correção

100% O aluno indicou que os capitães “morenos” conheciam língua e costumes dos povos na região amazônica, facilitando o contato e aliança. O aluno pode citar como exemplo trechos do texto, como “sabiam tratar com os índios aldeados e não aldeados”.

50% O aluno apenas citou trechos do texto, sem explicar.

0% O aluno não respondeu à questão e não conseguiu identificar as diferenças étnicas e culturais na região da Amazônia e não soube explicar como os europeus se aproveitaram disso para fixar limites e alianças.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é identificar se os alunos são capazes de compreender como as questões étnicas e culturais foram aproveitadas no estabelecimento de alianças e suas consequência para a fixação de limites territoriais. Caso a turma apresente dificuldades na questão, mostre em um dos mapas históricos estudados a configuração étnica na América portuguesa e espanhola. Aproveite para lembrá-los de como as alianças com povos indígenas foram importantes em diferentes momentos da história (França Antártica, expulsão dos holandeses do litoral pernambucano, guerra dos Emboabas). Peça que façam uma pesquisa da distribuição dos povos indígenas no Brasil atual e do uso do nheengatu. Conduza uma discussão, fazendo uma comparação da distribuição desses povos ao longo do tempo. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam a diversidade étnico-cultural e étnico-racial na América portuguesa e a atuação desses diversos grupos na configuração das fronteiras.

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

7. Leia o texto abaixo:

Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos

constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e

diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada mais

que isto. É com tal objetivo exterior, voltado para fora do país e sem atenção a

considerações que não fossem o interesse daquele comércio, que se organizarão a

sociedade e a economia brasileiras.

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1977. p. 31.

A política colonialista europeia subordinou a América e a África ao sistema econômico das metrópoles. Essa relação impositiva, estudada por muitos historiadores ao longo do tempo, ficou conhecida como

a) expansão marítima.

b) liberalismo.

c) expansão das fronteiras.

d) pacto colonial.

Objeto(s) de conhecimento

A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de História A ideia de “Novo Mundo” ante o Mundo Antigo: permanências e rupturas de saberes e práticas na emergência do mundo moderno

Habilidade (EF07HI02) Identificar conexões e interações entre as sociedades do Novo Mundo, da Europa, da África e da Ásia no contexto das navegações e indicar a complexidade e as interações que ocorrem nos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 7

Justificativas

a A expansão marítima é um processo em busca de novas rotas comerciais que levou à colonização da América e a exploração de parte do continente africano.

b e c As alternativas destacam os nomes pelos quais ficaram conhecidos o conjunto de práticas econômicas adotado pelos reinos europeus, não tendo ligação direta com uma relação impositiva específica.

d O pacto colonial é o nome atribuído à relação impositiva estabelecida entre as metrópoles e as áreas exploradas pela historiografia. As metrópoles buscavam controlar todo o comércio que envolviam suas áreas de influência.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base nos resultados

Conceitue pacto colonial em sala de aula e, depois, peça que os alunos copiem tal definição em seus cadernos. Leia conjuntamente o texto do material didático em que se encontra a relação entre a administração metropolitana (política colonial) com o pacto colonial. Por fim, discuta os interesses da metrópole em tentar impor esse tipo de relação, e como ela poderia ser proveitosa para os interesses ibéricos caso fosse efetivamente implementada. Comente também as falhas dessa política, e como elas se deram, especialmente no Brasil. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam a complexidade e as interações que ocorreram no Novo Mundo, por meio do processo de colonização.

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

8. Leia o texto abaixo:

Em seu esplendor, Tenochtitlán reuniu 120 mil habitantes, e dominou povos

até a Guatemala. Essa hegemonia terminou em agosto de 1521, quando a expedição

espanhola de Hernán Cortés, engrossada por grupos indígenas subjugados, derrubou

o centro mexica. Não foi uma conquista rápida, diferentemente do que se costuma

imaginar. Os nativos registraram sua resistência e o sofrimento em códices (placas em

que se registravam acontecimentos) que, quase 500 anos após a queda do império,

estão sendo resgatados para mostrar o outro lado dessa história.

MARTINS, Elisa. O fim dos astecas na visão indígena. O Globo. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/

ciencia/o-fim-dos-astecas-na-visao-indigena-2702988>. Acesso em: 13 set. 2018.

Mexica: relativo ao povo indígena de língua náuatle do vale do México.

Segundo seus conhecimentos e o texto, foi um fator determinante para a dominação dos astecas:

a) a superioridade numérica dos soldados espanhóis liderados por Cortés.

b) a aliança entre espanhóis e povos inimigos dos astecas.

c) a falta de resistência dos povos indígenas.

d) a fraqueza do império comandado por Montezuma.

Objeto(s) de conhecimento

A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação

Habilidade (EF07HI08) Descrever as formas de organização das sociedades americanas no tempo da conquista com vistas à compreensão dos mecanismos de alianças, confrontos e resistências.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 7

Justificativas

a O texto não fala em superioridade numérica dos europeus.

b

Uma das estratégias adotadas pelos europeus durante o processo de conquista foi a aliança com os povos indígenas. Isto é, as rivalidades existentes entre esses grupos foram utilizadas como estratégia, reforçando o poder e o número de soldados favoráveis aos espanhóis.

c Os povos indígenas resistiram à dominação europeia durante todo o período colonial por meio de diversas estratégias.

d

Não é correto afirmar que o império asteca, comandado por Montezuma era fraco, ao contrário, era um império poderoso, com estruturas que surpreenderam os próprios espanhóis. A conquista desse império pode ser justificada por diversos fatores: superioridade bélica, uso de cavalos, alianças, entre outros.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base nos resultados

O objetivo da questão é auxiliar os alunos a compreender como se deu – em termos bélicos – a conquista dos territórios da América Central, especialmente. Caso a turma apresente dificuldade em responder a questão, explique os fatores que justificam o processo de conquista de poderosos impérios da América: discuta sobre como a formação desses impérios fomentou diversas rivalidades, que foram utilizadas pelos espanhóis como uma das estratégias na guerra empreendida para efetivar a colonização, aborde a questão da ameaça biológica, assim como as diferenças tecnológicas entre os dois lados do conflito. Dessa forma, espera-se que os alunos consigam refletir criticamente sobre a comum noção de que os indígenas eram desorganizados e incapazes militarmente e que por isso perderam os conflitos com espanhóis e mesmo com os portugueses.

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3º bimestre – Gabarito

9. Leia o texto abaixo:

“Nações” inteiras optaram por se aliarem aos inimigos dos portugueses [...] os

Tamoio, no Rio de Janeiro, fortes aliados dos franceses nas guerras dos anos 1550-

1560. Os Potiguar, boa parte deles resistiu com os franceses durante algum tempo na

Paraíba e atual Rio Grande do Norte, e por ocasião das invasões holandesas em

Pernambuco, onde forneceram auxílio aos flamengos, celebrizando lideranças como a

de Pedro Poti e de Antônio Paraupaba.

IBGE. Território brasileiro e povoamento. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-

povoamento/historia-indigena/relacoes-entre-nativos-e-colonizadores.html>. Acesso em: 28 set. 2018.

Na Idade Moderna, vários povos europeus buscaram ocupar o território da América portuguesa, estabelecendo alianças com os povos indígenas. Essas alianças demonstram que:

a) os indígenas reagiram de diversas formas às invasões europeias.

b) os europeus respeitavam os povos indígenas.

c) os portugueses evitaram a violência ao conquistarem o Brasil.

d) os povos indígenas foram passivos diante da colonização.

Objeto(s) de conhecimento

A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação

Habilidade (EF07HI09) Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da América para as populações ameríndias e identificar as formas de resistência.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 8

Justificativas

a Além de resistirem militarmente às invasões europeias, alguns grupos nativos estabeleceram alianças com os europeus de acordo com a sua conveniência. Desse modo, pode-se afirmar que os nativos reagiaram de formas diversas às invasões.

b e c

Não se pode afirmar que os europeus respeitavam os povos indígenas. Eles invadiram terras americanas para efetivar seus próprios interesses mercantilistas, recorrendo com frequência à violência e promovendo um verdadeiro massacre dos povos indígenas.

d Muitos indígenas resistiram às invasões durante todo o processo de colonização, recorrendo à guerra contra os dominadores.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base nos resultados

O objetivo da questão é apresentar os povos nativos ameríndios como sujeitos ativos e participativos no cenário político e econômico, e não indivíduos passivos diante do processo de colonização. Caso a turma tenha dificuldade na questão, enfatize as formas diversas de resistência indígena na América portuguesa, desmontrando que eles não foram passivos durante esse processo. Apresente, por outro lado, a negociação de diversas tribos com os europeus, de forma a demonstrá-los como indíviduos que não possuíam um senso de unidade continental: inicialmente, essa informação pode parecer confusa e contraditória. Indique que a “unidade” que hoje alguns atribuem aos indígenas é uma forma de eurocentrismo, que anula todas as diferenças entre esses povos. Explique os interesses envolvidos ao serem estabelecidas alianças entre europeus e indígenas. Por fim, peça aos alunos que elaborem três questões sobre a explicação em uma folha avulsa, sem nome. Recolha todas as folhas, misture-as e entregue aleatoriamente à cada aluno, pedindo que responda às questões. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam de forma coletiva e colaborativa a atuação dos diversos povos indígenas no mundo colonial.

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História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

10. Observe o mapa:

Banco de imagens/Arquivo da editora

Fonte: IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro. 2000.

O processo de formação territorial do Brasil, apresentado no mapa, foi caracterizado pelo(a):

a) respeito aos limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.

b) imposição de tratados por parte dos portugueses.

c) estabelecimento de acordos para definição de fronteiras na América.

d) crescente redução de territórios dominados pelos portugueses.

Objeto(s) de conhecimento

A estruturação dos vice-reinos nas Américas Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa

Habilidade (EF07HI11) Analisar a formação histórico-geográfica do território da América portuguesa por meio de mapas históricos.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 9

Justificativas

a O mapa demonstra que os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas foram ultrapassados ao longo do processo de colonização.

b Não é correto afirmar que os tratados destacados no mapa foram impostos pelos portugueses, na verdade eles foram estabelecidos por meio de acordos entre portugueses e espanhóis.

c Para estabelecer as fronteiras e evitar ou solucionar conflitos, as autoridades ibéricas se reuniram para criar novos acordos fronteiriços, que podem ser observados no mapa.

d Os portugueses ampliaram, por meio de acordos com os espanhóis, seus territórios, conforme pode ser observado no mapa.

Page 12: 3º bimestre Gabarito - Amazon Web Services › oeds › NV...Gravura de Theodore de Bry, século XVI. A gravura acima foi produzida por Theodore de Bry, um europeu que viveu no século

Material Digital do Professor

História – 7º ano

3º bimestre – Gabarito

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base nos resultados

O objetivo da questão é apresentar aos alunos como se deu o gradual processo de estabelecimento de fronteiras da colônia brasileira. Caso os alunos apresentem dificuldade na questão, relembre os tratados firmados entre portugueses e espanhóis, e explique os fatores que contribuíram para o estabelecimento desses acordos. Destaque os conflitos que ocorreram no território brasileiro, justificando a relevância desses acordos – elabore uma linha do tempo na lousa, associando tais conflitos e a assinatura de tratados. Depois, peça que os alunos pesquisem, como dever de casa, quais foram as diferentes configurações territoriais brasileiras até o século XIX, e que as desenhem em um mapa do Brasil em branco (indicação disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states_blank.png>. Acesso em: 17 jul. 2018), usando cores diferentes, sistematizadas por uma legenda, e indicando a data em que tais tratados foram assinados. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam visual e esquematicamente a colonização brasileira.