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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LINGÜÍSTICA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SEMIÓTICA E LINGÜÍSTICA GERAL
VOCABULÁRIO SISTEMÁTICO DO SUBPROJETO ECOVALE
Rosiane Cristina Gonçalves Braga
São Paulo 2005
3
Rosiane Cristina Gonçalves Braga
VOCABULÁRIO SISTEMÁTICO DO SUBPROJETO ECOVALE
Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Lingüística, área de concentração em Semiótica e Lingüística Geral, do Departamento de Lingüística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutor em Lingüística. Orientadora: Profª Drª Maria Aparecida Barbosa
São Paulo 2005
4
As Marias da minha vida e, ao
meu marido, Alexandre
5
Agradecimentos
Ao Pai Maior, força constante, no meu caminho, houve apenas uma pegada: eu estava
sendo carregada.
À Professora Doutora Maria Aparecida, pelo exemplo de vida, incentivo, orientação
constante e segura, sem os quais eu não teria conseguido terminar este trabalho.
Ao meu marido, Alexandre, companheiro constante das madrugadas insones e dos
momentos mais difíceis.
À minha família, Papai, Jair, Mamãe, Maria Tereza, e minha irmãzinha, Regiane, pelas
orações e apoio moral.
À minha querida Rosa Maria, por ter ajudado a tornar meu sonho uma realidade.
Aos meus amigos, Cida, Danilo, Marieta, Nadia, Iara, Tatiana, Teresa Cristina,
Marlene, D. Odete, D. Laurita, Dr Fabrício, Malaquias por estarem sempre ao meu lado.
Ao Doutor Aderaldo pelo apoio técnico e pelo magnífico trabalho que é objeto de
estudo dessa tese.
Aos meus colegas do Departamento de Letras do Campus Universitário de
Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso, pelo apoio e compreensão.
Ao CNPQ e Capes, pelo subsídio financeiro.
A todos que torceram por mim e me deram apoio, meus sinceros agradecimentos.
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Resumo
Esta tese trata da organização de um vocabulário sistemático do subprojeto
ECOVALE. Este subprojeto tem como objetivo principal a organização de uma metodologia
de monitoramento da qualidade da água extensiva a qualquer bacia hidrográfica. Seu objeto de
estudo se fixa no Submédio São Francisco, parte do semi-árido nordestino, onde a água possui
um valor social, econômico e ecológico incomparável. Para formular tal metodologia, o
ECOVALE considera o conceito de desenvolvimento sustentável no sentido de garantir para
as gerações futuras os recursos naturais necessários à sua sobrevivência. É, portanto, um
projeto necessário e relevante para a região.
Para produzir o vocabulário, iniciamos o estudo do corpus referencial, constituído pela
bibliografia do subprojeto e confeccionamos os mapas conceituais referentes a cada item do
corpus. Depois, organizamos o mapa conceitual dos relatórios do corpus documental e os
integramos aos mapas já prontos. Dessa operação surgiu o mapa conceitual final do
ECOVALE. A partir desse sistema de conceitos, procedemos a coleta dos termos mais
relevantes, selecionados a partir dos critérios de informatividade, ligação com a área, posição
no mapa conceitual e relevância terminológica. Em seguida, fichamos os termos e
depreendemos seus conceitos. Verificamos sua composição semêmica e delineamos suas
definições. Por fim, estruturamos o vocabulário sistemático do subprojeto ECOVALE. A
relevância desse subprojeto se coloca em sua característica de não ser um subprojeto que
analisou dados, concluiu causas, recomendou soluções e pronto. É um subprojeto que continua
atuando junto à comunidade, efetivando o papel da Embrapa como instituição que prevê a
melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: vocabulário sistemático, conceito, termo, terminologia,
ECOVALE
7
Resumé
Cette thése vise organiser un vocabulaire systématique pour le sous-projet
dénommé ECOVALE. Cet sous-projet a pour but l’organisation d’une methodologie de
monitorage de la qualité de l’eau, extensive à toutes bassins hydrographique. Son objet
d’étude incide dans le « Submédio São Francisco », partie du sémi-aride nordestin, où
l’eau a un valeur social, économique et écologique incomparable. Pour formuler cette
méthodologie l’ECOVALE considère le concept de développement soutenable dans le sens
de garantir pour les générations futures les ressources nécessaires à leur survie. C’est
donc un projet nécessaire et indispensable pour la région.
Pour construire le vocabulaire, on a commencé l’étude du corpus de référence,
constitué par la bibliographie du sous-projet et on a élaboré les cartes conceptuels
réferents à chaque point du corpus. Ensuite, on a organisé le carte conceptuel des rapports
du corpus documental et on les a intégré aux cartes déjà achevés. De cet opération est né
le carte conceptuel final d’ECOVALE. À partir de ce système de concepts on a appris les
termes les plus pertinents, selectionnés en fonction de critères d’informativité, de rapports
avec l’aire, de position dans le carte conceptuel et de valeur terminologique. Ensuite, on a
souligné les termes et on a saisi leurs concepts. On a observé leur composition
sémemique et on a façonné leurs définitions. Finalement on a structuré le vocabulaire
systématique de l’ ECOVALE. L’importance de ce sous-projet s’avère de ne pas être un
travail qui a analisé des données, qui a fait des conclusions sur des causes, ou qui a
récommandé des solutions et point finale. C’est plutôt un travail qui continue en action
dans la communauté, en effectivant le rôle de l’EMBRAPA en tant qu’institution qui
prévoit l’amélioration de la qualité de vie et le développement soutenable.
Mots-clé. Vocabulaire systématique, concept, terme, terminologie, ECOVALE.
8
Sumário
I-Introdução..................................................................................................................................... 11
II- Fundamentação teórica............................................................................................................... 20
2.1- TGT- teoria geral da terminologia: características e fundamentos 20
2.2- Grandes vertentes em terminologia 23
2.3- TCT-teoria comunicativa da terminologia: breve visão 25
2.4- Terminologia, terminografia: definição, semelhanças e dissimilitudes 28
2.5- Termo: objeto de estudo da terminologia 31
2.6-Lexema, termo/vocábulo, palavra: níveis de atualização, categorização, ciências agregadas e tipos de obras.
32
2.7- termo como elemento categorizante das áreas de especialidade 36
2.8- As redes conceituais e a terminologia 37
2.8.1- Termo e conceito: relações 37
2.8.2- Relações de significação entre plano do conteúdo e da expressão 39
2.8.3- O mapa conceitual como método da terminologia 45
III- Embrapa 48
3.1- Dimensão institucional 48
3.2- Dimensão científica, tecnológica e técnica 49
3.3- Comunicação institucional, científica, tecnológica e técnica 52
3.4- Relação Embrapa e produção terminológica 53
3.5- Embrapa meio-ambiente 54
IV- Semi-árido nordestino e o subprojeto ECOVALE 57
4.1- Semi-árido nordestino: aspectos gerais 57
4.2- ECOVALE :especificidades, funções e desenvolvimento 62
4.2. 1- ISA-ÁGUA: metodologia inovadora 66
V- Métodos de investigação e análise terminológicas 69
5- Tema............................................................................................................................................ 69
5.1- Definição do tema.................................................................................................................... 69
5.2- Definição do sub-tema e da área.............................................................................................. 72
5.2.1- Relevância da visitas técnicas............................................................................................... 73
5.3- Recorte da subárea e definição final do objeto de estudo 75
5.4- Definição do público-alvo e da densidade terminológica do 82
9
VI- Constituição dos corpora 84
6.1- Determinação dos corpora 84
VII- Unidades terminológicas: corpus de análise 91
7.1-Critérios de seleção dos termos 91
7.2- Mapas conceituais: mapas do corpus referencial, mapa-mestre, e mapa final 93
VIII- Extração e fichamento dos termos 96
8.1- Termos: fichamento e seleção 96
8.2- Do termo ao conceito X do conceito ao termo 107
IX- Extração e fichamento dos termos 113
9.1- Macroestrutura 113
9.2- Microestrutura 114
9.3- Definição 116
9.3.1- Paradigma definicional 117
9.4- Intervenção dos especialistas 118
9.5- Index alfabético 120
X- Vocabulário 121
10.1- Apresentação 122
10.2- Visão panorâmica do verbete 124
10.3- Vocabulário sistemático do subprojeto ECOVALE 125
10.1- Vocabulário do mapa parcial 1- base conceitual 126
10.2- Vocabulário do mapa parcial 2- metodologia 136
10.3- Vocabulário do mapa parcial 3- sistema de processamento das informações 156
10.4- Vocabulário do mapa parcial 4- ISA-ÁGUA- submapa 1 203
10.5- Vocabulário do mapa parcial 4- ISA-ÁGUA- submapa 2 A 220
10.6- Vocabulário do mapa parcial 4- ISA-ÁGUA- submapa 2 B 235
10.7- Vocabulário do mapa parcial 5- produtos 277
10.8- Vocabulário do mapa parcial 6- propostas, recomendações e sugestões 290
10.9- Vocabulário do mapa parcial 7- condições da região 320
10.10- Vocabulário do mapa parcial 8- instituições e projetos 329
10.11- Index alfabético 332
XI- Considerações finais 344
10
XII- Bibliografia 355
I- Introdução
11
O desenvolvimento sustentável1, a preservação e o gerenciamento eficiente de recursos
hídricos2 constituem o tema principal de muitos fóruns, congressos e discussões mundiais. A
preocupação fundamenta-se não apenas no aumento do índice de poluição e degradação da
água, mas também no aumento da demanda. De acordo com OTTERSTETTER (2000), entre
1900 e 1990 a procura pela água se multiplicou por seis, enquanto a população mundial
apenas duplicou. Esta desproporção reflete a sofisticação tecnológica desenvolvida para a
produção de bens e serviços destinados a melhorar a vida humana, segundo o mesmo autor. É
necessário lembrar que as fontes hídricas não podem ser reproduzidas, ou seja, a quantidade de
água doce disponível na natureza permanece a mesma, enquanto a população e a demanda
crescem desenfreadamente. Estas perspectivas, aliadas aos altos índices de poluição e
desperdício do líquido potável, comprometem o abastecimento mundial. Por isso, a
necessidade de recuperar fontes degradadas e preservar as outras através do correto manejo,
monitoramento e gerenciamento.
A possível escassez de recursos hídricos acarretou uma campanha mundial em favor de
seu estudo, sua recuperação e sua preservação. Em 22 de março de 2000, houve, em Haia, um
encontro entre ministros e chefes de delegações de diversos países com o objetivo de discutir
meios que garantissem a segurança da água no século XXI. Os resultados das discussões
foram sintetizados na Declaração de Haia “Água Segura para o Século XXI”. Nesta, estão
relacionadas todas as tentativas para chamar a atenção do planeta para a ameaça da falta de
água potável, concretizadas em debates e ações que se iniciaram em 1977 em Mar Del Plata e
se seguiram em outras reuniões subseqüentes. Atender as necessidades básicas da população,
assegurar o suprimento de alimentos, proteger os ecossistemas próximos às fontes de água,
partilhar os recursos hídricos, valorizar a água e gerenciá-la com sabedoria são os principais
desafios a serem encarados, segundo a declaração. Para enfrentá-los, a carta propõe ações
fundamentadas no gerenciamento integrado dos recursos hídricos, que inclui planejamento e
manejo desses recursos e do uso do solo. Tal gestão depende da colaboração e
1 Desenvolvimento sustentável diz respeito ao uso de um recurso natural que provê as necessidades da geração atual sem comprometer o uso que as gerações futuras possam fazer do mesmo recurso. Os termos definidos neste trabalho foram destacados em itálico 2 Segundo REBOUÇAS (1999: 01), água refere-se ao elemento natural, desvinculado de qualquer uso, já recursos hídricos é a consideração da água como bem econômico, passível de ser utilizada para tal fim. Neste trabalho, utilizamos, às vezes, água como elemento coesivo remissivo a recursos hídricos.
12
compartilhamento em todos os níveis, do cidadão às organizações internacionais,
concretizados em compromissos políticos e na conscientização da sociedade sobre a
necessidade de se garantir a segurança da água, bem como o uso sustentável, garantido através
do gerenciamento consciente, de recursos hídricos. As delegações que assinaram a declaração
se comprometeram a estabelecer metas e estratégias para enfrentar os desafios, a promover a
disseminação do conhecimento através da educação e de outros canais e compartilhar esse
conhecimento entre indivíduos e sociedade em nível nacional e internacional.
O Brasil antecipou-se à declaração de Haia e aprovou a Política Nacional de Recursos
hídricos (lei 9433 de 8 de janeiro de 1997), que cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos hídricos. Essa política visa melhor aproveitamento com menor degradação das fontes
do precioso líquido. Para isso, propõe-se a analisar e planejar o crescimento demográfico e as
demandas futuras de água, a modificar o uso do solo e a racionalizar a utilização de fontes
hídricas. Para alcançar seus objetivos rápida e eficientemente, a Política Nacional de Recursos
hídricos utilizará como instrumentos a classificação dos corpos de água (segundo seus usos
preponderantes) e a criação do Sistema de Informação sobre recursos hídricos. De acordo com
o artigo 10, as classes de corpos serão estabelecidas pela legislação ambiental. Segundo a lei,
os principais objetivos deste sistema são: reunir, dar consistência e divulgar os dados e
informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no Brasil e
atualizar permanentemente as informações sobre sua disponibilidade e demanda em todo o
território nacional.
Podemos elencar dois pontos comuns principais entre a Declaração de Haia e a lei
brasileira que cria a Política Nacional de Recursos hídricos: a preocupação em garantir o
abastecimento da população e o cuidado em reunir, divulgar e atualizar as informações
referentes aos recursos hídricos. É neste segundo ponto que atuam os trabalhos
terminológicos, cujo objetivo principal é analisar o saber das áreas especializadas através do
estudo dos termos, que são registrados em uma obra terminológica.
Essa é uma das aplicações mais enfatizadas da Terminologia: por meio do registro do
sistema de termos em um documento, esta disciplina3 assegura a comunicação entre
3 Segundo LUNGARZO (1994,p. 41-80), para se constituir como ciência, um campo precisa caracterizar-se pela delimitação precisa de seu objeto de estudo, rigor metodológico, construção de uma história de estudos científicos, apresentação da dupla face ciência básica (terminologia) e ciência aplicada (terminografia), organização lógica entre as afirmações que constituem a teoria, busca de resultados, presença de leis e
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especialistas de domínios diversos e, assim, a recuperação e armazenagem da informação,
impedindo a denominação desenfreada de conceitos já rotulados, que causa um colapso na
disseminação, comunicação e fixação do saber das ciências e técnicas. Portanto, os estudos
terminológicos facilitam a transferência de conhecimento, a formulação e propagação da
informação, além de possibilitar a atualização do saber já armazenado através de novos
estudos, fatores que auxiliam no cumprimento de um dos objetivos principais colocados pela
declaração e pela lei brasileira.
À primeira vista, a preocupação com o abastecimento de água parece se restringir ao
social, já que um indivíduo precisa de um metro cúbico de água para dessedentação e mais
cem metros cúbicos para uso doméstico. Sua importância orgânica se justifica pelo fato de as
substâncias em circulação no meio celular, que constitui o ser vivo, encontrar-se em solução
aquosa e necessitar deste líquido para a alimentação intra e inter-celular (REBOUÇAS,
2000:227). Além disso, a água controla nossa temperatura corporal, higieniza nossos corpos,
utensílios e lares, mantém nosso ambiente vivo, efetiva o batismo dos fiéis, marca culturas
locais e nos serve de lazer. Mais ainda, também se constitui na base da economia humana,
sendo usada em todo tipo de indústria, na agricultura, no transporte, na geração de energia, na
criação de animais e peixes e até no turismo. Enfim, a água é a principal riqueza natural da
Terra. Por isso, sempre está relacionada ao direito e à economia e, por esta razão, gera
conflitos e até guerras entre países. Conseqüentemente, a preocupação em discutir, divulgar e
legislar sobre a água possui, também, um fundo econômico. Devido ao seu valor para a
humanidade, não podemos velar, infelizmente, as conseqüências da poluição de suas fontes,
como doenças de veiculação hídrica, falta de água potável, destruição de ambientes naturais e
prejuízo econômico.
Apesar de todas essas observações serem parte do conhecimento público, os recursos
hídricos ainda não detêm atenção suficiente. Talvez, porque, no Brasil, encontrem-se as
maiores fontes de água doce potável. Contrários a esse panorama enquadram-se o crescimento
exagerado da demanda e a degradação da qualidade que já geram um quadro calamitoso de
falta de água em grandes capitais brasileiras. Por terem valor social, econômico e ecológico,
os recursos hídricos devem ser preservados, bem gerenciados e monitorados por meio de
projetos que visem ao seu melhor aproveitamento.
relação fazer-saber-fazer. A terminologia se enquadra em todas as posições, mas precisa firmar sua história de estudos científicos. Contudo, podemos considera-la como disciplina que já se projeta como ciência.
14
A par das condições de crescimento desenfreado da população brasileira, o Nordeste
árido apresenta quadros contínuos de estiagem. A seca é característica da região, cujo primeiro
registro data de 1583 (REBOUÇAS, 2000: 510). A chuva que se precipita sobre os estados
nordestinos iguala-se em quantidade a da Europa Central, com a diferença de que, no Brasil, a
precipitação acontece em um curto espaço de tempo, ou seja, chove muito durante um tempo
menor. Essa peculiaridade, aliada às condições da região (vegetação rasteira, solo com
permeabilidade baixa, salinizado e propenso à erosão, altas luminosidade, insolação e
evapotranspiração), acarretam sérios períodos de déficit hídrico (quantidade de água que
evapora é maior que a chuva), fato que gera graves problemas sociais, econômicos e
ecológicos. Com efeito, os projetos de preservação, recuperação e gerenciamento de recursos
hídricos devem ser priorizados no Nordeste, principalmente no semi-árido.
De acordo com Vieira (REBOUÇAS (org), 2000:509), a falta de gerenciamento
adequado seria o maior empecilho para o correto aproveitamento dos recursos hídricos no
semi-árido. Tal fato foi constatado por uma comissão de especialistas sob a coordenação do
Ministério da Ciência e Tecnologia em 1992. O polígono das secas, abordado por Vieira,
estende-se por toda a região nordeste, abrangendo, ainda, parte de Minas Gerais, incluindo a
Bacia do Rio São Francisco, a mais importante da região, que se divide em quatro sub-bacias:
alto, médio, submédio e baixo São Francisco. O valor ecológico, social e econômico deste Rio
para o semi-árido é incalculável, sendo o correto aproveitamento e gerenciamento de suas
águas uma questão de sobrevivência da população da região.
O gerenciamento ineficiente, como principal obstáculo para o aproveitamento correto
das águas, e a questão de que a saúde, o bem estar do homem e a garantia de alimentos estarão
sob risco se o desenvolvimento sustentável da água não se firmar salientam a necessidade da
organização de projetos que visem à gestão, conservação, preservação e correto uso dos
recursos hídricos, principalmente na região nordeste, dadas às condições citadas. Para isto, o
primeiro passo é a instalação do monitoramento e da base de dados que sustentarão o
gerenciamento. O subprojeto ECOVALE visa a sustentabilidade do uso da água, enfatizando
seu monitoramento, a geração de informações e o correto gerenciamento das águas. Para isso,
apoiá-se na Política Nacional de Recursos hídricos, já comentada.
Outra questão mencionada por Vieira (REBOUÇAS, 2000: 529) diz respeito à
importância da articulação entre as áreas técnicas e científicas na troca de informações,
15
experiências e para a ampliação do conhecimento. A parceria Embrapa-USP pode ser
considerada uma maneira de efetivar esta articulação.
A Embrapa- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, desenvolve trabalhos de
pesquisa relacionados ao desenvolvimento sustentado, ou seja, à produção da agricultura e da
pecuária ligada à preservação do meio ambiente. Com a missão de viabilizar soluções para o
desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro por meio de geração, adaptação e
transferência de conhecimentos e tecnologias em benefício da sociedade (EMBRAPA 1998b,
citado por RIBEIRO:1999:74), a instituição desenvolve vários projetos. Entre eles podemos
citar “Organização e Divulgação da Terminologia da Pesquisa Agropecuária do Brasil”, cujo
objetivo é criar na Embrapa uma base de dados terminológicos para organizar e divulgar a
terminologia usada no universo da pesquisa agropecuária no Brasil. Este projeto espelha a
preocupação da instituição com a armazenagem, tratamento, divulgação e transferência dos
conhecimentos subjacentes às várias subáreas ligadas à área-objeto da empresa e o seu
interesse em incentivar trabalhos terminológicos.
Para alcançar os objetivos propostos pelo projeto, a Embrapa incentiva o planejamento e
a execução de vários subprojetos, entre eles o da “Criação da base de dados terminológicos da
pesquisa agropecuária no Brasil”. Para alimentar a base de dados e dar conta do universo
terminológico das atividades de pesquisa da Embrapa, será necessário desenvolver vários
trabalhos terminológicos temáticos, com base em estudos teóricos rigorosos e confiáveis,
afinal a Embrapa possui vários programas de pesquisa, nos quais se encaixam todos os
projetos e subprojetos. Estes buscam a produtividade, eficiência, solução dos problemas
sociais e ambientais, atendimento com qualidade às demandas dos clientes intermediários e
finais, geração e adaptação de tecnologias e transferência das informações científicas,
tecnológicas e técnicas, conforme coloca RIBEIRO (1999:75).
A compilação e definição dos termos do subprojeto 1.4 podem, portanto, contribuir,
ainda que modestamente, para a organização e divulgação da terminologia da pesquisa
agropecuária.
Para disponibilizar informações e alimentar a base de dados, a Embrapa está aberta ao
estabelecimento de parcerias técnicas com pesquisadores em Terminologia de cursos de pós-
graduação ligados a universidades brasileiras. A parceria é muito interessante para os
participantes: a Embrapa poderá dispor de lingüistas/terminólogos vinculados a universidades,
16
aptos a estudar, analisar, compilar, definir e formalizar os termos das áreas em documentos
terminológicos que poderão vir a alimentar a base de dados; as universidades e os
terminólogos, por outro lado, poderão contar com material textual para recolha terminológica,
o apoio de especialistas das áreas técnicas e científicas da pesquisa agropecuária para
avaliação das definições e ainda terem seus trabalhos divulgados por uma grande empresa
especializada, o que configura o reconhecimento da qualidade do trabalho produzido. Há,
ainda, o fato de a Embrapa ser uma fonte inesgotável de novos trabalhos de pesquisa e de
textos técnico-científicos altamente densos, instrumentos principais de trabalho dos
terminológos. A cooperação técnica entre USP e EMBRAPA já foi efetivada e nosso trabalho
incluído como parte integrante deste acordo, conforme já ressaltado. A característica principal
desta parceria é a conjunção entre as áreas técnicas e acadêmicas, além da aplicação e
utilização dos trabalhos produzidos nas universidades pelos reais usuários e interessados,
afinal a crítica mais dura contra a produção das instituições de ensino pesa sobre sua
circunscrição aos meios acadêmicos. A parceria é uma forma dinâmica de aliar a teoria
acadêmica à prática técnica, com o saber alimentando o fazer e sendo realimentado por este. É
a ciência básica se relacionando ativamente com a ciência aplicada e tecnológica (BARBOSA,
1992 e RIBEIRO, 2001:32).
Aliada à relevância do tema meio ambiente, tendo como sub-tema a água (recursos
hidrosféricos), encontra-se a importância da produção de documentos terminológicos
atualmente. Sabemos que as ciências e tecnologias evoluem rapidamente e, se os novos
conceitos e denominações não forem estudados, muita informação poderá ser perdida.
Ademais, os documentos terminológicos têm uma importante função social: a de solucionar
problemas conceituais e garantir a comunicação e expressão das atividades técnico-científicas.
Por trás do registro de termos em uma obra terminológica, há a validação e disseminação dos
termos já criados.
O conjunto terminológico de uma área se constitui também em instrumento de
comunicação entre especialistas, pois se relaciona diretamente ao conjunto conceitual. Como
instrumento de comunicação, o conjunto terminológico representa no plano semiótico o
conteúdo conceitual. Assim, é através do estudo dos termos que temos acesso ao saber das
áreas de especialidade. Por isso, os produtos terminológicos são uma chave do progresso, pois
permitem o acesso ao mundo das ciências e das técnicas.
17
Pelo fato de os denominarem, os termos estão estreitamente ligados aos conceitos. O
sistema conceitual reflete e sustenta o saber construído da área, apresentando as relações e
ligações entre conceitos e determinando o lugar de cada um no sistema, fatos que contribuem
para uma melhor delimitação e caracterização dos traços conceituais, facilitando a definição
dos termos e possibilitando uma visão mais ampla do saber do campo especializado. Por isso,
escolhemos a macroestrutura sistemática para ordenar os termos da nossa área-objeto.
Segundo GREIMAS (1979:02)4, há dois modos de se apresentar uma teoria: o paradigmático
(modo descontínuo) e o sintagmático (modo relacional). O primeiro corresponde ao modelo
alfabético de disposição das entradas, enquanto o segundo, ao sistemático ou conceitual. Para
amenizar o custo paradigmático imposto pela organização sintagmática, será utilizado um
index alfabético. A falta de documentos terminológicos ordenados sistematicamente também
justifica tal seleção.
Desse modo, propomo-nos a organizar um modelo a partir dos paradigmas
lexicológicos, lexicográficos, terminológicos e terminográficos existentes, que possa ser
aplicado especificamente ao vocabulário sistemático monolíngüe do subprojeto 1.4-
Desenvolvimento de um Sistema de Monitoramento de Qualidade de Água no Submédio do
Rio São Francisco. (Subprojeto Ecovale).
Propomos, ainda, como objetivos específicos do trabalho:
a) Organização e descrição do sistema conceitual do subprojeto
b) Construção e descrição do sistema conceitual sob a forma de mapa conceitual.
c) Verificação das relações de significação entre os conceitos, de acordo com suas
posições na rede nocional.
d) Seleção dos termos que formarão a estrutura do trabalho. Esta seleção é direcionada
pelo sistema de conceitos, formalizado sob a forma de mapa conceitual.
e) Organização e formalização gráfica da estrutura do vocabulário sistemático.
f) Coleta dos termos apresentados pela estrutura do trabalho.
g) Delimitação e definição dos conceitos.
h) Difusão e socialização dos conceitos e dos termos através do vocabulário.
É preciso apontar, também, nossos possíveis objetivos secundários:
a) Aplicação da Base Metodológica da Embrapa.
4 Sobre a microestrutura sistemática, discorremos mais detalhadamente no capítulo IX
18
b) Consolidação da parceria Embrapa-USP.
Para atender os objetivos propostos anteriormente e expor a metodologia e a
fundamentação teórica de maneira satisfatória, propusemos a seguinte divisão para o nosso
trabalho:
I- Introdução.
II- Fundamentação teórica. Nesta parte, expusemos e discutimos os modelos e
concepções teóricos utilizados no desenvolvimento do trabalho;
III- Embrapa-instituição pioneira de pesquisa. Neste ponto expomos algumas
características da EMBRAPA que a fazem ser reconhecida internacionalmente por seu
trabalho com pesquisa agropecuária
IV- Semi-árido nordestino e o subprojeto ECOVALE. Nesta divisão, discorremos
sobre as características, objetivos e resultados do subprojeto ECOVALE, bem como sobre seu
valor social, econômico e ecológico para o semi-árido nordestino.
V- Métodos de investigação e análise terminológicas. Este capítulo é dedicado à
exploração, discussão e exposição da metodologia que adotamos para submeter ao tratamento
terminológico/terminográfico os termos do subprojeto ECOVALE.
VI- Constituição dos corpora. Neste item, apresentamos os diversos corpora que
foram utilizados na pesquisa e suas características.
VII- Unidades terminológicas: corpus de análise. Dada sua relevância, dedicamos um
capítulo em separado para o corpus de análise, no qual o caracterizamos, analisamos os
mapas conceituais organizados, discutimos os critérios de seleção dos termos e apresentamos a
estrutura do vocabulário.
VIII- Extração e fichamento dos termos. Neste, descrevemos a ficha terminológica
utilizada e os procedimentos para extração e fichamento dos termos.
IX- Estruturação do vocabulário. Este capítulo caracteriza-se pela discussão da
macroestrutura sistemática e microestrutura do vocabulário.
X- O vocabulário. Apresentamos, nesta parte, o vocabulário, sua introdução, na qual
explicitamos as abreviações e a microestrutura que adotamos, e o index alfabético que facilita
a consulta aos termos.
XI- Considerações finais. Colocamos, neste capítulo, as considerações finais sobre o
trabalho, bem como a análise dos valores subjacentes aos termos e conceitos
19
XII- Bibliografia.
XIII- Anexos.
Por fim, é necessário ressaltar que cada obra terminográfica a ser produzida pode
contribuir para a crescente consolidação dos princípios metodológicos e epistemológicos da
terminologia enquanto ciência: o fazer terminográfico enriquece, sem dúvida, o saber
terminológico.
II- Fundamentação Teórica
20
2.1- Teoria geral da terminologia: características e fundamentos.
Conforme já ressaltado em 1.1, o cerne da teoria geral da terminologia proposta por
Wüster é o conceito. Segundo FELBER (1987: 86), as noções5 (conceitos) são a pedra angular
da teoria e o ponto de partida do trabalho terminológico. Essa concepção explica a primazia da
sistematização das redes conceituais dentro dessa teoria e a conseqüente formulação de
diretrizes voltadas para a análise conceitual. Por isso, a teoria geral da terminologia segue a
orientação voltada para os domínios de especialidade.
Podemos distinguir, com FELBER (1987:81), três orientações principais da pesquisa
terminológica:
a) orientação voltada para as áreas de especialidade, que considera a terminologia como
uma matéria autonôma, interdisciplinária, que tem como o centro de sua reflexão os conceitos
e as relações conceituais e as entre eles e os termos;
b) orientação filosófica, que se interessa pela categorização e classificação dos conceitos
e organização do conhecimento. É parecida com a abordagem anterior;
c) orientação lingüística, que considera a terminologia como um subconjunto do léxico
de uma língua e as línguas de especialidade como sublinguagem em relação à língua geral.
Aplica instrumentos lingüísticos aos fenômenos terminológicos.
Apesar das diferenças, as orientações não são excludentes entre si. Isso quer dizer que
uma pesquisa terminológica pode seguir mais de uma orientação. Contudo, a teoria wüsteriana
considera apenas a primeira abordagem.
Ainda segundo essa teoria, a terminologia é uma disciplina científica que é forjada a
partir da experiência prática. Na verdade, os primeiros trabalhos wüsterianos foram todos de
cunho prático, com preocupações metodológicas e normativas, devido à sua concepção de
terminologia como instrumento de trabalho, cujo objetivo é eliminar a ambigüidade na
comunicação científica e técnica. Este aspecto fez o pai da terminologia considerar, na
abertura do simpósio da Infoterm em 1975, como pais intelectuais da teoria geral da
terminologia quatro pesquisadores: A.Schlomann, F. Saussure, J. E. Holmstrom e E. Dressen.
A teoria geral da terminologia, tendo como base os conceitos e a terminologia como
disciplina científica voltada para a prática, possui três características peculiares do ponto de
5 Neste trabalho, noção será considerada como sinônimo de conceito, conforme FELBER (1987:86).
21
vista da língua (FELBER, 1987:82): 1) todo trabalho tem como ponto de partida os conceitos,
visando delimitá-los rigorosamente. O domínio dos conceitos é independente do dos termos;
2) somente os termos e conceitos interessam ao terminólogo que ignora a sintaxe. As regras
gramaticais são do domínio da língua comum; 3) a língua é considerada do ponto de vista
sincrônico.
Assim, o trabalho terminológico, segundo Wüster, pressupõe a verificação das relações
entre os conceitos, a organização do sistema conceitual, a determinação da relação entre
conceito e termo e, a partir desses, a definição e denominação de conceitos, a formação de
termos e o estabelecimento de equivalências. Nessas condições, o percurso metodológico
característico da terminologia, segundo a teoria em questão, é o onomasiológico, isto é, tem-se
como ponto de partida o conceito e deste caminha-se para o termo. No percurso gerativo de
enunciação, seria o caminho da codificação (verificar capítulo VIII, item 1.2)
Por isso, a atribuição de termos também ocupa um lugar chave na teoria geral da
terminologia. É necessário lembrar que muitas áreas de especialidade já têm seu conjunto
conceitual devidamente denominado. Não cabe a alguns especialistas e terminológos o papel
de julgadores da validade de uma denominação e de sua substituição; tal trabalho deve ser
solicitado e aprovado por uma instituição normalizadora reconhecida e competente. Nessa
perspectiva, a terminologia também pode partir do estudo do conjunto terminológico já
estabelecido, pois a análise do termo leva ao conhecimento do conceito que ele denomina, e,
mesmo dentro desse conjunto pode haver problemas lingüísticos e até conceituais a serem
solucionados (conferir capítulo VIII, item 1.2). Além disso, a produção de obras que
formalizem, expressem e divulguem o saber de uma área, através da definição e organização
do sistema terminológico, é imprescindível para a manutenção, progresso e recuperação da
informação.
Vale ressaltar que, mesmo em áreas em que o conjunto conceitual já esteja devidamente
denominado, podemos partir dos termos para chegar aos conceitos, através de leituras
referenciais e da esquematização do mapa conceitual da área. Essa fase, que é caracterizada
pelo estudo do saber da área por meio da análise do conteúdo nocional ao qual os termos se
referem, pode ser considerada como a base cognitiva que habilita o pesquisador a estabelecer
as relações entre conceitos e o põe em contato com o conjunto terminológico do domínio. O
método em questão parte da análise de termos, do conteúdo noêmico ao qual se referem, para
22
a correspondência entre estes e os termos. Com o conhecimento de tal relação, inicia-se a
seleção de contextos para a elaboração das definições. Este procedimento é uma tentativa de
fazer convergirem os percursos semasiológico e onomasiológico6, em benefício da pesquisa
terminológica, que executa duas análises paralelas, mas totalmente imbricadas: a do conceito e
a do termo. Dessa maneira, há o reconhecimento da importância do estudo dos elementos
conceituais, proposto pela teoria geral da terminologia, mas há, também, a adequação de suas
diretrizes a uma área-objeto, cujos termos já estejam determinados.
A teoria wüsteriana também se caracteriza por considerar os termos como criações
deliberadas (FELBER, 1987, p. 82). De acordo com essa teoria, dentro da língua comum é o
uso que configura uma norma, denominada descritiva. Em terminologia, o livre jogo da língua
conduz ao caos. Por isso, há a necessidade de normalização do conjunto terminológico, ou
seja, a produção de uma norma prescritiva. Tal prescrição deve ser sancionada por uma
autoridade. A normalização é operada através da escolha ou criação de termos, que devem ser
avaliados a fim de obter a correspondência correta entre termo e noção. Esse aspecto
normalizador da terminologia é imprescindível para a unificação de termos de uma área de
especialidade nacional ou internacionalmente, pois a comunicação eficiente entre especialistas
e a conseqüente divulgação, recuperação e armazenagem do conhecimento dependem de um
conjunto terminológico bem estruturado e, se possível, totalmente unificado.
Entretanto, a padronização de termos depende da organização de instituições
normalizadoras compostas de terminológos e especialistas, dispostos a trabalhar com questões
lingüísticas referentes à área-objeto. Apesar da reconhecida importância desse estudo para a
fixação e propagação do saber, os especialistas, principalmente de domínios técnicos,
priorizam a pesquisa tecnológica em detrimento da lingüística, sem atentar para a perda de
conhecimento que uma confusão lingüística pode ocasionar. Nesse ponto, podemos ressaltar a
importância de parcerias técnicas como a da USP e da Embrapa para a produção de
documentos terminológicos. Essa parceria endossa o documento terminológico produzido e
pode ser considerada como uma normalização da obra, já que une o saber acadêmico ao fazer
técnico.
Em sua teoria, Wüster considera a criação do conceito anterior à do termo. Guardadas as
diferenças teórico-denotativas, POTTIER (1991, p. 60-76) e PAIS (1993, p. 562-578), teóricos
6 Como fazemos ao discutir nosso percurso metodológico por meio do percurso gerativo de enunciação de codificação e de decodificação no item 1.2 do capítulo VIII
23
lingüistas, retratam a geração do conceito em modelos relacionados ao percurso gerativo da
enunciação, sobre o qual discutimos no capítulo VIII. Como tais autores, Wüster considerava
o conceito em sua fase inicial: o homem, através de um processo de abstração, reconhece e
delimita objetos segundo uma “visão de mundo” e formaliza essa visão em conceitos (DIEGO,
1995, p.36). Neste estado, o conceito ainda não se uniu à denominação e permanece no plano
cognitivo, correspondente às primeiras fases do percurso gerativo de enunciação de
codificação. Como, neste plano, o conceito (“unidade de pensamento”, segundo Wüster (idem,
ibidem, p.51)) dificulta a comunicação entre especialistas, ficaram claras para o citado autor a
necessidade e a importância da denominação do conjunto conceitual das áreas de
especialidade, para que este passe do plano cognitivo ao semiótico. Assim, estabeleceu-se o
percurso onomasiológico peculiar à terminologia segundo a TGT.
2.2-Grandes vertentes em terminologia
Os anos 30 foram marcados por esforços de diversos países em criar uma base científica
para a terminologia. Esses esforços resultaram no surgimento de escolas como as de Viena,
Praga e Moscou.
Essas três escolas sofreram influência wüsteriana, mas em graus diferentes. A escola de
Viena, também chamada de germano-austríaca, devido à interligação entre os trabalhos de
terminologia desenvolvidos na Áustria e na Alemanha, foi fundada por Wüster e, por isso, é a
mais fiel à sua teoria geral da terminologia. Caracterizando-se por uma base cognitiva, a
corrente vienense tem como princípios a organização e definição de sistema de conceitos, a
formação de termos, a normalização e internacionalização de conceitos e termos. Prioriza a
univocidade entre termo e conceito e a normalização dos métodos da terminografia; considera
a documentação como aparato indispensável de todo trabalho terminológico.
A escola de Moscou teve acesso aos trabalhos wüsterianos, portanto também foi
influenciada por este teórico, mas em menor grau que a escola anterior. Por terem uma
concepção mais lingüística de terminologia e uma influência filosófica maior que os austro-
germânicos, os russos caracterizam-se por uma base lingüística. Devido ao plurilinguismo,
característico da antiga União Soviética, a normalização e padronização de termos e conceitos
era uma de suas atividades principais. A construção do sistema de noções também é
24
priorizado, porém sua organização é feita a partir das denominações, o que a distingue da
escola vienense.
A escola tcheca surge em conseqüência dos trabalhos lingüísticos funcionais da escola
de Praga. A concepção estrutural colocada pela lingüística funcional instrumentaliza os
teóricos de Praga a entenderem os ensinamentos de Wüster. Essa corrente, de base
comunicativa, ocupa-se da descrição estrutural e funcional dos termos, considerados como
unidades léxicas inseridas em um “estilo” profissional, coexistente com outros “estilos”
(literário e coloquial, entre outros), tendo como objetivo principal a comunicação entre
especialistas. Considera o sistema terminológico como sistema de designações correspondente
ao conceitual.
O Canadá desenvolveu uma linha de pesquisa própria, situada entre a lingüística e a
tradução e fundamentada em ambas (CAMPOS, 1992, p.54). Apresenta estudos
terminológicos voltados para a tradução e a sociolingüística, aceitando a polirreferencialidade
dos termos e conceitos e estudando suas variações. Por isso, a normalização dos termos é
efetuada segundo uma visão socioterminológica. O termo é um signo lingüístico de dupla face
(denominação e noção). Considera a noção como elemento fundamental em terminologia,
assim como as outras escolas. Segundo seus principais representantes RONDEAU (1984,
p.41) e DUBUC (1985, p.53), a corrente canadense faz convergirem os percursos
onomasiológico e semasiólogico em uma metodologia mista. Todavia, há autores que
contradizem esta posição, argumentando que os terminólogos canadenses organizam sistemas
conceituais a partir de sistemas já prontos, ou seja, não há uma construção do sistema, mas
uma análise daqueles já organizados.
Realmente, RONDEAU (idem, p. 72) sugere a consulta a documentos existentes, como
tesauros e classificações, antes do estabelecimento da árvore de domínio do próprio
terminólogo. A questão a ser analisada é se essa consulta compromete a qualidade
onomasiológica da metodologia. Os autores wüsterianos mais convictos afirmam que sim e
concluem que, devido a esse aspecto, a tendência canadense segue um percurso
semasiológico. Entretanto, se o terminólogo apenas consulta os documentos supracitados e
monta um sistema de acordo com eles e com leituras de obras referenciais adicionais, não há
somente a análise de sistemas prontos, mas também a construção de um novo. Segundo REY
(1979, p.9) não é possível ter como objetivo o conhecimento prévio das noções, pois somente
25
se chega a elas através de suas denominações. Nestas condições, os trabalhos terminológicos
que não objetivam denominar conceitos partem, necessariamente, dos termos. Contudo, é
preciso considerar que, ao estudar e analisar o saber de uma área e organizar o sistema de
conceitos, o pesquisador segue um caminho que tem como cerne a noção. Isso explica o
caminho escolhido para essa pesquisa que parte do termo para o conceito e deste novamente
para o termo em forma de definição: termo conceito definição (conferir item 1.1 do
capítulo VIII)
Há, ainda, a questão da primeira árvore - forma de representação das relações
conceituais que é discutida mais adiante no capítulo V-, que tem por objetivo localizar o
subdomínio que será o objeto de estudo do terminólogo (RONDEAU 1984, p.72 e DUBUC
1985, p.53). Muitos tesauros e classificações apresentam as principais ramificações de
algumas áreas, como a Classificação Decimal Universal, a Classificação Decimal de Dewey e
o Tesaurus Telyce. Dessa maneira, é mais comum o uso desses materiais já consagrados do
que a organização de uma árvore supostamente correta. Não obstante, as obras supracitadas
não apresentam uma estrutura hierárquica, como a sugerida por Wüster. Há uma divisão das
áreas de acordo com certas características ou dimensões. Cabe ao pesquisador escolher
qual(is) a(s) ramificação(ões) será(ão) pesquisadas (conferir item 1.1, 1.2, 1.3 do capítulo V).
Neste caso, às vezes, é preciso adequar a árvore de acordo com as perspectivas do especialista.
Assim, apesar de terem sido retiradas de obras confiáveis, cabe aos especialistas apreciarem a
atualidade e validade das informações, já que os referidos documentos podem ser
considerados antigos7 (décadas de 70 e 80), dada à rápida e constante evolução das áreas.
Assim, é lícito afirmar que o estabelecimento da árvore de domínio, mesmo esta mais
simples, cujo objetivo é localizar e definir o recorte do objeto de estudo dentro de uma área
maior, depende da aprovação de especialistas atualizados e conscientes da situação do
subdomínio.
2.3- Teoria Comunicativa da Terminologia (TCT)
Para a TCT, o nascimento da Terminologia não se deve apenas à Escola de Viena,
mas também à escola tcheca e à russa, escolas já comentadas anteriormente. Conforme
7 REY (1979, p.14) afirma que a Classificação Decimal de Dewey é inadequada para a representação de uma classificação moderna.
26
CABRÉ (1999: p 96 e 113), o pioneiro na discordância aos postulados wüsterianos foi
Alain REY (1979).
Provavelmente por ter sido a TGT elaborada com base na aplicação restrita à
recompilação de termos de engenharia industrial, visando à normalização conceitual
lingüística e interlingüística e objetivando desvanecer as ambigüidades da linguagem
natural na comunicação profissional, a Terminologia tenha sido vista naquele momento
mais no aspecto metodológico e normativo do que teórico.
Para esta terminóloga (CABRÉ, 1999, p.69), os princípios da TGT eram
suficientes para as finalidades a que se propunha naquele momento, inquestionáveis em
contextos prescritivos. Em termos amplos, a TGT mostra-se falha ao não considerar a
intrínseca relação entre terminologia e linguagem natural, ou seja, a pertinência, tanto no
aspecto conceitual como no denominativo, do termo à linguagem natural, portanto com
características similares e alvo de abordagens também similares.
Atualmente, a complexidade dos termos direciona uma busca de novos caminhos.
A crítica à proposta clássica tem sido feita sob três vertentes: a social, a lingüística e a
cognitiva. A primeira ressalta o caráter comunicativo da terminologia e sugere que a
importância da implantação social dos termos supere a da normalização e realça a
diversidade do termo normalização. A segunda discorda da noção clássica de que a
linguagem de especialidade seja artificial e a considera com as mesmas características da
linguagem natural. Avalia suas unidades - nem sempre unívocas e monossêmicas – como
interessantes para análise no nível sintático, devido às relevantes conseqüências no
discurso. A terceira lembra que as especialidades não são estanques, mas internamente
dinâmicas e, portanto, dificilmente descritas por um um padrão único e universal, como
se supunha na teoria clássica. Novamente, vemos a relevância da união do saber-fazer
acadêmico com o fazer-fazer das áreas de especialidade.
Também, segundo CABRÉ (1999:96), a TGT não dá conta da
multidisciplinaridade e poliedricidade (complexidade conceitual) de abordagem dos
termos, da dupla função (representativa e comunicativa) no discurso especializado, da
distinção entre valor descritivo e prescritivo, diferenciado pela situação comunicativa, da
variação conceitual do termo ligada à cultura específica determinante de uma visão de
mundo, da dependência lingüística das unidades terminológicas nas línguas particulares e
27
da variação denominativa conforme às características pragmáticas do discurso. Vemos,
portanto, que a TCT coloca o termo sob o ponto de vista comunicativo. Conforme
colocamos no capítulo III, A Embrapa se preocupa muito com a comunicação entre os
especialistas, entre estes e os produtores e como é abordado um assunto por um jornalista.
Por isso, os objetivos da TCT se relacionam com os objetivos da Embrapa.
Desse modo, segundo a autora a terminologia possui um caráter comunicativo. O
termo tem sempre uma finalidade comunicativa, imediata (na comunicação direta entre
especialistas, no discurso didático ou de divulgação científica entre experts) ou mediata
(pela tradução, interpretação ou em periódicos), ou de representação do conhecimento
(favorecer unidade de comunicação entre especialistas, ou entre especialistas e sistemas
especializados) para criar nova concepção da realidade. Como diversidade de
aplicações, a autora admite que, embora a confecção de dicionários seja a atividade mais
conhecida, não é a única; seu campo de aplicação, fruto da extensão atual do
conhecimento especializado e do plurinlingüismo, relaciona-se sempre com a solução de
problemas no âmbito da informação e da comunicação e adquire concepções diferentes
conforme os contextos, finalidades, recursos e área de domínio trabalhada nos diferentes
países e grupos de trabalho. Neste ponto, podemos destacar o Manual dos veículos de
divulgação terminológica da Embrapa que propõe vários tipos de documentos, além de
dicionários e vocabulários, como folhetos e cartazes, para facilitar a comunicação
terminológica, sejam quais forem seus objetivos ou público-alvo.
Temos, ainda segundo a autora, a densidade terminológica, que varia conforme o
nível do discurso em uma mesma especialidade. No Manual dos veículos de divulgação
terminológica a densidade terminológica é determinada conforme seu público-alvo, como
por exemplo, o folheto se destina aos produtores rurais, enquanto os vocabulários podem
tanto se dirigir somente a especialistas, como a jornalistas e estudantes, visando à
comunicação intermediada.
Quanto aos conceitos, a TCT coloca que conceitos de uma mesma área de
conhecimento relacionam-se por tipos diferentes e juntos constituem a estrutura
conceitual da área. Cada campo e objeto temático podem estruturar-se sob perspectivas e
concepções diversas e um conceito pode estar em mais de uma estrutura com significação
similar ou não. Foi o que constatamos ao construir nosso mapa conceitual (ver capítulo
28
VII, item 2). Portanto, o valor do termo depende do lugar que o conceito ocupa na
estrutura conceitual, é o que o define em nível semiótico.
Desse modo, podemos perceber que a TCT, apesar de estar se formando, aborda
questões atuais e relevantes, que fora deixadas de lado pela TGT. Porém, esta ainda é
clássica e possui muitos pontos que podem ser considerados. O que tentamos fazer em
nosso trabalho é unir o caráter essencialmente conceitual da TGT, por meio dos mapas
conceituais e do percurso metodológico para organização do vocabulário, com o
pragmático da TCT, através da determinação da densidade terminológica do trabalho e de
seus objetivos de cunho comunicativo. Podemos afirmar que, como nosso trabalho é fruto
de uma parceria acadêmico-técnica, conseguimos conciliar as duas teorias.
2.4- Terminologia, terminografia: definição, semelhanças e dissimilitudes.
Como seus estudos são recentes, há alguma dificuldade para se definir universalmente a
terminologia. Há autores que a consideram como uma “lexicografia
técnica”(CAMPOS,1992:12) devido a sua intensa ligação com a lexicologia e a lexicografia.
REY (1979:04) nega essa condição, argumentando que os procedimentos práticos de
terminologia possuem caracteres específicos, no que tange aos critérios de definição, ao
estatuto do contexto, à redução de polissemia pela análise do emprego, sentido e variações.
Embora a monossememia (GREIMAS, 1979:285) seja uma característica desejável para
os terminólogos e priorizada pela TGT, a disciplina em questão apresenta variações
conceituais procedentes da diversidade dos pontos de vista adotados e pelo seu caráter inter e
transdisciplinário. À terminologia cabe designar, pelo menos, três conceitos (FELBER,
1987:1): a) domínio do saber interdisciplinário e transdisciplinário que trata das noções e de
suas representações (termos, símbolos,...); b) conjunto de termos que representam o sistema de
noções ligado a um domínio do saber; c) publicação daquele sistema de noções representado
pelos termos. Os conceitos b e c têm, como traço distintivo, apenas a formalização do conjunto
de termos que representam o sistema de conceitos de um domínio em uma publicação. Assim,
talvez seja possível a fusão dos conceitos b e c em apenas um. DUBUC (1985:18), SAGER
29
(1990:03), CABRÉ (1993: 82) e RONDEAU (1984:16) atribuem três acepções à terminologia,
com apenas algumas diferenças, as quais podemos fundir nas seguintes concepções:
a) Conjunto de princípios, bases e argumentos conceituais que regem o estudo dos
termos e dos conceitos e de suas relações.
b) Conjunto de termos de uma determinada área especializada.
c) Conjunto de procedimentos metodológicos que norteiam o trabalho terminográfico,
ou seja, a produção de obras terminológicas/terminográficas.
Assim, define-se terminologia como disciplina que está se projetando como ciência (a),
como objeto de estudo (b) e como metodologia (c). A consideração da terminologia como
ciência é uma questão ainda não definida pelos teóricos. REY (1979: 08) afirma que a
autonomia da terminologia como ciência é incerta, porque, segundo esse autor, não se podem
distinguir claramente os limites que separam as bases teóricas, como as da lingüistica e as da
lexicologia, da unidade teórica interna que estrutura a terminologia. Além disso, as realidades
diferentes e necessidades específicas de cada trabalho terminológico não permitem a
existência de apenas uma unidade teórica, contudo, conforme evidenciamos na introdução
(página 2), a terminologia está se projetando como ciência se focarmos as características
gerais do conhecimento científico. Wüster e seus seguidores a consideram uma ciência:
“terminologie. 1: science de la terminologie. Domaine du savoir
interdisciplinaire et transdisciplinaire ayant trait aux notions et à leurs
représentations (termes, symboles,etc.)” (FELBER, 1987:01).
DUBUC (1985: 19) afirma que a terminologia é mais uma arte ou uma prática que uma
ciência:
“Dans son état présent, la terminologie apparaît plutôt comme un art ou une
pratique qu’une science. Si elle offre un objet bien défini, que est de répondre
aux besoins d’expression des usagers, ses méthodes sont ordonnées à
l’obtention de résultats d’ une façon encore largement empirique.”
O mesmo autor, em edição posterior, citado por ALVES (1998:100) coloca a
terminologia como disciplina:
“La terminologie apparaît donc comme une discipline qui permet de repérer
systématiquement, d’analyser et, au besoin, de créer et normaliser le vocabulaire
30
pour une technique donnée, dans une situation concrète de fonctionnement de
façon à répondre aux besoins d’expression de l’usager.”
Para SAGER (1990:1), a terminologia não é uma disciplina, mas sim um conjunto de
práticas relativas à criação, coleta, explicação e apresentação de termos:
“This book denies the independent status of terminology as a discipline but affirms
its value as a subject in almost every contemporary teaching program. There is no
substantial body of literature which could support the proclamation of
terminology as a separate discipline and there is not likely to be.(...) We see
terminology as a number of practices that have envolved around the creation of
terms, their collection and explication and finally their presentation in various
printed and eletronic media.”
A constituição da terminologia como ciência depende de diversos fatores. Em sentido
amplo, o que determina uma ciência é a definição precisa de seu objeto de estudo. Esse
aspecto, a referida disciplina cumpre com rigor. Contudo, sua história de estudos e a busca de
resultados ainda estão sendo delineadas. Além disso, os resultados de trabalhos terminológicos
ainda estão um pouco restritos aos meios acadêmicos. É necessário despertar o interesse de
especialistas das áreas de especialidade para a relevância e necessidade desses estudos para
que a produção de documentos terminológicos se amplie. Nessas condições, é lícito afirmar
que a terminologia caminha para a aquisição do estatuto de ciência, com a delineação de sua
história de estudos científicos e a busca de resultados. Por enquanto, ainda é uma disciplina,
que faz parte de uma ciência maior, a lingüística, mas que está adquirindo o estatuto científico,
conforme já ressaltamos intensamente.
Terminologia, tomada na acepção c acima, pode ser confundida um pouco com a
Terminografia, enquanto prática terminológica (BARBOSA, 1990). A fixação de fronteiras
rígidas entre essas últimas é impossível, já que possuem tarefas comuns, apresentando uma
grande intersecção. Pode-se dizer até que ambas formam um conjunto maior, o da
Terminologia como pesquisa e como prática. E é nessa perspectiva que as dissimilitudes ficam
mais evidentes: a Terminologia como pesquisa tem como objetivo o estudo sistemático dos
termos e conceitos, tendo como tarefas o exame das relações de significação entre expressão e
conteúdo do signo terminológico, estabelecendo assim o sistema de termos que corresponde à
rede conceitual de uma área, a criação neológica e a produção de métodos para a elaboração
31
de modelos que permitam a produção de obras terminológicas, entre outras. A Terminografia,
por sua vez, registra, trata e apresenta em forma de obras terminológicas/terminográficas os
dados resultantes da pesquisa terminológica (BOUSTIN-QUESNEL, 1985:27); também
produz modelos de obras terminológicas/terminográficas, fundamentando-se nos métodos
desenvolvidos pela Terminologia.
Pautando-nos nessas concepções, podemos afirmar que o trabalho terminológico que
tem por objetivo a organização do sistema de conceitos, a análise e definição dos termos e a
compilação dos mesmos em uma obra tem como pano de fundo a Terminologia e a
Terminografia, já que as tarefas de uma e de outra são complementares.
A Terminologia, apesar da diversidade de concepções, tem muito claro qual seu objeto
de estudo: o termo. É o objeto de estudo que determina as tarefas, os princípios e a
metodologia dessa disciplina.
2.5- Termo: objeto de estudo da terminologia.
O objeto da terminologia é o termo. O objetivo (CABRÉ,1997:s/p) dessa disciplina é
explicar as unidades terminológicas (o que são e como se comportam), seu uso por parte dos
especialistas, em seus diferentes níveis de especialização (comunicação mais ou menos
especializada) e as circunstâncias da comunicação (via direta ou indireta através de
mediadores: tradutores, intérpretes, etc.). Do ponto de vista de suas aplicações, a terminologia
precisa estabelecer uma metodologia de compilação dos termos. Cabe à terminologia também
o estudo das relações de significação do signo terminológico, que inclui a dinâmica de criação
e a estrutura dos termos.
Segundo BOUSTIN-QUESNEL (1985:17), o termo é uma unidade significativa que
designa uma noção de maneira unívoca no interior de um domínio. Os termos surgem da
necessidade de se nomear um conceito novo, ainda sem designação. Consideramos o termo
como signo lingüístico, dotado de conteúdo e expressão; dessa maneira, essa unidade se
desdobra em denominação (símbolo/expressão/significante, nas concepções de Wüster,
Hjelmslev e Saussure) e conceito (noção/conteúdo/significado).
O termo sempre está ligado a uma área de especialidade, não importa o grau de
especificidade da área. Podemos tomar por área de especialidade todo domínio que possua um
32
vocabulário próprio, cujos termos adquirem significado especial de acordo com a ‘visão de
mundo’ que lhes subjaz. O conjunto terminológico de um campo, por estar estreitamente
ligado à sua ‘visão de mundo’, tem por objetivos a designação, representação e comunicação
dos conceitos desse campo do saber. Para isso, relacionam-se entre si e formam um sistema
conceitual. Por isso, um termo não pode ser considerado isolodamente, mas em comparação
aos outros termos. Assim, podemos dizer que o termo é um instrumento de comunicação entre
especialistas, em situações que apresentam um caráter diferenciador com relação ao tema
(especializado), diz respeito a uma área específica e é objeto, geralmente, de comunicações
profissionais. Para cumprir sua função de facilitar a comunicação entre especialistas, um termo
deve (ISO 704, citado por CAMPOS, 1992:32) ser linguisticamente correto, preciso, conciso,
permitir formação de derivados e ser padronizado somente quando monorreferencial, o que,
raramente, é possível.
2.6-Lexema, termo/vocábulo, palavra: níveis de atualização, categorização, ciências
agregadas e tipos de obras.
Para podermos diferenciar claramente o termo, podemos mostrar suas diferenças em
relação às outras unidades-padrão, características dos diferentes níveis de atualização da
língua. Utilizamos os modelos teóricos de Coseriu, no que concerne às concepções de sistema,
norma e falar, e o de Muller, que distingue a unidade lexical nesses diferentes níveis de
atualização. O quadro abaixo, organizado por BARBOSA (1995: 27), sintetiza essas reflexões:
NÍVEIS DE ATUALIZAÇÃO DA LÍNGUA
Níveis Unidades-Padrão Tipos de
Lexicográfica/Terminológica
Sistema Lexema Dicionário de Língua
Normas Termo/Vocábulo Vocabulário
Falar Palavra Glossário
Norma, na concepção de Coseriu, seria uma opção do grupo a que pertence o falante.
Este seria o conceito de norma social. Há ainda a norma individual que é aquela que possui as
33
características de cada falante, podendo ser culta ou coloquial. A norma é configurada por
universos de discursos, que são os discursos caracterizados por constantes e coerções.
O lexema possui um significado abrangente, correspondendo a diferentes acepções e
incluindo todas as variações diatópicas, diacrônicas, diastráticas e diafásicas, podendo assumir
várias funções sintáticas e diferentes aspectos morfológicos. Já o vocábulo/termo,
característico de uma norma, tem seu significado restrito à norma à qual pertence, assume
algumas funções sintáticas e quase não apresenta diferentes aspectos morfológicos. A palavra
ainda possui uma restrição muito maior, já que está atualizada em um universo de discurso
muito restrito e efêmero, a fala.
Como exemplos, analisamos a designação inventário, como unidade-padrão atualizada
em diferentes níveis:
a) lexema
“Inventário. [Do lat. inventariu.] s. m. 1. relação dos bens deixados por alguém que
morreu. 2. P. ext. O documento ou papel em que se acham relacionados tais bens.3. lista
discriminada, registro, relação, rol de mercadorias, bens, etc. 4. Descrição ou enumeração
minusiosa. 5. Com. Levantamento individuado e completo dos bens e valores ativos e passivos
duma sociedade mercantil ou de qualquer entidade econômica. 6. Jur. Processo formado em
juízo competente com o fim de legalizar a transferência do patrimônio do defunto a seus
herdeiros e sucessores na proporção exata de seus direitos mediante a partilha.(FERREIRA,
1986:964)
b) termo
Inventário (Subprojeto ECOVALE). conjunto de informações sociais, econômicas e
ecológicas da região do Submédio São Francisco que compõem a base de dados primária e
secundária do ECOVALE
c) palavra
O inventário se encontra em cima da mesa do juiz para apreciação.
Inventário, enquanto lexema, possui um conjunto semêmico variado, que possibilita sua
atualização em vários contextos diferentes, sendo polissemêmica. Já como termo, admite
apenas um conjunto semêmico, podendo ser utilizado apenas no contexto do universo de
34
discurso do ECOVALE, sendo, então, monossemêmica. A concepção de inventário para o
subprojeto apresenta traços conceituais que não são colocados pelo dicionário de língua. Isso
se deve ao re-recorte cultural feito pelos pesquisadores de acordo com sua ‘visão de mundo’, o
que especializa o termo. Enquanto palavra, inventário permite apenas a atualização da acepção
2 do dicionário de língua.
O conjunto terminológico de um campo do saber pode ser adotado por outro, gerando
variações conceituais, a polissemia. Os termos, ao serem adotados por um domínio diferente
do seu de origem, sofrem influência da diversidade sócio-cultural que distingue as várias áreas
de especialidade, apesar de poder permanecer um enlace entre os significados do termo que se
ligam a diferentes domínios (geralmente é essa área de intersecção dos significados que
motiva a adoção).
A situação comunicativa é o elemento determinador da acepção da unidade léxica
atualizada. Assim, em uma situação comunicativa especializada, entre profissionais do
ECOVALE, a concepção a ser utilizada seria a descrita em b, enquanto que em uma conversa
entre advogados as acepções a serem atualizadas poderiam ser as de número 2 ou 6 descritas
em a.
As correlações entre as unidades-padrão e o nível de atualização da língua determinam
também o tipo de obra característico de cada nível. Assim, se o pesquisador recorta como
objeto de estudo o lexema, lida com o sistema lingüístico e organiza dados relativos ao
dicionário de língua; se tem como objeto o termo/vocábulo, trata da norma/universo de
discurso de áreas de especialidade e pode vir a organizar um vocabulário; se se restringe à
palavra, maneja textos em esta se atualiza e pode vir a elencar informações para um glossário.
Estas correlações possibilitam a diferenciação entre a lexicologia/ lexicografia e a
terminologia/terminografia: às primeiras cabe a produção de dicionários de língua e às
segundas, os vocabulários restritos ao conjunto de termos de uma área. Os dicionários têm
como corpus de análise o léxico de uma língua. Por isso, precisam levar em consideração
todas as nuances características dos lexemas (variações diatópicas, diacrônicas, diastráticas e
diafásicas). Os vocabulários estudam restritamente as unidades terminológicas
correspondentes a uma área de especialidade definida, sendo sincrônicos (mais raramente
diacrônicos) e sinfásicos (representativos de um universo de discurso específico). Esse aspecto
talvez explique a polissememia do termo vocabulário que pode designar tanto o documento
35
terminológico, como o conjunto de termos que é o cerne deste documento. Além do objeto de
estudo, a lexicologia/lexicografia ainda se distingue da terminologia/terminografia pelas suas
finalidades e percursos metodológicos. A primeira objetiva definir os lexemas, enquanto a
segunda, denominar conceitos. Dessa maneira, a metodologia lexicográfica segue um caminho
semasiológico, enquanto a terminográfica, onomasiológico. Assim, a primeira decodifica,
implicando compreensão, enquanto a segunda codifica, implicando produção. Todavia, como
já foi amplamente discutido anteriormente, a terminologia/terminografia podem fazer
convergirem os percursos, se os conceitos da área-objeto já estiverem denominados. Então,
apesar de apresentarem elementos comuns e de cooperarem entre si, a lexicologia/lexicografia
e a terminologia/terminografia evidenciam especificidades epistemológicas no que tange ao
objeto de estudo, recortes teóricos, finalidades e metodologia.
É necessário, ainda, distinguir vocabulário de glossário. Segundo BARBOSA (1995:21):
“o vocabulário procura ser representativo de um universo de discurso- que
compreende, por sua vez, n discursos manifestados- pelo menos; configura uma
norma lexical discursiva, o glossário pretende ser representativo de um único
texto manifestado(...).”
BARBOSA (1996a: 26-32) arrola as concepções de vocabulário e glossário sob o ponto
de vista de vários autores (Boulanger 1995, Boutin-Quesnel 1985, ISO 1087, Lino et al (s/d) e
Faulstich 1995) e demonstra a diversidade conceitual das definições. Muitos autores
consideram glossário como documento terminológico que compila termos pertences a uma
área de especialidade. Ao analisarmos o quadro dos níveis de atualização da língua,
percebemos que uma das concepções coerentes é aquela que considera glossário como a obra
que compila a significação de palavras-ocorrência em vários textos manifestados (lato sensu)
ou em apenas um texto somente (stricto sensu), ou seja, somente uma atualização, definindo a
significação específica a cada palavra-ocorrência (BARBOSA, 1995:21), que corresponderia a
uma entrada. O glossário lato sensu, que se encontra ao final de uma obra, é, de certa maneira,
um vocabulário, já que compila as várias palavras-ocorrências de um mesmo vocábulo
(BARBOSA, 1996a:35).
Entretanto, o consenso na definição das obras lexicográficas/terminológicas ainda não
foi claramente estabelecido. É necessário enfatizar a relevância de uma harmonização dos
referidos termos e conceitos em favor da comunicação entre especialistas e da convergência de
36
métodos e técnicas de análise e descrição dos fatos lingüísticos. Harmonizar não significa
preferir uma forma em detrimento de outra, restringindo o uso e barrando as variações, mas
sim apontar uma forma baseada no critério de freqüência.
2.7- O termo como elemento categorizante das áreas de especialidade.
O termo é o elemento categorizante de uma ciência e/ou técnica, pois ele reflete o
recorte dos fatos, segundo a visão de mundo da área. Dessa maneira, é a configuração do
termo que caracteriza uma área e a comunicação entre especialistas. Por exemplo, a utilização
de termos mais técnicos subjaz à comunicação entre profissionais mais especializados,
enquanto unidades terminológicas menos especializadas é inerente a interações entre
aprendizes. No caso do subprojeto ECOVALE, termos como água, recursos hídricos, rios são
mais conhecidos e divulgados e assinalam comunicações menos especializadas. São,
freqüentemente, comentados pela imprensa geral e conhecidos do grande público. Enquanto
sonda multiparâmetros e fontes difusas de poluição são unidades mais técnicas e
características de contatos mais especializadas, sendo pouco conhecidas pelo grande público.
As unidades terminológicas também marcam as fronteiras entre linguagens ultra-
especializadas, menos especializadas e comum, do mesmo modo que comunicações mais e
menos especializadas. De acordo com RONDEAU, citado por CABRÉ (1993:146), as
linguagens de especialidade são subconjuntos da linguagem geral, por conservarem o caráter
lingüístico global que se aplica a todos os planos da língua. Assim, as citadas linguagens
diferenciam-se da língua comum pelo saber específico construído a partir de uma visão de
mundo particular representado por unidades terminológicas, as quais marcam,
pragmaticamente, as situações comunicativas. Portanto, os termos, por exercerem uma função
primordialmente referencial, conforme já colocado na introdução deste item, assinalam a
temática (específica contra a genérica do léxico comum), os usuários (especializados) e a
comunicação (mais formalizada e peculiar) de uma linguagem de especialidade.
Além disso, um termo identifica uma ciência ou técnica, isto é, mesmo pessoas leigas
podem identificar sobre qual área um texto discorre, apenas pela determinação de um de seus
termos principais. Por exemplo, sabe-se que gene é um elemento lingüístico caracterizador da
genética. Os aspectos das unidades terminológicas também se remetem à tipologia dos
37
domínios: a área de ciências humanas possui uma maior quantidade de termos polissemêmicos
que a de ciências exatas, a química é marcada pela presença de fórmulas e a matemática, de
símbolos. Os termos não são apenas unidades lingüísticas comuns, eles podem ser uma letra,
um símbolo, uma sigla, um acrônimo, uma fórmula, entre outros e, através de sua forma,
caracterizam um domínio.
Dessa maneira, é lícito afirmar a reciprocidade entre termo e áreas de especialidade: uma
unidade lingüística adquire o estatuto de termo apenas ao referir-se e remeter-se ao saber
específico de um domínio particular e este domínio necessita definir os termos que
denominaram seus conceitos para poder estabelecer-se como ciência e/ou técnica
(BARBOSA, 1995: 17).
2.8- As redes conceituais e a terminologia.
2.8.1- Termo e conceito: relações.
As ciências e tecnologias, para se constituírem como tais, precisam delimitar seu objeto
formal. Este processo se efetua através da percepção, estruturação, apreensão e modelagem
dos ‘fatos’, enquanto substâncias estruturáveis. Para tanto, as ciências e tecnologias se
projetam no universo natural, no qual os ‘fatos’ não têm forma, podendo assumir todas as
formas possíveis, reduzindo-os a modelos, isto é, selecionando os traços semânticos
conceituais –conjunto noêmico (POTTIER, 1991: 69) - que configuram os conceitos. Essa
projeção se efetua segundo uma visão particular que faz com que os ‘fatos’ passem a existir
para as áreas somente conforme foram estruturados e permite a existência de vários conceitos
para um mesmo ‘fato’. Os referidos modelos correspondem aos recortes culturais8, dos quais
resultam o saber e a visão de mundo que consolidarão as ciências e tecnologias. Esses
recortes, ao se relacionarem e formarem uma rede, norteiam a formação do sistema de
conceitos que sustenta a ideologia e o conhecimento das áreas. Desse modo, as ciências e
tecnologias são produtoras e produtos dos recortes culturais.
A partir desses dados, podemos considerar os conceitos como construções mentais que
classificam ‘objetos’ segundo uma ‘visão de mundo’ através de um processo de abstração.
Como tais, são responsáveis pela estruturação do saber da área à qual pertencem. No entanto,
8 Esses recortes correspondem aos ‘referentes’, que formarão o saber construído de um campo, delimitados segundo um prisma.
38
como “unidade de pensamento”, segundo Wüster (DIEGO, 1995:51), eles não são capazes de
transferir e, consequentemente, consolidar esse saber. Para isso, aqueles construtos mentais
precisam passar do plano cognitivo ao semiótico. Essa passagem é feita através da atribuição
de uma unidade lingüística que o represente. O processo de denominação é, também, um
modo de fixá-lo, de consolidá-lo dentro de uma ciência ou tecnologia. Como o conceito está
inserido em universos com características próprias (o científico e o tecnológico), para ser
denominado adequadamente ele necessita de uma unidade lingüística que corresponda às suas
características, o termo. Dá-se, então, o processo de denominação, na qual cada conceito
(conteúdo) se une a uma expressão, formando uma grandeza-signo (HJELMSLEV, 1964:53-
54), o termo. Este possibilita a referência ao conteúdo conceitual sem a necessidade de uma
reflexão sobre ele, o que facilita a comunicação. O termo é considerado sob duas perspectivas:
como denominação do conceito e como signo lingüístico.
A relação de interdependência entre a unidade lingüística (considerada neste trabalho
como destituída de sentido, apenas como uma “fôrma”) e o conceito é o que dá origem ao
termo, como podemos verificar abaixo:
termo (grandeza-signo)
unidade conceito lingüística
expressão conteúdo
~unidade
~conceito lingüística
‘fato natural’ (não estruturado)
O conceito, sem uma unidade lingüística que o denomine, constitui o conteúdo como
conjunto noêmico, formado através de recortes culturais (‘referentes’) , como já foi ressaltado
anteriormente. O octógono acima mostra com clareza a relação indireta entre o termo e o
‘referente’, a qual somente se efetua através do conceito. A formação do signo como grandeza
(devido a sua característica de refletir uma relação de dependência entre os planos do conteúdo
e da expressão e desses com a significação) produz significação, enquanto função semiótica.
39
Somente com a denominação dos conceitos é possível aos especialistas comunicarem-se de
maneira adequada e eficiente. Além disso, o ato de conceituar das ciências e tecnologias estará
completo quando for escolhida a estrutura léxica que puder manifestar melhor o conceito
(BARBOSA,1996a:125).
Nestas condições, verificamos a estreita relação que existe entre termo e conceito. O
primeiro remete ao segundo, fazendo sua ligação entre o plano cognitivo e o semiótico e
possibilitando o conhecimento dos traços distintivos que o caracterizam. É através dos termos
que operamos com os conceitos, que comunicamos um saber e formulamos nossos próprios
pensamentos. Já o segundo é o que determina o papel do primeiro dentro de um conjunto
estruturado e é o que lhe confere um estatuto semântico, sem o qual ele não conseguiria
cumprir sua função de referência, tornando-se uma forma oca.
Por ser o instrumento de comunicação do conceito, fato imprescindível para que este
possa firmar-se e formar a estrutura cognitiva de uma área, o termo viabiliza a consolidação e
expressão dos recortes culturais e da correspondente ‘visão de mundo’ de uma ciência ou
tecnologia. O conjunto terminológico permite, ainda, a reformulação do saber do domínio que
o possui, com a introdução e/ou modificação de ‘fatos’, o que possibilita a conservação,
manutenção e evolução das ciências e tecnologias. Dessa maneira, para podermos penetrar no
“mundo” de uma ciência ou tecnologia, compreender seus conceitos e conhecer sua ideologia,
devemos apreender o conjunto terminológico característico de áreas especializadas, pois ele
constitui a chave de acesso ao conhecimento. Assim sendo, as ciências e tecnologias, para se
constituírem como tais, além de delimitar e descrever seu objeto, métodos e técnicas, através
da organização de um sistema de conceitos, necessitam construir o conjunto de termos, que
corresponde à sua metalinguagem, instrumento que garantirá a sua autodefinição.
2.8.2- Relações de significação entre os planos do conteúdo e da expressão.
Um conjunto terminológico tem a dupla peculiaridade de refletir os sistemas conceitual
e terminológico de uma especialidade. Por denominar conceitos, o termo é criado, codificado e
usado em estreita dependência dos outros, dentro de uma sistemática horizontal (com seus
sinônimos, parassinônimos, co-hipônimos, homônimos, parônimos) e vertical (hiperônimos e
hipônimos). Por isso, o estabelecimento das relações de significação entre os planos da
40
expressão e do conteúdo das unidades terminológicas é fundamental para a coerência e
integridade das macro e microestruturas de documentos terminológicos e, principalmente, para
o sistema de remissivas que reflete a estrutura do saber da área de estudo.
Conforme já colocado no item anterior, o termo é uma grandeza-signo, pois reflete uma
relação de dependência entre os planos do conteúdo (significado) e da expressão (significante)
e desses com a significação. Conseqüentemente, tais relações podem ser explicitadas de forma
a facilitar o trabalho de definição e reconhecimento de conceitos. Podemos resumir essas
complexas relações em alguns tipos fundamentais, conforme BARBOSA (1998:21):
a) monossememia (GREIMAS, 1979:285): caracteriza-se pela monorreferencialidade,
ou seja, a um elemento do conjunto significante corresponde um elemento do conjunto
significado. Podemos representar a monossememia assim:
Onde: S: significado, correspondente ao plano do conteúdo e STE:significante,
correspondente ao plano da expressão. Esta mesma estrutura é utilizada na representação das
outras relações.
O termo monossememia é utilizado por GREIMAS (idem) em uma coerente substituição
ao termo monossemia. Dificilmente uma unidade lexical pode ser caracterizada como
monossêmica, já que um sema constitui um único atributo semântico ou traço distintivo. Os
significados, geralmente, são compostos por vários semas, ou um conjunto deles, o semema.
Este fato justifica o uso de monossemêmico ao invés de monossêmico. O mesmo já não se
aplica à polissemia e polissememia, pois os dois termos são válidos, com a diferença de o
primeiro referir-se à multiplicidade de semas e o segundo, de sememas. Assim, um elemento
pode ser monossêmemico e polissêmico simultaneamente, como é o caso de alguns termos,
como, por exemplo, diagnosticar. Uma unidade lingüística pode também se caracterizar pela
STE
S
41
polissememia e polissemia, como é o caso de água9, que possui dois sememas diferentes, mas
inter-relacionados.
b) polissemia/polissememia: é marcada pela polirreferencialidade, ou seja, a um
elemento do conjunto significante relacionam-se dois ou mais elementos do conjunto
significado, com intersecção sêmica.
A polissemia, geralmente, assinala as unidades lingüísticas em nível de sistema, no qual
tais unidades apresentam vários matizes sêmicos. A passagem de um elemento polissêmico do
sistema para a norma, mais precisamente, para o interior de um universo de discurso
específico, principalmente o científico e técnico, faz com que haja uma restrição semântica.
Essa questão é visualizada com a exploração da unidade inventário, no item 2.1.
c) homonímia: caracteriza-se pela polirreferencialidade, assim como a polissemia, com
uma diferença: não há intersecção sêmica. Dessa maneira, a homonímia assinala-se pela
correspondência de um significante a vários significados, sem intersecção no plano do
conteúdo:
A homonímia é considerada como um tipo de polissemia por alguns autores
(HAENSCH, 1982:311, BARBOSA, 1998: 27). Segundo BARBOSA (idem), a homonímia
constitui-se em uma polissemia lato sensu, enquanto que a polissemia representada em b, em
stricto sensu. O termo inventário pode ser considerado homônimo de inventário em
jurisprudência apenas se os considerarmos intra-universo de discurso, ou seja, no âmbito do 9 Água 1: recurso natural líquido não renovável e finito, composto de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio. Água 2: recurso natural usado economicamente para suprir as demandas urbanas, industriais e agrícolas.(sinônimo de recursos hídricos)
STE
S1 S2 S2
STE
S1 S2
42
ECOVALE o substantivo em questão se refere ao subprojeto, enquanto que no direito, ao
processo/documento. A ocorrência de homonímia no interior do mesmo universo de discurso é
rara, já que os termos estão ligados pelo mesmo tema, possuindo algum sema em comum.
Contudo, a distinção é necessária para que se evite a inclusão de um significado irrelevante à
área-objeto. Para concluir, citamos HAENSCH (1982:299) que resume a distinção básica entre
as polissemias stricto sensu (polissemia propriamente dita) e lato sensu (homonímia):
“Homonimia: igualdad entre los significantes de dos o más palabras que
poseen distinto significado.
Polisemia: fenómeno consistente en la reunión de varios significados en una
palabra.”
d) sinonímia: marcada pela correspondência de um mesmo conteúdo semântico a dois
significantes diferentes:
Segundo LYONS (1979:475), a sinonímia é uma questão de grau e todo conjunto lexical
pode ser mais ou menos semelhante em termos de significado, por isso ela também é
denominada homossemia total (BARBOSA, 1998:31) em oposição à homossemia parcial
(parassinonímia). A diferenciação entre essas duas relações de significação determina a
distinção entre variações e sinônimos no interior de universos de discursos, inclusive o
técnico-científico. Por conseguinte, também define a microestrutura de documentos
terminológicos. É nesse prisma que a necessidade de explorar as relações de significação
torna-se mais evidente. É o caso de água como recurso natural usado economicamente que é
sinônimo de recursos hídricos.
e) parassinonímia: assinalada pela correspondência de dois elementos distintos do
conjunto significante a dois elementos do conjunto significado que mantêm uma intersecção
semântica:
S
STE1
STE2
STE1
S1 S2
STE2
43
A sinonímia ou homossemia total é difícil ocorrer, pois, segundo LYONS (1979:476)
são considerados sinônimos totais as unidades léxicas que são intercambiáveis em todos os
contextos e a identidade tanto no sentido cognitivo (denotativo) quanto afetivo (conotativo).
As áreas de especialidade podem apresentar alguns casos de homossemia total, quando suas
unidades são analisadas intra-universo de discurso. Neste caso, para diferenciar uma sinonímia
de uma parassinonímia, pode-se considerar como elemento de distinção a identificação de um
sema diferenciador. As variações, geralmente, apresentam este traço, como, por exemplo, o
grau de especialidade, ou seja, os termos mais técnicos e seus correspondentes banalizados
(meio hidrosférico-água) a escolha depende do grau técnico da publicação dentro do domínio
de especialidade (obras mais técnicas utilizam-se de termos técnicos, as menos técnicas, os
banalizados); as diferenças lexicais (cartilha técnica sobre o uso sustentável da água -
cartilha técnica); ortográficas (ISA- água índice de sustentabilidade do uso da água– índice
do uso sustentável da água); e gráficas (IQA_FONTE e IQA_Fonte).
Dessa maneira, mesmo dentro de um universo de discurso técnico-científico somente
são considerados sinônimos os termos que não permitem a determinação de um sema
diferenciador; é o caso de análise de agrupamento e cluster analysis: essas unidades são
intercambiáveis em todos os contextos relacionados ao ECOVALE e possuem identidade
semântica, sem nenhum dado particularizante determinado.
f) hiperonímia/hiponímia: esta relação eqüivale a um dos tipos de relações hierárquicas.
O hiperônimo caracteriza-se pela presença de um semema superordenado, isto é, de um
conjunto sêmico abrangente, que define uma classe de unidades lexicais a ele subordinada. É o
caso, por exemplo, de variável, que é hiperônimo de variável explicativa, variável inicial e
variável total. Os hipônimos são os componentes da classe subordinada ao hiperônimo.
Assinalam a correspondência entre dois elementos distintos do conjunto significante a dois ou
mais elementos do conjunto significado, com intersecção semântica, todos subordinados a um
significado mais abrangente:
STE1
S1 S2
STE2
44
A co-hiponímia pode ser confundida com a parassinonímia: ambas retratam uma relação
entre dois elementos distintos do conjunto significante a dois elementos com intersecção
semântica do conjunto significado. Para dirimir dúvidas ao classificar as unidades lexicais é
aconselhável observar as dissimilitudes entre as relações em questão: os co-hipônimos não são
intercambiáveis em nenhum contexto, enquanto os parassinônimos podem sê-lo em alguns; os
primeiros sempre se relacionam a um significado mais extensivo, enquanto os segundos não;
por fim, a parassinonímia é caracterizada pela igualdade de referentes cognitivos
(denotativos), enquanto a co-hiponímia é marcada pela diferença desses referentes.
g) paronímia: assinalada pela correspondência entre dois elementos do conjunto
significante com intersecção, a dois elementos do conjunto significado com ou sem
intersecção semântica:
1- 2-
Um exemplo de paronímia 2 é imigrante e emigrante, enquanto que cadeira e poltrona
demonstram a relação representada em 1.
Segundo LÉRAT (1995:45), os termos são independentes do contexto, pois apresentam
um conteúdo estável. Essa afirmação deve ter sido baseada no suposto caráter
monorreferencial do termo. Todavia, como instrumento de comunicação e, portanto, de
interação social, a unidade terminológica está sujeita às alterações de sentido. Por isso, a
utilização e análise de contextos é imprescindível na determinação do significado em caso de
homonímia, polissemia, sinonímia, entre outros. Conforme afirma BALDINGER (1977:40), o
contexto determina o significado em situação lingüística concreta. Mesmo se o termo for
monossemêmico, o contexto pode revelar propriedades ainda não observadas pelo
pesquisador.
A relevância do estudo das relações de significação em trabalhos terminológicos já foi,
implicitamente, colocada. Contudo, podemos relacionar sua importância, principalmente, ao
caráter comunicativo do termo: para cumprir este papel, a unidade terminológica precisa ser
STE1
S1 S2
STE2
STE1
S1 S2
STE2
45
corretamente interpretada, e para ser analisada sem equívocos, as supracitadas relações
precisam ser evidenciadas.
2.8.3- O mapa conceitual como método da terminologia.
Os conceitos não estão isolados dentro de um campo, mesmo porque somente o fato de
pertencerem à mesma área faz com que apresentem um núcleo comum que os relaciona,
conforme já colocamos na introdução. Além disso, os conceitos não seriam capazes de
sustentar e refletir o saber construído de uma área se não se relacionassem, formando uma
estrutura. Assim, um conceito adquire seu valor dentro de um conjunto e existe apenas em
relação a esse conjunto. Por isso nos referimos sempre a um sistema de conceitos. Neste, as
“unidades de pensamento” são comparadas e diferenciadas conforme sua posição, ao mesmo
tempo em que as relações que mantêm umas com as outras são elucidadas, o que permite que
alguns de seus traços distintivos sejam delimitados. Cumpre observar que, como os termos dão
acesso aos conceitos, constituindo-se em sua manifestação no nível semiótico, nós os
utilizamos para representar o conceito em uma estrutura, fato que permite que o sistema
terminológico corresponda ao conceitual.
A importância da organização de um sistema conceitual para qualquer trabalho
terminológico reside no fato de que este reflete a estrutura do conhecimento, do saber
construído da concernente área, como já foi amplamente ressaltado anteriormente. Ao analisar
e construir o sistema, penetramos na estrutura do conhecimento do nosso objeto de estudo e
conhecemos o estado atual em que o campo se encontra. Devido à relação de
interdisciplinaridade que as áreas mantêm, um mesmo termo pode assumir muitas acepções.
Seu encaixe dentro de um sistema estruturado permite que apenas a acepção relativa ao
domínio seja abordada, evitando possíveis equívocos. Em outras palavras, o estudo do sistema
conceitual de uma área permite a delimitação precisa da relação dos conceitos, da posição que
cada um ocupa no sistema, assim como dos seus traços distintivos e de sua denominação.
A organização do sistema é feita a partir da análise dos conceitos. Estes são passíveis de
ser agrupados em classes e subclasses de acordo com as características que compartilham e
com as relações que os ligam. É da interação dos conceitos que derivam os tipos de relações.
Assim, ao analisarmos um conceito, abstraímos certos traços que nos conduzirão aos tipos ou
46
classes de conceitos. Cada sistema pode abranger diferentes subclasses de conceito (CABRÉ,
1993:181), ou seja, pode comportar mais de uma subclasse, como: métodos (método ward,
método estatístico, análise fatorial, fontes de água...), propriedades desses objetos
(matemático, econométrico, ecológico, estatístico,...), relações (equivalente, subordinado,
superordenado,...), operações (cadastrar, diagnosticar,...). É preciso enfatizar, ainda, que um
campo conceitual pode ser estruturado de diferentes maneiras, conforme o critério definidor
dos campos. No entanto, por mais representativo que seja o sistema, ele nunca será capaz de
apreciar totalmente o caráter multilateral das relações. No capítulo seguinte, apresentamos
vários exemplos de mapas conceituais. Além disso, nosso vocabulário possui, como
introdução à sua forma sistemática, um mapa conceitual.
Para construir o sistema conceitual, operamos com as relações entre conceitos. De
acordo com a ISO 704 (1987:04),as relações entre conceitos podem ser classificadas em
hierárquicas e não hierárquicas. As primeiras se subdividem em relações genéricas (aquelas
que indicam uma relação de gênero - espécie ou entre um conceito mais amplo e um mais
restrito) e relações partitivas (relação entre o todo e a parte). As segundas, também chamadas
de contigüidade, são relações de causa e efeito, de implicação, de tempo, de espaço, entre
outras. A maneira de representar o sistema varia segundo as relações. As genéricas são
representadas por traços inclinados, enquanto que as partitivas o são por traços retos; já para as
de contigüidade não existe um modelo definido pela ISO 704, sugerimos, para este caso, o uso
de linhas pontilhadas. Abaixo ilustramos, com exemplos bem simples, dois sistemas de
conceitos; o primeiro é caracterizado por relações genéricas e o segundo, por partitivas:
Aparelhos usados América
para comunicação telefone televisão computador rádio do Norte do Sul Central
sem fio com fio México Canadá Estados Unidos
Nos trabalhos terminológicos, o sistema conceitual chamado “árvore do domínio” é
muito utilizado. Esta árvore, segundo DUBUC (1985:53), compreende duas partes: a primeira,
que deve situar o objeto da pesquisa dentro dos domínios mais gerais e a segunda, que precisa
estruturar o objeto escolhido de modo que a relação entre os conceitos seja retratada (conferir
47
mapa do item 1.1 do capítulo VI). O mapa conceitual também é o reflexo do conhecimento
que o pesquisador adquiriu sobre o tema de sua pesquisa. Nele, o tema é dividido em
categorias conceituais (ou dimensões), as quais são amplamente desenvolvidas (conferir item
2 do capítulo VI). A estrutura do trabalho é o resultado do mapa, ou seja, é através do mapa
que se escolhe qual a categoria conceitual que será o objeto de estudo. A organização do
mapa, assim como a da estrutura do trabalho, varia segundo o ponto de vista e os objetivos de
quem a elabora. A escolha de categorias e subcategorias, bem como dos conceitos que se
enquadram nelas, é feita de maneira lógica, a partir da análise do conhecimento e da visão de
mundo em questão. Como cada campo possui características muito particulares, categorias
aplicadas a um podem não ser adequadas a outro. Por exemplo: para “Monitoramento da
qualidade da água”, podemos utilizar a categoria “fontes de poluição”. Tal categoria não é
pertinente para “Mal de Alzheimer”. Para este campo, poderíamos selecionar a categoria:
“médica” e dividi-la em diagnóstico, causa, sintoma e tratamento, e, “científica” como
categoria e características e tipo como subcategorias.
48
III- Embrapa: empresa pioneira
3.1- Dimensão institucional
A criação da Embrapa em 1973, com a lei nº 5.851, visava dar maior dimensão às
pesquisas desenvolvidas, até então, pelo Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuária
(DNPEA). Vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, a prioridade da
Embrapa era a geração de conhecimentos e de tecnologias avançadas que representassem
mudanças no processo de produção agropecuária do Brasil. A Embrapa é gestora do Sistema
Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), que congrega duas centenas de organizações
públicas e privadas, federais e estaduais.
Nesse momento de sua criação, a Embrapa era composta por centros nacionais de
pesquisa de produtos, centros de pesquisa de recursos e serviços especiais, além das unidades
cobrindo todo o território nacional e tinham caráter de ação nacional, regional e estadual
(Ribeiro: 1999).
Os centros de ação nacional dividiam-se em centros de pesquisa de produtos e serviços
especiais. Os centros de pesquisa por produtos eram estrategicamente estabelecidos,
respeitando a vocação e tradição do estado que o sediava, para determinado produto, como o
Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite (CNPGL), por exemplo, que se localizava em
Minas Gerais.
Em número de quatro, os serviços especiais funcionavam como suporte às pesquisas
desenvolvidas nos centros de produtos:
- Centro Nacional de Recursos Genéticos (Cenargen), que organizava e
coordenava a introdução e intercâmbio de plantas para pesquisas imediatas ou
para a conservação e utilização em pesquisas futuras;
- Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (SNLCS),
responsável pelo desenvolvimento das pesquisas de solos em todo o território
nacional;
- Serviço de Produção de Sementes Básicas (SPSB), responsável pela
manutenção, multiplicação e distribuição de sementes básicas para o plantio;
49
- O Centro de Tecnologia Agrícola e Alimentar (CTAA), que fazia o
processamento de produtos agropecuários e execução de pesquisas em grãos,
óleos, gorduras, raízes e tubérculos.
Os centros de caráter regional marcam o início da agricultura sustentável, pois
executavam inventários e pesquisas sobre os recursos naturais e socioeconômicos da região
onde se encontravam, visando o aproveitamento agrícola, sem, entretanto, ferir o ecossistema.
Os centros de ação estadual eram sistemas estaduais que pesquisavam as suas próprias
características e possibilidades e procuravam solucionar problemas locais e pontuais de
produção agrícola.
A década de 90 sinalizou para o desenho de um novo padrão de concorrência
econômica, em que se privilegia a competitividade via qualidade e diversificação de produtos.
A sociedade passou a exigir serviços mais objetivos, mais direcionados aos problemas da
nação e uma nova postura das instituições públicas. Para atender ao apelo, a embrapa observa
em seu próprio ambiente interno as preocupações e reivindicações que estariam em sintonia
com as transformações ambientais, tecnológicas, sociais, econômicas, políticas e institucionais
em curso nos cenários internacional” (FLORES, 1991).
Essas preocupações e reivindicações envolviam na esfera administrativa, a
centralização excessiva dos processos, que prejudicava a agilidade, flexibilidade, autonomia e
produção técnico-científica das unidades de pesquisa em todo o país; na dimensão técnico-
científica, a crise no modelo de pesquisa da Embrapa – que não conseguia, em parte, executar,
na prática, todos os seus postulados teóricos; e, no nível político, havia um hiato entre as
políticas de pesquisa da empresa e as políticas agrícolas do Governo Federal e Estadual e,
também, o enfraquecimento da função coordenadora da Embrapa em relação ao sistema
Cooperativo e as novas necessidades da sociedade brasileira, já que havia um isolamento da
empresa com relação à grande parte dos segmentos organizados da sociedade.
Em 1991, foi elaborada uma proposta, contendo um conjunto de mudanças profundas,
abordando aspectos conceituais, organizacionais, administrativos e políticos.A Embrapa
firmou um compromisso com a “gestão tecnológica e a qualidade dos projetos e subprojetos
de pesquisa e desenvolvimento de produtos, processos e serviços tecnológicos” (Embrapa,
1997). A nova estrutura compreende 39 unidades descentralizadas, 18 programas de pesquisa
e o sistema cooperativo passou a ser denominado sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária
50
(SNPA). O novo modelo institucional apresenta uma estrutura composta por centros nacionais
de pesquisa de produtos, centros de pesquisa de recursos, além das unidades de pesquisa de
âmbito estadual e conserva o caráter estratégico de representatividade nacional.
A partir de 1994, destaca-se o papel fundamental do setor agropecuário no plano de
estabilização adotado pelo governo federal. Enquanto os preços dos insumos subiram de forma
generalizada, inclusive as tarifas públicas, os preços dos alimentos permaneceram
relativamente estáveis no período, mesmo com o aumento da demanda interna, o que permite
classificar a agricultura como a âncora verde do Plano Real. Um dos principais fatores de
sucesso do agronegócio brasileiro é o sistema PD&I (pesquisa, desenvolvimento e
informação) para o setor. Grande parte do avanço do PD&I foi resultado da estruturação de
um sistema de parcerias da pesquisa agropecuária, que inclui, além da embrapa, sistemas
Estaduais de Pesquisa Agropecuária, que reúnem em cada estado órgãos públicos e privados.
Atualmente, com 37 centros de pesquisa e 3 unidades de serviços, localizadas em
pontos estratégicos do Brasil, a Embrapa é considerada uma das maiores organizações de
pesquisa agropecuária do mundo. Seu sistema de gestão é voltado para a busca de eficiência,
priorizando suas atividades-fim (Embrapa:2002.).
3.2- Dimensão científica, tecnológica e técnica
A dimensão científica, tecnológica e técnica da Embrapa têm como componentes os
aspectos delimitadores do seu universo, a ação de pesquisa e desenvolvimento centrada nas
demandas e o enfoque sistêmico (Ribeiro:1999).
Quanto aos aspectos delimitadores do universo científico, tecnológico e técnico da
Embrapa, temos seu nome, a missão e seus discursos, as unidades de pesquisa, a temática dos
programas de pesquisa e o modelo.
O nome Embrapa declara sua condição de empresa pública da agropecuária brasileira,
carrega em si a necessidade de incorporar “uma postura empresarial com responsabilidade
social” (FLORES E SILVA, 1992).
Quanto à missão, a Embrapa deve gerar e promover a produção científica e tecnológica
que possibilite o desenvolvimento auto-sustentável da agropecuária e agroindústrias nacionais,
buscando o bem-estar econômico da sociedade, através do uso racional dos recursos naturais e
51
da conservação do meio ambiente. Neste ponto, entra exatamente o ECOVALE com seus
objetivos de organizar uma metodologia que permita o monitoramento da qualidade da água,
detecção das causas da degradação, ação imediata para corrigir, mitigar ou restringir o
problema e, assim, propiciar o uso racional e a conservação do meio ambiente, em suma, o
desenvolvimento sustentável.
Na análise de Ribeiro (1999), a missão da Embrapa é afirmada, utilizando a narrativa da
vitória, própria do discurso científico, podendo ser definida pela modalidade complexa das
estruturas de poder contida nos discursos científico, tecnológico e político:
a) Científico: do saber-fazer, que gera o conhecimento para desenvolver tecnologias
específicas em benefício da sociedade;
b) Tecnológico: poder-fazer, que gera competência parta assegurar o desenvolvimento
sustentável do agronegócio brasileiro.
c) Político: do querer-fazer, que explicita a vontade de gerar, adaptar e transferir
conhecimentos e tecnologias para desenvolver setores específicos em prol da
sociedade.
As unidades de pesquisa são diretamente responsáveis pelo desenvolvimento científico,
tecnológico e técnico, com planos de pesquisa baseado na demanda da sociedade.
Os 18 programas de pesquisa, cujo foco está voltado para quatro grandes temas como
alimentos, temas básicos, ecossistemas e assuntos de desenvolvimento estratégico
materializam a busca da produtividade, da eficiência, da solução de problemas sociais e
ambientais, do atendimento com qualidade às demandas dos clientes, da geração e adaptação
de tecnologias e transferência das informações científicas, tecnológicas e técnicas.
A Embrapa tem um modelo circular de pesquisa e desenvolvimento centrado em
demandas e dentro de um enfoque sistêmico – o que a equivale a dizer a pesquisa não deve
começar e terminar no produtor rural, como era no passado. A produção de tecnologia gera
informações que devem ser compartilhadas com quem produz, mas também com quem
processa, transporta, armazena, comercializa e consome os produtos da agropecuária e ainda
por serem compartilhadas com aqueles que ensinam, pesquisam difundem, planejam, investem
financiam e revisam ou formulam políticas de ciência e tecnologia agropecuária. Por isso, a
densidade terminológica de nosso trabalho é média para poder atingir uma maior e
52
diversificado público-alvo. No modelo da Embrapa, hoje, a pesquisa começa e termina na
sociedade.
As ações da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) se apresentam no planejamento das
pesquisas, na geração, adaptação e transferência de novas tecnologias, técnica e produtos
acabados, cuja demanda é centrada no cliente, o que aumenta a probabilidade de adoção de
uma tecnologia, já que foram desenvolvidos para atender uma necessidade específica.
Novamente, podemos enquadrar o subprojeto 1.4 neste ponto, afinal seu objetivo é propiciar à
população uma qualidade de vida melhor baseada em uma tecnologia simples, mas ampla e
executada também pela comunidade da região pesquisada.
A Embrapa tem uma equipe multidisciplinar, que deve trabalhar de forma integrada e
cooperativa. Os centros de pesquisa têm um reagrupamento dinâmico e mutável, que
trabalham conforme o surgimento de novas prioridades políticas e sociais. Isso é conseqüência
da adoção de um enfoque sistêmico que se baseia na inter-relação e interdependência dos
fenômenos físicos, químicos, biológicos, sociais e culturais. Esse enfoque sistêmico
proporciona um melhor aproveitamento dos recursos físicos, financeiros e humanos,
garantindo o aumento da produtividade.
Para se ter uma dimensão da Embrapa, em 2001, foram executados 51 projetos de
pesquisa, com 238 subprojetos, em 32 centros de pesquisa e 14 instituições parceiras,
envolvendo 63 produtos agrícolas. Foram também implantados 8 modelos físicos
demonstrativos. Diversos projetos envolviam o Comitê de Entidade de Combate à Fome e pela
Vida (COEP), a fundação Banco do Brasil, organizações não-governamentais e prefeituras
municipais, entre outras.
3.3- Comunicação institucional , científica, tecnológica e técnica
São modalidades complementares de comunicação praticadas na Embrapa:
comunicação administrativa, comunicação científica, comunicação governamental,
comunicação mercadológica, comunicação social e comunicação para transferência de
tecnologia. O interesse, aqui, está na comunicação científica e na comunicação para
transferência de tecnologia, modalidades que são complementares, mas que usam veículos e
formatos diferentes e se dirigem a públicos específicos.
53
O corpo de pesquisadores e dos comitês de publicações existentes em cada unidade se
responsabiliza pela comunicação científica, observada em eventos como seminários,
congressos, simpósios e reuniões técnicas, assim como em publicações científicas,
tecnológicas e técnicas.
Este corpo de pesquisadores também é responsável pela comunicação para
transferência de tecnologia, mas também essa comunicação é de responsabilidade dos
divulgadores de tecnologias, como acontece num atendimento técnico na unidade de pesquisa,
e nas exposições agropecuárias; na participação em eventos (palestras, reuniões técnicas, dias
de campo); e nas visitas técnicas a propriedades rurais. Essa característica fez com que a
Embrapa firmasse um contrato de cooperação técnica com universidades, pois, dessa forma, a
comunicação é viabilizada e ampliada para vários setores diferentes da sociedade.
3.4- Relação Embrapa e produção terminológica
Já colocamos, mas é preciso reiterar que a missão da Embrapa é “gerar e promover a
produção científica e tecnológica que possibilite o desenvolvimento auto-sustentado da
agropecuária e da agroindústria nacionais, visando o bem-estar social e econômico da
sociedade brasileira, através do uso racional dos recursos naturais e conservação do meio
ambiente” (FLORES, 1991.). Essa missão dá uma dimensão da extensão da abrangência do
modelo institucional da Embrapa e do seu universo terminológico, que precisa ser compilado e
divulgado.
A geração de conhecimentos produtos e tecnologias que vão atender às demandas do
setor produtivo requer pesquisa e envolvimento de profissionais qualificados em várias áreas.
A atividade científica estimula a compreensão dos objetos de investigação e a compreensão do
mesmo está relacionada às exigências da comunicação especializada e à problemática da
representação terminológica. Essa representação se dá através da nomeação dos produtos
gerados, dos mecanismos e dos agentes usados para se chegar até eles, com termos
lingüisticamente corretos e com significados claramente definidos para que a comunicação
seja precisa, reduzindo possíveis ambigüidades. É nesse contexto se propões uma reflexão
sobre a organização e a difusão da terminologia científica, tecnológica e técnica usada no
âmbito da Embrapa. Os pesquisadores e os produtores de tecnologias e técnicas constituem as
54
principais fontes de produção terminológica. A expressão na língua de origem impõe o uso de
sua própria terminologia. Os países mais desenvolvidos fazem grandes investimentos na
pesquisa lingüística e no desenvolvimento de base de dados terminológicos, pois a precisão na
escolha de termos técnicos e científicos e sua disseminação tornaram-se uma demonstração de
eficiência.
Ribeiro(1999) realizou uma pesquisa exploratória sobre os mecanismos de acesso à
informação terminológica na Embrapa, para a verificação da extensão do problema e
quantificá-lo. Buscou-se detectar a necessidade de apoio terminológico – que é rotineira -
conhecer as características da produção textual, científica, tecnológica e técnica, bem como as
preferências editoriais dos autores. Como resultado, o diagnóstico confirmou a fragilidade da
política editorial da Embrapa e as questões relativas à padronização dos veículos de
comunicação dos resultados de pesquisa. Daí surgiram a Base Metodológica da Embrapa e o
Manual dos Veículos de Divulgação Terminológica, utilizados na metodologia desse trabalho.
3.5- Embrapa – meio ambiente
O subprojeto ECOVALE é um produto da Embrapa- meio ambiente. É secular o
choque entre atividades de cunho econômico e preservação ambiental, em particular o conflito
entre a agropecuária e a conservação do meio ambiente. Desde a sua criação, em 1973, a
Embrapa tem buscado harmonizar as demandas da sociedade por produção de alimentos,
desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda, com a sustentabilidade dos
processos de produção agropecuária.
A Embrapa perseguiu, assim, componentes de preservação ambiental em suas
tecnologias, visando à conservação de recursos naturais, como a biodiversidade, a água, o solo
e o ar, e objetivando melhor qualidade de vida, produção de alimentos saudáveis e
sustentabilidade do agronegócio.. Esse desenvolvimento sustentável é viabilizado por meio de
geração, adaptação, transferência de conhecimentos e tecnologias, em benefício da sociedade.
A relação Embrapa/meio ambiente pode ser observada, por exemplo, na preservação da
biodiversidade. A pesquisa pública do Ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento
está implantada na Amazônia desde 1939, com a criação do Instituto Amazônico do Norte
(IAN), hoje Embrapa. O próprio subprojeto ECOVALE espelha essas características, conforme
55
já colocamos na introdução deste trabalho e reiteramos, com comentários adicionais no item 2
do próximo capítulo.
Um dos principais pilares para essas importantes atividades em prol do meio ambiente
amazônico foi a criação do herbário IAN, fundado em 1945, que constituiu um marco
fundamental para a P&D na região. Esse herbário, localizado na sede da Embrapa, em Belém
(PA), conta com modernas instalações e excelente visibilidade em nível nacional e
internacional. O seu acervo, em fase de informatização é composto por 176 mil exemplares de
plantas desidratadas, 28 mil fotografias de plantas e uma coleção de tipos de nomenclaturas
com dois mil exemplares. Essas coleções científicas, com cerca de 187 mil exemplares
catalogados, classificados e caracterizados, têm sido amplamente utilizadas para caracterizar,
avaliar e documentar a biodiversidade regional possibilitando assim o aumento do
conhecimento e a geração de tecnologias apropriadas para a sustentabilidade produtiva e
ambiental da Amazônia.
De outro modo, com relação a recursos naturais e biodiversidade, a contenção da
expansão da fronteira agrícola, por meio do aumento da produtividade das culturas, permitiu
manter intactos milhões de hectares de vegetação nativa nos diversos ecossistemas brasileiros.
Apesar disso, a Embrapa continua avançando no desenvolvimento de tecnologias que
possibilitam a convivência das atividades do agronegócio com a conservação dos recursos
naturais e da biodiversidade, sendo o ECOVALE um exemplo disso.
No estudo dos recursos hídricos, está o grande desafio deste século, que é saber
conservar a água para abastecer a população do planeta. A Embrapa, junto com outras
instituições está coordenando um diagnóstico dos principais lençóis subterrâneos,
reservatórios e rios da região semi-árida nordestina. Essa ação tem o objetivo de apoiar os
órgãos governamentais e não-governamentais na avaliação e no monitoramento da qualidade
das águas. Para ajudar a prevenir a contaminação da água está sendo feito um inventário da
qualidade ambiental dos recursos hídricos, com a utilização de metodologia de monitoramento
de uso múltiplo, por meio de sondas multiparâmetros, kits e estações de alerta. Ao mesmo
tempo, o uso de métodos biológicos diminui a contaminação da água. Esse trabalho pode
reduzir em até 75% os casos de enfermidades contraídas por veiculação hídrica.
A Embrapa vem desenvolvendo ações de caracterização e monitoramento de mais de
100 bacias hidrográficas da Região Nordeste, o que possibilita a proposição de alternativas
56
tecnológicas para descontaminação e dessalinização dos recursos hídricos, a formação de
banco de dados com subsídios para elaboração de programas de manejo, a identificação de
demandas e potencialidades, e a caracterização das fontes de contaminação.
No Submédio São Francisco, por meio do ECOVALE, foi instalado um sistema
automático de monitoramento da qualidade da água, que permite a rastreabilidade de fontes
pontuais de poluição, com vistas à Certificação de qualidade no Campo preconizadas pelas
normas da série ISO 14.000, que dentro em breve será exigida pelos importadores de frutas
produzidas na região.
Todos esses projetos impõem a transferência desse estoque científico, técnico e
tecnológico como estratégia para o desenvolvimento de nossa agricultura. A Embrapa já
utiliza para isso, em parceria com os órgãos de assistência técnica e extensão rural, e agora,
universidades, diferentes instrumentos de comunicação, como vocabulários, meios de
comunicação de massa, treinamento, distribuição de boletins e cartilhas técnicas, realização de
dias-de-campo, inclusive pela TV, internet, excursões técnicas e publicações de artigos, entre
outros. Toda essa produção exige uma comunicação especializada; o corpo técnico necessita
ter acesso às informações lingüísticas, terminológicas para facilitar os mecanismos de
produção textual. Daí a importância da parceria da qual nosso trabalho faz parte.
57
IV- Semi-árido nordestino e o subprojeto ECOVALE
4.1- Semi-árido nordestino: aspectos gerais
ALVARGONZALEZ (1981, p.5) elenca alguns requisitos para análise das causas do
drama nordestino e estudo das soluções. A análise do funcionamento econômico do Nordeste
árido parte da focalização do problema nas condições adversas à prática da agricultura de
subsistência que imperam no Nordeste árido. Além disso, as reiteradas calamidades por que é
atingida essa região provocam a predominância dessas condições. Por isso, para estudá-la é
recomendável não partir de esquemas e premissas alheias à realidade local, ponto em que
muitos autores falham no tratamento do problema nordestino. Não é possível resolvê-lo,
utilizando esquemas e premissas forjadas para resolver os problemas de outras sociedades
muito diferentes. Eis aqui um dos pontos mais relevantes do ECOVALE, que parte da análise
de dados colhidos em campo pela própria população da região, que a conhece bem e pode
descrever com mais precisão suas características.
Considerado este ponto, as recomendações são que as estruturas sociais locais, no caso
do Brasil, em específico o Nordeste árido, constituam esquemas abertos ao desenvolvimento
econômico, ou, pelo menos, essas estruturas deveriam ser suscetíveis de imediato reajuste,
eliminando os obstáculos ao seu avanço. Essa flexibilidade – de ser um esquema aberto ao
desenvolvimento ou de, no mínimo, ser suscetível de reajuste - permitiria que numa análise
puramente econômica se pudesse fazer abstração do jogo das estruturas sociais, conduzindo a
melhores resultados. É bom ressaltar que o desenvolvimento da sociedade em questão está
condicionado pela necessidade de induzir profundas modificações nas referidas estruturas, o
que é impossível se se limitar o efeito político à esfera econômica. Daí a necessidade da
flexibilidade na estrutura social. Ela precisa ser aberta e suscetível a essas mudanças. Nota-se
que para que isso aconteça, é necessário um estudo integrado de aspectos econômicos e
sociais.
Ainda segundo ALVARGONZALEZ (1981, p.11) uma segunda recomendação para se
chegar ao entendimento do problema nordestino é esclarecer como se efetivou o
desenvolvimento das atividades econômicas, como funciona sua economia, quais mecanismos
regulam sua eficácia. Nas duas recomendações, portanto, destacam-se os problemas de caráter
institucional que podem consistir em fatores de bloqueio e os esquemas que explicam o
58
funcionamento econômico local. Feito isso, a terceira recomendação enfatiza a necessidade de
considerar profundamente aspectos institucionais. O ECOVALE, que colabora para a
elaboração de estratégias e observação de recursos adequados para o desenvolvimento do
Nordeste árido, promove um estudo que, de certa forma, contemplam essas recomendações
(conferir próximo item).
Considerando esse panorama local do Nordeste árido, em que imperam condições
adversas à prática da agricultura de subsistência e as recomendações propostas, podemos partir
para a observação das raízes da problemática do semi-árido nordestino. No fio dela, está um
trabalho com a terra feito exclusivamente com o esforço físico do homem. Na pecuária, há
também primitivismo: não se pratica armazenagem, que poderiam constituir reservas de
forragem para alimentação durante a seca. Observado isso, o ideal é analisar o horizonte
tecnológico atual e propor um esboço de estratégias adequadas para induzir sua evolução a
outros mais avançados, exatamente o que propõe o subprojeto 1.4.
Desconsiderando as regiões litorâneas, as regiões ecológicas da mata e do agreste, em
que se desenvolveu o cultivo de cacau e de cana-de-açúcar, bem como a pecuária leiteira, o
setor agrícola nordestino caracteriza-se pela preponderância de sistemas extremamente
primitivos, como a agricultura de sequeiro, a agricultura sazonal e a pecuária bovina muito
extensiva. No primeiro caso, elimina-se a vegetação natural mediante machado, foice ou fogo,
buscando limpar a terra para o cultivo. Depois, faz-se o trabalho com a enxada e, em seguida,
a semeadura a mão, com a ajuda da mesma enxada ou com o auxílio de um pau para praticar
agulheiros, onde serão depositadas as sementes.
Com este tipo de agricultura, a fertilidade do solo das áreas virgens costuma assegurar
até três colheitas, depois há o esgotamento progressivo do mesmo, o abandono da região e a
busca de outras áreas para cultivo. Essa agricultura de subsistência ou agricultura de sequeiro
é, segundo ECOVALE, uma das causas do baixo nível econômico na região. Em geral, a
restauração do solo leva de 15-20 anos e, então, pode-se iniciar um novo período de cultivo de
três ou quatro anos. Durante esse tempo de recuperação, o que pode ser feito, após ter deixado
a terra em repouso por quatro ou cinco anos e com alguma ressalva, é o pastoreio com uso da
vegetação natural. A vantagem é que essa intercalação agricultura-pecuária permite que se
chegue a um equilíbrio ecológico que determina que a extensão dos pastos seja de três a cinco
59
vezes superior à que ocupam os terrenos cultivados e que a superfície ociosa seja pelo menos
superior em cerca de 25% àquelas terras.
A limitação está na fisiologia do trabalho humano. Há um baixo nível tecnológico que
faz com que a situação econômica do Nordeste árido persista. Sem o apoio tecnológico, um
dos fatores que interferem no perfil econômico do Submédio São Francisco, segundo o
subprojeto 1.4, cujas questões são mais discutidas no próximo item, as populações rurais do
Nordeste árido são forçadas a viverem do produto do cultivo de reduzidas extensões que
puderam dominar. A extensão das propriedades de sequeiro, cultivadas direta e pessoalmente,
não poderá exceder a vinte hectares, dos quais se lavrarão três ou quatro. A pressão
demográfica e a proliferação de minifúndios forçarão a quem possua uma superfície inferior a
não desenvolver esquemas ótimos de agricultura de subsistência, adotando ciclos mais
intensivos, que não permitem uma plena recuperação do solo, diminuindo a produtividade. A
intensividade crescente do cultivo, a ausência dos recursos da agronomia moderna e os lapsos
de recuperação natural dos solos exigidos pelo tipo de agricultura em questão conduzirá à
degradação irreversível do solo, uma conseqüência catastrófica. No mesmo contexto, numa
agricultura irrigada, o problema irá persistir, segundo o ECOVALE, já que esta colabora para a
salinização dos solos, devido à falta de uma rede de drenagem10 adequada e de tecnologia. As
limitações advindas desse primitivismo da agricultura nordestina são a real causa da pobreza
dos camponeses e da ameaça da miséria ante a contingência da seca, já que a seca afeta tanto
as terras exploradas pelos fazendeiros, as que estão em arrendamento ou cedidas por processo
de parceria, bem como a dos pequenos proprietários, afetando em maior grau os últimos – os
parceiros e os pequenos proprietários. Isto afeta diretamente o perfil econômico da região, que,
como foi ressaltado no próximo item, apresenta sérios problemas nesta área, afinal dos 73
municípios estudados, apenas Petrolina e Juazeiro apresentam um perfil econômico adequado.
Na pecuária, há mínima aplicação de recursos de capital e mínimas exigências na
atuação direta de gerência; mínima atenção ao gado e quase nenhuma às terras de pasto, um
sistema desenvolvido com reduzida mão-de-obra. No entanto, a mortalidade e a escassez de
forragens na estação seca, fazem com que seja necessário aplicar mais de cem unidades
forrageiras para produzir um quilo de carne. O contra-senso é que mesmo necessitando de
mínimos recursos, a pecuária não se expande, porque, mesmo exigindo mínima mão-de-obra,
10 Rede de drenagem é a disposição do sistema de transporte natural dos sedimentos erodidos das encostas e das águas salobras de uma área irrigada para um corpo de água.
60
é inviabilizada, seja pela limitação imposta pelos esquemas pecuários, seja pela demanda de
mão-de-obra imposta pela superfície trabalhada para cultivo, que mobiliza grande quantidade,
já que a agricultura depende exclusivamente do esforço físico do homem. A superação dessa
contradição está em mobilizar outros esquemas de produção que incorporem energia animal
ou mecânica no processo de cultivo, liberando mão-de-obra para a pecuária ou para as áreas de
irrigação e reduzindo as transferências intersetoriais de mão-de-obra.
Para que se proponham adequadas estratégias que conduzam à superação do drama do
Nordeste árido Brasileiro, há primeiro que se apresentar as condições atuais da região. Para
tanto, o ECOVALE faz a análise de alguns temas, a partir dos dados disponibilizados pelo
IBGE, conforme colocamos no próximo item, como os atuais sistemas de produção agrícola,
os recursos naturais, as linhas de comercialização e de crédito agrícola, sistemas de produção
mais avançados, necessidade de capital de giro, de investimentos em infra-estrutura e de
recursos humanos.
O primeiro aspecto a se considerar é que o regime de chuvas determina as possibilidades
de agricultura no Nordeste árido. É de acordo com a abundância ou escassez de precipitações e
com sua distribuição durante o ano que se pode distinguir no Nordeste árido dois tipos de
agricultura: a agricultura sazonal, característica da faixa litorânea oriental, tem suas limitações
vinculadas à natureza do solo, o que pode ser superado com o uso de tecnologia moderna;
também temos a agricultura de sequeiro, modulada pela aridez, fator limitante.
Portanto, as potencialidades agrícolas são mínimas e exigem, para o desenvolvimento
dessas áreas, que elas sejam complementares aos programas de agricultura irrigada. Nas áreas
com 4-7 meses de chuva, há possibilidade de desenvolvimento de um cultivo aceitável sem
irrigação, mas esta, a irrigação, deve ocorrer na maior parte dos cultivos. Áreas com mais de 7
meses úmidos permitem a agricultura sem irrigação.
Aliar essas descrições climáticas com as definições do solo nordestino, pode-se intuir as
vocações agrícolas dos solos e avaliar suas potencialidades. Quanto ao solo nordestino, os
fatores climáticos aceleram as reações químicas de degradação dos minerais, bem como as
mecânicas da erosão. As terras apresentam uma capacidade mínima de retenção de água e essa
capacidade é fator limitante da vegetação. As terras são constituídas em sua maioria por solos
arenosos, de baixo potencial. Como os solos foram submetidos à longa erosão, possuem um
deficiente poder de absorção, sendo comum a senilidade mais ou menos comum nos mesmos.
61
A partir da inter-relação das descrições climáticas com as definições do solo nordestino, pode-
se pensar nas possibilidades de desenvolvimento da agricultura irrigada e da agricultura não
irrigada. Todas essas questões são analisadas e discutidas pelo subprojeto 1.4 que apresenta
várias recomendações que podem minimizar os problemas colocados acima. A aridez, aqui,
não é um fator limitante, além disso, podem-se estabelecer alternativas de cultivos com duas
ou mais colheitas por ano e também desenvolver a pecuária intensiva.
Na agricultura de sequeiro, cuja estação úmida dura de 5,5 a 7 meses, não se pode
obter mais de uma colheita por ano. As culturas hortícolas de ciclo largo não incompatíveis
com essa região agroclimática, assim como o desenvolvimento de cítricos. Nela, há o
predomínio da aridez, o que limita as possibilidades de lavoura, estando essaa reduzidas a
culturas de subsistência, como a do feijão e a do milho, variedades de ciclo curto. O
desenvolvimento da pecuária também está condicionado pela aridez. As pastagens
desaparecem na seca, ficando o gado limitado a se manter sobre a vegetação arbórea.
O aspecto desfavorável, aqui, é o contra-senso existente entre a distribuição dos
recursos naturais e a distribuição dos recursos humanos. 56,94% da população encontram-se
nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe. Mas as
possibilidades de desenvolvimento da lavoura nessa região são de 19,48%, sendo mais
desfavorável ainda sob o ponto de vista geral do Nordeste árido, 16.56%, onde se tem menos
recurso natural, e onde se encontra a maior parte da população nordestina.
No Nordeste árido, as características climáticas são incompatíveis com a gênese dos
rios perenes, mas a SUDENE estimou que os recursos hídricos dos rios São Francisco e
Parnaíba permitiriam irrigar 1.2000.000 hectares, com captação a fio de água. Daí a
importância do rio São Francisco. Há, também, rios que correm durante parte do ano, e outros
cujo curso é extremamente irregular, o que determina a necessidade de construção de
reservatórios, com capacidade para assegurar o fornecimento de água às áreas irrigadas. Essa é
justamente uma das recomendações do ECOVALE. Mesmo com algumas limitações, como
perdas por evaporação nas barragens e nos canais de adução, o potencial das águas superficiais
para irrigação ascende a um valor considerável.
Por último, quanto à utilização de águas subterrâneas, podem ser observadas vantagens
como: rapidez de execução, captação de água nas próprias terras irrigadas, eliminação de
perdas por evaporação nas barragens, diminuição da rede de distribuição. O inconveniente é
62
que tais águas são salobras e precisam passar por um processo de dessanilização, conforme
coloca o subprojeto 1.4.
O semi-árido nordestino é alvo de muitos trabalhos, mas nenhum, até então, havia se
pautado na análise de fatores econômicos e sociais, desvinculando-os do ecológico. Essa visão
contraria o conceito de desenvolvimento sustentável e não considera a água como bem
econômico, característica inerente ao líquido e que determina, certamente, as condições sócio-
econômicas de uma região. O ECOVALE, ao adotar o conceito holístico de desenvolvimento
sustentável, estudou os três aspectos (econômico, social e ecológico) do Submédio São
Francisco e desenvolveu uma metodologia integradora destes fatores, que visa ao
desenvolvimento sustentável, sem alijar nenhum perfil.
4.2- ECOVALE: especificidades, funções e desenvolvimento
Segundo o colocado na introdução, a seca no semi-árido não é recente. Seu primeiro
registro foi logo em seguida ao descobrimento, em 1583. No século passado, houve secas
periódicas com impactos traumáticos sobre a população. Houve uma grave falta de água em
São Paulo em 1877.
Em 1992, uma comissão de especialistas constatou ser a falta de gerenciamento
adequado o maior problema regional. O monitoramento da qualidade da água tal como
propõe o ECOVALE, bem como seu programa de educação ambiental são aspectos
necessários ao gerenciamento adequado. Por conta das condições da região, já discutidas no
item anterior, grande parte da precipitação é consumida pela evapotranspiração intensa,
restando pouco a ser acumulado em rios, açudes e aqüíferos. Neste ponto, reside a grande
importância do São Francisco na região. Porém, suas águas são represadas inadequadamente e
inadvertidamente por fazendeiros para irrigação, o que diminui sua vazão em direção à sua
foz. Daí a constatação da diminuição da vazão do rio. A transposição do rio é considerada por
muitos como a solução para esses problemas, porém, essa alternativa somente seria viável com
um cuidado especial em manter condições ecológicas adequadas e reflorestamento da mata
ciliar. Para outros, o ideal é a concessão e outorga do uso da água, ou seja, é concedido ao
fazendeiro fazer uso de parte da água, desde que não altere a vazão do rio, mas ele terá que
pagar por ela e cuidar do reflorestamento e das condições naturais do rio. O Velho Chico
63
possui uma demanda imensa de pesca, irrigação, dessedentação animal e a própria
sobrevivência da população ribeirinha. Todavia, como item econômico, é difícil de ser
tarifado, devido à sua necessidade à sobrevivência humana, suas características e seus vários
usos, tamanho da bacia e o fato de haver usuários indiretos como fabricantes de tecidos e de
bebidas. É preciso considerar ,ainda, que cabe ao Estado achar soluções para tais impasses da
água, garantir o abastecimento público para toda a população do país e a sustentabilidade e
preservação da água e do meio ambiente. Para isso, existem instituições como a ANA e a
Embrapa, cujos projetos, como subprojeto 1.4, visam ao desenvolvimento sustentável e
procuram ajudar o Estado a cumprir suas funções. Porém, nosso objeto de estudo não é a
transposição do Rio, mas o estudo que o ECOVALE faz de suas águas.
A Bacia do São Francisco foi classificada como propensa a tornar-se crítica nos
próximos anos nos quesitos de qualidade da água. Apesar de a água ser um recurso
renovável, atitudes contrárias à sua manutenção dirigem para uma diminuição da água potável
e aponta para a necessidade do monitoramento da qualidade da água, não somente pelo
governo, mas pela própria população. Segundo REBOUÇAS(2001, p.515), a utilização de
forma controlada poderá proporcionar maior eficiência no uso integrado das águas,
diminuindo sua vulnerabilidade às variações climáticas. Ainda segundo este autor, é preciso
medidas de caráter estrutural e comportamental. É o que propõe o ECOVALE por meio das
recomendações de medidas preventivas, mitigadoras, corretivas e restritivas de acordo com a
degradação apresentada em cada sub-região em que foi dividido o Submédio São Francisco e
pelo monitoramento e fiscalização das águas pela própria população com a ajuda de
especialistas.
Conforme já ressaltado, a Bacia do Rio São Francisco possui quatro sub-bacias. O
subprojeto ECOVALE selecionou o Submédio do Rio São Francisco como objeto. A
justificativa para esta escolha se pauta na importância de impactos ambientais provenientes do
elevado complexo agroindustrial, da emissão significativa de efluentes por uma população
ribeirinha concentrada (em torno de 2 milhões e quinhentas mil pessoas) e a relevância
estratégica da implementação de um programa de qualidade ambiental de apoio à agricultura
intensiva (exportação de frutas “in natura”) (EMBRAPA, 2002, p.1). Além disso, a água como
bem econômico desperta um certo interesse político-social, o que exige monitoramento da
qualidade da água e, se for o caso, da implementação da outorga de uso da água. O objeto de
64
estudo do subprojeto 1.4 é composto por 73 municípios, e 3 milhões de habitantes, uma
amostra considerável.
O ECOVALE é um projeto da Embrapa Meio Ambiente, que figura como subprojeto
vinculado ao “Projeto de Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco” ou, simplesmente, Projeto São Francisco, mantido,
coordenado e desenvolvido pela ANA- Agência Nacional de Águas, pelo GEF-Global
Environmental Foundation, pelo PNUMA- Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e pela OEA-Organização dos Estados Americanos. As entidades envolvidas já
retratam a dimensão e a importância do projeto.
As características principais do nosso objeto de estudo, que o tornam um subprojeto sui
generis em termos de sustentabilidade ambiental do uso da água11, dizem respeito ao seu
caráter extensivo, já que a metodologia gerada no ECOVALE pode ser aplicada em outras
bacias hidrográficas com quaisquer especificidades, e à sua abordagem que toma os aspectos
sociais, ecológicos e econômicos como integrantes da sustentabilidade do uso da água.
A comprovação de sua face inovadora pode ser reafirmada ao compararmos a
metodologia do subprojeto 1.4 com aquela proposta por Vieira (REBOUÇAS, 2000: 509-530)
para o semi-árido nordestino. A sugestão de Vieira vem sustentada pelo valor do livro no qual
foi publicada, além da extensa formação do autor e de sua atuação na área. Além disso, ambos
os textos concluem que o principal problema da região é a poluição gerada por ações
antrópicas e apontam para a necessidade de um programa de educação ambiental e
desenvolvimento sustentável. A avaliação da sustentabilidade ambiental de uma região
geralmente é processada a partir da análise de alguns indicadores. Na maioria dos estudos,
como é ressaltando no relatório do subprojeto 1.4 - ECOVALE, os indicadores são ligados a
noções ecológicas. É o caso da proposta de Vieira (REBOUÇAS, 2000, p.522), que estabelece
os seguintes indicadores de sustentabilidade hídrica: índice de ativação da potencialidade
hídrica, índice de utilização da disponibilidade hídrica, índice de utilização da potencialidade
hídrica e índice de comprometimento com a poluição. Já o subprojeto 1.4 estabelece vários
indicadores relacionados a três perfis (características): social, econômico e ecológico da
região do Submédio São Francisco. A importância da abordagem destes três perfis reside no
11 Sustentabilidade ambiental do uso da água foi definida no subprojeto como uma medida dos mecanismos de gestão, controle e monitoramento da qualidade da água, por bacia, com base no conceito de desenvolvimento sustentável.
65
fato de que a água é um patrimônio público de valor estratégico para o desenvolvimento social
e econômico e não somente ecológico. Com efeito, houve a integração de diferentes variáveis
para uma avaliação mais abrangente e precisa das condições de sustentabilidade do uso da
água no Submédio São Francisco, abordando os aspectos sociais e econômicos estreitamente
ligados ao uso e conservação da água, conforme já ressaltado. Dessa forma, Vieira
(REBOUÇAS, 2000, p. 528) aponta como uma das soluções possíveis para o semi-árido uma
gestão hídrica, enquanto o ECOVALE propõe uma gestão sustentável, mais abrangente,
atuante e, possivelmente, mais eficiente. Além disso, o ECOVALE não apenas indica soluções,
mas as recomenda, aplica-as e as fornece para a organização de medidas preventivas e
mitigadoras em outras áreas.
Não obstante, Vieira (REBOUÇAS, 2000, p. 529), ressalta a importância da união entre
os trabalhos acadêmicos e instituicionais, bem como sua divulgação.É possível enfatizar que a
parceria Embrapa-USP se propõe a cumprir tal sugestão.
O mesmo autor, em outro trabalho (1998, p. 9), cita a necessidade de avaliação do risco
de aparecimento ou agravamento de situações críticas econômicas, sociais ou ambientais.
Porém,Vieira não coloca que instrumentos poderiam ser utilizados para analisar tal situação,
nem mesmo em seu trabalho posterior, de 2000, citado anteriormente. O ECOVALE além de
ter criado uma metodologia de análise integrada dos perfis econômico, social e ecológico,
ainda aponta quais são as áreas de risco e as classifica em quatro: zona I, de baixo risco, zona
II de risco regular, zona III de risco alto e zona IV de risco elevado (conferir verbetes).
Também aponta e sugere como implementar medidas corretivas, restritivas, mitigadoras e
preventivas dos possíveis impactos. Nota-se, portanto, que o subprojeto 1.4 procura ser tanto
mais completo quanto necessário na tentativa de não apenas apontar meios, mas colocá-los em
prática para verificar sua eficiência e viabilidade.A preocupação dos autores do ECOVALE vai
além: eles sugerem uma continuação do projeto e o constante monitoramento da qualidade por
meio da metodologia aplicada e constatada como eficiente, o ISA-ÁGUA (conferir próximo
item).
Ao lado da abordagem integradora e abrangente está a inserção da comunidade no
trabalho de monitoramento dos recursos hídricos. A introdução de sistemas novos sem a
participação da comunidade pode tornar difícil seu sucesso, até mesmo sua implantação. Para
a análise da qualidade da água do Submédio, foram mobilizados alunos das escolas e outras
66
pessoas da região que recebiam orientações de como analisar a qualidade da água das fontes
ao redor de suas moradias. Tais informações eram trocadas entre os grupos e depois
repassadas à coordenação do ECOVALE. Esta também pode ser considerada como uma forma
de educação ambiental. Desse modo, o subprojeto 1.4 não restringe seu valor ao
estabelecimento de uma metodologia de monitoramento integradora de variados perfis, mas
inclui também a participação ativa e responsável da comunidade.
Por fim, há a ênfase dos autores na necessidade de divulgação das informações bem
como sua armazenagem. No caso do ECOVALE, há o EcoSiam, banco de informações
ecológicas, que disponibilizará, em breve, os dados referentes à pesquisa no Submédio São
Francisco. É um banco de dados que poderá integrar o Sistema Nacional de Informações, da
Política Nacional de Recursos Hídricos. Além disso, a compilação e definição dos termos
também são uma forma necessária de transferir e manter o conhecimento, já que o subprojeto
1.4 é integrante de um projeto maior de abrangência internacional. É preciso salientar, ainda, a
relação do ECOVALE com as questões sociais, principalmente, aquelas ligadas à fome: a
sustentabilidade do uso da água garante o fornecimento de alimentos, afinal sua falta pode
limitar a vida. Ademais, o São Francisco é a principal fonte de desenvolvimento e de produção
da região. Esses fatos relacionam o subprojeto 1.4 ao programa Fome Zero e aos objetivos e
características da Embrapa, discutidos no capítulo anterior. É importante lembrar que as ações
do governo, geralmente, restringem-se aos impactos e efeitos da estiagem prolongada sem
continuidade (distribuição de cesta básica, uso de caminhão pipa, etc). O ECOVALE prevê a
convivência da população com a seca e o melhor aproveitamento dos recursos hídricos.
4.2.1- ISA-ÁGUA: metodologia inovadora
A proposta metodológica do uso sustentável da água do nosso objeto de estudo possui
uma visão nova sobre gestão12 de recursos hídricos, com foco em dois tópicos principais:
considera gestão ambiental, no sentido de organização e concretização de ações políticas,
ambientais, sociais e econômicas para controle, mitigação, correção e fiscalização da
degradação ambiental dos recursos hídricos, com base na integração dos perfis social, 12 Gestão, em sentido amplo, é administração dos recursos naturais com base em normas internacionais e visando ao desenvolvimento sustentável. Já gestão dos recursos hídricos é administração ambiental dos recursos hídricos, que consiste em um plano de obediência às leis de recursos hídricos e da participação conjunta de instituições públicas e privadas e empresas orientada pelo PDRH
67
econômico, ecológico e do ISA-água, amparada pela norma ISO 14001 (conferir verbetes); e
desloca o foco preponderante da utilização quantitativa e qualitativa da água de usos múltiplos
para uma dimensão de desenvolvimento sustentável por bacia, sub-bacia ou micro-bacia,
criando instrumentos de mensuração, os indicadores ambientais.
Para organizar a metodologia ISA-ÁGUA, estudaram-se os 73 municípios que compõem
o Submédio São Francisco, focalizando suas características econômicas, sociais e ecológicas e
classificando-os em níveis baixo, regular, alto e elevado segundo essas peculiaridades. As
primeiras possuem variáveis como finanças públicas, investimento em infra-estrutura, PIB,
entre outros. As segundas fixam-se principalmente nas questões relacionados à educação
(número de alfabetizados, número de escolas e docentes, entre outros) e saúde (número de
óbitos, hospitais públicos, etc). Já as terceiras focalizam assuntos ligados ao meio ambiente,
principalmente à qualidade da água. Como as variáveis eram muitas, utilizou-se a análise
fatorial, reduzindo-as em fatores para facilitar sua aplicação e classificação dos municípios
segundo cada perfil. Então, o ECOVALE, para formar o ISA-ÁGUA, compôs duas bases de
dados: a) primária, constituída pelos dados levantados pelos agentes de água que cadastraram
e analisaram as fontes de água e as fontes de poluição dos municípios do Submédio São
Francisco; b) secundária, formada pelas informações disponibilizadas pelo IBGE, ANA e
ANEEL (conferir mapa conceitual parcial 3, no capítulo X).
A análise dessas características deu origem aos perfis social, econômico e ecológico do
Submédio São Francisco. Os resultados dessa análise foram cruzados e integrados e formaram
um índice final que constituiu o índice de sustentabilidade ambiental do uso da água, o ISA-
ÁGUA. Esse índice está estreitamente relacionado com o desenvolvimento sustentável, pois
não se dirige apenas ao aspecto ecológico, mas a todos os outros de forma integrada. Dessa
forma, este índice pode ser aplicado a outras bacias, devido ao seu caráter geral e extensivo,
segundo já colocamos.
A pesquisa descrita acima mostrou que os índices existentes como o IQA- índice de
qualidade da água, e o IDH- índice de desenvolvimento humano não eram suficientes para
analisar as especificidades de uma região para chegar à conclusão sobre a sustentabilidade do
uso da água. Por isso, o subprojeto 1.4 criou outros indicadores para auxiliar na observação
das peculiaridades das bacias como um todo. Ao todo, o ECOVALE, utilizando a análise dos
dados de campo, gerou 11 indicadores: índice de carga de agrotóxico da fruticultura irrigada
68
(ICA_FRUT), índice de déficit hídrico (ID-BHID), índice de cobertura vegetal (ICV_SAT),
índice de degradação potencial dos solos (IDS_SAT), índice de densidade urbana (IDU_SAT),
índice de degradação ambiental potencial do uso da água (IDA_SAT), índice de qualidade
ambiental do uso das águas superficiais (IQU_ASUP), índice de qualidade ambiental do uso
das águas subterrâneas (IQU_ASUB), índice do perfil ecológico (IP-ECOL), índice do perfil
social (IP_SOCI) e índice do perfil econômico (IP-ECON).
A par de todos esses aspectos, o ISA-ÁGUA permite a implementação de uma medida
restritiva, preventiva, corretiva ou mitigadora no momento da detecção do problema, o que o
torna, além de eficaz, rápido. Além disso, ao aplicar essa metodologia, os pesquisadores terão
uma visão ampla de quais áreas estão mais ou menos degradadas e poderão determinar modos
de monitoramento adequados a cada situação. Cumpre salientar, ainda, que a metodologia
indica não somente problemas ecológicos, mais sociais e econômicos, tornando-se um
instrumento aplicável a qualquer circunstância ou região.
Por seu caráter pioneiro, inovador e, principalmente, extensivo, o ECOVALE necessitava
de um documento que compilasse e definisse seus termos, tornando mais fácil a aplicação da
metodologia produzida. Ademais, a divulgação das informações é um dos objetivos do
referido subprojeto, da Embrapa e, podemos dizer que um dos instrumentos mais eficazes para
isso, é o vocabulário.
69
V- Métodos de investigação e análise terminológicas
5.1- Tema
À primeira vista, a delimitação do tema parece ser rápida e prática. Todavia, o rigor
científico e o interesse social que o tema precisa ter, impõem que sejam aplicados critérios
cautelosos à sua seleção.
5.1.1- Definição do tema
O trabalho terminológico deve fundamentar-se em algumas características. Uma delas é
o interesse científico, social, técnico e até econômico da produção do documento. Com efeito,
a seleção da área deve ser cuidadosamente efetuada para que a obra possa ser relevante e útil,
cumprindo seu papel terminológico de facilitar a comunicação entre especialistas. O primeiro
passo na seleção da área é a observação dos recentes acontecimentos mundiais e,
particularmente, do Brasil, já que, conforme ressaltamos, o documento precisa ter relevância
social e científica.
A crescente poluição e destruição do meio ambiente se desdobraram em preocupação
com a sua preservação e recuperação. Apesar do interesse do tema, a área de meio ambiente é
demasiado extensa para uma obra mais precisa. Além disso, o recorte bem delimitado propicia
um documento mais elaborado. Nessas condições, estudamos a definição de meio ambiente
para a correta visão da área e de suas subáreas. De acordo com o Glossário de Termos
Técnicos do Projeto Gestão dos recursos hídricos a definição de meio ambiente é:
“soma total das condições externas circundantes no interior das quais um
organismo, uma condição, uma comunidade ou um objeto existe (sic).“
(LAHÓZ, 2000: 23)
Já o dicionário Aurélio aponta que meio ambiente é:
“o conjunto de condições naturais e de influências que atuam sobre os
organismos vivos e os seres humanos.“ (FERREIRA, 1986: 746)
70
Enquanto o Microtesauro de Ciências Ambientais, produzido pela CNI –
Confederação Nacional da Indústria e SENAI –Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial,
propõe que meio ambiente seja:
“Conjunto das condições, das leis, das influências e integrações de ordem
física, química e biológica que permite abrigar e reger a vida em todas as
suas formas”. (SCHMIDT,1999: 60)
Apesar de algumas diferenças gramaticais e estruturais, todas as definições levam a um
conceito resumido de que meio ambiente se refere ao conjunto de condições que permite e
rege a sobrevivência de todos os seres vivos. Esse conceito denota a extensão do termo.
Para conhecermos as condições, ou subáreas, que fazem parte do meio ambiente,
analisamos as informações contidas na Classificação Decimal de Dewey e na Classificação
Decimal Universal. Apesar de todas as deficiências que tais classificações possam ter, o fato
de serem utilizadas mundialmente como obras de referência lhes confere valor e
reconhecimento. Todavia, suas informações devem ser contrastadas com dados obtidos através
de livros atuais que abordem o tema do ponto de vista nacional.
A principal questão a ser solucionada, no início do recorte, era a de que o meio ambiente
pode ser enfocado sob diversos pontos de vista. A opção por um desses enfoques deveria ser
pautada em critérios. Como nossa intenção é focalizar uma área relacionada a Embrapa,
firmamo-nos na abordagem sobre os componentes do meio ambiente, ou seja, sua divisão em
diversos outros meios. Desse modo, o tema principal foi fracionado em ambientes:
atmosférico, hidrosférico, litosférico, biosférico. É relevante enfatizar que os ambientes
relacionados formam exatamente o conjunto de condições sob o qual os seres vivem. Apesar
da divisão, os sub-meios ainda apresentavam-se muito extensos. Foi necessário, então, um
novo estudo e uma reorganização dos meios em categorias conceituais. O resultado desse
estudo foi o mapa conceitual que apresentamos abaixo:
71
Meio ambiente
atmosférico hidrosférico litosférico biosférico
Estrutura elementos medidas preventivas efeitos tipos (elementos) estrutura elemento camada reinos (elementos)
solo
Ventos
Tem
peratura T
urbulência R
adiação V
apor d’água clim
a
Poluição eutrofização esgotam
ento
Uso racional dos recursos hídricos
gerenciamento
Meio am
biente glacial gelo N
eve M
eio ambiente m
arinho oceano água do mar oceanografia
Meio am
biente subterrâneo aqüíferos confinados de água doce N
ão confinados L
ençol freático fontes flúvio estuários m
arinho Desem
bocadura de rios rios superficial fluvial correntes fluviais lago lim
nológico reservatório (lacustre) lagoa pântanos pantanoso charcos (palustre) brejos
Microbiológico
Vegetal
Anim
al H
umano
72
Vale ressaltar que apenas as categorias conceituais que poderiam constituir o universo
da pesquisa foram desenvolvidas. Além disso, a meta principal deste mapa é ilustrar a fração
do meio ambiente, não necessitando, portanto, do desenvolvimento preciso de todas as
categorias. Com efeito, o presente mapa representa o meio ambiente como arquitema, podendo
ser chamado, então, de mapa do domínio. A única categoria desenvolvida em todos os
ambientes foi a dos elementos, importante para a sua definição.
O estudo do mapa do domínio nos permite uma visão geral dos ambientes (dimensões do
meio ambiente). Resta, portanto, a seleção de um deles como objeto da pesquisa.
5.2- Definição do sub-tema e da área
A definição do sub-tema pautou-se em uma pesquisa inicial com os especialistas da
Embrapa, pois o trabalho será feito a partir da cooperação técnica entre a referida instituição e
a USP- Universidade de São Paulo, já firmada. Parece-nos que a importância de um trabalho
desse porte se fixa na necessidade de aplicação das teses acadêmicas, sob as quais pesa a
crítica de não ultrapassarem as paredes das universidades. Dessa maneira, estaríamos
obedecendo ao objetivo maior da Terminologia que é o de propiciar uma comunicação segura
entre os especialistas das áreas científicas e técnicas, além de a cooperação técnica unir o saber
ao fazer de modo a moldar o saber pelo fazer e vice-versa, produzindo resultados
imediatamente aplicáveis à demanda das áreas e da sociedade.
Segundo a orientação dos especialistas, algumas divisões do meio ambiente
necessitavam de tratamento terminológico. Dentre elas, optamos pelo meio hidrosférico, por
ser um sub-tema em destaque atualmente por conta das previsões sobre a sua escassez, fato
que desencadeou intensas pesquisas e ações políticas. Contudo, os especialistas da Embrapa
sempre se referem a este meio como recursos hídricos. Percebemos, então, que tomavam os
meios a partir do uso econômico de seus elementos, ou seja, como recursos naturais. A
definição de recursos (plural), segundo FERREIRA (1986:1466), refere-se aos bens, posses; o
que denota que recursos naturais são bens, posses, riquezas advindas da natureza e, como tais,
podem ser aproveitadas economicamente. Segundo o Dicionário de Ecologia (HERDER,
1980:134), recursos naturais se referem à totalidade das matérias-primas e dos meios de
produção aproveitáveis na atividade econômica do homem. Nessa perspectiva, os meios
73
passam a ser recursos. Assim, os meios poderiam ser convertidos em recursos, como recursos
atmosféricos (temos, por exemplo, energia eólica e a captação da chuva para abastecimento
doméstico), recursos hídricos (utilizado tanto na vida doméstica como industrial), recursos
geológicos (da terra, aproveitada na agricultura e na extração de minério, entre outros) e
recursos biológicos (produção animal e vegetal para abastecimento e como atividade
econômica). Isso comprova o que ressaltamos no item anterior sobre a diversidade de pontos
de vista sob os quais o domínio meio ambiente pode ser focalizado. Esta visão de mundo na
Embrapa se justifica por seus objetivos. A instituição trabalha com os recursos geológicos e
biológicos de modo a aprimorar e melhorar a produção agropecuária, ou seja, sob um prisma
econômico e social.
Dentre esses recursos, selecionamos, como sub-tema da pesquisa, os recursos hídricos.
Essa seleção foi baseada em alguns critérios:
a) situação do sub-tema: este paradigma refere-se a dois pontos. O primeiro, diz respeito
à existência de dicionário ou obra similar diretamente voltada para o campo. Em caso
afirmativo, a área é descartada. Não há, até o momento, nenhum documento voltado
diretamente para recursos hídricos. O segundo ponto relaciona-se às expectativas da
comunidade científica e técnica em relação ao campo, ou seja, a sua relevância no referido
meio. As visitas técnicas, sobre as quais discorremos adiante, demonstraram que recursos
hídricos estão sendo muito pesquisados por conta da ameaça iminente da falta de água
potável. Com efeito, a comunicação coerente e harmonizada entre especialistas é um requisito
básico para a evolução e sucesso das pesquisas.
b) número de termos: o sub-tema a ser selecionado deveria conter um número
significativo de termos. Uma breve análise da área demonstrou um leque de termos, inclusive
de outras áreas relacionadas, que poderiam ser compilados. A dificuldade estaria na seleção
terminológica.
c) necessidade de análise, definição e formalização dos termos: segundo esse critério, os
especialistas do sub-tema selecionado explicitaram, durante as visitas técnicas, a necessidade
de uma obra terminológica voltada para o seu campo que registrasse os termos corretamente,
de uma maneira uniforme capaz de resolver a questão variacional entre instituições.
5.2.1.- Relevância das visitas técnicas
74
No quadro abaixo, relacionamos todas as visitas técnicas realizadas com a meta de
conhecer o campo para determinar suas peculiaridades e precisar a sua adequação aos critérios
estabelecidos para a seleção do sub-tema.
Quadro síntese das visitas técnicas
Visita Objetivos Atividade Embrapa * Início do contato com especialistas
* Discussão da cooperação técnica. * Debate sobre o sub-tema.
* Conversas informais e reuniõecom especialistas da Embrapa * Discussão sobre Manual dVeículos de DivulgaçãTerminológica13 * Debate sobre a basmetodológica14 * Análise da ficha terminológica dEmbrapa. * Visita à biblioteca da instituição coleta de dados de materiabibliográficos que poderiamconstituir o corpus da pesquisa.
Ministério dAgricultura
* Pesquisa bibliográfica e da relaçãde recursos hídricos com agricultura
* Reunião com especialista e coletde material bibliográfico
Ministério do MeiAmbiente
* Contato com especialistas
* Reunião com especialista dprojeto do aqüífero Guarani
Agência Nacionade Águas
* Contato com especialistas * Reunião com especialistas
Agência Nacionade Energia Elétrica
* Pesquisa bibliográfica * Coleta de material bibliográfico
Instituto Brasileirde Apoio ao MeiAmbiente
* Contato com especialistas * Pesquisa bibliográfica
* Reunião com especialista * Coleta de material bibliográfico
Embrapa MeiAmbiente
*Recorte do objeto de estudo *Pesquisa bibliográfica
*Reunião com especialistas *Definição do objeto de estudo *Coleta de material
13 O Manual de Veículos de Divulgação Terminológica foi desenvolvido pela Embrapa para harmonizar os tipos de documentos produzidos pela instituição. Nele, estão descritos o público-alvo característico de cada obra, a densidade terminológica, o formato e um modelo de microestrutura. Os documentos elencados são: vocabulário técnico temático, vocabulário técnico temático enciclopédico, vocabulário temático, vocabulário temático ilustrado, lista terminológica com equivalência e folheto. Nosso trabalho se encaixa no terceiro tipo. 14 Base metodológica é um documento da Embrapa que apresenta um modelo metodológico a ser seguido para a produção de obras terminológicas em parceria com a instituição. Em discussão com a responsável pela cooperação técnica e pela base de dados terminológicos da Embrapa, concluímos que a base metodológica pode ser adaptada e moldada ao tipo de trabalho e às características da área, desde que se mantenha no núcleo as premissas propostas pela base.
75
Ressaltamos que o contato com especialistas, a pesquisa bibliográfica e a discussão do
sub-tema de recursos hídricos foram decisivos na delimitação da subárea e do objeto de
estudo.
5.3 - Recorte da subárea e definição final do objeto de estudo
A pesquisa em Terminologia enfoca dois pontos: o primeiro diz respeito aos
fundamentos, métodos e práticas terminológicas e terminográficas, o segundo se refere à
competência cognitiva necessária para a organização de vocabulários em ciências e técnicas.
Para cobrir o segundo ponto, é preciso proceder a leituras iniciais que propiciem uma visão
geral da área, direcionando a pesquisa para a necessidade ou não de um novo recorte. Para
isso, as leituras iniciais podem abordar o tema de modo geral e sob diversos pontos de vista. O
sub-tema recursos hídricos parece, inicialmente, ser preciso. Contudo, suas relações com
outros campos são estreitas e, muitas vezes, confundem-se. Esta imbricação é gerada pelas
aplicações e pela importância da água em seu aspecto econômico, que chega mesmo a ser
essencial, em certas áreas. É o caso, por exemplo, de navegação, de aqüicultura e pesca, de
saneamento básico, de hidreletricidade, e de hidroeconomia. Na verdade, a relação entre os
recursos hídricos e esses campos é dupla. Inicialmente, seria o elemento básico dessas áreas.
Em uma representação gráfica, recursos hídricos (RH) seriam a base da pirâmide que
relaciona esses campos. Nessa perspectiva, todas as matérias, de um modo ou de outro,
utilizam-se de recursos hídricos: a navegação, por exemplo, usa rios como meio de transporte,
a hidreletricidade, como fonte de energia, a aqüicultura e a pesca como habitat para os peixes,
o saneamento básico, como matéria-prima, e a hidroeconomia trata dos usos da água como
valor econômico. Percebemos que todos os campos tomam a água de uma maneira
econômica, isto é, como recursos hídricos. Enquanto que, de um outro prisma, todas as
matérias relacionadas fazem parte da área de RH como suas aplicações, ou seja, afunilam-se
de modo a chegar a RH. Graficamente, teríamos:
Representação em forma de pirâmide da relação de recursos hídricos com áreas afins.
Navegação
Aqüicultura e pesca Hidreletricidade Hidroeconomia
Saneamento Básico Recursos hídricos
Navegação Aqüicultura e pesca
Hidreletricidade Hidroeconomia
Saneamento Básico Recursos hídricos
76
A partir dessa visualização, tornam-se explícitas a complexidade e a extensão da área. A
imbricação é tão estreita, que, somente após a análise e a organização do mapa conceitual de
cada área citada, foi possível a confecção de um mapa conceitual básico de recursos hídricos.
É relevante afirmar que o mapa tem, como função primeira, demonstrar a relação do campo-
tema com outras áreas, bem como sua composição. Portanto, não havia, inicialmente, a
necessidade da organização de um mapa completo. Daí a explicação para a sua forma
resumida.
77
Recursos hídricos
aplicações Elemento Usos Desafios Tendências Capacitação
qualidade da água conservação desenvolvim
ento sustentável
Navegação
Hidreletricidade
Aqüicultura e pesca
Hidroecnonom
ia H
idrologia
Água
formas estados tipos
meteórica
doce salgada salobra dura sóliso líquido gasoso superficial subterrânea
Abastecim
ento consum
o humano
consumo anim
al
sobreconsumo
poluição contam
inação
Monitoram
ento G
erenciamento
Legislação am
biental
sistema de inform
ação de recursos hídricos sistem
a de outorga de direito do uso da água sistem
a de fiscalização
78
A imbricação de outras áreas e recursos hídricos torna complexo o recorte de um objeto
de estudo. Há, ainda, a questão da relação entre recursos hídricos e hidrologia. Segundo
o Glossário de Termos Hidrológicos organizado pela Agência Nacional de Energia
Elétrica – ANEEL, hidrologia é:
“(1) Ciência que trata das águas da terra, sua ocorrência, circulação e
distribuição, suas propriedades químicas e físicas e sua relação com meio
ambiente, incluindo sua relação com os seres vivos”.
(2) Ciência que estuda as variações dos recursos hídricos naturais da terra em
função das diferentes fases do ciclo hidrológico.”
A hidrologia, em síntese, é a ciência que tem como objeto de estudo os recursos
hídricos. Dessa forma, os termos da ciência e do seu elemento se confundem. Ademais,
hidrologia se relaciona estreitamente com engenharia hidráulica, engenharia sanitária,
engenharia de hidrovias, engenharia rural e economia (já que tem como objeto uma riqueza
natural- a água), fato que aumenta o número de termos de diversas áreas que se relacionam.
Contudo, a produção de um documento que registrasse os termos da hidrologia não é
conveniente devido a dois fatores: a) existe um conjunto de obras já publicadas e reconhecidas
nacionalmente que definem os termos dessa ciência, uma delas é o Glossário de Termos
Hidrológicos da ANEEL já citado; b) a necessidade de um documento que registrasse apenas
o sistema terminológico de recursos hídricos parece ser mais contundente, já que instituições
como a ANA –Agência Nacional de Água, MMA- Ministério do Meio Ambiente, a
EMBRAPA, até mesmo a ANEEL, podem enfocar a água de um ponto de vista que não seja o
da hidrologia, mas da economia, ou mesmo da administração de recursos hídricos de modo
sustentável, por exemplo. É importante ressaltar que, em uma análise mais extensa, estes
pontos de vista podem até ser inseridos dentro da hidrologia. Todavia, tal ciência aborda a
água sob uma visão diversa destas. Com efeito, o número de termos relacionado à economia,
para citar apenas uma possibilidade, seria restrito, já que a obra seria voltada para a ciência
como um todo. Por isso, parece-nos relevante a produção de obras mais pontuais.
Nessa perspectiva, fez-se necessário à pesquisa um novo recorte a partir do mapa
conceitual de recursos hídricos, campo que se fraciona em variadas categorias conceituais, as
quais podem ser divididas em novas dimensões e engendrarem até mais de um documento
terminológico. A análise da situação atual do campo remete à importância da conservação e do
desenvolvimento sustentável destes recursos, elementos que constam da categoria desafios do
79
mapa anterior. Selecionamos, então, como área, desenvolvimento sustentável. Todavia, o
recorte ainda era amplo, pois várias instituições e empresas desenvolvem diferentes projetos
em diferentes regiões do Brasil no campo do desenvolvimento sustentável. Assim, ao comparar
as regiões brasileiras, direcionamos o trabalho para o semi-árido, mais precisamente, o semi-
árido nordestino. As condições da região, aliadas às necessidades da população e à
importância econômica, social e ecológica da água, foram os principais pontos que
justificaram o recorte. Nossa subárea, então, constituiu-se do desenvolvimento sustentável e
recursos hídricos no semi-árido.
Apesar de todas essas delimitações, o objeto de estudo ainda continuava extremamente
extenso e complexo, afinal há várias visões sob as quais o desenvolvimento sustentável da
água pode ser abordado na região. Ademais, a sustentabilidade engloba condições da região,
legislação ambiental, técnicas de armazenamento, gerenciamento, monitoramento e gestão da
água, além do fato de estas questões serem observadas de modo diverso conforme a bacia
hidrográfica enfocada e suas condições. A complexidade e extensão do objeto podem ser
visualizadas de forma mais clara a partir do mapa conceitual apresentado abaixo:
80
Desenvolvimento sustentável e recursos hídricos no semi-árido nordestino
Política de águas Unidades de planejamento
Bacias hidrográficas
Tocantins M
aranhense G
urupi M
earim-G
rajaú-Pindaré Itapecuru M
unim-B
arreirinhas Paranaíba A
caraú-Coreaú
Curu
Fortaleza Jaguaribe A
podi-Mossoró
Piranhas-Açu
Leste Potiguar
Oriental da Paraíba
Oriental de Pernam
buco B
acias Alagoanas
São Francisco V
aza-Barris
Itapicuru-Real
Paraguaçu-Salvador C
ontas-Jequié Pardo-C
achoeira Jequitinhonha E
xtremo Sul da B
ahia
Condições da região
vegetação clim
a pluviom
etria solo relevo
Características da água
demanda
disponibilidade hídrica potencialidade hídrica qualidade hídrica sustentabilidade hídrica
Técnicas
monitoram
ento gerenciam
ento captação arm
azenamento
legislação ambiental
gestão ambiental
81
Por terem a meta apenas de apontar as principais dimensões para o correto recorte da
subárea e do objeto de estudos, os mapas conceituais apresentados neste trabalho não
abrangem toda a extensão das áreas, demonstrando apenas as categorias conceituais principais,
fato que explica a sucinta amplitude das representações, inclusive das do semi-árido colocadas
na página anterior. Apesar de estar resumido, o mapa conceitual do desenvolvimento
sustentável e dos recursos hídricos do semi-árido cumpre o objetivo de desvelar a extensão da
subárea e reafirmar a sua complexidade. Esses fatores impulsionaram uma nova determinação
do objeto de estudo, fundamentada nos projetos desenvolvidos pela Embrapa. Para tanto, foi
necessária outra visita técnica, desta vez à Embrapa Meio Ambiente. Nesta instituição, houve
uma reunião com especialistas que nos alertaram para a necessidade e importância da
produção de um documento terminológico que abrangesse os termos do subprojeto 1.4-
Desenvolvimento de um Sistema de Monitoramento de Qualidade de Água no Submédio do
Rio São Francisco (subprojeto ECOVALE), cujo conjunto terminológico pode ser constituído
de cerca de quinhentos termos, segundo o coordenador do trabalho. O projeto enfoca apenas
parte da bacia do São Francisco, o que reforça a extensão e complexidade do tema escolhido.
Desse modo o recorte da área, da subárea, do tema e do objeto de estudo pode ser assim
resumido:
Tema: meio ambiente
Sub-tema: meio hidrosférico (recursos hídricos)
Área: desenvolvimento sustentável
Subárea: desenvolvimento sustentável e recursos hídricos no semi-árido nordestino.
Objeto de estudo: subprojeto 1.4- Desenvolvimento de um Sistema de Monitoramento
de Qualidade de Água no Submédio do Rio São Francisco (Subprojeto ECOVALE).
É importante salientar que o desenvolvimento sustentável engloba técnicas de
monitoramento e gerenciamento de recursos naturais, conforme apresentado no mapa de
recursos hídricos. Daí o subprojeto abordar monitoramento e qualidade da água. Além disso,
no próximo item, discutimos, brevemente, algumas peculiaridades do ECOVALE que
reafirmaram a sua relação com o desenvolvimento sustentável da região.
Enfim, é interessante enfatizar o percurso analítico que foi necessário para o recorte
preciso e seguro do objeto de estudo. Isso reforça a relação estreita que as ciências humanas
possuem e a importância da cautela na seleção do tema de um trabalho terminológico voltado
82
para tais saberes, já que a definição do tema é o primeiro critério na seleção dos termos. Um
recorte impreciso pode gerar um trabalho caótico.
5.4- Definição do público-alvo e da densidade terminológica do vocabulário
Os pesquisadores, que organizam os dicionários, atuam como mediadores do
conhecimento entre os especialistas e o público mais leigo ou mesmo entre os próprios
especialistas que utilizam o documento para uma comunicação eficaz. O público-alvo de
nosso trabalho, após consulta aos especialistas da Embrapa, seria a população leiga. Esse
recorte se fundamenta na importância da divulgação dos termos utilizados no subprojeto 1.4
para os moradores da região, já que alguns foram recrutados para participar do ECOVALE e o
subprojeto visa, principalmente, a participação da comunidade e a organização de um
programa de educação ambiental. Ademais, um documento com uma densidade terminológica
média pode também ser consultado por jornalistas, estudantes e mesmo pesquisadores.
De acordo com o Manual dos Veículos de Divulgação Terminológica da Embrapa, um
trabalho como esse é classificado como vocabulário temático (RIBEIRO, 2002:08), definido
na obra como um repertório com especificidade temática que descreve, por meio de
definições, as noções referentes aos termos que compõem o domínio, podendo apresentar
ordenação alfabética ou sistemática. Abaixo, apresentamos o quadro-resumo das
características do vocabulário do subprojeto ECOVALE:
83
Quadro-resumo das características do vocabulário
Tema: Meio ambiente
Subtema Meio hidrosférico (recursos hídricos)
Área Desenvolvimento sustentável
Subárea Desenvolvimento sustentável e recursos hídricos no semi-
árido nordestino
Objeto de estudo subprojeto 1.4- Desenvolvimento de um Sistema de
Monitoramento de Qualidade de Água no Submédio do Rio
São Francisco (Subprojeto ECOVALE)
Público-alvo Pesquisadores, jornalistas, estudantes e população da área
onde está sendo desenvolvido o projeto.
Densidade terminológica Média
Tipo de ordenação das
entradas
Sistemática
Tratamento Monolíngüe
Idioma Português
Amplitude da obra Avançada (pretendemos definir todos os termos)
Dimensão Cerca de 500 termos
Função Descritiva
Tipo do vocabulário segun
documento da Embrapa
Vocabulário temático
84
VI- Constituição do corpus
1- Determinação dos corpora
Esse item discorre sobre os tipos de corpora e suas fontes.
a) Corpus documental
É considerado como documental todo corpus do qual se extraem os termos, segundo
CABRÉ (1987:278). Desse modo, o texto do qual os termos serão retirados é o relatório do
subprojeto ECOVALE e seu resumo executivo. À primeira vista, esta seleção limitante parece
restringir o número de termos, mas isso não corresponde à realidade, pois o relatório e o
resumo se configuram nos principais documentos do subprojeto. Apesar de serem quase uma
cópia exata um do outro, há termos em um que o outro não possui, mas que o estudo da área
demonstrou ser relevante definir. Além disso, ainda há o emprego de neologismos e de termos
pertencentes a outras áreas. Por fim, essa escolha restrita se justifica pelo recorte do objeto de
estudo: se nosso trabalho se refere diretamente ao subprojeto 1.4, não podemos tomar outras
fontes como parte do corpus documental sob o risco de selecionar uma unidade terminológica
não pertencente ou não relevante ao conjunto de termos do ECOVALE.
b) Corpus referencial
O conjunto de documentos que integra este item se divide em relatórios, documentos e
livros especializados. Como nossa área inicial era recursos hídricos, direcionamos a seleção
de livros para esse tema. A partir do estudo da área e do recorte final do tema, selecionamos as
obras utilizadas como referência pelos pesquisadores do subprojeto ECOVALE. Por outro
lado, é importante a inclusão de livros de caráter mais generalizado para a aquisição de
competência cognitiva na área, a qual vai possibilitar e amparar a seleção de termos e a
compreensão das definições, bem como a escolha dos contextos. Abaixo, listamos os dois
grupos que integram este corpus:
a) Livros de caráter geral
85
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Os estado das águas no Brasil.
Perspectivas de gestão e de informação de recursos hídricos. Brasília-DF: ANEEL,
SIH, MMA, SRH, MME, 1999.
CABRAL, Bernardo. Recursos hídricos e desenvolvimento sustentável II. Brasília:
Senado Federal, 1999.
COIMBRA, Roberto. Recursos hídricos: conceitos, desafios e capacitação. Brasília:
ANEEL, 1999.
MOTA, Antônio. Preservação e conservação de recursos hídricos. 2ª ed. Rio de
Janeiro: ABES, 1995.
PORTO, Rubem La Laina. Hidrologia ambiental. São Paulo: ABRH/EDUSP, 1991.
REBOUÇAS, Aldo et al. Águas doces do Brasil. São Paulo: Escrituras Editora, 2000.
ROSS, Jurandyr Luís. S. Recursos hídricos e as bacias hidrográficas: âncoras do
planejamento e gestão ambiental. Revista do Departamento de Geografia. São Paulo, nº
12, p.89-121, 1998.
SETTI, Alexandre. A necessidade do uso sustentável dos recursos hídricos. Brasília:
Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal/ Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, 1994.
VILLIERS, Marc. Água. Como o uso desse precioso recurso natural poderá acarretar a
mais séria crise do século XXI. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
b) Materiais diretamente relacionados ao subprojeto 1.4
ALVARGONZALEZ, R. O desenvolvimento do Nordeste árido. Fortaleza:
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, 1981. v.1.
AGÊNCIA NACIONA DE ÁGUAS. HIDROGEO - Base Cartográfica Regiões e
Estados do Brasil. Brasília, 2001. CD ROM.
ANDRADE, T. A. Métodos estatísticos e econométricos aplicados à análise regional. In:
HADDAD, P. R.; FERREIRA, C. M. de C.; BOISIER, S.; ANDRADE, T. A. (Ed.).
Economia regional: teorias e métodos de análise. Fortaleza: BNB-ETENE, 1989. p.
427-507.
SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS, SANEAMENTO E HABITAÇÃO.
SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS. Plano diretor de recursos
86
hídricos: bacias hidrográficas do médio e baixo Rio Grande e tributários da margem
esquerda do Lago do Sobradinho. Salvador: Hydros, 1996. v.6. Documento síntese.
BAND, L. E - A terrain-based watershed information system. Hydrological Processes,
1989.
BOUROCHE, J. M.; SAPORTA, G. Análise de dados. Rio de Janeiro: Zahar Editores,
1980.
MINISTÉRIO DO INTERIOR. Plano de desenvolvimento integrado do Vale do São
Francisco. Rio de Janeiro: Development and Resources Corporation, 1974. v.1.
Recursos.
_____. Plano de desenvolvimento integrado do Vale do São Francisco. Brasília:
CODEVASF, 1974. vol 1.
MINISTÉRIO DO INTERIOR. SUPERINTENDÊNCIA DO VALE DO SÃO
FRANCISCO. Reconhecimento dos recursos hidráulicos e de solos da Bacia do Rio São
Francisco. Rio de Janeiro: Bureau of Reclamation, SUDENE, SUVALE, CHESF, 1970.
v.1.
BUSSAD, W. de O et al. Introdução à análise de agrupamentos. Simpósio nacional de
probabilidade e estatística. São Paulo: ABE, 1990.
CODEVASF. Cadastro da Fruticultura Irrigada. Brasília, 2001. CD-ROM.
FU-LIU, X et al. Ecological indicator for assessing freshwater ecosystem health.
Amsterdam: Ecological Modelling, 1999.
GREGORY, P.J. et al. Environmental consequences of alternative practices for
intensifying crop production. Agriculture, Ecosystems and Environment, Amsterdam,
v.88, p. 279-290, 2002.
GYAWALI, D.; DIXIT, A. Water and science: hydrological uncertainties
developmental aspirations and uningrained scientific culture. Futures Oxford, v. 33,
2001.
HOWARD, A.D. Role of hypsometry and planform in basin hydrologic response.
Hydrological Processes, nº 4, p. 373-385, 1990.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de
Saneamento Básico. Rio de Janeiro: IBGE, 2002.
87
_____. Informações censitárias dos Municípios da área estudada STATCART - Sistema
de Recuperação de Informações Georreferenciadas, Rio deJaneiro: IBGE, 2002.
PROJETO GEF SÃO FRANCISCO: Workshop de reprogramação. Relatório final.
Recife: ANA, GEF, UNEP, OEA, 2002.
RILEY, J. Multidisciplinary indicators of impact and change Key issues for
identification and summary. Agriculture, Ecosystems and Environment. Amsterdam,
v.87, p. 245-259. 2001.
RODRIGUES, G.S., Avaliação de impactos ambientais em projetos de pesquisas -
Fundamentos, princípios e introdução à metodologia. Jaguariúna, SP. Embrapa Meio
Ambiente, 1998. (Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP, Documentos,14).
THAME, A.C. de M. (Org.). A cobrança pelo uso da água. São Paulo: IQUAL, 2000.
VITERBO JUNIOR, ENIO. Sistema Integrado de Gestão Ambiental: como implementar
um sistema de gestão que atenda à norma ISO 14.001, a partir de um sistema baseado
na norma ISO 900. São Paulo: Aquariana, 1998.
Todo o material que consta do grupo b desse corpus foi retirado, ipsis litteris, das
referências bibliográficas do relatório do subprojeto 1.4. O fato desse texto não apresentar as
definições de todos os termos, ao lado da necessidade de aquisição de competência cognitiva,
impuseram a inserção de todas essas obras no conjunto do corpus referencial.
c) Corpus parâmetro
Os componentes deste corpus têm o objetivo de fornecer definições dos termos para
serem comparadas àquelas organizadas no nosso trabalho. Desse modo, deverão fazer parte
deste conjunto dicionários e vocabulários especializados na área. Como nosso tema é inédito,
não encontramos ainda nenhuma obra terminológica direcionada exclusivamente ao
subprojeto. Por essa razão, selecionamos aquelas cujo tema está diretamente relacionado à
nossa área-objeto:
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Glossário de termos hidrológicos.
Edição comemorativa do Dia Mundial da Água. Brasília: ANEEL, 1999.
88
ART, Henry Warren. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. São Paulo:
Melhoramentos, 1998.
FORNARI, Ernani. Dicionário prático de ecologia. São Paulo: Aquariana, 2001.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DE MEIO AMBIENTE. Vocabulário
básico de meio ambiente. Rio de Janeiro: Petrobrás, 1992.
GRISI, Breno. Glossário de ecologia e ciências ambientais. 2ª ed. João Pessoa: Editora
Universitária/ UFPB, 2000.
SCHMIDT, Wanda Lúcia. Microtesauro. Ciências Ambientais. Brasília: SENAI/DN,
1999.
d) Corpus paralelo
Deste grupo, fazem parte os relatórios de outros subprojetos e projetos da Embrapa, que
serviram de base para o ECOVALE. Os componentes desse corpus possuem particularidades
que indicaram a necessidade da sua reunião em um conjunto específico, tais como: a) os sites
e os relatórios subjazem o subprojeto, não servindo apenas como referência, em termos de
conhecimento, mas como base, como fonte de dados que foram levados em conta pelos
pesquisadores; b) os relatórios pertencem ao grupo de projetos da Embrapa; c) os especialistas
que participaram desses projetos foram consultados pelos pesquisadores do ECOVALE.
Os sites e os relatórios que compõem este corpus são:
EMBRAPA MEIO AMBIENTE. Relatórios de Atividades do projeto Ecoágua,
Jaguariúna: Embrapa, 2001.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA, site: www.fieba.org.br,
Cadastro de Indústrias, 2002.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO, site:
www.fiepe.org.br, Cadastro de Indústrias, 2002.
RODRIGUES, G. S et al. Diagnóstico ambiental das fontes potenciais de poluição das
águas de usos múltiplos no hidropólo do Submédio do Rio São Francisco: parte II,
Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 1998.
89
e) Corpus de exclusão
Conforme já enfatizado, nosso corpus documental se constitui de apenas dois trabalhos
terminológicos, cujos contextos são mais explicativos e associativos, dificultando a definição e
determinação dos conceitos. Aliada a esse fato, encontra-se a preocupação de se selecionar
apenas os termos realmente relacionados ao ECOVALE e que fizessem parte de seu conjunto
terminológico indubitavelmente. Devido ao fato de haver vários termos vocabularizados, que
entraram para a língua comum, como água, recursos hídricos, recursos naturais e outros que já
foram definidos em obras utilizadas no relatório do subprojeto 1.4, como educação, finanças
públicas, etc, tornou-se relevante a inserção de um corpus de exclusão. Este garantiria a
origem do termo e sua ligação certa com o ECOVALE. Dois conjuntos fazem parte deste item:
a) livros especializados, cujos termos foram utilizados com a mesma acepção, como, por
exemplo, pessoal ocupado assalariado, saúde, vida e risco de vida, pesquisa pecuária
municipal, entre outros, que são definidos no final do primeiro livro da relação abaixo.
Estradas vicinais, urbanização, vegetação natural são definidos no segundo item relacionado
abaixo. Termos como sólidos totais dissolvidos, cobre, chumbo, amônia, têm suas definições
colocadas no terceiro livro da nossa lista. Dessa forma, nosso trabalho poderia ser classificado
como redundante se tais termos fossem novamente definidos. Além disso, o corpus de análise
seria imenso, cerca de 1500 termos. Abaixo, listamos os livros desse item:
1) INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores de
desenvolvimento sustentável: Brasil 2002. Rio de Janeiro: IBGE, 2002.
2) COLETÂNEA de textos traduzidos: valoração do meio ambiente, custos da poluição
e benefícios da proteção ambiental: 1. O valor econômico do meio ambiente:
2. Princípios da valoração de impactos ambientais: 3. Custos da poluição ambiental e
benefícios da proteção do meio ambiente. Curitiba: IAP-GTZ, 1994. Paginação
irregular.
3) SOUZA E SILVA, Aderaldo. Avaliação da qualidade das águas. Manual prático.
Brasília-DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2004.
b) dicionários de língua: o objetivo deste conjunto é evidenciar os termos banalizados.
Como os vocabulários de língua são o marco do processo de vocabularização, constituindo-se,
assim, em fronteiras entre a metalinguagem técnico-científica e a língua comum, esses
documentos acabam por relacionar esses diferentes universos. A comparação dos dois
90
universos (o do subprojeto e o da língua comum) também pode atuar como uma maneira de
excluir as unidades lexicais que não são termos. Por exemplo, em uma primeira análise,
anotamos a unidade entorno como sendo um possível termo. Porém, essa unidade é utilizada
com a mesma acepção apresentada pelos dicionários de língua, o que eliminou a unidade
lexical da lista de termos. Com recursos naturais, no entanto, verificamos que o ECOVALE
atribui uma nova acepção ao termo, o que faz dele um membro do conjunto terminológico do
subprojeto. Portanto, desse corpus fazem parte os dicionários de língua.
91
VII- Unidades terminológicas: corpus de análise
1. Critérios de seleção dos termos
Constitui-se do conjunto de termos da pesquisa. Inicialmente, levantamos todos os
termos possíveis, ou seja, que podem fazer parte da área. A seleção dos termos foi a partir de
diferentes critérios. Os critérios caracterizam-se por uma face qualitativa e outra quantitativa.
1) Critério quantitativo
Constitui-se da verificação da freqüência do termo dentro do relatório do subprojeto 1.4.
Porém, utilizamo-nos dele de forma diversa. Como o subprojeto é, de certa forma, resumido,
averiguamos a freqüência do termos para decidir entre termos e variação (monitoramento e
monitoração) e para definir termos derivados e primitivos. Por exemplo, monitorar forma
monitoramento, elucidamos o segundo termo e no verbete do primeiro apresentamos uma
referência e uma remissão ao primeiro que aparece pouquíssimas vezes. Por esse motivo
também, foi necessária a mesclagem deste com o critério qualitativo pareceu-nos uma
necessidade. Desse modo, este paradigma não será utilizado de forma isolada, mas em
conjunto com o qualitativo. Este procedimento pode garantir o estatuto terminológico da
unidade lexical avaliada.
2) Critérios qualitativos
Estes são formados por uma série de paradigmas inter-relacionados que, juntamente com
o critério anterior, configuram os parâmetros utilizados na seleção de termos. Esse conjunto é
formado por:
* Estatuto terminológico: pode ser considerado o parâmetro principal, pois localiza e
determina quais unidades estão sendo utilizadas como termos dentro da área, com acepções
específicas dentro do subprojeto 1.4. Sua utilização depende da definição da acepção e de
consultas aos corpora de exclusão. Por exemplo, conforme discutimos no item anterior, a
unidade entorno parecia ser, à primeira vista, um termo, porém, ao consultarmos dicionários
de língua, verificamos que sua utilização é tal qual a colocada na língua comum. Por outro
lado, algumas unidades podem possuir uma acepção comum mas configurarem um termo. As
unidades que se encaixarem nestas condições serão comparadas e relacionadas a outros termos
92
da área (de acordo com o último critério). É o que acontece com solo, que, apesar de já estar
banalizado, tem uma importância crucial dentro do conjunto terminológico do ECOVALE,
além de ter aumentado seu semema com traços noêmicos atribuídos pelos especialistas do
subprojeto 1.4.
* Informatividade: unidades com acepções relacionadas diretamente ao subprojeto e
aquelas que adquiriram novos conceitos e/ou traços distintivos/ noêmicos quando utilizadas
pelos pesquisadores do ECOVALE. Mesmo termos de outras áreas podem fazer parte do
conjunto terminológico do subprojeto, que utiliza técnicas como monitoramento e conceitos
como desenvolvimento sustentável. É o grau de informatividade da unidade que determinará
ou não sua inclusão.
* Grau de especialidade: os termos demasiadamente especializados, que apresentarem
conceitos muito específicos ou comuns, por exemplo, aqueles relacionados às funções
matemáticas ou fórmulas químicas não serão definidos, a não ser que se encaixem em um dos
critérios acima, como é o caso de matriz de dados, que, dada sua relevância para o conjunto
terminológico, foi selecionada e definida.
* Relações inter-termos (núcleo semântico e pragmático): através dos mapas, as relações
conceituais entre os termos serão definidas. Ademais, o estudo profundo da área vai apontar
quais unidades são utilizadas juntas e com que acepções. Estes paradigmas reafirmam a
necessidade do estudo da área como um todo para a determinação de seus termos. A análise
isolada de unidades impede a determinação de suas relações com as outras unidades e mesmo
de seu estatuto e densidade terminológicos.
É importante ressaltar que os termos serão determinados não apenas pelo encaixe em um
dos paradigmas, mas pela sua observação global e pelas suas condições em relação a todos os
critérios. Além disso, construímos o mapa conceitual do projeto para visualizar com mais
precisão as relações entre os termos.
* Relevância do termo para o saber do ECOVALE: termos que foram utilizados com
acepções já conhecidas e dicionarizadas, como por exemplo, IDH- índice de desenvolvimento
humano, podem ser inseridas se forem extremamente relevantes na construção do mapa
conceitual e do saber da área. O IDH, por exemplo, constituiu-se em importante instrumento
para verificação da efetividade da metodologia ISA-água. Seca é outro termo extremamente
relevante para área, já que é um fator preponderante na região estudada e que prejudica a
93
qualidade da água, objeto de estudo do subprojeto 1.4. Já agronegócio admite uma nova
acepção dentro do projeto, já que se refere somente à exportação de frutas “in natura”
* Termos compostos já definidos separadamente: o ECOVALE possui a característica de
formar termos compostos a partir de termos simples que podem ser definidos separadamente.
Podemos citar o caso de água coletada, esse termo não foi definido porque definimos água e
coleta, a leitura dos dois verbetes induz à acepção do termo composto, por isso a definição
deste pode ser considerada desnecessária.Outros casos que devemos citar é o de água de
irrigação, cadastro das fontes de poluição, degradação da qualidade da água, entre outros. É
preciso enfatizar que os termos compostos que não tiveram seus simples definidos (análise
multivariada integrada), formaram um termo com uma nova acepção (conservação da água,
descarga de efluente nos corpos de água) ou se encaixaram no critério (água de reservatório).
O estabelecimento de critérios coerentes, claros e bem delineados constitui-se,
certamente, em uma das bases do trabalho, ajudando a garantir o rigor científico
imprescindível ao nosso tipo de trabalho.
2- Mapas conceituais: mapas do corpus referencial, mapa-mestre, e mapa final
O mapa conceitual é um instrumento prático que facilita o fazer terminológico ao expor,
com exatidão e amplamente, as relações entre os conceitos. Para se organizar o mapa final, é
necessário ler e construir o mapa de todos os itens do corpus referencial. Desse modo,
analisamos cada livro do referido corpus e confeccionamos os mapas. A seguir, comparamos
esses com o mapa organizado a partir do relatório do subprojeto. A construção do mapa
conceitual, além de refletir o saber da área, indica as unidades terminológicas ligadas
diretamente ao campo, facilitando a seleção de termos e a organização do sistema de
remissivas. A leitura e os mapas do corpus referencial e a orientação de especialistas
forneceram as informações que permitiram a delimitação das dimensões conceituais, que
separam, classificam e determinam os conceitos. Seguimos os passos dos especialistas na
organização do corpus documental, ou seja, o percurso gerativo de enunciação de codificação
(conferir item 1.2 do capítulo VII). Assim, delimitamos o mapa-mestre, os mapas parciais, e
os sub-mapas, bem como as dimensões conforme o trajeto feito no percurso e em conjunção
com os mapas que fizemos dos itens do corpus referencial. A construção do mapa final já teve
94
os termos selecionados. Esta seleção foi sendo efetivada à medida que se organizava o mapa
conceitual final da área, com base nos critérios explicitados anteriormente. O resultado dessa
análise foi o mapa conceitual do subprojeto ECOVALE. Este está dividido em 11 mapas,
relacionados a partir do mapa-mestre, apresentado abaixo. Nele constam todos os itens
abordados nos outros mapas, chamados parciais, de extensões variáveis. A junção de todas as
representações conceituais forma o mapa conceitual do subprojeto 1.4.
MAPA-MESTRE
No mapa parcial 1, seguimos a base conceitual colocada no início do relatório. Estes
termos são uns dos poucos que apresentam contextos definitórios. No parcial 2, trabalhamos
com a metodologia matemática, as equações, estatísticas e resultados da aplicação de modelos
estatístico-econométricos, do qual resultaram, inclusive, equações inéditas feitas a partir dos
dados colhidos em campo. Em mapa parcial 3, continuamos a lidar com a metodologia, mas
desta vez com a coleta e o sistema de processamento das informações utilizadas pelo
ECOVALE. O mapa parcial 4 é o mais complexo, justamente porque trata da metodologia
ISA-ÁGUA, objetivo do estudo do ECOVALE. Este mapa se subdivide em três: sub-mapa 1,
que reúne os conceitos ligados diretamente ao ISA-ÁGUA; sub-mapa 2, que diz respeito ao
Ecovale
Base conceitual (mapa parcial 1) Metodologia (mapa parcial 2) Metodologia (coleta e sistema de processamento da informação mapa parcial 3) Índice de sustentabilidade do uso da água (ISA-Água) (mapa parcial 4) Produtos (mapa parcial 5) Propostas e recomendações (mapa parcial 6) Condições da região (mapa parcial 7) Instituições e projetos (mapa parcial 8)
1-índice de sustentabilidade do uso da água
Sub-mapas
2a- causas
2-método
2b-monitoramento do uso sustentável da água
95
método utilizado para se organizar o ISA-ÁGUA. Neste temos o sub-mapa 2a, que trata das
causas do problema de monitoramento da qualidade da água no Submédio São Francisco,
bem como das questões sociais, econômicas e ecológicas relacionadas a este monitoramento.
Foi a partir dessas causas que os especialistas chegaram às causas principais da falta de
monitoramento e puderam organizar uma metodologia nova, o ISA-ÁGUA. O sub-mapa 2b,
constitui-se de todos os termos relacionados ao monitoramento do uso sustentável da água, ou
seja, quais termos estão relacionados ao uso racional e ao monitoramento baseado no ISA-
ÁGUA proposto pelo subprojeto 1.4. O mapa parcial 5 trata dos resultados e produtos do
ECOVALE. Já o parcial 6, das propostas e recomendações, enquanto o parcial 7 retrata as
condições da região e o 8 das instituições e projetos que participam do ECOVALE
96
VIII- Extração e fichamento dos termos
1- Termos: fichamento e coleta
Somente a partir do estudo das características da área é que se pode determinar
definitivamente os campos da ficha terminológica, já que alguns campos serão destinados a
registrar peculiaridades da área. Em trabalho anterior, com telefonia celular, apenas com a
análise da área foi possível compreender a importância do campo que abordava os
empréstimos. Essa premissa se confirmou neste trabalho, quando percebemos a necessidade de
adicionar contexto ao campo sinônimo.
É preciso salientar que, como nosso trabalho é um resultado da parceria Embrapa-USP,
tomamos como fundamento a Base Metodológica da instituição, organizada a partir de um
mestrado feito no Departamento de Lingüística da USP, que pode ser considerado como o
resultado da convergência entre a base teórica da USP e a aplicada da Embrapa. Nessa Base
Metodológica, há um modelo de ficha terminológica, que subjaz, ao lado de outros modelos
lexicográficos e terminográficos, a organização da ficha deste trabalho. Abaixo, apresentamos
a ficha recomendada pela Embrapa:
97
FICHA DE INVENTÁRIO E ANÁLISE Nº: 009 Entrada: biomassa Freqüência: 9/37 Cat. Gram.:s.f. Representação da noção: Marca tipogr. Neologismo: Formação: Código: Contexto: ...avaliou-se a arquitetura e a biomassa da raiz e a altura e a biomassa da parte aérea de Acacia auriculiformis e Mimosa caesalpiniifolia (sabiá) com sete anos de idade e Leucaena leucocephala com oito anos, plantadas em solo podzólico vermelho-amarelo com 70% de declividade no Morro do Sapê em Madureira na cidade do Rio de Janeiro. (T.22) Nota: Biomassa microbiana (UTC) Fonte: Andrade, A. G. de; Franco, A. A.; Santos, C. J. F. de ; Faria, S. M. de. (1997) Área: Áreas degradadas Subárea: biologia Descritores conceituais do termo Termos Hiperônimo massa ou matéria orgânica hipônimo biomassa microbiana Conceitos relacionados Massa seca, massa seca total, massa seca da parte aérea, MS,
matéria seca, biomassa microbiana Sinônimo: Variante: tipo 1: tipo 2: Termo dicionarizado (dicionário de língua): Não: sim: X Acepção encontrada: matéria de origem vegetal Definição: qualquer matéria de origem vegetal, utilizada como fonte de energia. [diversamente das fontes fósseis de energia (como por exemplo, o petróleo, o carvão de pedra, etc.), as biomassas oferecem a vantagem de serem renováveis em intervalos relativamente curtos de tempo.] Área: Subárea: Sinônimo: Observações lingüísticas: bio+massa. (MIC) –bio- elem. Composição, do gr. bíos ‘vida’ (Et) Marcas tipográficas pertinentes: Nota: Fonte: Al, MIC, Et Termo dicionarizado (dicionário técnico): Não: sim: X Acepção encontrada: matéria de origem vegetal Definição: somatória da massa orgânica viva existente num determinado espaço, num dado instante. Pode ser expressa em peso, úmido ou seco, por unidade de área ou volume. Área: Subárea: Termo relacionado: “standing stock”; “standing crop” (biomassas animal e vegetal) Sinônimo: produto em pé Variante: tipo 1: tipo 2: Observações lingüísticas: Marcas tipográficas pertinentes: Nota: Fonte: ACI Nova definição: Fonte: Redator: RMAR Data: 14.05.1999 Analista: Data:
A ficha apresentada nos parece bastante completa, o que justifica sua extensão. De
acordo com a Base Metodológica:
98
“A metodologia do trabalho terminológico deve dar conta da diversidade
existente no universo das linguagens de especialidade e na complexidade das
unidades terminológicas, por isso cada trabalho, cada tema, cada situação
exige o delineamento de um projeto que contenha objetivos claros e um
método específico para o trabalho a ser desenvolvido, e esse trabalho será
único.” (RIBEIRO, 2001:44)
Por essa razão, elaboramos nossa própria ficha terminológica com base na apresentada
acima. Conforme já ressaltamos, essa ficha poderá sofrer algumas modificações, caso as
características do nosso objeto de estudo assim o determinem.
99
Ficha terminológica Entrada: Categoria Gramatical: Sinônimo:
Contexto: Variante: Contexto:
Fonte:
Contexto:
Conceito1:
Fonte
Contexto: Conceito2:
Fonte
Contexto: Conceito3:
Fonte
Contexto: Conceito4:
Fonte
Concei- Traços Distintivos Tos A B C D E F G H I J 1
2
3
4
Conceito final: Definição:
Termo banalizado? ( ) sim ( ) não Definição do dicionário de língua: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não ( ) parcialmente Fonte:
Termo dicionarizado? ( ) sim ( ) não Definição dicionarizada: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não (..) parcialmente Fonte:
Código de localização na estrutura do trabalho: Tipo de relação: Classificação:
Notas:
100
Cada termo foi registrado em apenas uma ficha terminológica. Os campos dessa ficha
foram selecionados levando-se em consideração o tipo de vocabulário que pretendemos
produzir. Esse fato explica a inserção de: código de localização na estrutura do trabalho,
campo que fornece a posição que o conceito denominado ocupa no sistema conceitual e,
consequentemente, o lugar do termo no vocabulário sistemático; tipo de relação, que indica
se o termo mantém uma relação hierárquica (partitiva ou genérica) ou não hierárquica (de
causa e efeito, processo e produto, entre outras) e classificação, que revela se o termo
denomina um conceito nuclear (hiperônimo ou superordenado) ou periférico (hipônimo ou
subordinado), no caso de relações não hierárquicas, se se trata de processo ou produto, causa
ou efeito e com quais elementos se relaciona. Com o intuito de armazenar o máximo de
informações, introduzimos notas, cuja meta é indicar os termos que possuem mais de uma
acepção15, e remissivas que não se encaixarem nos campos supracitados. Em entrada será
colocado o termo efetivamente usado pelos especialistas do subprojeto. Em categoria
gramatical serão apontadas as características gramaticais do vocábulo técnico-científico, tais
como: se se configura em um substantivo (feminino ou masculino), em um adjetivo, em um
advérbio ou em um verbo.
Os contextos serão colocados no campo contexto. Registramos de preferência os
definitórios (que demonstram a definição do conceito) (DUBUC, 1985, p.284), ou seja,
aqueles que contêm a definição do termo. Todavia, pelo fato de os elementos do corpus
documental serem dirigidos a especialistas da mesma área, não foram encontrados muitos
contextos definitórios. Na verdade, apenas cerca de dez ou quinze. Os outros foram todos
explicativos (que explicam o conceito), ou associativos (que apontam traços relacionados ao
conceito) (idem, ibidem). Este fato dificultou muito o recorte do conceito e a confecção da
definição (conferir item 1.2 a seguir). Como exemplo, das cinco fichas colocadas como
exemplo, apenas a de análise de agrupamento possui um contexto definitório. O espaço
conceito será preenchido com os conceitos retirados dos contextos. Fonte, junto aos campos
dos contextos, indica em qual dos relatórios ou dos livros se encontra o contexto retirado.
Inicialmente, nosso objetivo era retirar todos os contextos do relatório do subprojeto
ECOVALE, porém, a presença de três contextos para a correta depreensão da acepção,
demonstrou a relevância da inclusão das obras do corpus referencial (apenas as obras que
constam do grupo b) como fontes de contextos. Contudo, o primeiro contexto a ser registrado
será o do relatório do ECOVALE e, a partir da acepção norteada por este contexto, os outros
15 Neste caso, outra ficha será confeccionada com a outra acepção e seus respectivos contextos.
101
serão selecionados, afinal o subprojeto ECOVALE se pautou nas obras de referência (grupo b).
É importante ressaltar que no vocabulário serão utilizados apenas os contextos do relatório. Os
campos no final da ficha, nomeados fonte, têm o objetivo de apontar as obras do corpus
parâmetro e do corpus relacional utilizadas. Os periódicos foram registrados tomando-se as
primeiras letras do autor do texto, data e página da qual retirou-se o contexto (exemplo: ECO,
34 (Subprojeto, página 34)). Os conceitos serão decompostos em traços distintivos. Os traços
que aparecerem mais de uma vez, comporão a definição.
Abaixo, apresentamos cinco fichas que nortearam a produção do Vocabulário
Sistemático do Subprojeto ECOVALE, apresentado no capítulo X deste trabalho:
102
Ficha terminológica Entrada: agente de água voluntário (AAV)
Categoria Gramatical: s.m
Sinônimo: monitor 1 Contexto:
Variante: agente voluntário, agente de água, agente ambiental, agente, agente ambiental voluntário Contexto 1: Essa formação ocorre de forma continua ao longo de todo ano, capacitando os Agentes Voluntáriosa realizarem diagnósticos sobre a qualidade das águas de usos múltiplos Contexto 2: Formação massiva de Agentes de Água (pessoas voluntárias da própria comunidade), sobre práticas de educação ambiental e de participação da população, na conservação e fiscalização das águas;
Fonte: ECO
Contexto: O treinamento de Agentes de Água Voluntários (AAV´s) para o Monitoramento da qualidade de água é um Projeto Piloto de preparação e formação de indivíduos que voluntariamente estejam dispostos a contribuir com a prevenção da contaminação dos recursos hídricos no âmbito da bacia hidrográfica ou de suas subdivisões.
Conceito1: indivíduo voluntariamente disposto a contribuir com a prevenção da contaminação dos recursos hídricos.
Fonte: ECO, 81
Contexto: Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada tal prévia experiência de cadastramento de fontes de água, através da ação de Agentes de Água Voluntários da própria comunidade, treinados para aplicação do cadastro eletrônico, inventário ambiental das fontes de água e georreferenciamento das fontes potenciais de poluição por meio de GPS
Conceito2: agente que cadastra fonte de água eletronicamente e georreferencia fontes potenciais de poluição por meio de GPS
Fonte ECO, 85
Contexto: A avaliação dos Agentes de Água Voluntários (AAV´s) realizada após o término do curso de formação permite inferir que a qualidade, ou seja, a precisão na determinação dos dados relacionados às características físico-químicas das águas pelo uso do Ecokit é suficiente para caracterização e monitoramento dos corpos de água locais.
Conceito3: indivíduo que determina a características físico-químicas das águas pelo uso do ecokit.
Fonte ECO, 91
Concei- Traços Distintivos Tos A B C D E F G H I J L M 1 indivíduo
voluntariamente
contribuir prevenção contaminação
recursos hídricos
2 agente
cadastra georreferencia Fontes potenciais
De poluição
3 indivíduo
determina água características
Físico-químicas
ecokit
Conceito final: indivíduo que voluntariamente determina características físico-químicas da água, usando ecokit, cadastrando as fontes potenciais de poluição e que, no futuro, poderá contribuir para a prevenção da contaminação dos recursos hídricos Definição: indivíduo voluntário da própria comunidade que determina as características físico-químicas dos corpos d’água por meio do uso de ecokits.
Termo banalizado? ( ) sim (X) não Definição do dicionário de língua: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não ( ) parcialmente Fonte:
Termo dicionarizado? ( ) sim (X) não Definição dicionarizada: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não (..) parcialmente Fonte:
Código de localização na estrutura do trabalho: 1.2.3
Tipo de relação: não hierárquica
Classificação: relacionado a índice de sustentabilidade do uso da água, monitoramento da qualidade da água, ecokit, kit de determinação microbiológica
Notas: Ao determinar as características da água, o AAV define os corpos de água poluídos e os não poluídos, cadastrando, eletronicamente, os não poluídos e georreferenciando os poluídos.
103
Ficha terminológica Entrada: água 1 Categoria Gramatical: s.f Sinônimo:
Contexto: Variante: Contexto:
Fonte:
Contexto: O Perfil ecológico dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisa a degradação ambiental provocada pelo homem no uso dos recursos naturais, uma vez que solo e água são recursos não renováveis e finitos.
Conceito1: recurso natural não renovável e finito
Fonte: ECO, 4
Contexto: A água presente no ambiente está em constante movimento. Os processos de transporte de massa ocorrem na atmosfera, na terra e nos oceanos. Durante o ciclo hidrológico, a água sofre alterações na qualidade.
Conceito2: recurso natural
Fonte ECO, 21
Contexto: 48,3% dos efluentes lançados por essas instalações são compostos por água e matéria orgânica, seguida por 24,1% de água e outros compostos químicos como fosfatos, nitratos, carbonatos.
Conceito3: composto químico
Fonte ECO, 35
Contexto: A salinidade dessa água variou de 0,14 a 0,42g L-1 de sal, o que as classifica como água doce, pela resolução do CONAMA (em sentido lato “água-doce” significa sistemas aquáticos continentais tais como rios e lagos e, tecnicamente, designa águas com menos de 0,5g L-1 de sais minerais dissolvidos na água).
Conceito 4: composto químico com salinidade Fonte ECOR,XXVIII
Concei- Traços Distintivos Tos A B C D E F G H I J 1 recurso
natural Não renovável finito
2 recurso
natural
3 composto
químico
4 composto químico salinidade Conceito final: recurso natural caracterizado como composto químico Definição: recurso natural líquido não renovável e finito, composto de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio.
Termo banalizado? (X) sim ( ) não Definição do dicionário de língua: óxido de diidrogênio Definições coincidentes ( ) sim ( ) não (X) parcialmente Fonte: Aurélio, 66
Termo dicionarizado? (X) sim ( ) não Definição dicionarizada: Fase líquida de um composto químico formado aproximadamente por 2 partes de hidrogênio e 16 partes de oxigênio em peso. Na natureza ela contém pequenas quantidades de água pesada, de gases e de sólidos (principalmente sais) em dissolução.
Definições coincidentes ( ) sim ( ) não (X) parcialmente Fonte: GTH
Código de localização na estrutura do trabalho: Tipo de relação: hierárquica e não hierárquica
Classificação: hiperônimo de água doce, água salobra, água potável, água bruta, água de lavagem, água de irrigação, água de usos múltiplos, água superficial, água subterrânea. Termo relacionado a indicador ecológico e ISA-água,solo
Notas:
104
Ficha terminológica
Entrada: água 2 Categoria Gramatical: s.f Sinônimo: recursos hídricos Contexto:
Variante: Contexto:
Fonte:
Contexto: Considerando que a princípio a água não se encontra isolada no meio ambiente que a cerca, ao contrário, está em constante interação com esse meio, sua qualidade é função da integração de indicadores sociais, econômicos e ecológicos, que interagindo entre si irão afetar a qualidade final da água disponível em uma determinada bacia, sub-bacia ou micro-bacia hidrográfica.
Conceito1: recurso natural disponível em constante interação com o meio ambiente
Fonte: ECO, 39
Contexto: A água presente no ambiente está em constante movimento. Os processos de transporte de massa ocorrem na atmosfera, na terra e nos oceanos. Durante o ciclo hidrológico, a água sofre alterações na qualidade. Isso ocorre em condições naturais, em razão das inter-relações dos componentes do ambiente, quando os recursos hídricos são influenciados pelo uso para o suprimento das demandas dos núcleos urbanos, das indústrias, da agricultura e das alterações do solo, urbano e rural.
Conceito2: recursos hídricos que podem ser influenciados pelo uso para o suprimento das demandas urbanas, industriais e agrícolas
Fonte: ECOR, XX
Contexto: É uma região com muitos conflitos em relação ao uso e “propriedade” da água. Onde o rio ressurge, as águas são barradas beneficiando apenas o proprietário da terra. À jusante, as comunidades dependem da água empoçada pela chuva. Em outros locais, a vazão é diminuída para aumentar o volume e facilitar o bombeamento para áreas irrigadas.
Conceito3: recurso que pode ser usado economicamente Fonte ECOR, XXIII
Concei- Traços Distintivos Tos A B C D E F G H I J 1 recurso
natural disponível interação Meio ambiente
2 recursos
hídricos influenciados uso Demandas urbanas, industriais e agrícolas
3 recurso usado economicamente Conceito final: recurso natural que interage com o meio ambiente e pode ser usado economicamente para suprir demandas urbanas, industriais e agrícolas. Definição: recurso natural usado economicamente para suprir as demandas urbanas, industriais e agrícolas.
Termo banalizado? ( ) sim (X) não Definição do dicionário de língua: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não ( ) parcialmente Fonte:
Termo dicionarizado? (x) sim ( ) não Definição dicionarizada: tipo de recurso natural constituído pela água disponível para qualquer uso. Definições coincidentes ( ) sim ( ) não (x) parcialmente Fonte: MICRO, 76
Código de localização na estrutura do trabalho: Tipo de relação: não hierárquica
Classificação: relacionado ao termo água
Notas:
105
Ficha terminológica Entrada: análise de agrupamento Categoria Gramatical: s.f Sinônimo: cluster analysis, análise de cluster
Contexto: Isto possibilitou construir por meio de análise de agrupamento (Cluster analysis) o Índice do Perfil Social da região do Submédio do Rio São Francisco (IP_SOCI), processado em meios digitais por quatro atributos: IP_SOCI elevado (cor azul), IP_SOCI alto (cor verde), IP_SOCI regular (cor amarela) e IP_SOCI baixo (cor vermelha) (Quadro 4 e Figura 22).
Variante:
Fonte: ECOR, XLI
Contexto: A análise de agrupamento compreende técnicas e algoritmos interativos, cujo objetivo é classificar "objetos" em grupos de acordo com seu grau de similaridade ou de dissimilaridade. Neste estudo, os "objetos" são representados pelos indicadores selecionados para cada perfil estudado: ecológico, econômico e social.
Conceito1: análise que classifica objetos em grupos de acordo com seu grau de similaridade ou dissimilaridade.
Fonte ECOR, VII
Contexto: Como produto da análise de agrupamento, foi observado que com IP_SOCI elevado houve somente um município, Petrolina em cor azul. Com IP_SOCI alto, também, um único município formou um grupo, representado por Juazeiro da Bahia, em cor verde. Entretanto, por meio do índice IP_SOCI regular se obteve seis municípios formando um grupo homogêneo, recebendo a cor amarela. Por fim, com IP_SOCI refletindo a condição social baixa, foram incorporados os 65 municípios restantes, com a cor vermelha.
Conceito2: análise que agrupa municípios segundo uma classificação de elevada, alta, regular e baixa conforme sua relação com indicadores.
Fonte
Contexto: Como resultante da análise fatorial se obteve os quatros fatores ou novos indicadores, denominados: Atendimento a saúde, sistema educacional, serviços básicos e oferta de emprego. O que possibilitou se construir por meio de análise de agrupamento (Cluster analysis) o Índice do Perfil Social da região do Submédio do rio São Francisco (IP_SOCI), processado em meios digitais por meio de quatro atributos: elevado (cor azul), alto (cor verde), regular (cor amarela) e baixo (cor vermelha).Como produto da análise de agrupamento, se obteve que com IP_SOCI elevado houve somente um município, Petrolina em cor azul, como fruto do novo indicador “Sistema Educacional”. Com IP_SOCI alto, também, um único município formou um grupo, representado por Juazeiro da Bahia, em cor verde, graças ao indicador “Atendimento a Saúde”.
Conceito3: análise que agrupa municípios a partir de suas semelhanças em relação a índices.
Fonte
Concei- Traços Distintivos Tos A B C D E F G H I J L 1 análise
classifica objetos grupos Grau de
similaridade Grau de dissimilaridade
2 análise agrupa municípios classificação relação indicadores 3 análise agrupa municípios semelhanças relação índices Conceito final: análise que classifica municípios e os reúne em grupos conforme suas semelhanças e diferentes frente a índices. Definição: análise estatística que reúne municípios em grupos a partir de suas semelhanças e diferenças em relação às variáveis dos perfis social, econômico e ecológico.
Termo banalizado? ( ) sim (X) não Definição do dicionário de língua: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não ( ) parcialmente Fonte:
Termo dicionarizado? ( ) sim (X) não Definição dicionarizada: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não (..) parcialmente Fonte:
Código de localização na estrutura do trabalho:
Tipo de relação: hierárquica e não hierárquica
Classificação: hipônimo de análise estatística, co-hipônimo de varimax rotacionado e método stepwise, relacionado a variável, fator, perfil, indicador e município, método ward
Notas: Essa análise descreve os índices dos perfis social, econômico e ecológico do Submédio São Francisco a partir da classificação dos níveis dos municípios da região em elevado, alto, baixo, regular.
106
Entrada: fator Categoria Gramatical: s.m Sinônimo: indicador Contexto: O município melhor classificado foi Petrolina (PE) e representa o novo Indicador “Gastos Públicos em Infra-estrutura” (Fator 1), concebido pela cor azul. Em segundo lugar se destaca, também, um único município constituído por Juazeiro da Bahia e, eqüivale ao indicador ‘Agricultura Irrigada” (Fator 2), indicado pela cor verde.
Variante:
Fonte: ECO, 47
Contexto: Em cada Fator as variáveis mais representativas são aquelas cujas cargas fatoriais são as mais elevadas e devem sempre ser superiores a 0,30; por outro lado, quando a carga Fatorial apresenta sinal negativo (-) significa influência negativa desta variável no Fator (Bouroche e Saporta, 1980; Andrade, 1989).
Conceito1: conjunto de variáveis
Fonte ECO, 7
Contexto: Nestas análises foi utilizado o pacote Statistic Analysis System - SAS, (SAS, 2001), sendo que em vez de se utilizar o método de Análise de Componentes Principais (ACP), se utilizou o método Fatorial (Varimax rotacionado), uma vez que este define mais claramente quais variáveis estão mais associadas com um dado Fator e quais não estão.
Conceito2: conjunto de variáveis
Fonte ECO, 7
Contexto: Este Fator distingue os municípios onde o balanço hídrico mensal apresenta sobretudo, a falta de água como o indicador fundamental. Desta forma, pode-se associar a este fato a demanda pelo desenvolvimento de tecnologias e alternativas viáveis à produção, sobretudo no setor primário, para a convivência do homem com estes períodos de seca.
Conceito3: conjunto de indicadores que distingue um município de outro
Fonte ECO, 40
Contexto: Este Fator associa-se as variáveis vinculadas a vários indicadores que definem o perfil social da região, configurando o atendimento aos serviços básicos para a população residente como fundamental na formação do perfil dos municípios.
Conceito4: conjunto de variáveis vinculadas a vários indicadores que define os perfis de uma região
Fonte ECO, 53
Concei- Traços Distintivos Tos A B C D E F G H I J L 1 conjunto variáveis 2 conjunto variáveis 3 conjunto indicadores distingue município 4 conjunto variáveis indicadores define perfis região Conceito final: conjunto de variáveis vinculadas a indicadores que define os perfis de uma região. Definição: conjunto de variáveis que classificam os municípios e definem seus perfis social, econômico e ecológico.
Termo banalizado? ( ) sim (X) não Definição do dicionário de língua: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não ( ) parcialmente Fonte:
Termo dicionarizado? ( ) sim (X) não Definição dicionarizada: Definições coincidentes ( ) sim ( ) não (..) parcialmente Fonte:
Código de localização na estrutura do trabalho: 1.2.2.4
Tipo de relação: hierárquica e não hierárquica
Classificação: hiperônimo de fator 1, fator 2, fator 3, fator 4, relacionado a perfil social, econômico e ecológico, variáveis, análise fatorial.
Notas: Os fatores são produtos do ECOVALE
107
Conforme já mencionado, nosso trabalho, por se caracterizar pela parceria Embrapa-
USP, deve se pautar pela metodologia da Embrapa. Esse fato se justifica porque o projeto
prevê a produção de dicionários pela união entre a área técnica e acadêmica e, para manter a
coerência inter e intra-documentos, há a necessidade de um núcleo metodológico comum, que
caracterize as obras organizadas por meio desta parceria e as homogeneíze. Daí o valor da
Base Metodológica da instituição.
Podemos verificar, a partir do modelo da ficha terminológica, que o percurso
metodológico é analítico-sintético, pois, após a extração dos termos e conceitos, procedemos a
uma decomposição dos traços distintivos do conceito e os sintetizamos em um conceito final,
que será comparado ao conceito dicionarizado.
O percurso adotado pela terminologia wüsteriana é caracterizado pela onomasiologia. O
que adotamos para esta pesquisa articula a onomasiologia e a semasiologia: com a elaboração
do mapa conceitual e da estrutura do trabalho, partimos dos conceitos para chegarmos aos
termos; com a extração de termos e contextos e a formulação de definições, estamos
executando o processo inverso. Dessa maneira, de maneira sintética, percorremos o seguinte
caminho:
CONCEITO TERMO CONCEITO
1.2- Do termo ao conceito X do conceito ao termo
Conforme já ressaltado, os documentos que foram a base de nosso trabalho se
constituem de dois relatórios redigidos pelos especialistas e dirigidos a profissionais da mesma
área. Por isso, a maioria das definições foi omitida e os termos apenas citados, explicados ou
associados a outros termos. Dessa forma, tivemos de refazer o percurso gerativo de
enunciação de codificação organizado pelos especialistas para poder conceituar e definir a
maioria dos conceitos.
O modelo teórico em questão foi desenvolvido por PAIS, a partir dos paradigmas
organizados por Pottier e Greimas, e contempla a produção discursiva tanto de semióticas,
macrossemióticas, como de apenas um enunciador, daí sua multilateralidade e multi-utilidade.
O percurso gerativo permite analisar e compreender os processos de conceptualização e
construção discursiva, no que tange ao fazer persuasivo, bem como ao de re-conceptualização
e reconstrução discursiva, que culmina na realimentação e regulagem do metassistema
108
conceptual, referentes ao fazer interpretativo, chegando, assim ao conceito e à definição dos
termos. Este modelo apresenta os seguintes patamares: percepção, conceptualização,
semiologização, lexemização, atualização, semiose, na codificação e percepção do texto, re-
atualização, re-semiotização, re-semiologização, re-conceptualização, na decodificação.
A percepção é biológica e culturalmente filtrada, sendo dirigida, orientada pelos recortes
culturais pré-existentes (PAIS, 1994:170). Esse patamar é dividido em latências (traços
distintivos semânticos possíveis dos ‘objetos’ da semiótica natural, estado semântico
potencial), saliências (traços semânticos que se destacam) e as pregnâncias (patamar em que o
enunciador seleciona e escolhe os traços que configuram o conceito do fato em questão). É na
fase das pregnâncias que há efetivamente atividade do homem e é também nesse ponto que há
a influência/intervenção da cultura, no caso, da especialidade em questão, ou seja, o
subprojeto ECOVALE. Nessas condições, é lícito afirmar que a percepção dos fatos e,
consequentemente, a produção discursiva somente são possíveis a partir da internalização dos
conceitos, elemento que possibilita a interpretação e, com efeito, a definição dos termos.
Após a escolha dos traços que comporão o conceito, já discutida, chega-se a
conceptualização, definida por Pottier como a “redução da infinidade dos referentes (coisas,
pensamentos...) a um certo número de classes de apreensão” (Apud BARBOSA, 1992,
p.261). Corresponde ao engendramento de noções ou conjuntos noêmicos formados a partir da
‘visão de mundo’- os recortes culturais. A semiologização diz respeito à conversão dos traços
noêmicos em semânticos e do ordenamento dos campos semânticos. A semiotização, que
corresponde à passagem do nível cognitivo para o semiótico propriamente dito, divide-se em
duas etapas, a lexemização e a atualização. A primeira refere-se ao denominar, à união do
conceito ao seu nome e à formação do signo linguístico, enquanto a segunda instaura a
grandeza-signo recém-formada em um discurso concretamente realizado. Este é o momento da
contextualização, em que há a seleção dos semas determinada pela situação discursiva,
culminando na semiose (produção de sentido, significação). Desta forma, os relatórios do
corpus documental se encontram na semiose.
O processo de decodificação, que corresponde ao da abstração conceitual, possui
algumas características elementares, que permitem a identificação do ponto de formação de
conceitos. A fase inicial deste processo é a percepção do texto enquanto objeto semiótico,
então há a re-atualização, caracterizada pelo reconhecimento por parte do enunciatário da
semiótica-objeto, ou seja, do próprio discurso, e a identificação dos elementos nele
manifestados. Uma primeira leitura já se constitui em uma re-atualização. A seguir, vem a re-
109
semiotização, caracterizada pela reconstrução/interpretação da significação completa do texto.
Esta fase apenas se completou após o fichamento, resumo e releitura dos corpus documental,
dada a linguagem peculiar e à falta de contextos definitórios. Então temos a re-
semiologização, em que os significados interpretados e levantados são reorganizados em seus
devidos campos semânticos. Nesta fase, começamos a reconstruir os conceitos a partir dos
traços conceptuais (noemas) percebidos. Essa reconstrução é concretizada pela produção do
mapa conceitual final, união de todos os mapas conceituais dos textos/livros do corpus
referencial. É importante frisar que este corpus não apresentava todos os conceitos utilizados
no ECOVALE, pois, este, por ser um subprojeto particular que possui como objetivo a
organização de uma metodologia totalmente nova, utilizou-se de muitos neologismos
semânticos (mudança de conceito), percebidas mais facilmente pelos profissionais, alvos dos
relatórios. Neste ponto, os conceitos são percebidos, relacionados uns aos outros e, portanto,
delineados. Por fim, a re-conceptualização e a realimentação e autoregulagem do metassistema
conceptual (PAIS, 1994:178), que se firma na confirmação do conceito levantado e na
organização de sua definição. A re-conceptualização é caracterizada pela abstração dos
conceitos colocados, culminando na reconstituição da análise da experiência ao nível
conceptual. A constatação dos conceitos desencadeia a realimentação e auto-regulagem dos
conjuntos conceituais já engendrados pela pesquisadora, pois o estado final da competência e
do saber sobre o mundo é diverso do inicial. Desse modo, esquematicamente, teríamos:
110
Preferimos esta representação (PAIS, 1994: 179) por conta de sua forma senoidal, que
transmite a idéia de ciclo, caracterizando eficientemente o percurso total feito para se chegar
ao conceito e, depois, à definição dos termos. A dificuldade em chegar aos conceitos aos quais
o corpus documental se refere, impulsionou-nos a seguir e trabalhar nas fases do percurso
gerativo de enunciação de decodificação, já explicitada anteriormente. Esta breve descrição
dos percursos denota a necessidade que esse trabalho tem de um modelo teórico que permita
constatar a veracidade dos traços conceptuais levantados, para se poder organizar uma
definição condizente com o conceito concebido pelos especialistas. Consideramos o percurso
gerativo de enunciação de codificação e decodificação ideal por conta de sua precisão,
abrangência e rigor científico, já implicitamente enfatizados.
a) percurso gerativo de enunciação do emissor Estado inicial: competência X,
Saber sobre o mundo Y
b) percurso gerativo de enunciação do receptor
Estado final: competência ‘X, Saber sobre o mundo Y
percepção
conceptualização
semiologização
semiotização
lexemização
atualização
semiose
Manifestação concreta = texto (objeto semiótico)
Estado inicial: competência X, Saber sobre o mundo Y
percepção do texto
re-atualização
re-semiotização
re-semiologização
re-conceptualização
Realimentação e autoregulagem do metassistema
F
111
Para podermos analisar os resultados, estudamos o percurso gerativo de enunciação de
codificação e decodificação e estabelecemos alguns critérios para avaliar em que ponto do
percurso nos encontrávamos em cada momento, observando o grau de abstração/formação dos
conceitos. Os critérios foram colocados considerando-se a ordem do percurso:
* Percepção do texto: leitura inicial do corpus documental. Todavia, a falta de definições
e de relações entre os termos nos fez apenas perceber o texto (conceitos) como objeto
semiótico. Neste ponto, não se abstrai conceitualmente, por isso consideramos que não houve
formação de conceitos.
* Re-atualização: começamos a construir definições incompletas e/ou equivocadas (com
traços distintivos erroneamente relacionados). Tais fatores evidenciam que houve apenas o
reconhecimento da semiótica-objeto e identificação dos elementos manifestados, ações
específicas da re-atualização. Neste ponto, também não há formação de conceitos, apenas o
início do processo, pois percebemos alguns noemas, mas não cerceamos e nem relacionamos
os conceitos de maneira satisfatória.
* re-semiotização: constatamos a presença de semas e os relacionamos dando início à
formação dos conceitos, mas, ainda, de forma incompleta. Esses fatos demonstram que houve
reconstrução completa do texto e da significação, porém a formação de conceitos ainda é
básica, pois ainda recuperamos o sentido, mas não abstraímos totalmente os conceitos.
* re-semiologização: elaboração dos conceitos e percepção não só das relações entre os
noemas, mas entre os conceitos dentro do sistema, o que demonstra a coerente organização
dos campos semânticos dos conceitos, evidenciando suas relações. O processo de abstração
está quase completo. Todavia, ainda falta a percepção da significação dos conceitos dentro dos
contextos e suas relações com estes.
* Re-conceptualização e realimentação/autoregulagem do metassistema conceptual:
definição e relação corretas de todos conceitos, percepção do papel dos conceitos dentro dos
contextos, que evidenciam a reconstituição da análise da experiência ao nível conceptual. A
coerente percepção do papel dos termos em todos os contextos, adicionada à formação do
semema e à relação corretas entre noemas e entre conceitos dentro do sistema conceitual,
demonstra que houve a realimentação do metassistema conceptual e a descoberta, finalmente,
do trajeto organizado pelos especialistas no percurso gerativo de enunciação de codificação.
Nesse ponto, houve o processo completo de formação de conceitos, o que propiciou a
classificação da abstração como completa.
112
Após o término do percurso e realimentação do sistema, finalizamos a primeira fase do
caminho metodológico, ou seja, fomos do termo ao conceito. Para efetivarmos a metodologia,
iniciamos o percurso gerativo de enunciação de codificação, cujas fases já foram
caracterizadas no início desse item, para produzirmos a definição dos conceitos abstraídos,
chegando ao nosso ponto de partida, o termo. Assim, efetuamos o percurso termo conceito
termo, já explicitado no item anterior.
A necessidade do conhecimento do percurso gerativo de enunciação de codificação feito
pelos especialistas para a correta delineação dos conceitos já está evidenciada nas explicações
anteriores. Sem a reconstrução do trajeto dos especialistas para produzirem seu discurso/
relatórios seria muito complexo, quiçá impraticável a correta delimitação dos conceitos e
organização das definições.
113
IX- Estruturação do vocabulário
1- Macroestrutura
Macroestrutura pode ser definida como a maneira como os artigos são dispostos ao
longo da obra, ou seja, o formato vertical, a ordenação das entradas do documento. Segundo
GREIMAS (1979:02), há dois modos de se apresentar uma teoria: o paradigmático (modo
descontínuo) e o sintagmático (modo relacional). O primeiro corresponde ao modelo
alfabético de disposição das entradas, enquanto o segundo, ao sistemático ou conceitual. Tanto
um quanto outro apresentam vantagens e desvantagens. O alfabético apresenta problemas em
relação ao eixo sintagmático: dispõe de forma descontínua os termos, o que torna difícil a
reconstrução do sistema conceitual subjacente por parte do consulente que ainda não tem
conhecimentos suficientes sobre o saber da área. Todavia, o custo paradigmático é menor, ou
seja, esse modelo permite um acesso direto e rápido aos termos e facilita uma ulterior
introdução de elementos e informações adicionais, que futuras pesquisas poderão trazer. Já o
modo sintagmático traz em sua estrutura a vantagem de representar o sistema conceitual que
reflete e sustenta o saber construído da área, apresentando as relações e ligações entre
conceitos e determinando o lugar de cada um no sistema, fatos que contribuem para uma
melhor delimitação e caracterização dos traços conceituais. No entanto, seu custo
paradigmático é maior, ou seja, o acesso é difícil, um consulente com pouca experiência
encontrará muitos obstáculos ao manusear uma obra com uma macroestrutura sintagmática.
Contudo, discutir qual das duas ordenações é mais adequada não tem sentido porque
ambas apresentam, conforme dissemos, benefícios e custos de acordo com suas características
e é possível tentar amenizar esses últimos através de alguns mecanismos. O importante é que,
seja qual for a estrutura, ela deve ser capaz de possibilitar ao consulente, senão a visualização,
ao menos a possibilidade de reconstrução da rede conceitual. Tal reconstrução é necessária
porque os conceitos não estão isolados dentro de um campo, pois somente o fato de
pertencerem a mesma área já se constitui em um núcleo comum que os relaciona. Além disso,
114
os conceitos não seriam capazes de sustentar e refletir o saber construído de uma área se não
se relacionassem, formando uma estrutura. Assim, um conceito adquire seu valor dentro de um
conjunto e existe apenas em relação a esse conjunto. Cumpre observar que, como os termos
dão acesso aos conceitos, constituindo-se em sua manifestação (no nível semiótico), nós os
utilizamos para representar o conceito em uma estrutura, fato que permite que o sistema
terminológico corresponda ao conceitual. Dessa forma, uma obra que opte pelo modelo
sintagmático pode utilizar um índex alfabético que permita a rápida localização do termo
dentro da estrutura, enquanto que outra que escolha o paradigmático tem a possibilidade de
amenizar o custo sintagmático que apresenta por meio de uma microestrutura que contenha
um eficiente sistema de remissivas. É importante ressaltar, ainda, que mesmo a ordenação
sistemática necessita de um sistema remissivo que permita relacionar termos que podem estar
em outra parte da rede conceitual.
Nessa perspectiva, a macroestrutura sintagmática foi a adotada para compor o
vocabulário. Tal ordenação reúne os termos a partir de um traço conceitual comum; assim
como o mapa conceitual e a estrutura do vocabulário, esse tipo de macroestrutura também
apresenta infinitas maneiras de relacionar os termos. Como o mapa conceitual fundamenta a
estrutura do vocabulário e esta, a macroestrutura, é lícito afirmar que a composição da
ordenação deste vocabulário sistemático iniciou-se com a organização do mapa conceitual.
Esse início precoce é importante para a correção de qualquer equívoco ao longo da pesquisa,
garantindo, assim, uma macroestrutura coerente.
A apresentação de um index alfabético ao final do documento ameniza o custo
paradigmático da ordenação escolhida.
2- Microestrutura
Microestrutura pode ser definida como o conjunto de informações que se segue à entrada
(Rey Debove, citada por BARBOSA, 1989b:567), enquanto que o artigo ou verbete
corresponde à entrada (termo a ser descrito) mais a microestrutura (BARBOSA, 1989b: 570).
O artigo mínimo possui dois constituintes: a entrada mais uma microestrutura mínima
(definição sumária).Todavia, a microestrutura pode conter muitas informações tais como:
variantes ortográficas, pronúncia, categoria gramatical, etimologia, definição, exemplo de
emprego específico da entrada na área, termos relacionados - homônimos, parônimos,
sinônimos, hipônimos, hiperônimos, co-hipônimos - e informações adicionais - índice de
115
confiabilidade, freqüência, termos preferenciais, termos em desuso, etc. -, sem mencionar os
dados que a microestrutura de vocabulários técnico-(científicos bilíngües e multilíngües pode
conter).
Assim, a microestrutura é sempre variável e deve ser estruturada à luz de critérios
estabelecidos segundo o tipo de documento e seus objetivos. No entanto, escolhida a
organização da microestrutura, esta deve ser mantida ao longo de toda a obra, com o intuito de
garantir o rigor metodológico, fator que influi decisivamente na confiabilidade. Um
vocabulário técnico-cientifíco que não mantém uma coerência estrutural intra-vocabulário e
inter-verbetes pode causar desconfiança por parte de quem o manuseia.
O primeiro critério a ser considerado na seleção dos paradigmas que formarão o artigo é
o tipo de macroestrutura adotado. Outro critério a ser levado em conta é o tipo de informações
que é necessário à estruturação adequada da microestrutura, já que, segundo BARBOSA
(1989: 570), as informações sobre uma unidade lexical tendem ad infinitum. Nessa
perspectiva, o seguinte artigo foi organizado:
Artigo={entrada + paradigma informacional (+ forma expandida + categoria gramatical
+ abreviatura/sigla + variantes) + paradigma definicional + paradigma pragmático +
paradigma relacional + paradigma informacional complementar}.
O paradigma informacional se constitui, também, em traços distintivos adicionais aos
expostos na definição, já que fornece dados importantes como a forma expandida, a categoria
gramatical, abreviaturas e a existência de variantes. A inclusão de forma expandida em nosso
trabalho se pauta na existência de siglas, as quais precisam ser explicadas pela sua forma
completa. Com respeito às variações, as ortográficas são as mais constantes, ao lado das
lexicais.
Devido à multirreferencialidade das unidades lexicais, sujeitas a interpretações e
ideologias, a escolha daquelas que compõem o paradigma definicional deve ser meticulosa. O
discurso terminográfico é um dos mais objetivos e, por isso, deve ser o mais congruente
possível com o saber que representa e registra.
O paradigma pragmático tem a função de direcionar qual o uso considerado na
definição. Configurado por um contexto, preferencialmente definitório, este paradigma
fornece dados sintáticos e semânticos, além de incluir e ilustrar o uso do termo dentro de seu
universo de discurso. Ainda esclarece o sentido do termo, mostrando os traços semânticos que
são reaproveitados na definição e aponta informações adicionais não expressas na definição.
116
O paradigma relacional compõe-se de remissivas, que organizam a rede conceitual sob a
qual se constrói o saber de uma área. O estabelecimento mais perfeito possível da rede
conceitual permite, além da visualização do saber da área como um todo, o complemento da
definição. O sistema de remissões em questão se caracteriza por sublinhado e asteriscos das
unidades terminológicas que assinalam, no interior de cada definição, aquelas que foram
definidas em outra parte do volume. Os termos compostos que apresentam definições de cada
termo e também definições separadas, são sublinhados e colocados em negrito. Por exemplo:
em fonte de água, sublinhamos fonte de água e negrejamos água, pois temos as definições de
fonte de água e de água sozinha no vocabulário. Além dessas marcas, repetimos em CF, sobre
o qual comentamos a seguir, as expressões assinaladas com o objetivo de alertar o consulente
desavisado para importância de se remeter aos termos contidos na definição. Esse paradigma é
composto, ainda, pelo paradigma relacional propriamente dito, que se compõe de três
artifícios: da introdução de sin. para apontar sinônimos, de ver para evidenciar que o termo
em questão possui a mesma acepção de outro já definido e de CF para relacionar termos que
apresentam relações não sinonímicas. Há, também, um sistema de remissivas em notas, que
tem a função de apontar os termos que devem ter suas definições verificadas para uma melhor
compreensão do conteúdo da nota. É configurado pela marcação sublinhada do termo e pela
expressão cf. verbete (s).
O paradigma informacional complementar se constitui de notas enciclopédicas e
lingüísticas sobre o termo e são necessárias não somente para adição de características, mas
também para atualização das informações.
Como o vocabulário é extenso (cerca de 450 termos), colocamos nas remissivas os dois
primeiros hiperônimos ligados ao termo e os associados. Assim, o consulente que achar
necessário, pode consultar os primeiros hiperônimos que formaram a rede conceitual a partir
das remissivas dos que foram citados.
3-Definição.
Definir significa cercear, delimitar, circunscrever para diferenciar, separar e
compreender. O enunciado definitório pode ser uma equivalência semântica sob a forma de
paráfrase sinonímica substituível (definição por compreensão), uma lista de tipos em que se
enquadra a entrada (por extensão), uma remissão ao lexema de base, como, por exemplo,
117
bacia: referente à bacia hidrográfica (derivacional (LÉRAT, 1983: 08)) ou uma única
palavra, como em chegar: atingir (sinonímica (LÉRAT, 1983: 08)).
As questões mais freqüentes com as quais um pesquisador se depara na formulação do
paradigma definicional são o que privilegiar, que traços descartar, qual o tipo de definição
adotar. As escolhas que são as respostas a esses questionamentos dependem de critérios que
vão desde o tipo de público-alvo, passando pelas necessidades da área, até a tipologia do
vocabulário. Segundo BARBOSA (1989:567):
“(...)tipologia de dicionário e tipologia de definição situam-se numa relação
determinante/determinado. Sua desarticulação leva a empobrecer as qualidades
discursivas, reduzindo-lhes a eficácia como instrumento de recuperação da
informação.”
O público-alvo medianamente especializado, que é o destinatário do vocabulário
sistemático subprojeto ECOVALE, determina que as definições não sejam altamente técnicas e
que forneçam dados que a tornem inteligíveis tanto aos altamente quanto aos menos
especializados. Por ser um vocabulário sistemático especializado em uma área, o documento
deve se restringir ao significado dos termos dentro do universo de discurso do ECOVALE.
3.1-Paradigma definicional.
A definição por compreensão, tipo escolhido para compor o vocabulário, destaca-se pela
enumeração de traços distintivos que caracterizam a entrada. A composição do paradigma
definicional se inicia pela determinação de um hiperônimo que localize e recorte o termo
dentro do sistema de conceitos. Este traço genérico deve ser de conhecimento comum,
definido por dicionários de língua, ou um termo definido no vocabulário. Em seguida, é
preciso limitar a extensão do sema superordenado, ligando-o à característica que diferencia a
entrada de outras noções, em primeira instância. A presença do traço limitador do hiperônimo,
apesar de importante, nem sempre aparece na definição de todas as entradas, principalmente
nos termos derivados ou complexos, cujo hiperônimo é sempre o sintagma de base. Assim,
distância euclidiana tem como traço superordenado distância, sem nenhum sema limitador,
pois somente distância já localiza a entrada dentro do sistema de conceitos.
O caminho para a manutenção do rigor inter e intra-verbetes é definir o termo de base
usando um hiperônimo e um traço limitador. Por exemplo: o consulente, ao pesquisar
118
distância euclidiana, e precisar verificar a definição de distância, encontra: medida
(hiperônimo) grau (primeiro traço limitador) de similaridade (segundo traço limitador). A
limitação do hiperônimo é importante para o cerceamento mais exato da entrada e para
relacionar termos, por exemplo: Ab porção geográfica exterior da sub-bacia em oposição a
Aub: porção geográfica ocupada por cidades. Essa estrutura permite a rápida diferenciação
entre entradas através da mudança de um dos traços limitadores.
Ao hiperônimo e ao seu traço limitador foram adicionados os traços restritivos. Todos os
semas são selecionados através da decomposição dos conceitos extraídos do corpus
documental e registrados no campo da ficha terminológica destinado para este fim,
constituindo-se, assim, em fatos lingüísticos consagrados pelo uso. Os traços restritivos
caracterizam a entrada, apontando seus aspectos específicos.
Nessas condições, temos como estrutura do paradigma definicional: {hiperônimo + traço
limitador 1 + traço limitador 2 + traço distintivo 1 + traço distintivo 2 + traço distintivo n}.
O hiperônimo tem como função caracterizar a entrada, geralmente, recortando-a dentro
do conjunto infinito de possibilidades e localizando-a dentro do sistema de conceitos através
da sua relação com uma das categorias conceituais, o(s) traço (s) limitador (es) restringe (m) o
recorte e os traços distintivos diferenciam e especificam a entrada, separando-a de entradas
adjacentes e completando a definição. Estes podem ser combinados de várias maneiras e
alguns traços que dependem de outros geram interdependência entre definições. É o caso de
termos complexos que dependem do termo de base e de hipônimos em relação aos
hiperônimos e aos co-hipônimos, caso do exemplo de Ab e Aub supracitado. Os traços
distintivos também têm a função de dirimir, ainda que superficialmente, polissememias e
conotações a que as definições terminológicas estão sujeitas por utilizarem unidades lexicais
da língua, que podem ser multirreferenciais.
A estrutura do paradigma definicional, apesar de ser o modelo padrão, em muitos casos
não pode ser respeitada. Esta questão é conseqüência das diferenças entre conceitos, que
podem indicar um produto (ISA-água, IDU_SAT, etc...), uma proposta (PGI, inventário
georreferenciado da qualidade ambiental, entre outros), uma recomendação (programa de
educação ambiental, unidades de conservação,...), uma causa (causa fundamental, causa
técnica primária ...), uma operação estatístico- matemática e/ou econométrica (matriz de
dados, matriz de correlação, matriz de análise causal multivariada, etc...) e outras
possibilidades. Há, ainda, as diferenças morfossintático-semânticas, que também influem na
estruturação do paradigma definicional: um adjetivo é definido diferentemente de um
119
substantivo, sem a presença desnecessária de traços distintivos, apenas colocando o termo
relacionado.
Estas dissimilitudes também influem no tipo de definição: o tipo padrão selecionado é a
por compreensão; no caso de adjetivos, por exemplo, usa-se a derivacional.
Entretanto, a sistematização do paradigma definicional é necessária para a unificação da
estrutura lexical e sintática dos artigos das entradas que estão altamente relacionadas. Tal
unificação é essencial para a diferenciação exata e rápida entre vocábulos técnico-científicos
de mesma função e origem, como por exemplo, entre índices IRL e IEP.
Nessas condições, o paradigma definicional estruturado, por estabelecer relações entre o
geral (hiperônimo) e o individual (traços limitadores e distintivos), segue a definição
aristotélica fundamentada no genus et differentia.
4- Intervenção dos especialistas.
As consultas aos especialistas foram feitas durante a produção do mapa conceitual e das
definições. Por isso, foram avaliadas somente questões que suscitaram dúvidas, já que a maioria dos
enunciados definitórios foi organizado após a solução de aspectos problemáticos por parte dos
profissionais da área e por pesquisa aos corpora, o que proporcionou segurança na organização das
definições.
Para facilitar a apreciação dos enunciados definitórios, foi confeccionada a seguinte uma ficha-
consulta:
Ficha-consulta
Termo: Abreviatura: Categoria
gramatical:
Contexto:
120
Definição:
Concorda ( )sim ( )não ( )parcialmente
Definição do juiz:
Nome do juiz: Data:
A ficha de consulta possui os seguintes campos: entrada, na qual constará o termo em
português; sinônimo, espaço destinado ao registro das unidades de mesmo valor semântico;
variante, no qual serão colocadas as variações de termos, contextos, espaço destinado ao
contexto, de preferência um definitório que tenha subsidiado a definição; o campo definição,
no qual se registrará a definição organizada pela pesquisadora e avaliação do juiz, que
objetiva colocar a apreciação do juiz e sua definição, caso não concorde com a colocada na
ficha.
Entretanto, os especialistas se negaram a preencher a ficha, alegando que seu uso
atrasaria o retorno da avaliação. Dessa maneira, a troca de informações se efetuou através de
correio eletrônico, sem a utilização da ficha. Cumpre ressaltar que o descarte da mesma não
prejudicou em nada a intervenção dos juízes.
4- Índex alfabético.
Por sua ordenação ser sistemática, o vocabulário do subprojeto ECOVALE dificulta o
manuseio dos consulentes, já que, conforme foi intensamente ressaltado, existem infinitas
121
formas de combinar conceitos. O índex alfabético tem a função de amenizar o custo
paradigmático advindo da ordenação sintagmática. Assim, é lícito afirmar que o recurso em
questão é essencial para que o documento atinja seu objetivo primordial de servir de fonte de
pesquisa aos interessados. Sem mencionar que se constitui em mais um sistema de remissivas,
já que se remete aos termos dentro do vocabulário e aponta sua classificação decimal,
relacionando-o aos termos à sua volta dentro do sistema de conceitos.
Para facilitar o manuseio, o índex foi organizado em forma de quadro, dividido em duas
colunas: a primeira contém os termos dispostos alfabeticamente; a segunda, a página em que o
termo e sua definição se encontram.
Este recurso possui uma característica muito particular: nele os termos acabam
remetendo-se a si mesmos, apontando seu lugar dentro do sistema de conceitos. Não deixa de
ser, então, um tipo de sistema remissivo.
X- Vocabulário
1-Apresentação do vocabulário sistemático.
O vocabulário consta de cerca de 450 termos, distribuídos sistematicamente. Ao final,
encontra-se um índex alfabético. O vocabulário foi colocado em espaço 1,5 para facilitar a
leitura.
1)Microestrutura adotada:
122
Artigo={entrada + forma expandida + categoria gramatical + abreviatura/ sigla +
variantes + paradigma definicional + paradigma pragmático + sinônimos + remissivas +
notas}
Entrada: em negrito
Forma expandida: entre colchetes [].
Categoria gramatical: em minúsculas.
Abreviatura: assinalada com abr.
Sigla: assinalada com Sigla.
Variantes: assinaladas por var. e em itálico.
Paradigma definicional: em minúsculas.
Paradigma pragmático: em itálico, o termo definido é marcado em negrito.
Sinônimos: sin. em negrito.
Remissivas: em negrito e assinaladas com CF., os termos citados no paradigma
definicional fazem parte do vocabulário e foram assinalados com um asterisco em
negrito (*) e sublinhados.
Notas: assinaladas com Nota.
2)Abreviaturas utilizadas:
s: substantivo.
f: feminino.
m: masculino.
adj: adjetivo.
v: verbo.
Abrev: abreviatura
sigla: sigla.
Var: variante.
123
SIN: sinônimo.
CF.: conferir.
ECO: Relatório do subprojeto ECOVALE
ECOR: Resumo Executivo do subprojeto ECOVALE
124
2-Visão panorâmica do artigo terminológico
1.2.1.1-análise de agrupamento. s.f.
ANÁLISE ESTATÍSTICA* QUE REÚNE MUNICÍPIOS* EM GRUPOS A
PARTIR DE SUAS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS EM RELAÇÃO A
INDICADORES* DOS PERFIS SOCIAL*, ECONÔMICO* E ECOLÓGICO*.
“A análise de agrupamento compreende técnicas e algoritmos interativos, cujo
objetivo é classificar "objetos" em grupos de acordo com seu grau de
similaridade ou de dissimilaridade. Neste estudo, os "objetos" são
representados pelos indicadores selecionados para cada perfil estudado:
ecológico, econômico e social. (ECOR, VII)
SIN. Cluster analysis
CF. análise estatística, análise estatística rotacional, análise fatorial e método
stepwise, variável, fator, perfil, indicador e município.
Nota: Essa análise descreve os índices dos perfis social, econômico e ecológico do
Submédio São Francisco a partir da classificação dos níveis dos municípios da região
em elevado, alto, baixo, regular.
Numeração do termo na estrutura do trabalho
Termo do Subprojeto ECOVALE
Definição destacada em caixa alta
Categoria gramatical e gênero
Contexto do Relatório ou do Resumo Executivo do ECOVALE
Asterisco que indica que o termo assinalado também está definido no vocabulário
Sublinhado marca o termo composto
Fonte do contexto
Marca do sinônimo Remissivas hierárquicas e não hierárquicas do termo
Informações adicionais que não devem
constar na definição por não ser do núcleo
sêmemico essencial
125
3- Vocabulário Sistemático do Subprojeto ECOVALE
A seguir, reapresentamos o mapa mestre que subjaz toda a estrutura do saber científico
e técnico do nosso objeto de estudo. Esta reapresentação é necessária para propiciar uma visão
ampla da organização do vocabulário. O próximo mapa é o parcial 1 que se constitui da base
conceitual utilizada pelo subprojeto e assim denominada pelos próprios especialistas. Na
introdução do relatório do ECOVALE, os autores fazem menção aos conceitos que utilizariam
como base.
126
Mapa conceitual parcial 1- base conceitual
Vocabulário
1.1- variável s.f
ELEMENTO INSTÁVEL SOCIAL, ECONÔMICO OU ECOLÓGICO QUE
CARACTERIZA UM ASPECTO DE UM MUNICÍPIO*
“As variáveis que contribuíram na construção deste novo indicador “Disposição de
Resíduos”, se referem à carga de poluentes, segundo o índice da Cetesb, eliminados na
água por decorrência das atividades dos setores produtivos secundário, terciários e de
serviços públicos (esgotamento sanitário e vazadouro a céu aberto) e possuem cargas
fatoriais em torno de 0,97. Destaca também como importantes, os indicadores uso de
agrotóxicos aplicados à fruticultura irrigada, com as <variáveis> correspondentes
apresentando cargas fatoriais em torno de 0,89.” (ECO, 29)
SIN. indicador 1
CF. indicador 1, indicador 2, índice 1 e 2, fator, norma, monitoramento da qualidade da
água 1, desenvolvimento sustentável, tema, avaliação da qualidade das águas,
município.
1.2- indicador 1 s.m
“O perfil ecológico foi construído por meio da análise integrada de 16 indicadores,
representados principalmente por: ausência de cobertura vegetal, balanço hídrico,
escoamento fluvial, estradas vicinais, fontes de poluição, avaliação ambiental das
fontes de água (segundo norma ISO 14.001), proximidades a núcleos urbanos,
qualidade físico-química das águas superficiais, qualidade físico-química das águas
subterrâneas, qualidade microbiológica das águas superficiais,saneamento básico,
susceptibilidade a contaminação química, carga de agrotóxicos utilizada na
agricultura irrigada por sub-bacia hidrográfica e degradação hídrica” (ECO, 04)
Ver variável
1.2.1. indicador 2 s.m
CONJUNTO DE VARIÁVEIS* QUE RETRATA A SITUAÇÃO SOCIAL,
ECONÔMICA E ECOLÓGICA DE UM MUNICÍPIO*.
127
“Para aplicação dos métodos estatísticos, inicialmente foram construídas matrizes
contendo nas colunas as diferentes variáveis correspondentes aos indicadores de cada
perfil (Figura 3) e nas linhas os 73 municípios e as 35 sub-bacias hidrográficas,
respectivamente.”(ECO, 4)
SIN. fator
CF. fator, indicador 1, variável, índice 1 e 2, fator, norma, monitoramento da qualidade
da água 1, desenvolvimento sustentável, tema, avaliação da qualidade das águas,
município.
Nota: indicador é uma terminologia do IBGE, usada, intensamente, pelo nosso objeto de
estudo, enquanto fator (cf. verbete) é produto do ECOVALE (cf. verbete), sendo parte do seu
conjunto terminológico.
1.3- índice 1 s.m
MEDIDA QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE UM COMPONENTE SOCIAL,
ECONÔMICO OU AMBIENTAL QUE EXPRESSA O NÍVEL DESSE
COMPONENTE EM UM MUNICÍPIO*, REGIÃO OU SUB-BACIA*.
“índice: em geral, um índice relaciona o valor observado (indicador) de um
componente escolhido, com os padrões estabelecidos para aquele componente, e
expressa até que ponto esse componente é desejável ou indesejável em relação ao
homem e seu meio ambiente.” (ECO, 1)
CF. indicador 1 e 2, variável, índice 2, fator, norma, monitoramento da qualidade da
água 1, desenvolvimento sustentável, tema, avaliação da qualidade das águas, município,
sub-bacia
1.3.1- índice 2 s.m
VALOR NUMÉRICO DE UM COMPONENTE SOCIAL, ECONÔMICO OU
ECOLÓGICO MEDIDO EM MUNICÍPIOS, REGIÃO OU SUB-BACIA
Assim, os municípios com perfil econômico atribuído com índice elevado encontram-se
caracterizados pelos efeitos decorrentes dos grandes temas: Finanças Públicas
Municipais terem tido capacidade de investimento em Saúde e Saneamento; capacidade
para arrecadar tributos municipais e capacidade de endividamento municipal; sistema
128
de produção agrícola estruturado e estrutura privilegiada de captação de receitas.
(ECO, 47)
CF. indicador 1 e 2, variável, índice 2, fator, norma, monitoramento da qualidade da
água 1, desenvolvimento sustentável, tema, avaliação da qualidade das águas,
município, sub-bacia
1.4- fator s.m
“O município melhor classificado neste fator foi Petrolina (PE) e representa o novo
Indicador “Gastos Públicos em Infra-estrutura” (Fator 1), concebido pela cor azul. Em
segundo lugar se destaca, também, um único município constituído por Juazeiro da
Bahia e, eqüivale ao indicador ‘Agricultura Irrigada” (Fator 2), indicado pela cor
verde” (ECO, 47)
Ver indicador 2
1.5- norma s.f
VALOR DE UM INDICADOR* QUE EXPRESSA LIMITES DE UM
COMPONENTE QUE NÃO SEJAM PREJUDICIAIS AO HOMEM
“Norma: corresponde aos valores de um indicador que expressam limites dentro dos
quais deve situar-se a ocorrência do componente escolhido, de forma a não ser
prejudicial para o homem ou seu meio ambiente” (ECO, 1)
CF. indicador 1 e 2, variável, índice 1 e 2, monitoramento da qualidade da água 1,
desenvolvimento sustentável, tema, avaliação da qualidade das águas.
1.6- monitoramento da qualidade da água s.m
COLETA DE INFORMAÇÕES DE UM DETERMINADO LOCAL EM
INTERVALOS REGULARES PARA DEFINIR AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS* E
ESTABELECER TENDÊNCIAS E MEDIDAS
“Monitoramento da qualidade da água: é a coleta de informações para um
determinado local em intervalos regulares, com o intuito de obter dados que possam
ser utilizados para definir as condições presentes e estabelecer tendências.” (ECO, 4)
129
CF. indicador 1 e 2, variável, índice 1 e 2, padrão, monitoramento da qualidade da água
2, desenvolvimento sustentável, tema, avaliação da qualidade das águas.
1.7- desenvolvimento sustentável s.m
PROCESSO DE APROVEITAMENTO E TRANSFORMAÇÃO DAS CONDIÇÕES
SOCIAIS, ECOLÓGICAS E ECONÔMICAS COM VISTAS À SUA
CONSERVAÇÃO INTEGRADA PARA O ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES
DAS GERAÇÕES ATUAIS E FUTURAS.
“Desenvolvimento Sustentável: ...é um processo de transformação no qual a
exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento
tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforça o potencial presente e
futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações futuras..." (ECO, 4)
CF. indicador 1 e 2, variável, índice 1 e 2, monitoramento da qualidade da água 1,
norma, tema, avaliação da qualidade das águas, uso sustentável, preservação da
água, gestão, sustentável, monitoramento ambiental, conservação ambiental,
manejo.
1.7.1- uso sustentável da água s.m
EMPREGO E UTILIZAÇÃO ADEQUADA DA ÁGUA* PARA A SUA
CONSERVAÇÃO* E PRESERVAÇÃO* COM VISTAS AO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL*
“No Quadro 10, é demonstrada, em ordem hierárquica, a classificação das dez (10)
variáveis mais significativas e de seus respectivos indicadores, que melhor explicaram
o uso sustentável das águas superficiais e subterrâneas na região do Submédio do Rio
São Francisco. Estas foram obtidas por meio do método “stepwise” e expressam o
resultado da matriz integrada, com 571 variáveis, pertencentes aos Perfis ecológico,
econômico e social. A classificação das 35 sub-bacias hidrográficas pode ser vista no
Quadro 11.” (ECO, 56)
CF. preservação da água, sustentabilidade ambiental do uso da água, gestão, sustentável,
monitoramento ambiental, conservação ambiental, manejo, conservação,
preservação, desenvolvimento sustentável, água.
130
1.7.2.preservação 1 s.f
CONJUNTO DE PROVIDÊNCIAS SOCIAIS, ECOLÓGICAS, ECONÔMICAS QUE
VISAM À MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES NATURAIS DO MEIO
AMBIENTE* E DE ÁREAS DE MANANCIAIS* DE MODO A GARANTIR O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL* DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO*.
“O Perfil ecológico dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisa a
degradação ambiental provocada pelo homem no uso dos recursos naturais, uma vez
que solo e água são recursos não renováveis e finitos. Estão distribuídos de forma
desigual pela bacia hidrográfica do rio São Francisco. Também enfoca os objetivos de
preservação e conservação do meio ambiente, considerados fundamentais aos
benefícios das gerações futuras (IBGE, 2002).” (ECO, 4)
CF. uso sustentável, sustentabilidade ambiental do uso da água, gestão, sustentável,
monitoramento ambiental, conservação ambiental, manejo, desenvolvimento
sustentável, meio ambiente, áreas de mananciais, submédio São Francisco.
1.7.3-sustentabilidade ambiental do uso da água s.f
MEDIDA DOS MECANISMOS DE GESTÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO
DA QUALIDADE DAS ÁGUAS POR BACIA COM BASE NO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
“A sustentabilidade ambiental do uso da água foi definida neste trabalho como uma
medida, dos mecanismos de gestão, controle e monitoramento da qualidade das águas,
por bacia, com base no conceito de desenvolvimento sustentável. Mede a situação
média de uma unidade geográfica de referência em três dimensões básicas, ecológica,
econômica e social, integrando-as ao final, com a finalidade de demonstrar qualitativa
e quantitativamente a performance dos indicadores. Isto auxiliará a tomada de decisão
para políticas públicas, bem como poderá sugerir os pontos ou estações, mais
adequadas de amostragem e de monitoramento da qualidade das águas de usos
múltiplos.”(ECO, 1)
CF. controle ambiental 1, gestão, uso sustentável, desenvolvimento sustentável,
sustentável, monitoramento ambiental, conservação ambiental, manejo,
monitoramento da qualidade da água 1, bacia.
131
1.7.3.1-controle ambiental 1 s.m
PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DOS USOS DA ÁGUA* QUE OBEDECE A
NORMAS E TEM O OBJETIVO DE GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DO
USO DA ÁGUA* E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL*.
“As mesmas recomendações feitas para a Zona I são válidas para esta unidade,
havendo, no entanto, necessidade de um maior cuidado e intensidade de mecanismos de
controle e gestão ambiental, dada à relativa vulnerabilidade apresentada pela
capacidade de suporte das sub-bacias.” (ECO, 18)
CF. sustentabilidade ambiental do uso da água, uso da água, desenvolvimento
sustentável.
1.7.4- gestão s.f
ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS COM BASE EM NORMAS
INTERNACIONAIS E VISANDO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.*
“Também são medidas urgentes recomendáveis: implantação de sistemas de monitoria
da qualidade da água; adoção políticas de saúde pública e saneamento; projetos de
educação ambiental. Essas medidas devem ser tomadas em um contexto global de
gestão do território, envolvendo diversos atores e parcerias, envolvendo organismos
internacionais, organizações não governamentais, órgãos governamentais federais
ligados à saúde, meio ambiente e habitação.” (ECO, 92)
CF. gestores 1 e 2, gerenciamento, desenvolvimento sustentável.
1.7.4.1- gestores 1 s.m
AQUELES QUE PRATICAM A GESTÃO* OU GESTÃO AMBIENTAL*
“Estabelece o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos, com objetivo
de coletar, organizar, criticar e difundir a base de dados relativos aos recursos
hídricos, com isso provendo aos gestores, à sociedade civil e a outros usuários
informações necessárias para embasar o processo decisório e a tomada de decisões.”
(ECO, 33)
CF. gestores 2, gestão, gestão ambiental, gerenciamento
1.7.4.2- gestores 2 s.m
RELATIVO OU RELACIONADO À GESTÃO* OU GESTÃO AMBIENTAL*
132
“Essa formação ocorre de forma continua ao longo de todo ano, capacitando os
Agentes a realizarem diagnósticos sobre a qualidade das águas de usos múltiplos,
fornecendo subsídios aos Comitês de Bacias Hidrográficas e demais órgãos gestores
para a busca de estratégias de ação que assegurem um desenvolvimento mais
sustentado.” (ECO, 81)
CF. gestores 1, gestão, gestão ambiental, gerenciamento
1.7.4.3-gerenciamento s.m
PROCESSO AMBIENTAL* DE ORGANIZAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE
AÇÕES QUE VISEM À CONSERVAÇÃO*, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS
RECURSOS NATURAIS* COM O OBJETIVO DE GARANTIR O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL*
“O Plano Diretor de Recursos Hídricos (PDRH), conforme estabelece o Art. 6 da Lei
9.433/97, é o plano que visa fundamentar e orientar a implementação da Política
Nacional de Recursos Hídricos e o seu gerenciamento sob novas perspectivas.” (ECO,
31)
CF.gestores 1 e 2, ambiental, conservação, recursos naturais, desenvolvimento
sustentável.
1.7.5- sustentável adj
RELATIVO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL*
“O perfil econômico expressa as diferenças entre as sub-bacias hidrográficas referente
à estrutura econômica regional. Por outro lado, segundo o IBGE (2002), esse é um
perfil que incorpora em sua análise objetivos de eficiência dos processos produtivos e
alterações nas estruturas de consumo, orientadas à produção econômica sustentável
em longo prazo.” (ECO, 5)
CF. desenvolvimento sustentável
1.7.6-monitoramento ambiental s.m
PROCESSO DE ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO MEIO
AMBIENTE* QUANTO À QUANTIDADE E INTENSIDADE DAS FONTES DE
133
POLUIÇÃO*, PRINCIPALMENTE DA ÁGUA*, OBJETIVANDO O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL*
“A metodologia de monitoramento desenvolvida com base no ISA_Água, permitirá que
ações corretivas ou mitigadoras de impactos ambientais negativos, sejam deflagradas
no momento, que forem detectadas, durante o monitoramento ambiental.” (ECO, 89)
CF. uso sustentável da água, preservação 1, sustentabilidade ambiental do uso da água,
gestão, sustentável, conservação ambiental, manejo, qualidade da água, meio
ambiente, fontes de poluição, desenvolvimento sustentável.
1.7.7- conservação ambiental s.f
CONJUNTO DE PROVIDÊNCIAS SOCIAIS, ECOLÓGICAS, ECONÔMICAS QUE
VISAM À MANUTENÇÃO E RENDIMENTO DOS RECURSOS NATURAIS*,
PRINCIPALMENTE DA ÁGUA*, E À RACIONALIZAÇÃO DE SEUS USOS DE
MODO A GARANTIR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL* DO
SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO*
“Assim componentes sociais são incorporados na definição das metas de
desenvolvimento e conservação ambiental, sobretudo em países que comportam
grandes problemas sociais e deparam com a necessidade de alternativas ao manejo de
áreas comprometidas ambientalmente, mas, contudo, abertas à possibilidade de uso e
ocupação do solo com atividades econômicas.” (ECO, 50)
CF. uso sustentável da água, preservação 1, sustentabilidade ambiental do uso da água,
gestão, sustentável, monitoramento ambiental, manejo, água, recursos naturais,
desenvolvimento sustentável, Submédio São Francisco
1.7.8-manejo s.m
CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS DE USO DOS RECURSOS NATURAIS,
PRINCIPALMENTE SOLO* E ÁGUA*, QUE VISA À CONSERVAÇÃO
AMBIENTAL* E AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL*
“A calha do rio São Francisco apresenta uma baixa salinidade, já as águas de
reservatórios normalmente apresentam um maior teor de sal o que decorre
134
principalmente da formação geológica característica da região semi-árida com solos
salinos. O uso dessas águas sob condições inadequadas de manejo promovem (sic) uma
gradativa salinização dos solos principalmente ocasionados por problemas de
drenagem que provocam um aumento progressivo de áreas problemas no curso de
drenagem natural das sub-bacias hidrográficas notadamente no período das chuvas.”
(ECO, 21)
CF. uso sustentável da água, preservação 1, sustentabilidade ambiental do uso da água,
gestão, sustentável, monitoramento ambiental, manejo, água, solo, desenvolvimento
sustentável
1.8- tema s.m
CONJUNTO DE FATORES* LIGADO A UM ASSUNTO QUE CARACTERIZA E
FORMA UM PERFIL* A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DA BASE DE DADOS
PRIMÁRIA* E SECUNDÁRIA*
“O estudo englobou de forma integrada os perfis social, econômico e ecológico na
avaliação dos corpos de água, minimizando o exame isolado de cada um deles. Cada
perfil foi caracterizado por grandes temas, construídos com as informações
provenientes de dados obtidos em campo, durante quatro anos, e de dados secundários
disponibilizados pela Fundação IBGE. O índice ambiental construído ao final foi a
descrição real quantitativa e qualitativa de alguns dos componentes selecionados em
cada tema formador dos perfis, aqui definidos como indicadores.” (ECO, 2)
CF. variável, indicador, índice 1 e 2, fator, norma, monitoramento da qualidade da água
1, desenvolvimento sustentável, avaliação da qualidade das águas, perfil, base de
dados primária e base de dados secundária.
1.9- avaliação da qualidade das águas s.f
EXAME LABORATORIAL QUE DETERMINA A QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA
E MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS SUPERFICIAIS* E SUBTERRÂNEAS* EM
RELAÇÃO AO SEU ESTADO NATURAL.
“avaliação da qualidade da água: é todo o processo de avaliação de natureza física,
química ou biológica em relação à qualidade natural da água, do efeito do homem e
135
usos pretendidos, principalmente aqueles que podem afetar a saúde humana e a saúde
do próprio sistema aquático.”
SIN. avaliação ambiental
CF. variável, indicador, índice 1 e 2, fator, norma, monitoramento da qualidade da água
1, desenvolvimento sustentável, tema, avaliação ambiental, águas superficiais e águas
subterrâneas
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 2 (métodos estatísticos e
econométricos aplicados) e, então, colocamos seus termos definidos.
136
Mapa Conceitual Parcial 2 - Metodologia (métodos estatísticos e econométricos
aplicados)
Vocabulário
2.análise estatística s.f
ANÁLISE MATEMÁTICA QUE CLASSIFICA GRUPOS DE OBJETOS E DE
VARIÁVEIS* CONFORME AS RELAÇÕES INTRA OU INTER CONJUNTOS.
“Os valores originais médios do IV das sub-bacias foram escalados entre 0 e 1 e
posteriormente submetidos às análises estatísticas para a geração do Índice de
Cobertura Vegetal (ICV_SAT), os quais foram agrupados em quatro classes de valores:
elevado, alto, regular e baixo. A Figura 6 expressa os resultados visualmente.” (ECO,
11)
CF. variável, análise fatorial, análise multivariada, análise de agrupamento, análise
estatística rotacional, regressão linear múltipla
Nota: Esses elementos podem ser municípios do Submédio São Francisco, variáveis ou
índices (cf. verbetes). Sob o universo do conjunto terminológico do subprojeto
ECOVALE, a análise estatística possui um conceito que se aproxima da análise de dados,
pois, no referencial matemático, a análise de dados observa diferentes elementos sob
variáveis diversas, enquanto a estatística observa apenas uma variável (cf. verbetes)num
conjunto de elementos.
2.1- análise multivariada s.f
ANÁLISE ESTATÍSTICA* QUE CLASSIFICA AS VARIÁVEIS* MAIS
SIGNIFICATIVAS DENTRO DE UM CONJUNTO.
“A partir da hipótese de que a qualidade das águas é função dos fatores que interferem
em suas propriedades (Figura 4), a análise multivariada foi utilizada no
processamento de todos os indicadores, com o objetivo de se definir a estrutura
analítica de cada indicador e de seus respectivos índices, associados a sua
variabilidade espacial.” (ECO, 39)
CF. análise discriminante, análise multivariada integrada, análise estatística, variável
2.1.1- análise discriminante s.f
137
ANÁLISE MULTIVARIADA* QUE DETERMINA AS VARIÁVEIS* MAIS
SIGNIFICATIVAS E, A PARTIR DISTO, REÚNE MUNICÍPIOS* EM GRUPOS,
CLASSIFICANDO-OS EM GRAU ALTO, ELEVADO, REGULAR E BAIXO EM
CADA PERFIL*.
“Análise discriminante: esta técnica de análise multivariada permite testar a
significância de uma classificação prévia e determinar quais são as variáveis que tem o
poder de distinguir o grupo onde devam entrar as unidades sub-bacias hidrográficas ou
municípios que estão sendo pesquisadas. Este método foi utilizado na análise regional
com esquema analítico, visando separar as sub-bacias hidrográficas de grau elevado,
bom, regular e baixo, como forma de distinguir as diferenças potenciais ecológicas,
sociais e econômicas, para atingir a sustentabilidade do uso da água.” (ECO, 1)
CF. análise multivariada, variável, perfil, município, método stepwise, atributo de
qualificação
2.1.1.1-método stepwise s.m
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA*, UTILIZADO NA ANÁLISE
DISCRIMINANTE*, QUE INTRODUZ UMA VARIÁVEL* DE CADA VEZ DE
MODO A MAXIMIZAR AS DIFERENÇAS ENTRE CLASSES* E MINIMIZAR AS
INTRA-CLASSE.
“Classificação das dez (10) variáveis mais significativas e de seus respectivos
indicadores, que compõem o Perfil econômico da região do Submédio do rio São
Francisco, por meio do método "stepwise", que introduz na análise discriminante uma
variável de cada vez.” (ECO, 31)
CF. atributo de qualificação, análise estatística, análise discriminante, variável, classe.
2.1.1.2- atributo de qualificação s.m
NÍVEL DE CLASSIFICAÇÃO DE UM MUNICÍPIO A PARTIR DO PERFIL
SOCIAL, ECONÔMICO, ECOLÓGICO E DO ISA-ÁGUA EM ELEVADO, ALTO,
REGULAR E BAIXO.
“Como base nos resultados anteriores foi construído o Índice do Perfil Econômico da
região (IP_ECON), onde se convencionou quatro atributos de qualificação: elevado
138
(cor azul), alto (cor verde), regular (cor amarela) e baixo (cor vermelha).Assim, os
municípios com perfil econômico atribuído com índice elevado encontram-se
caracterizados pelos efeitos decorrentes dos grandes temas: Finanças Públicas
Municipais terem tido capacidade de investimento em Saúde e Saneamento; capacidade
para arrecadar tributos municipais e capacidade de endividamento municipal; sistema
de produção agrícola estruturado e estrutura privilegiada de captação de
receitas”.(ECO, 47)
CF. município, perfil social, perfil econômico, perfil ecológico, ISA-água, método
stepwise.
2.1.2- análise multivariada integrada s.f
ANÁLISE MULTIVARIADA QUE INTEGROU OS PERFIS SOCIAL,
ECONÔMICO E ECOLÓGICO, FORMANDO O ISA-ÁGUA.
“O desenvolvimento sustentável do uso da água na região do Submédio do Rio São
Francisco proposto, é um processo em construção, cuja quantificação e qualificação,
procurou-se expressar por meio de quatro novos fatores. A análise multivariada
integrada dos Perfis social, econômico e ecológico gerou um Índice denominado
"Sustentabilidade Ambiental do Uso da Água (ISA_Água)". (ECO, 58)
CF. análise multivariada, análise discriminante, perfil social, perfil econômico, perfil
ecológico, ISA-água
Nota: Esta análise apontou os fatores mais importantes dentro de cada perfil e os integrou no
índice de sustentabilidade do uso da água- ISA-água (cf. verbetes)
2.1.3- análise fatorial s.f var. técnica fatorial, método fatorial
ANÁLISE MULTIVARIADA QUE EXAMINA DIVERSAS VARIÁVEIS E AS
REDUZ EM CLASSES, CONFORME SUAS SEMELHANÇAS.
“A análise fatorial é um método estatístico de análise multivariada que tem como
objetivo básico construir um conjunto de variáveis "Fi", a partir de uma transformação
linear das variáveis iniciais Xi, denominados de "Fatores" ou "componentes principais"
independentes, ou seja, ortogonais, de acordo com o seguinte modelo matemático”
(ECO, 7)
139
CF. análise multivariada, variável, classe, análise discriminante, análise multivariada
integrada, análise da matriz causal, análise da matriz causal multivariada, matriz
de correlação, extração dos fatores iniciais, rotação dos fatores, carga fatorial,
varimax rotacionado.
Nota: Para efetuar essa análise, usa-se o método varimax rotacionado que, neste trabalho, é
tomado como parte da análise fatorial. Esta análise possui quatro fases principais:
montagem da matriz de correlação (cf verbete), extração dos fatores iniciais (cf verbete),
rotação dos fatores (cf verbete), cálculo das cargas fatoriais(cf verbete)
2.1.3.1- análise da matriz causal s.f Sigla AMC
ANÁLISE ESTATÍSTICA FATORIAL QUE UTILIZA ANÁLISE MULTIVARIADA
PARA CALCULAR OS FATORES, CAUSAS, PROPOSTAS PRINCIPAIS EM
CADA PERFIL RELACIONADOS AO USO NÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA.
“Uma das inovações no processo de formatação da matriz de análise causal do uso da
água, segundo o Perfil social, econômico e ecológico e no desenvolvimento sustentável
no Submédio São Francisco, foi à(sic) inserção da técnica fatorial para a sua
elaboração. É um procedimento estatístico de análise multivariada, com dois objetivos
básicos: o primeiro aplicável às variáveis explicativas de uma equação a ser ajustada,
quando indicam um significativo grau de intercorrelação, semelhante ao uso de
regressões múltiplas, visando obter informações por sub-bacia hidrográfica da carga
de poluentes emitidos. E o segundo, para obter uma análise classificatória das sub-
bacias em função de índices específicos, contidos em cada indicador dos perfis social,
econômico e ecológico de âmbito regional, do tipo ISA. Cada análise correspondente a
um Perfil (social, econômico, ecológico e de uso sustentável da água) gerou quatro
fatores. Os primeiros fatores de cada Perfil geraram como resultado as Causas
Técnicas Primárias da Análise da Matriz Causal (AMC). Seguindo lógica similar, os
segundos, terceiros e quarto fatores geraram as Causas Secundárias, Terciárias e
Quaternárias da AMC” (ECO, 70)
CF. análise estatística, análise fatorial, análise da matriz causal multivariada, uso
sustentável da água.
Nota: essa análise é uma inovação do ECOVALE (cf. verbete), que a organizou utilizando
análises já conhecidas, mas tornando-a inédita.
140
2.1.3.2-análise da matriz causal multivariada s.f Sigla AMCM
ANÁLISE FATORIAL QUE UTILIZA ANÁLISE MULTIVARIADA QUE
CALCULA AS CAUSAS FUNDAMENTAIS DO USO NÃO SUSTENTÁVEL DA
ÁGUA A PARTIR DA ANÁLISE DE MATRIZ CAUSAL.
“Considerando que a construção do Índice de Desenvolvimento Sustentável do Uso da
Água foi feito com a integração das informações contidas nos três Perfis mencionados,
a análise fatorial deste último produziu mais quatro fatores que permitiram a
elaboração da AMC relativa às Causas Fundamentais do problema identificado pelo
Subprojeto Ecovale. Como esta matriz de analise causal foi obtida por meio de análise
multivariada, foi denominada de "Análise da Matriz Causal Multivariada
(AMCM)".(ECO, 71)
CF. análise fatorial, análise multivariada, análise da matriz causal, causa fundamental,
uso sustentável da água.
Notas: A AMC calcula as causas primárias, secundárias, terciárias e quaternárias (cf.
verbetes) do uso não sustentável da água, segundo os perfis social, econômico e
ecológico(cf. verbetes). A AMCM analisa essas causas e as reúne em causas
fundamentais de cada perfil, o que permite a definição de medidas estratégias conforme
cada causa fundamental.Essa análise é uma inovação do ECOVALE (cf. verbete), que a
organizou utilizando análises já conhecidas, mas tornando-a inédita.
2.1.3.3-matriz de correlação s.f
PRIMEIRA FASE DA ANÁLISE FATORIAL, CONSTITUÍDA POR UMA MATRIZ
DE DADOS, QUE UTILIZA A ANÁLISE DA MATRIZ CAUSAL, E RELACIONOU
OS TRÊS PERFIS SOCIAL, ECONÔMICO E ECOLÓGICO, PRODUZINDO
FATORES QUE FORMARAM O ISA-ÁGUA.
“A determinação deste Índice envolveu cálculos complexos em ambiente multi-
dimensional. Para a aplicação da análise fatorial, se fez a montagem da matriz de
correlação, envolvendo as três Bases de Dados, correspondente a cada perfil:
Ecológico, econômico e social. A continuação se fez a extração dos fatores iniciais,
seguido da rotação dos fatores e cálculo dos escores fatoriais, para analisar a posição
de cada município em cada fator. Bem como cada Sub-bacia hidrográfica”.(ECO, 58)
141
CF. análise fatorial, matriz de dados, análise da matriz causal, perfil social, perfil
econômico, perfil ecológico, fator, ISA-água, extração dos fatores iniciais, rotação
dos fatores, carga fatorial
2.1.3.4-extração dos fatores iniciais s.f
SEGUNDA FASE DA ANÁLISE FATORIAL, QUE VERIFICA QUAIS FATORES
DA MATRIZ DE CORRELAÇÃO REPRODUZEM COM MAIS EXATIDÃO AS
CARACTERÍSTICAS DOS ÍNDICES E PERFIS ANALISADOS PELO ECOVALE
“A determinação deste Índice envolveu cálculos complexos em ambiente multi-
dimensional. Para a aplicação da análise fatorial, se fez a montagem da matriz de
correlação, envolvendo as três Bases de Dados, correspondente a cada perfil:
Ecológico, econômico e social. A continuação se fez a extração dos fatores iniciais,
seguido da rotação dos fatores e cálculo dos escores fatoriais, para analisar a posição
de cada município em cada fator. Bem como cada Sub-bacia hidrográfica.A matriz
final do ISA_Água, conteve 571 variáveis, assim distribuídas. No Fator 1 foram
associadas 331, correspondendo a 57,95 do total. No Fator 2 foram 72 variáveis,
correspondendo a 12,60% do total. No Fator 3 foram associadas, 97 variáveis e no
Fator 4, 71 variáveis, correspondendo a 12,42% do total. A continuação se define as
quatro novas variáveis ou indicadores, obtidas como resultado da análise fatorial,
sobre a matriz do ISA_Água”.(ECO, 59)
CF. análise fatorial, fator, matriz de correlação, rotação dos fatores, carga fatorial,
índice 1, ECOVALE
2.1.3.5- rotação dos fatores iniciais s.f Var. rotação dos eixos
terceira fase da análise fatorial, que sintetiza as informações da matriz de correlação,
definindo as relações das variáveis com cada fator para o cálculo das cargas fatoriais.
“A determinação deste Índice envolveu cálculos complexos em ambiente multi-
dimensional. Para a aplicação da análise fatorial, se fez a montagem da matriz de
correlação, envolvendo as três Bases de Dados, correspondente a cada perfil:
Ecológico, econômico e social. A continuação se fez a extração dos fatores iniciais,
142
seguido da rotação dos fatores e cálculo dos escores fatoriais, para analisar a posição
de cada município em cada fator. Bem como cada Sub-bacia hidrográfica.”(ECO, 58)
CF. análise fatorial, matriz de correlação, variável, fator, rotação dos fatores, carga
fatorial, extração dos fatores principais.
2.1.3.6- carga fatorial s.f Var. peso fatorial, escore fatorial, peso
ÚLTIMA FASE DA ANÁLISE FATORIAL, CARACTERIZADA POR UM
NÚMERO ALGÉBRICO, QUE EXPRESSA OS COEFICIENTES DE
CORRELAÇÃO DE CADA VARIÁVEL COM UM FATOR
“O perfil ecológico do Submédio São Francisco é composto por 16 temas
caracterizados por 100 variáveis. Através da análise multivariada agruparam-se estas
variáveis em quatro grandes grupos denominados Fatores. A carga fatorial cumulativa
destes quatro fatores foi de 45,83”. (ECO, 39)
CF. análise fatorial, matriz de correlação, rotação dos fatores, extração dos fatores
iniciais, variável, fator.
2.1.3.6.1-comunalidade final s.f.
SOMA DAS CARGAS FATORIAIS QUE MEDE QUAL VARIAÇÃO COMUM DE
UMA VARIÁVEL EM RELAÇÃO ÀS OUTRAS DENTRO DE UM FATOR.
“As cargas fatoriais expressam os coeficientes de correlação entre cada uma das
variáveis e seus respectivos Fatores; enquanto a comunalidade final, obtida a partir
do somatório dos quadrados das cargas fatoriais (aik), representa a proporção da
variação de cada variável envolvida nos Fatores definidos nas análises.” (ECO, 7)
CF. carga fatorial, variável, fator
2.1.3.7- varimax rotacionado s.m Var. método varimax rotacionado
MÉTODO DE ANÁLISE FATORIAL QUE DETERMINA QUAIS VARIÁVEIS
ESTÃO MAIS ASSOCIADAS A UM DADO FATOR E QUAIS NÃO AS ESTÃO.
“Nestas análises foi utilizado o pacote Statistic Analysis System - SAS, (SAS, 2001),
sendo que em vez de se utilizar o método de Análise de Componentes Principais (ACP),
143
se utilizou o método Fatorial (Varimax rotacionado), uma vez que este define mais
claramente quais variáveis estão mais associadas com um dado Fator e quais não
estão”.(ECO, 7)
CF. análise fatorial, variável, fator
2.2-análise de agrupamento s.f
ANÁLISE ESTATÍSTICA QUE REÚNE MUNICÍPIOS EM GRUPOS A PARTIR DE
SUAS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS EM RELAÇÃO ÀS VARIÁVEIS DOS
PERFIS SOCIAL, ECONÔMICO E ECOLÓGICO.
“A análise de agrupamento compreende técnicas e algoritmos interativos, cujo objetivo
é classificar "objetos" em grupos de acordo com seu grau de similaridade ou de
dissimilaridade. Neste estudo, os "objetos" são representados pelos indicadores
selecionados para cada perfil estudado: ecológico, econômico e social”. (ECOR, VII)
SIN. cluster analysis, análise de cluster
CF. análise estatística, município, variável, perfil social, perfil econômico, perfil
ecológico, distância, distância euclidiana, inércia, método ward, cluster means,
classe, agrupamento
2.2.1- cluster analysis Trad. análise de cluster
Como resultante da análise fatorial se obteve os quatros fatores ou novos indicadores,
denominados: Atendimento a saúde, sistema educacional, serviços básicos e oferta de
emprego. O que possibilitou se construir por meio de análise de agrupamento (Cluster
analysis) o Índice do Perfil Social da região do Submédio do rio São Francisco
(IP_SOCI), processado em meios digitais por meio de quatro atributos: elevado (cor
azul), alto (cor verde), regular (cor amarela) e baixo (cor vermelha).(ECO, 53)
Ver análise de agrupamento
2.2.2-distância s.f Var. medida de distância
MEDIDA DO GRAU DE SIMILARIDADE ENTRE OBJETOS DE UMA MESMA
CLASSE E DO DE DISSIMILARIDADE ENTRE CLASSES.
144
“O agrupamento será considerado ótimo quando existir máxima distância ou
heterogeneidade entre as classes, o que equivale à mínima distância entre
intraclasses.” (ECO, 8)
CF. distância euclidiana, inércia, classe, grau de dissimilaridade, análise de
agrupamento
2.2.2.1- inércia s.f
DISTÂNCIA ENTRE CLASSES QUE AS SEPARA E ASSIM INTENSIFICA SUAS
DISSIMILARIDADES INTER-CLASSES E SUAS SIMILARIDADES INTRA-
CLASSE
“Na análise de agrupamento foi utilizado o método Ward, uma vez que esse maximiza a
inércia entre os diferentes grupos (Andrade, 1989; Bussad et al.,1990). Este método de
agregação consiste em considerar inicialmente cada observação como sendo uma
classe. Para decidir que duas classes irão formam uma classe maior, examina-se a
maior inércia entre as classes. O agrupamento será considerado ótimo quando existir
máxima distância ou heterogeneidade entre as classes, o que equivale à mínima
distância entre intraclasses”. (ECO, 8)
CF. distância, distância euclidiana, grau de dissimilaridade, classe, análise de
agrupamento
2.2.2.2- distância euclidiana s.f
DISTÂNCIA ENTRE OBJETOS E CLASSES A SEREM AGRUPADOS.
“Normalmente, para medir o grau de dissimilaridade entre "objetos" utilizam-se
medidas de distância. A distância euclidiana (d(a,b)) é a mais utilizada em estudos
agrupamento, sendo Xa e Xb as variáveis. A distância (d(a,b)) pode ser representada
pela expressão, segundo Bussad et al., (1990)”. (ECO, 7)
CF. análise de agrupamento, agrupar, classe, distância
2.2.2.3- grau de dissimilaridade
NÍVEL DE DESSEMELHANÇA ENTRE OBJETOS QUE MAXIMIZAM SUAS
DIFERENÇAS, POSSIBILITANDO QUE SEJAM REUNIDOS EM CLASSES
DIVERSAS.
145
Normalmente, para medir o grau de dissimilaridade entre "objetos" utilizam-se
medidas de distância. A distância euclidiana (d(a,b)) é a mais utilizada em estudos
agrupamento, sendo Xa e Xb as variáveis.
CF: distância, inércia
2.2.3-método ward s.m
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA UTILIZADO NA ANÁLISE DE
AGRUPAMENTO PARA MAXIMIZAR A INÉRCIA INTER-CLASSE.
“Na análise de agrupamento foi utilizado o método Ward, uma vez que esse maximiza a
inércia entre os diferentes grupos (Andrade, 1989; Bussad et al.,1990). Este método de
agregação consiste em considerar inicialmente cada observação como sendo uma
classe. Para decidir que duas classes irão formam uma classe maior, examina-se a
maior inércia entre as classes. O agrupamento será considerado ótimo quando existir
máxima distância ou heterogeneidade entre as classes, o que equivale à mínima
distância entre intraclasses”. (ECO, 8)
CF. análise estatística, análise de agrupamento, inércia, classe, agrupamento.
2.2.4- cluster means s.m
RESULTADO DE UMA ANÁLISE DE AGRUPAMENTO, QUE APRESENTA A
MÉDIA DOS VALORES DE UMA CLASSE DURANTE UM CERTO PERÍODO,
NO CASO, DÉFICIT HÍDRICO MÉDIO EM MM DOS MESES DE MARÇO A
DEZEMBRO NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.
“Os Grupos médios (Cluster means) 1, 2, 3 e 4, foram classificados como de grau
elevado, alto, médio e baixo, com as cores azul, verde, amarelo e vermelha,
respectivamente. O perfil ecológico envolve os "cluster" balanço hídrico, IDH,
qualidade de água superficial e subterrânea, agrotóxico, qualidade ambiental da fontes
de água e coliformes”. (ECO, 64)
CF. análise de agrupamento, classe, déficit hídrico, Submédio São Francisco.
2.2.5- classe s.f
146
CONJUNTO DE OBJETOS AGRUPADOS POR POSSUÍREM MAIOR GRAU DE
SIMILARIDADE ENTRE SI E MAIOR GRAU DE DISSIMILARIDADE EM
RELAÇÃO AOS OUTROS OBJETOS.
“Na análise de agrupamento foi utilizado o método Ward, uma vez que esse maximiza a
inércia entre os diferentes grupos (Andrade, 1989; Bussad et al.,1990). Este método de
agregação consiste em considerar inicialmente cada observação como sendo uma
classe. Para decidir que duas classes irão formam uma classe maior, examina-se a
maior inércia entre as classes. O agrupamento será considerado ótimo quando existir
máxima distância ou heterogeneidade entre as classes, o que equivale à mínima
distância entre intraclasses.” (ECO, 8)
CF. agrupar, análise de agrupamento, grau de similaridade, grau de dissimilaridade,
distância.
2.2.6- agrupamento s.m. Var. grupo
ATO OU EFEITO DE AGRUPAR
“O agrupamento será considerado ótimo quando existir máxima distância ou
heterogeneidade entre as classes, o que equivale à mínima distância entre
intraclasses.” (ECO, 8)
SIN. cluster
CF. cluster, agrupar, análise de agrupamento, distância
2.2.6.1- cluster
Destaca-se nesta análise a importância dos grupos agroindustriais (Cluster de
agronegócio) detectados pela análise de agrupamento no âmbito da região do rio São
Francisco. (ECO, 59)
Ver agrupamento
2.2.6.2- agrupar v.
REUNIR OBJETOS SIMILARES EM CLASSES, COM MAIOR DISTÂNCIA
INTER-CLASSES E MENOR INTRA-CLASSE.
147
“O perfil social do Submédio São Francisco é composto por oito temas caracterizados
por 209 variáveis provenientes das informações disponibilizadas pela Fundação IBGE,
de levantamentos censitários via Internet. Através da análise multivariada agruparam-
se as 209 variáveis em quatro grandes grupos denominados Fatores com carga
Fatorial final (Final Communality Estimates) de 151.16488”. (ECO, 50)
CF.classe, distância, agrupamento
2.3- regressão linear múltipla s.f
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA QUE EXAMINA QUAIS
VARIÁVEIS INDEPENDENTES EXPLICAM MELHOR UM ÍNDICE, NO CASO,
ID-BHID, ÍNDICE DE DÉFICIT HÍDRICO.
“Através de um modelo de regressão linear múltipla foram analisados todos os
parâmetros que fazem parte dos cálculos do balanço hídrico. A equação de regressão e
os valores dos coeficientes de correlação encontram-se no Quadro 2. A Figura 13
apresenta os Índice do Déficit Hídrico (IDE_BHID) para as 35 Sub-bacias
hidrográficas da região do Submédio do rio São Francisco, obtidos em função dos
resultados das análises de agrupamentos (cluster analysis). Para efeito de
mapeamento, convencionou-se a cor azul para os locais com baixo IDE_BHID, cor
verde para os locais com valores regulares, cor amarelo para os locais com valores
altos e a cor vermelha para os locais com valores elevados. Observa-se na Figura 13 a
predominância de locais com elevados) Índices do déficit hídrico (IDE_BHID)
apresentados com a cor vermelha.” (ECO, 28)
CF. análise multivariada, analise fatorial, análise de agrupamento, análise estatística
rotacional, análise estatística, índice 1 e 2.
2.4- análise estatística rotacional s.f
ANÁLISE ESTATÍSTICA QUE CALCULA O COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO.
“Como fator principal apontado pela análise estatística rotacional, com correlações
entre 0,98 e 0,64 estão os parâmetros de Condutividade elétrica, Sólidos Totais
Dissolvidos, Salinidade, Cloreto e o ion Amônia. No Fator 2, com correlações entre
0,83 e 0,42 estão a Amônia, pH, Temperatura e Oxigênio dissolvido. Esses fatores são
148
extremamente interdependentes e fortes contribuintes para um estado de risco em
algumas águas de açudes com pH muitas vezes superior a 9,0. Por último, com Fator-3
ficaram a Turbidez, Clorofila e Nitrato.” (ECO, 21)
CF. análise estatística, regressão linear múltipla, análise de agrupamento, análise
fatorial, análise multivariada.
2.5- matriz de dados s.f Var. matriz
ARRANJO MATEMÁTICO DE LINHAS E COLUNAS, NA QUAL AS PRIMEIRAS
CONTÊM OS MUNICÍPIOS E AS SUB-BACIAS E AS SEGUNDAS AS
DIFERENTES VARIÁVEIS DO ECOVALE
“Para aplicação dos métodos estatísticos, inicialmente foram construídas matrizes
contendo nas colunas as diferentes variáveis correspondentes aos indicadores de cada
perfil (Figura 3) e nas linhas os 73 municípios e as 35 sub-bacias hidrográficas,
respectivamente. Como as variáveis estudadas possuem grandezas não comparáveis, foi
necessária a padronização das variáveis, gerando assim, novas matrizes de dados (zi),
segundo Bouroche e Saporta (1980) e Andrade (1989).” (ECO, 6)
CF. matriz integrada, matriz de análise causal multivariada, matriz de análise causal do
uso da água, matriz de análise causal do ISA-água, matriz de diagnóstico ambiental,
matriz final do ISA-água.
2.5.1- matriz integrada s.f
MATRIZ DE DADOS, QUE REDUZ 571 VARIÁVEIS EM 10, REFERENTES AO
USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.
“Classificação das dez (10) variáveis mais significativas e de seus respectivos
indicadores, que compõem o Uso Sustentável da Água na região do Submédio do rio
São Francisco, por meio do método “stepwise”. Os parâmetros abaixo relacionados em
forma hierárquica, expressam o resultado da matriz integrada com 571 variáveis,
pertencentes aos perfis ecológico, econômico e social.” (ECO, 56)
CF. matriz de dados, matriz de análise causal multivariada, matriz de análise causal do
uso da água, matriz de análise causal do ISA-água, matriz de diagnóstico ambiental,
149
matriz final do ISA-água, variável, uso sustentável da água, Submédio São
Francisco.
2.5.2- matriz de análise causal multivariada s.f VAR. matriz multivariada de análise causal
MATRIZ DE DADOS, QUE UTILIZA ANÁLISE DA MATRIZ CAUSAL, E
ORGANIZA CAUSAS PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS, TERCIÁRIAS,
QUATERNÁRIAS E FUNDAMENTAIS DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
DO USO DA ÁGUA.
“Matriz de Análise Causal Multivariada: segundo os resultados obtidos por meio da
sínteses dos perfis ecológico, econômico e social em função da Sustentabilidade
Ambiental do Uso da Água na região do Submédio do rio São Francisco – Síntese.”
(ECO, 66)
CF. matriz de dados, matriz integrada, matriz de análise causal do uso da água, matriz
de análise causal do ISA-água, matriz de diagnóstico ambiental, matriz final do
ISA-água, causa primária, causa secundária, causa terciária, causa quaternária,
causa fundamental, sustentabilidade do uso da água.
Nota: essa matriz é uma inovação do ECOVALE (cf. verbete), uma matriz de dados que ainda
não fora criada até então.
2.5.3- matriz de análise causal do uso da água s.f
MATRIZ DE DADOS, QUE UTILIZA ANÁLISE DA MATRIZ CAUSAL, E
ORGANIZA AS PROPOSTAS/PRODUTOS DO ECOVALE E AS PROPOSTAS
TÉCNICAS PARA A BACIA DO SÃO FRANCISCO.
“Uma das inovações no processo de formatação da matriz de análise causal do uso da
água, segundo o Perfil social, econômico e ecológico e no desenvolvimento sustentável
no Submédio São Francisco, foi à inserção da técnica fatorial para a sua elaboração.”
(ECO, 66)
CF. matriz de dados, matriz integrada, matriz de análise causal multivariada, matriz de
análise causal do ISA-água, matriz de diagnóstico ambiental, matriz final do ISA-
água, análise da matriz causal, bacia, Rio São Francisco.
Nota: essa matriz é uma inovação do ECOVALE (cf. verbete), uma matriz de dados que ainda
não fora criada até então.
150
2.5.4- matriz de análise causal do ISA-água s.f
MATRIZ DE DADOS, QUE UTILIZA ANÁLISE DA MATRIZ CAUSAL, E
ORGANIZA AS PROPOSTAS DE AÇÕES ESTRATÉGICAS DO ECOVALE,
BASEADAS NAS CAUSAS FUNDAMENTAIS, E FAZ A INTERFACE DESTAS
COM AS AÇÕES SUGERIDAS PELA ANA_ AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS.
“Propostas de ações estratégicas, segundo as causas fundamentais resultantes da
Matriz de Análise Causal do Índice de Sustentabilidade do Uso da Água
(ISA_ÁGUA) no Submédio São Francisco, e interface com as políticas da ANA (2002).
“(ECO, 68)
CF. matriz de dados, matriz integrada, matriz de análise causal multivariada, matriz de
análise causal do uso da água, matriz de diagnóstico ambiental, matriz final do ISA-
água, análise da matriz causal.
Nota: essa matriz é uma inovação do ECOVALE (cf. verbete), uma matriz de dados que ainda
não fora criada até então.
2.5.5- matriz de diagnóstico ambiental s.f
MATRIZ DE DADOS, QUE ORGANIZOU E CLASSIFICOU OS MUNICÍPIOS DE
ACORDO COM SEU ÍNDICE DE CARGA POLUENTE POTENCIAL.
“Partindo das informações obtidas junto aos órgãos oficiais (IBGE, ANP e FIEP’s),
foram levantados estabelecimentos existentes na bacia e esses foram listados em uma
matriz de diagnóstico ambiental, na qual cada um foi qualificado de acordo com os
parâmetros estabelecidos na metodologia da CETESB.A distribuição dos dados
alcançados mostrou que 89,2% dos municípios das 35 Sub-bacias hidrográficas do
Submédio do rio São Francisco, possuem um total de cargas poluidoras no intervalo de
3,7 a 20,0, sendo a maior concentração (40%) apresentando valores de carga
poluidora em torno de 10,2. Pode-se notar que apenas dois municípios das Sub-bacias
apresentam valores elevados, 138,4 e 147,9, sendo estes valores muito maiores que os
demais”.(ECO, 57)
151
CF. matriz de dados, matriz integrada, matriz de análise causal multivariada, matriz de
análise causal do uso da água, matriz de análise causal do ISA-água, matriz final do
ISA-água.
Nota: Na linha da matriz estão os municípios e nas colunas os estabelecimentos e o nível de
carga poluente potencial que cada um produz. Esta matriz é uma inovação do ECOVALE,
pois nunca fora produzida dantes.
2.5.6- matriz final do ISA-água s.f
MATRIZ DE DADOS, RESULTANTE DA MATRIZ DE CORRELAÇÃO, QUE
DETERMINA OS QUATRO FATORES E ORGANIZA O CONCEITO DE ISA-
ÁGUA.
“A determinação deste Índice envolveu cálculos complexos em ambiente multi-
dimensional. Para a aplicação da análise fatorial, se fez a montagem da matriz de
correlação, envolvendo as três Bases de Dados, correspondente a cada perfil:
Ecológico, econômico e social. A continuação se fez a extração dos fatores iniciais,
seguido da rotação dos fatores e cálculo dos escores fatoriais, para analisar a posição
de cada município em cada fator. Bem como cada Sub-bacia hidrográfica.A matriz
final do ISA_Água, conteve 571 variáveis, assim distribuídas. No Fator 1 foram
associadas 331, correspondendo a 57,95 do total. No Fator 2 foram 72 variáveis,
correspondendo a 12,60% do total. No Fator 3 foram associadas, 97 variáveis e no
Fator 4, 71 variáveis, correspondendo a 12,42% do total. A continuação se define as
quatro novas variáveis ou indicadores, obtidas como resultado da análise fatorial,
sobre a matriz do ISA_Água.” (ECO, 58)
CF. matriz de dados, matriz integrada, matriz de análise causal multivariada, matriz de
análise causal do uso da água, matriz de análise causal do ISA-água, matriz de
diagnóstico ambiental, matriz de correlação, fator, ISA-água.
2.6- padronização s.f
PROCEDIMENTO ESTATÍSTICO QUE TRANSFORMA VARIÁVEIS DIVERSAS
EM VARIÁVEIS COMPARÁVEIS.
152
“Para aplicação dos métodos estatísticos, inicialmente foram construídas matrizes
contendo nas colunas as diferentes variáveis correspondentes aos indicadores de cada
perfil (Figura 3) e nas linhas os 73 municípios e as 35 sub-bacias hidrográficas,
respectivamente.Como as variáveis estudadas possuem grandezas não comparáveis, foi
necessária a padronização das variáveis, gerando assim, novas matrizes de dados (zi),
segundo Bouroche e Saporta (1980) e Andrade (1989).” (ECO, 6)
CF. combinação linear, transformação linear, grandeza, ortogonal, proporção da
variação, componente não-correlacionado, intercorrelação
2.7- combinação linear s.f
COMPATIBILIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS INICIAIS DISPOSTAS EM UMA LINHA
DE MATRIZ DE DADOS QUE FORMA VARIÁVEIS FINAIS ORTOGONAIS
“Cada uma das "k" variáveis observadas é descrita linearmente em termos das "k"
componentes não correlacionadas (Fi) e os "aik" são os pesos ou cargas fatoriais que
compõem a combinação linear. Os Fi são calculados de forma que o primeiro Fator F1
explique a maior parcela da variação total das variáveis (Xi); o segundo Fator (F2)
explique a segunda maior parcela e, assim, sucessivamente (Bouroche e Saporta, 1980;
Andrade, 1989).” (ECO, 7)
CF. padronização das variáveis, transformação linear, grandeza, ortogonal, proporção
da variação, componente não-correlacionado, intercorrelação
2.7.1- linearmente adv
RELATIVO OU REFERENTE À COMBINAÇÃO LINEAR
“Cada uma das "k" variáveis observadas é descrita linearmente em termos das "k"
componentes não correlacionadas (Fi) e os "aik" são os pesos ou cargas fatoriais que
compõem a combinação linear. Os Fi são calculados de forma que o primeiro Fator F1
explique a maior parcela da variação total das variáveis (Xi); o segundo Fator (F2)
explique a segunda maior parcela e, assim, sucessivamente (Bouroche e Saporta, 1980;
Andrade, 1989).” (ECO, 7)
CF. combinação linear
153
2.8-transformação linear s.f
MUDANÇA DAS CARACTERÍSTICAS INICIAIS DE UMA VARIÁVEL DE
DEPENDENTES PARA INDEPENDENTES OU ORTOGONAIS, POR MEIO DA
COMBINAÇÃO LINEAR
“A análise fatorial é um método estatístico de análise multivariada que tem como
objetivo básico construir um conjunto de variáveis "Fi", a partir de uma transformação
linear das variáveis iniciais Xi, denominados de "Fatores" ou "componentes principais"
independentes, ou seja, ortogonais, de acordo com o seguinte modelo matemático
(Andrade, 1989):
ikikiii eFaFaFaX ++++= ...2211
Cada uma das "k" variáveis observadas é descrita linearmente em termos das "k"
componentes não correlacionadas (Fi) e os "aik" são os pesos ou cargas fatoriais que
compõem a combinação linear. Os Fi são calculados de forma que o primeiro Fator F1
explique a maior parcela da variação total das variáveis (Xi); o segundo Fator (F2)
explique a segunda maior parcela e, assim, sucessivamente (Bouroche e Saporta, 1980;
Andrade, 1989).”(ECO, 7)
CF. padronização das variáveis, combinação linear, grandeza, ortogonal, proporção da
variação, componente não-correlacionado, intercorrelação
2.9- grandeza s.f
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS DE UMA
VARIÁVEL
“Como as variáveis estudadas possuem grandezas não comparáveis, foi necessária a
padronização das variáveis, gerando assim, novas matrizes de dados (zi), segundo
Bouroche e Saporta (1980) e Andrade (1989).” (ECO, 6)
CF. padronização das variáveis, transformação linear, combinação linear, ortogonal,
proporção da variação, componente não-correlacionado, intercorrelação
2.10- ortogonal adj
154
QUALIDADE DE UMA VARIÁVEL QUE A TORNA INDEPENDENTE DE
OUTRA, MESMO QUE ESTEJAM CORRELACIONADAS.
“A análise fatorial é um método estatístico de análise multivariada que tem como
objetivo básico construir um conjunto de variáveis "Fi", a partir de uma transformação
linear das variáveis iniciais Xi, denominados de "Fatores" ou "componentes principais"
independentes, ou seja, ortogonais, de acordo com o seguinte modelo matemático
(Andrade, 1989)” (ECO,7)
CF. padronização das variáveis, transformação linear, combinação linear, grandeza,
proporção da variação, componente não-correlacionado, intercorrelação
2.11-proporção da variação s.f
VALOR NUMÉRICO QUE DETERMINA O GRAU DE INSTABILIDADE DE UMA
VARIÁVEL DENTRO DE UM FATOR.
“As cargas fatoriais expressam os coeficientes de correlação entre cada uma das
variáveis e seus respectivos Fatores; enquanto a comunalidade final, obtida a partir do
somatório dos quadrados das cargas fatoriais (aik), representa a proporção da
variação de cada variável envolvida nos Fatores definidos nas análises.” (ECO, 7)
CF. padronização das variáveis, transformação linear, combinação linear, grandeza,
ortogonal, componente não-correlacionado, intercorrelação, variável, fator
2.12-componente não-correlacionado s.m
CARACTERÍSTICAS DAS VARIÁVEIS QUE AS SEPARAM E AS TORNAM
INDEPENDENTES.
“Cada uma das "k" variáveis observadas é descrita linearmente em termos das "k"
componentes não correlacionadas (sic) (Fi) e os "aik" são os pesos ou cargas fatoriais
que compõem a combinação linear. Os Fi são calculados de forma que o primeiro
Fator F1 explique a maior parcela da variação total das variáveis (Xi); o segundo Fator
(F2) explique a segunda maior parcela e, assim, sucessivamente (Bouroche e Saporta,
1980; Andrade, 1989)”.(ECO,7)
155
CF. padronização das variáveis, transformação linear, combinação linear, grandeza,
proporção da variação, ortogonal, intercorrelação, variáveis
2.13-intercorrelação s.f
LIGAÇÃO MÚTUA ENTRE DUAS VARIÁVEIS EXPLICATIVAS
“É um procedimento estatístico de análise multivariada, com dois objetivos básicos: o
primeiro aplicável às variáveis explicativas de uma equação a ser ajustada, quando
indicam um significativo grau de intercorrelação, semelhante ao uso de regressões
múltiplas, visando obter informações por sub-bacia hidrográfica da carga de poluentes
emitidos. E o segundo, para obter uma análise classificatória das sub-bacias em função
de índices específicos, contidos em cada indicador dos perfis social, econômico e
ecológico de âmbito regional, do tipo ISA.” (ECO, 66)
CF. grandeza, variáveis explicativas
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 3 (coleta e sistema de processamento
das informações) e, então, colocamos seus termos definidos.
156
Mapa Conceitual Parcial 3 - Metodologia (coleta e sistema de processamento das
informações)
Vocabulário
3. uso sustentável da água s.f
EMPREGO E UTILIZAÇÃO ADEQUADA DA ÁGUA PARA A SUA
CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO COM VISTAS AO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
“O EcoSiam disponibilizará informações técnicas provenientes de Estações Hidro-
Edafoclimáticas e de coletores eletrônicos de campo. Por meio deste serviço os
usuários serão informados de todas as atividades ligadas ao uso sustentável da água,
bem como sobre os indicadores técnicos mais adequados a serem incorporados em seus
sistemas produtivos, tais como: balanço hídrico diário, qualidade ambiental, o manejo
de solo e água; previsão de tempo e informações gerais.” (ECO, 59)
CF. água de usos múltiplos, ISA-água, ISO 14001, PDRH, SGA, monitoramento da
qualidade da água, preservação 1 e 2, conservação ambiental, desenvolvimento
sustentável, gestão ambiental
3.1-água de usos múltiplos s.f
ÁGUA UTILIZADA COM UMA VARIEDADE DE PROPÓSITOS COMO
IRRIGAÇÃO, ABASTECIMENTO URBANO, INDUSTRIAL, DESSEDENTAÇÃO,
VISANDO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
“Essa formação ocorre de forma continua ao longo de todo ano, capacitando os
Agentes a realizarem diagnósticos sobre a qualidade das águas de usos múltiplos,
157
fornecendo subsídios aos Comitês de Bacias Hidrográficas e demais órgãos gestores
para a busca de estratégias de ação que assegurem um desenvolvimento mais
sustentado” (ECO, 81)
CF. uso sustentável da água, desenvolvimento sustentável, irrigação, água, gestão
ambiental, ISA-água
3.2- gestão ambiental s.f
ORGANIZAÇÃO E CONCRETIZAÇÃO DE AÇÕES POLÍTICAS, AMBIENTAIS,
SOCIAIS E ECONÔMICAS PARA CONTROLE MITIGAÇÃO, CORREÇÃO E
FISCALIZAÇÃO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL DOS RECURSOS HÍDRICOS,
COM BASE NA INTEGRAÇÃO DOS PERFIS SOCIAL, ECONÔMICO,
ECOLÓGICO E DO ISA-ÁGUA
“Também são medidas urgentes recomendáveis: implantação de sistemas de monitoria
da qualidade da água; adoção políticas de saúde pública e saneamento; projetos de
educação ambiental. Essas medidas devem ser tomadas em um contexto global de
gestão ambiental do território, envolvendo diversos atores e parcerias, envolvendo
organismos internacionais, organizações não governamentais, órgãos governamentais
federais ligados à saúde, meio ambiente e habitação.” (ECO, 21)
SIN. gestão articulada, gestão integrada
CF. uso sustentável da água, água de usos múltiplos, perfil social, perfil econômico, perfil
ecológico, ISA-água, desenvolvimento sustentável, ambiental
3.2.1-gestão articulada s
“Programa de gestão articulada por bacia, dos recursos orçamentários destinados aos
recursos hídricos nos níveis federal, estadual e municipal.”(ECO, 68)
Ver gestão ambiental, gestão integrada
3.2.2-gestão integrada s.f
“Apresentar proposição de um programa de treinamento e capacitação de técnicos de
órgãos públicos e privados visando a gestão integrada dos recursos hídricos,
elaboração de programas de educação ambiental, conscientizar a comunidade sobre a
158
importância e a necessidade de conservação e manejo integrado dos recursos hídricos”
(ECO, 33)
Ver gestão ambiental, gestão articulada
3.2.3-ISO 14001 s.f
NORMA AMBIENTAL QUE APRESENTA OS REQUISITOS BÁSICOS QUE
FUNDAMENTAM O PROCESSO DE GESTÃO AMBIENTAL DE QUALQUER
TIPO DE ORGANIZAÇÃO.
“E por fim, a incorporação no processo de análise da norma sugerida pela ISO 14.001
veio instrumentalizar com recursos qualitativos e quantitativos o levantamento de
impactos ambientais no âmbito da sub-bacia e mostrou-se como uma ferramenta muito
prática e que pode colaborar para a estruturação do comitê gestor da bacia, pois a
norma apresenta, em seu conteúdo, requisitos básicos que fundamentam o processo de
gestão ambiental de qualquer tipo de organização, até mesmo uma bacia ou micro-
bacia hidrográfica”. (ECO, 78)
CF. ambiental, gestão ambiental, legislação ambiental, certificação ambiental, avaliação
ambiental, avaliação da gestão ambiental, desempenho ambiental, PDRH, SGA.
Nota: O cumprimento da norma assegura, automaticamente, o cumprimento da legislação
ambiental (cf. verbete) vigente.
3.2.3.1- desempenho ambiental s.m
CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E ECOLÓGICOS
DETERMINADOS PELA ISO 14001, QUE UMA INSTITUIÇÃO SEGUE PARA
ASSEGURAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
“Para o SGA as melhorias contínuas referem-se ao "processo de aperfeiçoar o sistema
de gestão ambiental para alcançar melhorias no desempenho ambiental total em
alinhamento com as políticas da organização" (ECO,32)
CF. ISO 14001, desenvolvimento sustentável, legislação ambiental
3.2.3.2- legislação ambiental s.f
159
CONJUNTO DE LEIS QUE DETERMINAM AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À
CONSERVAÇÃO, PRESERVAÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DO MEIO AMBIENTE.
“A legislação ambiental vigente nos Estados da Bahia e Pernambuco foi levantada
junto aos órgãos competentes (MMA, 2000), para ser feita a comparação entre os
impactos ambientais que vêm acontecendo nos municípios da região do Submédio São
Francisco e o cumprimento da legislação ambiental nestes municípios. O resultado de
tal levantamento mostrou que em relação aos serviços públicos municipais
(esgotamento sanitário e disposição final de resíduos sólidos), nenhum município da
bacia cumpre integralmente a legislação ambiental vigente. Das atividades industriais
desenvolvidas na bacia, pode-se dizer que nenhum setor industrial analisado cumpre
integralmente os requisitos da legislação ambiental. Com isso, pode-se afirmar que em
relação ao requisitos da norma ISO 14.001, cumprimento da legislação ambiental, as
instalações públicas e privadas da bacia não estão de acordo com a norma.” (ECO, 34)
CF.conservação ambiental, preservação 1 e 2, certificação ambiental, avaliação
ambiental da bacia hidrográfica, avaliação da gestão ambiental dos setores primário,
secundário, terciário e de serviços públicos
3.2.3.2.1-certificação ambiental s.f
ATESTADO QUE GARANTE QUE UMA EMPRESA ESTÁ EM CONFORMIDADE
COM A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL.
“Fontes potenciais de poluição: Nenhuma instalação industrial possui licença
ambiental para funcionamento. Nenhuma empresa visitada possui algum tipo de
certificação ambiental e nem está se preparando para uma certificação desse escopo.
97,2% das empresas visitadas não fazem nenhum tipo de tratamento em seus efluentes
antes de lançá-los diretamente no meio ambiente.” (ECO,32)
CF. legislação ambiental, avaliação ambiental da bacia hidrográfica, avaliação da gestão
ambiental dos setores primário, secundário, terciário e de serviços públicos, ISO
14001
160
3.2.3.2.2-avaliação ambiental da bacia hidrográfica s.f
CRITÉRIO AMPLO DE CLASSIFICAÇÃO DA FONTE DE RECURSOS
HÍDRICOS, TENDO COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTÃO A
BACIA HIDROGRÁFICA, SEGUNDO PROPÕE A LEI 9.433/97 E OS REQUISITOS
DA ISO 14001
“Para avaliação e classificação da fonte de recurso hídrico quanto à sua adequação
aos requisitos da norma ISO 14.001, foram definidos dois critérios de análise:-o
primeiro com escopo macro, ou seja, a avaliação da gestão ambiental da Bacia
Hidrográfica como um todo, seguindo a proposição da Lei 9.433/97 de que a Bacia
Hidrográfica passa a ser a unidade de planejamento e gestão, definindo seus limites
como o perímetro da área a ser planejada; -o segundo com escopo micro, ou seja, a
avaliação da gestão ambiental das instalações do setor primário, secundário e terciário
e serviços públicos que fazem parte da Bacia Hidrográfica e que atuam como fontes
individuais de impacto ambiental para a Bacia, seguindo o conceito de usos múltiplos,
de acordo com o texto da Lei, abrangendo todos os setores usuários independentemente
de sua expressão.” (ECO, 31)
CF. legislação ambiental, certificação ambiental, avaliação da gestão ambiental dos
setores primário, secundário, terciário e de serviços públicos, ISO 14001, bacia
hidrográfica, recursos hídricos
3.2.3.2.3- avaliação da gestão ambiental dos setores primário, secundário, terciário e de
serviços públicos
CRITÉRIO RESTRITO DE CLASSIFICAÇÃO DE UMA FONTE DE RECURSO
HÍDRICO, TENDO COMO FOCO AS INSTALAÇÕES DOS SETORES
PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS, TERCIÁRIOS E DE SERVIÇOS PÚBLICOS,
SEGUINDO O CONCEITO DE USOS MÚLTIPLOS, SEGUNDO PROPÕE A LEI
9.433/97 E OS REQUISITOS DA ISO 14001
“Na norma ISO 14.001 foram definidos dois critérios de análise:
-o primeiro com escopo macro, ou seja, a avaliação da gestão ambiental da Bacia
Hidrográfica como um todo, seguindo a proposição da Lei 9.433/97 de que a Bacia
Hidrográfica passa a ser a unidade de planejamento e gestão, definindo seus limites
161
como o perímetro da área a ser planejada;-o segundo com escopo micro, ou seja, a
avaliação da gestão ambiental das instalações do setor primário, secundário e
terciário e serviços públicos que fazem parte da Bacia Hidrográfica e que atuam como
fontes individuais de impacto ambiental para a Bacia, seguindo o conceito de usos
múltiplos, de acordo com o texto da Lei, abrangendo todos os setores usuários
independentemente de sua expressão”.(ECO, 35)
CF. legislação ambiental, certificação ambiental, avaliação ambiental da bacia
hidrográfica, ISO 14001, bacia hidrográfica, recursos hídricos, água de usos
múltiplos
3.2.4-PDRH- plano diretor de recursos hídricos s.m
PLANO QUE VISA FUNDAMENTAR E ORIENTAR A IMPLEMENTAÇÃO E
GERENCIAMENTO DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS SOB
PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
“O Plano Diretor de Recursos Hídricos (PDRH), conforme estabelece o Art. 6 da Lei
9.433/97, é o plano que visa fundamentar e orientar a implementação da Política
Nacional de Recursos Hídricos e o seu gerenciamento sob novas perspectivas.O PDRH
dessa forma, não é uma proposição tradicional de planejamento e gestão, mas pelo
contrário, é uma nova proposição baseada numa série de aspectos inovadores contidos
na nova legislação de recursos hídricos. Isso levou este trabalho a estabelecer um
paralelo entre o PDRH com a norma internacional de gestão ambiental ISO 14.001.”
(ECO, 31)
CF. ISO 14001, SGA, gestão ambiental, desenvolvimento sustentável, gerenciamento,
recursos hídricos
Notas: Este plano, junto com a ISO 14001, é utilizado no ECOVALE como base para análise
do cumprimento dos requisitos ambientais de desenvolvimento sustentável e uso
sustentável da água. (cf. verbetes)
3.2.4.1- controle ambiental 2 s.f
MEIO DE FISCALIZAÇÃO, MONITORAMENTO, CORREÇÃO E ORIENTAÇÃO
DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E DAS FONTES DE POLUIÇÃO,
DE ACORDO COM NORMAS OU LEIS
162
“Aplicar a outorga de direito de uso dos recursos hídricos, mediante o qual o poder
público outorgante faculta ao outorgado o uso de determinado recurso hídrico. Pela
outorga o usuário recebe a autorização ou concessão para fazer uso da água. Ela é o
elemento central de controle para o uso racional dos recursos hídricos por seu caráter
disciplinatório.” (ECO, 33)
CF. outorga de direito do uso da água, gestão dos recursos hídricos, monitoramento,
fontes de poluição
3.2.4.2- outorga de direito do uso da água s.f Var. outorga de direito de recursos hídricos
INSTRUMENTO DO PDRH QUE CONSISTE EM UMA CONCESSÃO PÚBLICA
DE USO DA ÁGUA POR UMA PESSOA, COM VISTAS AO SEU USO RACIONAL
E AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
“Aplicar a outorga de direito de uso dos recursos hídricos, mediante o qual o poder
público outorgante faculta ao outorgado o uso de determinado recurso hídrico. Pela
outorga o usuário recebe a autorização ou concessão para fazer uso da água. Ela é o
elemento central de controle para o uso racional dos recursos hídricos por seu caráter
disciplinatório.” (ECO, 33)
CF. controle ambiental 2, gestão dos recursos hídricos, cobrança pelo uso da água
3.2.4.2.1- cobrança pelo uso da água s.f
FERRAMENTA DO PLANO DIRETOR DE RECURSOS HÍDRICOS PARA
GESTÃO AMBIENTAL DA BACIA QUE CONSISTE NA COBRANÇA DOS
USUÁRIOS PELO USO DA ÁGUA.
“Gestões ambientais da bacia, utilizando as ferramentas do PDRH: cadastro de
usuários, outorga, cobrança pelo uso da água, sistemas de informação de recursos
hídricos, macrodrenagem urbana, reuso dos efluentes.” (ECOR, LIII)
CF. PDRH, gestão ambiental, usuário, uso da água, outorga de direito do uso da água
3.2.4.3- gestão dos recursos hídricos s.f
163
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL DOS RECURSOS HÍDRICOS, QUE CONSISTE
EM UM PLANO DE OBEDIÊNCIA ÀS LEIS DE RECURSOS HÍDRICOS E DA
PARTICIPAÇÃO CONJUNTA DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS E
EMPRESAS ORIENTADA PELO PDRH
“O PDRH é um instrumento de planejamento e gestão para o uso, proteção e
conservação dos recursos hídricos visando estabelecer o equilíbrio entre as demandas
e a disponibilidade de água.” (ECO, 63)
CF. gestores, outorga de direito do uso da água, controle ambiental, PDRH, ambiental,
recursos hídricos
3.2.4.3.1- gestores dos recursos hídricos s.m
AQUELES QUE PRATICAM A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
“Tal abordagem metodológica permitiu o levantamento e cruzamento de informações
que nunca haviam sido confrontadas entre si, gerando um resultado que permite aos
gestores dos recursos hídricos conhecerem os problemas, as suas causas e as ações
que devem ser promovidas para que os problemas encontrados sejam eficazmente
solucionados.”(ECO, 78)
CF. gestão de recursos hídricos
3.2.4.4- bacia hidrográfica s.f Var. bacia
UNIDADE TERRITORIAL PARA A OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO DE
RECURSOS HÍDRICOS (PDRH)
“A Lei 9433/97, que instituiu a política nacional de recursos hídricos, definiu que bacia
hidrográfica é a unidade territorial para a operacionalização dessa política e para a
atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Assim, os
planos de recursos hídricos deverão ser elaborados por bacias hidrográficas para o
Estado e para o país, o que torna imprescindível a definição do sistema de classificação
e codificação das bacias hidrográficas brasileiras.” (ECO, 4)
CF. PDRH, gestão ambiental, controle ambiental 2, outorga de direito do uso da água,
gestão de recursos hídricos
164
3.2.5- SGA- sistema de gestão articulada s.m
CONJUNTO DE NORMAS QUE PRESCREVE AS CARACTERÍSTICAS
NECESSÁRIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL EM UMA
ORGANIZAÇÃO DE QUALQUER ESPÉCIE
“O objetivo do SGA é fornecer à organização uma estrutura de gestão que inclui a
estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades,
práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar,
alcançar, proceder à avaliação crítica e manter as políticas ambientais estabelecidas
pela organização.”(ECO, 32)
CF. ISO 14001, PDRH, gestão ambiental, desenvolvimento sustentável
3.3-base de dados primários s.f
CONJUNTO DE INFORMAÇÕES GERADO PELO PRÓPRIO SUBPROJETO
ECOVALE PARA A ANÁLISE DOS PERFIS ECONÔMICO, ECOLÓGICO E
SOCIAL DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto ECOVALE, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais
para a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das
informações obtidas nas análises do perfil social e econômico.” (ECO, 9)
CF. base de dados secundários, inventário, perfil econômico, perfil ecológico, perfil
social, ECOVALE
3.3.1-inventário s.m Var. inventário ambiental
CONJUNTO DE INFORMAÇÕES SOCIAIS, ECONÔMICAS E ECOLÓGICAS QUE
COMPÕEM A BASE DE DADOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DO ECOVALE.
“Essas informações são oriundas de dados primários levantados diretamente em campo
por meio de análises físico-químicas e microbiológica da qualidade da água bem como
165
com a aplicação dos inventários pertinentes nos municípios da região do Submédio São
Francisco. “(ECO, 4)
CF. inventário das fontes de poluição, inventário da qualidade ambiental das fontes de
água, inventário das fontes de poluição, inventário sócio-ambiental, inventário de
poços tubulares e cadastro de usuários, inventário das fontes de água superficiais e
cadastro de usuários, inventário fito-ecológico, inventário de campo, monitoramento
da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas,
cadastro de usuários, inventário georreferenciado da qualidade ambiental, base de
dados primários, base de dados secundários, ECOVALE
3.3.1.1-inventário das fontes de poluição s.m
INVENTÁRIO SOBRE O TIPO, LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E
POTENCIALIDADE DE FONTES DE POLUIÇÃO
“Os distintos inventários que compuseram estas bases de dados foram:
Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
Inventário das fontes de poluição.
Inventário sócio-ambiental.
Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
Inventário fito-ecológico.
Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.” (ECO, 9)
CF. inventário da qualidade ambiental das fontes de água, inventário das fontes de
poluição, inventário sócio-ambiental, inventário de poços tubulares e cadastro de
usuários, inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários,
inventário fito-ecológico, inventário de campo, monitoramento da qualidade físico-
química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas, cadastro de
usuários, inventário georreferenciado da qualidade ambiental, base de dados
primários, fontes de poluição, inventário
Nota: A localização geográfica foi feita utilizando-se GPS (cf verbete).
166
3.3.1.2- inventário sócio-ambiental s.m
INVENTÁRIO SOBRE AS INSTALAÇÕES AGROPECUÁRIAS, INDUSTRIAIS,
COMERCIAIS E SUA ADEQUAÇÃO À NORMA 14001 E LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL VIGENTE E SOBRE SANEAMENTO BÁSICO
“Foi feita a distribuição de formulários eletrônicos, sobre: águas superficiais e
subterrâneas e inventário socio-ambiental, sendo que os seguintes critérios foram
utilizados para cadastramento das fontes: cadastrar as principais fontes dentro do
município e bem distribuídas dentro do município (sede e interior) e aplicarem em
torno de 30 formulários.” (ECO, 90)
CF. inventário da qualidade ambiental das fontes de água, inventário das fontes de
poluição, inventário das fontes de poluição, inventário de poços tubulares e cadastro
de usuários, inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários,
inventário fito-ecológico, inventário de campo, monitoramento da qualidade físico-
química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas, cadastro de
usuários, inventário georreferenciado da qualidade ambiental, base de dados
primários, fontes de poluição, inventário, ISO 14001, legislação ambiental,
saneamento básico.
3.3.1.3- inventário fito-ecológico s.m
INVENTÁRIO DAS PLANTAS E DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DA
PROPRIEDADE DO USUÁRIO CADASTRADO.
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto Ecovale, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais para
a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das informações
obtidas nas análises do perfil social e econômico. Os distintos inventários que
compuseram estas bases de dados foram:
• Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
• Inventário das fontes de poluição.
167
• Inventário sócio-ambiental.
• Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
• Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
• Inventário fito-ecológico.
• Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.” (ECO, 9)
CF. inventário da qualidade ambiental das fontes de água, inventário das fontes de
poluição, inventário das fontes de poluição, inventário de poços tubulares e cadastro
de usuários, inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários,
inventário sócio-ambiental, inventário de campo, monitoramento da qualidade
físico-química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas, cadastro de
usuários, inventário georreferenciado da qualidade ambiental, base de dados
primários, fontes de poluição, inventário, ambiental, usuário, cadastrar
3.3.1.4-inventário de poços tubulares e cadastro de usuários s.m
INVENTÁRIO SOBRE A QUANTIDADE E QUALIDADE, SEGUNDO A
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL VIGENTE, DE POÇOS TUBULARES E LISTAGEM
DE SEUS USUÁRIOS.
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto Ecovale, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais para
a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das informações
obtidas nas análises do perfil social e econômico. Os distintos inventários que
compuseram estas bases de dados foram:
• Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
• Inventário das fontes de poluição.
• Inventário sócio-ambiental.
• Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
• Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
• Inventário fito-ecológico.
168
• Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.
As bases de dados referentes a cada dimensão foram homogeinizadas para um
adequado cruzamento e integração com os planos cartográficos utilizados. Foi
empregada a técnica de geoprocessamento de imagens de satélite, abrangendo toda a
região (125 mil km2), com objetivo de obter índices de âmbito regional, e co-validação
e extrapolação de resultados para outras sub-bacias hidrográficas.” (ECO, 9)
CF. inventário da qualidade ambiental das fontes de água, inventário das fontes de
poluição, inventário das fontes de poluição, inventário fito-ecológico, inventário das
fontes de água superficiais e cadastro de usuários, inventário sócio-ambiental,
inventário de campo, monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica
das águas superficiais e subterrâneas, cadastro de usuários, inventário
georreferenciado da qualidade ambiental, base de dados primários, fontes de
poluição, inventário, legislação ambiental, poços tubulares.
3.3.1.5-inventário da qualidade ambiental das fontes de água. s.m
INVENTÁRIO SOBRE A QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA
DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS E SUA ADEQUAÇÃO À
NORMA 14001 E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL VIGENTE
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto Ecovale, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais para
a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das informações
obtidas nas análises do perfil social e econômico. Os distintos inventários que
compuseram estas bases de dados foram:
• Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
• Inventário das fontes de poluição.
• Inventário sócio-ambiental.
• Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
• Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
169
• Inventário fito-ecológico.
• Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.
As bases de dados referentes a cada dimensão foram homogeinizadas para um
adequado cruzamento e integração com os planos cartográficos utilizados. Foi
empregada a técnica de geoprocessamento de imagens de satélite, abrangendo toda a
região (125 mil km2), com objetivo de obter índices de âmbito regional, e co-validação
e extrapolação de resultados para outras sub-bacias hidrográficas.” (ECO, 9)
CF. inventário fito-ecológico, inventário das fontes de poluição, inventário das fontes de
poluição, inventário de poços tubulares e cadastro de usuários, inventário das fontes
de água superficiais e cadastro de usuários, inventário sócio-ambiental, inventário
de campo, monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas, cadastro de usuários, inventário georreferenciado da
qualidade ambiental, base de dados primários, fontes de poluição, inventário,
legislação ambiental, ISO 14001.
3.3.1.6- inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários s.m
INVENTÁRIO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DAS
FONTES DE ÁGUA SUPERFICIAIS E CADASTRO DE SEUS USUÁRIOS
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto Ecovale, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais para
a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das informações
obtidas nas análises do perfil social e econômico. Os distintos inventários que
compuseram estas bases de dados foram:
• Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
• Inventário das fontes de poluição.
• Inventário sócio-ambiental.
• Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
170
• Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
• Inventário fito-ecológico.
• Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.
As bases de dados referentes a cada dimensão foram homogeinizadas para um
adequado cruzamento e integração com os planos cartográficos utilizados. Foi
empregada a técnica de geoprocessamento de imagens de satélite, abrangendo toda a
região (125 mil km2), com objetivo de obter índices de âmbito regional, e co-validação
e extrapolação de resultados para outras sub-bacias hidrográficas.” (ECO, 9)
CF. inventário da qualidade ambiental das fontes de água, inventário das fontes de
poluição, inventário das fontes de poluição, inventário de poços tubulares e cadastro
de usuários, inventário fito-ecológico, inventário sócio-ambiental, inventário de
campo, monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas, cadastro de usuários, inventário georreferenciado da
qualidade ambiental, base de dados primários, fontes de poluição, inventário, fonte
de água, água superficiais.
3.3.1.7- inventário de campo s.m
MÉTODO DE COLETA DE DADOS DO ECOVALE, CARACTERIZADO PELO
PREENCHIMENTO DE QUESTIONÁRIOS/FORMULÁRIOS, SOBRE AS FONTES
DE ÁGUA CADASTRADAS.
“Essas variáveis foram estudadas para formação do índice de sustentabilidade, de modo
integrado com as dimensões social e econômica, cujas variáveis foram levantadas de base de
dados oficiais e inventários aplicados ao campo.” (ECO, 79)
CF. inventário da qualidade ambiental das fontes de água, inventário das fontes de
poluição, inventário das fontes de poluição, inventário de poços tubulares e cadastro
de usuários, inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários,
inventário sócio-ambiental, inventário fito-ecológico, monitoramento da qualidade
físico-química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas, cadastro de
usuários, inventário georreferenciado da qualidade ambiental, base de dados
primários, fontes de poluição, inventário, fonte de água, cadastrar, ECOVALE
171
3.3.1.8- monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas
MEDIÇÃO E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E
MICROBIOLÓGICA DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS,
MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE SONDAS MULTIPARÂMETROS E KITS DE
DETERMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA RÁPIDA DE COLIFORMES (TOTAL E
FECAL), EM CAMPO.
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto Ecovale, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais para
a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das informações
obtidas nas análises do perfil social e econômico. Os distintos inventários que
compuseram estas bases de dados foram:
• Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
• Inventário das fontes de poluição.
• Inventário sócio-ambiental.
• Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
• Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
• Inventário fito-ecológico.
• Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.
As bases de dados referentes a cada dimensão foram homogeinizadas para um
adequado cruzamento e integração com os planos cartográficos utilizados. Foi
empregada a técnica de geoprocessamento de imagens de satélite, abrangendo toda a
região (125 mil km2), com objetivo de obter índices de âmbito regional, e co-validação
e extrapolação de resultados para outras sub-bacias hidrográficas.” (ECO, 66)
CF. inventário, inventário das fontes de poluição, inventário da qualidade ambiental das
fontes de água, inventário das fontes de poluição, inventário de poços tubulares e
cadastro de usuários, inventário das fontes de água superficiais e cadastro de
172
usuários, inventário sócio-ambiental, inventário fito-ecológico, cadastro de usuários,
inventário georreferenciado da qualidade ambiental, avaliação da qualidade físico-
química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas, águas superficiais,
águas subterrâneas, sonda multiparâmetros, kits de determinação microbiológica,
rede de monitoramento, Ecokit, laboratório móvel.
Nota: A definição de coliforme total e fecal está no livreto “Avaliação da qualidade das
águas- manual prático” da EMBRAPA-meio ambiente.
3.3.1.8.1- rede de monitoramento s.f
INTERLIGAÇÃO ENTRE CADA FONTE DE ÁGUA CADASTRADA E
ANALISADA, CADA AGENTE DE ÁGUA VOLUNTÁRIO(AAV), CADA
NÚCLEO ATÉ A BASE COM A FINALIDADE DE INTERCOMUNICAÇÃO,
TROCA DE DADOS E ALIMENTAÇÃO DO ECOSIAM
“A formação da rede (capilaridade)
As atividades dos AAVs, foi consolidada com uma infra-estrutura mínima, em cada
núcleos de apoio aos Comitês de bacia. Esta infra-estrutura consistiu de Ecokits, um
laboratório móvel (realiza até sessenta e duas análises de água, incluindo metais
pesados) e um ponto para internet de alta velocidade instalado em computador
multimídia. Estes equipamentos devem ficar preferencialmente no escritório técnico de
apoio ao Comitê de Bacia Hidrográfica. Assim, a equipe de agentes que pertencem a
uma determinada localidade, poderá integrar-se a outras equipes, trocando
informações e sendo retroalimentado com informações mais avançadas pelo Sistema de
Informações Ambiental (EcoSiam), desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente.
Para que se tenha uma idéia da rede, na Figura 31 é apresentado um modelo
esquemático do funcionamento dessa rede.
173
B a s e
N ú c le o s
M o n i t o r
F o n t e s d e á g u a
Figura 31. Modelo de rede de monitoramento.” (ECO, 82)
SIN. capilaridade
CF. base, núcleo, agente de água voluntário, fonte de água, EcoKit, laboratório móvel,
kit de determinação microbiológica, sonda multiparâmetro, fonte de água, EcoSiam,
monitoramento da qualidade da água, físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas.
3.3.1.8.1.1- capilaridade s.f
“A formação da rede (capilaridade)
As atividades dos AAVs, foi consolidada com uma infra-estrutura mínima, em cada
núcleos de apoio aos Comitês de bacia. Esta infra-estrutura consistiu de Ecokits, um
laboratório móvel (realiza até sessenta e duas análises de água, incluindo metais
pesados) e um ponto para internet de alta velocidade instalado em computador
multimídia. Estes equipamentos devem ficar preferencialmente no escritório técnico de
apoio ao Comitê de Bacia Hidrográfica. Assim, a equipe de agentes que pertencem a
uma determinada localidade, poderá integrar-se a outras equipes, trocando
informações e sendo retroalimentado com informações mais avançadas pelo Sistema de
Informações Ambiental (EcoSiam), desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente.” (ECO,
82)
Ver rede de monitoramento
3.3.1.8.1.2- base s.f
174
MUNICÍPIO COM BOA LOCALIZAÇÃO NO QUAL FICA UM ESPECIALISTA
RESPONSÁVEL PELO ENVIO DE DADOS RECEBIDOS DOS NÚCLEOS PARA
ANA E EMBRAPA MEIO AMBIENTE, ALIMENTANDO O ECOSIAM
“A escola é o centro aglutinador das informações sobre qualidade de águas, obtidas
através dos agentes (alunos) que, periodicamente, monitoram as fontes localizadas
próximo aos lugares onde moram. As amostras de água são colhidas pelo aluno que
realiza alguns parâmetros no próprio local, sendo os demais analisados sob a
supervisão do responsável pelo núcleo/base (professores). Nas escolas estes materiais
são aproveitados para divulgação em feiras de ciências, reuniões de pais e mestres e,
como material didático nas aulas ministradas. O responsável do núcleo envia os
resultados do monitoramento via internet ou de qualquer outra forma para o
responsável da base na região, que por sua vez remete para Embrapa Meio Ambiente e
ANA, alimentando as bases de dados ambientais geradas pelo sistema de informações
ambientais (EcoSiam). Este fluxo de informações é retroalimentado e permite a
identificação de áreas problemas, em um tempo muito curto, possibilitando ações
mitigadoras mais rápidas.” (ECOR, LXXIII)
SIN. núcleo 2
CF. núcleo 2, núcleo 1, agente de água voluntário, fonte de água, rede de monitoramento,
monitoramento da qualidade da água, físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas.
3.3.1.8.1.2.1- núcleo 2 s.m Var.núcleo de monitoramento 2
“A escola é o centro aglutinador das informações sobre qualidade de águas, obtidas
através dos agentes (alunos) que, periodicamente, monitoram as fontes localizadas
próximo aos lugares onde moram. As amostras de água são colhidas pelo aluno que
realiza alguns parâmetros no próprio local, sendo os demais analisados sob a
supervisão do responsável pelo núcleo/base (professores)”. (ECOR, LXXIII)
Ver base
3.3.1.8.1.3- núcleo 1 s.m VAR. núcleo de monitoramento, glassroots
ESCOLA PÚBLICA NA QUAL UM CONJUNTO DE AGENTES DE ÁGUA
VOLUNTÁRIOS DE UMA LOCALIDADE, SOB A SUPERVISÃO DE UM
175
PROFESSOR, ANALISA E CADASTRA FONTES DE ÁGUA, SE
INTERCOMUNICA COM OUTRAS ESCOLAS E FORMA UMA REDE DE
MONITORAMENTO.
“Garante, através dos "Cursos de Formação de Agente Ambiental em Monitoramento
de Qualidade de Água" a orientação necessária sobre seis tópicos: a) conhecimentos
básicos sobre diagnóstico ambiental em bacias hidrográficas: b) rastreabilidade das
fontes de contaminação; c) uso de ecokits e laboratórios móveis para medição de
qualidade de água; d) utilização de sondas automáticas multiparâmetros; e)
procedimentos amostrais, preenchimento de fichas de resultados analíticos e
entendimento do significado ambiental dos parâmetros avaliados. A Foto 1 mostra uma
aluna repassando a técnica do uso de Ecokits para AAV´s de outros núcleos.” (ECO,
81)
CF. base, agente de água voluntário, fonte de água, rede de monitoramento,
monitoramento da qualidade da água, físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas.
Nota: Cada agente possui um ecokit e cada núcleo um laboratório móvel que o professor
utiliza para análise de elementos das fontes de água que não estão sob a
responsabilidades dos AAVs (cf. verbetes)
3.3.1.8.1.4- agente de água voluntário s.m. Sigla AAV. Var agente voluntário, agente de
água, agente ambiental, agente, agente ambiental voluntário
INDIVÍDUO VOLUNTÁRIO DA PRÓPRIA COMUNIDADE QUE DETERMINA AS
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DOS CORPOS D’ÁGUA POR MEIO DO
USO DE ECOKITS.
“O treinamento de Agentes de Água Voluntários (AAV´s) para o Monitoramento da
qualidade de água é um Projeto Piloto de preparação e formação de indivíduos que
voluntariamente estejam dispostos a contribuir com a prevenção da contaminação dos
recursos hídricos no âmbito da bacia hidrográfica ou de suas subdivisões.” (ECO, 81)
SIN. monitor 1
CF. base, núcleo 1, fonte de água, rede de monitoramento, monitoramento da qualidade
da água, físico-química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas.
176
3.3.1.8.1.4.1- questionário sócio-ambiental s.m
SÉRIE DE PERGUNTAS APLICADAS PELOS AGENTES DE ÁGUA
VOLUNTÁRIOS QUE FORMARAM A BASE DE DADOS PRIMÁRIOS
“O levantamento das informações sócio-ambientais dos pontos de captação de água da
bacia do Rio São Francisco bem como dos pontos potenciais de poluição da mesma
bacia foi basicamente dividida em duas frentes: pesquisa de locais considerados
críticos para esse trabalho, como pontos de captação de águas municipais e
particulares, de despejo de lixo e efluentes na sub-bacia, provenientes das mais
variadas fontes (indústrias, loteamentos, propriedades rurais, entre outros). Os locais
visitados foram georreferenciados; pesquisa, georreferenciamento e aplicação de
questionários de caracterização sócio-ambiental de pontos de captação de água e
pontos de poluição na bacia do Rio São Francisco. Esta atividade foi desempenhada
pela equipe de monitores ambientais, formados e treinados para esta atividade.”
(Anexo, III)
CF. curso de formação de agente de água, monitoramento da qualidade da água 1,
agente de água voluntário, rede de monitoramento
3.3.1.8.1.4.2-curso de formação de agente de água voluntário s.m Var. curso de formação
de agente de água
CONJUNTO DE MATÉRIAS ENSINADAS AOS AGENTES DE ÁGUA
VOLUNTÁRIOS (AAV) POR UM PERÍODO QUE OS TORNA APTOS A
COLETAR E ANALISAR AMOSTRAS DE ÁGUA.
“A avaliação dos Agentes de Água Voluntários (AAV´s) realizada após o término do
curso de formação permite inferir que a qualidade, ou seja, a precisão na determinação
dos dados relacionados às características físico-químicas das águas pelo uso do Ecokit
é suficiente para caracterização e monitoramento dos corpos de água locais.” (ECO,
66)
CF. questionário sócio-ambiental, monitoramento da qualidade da água, agente de água
voluntário, rede de monitoramento, amostra de água, água.
177
3.3.1.8.1.4.2.1- coleta de amostra de água
CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS, DETERMINADOS PELOS ESPECIALISTAS
DO ECOVALE E ENSINADOS AOS AGENTES DE ÁGUA VOLUNTÁRIOS
(AAV’S) NOS CURSOS, PARA RECOLHER AMOSTRAS DE ÁGUA A SEREM
ANALISADAS NO ECOKIT.
“Pode-se notar pelo mapa que existe uma boa cobertura territorial dos pontos
amostrais, havendo uma maior concentração de coletas de amostras de água nos locais
de elevado consumo e exploração do recurso natural.”(ECOR, XVII)
CF. procedimento amostral, cadastrar, monitor 1, curso de formação de agente de água,
agente de água voluntário, EcoKit, ECOVALE, amostra de água,
3.3.1.8.1.4.2.1.1- amostra de água s.f Var. amostra
PEQUENA PORÇÃO DE ÁGUA COLHIDA PELOS AGENTES DE ÁGUA
VOLUNTÁRIOS EM FONTES CADASTRADAS PELO ECOVALE PARA
ANÁLISE DE SUA QUALIDADE.
“As amostras de água são colhidas pelo agente que realiza a análise de alguns
parâmetros no próprio local, podendo os demais parâmetros ser analisados sob a
supervisão do responsável pelo núcleo/base. Nas escolas esses materiais são
aproveitados para divulgação em feiras de ciências, reuniões de pais e mestres e, como
material didático nas aulas ministradas”. (ECO, 82)
CF.pontos de amostragem, coleta de amostra de água, curso de formação de agente de
água, agente de água voluntário, água, fonte de água, cadastrar, ECOVALE,
qualidade da água.
Notas: No Ecovale, há o conceito implícito de amostragem como análise da qualidade da água
baseada em parâmetros contidos na Avaliação da Qualidade das Águas- Manual prático
3.3.1.8.1.4.2.1.2. pontos de amostragem s.m Var. estação de amostragem, pontos amostrais
LOCAIS DE COLETA E ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA.
“Isto auxiliará a tomada de decisão para políticas públicas, bem como poderá sugerir
os pontos ou estações, mais adequadas de amostragem e de monitoramento da
qualidade das águas de usos múltiplos”. (ECO, 1)
178
CF. estação de alerta, amostra, canal de irrigação, pontos de amostragem
georreferenciados, amostra de água, coleta de amostra de água, qualidade da água
Nota: No Ecovale, há o conceito implícito de amostragem como análise da qualidade da água
baseada em parâmetros contidos no livro Avaliação da qualidade das águas- Manual
prático
3.3.1.8.1.4.2.1.2.1- estação automática de alerta s.f Var. estação de alerta
ESTAÇÕES DE ÁGUA EM PONTOS DE AMOSTRAGEM ONDE HÁ
DEGRADAÇÃO HÍDRICA QUE MONITORAM A QUALIDADE DA ÁGUA E
AVISAM SOBRE A NECESSIDADE DE PROVIDÊNCIA
“Instalação de Estações Automáticas de Alerta em Sub-bacias hidrográficas
prioritárias
- Locação e instalação de estações de alerta em sub-bacias hidrográficas com elevado
índice de degradação hídrica. Objetivamente naqueles pontos de amostragem
georreferenciados, com índices críticos.” (ECO, 70)
CF. amostra, canal de irrigação, pontos de amostragem georreferenciados, pontos de
amostragem, amostra de água, degradação ambiental, hídrica, monitorar 1,
qualidade da água
3.3.1.8.1.4.2.1.2.2- amostral adj Var. amostrado
RELATIVO OU RELACIONADO AOS PONTOS DE AMOSTRAGEM
“Determinações qualitativas de coliformes totais e fecais foram realizadas em 125
pontos da região. Estas análises foram mais concentradas na região central da sub-
bacia abrangendo os municípios de Petrolina e Juazeiro. Deste universo amostral,
33,6%indicaram a presença de coliformes totais e 20,8% de coliformes fecais. As
dificuldades de acesso às áreas interioranas contribui dificultou a realização de um
maior número de pontos, uma vez que há a necessidade de envio rápido das amostras
para o laboratório localizado em Recife/PE.” (ECOR, XXIII)
CF. estação automática de alerta, canal de irrigação, pontos de amostragem
georreferenciados, pontos de amostragem, amostra de água.
179
3.3.1.8.1.4.2.1.2.3- canal de irrigação s.m
LOCAL DE PONTOS DE AMOSTRAGEM DE ÁGUA, CUJOS RESULTADOS
AMOSTRAIS RECOMENDAM A UTILIZAÇÃO DO ISA-ÁGUA.
“Por esta área passam canais de irrigação que alimentam os lotes de produção (Foto
4). Nestes canais, a concentração de sais esteve próxima ao da área de captação
principal na barragem de Sobradinho (0,04 g L-1 de STD). Nestas áreas, onde ocorre
influência direta da propriedade e principalmente onde o manejo da água não está em
equilíbrio com o sistema de produção ocorre um escape muito grande de sais podendo
em alguns locais exceder a 5,0 g.L-1.”(ECO, 66)
CF. estação automática de alerta, amostral, pontos de amostragem georreferenciados,
pontos de amostragem, amostra de água, água, ISA-água.
3.3.1.8.1.4.2.1.2.4- pontos de amostragem georreferenciado s.m Var. ponto
georreferenciado
PONTOS DE AMOSTRAGEM LOCALIZADOS GEOGRAFICAMENTE POR MEIO
DO GPS
“Locação e instalação de estações de alerta em sub-bacias hidrográficas com elevado
índice de degradação hídrica. Objetivamente naqueles pontos de amostragem
georreferenciados, com índices críticos.” (ECO, 70)
CF. estação automática de alerta, canal de irrigação, pontos de amostragem, amostra de
água, GPS
3.3.1.8.1.4.2.2-procedimento amostral s.m
CONJUNTO DE AÇÕES QUE CONSISTEM NO PREENCHIMENTO DE FICHAS
DOS RESULTADOS ANALÍTICOS DA COLETA E ANÁLISE DA AMOSTRA DE
ÁGUA E DO ENTENDIMENTO DOS PARÂMETROS ANALISADOS.
“Garante, através dos "Cursos de Formação de Agente Ambiental em Monitoramento
de Qualidade de Água" a orientação necessária sobre seis tópicos: a) conhecimentos
básicos sobre diagnóstico ambiental em bacias hidrográficas: b) rastreabilidade das
fontes de contaminação; c) uso de ecokits e laboratórios móveis para medição de
180
qualidade de água; d) utilização de sondas automáticas multiparâmetros; e)
procedimentos amostrais, preenchimento de fichas de resultados analíticos e
entendimento do significado ambiental dos parâmetros avaliados. A Foto 1 mostra uma
aluna repassando a técnica do uso de Ecokits para AAV´s de outros núcleos.” (ECO,
81)
CF. coleta de amostra de água, cadastrar, monitor 1, curso de formação de agente de
água, agente de água voluntário, amostra de água
3.3.1.8.1.4.2.2.1- análise físico-química e microbiológica da água s.f
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA A PARTIR DA OBSERVAÇÃO DA
PRESENÇA DE ELEMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS EM
AMOSTRAS.
“Essas informações são oriundas de dados primários levantados diretamente em campo
por meio de análises físico-químicas e microbiológica da qualidade da água bem como
com a aplicação dos inventários pertinentes nos municípios da região do Submédio São
Francisco. Os dados secundários foram provenientes de levantamentos do IBGE e
outras instituições, como a Agência Nacional do Petróleo e a Federação das Indústrias
dos Estados da Bahia e de Pernambuco. Salienta-se que a terminologia usada para
definição de cada indicador do perfil ecológico é a mesma utilizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2002). Procedimento similar foi utilizado
para os perfis econômico e social.” (ECOR, IV)
CF. procedimento amostral, curso de formação de agente de água, qualidade da água,
amostra de água
3.3.1.8.1.4.2.3- cadastrar v
REGISTRAR ELETRONICAMENTE OS USOS, OS USUÁRIOS E AS FONTES DE
ÁGUA, BEM COMO AS FONTES DE POLUIÇÃO.
“Distribuição de formulários eletrônicos, sobre: águas superficiais e subterrâneas e
inventário socioambiental, sendo que os seguintes critérios foram utilizados para
cadastramento das fontes: cadastrar as principais fontes dentro do município e bem
181
distribuídas dentro do município (sede e interior) e aplicarem em torno de 30
formulários.”(ECO, 80)
CF. cadastro, curso de formação de agente de água, agente de água voluntário, coleta de
amostra de água, procedimento amostral, monitor 1
3.3.1.8.1.4.2.3.1-cadastro s.m Var. cadastro de usuários, cadastro de fontes de água,
cadastro de fontes de poluição
REGISTRO ELETRÔNICO DOS USOS DA ÁGUA, DE SEUS USUÁRIOS, DAS
FONTES DE ÁGUA E DAS FONTES DE POLUIÇÃO.
“Em regiões muito grandes e peculiares como as que se apresentam no Submédio do
rio São Francisco, descobrir as fontes de água para seu cadastro e análise não é uma
tarefa fácil.”(ECOR, LXIII)
CF. cadastrar, curso de formação de agente de água, uso da água, usuário, fonte de água,
fonte de poluição
3.3.1.8.1.4.2.4- monitor 1 s.m
“Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada tal prévia experiência de
cadastramento de fontes de água, através da ação de Agentes de Água Voluntários
(monitor) da própria comunidade, treinados para aplicação do cadastro eletrônico,
inventário ambiental das fontes de água e georreferenciamento das fontes potenciais de
poluição por meio de GPS.” (ECO, 85)
Ver agente de água voluntário
3.3.1.8.1.4.3- monitoramento da qualidade da água 1 s.m Var. monitoramento da água,
monitoração da qualidade da água, monitoramento da qualiDade de recursos hídricos,
monitoramento dos recursos hídricos
COLETA DE INFORMAÇÕES DE UM DETERMINADO LOCAL EM
INTERVALOS REGULARES PARA DEFINIR AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS E
ESTABELECER TENDÊNCIAS E MEDIDAS
182
“Monitoramento da qualidade da água: é a coleta de informações para um
determinado local em intervalos regulares, com o intuito de obter dados que possam
ser utilizados para definir as condições presentes e estabelecer tendências.” (ECO, 3)
CF. questionário sócio-ambiental, curso de formação de agentes de água, monitoramento
1, monitorar 1, agente de água voluntário, rede de monitoramento
3.3.1.8.1.4.3.1- monitoramento 1 s.m
PROCESSO DE AVALIAÇÃO E ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DA ÁGUA EM
RELAÇÃO À POLUIÇÃO DA ÁGUA* COM BASE NOS DADOS COLETADOS.
“Também se realizou análise biológica (coliformes fecais) e de metais pesados nas
amostras de água dos mesmos pontos de coletas da sonda, a fim de verificar possíveis
impactos ambientais advindos do uso de agroquímicos nas culturas irrigadas ou de
qualidade da água utilizada nestas culturas. Todas as informações de campo, coletadas
e georreferenciadas, relativas ao monitoramento e rastreabilidade das fontes
potenciais de poluição, se encontram locadas na Figura 24, que trata dos pontos de
amostragem e de monitoramento georreferenciado de qualidade de água na região do
Submédio do Rio São Francisco em 35 Sub-bacias Hidrográficas.” (ECO, 79)
CF. monitorar 1, monitoramento da qualidade de água 1, agente de água voluntário,
poluição da água
3.3.1.8.1.4.3.1.1- monitorar 1 v
AVALIAR E ANALISAR AS CONDIÇÕES DA ÁGUA EM RELAÇÃO À
POLUIÇÃO DA ÁGUA A PARTIR DOS DADOS COLETADOS
“Os resultados de dados dos milhares de corpos d’água que vêm sendo monitorados ao
longo dos anos mostram que muitos desses recursos encontram-se em crescente estágio
de contaminação, fator esse que comprova que apenas o ato de monitorar o recurso
com base no conceito conhecido de qualidade da água, não está sendo suficiente para
evitar que esse recurso seja contaminado pelas atividades desenvolvidas pelo homem
em seu entorno.”(ECO, 78)
CF. monitoramento 1, monitoramento da qualidade da água 1, água, poluição da água.
183
3.3.1.8.2- EcoKit s.m
FERRAMENTA DE ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DA QUALIDADE DA ÁGUA
COMPOSTA DE FRASCOS, REAGENTES E OUTROS MATERIAIS.
“Os conhecimentos técnicos adquiridos, aliado ao baixo custo da ferramenta para
análise da qualidade da água (Ecokit) Agentes de Água Voluntários (AAV´s), são
essenciais para o monitoramento dos recursos hídricos.”(ECO, 91)
CF. rede de monitoramento, laboratório móvel, kit para determinação microbiológica,
sonda multiparâmetro, qualidade da água, monitoramento da qualidade físico-
química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas, inventário
3.3.1.8.2- laboratório móvel s.m
FERRAMENTA DE ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DA QUALIDADE DA ÁGUA,
RECOLHIDA PELA SONDA MULTIPARÂMETROS.
“As atividades dos AAVs foi consolidada com uma infra-estrutura mínima, em cada
núcleos de apoio aos Comitês de bacia. Esta infra-estrutura consistiu de Ecokits, um
laboratório móvel (realiza até sessenta e duas análises de água, incluindo metais
pesados) e um ponto para internet de alta velocidade instalado em computador
multimídia.”(ECOR, LXXII)
CF. rede de monitoramento, EcoKit, laboratório móvel smart water, kit para
determinação microbiológico, sonda multiparâmetro, qualidade da água,
monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas, inventário
Nota: O laboratório móvel, juntamente com a sonda multiparâmetros, não foram operados por
AAV, agente de água voluntário, mas pelos pesquisadores da EMBRAPA, em sua
pesquisa de campo inicial, dos principais tributários da região do Submédio São
Francisco.
3.3.1.8.3- kit para determinação microbiológica s.m Var. kit microbiológico, kit para
determinação microbiológica da qualidade da água
184
FERRAMENTA QUE DETERMINA A PRESENÇA E A QUANTIDADE DE
COLIFORMES FECAIS E TOTAIS NA ÁGUA, CONSTITUÍDA POR FRASCOS E
REAGENTES.
“Os distintos inventários que compuseram estas bases de dados foram:
• Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
• Inventário das fontes de poluição.
• Inventário sócio-ambiental.
• Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
• Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
• Inventário fito-ecológico.
• Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.” (ECO, 9)
CF. rede de monitoramento, EcoKit, laboratório móvel, sonda multiparâmetro,
monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas
superficiais e subterrâneas, inventário, água
3.3.1.8.4- sonda multiparâmetro s.f
APARELHO ELETRÔNICO UTILIZADO PARA MEDIR A QUALIDADE FÍSICO-
QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA
“Em expedições de campo foram realizadas medições de qualidade de águas
subterrâneas com sondas multiparâmetros sendo apontados pela análise multivariada
as variáveis sólidos totais dissolvidos e salinidade como os mais significativos para
caracterização das águas subterrâneas: A análise de “Cluster” classificou em quatro
condições indicadoras da qualidade das águas, sendo a cor azul demonstrativa de
elevada qualidade e representa 24,65% dos municípios da região do Submédio.” (ECO,
24)
CF. rede de monitoramento, EcoKit, laboratório móvel smart water, kit para
determinação microbiológico, qualidade da água, água, monitoramento da
qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas,
inventário
185
3.3.1.9- cadastro de usuários s. m
CADASTRO DAS ATIVIDADES, DAS FONTES DE ÁGUAS SUPERFICIAIS E
DA LOCALIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE ÁGUA NO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO, QUE FAZ PARTE DA BASE DE DADOS PRIMÁRIOS DO
ECOVALE.
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto Ecovale, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais para
a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das informações
obtidas nas análises do perfil social e econômico. Os distintos inventários que
compuseram estas bases de dados foram:
• Inventário da qualidade ambiental das fontes de água, segundo norma ISO 14.001.
• Inventário das fontes de poluição.
• Inventário sócio-ambiental.
• Inventário de poços tubulares e cadastro de usuários.
• Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários.
• Inventário fito-ecológico.
Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas, mediante a utilização de sondas multiparâmetros e kits de determinação
microbiológica rápida de coliformes (total e fecal), em campo.”(ECO, 9)
CF. inventário da qualidade ambiental das fontes de água, inventário das fontes de
poluição, inventário das fontes de poluição, inventário de poços tubulares e cadastro
de usuários, inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários,
inventário sócio-ambiental, inventário fito-ecológico, monitoramento da qualidade
físico-química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas, inventário de
campo, inventário georreferenciado da qualidade ambiental, base de dados
primários, fontes de poluição, inventário, cadastro, fonte de água, águas
superficiais, água, base de dados primários, ECOVALE
3.4- base de dados secundários s.f
186
CONJUNTO DE INFORMAÇÕES GERADO POR OUTRAS INSTITUIÇÕES E
UTILIZADAS PELO ECOVALE PARA A ANÁLISE DOS PERFIS ECONÔMICO,
ECOLÓGICO E SOCIAL DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“As bases de dados primários e secundários referentes a cada perfil avaliado tiveram
distintas origens. O processamento do perfil social e econômico foi realizado com
dados secundários originários do IBGE (IBGE, 2002). Já os dados primários, gerados
pelo próprio subprojeto Ecovale, no período de 1998 a 2002, foram fundamentais para
a geração dos indicadores ecológicos e, para ajustes e co-validação das informações
obtidas nas análises do perfil social e econômico.” (ECO, 9)
CF. base de dados primários, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do nordeste do Brasil, SIG, planos cartográficos, cartas
topográficas, imagens landsat, mapas de ocupação do território, mapas
topográfico, mapa de rede de drenagem, perfil econômico, perfil social, perfil
ecológico, Submédio São Francisco
3.4.1-STATCART [sistema de recuperação de informações georreferenciadas] s.m
FONTE DIGITAL DE INFORMAÇÕES CENSITÁRIAS DOS MUNICÍPIOS DO
NORDESTE, PRODUZIDA PELO IBGE, QUE CONSTITUI PARTE DA BASE DE
DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“Destacam-se também as informações de outras fontes de dados em formato digital,
produzidas por outras entidades públicas utilizadas na construção dos indicadores de
desenvolvimento sustentável, tais como:
• HIDROGEO - Base Cartográfica Regiões e Estados do Brasil (ANA, 2001).
• ZANE (Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagnóstico e prognóstico)
(Embrapa Solos, 2000).
• Cadastro da Fruticultura Irrigada do Nordeste do Brasil (CODEVASF, 2001).
Informações censitárias dos municípios da área estudada STATCART - Sistema de
Recuperação de Informações Georreferenciadas (IBGE, 2002).” (ECO, 12)
CF. base de dados secundários, ZANE, HIDROGEO, cadastro da fruticultura irrigada
do nordeste do Brasil, SIG, planos cartográficos, cartas topográficas, imagens
187
landsat, mapas de ocupação do território, mapas topográfico, mapa de rede de
drenagem, municípios, IBGE, ECOVALE
3.4.1.1- IBGE [instituto brasileiro de geografia e estatística] s.m
INSTITUIÇÃO PÚBLICA RESPONSÁVEL POR PROJETOS RELACIONADOS À
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA DO BRASIL, QUE ELABOROU O VÁRIOS
DOCUMENTOS. CUJAS INFORMAÇÕES FAZEM PARTE DA BASE DE DADOS
SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“Destacam-se também as informações de outras fontes de dados em formato digital,
produzidas por outras entidades públicas utilizadas na construção dos indicadores de
desenvolvimento sustentável, tais como:
• HIDROGEO - Base Cartográfica Regiões e Estados do Brasil (ANA, 2001).
• ZANE (Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagnóstico e prognóstico)
(Embrapa Solos, 2000).
• Cadastro da Fruticultura Irrigada do Nordeste do Brasil (CODEVASF, 2001).
Informações censitárias dos municípios da área estudada STATCART - Sistema de
Recuperação de Informações Georreferenciadas (IBGE, 2002).” (ECO, 9)
CF. base de dados secundários, STATCART, EMBRAPA SOLOS, ANA, CODEVASF
3.4.2- ZANE [zoneamento agroecológico do nordeste do Brasil] s.m
FONTE DIGITAL DE INFORMAÇÕES AGROECOLÓGICAS DOS MUNICÍPIOS
DO NORDESTE, PRODUZIDA PELA EMBRAPA SOLOS, QUE CONSTITUI
PARTE DA BASE DE DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“Destacam-se também as informações de outras fontes de dados em formato digital,
produzidas por outras entidades públicas utilizadas na construção dos indicadores de
desenvolvimento sustentável, tais como:
• HIDROGEO - Base Cartográfica Regiões e Estados do Brasil (ANA, 2001).
• ZANE (Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagnóstico e prognóstico)
(Embrapa Solos, 2000).
• Cadastro da Fruticultura Irrigada do Nordeste do Brasil (CODEVASF, 2001).
188
• Informações censitárias dos municípios da área estudada STATCART - Sistema de
Recuperação de Informações Georreferenciadas (IBGE, 2002).” (ECO, 9)
CF.base de dados secundários, STATCART, HIDROGEO, cadastro da fruticultura
irrigada do nordeste do Brasil, SIG, planos cartográficos, cartas topográficas,
imagens landsat, mapas de ocupação do território, mapas topográfico, mapa de rede
de drenagem, EMBRAPA SOLOS, ECOVALE
3.4.2.1- EMBRAPA SOLOS [empresa brasileira de pesquisa agropecuária especializada em
solos] s.m
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, ESPECIALIZADA
EM SOLOS, QUE FORNECE ZANE, ELEMENTO DA BASE DE DADOS
SECUNDÁRIOS DO SUBPROJETO ECOVALE.
“Destacam-se também as informações de outras fontes de dados em formato digital,
produzidas por outras entidades públicas utilizadas na construção dos indicadores de
desenvolvimento sustentável, tais como:
• HIDROGEO - Base Cartográfica Regiões e Estados do Brasil (ANA, 2001).
• ZANE (Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagnóstico e prognóstico)
(Embrapa Solos, 2000).
• Cadastro da Fruticultura Irrigada do Nordeste do Brasil (CODEVASF, 2001).
Informações censitárias dos municípios da área estudada STATCART - Sistema de
Recuperação de Informações Georreferenciadas (IBGE, 2002)”. (ECO, 9)
CF. base de dados secundários, ZANE, IBGE, ANA, CODEVASF
3.4.3- HIDROGEO s.f
FONTE DIGITAL DE INFORMAÇÕES AGROECOLÓGICAS DOS MUNICÍPIOS
DO NORDESTE, PRODUZIDA PELA EMBRAPA SOLOS, QUE CONSTITUI
PARTE DA BASE DE DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“Destacam-se também as informações de outras fontes de dados em formato digital,
produzidas por outras entidades públicas utilizadas na construção dos indicadores de
desenvolvimento sustentável, tais como:
• HIDROGEO - Base Cartográfica Regiões e Estados do Brasil (ANA, 2001).
189
• ZANE (Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagnóstico e prognóstico)
(Embrapa Solos, 2000).
• Cadastro da Fruticultura Irrigada do Nordeste do Brasil (CODEVASF, 2001).
• Informações censitárias dos municípios da área estudada STATCART - Sistema de
Recuperação de Informações Georreferenciadas (IBGE, 2002).” (ECO, 9)
CF. base de dados secundários, STATCART, ZANE, cadastro da fruticultura irrigada
do nordeste do Brasil, SIG, planos cartográficos, cartas topográficas, imagens
landsat, mapas de ocupação do território, mapas topográfico, mapa de rede de
drenagem, EMBRAPA SOLOS, ECOVALE
3.4.3.1- ANA [agência nacional de água] s.f
INSTITUIÇÃO PÚBLICA RESPONSÁVEL POR PROJETOS RELACIONADOS À
ÁGUA, QUE ELABOROU O HIDROGEO, CUJAS INFORMAÇÕES FAZEM
PARTE DA BASE DE DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“Destacam-se também as informações de outras fontes de dados em formato digital,
produzidas por outras entidades públicas utilizadas na construção dos indicadores de
desenvolvimento sustentável, tais como:
HIDROGEO - Base Cartográfica Regiões e Estados do Brasil (ANA, 2001)”. (ECO,
10)
CF. base de dados secundários, HIDROGEO, água, IBGE, CODEVASF
3.4.4. cadastro de fruticultura irrigada do Brasil s.m
OBRA QUE FAZ PARTE DA BASE DE DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE,
CONSTITUÍDA DO CONJUNTO DE INFORMAÇÕES SOBRE A FRUTICULTURA
IRRIGADA NO NORDESTE.
“Os impactos ambientais, causados pelas instalações rurais presentes na bacia, foram
levantados através de dados primários obtidos com a pesquisa de campo, apresentados
a continuação, bem como por meio de dados "in loco" obtidos por pesquisa realizada
pela CODEVASF, para elaboração do Cadastro da Fruticultura Irrigada.” (ECO, 34)
190
CF. base de dados secundários, STATCART, ZANE, HIDROGEO, SIG, planos
cartográficos, cartas topográficas, imagens landsat, mapas de ocupação do
território, mapas topográfico, mapa de rede de drenagem, CODEVASF, ECOVALE
3.4.4.1-CODEVASF [companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e Parnaíba]
s.f
INSTITUIÇÃO PÚBLICA RESPONSÁVEL POR PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E PARNAÍBA, QUE
ELABOROU O CADASTRO DE FRUTICULTURA IRRIGADA DO NORDESTE
DO BRASIL, CUJAS INFORMAÇÕES FAZEM PARTE DA BASE DE DADOS
SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“Os impactos ambientais, causados pelas instalações rurais presentes na bacia, foram
levantados através de dados primários obtidos com a pesquisa de campo, apresentados
a continuação, bem como por meio de dados "in loco" obtidos por pesquisa realizada
pela CODEVASF, para elaboração do Cadastro da Fruticultura Irrigada.” (ECO, 34)
CF. base de dados secundários, cadastro da fruticultura irrigada do nordeste do Brasil,
ECOVALE
3.5- SIG [sistema de informações geográficas] s.m
PRODUTO DO ECOVALE, QUE PROPÕE A CONSTRUÇÃO DE UMA BASE DE
DADOS A PARTIR DOS INDICADORES UNIVERSAIS DE QUALIDADE DA
ÁGUA PARA A BACIA DO SÃO FRANCISCO
“O processamento das distintas fontes de dados e sua posterior integração em ambiente
de Sistema de Informação Geográfico - (SIG) foi desenvolvido conforme apresentado
na Figura 5, onde encontram-se os principais planos de informação cartográfica, como
as cartas topográficas e planos derivados: hidrografia, imagens de satélite e os
resultados de sua classificação, assim descritos:
• Cartas topográficas do IBGE na escala de 1:100.000.
• Imagens LANDSAT (TM5 e TM7) - mosaico de 12 cenas originais (bandas 3, 4 e 5).
Além de 62 imagens recortadas e corrigidas geometricamente, sobre as
correspondentes cartas topográficas do IBGE.
191
• Mapa de ocupação do território.
• Mapa topográfico.
• Mapa de rede de drenagem.”(ECO, 10)
CF. base de dados secundários, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do Brasil, planos cartográficos, cartas topográficas, imagens
landsat, mapa de ocupação do território, mapa topográfico, mapa de rede de
drenagem.
3.5.1- planos cartográficos s.m
CONJUNTO DE ELEMENTOS QUE CONTÉM INFORMAÇÕES GERAIS DO
RELEVO, REDE DE DRENAGEM, DEMOGRAFIA E OUTRAS INFORMAÇÕES
GEOGRÁFICAS DO TERRITÓRIO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO,
PRODUZIDO PELO IBGE, QUE CONSTITUI PARTE DA BASE DE DADOS
SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“As bases de dados referentes a cada dimensão foram homogeinizadas para um
adequado cruzamento e integração com os planos cartográficos utilizados. Foi
empregada a técnica de geoprocessamento de imagens de satélite, abrangendo toda a
região (125 mil km2), com objetivo de obter índices de âmbito regional, e co-validação
e extrapolação de resultados para outras sub-bacias hidrográficas.” (ECO, 9)
CF. base de dados secundários, SIG, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do Brasil, cartas topográficas, imagens landsat, mapa de
ocupação do território, mapa topográfico, mapa de rede de drenagem.
3.5.2-cartas topográficas s.f
FONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE A TOPOGRAFIA DO TERRITÓRIO DO
SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, PRODUZIDA PELO IBGE, QUE CONSTITUI
PARTE DA BASE DE DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“Em complemento às informações que constam da Figura 7 confeccionou-se os mapas
hipsométricos de sub-bacias, respectivamente com alto, médio e baixos valores de
Índice de Relevo e de Índice de Erodibilidade. Esses mapas foram obtidos por meio de
interpolação de curvas de nível obtidas de cartas topográficas na escala 1:100.000,
192
posteriormente convertidos em modelos digitais de altitudes e representados segundo
categorias altimétricas.” (ECO, 14)
CF. base de dados secundários, SIG, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do Brasil, planos topográficos, imagens landsat, mapa de
ocupação do território, mapa topográfico, mapa de rede de drenagem, IBGE,
ECOVALE.
Nota: topografia refere-se às condições do relevo da região.
3.5.3- imagens landsat sf
FONTE DIGITAL DE IMAGENS SOBRE AS CARTAS TOPOGRÁFICAS,
PRODUZIDA PELO IBGE, QUE CONSTITUI PARTE DA BASE DE DADOS
SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“O processamento das distintas fontes de dados e sua posterior integração em ambiente
de Sistema de Informação Geográfico - (SIG) foi desenvolvido conforme apresentado
na Figura 5, onde encontram-se os principais planos de informação cartográfica, como
as cartas topográficas e planos derivados: hidrografia, imagens de satélite e os
resultados de sua classificação, assim descritos:
• Cartas topográficas do IBGE na escala de 1:100.000.
• Imagens LANDSAT (TM5 e TM7) - mosaico de 12 cenas originais (bandas 3, 4 e 5).
Além de 62 imagens recortadas e corrigidas geometricamente, sobre as
correspondentes cartas topográficas do IBGE.
• Mapa de ocupação do território.
• Mapa topográfico.
Mapa de rede de drenagem.” (ECO, 66)
CF. base de dados secundários, SIG, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do Brasil, planos topográficos, cartas topográficas, mapa de
ocupação do território, mapa topográfico, mapa de rede de drenagem, IBGE,
ECOVALE.
3.5.4- mapa de ocupação do território s.m
193
FONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE AS CONDIÇÕES DEMOGRÁFICAS DO
TERRITÓRIO NORDESTINO, PRODUZIDA PELO IBGE, QUE CONSTITUI
PARTE DA BASE DE DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“O processamento das distintas fontes de dados e sua posterior integração em ambiente
de Sistema de Informação Geográfico - (SIG) foi desenvolvido conforme apresentado
na Figura 5, onde encontram-se os principais planos de informação cartográfica, como
as cartas topográficas e planos derivados: hidrografia, imagens de satélite e os
resultados de sua classificação, assim descritos:
• Cartas topográficas do IBGE na escala de 1:100.000.
• Imagens LANDSAT (TM5 e TM7) - mosaico de 12 cenas originais (bandas 3, 4 e 5).
Além de 62 imagens recortadas e corrigidas geometricamente, sobre as
correspondentes cartas topográficas do IBGE.
• Mapa de ocupação do território.
• Mapa topográfico.
Mapa de rede de drenagem.” (ECO, 66)
CF. base de dados secundários, SIG, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do Brasil, planos topográficos, cartas topográficas, imagens
landsat, mapa topográfico, mapa de rede de drenagem, IBGE, ECOVALE.
3.5.5- mapa topográfico s.m
FONTE DIGITAL DE INFORMAÇÕES SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DE
RELEVO E GEOGRÁFICAS DO TERRITÓRIO DO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO, PRODUZIDA PELO IBGE, QUE CONSTITUI PARTE DA BASE DE
DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“O processamento das distintas fontes de dados e sua posterior integração em ambiente
de Sistema de Informação Geográfico - (SIG) foi desenvolvido conforme apresentado
na Figura 5, onde encontram-se os principais planos de informação cartográfica, como
as cartas topográficas e planos derivados: hidrografia, imagens de satélite e os
resultados de sua classificação, assim descritos:
• Cartas topográficas do IBGE na escala de 1:100.000.
194
• Imagens LANDSAT (TM5 e TM7) - mosaico de 12 cenas originais (bandas 3, 4 e 5).
Além de 62 imagens recortadas e corrigidas geometricamente, sobre as
correspondentes cartas topográficas do IBGE.
• Mapa de ocupação do território.
• Mapa topográfico.
Mapa de rede de drenagem.” (ECO, 66)
CF. base de dados secundários, SIG, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do Brasil, planos topográficos, cartas topográficas, imagens
landsat, mapa de ocupação do território, mapa de rede de drenagem, IBGE,
ECOVALE.
Nota: topografia refere-se às condições do relevo da região.
3.5.6- mapa de rede de drenagem s.m
FONTE DIGITAL DE INFORMAÇÕES SOBRE REDE DE DRENAGEM DO
TERRITÓRIO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, PRODUZIDA PELO IBGE, QUE
CONSTITUI PARTE DA BASE DE DADOS SECUNDÁRIOS DO ECOVALE
“O processamento das distintas fontes de dados e sua posterior integração em ambiente
de Sistema de Informação Geográfico - (SIG) foi desenvolvido conforme apresentado
na Figura 5, onde encontram-se os principais planos de informação cartográfica, como
as cartas topográficas e planos derivados: hidrografia, imagens de satélite e os
resultados de sua classificação, assim descritos:
• Cartas topográficas do IBGE na escala de 1:100.000.
• Imagens LANDSAT (TM5 e TM7) - mosaico de 12 cenas originais (bandas 3, 4 e 5).
Além de 62 imagens recortadas e corrigidas geometricamente, sobre as
correspondentes cartas topográficas do IBGE.
• Mapa de ocupação do território.
• Mapa topográfico.
Mapa de rede de drenagem.” (ECO, 66)
CF. base de dados secundários, SIG, STATCART, ZANE, HIDROGEO, cadastro da
fruticultura irrigada do Brasil, planos topográficos, cartas topográficas, imagens
195
landsat, mapa de ocupação do território, mapa topográfico, rede de drenagem,
IBGE, ECOVALE.
3.6-Submédio São Francisco s.m Var Submédio do Rio São Francisco
OBJETO DE ESTUDO DO ECOVALE QUE SE CONSTITUI DE UMA PORÇÃO
DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO QUE SE INICIA NA CIDADE DE
REMANSO E SE ESTENDE ATÉ A BARRAGEM DE PAULO AFONSO.
“A escolha da região do Submédio do rio São Francisco (Figura 1), para este estudo,
foi devida à importância dos impactos ambientais provenientes do elevado complexo
agroindustrial localizado nesta região, da emissão significativa de efluentes urbanos
lançados por uma população ribeirinha concentrada, superior a um milhão de
habitantes e a relevância estratégica da necessidade de implementação de um
programa de qualidade ambiental de apoio à agricultura irrigada intensiva, explorada
com fins de exportação de frutas “in natura”. Além disso, também foi considerada a
possibilidade de extrapolação dos resultados para toda a bacia do Rio São Francisco.”
(ECO, 2)
CF. bacia hidrográfica, Rio São Francisco, ECOVALE
3.6.2- bacia hidrográfica s.f Var. bacia
PORÇÃO TERRITORIAL DA REGIÃO DO SUBMÉDIO CIRCUNDADA PELO RIO
SÃO FRANCISCO E SEUS TRIBUTÁRIOS.
“A bacia hidrográfica do rio São Francisco tem ao redor de 503 municípios e 14
milhões de habitantes. Enquanto a região estudada tem cerca de 73 municípios e 3
milhões habitantes.” (ECO, p. 28)
CF. submédio São Francisco, sub-bacia hidrográfica, micro-bacia, município 1e 2,
zoneamento ambiental, unidade de planejamento e gestão, Rio São Francisco,
tributários
Notas: o conceito de bacia hidrográfica restringe-se ao da região estudada.
3.6.2.1- zoneamento ambiental. s.m
196
DIVISÃO DAS SUB-BACIAS EM REGIÕES COM BASE EM GRUPOS DE
VARIÁVEIS INDICADORAS DE CONDIÇÕES FAVORÁVEIS E
DESFAVORÁVEIS A IMPACTOS.
“A regionalização de sub-bacias hidrográficas para fins de zoneamento ambiental é
geralmente realizada com base em grupos de variáveis espaciais indicadoras de
condições favoráveis e desfavoráveis a impactos no meio físico, em especial sobre os
recursos hídricos.” (ECO, 14)
CF. bacia hidrográfica, submédio São Francisco, sub-bacia hidrográfica, unidade de
planejamento e gestão, variáveis, impactos
3.6.2.2- sub-bacia hidrográfica s.f Var. sub-bacia
PORÇÃO GEOGRÁFICA MENOR QUE UMA BACIA, CIRCUNDADA POR UM
RIO PRINCIPAL DE EXPANSÃO SIGNIFICATIVA QUE POSSUI TRIBUTÁRIOS
E MARCA DIVISÃO DO TERRITÓRIO DE UMA BACIA EM REGIÕES
MENORES.
“O perfil econômico expressa as diferenças entre as sub-bacias hidrográficas referente
à estrutura econômica regional. Por outro lado, segundo o IBGE (2002), esse é um
perfil que incorpora em sua análise objetivos de eficiência dos processos produtivos e
alterações nas estruturas de consumo, orientadas à produção econômica sustentável em
longo prazo.” (ECO, 5)
CF. bacia hidrográfica, submédio São Francisco, micro-bacia, município 1 e 2, unidade
de planejamento e gestão
3.6.2.2.1- micro-bacia hidrográfica s.f Var. micro-bacia
PORÇÃO TERRITORIAL MENOR QUE A DA SUB-BACIA, CIRCUNDADA POR
UM RIO PRINCIPAL DE MENOR EXTENSÃO COM MENOS TRIBUTÁRIOS.
“A proposta metodológica do uso sustentável da água, aqui descrita, trata de uma nova
visão sobre gestão dos recursos hídricos, com foco em dois tópicos principais. O
primeiro sugere a incorporação do conceito de gestão ambiental amparado pela norma
ISO 14.001 no processo de gestão dos recursos hídricos. O segundo desloca o foco hoje
preponderante da utilização quantitativa e qualitativa da água de usos múltiplos, para
197
uma dimensão de sustentabilidade regional por bacia, sub-bacia ou micro-bacia
hidrográfica, criando-se instrumentos de mensuração, tais como indicadores de
sustentabilidade ambiental.” (ECO, 3)
CF. sub-bacia hidrográfica, bacia hidrográfica, município 1 e 2, rio, tributários
3.6.2.2.1.1- município 1
UNIDADE MÍNIMA DE ESTUDO PROPOSTA PELO ECOVALE
“Uma vez homogeneizada a base de dados e definida a unidade geográfica mínima de
estudo (município) foi processado o tratamento estatístico dos dados, através de
análise discriminante. Esta análise serviu para classificar grupos homogêneos de forma
natural, maximizando a separação entre grupos e homogeinizando os parâmetros no
âmbito interno de cada grupo. Assim, como resultado da análise foram obtidos quatro
grupos homogêneos de municípios e de sub-bacias hidrográficas, os quais foram
hierarquizados e expressos por um índice específico.” (ECO, 9)
CF. município 2, micro-bacia hidrográfica, sub-bacia hidrográfica, ECOVALE
3.6.2.2.1.2- município 2
UNIDADE POLÍTICA E ADMINISTRATIVA CRIADA POR MEIO DE LEI
ESTADUAL QUE POSSUI LIMITES E CONFRONTAÇÕES E É CONSTITUÍDA
POR ÁREAS URBANAS E RURAIS, CARACTERIZADAS, PRINCIPALMENTE,
PELO USO DO SOLO, CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL E BENFEITORIAS.
“Município é uma unidade política e administrativa criada através de lei estadual, a
qual define seu espaço territorial estabelecendo seus limites e confrontações. É
constituído de áreas urbanas e rurais, caracterizadas principalmente de acordo com o
uso do solo, a concentração populacional e as benfeitorias existentes.” (ECO, 83)
CF. município 2, micro-bacia hidrográfica, sub-bacia hidrográfica, solo
3.6.2.3- unidade de planejamento e gestão s.f Var. unidade de gestão
LIMITE GEOGRÁFICO EM QUE SE APLICA A GESTÃO AMBIENTAL, O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E O MONITORAMENTO DA
QUALIDADE DA ÁGUA
198
“O primeiro com escopo macro, ou seja, a avaliação da gestão ambiental da Bacia
Hidrográfica como um todo, seguindo a proposição da Lei 9.433/97 de que a Bacia
Hidrográfica passa a ser a unidade de planejamento e gestão, definindo seus limites
como o perímetro da área a ser planejada.” (ECO, 66)
CF. bacia hidrográfica, submédio São Francisco, zoneamento ambiental, sub-bacia
hidrográfica, gestão ambiental, desenvolvimento sustentável, monitoramento da
qualidade da água
3.7-geoprocessamento de imagens por satélite s.m Var geoprocessamento
PROCESSO DE OBTENÇÃO E ANÁLISE DE IMAGENS GEOGRÁFICAS QUE
PERMITIU O LEVANTAMENTO DE ÍNDICES REGIONAIS E VARIÁVEIS, A
ORGANIZAÇÃO DOS MAPAS TEMÁTICOS E A CO-VALIDAÇÃO E A
EXTRAPOLAÇÃO DE RESULTADOS DO ECOVALE PARA OUTRAS SUB-
BACIAS.
“As bases de dados referentes a cada dimensão foram homogeinizadas para um
adequado cruzamento e integração com os planos cartográficos utilizados. Foi
empregada a técnica de geoprocessamento de imagens de satélite, abrangendo toda a
região (125 mil km2), com objetivo de obter índices de âmbito regional, e co-validação
e extrapolação de resultados para outras sub-bacias hidrográficas.” (ECO, 9)
CF. georreferenciamento, índice 1, variáveis, mapas temáticos, ECOVALE, sub-bacias,
3.8- georreferenciamento s.m
PROCESSO DE LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DOS PONTOS DE
AMOSTRAGEM POR MEIO DO GPS
“Considerando a necessidade de georreferenciamento de todos os pontos pesquisados
e amostrados, se buscou simplificar os processos e métodos sem, contudo, perder o
rigor técnico.” (ECO, 83)
CF. geoprocessamento de imagens por satélite, fonte de água,pontos de amostragem,
amostral, GPS
199
3.8.1-georreferenciar v
LOCALIZAR GEOGRAFICAMENTE UM PONTO DE AMOSTRAGEM POR MEIO
DO GPS
“O procedimento utilizado foi georreferenciar um ponto de localização permanente de
fácil acesso, que servir-se de Referência de Nível (RN), tipo "a boca de um poço
tubular" ou a base de uma ponte, ao tempo que se determinou a altitude, desse ponto
georreferenciado sobre o nível do mar.” (ECO, 85)
CF. georreferenciamento, georreferenciado, GPS, ponto de amostragem, amostral
3.8.2- georreferenciado adj
RELATIVO OU RELACIONADO A GEORREFERENCIAMENTO
“A concepção técnica do cadastramento requer, que a bacia, sub-bacia ou a micro-
bacia hidrográfica seja tratado como módulo mínimo de cadastramento e o corpo de
água ou parcela seja a sua unidade ou célula. Na foto 2, se exemplifica um dos
milhares de pontos georreferenciados de amostragem de qualidade de água, ao longo
do rio São Francisco, realizado pelo Subprojeto , durante o período de 1998 a 2002.”
(ECO, 83)
CF.georreferenciar, georreferenciamento, GPS
3.9- IQA [índice de qualidade da água] s.f
ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA, CARACTERIZADO PELA AVALIAÇÃO
DOS PARÂMETROS QUÍMICOS, FÍSICO-QUÍMICOS, MICROBIOLÓGICOS,
FÍSICOS E HIDROGEOLÓGICOS JÁ OCORRIDOS EM UM CORPO DE ÁGUA.
“Há vários anos, no Brasil e no mundo, a qualidade da água é vista de forma
convencional, como um conjunto de parâmetros químicos, físico-químicos,
microbiológicos, físicos e hidrogeológicos, que interpretados e comparados levam à
classificação por meio do Índice de Qualidade da Água (IQA). Essa forma de
considerar a qualidade da água foi e ainda é muito útil, mas tem se mostrado limitada,
pois é uma forma de avaliar a alteração que já aconteceu na água, seja ela positiva ou
negativa. Os resultados de dados dos milhares de corpos d’água que vêm sendo
200
monitorados ao longo dos anos mostram que muitos desses recursos encontram-se em
crescente estágio de contaminação, fator esse que comprova que apenas o ato de
monitorar o recurso com base no conceito conhecido de qualidade da água, não está
sendo suficiente para evitar que esse recurso seja contaminado pelas atividades
desenvolvidas pelo homem em seu entorno.” (ECO, 78)
CF. IEF, IEP, IRL, IUB, IV, IDH, índice 1, qualidade da água, corpo de água
3.10-IEF [índice de escoamento fluvial] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A QUANTIDADE DE ÁGUA* QUE CORRE EM UM CURSO
D’ ÁGUA*
“Nesse sentido, elaborou-se um índice derivado do Índice de Erodibilidade Potencial-
IEP, que associa o Índice de Relevo (IRL) ao Índice de Escoamento Fluvial (IEF) . O
IEP é definido pela seguinte relação:IEP = 100.IEF.IRL.” (ECO, p.14)
CF. IQA, IEP, IRL, IUB, IV, IDH, índice 1, água, curso d´água.
Nota: como curso d’água temos a seguinte definição: canal natural ou artificial pelo qual a água
escoa contínua ou intermitentemente
3.11- IEP [índice de erodibilidade potencial] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A RESISTÊNCIA DO SOLO À EROSÃO*
“Nesse sentido, elaborou-se um índice derivado do Índice de Erodibilidade Potencial-
IEP, que associa o Índice de Relevo (IRL) ao Índice de Escoamento Fluvial (IEF) . O
IEP é definido pela seguinte relação:IEP = 100.IEF.IRL.”.
Tal índice, calculado para cada sub-bacia originou por sua vez, o Índice de
Degradação Potencial dos Solos (IDS_SAT).” (ECO, p.14)
CF. IQA, IEF, IRL, IUB, IV, IDH, índice 1, erosão
3.12- IRL [índice de relevo] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A PREDISPOSIÇÃO DA SUB-BACIA EM DESENCADEAR
PROCESSOS DE ESCOAMENTO*.
201
“O Índice de Relevo (IRL) mostra que as sub-bacias mais predispostas a desencadear
processos de escoamento rápido nas encostas são Médio Baixo Sobradinho (28),
Riacho do Morim (32), Alto Salitre (33), Pilão Arcado (26) e Baixo Salitre (30), além
de Riacho S. Domingos (10), Riacho da Posse (11) e Médio Baixo Pajeú (12), entre
outras.” (ECO, p.14)
CF. IQA, IEF, IEP, IUB, IV, IDH, índice 1, índice 2, qualidade da água, corpo de água,
escoamento
3.13- IUB [índice de urbanização] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A ÁREA URBANIZADA DE UMA SUB-BACIA*
“O parâmetro primário usado é o Índice de Urbanização (IUB), que é definido pela
razão entre a área urbanizada (Aub) e a área superficial da sub-bacia (Ab), e expresso
em valores percentuais: IUB = (Aub/Ab). 100.O Índice de Densidade Urbana
(IDU_SAT) apresentado na Figura 8 deriva do IUB após o tratamento estatístico,
demonstrando o predomínio de sub-bacias com valores baixo e regular de adensamento
urbano, já que sobressaem no mapa as cores azul e verde, respectivamente.” (ECO,
p.16)
CF. IQA, IEF, IEP, IRL, IV, IDH, índice 1, sub-bacia
3.13.1- Ab [área superficial da bacia] s.f
PORÇÃO GEOGRÁFICA EXTERIOR DA SUB-BACIA QUE FORMA COM A
ÁREA URBANIZADA (AUB) O ÍNDICE DE DENSIDADE URBANA (IUB)
“O parâmetro primário usado é o Índice de Urbanização (IUB), que é definido pela
razão entre a área urbanizada (Aub) e a área superficial da sub-bacia (Ab), e expresso
em valores percentuais.
IUB = (Aub/Ab). 100
O Índice de Densidade Urbana (IDU_SAT) apresentado na Figura 8 deriva do IUB
após o tratamento estatístico, demonstrando o predomínio de sub-bacias com valores
baixo e regular de adensamento urbano, já que sobressaem no mapa as cores azul e
verde, respectivamente.” (ECO, 16)
CF. IUB, Aub, sub-bacia
202
3.13.2- Aub [área urbanizada] s.f
PORÇÃO GEOGRÁFICA OCUPADA POR CIDADES, AO DIVIDIR-SE PELA
ÁREA SUPERFICIAL DA SUB-BACIA (AB), FORMA O ÍNDICE DE DENSIDADE
URBANA (IUB).
“O parâmetro primário usado é o Índice de Urbanização (IUB), que é definido pela
razão entre a área urbanizada (Aub) e a área superficial da sub-bacia (Ab), e expresso
em valores percentuais.
IUB = (Aub/Ab). 100
O Índice de Densidade Urbana (IDU_SAT) apresentado na Figura 8 deriva do IUB
após o tratamento estatístico, demonstrando o predomínio de sub-bacias com valores
baixo e regular de adensamento urbano, já que sobressaem no mapa as cores azul e
verde, respectivamente.” (ECO, 16)
CF. IUB, Ab
3.14- IV [índice de vegetação] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A DENSIDADE DA VEGETAÇÃO EM UMA REGIÃO.
“Vale destacar que a região do Submédio do Rio São Francisco apresenta valores de
IV bastante baixos, característicos de zonas de clima semi-árido. Os valores originais
médios do IV das sub-bacias foram escalados entre 0 e 1 e posteriormente submetidos
às análises estatísticas para a geração do Índice de Cobertura Vegetal (ICV_SAT), os
quais foram agrupados em quatro classes de valores: elevado, alto, regular e baixo. A
Figura 6 expressa os resultados visualmente.” (ECO, p.11)
CF. IQA, IEF, IEP, IRL, IUB, IDH, índice 1
3.15- IDH [índice de desenvolvimento humano] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A QUALIDADE DE VIDA POR MEIO DA SÍNTESE DOS
INDICADORES* ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER, TAXA DE EDUCAÇÃO E
PIB
203
“O IDH é uma medida síntese do desenvolvimento humano, abrangendo, segundo seus
idealizadores, três dimensões básicas: a) uma vida longa e saudável, medida pela
esperança de vida ao nascer; b) conhecimento medido pela taxa de educação; c) um
nível de vida digno medido pelo PIB per capita (dólares PPC). É calculado utilizando
indicadores de esperança de vida à nascença (anos); taxa de alfabetização de adultos
(acima de 15 anos, %); taxa de escolaridade bruta conjunta dos 1o, 2 o e 3o graus (%) e
PIB per capita (PPP US$). De posse dessas informações são calculados os índices de
esperança de vida, índice da educação e o índice do PIB” (ECO, p.28)
CF. IQA, IEF, IEP, IRL, IUB, IV, índice 1, indicador 1
Nota: Este índice é considerado pelo Ecovale como inadequado para o monitoramento da qualidade
da água, pois não agrega a dimensão ambiental, privilegiando a social e econômica.
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 4- ISA-água, sub-mapa 1 (índice de
sustentabilidade ambiental do uso da água) e, então, colocamos seus termos definidos.
Mapa conceitual parcial 4- ISA-água, sub-mapa 1 (índice de sustentabilidade ambiental
do uso da água)
Vocabulário
4- ISA-ÁGUA [índice de sustentabilidade ambiental do uso da água] s.m Var. índice de
desenvolvimento sustentável do uso da água, índice de Sustentabilidade do uso da água,
índice de sustentabilidade ambiental do uso da água
ÍNDICE QUE ANALISA AS CARACTERÍSTICAS DO USO DA ÁGUA POR MEIO
DA INTEGRAÇÃO DOS PERFIS SOCIAL, ECONÔMICO E ECOLÓGICO DE
UMA REGIÃO.
204
A classificação das sub-bacias hidrográficas feita pela análise discriminante foi
essencial para a confecção dos Mapas Temáticos sobre os indicadores dos perfis
social, econômico e ecológico, permitindo a obtenção de seus perfis (IP_SOCI,
IP_ECOL, IP_ECON) e da construção do Índice de Sustentabilidade Ambiental
(ISA_ÁGUA). Este último é o integrador dos demais perfis mencionados. Esta
abordagem metodológica permitiu o levantamento e cruzamento de informações que
ainda não haviam sido analisadas conjuntamente, gerando um resultado que permitirá
aos gestores dos recursos hídricos conhecer os problemas, as causas e indicar as ações
que possam ser tomadas para que os problemas encontrados sejam eficazmente
solucionados. (ECO, 11)
CF. perfil ecológico, perfil econômico, perfil social, tema, perfil do uso sustentável da
água.
Notas: Este índice faz parte de uma metodologia pioneira que observa não só o perfil
ecológico, bem como o econômico e o social para a definição da sustentabilidade do uso
da água em uma região, já que a água é condição primeira de qualidade ambiental e de
vida.. Esta abordagem metodológica permitiu o levantamento e cruzamento de
informações que ainda não haviam sido analisadas conjuntamente, gerando um resultado
que permitirá aos gestores dos recursos hídricos conhecer os problemas, as causas e
indicar as ações que possam ser tomadas para que os problemas encontrados sejam
eficazmente solucionados
4.1-tema s.m
CONJUNTO DE FATORES LIGADO A UM ASSUNTO QUE CARACTERIZA E
FORMA UM PERFIL A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DA BASE DE DADOS
PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
“O estudo englobou de forma integrada os perfis social, econômico e ecológico na
avaliação dos corpos de água, minimizando o exame isolado de cada um deles. Cada
perfil foi caracterizado por grandes temas, construídos com as informações
provenientes de dados obtidos em campo, durante quatro anos, e de dados secundários
disponibilizados pela Fundação IBGE”.(ECO, 2)
CF. perfil ecológico, perfil econômico, perfil social, perfil do uso sustentável da água,
ISA-água, fator, base de dados primária, base de dados secundária
205
4.1.1- fator 1 s.m
FATOR PRINCIPAL NA DETERMINAÇÃO DOS PERFIS SOCIAL, ECONÔMICO,
ECOLÓGICO DOS MUNICÍPIOS.
“Dentro do universo de dados de qualidade das águas superficiais, o Fator 1, fator
principal, apontado pela análise estatística rotacional, reúne os parâmetros de
condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, salinidade, cloreto e o íon
amônio”(ECOR, XIX)
CF. fator, fator 2, fator 3, fator 4, variável, indicador, perfil econômico, perfil social,
perfil ecológico, município
4.1.2- fator 2 s.m
FATOR CLASSIFICADO COMO SEGUNDO DETERMINANTE DOS PERFIS
SOCIAL, ECONÔMICO, ECOLÓGICO DOS MUNICÍPIOS.
“O Fator 2, associou 33,0% das variáveis totais do perfil social da região do Submédio
do rio São Francisco. Embora seja o segundo Fator mais importante quanto à carga
fatorial, representando 33,7 % da carga fatorial total, são as variáveis associadas ao
tema educação, as que mais influenciaram na definição do perfil de um certo número
de municípios.” (ECO, 52)
CF. fator, fator 1, fator 3, fator 4, variável, indicador, perfil econômico, perfil social,
perfil ecológico, município
4.1.3- fator 3 s.m
FATOR CLASSIFICADO COMO TERCEIRO DETERMINANTE DOS PERFIS
SOCIAL, ECONÔMICO, ECOLÓGICO DOS MUNICÍPIOS.
“O Fator 3, representa o perfil de uma série de municípios, que se destacam, por
explorarem grãos, com ênfases as culturas de subsistência por dependerem,
exclusivamente das precipitações pluviométricas.”(ECO, 46)
CF. fator, fator 1, fator 2, fator 4, variável, indicador, perfil econômico, perfil social,
perfil ecológico, município
206
4.1.4- fator 4 s.m
FATOR CLASSIFICADO COMO QUARTO DETERMINANTE DOS PERFIS
SOCIAL, ECONÔMICO, ECOLÓGICO DOS MUNICÍPIOS.
“A oferta de emprego em âmbito regional ficou evidenciada por meio do Fator 4. Este
agrupou 23 variáveis, ou 11,0% das variáveis totais e 7,1% da carga fatorial total. São
destacadas neste Fator variáveis associadas fundamentalmente à média da população
ocupada e assalariada, em empresas atuantes no âmbito local e territorial que estavam
incluídas no indicador estatísticas derivadas.”(ECO, 53)
CF. fator, fator 1, fator 2, fator 3, variável, indicador, perfil econômico, perfil social,
perfil ecológico, município
4.2- perfil ecológico s.m
CONJUNTO DE INDICADORES QUE ANALISA A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
PROVOCADA PELO HOMEM NO USO DOS RECURSOS NATURAIS,
PRINCIPALMENTE ÁGUA, APLICADO AO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O perfil ecológico foi construído por meio da análise integrada de 16 indicadores,
representados principalmente por: ausência de cobertura vegetal, balanço hídrico,
escoamento fluvial, estradas vicinais, fontes de poluição, avaliação ambiental das
fontes de água (segundo norma ISO 14.001), proximidades a núcleos urbanos,
qualidade físico-química das águas superficiais, qualidade físico-química das águas
subterrâneas, qualidade microbiológica das águas superficiais, saneamento básico,
susceptibilidade a contaminação química, carga de agrotóxicos utilizada na
agricultura irrigada por sub-bacia hidrográfica e degradação hídrica.” (ECO, 4)
CF. perfil econômico, perfil social, perfil do uso sustentável da água, indicador,
degradação ambiental, água, submédio São Francisco, ISA-água
4.2.1.-índice do perfil ecológico s.m Abrev. IP-ECOL
ÍNDICE QUE ANALISA O USO DOS RECURSOS NATURAIS,
PRINCIPALMENTE A ÁGUA, E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EM FACE DO
ISA-ÁGUA, PRODUZIDO PELO ECOVALE
207
“Índice do Perfil Ecológico (IP_Ecol)
O Índice de Sustentabilidade de Uso da Água do perfil ecológico diz respeito ao uso
dos recursos naturais e à degradação ambiental, ambos relacionados com as atividades
antrópicas e institucionais, como agropecuária, industrialização, comércio,
distribuição e serviços públicos na região do Submédio São Francisco” (ECO, 39)
CF. índice do perfil econômico, índice do perfil social, ISA-água, fator, disposição de
resíduos 1, concentração fundiária 1, déficit hídrico1, atividades de mineração1,
degradação ambiental, uso sustentável da água, perfil ecológico
4.2.1.1- degradação ambiental s.f
ELEMENTO DO ÍNDICE DO PERFIL ECOLÓGICO, CARACTERIZADA PELA
DEVASTAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS
“O Perfil ecológico dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisa a
degradação ambiental provocada pelo homem no uso dos recursos naturais, uma vez
que solo e água são recursos não renováveis e finitos. Estão distribuídos de forma
desigual pela bacia hidrográfica do rio São Francisco. Também enfoca os objetivos de
preservação e conservação do meio ambiente, considerados fundamentais aos
benefícios das gerações futuras (IBGE, 2002).”(ECO, 4)
CF. índice do perfil ecológico, fator, fator 1, fator 2, fator 3, fator 4, uso sustentável da
água, recursos naturais
4.2.1.2- disposição de resíduos 1 s.m
FATOR 1 DO PERFIL ECOLÓGICO, CARACTERIZADO PELA DESCARGA DE
POLUENTES EM CORPOS DE ÁGUA NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“A disposição dos resíduos industriais entre os municípios da região do Submédio São
Francisco, pode ser identificado por meio do Fator 1. Este com 41,3% da carga
Fatorial total e abrangendo um total de 28 variáveis, contribue para a interpretação do
perfil ecológico de um determinado grupo de municípios com características similares.
As variáveis que contribuíram na construção deste novo indicador “Disposição de
Resíduos”, se referem à carga de poluentes, segundo o índice da Cetesb, eliminados na
208
água por decorrência das atividades dos setores produtivos secundário, terciários e de
serviços públicos (esgotamento sanitário e vazadouro a céu aberto) e possuem cargas
fatoriais em torno de 0,97. Destaca também como importantes, os indicadores uso de
agrotóxicos aplicados à fruticultura irrigada, com as variáveis correspondentes
apresentando cargas fatoriais em torno de 0,89.”(ECO, 39)
CF. concentração fundiária 1, déficit hídrico 1, atividades de mineração 1, fator 1, fator,
índice do perfil ecológico, perfil ecológico, descarga de poluentes, corpos de água
4.2.1.3- concentração fundiária 1 s.f
FATOR 2 DO PERFIL ECOLÓGICO, CARACTERIZADO PELO ALTO NÚMERO E
ELEVADA AGLOMERAÇÃO DE PROPRIEDADES AGRÍCOLAS.
“Este novo Indicador obtido da interpretação do Fator 2, que reflete diretamente a
concentração fundiária, representa 22,0% da carga fatorial total com 26 variáveis,
sendo o segmento relacionado agricultura familiar a mais influente para a formação do
perfil ecológico entre um determinado grupo de municípios.”(ECO, 39)
CF. disposição de resíduos 1, déficit hídrico 1, atividades de mineração 1, fator 2, fator,
índice do perfil ecológico, perfil ecológico
4.2.1.4- déficit hídrico 1 s.m
FATOR 3 DO PERFIL ECOLÓGICO, CARACTERIZADO PELO DESEQUILÍBRIO
DO BALANÇO HÍDRICO EM ALGUNS MUNICÍPIOS DO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO
“Déficit Hídrico
É o que se concebe por meio da interpretação do Fator 3, que representa 21,7% da
carga fatorial total com 24 variáveis, sendo o indicador balanço hídrico o mais
relevante para a explicação da formação de um determinado grupo de municípios.
Este Fator distingue os municípios onde o balanço hídrico mensal apresenta sobretudo,
a falta de água como o indicador fundamental. Desta forma, pode-se associar a este
fato a demanda pelo desenvolvimento de tecnologias e alternativas viáveis à produção,
sobretudo no setor primário, para a convivência do homem com estes períodos de
seca.” (ECO, 40)
209
CF. concentração fundiária 1, disposição de resíduos 1, atividades de mineração 1, fator
3, fator, índice do perfil ecológico, balanço hídrico, município, submédio São
Francisco, perfil ecológico
4.2.1.5- atividades de mineração 1 s.f
FATOR 4 DO PERFIL ECOLÓGICO, CARACTERIZADO PELO ALTO NÚMERO E
ELEVADA CARGA DE POLUENTES PROVENIENTE DE INDÚSTRIAS DE
MÁRMORE, INDÚSTRIA DE EXTRAÇÃO DE MINÉRIO.
“Atividades de Mineração
Com 15,0% da carga fatorial total com 22 variáveis, o Fator 4 contempla o perfil
ecológico de um determinado grupo de municípios da região do Submédio São
Francisco em relação às cargas de poluição provenientes destas atividades.
As variáveis que mais se destacaram foram o número de indústrias de mármore
instaladas e a carga poluente liberada, bem como o número de indústrias de extração
de minério e a carga poluente liberada por elas. No caso das indústrias de mármore a
carga fatorial esteve em 0.85 e das indústrias de mineração, em torno de 0.84.” (ECO,
40)
CF. concentração fundiária 1, disposição de resíduos 1, déficit hídrico 1, fator 4, fator,
índice do perfil ecológico, carga de poluentes, perfil ecológico
4.3- perfil econômico s.m
CONJUNTO DE INDICADORES QUE ANALISA AS CARACTERÍSTICAS
FINANCEIRAS, A EFICIÊNCIA DOS PROCESSOS PRODUTIVOS, AS
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA DE CONSUMO E DEMANDA E O PIB,
APLICADO AO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O perfil econômico expressa as diferenças entre as sub-bacias hidrográficas referente
à estrutura econômica regional. Por outro lado, segundo o IBGE (2002), esse é um
perfil que incorpora em sua análise objetivos de eficiência dos processos produtivos e
alterações nas estruturas de consumo, orientadas à produção econômica sustentável em
longo prazo”.(ECO, 5)
CF. perfil ecológico, perfil social, perfil do uso sustentável da água, ISA-água, índice do
perfil econômico
210
4.3.1- índice do perfil econômico (IP_ECON)
ÍNDICE QUE ANALISA OS SISTEMAS DE PRODUÇÃO E CONSUMO, O USO E
OCUPAÇÃO DO SOLO COM ATIVIDADES AGRÍCOLAS E A CONCENTRAÇÃO
DE RENDA EM FACE DO ISA-ÁGUA, PRODUZIDO PELO ECOVALE.
“Índice do Perfil Econômico (IP_Econ)
O desenvolvimento econômico decorrente dos sistemas de produção e consumo vigente
está sendo questionado nos grandes fóruns mundiais. O cenário caracterizado pela
concentração de renda e o conseqüente desequilíbrio do crescimento econômico entre
os continentes, países, regiões e as economias locais, associado ao uso inadequado dos
recursos naturais, tendo como conseqüência o desequilíbrio ambiental, surge como um
dos grandes desafios do século 21.”(ECO, 45)
CF. concentração de renda, gasto público em infra-estrutura 1, fruticultura irrigada 1,
agricultura de sequeiro 1, outras culturas de comercialização sazonal 1, fator, tema,
ISA-água, índice do perfil ecológico, índice do perfil social, perfil econômico
4.3.1.1- concentração de renda s.f
ELEMENTO DO ÍNDICE DO PERFIL ECONÔMICO, CARACTERIZADO PELA
REUNIÃO DE RECURSOS EM UMA BAIXA PARCELA DA POPULAÇÃO
“O desenvolvimento econômico decorrente dos sistemas de produção e consumo
vigente está sendo questionado nos grandes fóruns mundiais. O cenário caracterizado
pela concentração de renda e o conseqüente desequilíbrio do crescimento econômico
entre os continentes, países, regiões e as economias locais, associado ao uso
inadequado dos recursos naturais, tendo como conseqüência o desequilíbrio ambiental,
surge como um dos grandes desafios do século 21.” (ECO, 45)
CF. gasto público em infra-estrutura 1, fruticultura irrigada 1, agricultura de sequeiro
1, outras culturas de comercialização sazonal 1, fator, tema, índice do perfil
econômico
4.3.1.2- gasto público em infra-estrutura 1 s.m
211
FATOR 1 DO PERFIL ECONÔMICO, CARACTERIZADO PELA FALTA DE
EMPREGO, PELO EXCESSO DE GASTOS PÚBLICOS E PELO BAIXO
INVESTIMENTO EM SERVIÇOS BÁSICOS NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O gasto público em infra-estrutura correspondem (sic) ao perfil de vários municípios
e fazem parte do Fator 1. Este novo indicador tem carga Fatorial de 56,1% da carga
Fatorial total e é caracterizado por 118 variáveis ou 51,5% das variáveis totais. Ao
Fator 1 se agregaram variáveis provenientes de salário e outras remunerações,
agregando praticamente todas as variáveis (13) deste tema, utilizadas para esta
análise, cujas cargas Fatoriais ficaram em torno de 0.97.” (ECO, 45)
CF. fruticultura irrigada 1, agricultura de sequeiro 1, outras culturas de comercialização
sazonal 1, fator, fator 1, tema, índice do perfil econômico, perfil econômico
4.3.1.3- fruticultura irrigada 1 s.f
FATOR 2 DO PERFIL ECONÔMICO, CARACTERIZADO PELO CULTIVO E
EXTRAÇÃO DE FRUTAS COMO TIPO DE AGRICULTURA PREDOMINANTE
NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“Fruticultura Irrigada
O Fator 2, agrupou 47 variáveis, correspondendo a 20,5% das variáveis totais e 26,8%
da carga fatorial total. Este novo indicador, representado pelo Fator 2, incorporou as
variáveis pertencentes as lavouras perenes e às lavouras semi-perenes, especialmente
as relacionadas à fruticultura irrigada. As culturas evidenciadas foram: coco verde
irrigado, maracujá, manga e cana-de-acúcar (não forragem).” (ECO, 45)
CF. gasto público em infra-estrutura 1, agricultura de sequeiro 1, outras culturas de
comercialização sazonal 1, fator, fator 2, tema, índice do perfil econômico, perfil
econômico
4.3.1.4- agricultura de sequeiro 1 s.m
FATOR 3 DO PERFIL ECONÔMICO, CARACTERIZADO POR UMA
AGRICULTURA QUE DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DE CHUVA, UTILIZADA
PARA O CULTIVO DE FEIJÃO, MILHO E MANDIOCA, COMO CULTURAS DE
SUBSISTÊNCIA.
212
“Na região do Submédio do rio São Francisco predomina uma agricultura irrigada
pujante, em função da fruticultura de exportação, convivendo lado a lado, com uma
agricultura de sequeiro de alto risco, instável de baixa produtividade. A região
apresenta as seguintes características geoambientais: pluviosidade baixa e irregular,
em torno de 750 mm ano-1, concentrada num período de 3 a 5 meses.”(ECO, 28)
SIN. agricultura dependente de chuva, agricultura de subsistência, cultura de
subsistência
CF. gasto público em infra-estrutura 1, fruticultura irrigada 1, outras culturas de
comercialização sazonal 1, fator, fator 3, tema, índice do perfil econômico, perfil
econômico
4.3.1.4.1- agricultura dependente de chuva s.f
“Agricultura de Sequeiro (dependente de chuva)
O Fator 3, representa o perfil de uma série de municípios, que se destacam, por
explorarem grãos, com ênfases as culturas de subsistência por dependerem,
exclusivamente das precipitações pluviométricas. As culturas contempladas foram
feijão (grão), milho (grão) e mandioca. Em relação às culturas de subsistência, foram
agrupadas 24 variáveis representando 63% de todas as variáveis, com cargas Fatoriais
em torno de 0.79.”(ECO, 46)
Ver. agricultura de sequeiro 1, agricultura de subsistência, cultura de subsistência
4.3.1.4.2- agricultura de subsistência s.f
“Fator 3 - Outras Culturas de Comercialização Sazonal (9,4% da carga fatorial total).
Novamente o indicador lavoura temporária seleciona os municípios da Região,
representadas pelas culturas de feijão, milho e mandioca, o que evidencia a agricultura
de subsistência.” (ECOR, XXVIII)
Ver agricultura de sequeiro 1, agricultura dependente de chuva, cultura de subsistência
4.3.1.4.3- cultura de subsistência s.f
“O Fator 3, representa o perfil de uma série de municípios, que se destacam, por
explorarem grãos, com ênfases as culturas de subsistência por dependerem,
exclusivamente das precipitações pluviométricas. As culturas contempladas foram
213
feijão (grão), milho (grão) e mandioca. Em relação às culturas de subsistência, foram
agrupadas 24 variáveis representando 63% de todas as variáveis, com cargas Fatoriais
em torno de 0.79. “ (ECO, 45)
Ver agricultura de sequeiro 1, agricultura dependente de chuva, agricultura de
subsistência
4.3.1.5- outras culturas de comercialização sazonal 1 s.f Var. culturas de comercialização
sazonal
FATOR 4 DO PERFIL ECONÔMICO, CARACTERIZADO POR UMA
AGRICULTURA ESTACIONAL, UTILIZADA PARA O CULTIVO DE ARROZ
IRRIGADO E CEBOLA, COM FINS COMERCIAIS.
“Em um terceiro grupo homogêneo ficou agrupado os municípios de Araripina (PE),
Arcoverde (PE), Casa Nova (BA), Petrolândia (PE), Salgueiro (PE), Santa Maria da
Boa Vista (PE), São José do Egito (PE) e Serra Talhada (PE), que representam o
indicador “Outras Culturas de Comercialização Sazonal” (Fator 3), com codificação
amarela”. (ECO, 47)
CF. gasto público em infra-estrutura 1, fruticultura irrigada 1, agricultura de sequeiro
1, fator, fator 4, tema, índice do perfil econômico, perfil econômicO
4.4- perfil social s. m
CONJUNTO DE INDICADORES QUE ANALISAM AS CARACTERÍSTICAS
DEMOGRÁFICAS, ATENDIMENTO AOS SERVIÇOS BÁSICOS, QUALIDADE
DE VIDA E JUSTIÇA SOCIAL, ALÉM DA EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA,
APLICADO AO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O perfil social da Região apresenta características demográficas da comunidade Sã
Franciscana, retratando seus anseios, o atendimento aos serviços básicos, o
comprometimento da qualidade de vida e justiça social, abrangendo os temas
população, eqüidade, saúde, educação, habitação e segurança (IBGE, 2002). Os
principais indicadores foram: educação, estatísticas derivadas, participação política,
pessoal ocupado, pessoal ocupado assalariado, resultados do universo, saúde e vida e
risco de vida (Figura 3)”.(ECO, 5)
214
CF. perfil ecológico, perfil econômico, perfil do uso sustentável, índice do perfil social,
ISA-água, tema
4.4.1- índice do perfil social (IP_ SOCI) s.m
ÍNDICE QUE ANALISA A EDUCAÇÃO, SAÚDE E A QUALIDADE DE VIDA EM
FACE DO ISA-ÁGUA
“Índice do Perfil Social (IP_SOCI)
O desenvolvimento sustentável é definido pela integração entre fatores sociais,
econômicos e ambientais, refletindo um ganho na qualidade de vida das populações
inseridas nesse processo. A complexidade dessas relações aumenta quando igualdade,
liberdade e participação são componentes da mensuração do desenvolvimento.
Assim componentes sociais são incorporados na definição das metas de
desenvolvimento e conservação ambiental, sobretudo em países que comportam
grandes problemas sociais e deparam com a necessidade de alternativas ao manejo de
áreas comprometidas ambientalmente, mas, contudo, abertas à possibilidade de uso e
ocupação do solo com atividades econômicas.” (ECO, 66)
CF. índice do perfil econômico, índice do perfil ecológico, ISA-água, perfil social, tema,
qualidade de vida, atendimento à saúde, sistema educacional, serviços básicos,
oferta de emprego.
4.4.1.1- qualidade de vida s.f
ELEMENTO DO ÍNDICE DO PERFIL SOCIAL, CARACTERIZADA PELAS
CONDIÇÕES EM QUE VIVEM A POPULAÇÃO, PRINCIPALMENTE EM
TERMOS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO, EQÜIDADE E SEGURANÇA
“O desenvolvimento sustentável é definido pela integração entre fatores sociais,
econômicos e ambientais, refletindo um ganho na qualidade de vida das populações
inseridas nesse processo. A complexidade dessas relações aumenta quando igualdade,
liberdade e participação são componentes da mensuração do desenvolvimento.
Assim componentes sociais são incorporados na definição das metas de
desenvolvimento e conservação ambiental, sobretudo em países que comportam
grandes problemas sociais e deparam com a necessidade de alternativas ao manejo de
215
áreas comprometidas ambientalmente, mas, contudo, abertas à possibilidade de uso e
ocupação do solo com atividades econômicas.” (ECO, 50)
CF. atendimento à saúde, sistema educacional, serviços básicos, oferta de emprego, fator,
índice do perfil social, perfil social
4.4.1.2-atendimento à saúde s.m
FATOR 1 DO PERFIL SOCIAL CARACTERIZADO PELO ATENDIMENTO
DEFICIENTE À SAÚDE, TENDO COMO PRINCIPAIS DOENÇAS AS DO
APARELHO CIRCULATÓRIO, INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS E COMO
DESTAQUE O REGISTRO DE ÓBITOS EM IDADES MAIS AVANÇADAS,
ÓBITOS FETAIS E DE MENORES DE 1 ANO NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“As variáveis que tiveram mais associadas ao novo indicador (Fator 1), denominado
atendimento à saúde, foram as doenças associadas ao parelho circulatório doenças
infecciosas e parasitárias, com carga fatorial representando 35,4% da carga fatorial
total, sendo caracterizado por 67 variáveis ou 32,1% das variáveis totais. Estas
caraterísticas foram determinantes no perfil social de alguns municípios.” (ECO, 66)
CF. qualidade de vida, sistema educacional, serviços básicos, oferta de emprego, fator,
fator 1, índice do perfil social, perfil social
4.4.1.3- sistema educacional s.m
FATOR 2 DO PERFIL SOCIAL CARACTERIZADO PELO BAIXO NÚMERO DE
ESTABELECIMENTOS, MATRÍCULAS E DOCENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS
NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O Fator 2, associou 33,0% das variáveis totais do perfil social da região do Submédio
do rio São Francisco. Embora seja o segundo Fator mais importante quanto à carga
fatorial, representando 33,7 % da carga fatorial total, são as variáveis associadas ao
tema educação, as que mais influenciaram na definição do perfil de um certo número
de municípios, agrupando 28 variáveis, o que representa 72% do total das variáveis do
indicador educação utilizadas nesta análise. O novo indicador “Sistema
Educacional”, síntese de todas as váriaveis analisadas, esta associada ao número de
docentes, de estabelecimentos e de matrículas em escolas públicas federais, estaduais e
216
municipais, com destaque para as variáveis representativas do ensino médio e pré-
escolar, com cargas fatoriais próximas a 0.95. Isto manifesta a demanda por escolas na
Região e a precariedade do sistema educacional no atendimento à população do
Submédio São Francisco em vários de seus municípios.” (ECO, 53)
CF. qualidade de vida, atendimento à saúde, serviços básicos, oferta de emprego, fator,
fator 2, índice do perfil social, perfil social
4.4.1.4- serviços básicos s.f Var. serviços básicos na área rural
FATOR 3 DO PERFIL SOCIAL CARACTERIZADO PELA DEFICIÊNCIA DA
EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL E DE SANEAMENTO BÁSICO, DENTRE
OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O Fator 3, o qual se denominou serviços básicos na área rural, se apresentou com 50
variáveis, ou 23,9% das variáveis totais e 23,7% da carga fatorial total. Este Fator
associa-se as variáveis vinculadas a vários indicadores que definem o perfil social da
região, configurando o atendimento aos serviços básicos para a população residente
como fundamental na formação do perfil dos municípios.” (ECO, 53)
CF. atendimento à saúde, qualidade de vida, sistema educacional, serviços básicos, oferta
de emprego, fator, fator 3, índice do perfil social, perfil social
4.4.1.5- oferta de emprego s.f
FATOR 4 DO PERFIL SOCIAL CARACTERIZADA PELA CARÊNCIA DE
OFERTA DE EMPREGO EM RELAÇÃO À DEMANDA NO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO
“A oferta de emprego em âmbito regional ficou evidenciada por meio do Fator 4. Este
agrupou 23 variáveis, ou 11,0% das variáveis totais e 7,1% da carga fatorial total. São
destacadas neste Fator variáveis associadas fundamentalmente à média da população
ocupada e assalariada, em empresas atuantes no âmbito local e territorial que estavam
incluídas no indicador estatísticas derivadas. Isto poderá estar acarretando uma oferta
de emprego diferenciada regionalmente com carência significativa na maioria dos
municípios estudados.”(ECO, 53)
217
CF. atendimento à saúde, qualidade de vida, sistema educacional, serviços básicos,
fator, fator 4, índice do perfil social, perfil social
4.5- perfil do uso sustentável da água s.m
CONJUNTO DE INDICADORES QUE ANALISA AS CARACTERÍSTICAS DO
PERFIL ECOLÓGICO, AS DO PERFIL SOCIAL E AS DO PERFIL ECONÔMICO
DE FORMA INTEGRADA.
“Cada análise correspondente a um Perfil (social, econômico, ecológico e de uso
sustentável da água) gerou quatro fatores. Os primeiros fatores de cada Perfil geraram
como resultado as Causas Técnicas Primárias da Análise da Matriz Causal (AMC).
Seguindo lógica similar, os segundos, terceiros e quarto fatores geraram as Causas
Secundárias, Terciárias e Quaternárias da AMC, respectivamente, como poderão ser
observados nos Quadros 13, 14 e 15.” (ECO, 66)
CF. ISA-água, tema,uso sustentável da água, dinâmica da poluição urbana e uso da água
1, gestão ambiental da agricultura irrigada 1, agricultura familiar e pecuária,
qualidade de vida e segurança alimentar
4.5.1- dinâmica da poluição urbana e uso da água 1 s.f
FATOR 1 DO PERFIL DO USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA, CARACTERIZADO
PELAS FONTES POTENCIAIS DE POLUIÇÃO E AO MAU USO DAS ÁGUAS
SUPERFICIAIS.
“ISA-água. Dinâmica da Poluição Urbana e Uso de Água
Foram associadas ao Fator 1, praticamente todas as variáveis relacionadas às fontes
potenciais de poluição, representadas pelas industrias de processamento de alimentos,
mineração, mármore, têxteis, metalúrgicas, químicas, postos de combustíveis, descarte
de águas residuária, vazadouros a céu aberto e aterro controlados. Este se encontra
composto de 331 variáveis perfazendo 57,95% das variáveis totais e representando
66,6% da carga fatorial total (Variance Explained by Each Factor). Quanto ao uso da
água, se detectaram as variáveis relacionadas, principalmente ao uso das águas
superficiais, tais como: Turbidez, pH, Clorofila A, Sólidos Totais Dissolvidos (TDS),
Amônio e Oxigênio. A dinâmica urbana encontrada, parece sinalizar os esforços
realizados nas últimas décadas em investimentos em infra-estrutura básica, e sugere a
218
existência de mecanismos de ampliação das oportunidades de negócios, com vistas à
geração de renda e emprego local em certos municípios do Submédio do rio São
Francisco.” (ECO, 59)
CF. ISA-água, perfil do uso sustentável da água, gestão ambiental da agricultura
irrigada 1, agricultura familiar e pecuária, qualidade de vida e segurança
alimentar, fonte de poluição, fonte potencial de poluição, uso da água, água
superficial., fator, fator 1
4.5.2- gestão ambiental da agricultura irrigada 1 s.f
FATOR 2 DO PERFIL DO USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA, CARACTERIZADO
PELAS CULTURAS DE AGRONEGÓCIO DA FRUTICULTURA IRRIGADA
“ISA-água Gestão Ambiental da Agricultura Irrigada
O Fator 2, associou as principais culturas do agronegócio, da fruticultura irrigada no
Submédio do rio São Francisco, com ênfases na cultura de manga, maracujá, uva e
cana-de-açúcar, envolvendo 72 variáveis, correspondendo a 12,60% das variáveis
totais e 26,8% da carga fatorial total. Este novo indicador representado pelo Fator 2,
incorporou as variáveis pertencentes às lavouras perenes e às lavouras semiperenes.
Reforçando a predominância de atividades ligadas ao setor primário de produção,
exportador de frutas “in natura”, ainda aparecem em destaque, atividades ligadas à
extração vegetal com produtos alimentícios (frutos de umbu), assim como algumas
variáveis ligadas ao indicador pesquisa pecuária municipal.” (ECO, 59)
CF. ISA-água, perfil do uso sustentável da água, dinâmica da poluição urbana e uso da
água 1, agricultura familiar e pecuária, qualidade de vida e segurança alimentar,
fonte de poluição, fonte potencial de poluição, uso da água, água superficial., fator,
fator 2
4.5.3- agricultura familiar e pecuária s.f
FATOR 3 DO PERFIL DO USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA, CARACTERIZADO
PELA AGRICULTURA FAMILIAR, DE BAIXO NÍVEL TECNOLÓGICO, QUE
TEM O PRODUTOR COMO PROPRIETÁRIO DE PEQUENAS ÁREAS E PELA
PECUÁRIA, CARACTERIZADA PELA DEPENDÊNCIA DA VEGETAÇÃO
NATURAL.PARA ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS.
219
“O Fator 3 retrata a realidade socioeconômica e ecológica dos municípios da região
do Submédio do rio São Francisco, com recursos hídricos escassos. Isto é, dependentes
das precipitações pluviométricas, escassas e mal distribuídas. No caso do tema
agricultura familiar e pecuária houve uma participação de um conjunto de variáveis,
que destaca os estabelecimentos com a condição do produtor como ocupante das terras
(carga fatorial igual a 0,66) e a distinção de pequenos estabelecimentos (menos de 10
ha), na distribuição dos estabelecimentos por grupos de área total, com carga fatorial
de 0,57. O que indica a participação massiva dos pequenos produtores na gestão da
produção agrária. No tocante as culturas contempladas na formação do fator 2, foram:
o milho (grão), mandioca, feijão (grão), mamona e algodão. Todas estas, proveniente
da exploração da agricultura familiar, com cargas fatoriais em torno de 0,80.
As variáveis responsáveis pela caracterização dos municípios, em relação ao tema
pecuária, vieram ao encontro da realidade, já que esta atividade é menos vulnerável
aos efeitos das secas periódicas que assolam a região semi-árida do Brasil.” (ECO, 60)
CF. ISA-água, perfil do uso sustentável da água, dinâmica da poluição urbana e uso da
água 1, gestão ambiental da agricultura irrigada 1, qualidade de vida e segurança
alimentar, fonte de poluição, fonte potencial de poluição, uso da água, água
superficial., fator, fator 3
Nota: agricultura, neste verbete, é utilizada no projeto com seu sentido banalizado: atividade
que tem por objetivo a cultura do solo com vistas à produção de vegetais úteis ao homem
(Houaiss, 2004, p.120). Pecuária, no Ecovale, possui um traço que a particulariza: a
dependência da vegetação natural e, conseqüentemente, de chuva.
4.5.4- qualidade de vida e segurança alimentar s.f
FATOR 4 DO PERFIL DO USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA, CARACTERIZADO
PELA MÁ QUALIDADE DE VIDA E PELA POLUIÇÃO DA ÁGUA
“O Fator 4, denominado qualidade de vida e segurança alimentar, é composto com as
seguintes variáveis:
• nascidos vivos (ocorridos e registrados no ano);
• número de ambulatórios de unidades hospitalares existentes por município;
• postos de saúde;
220
• número de matrículas do ensino fundamental;
• número de docentes do ensino fundamental;
• número de estabelecimento de ensino médio;
• pessoal ocupado assalariado em unidades locais de educação; e
• Produto Interno Bruto (PIB).
A maioria das variáveis citadas, também fazem parte da composição do Índice de
Desenvolvimento Humano, que mede a qualidade de vida. Este Fator, apresenta 71
variáveis, representando 12,42% das variáveis totais e 8,4% da carga fatorial total.”
(ECO, 66)
CF. ISA-água, perfil do uso sustentável da água, dinâmica da poluição urbana e uso da
água 1, gestão ambiental da agricultura irrigada 1, agricultura familiar e pecuária,
fonte de poluição, fonte potencial de poluição, uso da água, água superficial., fator,
fator 4
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 4- ISA-água, sub-mapa 2 A (índice de
sustentabilidade ambiental do uso da água) e, então, colocamos seus termos definidos.
Mapa conceitual parcial 4- ISA-água, sub-mapa 2 A (índice de sustentabilidade
ambiental do uso da água)
Vocabulário
4.6. causa técnica primária s.f Var. causa técnica primária da análise da matriz causal
CAUSA PRINCIPAL DE UM PERFIL, CORRESPONDENTE AO FATOR1
RESULTANTE DA ANÁLISE FATORIAL SOBRE AS VARIÁVEIS.
“Cada análise correspondente a um Perfil (social, econômico, ecológico e de uso
sustentável da água) gerou quatro fatores. Os primeiros fatores de cada Perfil geraram
como resultado as Causas Técnicas Primárias da Análise da Matriz Causal (AMC).
221
Seguindo lógica similar, os segundos, terceiros e quarto fatores geraram as Causas
Secundárias, Terciárias e Quaternárias da AMC, respectivamente”. (ECO, 66)
SIN. causa fator 1
CF. causa técnica secundária, causa técnica terciária, causa técnica quaternária, causa
fundamental, perfil ecológico, perfil social, perfil econômico, ISA-água, análise da
matriz causal, análise fatorial, fator 1
Notas: Causa técnica refere-se ao fato de a causa ser o resultado de um estudo metódico-
matemático que envolve coleta e análise de dados colhidos em campo.A região do
Submédio São Francisco apresenta deficiências nos perfis social, econômico e ecológico.
As causas deste problema correspondem a não obediência, às conseqüências ou à falta
dos fatores.
4.6.1- causa fator 1 s.f
“Causa Fator 1 - Dinâmica da Poluição Urbana e Uso Inadequado de Água: Destino
inadequado de efluentes e resíduos sólidos domésticos, industriais e agrícolas,
associado à concentração da população na área urbana.” (ECO, 66)
Ver causa técnica primária
4.6.2- atendimento à saúde s.m
CAUSA TÉCNICA PRIMÁRIA DO PERFIL SOCIAL, RESULTADO DA SÍNTESE
DO PRÓPRIO PERFIL SOCIAL E DOS PERFIS ECOLÓGICO E ECONÔMICO EM
FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil social: Causa Fator 1 - Atendimento à Saúde: O atendimento deficitário às
pessoas foi , à causa principal, com ocorrência significativa de doenças, assim como
óbitos fetais e de menores de 1 ano.”(ECO, 66)
CF. causa técnica primária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 1, sistema educacional deficiente, carência de serviços básicos, baixa
oferta de emprego, acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população,
gasto público em infra-estrutura 2, disposição de resíduos 2, dinâmica da poluição
urbana e uso da água 2
4.6.3- gasto público em infra-estrutura 2 s.m
222
CAUSA TÉCNICA PRIMÁRIA DO PERFIL ECONÔMICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECONÔMICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Causa Fator 1 - Gastos Públicos em Infra-estrutura: Baixo nível de investimentos em
serviços básicos (saúde e saneamento) e infra-estrutura de produção.” (ECO, 66)
CF. causa técnica primária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 1,agricultura irrigada de baixo nível tecnológico, agricultura de
sequeiro 2, outras culturas de comercialização sazonal 2, baixo investimento dos
recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica, atendimento à saúde,
disposição de resíduos 2, dinâmica da poluição urbana e uso da água 2
4.6.4- disposição de resíduos 2 s.f
CAUSA TÉCNICA PRIMÁRIA DO PERFIL ECOLÓGICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECOLÓGICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECONÔMICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil ecológico-Causa Fator 1 - Disposição de Resíduos: Carga total de poluentes na
água provenientes de atividades industriais, comerciais e de serviços públicos.
Aplicação de agrotóxicos e descarte de embalagens na área rural.” (ECO, 66)
CF. causa técnica primária, perfil econômico, perfil social, perfil ecológico, ISA-água,
índice, fator 1,concentração fundiária 2, déficit hídrico 2, atividades de mineração
2, descarga de poluentes, atendimento à saúde, gasto público em infra-estrutura 2,
dinâmica da poluição urbana e uso da água 2, disposição de resíduos 1 e 2
4.6.5- dinâmica da poluição urbana e uso da água 2 s.f
CAUSA TÉCNICA PRIMÁRIA DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DO USO
DA ÁGUA – ISA_ÁGUA, RESULTADO DA SÍNTESE DOS PERFIS ECONÔMICO,
SOCIAL, ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO PRÓPRIO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Sustentabilidade do uso da água- ISA-água Causa Fator 1 - Dinâmica da Poluição
Urbana e Uso Inadequado de Água: Destino inadequado de efluentes e resíduos
223
sólidos domésticos, industriais e agrícolas, associado à concentração da população na
área urbana.” (ECO, 66)
CF. causa técnica primária, perfil econômico, perfil social, perfil ecológico, ISA-água,
índice, fator 1, atendimento à saúde, gasto público em infra-estrutura 2, disposição
de resíduos 2, gestão ambiental da agricultura irrigada 2, agriculura familiar e
pecuária 2, qualidade de vida e segurança alimentar 2, poluição hídrica
4.7- causa técnica secundária s.f Var. causa técnica secundária da análise da matriz causal
CAUSA CLASSIFICADA COMO A SEGUNDA MAIS IMPORTANTE DE UM
PERFIL, CORRESPONDENTE AO SEU FATOR 2 RESULTANTE DA ANÁLISE
FATORIAL SOBRE AS VARIÁVEIS.
“Cada análise correspondente a um Perfil (social, econômico, ecológico e de uso
sustentável da água) gerou quatro fatores. Os primeiros fatores de cada Perfil geraram
como resultado as Causas Técnicas Primárias da Análise da Matriz Causal (AMC).
Seguindo lógica similar, os segundos, terceiros e quarto fatores geraram as Causas
Secundárias, Terciárias e Quaternárias da AMC, respectivamente.” (ECO, 66)
SIN. causa fator 2
CF. causa técnica primária, causa técnica terciária, causa técnica quaternária, causa
fundamental, perfil ecológico, perfil social, perfil econômico, ISA-água, análise da
matriz causal, análise fatorial, fator 2
Notas: Causa técnica refere-se ao fato de a causa ser o resultado de um estudo estatístico-
matemático que envolve coleta e análise de dados colhidos em campo.A região do
Submédio São Francisco apresenta deficiências nos perfis social, econômico e ecológico.
As causas deste problema correspondem a não obediência, às conseqüências ou à falta de
características essenciais a estes perfis.
4.7.1- causa fator 2 s.f
“Causa Fator 2 - Concentração fundiária: destaca certos municípios nas Sub-bacias
segundo a área total das terras utilizadas (em ha), seguida da discriminação do
produtor como proprietário”.(ECO, 66)
Ver causa técnica secundária
224
4.7.2- sistema educacional deficiente s.m
CAUSA TÉCNICA SECUNDÁRIA DO PERFIL SOCIAL, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL SOCIAL E DOS PERFIS ECOLÓGICO E
ECONÔMICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Causa Fator 2 - Sistema Educacional Deficiente: A deficiência no sistema
educacional (docentes, matrículas e estabelecimentos)”.(ECO, 66)
CF. causa técnica secundária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 2, sistema educacional deficiente, carência de serviços básicos, baixa
oferta de emprego, acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população,
agricultura irrigada de baixo nível tecnológico, concentração fundiária 2, gestão
ambiental da agricultura irrigada 2.
4.7.3- agricultura irrigada de baixo nível tecnológico s.f
CAUSA TÉCNICA SECUNDÁRIA DO PERFIL ECONÔMICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECONÔMICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Causa Fator 2 - Agricultura Irrigada de Baixo Nível Tecnológico: Agricultura
irrigada sem uso de normas de Boas Práticas Agrícolas.” (ECO, 66)
CF. causa técnica secundária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 2, gasto público em infra-estrutura 2, agricultura de sequeiro 2, outras
culturas de comercialização sazonal 2, baixo investimento dos recursos públicos ao
atendimento da infra-estrutura básica, sistema educacional deficiente, concentração
fundiária 2, gestão ambiental da agricultura irrigada 2.
4.7.4- concentração fundiária 2 s.f
CAUSA TÉCNICA SECUNDÁRIA DO PERFIL ECOLÓGICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECOLÓGICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECONÔMICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
225
“Causa Fator 2 - Concentração fundiária: destaca certos municípios nas Sub-bacias
segundo a área total das terras utilizadas (em ha), seguida da discriminação do
produtor como proprietário”. (ECO, 66)
CF. causa técnica secundária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 2, disposição de resíduos 2, déficit hídrico 2, atividades de mineração 2,
descarga de poluentes, sistema educacional deficiente, agricultura irrigada de baixo
nível tecnológico, gestão ambiental da agricultura irrigada 2.
4.7.5- gestão ambiental da agricultura irrigada 2
CAUSA TÉCNICA SECUNDÁRIA DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DO
USO DA ÁGUA – ISA_ÁGUA, RESULTADO DA SÍNTESE DOS PERFIS
ECONÔMICO, SOCIAL, ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO PRÓPRIO ÍNDICE ISA-
ÁGUA.
“ISA –água Causa Fator 2 - Gestão Ambiental da Agricultura Irrigada: Dada a
diversificação e complexidade do agronegócio envolvendo frutas tropicais de
exportação, com qualidade ambiental e segurança alimentar.” (ECO, 66)
CF. causa técnica secundária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 2, dinâmica da poluição urbana e uso da água 2, agricultura familiar e
pecuária 2, qualidade de vida e segurança alimentar 2, poluição hídrica, sistema
educacional deficiente, agricultura irrigada de baixo nível tecnológico, concentração
fundiária 2
4.8- causa técnica terciária s.f Var. causa técnica terciária da análise da matriz causal
CAUSA CLASSIFICADA COMO A TERCEIRA MAIS IMPORTANTE DE UM
PERFIL, CORRESPONDENTE AO SEU FATOR 3 RESULTANTE DA ANÁLISE
FATORIAL SOBRE AS VARIÁVEIS.
“Cada análise correspondente a um Perfil (social, econômico, ecológico e de uso
sustentável da água) gerou quatro fatores. Os primeiros fatores de cada Perfil geraram
como resultado as Causas Técnicas Primárias da Análise da Matriz Causal (AMC).
Seguindo lógica similar, os segundos, terceiros e quarto fatores geraram as Causas
Secundárias, Terciárias e Quaternárias da AMC, respectivamente.” (ECO, 66)
226
SIN. causa fator 3
CF. causa técnica primária, causa técnica secundária, causa técnica quaternária, causa
fundamental, perfil ecológico, perfil social, perfil econômico, ISA-água, análise da
matriz causal, análise fatorial, fator 3
Notas: Causa técnica refere-se ao fato de a causa ser o resultado de um estudo metódico-
matemático que envolve coleta e análise de dados colhidos em campo.A região do
Submédio São Francisco apresenta deficiências nos perfis social, econômico e ecológico.
As causas deste problema correspondem a não obediência, às conseqüências ou à falta
dos fatores.
4.8.1- causa fator 3 s.f
“Causa Fator 3 - Agricultura de Sequeiro: Exploração de culturas de subsistência
(milho, feijão e mandioca) com baixo nível tecnológico.”(ECO, 66)
Ver causa técnica terciária
4.8.2- carência de serviços básicos s.f
CAUSA TÉCNICA TERCIÁRIA DO PERFIL SOCIAL, RESULTADO DA SÍNTESE
DO PRÓPRIO PERFIL SOCIAL E DOS PERFIS ECOLÓGICO E ECONÔMICO EM
FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil social Causa Fator 3 - Carência de Serviços Básicos: atendimento deficiente
dos serviços básicos, sobretudo para a população residente na área rural.”(ECO, 66)
CF. causa técnica terciária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 3, agricultura de sequeiro 2, déficit hídrico, agricultura familiar e
pecuária 2.
4.8.3- agricultura de sequeiro 2 s.f
CAUSA TÉCNICA TERCIÁRIA DO PERFIL ECONÔMICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECONÔMICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil econômico
227
Causa Fator 3 - Agricultura de Sequeiro: Exploração de culturas de subsistência
(milho, feijão e mandioca) com baixo nível tecnológico.”(ECO, 66)
CF. causa técnica terciária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 3, carência de serviços básicos, déficit hídrico, agricultura familiar e
pecuária 2.
4.8.4-déficit hídrico 2
CAUSA TÉCNICA TERCIÁRIA DO PERFIL ECOLÓGICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECOLÓGICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECONÔMICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil ecológico-Causa Fator 3 - Déficit Hídrico: Desequilíbrio no balanço hídrico de
um conjunto de municípios a partir do mês de julho.” (ECO, 66)
CF. causa técnica terciária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 3, carência de serviços básicos, agricultura de sequeiro 2, agricultura
familiar e pecuária 2.
4.8.5- agricultura familiar e pecuária 2 s.f
CAUSA TÉCNICA TERCIÁRIA DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DO USO
DA ÁGUA – ISA_ÁGUA, RESULTADO DA SÍNTESE DOS PERFIS ECONÔMICO,
SOCIAL, ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO PRÓPRIO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Causa Fator 3 - Agricultura Familiar e Pecuária: Falta de um Programa com
alternativas tecnológicas para a convivência do homem com a seca.” (ECO, 66)
CF. causa técnica terciária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 3, carência de serviços básicos, agricultura de sequeiro 2, déficit hídrico
2.
4.9- causa técnica quaternária s.f Var. causa técnica quaternária da análise da matriz
causal
CAUSA CLASSIFICADA COMO A TERCEIRA MAIS IMPORTANTE DE UM
PERFIL, CORRESPONDENTE AO SEU FATOR 4 RESULTANTE DA ANÁLISE
FATORIAL SOBRE AS VARIÁVEIS.
228
“Cada análise correspondente a um Perfil (social, econômico, ecológico e de uso
sustentável da água) gerou quatro fatores. Os primeiros fatores de cada Perfil geraram
como resultado as Causas Técnicas Primárias da Análise da Matriz Causal (AMC).
Seguindo lógica similar, os segundos, terceiros e quarto fatores geraram as Causas
Secundárias, Terciárias e Quaternárias da AMC, respectivamente.” (ECO, 66)
SIN. causa fator 4
CF. causa técnica primária, causa técnica secundária, causa técnica terciária, causa
fundamental, perfil ecológico, perfil social, perfil econômico, ISA-água, análise da
matriz causal, análise fatorial, fator 3
Notas: Causa técnica refere-se ao fato de a causa ser o resultado de um estudo metódico-
matemático que envolve coleta e análise de dados colhidos em campo.A região do
Submédio São Francisco apresenta deficiências nos perfis social, econômico e ecológico.
As causas deste problema correspondem a não obediência, às conseqüências ou à falta
dos fatores.
4.9.1- causa fator 4 s.f
“Causa Fator 4 - Qualidade de Vida e Segurança Alimentar: Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) baixo na maioria dos municípios da região do
Submédio do Rio São Francisco.” (ECO, 66)
Ver causa técnica terciária
4.9.2-baixa oferta de emprego s.m
CAUSA TÉCNICA QUATERNÁRIA DO PERFIL SOCIAL, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL SOCIAL E DOS PERFIS ECOLÓGICO E
ECONÔMICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil social. Causa Fator 4 - Baixa Oferta de Empregos: Baixo nível de oferta de
empregos nas empresas atuantes na Região.”(ECO, 66)
CF. causa técnica quaternária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 4, outras culturas de comercialização sazonal 2, atividades de
mineração 2, qualidade de vida e segurança alimentar 2
229
4.9.3- outras culturas de comercialização sazonal 2 s.f
CAUSA TÉCNICA QUATERNÁRIA DO PERFIL ECONÔMICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECONÔMICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil econômico Causa Fator 4 - Outras Culturas de Comercialização Sazonal:
Instabilidade econômica ocasionada pela exploração de culturas com retornos
financeiros ocasionais (Cebola e arroz irrigado).” (ECO, 66)
CF. causa técnica quaternária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 4, baixa oferta de emprego, atividades de mineração 2, qualidade de
vida e segurança alimentar 2
4.9.4- atividades de mineração 2 s.f
CAUSA TÉCNICA QUATERNÁRIA DO PERFIL ECOLÓGICO, RESULTADO DA
SÍNTESE DO PRÓPRIO PERFIL ECOLÓGICO E DOS PERFIS SOCIAL E
ECONÔMICO EM FUNÇÃO DO ÍNDICE ISA-ÁGUA.
“Perfil ecológico Causa Fator 4 - Atividades de Mineração: Geração de resíduos
químicos provenientes da atividade mineradora em fontes de água.”(ECO, 66)
CF. causa técnica quaternária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 4, baixa oferta de emprego, outras culturas de comercialização sazonal
2, qualidade de vida e segurança alimentar 2
4.9.5- qualidade de vida e segurança alimentar 2 s.f
CAUSA TÉCNICA QUATERNÁRIA DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DO
USO DA ÁGUA – ISA_ÁGUA, RESULTADO DA SÍNTESE DOS PERFIS
ECONÔMICO, SOCIAL, ECOLÓGICO EM FUNÇÃO DO PRÓPRIO ÍNDICE ISA-
ÁGUA.
“ISA-águaCausa Fator 4 - Qualidade de Vida e Segurança Alimentar:
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo na maioria dos municípios da região
do Submédio do Rio São Francisco.” (ECO, 66)
230
CF. causa técnica quaternária, perfil social, perfil ecológico, perfil econômico, ISA-água,
índice, fator 4, baixa oferta de emprego, outras culturas de comercialização sazonal
2, atividades de mineração 2.
4.10-causa fundamental s.f
CAUSA TÉCNICA MAIS SIGNIFICATIVA DA DEFICIÊNCIA DE UM PERFIL,
ORIGINADA A PARTIR DA INTEGRAÇÃO POR ANÁLISE FATORIAL DE SUAS
CAUSAS PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS, TERCIÁRIAS E QUATERNÁRIAS
“Causa Fator 1 - Disposição de Resíduos: Carga total de poluentes na água
provenientes de atividades industriais, comerciais e de serviços públicos. Aplicação de
agrotóxicos e descarte de embalagens na área rural.
Causa Fator 2 - Concentração fundiária: destaca certos municípios nas Sub-bacias
segundo a área total das terras utilizadas (em ha), seguida da discriminação do
produtor como proprietário.
Causa Fator 3 - Déficit Hídrico: Desequilíbrio no balanço hídrico de um conjunto de
municípios a partir do mês de julho.
Causa Fator 4 - Atividades de Mineração: Geração de resíduos químicos provenientes
da atividade mineradora em fontes de água.
Causas Fundamentais - Descarga de poluentes: A descarga de poluentes químicos nos
corpos de água decorrente das atividades dos setores produtivos primários,
secundários e dos serviços públicos, foi considerada a causa fundamental da
contaminação dos corpos de água.”(ECO, 67)
CF. causa técnica primária, causa técnica secundária, causa técnica terciária, causa
técnica quaternária, causa fundamental, análise fatorial, perfil econômico, perfil
ecológico, perfil social, fator
4.10.1- acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população s.m Var Acesso
restrito à educação e saúde
CAUSA FUNDAMENTAL DO USO NÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA,
CARACTERIZADA PELA FALTA DE EMPREGO E DEFICIÊNCIA DO
ATENDIMENTO PÚBLICO E EDUCACIONAL ,RELACIONADA AO PERFIL
231
SOCIAL DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, RESULTADO DA APLICAÇÃO DO
ISA-ÁGUA
CAUSAS FUNDAMENTAIS
AÇÕES INTERFACE AÇÕES ESTRATÉGICAS DA ANA
A – Políticas públicas direcionadas ao atendimento dos serviços básicos (saúde, educação e saneamento).
Acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população.
B – Incorporação da educação ambiental na formação dos alunos de todos os níveis de ensino (fundamental, médio e superior).
IV.1. Despoluição de fontes IV.2. Revitalização / Conservação do solo e água IV.5. Uso racional e combate ao desperdício
(ECO, 68)
CF. causa fundamental, perfil econômico, perfil ecológico, perfil social, ISA-ÁGUA,
baixo investimento dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica,
descarga de poluentes, poluição hídrica.
4.10.2- baixo investimento dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica s.m
CAUSA FUNDAMENTAL DO USO NÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA,
CARACTERIZADA PELO BAIXO INVESTIMENTO EM INFRA-ESTRUTURA
BÁSICA,RELACIONADO AO PERFIL SOCIAL DO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO, RESULTADO DA APLICAÇÃO DO ISA-ÁGUA
“Causas Fundamentais - Baixo investimento dos recursos públicos ao atendimento da
infra-estrutura básica: Associado à inadequação dos Sistemas de produção agrícola e
agroindustrial em uso.”(ECO, 66)
SIN. destino dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica
CF. causa fundamental, perfil econômico, perfil ecológico, perfil social, ISA-ÁGUA,
acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população, descarga de
poluentes, poluição hídrica.
4.10.2.1-destino dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica s.m
CAUSAS FUNDAMENTAIS
AÇÕES
232
A – Políticas públicas direcionadas ao atendimento dos serviços básicos (saúde, educação e saneamento).
Acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população.
B – Incorporação da educação ambiental na formação dos alunos de todos os níveis de ensino (fundamental, médio e superior). A – Programa de gestão articulada por bacia, dos recursos orçamentários destinados aos recursos hídricos nos níveis federal, estadual e municipal.
Destino dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica. Inadequação dos Sistemas de produção agrícolas e agroindustriais em uso.
B – Diagnóstico da infra-estrutura básica dos municípios da bacia para elaboração de projetos para a solicitação de verbas junto às instituições financiadoras.
(ECO, 66)
Ver baixo investimento dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica
4.10.2.2- inadequação dos sistemas de produção agrícolas e agroindustriais em uso s.m
Ver baixo investimento dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica
CAUSAS FUNDAMENTAIS
AÇÕES
A – Políticas públicas direcionadas ao atendimento dos serviços básicos (saúde, educação e saneamento).
Acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população.
B – Incorporação da educação ambiental na formação dos alunos de todos os níveis de ensino (fundamental, médio e superior). A – Programa de gestão articulada por bacia, dos recursos orçamentários destinados aos recursos hídricos nos níveis federal, estadual e municipal.
Destino dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica. Inadequação dos Sistemas de produção agrícolas e agroindustriais em uso.
B – Diagnóstico da infra-estrutura básica dos municípios da bacia para elaboração de projetos para a solicitação de verbas junto às instituições financiadoras.
(ECO, 66)
233
4.10.3- descarga de poluentes s.f
CAUSA FUNDAMENTAL DO USO NÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA,
CARACTERIZADA PELO DESCARGA DE CARGA DE POLUENTES QUÍMICOS
ORIUNDOS DE ATIVIDADES DOS SETORES PRODUTIVOS PRIMÁRIOS,
SECUNDÁRIOS E SERVIÇOS PÚBLICOS, RELACIONADA AO PERFIL
ECOLÓGICO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, RESULTADO DA APLICAÇÃO
DO ISA-ÁGUA
“A descarga de poluentes nos corpos de água, decorrente das atividades dos setores
produtivos primário, secundário e dos serviços públicos, foi considerada como a causa
fundamental do problema que retrata o uso não sustentável da água, segundo o Perfil
Ecológico no Submédio São Francisco.” (ECO, 68)
SIN. Descarga de poluentes nos corpos de água decorrente das atividades dos setores
produtivos primários, secundários e dos serviços públicos
CF. causa fundamental, perfil econômico, perfil ecológico, perfil social, ISA-ÁGUA,
acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população, baixo investimento
dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica, poluição hídrica.
4.10.3. 1-Descarga de poluentes nos corpos de água decorrente das atividades dos setores
produtivos primários, secundários e dos serviços públicos s.f
CAUSAS
FUNDAMENTAIS
AÇÕES
A - Homogeneização da legislação ambiental nos
municípios da bacia.
Descarga de poluentes nos
corpos de água decorrente das
atividades dos setores produtivos
primários, secundários e dos
serviços públicos.
B - Cadastro de usuários, levantando as atividades
econômicas com influência nos recursos hídricos. Criação
do Banco de Dados contendo informações sobre fontes de
água e fontes potenciais de poluição para composição do
monitoramento do uso sustentável da água.
(ECO, 66)
Ver. descarga de poluentes
234
4.10.4- poluição hídrica s.f Var poluição das águas
CAUSA FUNDAMENTAL DO USO NÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA,
CARACTERIZADA PELA DESCARGA DE CARGA DE POLUENTES SEM
TRATAMENTO, RELACIONADA À SUSTENTABILIDADE DO USO DA ÁGUA
DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, RESULTADO DA APLICAÇÃO DO ISA-
ÁGUA
“Causas Fundamentais - Poluição hídrica: Vulnerabilidade ao uso da água, em função
da disposição inadequada dos resíduos urbanos e rurais, gerados pelas atividades
produtivas e ocupação territorial. “ (ECO, 66)
SIN. Vulnerabilidade da população ao uso da água em função da disposição dos resíduos
urbanos e rurais gerados pelas atividades produtivas e ocupação territorial.
CF. causa fundamental, perfil econômico, perfil ecológico, perfil social, ISA-ÁGUA,
acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população, baixo investimento
dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica, descarga de
poluentes.
4.10.4.1-Vulnerabilidade da população ao uso da água em função da disposição dos
resíduos urbanos e rurais gerados pelas atividades produtivas e ocupação territorial s.f
Vulnerabilidade da população ao uso da água em função da disposição dos resíduos urbanos e rurais gerados pelas atividades produtivas e ocupação territorial.
A - Institucionalização do desenvolvimento sustentável na gestão municipal.
(ECO, 66)
Ver poluição hídrica
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 4- ISA-água, sub-mapa 2 B
(monitoramento do uso sustentável da água) e, então, colocamos seus termos definidos.
235
Mapa conceitual parcial 4- ISA-água, sub-mapa 2 B (monitoramento do uso sustentável
da água)
Vocabulário
4.11- monitoramento do uso sustentável da água s.m
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA BASEADO NO CONCEITO DE
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CARACTERIZADO PELA APLICAÇÃO
DA METODOLOGIA ISA-ÁGUA
“6.1. Estudos Básicos Monitoramento do uso sustentável da água
Há vários anos, no Brasil e no mundo, a qualidade da água é vista de forma
convencional, como um conjunto de parâmetros químicos, físico-químicos,
microbiológicos, físicos e hidrogeológicos, que interpretados e comparados levam à
classificação por meio do Índice de Qualidade da Água (IQA).
Essa forma de considerar a qualidade da água foi e ainda é muito útil, mas tem se
mostrado limitada, pois é uma forma de avaliar a alteração que já aconteceu na água,
seja ela positiva ou negativa.
Com isso, surge a necessidade de se rever o conceito de qualidade da água e se propor
novas formas de enxergar a problemática, em função da sustentabilidade ambiental, na
estrutura social existente no nosso País, e mais especificamente no Nordeste brasileiro.
236
O presente estudo propõe especificamente a dar os primeiros passos nessa direção,
criando uma metodologia pioneira de monitoração de qualidade da água para a região
do Submédio São Francisco utilizando um novo conceito de Sustentabilidade Ambiental
do Uso da Água (ISA_Água).” (ECO, 33)
CF. monitoramento da qualidade da água, desenvolvimento sustentável, ISA-ÁGUA,
água, dimensão ecológica, social e econômica, meio ambiente, degradação
ambiental, qualidade da água, meio ambiente, recursos naturais, impacto ambiental,
água superficial, água subterrânea,
4.12- água 1 s.f
RECURSO NATURAL LÍQUIDO NÃO RENOVÁVEL E FINITO, COMPOSTO DE
DUAS MOLÉCULAS DE HIDROGÊNIO E UMA DE OXIGÊNIO
“O Perfil ecológico dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisa a
degradação ambiental provocada pelo homem no uso dos recursos naturais, uma vez
que solo e água são recursos não renováveis e finitos.” (ECO, 4)
CF. água 2, monitoramento do uso sustentável da água, dimensão ecológica, dimensão
social, dimensão econômica, meio ambiente, recurso natural, monitoramento da
qualidade da água, uso da água, sistema hidrológico da água, regime hídrico
4.12.1- água 2 s.f
RECURSO NATURAL USADO ECONOMICAMENTE PARA SUPRIR AS
DEMANDAS URBANAS, INDUSTRIAIS E AGRÍCOLAS.
“Considerando que a princípio a água não se encontra isolada no meio ambiente que a
cerca, ao contrário, está em constante interação com esse meio, sua qualidade é função
da integração de indicadores sociais, econômicos e ecológicos, que interagindo entre si
irão afetar a qualidade final da água disponível em uma determinada bacia, sub-bacia
ou micro-bacia hidrográfica”. (ECO, 39)
SIN. recursos hídricos
CF. água 2, monitoramento do uso sustentável da água, dimensão ecológica, dimensão
social, dimensão econômica, meio ambiente, recurso natural, monitoramento da
qualidade da água, uso da água, sistema hidrológico da água, regime hídrico
237
4.12.1.1 recursos hídricos s.m
“A água presente no ambiente está em constante movimento. Os processos de
transporte de massa ocorrem na atmosfera, na terra e nos oceanos. Durante o ciclo
hidrológico, a água sofre alterações na qualidade. Isso ocorre em condições naturais,
em razão das inter-relações dos componentes do ambiente, quando os recursos hídricos
são influenciados pelo uso para o suprimento das demandas dos núcleos urbanos, das
indústrias, da agricultura e das alterações do solo, urbano e rural.” (ECOR, XX)
Ver. água 2
4.12.2- regime hídrico s.m
PERIODICIDADE, QUANTIDADE E DISTRIBUIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
PLUVIOMÉTRICA NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“Mediante a aplicação da metodologia ISA_AGUA, foi possível selecionar as áreas
criticas onde se deve monitorar sistemáticamente a qualidade das águas superficiais
pela Agencias Oficiais de Controle Ambiental.
Para as águas superficiais, existem duas periodicidades de monitoramento, dependendo
das condições de regime hídrico.”(ECOR, LXXI)
CF. uso dos recursos hídricos, água 1, água 2, precipitação pluviométrica,
monitoramento do uso sustentável da água, sistema hidrológico da água, usos
múltiplos, uso da água, Submédio São Francisco
4.12.3- sistema hidrológico da água s.m
REDE HÍDRICA, RESPONSÁVEL PELA QUANTIDADE E QUALIDADE DA
ÁGUA DA REGIÃO DO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO.
“Em função das limitações climáticas que o meio impõe, seja pela baixa entrada de
água no sistema hidrológico, ou pela rápida saída ocasionada pela ação dos agentes de
evaporação (radiação solar, ventos e baixa capacidade de infiltração do solo), os
baixos valores de IDU_SAT das sub-bacias da região podem representar impactos de
grande magnitude. Isso se deve à fragilidade das sub-bacias situadas em áreas de
transição entre o tropical e o semi-árido brasileiro.”(ECOR, XIV)
CF. água 1, usos múltiplos, uso da água, água 2, regime hídrico, hídrica
238
4.12.4- usos múltiplos s.m
EMPREGO E UTILIZAÇÃO DE ALGO COM FINS DIVERSOS EM INSTALAÇÕES
DOS SETORES PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS E DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
“A sustentabilidade ambiental do uso da água foi definida neste trabalho como uma
medida, dos mecanismos de gestão, controle e monitoramento da qualidade das águas,
por bacia, com base no conceito de desenvolvimento sustentável. Mede a situação
média de uma unidade geográfica de referência em três dimensões básicas, ecológica,
econômica e social, integrando-as ao final, com a finalidade de demonstrar qualitativa
e quantitativamente a performance dos indicadores. Isto auxiliará a tomada de decisão
para políticas públicas, bem como poderá sugerir os pontos ou estações, mais
adequadas de amostragem e de monitoramento da qualidade das águas de usos
múltiplos.” (ECO, 1)
CF. uso da água, sistema hidrológico da água, água 1, água 2, regime hídrico
4.12.5- uso da água s.m
APROVEITAMENTO DA ÁGUA PELA POPULAÇÃO DO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO, QUE PODE GERAR CONFLITOS OU INFLUIR NA QUANTIDADE
E QUALIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS.
“Quanto ao uso da água, se detectaram as variáveis relacionadas, principalmente ao uso das
águas superficiais, tais como: Turbidez, pH, Clorofila A, Sólidos Totais Dissolvidos (TDS),
Amônio e Oxigênio. A dinâmica urbana encontrada, parece sinalizar os esforços realizados nas
últimas décadas em investimentos em infra-estrutura básica, e sugere a existência de
mecanismos de ampliação das oportunidades de negócios, com vistas à geração de renda e
emprego local em certos municípios do Submédio do rio São Francisco”.(ECO, 39)
SIN. usos dos recursos hídricos
CF. sistema hidrológico da água, água 1, água 2, regime hídrico, usos múltiplos, água de
usos múltiplos
4.12.5.1- uso dos recursos hídricos s.m
“Aplicar a outorga de direito de uso dos recursos hídricos, mediante o qual o poder
público outorgante faculta ao outorgado o uso de determinado recurso hídrico. Pela
239
outorga o usuário recebe a autorização ou concessão para fazer uso da água. Ela é o
elemento central de controle para o uso racional dos recursos hídricos por seu caráter
disciplinatório.” (ECO, 33)
Ver. uso da água
4.12.6- corpo de água s.m
NASCENTE OU ACÚMULO DE ÁGUA, SEJA NA SUPERFÍCIE OU NO
SUBSOLO, UTILIZADO PARA USO DOMÉSTICO, AGRÍCOLA OU INDUSTRIAL
“A descarga de poluentes nos corpos de água, decorrente das atividades dos setores
produtivos primário, secundário e dos serviços públicos, foi considerada como a causa
fundamental do problema que retrata o uso não sustentável da água, segundo o Perfil
Ecológico no Submédio São Francisco (Figura 16).” (ECO, 56)
SIN. fonte de água
CF. água 1, água 2 área de manancial, aqüífero, barreiro, cisterna, cacimba, poço
jorrante, poço tubular, amazonas, reservatório, açude, rio.
4.12.6.1- fonte de água s.f Var. fonte de recurso hídrico
“A classificação obtida para as 1.161 fontes de água cadastradas considera o valor 0
(zero) como uma fonte de água que está pouco sujeita aos impactos ambientais e o
valor 1 (um) a fonte de água ambientalmente inadequada. Valores intermediários entre
0 e 1 representam níveis intermediários de susceptibilidade à contaminação. Os
resultados das análises permitiram verificar que a maioria das fontes avaliadas(sic)
estão classificadas com valores entre 0,57 e 0,76” (ECO, 34)
4.12.6.2- área de manancial s.m
TERRENOS VIZINHOS ÀS NASCENTES DE ÁGUA SUPERFICIAL OU SUBTERRÂNEA
“Recomenda-se para essa zona de alto risco à degradação ambiental, a adoção de
políticas públicas urgentes com a finalidade de corrigir os efeitos da urbanização, da
erosão dos solos, uso e ocupação intensiva dos solos, lançamento de efluentes urbanos
e industriais em áreas de mananciais, entre outras medidas corretivas” (ECO, 21)
240
CF. corpo de água, aqüífero, barreiro, cisterna, cacimba, poço jorrante, poço tubular,
amazonas, reservatório, açude, rio, nascente, água superficial, água subterrânea
4.12.6.3- aqüífero s.m
FONTE CONFINADA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA CONSIDERADA SALOBRA
“Na região do semi-árido brasileiro a maioria das águas disponíveis nos aqüíferos são
consideradas salobras (água que contém mais de 0,5 e menos de 30 gramas por litro de
sais nela dissolvidos). Na região do Submédio esta distribuição não se apresenta de
forma diferente, com podemos visualizar na Figura 11”. (ECO, 24)
CF. corpo de água, área de manancial, barreiro, cisterna, cacimba, poço jorrante, poço
tubular, amazonas, reservatório, açude, rio, água subterrânea, água salobra
4.12.6.4- barreiro s.m
MANEIRA PECULIAR DA REGIÃO DE CONFINAR ÁGUA DA CHUVA QUE SE
CARACTERIZA PELA ESCAVAÇÃO DO TERRENO.
“O confinamento das diversas fontes de água, no período das secas, confere
características únicas para cada fonte havendo sérias restrições de quantidade e
qualidade das águas (Fotos 19 e 20). Outra situação surge a algumas centenas de
metros do rio, onde o acesso à água é difícil e feita pelo uso de barreiros, açudes
(pequenos, médios e grandes), cisternas, poços (amazonas e cacimbas) e poços
tubulares (Fotos 21, 22 e 23).” (ECOR, LX)
CF. corpo de água, área de manancial, aqüífero, cisterna, cacimba, poço jorrante, poço
tubular, amazonas, reservatório, açude, rio, água
4.12.6.4.1- barrar v
CONFINAR ÁGUA DE UMA FONTE QUE BENEFICIA APENAS O PROPRIETÁRIO DO RESERVATÓRIO.
“É uma região com muitos conflitos em relação ao uso e “propriedade” da água. Onde
o rio ressurge, as águas são barradas beneficiando apenas o proprietário da terra. À
jusante, as comunidades dependem da água empoçada pela chuva. Em outros locais, a
vazão é diminuída para aumentar o volume e facilitar o bombeamento para áreas
irrigadas.” (ECOR, XXI)
241
CF. barreiro, água, fonte de água, reservatório
4.12.6.5- cisterna s.f
MANEIRA PECULIAR DA REGIÃO DE CONFINAR ÁGUA POR MEIO DA
CONSTRUÇÃO DE UM CAIXA DE CIMENTO PARA ARMAZENAR ÁGUA DA
CHUVA
“O confinamento das diversas fontes de água, no período das secas, confere
características únicas para cada fonte havendo sérias restrições de quantidade e
qualidade das águas (Fotos 19 e 20).Outra situação surge a algumas centenas de
metros do rio, onde o acesso à água é difícil e feita pelo uso de barreiros, açudes
(pequenos, médios e grandes), cisternas, poços (amazonas e cacimbas) e poços
tubulares (Fotos 21, 22 e 23).” (ECO, 66)
CF. água 1, água 2, chuva, corpo de água, área de manancial, aqüífero, barreiro,
cacimba, poço jorrante, poço tubular, amazonas, reservatório, açude, rio,
4.12.6.6- cacimba s.f
MANEIRA PECULIAR DA REGIÃO DE CONFINAR ÁGUA POR MEIO DA
ESCAVAÇÃO DE UM BURACO ATÉ ATINGIR UM LENÇOL DE ÁGUA.
“O confinamento das diversas fontes de água, no período das secas, confere
características únicas para cada fonte havendo sérias restrições de quantidade e
qualidade das águas (Fotos 19 e 20).Outra situação surge a algumas centenas de
metros do rio, onde o acesso à água é difícil e feita pelo uso de barreiros, açudes
(pequenos, médios e grandes), cisternas, poços (amazonas e cacimbas) e poços
tubulares (Fotos 21, 22 e 23)” (ECOR, XXI)
CF. água 1, água 2, corpo de água, área de manancial, aqüífero, barreiro, cisterna, poço
jorrante, poço tubular, amazonas, reservatório, açude, rio.
4.12.6.7- poço jorrante s.m Var. poço
PERFURAÇÃO NO SOLO ATÉ ATINGIR UM LENÇOL FREÁTICO QUE LANÇA
ÁGUA PARA FORA DO SUBSOLO POR MEIO DE UM CANO DE ESPESSURA
VARIÁVEL, MAS QUE NÃO ULTRAPASSA OS 30 CM.
242
“Os riscos de salinização dos solos foram medidos através da quantidade de sais
dissolvidos presentes na água ou pela condutividade elétrica (CE) da água de
irrigação. Para que não ocorra risco de salinização nos solos, estas medidas não
devem exceder 0,48 g L-1 de sais dissolvidos (equivalente a 0,70 d S m-1). Os resultados
obtidos demonstaram que no período das chuvas, a quantidade de sais dissolvidos STD
variou de 0,23g L-1 em um poço jorrante (Foto 8) a 1,87g L-1 na água coletada em um
lago, localizado a montante de uma área utilizada para irrigação. A água para
irrigação na entrada das parcelas irrigadas apresentava quantidade de sais de 1,06g L-
1, enquanto no final da área irrigada era de 1,03g L-1. Pelo sistema adotado, as águas
passam de uma área para outra e, portanto, são altos os riscos para salinização dos
solo”. (ECOR XXII)
CF. solo, água 1, água 2, corpo de água, área de manancial, aqüífero, barreiro, cisterna,
poço tubular, amazonas, reservatório, açude, rio.
4.12.6.8- poço tubular s.m
PERFURAÇÃO EM FORMA DE TUBO NO SOLO ATÉ ATINGIR UM LENÇOL
FREÁTICO, A QUAL É CERCADA POR UM CANO ONDE SE INTRODUZEM
INSTRUMENTOS PARA PUXAR A ÁGUA.
“O procedimento utilizado foi georreferenciar um ponto de localização permanente de
fácil acesso, que servir-se de Referência de Nível (RN), tipo "a boca de um poço
tubular" ou a base de uma ponte, ao tempo que se determinou a altitude, desse ponto
georreferenciado sobre o nível do mar.”(ECO, 85)
CF. solo, água 1, água 2, corpo de água, área de manancial, aqüífero, barreiro, cisterna,
poço jorrante, amazonas, reservatório, açude, rio.
4.12.6.9- amazonas
PERFURAÇÃO NO SOLO ATÉ ATINGIR UM LENÇOL FREÁTICO, NO QUAL
COLOCA-SE UMA BOMBA E UMA TORNEIRA PARA PUXAR A ÁGUA.
243
“Outra situação surge a algumas centenas de metros do rio, onde o acesso à água é
difícil e feita pelo uso de barreiros, açudes (pequenos, médios e grandes), cisternas,
poços (amazonas e cacimbas) e poços tubulares.” (ECOR, LX)
CF. solo, água 1, água 2, corpo de água, área de manancial, aqüífero, barreiro, cisterna,
poço jorrante, poço tubular, reservatório, açude, rio.
4.12.6.9- reservatório s.m
FONTE DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO CUJA ÁGUA É ARMAZENADA DURANTE AS CHUVAS
“A economia do Nordeste do Brasil é baseada principalmente na produção de alimentos
sendo a irrigação a força principal para o desenvolvimento da agricultura. No
Submédio do rio São Francisco, as fontes de água para irrigação são os reservatórios,
que armazenam a água durante as chuvas e os rios, sendo o rio São Francisco a
principal fonte de abastecimento para a agricultura irrigada. A calha do rio São
Francisco apresenta uma baixa salinidade, já as águas de reservatórios normalmente
apresentam um maior teor de sal o que decorre principalmente da formação geológica
característica da região semi-árida com solos salinos. O uso dessas águas sob
condições inadequadas de manejo promovem uma gradativa salinização dos solos
principalmente ocasionados por problemas de drenagem que provocam um aumento
progressivo de áreas problemas no curso de drenagem natural das sub-bacias
hidrográficas notadamente no período das chuvas.”(ECO, 21)
CF. água 1, água 2, fonte de água, chuva, irrigação, solo, água 1, água 2, corpo de água,
área de manancial, aqüífero, barreiro, cisterna, poço jorrante, poço tubular,
amazonas, reservatório, açude, rio.
4.12.6.10- açude s.m
MANANCIAL SUPERFICIAL DE ÁGUA SALOBRA RESULTANTE DO
CONFINAMENTO DA ÁGUA, USADO PARA ABASTECIMENTO EM PERÍODOS
DE ESTIAGEM
“Outra situação surge a algumas centenas de metros do rio, onde o acesso à água é
difícil e feita pelo uso de barreiros, açudes (pequenos, médios e grandes), cisternas,
poços (amazonas e cacimbas) e poços tubulares.” (ECOR, LX)
244
CF. água salobra, água, estiagem 2, água 1, água 2, corpo de água, área de manancial,
aqüífero, barreiro, cisterna, poço jorrante, poço tubular, reservatório, rio.
4.12.6.11- rio
CORPO DE ÁGUA NATURAL QUE POSSUI UMA NASCENTE E TORNA-SE
MAIS CAUDALOSO À MEDIDA QUE DESCE PARA A SUA FOZ.
“Esta unidade está formada por uma única sub-bacia, Baixo Sobradinho (29), e ocupa
pouco mais de 2.500 km2 ou 2% do território total. Porém, por estar situada na porção
inicial do Submédio, ou seja, à jusante da maior concentração urbana da região, ocupa
um local estratégico para as comunidades instaladas rio abaixo.” (ECO, 21)
CF. corpo de água, área de manancial, aqüífero, barreiro, cisterna, poço jorrante, poço
tubular, amazonas, reservatório, açude, rio.
4.12.6.11.1- ribeirinha s.f
RELATIVO AO RIO SÃO FRANCISCO
“Como resultado preponderante da aplicação dessa metodologia, utilizando-se o índice
ISA_Água, observa-se o aumento significativo da demanda e alteração das águas
superficiais, que ocorreram junto às atividades agroindustriais e urbanas ribeirinhas
ao longo do rio São Francisco, trecho Pilão Arcado - Paulo Afonso, em cerca de 700km
ao longo da calha do rio. Enquanto é consenso a degradação da qualidade das águas
pelas atividades agrícolas e urbanas na região em estudo, o grau de impacto dessas
atividades pode ser reduzido pela implementação de práticas de manejo e uso de
legislação adequada”.(ECO, 63)
CF. Rio São Francisco, água 1, água 2, corpo de água, rio principal, ribeirinha,
tributário, foz, nascente, divisor de água
4.12.6.11.2-calha do rio s.f
LOCAL QUE POSSUI 50 PONTOS DE AMOSTRAGEM DE ÁGUA, CUJOS
RESULTADOS AMOSTRAIS RECOMENDAM A UTILIZAÇÃO DO ISA-ÁGUA.
245
“Recomenda-se a utilização do ISA_Água para o acompanhamento periódico, a cada
dois anos, das alterações da qualidade das águas superficiais da região do Submédio
do rio São Francisco, com a finalidade de identificar incrementos significativos de
poluição hídrica, face às atividades agroindustriais e urbanas ribeirinhas ao longo da
calha do rio.”(ECO, 92)
CF. Rio São Francisco, água 1, água 2, corpo de água, rio principal, calha, tributário,
foz, nascente, divisor de água
4.12.6.11.3- tributário s.m
RIO DE QUANTIDADE DE ÁGUA MENOR QUE DESÁGUA NO RIO SÃO FRANCISCO, MAIS CAUDALOSO.
“A bacia hidrográfica compreende o rio principal e os seus tributários. A ordem dos
rios é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação dentro da
bacia. Um divisor de água que não tenha afluente (tributários) é considerado de 1ª
ordem. Quando duas linhas de 1ª ordem se juntam passa a formar-se um rio de 2ª
ordem. Dois rios de ordem "n" dão lugar a um rio de ordem n+1.” (ECO, 56)
CF. Rio São Francisco, água 1, água 2, corpo de água, rio principal, calha, ribeirinha,
foz, nascente, divisor de água
4.12.6.11.3.1- afluente s.m
Enquanto a bacia hidrográfica compreende o rio principal e os seus tributários. A
ordem dos rios é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação
dentro da bacia. Um divisor de água que não tenhaafluente (tributários) é considerado
de 1ª ordem. Quando duas linhas de 1ª ordem se juntam passa a formar-se um rio de 2ª
ordem. Dois rios de ordem "n" dão lugar a um rio de ordem n+1.(ECO, 83)
Ver tributário
4.12.6.11.4- foz s.f
PONTO DE DESEMBOCADURA DE UM RIO DAS VELHAS MARCANDO O
FINAL DO ALTO SÃO FRANCISCO E O INÍCIO DO MÉDIO SÃO FRANCISCO
“A bacia do rio São Francisco está dividida em quatro sub-regiões: o Alto São
Francisco, que compreende o trecho desde a nascente na Serra da Canastra no Estado
246
de Minas Gerais, até a confluência com o rio das Velhas; o Médio São Francisco, que
vai desde a foz do rio das Velhas até a cidade de Remanso no Estado da Bahia; o
Submédio São Francisco, desde a cidade de Remanso até a barragem de Paulo Afonso
na Bahia; e o Baixo São Francisco, situado entre Paulo Afonso e o oceano Atlântico.
Esta bacia abrange uma superfície de 640.000 km2, equivalente a 7,5% do território
brasileiro.” (ECO, 9)
CF. Alto São Francisco, Médio São Francisco, Rio São Francisco, água 1, água 2, corpo
de água, rio principal, ribeirinha, calha, tributário, foz, nascente, divisor de água
4.12.6.11.4.1- à jusante adv
LOCAL IDENTIFICADO A PARTIR DA CORRENTE FLUVIAL, CONTRÁRIO À FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO
“Esta unidade está formada por uma única sub-bacia, Baixo Sobradinho (29), e ocupa
pouco mais de 2.500 km2 ou 2% do território total. Porém, por estar situada na porção
inicial do Submédio, ou seja, à jusante da maior concentração urbana da região, ocupa
um local estratégico para as comunidades instaladas rio abaixo”.(ECOR, XVII)
CF. à montante, Rio São Francisco, foz
4.12.6.11.5- nascente s.f
LUGAR ONDE SURGE O LENÇOL DE ÁGUA QUE FORMA O RIO SÃO
FRANCISCO E MARCA O INÍCIO DO ALTO SÃO FRANCISCO
“A bacia do rio São Francisco está dividida em quatro sub-regiões: o Alto São
Francisco, que compreende o trecho desde a nascente na Serra da Canastra no Estado
de Minas Gerais, até a confluência com o rio das Velhas; o Médio São Francisco, que
vai desde a foz do rio das Velhas até a cidade de Remanso no Estado da Bahia; o
Submédio São Francisco, desde a cidade de Remanso até a barragem de Paulo Afonso
na Bahia; e o Baixo São Francisco, situado entre Paulo Afonso e o oceano Atlântico.
Esta bacia abrange uma superfície de 640.000 km2, equivalente a 7,5% do território
brasileiro.” (ECO, 1)
CF. Alto São Francisco, , Rio São Francisco, água 1, água 2, corpo de água, rio principal,
ribeirinha, calha, tributário, foz, divisor de água
247
4.12.6.11.5.1- à montante adv
LOCAL IDENTIFICADO A PARTIR DA CORRENTE FLUVIAL, EM DIREÇÃO À FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO
“Na margem esquerda, correspondente ao lado pernambucano os valores aferidos
foram sempre acima de 8,5. Já, na margem direita (Bahia), estes valores estiveram
entre um mínimo de 7,70 e 8,0. Esta tendência foi observada até a montante do
perímetro irrigado de Bebedouro, ainda no município de Petrolina.” (ECOR, XXIV)
CF. à jusante, Rio São Francisco, foz
4.12.6.11.6- divisor de água
PORÇÃO GEOGRÁFICA QUE DETERMINA OS LIMITES DE UM RIO
PRINCIPAL E SEUS AFLUENTES E, CONSEQÜENTEMENTE, DE SUB-BACIAS.
“Enquanto a bacia hidrográfica compreende o rio principal e os seus tributários. A
ordem dos rios é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação
dentro da bacia. Um divisor de água que não tenha afluente (tributários) é considerado
de 1ª ordem. Quando duas linhas de 1ª ordem se juntam passa a formar-se um rio de 2ª
ordem. Dois rios de ordem "n" dão lugar a um rio de ordem n+1”.(ECO, 83)
CF. rio principal, afluente, sub-bacia, água 1, água 2, corpo de água, rio principal, ribeirinha,
calha, tributário, foz, nascente
4.12.6.11.7- rio principal
RIO QUE ATRAVESSA UMA REGIÃO E DESÁGUA NO MAR, POSSUI VÁRIOS
TRIBUTÁRIOS E FORMA O NÚCLEO DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA
“Enquanto a bacia hidrográfica compreende o rio principal e os seus tributários. A
ordem dos rios é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação
dentro da bacia. Um divisor de água que não tenha afluente (tributários) é considerado
de 1ª ordem. Quando duas linhas de 1ª ordem se juntam passa a formar-se um rio de 2ª
ordem. Dois rios de ordem "n" dão lugar a um rio de ordem n+1”.(ECO, 83)
CF. bacia hidrográfica, água 1, água 2, corpo de água, rio principal, ribeirinha, calha,
tributário, foz, nascente, divisor de água
248
4.13- escoamento
PROCESSO CONSTANTE E GRADATIVO DE ESCORRIMENTO DE ÁGUA
“As águas subterrâneas são formadas principalmente pelas águas de origem
meteorológicas, que infiltram pelos poros dos solos e rochas, fissuras e ou fendas
intercomunicantes das camadas rochosas, e sua composição está na dependência de
fatores naturais - geológicos, topográficos, meteorológicos, hidrológicos e biológicos e,
rede de drenagem, variando com as diferentes estações do ano em volume de
escoamento e nível de água.”(ECO, 24)
CF. escoamento fluvial, escoamento superficial, água 1, água 2
Notas: Por conta da susceptibilidade à erosão do solo da região pesquisada, o escoamento
constitui-se em um fator importante para a qualidade das águas
4.13.1- escoamento fluvial s.m
ESCOAMENTO DAS ÁGUAS DOS RIOS DENTRO DE SEUS LEITOS
“O perfil ecológico foi construído por meio da análise integrada de 16 indicadores,
representados principalmente por: ausência de cobertura vegetal, balanço hídrico,
escoamento fluvial, estradas vicinais, fontes de poluição, avaliação ambiental das
fontes de água (segundo norma ISO 14.001), proximidades a núcleos urbanos,
qualidade físico-química das águas superficiais, qualidade físico-química das águas
subterrâneas, qualidade microbiológica das águas superficiais, saneamento básico,
susceptibilidade a contaminação química, carga de agrotóxicos utilizada na agricultura
irrigada por sub-bacia hidrográfica e degradação hídrica” (ECO, 4)
CF. escoamento, escoamento superficial, água 1, água 2
4.13.2- escoamento superficial
ESCOAMENTO DA ÁGUA PROVENIENTE DE PRECIPITAÇÃO
PLUVIOMÉTRICA SOBRE A SUPERFÍCIE DO SOLO.
“O Índice de Cobertura Vegetal (ICV_SAT) deriva do Índice de Vegetação (IV) que é o
parâmetro normalmente utilizado para estimativas da densidade de biomassa verde na
superfície terrestre, através do processamento digital de imagens de satélite. Os valores
249
de IV são obtidos pela razão entre a intensidade de luz refletida pela superfície nas
faixas espectrais do infravermelho e do vermelho. Tal fator, é normalmente expresso
numa escala entre 0 e 255, e obedece a relação de que quanto maior o valor mais
densa e vigorosa será a biomassa vegetal presente. Sua utilidade é reconhecida para a
avaliação da capacidade da sub-bacia em retardar o escoamento superficial, em reter
os sedimentos e minimizar os efeitos da erosão laminar. É importante também, para o
levantamento de remanescentes florestais e demais formações vegetais existentes nas
sub-bacias.” (ECO, 11)
CF. escoamento, escoamento superficial, água 1, água 2, precipitação pluviométrica, solo
4.14- água de reservatório s.f
ÁGUA SALOBRA ARMAZENADA EM RESERVATÓRIOS DURANTE AS CHUVAS OU PELA CAPTAÇÃO EM RIOS.
“A economia do Nordeste do Brasil é baseada principalmente na produção de
alimentos sendo a irrigação a força principal para o desenvolvimento da agricultura.
No Submédio do rio São Francisco, as fontes de água para irrigação são os
reservatórios, que armazenam a água durante as chuvas e os rios, sendo o rio São
Francisco a principal fonte de abastecimento para a agricultura irrigada.A calha do
rio São Francisco apresenta uma baixa salinidade, já as águas de reservatórios
normalmente apresentam um maior teor de sal o que decorre principalmente da
formação geológica característica da região semi-árida com solos salinos. O uso
dessas águas sob condições inadequadas de manejo promovem uma gradativa
salinização dos solos principalmente ocasionados por problemas de drenagem que
provocam um aumento progressivo de áreas problemas no curso de drenagem natural
das sub-bacias hidrográficas notadamente no período das chuvas.” (ECO, 21)
CF. água salobra, água potável, água doce, água de usos múltiplos, água subterrânea,
água superficial, reservatório, chuva, rio
4.15- água salobra s.f
ÁGUA SUPERFICIAL OU SUBTERRÂNEA COM CONCENTRAÇÃO DE SAIS
MINERAIS DISSOLVIDOS SUPERIOR A 0, 5 E MENOS DE 30 GRAMAS POR
LITRO.
250
“As demais regiões do Submédio estão classificadas como região de água salobra de
baixa concentração de sal ou alto grau de qualidade (cor verde), qualidade regular
(amarela) e baixa qualidade (vermelha) com teores acima de 2,0 g L-1 de sal
dissolvido” (ECO, 24)
CF. água potável, água doce, água de usos múltiplos, água subterrânea, água superficial.
4.16- água potável s.f
ÁGUA DOCE OU DE BAIXA SALINIDADE UTILIZADA PARA
DESSEDENTAÇÃO DE SERES HUMANOS E ANIMAIS NO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO
“Em cada kit podem ser adicionadas determinações específicas de acordo com as
condições predominantes em cada bacia hidrográfica. Além disso, os resultados
proporcionam discussões sobre a questão da água potável, a necessidade de controle
da qualidade e a preservação das áreas de mananciais.”(ECOR, LXVI)
CF. água salobra, água doce, água de usos múltiplos, água subterrânea, água superficial,
Submédio São Francisco
4.17-água doce s.m
ÁGUA SUPERFICIAL OU SUBTERRÂNEA COM CONCENTRAÇÃO DE SAIS
MINERAIS DISSOLVIDOS INFERIOR A 0, 5 G L
“24,65% dos municípios da região do Submédio São Francisco apresentaram na água
subterrânea, os teores de sais dissolvidos variando de 0,14 a 0,42 g L-1 de sal, o que as
classifica como água doce. Os municípios restantes apresentam água salobra.” (ECO,
54)
CF. água salobra, água potável, água de usos múltiplos, água subterrânea, água
superficial.
4.18- águas de usos múltiplos s.f
ÁGUA UTILIZADA COM UMA VARIEDADE DE PROPÓSITOS COMO
IRRIGAÇÃO, ABASTECIMENTO URBANO, INDUSTRIAL, DESSEDENTAÇÃO,
VISANDO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
251
“Essa formação ocorre de forma continua ao longo de todo ano, capacitando os
Agentes a realizarem diagnósticos sobre a qualidade das águas de usos múltiplos,
fornecendo subsídios aos Comitês de Bacias Hidrográficas e demais órgãos gestores
para a busca de estratégias de ação que assegurem um desenvolvimento mais
sustentado.” (ECO, 81)
CF. água salobra, água potável, água doce, água subterrânea, água superficial, irrigação
Notas: Antes da aplicação do projeto, as águas da região eram utilizadas para vários fins sem
a preocupação com sua sustentabilidade, o ECOVALE (cf.verbetes) mudou o conceito de água
de usos múltiplos, ao acrescentar a necessidade da sustentabilidade ambiental desses usos.
4.18-água subterrânea s.f
ÁGUA PROVENIENTE DIRETO DAS CHUVAS, QUE SE INFILTRA E SE
ACUMULA ABAIXO DO SOLO, FORMANDO POÇO TUBULAR, AMAZONAS E
CACIMBA
“As águas subterrâneas são formadas principalmente pelas águas de origem
meteorológicas, que infiltram pelos poros dos solos e rochas, fissuras e ou fendas
intercomunicantes das camadas rochosas, e sua composição está na dependência de
fatores naturais - geológicos, topográficos, meteorológicos, hidrológicos e biológicos e,
rede de drenagem, variando com as diferentes estações do ano em volume de
escoamento e nível de água.” (ECO, 24)
CF. água, chuva, solo, poço tubular, amazonas, cacimba, água de usos múltiplos, água
salobra, água potável, água doce, água superficial
4.19- água superficial s.f
ÁGUA PROVENIENTE DIRETO DAS CHUVAS, QUE ESCOA OU SE ACUMULA
ACIMA DO SOLO, FORMANDO AÇUDES, BARREIROS, RIOS E RIACHOS
“O perfil ecológico envolve os "cluster" balanço hídrico, IDH, qualidade de água
superficial e subterrânea, agrotóxico, qualidade ambiental da fontes de água e
coliformes”. (ECO, 32)
CF. água, chuva, solo, açude, barreiro, rio, água de usos múltiplos, água salobra, água
potável, água doce, água subterrânea
252
4.20- impacto ambiental
ALTERAÇÃO DO ESTADO NATURAL DO MEIO AMBIENTE,
PRINCIPALMENTE DAS FONTES DE ÁGUA, CAUSADA PELAS ATIVIDADES
DOS SETORES PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO, TERCIÁRIO E DE SERVIÇOS
PÚBLICOS NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“Na avaliação de vulnerabilidade a impactos ambientais em escala de sub-bacias
hidrográficas, o índice de densidade urbana é de extrema importância, pois agrega o
potencial de geração de poluentes orgânicos, minerais e industriais de alto impacto.Tal
índice pode revelar inclusive, a predisposição da sub-bacia em contribuir para a
alteração do regime de cheias e interferir no consumo de estoque hídrico de vazante de
sub-bacias maiores”. (ECO, 16)
CF. degradação ambiental, impactante, meio ambiente, fontes de água, Submédio São
Francisco
4.20.1- impactante
RELATIVO OU RELACIONADO A IMPACTO AMBIENTAL
“Ë importante se destacar também, as variáveis associadas às fontes potenciais de
poluição, que contribuíram na construção do Fator 1. Com especial atenção as cargas
poluentes, provenientes das indústrias de alimentos, com carga fatorial próxima a 0,95,
assim como relativas às atividades impactantes por cargas poluentes em postos de
combustível (carga fatorial igual a 0,98”.(ECO, 59)
CF. impacto ambiental
4.21- degradação ambiental 1.f
DEVASTAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS, PRINCIPALMENTE DA ÁGUA E
DO SOLO, CAUSADA POR AÇÕES ANTRÓPICAS NÃO CONTROLADAS.
“É importante salientar que se considerou que os impactos individuais gerados pelas
diferentes instalações presentes na bacia vão resultar em um impacto global que
culmina com a degradação ambiental de toda a bacia. Posteriormente, estas
informações permitiram elaborar o Índice do perfil Ecológico (IP_Ecol). Este índice
diz respeito ao uso dos recursos naturais e à degradação ambiental, ambos
253
relacionados com as atividades antrópicas como agropecuária, industrialização,
comércio, distribuição e serviços públicos na região.” (ECO, 31)
CF. impacto ambiental, água 1 e água 2, carga de poluente, descartar, disposição de
resíduos 3, drenagem 1, contaminação, carga de agrotóxico, poluição das águas, erosão,
recursos naturais, água, solo
4.21.1- carga de poluente s.f Var. carga poluidora, carga de poluição, carga poluente
QUANTIDADE DE POLUENTES DESPEJADOS NO MEIO AMBIENTE SEM
TRATAMENTO
“Uma das inovações no processo de formatação da matriz de análise causal do uso da
água, segundo o Perfil social, econômico e ecológico e no desenvolvimento sustentável
no Submédio São Francisco, foi à inserção da técnica fatorial para a sua elaboração. É
um procedimento estatístico de análise multivariada, com dois objetivos básicos: o
primeiro aplicável às variáveis explicativas de uma equação a ser ajustada, quando
indicam um significativo grau de intercorrelação, semelhante ao uso de regressões
múltiplas, visando obter informações por sub-bacia hidrográfica da carga de poluentes
emitidos.” (ECO, 66)
CF. degradação ambiental, poluente, descartar, disposição de resíduos 3, drenagem 1,
contaminação, carga de agrotóxico, poluição das águas, erosão, recursos naturais,
água, solo
4.21.1.1- poluente
SUBSTÂNCIAS OU RESÍDUOS SÓLIDOS QUE PREJUDICAM A QUALIDADE
DO MEIO AMBIENTE, PRINCIPALMENTE DA ÁGUA
“Na avaliação de vulnerabilidade a impactos ambientais em escala de sub-bacias
hidrográficas, o índice de densidade urbana é de extrema importância, pois agrega o
potencial de geração de poluentes orgânicos, minerais e industriais de alto impacto”.
(ECO, 16)
CF.carga de poluente
4.21.2- descartar v
254
JOGAR, SEM TRATAMENTO, LIXO, RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES
DOMÉSTICOS, INDUSTRIAIS E URBANOS NO MEIO AMBIENTE.
“A destinação final dos efluentes dos banheiros e de água de lavagem, são
respectivamente 66,8% e 77% descartados no meio ambiente diretamente, a céu
aberto;” (ECO, 35)
CF. degradação ambiental, carga de poluente, disposição de resíduos 3, drenagem 1,
contaminação, carga de agrotóxico, poluição das águas, tratamento, resíduo,
efluente, efluente doméstico, efluente urbano, efluente industrial, meio ambiente
4.21.2.1- descarte
ATO OU EFEITO DE DESCARTAR, SEM TRATAMENTO, EFLUENTES
DOMÉSTICOS, INDUSTRIAIS E URBANOS NO MEIO AMBIENTE.
“Este Fator acaba por avigorar a importância na implementação de medidas
mitigadoras voltadas ao manejo de áreas potencialmente comprometidas com a
exploração dos recursos naturais e descarte dos resíduos da produção.” (ECO, 40)
CF. descartar, efluente, efluente doméstico, efluente urbano, efluente industrial, meio
ambiente
4.21.3- disposição de resíduos 3
CARGA DE POLUENTES DESCARTADA NO MEIO AMBIENTE POR
DECORRÊNCIA DAS ATIVIDADES DE SETORES PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS
E TERCIÁRIOS, DE SERVIÇOS PÚBLICOS E DO USO DE AGROTÓXICOS
“Por fim, a disposição de resíduos dirige a atenção para as cargas poluentes
provenientes, sobretudo das indústrias de alimentos, das indústrias têxteis e
metalúrgicas. O registro do número destas indústrias também destacam certos
municípios dentro da bacia estudada, atribuindo-lhes valores diferenciados no perfil
ecológico. Este registro é confirmado pelo indicador referente à somatória das cargas
poluentes do município, apontando para atividades essencialmente características da
área urbana municipal.” (ECO, 35)
255
CF. degradação ambiental, carga de poluente, descartar, drenagem 1, contaminação,
carga de agrotóxico, poluição das águas, tratamento, resíduo, efluente, efluente
doméstico, efluente urbano, efluente industrial, meio ambiente
4.21.3.1- resíduo
MATERIAL SÓLIDO OU LÍQUIDO, RESTANTE DE PROCESSOS URBANO,
INDUSTRIAL, RURAL, QUÍMICO OU HOSPITALAR, DESCARTADO NO MEIO
AMBIENTE SEM TRATAMENTO E, ÀS VEZES, DE FORMA INADEQUADA.
“Quanto aos resíduos sólidos perigosos, 51,7% das empresas destinam esse material no
meio ambiente diretamente e 42,8% destinam para a coleta da prefeitura (que não é
especial para resíduos perigosos), sendo a destinação final o lixão” (ECO, 36)
CF. disposição de resíduos 3, resíduo sólido agrícola, resíduo sólido doméstico, resíduo
sólido industrial, resíduo químico, resíduo hospitalar
4.21.3.1.1- resíduo sólido agrícola s.m Var. resíduo rural
RESÍDUO PROVENIENTE DE ATIVIDADES PRODUTIVAS E DA OCUPAÇÃO
INTENSIVA DO SOLO, TAIS COMO UTILIZAÇÃO DE FERTILIZANTES E DE
AGROTÓXICOS E CULTIVO INTENSO, DESCARTADOS NO MEIO AMBIENTE
SEM TRATAMENTO E DE FORMA INADEQUADA
“Deve-se por fim ressaltar que esta análise é capaz de espelhar as possíveis causas que
estariam levando ao uso não sustentável da água, seja em municípios que apresentam
bons índices no perfil social e econômico, seja em municípios que são flagrados com a
necessidade desse desenvolvimento, conforme descrito a seguir:
• Deficiência no sistema de saúde e educação regional (IP_SOCI);
• Baixo nível de investimento em serviços básicos (IP_ECON);
• Carga significativa de poluentes em função das atividades industriais, comerciais e de
serviço públicos. Agravadas pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e descartes de
embalagens no meio rural (IP_ECOL);
Impactos ambientais decorrentes do destino inadequado de efluentes urbanos e de
resíduos sólidos domésticos, industriais e agrícolas, associados a concentração de
renda e a susceptibilidade a poluição urbana (ISA_Água)” (ECO, 63)
256
CF. resíduo, resíduo sólido doméstico, resíduo sólido industrial, resíduo químico, resíduo
hospitalar, solo, descartar, meio ambiente, tratamento
4.21.3.1.2- resíduo sólido doméstico s.m
RESÍDUOS SÓLIDOS PROVENIENTES DE ATIVIDADES DOMÉSTICAS, TAIS
COMO LATAS, VIDROS, ENTRE OUTROS, DESCARTADOS NO MEIO
AMBIENTE SEM TRATAMENTO E DE FORMA INADEQUADA.
“Isto reafirma a concentração da população e das atividades econômicas na área
urbana, evidenciando a preocupação que deve ser dada ao destino inadequado de
efluentes e resíduos sólidos domésticos e industriais no âmbito dos municípios,
compreendidos na região do Submédio do rio São Francisco. O que evidencia a
diferenciação entre municípios melhores equipados e atendidos por serviços básicos,
apontando para a necessidade da expansão desses bens para impulsionar o
desenvolvimento regional, em forma global.” (ECO, 59)
CF. resíduo, resíduo sólido agrícola, resíduo sólido industrial, resíduo químico, resíduo
hospitalar, solo, descartar, meio ambiente, tratamento
4.21.3.1.3- resíduo sólido industrial s.m
RESÍDUO SÓLIDO PROVENIENTE DE ATIVIDADES INDUSTRIAIS, TAIS
COMO INDÚSTRIAS TÊXTEIS, DE ALIMENTOS ENTRE OUTRAS,
DESCARTADOS NO MEIO AMBIENTE SEM TRATAMENTO E DE FORMA
INADEQUADA
“O ISA_Água espelhou as possíveis causas que estariam levando ao uso não
sustentável da água, seja em municípios que apresentam bons índices no perfil social e
econômico, seja em municípios que são flagrados com a necessidade desse
desenvolvimento, conforme descrito a seguir:
- Deficiência no sistema de saúde e educação regional;
- Baixo nível de investimento em serviços básicos;
- Carga significativa de poluentes em função das atividades industriais, comerciais e
de serviço públicos. Agravadas pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e descartes de
embalagens no meio rural;
257
Impactos ambientais decorrentes do destino inadequado de efluentes urbanos e de
resíduos sólidos domésticos, industriais e agrícolas, associados à concentração de
renda e a susceptibilidade a poluição urbana.” (ECO, 63)
CF. resíduo, resíduo sólido agrícola, resíduo sólido industrial, resíduo químico, resíduo
hospitalar, solo, descartar, meio ambiente, tratamento
4.21.3.1.4- resíduo químico s.m
RESÍDUO PROVENIENTE DE ATIVIDADES DE MINERAÇÃO DESCARTADOS
NO MEIO AMBIENTE SEM TRATAMENTO E DE FORMA INADEQUADA.
“Causa Fator 4 - Atividades de Mineração: Geração de resíduos químicos
provenientes da atividade mineradora em fontes de água.” (ECO, 67)
CF. resíduo, resíduo sólido agrícola, resíduo sólido industrial, resíduo químico, resíduo
hospitalar, solo, descartar, meio ambiente, tratamento
4.21.3.1.5- resíduo hospitalar
RESÍDUO ALTAMENTE POLUENTE PROVENIENTE DE PROCESSOS
HOSPITALARES, TAIS COMO CIRURGIAS, TROCA DE CURATIVOS, ENTRE
OUTROS DESCARTADO NO MEIO AMBIENTE DE FORMA INADEQUADA.
“As fontes potenciais de poluição das águas, também, foram identificadas nos
municípios envolvidos e, por sub-bacias, inclusive com entrevistas aos executivos
ligados aos setores de indústria, agroindústria, comércio e serviços públicos no
município. Também foram coletados dados sobre os serviços urbanos como coleta e
tratamento de esgotos e, destino dos resíduos domésticos e hospitalares.”(ECO, 87)
CF. resíduo, resíduo sólido agrícola, resíduo sólido industrial, resíduo químico, resíduo
hospitalar, solo, descartar, meio ambiente
4.21.4- esgotamento sanitário s.m
SERVIÇO PÚBLICO QUE CONSISTE NA REMOÇÃO DE ESGOTO PARA UM
LOCAL ADEQUADO
258
“As causas ecológicas para o uso não sustentável da água no Submédio São Francisco
foram estatisticamente definidas como sendo:Carga total de poluentes na água devido
às atividades industriais, comerciais e de serviços públicos (esgotamento sanitário e
vazadouro a céu aberto).” (ECO, 41)
CF. vazadouro a céu aberto, degradação ambiental 1
4.21.5- vazadouro a céu aberto s.m
DESAGUADOURO DE EFLUENTES SEM TUBULAÇÃO, DESCARTADOS NO
MEIO AMBIENTE SEM TRATAMENTO
“As variáveis que contribuíram na construção deste novo indicador “Disposição
de Resíduos”, se referem à carga de poluentes, segundo o índice da Cetesb, eliminados
na água por decorrência das atividades dos setores produtivos secundário, terciários e
de serviços públicos (esgotamento sanitário e vazadouro a céu aberto) e possuem
cargas fatoriais em torno de 0,97. Destaca também como importantes, os indicadores
uso de agrotóxicos aplicados à fruticultura irrigada, com as variáveis correspondentes
apresentando cargas fatoriais em torno de 0,89.” (ECO, 39)
CF. vazadouro a céu aberto, degradação ambiental 1
4.21.6- drenagem 1 s.f
PROCESSO DE REMOÇÃO NATURAL DAS ÁGUAS SALOBRAS DE UMA
ÁREA IRRIGADA PARA UM CORPO DE ÁGUA QUE AUMENTA A ÁREA DE
SOLO SALINIZADA.
“A calha do rio São Francisco apresenta uma baixa salinidade, já as águas de
reservatórios normalmente apresentam um maior teor de sal o que decorre
principalmente da formação geológica característica da região semi-árida com solos
salinos. O uso dessas águas sob condições inadequadas de manejo promovem uma
gradativa salinização dos solos principalmente ocasionados por problemas de
drenagem que provocam um aumento progressivo de áreas problemas no curso de
drenagem natural das sub-bacias hidrográficas notadamente no período das chuvas.”
(ECO, 21)
259
CF. degradação ambiental, impacto ambiental, água 1 e água 2, carga de poluente,
descartar, disposição de resíduos 3, contaminação, carga de agrotóxico, poluição das
águas, erosão, corpo de água, água salobra
4.21.7- contaminação s.f
PROCESSO DE MODIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES NATURAIS DO SOLO E DA
ÁGUA QUE AFETA SUA QUALIDADE, POR MEIO DA ADIÇÃO DE SAL,
ELEMENTOS QUÍMICOS, FÍSICOS E MICROBIOLÓGICOS.
“O perfil ecológico foi construído por meio da análise integrada de 16 indicadores,
representados principalmente por: ausência de cobertura vegetal, balanço hídrico,
escoamento fluvial, estradas vicinais, fontes de poluição, avaliação ambiental das
fontes de água (segundo norma ISO 14.001), proximidades a núcleos urbanos,
qualidade físico-química das águas superficiais, qualidade físico-química das águas
subterrâneas, qualidade microbiológica das águas superficiais, saneamento básico,
susceptibilidade a contaminação química, carga de agrotóxicos utilizada na
agricultura irrigada por sub-bacia hidrográfica e degradação hídrica.”(ECO, 4)
CF. degradação ambiental, impacto ambiental, água 1 e água 2, carga de poluente,
descartar, disposição de resíduos 3, drenagem 1, carga de agrotóxico, poluição das
águas, erosão, água,
4.21.8- carga de agrotóxico s.f
QUANTIDADE E TOXIDEZ DOS AGROTÓXICOS UTILIZADOS NA
FRUTICULTURA IRRIGADA
“A maioria das variáveis citadas, também(sic) fazem parte da composição do Índice de
Desenvolvimento Humano, que mede a qualidade de vida. Este Fator, apresenta 71
variáveis, representando 12,42% das variáveis totais e 8,4% da carga fatorial total.
Associado a este fator se presenciou as variáveis responsáveis pela caracterização da
qualidade das águas superficiais e subterrâneas e pela carga de agrotóxicos utilizado
na agricultura irrigada, tais como: salinidade e Sólidos Totais Dissolvidos (TDS),
turbidez, amônio e carga de agrotóxico (k ha-1) aplicado “in loco” na fruticultura
irrigada, tipo exportação. “(ECO, 61)
260
CF. degradação ambiental, impacto ambiental, água 1 e água 2, carga de poluente,
descartar, disposição de resíduos 3, drenagem 1, contaminação, poluição das águas,
erosão, fruticultura irrigada, carga total de agrotóxico, carga parcial de agrotóxico.
4.21.8.1- carga total de agrotóxico s.f CTD
RESULTADO DA SOMA DAS CARGAS PARCIAIS DE AGROTÓXICO E A ÁREA
CORRESPONDENTE A CADA CULTURA
“A carga total de agrotóxicos (CTD) foi determinada para cada sub-bacia
considerando-se o somatório das cargas parciais das culturas preponderantes e a área
cultivada correspondente a cada cultura. Os valores de correspondentes às áreas foram
extraídos do cadastro da fruticultura irrigada desenvolvido pela CODEVASF (2001).
Esse cadastro possibilitou o conhecimento das áreas ocupadas pela fruticultura,
considerando cada cultura, bem como o georreferenciamento das propriedades. Desta
forma foi possível determinar as áreas cultivadas para cada cultura em cada sub-bacia
hidrográfica.” (ECO, XXVII)
CF. carga de agrotóxico, carga parcial de agrotóxico
4.21.8.2- carga parcial de agrotóxico s.f CPD
CARGA DE AGROTÓXICO UTILIZADA NA CULTURA PREPONDERANTE EM UMA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“Considerando as informações coletadas em 403 propriedades com fruticultura
irrigada e os produtos potencialmente contaminantes, construiu-se uma base com os
seguintes dados: produtos utilizados, freqüência de aplicação por ano e quantidades
aplicadas por hectare, determinando-se a carga parcial de agrotóxicos para as
culturas preponderantes na região (uva, manga, coco, banana, goiaba), levando-se
também em conta a toxidez dos produtos aplicados, conforme a equação 1.
CPD = QDA * FAD * IT (1)
em que,
CPD = Carga parcial de agrotóxicos (g ha-1);
QDA = Quantidade de princípio ativo dos agrotóxicos aplicados (g ha-1);
FA = Freqüência de aplicação;
IT = Índice de toxidez do produto (admensional).”(ECOR, XXVII)
261
CF. carga de agrotóxico, carga total de agrotóxico
4.21.9- poluição das águas s.f
PROCESSO DE GRADATIVO DE ADIÇÃO DE POLUENTE À ÁGUA, QUE
PREJUDICA A QUALIDADE DA ÁGUA DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.
“A poluição das águas, na maioria dos casos, esteve relacionada às ações antrópicas.
A ausência de conhecimento e educação ambiental pela maioria dos indivíduos que
integram as comunidades presentes na região do Submédio São Francisco parece ser
um agravante potencial da falta de ações, leis e normas ambientais que proporcionem a
redução nos impactos observados.” (ECO, 91)
CF. degradação ambiental, impacto ambiental, água 1 e água 2, carga de poluente,
descartar, disposição de resíduos 3, drenagem 1, contaminação, erosão, fruticultura
irrigada, carga total de agrotóxico, carga parcial de agrotóxico.
4.21.10- fonte de poluição s.f
LOCAIS URBANOS OU RURAIS QUE PRODUZEM CARGAS DE POLUENTE E
AS LANÇAM NO MEIO AMBIENTE SEM TRATAMENTO ADEQUADO.
“Entretanto, em locais onde as análises da sonda e a observação do entorno indicavam
provável presença de carga orgânica e/ou industrial, também foram monitorados dados
bacteriológicos (quadrados roxos) e metais pesados (pentágonos vermelhos). As fontes
de poluição cadastradas pelo subprojeto estão representadas por diamantes
amarelos.”(ECOR, XVIII)
CF. degradação ambiental, poluição das águas, poluição urbana, efluente, lançar, carga
de poluente, meio ambiente, tratamento
4.21.10.1- fonte potencial de poluição 2 s.f
FONTE DE POLUIÇÃO INTENSAS QUE LANÇAM CARGA DE POLUENTES NO
MEIO AMBIENTE SEM TRATAMENTO ADEQUADO.
“Para o mesmo total de fontes de água se analisou, para cada fonte "in situ", sua
adequabilidade à norma ISO 14.001, pela primeira vez. É por esse motivo que se fez
262
uma análise conjunta de fontes de água e de fontes potenciais de poluição para igual
número de fontes de água cadastradas. Salienta-se que também foi realizada uma
pesquisa especifica, sobre fontes potenciais de poluição para todos os 73 municípios
que compõem a região do Submédio São Francisco.” (ECO, 34)
CF. fonte de poluição, fontes pontuais de poluição, fontes difusas de poluição, lançar,
carga de poluente, meio ambiente, tratamento
4.21.10.1.1- fontes pontuais de poluição s.f Var. Fontes pontuais
FONTE DE POLUIÇÃO ENFOCADA EM UM ESPAÇO GEOGRÁFICO RESTRITO
QUE PODE SER RETIRADA, TRATADA OU CONTROLADA.
“As grandes fontes pontuais de poluição das águas naturais originam-se das descargas
de efluentes doméstico e industrial ou de certas atividades como a pecuária. Outras
atividades agrícolas com a aplicação de agroquímicos são consideradas como fontes
difusas. A deposição atmosférica do poluente também causa poluição difusa na água.”
(ECOR, XXVII)
CF. fonte de poluição, fontes difusas de poluição
4.21.10.1.2- fontes difusas de poluição s.f Var. fontes difusas
FONTE DE POLUIÇÃO ENFOCADA EM UM ESPAÇO GEOGRÁFICO AMPLO,
FORMADA POR VÁRIAS FONTES PONTUAIS
“Como as fontes difusas são formadas por várias fontes pontuais, para controlá-la é
necessário atuar em cada fonte pontual individualmente, ou ainda, traçar manejos e
práticas integralizadas que venham a reduzir o efeito impactante dessas fontes.” (ECO,
26)
CF. fonte de poluição, fontes pontuais de poluição
4.21.11- poluição urbana s.f
PROCESSO DE GRADATIVO DE ADIÇÃO DE POLUENTE ADVINDO DE
ATIVIDADES URBANAS AO MEIO AMBIENTE
263
“Impactos ambientais decorrentes do destino inadequado de efluentes urbanos e de
resíduos sólidos domésticos, industriais e agrícolas, associados a concentração de
renda e a susceptibilidade a poluição urbana (ISA_ÁGUA).” (ECO, 63)
CF. poluição das águas, fonte de poluição, efluente, lançar, meio ambiente
4.21.12- efluente s.m
SUBSTÂNCIA LÍQUIDA RESULTANTE DE PROCESSOS DOMÉSTICOS,
URBANOS E INDUSTRIAIS QUE POLUI AS ÁGUAS E SOLOS
“Isto reafirma a concentração da população e das atividades econômicas na área
urbana, evidenciando a preocupação que deve ser dada ao destino inadequado de
efluentes e resíduos sólidos domésticos e industriais no âmbito dos municípios,
compreendidos na região do Submédio do rio São Francisco. O que evidencia a
diferenciação entre municípios melhores equipados e atendidos por serviços básicos,
apontando para a necessidade da expansão desses bens para impulsionar o
desenvolvimento regional, em forma global.” (ECO, 59)
CF. poluição das águas, fonte de poluição, efluente, lançar, efluente doméstico, efluente
urbano, efluente industrial
4.21.12.1- efluente industrial s.m
EFLUENTE URBANO DE ATIVIDADES INDUSTRIAIS NOS MUNICÍPIOS DO
SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“Isto reafirma a concentração da população e das atividades econômicas na área
urbana, evidenciando a preocupação que deve ser dada ao destino inadequado de
efluentes e resíduos sólidos domésticos e industriais no âmbito dos municípios,
compreendidos na região do Submédio do rio São Francisco. O que evidencia a
diferenciação entre municípios melhores equipados e atendidos por serviços básicos,
apontando para a necessidade da expansão desses bens para impulsionar o
desenvolvimento regional, em forma global.” (ECO, 59)
CF. efluente, efluente doméstico, efluente urbano, município, Submédio São Francisco
4.21.12.2- efluente urbano 2 s.m
264
EFLUENTE ORIGINADO DE ATIVIDADES URBANAS COMO HOSPITAIS,
PADARIAS, OFICINAS, ETC, EXCETUANDO-SE OS AFAZERES DOMÉSTICOS
NO MUNICÍPIOS DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“Impactos ambientais decorrentes do destino inadequado de efluentes urbanos e de
resíduos sólidos domésticos, industriais e agrícolas, associados a concentração de
renda e a susceptibilidade a poluição urbana (ISA_Água)”. (ECO, 21)
CF. efluente, efluente doméstico, efluente industrial, município, Submédio São Francisco
4.21.12.3- efluente doméstico s.m
EFLUENTE DE CASAS E DE ATIVIDADES LIGADAS AOS AFAZERES DO LAR
DOS MUNICÍPIOS DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“A escolha da região do Submédio do rio São Francisco (Figura 1), para este estudo,
foi devida à importância dos impactos ambientais provenientes do elevado complexo
agroindustrial localizado nesta região, da emissão significativa de efluentes domésticos
lançados por uma população ribeirinha concentrada, superior a um milhão de
habitantes e a relevância estratégica da necessidade de implementação de um
programa de qualidade ambiental de apoio à agricultura irrigada intensiva, explorada
com fins de exportação de frutas “in natura”. Além disso, também foi considerada a
possibilidade de extrapolação dos resultados para toda a bacia do Rio São
Francisco.”(ECO, 1)
SIN. efluente urbano 1
CF. efluente, efluente urbano, efluente industrial, município, Submédio São Francisco
4.21.12.3. 1- efluente urbano 1
“Recomenda-se para essa zona de alto risco à degradação ambiental, a adoção de
políticas públicas urgentes com a finalidade de corrigir os efeitos da urbanização, da
erosão dos solos, uso e ocupação intensiva dos solos, lançamento de efluentes urbanos
e industriais em áreas de mananciais, entre outras medidas corretivas.” (ECO, 92)
Ver efluente doméstico
4.21.13- lançar v
265
DESPEJAR EFLUENTES E RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, SEM
TRATAMENTO, EM ÁREAS DE MANANCIAIS, A CÉU ABERTO,
DIRETAMENTE NO SOLO OU EM CORPOS DE ÁGUA
“Ações urgentes por parte dos governos municipais e com apoio financeiro do governo
federal, com o objetivo de dar destino apropriado, ou seja, que minimizem impactos ao
meio ambiente, aos efluentes e resíduos sólidos produzidos no entorno urbano, os quais,
são lançados, na maioria dos municípios sem nenhuma forma de tratamento a céu
aberto e em alguns casos, o que é grave, diretamente nos corpos d’água.” (ECO, 93)
CF. poluição das águas, fonte de poluição, efluente, resíduo sólido urbano, área de
manancial, corpo de água.
4.21.13.1- lançamento s.m
ATO OU EFEITO DE LANÇAR
“Com base nos estudos comparativos entre o Índice ISA_Água e o IDH, não se
recomenda o uso deste último como indicador de qualidade de água na bacia
hidrográfica do rio São Francisco, já que o IDH não expressa os impactos ambientais
decorrentes das atividades agroindústrias e do lançamento de efluentes urbanos nos
corpos de água, utilizados, principalmente, para abastecimento humano.”(ECO, 93)
CF. lançar, efluente, resíduo, degradação ambiental
4.21.14- erosão do solo s.m
PROCESSO GRADATIVO DE DESGASTE DO SOLO POR AÇÕES NATURAIS
E/OU ANTRÓPICAS QUE AFETA A QUALIDADE DA ÁGUA
“Sua utilidade é reconhecida para a avaliação da capacidade da sub-bacia em retardar
o escoamento superficial, em reter os sedimentos e minimizar os efeitos da erosão. É
importante também, para o levantamento de remanescentes florestais e demais
formações vegetais existentes nas sub-bacias.” (ECO, 1)
CF. erosão laminar, erodibilidade, qualidade da água, corrigir erosão do solo, solo,
poluição das águas, carga de agrotóxico, contaminação, drenagem 1, disposição de
resíduos 3, descartar, carga poluente, degradação ambiental
266
Nota: O solo (cf. verbete)da região estudada é susceptível à erosão (cf. verbete), por isso sua
importância no monitoramento da qualidade da água (cf. verbete)
4.21.14.1- erosão laminar s.f
EROSÃO DA CAMADA MAIS SUPERFICIAL DO SOLO PELOS RESPINGOS DA
CHUVA E ESCOAMENTO SUPERFICIAL.
“O Índice de Cobertura Vegetal (ICV_SAT) deriva do Índice de Vegetação (IV) que é o
parâmetro normalmente utilizado para estimativas da densidade de biomassa verde na
superfície terrestre, através do processamento digital de imagens de satélite. Os valores
de IV são obtidos pela razão entre a intensidade de luz refletida pela superfície nas
faixas espectrais do infravermelho e do vermelho. Tal fator, é normalmente expresso
numa escala entre 0 e 255, e obedece a relação de que quanto maior o valor mais
densa e vigorosa será a biomassa vegetal presente.Sua utilidade é reconhecida para a
avaliação da capacidade da sub-bacia em retardar o escoamento superficial, em reter
os sedimentos e minimizar os efeitos da erosão laminar. É importante também, para o
levantamento de remanescentes florestais e demais formações vegetais existentes nas
sub-bacias.” (ECO, 11)
CF. erosão do solo, erodibilidade, solo, chuva, escoamento superficial
4.21.14.2- erodibilidade s.f
PROCESSO DE EROSÃO DO SOLO QUE LEVA À DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
DOS SOLOS.
“Para a composição do IDS_SAT, utilizou-se um conjunto de variáveis que influem na
potencialidade dos processos erosivos. O Índice de Relevo, informa sobre a capacidade
da sub-bacia em retirar solo das vertentes, embora isoladamente, não contemple
informações sobre a eficiência da rede de drenagem em transportar os sedimentos
erodidos das encostas.
A erodibilidade de uma sub-bacia deve também incluir elementos que possibilitem uma
associação entre a energia potencial do relevo e a densidade de rios.
267
Nesse sentido, elaborou-se um índice derivado do Índice de Erodibilidade Potencial -
IEP, que associa o Índice de Relevo (IRL) ao Índice de Escoamento Fluvial (IEF) . O
IEP é definido pela seguinte relação: IEP = 100.IEF.IRL.” (ECO, 14)
CF. erosão do solo, degradação ambiental
4.21.15- qualidade da água s.f. Var qualidade de recursos hídricos
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS, FÍSICO-QUÍMICAS E MICROBIOLÓGICAS DA
ÁGUA QUE A TORNAM ADEQUADA PARA CONSUMO HUMANO
“Essas informações são oriundas de dados primários levantados diretamente em campo
por meio de análises físico-químicas e microbiológica da qualidade da água bem como
com a aplicação dos inventários pertinentes nos municípios da região do Submédio São
Francisco. Os dados secundários foram provenientes de levantamentos do IBGE e
outras instituições, como a Agência Nacional do Petróleo e a Federação das Indústrias
dos Estados da Bahia e de Pernambuco. Salienta-se que a terminologia usada para
definição de cada indicador do perfil ecológico é a mesma utilizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2002). Procedimento similar foi utilizado
para os perfis econômico e social.”(ECO, 5)
CF. precipitação pluviométrica, degradação ambiental, impacto ambiental, água
4.21.15.1- precipitação pluviométrica s.f
PROCESSO DE TRANSPORTE DE ÁGUA TRANSFORMADA DE VAPOR EM
LÍQUIDO DAS NUVENS QUE ATINGE O SOLO.
“Ocorrem períodos agudos de estiagem, quando a precipitação pluviométrica cai para
cerca de 400 (±) 50 mm ano-1. As temperaturas são altas, com taxas elevadas de
evapotranspiração e balanço hídrico negativo durante parte do ano. A umidade
relativa do ar média anual é de 60%. A insolação é muito forte (2.800 horas ano-1)
ocorrendo a máxima luminosidade no mês de outubro, entre Pilão Arcado (BA) e
Petrolândia (PE). A evaporação é cerca de 2.900 mm ano-1 e a velocidade média do
vento é de 3 m s-1 com direção predominante sudeste.”(ECO, 21)
CF. qualidade da água, pluviosidade, cheia, estiagem 1, excesso hídrico, déficit hídrico,
regime de cheias.
268
4.21.15.1.1- pluviosidade s.f
QUANTIDADE E REGULARIDADE DE PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA QUE
CARACTERIZA O CLIMA, REGIME DE CHUVAS E A COBERTURA VEGETAL
DE UMA REGIÃO
“Na região do Submédio do rio São Francisco predomina uma agricultura irrigada
pujante, em função da fruticultura de exportação, convivendo lado a lado, com uma
agricultura de sequeiro de alto risco, instável de baixa produtividade. A região
apresenta as seguintes características geoambientais: pluviosidade baixa e irregular,
em torno de 750 mm ano-1, concentrada num período de 3 a 5 meses.”(ECO, 28)
CF. qualidade da água, cheia, estiagem 1, excesso hídrico, déficit hídrico, regime de
cheias.
4.21.15.1.2- cheia s.f
PERÍODO EM QUE A PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA SOBE DE FORMA
SIGNIFICATIVA A PONTO DE INFLUENCIAR A QUANTIDADE E QUALIDADE
DA ÁGUA
“Na avaliação de vulnerabilidade a impactos ambientais em escala de sub-bacias
hidrográficas, o índice de densidade urbana é de extrema importância, pois agrega o
potencial de geração de poluentes orgânicos, minerais e industriais de alto impacto.
Tal índice pode revelar inclusive, a predisposição da sub-bacia em contribuir para a
alteração do regime de cheias e interferir no consumo de estoque hídrico de vazante de
sub-bacias maiores”.(ECO, 16)
CF. qualidade da água, pluviosidade, estiagem 1, excesso hídrico, déficit hídrico, regime
de cheias
4.21.15.1.2.1- regime de cheias s.f
PERÍODO (MESES) EM QUE A PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA É MAIOR,
CAUSANDO EXCESSO HÍDRICO NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO.
269
“Na avaliação de vulnerabilidade a impactos ambientais em escala de sub-bacias
hidrográficas, o índice de densidade urbana é de extrema importância, pois agrega o
potencial de geração de poluentes orgânicos, minerais e industriais de alto impacto.
Tal índice pode revelar inclusive, a predisposição da sub-bacia em contribuir para a
alteração do regime de cheias e interferir no consumo de estoque hídrico de vazante de
sub-bacias maiores.”(ECO, 21)
CF. qualidade da água, cheia, precipitação pluviométrica, Submédio São Francisco,
excesso hídrico
4.21.15.1.3- estiagem 1 s.f
PERÍODO EM QUE A PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA CAI DE FORMA
SIGNIFICATIVA A PONTO DE INFLUENCIAR A QUALIDADE DA ÁGUA
“A fruticultura irrigada espelha investimentos na produção agrícola, evidenciando os
municípios que têm recebido estes incentivos e permitindo a diferenciação destes
municípios no Perfil Econômico, como fato que se associa a outras atividades
agropecuárias e extrativistas, assim como ao desenvolvimento de pesquisas para o
melhoramento destas atividades. Cabe somente ser lembrado a dependência das chuvas
para o desenvolvimento destas culturas e a demanda por alternativas nos períodos de
estiagem.”(ECO, 46)
CF. pluviosidade, cheia, excesso hídrico, déficit hídrico, regime hídrico, seca,
precipitação pluviométrica, qualidade da água
4.21.15.1.3.1- seca s.f
PERÍODOS LONGOS DE POUCA OU NENHUMA PRECIPITAÇÃO
PLUVIOMÉTRICA QUE PREJUDICA A AGRICULTURA, PECUÁRIA E A VIDA
NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO
“Este Fator distingue os municípios onde o balanço hídrico mensal apresenta
sobretudo, a falta de água como o indicador fundamental. Desta forma, pode-se
associar a este fato a demanda pelo desenvolvimento de tecnologias e alternativas
viáveis à produção, sobretudo no setor primário, para a convivência do homem com
estes períodos de seca.” (ECO, 40)
270
CF. precipitação pluviométrica, agricultura, semi-árido, estiagem
4.21.15.1.4- excesso hídrico s.m
VALOR POSITIVO DO BALANÇO HÍDRICO QUE INDICA QUE A DEMANDA
PELA ÁGUA FOI IGUAL OU MENOR QUE A PRECIPITAÇÃO
PLUVIOMÉTRICA E A CAPACIDADE HÍDRICA DE UMA SUB-BACIA EM UM
PERÍODO
“As variáveis que compõem este indicador referem-se ao déficit hídrico nos meses de
setembro, novembro e maio, com cargas fatoriais em torno de 0,87. Proporcionam
também, o déficit hídrico no mês de outubro e o excesso hídrico dos meses de janeiro e
março, com cargas fatoriais em torno de 0,82.” (ECO, 40)
CF. pluviosidade, cheia, estiagem, déficit hídrico, regime hídrico, seca, precipitação
pluviométrica, água, hídrica, balanço hídrico
4.21.15.1.5- déficit hídrico 3 s.m
VALOR NEGATIVO DO BALANÇO HÍDRICO QUE INDICA QUE A DEMANDA
PELA ÁGUA SUPERA A PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA E A CAPACIDADE
HÍDRICA DE UMA SUB-BACIA EM UM PERÍODO.
“Déficit Hídrico: Desequilíbrio no balanço hídrico de um conjunto de municípios a
partir do mês de julho.” (ECO, 67)
CF. pluviosidade, cheia, estiagem, excesso hídrico, regime hídrico, seca, precipitação
pluviométrica, água, hídrica, balanço hídrico
4.21.15.1.6- regime hídrico s.m
PERIODICIDADE, QUANTIDADE E DISTRIBUIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
PLUVIOMÉTRICA NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O mesmo procedimento permitiu selecionar as áreas criticas para o controle dos
recursos hídricos subterrâneos. Neste caso, o regime hídrico é muito mais estável não
necessitando de monitoramento com periodicidade menor que 6 meses. Foram
271
selecionadas 23 áreas críticas representadas por círculos laranja na Figura
30.”(ECOR,LXVII)
CF. pluviosidade, cheia, estiagem, excesso hídrico, déficit hídrico 3, precipitação
pluviométrica, Submédio São Francisco
4.22- dimensão ecológica s.f Var. dimensão ambiental
CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS QUE DETERMINA A ESTRUTURA
ECOLÓGICA DE UMA REGIÃO.
“Observa-se que o índice IDH privilegiou as sub-bacias hidrográficas ou municípios
que apresentaram as maiores médias nas três dimensões básicas de desenvolvimento
humano, em detrimento da dimensão ecológica, ou seja, os municípios da região do
Submédio do rio São Francisco que apresentam altos índices de IDH, não
necessariamente terão desenvolvimento sustentável do uso das águas em longo prazo,
haja visto que em sua maioria, para obterem tal êxito, tiveram que penalizar o meio
ambiente”.(ECO, 75)
CF. dimensão social, dimensão econômica, água, ISA-ÁGUA
Nota: A dimensão ecológica, junto com a social e a econômica, forma o conjunto básico para
o desenvolvimento humano.
4.23- dimensão social s.f
CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS QUE DETERMINAM A ESTRUTURA
SOCIAL DE UMA REGIÃO
“Apenas recentemente a dimensão ecológica vem sendo relacionada às dimensões
econômica e social, sendo que nos últimos anos foi dada grande ênfase à dimensão
econômica pelas instituições governamentais, empresas privadas e população,
condicionados a enxergar e a valorizar somente tal dimensão.”(ECO, 39)
CF. dimensão ecológica, dimensão econômica, água, ISA-ÁGUA
Nota: A dimensão social, junto com a ecológica e a econômica, forma o conjunto básico para
o desenvolvimento humano
4.24- dimensão econômica s.f
272
CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS QUE DETERMINAM A ESTRUTURA
ECONÔMICA DE UMA REGIÃO.
“A sustentabilidade ambiental do uso da água foi definida neste trabalho como uma
medida, dos mecanismos de gestão, controle e monitoramento da qualidade das águas,
por bacia, com base no conceito de desenvolvimento sustentável. Mede a situação
média de uma unidade geográfica de referência em três dimensões básicas, ecológica,
econômica e social, integrando-as ao final, com a finalidade de demonstrar qualitativa
e quantitativamente a performance dos indicadores.” (ECO, 1)
CF. dimensão ecológica, dimensão social, água, ISA-ÁGUA
4.25- ambiental adj
RELATIVO A DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
“O perfil ecológico foi construído por meio da análise integrada de 16 indicadores,
representados principalmente por: ausência de cobertura vegetal, balanço hídrico,
escoamento fluvial, estradas vicinais, fontes de poluição, avaliação ambiental das
fontes de água (segundo norma ISO 14.001), proximidades a núcleos urbanos,
qualidade físico-química das águas superficiais, qualidade físico-química das águas
subterrâneas, qualidade microbiológica das águas superficiais, saneamento básico,
susceptibilidade a contaminação química, carga de agrotóxicos utilizada na
agricultura.” (ECO, 4)
CF. meio ambiente, monitoramento da qualidade da água 2, recursos naturais
4.26- meio ambiente
CONJUNTO DE CONDIÇÕES E PERFIS ECOLÓGICOS, SOCIAIS E
ECONÔMICOS DE UMA REGIÃO E A FORMA COMO INTERAGE CADA
ELEMENTO DESTE CONJUNTO COM OS SERES VIVOS NELE EXISTENTES.
“Os índices possibilitarão apoiar a implementação da certificação de qualidade no
campo, já que as informações básicas sobre meio ambiente, pré-requisito dos mais
diversos Protocolos (ISO 14.001, Eurep_GAP, APPCC e PIF), já se encontram
disponíveis em meios magnéticos (Mapas Temáticos Digitais).” (ECO, 91)
273
CF. ambiental, monitoramento da qualidade da água 2, recursos naturais, perfil,
ecológico, perfil social, perfil econômico
4.26.1- preservação 2
CONJUNTO DE PROVIDÊNCIAS ECOLÓGICAS PARA A MANUTENÇÃO DAS
CONDIÇÕES NATURAIS ORIGINAIS DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS.
“Esta unidade integra a maior parte da região, ocupando cerca de 88.000 km2 ou 71%
do território do Submédio, oferecendo ao mapa um predomínio da cor azul. Reúne um
total de 19 sub-bacias situadas principalmente na porção noroeste e sudeste do
Submédio São Francisco, definindo uma zona contínua formada pelas sub-bacias do
Riacho da Brígida (1), Riacho das Graças (18), Riacho Pontal (19), Riacho Campo
Largo (20), Riacho Grande (22), Riacho Tanque Real (23) entre outras situadas ao
redor da Barragem do Sobradinho, e as sub-bacias do setor sudeste: Riacho da Vargem
(17), Alto Itaparica (16), Riacho Barreira (15), Riacho do Navio (9) e Rio Moxotó (8).
Recomenda-se para essa zona, a adoção de medidas preventivas em longo prazo,
quanto à regeneração e a preservação da cobertura vegetal original, normalização da
ocupação rural em encostas mais íngremes e programas de monitoramento da
qualidade da água.” (ECO, 18)
CF. meio ambiente, recursos naturais
4.27- monitoramento da qualidade da água 2
COLETA DE INFORMAÇÕES EM INTERVALOS REGULARES PARA DEFINIR
AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS E ESTABELECER MEDIDAS RESTRITIVAS,
PREVENTIVAS, MITIGADORAS OU CORRETIVAS, SEGUNDO A
METODOLOGIA ISA-ÁGUA, FORMULADA PELO ECOVALE
“O Projeto Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia
Hidrográfica do rio São Francisco (Projeto São Francisco - ANA/GEF/PNUMA/OEA),
por meio de vários estudos integrados, buscou desenvolver um Programa de Gestão
para esta bacia. A contribuição do subprojeto "Desenvolvimento de um sistema de
monitoramento da qualidade da água na região do Submédio do Rio São Francisco -
274
Ecovale", ao Projeto São Francisco, foi o aporte de uma metodologia pioneira, visando
a construção do Índice de Sustentabilidade Ambiental do Uso Água (ISA_ÁGUA). A
sustentabilidade ambiental do uso da água foi definida neste trabalho como uma
medida, dos mecanismos de gestão, controle e monitoramento da qualidade das águas,
por bacia, com base no conceito de desenvolvimento sustentável. Mede a situação
média de uma unidade geográfica de referência em três dimensões básicas, ecológica,
econômica e social, integrando-as ao final, com a finalidade de demonstrar qualitativa
e quantitativamente a performance dos indicadores. Isto auxiliará a tomada de decisão
para políticas públicas, bem como poderá sugerir os pontos ou estações, mais
adequadas de amostragem e de monitoramento da qualidade das águas de usos
múltiplos.” (ECO, 66)
CF. ambiental, meio ambiente, recursos naturais, ambiental, ISA-ÁGUA, ECOVALE,
medida restritiva, medida mitigadora, medida preventiva, medida corretiva
4.27.1- monitoramento 2 s.m
PROCESSO DE AVALIAÇÃO E ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DO MEIO
AMBIENTE, PRINCIPALMENTE DA ÁGUA, EM RELAÇÃO À POLUIÇÃO , A
PARTIR DOS DADOS COLETADOS, COM BASE NA METODOLOGIA ISA-
ÁGUA.
“Essas variáveis foram estudadas para formação do índice de sustentabilidade, de
modo integrado com as dimensões social e econômica, cujas variáveis foram
levantadas de base de dados oficiais e inventários aplicados ao campo. As principais
vantagens relacionadas à metodologia empregada estão, por um lado na
representatividade do monitoramento, possibilitada por uma maior quantidade de
amostras recolhidas, em função do baixo custo individual na caracterização de cada
ponto avaliado, e por outro, na integração de variáveis de distintas natureza e
formas.”(ECO, 66)
CF. monitoramento da qualidade da água 2, monitor 2, monitorar 2, meio ambiente,
água
4.27.2- monitor 2 s.m
AQUELE QUE MONITORA E FISCALIZA A QUALIDADE DA ÁGUA
275
“O programa de formação de Agentes de Água tem nas escolas de ensino fundamental
uma parceria de extrema importância, pois o ensino básico é o grande responsável na
formação das pessoas. Esta é a instância ideal para que se obtenha as mudanças
necessárias na forma de pensar sobre o ambiente e na maneira de melhorar a
convivência das pessoas com seu entorno. A participação de educadores nos cursos de
formação de agentes de água possibilita um grande ganho na construção da rede de
monitores ambientais.” (ECOR, LXII)
CF. monitoramento da qualidade da água 2, monitoramento 2, monitorar 2, meio
ambiente, água
4.27.3- monitorar 2
AVALIAR E ANALISAR AS CONDIÇÕES DO MEIO AMBIENTE,
PRINCIPALMENTE DA ÁGUA, EM RELAÇÃO À POLUIÇÃO , A PARTIR DOS
DADOS COLETADOS, COM BASE NA METODOLOGIA ISA-ÁGUA.
“A partir das conclusões apresentadas recomendam-se as seguintes ações mitigadoras:
manutenção de um agente ambiental em cada unidade municipal. Agente esse,
previamente treinado e com capacidade de monitorar os recursos ambientais, além de
possibilitar um canal de comunicação, em tempo real, entre os problemas ambientais
dos municípios e as entidades capazes de promover medidas mitigadoras e gestoras em
tempo hábil.” (ECO, 93)
CF. monitoramento da qualidade da água 2, monitoramento 2, monitor 2, meio
ambiente, água, meio ambiente, metodologia ISA-ÁGUA
4.28- recursos naturais s.m
SUBSTÂNCIAS, PRINCIPALMENTE ÁGUA, E MATÉRIAS, PRINCIPALMENTE
SOLO, UTILIZADOS COM FINS ECONÔMICOS PELO HOMEM NO SUBMÉDIO
SÃO FRANCISCO.
“A caracterização dos recursos naturais tendo como unidade geográfica de referência
a sub-bacia hidrográfica foi analisada em toda a sua extensão por meio do
processamento de imagens de satélite e resultados de estudos já existentes. Também se
276
fez uma pesquisa de campo com esta finalidade, onde se georreferenciou e se avaliou
cada fonte, com base na norma sugerida pela ISO 14.001.”(ECO, 87)
CF. solo, uso dos recursos naturais, água, solo, Submédio São Francisco, monitoramento
da qualidade da água 2, meio ambiente, ambiental
4.28.1- uso de recursos naturais s.m
APROVEITAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS PELA POPULAÇÃO DO
SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, PRINCIPALMENTE DA ÁGUA E DO SOLO, QUE
PODE GERAR CONFLITOS OU INFLUIR NA QUANTIDADE E QUALIDADE
DESSES RECURSOS.
“Os diferentes aspectos do perfil econômico da sustentabilidade ambiental foram
sintetizados em dez indicadores: empresas, finanças públicas, instituições financeiras,
lavoura permanente, lavoura temporária, pesquisa pecuária municipal, produção da
extração vegetal, produto interno bruto, salários e outras remunerações e unidades
locais (Figura 3). Estes retrataram o perfil macroeconômico e financeiro, indicando o
consumo e a demanda relativa aos recursos materiais e uso dos recursos naturais,
sobretudo por meio das atividades econômicas desenvolvidas na área”. (ECO, 50)
CF. recursos naturais, solo, uso e ocupação do solo, água, solo, Submédio São Francisco
4.28.2- solo s.m
RECURSO NATURAL NÃO RENOVÁVEL E FINITO, QUE FORMA A
SUPERFÍCIE TERRESTRE E É OCUPADA PELO HOMEM COM AGRICULTURA
OU CENTROS URBANOS.
“O Perfil ecológico dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisa a
degradação ambiental provocada pelo homem no uso dos recursos naturais, uma vez
que solo e água são recursos não renováveis e finitos. Estão distribuídos de forma
desigual pela bacia hidrográfica do rio São Francisco. Também enfoca os objetivos de
preservação e conservação do meio ambiente, considerados fundamentais aos
benefícios das gerações futuras (IBGE, 2002).” (ECO, 4)
CF. recursos naturais, uso dos recursos naturais, uso e ocupação do solo, agricultura
277
4.28.2.1-uso e ocupação intensiva do solo s.m
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA UTILIZAÇÃO INTENSA E SEM
PRÁTICAS DE MANEJO DO SOLO.
“Assim componentes sociais são incorporados na definição das metas de
desenvolvimento e conservação ambiental, sobretudo em países que comportam
grandes problemas sociais e deparam com a necessidade de alternativas ao manejo de
áreas comprometidas ambientalmente, mas, contudo, abertas à possibilidade de uso e
ocupação do solo com atividades econômicas.”(ECO, 50)
CF. recursos naturais, uso dos recursos naturais, solo, degradação ambiental, práticas de
manejo
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 5- (produtos) e, então, colocamos seus
termos definidos.
Mapa conceitual parcial 5- (produtos)
Vocabulário
Produtos
5- índice 3 s.m
MEDIDA QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE UM COMPONENTE SOCIAL,
ECONÔMICO OU AMBIENTAL QUE EXPRESSA O NÍVEL DESSE
COMPONENTE NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO GERADA PELO
SUBPROJETO ECOVALE
“O Subprojeto gerou quatorze novos indicadores de qualidade, dos quais onze são
novos, cujo desenvolvimento foi essencial à implementação do monitoramento:
- Índice de Carga de Agrotóxicos da Fruticultura Irrigada (novo);
- Índice de Déficit Hídrico (novo);
- Índice de Degradação Ambiental dos Solos (novo);
- Índice de Degradação Ambiental Potencial do Uso da Água (novo);
- Índice de Densidade Urbana;
- Índice de Desenvolvimento Humano;
278
- Índice de Qualidade Ambiental das Fontes de Água (novo);
- Índice de Qualidade Ambiental do Uso das Águas Subterrâneas (novo);
- Índice de Qualidade Ambiental do Uso das Águas Superficiais (novo);
- Índice de Sustentabilidade Ambiental do Uso da Água (novo).
- Índice de Vegetação;
- Índice do Perfil Econômico (novo);
- Índice do Perfil Social (novo);
- Índice do Perfil Ecológico (novo).” (ECO, 90)
CF. qualidade da água e do meio ambiente, educação ambiental, ICA_FRUT,
IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_FONTE, IQU_ASUP,
IQU_ASUB, ISA_ÁGUA, ICV_SAT
5.1- ICA_FRUT [índice de carga de agrotóxico da fruticultura] s.m
ÍNDICE* COMPOSTO PELA TOXIDADE DOS AGROTÓXICOS E PELA
DOSAGEM APLICADA DO PRINCÍPIO ATIVO NA FRUTICULTURA IRRIGADA,
QUE MEDE A CARGA DE AGROTÓXICO* NESSA CULTURA
“O Índice de Carga de Agrotóxicos (ICA_FRUT), foi composto de acordo com o grau
de toxicidade dos produtos usados e a dosagem aplicada do principio ativo para os
principais cultivos da região, principalmente uva e manga.” (ECO, p.26)
CF. IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP, IQU_ASUB,
ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, carga poluente, índice (1,2,3)
5.2 – IDE_BHID [índice de déficit hídrico] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE QUANTO A DEMANDA PELA ÁGUA* SUPERA A
PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA* E A CAPACIDADE HÍDRICA* DE UMA
SUB-BACIA
“Índice do Déficit Hídrico (IDE_BHID) para as 35 Sub-bacias hidrográficas da região
do Submédio do rio São Francisco, obtidos em função dos resultados das análises de
agrupamentos (cluster analysis)” (ECO, p.28)
279
CF. ICA_FRUT, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP, IQU_ASUB,
ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3), degradação,
qualidade das águas
5.3 – IDS_SAT [índice de degradação potencial dos solos] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA DOS SOLOS À
EROSÃO* E A DE ABSORVER E ESCOAR ÁGUA*
“Nesse sentido, elaborou-se um índice derivado do Índice de Erodibilidade Potencial-
IEP, que associa o Índice de Relevo (IRL) ao Índice de Escoamento Fluvial (IEF) . O
IEP é definido pela seguinte relação:IEP = 100.IEF.IRL. Tal índice, calculado para
cada sub-bacia originou por sua vez, o Índice de Degradação Potencial dos Solos
(IDS_SAT) após o tratamento estatístico, sendo representado espacialmente na Figura
7. O mapa é dominado pelas cores azul e verde, representando as sub-bacias com grau
de degradação potencial dos solos baixo e regular, respectivamente.” (ECO, p.14)
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP,
IQU_ASUB, ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3), erosão,
águas
Nota: Esse índice derivado do IEP- índice de erodibilidade potencial calculado para cada sub-
bacia do Submédio São Francisco.
5.4 – IDA_SAT [índice de degradação ambiental potencial do uso da água] s.m
ÍNDICE* RESULTANTE DA INTEGRAÇÃO DE ICV_SAT*, IDS_SAT* E
IDU_SAT*, QUE MEDE O GRAU DE DEGRADAÇÃO* DA QUALIDADE DAS
ÁGUAS*
“Integrando-se os anteriores índices (ICV_SAT, IDS_SAT e IDU_SAT), calculados para
as 35 sub-bacias hidrográficas, obteve-se o Índice de Degradação Ambiental Potencial
do Uso da Água (IDA_SAT), que pode ser utilizado como importante parâmetro de
diagnóstico das condições de favorecimento a alterações na qualidade dos recursos
hídricos superficiais do Submédio São Francisco.” (ECO, p.18)
280
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDS_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP,
IQU_ASUB, ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3),
degradação, qualidade das águas,
Nota: Este índice possibilitou a classificação dos municípios em zonas de baixo, regular, alto
e elevado risco de degradação ambiental
5.5 – IDU_SAT [índice de densidade urbana] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE O TAMANHO E A DENSIDADE DEMOGRÁFICA DAS
ÁREAS URBANIZADAS DENTRO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO*
“Em função das limitações climáticas que o meio impõe, seja pela baixa entrada de
água no sistema hidrológico, ou pela rápida saída ocasionada pela ação dos agentes de
evaporação (radiação solar, ventos e baixa capacidade de infiltração do solo), os
baixos valores de IDU_SAT das sub-bacias da região podem representar impactos de
grande magnitude. Isso se deve à fragilidade das sub-bacias situadas em áreas de
transição entre o tropical e o semi-árido brasileiro.” (ECO, p.16)
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP,
IQU_ASUB, ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3)
Nota: Como a região é caracterizada por um perfil rural, as áreas urbanizadas são pequenas e
esparsas. A maioria da população vive no meio rural.
5.6 –IQA_FONTE [índice de qualidade ambiental das fontes de água] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A QUALIDADE DA ÁGUA* POR MEIO DE PARÂMETROS
QUÍMICOS, FÍSICO-QUÍMICOS, MICROBIOLÓGICOS, FÍSICOS E
HIDROGEOLÓGICOS
“Com base na avaliação das 1.161 fontes de água construiu-se a Figura 15, que
sistematiza todas as informações pesquisadas, por meio do Índice de Qualidade
Ambiental das Fontes de Água (IQA_FONTE). Nesse Mapa é possível distinguir as
regiões ambientalmente homogêneas por bacia hidrográfica, considerando o
IQA_FONTE elevado, alto, médio e baixo, para as cores azul, verde, amarela e
vermelha, nessa ordem seqüencial de degradação ambiental” (ECO, p.37)
281
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQU_ASUP, IQU_ASUB,
ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3), qualidade das águas
Nota: Este índice é considerado pelo Ecovale como inadequado para o monitoramento da
qualidade da água, pois não agrega a dimensão ambiental, privilegiando a social e
econômica.
5.7 –IQU_ASUP [índice de qualidade ambiental do uso das águas superficiais] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A QUALIDADE DAS ÁGUAS* SUPERFICIAIS* POR MEIO
DE PARÂMETROS QUÍMICOS, FÍSICO-QUÍMICOS, MICROBIOLÓGICOS,
FÍSICOS E HIDROGEOLÓGICOS
“Índice de Qualidade Ambiental do Uso das Águas Superficiais (IQU_ASUP)
A água presente no ambiente está em constante movimento. Os processos de transporte
de massa ocorrem na atmosfera, na terra e nos oceanos. Durante o ciclo hidrológico, a
água sofre alterações na qualidade. Isso ocorre em condições naturais, em razão das
inter-relações dos componentes do ambiente, quando os recursos hídricos são
influenciados pelo uso para o suprimento das demandas dos núcleos urbanos, das
indústrias, da agricultura e das alterações do solo, urbano e rural.” (ECO, p.28)
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUB,
ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3), qualidade das águas,
águas superficiais
5.8 –IQU_ASUB [índice de qualidade ambiental do uso das águas subterrâneas] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A QUALIDADE DAS ÁGUAS* SUBTERRÂNEAS* POR
MEIO DE PARÂMETROS QUÍMICOS, FÍSICO-QUÍMICOS, MICROBIOLÓGICOS,
FÍSICOS E HIDROGEOLÓGICOS
“Índice de Qualidade Ambiental do Uso das Águas Subterrâneas (IQU_ASUB). Em
expedições de campo foram realizadas medições de qualidade de águas subterrâneas
com sondas multiparâmetros sendo apontados pela análise multivariada as variáveis
sólidos totais dissolvidos e salinidade como os mais significativos para caracterização
das águas subterrâneas: A análise de “Cluster” classificou em quatro condições
indicadoras da qualidade das águas, sendo a cor azul demonstrativa de elevada
282
qualidade e representa 24,65% dos municípios da região do Submédio. A salinidade
dessas águas variou de 0,14 a 0,42 g L-1 de sal, o que as classifica como água doce,
pela resolução do CONAMA (em sentido lato "água-doce" significa sistemas aquáticos
continentais tais como rios e lagos e, tecnicamente, designa águas com menos de 0,5 g
L-1 de sais minerais dissolvidos na água).” (ECO, p.24)
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP,
ISA-Água, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3), qualidade das águas,
águas subterrâneas
5.9 –ISA_ÁGUA [índice de sustentabilidade ambiental do uso das águas subterrâneas] s.m
ÍNDICE* QUE ANALISA AS CARACTERÍSTICAS DO USO DA ÁGUA* POR
MEIO DA INTEGRAÇÃO DOS PERFIS SOCIAL*, ECONÔMICO* E
ECOLÓGICO* DE UMA REGIÃO.
“Como resultado preponderante da aplicação dessa metodologia, utilizando-se o índice
ISA_ÁGUA, observa-se o aumento significativo da demanda e alteração das águas
superficiais, que ocorreram junto às atividades agroindustriais e urbanas ribeirinhas
ao longo do rio São Francisco, trecho Pilão Arcado - Paulo Afonso, em cerca de 700km
ao longo da calha do rio. Enquanto é consenso a degradação da qualidade das águas
pelas atividades agrícolas e urbanas na região em estudo, o grau de impacto dessas
atividades pode ser reduzido pela implementação de práticas de manejo e uso de
legislação adequada.” (ECO, p.64)
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP,
IQU_ASUB, ICV_SAT, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3), qualidade das águas,
uso da água, sustentabilidade, perfil econômico, perfil ecológico, perfil social
Nota: Este índice faz parte de uma metodologia pioneira que observa não só o perfil
ecológico, bem como o econômico e o social para a definição da sustentabilidade do uso
da água em uma região, já que a água é condição primeira de qualidade ambiental e de
vida.
5.10–ICV_SAT [índice de cobertura vegetal] s.m
ÍNDICE* QUE MEDE A INTENSIDADE E A PRESERVAÇÃO* DAS ÁREAS
VERDES EM UMA REGIÃO.
283
“O Índice de Cobertura Vegetal (ICV_SAT) deriva do Índice de Vegetação (IV) que é o
parâmetro normalmente utilizado para estimativas da densidade de biomassa verde na
superfície terrestre, através do processamento digital de imagens de satélite. Os valores
de IV são obtidos pela razão entre a intensidade de luz refletida pela superfície nas
faixas espectrais do infravermelho e do vermelho. Tal fator, é normalmente expresso
numa escala entre 0 e 255, e obedece a relação de que quanto maior o valor mais densa
e vigorosa será a biomassa vegetal presente. Sua utilidade é reconhecida para a
avaliação da capacidade da sub-bacia em retardar o escoamento superficial, em reter
os sedimentos e minimizar os efeitos da erosão laminar. É importante também, para o
levantamento de remanescentes florestais e demais formações vegetais existentes nas
sub-bacias” (ECO, p.11)
CF. ICA_FRUT, IDE_BHID, IDS_SAT, IDA_SAT, IDU_SAT, IQA_Fonte, IQU_ASUP,
IQU_ASUB, ISA-Água, IEF, IEP, IRL, IV, IUB, índice (1,2,3), preservação
5.11- AIA s.f [avaliação de impactos ambientais]
PRODUTO DO ECOVALE, QUE PROPÕE A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS
ÁGUAS DE USOS MÚLTIPLOS EM FUNÇÃO DAS ATIVIDADES
AGROINDUSTRIAIS, COMERCIAIS E DE SERVIÇOS PÚBLICOS NA REGIÃO
DA BACIA HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO
“PRODUTOS/RESULTADOS DO PROJETO
1) Avaliação dos Impactos Ambientais (AIA) sobre a qualidade das águas de usos
múltiplos em função das atividades agroindustriais, industriais, comerciais e de
serviços públicos na região da bacia hidrográfica do rio São Francisco “(ECO, 70)
CF. estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários, planta
piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos, treinamento e envolvimento
da comunidade, PAE, indicadores sócio-econômicos e ambientais da região do
Submédio São Francisco, avaliação documentada de qualidade das águas
superficiais e subterrâneas do Submédio São Francisco, PGI, EcoSiam
5.12- estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários s.f
284
PRODUTO DO ECOVALE , QUE PROPÕE A ORGANIZAÇÃO DE
DOCUMENTOS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA SEREM
DISTRIBUÍDOS À COMUNIDADE, PARA FACILITAR A IMPLANTAÇÃO DE
MEDIDAS MITIGADORAS E DE CONTROLE DOS POLUENTES MAIS
IMPORTANTES NA BACIA DO SÃO FRANCISCO.
“PRODUTOS/RESULTADOS DO PROJETO
Estrutura documentada para mitigação e controle dos poluentes prioritários” (ECO,
70)
CF. AIA, planta piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos, treinamento e
envolvimento da comunidade, PAE, indicadores sócio-econômicos e ambientais da
região do Submédio São Francisco, avaliação documentada de qualidade das águas
superficiais e subterrâneas do Submédio São Francisco, PGI, EcoSiam, ECOVALE,
desenvolvimento sustentável, bacia hidrográfica, Rio São Francisco, poluente,
medida mitigadora
5.13- planta piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos s.f
PRODUTO DO ECOVALE, QUE PROPÕE A LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DAS
SUB-BACIAS DA BACIA DO SÃO FRANCISCO COM ELEVADOS NÍVEIS DE
DEGRADAÇÃO HÍDRICA, PARA POSTERIOR INSTALAÇÃO DE ESTAÇÕES DE
AMOSTRAGEM PARA MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE
USOS MÚLTIPLOS.
PRODUTOS/RESULTADOS DO PROJETO Planta Piloto de Monitoramento "on line" de Qualidade das Águas de Usos Múltiplos
“(ECO, 70)
CF. AIA, estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários, ,
treinamento e envolvimento da comunidade, PAE, indicadores sócio-econômicos e
ambientais da região do Submédio São Francisco, avaliação documentada de
qualidade das águas superficiais e subterrâneas do Submédio São Francisco, PGI,
EcoSiam, ECOVALE, sub-bacia, bacia hidrográfica, Rio São Francisco, degradação
hídrica, estação de amostragem, monitoramento da qualidade da água, água, água
de usos múltiplos
285
5.14- treinamento e envolvimento da comunidade s.m
PRODUTO DO ECOVALE QUE PROPÕE A FORMAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA
COMUNIDADE, A PARTIR A HABILITAÇÃO DE AGENTES DE ÁGUA
VOLUNTÁRIOS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, APTOS A CONSERVAR E
FISCALIZAR O USO DA ÁGUA.
“PRODUTOS/RESULTADOS DO PROJETO
Treinamento e envolvimento da comunidade
Formação massiva de Agentes de Água (pessoas voluntárias da própria comunidade),
sobre práticas de educação ambiental e de participação da população, na conservação
e fiscalização das águas.” (ECO, 71)
CF. AIA, estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários,
planta piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos, PAE, indicadores
sócio-econômicos e ambientais da região do Submédio São Francisco, avaliação
documentada de qualidade das águas superficiais e subterrâneas do Submédio São
Francisco, PGI, EcoSiam, ECOVALE, agentes de água voluntários, educação
ambiental, uso da água
5.15- PAE s.m [programa de ação estratégica]
CONJUNTO DE PRÁTICAS AMBIENTAIS QUE PROPÕE A PARTICIPAÇÃO DA
COMUNIDADE E O USO DA METODOLOGIA ISA-ÁGUA NO
MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA ÁGUA , BEM COMO
RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, COM BASE NO CONCEITO DE
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
“A co-validação do ISA_Água foi realizada junto às comunidades rurais e urbanas
durante o período de 1998 a 2002, tendo como estratégia técnico-científica a
implementação de um Programa de Ação Estratégica (PAE), sobre monitoramento de
água, considerando o conceito de Desenvolvimento Sustentável e a Lei da Vida (Lei no.
9605 de 12 de fevereiro de 1998 e Decreto no. 3179 de 21 de outubro de 1999).
Também foi realizada em termos comparativos com o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH)” (ECO, 72)
CF. AIA, estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários,
planta piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos, treinamento e
286
envolvimento da comunidade, PAE, indicadores sócio-econômicos e ambientais da
região do Submédio São Francisco, avaliação documentada de qualidade das águas
superficiais e subterrâneas do Submédio São Francisco, PGI, EcoSiam,
monitoramento 1, monitoramento 2, ISA-ÁGUA, fiscalização da água,
desenvolvimento sustentável
5.15.1- recomendações para o PAE s.f
PRODUTO DO ECOVALE QUE PROPÕE SUGESTÕES DE MELHORIA AO PAE-
PROGRAMA DE AÇÃO ESTRATÉGICA.
“PRODUTOS/RESULTADOS DO PROJETO Recomendações para o PAE”(ECO, 70)
CF. estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários, planta
piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos, treinamento e envolvimento
da comunidade, PAE, recomendações para o PAE, indicadores sócio-econômicos e
ambientais da região do Submédio São Francisco, avaliação documentada de
qualidade das águas superficiais e subterrâneas do Submédio São Francisco, PGI,
EcoSiam, ECOVALE
5.16- indicadores sócio-econômicos e ambientais da região do Submédio São Francisco
s.m
PRODUTO DO ECOVALE QUE PROPÕE VARIÁVEIS, QUE REFLETEM AS
CONDIÇÕES SOCIAIS, ECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA REGIÃO E
PERMITEM A ORGANIZAÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS, PREVENTIVAS,
RESTRITIVAS E CORRETIVAS PARA COMBATER A DEGRADAÇÃO
AMBIENTAL NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.
“PRODUTOS/RESULTADOS DO PROJETO Indicadores socioeconômicos e ambientais da região do Submédio São do rio São
Francisco” (ECO, 70)
CF. AIA, estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários,
planta piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos, treinamento e
envolvimento da comunidade, PAE, avaliação documentada de qualidade das águas
superficiais e subterrâneas do Submédio São Francisco, PGI, EcoSiam, ECOVALE,
variáveis, medidas mitigadoras, medidas preventivas, medidas restritivas, medidas
corretivas, degradação ambiental, Submédio São Francisco
287
5.16.1- avaliação documentada de qualidade das águas superficiais e subterrâneas do
Submédio São Francisco s.f
PRODUTO DO ECOVALE, QUE PROPÕE A CONSTRUÇÃO DOS PERFIS
SOCIAIS E ECONÔMICOS DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, COM BASE
NO DESENVOLVIMENTO DE FATORES DE SUSTENTABILIDADE, DEFINIDOS
A PARTIR DE DADOS SECUNDÁRIOS, ENVOLVENDO INSTITUIÇÕES
FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS.
“PRODUTOS/RESULTADOS DO PROJETO
Avaliação documentada, inclusive mapas, de qualidade das águas superficiais e
subterrâneas na região do Submédio do rio São Francisco” (ECO, 70)
CF. AIA, estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários,
planta piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos, treinamento e
envolvimento da comunidade, PAE, indicadores sócio-econômicos e ambientais da
região do Submédio São Francisco, PGI, EcoSiam, mapa temático, mapeamento 2,
ECOVALE, perfil social, perfil econômico, bacia hidrográfica, Rio São Francisco,
fator, sustentabilidade ambiental do uso da água.
5.16.2- mapas temáticos s.m Var. mapas temáticos digitais de sustentabilidade do uso da
água
MAPAS DA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO QUE MOSTRAM A
CLASSIFICAÇÃO DAS SUB-BACIAS QUANTO AOS ÍNDICES E PERFIS
SOCIAL, ECONÔMICO E ECOLÓGICO, CUJA ANÁLISE PERMITIU A
CONSTRUÇÃO DO ISA-ÁGUA PELO ECOVALE.
“A classificação das sub-bacias hidrográficas feita pela análise discriminante foi
essencial para a confecção dos Mapas Temáticos sobre os indicadores dos perfis
social, econômico e ecológico, permitindo a obtenção de seus perfis (IP_SOCI,
IP_ECOL, IP_ECON) e da construção do Índice de Sustentabilidade Ambiental
(ISA_ÁGUA). Este último é o integrador dos demais perfis mencionados. Esta
abordagem metodológica permitiu o levantamento e cruzamento de informações que
ainda não haviam sido analisadas conjuntamente, gerando um resultado que permitirá
288
aos gestores dos recursos hídricos conhecer os problemas, as causas e indicar as ações
que possam ser tomadas para que os problemas encontrados sejam eficazmente
solucionados.” (ECO, 11)
CF. avaliação documentada de qualidade das águas superficiais e subterrâneas do
Submédio São Francisco, mapeamento 1, mapeamento 2, Submédio São Francisco,
sub-bacia, índice 3, perfil social, perfil econômico, perfil ecológico, ISA-ÁGUA,
ECOVALE
5.16.2.1- mapeamento 1 s.m
PROCESSO DE CONFECCIONAR MAPAS TEMÁTICOS DOS ÍNDICES E PERFIS
ANALISADOS PELO ECOVALE
“Para efeito de mapeamento, convencionou-se a cor azul para os locais com baixo
IDE_BHID, cor verde para os locais com valores regulares, cor amarelo para os locais
com valores altos e a cor vermelha para os locais com valores elevados. Observa-se na
Figura 13 a predominância de locais com elevados Índices do déficit hídrico
(IDE_BHID) apresentados com a cor vermelha.”(ECO, 28)
CF. mapas temáticos, índice 3, ECOVALE
5.16.3- mapeamento 2
PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DAS
BACIAS E SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO
“Ver classificação e mapeamento de bacias hidrográficas pelo método de Otto
Pfafstertter contido no relatório final.”(ECO, 1)
CF. mapeamento 1, bacia hidrográfica, sub-bacia hidrográfica, Submédio São Francisco
5.17- cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água s.f
PRODUTO DO ECOVALE, CONSTITUÍDO DE NORMAS SOBRE PRÁTICAS DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NA
CONSERVAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DAS ÁGUAS E DE SEUS USOS
289
“Elaboração de cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água
- Confecção de cartilhas sobre práticas de Educação Ambiental e de participação da
população na conservação e fiscalização das águas para serem introduzidas nas
escolas do ensino fundamental e médio.” (ECOR, LII)
CF. programa de educação ambiental, projeto de educação ambiental, ECOVALE,
conservação ambiental, fiscalização das águas, uso da água
5.18- metodologia ISA-ÁGUA s.f
METODOLOGIA DE ANÁLISE DOS PERFIS ECOLÓGICO, ECONÔMICO E
SOCIAL INTEGRADOS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA QUE UTILIZA O
ÍNDICE ISA-ÁGUA E VISA O MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA.
“O Projeto Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia
Hidrográfica do rio São Francisco (Projeto São Francisco - ANA/GEF/PNUMA/OEA),
por meio de vários estudos integrados, buscou desenvolver um Programa de Gestão
para esta bacia. A contribuição do subprojeto "Desenvolvimento de um sistema de
monitoramento da qualidade da água na região do Submédio do Rio São Francisco -
Ecovale", ao Projeto São Francisco, foi o aporte de uma metodologia pioneira, visando
a construção do Índice de Sustentabilidade Ambiental do Uso Água
(ISA_ÁGUA).”(ECO, 1)
CF. ISA-ÁGUA, perfil ecológico, perfil econômico, perfil social, bacia hidrográfica,
monitoramento da qualidade da água 2
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 6- (propostas, recomendações e
sugestões) e, então, colocamos seus termos definidos.
290
Mapa conceitual parcial 6- (propostas, recomendações, sugestões)
Vocabulário
5- ação estratégica
PROVIDÊNCIA SOCIAL, ECONÔMICA E ECOLÓGICA QUE TEM COMO
OBJETIVO DEFLAGRAR MEDIDAS CORRETIVAS E/OU MITIGADORAS E/OU
PREVENTIVAS E/OU RESTRITIVAS SEGUNDO A CAUSA FUNDAMENTAL
RESULTANTE DA MATRIZ DE ANÁLISE CAUSAL DO ISA-ÁGUA
“Propostas de ações estratégicas, segundo as causas fundamentais resultantes da
Matriz de Análise Causal do Índice de Sustentabilidade do Uso da Água (ISA_ÁGUA)
no Submédio São Francisco, e interface com as políticas da ANA (2002).” (ECO, 68)
CF. medida corretiva, medida mitigadora, medida preventiva, medida restritiva,
diagnóstico, inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento
de mapas temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de
cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações
automáticas de alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de
racionalização do uso da água em âmbito regional, desenvolvimento de um
programa de monitoramento sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um
291
programa estratégico sobre uso racional da água, PGI, programa de divulgação
estratégico sobre o uso racional da água, fiscalização das águas, conservação das
águas, PGA-RH
6.1- medida corretiva s.f Var. ação corretiva
PROVIDÊNCIA POLÍTICO-AMBIENTAL, IMPLANTADA POR MEIO DA
APLICAÇÃO DO ISA-ÁGUA, QUE PERMITE A CORREÇÃO DE IMPACTOS
AMBIENTAIS NO MOMENTO EM QUE SÃO DETECTADOS
“A metodologia de monitoramento desenvolvida com base no ISA_Água permite que
ações corretivas ou mitigadoras de impactos ambientais negativos sejam defragadas no
momento em que forem detectadas, durante o monitoramento ambiental.”(ECOR,
LXXVII)
CF. medida mitigadora, medida preventiva, medida restritiva, diagnóstico, impacto
ambiental, ISA-ÁGUA
6.2- medida mitigadora s.f Var. ação mitigadora
PROVIDÊNCIA POLÍTICO-AMBIENTAL, IMPLANTADA POR MEIO DA
APLICAÇÃO DO ISA-ÁGUA, QUE PERMITE A PREVENÇÃO E/OU
CONTENÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS, NO MOMENTO EM QUE SÃO
DETECTADOS.
“Pode-se afirmar que a grande vantagem do ISA-Água é a sua utilização para
avaliação estratégica em políticas públicas e para grupos de gestão ambiental. Serve de
suporte para a gestão de recursos hídricos em bacias hidrográficas, permitindo o
estabelecimento de áreas prioritárias para o monitoramento da qualidade de água, bem
como intervenção no entorno. Em escala menor pode servir como modelo para
elaboração das Agendas 21 municipais. Para isso utiliza-se a matriz multivariada de
análise causal, cujo resultado demonstra as causas e as medidas mitigadoras para
cada problema encontrado.” (ECOR, XLVII)
CF. medida corretiva, medida preventiva, medida restritiva, diagnóstico, impacto
ambiental, ISA-ÁGUA
6.3- medida preventiva s.f Var. ação preventiva
292
PROVIDÊNCIA POLÍTICO-AMBIENTAL, IMPLANTADA POR MEIO DA
APLICAÇÃO DO ISA-ÁGUA, QUE PERMITE A PREVENÇÃO DE IMPACTOS
AMBIENTAIS, QUE PODEM VIR A OCORRER.
“Recomenda-se para essa zona, a adoção de medidas preventivas em longo prazo,
quanto à regeneração e a preservação da cobertura vegetal original, normalização da
ocupação rural em encostas mais íngremes e programas de monitoramento da
qualidade da água”.(ECOR, XVI)
CF. medida corretiva, medida mitigadora, medida restritiva, diagnóstico, impacto
ambiental, ISA-ÁGUA
6.4- medida restritiva s.f Var. ação restritiva
PROVIDÊNCIA POLÍTICO-AMBIENTAL, IMPLANTADA POR MEIO DA
APLICAÇÃO DO ISA-ÁGUA, QUE LIMITA A AÇÃO ANTRÓPICA, IMPEDINDO
A OCORRÊNCIA DE IMPACTOS AMBIENTAIS.
“Dos municípios que compõem a região do Submédio São Francisco 78% exigem
medidas ambientais restritivas e mitigadoras em curto prazo, 11% exigem monitoração
ambiental e medidas mitigadoras de curto prazo e o restante é conveniente um
programa de educação ambiental.” (ECO, 91)
CF. medida corretiva, medida mitigadora, medida preventiva, diagnóstico, impacto
ambiental, ISA-ÁGUA
6.5- diagnóstico s.m
IDENTIFICAÇÃO METÓDICA DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DA REGIÃO
PARA O ESTABELECIMENTO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS.
“Como esta matriz de analise causal foi obtida por meio de análise multivariada, foi
denominada de "Análise da Matriz Causal Multivariada (AMCM)". No Quadro 4 é
possível constatar as variantes Causas Fundamentais construídas com base na AMCM.
A importância deste tipo de análise está na possibilidade de elaborar um diagnóstico
analítico das Sub-bacias do Rio São Francisco, identificando as causas reais e os
efeitos dos problemas ambientais, servindo como referência para a elaboração do
Programa de Gestão Integrada (PGI) da bacia.” (ECO, 71)
293
CF. diagnosticar, medida corretiva, medida mitigadora, medida preventiva, medida
restritiva, ambiental, ação estratégica
6.5.1- diagnosticar v
IDENTIFICAR DE FORMA METÓDICA AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DA
REGIÃO PARA O ESTABELECIMENTO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS.
“Diagnosticar a situação atual dos recursos hídricos, para identificação dos conflitos
potenciais; identificar o estado de degradação das fontes de recursos hídricos.; Prever
impactos que decorram dos diversos manejos setoriais de água.”(ECO, 32)
CF. diagnóstico, medida corretiva, medida mitigadora, medida preventiva, medida
restritiva, ambiental, ação estratégica
6.6- inventário georreferenciado da qualidade ambiental s.m
PROPOSTA TÉCNICA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO, INTEGRANTE DO PGI, QUE SE COMPÕE DO INVENTÁRIO
SÓCIO-AMBIENTAL E DO CADASTRO DOS CORPOS DE ÁGUA, DOS
USUÁRIOS DE ÁGUA E DAS FONTES DE POLUIÇÃO.
“PROPOSTAS TÉCNICAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO (PGI)
Inventário georreferenciado da qualidade ambiental
- Cadastro dos corpos de água e dos usuários de água;
- Cadastro das fontes de poluição;
- Inventário da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e
subterrâneas;
- Inventário sócio-ambiental das instalações agropecuárias, industriais, comerciais e
de saneamento básico (tratamento de esgotos e vazadouros a céu aberto) utilizando a
norma ISO 14001.”(ECO, 70)
CF. desenvolvimento de mapas temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água,
elaboração de cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de
estações automáticas de alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de
racionalização do uso da água em âmbito regional, desenvolvimento de um
294
programa de monitoramento sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um
programa estratégico sobre uso racional da água, PGI, programa de divulgação
estratégico sobre o uso racional da água, fiscalização das águas, conservação das
águas, bacia hidrográfica, Rio São Francisco, PGI, inventário sócio-ambiental,
cadastro, corpos de água, usuários de água, fontes de poluição, PGA-RH
6.7- desenvolvimento de mapas temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água s.m
PROPOSTA TÉCNICA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO, INTEGRANTE DO PGI, QUE SE COMPÕE DE MAPAS
TEMÁTICOS DIGITAIS DOS ÍNDICES DOS PERFIS SOCIAL, ECONÔMICO,
ECOLÓGICO E ISA-ÁGUA
“PROPOSTAS TÉCNICAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO (PGI) Desenvolvimento de mapas temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água - Índice do perfil social; - Índice do perfil econômico; - Índice do perfil ecológico; - Índice de Sustentabilidade Ambiental do Uso da Água (ISA_Água).”(ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
da água em âmbito regional, desenvolvimento de um programa de monitoramento
sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, PGI, programa de divulgação estratégico sobre o uso racional
da água, fiscalização das águas, conservação das águas, bacia hidrográfica, Rio São
Francisco, PGI, mapas temáticos, índice 1, índice 2, índice 3, perfil social, perfil
econômico, perfil ecológico, ISA-ÁGUA, PGA-RH
6.8- elaboração de cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água s.f
proposta técnica para a bacia hidrográfica do rio São Francisco, integrante do PGI, que
se compõe de confecção de cartilhas técnicas sobre prática de educação ambiental e da
participação da população na conservação e fiscalização das águas a serem introduzidas
no ensino fundamental e médio
295
“PROPOSTAS TÉCNICAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO (PGI)
Elaboração de cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água
- Confecção de cartilhas sobre práticas de Educação Ambiental e de participação da
população na conservação e fiscalização das águas para serem introduzidas nas
escolas do ensino fundamental e médio.” (ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, instalação de estações
automáticas de alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de
racionalização do uso da água em âmbito regional, desenvolvimento de um
programa de monitoramento sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um
programa estratégico sobre uso racional da água, PGI, programa de divulgação
estratégico sobre o uso racional da água, fiscalização das águas, conservação das
águas, bacia hidrográfica, Rio São Francisco, PGI, cartilhas técnicas, conservação,
fiscalização das águas, PGA-RH
6.9- instalação de estações automáticas de alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias
s.f
proposta técnica para a bacia hidrográfica do rio São Francisco, integrante do PGI, que
se compõe de locação e instalação de estação de alerta em sub-bacias com elevado
índice de degradação hídrica
“PROPOSTAS TÉCNICAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO (PGI)
Instalação de Estações Automáticas de Alerta em Sub-bacias hidrográficas
prioritárias
- Locação e instalação de estações de alerta em sub-bacias hidrográficas com elevado
índice de degradação hídrica. Objetivamente naqueles pontos de amostragem
georreferenciados, com índices críticos.”(ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, proposta de racionalização do uso da água
em âmbito regional, desenvolvimento de um programa de monitoramento
296
sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, PGI, programa de divulgação estratégico sobre o uso racional
da água, fiscalização das águas, conservação das águas, bacia hidrográfica, Rio São
Francisco, PGI, estação automática de alerta, sub-bacia hidrográfica, índice 1,
degradação ambiental, hídrica, PGA-RH
6.10- proposta de racionalização do uso da água em âmbito regional s.f
PROPOSTA TÉCNICA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO, INTEGRANTE DO PGI, QUE SE COMPÕE DA RACIONALIZAÇÃO
DO USO DA ÁGUA POR MEIO DE TECNOLOGIAS INOVADORAS DE BOAS
PRÁTICAS AGRÍCOLAS E AGROINDUSTRIAIS E DE BOAS POLÍTICAS
PÚBLICAS.
“PROPOSTAS TÉCNICAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO
(PGI)
- Proposta de racionalização do uso de água de âmbito regional
- Tecnologias inovadoras de "Boas Práticas Agrícolas", agroindustriais e de
racionalização do uso da água (Políticas públicas)”.(ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, desenvolvimento de um programa
de monitoramento sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa
estratégico sobre uso racional da água, PGI, programa de divulgação estratégico
sobre o uso racional da água, fiscalização das águas, conservação das águas, bacia
hidrográfica, Rio São Francisco, PGI, uso da água, racionalização do uso da água,
uso da água, PGA-RH
6.10.1- racionalização do uso da água s.f
restringir o uso da água com vistas à sua preservação, conservação e sustentabilidade.
“Proposta de racionalização do uso de água de âmbito regional
- Tecnologias inovadoras de "Boas Práticas Agrícolas", agroindustriais e de
racionalização do uso da água (Políticas públicas).” (ECO, 70)
297
CF. proposta de racionalização do uso da água em âmbito regional, uso da água,
preservação, conservação, sustentabilidade do uso da água.
6.11- desenvolvimento de um programa de monitoramento sustentável do uso das águas
PROPOSTA TÉCNICA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO, INTEGRANTE DO PGI, QUE SE COMPÕE DA FORMAÇÃO
MASSIVA DE AGENTES DE ÁGUA VOLUNTÁRIOS SOBRE PRÁTICAS DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CONSERVAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DAS
ÁGUAS PELA PRÓPRIA COMUNIDADE E DIVULGAÇÃO DO PGA-RH
“PROPOSTAS TÉCNICAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO (PGI)
Desenvolvimento de um Programa de Monitoramento Sustentável do Uso das Águas
- Formação massiva de Agentes de Água (pessoas voluntárias da própria comunidade),
sobre práticas de educação ambiental e de participação da população, na conservação
e fiscalização das águas;
- Divulgação de Gestão Ambiental dos Recursos Hídricos (PGA_RH) relacionada ao
uso de "Boas Práticas Agrícolas" e agroindustriais dos serviços públicos municipais.”
(ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
da água em âmbito regional , desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, programa de divulgação estratégico sobre o uso racional da
água, fiscalização das águas, conservação das águas, bacia hidrográfica, Rio São
Francisco, PGI, agentes de água voluntários, conservação, fiscalização das águas,
PGA-RH
6.12- desenvolvimento de um programa estratégico sobre uso racional da água s.m
PROPOSTA TÉCNICA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO, INTEGRANTE DO PGI, QUE SE COMPÕE DA REALIZAÇÃO DE
298
CURSOS E SEMINÁRIOS SOBRE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA
ÁGUA E DIVULGAÇÃO DE SEUS RESULTADOS, ENVOLVENDO A
COMUNIDADE E ALUNOS DE ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL.
“PROPOSTAS TÉCNICAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO (PGI)
Desenvolvimento de um Programa de Divulgação Estratégico sobre Uso Racional da
Água
- Divulgação e realização de cursos sobre monitoramento de qualidade da água
envolvendo alunos das escolas do ensino fundamental e médio. E seminários juntos a
comunidade incentivando a participação em ações voltadas à sustentabilidade do uso
da água, repasse dos resultados alcançados, restauração de áreas e fontes degradadas
e fiscalização.” (ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
da água em âmbito regional , desenvolvimento de um programa de monitoramento
sustentável do uso das águas, PGI, programa de divulgação estratégico sobre o uso
racional da água, fiscalização das águas, conservação das águas, bacia hidrográfica,
Rio São Francisco, PGI, agentes de água voluntários, conservação, fiscalização das
águas, PGA-RH, monitoramento da qualidade da água.
6.13- PGI s.m [programa de gestão integrada]
PRODUTO DO ECOVALE QUE PROPÕE A GESTÃO AMBIENTAL DA BACIA
DO RIO SÃO FRANCISCO.
“Como esta matriz de analise causal foi obtida por meio de análise multivariada, foi
denominada de "Análise da Matriz Causal Multivariada (AMCM)". No Quadro 4 é
possível constatar as variantes Causas Fundamentais construídas com base na AMCM.
A importância deste tipo de análise está na possibilidade de elaborar um diagnóstico
analítico das Sub-bacias do Rio São Francisco, identificando as causas reais e os
299
efeitos dos problemas ambientais, servindo como referência para a elaboração do
Programa de Gestão Integrada (PGI) da bacia.” (ECO, 71)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
da água em âmbito regional , desenvolvimento de um programa de monitoramento
sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, programa de divulgação estratégico sobre o uso racional da
água, fiscalização das águas, conservação das águas, bacia hidrográfica, Rio São
Francisco, PGA-RH, ECOVALE, gestão ambiental
6.14- PGA-RH s.m [programa de gestão ambiental de recursos hídricos]
PROPOSTA TÉCNICA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO, CARACTERIZADA PELA ORGANIZAÇÃO E CONCRETIZAÇÃO
DE UM CONJUNTO DE AÇÕES DE GESTÃO AMBIENTAL, RELACIONADAS A
SUSTENTABILIDADE DO USO DA ÁGUA.
“Divulgação de Gestão Ambiental dos Recursos Hídricos (PGA_RH) relacionada ao
uso de "Boas Práticas Agrícolas" e agroindustriais dos serviços públicos
municipais”.(ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
da água em âmbito regional , desenvolvimento de um programa de monitoramento
sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, programa de divulgação estratégico sobre o uso racional da
água, fiscalização das águas, conservação das águas, bacia hidrográfica, Rio São
Francisco, PGI, gestão ambiental, sustentabilidade do uso da água.
6.15- programa de divulgação estratégico sobre o uso racional da água s.m
300
PROPOSTA TÉCNICA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO
FRANCISCO QUE CONSISTE NA DIVULGAÇÃO E REALIZAÇÃO DE CURSOS
SOBRE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA ALUNOS DAS
ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO E SEMINÁRIOS PARA A
COMUNIDADE.
“Programa de Divulgação Estratégico sobre Uso Racional da Água
- Divulgação e realização de cursos sobre monitoramento de qualidade da água
envolvendo alunos das escolas do ensino fundamental e médio. E seminários juntos a
comunidade incentivando a participação em ações voltadas à sustentabilidade do uso
da água, repasse dos resultados alcançados, restauração de áreas e fontes degradadas
e fiscalização.” (ECO, 71)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
da água em âmbito regional , desenvolvimento de um programa de monitoramento
sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, PGA-RH, bacia hidrográfica, Rio São Francisco,
monitoramento da qualidade da água
6.16- fiscalização das águas s.f
PROPOSTA TÉCNICA DO ECOVALE DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE
DA ÁGUA PELA POPULAÇÃO NA BACIA DO SÃO FRANCISCO
“Elaboração de cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água
- Confecção de cartilhas sobre práticas de Educação Ambiental e de participação da
população na conservação e fiscalização das águas para serem introduzidas nas
escolas do ensino fundamental e médio.”(ECO, 70)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
301
da água em âmbito regional , desenvolvimento de um programa de monitoramento
sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, programa de divulgação estratégico sobre o uso racional da
água, PGA-RH, conservação das águas, bacia hidrográfica, Rio São Francisco, PGI,
monitoramento da qualidade da água, ECOVALE
6.17- conservação das águas
PROPOSTA TÉCNICA DO ECOVALE DE PRESERVAÇÃO DAS CONDIÇÕES
NATURAIS DAS FONTES DE ÁGUA PELA POPULAÇÃO NA BACIA DO SÃO
FRANCISCO
“Desenvolvimento de um Programa de Monitoramento Sustentável do Uso das Águas
- Formação massiva de Agentes de Água (pessoas voluntárias da própria comunidade),
sobre práticas de educação ambiental e de participação da população, na conservação
e fiscalização das águas;
- Divulgação de Gestão Ambiental dos Recursos Hídricos (PGA_RH) relacionada ao
uso de "Boas Práticas Agrícolas" e agroindustriais dos serviços públicos municipais”.
(ECO, 71)
CF. inventário georreferenciado da qualidade ambiental, desenvolvimento de mapas
temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água, elaboração de cartilhas
técnicas sobre o uso sustentável da água, instalação de estações automáticas de
alerta em sub-bacias hidrográficas prioritárias, proposta de racionalização do uso
da água em âmbito regional , desenvolvimento de um programa de monitoramento
sustentável do uso das águas, desenvolvimento de um programa estratégico sobre
uso racional da água, programa de divulgação estratégico sobre o uso racional da
água, PGA-RH, fiscalização das águas, bacia hidrográfica, Rio São Francisco, PGI,
ECOVALE, fontes de água
6.18- zona de risco I s.f
PARTE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO EM QUE A DEGRADAÇÃO
AMBIENTAL É CONSIDERADA DE NÍVEL BAIXO, PARA A QUAL SÃO
RECOMENDADAS MEDIDAS PREVENTIVAS E MITIGADORAS EM LONGO
PRAZO
302
“ZONA I - RISCO BAIXO: medidas em longo prazo
Esta unidade integra a maior parte da região, ocupando cerca de 88.000 km2 ou 71%
do território do Submédio, oferecendo ao mapa um predomínio da cor azul. Reúne um
total de 19 sub-bacias situadas principalmente na porção noroeste e sudeste do
Submédio São Francisco, definindo uma zona contínua formada pelas sub-bacias do
Riacho da Brígida (1), Riacho das Graças (18), Riacho Pontal (19), Riacho Campo
Largo (20), Riacho Grande (22), Riacho Tanque Real (23) entre outras situadas ao
redor da Barragem do Sobradinho, e as sub-bacias do setor sudeste: Riacho da Vargem
(17), Alto Itaparica (16), Riacho Barreira (15), Riacho do Navio (9) e Rio Moxotó (8).
Recomenda-se para essa zona, a adoção de medidas preventivas em longo prazo,
quanto à regeneração e a preservação da cobertura vegetal original, normalização da
ocupação rural em encostas mais íngremes e programas de monitoramento da
qualidade da água.
Trata-se de uma zona apta a implantação de unidades de conservação (áreas de
proteção ambiental) associadas a programas de educação ambiental voltados à
população local. “(ECO, 18)
CF. zona de risco II, zona de risco III, zona de risco IV, programa de monitoramento da
qualidade da água, regeneração e preservação da cobertura vegetal original,
unidades de conservação, programa de educação ambiental, normalização da
ocupação rural em encostas mais íngremes, Submédio São Francisco, degradação
ambiental, medida preventiva, medida mitigadora
6.18.1- programa de monitoramento da qualidade da água s.m
MEDIDA PREVENTIVA DE IMPACTO AMBIENTAL DE ZONA I EM LONGO
PRAZO, PROPOSTA PELO ECOVALE, CARACTERIZADA PELA
IMPLEMENTAÇÃO DE UM PLANO DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA
ÁGUA
“ZONA I - RISCO BAIXO: medidas em longo prazo Esta unidade integra a maior parte da região, ocupando cerca de 88.000 km2 ou 71% do
território do Submédio, oferecendo ao mapa um predomínio da cor azul. Reúne um total
de 19 sub-bacias situadas principalmente na porção noroeste e sudeste do Submédio São
Francisco, definindo uma zona contínua formada pelas sub-bacias do Riacho da Brígida
303
(1), Riacho das Graças (18), Riacho Pontal (19), Riacho Campo Largo (20), Riacho
Grande (22), Riacho Tanque Real (23) entre outras situadas ao redor da Barragem do
Sobradinho, e as sub-bacias do setor sudeste: Riacho da Vargem (17), Alto Itaparica
(16), Riacho Barreira (15), Riacho do Navio (9) e Rio Moxotó (8). Recomenda-se para
essa zona, a adoção de medidas preventivas em longo prazo, quanto à regeneração e a
preservação da cobertura vegetal original, normalização da ocupação rural em encostas
mais íngremes e programas de monitoramento da qualidade da água.” (ECO, 89)
CF. zona I, regeneração e preservação da cobertura vegetal original, unidades de
conservação, programa de educação ambiental, normalização da ocupação rural em
encostas mais íngremes, medida preventiva, impacto ambiental, ECOVALE,
monitoramento da qualidade da água
6.18.2- regeneração e preservação da cobertura vegetal original s.f
MEDIDA MITIGADORA DE IMPACTO AMBIENTAL DE ZONA I, EM LONGO
PRAZO, PROPOSTA PELO ECOVALE, CARACTERIZADA PELA
RECUPERAÇÃO E PROTEÇÃO DA COBERTURA VEGETAL ORIGINAL
“Zona I: Risco baixo. Adoção de medidas mitigadoras de impactos ambientais
negativos em longo prazo, relacionadas à regeneração e preservação da cobertura
vegetal original, utilizando principalmente as recomendações técnicas contidas na
tecnologia CBL (Caatinga (+) Buffel grass (+) Leucena), proposta pela Embrapa Semi-
Árido.” (ECO, 89)
CF. zona I, programa de monitoramento da qualidade da água, unidades de
conservação, programa de educação ambiental, normalização da ocupação rural
em encostas mais íngremes, medida mitigadora, impacto ambiental, ECOVALE,
6.18.3- unidades de conservação s.f
MEDIDA MITIGADORA DE IMPACTO EM LONGO PRAZO CARACTERIZADA
PELA DELIMITAÇÃO DE ÁREAS VERDES NATURAIS A SEREM
PRESERVADAS.
“A partir das conclusões apresentadas recomendam-se as seguintes ações mitigadoras:
304
em longo prazo, são medidas importantes a regeneração e a preservação da cobertura
vegetal original, normalização da ocupação rural em encostas mais íngremes e
programas de monitoramento da qualidade da água, além da implantação de unidades
de conservação (áreas de proteção ambiental) associadas a programas de educação
ambiental voltados à população local.” (ECO, 93)
CF. zona I, programa de monitoramento da qualidade da água, regeneração e
preservação da cobertura vegetal original, programa de educação ambiental,
normalização da ocupação rural em encostas mais íngremes, medida mitigadora,
impacto ambiental.
6.18.4- programa de educação ambiental s.m
MEDIDA MITIGADORA DE IMPACTO QUE CONSISTE NA IMPLEMENTAÇÃO
NO CURRÍCULO ESCOLAR DE MATÉRIAS RELACIONADAS À
CONSERVAÇÃO, PROTEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA ÁGUA
“Recomenda-se para essa zona a implantação, em médio prazo, de medidas
mitigadoras de impactos que possam colocar em risco a qualidade da água, tais como:
estações de tratamento de efluentes domésticos, reposição da mata ciliar, medidas de
contenção da erosão laminar e programas de educação ambiental.” (ECO, 19)
CF. zona I, programa de monitoramento da qualidade da água, regeneração e
preservação da cobertura vegetal original, unidades de conservação, normalização
da ocupação rural em encostas mais íngremes, medida mitigadora, impacto
ambiental, conservação das águas, fiscalização das águas
6.18.5- normalização da ocupação rural em encostas mais íngremes s.f
MEDIDA PREVENTIVA DE IMPACTO AMBIENTAL DE ZONA I EM LONGO
PRAZO, PROPOSTA PELO ECOVALE, CARACTERIZADA PELA
REGULARIZAÇÃO DA URBANIZAÇÃO E OCUPAÇÃO EM ENCOSTAS MAIS
ÍNGREMES, PROPENSAS À EROSÃO
“ZONA I - RISCO BAIXO: medidas em longo prazo Esta unidade integra a maior parte da região, ocupando cerca de 88.000 km2 ou 71%
do território do Submédio, oferecendo ao mapa um predomínio da cor azul. Reúne um
total de 19 sub-bacias situadas principalmente na porção noroeste e sudeste do
305
Submédio São Francisco, definindo uma zona contínua formada pelas sub-bacias do
Riacho da Brígida (1), Riacho das Graças (18), Riacho Pontal (19), Riacho Campo
Largo (20), Riacho Grande (22), Riacho Tanque Real (23) entre outras situadas ao
redor da Barragem do Sobradinho, e as sub-bacias do setor sudeste: Riacho da Vargem
(17), Alto Itaparica (16), Riacho Barreira (15), Riacho do Navio (9) e Rio Moxotó (8).
Recomenda-se para essa zona, a adoção de medidas preventivas em longo prazo,
quanto à regeneração e a preservação da cobertura vegetal original, normalização da
ocupação rural em encostas mais íngremes e programas de monitoramento da
qualidade da água”. (ECO, 18)
CF. zona I, programa de monitoramento da qualidade da água, regeneração e
preservação da cobertura vegetal original, unidades de conservação, programa de
educação ambiental, ECOVALE, erosão
6.19- zona de risco II s.f
PARTE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO EM QUE A DEGRADAÇÃO
AMBIENTAL É CONSIDERADA DE NÍVEL REGULAR, PARA A QUAL SÃO
RECOMENDADAS MEDIDAS PREVENTIVAS E MITIGADORAS DE MÉDIO A
LONGO PRAZO
“ZONA II - RISCO REGULAR: medidas de médio a longo prazo
Com menor expressão geográfica, ocupando cerca de 9.230 km2 ou 7% do território,
esta unidade inclui oito sub-bacias representadas em verde no mapa. Estas, encontram-
se concentradas em dois setores distintos, no extremo oeste encontramos as sub-bacias
do Pilão Arcado (26), Riacho Bazuá (27), Rio Pacuí (31) e do Riacho do Morim (32); e
na porção centro-leste da região, destacando as sub-bacias do Riacho da Posse (11),
Médio Baixo Pajeú (12) e Baixo Pajeú (13).
As mesmas recomendações feitas para a Zona I são válidas para esta unidade, havendo,
no entanto, necessidade de um maior cuidado e intensidade de mecanismos de controle
e gestão ambiental, dada à relativa vulnerabilidade apresentada pela capacidade de
suporte das sub-bacias.” (ECO, 18)
CF. zona de risco II, zona de risco III, zona de risco IV, programa de monitoramento da
qualidade da água, regeneração e preservação da cobertura vegetal original,
unidades de conservação, programa de educação ambiental, normalização da
306
ocupação rural em encostas mais íngremes, Submédio São Francisco, degradação
ambiental, medida preventiva, medida mitigadora.
Nota: as medidas recomendadas para esta zona são as mesmas da zona I
6.20- zona de risco III s.f
PARTE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO EM QUE A DEGRADAÇÃO
AMBIENTAL É CONSIDERADA DE NÍVEL ALTO, PARA A QUAL SÃO
RECOMENDADAS MEDIDAS MITIGADORAS DE MÉDIO PRAZO
“ZONA III - RISCO ALTO: medidas de médio prazo
Esta unidade, segunda em importância geográfica por ocupar 25.016 km2 ou 20% da
região, está representada na cor amarela no mapa. As sete sub-bacias desta
categoria estão distribuídas por distintas zonas, sendo reconhecidas em três
manchas compactas. A maior delas, reúne as sub-bacias do Riacho Poção (35) e do
Baixo Salitre (30) na porção sudoeste, a segunda maior mancha é formada pelas
sub-bacias do Médio Alto Pajeú (5) e Alto Pajeú (6) no extremo nordeste da região,
o terceiro grupo é formado pelas sub-bacias do Riacho Paredão (2) e Riacho Terra
Nova (3) situadas no norte do Submédio.
Vale destacar a maior concentração de pequenas cidades dispersas pelo território
das sub-bacias destas duas últimas manchas, o que pode representar maior potencial
de degradação e de conflitos de interesse no uso dos recursos naturais disponíveis”.
(ECO, 18)
CF. zona de risco I, zona de risco III, zona de risco IV, estação de tratamento de
efluentes domésticos, reposição da mata ciliar, medidas de contenção da erosão
laminar, projeto de educação ambiental, medida mitigadora, Submédio São
Francisco, degradação ambiental
6.20.1- estação de tratamento de efluente doméstico
MEDIDA MITIGADORA DE IMPACTO QUE CONSISTE NA INSTALAÇÃO DE
LOCAIS DE PURIFICAÇÃO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS
“Recomenda-se para essa zona a implantação, em médio prazo, de medidas
mitigadoras de impactos que possam colocar em risco a qualidade da água, tais como:
307
estações de tratamento de efluentes domésticos, reposição da mata ciliar, medidas de
contenção da erosão laminar e programas de educação ambiental.” (ECO, 19)
CF. zona de risco III, reposição da mata ciliar, medidas de contenção da erosão laminar,
projeto de educação ambiental, medida mitigadora, efluentes domésticos
6.20.2- reposição da mata ciliar s.f
MEDIDA MITIGADORA DE IMPACTO QUE CONSISTE NA REVITALIZAÇÃO
DA VEGETAÇÃO ORIGINAL NAS MARGENS DOS RIOS.
“Esta unidade, segunda em importância geográfica por ocupar 25.016 km2 ou 20% da
região, está representada na cor amarela no mapa. As sete sub-bacias desta categoria
estão distribuídas por distintas zonas, sendo reconhecidas em três manchas compactas.
A maior delas, reúne as sub-bacias do Riacho Poção (35) e do Baixo Salitre (30) na
porção sudoeste, a segunda maior mancha é formada pelas sub-bacias do Médio Alto
Pajeú (5) e Alto Pajeú (6) no extremo nordeste da região, o terceiro grupo é formado
pelas sub-bacias do Riacho Paredão (2) e Riacho Terra Nova (3) situadas no norte do
Submédio.
Vale destacar a maior concentração de pequenas cidades dispersas pelo território das
sub-bacias destas duas últimas manchas, o que pode representar maior potencial de
degradação e de conflitos de interesse no uso dos recursos naturais disponíveis.
Recomenda-se para essa zona a implantação, em médio prazo, de medidas mitigadoras
de impactos que possam colocar em risco a qualidade da água, tais como: estações de
tratamento de efluentes domésticos, reposição da mata ciliar, medidas de contenção da
erosão laminar e programas de educação ambiental. “(ECO, 19)
CF. zona de risco III, estação de tratamento de efluente doméstico, medidas de contenção
da erosão laminar, projeto de educação ambiental, medida mitigadora, impacto
ambiental, rio.
6.20.3- medidas de contenção da erosão laminar s.f
medida mitigadora de impacto que consiste na implementação de procedimentos que
impeçam e/ou amenizem a erosão laminar.
Risco alto. Recomenda-se para essa zona a implantação, em médio prazo, de medidas
mitigadoras de impactos que possam colocar em risco a qualidade da água, tais como:
estações de tratamento de efluentes domésticos, macro-drenagem municipal, unidades
308
de coleta e reciclagem de lixo urbano, reposição da mata ciliar, medidas de contenção
da erosão laminar e programas de educação ambiental. (ECO, 81)
CF. zona de risco III, estação de tratamento de efluente doméstico, reposição da mata
ciliar, projeto de educação ambiental, medida mitigadora, impacto ambiental,
erosão, erosão laminar
6.20.4- projeto de educação ambiental s.m
MEDIDA CORRETIVA DE IMPACTO, EM CURTO PRAZO, CARACTERIZADA
PELA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
CONSERVAÇÃO AMBIENTAL, FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO DA
ÁGUA.
“Também são medidas urgentes recomendáveis: implantação de sistemas de monitoria
da qualidade da água; adoção políticas de saúde pública e saneamento; projetos de
educação ambiental. Essas medidas devem ser tomadas em um contexto global de
gestão do território, envolvendo diversos atores e parcerias, envolvendo organismos
internacionais, organizações não governamentais, órgãos governamentais federais
ligados à saúde, meio ambiente e habitação.” (ECO, 93)
CF. zona de risco III, estação de tratamento de efluente doméstico, reposição da mata
ciliar, medidas de contenção da erosão laminar, medida corretiva, impacto
ambiental, programa de educação ambiental, conservação ambiental, fiscalização da
água, monitoramento da qualidade da água.
6.21- zona de risco IV s.f
PARTE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO EM QUE A DEGRADAÇÃO
AMBIENTAL É CONSIDERADA DE NÍVEL ELEVADO, PARA A QUAL SÃO
RECOMENDADAS MEDIDAS CORRETIVAS DE CURTO PRAZO
“ZONA IV - ELEVADO RISCO: medidas de curto prazo
Esta unidade está formada por uma única sub-bacia, Baixo Sobradinho (29), e ocupa
pouco mais de 2.500 km2 ou 2% do território total. Porém, por estar situada na porção
inicial do Submédio, ou seja, à jusante da maior concentração urbana da região, ocupa
um local estratégico para as comunidades instaladas rio abaixo. Recomenda-se para
309
essa zona de alto risco à degradação ambiental, a adoção de políticas públicas
urgentes com a finalidade de corrigir os efeitos da urbanização, da erosão dos solos,
uso e ocupação intensiva dos solos, lançamento de efluentes urbanos e industriais em
áreas de mananciais, entre outras medidas corretivas.” (ECO, 81)
CF. zona de risco I, zona de risco II, zona de risco III, corrigir efeitos da urbanização,
corrigir erosão do solo, corrigir uso e ocupação intensiva do solo, corrigir
lançamento de efluente urbano e industrial em áreas de mananciais, sistema de
monitoria da qualidade da água, adoção de políticas de saúde publica e saneamento,
degradação ambiental, Submédio São Francisco, medida corretiva.
6.21.1- corrigir efeitos da urbanização v
MEDIDA CORRETIVA DE IMPACTO, EM CURTO PRAZO, CARACTERIZADA
PELA RECUPERAÇÃO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA
INTENSIVA URBANIZAÇÃO.
“Recomenda-se para essa zona de alto risco à degradação ambiental, a adoção de
políticas públicas urgentes com a finalidade de corrigir os efeitos da urbanização, da
erosão dos solos, uso e ocupação intensiva dos solos, lançamento de efluentes urbanos
e industriais em áreas de mananciais, entre outras medidas corretivas.”(ECO, 21)
CF. zona de risco IV, corrigir erosão do solo, corrigir uso e ocupação intensiva do solo,
corrigir lançamento de efluente urbano e industrial em áreas de mananciais, sistema
de monitoria da qualidade da água, adoção de políticas de saúde publica e
saneamento, degradação ambiental, medida corretiva, impacto ambiental
6.21.2- corrigir efeitos da erosão do solo v
MEDIDA CORRETIVA DE IMPACTO, EM CURTO PRAZO, CARACTERIZADA
PELA RECUPERAÇÃO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA
EROSÃO DO SOLO
“Recomenda-se para essa zona de alto risco à degradação ambiental, a adoção de
políticas públicas urgentes com a finalidade de corrigir os efeitos da urbanização, da
erosão dos solos, uso e ocupação intensiva dos solos, lançamento de efluentes urbanos
e industriais em áreas de mananciais, entre outras medidas corretivas.” (ECO, 21)
310
CF. zona de risco IV, corrigir efeitos da urbanização, corrigir uso e ocupação intensiva
do solo, corrigir lançamento de efluente urbano e industrial em áreas de mananciais,
sistema de monitoria da qualidade da água, adoção de políticas de saúde publica e
saneamento, degradação ambiental, medida corretiva, erosão do solo.
6.21.2.1- manejo do solo s.m
MEDIDA PREVENTIVA E CORRETIVA DE IMPACTO, RECOMENDADA PELO
ECOVALE, QUE CONSISTE NA CORREÇÃO DA SALINIDADE E SODICIDADE
DO SOLO POR MEIO DA PREPARAÇÃO, CORREÇÃO E MANUSEIO
ADEQUADO DO SOLO PARA SUA CONSERVAÇÃO AMBIENTAL.
“Recomendações de caráter geral: Recomenda-se medidas preventivas e corretivas de
salinidade e sodicidade, como correção do solo, lixiviação e drenagem, manejo do solo
e uso adequado de fertilizantes, bem como, identificação da origem dos elevados níveis
de nitrato nas fontes hídricas.” (ECOR, LXVII)
CF. zona de risco IV, corrigir uso e ocupação intensiva do solo, medida preventiva,
medida corretiva, impacto ambiental, ECOVALE, conservação ambiental
6.21.3 corrigir os efeitos do uso e ocupação intensiva do solo v
MEDIDA CORRETIVA DE IMPACTO, EM CURTO PRAZO, CARACTERIZADA
PELA RECUPERAÇÃO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA
UTILIZAÇÃO INTENSA E SEM PRÁTICAS DE MANEJO DO SOLO.
“Recomenda-se para essa zona de alto risco à degradação ambiental, a adoção de
políticas públicas urgentes com a finalidade de corrigir os efeitos da urbanização, da
erosão dos solos, uso e ocupação intensiva dos solos, lançamento de efluentes urbanos
e industriais em áreas de mananciais, entre outras medidas corretivas.” (ECO, 21)
CF. zona de risco IV, corrigir efeitos da urbanização, corrigir erosão do solo, corrigir
lançamento de efluente urbano e industrial em áreas de mananciais, sistema de
monitoria da qualidade da água, adoção de políticas de saúde publica e saneamento,
degradação ambiental, medida corretiva, solo, manejo do solo
311
6.21.4- corrigir os efeitos do lançamento de efluente urbano e industrial em áreas de
mananciais v
MEDIDA CORRETIVA DE IMPACTO, EM CURTO PRAZO, CARACTERIZADA
PELA RECUPERAÇÃO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELO
LANÇAMENTO DE EFLUENTES URBANOS E INDUSTRIAIS EM ÁREAS DE
MANANCIAIS
“Recomenda-se para essa zona de alto risco à degradação ambiental, a adoção de
políticas públicas urgentes com a finalidade de corrigir os efeitos da urbanização, da
erosão dos solos, uso e ocupação intensiva dos solos, lançamento de efluentes urbanos
e industriais em áreas de mananciais, entre outras medidas corretivas.”(ECO, 21)
CF. zona de risco IV, corrigir efeitos da urbanização, corrigir erosão do solo, corrigir uso
e ocupação intensiva do solo, sistema de monitoria da qualidade da água, adoção de
políticas de saúde publica e saneamento, degradação ambiental, medida corretiva,
lançamento, efluente, efluente urbano, efluente industrial, área de manancial.
6.21.5- sistema de monitoria da qualidade da água s.m
MEDIDA CORRETIVA DE IMPACTO, EM CURTO PRAZO, CARACTERIZADA
PELA IMPLANTAÇÃO DE UM CONJUNTO DE REGRAS QUE VISEM AO
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA.
“Também são medidas urgentes recomendáveis: implantação de sistemas de monitoria
da qualidade da água; adoção políticas de saúde pública e saneamento; projetos de
educação ambiental. Essas medidas devem ser tomadas em um contexto global de
gestão do território, envolvendo diversos atores e parcerias, envolvendo organismos
internacionais, organizações não governamentais, órgãos governamentais federais
ligados à saúde, meio ambiente e habitação”. (ECO, 66)
CF. zona de risco IV, corrigir efeitos da urbanização, corrigir erosão do solo, corrigir uso
e ocupação intensiva do solo, corrigir lançamento de efluente urbano e industrial em
áreas de mananciais, adoção de políticas de saúde publica e saneamento, degradação
ambiental, medida corretiva, monitoramento da qualidade da água.
6.21.6- adoção de políticas de saúde publica e saneamento s.f
312
MEDIDA CORRETIVA DE IMPACTO, EM CURTO PRAZO, CARACTERIZADA
PELA IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS DE SAÚDE E SANEAMENTO
“Também são medidas urgentes recomendáveis: implantação de sistemas de monitoria
da qualidade da água; adoção políticas de saúde pública e saneamento; projetos de
educação ambiental. Essas medidas devem ser tomadas em um contexto global de
gestão do território, envolvendo diversos atores e parcerias, envolvendo organismos
internacionais, organizações não governamentais, órgãos governamentais federais
ligados à saúde, meio ambiente e habitação. (ECO, 66)
CF. zona de risco IV, corrigir efeitos da urbanização, corrigir erosão do solo, corrigir uso
e ocupação intensiva do solo, corrigir lançamento de efluente urbano e industrial em
áreas de mananciais, adoção de políticas de saúde publica e saneamento, degradação
ambiental, medida corretiva,saneamento.
6.22- identificação da origem dos elevados níveis de nitrato nas fontes hídricas s.f
MEDIDA PREVENTIVA E CORRETIVA DE IMPACTO, CARACTERIZADA
COMO RECOMENDAÇÃO GERAL PELO ECOVALE, QUE CONSISTE NA
LOCALIZAÇÃO DA ORIGEM DE NITRATO POR MEIO DE TESTES
LABORATORIAIS EM CORPOS DE ÁGUA
“Recomendações de caráter geral: Recomenda-se medidas preventivas e corretivas de
salinidade e sodicidade, como correção do solo, lixiviação e drenagem, manejo do solo
e uso adequado de fertilizantes, bem como, identificação da origem dos elevados níveis
de nitrato nas fontes hídricas”.(ECOR, LXVII)
CF. correção do solo, lixiviação, drenagem 2, uso adequado de fertilizantes, programa de
formação de agente de água, ECOVALE, medida preventiva, medida corretiva,
impacto ambiental, corpos de água
6.23- correção do solo s.m
MEDIDA PREVENTIVA E CORRETIVA DE IMPACTO, CARACTERIZADA
COMO RECOMENDAÇÃO GERAL PELO ECOVALE,QUE CONSISTE NA
CORREÇÃO DA SALINIDADE E SODICIDADE DO SOLO POR MEIO DA
ADIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DIVERSAS.
313
“Recomendações de caráter geral: Recomenda-se medidas preventivas e corretivas de
salinidade e sodicidade, como correção do solo, lixiviação e drenagem, manejo do solo
e uso adequado de fertilizantes, bem como, identificação da origem dos elevados níveis
de nitrato nas fontes hídricas.” (ECOR, LXVII)
CF. identificação da origem dos elevados níveis de nitrato nas fontes hídricas, lixiviação,
drenagem 2, uso adequado de fertilizantes, programa de formação de agente de
água, ECOVALE, medida preventiva, medida corretiva, impacto ambiental,
6.24- lixiviação s.f
MEDIDA PREVENTIVA E CORRETIVA DE IMPACTO, CARACTERIZADA
COMO RECOMENDAÇÃO GERAL PELO ECOVALE, QUE CONSISTE NA
REMOÇÃO DE SAIS E SÓDIO DA CAMADA SUPERIOR DO SOLO POR MEIO
DE LAVAGEM COM ÁGUA DOCE.
“Recomendações de caráter geral: Recomenda-se medidas preventivas e corretivas de
salinidade e sodicidade, como correção do solo, lixiviação e drenagem, manejo do solo
e uso adequado de fertilizantes, bem como, identificação da origem dos elevados níveis
de nitrato nas fontes hídricas.” (ECOR, LXVII)
CF. identificação da origem dos elevados níveis de nitrato nas fontes hídricas, correção
do solo, drenagem 2, uso adequado de fertilizantes, programa de formação de
agente de água, ECOVALE, medida preventiva, medida corretiva, impacto
ambiental, água doce
6.24-drenagem 2 s.f
MEDIDA PREVENTIVA E CORRETIVA DE IMPACTO, CARACTERIZADA
COMO RECOMENDAÇÃO GERAL PELO ECOVALE, QUE CONSISTE NA
CORREÇÃO DA SALINIDADE E SODICIDADE DO SOLO POR MEIO DA
REMOÇÃO NATURAL DAS ÁGUAS SALOBRAS DE UMA ÁREA IRRIGADA
PARA UM LOCAL ADEQUADO.
“Recomendações de caráter geral: Recomenda-se medidas preventivas e corretivas de
salinidade e sodicidade, como correção do solo, lixiviação e drenagem, manejo do solo
314
e uso adequado de fertilizantes, bem como, identificação da origem dos elevados níveis
de nitrato nas fontes hídricas.” (ECOR, LXVII)
CF. identificação da origem dos elevados níveis de nitrato nas fontes hídricas, correção
do solo, lixiviação, uso adequado de fertilizantes, programa de formação de agente
de água, ECOVALE, medida preventiva, medida corretiva, impacto ambiental,
água salobra
6.25- uso adequado de fertilizantes s.m
MEDIDA PREVENTIVA E CORRETIVA DE IMPACTO, CARACTERIZADA
COMO RECOMENDAÇÃO GERAL PELO ECOVALE, QUE CONSISTE NA
CORREÇÃO DA SALINIDADE E SODICIDADE DO SOLO POR MEIO DA
UTILIZAÇÃO APROPRIADA, PREVENTIVA E SALUTAR DE FERTILIZANTES
PARA A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL DO SOLO.
“Recomendações de caráter geral: Recomenda-se medidas preventivas e corretivas de
salinidade e sodicidade, como correção do solo, lixiviação e drenagem, manejo do solo
e uso adequado de fertilizantes, bem como, identificação da origem dos elevados níveis
de nitrato nas fontes hídricas.” (ECOR, LXVII)
CF. identificação da origem dos elevados níveis de nitrato nas fontes hídricas, correção
do solo, lixiviação, drenagem 2, programa de formação de agente de água,
ECOVALE, medida preventiva, medida corretiva, impacto ambiental, solo,
conservação ambiental
6.26- programa de formação de agente de água s.m
MEDIDA PREVENTIVA, CARACTERIZADA COMO RECOMENDAÇÃO GERAL
PELO ECOVALE, QUE CONSISTE NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM CURSO DE
FORMAÇÃO DE AGENTES VOLUNTÁRIOS DE ÁGUA
“Recomenda-se a continuidade do programa de formação de Agentes de Água
Voluntários AAV’s, junto a órgãos da esfera municipal, visto a eficiência da
metodologia (AAV´s e Ecokit) na caracterização e monitoramento da qualidade dos
recursos hídricos. Essa continuidade no trabalho de formação dos agentes de água
315
poderá ser realizada por organizações governamentais e não governamentais sob a
supervisão do Convênio ANA/Embrapa nº 009/2001.
Deve-se viabilizar a existência de pelo menos um agente de água em cada município, o
ideal seria em torno de cinco, visto que, os mesmo poderiam atuar de maneira contínua
no monitoramento dos recursos hídricos da comunidade e viabilizar programas
educacionais ambientais.” (ECO, 93)
CF. identificação da origem dos elevados níveis de nitrato nas fontes hídricas, correção
do solo, lixiviação, drenagem 2, uso adequado de fertilizantes, ECOVALE, medida
preventiva, impacto ambiental, curso de formação de agentes voluntários de água
6.27- saneamento s.m Var saneamento básico
SUGESTÃO DO ECOVALE QUE PROPÕE QUE MEDIDAS PÚBLICAS QUE
GARANTAM CONDIÇÕES ADEQUADAS DE HIGIENE À POPULAÇÃO SEJAM
TOMADAS NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
“O perfil ecológico foi construído por meio da análise integrada de 16 indicadores,
representados principalmente por: ausência de cobertura vegetal, balanço hídrico,
escoamento fluvial, estradas vicinais, fontes de poluição, avaliação ambiental das
fontes de água (segundo norma ISO 14.001), proximidades a núcleos urbanos,
qualidade físico-química das águas superficiais, qualidade físico-química das águas
subterrâneas, qualidade microbiológica das águas superficiais, saneamento básico,
susceptibilidade a contaminação química, carga de agrotóxicos utilizada na agricultura
irrigada por sub-bacia hidrográfica e degradação hídrica.” (ECO, 4)
CF. dessanilização, tratamento, tratamento de esgoto
6.27.1- tratamento de esgoto s.m
PARTE DO SANEAMENTO BÁSICO, NECESSÁRIA ÀS BOAS CONDIÇÕES DO
MEIO AMBIENTE EM QUE VIVE A POPULAÇÃO
“Inventário socioambiental das instalações agropecuárias, industriais, comerciais e de
saneamento básico (tratamento de esgotos e vazadouros a céu aberto) utilizando a
norma ISO 14001.” (ECO, 66)
CF. saneamento, meio ambiente
316
6.28- dessanilização s.f
PROCESSO DE RETIRAR PARTE DO SAL DA ÁGUA SALOBRA POR MEIO DE
DESSALINIZADORES NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO UTILIZADO PELO
ECOVALE.
“A distribuição das regiões conforme a massa de sal dissolvido na água subterrânea
gera um quadro de informações bastante útil quando se trata em melhorar a qualidade
da água para consumo humano, priorizando a distribuição de ferramentas como os
dessalinizadores. Na Figura 11 também estão distribuídos os poços avaliados quanto
ao grau de sais dissolvidos e ranqueados quanto a possibilidade de serem instalados
dessalinizadores, possibilidade de elevar o grau de qualidade da água para
concentrações de sal inferiores a 0,5 g L-1 (água doce) considerando uma eficiência de
dessalinização de 50%.” (ECO, 24)
CF. saneamento, tratamento, dessanilizadores, Submédio São Francisco, ECOVALE
6.28.1- dessanilizadores s.m
INSTRUMENTO QUE PERMITE RETIRAR PARTE DO SAL DE ÁGUA
SALOBRA USADO COMO ALTERNATIVA PARA MELHORAR A QUALIDADE
DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS NO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO PELO ECOVALE
“A distribuição das regiões conforme a massa de sal dissolvido na água subterrânea
gera um quadro de informações bastante útil quando se trata em melhorar a qualidade
da água para consumo humano, priorizando a distribuição de ferramentas como os
dessalinizadores .Na Figura 11 também estão distribuídos os poços avaliados quanto
ao grau de sais dissolvidos e ranqueados quanto a possibilidade de serem instalados
dessalinizadores, possibilidade de elevar o grau de qualidade da água para
concentrações de sal inferiores a 0,5 g L-1 (água doce) considerando uma eficiência de
dessalinização de 50%”. (ECO, 24)
CF. dessanilização, água salobra, qualidade das águas, águas superficiais, águas
subterrâneas, Submédio São Francisco, ECOVALE
317
6.29- tratamento s.m
SUGESTÃO DO ECOVALE COMO PROCESSO DE PURIFICAÇÃO DA ÁGUA,
COMPOSTA POR FILTRAÇÃO, FERVURA, CLORAÇÃO, DESINFECÇÃO E
REMOÇÃO DE SAIS
“Também neste mapa observa-se a distribuição dos pontos onde foram realizadas as
análises obedecendo os (sic) agrupamentos citados Em áreas de drenagem de sistemas
de produção irrigado, a cor vermelha é a predominante o que classifica estas águas
como muito dispendiosas para tratamento para consumo humano, havendo além da
desinfecção e filtração, a necessidade de remoção de sais.
Nos pontos amarelos observa-se uma menor concentração de sal, porém, outros fatores
também contribuem para que o custo de seu tratamento seja um pouco elevado,
principalmente para áreas cujas comunidades são mais isoladas e carentes. Nos pontos
verdes, o tratamento pode ser mais simplificado sendo o processo de fervura da água e
cloração os mais indicados tendo como reforço a filtração.” (ECO, 22)
CF. saneamento, dessanilização, remoção de sais, cloração, filtração, fervura, desinfecção
6.29.1- remoção de sais s.f
SUGESTÃO DO ECOVALE COMO UMA DAS ETAPAS DO TRATAMENTO DA
ÁGUA EM SUB-BACIAS EM QUE O IQU-ASUP É CLASSIFICADO COMO
ELEVADO
“Também neste mapa observa-se a distribuição dos pontos onde foram realizadas as
análises obedecendo os (sic) agrupamentos citados Em áreas de drenagem de sistemas
de produção irrigado, a cor vermelha é a predominante o que classifica estas águas
como muito dispendiosas para tratamento para consumo humano, havendo além da
desinfecção e filtração, a necessidade de remoção de sais.” (ECO, 66)
CF. tratamento, cloração, filtração, fervura, desinfecção, ECOVALE, água, sub-bacias,
IQU_ASUP
6.29.2- cloração s.f
318
SUGESTÃO DO ECOVALE COMO UMA DAS ETAPAS DO TRATAMENTO DA
ÁGUA EM SUB-BACIAS EM QUE O IQU-ASUP É CLASSIFICADO COMO
ELEVADO
“Nos pontos amarelos observa-se uma menor concentração de sal, porém, outros
fatores também contribuem para que o custo de seu tratamento seja um pouco elevado,
principalmente para áreas cujas comunidades são mais isoladas e carentes. Nos pontos
verdes, o tratamento pode ser mais simplificado sendo o processo de fervura da água e
cloração os mais indicados tendo como reforço a filtração.”(ECO, 22)
CF. tratamento, remoção de sais, filtração, fervura, desinfecção, ECOVALE, água, sub-
bacias, IQU_ASUP
6.29.3-filtração s.f
SUGESTÃO DO ECOVALE COMO REFORÇO TRATAMENTO DA ÁGUA EM
SUB-BACIAS EM QUE O IQU-ASUP É CLASSIFICADO COMO BAIXO
“Nos pontos amarelos observa-se uma menor concentração de sal, porém, outros
fatores também contribuem para que o custo de seu tratamento seja um pouco elevado,
principalmente para áreas cujas comunidades são mais isoladas e carentes. Nos pontos
verdes, o tratamento pode ser mais simplificado sendo o processo de fervura da água e
cloração os mais indicados tendo como reforço a filtração”.(ECO, 22)
CF. tratamento, remoção de sais, cloração, fervura, desinfecção, ECOVALE, água, sub-
bacias, IQU_ASUP
6.29.4- fervura s.f
SUGESTÃO DO ECOVALE COMO UMA DAS ETAPAS DO TRATAMENTO DA
ÁGUA EM SUB-BACIAS EM QUE O IQU-ASUP É CLASSIFICADO COMO
BAIXO
“Nos pontos amarelos observa-se uma menor concentração de sal, porém, outros
fatores também contribuem para que o custo de seu tratamento seja um pouco elevado,
principalmente para áreas cujas comunidades são mais isoladas e carentes. Nos pontos
verdes, o tratamento pode ser mais simplificado sendo o processo de fervura da água e
cloração os mais indicados tendo como reforço a filtração.”(ECO, 22)
319
CF. tratamento, remoção de sais, cloração, filtração, desinfecção, ECOVALE, água, sub-
bacias, IQU_ASUP
6.29.4- desinfecção s.f
SUGESTÃO DO ECOVALE COMO UMA DAS ETAPAS DO TRATAMENTO DA
ÁGUA EM SUB-BACIAS EM QUE O IQU-ASUP É CLASSIFICADO COMO
ELEVADO
“Também neste mapa observa-se a distribuição dos pontos onde foram realizadas as
análises obedecendo os (sic) agrupamentos citados Em áreas de drenagem de sistemas
de produção irrigado, a cor vermelha é a predominante o que classifica estas águas
como muito dispendiosas para tratamento para consumo humano, havendo além da
desinfecção e filtração, a necessidade de remoção de sais.” (ECO, 23)
CF. tratamento, remoção de sais, cloração, filtração, fervura , ECOVALE, água, sub-
bacias, IQU_ASUP
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 7- (condições da região) e, então,
colocamos seus termos definidos.
320
Mapa Conceitual 7 (condições da região)
Vocabulário
7- drenagem 1 s.f
PROCESSO DE REMOÇÃO NATURAL DAS ÁGUAS SALOBRAS DE UMA
ÁREA IRRIGADA PARA UM CORPO DE ÁGUA QUE AUMENTA A ÁREA DE
SOLO SALINIZADA.
“A calha do rio São Francisco apresenta uma baixa salinidade, já as águas de
reservatórios normalmente apresentam um maior teor de sal o que decorre
principalmente da formação geológica característica da região semi-árida com solos
salinos. O uso dessas águas sob condições inadequadas de manejo promovem uma
gradativa salinização dos solos principalmente ocasionados por problemas de
drenagem que provocam um aumento progressivo de áreas problemas no curso de
drenagem natural das sub-bacias hidrográficas notadamente no período das chuvas.
(ECO, 21)
CF. salinidade, rede de drenagem, água salobra, corpo de água
7.1- rede de drenagem s.f
DISPOSIÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE NATURAL DOS SEDIMENTOS
ERODIDOS DAS ENCOSTAS E DAS ÁGUAS SALOBRAS DE UMA ÁREA
IRRIGADA PARA UM CORPO DE ÁGUA.
“As águas subterrâneas são formadas principalmente pelas águas de origem
meteorológicas, que infiltram pelos poros dos solos e rochas, fissuras e ou fendas
intercomunicantes das camadas rochosas, e sua composição está na dependência de
fatores naturais - geológicos, topográficos, meteorológicos, hidrológicos e biológicos e,
rede de drenagem, variando com as diferentes estações do ano em volume de
escoamento e nível de água”. (ECO, 24)
CF. drenagem 1, salinidade, água salobra, corpo de água
321
7.2- salinidade s.f
CARACTERÍSTICA DOS CORPOS DE ÁGUA DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO,
QUE APRESENTAM UMA QUANTIDADE DE SAL NA ÁGUA QUE PODE
ALTERAR SUA QUALIDADE.
“A calha do rio São Francisco apresenta uma baixa salinidade, já as águas de
reservatórios normalmente apresentam um maior teor de sal o que decorre
principalmente da formação geológica característica da região semi-árida com solos
salinos. O uso dessas águas sob condições inadequadas de manejo promovem uma
gradativa salinização dos solos (salinidade dos solos) principalmente ocasionados por
problemas de drenagem que provocam um aumento progressivo de áreas problemas no
curso de drenagem natural das sub-bacias hidrográficas notadamente no período das
chuvas. “(ECO, 21)
CF. salinização, drenagem 1, corpo de água, Submédio São Francisco, água, qualidade
da água.
7.3- agricultura s.f
ELEMENTO ANTRÓPICO QUE PRESSIONA A BACIA DO RIO SÃO
FRANCISCO, INFLUENCIANDO NO USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA E EM SUA
QUALIDADE.
“As principais fontes de pressão na bacia são agricultura e mineração. Problemas de
saneamento são mais presentes nos distritos, uma vez que as sedes estão na sua maioria
localizadas fora da bacia. É o que acontece no Baixo Salitre onde as águas são,
eventualmente, bombeadas do rio São Francisco.” (ECO, 22)
CF. outras culturas de comercialização sazonal 3, fruticultura irrigada 2, área de
drenagem
7.3.1- outras culturas de comercialização sazonal 3
PECULIARIDADE DA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO,
CARACTERIZADA PELA CULTURA EM DETERMINADAS ESTAÇÕES DO
ANO COM FINS COMERCIAIS DE PLANTIO DE ARROZ IRRIGADO E CEBOLA
322
“Outras Culturas de Comercialização Sazonal
O Fator 4, agrupou principalmente a cultura do arroz irrigado e a cebola,
representado por 26 variáveis, ou 11,4% das variáveis totais, e 7,6% da carga fatorial
total.” (ECO, 45)
CF. agricultura, fruticultura irrigada 2, área de drenagem
7.3.2- fruticultura irrigada 2 s.f
PECULIARIDADE DA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO,
CARACTERIZADA PELO CULTIVO DE FRUTA IN NATURA UTILIZANDO A
IRRIGAÇÃO.
“Contudo, soma-se à problemática da disposição de resíduos sólido indicador
característico da área rural, como a quantidade de agrotóxicos aplicados e a área de
fruticultura irrigada, capazes de selecionarem novamente poucos municípios dentro do
Submédio São Francisco e de configurarem problemas relativos à conservação
ambiental ligadas ao desenvolvimento destas atividades econômicas.” (ECO, 28)
CF. agricultura, outras culturas de comercialização sazonal 3, área de drenagem,
irrigação
7.3.2.1- irrigação s.f
PROCESSO DE RETIRAR ÁGUA DE UMA FONTE PARA UTILIZÁ-LA NO
CULTIVO DA FRUTICULTURA IRRIGADA.
“A economia do Nordeste do Brasil é baseada principalmente na produção de alimentos
sendo a irrigação a força principal para o desenvolvimento da agricultura. No
Submédio do rio São Francisco, as fontes de água para irrigação são os reservatórios,
que armazenam a água durante as chuvas e os rios, sendo o rio São Francisco a
principal fonte de abastecimento para a agricultura irrigada.” (ECO, 21)
CF. agricultura, fruticultura irrigada 2, água, fonte de água
7.3.3- área de drenagem s.f
323
PORÇÃO GEOGRÁFICA DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE
FRUTICULTURA IRRIGADA QUE TEM O EXCESSO DE ÁGUA REMOVIDO
POR BOMBEAMENTO OU PELA GRAVIDADE.
“Também neste mapa observa-se a distribuição dos pontos onde foram realizadas as
análises obedecendo(sic) os agrupamentos citados Em áreas de drenagem de sistemas
de produção irrigado, a cor vermelha é a predominante o que classifica estas águas
como muito dispendiosas para tratamento para consumo humano, havendo além da
desinfecção e filtração, a necessidade de remoção de sais.” (ECO, 22)
CF. agricultura, outras culturas de comercialização sazonal 3, fruticultura irrigada 2
7.4- evaporação
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DA ÁGUA DE ESTADO LÍQUIDO PARA
GASOSO QUE CONTRIBUI PARA A FALTA DE ÁGUA, INFLUINDO NOS
VALORES DE IDU_SAT E DE IDE_BHID DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.
“Ocorrem períodos agudos de estiagem, quando a precipitação pluviométrica cai para
cerca de 400 (±) 50 mm ano-1. As temperaturas são altas, com taxas elevadas de
evapotranspiração e balanço hídrico negativo durante parte do ano. A umidade relativa
do ar média anual é de 60%. A insolação é muito forte (2.800 horas ano-1) ocorrendo a
máxima luminosidade no mês de outubro, entre Pilão Arcado (BA) e Petrolândia (PE).
A evaporação é cerca de 2.900 mm ano-1 e a velocidade média do vento é de 3 m s-1
com direção predominante sudeste. (ECO, 16)
CF. insolação, evapotranspiração, umidade relativa do ar, estiagem 2, déficit hídrico 3,
IDU_SAT, IDE_BID
7.4.1- agentes de evaporação s.m
ELEMENTOS CLIMÁTICOS QUE ACELERAM A EVAPORAÇÃO E INFLUINDO
NOS VALORES DE IDU_SAT E DE IDE_BHID NO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO
“Em função das limitações climáticas que o meio impõe, seja pela baixa entrada de
água no sistema hidrológico, ou pela rápida saída ocasionada pela ação dos agentes de
324
evaporação (radiação solar, ventos e baixa capacidade de infiltração do solo), os
baixos valores de IDU_SAT das sub-bacias da região podem representar impactos de
grande magnitude. Isso se deve à fragilidade das sub-bacias situadas em áreas de
transição entre o tropical e o semi-árido brasileiro”. (ECO, 16)
CF. evaporação, baixa capacidade de infiltração do solo, vento, radiação solar,
IDU_SAT, IDE_BID, Submédio São Francisco.
7.4.1.1- baixa capacidade de infiltração do solo s.f
AGENTE DE EVAPORAÇÃO, CARACTERÍSTICO DO SUBMÉDIO SÃO
FRANCISCO, CONSTITUÍDO PELA DIFICULDADE DO SOLO EM ABSORVER
ÁGUA PARA O SUBSOLO.
“Em função das limitações climáticas que o meio impõe, seja pela baixa entrada de
água no sistema hidrológico, ou pela rápida saída ocasionada pela ação dos agentes de
evaporação (radiação solar, ventos e baixa capacidade de infiltração do solo), os
baixos valores de IDU_SAT das sub-bacias da região podem representar impactos de
grande magnitude. Isso se deve à fragilidade das sub-bacias situadas em áreas de
transição entre o tropical e o semi-árido brasileiro.” (ECO, 16)
CF. evaporação, vento, radiação solar, Submédio São Francisco, água, solo, agentes de
evaporação
7.4.1.2- vento s.m
agente de evaporação da região do Submédio São Francisco caracterizado pela forte
incidência de corrente de ar
“Em função das limitações climáticas que o meio impõe, seja pela baixa entrada de
água no sistema hidrológico, ou pela rápida saída ocasionada pela ação dos agentes de
evaporação (radiação solar, ventos e baixa capacidade de infiltração do solo), os
baixos valores de IDU_SAT das sub-bacias da região podem representar impactos de
grande magnitude. Isso se deve à fragilidade das sub-bacias situadas em áreas de
transição entre o tropical e o semi-árido brasileiro”. (ECO, 16)
CF. evaporação, baixa capacidade de infiltração do solo, radiação solar, agentes de
evaporação, Submédio São Francisco
325
7.4.1.3- radiação solar s.f
AGENTE DE EVAPORAÇÃO DA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO,
CARACTERIZADO POR INTENSO CALOR E PELA FORTE INCIDÊNCIA DA
LUZ DO SOL NO SOLO.
“Em função das limitações climáticas que o meio impõe, seja pela baixa entrada de
água no sistema hidrológico, ou pela rápida saída ocasionada pela ação dos agentes de
evaporação (radiação solar, ventos e baixa capacidade de infiltração do solo), os
baixos valores de IDU_SAT das sub-bacias da região podem representar impactos de
grande magnitude. Isso se deve à fragilidade das sub-bacias situadas em áreas de
transição entre o tropical e o semi-árido brasileiro”. (ECO, 16)
CF. evaporação, baixa capacidade de infiltração do solo, vento, agentes de evaporação,
Submédio São Francisco
7.5- insolação s.f
PECULIARIDADE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, CARACTERIZADA PELA
ALTA RADIAÇÃO SOLAR NO SOLO EM PERÍODO DE ESTIAGEM, QUE
AUMENTA A EVAPORAÇÃO.
“Ocorrem períodos agudos de estiagem, quando a precipitação pluviométrica cai para
cerca de 400 (±) 50 mm ano-1. As temperaturas são altas, com taxas elevadas de
evapotranspiração e balanço hídrico negativo durante parte do ano. A umidade
relativa do ar média anual é de 60%. A insolação é muito forte (2.800 horas ano-1)
ocorrendo a máxima luminosidade no mês de outubro, entre Pilão Arcado (BA) e
Petrolândia (PE). A evaporação é cerca de 2.900 mm ano-1 e a velocidade média do
vento é de 3 m s-1 com direção predominante sudeste.” (ECO, 66)
CF. evaporação, evapotranspiração, umidade relativa do ar, estiagem 2, déficit hídrico 3,
Submédio São Francisco, estiagem 2
7.5.1- luminosidade s.f
PECULIARIDADE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, CARACTERIZADA PELA
ALTA POTÊNCIA DA LUZ SOLAR NO PERÍODO DE ESTIAGEM, QUE
AUMENTA A EVAPORAÇÃO.
326
“Ocorrem períodos agudos de estiagem, quando a precipitação pluviométrica cai para
cerca de 400 (±) 50 mm ano-1. As temperaturas são altas, com taxas elevadas de
evapotranspiração e balanço hídrico negativo durante parte do ano. A umidade relativa
do ar média anual é de 60%. A insolação é muito forte (2.800 horas ano-1) ocorrendo a
máxima luminosidade no mês de outubro, entre Pilão Arcado (BA) e Petrolândia (PE).
A evaporação é cerca de 2.900 mm ano-1 e a velocidade média do vento é de 3 m s-1
com direção predominante sudeste.” (ECO, 28)
CF. insolação, evaporação, estiagem 2, Submédio São Francisco
7.6- evapotranspiração s.f
MISTO DE EVAPORAÇÃO COM A PERDA DE ÁGUA DE PLANTAS QUE
INFLUEM NOS VALORES DO IDU_SAT E IDE_BHID
“Ocorrem períodos agudos de estiagem, quando a precipitação pluviométrica cai para
cerca de 400 (±) 50 mm ano-1. As temperaturas são altas, com taxas elevadas de
evapotranspiração e balanço hídrico negativo durante parte do ano. A umidade relativa
do ar média anual é de 60%. A insolação é muito forte (2.800 horas ano-1) ocorrendo a
máxima luminosidade no mês de outubro, entre Pilão Arcado (BA) e Petrolândia (PE).
A evaporação é cerca de 2.900 mm ano-1 e a velocidade média do vento é de 3 m s-1
com direção predominante sudeste”. (ECO, 28)
CF. evaporação, insolação, umidade relativa do ar, estiagem 2, déficit hídrico 3,
Submédio São Francisco, estiagem 2, IDU_SAT, IDE_BID, água
7.7- umidade relativa do ar s.f
PECULIARIDADE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO, CARACTERIZADA PELO
BAIXO VALOR DE VAPOR DE ÁGUA NO AR.
“Ocorrem períodos agudos de estiagem, quando a precipitação pluviométrica cai para
cerca de 400 (±) 50 mm ano-1. As temperaturas são altas, com taxas elevadas de
evapotranspiração e balanço hídrico negativo durante parte do ano. A umidade relativa
do ar média anual é de 60%. A insolação é muito forte (2.800 horas ano-1) ocorrendo a
máxima luminosidade no mês de outubro, entre Pilão Arcado (BA) e Petrolândia (PE).
327
A evaporação é cerca de 2.900 mm ano-1 e a velocidade média do vento é de 3 m s-1
com direção predominante sudeste.” (ECO, 28)
CF. evaporação, insolação, evapotranspiração, estiagem 2, déficit hídrico 3, Submédio
São Francisco, estiagem 2
7.8- estiagem 2 s.f
PECULIARIDADE DA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO,
CARACTERIZADA POR PERÍODOS AGUDOS DE FALTA DE PRECIPITAÇÃO
PLUVIOMÉTRICA
“Ocorrem períodos agudos de estiagem, quando a precipitação pluviométrica cai para
cerca de 400 (±) 50 mm ano-1. As temperaturas são altas, com taxas elevadas de
evapotranspiração e balanço hídrico negativo durante parte do ano. A umidade relativa
do ar média anual é de 60%. A insolação é muito forte (2.800 horas ano-1) ocorrendo a
máxima luminosidade no mês de outubro, entre Pilão Arcado (BA) e Petrolândia (PE).
A evaporação é cerca de 2.900 mm ano-1 e a velocidade média do vento é de 3 m s-1
com direção predominante sudeste”. (ECO, 28)
CF. evaporação, insolação, evapotranspiração, déficit hídrico 3, Submédio São
Francisco, umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica
7.9- déficit hídrico 3
VALOR NEGATIVO DO BALANÇO HÍDRICO QUE INDICA QUE A DEMANDA
PELA ÁGUA SUPERA A PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA E A CAPACIDADE
HÍDRICA DE UMA SUB-BACIA EM UM PERÍODO.
“As variáveis que compõem este indicador referem-se ao déficit hídrico nos meses de
setembro, novembro e maio, com cargas fatoriais em torno de 0,87. Proporcionam
também, o déficit hídrico no mês de outubro e o excesso hídrico dos meses de janeiro e
março, com cargas fatoriais em torno de 0,82.
Este Fator distingue os municípios onde o balanço hídrico mensal apresenta
sobretudo, a falta de água como o indicador fundamental. Desta forma, pode-se
associar a este fato a demanda pelo desenvolvimento de tecnologias e alternativas
328
viáveis à produção, sobretudo no setor primário, para a convivência do homem com
estes períodos de seca”. (ECO, 40)
CF. evaporação, insolação, evapotranspiração, estiagem 2, Submédio São Francisco,
umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica, balanço hídrico, água, hídrico,
sub-bacia.
A seguir, apresentamos o mapa conceitual parcial 8- (instituições e projetos envolvidos)
e, então, colocamos seus termos definidos.
329
Mapa conceitual parcial 8- (instituições e projetos envolvidos)
Vocabulário
8- GEF [Global Environmental Foundation]
ENTIDADE INTERNACIONAL QUE TEM POR OBJETIVO A IMPLEMENTAÇÃO
DE MEDIDAS QUE VISEM À CONSERVAÇÃO, RECUPERAÇÃO E PROTEÇÃO
DOS RECURSOS NATURAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
“O ISA_Água, envolvendo as dimensões econômica, social e ecológica, teve o suporte
financeiro da Organização dos Estados Americanos (OEA), Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, Global Environmental Foundation - GEF,
Agência Nacional de Águas - ANA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
EMBRAPA e colaboração da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba-CODEVASF e das Secretarias de Agricultura municipais
localizadas na área de estudo.” (ECO, 1)
CF. PNUMA, OEA, Projeto São Francisco, Embrapa, ECOVALE
8.2- PNUMA [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente] s.m
ENTIDADE LIGADA À ONU VOLTADA PARA A RECUPERAÇÃO,
CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE COM VISTAS
AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
“O Projeto Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia
Hidrográfica do rio São Francisco (Projeto São Francisco - ANA/GEF/PNUMA/OEA),
por meio de vários estudos integrados, buscou desenvolver um Programa de Gestão
para esta bacia. A contribuição do subprojeto "Desenvolvimento de um sistema de
monitoramento da qualidade da água na região do Submédio do Rio São Francisco -
Ecovale", ao Projeto São Francisco, foi o aporte de uma metodologia pioneira, visando
a construção do Índice de Sustentabilidade Ambiental do Uso Água (ISA_ÁGUA).”
(ECO, 1)
CF. GEF, OEA, Projeto São Francisco, Embrapa, ECOVALE, conservação ambiental,
proteção, meio ambiente, desenvolvimento sustentável.
330
8.3- OEA [Organização dos Estados Americanos] s.f
ENTIDADE QUE OBJETIVA O PROGRESSO DOS PAÍSES DAS AMÉRICAS A
PARTIR DA VISÃO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
“O ISA_Água, envolvendo as dimensões econômica, social e ecológica, teve o suporte
financeiro da Organização dos Estados Americanos (OEA), Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, Global Environmental Foundation - GEF,
Agência Nacional de Águas - ANA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
EMBRAPA e colaboração da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba-CODEVASF e das Secretarias de Agricultura municipais
localizadas na área de estudo.” (ECO, 1)
CF. GEF, PNUMA, Projeto São Francisco, Embrapa, ECOVALE
8.4- Projeto São Francisco [gerenciamento integrado das atividades desenvolvidas em terra na
bacia hidrográfica do Rio São Francisco] s.m
PROJETO DESENVOLVIDO POR ENTIDADES NACIONAIS E
INTERNACIONAIS QUE VISA O GERENCIAMENTO ADEQUADO E A
SUSTENTABILIDADE DA BACIA DO SÃO FRANCISCO, DO QUAL O
ECOVALE FAZ PARTE.
“O Projeto Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia
Hidrográfica do rio São Francisco (Projeto São Francisco - ANA/GEF/PNUMA/OEA),
por meio de vários estudos integrados, buscou desenvolver um Programa de Gestão
para esta bacia. A contribuição do subprojeto "Desenvolvimento de um sistema de
monitoramento da qualidade da água na região do Submédio do Rio São Francisco -
Ecovale", ao Projeto São Francisco, foi o aporte de uma metodologia pioneira, visando
a construção do Índice de Sustentabilidade Ambiental do Uso Água (ISA_ÁGUA).
(ECO, 1)
CF. GEF, PNUMA, OEA, Embrapa, ECOVALE, bacia hidrográfica, Rio São Francisco
8.5- Embrapa [empresa brasileira pesquisa agropecuária] s.f
331
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, INSTITUIÇÃO DE
PESQUISA QUE FORNECE SUPORTE FINANCEIRO AO SUBPROJETO
ECOVALE.
“O ISA_Água, envolvendo as dimensões econômica, social e ecológica, teve o suporte
financeiro da Organização dos Estados Americanos (OEA), Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, Global Environmental Foundation - GEF,
Agência Nacional de Águas - ANA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
EMBRAPA e colaboração da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba-CODEVASF e das Secretarias de Agricultura municipais
localizadas na área de estudo.”
CF. GEF, PNUMA, OEA, Projeto São Francisco, ECOVALE
8.6 ECOVALE
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO DA
QUALIDADE DA ÁGUA NA REGIÃO DO SUBMÉDIO DO RIO SÃO FRANCISCO-
SUBPROJETO LIGADO AO PROJETO GERENCIAMENTO INTEGRADO DAS
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM TERRA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
SÃO FRANCISCO, QUE CONSTRUIU O ISA-ÁGUA
“O Projeto Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia
Hidrográfica do rio São Francisco (Projeto São Francisco - ANA/GEF/PNUMA/OEA), por
meio de vários estudos integrados, buscou desenvolver um Programa de Gestão para esta
bacia. A contribuição do subprojeto "Desenvolvimento de um sistema de monitoramento da
qualidade da água na região do Submédio do Rio São Francisco - Ecovale", ao Projeto São
Francisco, foi o aporte de uma metodologia pioneira, visando a construção do Índice de
Sustentabilidade Ambiental do Uso Água (ISA_ÁGUA).” (ECO, 1)
CF. GEF, PNUMA, Projeto São Francisco, Embrapa
332
10.2- Index alfabético
Apresentamos no index também as variações e os sinônimos para facilitar a consulta, já
que a área apresenta muitos destes itens. Colocamos os termos e as páginas em que se
encontram.
Termos Página
À jusante 245 À montante 246 AAVs- agente de água voluntário 175 Ação corretiva 290 Ação mitigadora 291 Ação preventiva 291 Ação restritiva 291 Acesso à educação e saúde restrito à baixa parcela da população 230 Acesso restrito à educação e saúde 230 Ações estratégicas 290 Açude 243 Adoção de políticas de saúde pública e saneamento 311 afluente 245 Agente 175 Agente ambiental 175 Agente voluntário 175 Agentes ambientais voluntários 175 Agentes de água 175 Agentes de evaporação 323 Agricultura 321 Agricultura de sequeiro 211,226
333
Agricultura de subsistência 212 Agricultura dependente de chuva 211 Agricultura familiar e pecuária 218,226 Agricultura irrigada de baixo nível tecnológico 223 Agrupamento 146 Agrupar 146 Água 235,236 Água de reservatório 249 Água de usos múltiplos 156 Água doce 250 Água potável 249 Água salobra 249 Água superficial 251 Águas subterrâneas 251 AIA- avaliação dos impactos ambientais 282 Amazonas 242 Ambiental (adj) 271 AMC- análise da matriz causal 139
AMCM- análise da matriz causal multivariada 141
Amostra 176 amostral 178 Amostras de água 176 ANA 188 Análise de agrupamento 143 Análise de cluster 143 Análise discriminante 136 Análise estatística 136 Análise estatística rotacional 147 Análise fatorial 138 Análise físico-química e microbiológica da água 179 Análise multivariada integrada 138 Aqüífero 239 Área de drenagem 322 Área de manancial 239 Área superficial da bacia (Ab) 200 Área urbanizada (AUB) 201 Atendimento à saúde 214,220 Atividades de mineração 208,228 Atributo de qualificação 137
Avaliação documentada de qualidade das águas superficiais e subterrâneas
286
Avaliação ambiental da bacia 159
334
Avaliação da qualidade das águas 134
Avaliação da gestão ambiental dos setores primários, secundários e de serviços públicos
160
Bacia 163
Bacia Hidrográfica 163 Baixa capacidade de infiltração do solo 324
Baixa oferta de emprego 228 Baixo investimento dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica
230
Barrar 240 Barreiro 240 Base 173 Base de dados primários 164 Base de dados secundários 187 Cacimbas 241 Cadastrar 180 Cadastro da fruticultura irrigada do nordeste do Brasil 189 Cadastro 180 Cadastro de usuários 184 Calha do rio 244 Canal de irrigação 178 Capilaridade 172 Carência de serviços básicos 225 Carga de agrotóxico 259 Carga de poluentes 252 Carga fatorial 142 Causa fator 1 220 Causa fator 2 223 Causa fator 3 225 Causa fator 4 227 Carga parcial de agrotóxico 260 Carga poluente 252 Carga poluidora 252 Carga total de agrotóxico 259 Cargas de poluição 252 Cartas topográficas 191 Cartilhas técnicas 288 Cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água 288 Causa fundamental 229 Causas fundamentais da análise da matriz causal 229
Causas técnicas primárias da análise da matriz causal 220 Causas técnicas secundárias da análise da matriz causal 222
335
Causas técnicas terciárias da análise da matriz causal 224 Causas técnicas quaternárias da análise da matriz causal 227 Certificação ambiental 159 Cheia 267 Chuva 267 Cisterna 240 Classe 145 Cloração 317 Cloração da água 317 Cluster 146 Cluster analysis 143 Cluster means 145 Cobrança pelo uso da água 162 CODEVASF 189 Coleta de amostra de água 176 Combinação linear 152 Componentes não correlacionados 154 Comunalidade final 142 Concentração de renda 209 Concentração fundiária 207,224 Conservação 133 Conservação ambiental 133 Conservação da água 300 Contaminação 258 Controle ambiental 131,161 Corpos d´água 238 Corrigir efeitos da urbanização 309 Corrigir efeitos da erosão 309 Corrigir efeitos do uso e ocupação intensiva do solo 310 Corrigir lançamento de efluente urbano e industrial em áreas de mananciais
310
Correção do solo 312 Cultura de subsistência 212 Culturas de comercialização sazonal 212,228 Curso de formação de agente de água voluntário 176 Déficit hídrico 207,226,270 Degradação 206,252 Degradação ambiental 206,252 Descarga 232 Descargas de poluentes 232 Descargas de poluentes em corpos de água decorrentes de atividades dos setores primário, secundário e terciário
233
Descartar 253
336
Descarte 254 Desempenho ambiental 158 Desenvolvimento sustentável 129 Desenvolvimento de mapas temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água
293
Desenvolvimento de um programa de monitoramento do uso sustentável das águas
296
Desenvolvimento de um programa estratégico sobre o uso racional da água
297
Desinfecção 319 Dessanilização 315 Dessanilizadores 316 Destino dos recursos públicos ao atendimento da infra-estrutura básica
231
diagnosticar 292 Diagnóstico 292 Dimensão ecológica 270 Dimensão econômica 271 Dimensão social 271 Dinâmica da poluição urbana e uso da água 216,222 Disposição de resíduos 207,221,254 Distância 143 Distância euclidiana 144 Divisor de água 247 Drenagem 258,313,320 Ecokits 182 ECOVALE 331 Efluente 262 Efluente doméstico 263 Efluente industrial 263 Efluente urbano 263,264 Elaboração de cartilhas técnicas sobre o uso sustentável da água 294 EMBRAPA 330 EMBRAPA solos 187 erodibilidade 266 Erosão 265 Erosão do solo 265 Erosão laminar 265 Escoamento 247 Escoamento fluvial 248 Escoamento superficial 248 Esgotamento sanitário 257 Estação de alerta 177
337
Estação de amostragem 177 Estação de tratamento de efluente doméstico 306 Estiagem 268,327 Estrutura documentada para mitigação e controle de poluentes prioritários
283
Evaporação 323 Evapotranspiração 326 Excesso hídrico 269 Extração dos fatores iniciais 141 Fator 128 Fator 1 204 Fator 2 204 Fator 3 205 Fator 4 205 Fervura 318 Filtração 318 Filtragem 318 Fiscalização das águas 300 Fonte de água 239 Fonte de recurso hídrico 239 Fonte potencial de poluição 261 Fontes de poluição 261 Fontes difusas de poluição 262 Fontes pontuais de poluição 261 Foz do rio 245 Fruticultura irrigada 210,322 Gasto público em infra-estrutura 210,221 GEF 329 Geoprocessamento 197 Geoprocessamento de imagens de satélite 197 georreferenciar 198 Georreferenciamento 198 georreferenciado 198 gerenciamento 132 Gestão 156 Gestão ambiental 156 Gestão ambiental da agricultura irrigada 217,224 Gestão articulada 157 Gestão dos recursos hídricos 162 Gestão integrada de recursos hídricos 157 Gestores dos recursos hídricos 163 Gestores 131
338
Grandeza 153 Grau de dissimilaridade 144 Hidrogeo 188 IBGE 186 ICA_FRUT- índice de carga de agrotóxico da fruticultura irrigada 277 ICV_SAT-Índice de cobertura vegetal 282 IDA_SAT – índice de degradação ambiental potencial do uso da água
279
IDE_BHID- índice de déficit hídrico 278 Identificação da origem dos elevados níveis de nitrato das fontes hídricas
312
IDH_ índice de desenvolvimento humano 202
IDS_SAT- índice de degradação ambiental dos solos 278 IDU_SAT- índice de densidade urbana 279 IEF_ índice de escoamento fluvial 199 IEP_ índice de erodibiliade potencial 199 Imagens landsat 191 Impactante 252 Impacto 251 Impactos ambientais 251 Inadequação dos sistemas de produção agrícolas e agroindustriais em uso
231
Indicador 126
Indicadores socioeconômicos e ambientais da região Submédio São Francisco
286
Índice 127,277 Índice de desenvolvimento sustentável do uso da água 203 Índice de sustentabilidade ambiental do uso da água 203 Índice de sustentabilidade do uso da água 203 Índice do perfil ecológico 206 Índice do perfil econômico 209 Índice do perfil social 213 Inércia 144 Insolação 325 Instalação de estação automática de alerta em sub-bacia hidrográfica prioritária
295
Intercorrelação 154
Inventário 164 Inventário da qualidade ambiental das fontes de água 168
Inventário das fontes de água superficiais e cadastro de usuários 169
Inventário das fontes de poluição 164 Inventário de campo 170
339
Inventário de poços tubulares e Cadastro de usuários 167
Inventário fito-ecológico 166 Inventário georreferenciado da qualidade ambiental 292
Inventário sócio-ambiental 165 IP_ECOL 206 IP_ECON 209 IP_SOCI 213 IQA- fonte de índice de qualidade ambiental da fonte de água 280 IQA_ índice de qualidade da água 198 IQU_ASUB índice de qualidade ambiental do uso das águas subterrâneas
281
IQU-ASUP índice de qualidade ambiental do uso das águas superficiais
280
IRL_ índice de relevo 200 Irrigação 322 ISA_ÁGUA 203 ISO 14001 157 IUB_ índice de urbanização 200 IV_ índice de vegetação 201 Kits de determinação microbiológica 183 Kits microbiológicos 183 Kits para determinação microbiológica da qualidade da água 183
Laboratório móvel 182 Lançamento 264 Lançar 264 Legislação ambiental 158 Linearmente 152 Lixiviação 313 Luminosidade 325 Manejo 133 Manejo ambiental 133 Manejo do solo 309 Mapa de ocupação do território 192 Mapa de rede de drenagem 193 Mapa temático 287 Mapa topográfico 192 Mapas temáticos digitais de sustentabilidade do uso da água 287 Mapeamento 287,288 Matriz de análise causal multivariada 148 Matriz de análise causal do uso da água 149 Matriz de análise causal do ISA-água 149 Matriz de correlação 140
340
Matriz de diagnóstico ambiental 150 Matriz final de ISA- água 150 Matriz integrada 148 Matriz de dados 147 Medida de contenção da erosão laminar 307 Medidas corretivas 290 Medidas mitigadoras 291 Medidas preventivas 291 Medidas restritivas 291 Meio ambiente 272 Método stepwise 137 Método ward 144 Metodologia ISA_ água 288 Microbacia 196 Micro-bacia hidrográfica 196 Monitor 181,274 Monitoração 181,273 Monitoramento 181,273 Monitoramento ambiental 132 Monitoramento da qualidade da água 181,273 Monitoramento da qualidade de recursos hídricos 181,273
Monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica das águas superficiais e subterrâneas
170
Monitoramento do uso sustentável da água 235 Monitorar 182,274 Município 196 Nascente 246 Norma 128 Normalização da ocupação rural em encostas mais íngremes 304 Núcleo 174 Núcleos de monitoramento 174 OEA 330 Oferta de emprego 215 Ortogonal 153 Outorga de direito do uso da água 161 Outras culturas de comercialização sazonal 212,228,321 Padronização de variável 151 PAE – plano de ação estratégica 285 PDRH- plano diretor de recursos hídricos 160 Perfil do uso sustentável da água 216 Perfil ecológico 205 Perfil econômico 209
341
Perfil social 212 PGA-RH- programa de gestão ambiental dos recursos hídricos 299 PGI- programa de gestão integrada 298 Planos cartográficos 190 Planta piloto “on line” de qualidade da água de usos múltiplos 190 Pluviosidade 267 PNUMA 329 Poço jorrante 241 Poços 241 Poços tubulares 242 Poluente 253 Poluição das águas 260 Poluição hídrica 233 Poluição urbana 262 Pontos amostrais 177 Pontos de amostragem 177 Pontos de amostragem georreferenciados 178 Precipitação pluviométrica 267 Preservação 130,272 Procedimento amostral 179 Programa de divulgação estratégica sobre o uso racional da água 299 Programa de educação ambiental 303 Programa de formação de agente de água 314 Programas de monitoramento da qualidade da água 302
Projeto de educação ambiental 307 Projeto São Francisco- Gerenciamento integrado das atividades desenvolvidos em terra na bacia hidrográfica do Rio São Francisco
330
Proporção da variação 154 Proposta de racionalização do uso da água em âmbito regional 295 Qualidade da água 266 Qualidade dos recursos hídricos 266 Qualidade de vida 214 Qualidade de vida e segurança alimentar 219,299 Questionário sócio-ambiental 175 Racionalização do uso da água 296 Radiação solar 325 Recomendação do PAE 285 Regime de cheia 268 Recursos hídricos 236 Recursos naturais 275 Rede de drenagem 320 Rede de monitoramento 171 Rede de monitores ambientais (AVVs) 171
342
Regeneração e preservação da cobertura vegetal original 303 Regime hídrico 236 Regressão linear múltipla 146 Remoção de sais 317 Reposição da mata ciliar 306 Reservatório 242 Resíduo químico 256 Resíduo rural 255 Resíduo sólido agrícola 255 Resíduo sólido doméstico 255 Resíduo sólido industrial 256 Resíduos 254 Resíduos hospitalares 257 Ribeirinhas (adj) 244 Rio 243 Rio principal 247 Rotação dos fatores 141 Salinidade 320 Saneamento 315 Saneamento básico 315 Seca 269 Serviços básicos 215 SGA- sistema de gestão ambiental 163 SIG- sistema de informações geográficas 189 Sistema de monitoria da qualidade da água 311 Sistema educacional 214 Sistema educacional deficiente 223 Sistema hidrológico 237 Solo 276 Sonda automática multiparâmetro 183 Sonda multiparâmetro 183 Sondas de medição de qualidade de água 183 STATCART - Sistema de informações georreferenciadas 185 Sub-bacia 195 Sub-bacia hidrográfica 195 Submédio do Rio São Francisco 194 Sustentabilidade do uso da água 130 Sustentável (adjetivo) 132 Tema 134 Transformação linear 152 Tratamento 316 Tratamento de esgoto 315
343
Treinamento e envolvimento da comunidade 284 Tributário 244 Umidade relativa do ar 326 Unidade de gestão 197 Unidade de planejamento e gestão 197 Unidades de conservação 303 Uso adequado de fertilizante 314 Uso da água 238 Uso dos recursos hídricos 238 Uso dos recursos naturais 275 Uso e ocupação intensiva dos solos 276 Uso sustentável da água 129 Usos múltiplos 237 Variável 126 Varimax rotacionado 142 Vazadouro a céu aberto 257 Vento 324 Vulnerabilidade da população ao uso da água em função da disposição dos resíduos urbanos e rurais gerados pelas atividades produtivas e ocupação territorial
234
ZANE - zoneamento agroecológico do nordeste do Brasil 187 Zona de risco I (baixo risco) 301 Zona de risco II (risco regular) 305 Zona de risco III (risco alto) 305 Zona de risco IV (risco elevado) 308 Zoneamento ambiental 195
344
XI- Considerações finais
A globalização dos mercados e a evolução do nível de exigências da população
avançam, em velocidade absolutamente impressionante, obrigando os países a estabelecer
novas regras com relação a tudo aquilo que o homem usa, produz, consome. Criar condições
para que o crescimento seja efetivamente sustentável é tarefa primordial neste limiar de novo
século, basta observarmos o aumento dos problemas relacionados ao meio ambiente, em todos
os setores da sociedade, a crescente pressão realizada por órgãos governamentais, ONG’s,
empresas e consumidores e o surgimento de movimentos ambientalistas reivindicando a
redução dos impactos dos processos de produção e consumo sobre a natureza. Neste contexto,
discutir a água implica mais que a simples análise de sua qualidade ou quantidade. É preciso
acrescentar a este debate um dado inteiramente novo e que faz parte das circunstâncias atuais,
o desenvolvimento sustentável, que procura conciliar crescimento econômico, conservação dos
recursos naturais e justiça social. Isso envolve diretamente a implementação de instrumentos
de prevenção à poluição, a redução do uso de substâncias tóxicas e do desperdício, assim
como a desaceleração da destruição de recursos não renováveis. Daí a importância de projetos
como o ECOVALE.
Ao considerar o desenvolvimento sustentável, é preciso perceber a água como recurso
hídrico, bem econômico para que não haja desperdício e ações sustentáveis possam ser
implementadas. Segundo THAME (2000: 231) para garantir o desenvolvimento sustentável e a
conservação da água, são necessárias algumas medidas. Dentre elas, encontram-se o
monitoramento da qualidade da água e o envolvimento da comunidade. Para efetivar seu
trabalho, os autores do nosso objeto-estudo recrutaram agentes de água voluntários da própria
comunidade para localizar e avaliar a qualidade das fontes de água. Com essa ação, os
especialistas conseguiram despertar o interesse da comunidade pelo monitoramento da
qualidade da água e fazer com que as pessoas participassem ativamente, mostrando-lhes a
importância dos recursos hídricos não só para a sobrevivência, que, no semi-árido, vem em
primeiro lugar, mas para a influência definitiva desses recursos no desenvolvimento social e
econômico. A sua restrição pode causar um atraso sócio-econômico. É o que acontece com a
maioria dos municípios do Submédio São Francisco que apresentam baixos índices no perfil
econômico e social, tendo apenas Juazeiro e Petrolina, grandes centros urbanos, valores altos
nestes quesitos (conforme colocamos no capítuloIV, item 1). Talvez, com essa atitude, ficaria
até mais fácil a implementação de um programa de outorga de uso da água para evitar abusos
345
(conferir capítulo IV). Esse líquido é tão precioso que guerras são travadas para garantir a
dominação do território que possuir água potável. O mesmo autor (2000: 253) insiste:
“O sucesso em alcançar o desenvolvimento sustentável depende de
iniciativas inovadoras, que combinem políticas públicas, econômicas e de
compartilhar informação, educação e tecnologia”
Nota-se, conforme já discutido no capítulo sobre o ECOVALE, que este analisa de forma
integrada aspectos sociais, econômicos e ecológicos, observando variáveis como finanças
públicas, concentração de renda, concentração fundiária, número de óbitos, pessoas com
emprego fixo, qualidade da água, cobertura vegetal, entre tantas outras, também já citadas no
capítulo sobre o nosso objeto de estudo. Suas propostas são baseadas nos resultados desta
análise e, parecem ser , assim, direcionadas de uma forma satisfatória para o desenvolvimento
sustentável como sugerido na citação. Cumpre lembrar, que a parceria Embrapa-USP cumpre
a função do compartilhamento e divulgação de informação.
Com efeito, o ECOVALE vem inovar a visão tradicional da qualidade da água, baseada
no IQA (conferir verbete), vista apenas como um conjunto de parâmetros físicos, químicos,
microbiológicos e hidrogeológicos, sem observar seu valor econômico e social, basta notar
que, mesmo aplicando estes índices, o referido subprojeto criou mais onze para poder formar
sua análise de uma maneira completa e respeitando o conceito de desenvolvimento sustentável.
A forma tradicional de considerar a qualidade da água foi e ainda é muito útil, mas tem se
mostrado limitada, pois avalia a alteração que já aconteceu na fonte de água, seja positiva ou
negativa. Os resultados das análises feitas com base no IQA mostram que vários corpos de
água vêm se deteriorando, mas nada é feito para impedir a degradação. Seria necessário, pois,
uma nova visão da qualidade da água e de seu monitoramento. É justamente o que o
ECOVALE faz, afinal a água não está isolada no meio ambiente que a cerca, mas está em
constante interação com fatores antrópicos e com o próprio meio em que está. Tal abordagem
metodológica permitiu o levantamento e cruzamento de informações que, até então, não
haviam sido confrontadas, gerando um resultado que permite aos gestores dos recursos
hídricos conhecerem os problemas, suas causas e ações que devem ser promovidas.
Em relação à definição, como os documentos-base de nosso estudo são muito
especializados, foi necessária a organização de enunciados concisos, porém fáceis de entender.
Alguns termos exigiram enunciados definitórios um pouco mais longos, devido à
346
complexidade de seu conteúdo informacional, porém,mesmo assim, tentamos caracterizar
esses enunciados por quatro principais características: concisão, clareza, objetividade,
coerência. É o caso da definição de desenvolvimento sustentável, ou de termos mais
complexos, como os de econometria, análise discriminante, varimax rotacionado, entre
outros. Para complementar as definições, utilizamos as notas e os contextos, que podem
dirimir quaisquer dúvidas que, por ventura, surgirem. Os próprios especialistas consideram
complexa a tarefa de definir um termo, enfatizando isto na introdução do relatório do
ECOVALE16.
Apesar de os dois itens do corpus documental serem similares, até iguais em algumas
partes, apresentam certas incoerências conceituais que só foram resolvidas com a aplicação do
percurso gerativo de enunciação de codificação, explicitado no item 1.2 do capítulo VII. É o
caso, por exemplo, de no relatório oficial aparecer o termo agricultura de sequeiro como
sinônimo de agricultura de subsistência, enquanto que no resumo executivo os dois termos
são apresentados como se fossem completamente diversos. Outra questão que podemos citar é
a de que, no primeiro documento, são apresentadas medidas mitigadoras para zonas de risco
III, enquanto no segundo são colocadas medidas preventivas como recomendação. No resumo
executivo, é posto, ainda, que os objetos classificados são os indicadores, mas, na verdade, são
os municípios. Essa dissimilação ficou mais aflorada e mais fácil de ser identificada ao
compararmos os dois documentos. Podemos perceber que essas divergências causam um
entrave na abstração dos conceitos para organização dos mapas e das definições. Daí a
importância do já citado percurso gerativo de enunciação de codificação e de decodificação.
Outra questão complicada que devemos citar foi a organização dos mapas conceituais.
Em trabalho anterior, com telefonia celular, a abstração de conceitos era penosa, mas os
termos eram monossemêmicos, já nesta nova área, devido à sua característica de ciência
humana, os termos são polissemêmicos e podem se encaixar em várias partes do mesmo mapa
e até em outro mapa diverso do primeiro, como é o caso de déficit hídrico, índice, disposição
de resíduos com três acepções diferentes, mas inter-relacionadas. Novamente, o percurso
gerativo de enunciação de codificação e de decodificação foi necessário para a determinação
do semema e do lugar conceitual mais adequado aos termos. Esta também foi a solução para a
definição dos termos de econometria, estatística e matemática como varimax rotacionado,
coeficiente de correlação, matriz de correlação, matriz de análise causal, matriz de análise
16 Na introdução, os autores colocam “Como os termos usados neste trabalho podem ter diferentes interpretações, define-se a seguir o sentido em que alguns foram utilizados pelo grupo de trabalho” (ECOVALE, 2002, p. 2)
347
multivariada, transformação linear, ortogonal, método ward para apenas citar alguns, que
foram utilizados na construção do saber do ECOVALE, mas não tiveram seus conceitos
explicitados. É importante observar que o estudo do corpus de referência, ou referencial,
auxiliou muito, porém, o referido subprojeto utiliza os conceitos de forma sui generis, pois os
aplica nos dados colhidos em campo e, para isso, adapta-os de forma a se encaixarem
corretamente e cumprirem seu papel. Nestas condições, acabam por modificar as definições
dos referidos termos e colocá-los com acepções novas dentro do corpus documental. Além
disso, até criar novas equações, os autores o fizeram: inventaram a análise da matriz causal
(AMC) e a análise da matriz causal multivariada (AMCM). Os resultados da primeira
apontaram as principais causas primárias, secundárias, terciárias, quaternárias e
fundamentais dos problemas dos perfis econômico, social, ecológico e uso sustentável da
água, enquanto os da segunda relacionaram as causas principais às possíveis ações a serem
tomadas para corrigi-las.
Cumpre ressaltar, ainda, o caso dos sinônimos, há termos com mais de um sinônimo,
como análise de agrupamento (análise de cluster, cluster analysis), gestão ambiental (gestão
articulada, gestão integrada), agricultura de sequeiro (agricultura dependente de chuva,
agricultura de subsistência, cultura de subsistência). Ao discutir sobre sinônimos, não
podemos deixar de enfatizar a diferença entre estes e variação. A dissimilitude que adotamos
para nosso trabalho foi a de que, se o termo fosse semelhante, mas com ortografias diferentes
ou termos parecidos seria variação, como por exemplo: pontos de amostragem e pontos
amostrais, estação automática de alerta e estação de alerta, amostral e amostrado,
monitoramento e monitoração, entre outros. Se o termo fosse diferente e usado
indistintamente nos mesmos contextos, seriam sinônimos, como os citados anteriormente.
Como o documento é dirigido a especialistas, há muitos contextos explicativos e
associativos, mas pouquíssimos definitórios, conforme já ressaltado. Veja, exemplo, o
contexto de AIA e recomendações para o PAE, a única indicação do contexto é que estes são
produtos do ECOVALE. Por isso, muitos contextos tiveram de ser repetidos, já que o
importante era que o termo figurasse em uma parte do relatório para poder exemplificar seu
uso. A falta de contexto pode ser enfatizada pelo uso forçado de uma figura como contexto,
caso do termo monitoramento da qualidade da água 2. Novamente, surge a necessidade do
percurso gerativo de enunciação de codificação e decodificação neste trabalho. Ainda sobre
esse assunto, foi preciso utilizar expressões explicativas de quadros como contexto, porque o
termo só aparecia neste tipo de enunciado. Parece que temos aqui dois novos tipos de
348
contextos, que poderiam figurar entre os contextos associativos, mas com a ressalva de não
serem verbais (caso da figura) ou de serem relacionados a um quadro taxionômico (os
enunciados).
Há, ainda, o caso de termos que não aparecem em nenhum dicionário, mas parece estar
tão divulgado que deveria constar, ao menos, em dicionários especializados, como é o caso de
sub-bacia. O termo hídrico também apresenta um ponto interessante: ele aparece em
dicionários de língua comum, mas não em dicionários especializados no assunto.
Porém, a questão mais complexa foi a troca de termos por expressões explicativas.
Como por exemplo, em uma página a causa fundamental é poluição hídrica, em outra o termo
vira vulnerabilidade da população ao uso da água em função da disposição dos resíduos
urbanos e ocupação terrritorial. Talvez, a explicação para isso seja que os termos foram
gerados por equações diferentes, o primeiro pela análise da matriz causal e o segundo pela
análise da matriz causal multivariada. Contudo, as equações foram criadas com propósitos
diferentes, mas considerando-se os mesmos dados: a primeira é para identificar as causas
fundamentais, primárias até quaternárias e a segunda para identificar as ações correspondentes
a cada causa fundamental. Assim as causas fundamentais são as mesmas. Com efeito, as duas
equações levam em consideração a causa fundamental. Não há justificativa para uma mudança
tão brusca de termos, pelo menos aparentemente. Na verdade, parece que os especialistas
esperam que seus leitores entendam porque uma certa ação foi indicada para tal causa
fundamental e, para isso, transformam um termo simples em uma expressão explicativa,
criando sinônimos longos. No quadro abaixo, apresentamos as causas fundamentais mudadas
de termos para expressões:
349
Causa fundamental AMC- análise da
matriz causal
Causa fundamental – AMCM- análise
da matriz causal multivariada
Acesso restrito à educação e saúde Acesso restrito à educação e saúde à baixa
parcela da população
Gastos públicos em infra-estrutura a) Destino dos recursos públicos ao
atendimento das infra-estrutura básica
b) Inadequação dos sistemas de produção
agrícolas e agroindustriais em uso
Descarga de poluentes Descarga de poluentes nos corpos de água
decorrente das atividades dos setores
produtivos primários, secundários e dos
serviços públicos
Poluição hídrica vulnerabilidade da população ao uso da
água em função da disposição dos resíduos
urbanos e ocupação terrritorial
Em nossos objetivos, não colocamos o estudo dos termos e das fraseologias devido à
extensão do vocabulário (cerca de 450 termos), por isso, nas considerações finais, apenas
apontamos as possibilidades de estudo que o conjunto terminológico analisado possui, para
próximas análises.
Uma das questões interessantes do ECOVALE diz respeito aos neologismos. Segundo
Boulanger, citado por ALVES (2000), neologismo é uma unidade do léxico, palavra, lexia ou
sintagma, cujo significante, ou a relação entre significante e significado, não estava realizado
no estágio imediatamente anterior a um determinado sistema lexical, constituindo, assim, uma
unidade nova. Há vários tipos de neologismos, como os fonológicos, sintagmáticos,
semânticos, alogenéticos. Em nosso trabalho, são encontrados neologismos sintagmáticos,
semânticos e alogenéticos. Como nosso objetivo é apenas observar de forma concisa as
características dos termos, nossa análise é a mais sucinta possível, tendo o objetivo de
proporcionar uma visão geral do conjunto terminológico do subprojeto ECOVALE, pois a
criação de termos configura e estabiliza a área como um novo saber.
Todavia, precisamos, antes, definir os tipos de neologismos que aparecem no referido
conjunto terminológico. O neologismo sintagmático ou sintático (ALVES, 1994: 14)
caracteriza-se pela produção de novos itens a partir de elementos mórficos já existentes no
350
sistema lingüístico. Como exemplos, podemos citar: análise da matriz causal, análise da
matriz causal multivariada, causa fundamental, causa técnica primária, secundária, terciária
e quaternária. Conforme já ressaltamos, estes termos foram o resultado de uma equação
estatística criada exclusivamente para o subprojeto 1.4 identificar as causas e as soluções dos
problemas levantados. Temos, também, os novos indicadores gerados pelo ECOVALE, como
ISA-ÁGUA, IDU_SAT, IQU_ASUP, agente de água, entre outros.
O neologismo semântico se caracteriza pela mudança do significado sem alteração do
significante. Nas áreas técnicas, o exemplo mais comum de neologismo semântico é a
terminologização (BARBOSA, 1998:33). Este processo é marcado por duas etapas
simultâneas: a passagem do item lexical da língua comum para uma área técnica (neologismo
alogenético interno ou terminologização) e a mudança semêmica (adição e supressão de
semas), que adapta a unidade lexical à área receptora. Para o primeiro, temos apenas o
exemplo de tema, que passou da língua comum para a especializada, guardando uma leve
inter-relação entre as definições como podemos verificar:
Definição comum (HOUAISS, 2004, p. 2688):
Proposição, assunto, argumento, matéria, tese, o que se põe ou propõe.
Definição do ECOVALE:
conjunto de fatores ligado a um assunto que caracteriza e forma um perfil a partir das
informações da base de dados primária e secundária
Para o segundo caso, temos o exemplo de água, que é utilizada no subprojeto com a
definição mais comum, de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio, e a de recurso
natural usado economicamente para suprir as demandas urbanas, industriais e agrícolas, ou
seja, como recurso hídrico. Um exemplo interessante é o de agronegócio, dentro de nosso
objeto de estudo, ele se refere apenas à exportação de frutas “in natura”. Recursos naturais
também adquirem um novo semema, passando a serem definidos como substâncias,
principalmente água, e matérias, principalmente solo, utilizados com fins econômicos pelo
homem no Submédio São Francisco. Seca também é um termo interessante, ele adquire o
seguinte semema dentro do grupo de termos estudado: períodos longos de pouca ou nenhuma
precipitação pluviométrica que prejudica a agricultura, pecuária e a vida no semi-árido
nordestino. A adaptação do semema do termo ao assunto do subprojeto produz muitos
neologismos semânticos.
O neologismo alogenético (BARBOSA, 1996: 290) caracteriza-se pela passagem de uma
unidade lexical de um universo de discurso a outro, seja entre universos especializados,
351
regionais e entre esses e o geral (empréstimo interno), ou de um sistema lingüístico a outro
(empréstimo externo). O empréstimo constitui-se em criação no sentido da importação de um
novo recorte cultural ou na atribuição de uma nova “visão de mundo” à unidade lexical
emprestada, já que esta é adotada e não formada. Há um empréstimo externo no nosso objeto
de estudo, que é cluster analysis, porém a utilização de análise de agrupamento já é tão
tradicional que o termo foi considerado como sinônimo. No parágrafo anterior, colocamos
alguns exemplos de empréstimo interno que também configura um neologismo semântico, que
passaram de uma área para a do ECOVALE com mudança de semema (conjunto de semas ou
traços conceptuais-características). Porém, neste ponto existe uma peculiaridade que seria
interessante ressaltar: o termo desenvolvimento sustentável foi vocabularizado, ou seja, passou
do universo de discurso especializado para o da língua comum, constando nos dicionários de
língua. Contudo, ao ser utilizado pelo ECOVALE, passou por uma adição semêmica que o
modificou de tal maneira que anotamos na ficha que o termo não havia sido banalizado, afinal
sua definição restringia-se e caracterizava-se segundo o ECOVALE. Notamos, então, que o
ideal seria ter colocado na ficha a expressão “acepção banalizada” ou “acepção dicionarizada”,
pois muitos outros termos se encaixaram neste caso, como degradação ambiental, gestão,
gerenciamento, conservação, preservação, monitoramento, desinfecção, cloração, fervura,
filtração, para citar apenas alguns.
A meta principal do ECOVALE foi a geração de uma metodologia nova, o ISA-ÁGUA.
No capítulo IV, já discutimos sobre isso e, neste finalmente, gostaríamos de resumir,
graficamente, o significado dessa metodologia. Para isso, organizamos o seguinte octógono
semiótico:
integração dos perfis social e econômico
ISA-ÁGUA
não perfil ecológico
perfil ecológico
Não integração dos perfis social e econômico
IDH-índice de desenvolvimento humano
Teoria de Vicente de Paulo
352
O esquema demonstra bem o cerne do ISA-ÁGUA que é a integração dos perfis social,
econômico e ecológico. O IDH- índice de desenvolvimento humano, sobre o qual falamos no
capítulo V, leva em consideração apenas os aspectos sócio-econômicos, alijando o ecológico.
Vicente de Paulo, autor sobre o qual discorremos no mesmo capítulo citado, focaliza o perfil
ecológico, desconsiderando os outros dois. No ECOVALE o IDH foi comparado ao ISA-ÁGUA
e comprovou-se que este é mais eficiente para calcular a qualidade de vida, de modo
sustentável, que o segundo, e o autor Vicente de Paulo é utilizado como referência. Desse
modo, podemos dizer que o esquema acima colocado representa de maneira sucinta as
características do ISA-ÁGUA.
Conforme já colocamos na introdução da tese, um dos pontos de nosso trabalho que
merece atenção é a consolidação da parceria institucional-acadêmica entre Embrapa e USP.
Com isso, é possível que tenha se fortalecido a aliança entre ciência básica (teórico-
acadêmica), com a ciência aplicada (prática-institucional), que pode ser representada pelo
seguinte octógono semiótico:
fazer-fazer
ciência básica aliada à ciência aplicada
não saber-fazer
saber-fazer
Não fazer-fazer
fato natural, não recortado cientificamente
ciência aplicada
ciência básica
353
A ciência básica, com o saber-fazer acadêmico, alia-se à ciência aplicada, com o fazer-
fazer institucional, para formar trabalhos conjuntos que possuam ambas as características e,
assim, é possível que a universidade cumpra seu papel social de aplicar o conhecimento
gerado na sociedade, contribuindo para seu progresso.
Por fim, não podemos deixar de enfatizar que o problema do Submédio São Francisco
não é só a falta de água, mas a falta de água potável. Como recurso renovável, a quantidade de
água permanece a mesma, o que a transforma são ações antrópicas que a poluem. Como o
ECOVALE chegou a essa conclusão, seus autores nomearam os agentes de água voluntários
como agentes permanentes, que devem monitorar a qualidade da água nas fontes cadastradas
e informar o núcleo sobre isso. Esse informará as instituições que deverão tomar as
providências necessárias para evitar maior degradação dos corpos de água. Desse modo, o
ECOVALE não é um subprojeto que analisou dados, concluiu causas, recomendou soluções e
pronto. É um subprojeto que continua atuando junto à comunidade, efetivando o papel da
Embrapa como instituição que prevê a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento
sustentável.
354
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