5 apresentaÇÃo e anÁlises dos resultados - usp · 2013-07-04 · 49 5 – apresentaÇÃo e...

60
49 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com secagem de lodo de ETA e ETE, valores de teor de sólido e dados hidrometeorológicos (Apêndice B), serão apresentados e discutidos separadamente em cada ciclo. 5.2 Ciclos de secagem. Neste tópico é apresentado o comportamento do teor de sólidos do lodo em função da altura da leira, divididas em três camadas (superior, intermediária e inferior), nos leitos de secagem durante os ciclos. Todos os valores de TS estão apresentados no Apêndice A. Em seguida foram plotados em gráficos os dados hidrometeorológicos médio diário em função do período do ciclo de secagem: temperatura do ar; temperatura do solo; radiação solar global; umidade do ar; precipitação e; velocidade do vento. No fim serão analisados os dados hidrometeorológicos e comparados com a curva do TS do lodo. Os dados hidrometeorológicos médios diários estão apresentados no Apêndice B. 5.2.1 Primeiro ciclo de secagem. Este ciclo de secagem teve início no dia 12/07/2010 e término em 11/08/2010 para o ensaio com o lodo de ETA. Para o lodo de ETE o ciclo teve início no dia 20/07/2010 e término em 18/08/2010, devido ao cronograma não foi possível cumprir os trinta dias do período de secagem. A Figura 5.1.1 apresenta o comportamento do TS dos lodos durante o período do ciclo de secagem.

Upload: others

Post on 15-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

49

5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS

5.1 – Generalidades

Os resultados obtidos neste trabalho com secagem de lodo de ETA e ETE, valores

de teor de sólido e dados hidrometeorológicos (Apêndice B), serão apresentados e

discutidos separadamente em cada ciclo.

5.2 – Ciclos de secagem.

Neste tópico é apresentado o comportamento do teor de sólidos do lodo em função

da altura da leira, divididas em três camadas (superior, intermediária e inferior), nos

leitos de secagem durante os ciclos. Todos os valores de TS estão apresentados no

Apêndice A. Em seguida foram plotados em gráficos os dados hidrometeorológicos

médio diário em função do período do ciclo de secagem: temperatura do ar;

temperatura do solo; radiação solar global; umidade do ar; precipitação e; velocidade

do vento. No fim serão analisados os dados hidrometeorológicos e comparados com

a curva do TS do lodo. Os dados hidrometeorológicos médios diários estão

apresentados no Apêndice B.

5.2.1 – Primeiro ciclo de secagem.

Este ciclo de secagem teve início no dia 12/07/2010 e término em 11/08/2010 para o

ensaio com o lodo de ETA. Para o lodo de ETE o ciclo teve início no dia 20/07/2010

e término em 18/08/2010, devido ao cronograma não foi possível cumprir os trinta

dias do período de secagem. A Figura 5.1.1 apresenta o comportamento do TS dos

lodos durante o período do ciclo de secagem.

Page 2: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

50

(5.1 a)

(5.1 b)

(5.1 c)

(5.1 d)

Figura 5.1.1 – Teor de sólidos do lodo de ETA (5.1 a, 5.1 b) e ETE (5.1 c, 5.1 d) no Ciclo 1.

Com os elementos analisados na Figura 5.1.1 e os dados apresentados na Figura

A.1 do Apêndice A, é possível concluir que:

Houve uma variação do TS do lodo entre as camadas das leiras em todos os

gráficos; no 27º dia do gráfico 5.1d o TS do lodo na camada superior foi

27,79%, enquanto na camada inferior foi 23,49%. Mehrdadi (2007) analisou a

eficiência de secagem de lodo em relação a altura da leira e para obter 60%

TS, o lodo a uma altura de 20cm levou 10 dias, enquanto que o mesmo lodo à

32cm de altura levou 15 dias. Lima (2007) analisou a secagem de lodo com

leiras a 10cm e 20cm de altura e com 35 dias de secagem obteve lodo com

80% e 53% ST respectivamente;

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

0 8 10 12 14 16 18 21 23 25 28 30

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

0 8 10 12 14 16 18 21 23 25 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

0 2 4 6 8 10 13 15 17 20 22 24 27 29

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

0 2 4 6 8 10 13 15 17 20 22 24 27 29

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

Page 3: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

51

De acordo com os valores obtidos de TS do lodo durante do ciclo, pode-se

concluir que os leitos de secagem, aberto e coberto, apresentaram

desempenho semelhante no processo de secagem do lodo;

De acordo com os dados hidrometeorológicos apresentados na Figura B.1 do

Apêndice B, observou-se que choveu 71,120mm entre os dias 13 à

16/07/2010, correspondendo do 2º ao 4º dia do ensaio com o lodo da ETA

(Figura 5.2.1; gráficos 5.1a; 5.1b). Apesar do grande volume de água

acumulada no interior do leito devido a alta intensidade da chuva, não foi

observado alteração no TS do lodo pois neste período não houve

revolvimento do lodo (Figura 5.1.2);

Figura 5.1.2 – Detalhe da água acumulada no leito de secagem aberto.

Os resultados obtidos no fim do período de secagem foram melhores para o

lodo gerado na ETE, entre 23% a 36% TS, comparou-se ao lodo gerado na

ETA, entre 18% a 20% TS. Porém, no início do período de secagem o TS do

lodo da ETE também foi maior comparado ao lodo da ETA.

Page 4: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

52

A Figura 5.1.3 apresenta o gráfico com as médias diárias da temperatura do ar,

temperatura do solo e da radiação solar global.

Figura 5.1.3 – Dados médio diário da Temperatura do Ar, do Solo e da Radiação durante o Ciclo 1.

A temperatura do ar apresentou grande oscilação durante o período do ciclo de

secagem, variando entre 10 e 21 ºC, apresentando temperaturas baixas devido ao

período de inverno. A temperatura do solo esta diretamente ligada à temperatura do

ar acompanhando suas oscilações, porém, em menor grau e em geral com

temperaturas mais elevadas. Analisando a figura 5.1.2, a radiação solar apresentou

grande variação na média diária, entre 0,015 - 0,195kW/m2.

0,000

0,015

0,030

0,045

0,060

0,075

0,090

0,105

0,120

0,135

0,150

0,165

0,180

0,195

0,210

0,225

0,240

0,255

0,270

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

12/0

7/1

0

13/0

7/1

0

14/0

7/1

0

15/0

7/1

0

16/0

7/1

0

17/0

7/1

0

18/0

7/1

0

19/0

7/1

0

20/0

7/1

0

21/0

7/1

0

22/0

7/1

0

23/0

7/1

0

24/0

7/1

0

25/0

7/1

0

26/0

7/1

0

27/0

7/1

0

28/0

7/1

0

29/0

7/1

0

30/0

7/1

0

31/0

7/1

0

01/0

8/1

0

02/0

8/1

0

03/0

8/1

0

04/0

8/1

0

05/0

8/1

0

06/0

8/1

0

07/0

8/1

0

08/0

8/1

0

09/0

8/1

0

10/0

8/1

0

11/0

8/1

0

12/0

8/1

0

13/0

8/1

0

14/0

8/1

0

15/0

8/1

0

16/0

8/1

0

17/0

8/1

0

18/0

8/1

0

Rad

iação

(kW

/m2)

Tem

p.

do

Ar

e d

o S

olo

(°C

)

Data

Radiação

Temp. do Ar

Temp. do Lodo

Page 5: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

53

A Figura 5.1.4 apresenta o gráfico com as médias diárias da umidade do ar e da

precipitação total diária.

Figura 5.1.4 – Dados médio diário da Umidade do Ar e da Precipitação durante o Ciclo 1.

A umidade do ar variou significativamente durante o período de secagem, entre 53 e

93%, logo no início e também no meio do ciclo observaram-se valores altos da

umidade, devido a ocorrência de fortes chuvas, entre 6mm a 29mm de chuva, no

período do dia 13 à 16/07 e também chuvas nem tão consideráveis, menos de 1mm,

entre os dias 03 à 05/07.

Uma vez analisado os dados das figuras 5.1.3 e 5.1.4, pode-se verificar uma relação

direta e/ou inversa entre os dados hidrometeorológicos, ou seja, mantendo um

padrão de comportamento constante, ou seja, quando a radiação solar e a

temperatura do ar subiram a umidade do ar decresceu, o mesmo ocorreu quando o

inverso aconteceu.

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

12/0

7/1

0

13/0

7/1

0

14/0

7/1

0

15/0

7/1

0

16/0

7/1

0

17/0

7/1

0

18/0

7/1

0

19/0

7/1

0

20/0

7/1

0

21/0

7/1

0

22/0

7/1

0

23/0

7/1

0

24/0

7/1

0

25/0

7/1

0

26/0

7/1

0

27/0

7/1

0

28/0

7/1

0

29/0

7/1

0

30/0

7/1

0

31/0

7/1

0

01/0

8/1

0

02/0

8/1

0

03/0

8/1

0

04/0

8/1

0

05/0

8/1

0

06/0

8/1

0

07/0

8/1

0

08/0

8/1

0

09/0

8/1

0

10/0

8/1

0

11/0

8/1

0

12/0

8/1

0

13/0

8/1

0

14/0

8/1

0

15/0

8/1

0

16/0

8/1

0

17/0

8/1

0

18/0

8/1

0

Pre

cip

itação

(m

m)

Um

idad

e d

o A

r (%

)

Data

Precipitação

Umid. do Ar

Page 6: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

54

A Figura 5.1.5 apresenta o gráfico com as médias diárias da velocidade do vento.

Figura 5.1.5 – Dados médio diário da Velocidade do Vento durante o Ciclo 1.

Observou-se que os valores da velocidade do vento da Figura 5.1.5 foram

relativamente baixos durante todo o ciclo, entre 0,20 à 1,50m/s.

Comparando-se os dados hidrometeorológicos apresentados nas Figuras 5.1.3;

5.1.4 e 5.1.5 com os valores do TS do lodo (Figura 5.1.1) obtidos durante o ciclo de

secagem, observou-se que:

O leito de secagem aberto (figura 5.1 a) e coberto (figura 5.1 b), contendo

lodo gerado na ETA, apresentaram pouco crescimento no TS durante os oito

primeiros dias de secagem, em função da grande quantidade de chuva

(70mm) e consequentemente da alta umidade do ar (67-73%), baixa

temperatura do ar (13ºC) e radiação solar (0,015 kW/m2), entre os dias 13 à

16/07/2011, os valores de TS do lodo pouco progrediram até o 12º dia do

ciclo;

Apesar do leito de secagem coberto (figura 5.1b) não ter sido afetado

diretamente pela chuva, este foi prejudicado pelas condições indesejáveis dos

demais fatores climáticos já mencionados anteriormente;

No período, entre 17/07/2011 à 02/08/2011, as condições climáticas

melhoraram com o término das chuvas; a temperatura do ar subiu até 21 ºC,

logo a radiação solar subiu até 0,135 kW/m2, a umidade do ar caiu até 56% e

a velocidade do vento oscilou. Durante este período que corresponde do 6º

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1,50

1,60 12/0

7/1

0

13/0

7/1

0

14/0

7/1

0

15/0

7/1

0

16/0

7/1

0

17/0

7/1

0

18/0

7/1

0

19/0

7/1

0

20/0

7/1

0

21/0

7/1

0

22/0

7/1

0

23/0

7/1

0

24/0

7/1

0

25/0

7/1

0

26/0

7/1

0

27/0

7/1

0

28/0

7/1

0

29/0

7/1

0

30/0

7/1

0

31/0

7/1

0

01/0

8/1

0

02/0

8/1

0

03/0

8/1

0

04/0

8/1

0

05/0

8/1

0

06/0

8/1

0

07/0

8/1

0

08/0

8/1

0

09/0

8/1

0

10/0

8/1

0

11/0

8/1

0

12/0

8/1

0

13/0

8/1

0

14/0

8/1

0

15/0

8/1

0

16/0

8/1

0

17/0

8/1

0

18/0

8/1

0

Velo

cid

ad

e d

o V

en

to (

m/s

)

Data

Veloc. do Vento

Page 7: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

55

ao 21° do ciclo de secagem do lodo da ETA seu TS subiu gradualmente, em

média 2% a mais que os valores iniciais de ambos os leitos;

Entre o 21º e o 23º dia do período de secagem com lodo da ETA (figuras

5.1a; 5.1b) houve uma ligeira retração nos valores de TS do lodo, em torno de

1,5%, devido a um período de chuva fraca (abaixo de 1mm), porém, a

umidade do ar aumentou até 85% e a temperatura do ar diminuiu até 12ºC;

O ciclo de secagem do lodo de ETE foi favorecido por ter sido iniciado após o

período de chuvas que ocorreu no início do ciclo do lodo de ETA, mantendo

durante todo o ciclo de secagem um crescimento contínuo no TS do lodo.

5.2.2 – Segundo ciclo de secagem.

O Segundo ciclo de secagem teve seu início logo após o término do 1º ciclo, o

período de secagem do lodo de ETA teve início no dia 24/08/2010 e término em

22/09/2010, já o ensaio com lodo de ETE teve início no dia 26/08/2010 e término em

25/09/2010, ambos perfazendo um período de 30 dias.

A Figura 5.2.1 apresenta os gráficos do TS do lodo de ETA (5.2.a; 5.2.b) e de ETE

(5.2.c; 5.2.d) durante o ciclo.

Page 8: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

56

(5.2 a)

(5.2 b)

(5.2 c)

(5.2 d)

Figura 5.2.1 – Teor de sólidos totais do lodo de ETA (5.2 a, 5.2 b) e ETE (5.2 c, 5.2 d) do Leito

Coberto e Aberto durante o Ciclo 2.

Com os elementos analisados na Figura 5.2.1 e os dados apresentados na Figura

A.2 do Apêndice A, é possível concluir que:

De acordo com os valores de TS do lodo obtidos no fim do ciclo de secagem,

concluiu-se que os leitos abertos apresentaram melhor eficiência na secagem

do lodo que os leitos cobertos, apesar da ocorrência de chuvas na metade e

no fim do ciclo interferindo no TS do lodo contido no leito aberto, conforme

análise realizada no 20º dia do ciclo (Figuras 5.2.a e 5.2.c);

Os valores de TS obtidos no final do período de secagem, tanto do lodo de

ETA como de ETE obtiveram melhores resultados que o obtido no ciclo 1;

O comportamento da secagem do lodo por camada manteve a tendência

natural, o TS da camada superior foi maior que da camada intermediária que

por sua vez maior que a camada inferior, na maior parte das análises de TS

durante o ciclo e em todos os leitos;

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

0 2 6 8 10 15 17 20 22 24 27 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

0 2 6 8 10 15 17 20 22 24 27 30

Teo

r d

e s

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 4 6 8 13 15 18 20 22 25 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 4 6 8 13 15 18 20 22 25 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

Page 9: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

57

Houve alguns pontos que mostraram uma discrepância no TS entre as

camadas, especificamente na camada superior, que correu devido às

alterações repentinas das condições climáticas.

A Figura 5.2.2 apresenta o gráfico com os dados médios diários da temperatura do

ar, temperatura do solo e radiação solar durante o período do ciclo 2.

Figura 5.2.2 – Dados médio diário da Temperatura do Ar, do Solo e da Radiação durante o Ciclo 2.

A temperatura do ar, assim como no ciclo anterior, também apresentou grande

variação, entre 15 e 25ºC, porém esta faixa de variação esteve acima à apresentada

no ciclo 1, entre 10 e 21°C. Consequentemente, também a curva da temperatura do

solo variou de acordo com a curva da temperatura do ar, em menor grau, entre 17 e

23°C, valores acima do obtido no ciclo 1, 13-21°C. A radiação solar oscilou entre

0,030-0,240kW/m2, valores acima do que o apresentado no ciclo anterior, 0,015-

0,195kW/m2, a radiação solar manteve-se constante entre 0,150-0,210kW/m2

durante maior parte do ciclo, houve algumas quedas abruptas devido em grande

parte a precipitação.

A Figura 5.2.3 apresenta os dados médio diário da umidade do ar e precipitação

total diária durante o período do ciclo 2.

0,000 0,015 0,030 0,045 0,060 0,075 0,090 0,105 0,120 0,135 0,150 0,165 0,180 0,195 0,210 0,225 0,240 0,255 0,270 0,285 0,300

6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

24/0

8/1

0

25/0

8/1

0

26/0

8/1

0

27/0

8/1

0

28/0

8/1

0

29/0

8/1

0

30/0

8/1

0

31/0

8/1

0

01/0

9/1

0

02/0

9/1

0

03/0

9/1

0

04/0

9/1

0

05/0

9/1

0

06/0

9/1

0

07/0

9/1

0

08/0

9/1

0

09/0

9/1

0

10/0

9/1

0

11/0

9/1

0

12/0

9/1

0

13/0

9/1

0

14/0

9/1

0

15/0

9/1

0

16/0

9/1

0

17/0

9/1

0

18/0

9/1

0

19/0

9/1

0

20/0

9/1

0

21/0

9/1

0

22/0

9/1

0

23/0

9/1

0

24/0

9/1

0

25/0

9/1

0

Rad

iação

(kW

/m2)

Tem

p.

do

Ar

e d

o S

olo

(°C

)

Data

Radiação

Temp. do Ar

Temp. do Lodo

Page 10: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

58

Figura 5.2.3 – Dados médio diário da Umidade do Ar e da Precipitação durante o Ciclo 2.

O gráfico da figura 5.2.3 apresenta os valores de chuva e umidade do ar medidos

durante ciclo, a umidade do ar variou entre 50-80%, com picos de 30%, dia

14/09/2010, e 90%, dia 07/09/2010, o alto valor se deve a grande quantidade de

chuva (17mm) que ocorreu também em menor quantidade nos dias 20/09/2010

(7mm), 21/09/2010 (1mm) e 24/09/2010 (12mm). Os valores de umidade do ar deste

ciclo foram menores que os valores do ciclo anterior, variando entre 65-85%,

predominantemente, também a chuva foi menos intensa neste ciclo, precipitação

total de 35mm, menos da metade do registrado no ciclo 1 (71mm).

A Figura 5.2.4 apresenta o gráfico da velocidade do vento durante o período do

ciclo, assim como no ciclo 1 este apresentou grande variação com valores

semelhantes entre 0,20-1,80m/s.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

24/0

8/1

0

25/0

8/1

0

26/0

8/1

0

27/0

8/1

0

28/0

8/1

0

29/0

8/1

0

30/0

8/1

0

31/0

8/1

0

01/0

9/1

0

02/0

9/1

0

03/0

9/1

0

04/0

9/1

0

05/0

9/1

0

06/0

9/1

0

07/0

9/1

0

08/0

9/1

0

09/0

9/1

0

10/0

9/1

0

11/0

9/1

0

12/0

9/1

0

13/0

9/1

0

14/0

9/1

0

15/0

9/1

0

16/0

9/1

0

17/0

9/1

0

18/0

9/1

0

19/0

9/1

0

20/0

9/1

0

21/0

9/1

0

22/0

9/1

0

23/0

9/1

0

24/0

9/1

0

25/0

9/1

0

Pre

cip

itação

(m

m)

Um

idad

e d

o A

r (%

)

Data

Precipitação

Umid. do Ar

Page 11: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

59

Figura 5.2.4 – Dados médio diário da Velocidade do Vento durante o Ciclo 2.

Uma vez analisado os dados hidrometeorológicos apresentados nas Figuras 5.2.2;

5.2.3; e 5.2.4 com os valores do TS do lodo (figura 5.2.1) obtido durante o ciclo de

secagem, observou-se que:

Nos primeiros seis dias para o lodo de ETA, e nos quatro primeiro para o

lodo de ETE os valores de TS do lodo subiram, na amostragem seguinte o

valor de TS decresceu para o lodo contido nos leitos coberto, e nos leitos

aberto o TS manteve estagnado. No intervalo de tempo, entre os dias 27 a

31/08/2010, a temperatura do ar caiu de 18 ºC para 21ºC, a temperatura do

solo que no início do ciclo estava em 22ºC caiu para 21ºC, a radiação solar

decresceu progressivamente de 0,195kW/m2 para 0,160kW/m2, a umidade

do ar subiu de 50% para 75% e a velocidade do vento subiu de 0,50m/s para

1,35m/s;

No segundo momento do ciclo entre os dias 04 à 07/09/2010, ocorreu uma

variação nas condições climáticas com a ocorrência de chuva (17mm),

consequentemente a umidade do ar dobrou de 45% para 90%, a temperatura

do ar caiu bruscamente de 23ºC para 15ºC, a temperatura do solo caiu de

22ºC para 19ºC, radiação solar de 0,195kW/m2 caiu para 0,030kW/m2 e o

vento atingiu seu pico alto de 1,6m/s. Durante este período que corresponde

ao período entre o 10º ao 15º dia do ciclo do leito contendo lodo da ETA e do

8º a 13º dia do ciclo contendo lodo da ETE, os leitos de secagem

apresentaram comportamento distintos em função do TS, o leito aberto

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90

24/0

8/1

0

25/0

8/1

0

26/0

8/1

0

27/0

8/1

0

28/0

8/1

0

29/0

8/1

0

30/0

8/1

0

31/0

8/1

0

01/0

9/1

0

02/0

9/1

0

03/0

9/1

0

04/0

9/1

0

05/0

9/1

0

06/0

9/1

0

07/0

9/1

0

08/0

9/1

0

09/0

9/1

0

10/0

9/1

0

11/0

9/1

0

12/0

9/1

0

13/0

9/1

0

14/0

9/1

0

15/0

9/1

0

16/0

9/1

0

17/0

9/1

0

18/0

9/1

0

19/0

9/1

0

20/0

9/1

0

21/0

9/1

0

22/0

9/1

0

23/0

9/1

0

24/0

9/1

0

25/0

9/1

0

Velo

cid

ad

e d

o V

en

to (

m/s

)

Data

Veloc. do Vento

Page 12: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

60

contendo lodo da ETA sofreu uma ligeira queda de 18% para 17%, enquanto

o mesmo tipo de leito contendo lodo de ETE praticamente manteve-se

estável com 21% em média, o segundo tipo de leito (coberto) contendo lodo

da ETA subiu de 17 % para 19% em média, e com o lodo da ETE manteve

estável com 21% de TS aproximadamente;

No decorrer do ciclo de secagem de ambos os lodos, seu TS manteve um

crescimento gradual constante, apesar das variações constantes das

condições climáticas e da interferência de chuvas.

5.2.3 – Terceiro ciclo de secagem.

O terceiro ciclo de secagem teve seu início no dia 06/10/2010 e término em

06/11/2010, o período do ensaio utilizando o lodo da ETA foi entre o dia 06/10/2010

à 05/11/2010, para lodo da ETE foi entre 05/10/2010 à 06/11/2010, ambos

perfazendo um período de 30 dias.

A Figura 5.3.1 apresenta os gráficos do TS do lodo da ETA (5.3.a; 5.3.b) e da ETE

(5.3.c; 5.3.d) durante o ciclo de secagem.

Page 13: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

61

(5.3 a)

(5.3 b)

(5.3 c)

(5.3 d)

Figura 5.3.1 – Teor de sólidos totais do lodo de ETA (5.3 a, 5.3 b) e ETE (5.3 c, 5.3 d) do Leito Coberto e Aberto durante o Ciclo 3.

Com os elementos analisados na Figura 5.3.1 e os dados apresentados na Figura

A.3 do Apêndice A, é possível concluir que:

Os valores de TS obtidos para o lodo da ETA como para o da ETE neste

ciclo, foram superiores que os resultados obtidos nos ciclos 1 e 2;

De acordo com o valor final do TS do lodo contido nos quatro leitos,

observou-se que o leito coberto apresentou melhor eficiência na secagem do

lodo, resultado inverso ao obtido no ciclo 2;

Determinou-se a eficiência dos leitos de secagem através da diferença entre

o valor de TS final e inicial, para os leitos de secagem contendo o lodo da

ETA, a eficiência obtida foi de 23% para o leito coberto e de 19% para o leito

aberto, valor muito acima do que os 9% e 12% respectivamente,

apresentados pelos leitos no ciclo 2, e os leitos de secagem contendo lodo da

ETE apresentaram a eficiência de 34% para o leito coberto e de 11% para o

14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44

0 3 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44

0 3 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67

0 2 6 8 11 13 15 18 20 22 25 27 30

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67

0 2 6 8 11 13 15 18 20 22 25 27 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

Page 14: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

62

leito aberto, valores também acima dos obtidos no ciclo 2, que foram de 9%

para leito coberto e 12% para o leito coberto;

Comparando-se a eficiência dos leitos de secagem, o leito aberto não

apresentou o mesmo desempenho apresentado pelo leito coberto, devido à

interferência da grande quantidade de chuva e sua distribuição ao longo do

ciclo (figura 5.3.3), assim como no ciclo 2, apesar do lodo de ETE ter

apresentado valor final do TS maior que o de ETA, também o mesmo

apresentou valor de TS inicial maior;

A evolução da curva de secagem do lodo apresentou comportamento distinto,

para os leitos coberto a curva do TS do lodo apresentou em geral um

aumento gradual durante todo o ciclo, ao contrário do leito aberto com

oscilações da curva do TS do lodo durante o ciclo;

A diferença do TS do lodo por camada manteve a sequência natural para o

lodo contido no leito coberto, ou seja, o TS do lodo decresceu no sentido da

camada superior para a camada inferior, contrário das camadas do lodo

contido no leito aberto que se alternavam. Houve alguns pontos que

mostraram uma discrepância no TS entre as camadas, especificamente na

camada superior do leito aberto, que ocorreu devido às alterações abruptas

das condições climáticas, condições estas que podem ser observadas nos

gráficos das figuras abaixo.

A Figura 5.3.2 apresenta o gráfico com as médias diárias da temperatura do ar,

temperatura do solo e da radiação solar global.

Page 15: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

63

Figura 5.3.2 – Dados médio diário da Temperatura do Ar, do Solo e da Radiação durante o Ciclo 3.

A temperatura do ar, semelhante ao do ciclo 2 oscilou entre 17ºC a 22ºC, com picos

de 14ºC e 25ºC, esta faixa de variação foi aproximada aos valores do ciclo 2, a curva

da temperatura do solo variou de acordo com a curva da temperatura do ar, em

menor grau, entre 19ºC a 23°C, também este foi semelhante ao obtido no ciclo 2. A

radiação solar oscilou entre 0,060-0,270kW/m2, valores acima do que o apresentado

no ciclo 2, 0,030-0,240kW/m2, a radiação solar manteve-se instável durante o ciclo

devido à presença constante de nuvens.

A Figura 5.3.3 apresenta o gráfico com as médias diárias da umidade do ar e da

precipitação total diária.

Figura 5.3.3 – Dados médio diário da Umidade do Ar e da Precipitação durante o Ciclo 3.

0,000 0,015 0,030 0,045 0,060 0,075 0,090 0,105 0,120 0,135 0,150 0,165 0,180 0,195 0,210 0,225 0,240 0,255 0,270 0,285 0,300

6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

06/1

0/1

0

07/1

0/1

0

08/1

0/1

0

09/1

0/1

0

10/1

0/1

0

11/1

0/1

0

12/1

0/1

0

13/1

0/1

0

14/1

0/1

0

15/1

0/1

0

16/1

0/1

0

17/1

0/1

0

18/1

0/1

0

19/1

0/1

0

20/1

0/1

0

21/1

0/1

0

22/1

0/1

0

23/1

0/1

0

24/1

0/1

0

25/1

0/1

0

26/1

0/1

0

27/1

0/1

0

28/1

0/1

0

29/1

0/1

0

30/1

0/1

0

31/1

0/1

0

01/1

1/1

0

02/1

1/1

0

03/1

1/1

0

04/1

1/1

0

05/1

1/1

0

06/1

1/1

0

Rad

iação

(kW

/m2)

Tem

p.

do

Ar

e d

o S

olo

(°C

)

Data

Radiação

Temp. do Ar

Temp. do Lodo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

54

56

58

60

62

64

66

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

06/1

0/1

0

07/1

0/1

0

08/1

0/1

0

09/1

0/1

0

10/1

0/1

0

11/1

0/1

0

12/1

0/1

0

13/1

0/1

0

14/1

0/1

0

15/1

0/1

0

16/1

0/1

0

17/1

0/1

0

18/1

0/1

0

19/1

0/1

0

20/1

0/1

0

21/1

0/1

0

22/1

0/1

0

23/1

0/1

0

24/1

0/1

0

25/1

0/1

0

26/1

0/1

0

27/1

0/1

0

28/1

0/1

0

29/1

0/1

0

30/1

0/1

0

31/1

0/1

0

01/1

1/1

0

02/1

1/1

0

03/1

1/1

0

04/1

1/1

0

05/1

1/1

0

06/1

1/1

0

Pre

cip

itação

(m

m)

Um

idad

e d

o A

r (%

)

Data

Precipitação

Umid. do Ar

Page 16: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

64

A figura 5.3.3 apresenta os dados da precipitação e umidade do ar. Durante o ciclo

de secagem a umidade do ar teve variação predominante entre 65-80%, na média a

umidade deste ciclo foi mais alta comparando-se com a do ciclo 2, esta média alta

se deve à grande ocorrência de chuvas no decorrer do ciclo, como mencionado

anteriormente.

A Figura 5.3.4 apresenta o gráfico com as médias diárias da velocidade do vento.

Figura 5.3.4 – Dados médio diário da Velocidade do Vento durante o Ciclo 3.

A curva da velocidade do vento, Figura 5.3.4, apresentou uma gradual queda

durante o período do ciclo, variando entre 0,40-1,70m/s.

Uma vez analisado os dados hidrometeorológicos apresentados nas Figuras 5.3.2;

5.3.3; e 5.3.4 com os valores do TS do lodo (Figura 5.3.1) obtido durante o ciclo de

secagem, observou-se que:

O TS obtido na 3ª e 6ª amostragem, tanto para o lodo da ETA (7º e 14º dia do

ciclo) como para o lodo da ETE (6º e 13º dia do ciclo), nos leitos aberto e

coberto decresceu em relação ao valor da amostragem anterior. Verificou-se

os dados hidrometeorológicos obtidos durante os períodos citados acima e,

no primeiro período entre os dias 08/10 à 11/10/2010 antecedentes à terceira

amostragem, e no segundo período entre os dias 17 e 18/10/2010. A

temperatura do ar caiu de aproximadamente 20ºC para 14ºC, nos dois

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1,50

1,60

1,70

1,80

06/1

0/1

0

07/1

0/1

0

08/1

0/1

0

09/1

0/1

0

10/1

0/1

0

11/1

0/1

0

12/1

0/1

0

13/1

0/1

0

14/1

0/1

0

15/1

0/1

0

16/1

0/1

0

17/1

0/1

0

18/1

0/1

0

19/1

0/1

0

20/1

0/1

0

21/1

0/1

0

22/1

0/1

0

23/1

0/1

0

24/1

0/1

0

25/1

0/1

0

26/1

0/1

0

27/1

0/1

0

28/1

0/1

0

29/1

0/1

0

30/1

0/1

0

31/1

0/1

0

01/1

1/1

0

02/1

1/1

0

03/1

1/1

0

04/1

1/1

0

05/1

1/1

0

06/1

1/1

0

Velo

cid

ad

e d

o V

en

to (

m/s

)

Data

Veloc. do Vento

Page 17: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

65

períodos, a temperatura do solo seguiu a queda de 20ºC para 17ºC, no

primeiro período, e de 23ºC para 21ºC, no segundo período. A radiação solar

caiu de 0,210kW/m2 para 0,060kW/m2, no primeiro período, e de 0,230kW/m2

para 0,130kW/m2, no segundo período. A umidade do ar subiu de 59% para

80%, no primeiro período, e de 74% para 80%, no segundo período, a

variação da umidade no segundo período foi baixa, devido ao seu alto valor

inicial, o qual ocorreu pela presença de chuva. A velocidade do vento no

primeiro período caiu de 1,65m/s para 1,20m/s e no segundo período subiu

de 0,50m/s para 1,20m/s, ao contrário do que ocorreu no primeiro caso;

No decorrer do ciclo de secagem de ambos os lodos, a curva de TS manteve

um crescimento gradual constante, apesar das variações constantes das

condições climáticas e da presença de chuvas.

5.2.4 – Quarto ciclo de secagem.

O quarto ciclo de secagem teve seu início no dia 18/11/2010 e término em

19/12/2010, o período do ensaio utilizando o lodo da ETA foi entre o dia 18/11/2010

a 18/11/2010, para lodo da ETE o período foi entre 19/11/2010 à 19/12/2010, ambos

perfazendo um período de 30 dias.

A Figura 5.4.1 apresenta os gráficos do TS do lodo da ETA (5.4.a; 5.4.b) e da ETE

(5.4.c; 5.4.d) durante o ciclo de secagem.

Page 18: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

66

(5.4 a)

(5.4 b)

(5.4 c)

(5.4 d)

Figura 5.4.1 – Teor de sólidos totais do lodo de ETA (5.4 a, 5.4 b) e ETE (5.4 c, 5.4 d) do Leito

Coberto e Aberto durante o Ciclo 4.

Com os elementos analisados na Figura 5.4.1 e os dados apresentados na Figura

A.4 do Apêndice A, é possível concluir que:

De acordo com o valor final de TS do lodo dos quatro leitos, observou-se que

o leito coberto, com valor final médio de 48% para ambos os lodos,

apresentou melhor eficiência na secagem que o leito aberto, com

aproximadamente 29% para o lodo da ETA e 25% para o lodo da ETE. Com

exceção do leito coberto contendo lodo da ETA, os resultados obtidos nos

demais leitos foram inferiores aos resultados do ciclo 3;

A eficiência dos leitos de secagem, assim como no ciclo 3, o leito aberto não

apresentou o mesmo desempenho apresentado pelo leito coberto, devido à

interferência do grande volume de chuva e sua distribuição ao longo do ciclo

(figura 5.3.3). Ambos os leitos de secagem coberto apresentaram eficiências

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

48

51

54

57

0 4 6 8 11 13 15 18 20 22 25 27 30

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

48

51

54

57

0 4 6 8 11 13 15 18 20 22 25 27 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61

0 3 5 7 10 12 14 17 19 21 24 26 30

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61

0 3 5 7 10 12 14 17 19 21 24 26 30

Teo

r d

e \

lid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

Page 19: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

67

bem próximas, ao contrário dos leitos abertos que apresentaram eficiências

distintas entre si;

A evolução da curva do gráfico do TS do lodo apresentou comportamento

semelhante ao apresentado no ciclo 3, para os leitos coberto a curva do TS

do lodo apresentou em geral um aumento gradual durante todo o ciclo. O leito

de secagem aberto apresentou oscilações nos valores do TS do lodo durante

o ciclo, porém, o lodo da ETE apresentou um valor final do TS próximo do

inicial;

A diferença do TS do lodo entre as camadas manteve a tendência natural

para o lodo contido no leito coberto na maioria das amostragens realizadas,

ou seja, o TS decrescia a medida que decrescia a camada da leira, ao

contrário das camadas do lodo contido no leito aberto que intercalavam entre

si;

Como já foi observado nos ciclos 2 e 3, em grande parte das amostragens, os

valores de TS da camada superior das leiras foram muito altos comparados

as outras camadas.

A Figura 5.4.2 apresenta o gráfico com as médias diárias da temperatura do ar,

temperatura do solo e da radiação solar global.

Figura 5.4.2 – Dados médio diário da Temperatura do Ar, do Solo e da Radiação durante o Ciclo 4.

A temperatura do ar oscilou, predominantemente, entre 21ºC à 25ºC, apresentando

um valor médio acima do ciclo 3, a temperatura do solo variou pouco entre 24ºC à

0,000

0,040

0,080

0,120

0,160

0,200

0,240

0,280

0,320

0,360

0,400

0,440

0,480

0,520

0,560

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

18/1

1/1

0

19/1

1/1

0

20/1

1/1

0

21/1

1/1

0

22/1

1/1

0

23/1

1/1

0

24/1

1/1

0

25/1

1/1

0

26/1

1/1

0

27/1

1/1

0

28/1

1/1

0

29/1

1/1

0

30/1

1/1

0

01/1

2/1

0

02/1

2/1

0

03/1

2/1

0

04/1

2/1

0

05/1

2/1

0

06/1

2/1

0

07/1

2/1

0

08/1

2/1

0

09/1

2/1

0

10/1

2/1

0

11/1

2/1

0

12/1

2/1

0

13/1

2/1

0

14/1

2/1

0

15/1

2/1

0

16/1

2/1

0

17/1

2/1

0

18/1

2/1

0

19/1

2/1

0

Rad

iação

(K

W/m

2)

Tem

p.

do

Ar

e d

o S

olo

(°C

)

Data

Radiação

Temp. do Ar

Temp. do Lodo

Page 20: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

68

27ºC no período entre os dias19/11 à 13/12/2010, no final do ciclo a temperatura

caiu para 21ºC seguindo a queda na temperatura do ar. A radiação solar oscilou

entre 0,040-0,240kW/m2, valores até abaixo do que os apresentados no ciclo 3,

0,060-0,270kW/m2, porém neste ciclo a radiação teve alguns picos acima da faixa de

variação, como no dia 24/11/2010 atingindo o valor acima de 0,520kW/m2. Também

neste período a temperatura e a radiação sofreram interferências da chuva como

nos ciclos anteriores, porém, com a aproximação do fim do ano e com este a

chegada da época de chuvas, esta se tornou mais intensa e frequente.

A Figura 5.4.3 apresenta o gráfico com as médias diárias da temperatura do ar,

temperatura do solo e da radiação solar global.

Figura 5.4.3 – Dados médio diário da Umidade do Ar e da Precipitação durante o Ciclo 4.

Durante o ciclo de secagem a umidade do ar apresentou uma variação crescente,

com variação entre 55% e 91%, apesar de apresentar um maior pico que ocorreu no

ciclo 3, na média as umidades em ambos os ciclos foram semelhantes. A

precipitação durante o ciclo foi intensa e bem distribuída durante todo o período com

maior ocorrência no fim, a precipitação total do ciclo foi de 256mm, mais que o dobro

do ciclo 3 com 101mm.

A Figura 5.4.4 apresenta o gráfico com as médias diárias da velocidade do vento.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

52

55

58

61

64

67

70

73

76

79

82

85

88

91

94

18/1

1/1

0

19/1

1/1

0

20/1

1/1

0

21/1

1/1

0

22/1

1/1

0

23/1

1/1

0

24/1

1/1

0

25/1

1/1

0

26/1

1/1

0

27/1

1/1

0

28/1

1/1

0

29/1

1/1

0

30/1

1/1

0

01/1

2/1

0

02/1

2/1

0

03/1

2/1

0

04/1

2/1

0

05/1

2/1

0

06/1

2/1

0

07/1

2/1

0

08/1

2/1

0

09/1

2/1

0

10/1

2/1

0

11/1

2/1

0

12/1

2/1

0

13/1

2/1

0

14/1

2/1

0

15/1

2/1

0

16/1

2/1

0

17/1

2/1

0

18/1

2/1

0

19/1

2/1

0

Pre

cip

itação

(m

m)

Um

idad

e d

o A

r (%

)

Data

Precipitação

Umid. do Ar

Page 21: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

69

Figura 5.4.4 – Dados médio diário da Velocidade do Vento durante o Ciclo 4.

A velocidade do vento apresentou uma intensa variação ao longo do ciclo, oscilando

entre 0,20m/s a 1,20m/s, valores menores que o ciclo 3 com variação entre 0,40m/s

a 1,70m/s.

Uma vez analisados os dados hidrometeorológicos apresentados nas Figuras 5.4.2;

5.4.3; e 5.4.4 com os valores do TS do lodo (Figura 5.4.1) obtidos durante o ciclo de

secagem, observou-se que:

O lodo contido no leito de secagem apresentou um ligeiro aumento no valor

médio do TS, entre a 1ª e 3ª amostragem do ciclo, apresentando até uma

pequena queda no TS do leito de secagem coberto contendo lodo da ETA.

Analisando-se as condições climáticas locais através dos dados

hidrometeorológicos durante este período, observou-se uma queda na

temperatura do ar de 25°C para 21°C, a temperatura do solo seguiu a queda

indo de 26°C para 24°C, a radiação solar diminuiu de 0,370kW/m2 para

0,120kW/m2, a umidade do ar subiu de 55% para 84% devido à chuva

(17mm) que ocorreu no dia 22/11/2010, e o vento subiu de 0,40m/s para

1m/s, após este período as condições climáticas mantiveram as oscilações;

No final do ciclo após o dia 12/12/2010 ocorreram alterações bruscas nas

condições climáticas, a temperatura do ar caiu abruptamente de 26,5°C para

17,5°C, a temperatura do solo também caiu de 26,5°C para 21°C, a radiação

solar atingiu seu menor valor durante o ciclo 0,40kW/m2, a umidade do ar

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

18/1

1/1

0

19/1

1/1

0

20/1

1/1

0

21/1

1/1

0

22/1

1/1

0

23/1

1/1

0

24/1

1/1

0

25/1

1/1

0

26/1

1/1

0

27/1

1/1

0

28/1

1/1

0

29/1

1/1

0

30/1

1/1

0

01/1

2/1

0

02/1

2/1

0

03/1

2/1

0

04/1

2/1

0

05/1

2/1

0

06/1

2/1

0

07/1

2/1

0

08/1

2/1

0

09/1

2/1

0

10/1

2/1

0

11/1

2/1

0

12/1

2/1

0

13/1

2/1

0

14/1

2/1

0

15/1

2/1

0

16/1

2/1

0

17/1

2/1

0

18/1

2/1

0

19/1

2/1

0

Velo

cid

ad

e d

o V

en

to (

m/s

)

Data

Veloc. do Vento

Page 22: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

70

subiu para 91% empurrada pela intensa e freqüente chuva entre os dias 13 à

16/12/2010, precipitação total foi de 158mm, e o vento oscilou entre 1,10m/s à

0,45m/s. Durante este período os leitos de secagem coberto apresentaram

um aumento significativo no valor médio do TS do lodo de 11% e 13% para o

lodo da ETA e da ETE respectivamente, já os leitos de secagem abertos

apresentaram, para o lodo da ETA a manutenção no valor médio do TS e

para o lodo da ETE houve um ligeiro aumento de 2% no valor final.

5.2.5 – Quinto ciclo de secagem

O quinto ciclo de secagem teve seu início no dia 19/01/2011 e término em

19/02/2011, o período do ensaio utilizando o lodo da ETA foi entre o dia 20/01/2011

à 19/02/2011, para lodo da ETE o período foi entre 19/01/2011 à 19/02/2011, neste

ciclo devido ao cronograma o período para o lodo de ETE foi estendido para 31 dias,

o período para o lodo da ETA foi de 30 dias.

A Figura 5.5.1 apresenta os gráficos do TS do lodo da ETA (5.5.a; 5.5.b) e da ETE

(5.5.c; 5.5.d) durante o ciclo de secagem.

Page 23: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

71

(5.5 a)

(5.5 b)

(5.5 c)

(5.5 d)

Figura 5.5.1 – Teor de sólidos totais do lodo de ETA (5.5 a, 5.4 b) e ETE (5.5 c, 5.5 d) do Leito

Coberto e Aberto durante o Ciclo 5.

Com os elementos analisados na Figura 5.5.1 e os dados apresentados na Figura

A.5 do Apêndice A, é possível concluir que:

Os gráficos dos leitos de secagem apresentaram comportamento semelhante

para os dois tipos de lodo, assim como, também para o leito de secagem

coberto;

As eficiências obtida nos leitos de secagem abertos foram semelhantes entre

si, com eficiência de 4,5%, já a eficiência do leito coberto contendo lodo da

ETE, com 29%, foi superior ao leito coberto contendo lodo da ETA com 23%;

O perfil dos gráficos apresentou comportamento semelhante ao apresentado

no ciclo 4, para os leitos cobertos a curva do TS do lodo apresentou em geral

um aumento gradual durante todo o ciclo. O leito de secagem aberto

apresentou oscilações nos valores do TS do lodo durante todo o ciclo;

14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44

0 2 4 6 8 11 13 15 18 20 22 25 27 30

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44

0 2 4 6 8 11 13 15 18 20 22 25 27 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

48

51

54

0 3 5 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 31

Teo

r d

e S

ólid

os

(%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

48

51

54

0 3 5 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 31

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

Page 24: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

72

Como já foi observado nos ciclos 2, 3 e 4, em grande parte das amostragens,

os valores de TS da camada superior das leiras foi muito alto comparado as

outras camadas.

A Figura 5.5.2 apresenta o gráfico com as médias diárias da temperatura do ar,

temperatura do solo e da radiação solar global.

Figura 5.5.2 – Dados médio diário da Temperatura do Ar, do Solo e da Radiação durante o Ciclo 5.

A temperatura do ar oscilou predominantemente entre 22ºC e 25ºC, apresentando

um valor médio acima do apresentado no ciclo 4, a temperatura do solo variou

pouco entre 25ºC e 27ºC. A radiação solar apresentou uma oscilação no período do

ciclo entre 0,090-0,360kW/m2, valores acima do que os apresentados no ciclo 4,

0,040-0,240kW/m2. Ao contrário do que ocorreu no ciclo 4, quando neste a

temperatura e a radiação solar sofreram interferências da chuva, no período deste

ciclo no auge do verão as chuvas não interferiram significativamente nas

temperaturas do ar e do solo e na radiação solar.

A Figura 5.5.3 apresenta o gráfico com as médias diárias da umidade do ar e da

precipitação total diária.

0,000

0,030

0,060

0,090

0,120

0,150

0,180

0,210

0,240

0,270

0,300

0,330

0,360

0,390

0,420

0,450

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

19/0

1/1

1

20/0

1/1

1

21/0

1/1

1

22/0

1/1

1

23/0

1/1

1

24/0

1/1

1

25/0

1/1

1

26/0

1/1

1

27/0

1/1

1

28/0

1/1

1

29/0

1/1

1

30/0

1/1

1

31/0

1/1

1

01/0

2/1

1

02/0

2/1

1

03/0

2/1

1

04/0

2/1

1

05/0

2/1

1

06/0

2/1

1

07/0

2/1

1

08/0

2/1

1

09/0

2/1

1

10/0

2/1

1

11/0

2/1

1

12/0

2/1

1

13/0

2/1

1

14/0

2/1

1

15/0

2/1

1

16/0

2/1

1

17/0

2/1

1

18/0

2/1

1

19/0

2/1

1

Rad

iação

(kW

/m2)

Tem

p.

do

Ar

e d

o S

olo

(°C

)

Data

Radiação

Temp. do Ar

Temp. do Lodo

Page 25: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

73

Figura 5.5.3 – Dados médio diário da Umidade do Ar e da Precipitação durante o Ciclo 5.

Durante o ciclo de secagem a umidade do ar apresentou uma oscilação, com

variação entre 68% a 90%, acima da média apresentada no ciclo 4. A precipitação

durante o ciclo foi baixa e mal distribuída comparada com a do ciclo 4, houve picos

de chuva no início (48mm), no fim (30mm) e no meio do período do ciclo ocorreram

chuvas leves, precipitação total do ciclo foi de 174mm, bem abaixo do ciclo 4 com

256mm.

A Figura 5.5.4 apresenta o gráfico com as médias diárias da velocidade do vento.

Figura 5.5.4 – Dados médio diário da Velocidade do Vento durante o Ciclo 5.

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

48

51

54

60

62

64

66

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

19/0

1/1

1

20/0

1/1

1

21/0

1/1

1

22/0

1/1

1

23/0

1/1

1

24/0

1/1

1

25/0

1/1

1

26/0

1/1

1

27/0

1/1

1

28/0

1/1

1

29/0

1/1

1

30/0

1/1

1

31/0

1/1

1

01/0

2/1

1

02/0

2/1

1

03/0

2/1

1

04/0

2/1

1

05/0

2/1

1

06/0

2/1

1

07/0

2/1

1

08/0

2/1

1

09/0

2/1

1

10/0

2/1

1

11/0

2/1

1

12/0

2/1

1

13/0

2/1

1

14/0

2/1

1

15/0

2/1

1

16/0

2/1

1

17/0

2/1

1

18/0

2/1

1

19/0

2/1

1

Pre

cip

itação

(m

m)

Um

idad

e d

o A

r (%

)

Data

Precipitação

Umid. do Ar

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1,50

1,60

1,70

1,80

1,90

2,00

19/0

1/1

1

20/0

1/1

1

21/0

1/1

1

22/0

1/1

1

23/0

1/1

1

24/0

1/1

1

25/0

1/1

1

26/0

1/1

1

27/0

1/1

1

28/0

1/1

1

29/0

1/1

1

30/0

1/1

1

31/0

1/1

1

01/0

2/1

1

02/0

2/1

1

03/0

2/1

1

04/0

2/1

1

05/0

2/1

1

06/0

2/1

1

07/0

2/1

1

08/0

2/1

1

09/0

2/1

1

10/0

2/1

1

11/0

2/1

1

12/0

2/1

1

13/0

2/1

1

14/0

2/1

1

15/0

2/1

1

16/0

2/1

1

17/0

2/1

1

18/0

2/1

1

19/0

2/1

1

Velo

cid

ad

e d

o V

en

to (

m/s

)

Data

Veloc. do Vento

Page 26: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

74

A velocidade do vento apresentou uma intensa variação ao longo do ciclo, oscilando

entre 0,30m/s e 1,90m/s, valores acima que o ciclo 4 com variação entre 0,20-

1,20m/s.

Uma vez analisados os dados hidrometeorológicos apresentados nas Figuras 5.5.2;

5.5.3; e 5.5.4 com os valores do TS do lodo (Figura 5.5.1) obtido durante o ciclo de

secagem, observou-se que:

Os valores de TS obtidos nas quatro primeiras amostragens, para os leitos de

secagem cobertos houve um ligeiro crescimento gradual, para os leitos

abertos houve um decaimento, em média 2,5% para o lodo da ETA e de 0,6%

para lodo da ETE. Analisando as condições climáticas locais através dos

dados hidrometeorológicos durante este período (19/01/11 à 25/01/11),

observou um crescimento na temperatura do ar de 22,6°C para 23,6°C, a

temperatura do solo manteve-se estável em torno dos 26°C, a radiação

oscilou entre 0,100 – 0,244kW/m2, a umidade manteve alta entre 82 - 88%

devido à presença da chuva nos primeiros dias do ciclo, com pico de quase

49mm de precipitação que ocorreu no dia 22/01/2011, e o vento oscilou entre

0,70 – 1,28m/s;

Após este período inicial o lodo contido nos leitos de secagem coberto

apresentaram um crescimento gradual do TS até o fim do ciclo. Enquanto o

TS do lodo contido nos leitos de secagem aberto apresentaram quedas no

decorrer do ciclo; devido à ocorrência de chuvas, o aumento da umidade do

ar, queda da radiação solar e consequentemente diminuição da temperatura

do ar e do solo e a velocidade do vento caiu drasticamente.

5.2.6 – Sexto ciclo de secagem.

O sexto ciclo de secagem teve seu início no dia 16/03/2011 e término no dia

15/04/2011 para ambos os lodos da ETA e da ETE, perfazendo um período de 30

dias.

Page 27: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

75

A Figura 5.3.1 apresenta os gráficos do TS do lodo da ETA (5.6.a; 5.6.b) e da ETE

(5.6.c; 5.6.d) durante o ciclo de secagem.

(5.6 a)

(5.6 b)

(5.6 c)

(5.6 d)

Figura 5.6.1 – Teor de sólidos totais do lodo de ETA (5.6 a, 5.6 b) e ETE (5.6 c, 5.6 d) do Leito

Coberto e Aberto durante o Ciclo 6.

Com os elementos analisados na Figura 5.6.1 e os dados apresentados na Figura

A.6 do Apêndice A, é possível concluir que:

A curva do TS do lodo nos leitos de secagem, assim como no ciclo 5,

apresentaram comportamento distintos entre os leitos abertos e cobertos,

porém, semelhantes entre si com os dois tipos de lodo durante o ciclo de

secagem;

Para o lodo da ETA o valor inicial de TS em média foi de 17%, para ambos os

leitos, já para o lodo da ETE o valor inicial do TS foi em média de 28,5% para

o leito aberto e de 30% para o leito coberto. O valor inicial expressivamente

alto do TS do lodo da ETE comparado aos valores dos ciclos anteriores se

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

0 5 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

0 5 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETA - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

23

26

29

32

35

38

41

44

47

50

53

56

59

62

65

0 5 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

o (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Aberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

23

26

29

32

35

38

41

44

47

50

53

56

59

62

65

0 5 7 9 12 14 16 19 21 23 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (Dias)

Lodo de ETE - Leito Coberto

Camada Superior

Camada Intermediária

Camada Inferior

Page 28: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

76

deve ao fato que neste ciclo o lodo foi desidratado mecanicamente por filtro

prensa de placas e não por centrífugas como nos ciclos anteriores;

No fim do ciclo de secagem os valores médios do TS obtidos nos quatro leitos

foram: para o lodo da ETA 24% no leito aberto e 30% no leito coberto; para o

lodo da ETE foi 34% no leito aberto e 59% no leito coberto;

A eficiência obtida nos leitos de secagem para o lodo da ETA foi de 7% para

o leito aberto e de 13% para o leito coberto, já para o lodo da ETE foi de 5,5%

para o leito aberto e de 29% para o leito coberto, os valores de eficiência

obtidos nos leitos aberto foram próximos, já a eficiência do leito coberto

contendo lodo da ETE foi superior ao leito coberto contendo lodo da ETA,

observando que o TS inicial do lodo da ETE foi mais alto do que da ETA;

Os gráficos dos leitos de secagem cobertos (Figuras 5.6b e 5.6d)

apresentaram uma uniformidade predominante no valor do TS obtido na

amostragem do lodo durante o ciclo, ou seja, as camadas superiores dos

leitos apresentaram valores superiores aos da camada inferior,

comportamento semelhante ao apresentado nos ciclos anteriores. Porém a

camada superior apresentou valores muito acima aos da camada

intermediária e inferior;

Nos leitos coberto a curva do TS do lodo apresentou em geral um aumento

gradual durante todo o ciclo, para os leitos de secagem aberto apresentaram

oscilações nos valores do TS do lodo durante o ciclo, devido às variações nas

condições climáticas.

A Figura 5.6.2 apresenta o gráfico com as médias diárias da temperatura do ar,

temperatura do solo e da radiação solar global.

Page 29: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

77

Figura 5.6.2 – Dados médio diário da Temperatura do Ar, do Solo e da Radiação durante o Ciclo 6.

A temperatura do ar oscilou entre 19ºC e 24ºC, apresentando uma variação média

abaixo do ciclo 5 (22ºC a 25°C), a temperatura do solo variou entre 23ºC e 26ºC. A

radiação solar apresentou uma oscilação no período do ciclo entre 0,060-

0,260kW/m2, valores abaixo do que os apresentados no ciclo 5, 0,090-0,360kW/m2.

Assim como ocorreu no ciclo 5, durante o período deste ciclo as chuvas não

interferiram significativamente nas temperaturas do ar e do solo e na radiação solar.

A Figura 5.6.3 apresenta o gráfico com as médias diárias da umidade do ar e da

precipitação total diária.

Figura 5.6.3 – Dados médio diário da Umidade do Ar e da Precipitação durante o Ciclo 6.

0,050

0,065

0,080

0,095

0,110

0,125

0,140

0,155

0,170

0,185

0,200

0,215

0,230

0,245

0,260

0,275

0,290

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

16/0

3/1

1

17/0

3/1

1

18/0

3/1

1

19/0

3/1

1

20/0

3/1

1

21/0

3/1

1

22/0

3/1

1

23/0

3/1

1

24/0

3/1

1

25/0

3/1

1

26/0

3/1

1

27/0

3/1

1

28/0

3/1

1

29/0

3/1

1

30/0

3/1

1

31/0

3/1

1

01/0

4/1

1

02/0

4/1

1

03/0

4/1

1

04/0

4/1

1

05/0

4/1

1

06/0

4/1

1

07/0

4/1

1

08/0

4/1

1

09/0

4/1

1

10/0

4/1

1

11/0

4/1

1

12/0

4/1

1

13/0

4/1

1

14/0

4/1

1

15/0

4/1

1

Rad

iação

(kW

/m2)

Tem

p.

do

Ar

e d

o S

olo

(°C

)

Data

Radiação

Temp. do Ar

Temp. do Lodo

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

48

51

66

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

100

16/0

3/1

1

17/0

3/1

1

18/0

3/1

1

19/0

3/1

1

20/0

3/1

1

21/0

3/1

1

22/0

3/1

1

23/0

3/1

1

24/0

3/1

1

25/0

3/1

1

26/0

3/1

1

27/0

3/1

1

28/0

3/1

1

29/0

3/1

1

30/0

3/1

1

31/0

3/1

1

01/0

4/1

1

02/0

4/1

1

03/0

4/1

1

04/0

4/1

1

05/0

4/1

1

06/0

4/1

1

07/0

4/1

1

08/0

4/1

1

09/0

4/1

1

10/0

4/1

1

11/0

4/1

1

12/0

4/1

1

13/0

4/1

1

14/0

4/1

1

15/0

4/1

1

Pre

cip

itação

(m

m)

Um

idad

e d

o A

r (%

)

Data

Precipitação

Umid. do Ar

Page 30: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

78

Durante o ciclo de secagem a umidade do ar apresentou uma oscilação entre 76% à

96%, acima da média apresentada no ciclo 5 (68% à 90%). A precipitação durante o

ciclo foi baixa e distribuída ao longo do ciclo, houve um pico de chuva no fim do ciclo

(48mm), a precipitação total do ciclo foi de 135mm, pouco abaixo do ciclo 5 com

174mm.

A Figura 5.6.4 apresenta o gráfico com as médias diárias da velocidade do vento.

Figura 5.6.4 – Dados médio diário da Velocidade do Vento durante o Ciclo 6.

A velocidade do vento apresentou uma intensa variação ao longo do ciclo, oscilando

entre 0,30 m/s– 2,70m/s, valores acima do ciclo 5 com variação entre 0,30m/s-

1,90m/s.

Uma vez analisado os dados hidrometeorológicos apresentados nas Figuras 5.6.2;

5.6.3; e 5.6.4 com os valores do TS do lodo (Figura 5.6.1) obtido durante o ciclo de

secagem, observou-se que:

No período entre 19 à 22/03; houve um acréscimo da temperatura do ar de

19°C para 21,6ºC, a radiação solar subiu de 0,060kW/m2 para 0,200 kW/m2, a

umidade do ar caiu de 93,7% para 76%, e a velocidade do vento subiu de

1,5m/s para 2,7m/s, e a precipitação foi quase nula com 1,6mm. Neste

período verificou-se que os valores de TS obtidos entre o 5º e 7º dia do ciclo

aumentaram considerávelmente de 1% até 3%;

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2,20

2,40

2,60

2,80

3,00

16/0

3/1

1

17/0

3/1

1

18/0

3/1

1

19/0

3/1

1

20/0

3/1

1

21/0

3/1

1

22/0

3/1

1

23/0

3/1

1

24/0

3/1

1

25/0

3/1

1

26/0

3/1

1

27/0

3/1

1

28/0

3/1

1

29/0

3/1

1

30/0

3/1

1

31/0

3/1

1

01/0

4/1

1

02/0

4/1

1

03/0

4/1

1

04/0

4/1

1

05/0

4/1

1

06/0

4/1

1

07/0

4/1

1

08/0

4/1

1

09/0

4/1

1

10/0

4/1

1

11/0

4/1

1

12/0

4/1

1

13/0

4/1

1

14/0

4/1

1

15/0

4/1

1

Velo

cid

ad

e d

o V

en

to (

m/s

)

Data

Veloc. do Vento

Page 31: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

79

Após este período inicial, assim como no ciclo anterior, o lodo contido nos

leitos de secagem coberto apresentaram um crescimento gradual do TS até o

fim do ciclo;

Enquanto o TS do lodo contido nos leitos de secagem aberto apresentaram

quedas na metade do ciclo devido à ocorrência de chuvas, o aumento da

umidade do ar, queda da radiação solar e consequentemente diminuição da

temperatura do ar e do solo e a velocidade do vento caiu drasticamente.

5.3 – Teores de Sólido no Lodo Desidratado.

Foram calculados os valores médios do TS obtido entre as camadas das leiras do

lodo, tanto da ETA como da ETE e para ambos os leitos abertos e cobertos, afim de

comparar o comportamento do TS do lodo durante o período de secagem. Devido ao

fato dos ciclos de secagem terem ocorrido em diferentes épocas do ano, pode-se

comparar as variações do TS dos lodos entre os ciclos.

A figura 5.4.1 e a figura 5.4.2 apresentam os gráficos com os valores médios do TS

para o lodo da ETA e da ETE, respectivamente, em função do tempo (dias). Ambos

os ensaios foram realizados nos leitos de secagem abertos.

Page 32: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

80

Figura 5.4.1 – TS do lodo de ETA no leito de secagem aberto.

Figura 5.4.2 – TS do lodo de ETE no leito de secagem aberto.

Observou-se nas Figuras 5.4.1 e 5.4.2 uma oscilação nas curvas dos valores de TS

do lodo, devido a uma exposição direta do lodo contido nos leitos aberto às

intempéries do meio ambiente. Como pode se constatado analisando-se as curvas

do ciclo 4, este período equivale ao período de maior chuva; o oposto das oscilações

ocorridas pode ser observado no ciclo 1, período com pouca chuva e menor

variação da curva do TS do lodo.

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (dias)

CICLO 1

CICLO 2

CICLO 3

CICLO 4

CICLO 5

CICLO 6

15

17

19

21

23

25

27

29

31

33

35

37

39

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (dias)

CICLO 1

CICLO 2

CICLO 3

CICLO 4

CICLO 5

CICLO 6

Page 33: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

81

Também a figura 5.4.3 e a figura 5.4.4, assim como nas figuras anteriores,

apresentam os gráficos com os valores médios do TS para o lodo da ETA e da ETE,

respectivamente, em função do tempo (dias). Porém ambos os ensaios foram

realizados nos leitos de secagem cobertos.

Figura 5.4.3 – TS do lodo de ETA no leito de secagem coberto.

Figura 5.4.4 – TS do lodo de ETE no leito de secagem coberto.

Analisando-se os gráficos acima pode se constatar, ao contrário dos gráficos

anteriores que, a curva do TS do lodo contido no leito coberto apresenta um

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40

42

44

46

48

50

52

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (dias)

CICLO 1

CICLO 2

CICLO 3

CICLO 4

CICLO 5

CICLO 6

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

48

51

54

57

60

63

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30

Teo

r d

e S

ólid

os (

%)

Tempo (dias)

CICLO 1

CICLO 2

CICLO 3

CICLO 4

CICLO 5

CICLO 6

Page 34: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

82

crescimento gradual no decorrer do período de secagem dos ciclos. Porém mesmo

os leitos de secagem apresentando cobertura, as curvas do ciclo 3 e 4 apresentaram

um ponto na queda do TS do lodo, tanto da ETA como da ETE, o que se deve a

ocorrência de forte chuva no período.

A tabela 5.4.1 apresenta a tabela com os dados hidrometeorológicos médios medido

em cada ciclo de secagem.

TABELA 5.4.1 – Dados Hidrometeorológicos.

CICLO Temp. do

Ar (°C)

Temp. do

Solo (°C)

Radiação

(KW/m2)

Umidade do

Ar (%)

Velocidade do

Vento (m/s)

Precipitação

(mm)

1 16,60 17,56 0,104 73,81 0,80 71,120

2 19,41 20,53 0,162 64,96 0,82 36,068

3 19,13 20,87 0,183 71,63 0,87 101,34

4 22,81 24,79 0,193 73,36 0,71 256,022

5 23,72 26,5 0,232 78,92 0,99 173,985

6 21,39 24,43 0,182 82,76 1,29 135,3

Comparando-se os dados hidrometeorológicos médios por ciclo, pode-se verificar a

diferença discrepante entre o ciclo 1, período de inverno, e o ciclo 5, período de

verão. No ciclo 5 as condições climáticas foram mais favoráveis à secagem do lodo

que no ciclo 1; a diferença na temperatura do ar e do solo foi de 7 e 8 ºC

respectivamente, a radiação solar foi superior ao dobro do ciclo 1, e também a

velocidade do vento foi um pouco superior no ciclo 5, porém, a umidade do ar no

ciclo 5 foi superior a do ciclo 1, o que se deve ao fato da maior precipitação medida

no ciclo 5.

A tabela 5.4.2 apresenta os valores calculados da diferença entre os valores médios

do TS final e inicial obtidos entre as camadas do lodo de ETA e ETE em ambos os

leitos abertos e cobertos.

Page 35: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

83

TABELA 5.4.2 – Valores da diferença entre TSf e TSi.

CICLO

LODO DA ETA LODO DA ETE

LEITO ABERTO

(%)

LEITO COBERTO

(%)

LEITO ABERTO

(%)

LEITO COBERTO

(%)

1 4,75 4,12 8,97 9,19

2 12,26 10,01 11,70 10,87

3 18,77 23,55 11,27 35,14

4 9,82 28,65 3,75 26,40

5 4,61 22,89 4,71 29,08

6 7,08 13,35 5,48 29,04

Analisando-se os valores obtidos pode-se observar que os melhores resultados se

concentram no ciclo 3, no período do verão, e os piores resultados se concentram

no ciclo 1, no período de inverno.

5.4 – Dados Hidrometeorológicos

Os dados (média, máxima, mínima e total) da temperatura do ar, umidade do ar,

radiação solar, velocidade do vento e precipitação, estão apresentados no Apêndice

B, na figura 5.5.1 são apresentados os dados, médios em 10 minutos, medidos de

dois dias típicos, um do período de inverno (24/07/2010), outro no período do verão

(24/01/2011).

0,000

0,200

0,400

0,600

0,800

1,000

1,200

1,400

1,600

1,800

2,000

0:1

0

1:1

0

2:1

0

3:1

0

4:1

0

5:1

0

6:1

0

7:1

0

8:1

0

9:1

0

10:1

0

11:1

0

12:1

0

13:1

0

14:1

0

15:1

0

16:1

0

17:1

0

18:1

0

19:1

0

20:1

0

21:1

0

22:1

0

23:1

0

Rad

iação

So

lar

(KW

/m2)

Horário

24/01/2011

24/07/2010

Page 36: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

84

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

0:1

0

1:1

0

2:1

0

3:1

0

4:1

0

5:1

0

6:1

0

7:1

0

8:1

0

9:1

0

10:1

0

11:1

0

12:1

0

13:1

0

14:1

0

15:1

0

16:1

0

17:1

0

18:1

0

19:1

0

20:1

0

21:1

0

22:1

0

23:1

0

Tem

pera

tura

do

Ar

(°C

)

Horário

24/07/2010

24/01/2011

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

0:1

0

1:1

0

2:1

0

3:1

0

4:1

0

5:1

0

6:1

0

7:1

0

8:1

0

9:1

0

10:1

0

11:1

0

12:1

0

13:1

0

14:1

0

15:1

0

16:1

0

17:1

0

18:1

0

19:1

0

20:1

0

21:1

0

22:1

0

23:1

0

Um

idad

e d

o A

r (%

)

Horário

24/07/2010

24/01/2011

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

0:1

0

1:1

0

2:1

0

3:1

0

4:1

0

5:1

0

6:1

0

7:1

0

8:1

0

9:1

0

10:1

0

11:1

0

12:1

0

13:1

0

14:1

0

15:1

0

16:1

0

17:1

0

18:1

0

19:1

0

20:1

0

21:1

0

22:1

0

23:1

0

Tem

pera

tura

do

So

lo (°C

)

Horário

24/07/2010

24/01/2011

Page 37: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

85

FIGURA 5.5.1 – Radiação solar, Temperatura do ar, Umidade do ar, Temperatura do solo,Velocidade

do vento.

Com os dados apresentados nos gráficos da figura acima e também com os do

Apêndice B, é possível elaborar as seguintes análises:

A radiação solar global é praticamente nula (zero) entre o intervalo das 07:00

– 17:00 Hr para o período de inverno, no período do verão o mesmo cai para

06:00 – 19:00 Hr. No verão além do intervalo de tempo da radiação ser maior

que no inverno, a intensidade também é muito superior. Na Figura 5.5.1 pode

observar alguns intervalos com uma queda brusca e repentina da radiação, o

que se deve ao fato da ocorrência de sombras no local do leito de secagem

devido a presença de nuvens neste instante, por isso, deve se priorizar a

instalação dos leitos de secagem em locais planos e descampados.

A temperatura do ar oscila consideravelmente no decorrer do dia,

principalmente no período do verão, pode se observar uma grande diferença,

chegando até 8ºC, entre o pico máximo das curvas da temperatura do ar. Por

isso os locais mais quentes são mais favoráveis para implantação dos leitos

de secagem.

A umidade do ar no período do verão é superior à do inverno, devido no verão

ser a estação das chuvas, na Figura 5.5.1 enquanto no período de inverno o

pico máximo chegou a 87% de umidade do ar no verão chegou a 98%,

porém, ambos as curvas apresentaram picos mínimos próximos a 50%. Os

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

0:1

0

1:1

0

2:1

0

3:1

0

4:1

0

5:1

0

6:1

0

7:1

0

8:1

0

9:1

0

10:1

0

11:1

0

12:1

0

13:1

0

14:1

0

15:1

0

16:1

0

17:1

0

18:1

0

19:1

0

20:1

0

21:1

0

22:1

0

23:1

0

Velo

cid

ad

e d

o V

en

to (

m/s

)

Horário

24/07/2010

24/01/2011

Page 38: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

86

locais mais secos, com baixa umidade do ar, são apropriados para a

instalação de leitos de secagem.

A temperatura do solo esta diretamente associada a temperatura do ar,

porém, é mais estável devido ao solo reter calor, no Figura 5.5.1 a

temperatura do solo, no período do inverno o mesmo oscilou entre 18 – 19ºC,

enquanto no período do verão a oscilação foi maior, entre 25 – 27ºC.

O gráfico da velocidade do vento apresenta duas situações distintas; a curva

do período do verão apresenta picos de velocidade acima de 3,5m/s,

enquanto no inverno não passa 2,5m/s, porém, no verão a velocidade do

vento na maior parte do dia é zero, e no inverno quase não chega a zero.

5.5 – Correlação da secagem do lodo com as condições climáticas

Com a determinação da eficiência de secagem do lodo (ΔTS) nos ciclos, tem-se a

secagem do lodo em função unicamente das condições climáticas, ou seja, o TS do

lodo variou conforme variou a temperatura do ar, radiação solar e a umidade do ar.

Sendo assim, optou-se por avaliar a correlação da diferença de secagem do lodo

(ΔTS) obtido nos seis ciclos de secagem (Tabela 5.4.2) com os dados

meteorológicos médios medidos nos ciclos (Tabela 5.4.1). Para tal, adotou-se como

critério avaliar somente os leitos de secagem coberto, pois estes não sofreram

interferência direta das chuvas, como ocorreu com o leito aberto. Também não serão

analisados os dados climáticos da temperatura do solo, por estar associada

diretamente a temperatura do ar, e a velocidade do vento, pois este não apresentou

dados consistentes.

A figura 5.6 apresenta a tendência do diferencial do TS do lodo (ΔTS) em relação:

temperatura do ar média (5.6.a), radiação solar global média (5.6.b), umidade do ar

média (5.6.c), com a definição da curva da regressão linear.

Page 39: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

87

5.6.a

5.6.b

5.6.c

Figura 5.6 – Variação do diferencial do TS do lodo (ΔTS) em função dos dados meteorológicos:

Temperatura do ar (5.6.a); Radiação solar (5.6.b); Umidade do ar (5.6.c).

y = 2E-05x4,4802 R² = 0,6592

y = 0,0024x3,004 R² = 0,4749

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

ΔT

S d

o L

od

o (

%)

Temp. do Ar (°C)

Lodo ETA

Lodo ETE

Potência (Lodo ETA)

Potência (Lodo ETE)

y = 1069,1x2,4441 R² = 0,8315

y = 429,87x1,7185 R² = 0,6588

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0,100 0,120 0,140 0,160 0,180 0,200 0,220 0,240

ΔT

S d

o L

od

o (

%)

Radiação (kW/m2)

Lodo ETA

Lodo ETE

Potência (Lodo ETA)

Potência (Lodo ETE)

y = 0,0295x1,4361 R² = 0,0272

y = 3E-06x3,636 R² = 0,2798

0

5

10

15

20

25

30

35

40

60 65 70 75 80 85 90

ΔT

S d

o L

od

o (

%)

Umidade do Ar (%)

Lodo ETA

Lodo ETE

Potência (Lodo ETA)

Potência (Lodo ETE)

Page 40: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

88

Com a definição da melhor curva ajustada na regressão linear, com tendência para

uma função potencial, nos dois casos analisados, o lodo de origem da ETA e da

ETE. Os coeficientes de correlação linear (R²), determinados nos três gráficos, nos

dois casos, indicam uma diferença na correspondência entre os resultados

relacionados. O parâmetro que melhor correlação apresentou foi à radiação solar

com valores de: R² = 0,8315 (lodo da ETA) e R² = 0,6588 (lodo da ETE), ajustados

para uma curva potencial. A umidade do ar apresentou valor de coeficiente de

correlação muito baixo: R² = 0,0272 (lodo de ETA) e R² = 0,2798 (lodo de ETE),

ajustado para uma curva potencial.

Com a aplicação da regressão linear múltipla, tem-se a possibilidade de avaliar a

correlação de três ou mais variáveis em uma equação. Utilizando os valores de ΔTS

do lodo (tabela 5.4.2), variável dependente, e os dados da Temperatura do ar,

radiação solar e umidade do ar (tabela 5.4.1), variáveis independentes, estabeleceu

uma equação de regressão linear múltipla para estimar o ΔTS do lodo em diferentes

condições meteorológicas.

ΔTS = -0,277 U + 151,138 R + 0,695 T – 3,221 (5.6.1)

ΔTS = 0,738 U + 383,365 R – 4,008 T – 16,749 (5.6.2)

Em que:

ΔTS = Variação do TS do lodo (%);

U = umidade do ar (%);

R = radiação solar (kW/m²);

T = temperatura do ar (°C).

Utilizando as equações (5.6.1) e (5.6.2), calculou-se os ΔTS do lodo da ETA e ETE

respectivamente, os dados meteorológicos foram da tabela 5.4.1. A tabela 5.4.3

apresenta os valores do ΔTS obtido e o ΔTS calculado.

Page 41: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

89

Tabela 5.4.3 – Valores da diferença do TS do lodo

ETA ETE

Δ TS (%) obtido Δ TS (%) calculado Δ TS (%) obtido Δ TS (%) calculado

4,12 3,61 9,19 11,04

10,01 16,78 10,87 15,48

23,55 17,92 35,14 29,58

28,65 21,51 26,40 19,94

22,89 26,49 29,08 35,34

13,35 16,26 29,04 28,35

5.6 – Modelo matemático

Com base em pesquisas anteriores no sentindo de desenvolver modelos

matemáticos afim de descrever o processo de secagem do lodo, tem-se nesta

pesquisa o intuito de propor um modelo matemático para predição do teor de sólidos

do lodo com base dos dados obtido no experimento de campo. O modelo tem como

princípio na determinação da fração de água contida no lodo que evapora, para tal

utilizam-se princípios do balanço energético do sistema.

Figura 5.6.1 – Esquema do balanço energético

Page 42: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

90

A figura 5.6.1 representa a entrada e a saída de energia no processo de secagem do

lodo. Tomando o leito de secagem coberto como volume de controle, tem-se a área

A (m²) e altura S (m) da leira do lodo. O calor pode ser transferido para dentro e para

fora do volume de controle via radiação solar e vizinha, convecção e emissão. O

vapor de água deixa o volume de controle através da superfície de controle A,

reduzindo a umidade do lodo no decorrer do tempo t. O balanço de energia do

volume controle envolve a energia térmica total que entra, a energia térmica total

que sai e a energia térmica que é armazenada, tem-se, então, a seguinte equação:

Q = (Qsolar + Qvizinhança)entra – (Qemissão + Qconvecção)sai (5.6.1)

Em que Qsolar, Qvizinhança, Qemissão e Qconvecção = taxa de energia térmical transferida por

radiação solar, vizinha, emissão e convecção (W).

Radiação solar

A fonte primária de energia provém do sol, atingindo a atmosfera terrestre na forma

de ondas eletromagnéticas. A radiação solar absorvida pela superfície de controle,

pode ser escrita como:

Qsolar = αs1 G1 A Δt (5.6.2)

Em que G1 = irradiação solar (kW/m²) medida pela estação hidrometeorológica; αs1 =

absortividade da superfície do lodo (adimensional) com relação à radiação solar, o

valor admitido na literatura para este tipo de solo é de 0,63.

Radiação da vizinhança

A radiação incidente na superfície terrestre pode ser dividida em duas partes, a

radiação solar direta e a radiação difusa absorvida na atmosfera terrestre, a radiação

direta (G1) foi obtida no item anterior e a radiação difusa (Gcéu) oriunda da atmosfera.

A radiação difusa corresponde à 10% da radiação solar sob céu claro, quando o céu

está nublado a radiação difusa equivale a praticamente 100% da radiação incidente.

Page 43: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

91

A energia emitida pela vizinhança absorvida pela superfície de controle, pode ser

escrita como:

Qvizinha = εatm σ T4céu A Δt (5.6.3)

Em que σ = constante de Stefan-Boltzmann (5,6697 10-8 W/m²K4). A Temperatura

equivalente do céu (Tcéu) (K), Berdahl e Martin (1984) desenvolveram uma equação

empírica na determinação da temperatura do céu no período de um dia, em que t =

tempo (h) medido a partir da meia noite, como na equação 5.6.4:

Tcéu = Tar [0,711+0,0056Torv.+0,000073T2orv.+0,013cos(15t)]0,25 (5.6.4)

Em que Tar = temperatura do ar (°C) fornecida pela estação hidrometeorológica; Torv.

= temperatura do ponto de orvalho (°C), o qual foi estimado empiricamente por

Palanz apud Gharaibeh et al. (2007), pela equação 5.7.5:

Torv. = ln ua -

- ln ua (5.6.5)

Onde págua = pressão parcial do vapor de água (mbar) na temperatura ambiente,

sendo definida pela equação 5.6.6:

Págua = U.R. psat. (5.6.6)

Onde U.R. = Umidade relativa do ar (%) fornecida pela estação hidrometeorológica;

psat. = pressão de saturação a temperatura ambiente (mbar), sendo determinado

empiricamente pela equação 5.6.7 elaborado Murray (1967):

psat. = 10((Tar

7,5)/(Tar

+237,3)+0,7858) (5.6.7)

Page 44: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

92

A emissividade equivalente da atmosfera permiti calcular a taxa de radiação emitida

pela atmosfera a uma determinada temperatura. Brutsaert apud Gharaibeh (2007)

expressou a emissividade atmosférica através da equação (5.6.8):

εatm = 1,24 (págua / Tar)1/7 (5.6.8)

Em que a εatm = emissividade da atmosfera (adimensional).

Emissão da Superfície

A energia liberada pela superfície de controle por emissão, pode ser escrita como:

Qemissão = εs σ T4s A Δt (5.6.9)

Em que εs = emissividade superficial do lodo (adimensional), representa a taxa de

radiação emitida pela superfície do lodo, para resíduos semelhantes ao lodo de ETA

e ETE o valor adotado na literatura é de 0,90; Ts = temperatura superficial do lodo

(K), este dado é fornecido pela estação hidrometeorológica.

Convecção da Superfície

A taxa de energia emitida por convecção é proporcional a diferença de temperatura

entre a superfície do lodo e a temperatura ambiente, de acordo com a equação

(5.6.10), conhecida como lei de Newton do resfriamento:

Qconvecção = h (Ts - T∞) A Δt (5.6.10)

Em que h = coeficiente de transferência de calor (W/m² °C), o valor de h pode ser

determinada pela correlação empírica do número de Nusselt (Nu). Neste caso, trata-

se de convecção natural. O número de Nusselt da convecção natural pode ser

determinada pelas equações (5.6.11 e 5.6.12), para superfícies de controle na

horizontal:

Page 45: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

93

Nu = 0,54 RaL1/4 p/ 104 < RaL <107 (5.6.11)

Nu = 0,15 RaL1/3 p/ 107 < RaL <1011 (5.6.12)

Em que RaL = número de Rayleigh (adimensional), o qual é determinado pelo

produto do número de Gr = Grashof (adimensional); e Pr = Prandtl , na literatura

para temperatura do ar à 20°C o valor de Prandtl do ar é de 0,7309 (adimensional),

equação (5.6.13):

RaL = Gr Pr =

Pr (5.6.13)

Em que g = aceleração gravitacional considerada para a cidade de São Paulo (9,81

m/s²); β = coeficiente de expansão volumétrica (Tsup.+Tar)/2 (°C); Lc = dimensão

característica da superfície de controle do leito (As/p = 1,8²/4x1,8 = 0,45m); ν =

viscosidade cinemática do ar (1,55x10-5 m2/s). Para determinar o valor do coeficiente

de transferência de calor (h) com os valores de Nu, utilizou-se a equação 5.6.14.

h =

Nu (5.6.14)

Em que k = condutividade térmica do ar, o valor adotado na literatura para

temperatura média à 20°C é de 0,0253 W/m°C.

Transferência de calor e massa

No processo de secagem do lodo ocorrem simultaneamente a transferência de calor

e de massa. Ocorre evaporação da água contida no interior do leito, removendo

energia térmica. Pode-se expressar esse balanço através da equação (5.6.15) dada

por Cengel (2003):

Q = mvapor hfg (5.6.15)

Page 46: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

94

Em que mvapor = massa de vapor de água (kg) liberada pelo lodo; e hfg = entalpia de

vaporização. Para efeito de cálculo foi adotado um valor fixo de hfg = 2.538 kJ/kg

para água na temperatura ambiente, segundo a literatura.

Determinação do TS do lodo

Para determinar a quantidade de água liberada pelo lodo no decorrer do período dos

ciclos de secagem é utilizada a equação 5.6.16:

mvapor = {[(αs1 G1 + εatm σ T4céu) – (εs σ T

4s + h (Ts - T∞)] A Δt } / hfg (5.6.16)

Utilizando os valores obtidos na equação 5.6.16, pode-se determinar o TS de lodo

com a equação 5.6.17:

TS =

(5.6.17)

Em que TS é o teor de sólidos do lodo (%); mseca e mágua são a massa de sólidos e a

massa de água inicial do lodo respectivamente (kg) determinada através de análise

no laboratório.

Análises do TScalculado x TSexperimental

Neste tópico serão apresentados os gráficos com os valores obtidos da modelagem

desenvolvida para predição do TS do lodo, bem como os valores de TS do lodo

obtido com os ciclos de secagem em leitos. Também serão apresentados gráficos

com valores das taxas de energia envolvida na secagem.

As figuras 5.6.2 e 5.6.3 apresentam a evolução das curvas de secagem para o lodo

de ETA e de ETE, respectivamente, do ciclo 1. As duas figuras demonstraram boa

conformidade entre os resultados calculados e experimental de TS no decorrer de

todo o ciclo, porém, enquanto para o lodo de ETA, o TS apresentou na maior parte

do ciclo oscilações entre as curvas abaixo de 1%, para um intervalo que variou entre

14-19%; para o lodo de ETE as curvas de TS mantiveram se alinhadas até os 19%

Page 47: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

95

de TS, a partir deste ponto as curvas se distanciaram entre si até uma diferença final

de 3%, com 23%TScalculado e 26%TSexperimental.

Figura 5.6.2 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETA do ciclo 1.

Figura 5.6.3 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETE do ciclo 1.

A figura 5.6.4 apresenta os dados calculados da taxa de energia térmica do sol,

vizinha, emissão, convecção e também da umidade do ar. A energia por convecção

apresentou os menores valores, enquanto a energia por emissão e vizinhança

apresentaram valores mais altos. A energia solar variou de acordo com a radiação

solar, influenciando primordialmente a secagem do lodo quando comparado com a

curva do TS do lodo.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

11/0

7/1

0

12/0

7/1

0

13/0

7/1

0

14/0

7/1

0

15/0

7/1

0

16/0

7/1

0

17/0

7/1

0

18/0

7/1

0

19/0

7/1

0

20/0

7/1

0

21/0

7/1

0

22/0

7/1

0

23/0

7/1

0

24/0

7/1

0

25/0

7/1

0

26/0

7/1

0

27/0

7/1

0

28/0

7/1

0

29/0

7/1

0

30/0

7/1

0

31/0

7/1

0

01/0

8/1

0

02/0

8/1

0

03/0

8/1

0

04/0

8/1

0

05/0

8/1

0

06/0

8/1

0

07/0

8/1

0

08/0

8/1

0

09/0

8/1

0

10/0

8/1

0

11/0

8/1

0

12/0

8/1

0

13/0

8/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

19/0

7/1

0

20/0

7/1

0

21/0

7/1

0

22/0

7/1

0

23/0

7/1

0

24/0

7/1

0

25/0

7/1

0

26/0

7/1

0

27/0

7/1

0

28/0

7/1

0

29/0

7/1

0

30/0

7/1

0

31/0

7/1

0

01/0

8/1

0

02/0

8/1

0

03/0

8/1

0

04/0

8/1

0

05/0

8/1

0

06/0

8/1

0

07/0

8/1

0

08/0

8/1

0

09/0

8/1

0

10/0

8/1

0

11/0

8/1

0

12/0

8/1

0

13/0

8/1

0

14/0

8/1

0

15/0

8/1

0

16/0

8/1

0

17/0

8/1

0

18/0

8/1

0

19/0

8/1

0

20/0

8/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

Page 48: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

96

Figura 5.6.4 – Gráfico dos dados da taxa de energia térmica e umidade do ar no ciclo 1.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,300

0,350

0,400

0,450

0,500

0,550

0,600

12/0

7/1

0

13/0

7/1

0

14/0

7/1

0

15/0

7/1

0

16/0

7/1

0

17/0

7/1

0

18/0

7/1

0

19/0

7/1

0

20/0

7/1

0

21/0

7/1

0

22/0

7/1

0

23/0

7/1

0

24/0

7/1

0

25/0

7/1

0

26/0

7/1

0

27/0

7/1

0

28/0

7/1

0

29/0

7/1

0

30/0

7/1

0

31/0

7/1

0

01/0

8/1

0

02/0

8/1

0

03/0

8/1

0

04/0

8/1

0

05/0

8/1

0

06/0

8/1

0

07/0

8/1

0

08/0

8/1

0

09/0

8/1

0

10/0

8/1

0

11/0

8/1

0

12/0

8/1

0

13/0

8/1

0

14/0

8/1

0

15/0

8/1

0

16/0

8/1

0

17/0

8/1

0

18/0

8/1

0

19/0

8/1

0

Um

idad

e d

o a

r (%

)

En

erg

ia (k

W/m

²)

Data

Qsolar

Qvizinhança

Qemissão

Qconvecção

Umidade do ar

Page 49: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

97

As figuras 5.6.5 e 5.6.6 apresentam a evolução das curvas de secagem para o lodo

de ETA e de ETE, respectivamente, do ciclo 2. Assim como no ciclo 1, as duas

figuras demonstraram boa conformidade entre os resultados calculados e

experimental de TS no decorrer de todo o ciclo, para o TS do lodo de ETA o

intervalo variou entre 14-24%; para o lodo de ETE as curvas de TS apresentaram

maior distanciamento, a partir deste ponto as curvas distanciaram entre si até uma

diferença final de 4%, com 34%TScalculado e 30%TSexperimental. A figura 5.6.7 apresenta

os dados calculados da taxa de energia térmica do sol, vizinha, emissão, convecção

e também da umidade do ar do ciclo 2.

Figura 5.6.5 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETA do ciclo 2.

Figura 5.6.6 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETE do ciclo 2.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

23/0

8/1

0

24/0

8/1

0

25/0

8/1

0

26/0

8/1

0

27/0

8/1

0

28/0

8/1

0

29/0

8/1

0

30/0

8/1

0

31/0

8/1

0

01/0

9/1

0

02/0

9/1

0

03/0

9/1

0

04/0

9/1

0

05/0

9/1

0

06/0

9/1

0

07/0

9/1

0

08/0

9/1

0

09/0

9/1

0

10/0

9/1

0

11/0

9/1

0

12/0

9/1

0

13/0

9/1

0

14/0

9/1

0

15/0

9/1

0

16/0

9/1

0

17/0

9/1

0

18/0

9/1

0

19/0

9/1

0

20/0

9/1

0

21/0

9/1

0

22/0

9/1

0

23/0

9/1

0

24/0

9/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

25/0

8/1

0

26/0

8/1

0

27/0

8/1

0

28/0

8/1

0

29/0

8/1

0

30/0

8/1

0

31/0

8/1

0

01/0

9/1

0

02/0

9/1

0

03/0

9/1

0

04/0

9/1

0

05/0

9/1

0

06/0

9/1

0

07/0

9/1

0

08/0

9/1

0

09/0

9/1

0

10/0

9/1

0

11/0

9/1

0

12/0

9/1

0

13/0

9/1

0

14/0

9/1

0

15/0

9/1

0

16/0

9/1

0

17/0

9/1

0

18/0

9/1

0

19/0

9/1

0

20/0

9/1

0

21/0

9/1

0

22/0

9/1

0

23/0

9/1

0

24/0

9/1

0

25/0

9/1

0

26/0

9/1

0

27/0

9/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

Page 50: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

98

Figura 5.6.7 – Gráfico dos dados da taxa de energia térmica e umidade do ar no ciclo 2.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

1,100

1,200

1,300

1,400

24/0

8/1

0

25/0

8/1

0

26/0

8/1

0

27/0

8/1

0

28/0

8/1

0

29/0

8/1

0

30/0

8/1

0

31/0

8/1

0

01/0

9/1

0

02/0

9/1

0

03/0

9/1

0

04/0

9/1

0

05/0

9/1

0

06/0

9/1

0

07/0

9/1

0

08/0

9/1

0

09/0

9/1

0

10/0

9/1

0

11/0

9/1

0

12/0

9/1

0

13/0

9/1

0

14/0

9/1

0

15/0

9/1

0

16/0

9/1

0

17/0

9/1

0

18/0

9/1

0

19/0

9/1

0

20/0

9/1

0

21/0

9/1

0

22/0

9/1

0

23/0

9/1

0

24/0

9/1

0

25/0

9/1

0

26/0

9/1

0

Um

idad

e d

o a

r (%

)

En

erg

ia (kW

/m²)

Data

Qsolar

Qvizinhança

Qemissão

Qconvecção

Umidade do ar

Page 51: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

99

As figuras 5.6.8 e 5.6.9 apresentam a evolução das curvas de secagem para o lodo

de ETA e de ETE, respectivamente, do ciclo 3. As duas figuras demonstraram boa

conformidade entre os resultados calculados e experimental de TS até um ponto do

gráfico, a partir deste ponto as curvas distanciaram entre si até uma diferença final

de 9%, com 30%TScalculado e 39%TSexperimental.para o lodo de ETA; para o lodo de

ETE as curvas de TS apresentaram maior distanciamento, uma diferença final de

13%, com 46%TScalculado e 59%TSexperimental. A figura 5.6.10 apresenta os dados

calculados da taxa de energia térmica do sol, vizinha, emissão, convecção e

também da umidade do ar do ciclo 3.

Figura 5.6.8 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETA do ciclo 3.

Figura 5.6.9 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETE do ciclo 3.

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

05/1

0/1

0

06/1

0/1

0

07/1

0/1

0

08/1

0/1

0

09/1

0/1

0

10/1

0/1

0

11/1

0/1

0

12/1

0/1

0

13/1

0/1

0

14/1

0/1

0

15/1

0/1

0

16/1

0/1

0

17/1

0/1

0

18/1

0/1

0

19/1

0/1

0

20/1

0/1

0

21/1

0/1

0

22/1

0/1

0

23/1

0/1

0

24/1

0/1

0

25/1

0/1

0

26/1

0/1

0

27/1

0/1

0

28/1

0/1

0

29/1

0/1

0

30/1

0/1

0

31/1

0/1

0

01/1

1/1

0

02/1

1/1

0

03/1

1/1

0

04/1

1/1

0

05/1

1/1

0

06/1

1/1

0

07/1

1/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

06/1

0/1

0

07/1

0/1

0

08/1

0/1

0

09/1

0/1

0

10/1

0/1

0

11/1

0/1

0

12/1

0/1

0

13/1

0/1

0

14/1

0/1

0

15/1

0/1

0

16/1

0/1

0

17/1

0/1

0

18/1

0/1

0

19/1

0/1

0

20/1

0/1

0

21/1

0/1

0

22/1

0/1

0

23/1

0/1

0

24/1

0/1

0

25/1

0/1

0

26/1

0/1

0

27/1

0/1

0

28/1

0/1

0

29/1

0/1

0

30/1

0/1

0

31/1

0/1

0

01/1

1/1

0

02/1

1/1

0

03/1

1/1

0

04/1

1/1

0

05/1

1/1

0

06/1

1/1

0

07/1

1/1

0

08/1

1/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

Page 52: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

100

Figura 5.6.10 – Gráfico dos dados da taxa de energia térmica e umidade do ar no ciclo 3.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,300

0,350

0,400

0,450

0,500

0,550

0,600

0,650

0,700

0,750

06/1

0/1

0

07/1

0/1

0

08/1

0/1

0

09/1

0/1

0

10/1

0/1

0

11/1

0/1

0

12/1

0/1

0

13/1

0/1

0

14/1

0/1

0

15/1

0/1

0

16/1

0/1

0

17/1

0/1

0

18/1

0/1

0

19/1

0/1

0

20/1

0/1

0

21/1

0/1

0

22/1

0/1

0

23/1

0/1

0

24/1

0/1

0

25/1

0/1

0

26/1

0/1

0

27/1

0/1

0

28/1

0/1

0

29/1

0/1

0

30/1

0/1

0

31/1

0/1

0

01/1

1/1

0

02/1

1/1

0

03/1

1/1

0

04/1

1/1

0

05/1

1/1

0

06/1

1/1

0

07/1

1/1

0

Um

idad

e d

o a

r (%

)

En

erg

ia (kW

/m²)

Data

Qsolar

Qvizinhança

Qemissão

Qconvecção

Umidade do ar

Page 53: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

101

As figuras 5.6.11 e 5.6.12 apresentam a evolução das curvas de secagem para o

lodo de ETA e de ETE, respectivamente, do ciclo 4. As duas figuras demonstraram

boa conformidade entre os resultados calculados e experimental de TS,

considerando o alto TS obtido no final do ciclo, a diferença final entre as curvas

foram de 5%, com 43%TScalculado e 48%TSexperimental.para o lodo de ETA; para o lodo

de ETE as curvas de TS apresentaram menor distanciamento, uma diferença final

de 2%, com 45%TScalculado e 47%TSexperimental. A figura 5.6.13 apresenta os dados

calculados da taxa de energia térmica do sol, vizinha, emissão, convecção e

também da umidade do ar do ciclo 4.

Figura 5.6.11 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETA do ciclo 4.

Figura 5.6.12 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETE do ciclo 4.

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

52

17/1

1/1

0

18/1

1/1

0

19/1

1/1

0

20/1

1/1

0

21/1

1/1

0

22/1

1/1

0

23/1

1/1

0

24/1

1/1

0

25/1

1/1

0

26/1

1/1

0

27/1

1/1

0

28/1

1/1

0

29/1

1/1

0

30/1

1/1

0

01/1

2/1

0

02/1

2/1

0

03/1

2/1

0

04/1

2/1

0

05/1

2/1

0

06/1

2/1

0

07/1

2/1

0

08/1

2/1

0

09/1

2/1

0

10/1

2/1

0

11/1

2/1

0

12/1

2/1

0

13/1

2/1

0

14/1

2/1

0

15/1

2/1

0

16/1

2/1

0

17/1

2/1

0

18/1

2/1

0

19/1

2/1

0

20/1

2/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

52

18/1

1/1

0

19/1

1/1

0

20/1

1/1

0

21/1

1/1

0

22/1

1/1

0

23/1

1/1

0

24/1

1/1

0

25/1

1/1

0

26/1

1/1

0

27/1

1/1

0

28/1

1/1

0

29/1

1/1

0

30/1

1/1

0

01/1

2/1

0

02/1

2/1

0

03/1

2/1

0

04/1

2/1

0

05/1

2/1

0

06/1

2/1

0

07/1

2/1

0

08/1

2/1

0

09/1

2/1

0

10/1

2/1

0

11/1

2/1

0

12/1

2/1

0

13/1

2/1

0

14/1

2/1

0

15/1

2/1

0

16/1

2/1

0

17/1

2/1

0

18/1

2/1

0

19/1

2/1

0

20/1

2/1

0

21/1

2/1

0

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

Page 54: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

102

Figura 5.6.13 – Gráfico dos dados da taxa de energia térmica e umidade do ar no ciclo 4.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

1,100

1,200

1,300

1,400

1,500

1,600

18/1

1/1

0

19/1

1/1

0

20/1

1/1

0

21/1

1/1

0

22/1

1/1

0

23/1

1/1

0

24/1

1/1

0

25/1

1/1

0

26/1

1/1

0

27/1

1/1

0

28/1

1/1

0

29/1

1/1

0

30/1

1/1

0

01/1

2/1

0

02/1

2/1

0

03/1

2/1

0

04/1

2/1

0

05/1

2/1

0

06/1

2/1

0

07/1

2/1

0

08/1

2/1

0

09/1

2/1

0

10/1

2/1

0

11/1

2/1

0

12/1

2/1

0

13/1

2/1

0

14/1

2/1

0

15/1

2/1

0

16/1

2/1

0

17/1

2/1

0

18/1

2/1

0

19/1

2/1

0

20/1

2/1

0

Um

idad

e d

o a

r (%

)

En

erg

ia (kW

/m²)

Data

Qsolar

Qvizinhança

Qemissão

Qconvecção

Umidade do ar

Page 55: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

103

As figuras 5.6.14 e 5.6.15 apresentam a evolução das curvas de secagem para o

lodo de ETA e de ETE, respectivamente, do ciclo 5. As duas figuras demonstraram

boa conformidade entre os resultados calculados e experimental de TS, até um

ponto intermediário das curvas, após este ponto as curvas distanciaram entre si. A

diferença no fim do ciclo entre as curvas foram de 25%, com 65%TScalculado e

40%TSexperimental.para o lodo de ETA; e para o lodo de ETE as curvas de TS

apresentaram maior distanciamento, uma diferença final de 30%, com 80%TScalculado

e 50%TSexperimental. A figura 5.6.13 apresenta os dados calculados da taxa de energia

térmica do sol, vizinha, emissão, convecção e também da umidade do ar do ciclo 5.

Figura 5.6.14 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETA do ciclo 5.

Figura 5.6.15 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETE do ciclo 5.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

19/0

1/1

1

20/0

1/1

1

21/0

1/1

1

22/0

1/1

1

23/0

1/1

1

24/0

1/1

1

25/0

1/1

1

26/0

1/1

1

27/0

1/1

1

28/0

1/1

1

29/0

1/1

1

30/0

1/1

1

31/0

1/1

1

01/0

2/1

1

02/0

2/1

1

03/0

2/1

1

04/0

2/1

1

05/0

2/1

1

06/0

2/1

1

07/0

2/1

1

08/0

2/1

1

09/0

2/1

1

10/0

2/1

1

11/0

2/1

1

12/0

2/1

1

13/0

2/1

1

14/0

2/1

1

15/0

2/1

1

16/0

2/1

1

17/0

2/1

1

18/0

2/1

1

19/0

2/1

1

20/0

2/1

1

21/0

2/1

1

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

18/0

1/1

1

19/0

1/1

1

20/0

1/1

1

21/0

1/1

1

22/0

1/1

1

23/0

1/1

1

24/0

1/1

1

25/0

1/1

1

26/0

1/1

1

27/0

1/1

1

28/0

1/1

1

29/0

1/1

1

30/0

1/1

1

31/0

1/1

1

01/0

2/1

1

02/0

2/1

1

03/0

2/1

1

04/0

2/1

1

05/0

2/1

1

06/0

2/1

1

07/0

2/1

1

08/0

2/1

1

09/0

2/1

1

10/0

2/1

1

11/0

2/1

1

12/0

2/1

1

13/0

2/1

1

14/0

2/1

1

15/0

2/1

1

16/0

2/1

1

17/0

2/1

1

18/0

2/1

1

19/0

2/1

1

20/0

2/1

1

21/0

2/1

1

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

Page 56: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

104

Figura 5.6.16 – Gráfico dos dados da taxa de energia térmica e umidade do ar no ciclo 5.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,300

0,350

0,400

0,450

0,500

0,550

0,600

0,650

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

0,950

19/0

1/1

1

20/0

1/1

1

21/0

1/1

1

22/0

1/1

1

23/0

1/1

1

24/0

1/1

1

25/0

1/1

1

26/0

1/1

1

27/0

1/1

1

28/0

1/1

1

29/0

1/1

1

30/0

1/1

1

31/0

1/1

1

01/0

2/1

1

02/0

2/1

1

03/0

2/1

1

04/0

2/1

1

05/0

2/1

1

06/0

2/1

1

07/0

2/1

1

08/0

2/1

1

09/0

2/1

1

10/0

2/1

1

11/0

2/1

1

12/0

2/1

1

13/0

2/1

1

14/0

2/1

1

15/0

2/1

1

16/0

2/1

1

17/0

2/1

1

18/0

2/1

1

19/0

2/1

1

20/0

2/1

1

Um

idad

e d

o a

r (%

)

En

erg

ia (kW

/m²)

Data

Qsolar

Qvizinhança

Qemissão

Qconvecção

Umidade do ar

Page 57: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

105

As figuras 5.6.17 e 5.6.18 apresentam a evolução das curvas de secagem para o

lodo de ETA e de ETE, respectivamente, do ciclo 6. As duas figuras demonstraram

boa conformidade entre os resultados calculados e experimental de TS na maior

parte da curva, porém, no fim as curvas distanciaram entre si. A diferença no fim do

ciclo entre as curvas foram de 12%, com 42%TScalculado e 30%TSexperimental.para o

lodo de ETA; e para o lodo de ETE as curvas de TS apresentaram uma diferença

final de 14%, com 73%TScalculado e 59%TSexperimental. A figura 5.6.19 apresenta os

dados calculados da taxa de energia térmica do sol, vizinha, emissão, convecção e

também da umidade do ar do ciclo 6.

Figura 5.6.17 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETA do ciclo 6.

Figura 5.6.18 – Gráfico do TScalculado x TSexperimental do lodo de ETE do ciclo 6.

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

15/0

3/1

1

16/0

3/1

1

17/0

3/1

1

18/0

3/1

1

19/0

3/1

1

20/0

3/1

1

21/0

3/1

1

22/0

3/1

1

23/0

3/1

1

24/0

3/1

1

25/0

3/1

1

26/0

3/1

1

27/0

3/1

1

28/0

3/1

1

29/0

3/1

1

30/0

3/1

1

31/0

3/1

1

01/0

4/1

1

02/0

4/1

1

03/0

4/1

1

04/0

4/1

1

05/0

4/1

1

06/0

4/1

1

07/0

4/1

1

08/0

4/1

1

09/0

4/1

1

10/0

4/1

1

11/0

4/1

1

12/0

4/1

1

13/0

4/1

1

14/0

4/1

1

15/0

4/1

1

16/0

4/1

1

17/0

4/1

1

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

TS calc.

TS exp.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

15/0

3/1

1

16/0

3/1

1

17/0

3/1

1

18/0

3/1

1

19/0

3/1

1

20/0

3/1

1

21/0

3/1

1

22/0

3/1

1

23/0

3/1

1

24/0

3/1

1

25/0

3/1

1

26/0

3/1

1

27/0

3/1

1

28/0

3/1

1

29/0

3/1

1

30/0

3/1

1

31/0

3/1

1

01/0

4/1

1

02/0

4/1

1

03/0

4/1

1

04/0

4/1

1

05/0

4/1

1

06/0

4/1

1

07/0

4/1

1

08/0

4/1

1

09/0

4/1

1

10/0

4/1

1

11/0

4/1

1

12/0

4/1

1

13/0

4/1

1

14/0

4/1

1

15/0

4/1

1

16/0

4/1

1

17/0

4/1

1

TS

DO

LO

DO

(%

)

DATA

Page 58: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

106

Figura 5.6.19 – Gráfico dos dados da taxa de energia térmica e umidade do ar no ciclo 6.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,300

0,350

0,400

0,450

0,500

0,550

0,600

0,650

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

16/0

3/1

1

17/0

3/1

1

18/0

3/1

1

19/0

3/1

1

20/0

3/1

1

21/0

3/1

1

22/0

3/1

1

23/0

3/1

1

24/0

3/1

1

25/0

3/1

1

26/0

3/1

1

27/0

3/1

1

28/0

3/1

1

29/0

3/1

1

30/0

3/1

1

31/0

3/1

1

01/0

4/1

1

02/0

4/1

1

03/0

4/1

1

04/0

4/1

1

05/0

4/1

1

06/0

4/1

1

07/0

4/1

1

08/0

4/1

1

09/0

4/1

1

10/0

4/1

1

11/0

4/1

1

12/0

4/1

1

13/0

4/1

1

14/0

4/1

1

15/0

4/1

1

16/0

4/1

1

Um

idad

e d

o a

r (%

)

En

erg

ia (kW

/m²)

Data

Qsolar

Qvizinhança

Qemissão

Qconvecção

Umidade do ar

Page 59: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

107

Com os dados de TS calculados e TS experimental do lodo de ETA e de ETE obtido

nos ciclos de secagem e apresentados nas figuras 5.6.2; 5.6.3; 5.6.5; 5.6.6; 5.6.8;

5.6.9; 5.6.11; 5.6.12; 5.6.14; 5.6.15; 5.6.17; 5.6.18, pode-se observar que as

oscilações ocorridas entre os valores de TS calculado e experimental se devem

principalmente aos principais pontos:

A incerteza dos valores de TS experimental do lodo, devido ao fato destes

valores serem a média calculada entre os valores de TS do lodo das três

camadas que constituem a leira;

A incerteza dos valores de TS experimental do lodo causada pela

interferência do processo de revolvimento do lodo. Este fator de interferência

não foi computado pelo modelo matemático;

A incerteza dos valores que foram adotados no modelo matemático para a

absortividade do lodo (αs1) e a emissividade do lodo (εs), estes valores foram

adotados da literatura de material similar ao lodo.

Com os dados de energia térmica calculada pelo modelo e umidade do ar durante os

ciclos de secagem, e apresentados nas figuras 5.6.4; 5.6.7; 5.6.10; 5.6.13; 5.6.16; e

5.6.19, pode-se observar os principais pontos:

A maior oscilação ocorrida na taxa de energia solar ocorre devido a sua

ligação direta a radiação solar global;

A taxa de energia da vizinhança oscila pouco pois acompanha as variações

da temperatura do céu. A taxa de energia por emissão é maior que a taxa de

energia da vizinhança e mais contínua, porque acompanha a temperatura do

lodo;

A taxa de energia por convecção é muito baixa comparada as outras, porque

esta é proporcional à diferença de temperatura do lodo e a do meio ambiente.

Os resultados obtidos nesta pesquisa foram aproximados comparados com a

pesquisa desenvolvida por Gharaibeh et. al.; apesar de algumas diferenças no

padrão adotado entre as pesquisas, os quais diferem deste trabalho por adotarem

leitos de secagem abertos com drenagem e altura do lodo menor entre 10-20cm,

Page 60: 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS - USP · 2013-07-04 · 49 5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS 5.1 – Generalidades Os resultados obtidos neste trabalho com

108

além de utilizarem lodo não desaguado com TS inicial entre 1,5-3,5%. Gharaibeh et.

al. nos ensaios constataram que nos lodos com TS acima dos 30% ocorreu um

maior distanciamento entre os resultados obtidos nos ensaios de campo comparado

com os da modelagem, em um dos ensaios o TS do lodo obtido em campo foi de

39% enquanto no modelo foi de 44%, uma variação de 5% entre os resultados,

considerando as seguintes médias climáticas: temperatura do ar 180C; umidade do

ar 72%; radiação global 0,178 kW/m2; e velocidade do vento 2,8m/s, em um período

de secagem de 18 dias. Neste trabalho no ciclo 2 utilizando o lodo de ETE o TS final

obtido no ensaio foi de 30% enquanto o previsto no modelo foi de 34%, uma

variação de 4%, considerando as seguintes médias climáticas: temperatura do ar

190C; umidade do ar 65%; radiação global 0,162kW/m2; e velocidade do vento

0,82m/s, em um período de secagem de 30 dias. Também no ciclo 5 com ambos os

lodos de ETA e de ETE foi observado um distanciamento entre as curvas

progressivo a partir dos 30% de TS dos lodos. Esse comportamento imprevisível no

padrão de secagem do lodo acima dos 30% TS, segundo Gharaibeh et. al. se deve a

formação de rachaduras na superfície do lodo, o qual foi observado nos ensaios

neste trabalho, porém devido de revolvimento do lodo durante a secagem formavam

torrões.