92921633 jiddu-krishnamurti

4
O problema por conseguinte, é este: para que o homem possa transformar-se radical mente, fundamentalmente, torna-se necessária uma mutação nas próprias células cerebrais de sua mente. Dizem-nos que devemos mudar, que devemos agir, que devemos transform ar nossa mente, nosso coração, tornar-nos uma coisa totalmente diferente. Isso vem s endo pregado há milhares de anos por homens muito sérios, muito ardorosos, e também po r charlatães interessados em explorar o povo. Mas, agora, chegamos ao ponto em que não há mais tempo a perder. Compreendei isto por favor. Não dispomos de tempo para ef etuar gradualmente tal transformação. Os intelectuais de todo o mundo estão reconhecen do que o homem se acha à beira de um abismo, na iminência de destruir a si próprio. Ne m religiões, nem deuses, nem salvadores, nem mestres, nem as lenga-lengas dos guru s, poderão impedi-los. Dizem os intelectuais ser necessário inventar uma nova droga, uma 'pílula dourada' capaz de produzir uma completa transformação química; e os cientis tas provavelmente descobrirão esta droga. Não sei se estais bem a par dessas coisas. Ora conquanto o organismo físico seja um produto bioquímico, pode uma droga, uma su perdroga fazer-vos amar, tornar-vos bondosos, generosos, delicados, não violentos? Não o creio; nenhum preparado químico pode fazer os homens amarem-se uns aos outros . O amor não é um produto do pensamento; também não é cultivável, como a flor que cultivamos em nosso jardim. O amor não pode ser comprado numa drogaria, e o amor é a única coisa que poderá salvar o homem - e não os artifícios das religiões, nem seus ritos, nem todo s os exércitos do mundo. Podemos fugir, assistindo a concertos, visitando museus, entregando-nos a divertimentos de toda ordem - debalde! - porque o homem se acha hoje em dia em presença de um tremendo problema: se tem a possibilidade de transf ormar-se radicalmente, de efetuar uma total mutação de sua consciência, não amanhã, nem da qui a alguns anos, mas agora! Eis o problema principal: se o homem, em qualquer país que viva, com todas as suas belezas naturais, é capaz de operar uma mutação radical em seu interior, imediatamente. E não podeis resolvê-lo com vossas crenças, vossas id eologias, vossos deuses, salvadores, sacerdotes e rituais. Essas coisas já não tem o menor significado. Podemos ir longe, se começarmos de muito perto. Em geral começamos pelo mais distan te, o "supremo princípio", "o maior ideal", e ficamos perdidos em algum sonho vago do pensamento imaginativo. Mas quando partimos de muito perto, do mais perto, q ue é nós, então o mundo inteiro está aberto pois nós somos o mundo. Temos de começar pelo q e é real, pelo que está a acontecer agora, e o agora é sem tempo. Meditação é libertar a mente de toda desonestidade. O pensamento gera desonestidade. O pensamento, no seu esforço para ser honesto, é comparativo e, portanto, desonesto. ( ) Meditação é o movimento dessa honestidade no silêncio Estou apenas a ser como um espelho da vossa vida, no qual podeis ver-vos como s ois. Depois, podeis deitar fora o espelho; o espelho não é importante. Falamos da vida e não de idéias, de teorias, de práticas ou de técnicas. Falamos para q ue olhe esta vida total, que é também a sua vida, para que lhe dê atenção. Isso significa que não pode desperdiçá-la. Tem pouquíssimo tempo para viver, talvez dez, talvez cinquen ta anos. Não perca esse tempo. Olhe a sua vida, dê tudo para a compreender. Livros publicadosA Busca (Poemas) Cartas às Escolas Comentários Sobre Viver O Despertar da Sensibilidade Diálogos Sobre a Vida Diálogos Sobre a Visão Intuitiva Diário de Krishnamurti Vida e Morte de Krishnamurti A Educação e o Significado da Vida A Eliminação do Tempo Psicológico Ensinar e Aprender A Essência da Maturidade Fora da Violência O Futuro da Humanidade O Futuro é Agora Libertação dos Condicionamentos Liberte-se do Passado

Upload: flavio-fernandes

Post on 11-Aug-2015

76 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 92921633 jiddu-krishnamurti

O problema por conseguinte, é este: para que o homem possa transformar-se radicalmente, fundamentalmente, torna-se necessária uma mutação nas próprias células cerebrais de sua mente. Dizem-nos que devemos mudar, que devemos agir, que devemos transformar nossa mente, nosso coração, tornar-nos uma coisa totalmente diferente. Isso vem sendo pregado há milhares de anos por homens muito sérios, muito ardorosos, e também por charlatães interessados em explorar o povo. Mas, agora, chegamos ao ponto em que não há mais tempo a perder. Compreendei isto por favor. Não dispomos de tempo para efetuar gradualmente tal transformação. Os intelectuais de todo o mundo estão reconhecendo que o homem se acha à beira de um abismo, na iminência de destruir a si próprio. Nem religiões, nem deuses, nem salvadores, nem mestres, nem as lenga-lengas dos gurus, poderão impedi-los. Dizem os intelectuais ser necessário inventar uma nova droga, uma 'pílula dourada' capaz de produzir uma completa transformação química; e os cientistas provavelmente descobrirão esta droga. Não sei se estais bem a par dessas coisas. Ora conquanto o organismo físico seja um produto bioquímico, pode uma droga, uma superdroga fazer-vos amar, tornar-vos bondosos, generosos, delicados, não violentos? Não o creio; nenhum preparado químico pode fazer os homens amarem-se uns aos outros. O amor não é um produto do pensamento; também não é cultivável, como a flor que cultivamos em nosso jardim. O amor não pode ser comprado numa drogaria, e o amor é a única coisa que poderá salvar o homem - e não os artifícios das religiões, nem seus ritos, nem todos os exércitos do mundo. Podemos fugir, assistindo a concertos, visitando museus, entregando-nos a divertimentos de toda ordem - debalde! - porque o homem se acha hoje em dia em presença de um tremendo problema: se tem a possibilidade de transformar-se radicalmente, de efetuar uma total mutação de sua consciência, não amanhã, nem daqui a alguns anos, mas agora! Eis o problema principal: se o homem, em qualquer país que viva, com todas as suas belezas naturais, é capaz de operar uma mutação radical em seu interior, imediatamente. E não podeis resolvê-lo com vossas crenças, vossas ideologias, vossos deuses, salvadores, sacerdotes e rituais. Essas coisas já não tem o menor significado. Podemos ir longe, se começarmos de muito perto. Em geral começamos pelo mais distante, o "supremo princípio", "o maior ideal", e ficamos perdidos em algum sonho vago do pensamento imaginativo. Mas quando partimos de muito perto, do mais perto, que é nós, então o mundo inteiro está aberto � pois nós somos o mundo. Temos de começar pelo que é real, pelo que está a acontecer agora, e o agora é sem tempo. Meditação é libertar a mente de toda desonestidade. O pensamento gera desonestidade. O pensamento, no seu esforço para ser honesto, é comparativo e, portanto, desonesto. (�) Meditação é o movimento dessa honestidade no silêncio Estou apenas a ser como um espelho da vossa vida, no qual podeis ver-vos como sois. Depois, podeis deitar fora o espelho; o espelho não é importante. � Falamos da vida � e não de idéias, de teorias, de práticas ou de técnicas. Falamos para que olhe esta vida total, que é também a sua vida, para que lhe dê atenção. Isso significa que não pode desperdiçá-la. Tem pouquíssimo tempo para viver, talvez dez, talvez cinquenta anos. Não perca esse tempo. Olhe a sua vida, dê tudo para a compreender.

Livros publicadosA Busca (Poemas)Cartas às EscolasComentários Sobre ViverO Despertar da SensibilidadeDiálogos Sobre a VidaDiálogos Sobre a Visão IntuitivaDiário de KrishnamurtiVida e Morte de KrishnamurtiA Educação e o Significado da VidaA Eliminação do Tempo PsicológicoEnsinar e AprenderA Essência da MaturidadeFora da ViolênciaO Futuro da HumanidadeO Futuro é AgoraLibertação dos CondicionamentosLiberte-se do Passado

Page 2: 92921633 jiddu-krishnamurti

O Mistério da CompreensãoO Mundo Somos NósNovo Acesso à VidaNovo Ente HumanoNovos Roteiros em EducaçãoOnde Está a Bem-AventurançaO Passo DecisivoPalestras com Estudantes AmericanosA Primeira e Última LiberdadeA Questão do ImpossívelA Rede do PensamentoReflexões Sobre a VidaSobre o Amor e a SolidãoSobre o Aprendizado e o ConhecimentoSobre o ConflitoSobre DeusSobre LiberdadeSobre o MedoSobre a Mente e o PensamentoSobre a Natureza e o Meio AmbienteSobre RelacionamentosSobre a VerdadeSobre a Vida e a MorteSobre o Viver CorretoUma Nova Maneira de AgirO Verdadeiro Objetivo da VidaO Vôo da ÁguiaAcampamento em Omnen,Holanda 1937/38Aos pés do Mestre

1º - KRISHINAMURTI - O Passo Decisivo

Pergunta: Por que interiormente, pessoalmente, psicologicamente, nos achamos em tais conflitos? É necessário isso? E é possível viver uma vida inteiramente isenta de conflito, sem nos deixarmos ficar a vegetar, a dormir? (...) Tratamos de fugir a esse estado, frequentando igrejas, ouvindo rádio, buscando distrações, entretenimentos, deleites sexuais, e tudo o mais, inclusive os deuses que cultuamos? Ou somos capazes de encarar o conflito, �ir até o fim�, e descobrir se a mente pode ficar de todo livre dos conflitos?J. Krishnamurti: O conflito implica, sem dúvida numa contradição:contradição no sentimento, no pensamento e na conduta. Existe contradição quando desejamos fazer uma coisa e somos forçados a fazer o contrário. Para a maioria de nós, quando existe amor, existe também ciúme, ódio; e isso é também contradição. No apego, há angústia e dor, portanto contradnflito. Parece-me que tudo o que tocamos produz conflito, e tal é nossa vida, da manhã à noite; e mesmo quando dormimos, nossos sonhos são os símbolos perturbadores de nossa vida cotidiana.Assim, ao considerarmos o estado total de nossa consciência, verificamos que nos achamos no conflito da auto-contradição � a eterna luta para sermos bons, nobres, isto e não aquilo.Como disse, estamos examinando esta questão, não ideologicamente, porém concretamente, isto é trazendo consciência do nosso estado de conflito para compreendermos o que ele implica e nos mantermos em contato real com ele � não através de idéias, de palavras, porém pelo contato real.Como sabem, podemos pôr-nos em contato com o conflito através da idéia; e em geral, es

Page 3: 92921633 jiddu-krishnamurti

tamos mais em contato com a idéia do conflito do que com o próprio fato. E a questão é se a mente pode abandonar a palavra e pôr-se em contato com o sentimento. E pode-se descobrir por que existe esse conflito, se não estamos conscientes do processo total do pensar � não do processo total do pensar do outro, porém de nosso próprio pensar?Indubitavelmente, há divisão entre o pensador e o pensamento, com o pensador lutando perenemente por controlar, moldar o pensamento. Sabemos que é isso que está acontecendo, e enquanto existir tal divisão, terá de haver conflito. Enquanto houver experimentador e experiência como dois estados diferentes, haverá conflito. E o conflito destrói a sensibilidade, destrói a paixão, a intensidade. E sem paixão, sem intensidade, não podemos �ir até o fim� de nenhum sentimento, nenhum pensamento, nenhuma ação.Para irmos �até o fim� e descobrirmos a essência das coisas, necessitamos de paixão, intensidade, de uma mente sobremaneira sensível � não mente instruída, mente repleta de conhecimentos. Sem paixão, ninguém pode ser sensível; e a paixão, esse impulso para o descobrimento, se embota na batalha constante que se trava dentro em nós.Infelizmente, aceitamos como inevitáveis a luta e o conflito, e dia a dia nos tornamos mais insensíveis, mais embotados. E esse estado, em sua forma extrema, leva-nos à insanidade mental; (...) Seria vantajoso, penso, se cada um de nós pudesse averiguar o que realmente sentimos a respeito do conflito. Aceitamos ou nos deixamos enredar por ele, sem sabermos como livrar-nos dele, ou estamos satisfeitos com nossos múltiplos meios de fuga? (...)Só existe pensar, e nenhum pensador; só um estado de experimentar, e nenhum experimentador? No momento em que nasce o experimentador, graças à memória, tem de haver conflito. Isso se me afigura bem simples, se já pensastes a seu respeito. Essa é a verdadeira raiz da auto-contradição. Para a maioria de nós o pensador se tornou sumamente importante, e não o pensamento, o experimentador, não o estado de experimentar.

Isso, com efeito, implica na questão de que estivemos tratando noutro dia, ou seja, o que entendemos por ver. Vemos a vida, uma pessoa; uma árvore, através de idéias, opiniões, lembranças? Ou estamos em comunhão direta com a vida, a pessoa, ou a árvore? Penso que vemos através de idéias, lembranças e juízos e que, por conseguinte, nunca vemos nada. Assim, vejo-me a mim mesmo tal como �eu realmente sou�, ou vejo-me como �eu deveria ser� ou como �eu fui�? Por outras palavras, a consciência é divisível? Falamos com muita facilidade a respeito da mente consciente e da mente inconsciente, e das muitas camadas entre ambas existentes. Existem essas camadas, essas divisões, e elas se acham opostas umas às outras.Temos de percorrer todas essas camadas, uma a uma, para nos livrarmos delas ou tentarmos compreendê-las � maneira muito cansativa e ineficaz de resolver um problema � ou é possível varrermos todas as divisões, todo esse conjunto, e tomarmos conhecimento da consciência total?Para nos tornarmos cônscios totalmente de uma coisa, necessita-se de percepção, visão, não colorida por idéia alguma. Ver uma coisa inteiramente, totalmente, não é possível quando existe motivo, um propósito. Se estamos interessados em alguma alteração, não estamos vendo o que realmente é. Se estamos interessados na idéia de que devemos ser diferentes, de que devemos melhorar o que vemos, torná-lo mais belo, etc., não somos então capazes de ver a totalidade do que é. A mente só está então interessada em mudança, alteração, melhoria, aperfeiçoamento.Mas posso me ver assim como sou, como consciência total, sem ficar enredado nas divisões, nas camadas, nas idéias opostas, existentes na consciência? Não sei se já alguma vez praticou a meditação � por ora não falarei sobre esta matéria. Mas, se já praticou, deve ter observado o conflito que se verifica na meditação � a vontade lutando para controlar o pensamento, e o pensamento a escapar-lhe sempre. É uma parte de nossa consciência � esse impulso para controlar, moldar, satisfazer-se, ter êxito, encontrar segurança; e ao mesmo tempo a compreensão do absurdo, da inutilidade, da futilidade de tudo isso. A maioria de nós tenta desenvolver uma ação, uma idéia, uma vontade de resistência, para servir como uma espécie de muralha em torno de nós mesmos, e dentro dessa muralha esperamos permanecer num estado de ausência de conflito.É possível percebermos a totalidade desse conflito e permanecermos em contato com essa totalidade? Isso não significa permanecer em contato com a idéia da totalidade do conflito, ou vos identificardes com as palavras que estou empregando; mas, sim,

Page 4: 92921633 jiddu-krishnamurti

significa estar em contato com o fato da totalidade da existência humana, com todos os seus conflitos de tristeza, sofrimento, aspiração e luta. Significa enfrentar o fato, �viver com ele�.Como sabem, �viver com uma coisa� é extremamente difícil. �Viver com aquelas montanhas� que nos cercam, com a beleza das árvores, com as sombras, a luz matinal, a neve, �viver com isso� realmente, é muito difícil. Todos tomamos conhecimento dessas coisas, não é verdade? Mas, vendo-as dia por dia, embotam-nos diante delas, como acontece com os camponeses, e nunca mais tornamos a olhá-las realmente. Mas �viver com a coisa�, vê-la cada dia como nova, com clareza, com sensibilidade, com apreciação, com amor � isso requer enorme soma de energia. E �viver com uma coisa feia� sem que essa coisa feia possa perverter, corroer a mente � isso requer por igual muita energia. �Viver tanto com o belo como com o feio� � como temos de viver, em nossa existência � requer descomunal energia. E essa energia é rejeitada, destruída, quando nos encontramos num estado de perpétuo conflito.Assim, pode a mente olhar a totalidade do conflito, �viver com ele�, sem aceitá-lo, nem rejeitá-lo, sem permitir que o conflito nos deforme a mente, porém observando realmente todos os movimentos internos de nossos próprios desejos, geradores de conflito? Acho que isso é possível � não apenas possível, mas, quando penetramos profundamente o conflito, quando nossa mente está apenas a observar e não a resistir, a rejeitar, a escolher, eis o que acontece.Então, depois de chegarmos até aí, não em termos de tempo e espaço, porém com a experiência real da totalidade do conflito, descobriram por vocês mesmos que a mente é capaz de viver muito mais intensa, apaixonada e vitalmente; e uma mente assim é essencial para que possa surgir na existência aquela �certa coisa imensurável�.A mente em conflito jamais descobrirá o verdadeiro. Poderá tagarelar incessantemente acerca de Deus, da bondade, da espiritualidade e tudo o mais, mas só a mente que compreendeu de maneira completa a natureza do conflito e, por conseguinte, se acha fora dele, só ela pode receber aquilo a que se não pode dar nome, aquilo que não pode ser medido."Krishnamurti em O Passo Decisivo

----------------3º - Religiosidade Científica - Cósmica

...Os gênios religiosos de todos os tempos se distinguiram por essa

religiosidade diante do cosmos. Ela não tem dógmas nem um Deus concebidoà imagem do homem; portanto nenhuma Igreja ensina a religião cósmica.'[Albert Einstein, no livro �Como Vejo o Mundo�]�O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem se espera benevolência e do qual se teme o castigo � uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os laços do filho com o pai -, um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam.Mas o sábio, bem consciente da lei de causalidade que determina qualquer acontecimento, decifra o futuro e o passado, que estão submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo. A moral não lhe cria problemas com os deuses, mas simplesmente com os homens.Sua religiosidade consiste em espantar-se e extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, as quais revelam uma inteligência tão superior que todos os pensamentos dos homens e todo o seu engenho não podem desvendar, diante dela, a não ser o seu nada irrisório. Este sentimento mostra a regra dominante de sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas. Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos de todos os tempos.�Vejam a RELIGIÃO COSMICA, de Albert Einstein, no Boletim O Teosofista, dezembro 2009.