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2018 Semana 2316____ 2 0
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Bixo SP
B
io.
Bio.
Professor: Brenda Braga
Monitor: Carolina Matucci
B
io.
Origem das aneuploidias 19
jul
RESUMO
Aneuploidias são alterações cromossômicas em que ocorre aumento ou diminuição de um tipo de
cromossomo.
As aneuploidias acontecem por causa de processos de não disjunção em algum momento da divisão
celular: a distribuição dos cromossomos ou das cromátides ocorreu de maneira incorreta.
• Na meiose I: os cromossomos homólogos não se separam corretamente.
• Na meiose II: não houve a separação das cromátides.
• Mitose: pode ocorrer a não disjunção após formação do zigoto.
As não disjunções levam à formação de células com número incorreto de cromossomos.
As principais aneuploidias são:
• Nulissomias (2n-2): Indivíduo não apresenta nenhum cromossomo de determinado par.
• Monossomias (2n-1): Indivíduo apresenta apenas um cromossomo de um determinado par.
• Trissomia (2n+1): Indivíduo apresenta um cromossomo a mais que o normal em um determinado
par, ou seja, apresenta três cromossomos de um mesmo tipo.
Existem ainda a tetrassomia e a pentassomia, porém são menos comuns.
Exemplos de aneuploidias:
• Síndrome de Down (47, XX + 21 ou 47, XY +21): observa-se um indivíduo com 47 cromossomos, com
um cromossomo de número 21 a mais. Como o portador apresenta três cromossomos 21, a
síndrome é também chamada de trissomia do 21.
• Síndrome de Turner (45, X0): presente somente em indivíduos do sexo feminino; observa-se a
presença de apenas um cromossomo sexual X, sendo, portanto, uma monossomia.
B
io.
• Síndrome de Klinefelter (47, XXY): presente somente em indivíduos do sexo masculino; há,
geralmente, três cromossomos sexuais (XXY), ou seja, é uma trissomia.
EXERCÍCIOS
1. A síndrome de Down é causada por uma anomalia cromossômica em que o portador apresenta células
com três cromossomos do número 21. Os afetados apresentam geralmente baixa estatura, pescoço
relativamente curto, olhos oblíquos, mãos curtas e largas, entre outras características. Essa síndrome é
um exemplo de:
a) Euploidia.
b) Aneuploidia.
c) Deleção.
d) Duplicação.
e) Translocação.
2. Quanto às mutações cromossômicas, leia as afirmações abaixo:
I. As mutações numéricas podem ser classificadas em dois tipos: euploidias e aneuploidias.
II. Euploidia é quando ocorre perda ou acréscimo de um ou alguns cromossomos. Aneuploidia é
quando ocorre perda ou acréscimo de genomas (formando-se células 3n, 4n e assim por diante).
III. Euploidia é quando ocorre perda ou acréscimo de genomas. Aneuploidia é quando ocorre perda
ou acréscimo de um ou alguns cromossomos.
IV. A síndrome de Down e a síndrome de Turner são alguns exemplos de aneuploidias.
B
io.
Estão corretas:
a) I e II, apenas
b) I e III, apenas
c) I, II e IV, apenas
d) I, III e IV, apenas
e) III e IV, apenas
3. Observe o cariótipo abaixo.
Ele representa uma aneuploidia conhecida como:
a) Síndrome de Down.
b) Síndrome de Turner.
c) Síndrome de Klinefelter.
d) Síndrome de Edwards.
e) Síndrome de Patau.
4. Leia atentamente o trecho abaixo.
No texto acima é citado o nome do médico que descreveu uma síndrome, hoje chamada de Síndrome
de Down e a razão de se usar (erroneamente) o termo mongolismo. As síndromes cromossômicas são
ocasionadas por alterações no número de cromossomos (aneuploidias) ou por alterações na sua
estrutura (deleções, inversões, entre outras). Normalmente os seres humanos apresentam 46
cromossomos em pares de homólogos, um paterno e outro materno. A Síndrome de Down é
determinada pela presença de 3 cromossomos (trissomia), ao invés do par usual de cromossomos
homólogos no genoma humano.
a) Qual par cromossômico apresenta a trissomia na Síndrome de Down?
b) Escreva o cariótipo do portador da Síndrome de Down.
c) Cite o nome e escreva o cariótipo de uma Aberração Cromossômica Numérica envolvendo os
cromossomos sexuais.
d) Na Síndrome de Edwards temos uma trissomia do cromossomo 18. Suponha que
localizado neste cromossomo e que um indivíduo portador desta síndrome seja homozigoto para
este locus. Qual seria o número de cópias deste gene na metáfase mitótica de uma célula deste
indivíduo?
e) Suponha que no cromossomo 18 existem
genótipo AaBb produz gametas na seguinte proporção: AB: 40%; Ab: 10%; aB: 10% e ab: 40%. Qual
seria a distância aproximada destes genes no cromossomo?
B
io.
5. Nas aneuploidias, um tipo de aberração cromossômica numérica, ocorrem alterações no número de
um ou mais pares de cromossomos. Um exemplo de aneuploidia é a síndrome de Turner, em que o
indivíduo apresenta apenas um cromossomo X, sendo, portanto, sempre do sexo feminino. Nesse caso
ocorre uma pessoa com baixa estatura, ovários atrofiados, pescoço alado, deficiência hormonal, entre
outras características. Esse tipo de aneuploidia recebe o nome de:
a) Nulissomia.
b) Monossomia.
c) Trissomia.
d) Tetrassomia.
6. As aneuploidias podem ser definidas como:
a) Alterações cromossômicas em que todo um conjunto cromossômico é perdido.
b) Alterações cromossômicas em que todo um conjunto cromossômico é ganhado.
c) Alterações cromossômicas em que ocorre aumento ou diminuição de um tipo de cromossomo.
d) Alterações cromossômicas em que ocorre o aumento de um tipo de cromossomo.
e) Alterações cromossômicas em que ocorre a diminuição de um tipo de cromossomo.
7. Afirmativas sobre aberrações cromossômicas na espécie humana são feitas a seguir.
II. A síndrome de Turner representa um caso de monossomia.
III. A síndrome de Klinefelter representa um caso de tetrassomia.
Assinale:
a) Todas estão corretas.
b) I e II estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) Somente I está correta.
8. Algumas doenças são causadas por alterações no número de cromossomos. Na espécie humana, as
alterações numéricas aneuploidias envolvem acréscimo ou diminuição de um ou alguns
cromossomos. As aneuploidias surgem da seguinte forma:
a) Durante a meiose I, formadora de óvulos ou espermatozoide, um determinado par de
cromossomos homólogos pode não se separar, fenômeno denominado de não disjunção.
b) Durante a meiose I ou a meiose II, formadora de óvulos ou espermatozoide, um determinado par
de cromossomos homólogos pode não se separar, fenômeno denominado de não disjunção.
c) Durante a mitose, formadora de óvulos ou espermatozoide, um determinado par de cromossomos
homólogos pode não se separar, fenômeno denominado de não disjunção.
d) Durante a prófase I, formadora de óvulos ou espermatozoide, um determinado par de
cromossomos homólogos pode não se separar, fenômeno denominado de não disjunção.
e) Causadas por mitoses anômalas durante o desenvolvimento embrionário.
9. Ao se analisarem as células da mucosa oral de uma mulher, verificou-se que estas apresentavam duas
marcações correspondentes à cromatina sexual, ou Corpúsculo de Barr, como mostram as setas da
figura.
B
io.
Pode-se dizer que, provavelmente, essa mulher
a) é portadora da síndrome de Turner.
b) é portadora da síndrome de Klinefelter.
c) tem 46 cromossomos, dentre os quais 2 cromossomos sexuais.
d) tem 46 cromossomos autossomos e 2 cromossomos sexuais.
e) tem 47 cromossomos, dentre os quais 3 cromossomos sexuais.
10. Observe o esquema do cariótipo humano de um certo indivíduo.
Qual síndrome esse indivíduo possui? Como você chegou a essa conclusão?
QUESTÃO CONTEXTO
Existem diversos tipos de mutação cromossômica. Elas são importantes para a variabilidade, porém, em
alguns casos, podem gerar síndromes. A aneuploidia é um tipo de mutação numérica em que o indivíduo
ganha ou perde cromossomos. Quais outros tipo de mutação (além da numérica) existem? Dê exemplos.
B
io.
GABARITO
Exercícios 1. b
A síndrome de Down é um tipo de aneuploidia, pois ocorre alteração no número de um par de
cromossomos. Nesse caso, há uma trissomia, pois ocorrem três cromossomos 21, em vez de apenas um
par.
2. d
A única afirmação incorreta é o número II, uma vez que euploidias ocorrem quando há uma alteração em
todo o conjunto cromossômico, diferentemente da aneuploidia, em que a alteração numérica ocorre
apenas em certos cromossomos.
3. b
O cariótipo é da Síndrome de Turner, pois apresenta apenas um cromossomo X.
4. a) A síndrome de Down é representada pelo par de cromossomos 21.
b) O cariótipo do portador da síndrome de Down pode ser:
47, XX + 21 ou 45A, XX + 21 (sexo feminino);
47 XY + 21 ou 45A, XY + 21 (sexo masculino).
c) Podemos citar a Sindrome de Klinefelter 47, XXY; Síndrome de Turner 45, X; Trissomia do X 47, XXX.
d) Seis cópias na metáfase mitótica.
e) A distância seria de 20 unidades de Recombinação.
5. b
Esse tipo de aneuploidia recebe o nome de monossomia, pois o indivíduo apresenta um cromossomo a
menos que o normal (2n-1).
6. c
Na aneuploidia, observa-se um aumento ou diminuição de um tipo de cromossomo. Em um indivíduo
diploide (2n), podemos representar a aneuploidia como 2n+1 ou 2n-1, por exemplo.
7. b
A síndrome de Klinefelter é uma trissomia.
8. b
As aneuploidias ocorrem quando há uma formação incorreta de óvulos e espermatozoides, assim, os
cromossomos homólogos não se separam adequadamente. Esse processo pode ocorrer na meiose I ou
II.
9. e
Em casos de anomalias cromossômicas, em que a pessoa possui mais de dois cromossomos X, existe
mais de uma cromatina sexual (corpúsculo de Barr) no núcleo das células. O número de cromatinas
sexuais corresponde ao número de cromossomos X existente no cariótipo menos 1. Ou seja, como na
imagem aparecem duas cromatinas sexuais em cada célula, conclui-se que a mulher tenha 3 X (44 A +
XXX). Essa mutação é chamada de síndrome do Triplo X ou super fêmea.
10. Observando o cariótipo acima podemos concluir que o indivíduo tem Síndrome de Down porque
apresenta três cromossomos 21.
Questão Contexto Além das mutações numéricas, existem as mutações ligadas ao sexo, como por exemplo, o daltonismo e a
calvice; e as mutações estruturais, como a deleção, inversão, duplicação e translocação.
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Soc.
Professor: Gui de Franco
Monitor: Debora Andrade
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Weber e a ação social 20
jul
RESUMO
Max Weber e ação social
Max Weber (1864 1920) foi um sociólogo, economista e historiador alemão, um dos fundadores da
Sociologia, juntamente com os outros dois sociólogos clássicos, Émile Durkheim (1858 1917) e Karl Marx
(1818 1883). Diferentemente de Durkheim, que defendia o método comparativo, e do materialismo dialético
de Marx, Weber desenvolveu um método de análise sociológica que ficou conhecido como método
compreensivo, que se tornou a segunda vertente do método sociológico, tendo surgido na Alemanha.
Weber defende que os fenômenos sociais exigem a formulação de um método próprio, distinto
daquele utilizado pelas Ciências Naturais. Enquanto as Ciências da Natureza explicam os fenômenos a partir
da regularidade que apresentam, as Ciências Sociais devem compreender as manifestações que ocorrem
dentro de uma sociedade. Isso só é possível, segundo Weber, através da análise dos sentidos atribuídos pelos
indivíduos à sua vida e à sua maneira de agir no âmbito da cultura da qual faz parte.
Isso significa uma grande mudança em relação ao método de Durkheim que, em As Regras do
pensamento sociológico (1895), defende um predomínio da sociedade em relação ao indivíduo, ou seja, que
os fatos sociais existem independente da vontade dos indivíduos, além de serem gerais e coercitivos. Já para
Weber, cada fenômeno social tem uma particularidade que deve ser levada em conta pela análise
sociológica, que deve tornar compreensível e tentar interpretar as intenções e sentidos das ações dos
indivíduos dentro de uma certa cultura.
Segundo Weber, a única coisa que pode ser, de fato, observada dentro de uma sociedade são os
indivíduos, a maneira como agem e como eles compreendem suas próprias ações. A sociologia tem como
tarefa fazer a descrição desses comportamentos, assim como interpretá-los. A unidade mínima da análise
sociológica, portanto, são os indivíduos, e eles praticam ações sociais que estão baseadas na tradição, nos
afetos ou na razão, o que nos remete a tese de Weber de que há quatro tipos fundamentais de ações sociais
que explicam as causas dos fenômenos que observamos nas sociedades, são elas: ações tradicionais, ações
afetivas, ações racionais orientadas para valores e ações racionais orientadas a fins.
As ações tradicionais são aquelas ações que se fundamentadas em hábitos ou costumes da tradição.
trata-se de uma ação social baseada no hábito, independentemente, por exemplo, de ser ou não,
efetivamente, um bom dia. Trata-se de uma forma de agir consolidada através do costume. Já as ações
afetivas são aquelas motivadas pelo estado emocional do indivíduo e não por conta da busca por atingir
qualquer fim. Por exemplo: Sair correndo ao receber uma ótima notícia.
As ações racionais orientadas a valores são ações que se fundamentam nos valores dos indivíduos
que as praticam, ou seja, é quando os indivíduos agem levando em conta os seus princípios,
independentemente das consequências que essas ações possam ter. Não é o fim que orienta ação, mas sim
bonita ou dá um drible em seu adversário, apenas pela beleza da jogada. Ou quando uma categoria faz uma
manifestação para cobrar melhores condições de trabalho, mesmo sabendo que pode acabar sofrendo
represália.
Por fim, temos as ações racionais orientadas a fins, que são aquelas ações que praticamos por
fazermos um cálculo racional para que possamos alcançar um certo fim que desejamos. Por exemplo: Se
desejo me tornar um músico, devo estabelecer os meios através dos quais posso atingir o meu objetivo, a
minha finalidade, que no caso é ser músico. Assim como no caso dos que buscam ser aprovados para um
curso de nível superior, eles devem organizar suas ações no intuito de atingir aquele objetivo. Qual será a
melhor alternativa para atingir o meu objetivo? Quando fazemos essa pergunta e orientamos nossas ações
de maneira racional a fim de atingir um objetivo, estamos praticando ações racionais orientadas a fins.
EXERCÍCIOS
S
oc
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1. de São Paulo lutaram para que sua escola não feche, ou por melhores condições nas escolas do Rio
de Janeiro, ou contra a gestão privada das escolas em Goiás, o passe livre e aumento da merenda no
Ceará, ou, no caso paranaense, sobre a reforma do Ensino Médio, que subtrai a obrigatoriedade de
Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/o-carater-pedagogico-da-ocupacao-das-escolas-
4qd45ib0p7hy6mli685kqzsxg>. Acesso em: 22 abr. 2017.
Avaliando o movimento das ocupações a partir do conceito de ação social em Weber, pode-se afirmar
que o tipo de ação social prevalecente é:
a) Ação afetiva b) Ação racional em relação a fins c) Ação tradicional d) Ação altruísta em relação a valores
2. O fragmento abaixo foi retirado do livro O que é Sociologia? e refere-se ao pensamento do sociólogo
Max Weber.
A Sociologia por ele [Max Weber] desenvolvida considerava o indivíduo e a sua ação como ponto chave
da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto de partida da sociologia era a
compreensão da ação dos indivíduos e não a análise das
enfatizadas pelo pensamento conservador. Com essa posição, não tinha a intenção de negar a
existência ou a importância dos fenômenos sociais, como o Estado, a empresa capitalista, a sociedade
anônima, mas tão somente a de ressaltar a necessidade de compreender as intenções e motivações
dos indivíduos que vivenciam estas situações sociais. A sua insistência em compreender as motivações
das ações humanas levou-o a rejeitar a proposta do positivismo de transferir para a Sociologia a
metodologia de investigação utilizada pelas ciências naturais. Não havia, para ele, fundamento para
essa proposta, uma vez que o sociólogo não trabalha sobre uma matéria inerte, como acontece com
os cientistas naturais [...]. Vivendo em uma nação retardatária quanto ao desenvolvimento capitalista,
Weber procurou conhecer a fundo a essência do capitalismo moderno. Ao contrário de Marx, não
considerava o capitalismo um sistema injusto, irracional e anárquico. Para ele, as instituições
produzidas pelo capitalismo, como a grande empresa, constituíam clara demonstração de uma
organização racional que desenvolvia suas atividades dentro de um padrão de precisão e eficiência.
(MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? São Paulo: Brasiliense, 2011. p. 69 e p. 72. Coleção Primeiros
Passos.)
Com base nos conhecimentos sociológicos, caracterize a Sociologia na perspectiva weberiana,
discorrendo sobre os aspectos relevantes dessa perspectiva apontados no texto-base.
3.
Observe a charge e a ação do capitão e do marinheiro de não abandonarem o navio em caso de
naufrágio. A referida ação pode ser analisada utilizando a tipologia das ações sociais de Weber.
S
oc
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Com base nas informações, faça o que se pede.
a) Indique e descreva as características da ação social à qual se refere a ação acima.
b) Justifique sua escolha desta ação social, explicando-a por meio da Teoria Compreensiva de Weber.
4. Leia o texto a seguir.
Lembra-te de que tempo é dinheiro; aquele que pode ganhar dez xelins por dia por seu trabalho e vai
passear, ou fica vadiando metade do dia, embora não despenda mais do que seis pence durante seu
divertimento ou vadiação, não deve computar apenas essa despesa; gastou, na realidade, ou melhor,
jogou fora, cinco xelins a mais. WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Pioneira; Brasília: UNB, 1981, p.29.
O conselho de Benjamin Franklin é analisado por Max Weber (1864-1920) na obra A Ética Protestante e
o Espírito do Capitalismo.
Com base nessa obra, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a compreensão weberiana
sobre o sentido da conduta do indivíduo na formação do capitalismo moderno ocidental.
a) Tradicionalidade. b) Racionalidade. c) Funcionalidade. d) Utilitariedade. e) Organicidade.
5. Para Weber, a Sociologia é uma ciência que procura compreender a ação social; a compreensão
implica a percepção do sentido que o ator atribui à sua conduta. ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 465.
Em vista do exposto, faça o que se pede.
a) Defina o que é ação social para Weber.
b) Caracterize os quatro tipos puros de ação social para Weber.
6. Considerando as contribuições de Max Weber ao pensamento sociológico, assinale o que for correto:
(01) Ao estudar o protestantismo nos Estados Unidos, Weber observou o desenvolvimento de uma
forma ideal de sociedade que soube valorizar o trabalho e criar um país perfeito para se viver. (02) Segundo Weber, o papel da Sociologia não é o de compreender e explicar a ação social, mas o
de interferir politicamente na sociedade para reduzir a violência e a pobreza. (04) A Sociologia de Weber procura incluir o papel do indivíduo e a importância da ação social na
compreensão da sociedade. (08) Conforme Weber, as sociedades modernas vivenciaram processos de desencantamento e
processos de racionalização do mundo, que modificaram a organização das relações de poder. (16) Para Weber, o fim da religiosidade nas sociedades modernas é o resultado da degeneração moral
das pessoas, que só pensam no lucro e deixam de se preocupar com causas sociais.
SOMA: ( )
7. A sociologia desenvolvida por Max Weber é tradicionalmente conhecida como sociologia
compreensiva. Assinale a alternativa correta a respeito da sociologia weberiana:
a) Para Max Weber, os fatos sociais devem ser tratados como coisas.
b) Para Weber, a ação compreensiva é a ação com sentido, sendo analisada mediante tipos puros ou
ideais.
c) Segundo Weber, a sociologia deve estar comprometida com a transformação social resultante da
luta de classes.
d) Weber está interessado em compreender o desenvolvimento do capitalismo moderno. Por isso ele
desenvolve a noção de solidariedade orgânica e mecânica.
e) Weber pouco se interessou pelo fenômeno da Religião. Segundo ele, a religião é o ópio do povo
e, por isso, deve ser substituída pela razão como forma de compreender o mundo.
8. O intelectual alemão Max Weber (1864-1920), reconhecido como um dos principais autores clássicos
da Sociologia, considerou as organizações na sociedade moderna como um indício da contínua
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oc
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racionalização da vida cotidiana. Com base nessa análise do sociólogo clássico, é correto afirmar,
EXCETO
a) As pessoas formam grupos sociais homogêneos, integrados uniformemente na sociedade
contemporânea.
b) A ação racional, presente nas organizações sociais, é orientada para fins claramente estabelecidos,
em que os métodos da burocracia expressam os meios mais eficazes para alcançar os fins de
maneira racional.
c) As organizações sociais expressam uma união de interesses racionalmente motivados, tendo em
vista um determinado fim.
d) Os indivíduos ingressam na organização e deixam-na; são contratados ou demitidos, aceitos ou
expulsos, mas a organização pode persistir.
9. Segundo Max Weber, podem existir 4 tipos puros de ação social. Relacione a primeira coluna com a
segunda, de acordo com o tipo de ação social mais adequado a cada uma das situações:
( 1 ) Homem que uma vez por semana vai à
missa.
( ) Ação racional com relação a valores.
( 2 ) Mulher que deixa o marido por ele tê-la
traído.
( ) Ação racional com relação a fins.
( 3 ) Mulher correndo por 2 horas para poder
emagrecer.
( ) Ação tradicional.
( 4 ) Homem comendo comida vegetariana
por respeito aos animais.
( ) Ação afetiva.
10. Em sua abordagem metodológica, o intelectual alemão Max Weber (1864-1920) questiona a utilização
de preceitos naturais na compreensão dos fenômenos culturais. Portanto, na concepção weberiana, é
CORRETO afirmar que
a) a busca pela objetividade nas Ciências Sociais deve considerar a existência de valores e limites
científicos.
b) é essencial distinguir, do ponto de vista metodológico, a ciência como produto de reflexão e
compreensão, e a política como vontade e ação dos indivíduos.
c) mais do que elaborar diagnósticos dos fenômenos empíricos, a Sociologia deve encontrar
soluções e respostas definitivas a todos problemas analisados pelos cientistas sociais, elaborando
um projeto de sociedade.
d) a Sociologia deve estar a serviço do autoesclarecimento e conhecimento de fatos singulares inter-
relacionados.
QUESTÃO CONTEXTO
O sociólogo Max Weber elaborou a teoria da ação
social, teoria que descreve uma ação que ganha sentido
quando outras pessoas na sociedade agem da mesma
forma. Segundo Weber, a ação social não é um
conceito rígido, trata-se de tipos ideais e, neste sentido,
ele apresenta quatro tipos ideais de ações sociais: ação
social tradicional, ação social afetiva, ação racional com
relação a fins e ação racional com relação a valores. De
acordo com os seus conhecimentos sobre o tema
aponte quais são os dois tipos de ações sociais que
correspondem à imagem apresentada acima.
GABARITO
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oc
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Exercícios 1. b
Todos os exemplos elencados na questão dizem respeito a ações que têm um objetivo político claro.
Assim, pode-se dizer que sejam ações racionais em relação a fins.
2. A sociologia weberiana tem no indivíduo o seu ponto principal de análise. Assim, o autor sempre procura
compreender o sentido da ação individual no contexto em que ela se insere. O seu livro A ética
protestante e o espírito do capitalismo é um grande ensaio desse tipo de proposta analítica, onde outra
preocupação de Weber está bastante presente: a busca por compreender o processo de racionalização
da sociedade, que se dá de forma bastante marcante com a consolidação da empresa capitalista.
3. a) A imagem faz referência à ação racional com relação a valores. Esse tipo de ação se dá por indivíduos
que tomam decisões racionais tendo como critério principal um valor moral internalizado por eles.
b) A ação social que o capitão e o marinheiro tomaram tem como critério o dever que ambos possuem
guia as decisões racionais que ambos tomem para ali se manterem, mesmo que, do ponto de vista da
ação racional com respeito a fins, isso pareça desprovido de razão.
4. b
A análise werberiana tem preocupação especial com a racionalidade ocidental. No caso expresso pela
afirmação de Benjamin Franklin, observamos como a ação racional se materializa nas relações mercantis
e de trabalho.
5. a) Segundo Weber, ação social corresponde a toda ação individual que leva em consideração o outro
indivíduo, seja a sua reação ou seu estímulo para a ação.
b) Segundo o autor alemão, há quatro tipos puros de ação social: ação tradicional (relacionada à ação
cristalizada pelo costume), ação afetiva (motivada pela emoção), ação racional com relação a valores
(motivada por valores do próprio indivíduo) e ação racional com relação a fins (motivada por um objetivo
racional do que precisa ser feito).
6. 04 + 08 = 12.
Somente as afirmativas [04] e [08] estão corretas. A afirmativa [01] está incorreta porque em nenhum
momento Weber considerou os Estados Unidos como exemplo de país perfeito. A afirmativa [02] está
incorreta porque, para ele, o papel da Sociologia era justamente o de compreender e explicar a ação
social. Já a afirmativa [16] está incorreta porque Weber não procurava fazer um julgamento moral
individual, mas compreender processos sociais.
7. b
[A] Incorreta. Essa afirmação diz respeito à sociologia durkheimiana.
[B] Correta. Para compreender a sociedade, weber se utiliza de tipos ideias, tal como os tipos de ação
social, por exemplo.
[C] Incorreta. Ela diz respeito à sociologia marxista.
[D] Incorreta. Ainda que tenha se preocupado em compreender o capitalismo, Weber não se utilizou das
noções de solidariedade orgânica e mecânica. Estes são conceitos durkheimianos.
[E] Incorreta. Weber desenvolver importantes estudos sobre a religião como fenômeno social.
8. a
A alternativa [A] é incorreta. Os grupos sociais não integram as pessoas de maneira uniforme na sociedade
contemporânea, exatamente como afirma a alternativa [D].
9. ( 1 ) Ação tradicional. Ir à missa corresponde, de forma geral, a uma ação ancorada na tradição religiosa.
( 2 ) Ação afetiva. São as emoções que levam a mulher a ter esse tipo de ação.
( 3 ) Ação racional com relação a fins. A corrida está relacionada a um objetivo: o emagrecimento.
S
oc
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( 4 ) Ação racional com relação a valores. A decisão de não comer animais é racional, e tem como
princípio o respeito a um valor moral.
10. Aparentemente, a alternativa mais correta seria a alternativa [B], que faz referência ao livro Ciência e
Política: duas vocações. No entanto, a alternativa [A] também poderia ser considerada correta, por Weber
ter sido um profundo defensor da busca por objetividade em seus estudos.
Questão contexto:
Ação social tradicional e ação social afetiva
F
ís.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: Guilherme Brigagão
F
ís.
Exercícios de conservação da
Quantidade de Movimento e Colisões
19
jul
EXERCÍCIOS
1. Tempestades solares são causadas por um fluxo intenso de partículas de altas energias ejetadas pelo
Sol durante erupções solares. Esses jatos de partículas podem transportar bilhões de toneladas de gás
eletrizado em altas velocidades, que podem trazer riscos de danos aos satélites em torno da Terra.
Considere que, em uma erupção solar em particular, um conjunto de partículas de massa total mp = 5
kg, deslocando-se com velocidade de módulo vp = 2x105 m/s, choca-se com um satélite de massa Ms
= 95 kg que se desloca com velocidade de módulo igual a Vs = 4x10³ m/s na mesma direção e em
sentido contrário ao das partículas. Se a massa de partículas adere ao satélite após a colisão, o módulo
da velocidade final do conjunto será de
a) 102.000 m/s.
b) 14.000 m/s.
c) 6.200 m/s.
d) 3.900 m/s.
2. O pêndulo de Newton pode ser constituído por cinco pêndulos idênticos suspensos em um mesmo
suporte. Em um dado instante, as esferas de três pêndulos são deslocadas para a esquerda e liberadas,
deslocando-se para a direita e colidindo elasticamente com as outras duas esferas, que inicialmente
estavam paradas.
O movimento dos pêndulos após a primeira colisão está representado em:
a)
b)
c)
d)
e)
F
ís.
3. Dois caminhões de massa m1=2,0 ton e m2=4,0 ton, com velocidades v1=30 m/s e v2=20 m/s,
respectivamente, e trajetórias perpendiculares entre si, colidem em um cruzamento no ponto G e
passam a se movimentar unidos até o ponto H, conforme a figura abaixo. Considerando o choque
perfeitamente inelástico, o módulo da velocidade dos veículos imediatamente após a colisão é:
a) 30 km/h
b) 40 km/h
c) 60 km/h
d) 70 km/h
e) 75 km/h
4. Nas grandes cidades é muito comum a colisão entre veículos nos cruzamentos de ruas e avenidas.
Considere uma colisão inelástica entre dois veículos, ocorrida num cruzamento de duas avenidas largas
e perpendiculares. Calcule a velocidade dos veículos, em m/s, após a colisão. Considere os seguintes
dados dos veículos antes da colisão:
Veículo 1: m1 = 800kg; v1 = 90km/h
Veículo 2: m2 = 450kg; v2 = 120km/h
a) 30
b) 20
c) 28
d) 25
e) 15
5. A figura a seguir apresenta os gráficos da velocidade versus tempo para a colisão unidimensional
ocorrida entre dois carrinhos A e B:
Supondo que não existam forças externas resultantes e que a massa do carrinho A valha 0,2 kg, calcule:
a) o coeficiente de restituição da colisão;
b) a massa do carrinho B.
F
ís.
6. Sobre uma mesa horizontal de atrito desprezível, dois blocos A e B de massas m e 2m, respectivamente,
movendo-se ao longo de uma reta, colidem um com o outro. Após a colisão, os blocos se mantêm
unidos e deslocam-se para a direita com velocidade V, como indicado na figura. O único esquema que
não pode representar os movimentos dos dois blocos antes da colisão é:
a)
b)
c)
d)
e)
7. O rojão representado na figura tem, inicialmente, ao cair, velocidade vertical de módulo 20 m/s. Ao
explodir, divide-se em dois fragmentos de massas iguais, cujas velocidades têm módulos iguais e
direções que formam entre si um ângulo de 120°. Dados: sen 30° = cos 60° = 0,50; cos 30° = sen 60°
0,87.
O módulo da velocidade, em m/s, de cada fragmento, imediatamente após a explosão, será:
a) 10.
c) 30.
e) 50.
b) 20.
d) 40.
F
ís.
8. Um navio que se encontra inicialmente em repouso explode em três pedaços. Dois dos pedaços, de
massas iguais, partem em direções perpendiculares entre si, com velocidades de módulo 100 km/h.
Supondo que a massa do terceiro pedaço seja o triplo da massa de um dos outros dois, qual o valor
aproximado do módulo de sua velocidade imediatamente após a explosão?
9. Em um cruzamento da cidade de Campina Grande, durante uma manhã de muita chuva, um automóvel
compacto com massa de 1600 kg que se deslocava de Oeste para Leste, com uma velocidade de
módulo 30 m/s, colidiu com uma picape (camionete) com massa de 2400 kg que se deslocava do Sul
para o Norte, avançando o sinal vermelho, com uma velocidade de módulo 15 m/s, conforme a figura
a seguir. Felizmente, todas as pessoas, nesses veículos, usavam cintos de segurança e ninguém se feriu.
Porém os dois veículos se engavetaram e passaram a se mover, após a colisão, como um único corpo,
numa direção entre Leste e Norte. Desprezando-se o atrito entre os veículos e a pista, o módulo da
velocidade dos carros unidos após a colisão, em m/s, foi de:
a) 15.
b) 16.
c) 18.
d) 20.
e) 22.
10. Uma partícula A colide frontalmente com uma partícula B, na ausência de forças externas resultantes.
A respeito dessa situação, indique a alternativa correta:
a) A energia cinética da partícula A aumenta.
b) O módulo da quantidade de movimento da partícula B aumenta.
c) A energia mecânica (total) do sistema formado pelas partículas A e B permanece constante no ato
da colisão.
d) A quantidade de movimento total do sistema formado pelas partículas A e B permanece constante
no ato da colisão.
e) As partículas A e B adquirem deformações permanentes devido à colisão.
11. Duas bolas de gude idênticas, de massa m, movimentam-se em sentidos opostos (veja a figura) com
velocidades de módulo v:
Indique a opção que pode representar as velocidades das bolas imediatamente depois da colisão:
a)
b)
c)
d)
e)
F
ís.
12. Na figura, representamos uma mesa perfeitamente lisa e duas esferas A e B que vão realizar uma colisão
unidimensional e perfeitamente elástica. A esfera A tem massa m e, antes da colisão, se desloca com
velocidade constante de 60 m/s. A esfera B tem massa 2m e, antes da colisão, está em repouso.
Não considere a rotação das esferas. Sejam EA a energia cinética de A antes da colisão e EB a energia
cinética de B após a colisão. Indique a opção correta:
a) EB = (4/9) EA.
b) EB = (8/9) EA.
c) EB = EA.
d) EB = (9/8) EA.
e) EB = 2EA.
13. A figura representa a situação imediatamente anterior à colisão unidimensional entre duas partículas A
e B:
Sabendo que a massa de B é o dobro da de A e que o coeficiente de restituição da colisão vale 0,8,
calcule as velocidades escalares de A e B imediatamente após o choque.
14. No diagrama seguinte, estão representadas as variações das velocidades escalares de duas partículas
A e B, que realizam um choque unidimensional sobre uma mesa horizontal e sem atrito:
Com base no gráfico:
a) classifique o choque como elástico, totalmente inelástico ou parcialmente elástico;
b) calcule a massa de B, se a de A vale 7,0 kg;
c) determine a intensidade média da força trocada pelas partículas por ocasião do choque.
15. Três blocos, A, B e C, de dimensões idênticas e massas respectivamente iguais a 2M, M e M, estão
inicialmente em repouso sobre uma mesa horizontal sem atrito, alinhados num ambiente em que a
influência do ar é desprezível. O bloco A é então lançado contra o bloco B com velocidade escalar de
9,0 m/s, conforme indica a figura.
Admitindo-se que as colisões entre A, B e C sejam unidimensionais e perfeitamente elásticas,
determine as velocidades escalares desses blocos depois de ocorridas todas as colisões possíveis entre
eles.
F
ís.
QUESTÃO CONTEXTO
Lótus é uma planta conhecida por uma característica muito interessante: apesar de crescer em regiões de
lodo, suas folhas estão sempre secas e limpas. Isto decorre de sua propriedade hidrofóbica. Gotas de água
na folha de lótus tomam forma aproximadamente esférica e se deslocam quase sem atrito até caírem da folha.
Ao se moverem pela folha, as gotas de água capturam e carregam consigo a sujeira para fora da folha.
a) Quando uma gota de água cai sobre uma folha de lótus, ela quica como se fosse uma bola de borracha
batendo no chão. Considere uma gota, inicialmente em repouso, caindo sobre uma folha de lótus plana
e na horizontal, a partir de uma altura hi = 50 cm acima da folha. Qual é o coeficiente de restituição da
colisão se a gota sobe até uma altura de hf = 2 cm após quicar a primeira vez na folha?
b) Considere uma gota de água com velocidade inicial vi = 3 mm/s deslocando-se e limpando a superfície
de uma folha de lótus plana e na horizontal. Antes de cair da folha, essa gota captura o lodo de uma área
de 2 cm2. Suponha que a densidade superficial média de lodo na folha é de 2,5x10 3 gramas/cm2. Estime
a massa da gota de água e calcule sua velocidade no instante em que ela deixa a folha
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. c
2. c
3. c
F
ís.
4. b
5. a) 0,6; b) 0,2 kg
6. d
F
ís.
7. d
8. 47 km/h
9. a
10. d
Sistema está livre de forças externas resultantes.
11. e
F
ís.
12. b
13. A = - B = 1,0 m/s
F
ís.
14. a) e = 0,5; parcialmente elástico; b) 8,0 kg; c) 2,8x104 N
15. Bloco A: 1,0 m/s; Bloco B: 4,0 m/s; Bloco C: 12m/s
F
ís.
Questão Contexto a) e = 0,2; b) vf = 2,86 mm/s
G
eo
.
Geo.
Professor: Ricardo Marcílio
Monitor: Rhanna Leoncio
G
eo
.
Café e indústria no Estado de SP 16
jul
RESUMO
O CICLO DO CAFÉ
A atividade cafeeira surge no século XVII no Brasil, mas teve sua fase mais vigorosa no século XIX. O café foi
fundamental para o Brasil, pois foi nesse período que pode-se dizer que a consolidação do território nacional
e o povoamento ocorreu efetivamente, sem falar na importância que a atividade teve como motor da
economia e o início do processo de industrialização.
O desenvolvimento da produção do café leva ao crescimento das áreas separadas para a plantação dessa
cultura, que se expande e organiza ao redor das ferrovias, com o objetivo de facilitar o escoamento para a
exportação. A introdução dessa cultura pelo interior, principalmente da região Sudeste, permitiu que essa
região tivesse um maior desenvolvimento e investimento, de forma que mesmo após o declínio do ciclo do
café, a região Sudeste assegurou a supremacia na economia nacional, devido a melhor infraestrutura
disponível, fruto das riquezas oriundas da atividade cafeeira, que foi investida na indústria.
INDUSTRIALIZAÇÃO
Para entender a industrialização do Brasil é necessário voltar ao ciclo do café, que foi o motor inicial para
que esse processo ocorresse. Até o início da década de 1930, o espaço geográfico brasileiro foi estruturado
exclusivamente ao redor do modelo primário-exportador, fazendo com que a configuração das atividades
econômicas agropecuárias fossem dispersas e com rara ou ausente interdependência entre si. A partir do
crescimento da economia cafeeira, o processo de urbanização se intensificou, principalmente no Rio de
Janeiro e em São Paulo, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção e a distribuição, através da
ampliação das linhas férreas. Com o fim da escravidão e a chegada dos imigrantes, o mercado consumidor
cresceu consideravelmente, o que possibilitou a produção para o mercado interno e o desenvolvimento das
indústrias. A concentração da riqueza na região Sudeste, devido a riqueza oriunda do café, fez com que as
indústrias também se concentrassem na região aumentando as disparidades inter-regionais.
Dentre os fatores que beneficiaram a concentração industrial na região Sudeste podem ser destacadas:
• Concentração de infraestrutura de energia, comunicação e, sobretudo, transportes
• Concentração de mão de obra qualificada (lembrando a entrada de mão de obra estrangeira, em sua
maior parte, já qualificada para os serviços fabris);
• Concentração de mercado consumidor;
• Rede bancária desenvolvida, por conta da presença de centros de produção de café.
EXERCÍCIOS
1. A industrialização, no Brasil, provocou profundas transformações na organização do espaço.
Baseando-se nessa afirmativa, pode-se dizer:
(01) No período do governo de Juscelino Kubitschek, o Brasil atingiu um estágio de desenvolvimento
e independência econômica que possibilitou a consolidação do seu parque industrial.
(02) O período do "milagre econômico" caracterizou-se pela concentração industrial, pela produção
de bens de consumo duráveis e pelo aprofundamento dos desníveis regionais.
(04) O crescimento econômico brasileiro, nas décadas de 70/80 deste século, está associado ao
crescimento da sua dívida externa.
(08) Ao se industrializar, o Brasil conseguiu crescer economicamente e promover o seu
desenvolvimento.
(16) A indústria automobilística brasileira consolidou a formação do complexo industrial de São Paulo.
SOMA: ( )
G
eo
.
2. As migrações internas no Brasil na década de 1990 mantiveram algumas tendências observadas durante
a década de 1980, ou seja:
I. queda do movimento interno migratório em direção à região Sudeste e, particularmente, às
metrópoles;
II. diminuição do crescimento populacional do município de São Paulo, que nas décadas anteriores
destacou-se como o principal pólo de atração da população;
III. permanência do vetor migratório em direção à Amazônia. (Adas Melhem. "Panorama Geográfico do Brasil". São Paulo: Moderna, 1998. p. 535.)
Dentre os fatores que explicam essas tendências pode-se citar a
a) crescente concentração fundiária e o incentivo à exploração madeireira na região Norte.
b) desconcentração industrial e a busca de novas fronteiras agropecuárias.
c) crise econômica da década de 1980 e o agravamento da seca no sertão nordestino.
d) mecanização da agricultura e programas governamentais de assentamentos rurais.
e) decadência industrial no Estado de São Paulo e abertura de novas estradas na Amazônia.
3. No último quartel do século XX, particularmente na década de 90, uma nova forma de organização
empresarial tem agregado os centros de formação de pessoal de alto nível às unidades de produção e
de serviços, empregando os mais modernos recursos de microeletrônica. Em tais centros estão se
implantando atividades de alta tecnologia, como em Campinas e São José dos Campos, na região
Sudeste do Brasil. Qual a denominação dada a esses centros?
a) centros megalopolitanos
b) centros-acrópoles
c) regiões metropolitanas
d) tecnopólos
e) edifícios empresariais urbanos
4. Qual das alternativas a seguir apresenta o grupo de setores industriais com maior difusão espacial na
seção Oeste representada no mapa adiante?
a) Gráfico e de madeira.
b) Mecânico e de ouro.
c) Químico e de borracha.
d) Alimentar e de vestuário.
e) Têxtil e de transporte.
5. Considere o mapa a seguir.
G
eo
.
Os algarismos I e II representados no mapa do Estado de São Paulo correspondem, respectivamente,
aos eixos da industrialização que se expandiu para as regiões
a) do Vale do Paraíba e Sorocaba (vias Dutra e Castelo Branco), onde predominam indústrias bélicas,
têxteis e agroindústrias.
b) de Sorocaba e Campinas-Ribeirão Preto (vias Castelo Branco e Anhangüera-Bandeirantes), com
indústrias diversificadas e agroindústrias.
c) do ABCD-Baixada Santista e Campinas (vias Anchieta-Imigrantes e Bandeirantes), com centros
poliindustriais.
d) do Vale do Paraíba e ABCD-Baixada Santista (vias Dutra e Imigrantes), com predomínio das
montadoras de automóveis, autopeças, indústrias metalúrgicas e químicas.
e) do ABCD-Baixada Santista e Sorocaba (vias Anchieta-Imigrantes e Castelo Branco), com destaque
para as indústrias metalúrgicas, automobilísticas, siderúrgicas, de móveis e têxteis.
6. A região de Campinas tem apresentado um intenso crescimento industrial que se destaca no contexto
nacional pelo:
a) desenvolvimento da indústria de ponta, estimulado pelos tecnopólos criados a partir de uma
integração entre comunidade acadêmica e empresariado.
b) desenvolvimento da agroindústria açucareira decorrente da grande produção local dos canaviais.
c) desenvolvimento de indústrias tradicionais que utilizam muita mão-de-obra e predominantemente
associadas ao beneficiamento de matéria-prima local.
d) grande domínio de capitais nacionais, sendo uma das poucas áreas do país onde as empresas
transnacionais não atuam.
e) predomínio da indústria de calçados, responsável pela maior parte da oferta de empregos na região.
7. "Fábio de Souza, 19, teve mais sorte que seu pai. Na década de 80, Antônio de Souza se cansou da vida
dura de pequeno agricultor em Sobral, no Ceará, e migrou para São Paulo. Analfabeto, Antônio não
prosperou e teve de voltar para o Ceará. Seu filho não vai precisar se esforçar tanto para buscar
emprego numa fábrica. A indústria está chegando ao sertão." ("Folha de S. Paulo" 19/09/99.)
As histórias de Antônio e Fábio de Souza mostram duas fases da organização da atividade industrial no
território brasileiro. São elas, respectivamente, a:
a) centralização industrial na região Sudeste e a dispersão da atividade industrial para regiões de
custos mais baixos.
b) descentralização do parque industrial sulista e o aumento da industrialização nordestina.
c) concentração industrial em São Paulo e a transferência da indústria de alta tecnologia para o
Nordeste.
d) concentração da indústria de base no sudeste e a dispersão da indústria da construção civil.
e) dispersão da atividade industrial, durante o milagre brasileiro, e a centralização de unidades
produtivas no período Collor.
8. O crescimento industrial do Brasil que ocorreu a partir de 1930 foi concentrado espacialmente,
principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os fatores explicativos para essa concentração, é
correto citar, EXCETO:
a) a existência de um mercado consumidor concentrado, representado pela presença de uma
numerosa classe média urbana.
b) o fornecimento de energia elétrica e a existência de uma rede ferroviária eficiente para a época.
c) a existência de uma legislação trabalhista respeitada e reguladora das relações capital-trabalho.
d) a disponibilidade de capitais financeiros, de casas comerciais e de uma rede bancária.
e) a presença de um contingente de mão-de-obra disponível para ser incorporada pelas novas
atividades.
G
eo
.
9. A seguir tem-se descrição de características das fases da industrialização paulista. Relacione as fotos I,
II e III aos estabelecimentos industriais típicos de cada fase.
1. Extensas áreas para estoque de matérias-primas e produtos.
2. Diminuição do emprego industrial e flexibilização do trabalho.
3. Início da industrialização na cidade.
4. Acentuada industrialização da região metropolitana.
5. Auge da dispersão territorial das indústrias.
6. Uso predominante do transporte ferroviário.
a) Foto I: 1 e 2; Foto II: 3 e 5; Foto III: 4 e 6
b) Foto I: 1 e 3; Foto II: 2 e 5; Foto III: 4 e 6
c) Foto I: 2 e 5; Foto II: 1 e 6; Foto III: 3 e 4
d) Foto I: 3 e 6; Foto II: 1 e 4; Foto III: 2 e 5
e) Foto I: 4 e 5; Foto II: 2 e 3; Foto III: 1 e 6
10. O conhecimento da industrialização no Brasil, isto é, das formas particulares da industrialização no
Brasil, deve estar, explícita ou implicitamente, apoiado na análise das relações entre o café e a indústria.
E a análise correta dessas relações é impossível se considerarmos café e indústria como elementos
opostos. É indispensável reunir café e indústria como partes da acumulação de capital no Brasil; mais
precisamente, como partes das novas formas de acumulação cuja formação encontra as suas origens
na década de 1880 a 1890. (Sérgio Silva, Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil)
No contexto do Brasil da passagem do século XIX para o XX, acerca das relações entre a produção
cafeeira e a indústria, é correto considerar que
a) o avanço da produção industrial foi inversamente proporcional ao crescimento da produção
cafeeira, uma vez que a entrada de recursos derivada da exportação de café era reaplicada apenas
na produção cafeeira.
b) a ampliação do trabalho livre permitiu que parcelas dos capitais acumulados fossem investidas nas
atividades industriais, desse modo, a economia cafeeira e a indústria fazem parte de um mesmo
processo de desenvolvimento.
c) os empresários ligados à produção e exportação do café tinham representação política hegemônica
e seus interesses eram defendidos pelo Estado brasileiro, que impedia a inversão de capitais
cafeeiros na indústria.
d) os interesses dos cafeicultores e os dos industriais eram excludentes, visto que, com a expansão
cafeeira, as maciças exportações desse produto atrapalharam os investimentos na indústria.
e) a exportação cafeeira atrelou o comércio externo brasileiro às importações de produtos
industrializados da Europa e dos Estados Unidos, impedido o desenvolvimento da indústria no Brasil
antes de 1930.
G
eo
.
QUESTÃO CONTEXTO
A partir da imagem abaixo cite três condições, criadas pela cafeicultura, que favoreceram a concentração
industrial em São Paulo.
G
eo
.
GABARITO
Exercícios 1. 02 + 04 + 08 + 16 = 30
A única afirmativa incorreta é a (01), pois durante o governo JK o Brasil não era independente
economicamente, pelo contrário, dependia do investimento externo para o desenvolvimento industrial
do país (tripé econômico).
2. b
As migrações internas ocorridas no Brasil entre 1980 e 1990 tem relação com o desenvolvimento
econômico da região Nordeste (migração de retorno) e com a busca por novas áreas agricultáveis,
alcançando o Cerrado e a Amazônia.
3. d
Com a desconcentração industrial pela qual passaram os tradicionais centros urbanos, houve uma
mudança nas unidades de produção, algumas destas foram transformadas em tecnopólos, áreas de
desenvolvimento de pesquisas e produção de tecnologia de ponta.
4. d
No lado oeste do estado de São Paulo, ou seja, no interior do estado, há uma concentração de
indústrias do segmento alimentar e de vestuário, em localidades como, Marília e São José do Rio Preto.
5. e
O mapa mostra dois eixos de expansão industrial do estado de São Paulo. O eixo I refere-se à região
do ABCD paulista e à Baixada Santista e o eixo II à Sorocaba, regiões industriais que corresponde,
respectivamente, à uma área industrial tradicional e uma área industrial mais recente.
6. a
Campinas se destaca nacionalmente como um importante tecnopólo devido à concentração de
institutos de desenvolvimento tecnológico e empresas da região, onde são desenvolvidas pesquisas
que contribuem para o crescimento industrial e econômico brasileiro.
7. a
A questão aborda o desenvolvimento desigual das regiões brasileiras, em que inicialmente a região
Sudeste, em especial o eixo Rio-São Paulo se destacou por conta do seu grande desenvolvimento
industrial e econômico, o que por sua vez contribuiu para atrair grandes contingentes migratório de
outras regiões brasileiras. Já a partir da década de 1980 as outras regiões começaram a se desenvolver
industrialmente, com destaque para a região Nordeste, o que levou à uma diminuição da migração da
população desta região para o Sudeste.
8. c
A única afirmativa que aponta uma causa incorreta do crescimento industrial do Rio de Janeiro e de
São Paulo é que afirma que foi por conta da existência nestas localidades de uma legislação trabalhista
respeitada e reguladora, contudo, apesar da existência desta legislação nem sempre ela era respeitada
na relação trabalhista e além disso, ela não estava restrita apenas a esses dois estados.
9. d
A questão aponta três distintos momentos da industrialização paulista e suas respectivas características.
Um primeiro momento marcado por uma rápida instalação de indústrias, um segundo momento
caracterizado por uma evolução técnica e das relações de trabalho e um terceiro momento onde
ocorreu um maior aprofundamento da modernização e flexibilização.
G
eo
.
10. b
A produção cafeeira foi fundamental para o estabelecimento das bases da industrialização brasileira,
isso porque ela contribuiu para a geração de lucros que passaram a ser investidos em infraestrutura,
por exemplo, como as ferrovias. Além disso estimulou o crescimento de outras atividades econômicas.
Quando a venda do café entrou em declínio no século XX houve o desenvolvimento industrial brasileiro
que aproveitou as bases criadas no ciclo do café.
Questão Contexto A presença dos imigrantes (mão de obra) nos centros urbanos da região Sudeste (concentração de capital)
proporcionou o aparecimento de empregos urbanos assalariados (mercado consumidor) e outras fontes de
renda como artesanato e a proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de trabalho do
imigrante europeu com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu o fluxo de
produtos manufaturados e estimulou o desenvolvimento industrial em um momento de declínio da
comercialização do café no cenário internacional (pós crise de 29).
H
is.
His.
Professor: João Daniel
Monitor: Natasha Piedras
H
is.
Aprofundamento na Primeira
República no Brasil 16
jul
RESUMO
Após a Proclamação da República (15/11/1889), as oligarquias brasileiras temiam a volta da monarquia, pois
sabiam que esta fase de transição poderia ser um momento de fragilidade política. Portanto, confiaram esta
fase inicial do regime republicano ao exército para garantir a instauração da República. Tanto os militares
quanto os ricos cafeicultores da região sudeste não desejavam o retorno ao regime monárquico.
República da Espada (1889-1894)
Nome que se dá ao período inicial da República no Brasil Ganhou este nome, pois o Brasil foi governado por
dois militares neste período: Marechal Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
Encilhamento
Foi o conjunto de medidas econômicas aprovadas pelo Ministro Rui Barbosa que visava o desenvolvimento
do Brasil, principalmente na área industrial. Esta política baseava-se na adoção de medidas protecionistas,
liberdade para a emissão de moeda por parte de bancos privados e facilidades para abertura de empresas de
capital aberto.
As medidas não deram certo e geraram uma grave crise econômica no país. O que se viu foi o aumento da
inflação, falências de empresas e o crescimento da especulação financeira.
A Primeira Constituição Republicana Brasileira (1891)
A primeira constituição da República foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891, ela apresentou as seguintes
características:
- Estabelecimento da República Federativa, composto por vinte estados (unidades da federação),
possuidores de certa autonomia;
- Divisão da República em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário;
- Manutenção da propriedade particular;
- Liberdade de pensamento e de associação;
- Criação de sistema eleitoral com as seguintes características: era aberto (não secreto) e não tinham direito
ao voto às mulheres, menores de 21 anos, mendigos, analfabetos, soldados e padres.
República Oligárquica (1894-1930)
O período marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Dominando o poder, estes
presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os
fazendeiros de café do oeste paulista.
Política do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram
os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e
paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e
do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que
estava em expansão neste período.
H
is.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária
na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões
Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais
agravados.
Política dos Governadores
Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as
oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente
apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte à
candidatura presidencial e também durante a época do governo.
O coronelismo
A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do
interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a
eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava
e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos
apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do
coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para
conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes
eleitorais e violência.
O Convênio de Taubaté
Maneira encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise.
Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava.
Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do
café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
O Tenentismo
O tenentismo foi um fenômeno sociopolítico do início da década de 1920, quando um movimento político-
militar ganhou força em quartéis distribuídos pelo território nacional, onde uma série de rebeliões realizadas
por jovens oficiais de baixa e média patentes do Exército Brasileiro.
Evidentemente descontentes com a situação política brasileira eles buscaram abalar suas estruturas ao tentar
derrubar as oligarquias rurais que dominavam o país e constituíam o pilar fundamental das tradições da
República Velha.
O Movimento Operário na Primeira República
Na primeira década do século XX, o Brasil já tinha um contingente operário com mais de 100 mil
trabalhadores, sendo a grande maioria concentrada nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi nesse
contexto que as reivindicações por melhores salários, jornada de trabalho reduzida e assistência social
conviveram com perspectivas políticas mais incisivas que lutavam contra a manutenção da propriedade
Entre os anos de 1903 e 1906, greves de menor expressão tomavam conta dos grandes centros industriais.
Tecelões, alfaiates, portuários, mineradores, carpinteiros e ferroviários foram os primeiros a demonstrar sua
insatisfação. Mediante a intransigência do governo, ocorreu uma greve de maiores proporções foi organizada
em 1917, mais uma vez, em São Paulo. Os trabalhadores dos setores alimentício, gráfico, têxtil e ferroviário
foram os maiores atuantes nesse novo movimento.
A ação grevista deste período foi fundamental para para a formação de um movimento mais organizado sob
os ditames de um partido político. No ano de 1922, inspirado pelo Partido Bolchevique Russo, foi oficializada
a fundação do PCB, Partido Comunista Brasileiro. Paralelamente, os sindicatos passaram a se organizar
H
is.
melhor, mobilizando um grande número de trabalhadores pertencentes a um mesmo ramo da economia
industrial.
Semana de Arte Moderna de 1922
A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, teve como principal
propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes
plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente
brasileira, embora em sintonia com as novas tendências européias, era basicamente a intenção dos
modernistas.
O Golpe de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de
assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís
indicou um político paulista, Júlio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM
se junta com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência
o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal,
que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares
-1945).
EXERCÍCIOS
1. Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu:
de um número limitado de indivíduos sob cuja proteção se acolhem todos quantos pretendem
um lu
De acordo com o texto, o autor:
a) crítica a autonomia excessiva do poder legislativo.
b) propõe limites ao federalismo.
c) defende o regime parlamentarista
d) crítica ao poder oligárquico.
e) defende a supremacia política do sul do país.
2. A República brasileira emergiu no auge de um processo cujas raízes se encontravam no II Reinado.
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A campanha abolicionista acabou por se confundir com a campanha republicana.
b) Nos termos da primeira Constituição Republicana o Brasil era uma República Federativa
Presidencialista e o Estado permaneceu atrelado à Igreja.
c) Para certos segmentos da sociedade, entre eles os cafeicultores, a forma republicana de governo
era concebida como moderna, avançada e mais eficiente.
d) No primeiro aniversário da implantação do regime republicano foi instalado o Congresso
Constituinte e em 24/02/1891 foi promulgada a Constituição.
e) Os militares, influenciados pelas idéias do positivismo, uniram-se à camada média da sociedade
contra os monarquistas.
H
is.
3. A vitória do regime republicano no Brasil (1889) e a conseqüente derrubada da monarquia podem ser
explicadas, levando-se em conta diversos fatores. Entre eles, explique
a) a importância do Partido Republicano.
b) o papel dos militares apoiados nas idéias positivistas.
4. Na repressão à greve de 1917, em São Paulo, o Comitê de Defesa dos Direitos do Homem do Rio de
Janeiro denunciou: Todos os componentes do Comitê de Defesa Proletária e os membros mais ativos
dos sindicatos, das ligas, dos centros e dos periódicos libertários foram agarrados e encarcerados. As
oficinas em que se fazia o semanário A Plebe foram invadidas, tendo sido o seu diretor preso. Para
muitos presos, foi preparada a expulsão do território nacional. (Adaptado de Paulo Sérgio Pinheiro & Michael Hall, A classe operária no Brasil, 1889-1930. Documentos. São Paulo: Ed.
Brasiliense, 1981, vol. II, p. 265-266).
a) Qual foi a importância da greve de 1917 em São Paulo?
b) A partir do texto, identifique as formas de repressão adotadas pelo governo de São Paulo contra a
greve de 1917.
c) Qual o papel da imprensa operária nas primeiras décadas do século XX no Brasil?
5. Na Primeira República (1889-1930) houve a reprodução de muitos aspectos da estrutura econômica e
social constituída nos séculos anteriores. Noutros termos, no final do século XIX e início do XX
conviveram, simultaneamente, transformações e permanências históricas. (Francisco de Oliveira.
Herança econômica do Segundo Império, 1985.)
O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e mudanças
históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889 e que se estendeu até 1930, foi
caracterizado
a) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens duráveis e de capital.
b) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado pelos antigos
monarquistas.
c) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos primários.
d) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos operários
anarquistas.
e) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos produtos
manufaturados.
6. Observe a imagem:
A ilustração refere-se
a) ao alto grau de abstenção dos eleitores na Primeira República, o que facilitava a ação de políticos
ilustrados.
b) à prática dos grupos oligárquicos, que controlavam o voto de seus dependentes e agregados.
c) ao elevado índice de analfabetismo no campo, o que favorecia a distribuição de cédulas eleitorais
falsas.
d) à alternância no poder federal, graças ao controle dos votos, de políticos populares dos diversos
Estados brasileiros.
e) ao controle do governo central sobre os governadores, que se valia do estado de sítio no período
eleitoral.
H
is.
7. Em 31 de outubro de 1897, Campos Salles, então candidato à presidência da República, expôs seus
projetos políticos em um banquete realizado em São Paulo:
do Estado senão por motivo pertinente aos
interesses gerais da União e por meio de seus respectivos funcionários, visto não deverem criar
a) De acordo com o discurso de Campos Salles, qual deve ser a relação entre o poder da União e o
dos estados?
b) -se em um
dos pilares da República velha, estendendo-se até 1930. Explique o seu funcionamento.
8. Observe a imagem:
(A Negra - Tarsila do Amaral)
Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar que
a) se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura
brasileira do período.
b) representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições das
correntes internacionais.
c) estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural,
inclusive da pintura.
d) foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo
com os padrões morais da época.
e) demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não
passara por inovações.
9. No Brasil, durante a Primeira República, o movimento tenentista se identificou com importante
programa de reformas.
a) Analise o contexto histórico em que atuaram os tenentes.
b) Identifique as reformas preconizadas pelo movimento tenentista.
10. cidade pôde ser dado o papel de cartão postal da República. Entrou-se cheio no espírito francês da
belle époque, que teve seu auge na primeira década do século [...]. Mais que nunca, o mundo literário
voltou-se para Paris, os poetas sonhavam viver em Paris e, sobretudo, morrer em Paris. Com poucas
exceções, como o mulato Lima Barreto e o caboclo Euclides da Cunha, os literatos se dedicaram a
de Carvalho, Os bestializados.
Levando em conta o texto:
a) Caracterize o significado da Capital Federal (RJ) nas primeiras décadas da República.
b) Por que Lima Barreto e Euclides da Cunha foram considerados exceções pelo autor?
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. d
s, que manipulavam o
processo eleitoral.
2. b
Havia a separação entre Estado e Igreja.
3. a) Ainda que as idéias republicanas possam ser detectadas em vários momentos de nossa história política
anteriores à década de 1870, somente nesse período seus adeptos se organizaram em partidos. Com a
fundação do Partido Republicano do Rio de Janeiro e, alguns meses depois, a do Partido Republicano
Paulista e de congêneres em outras províncias, o movimento a favor da República ganhou uma
organização e uma capacidade de propaganda que muito contribuíram para seu fortalecimento.
b) Se os ideais positivistas que associavam a idéia de governo forte à idéia republicana foram importante
incentivo à adesão de militares ao movimento, inegavelmente a nutrida insatisfação com o regime
monárquico brasileiro, que os marginalizava da política nacional, contribuiu para que participassem do
golpe que instituiu o novo regime.
4. a) Foi a mais importante ação do movimento operário durante a República Velha; seguiu a orientação
anarcossindicalista e obteve um aumento real de salários.
b) Prisão das lideranças operárias, paralisação da imprensa libertária e deportação de estrangeiros
envolvidos na greve (únicas formas de repressão explicitadas pelo texto).
c) Conscientizar o proletariado acerca de sua condição e incitá-lo à luta de classes.
5. c
As oligarquias detinham poder político através de manipulações eleitorais e governavam em prol de seus
próprios interesses.
6. b
A charge refere-se, portanto, as práticas de manipulação eleitorais que ocorriam durante a Primeira
República.
7. a) A base das relações entre a União e os Estados deveria estar calcada no federalismo republicano, ou
seja, no respeito à autonomia estadual.
b) A política dos governadores caracterizou-se pela troca de favores entre o chefe do Executivo federal
e os governos estaduais. Os presidentes dos estados pressionavam suas respectivas bancadas no
Congresso Nacional para aprovarem as medidas do governo federal. Em retribuição, o presidente da
oposicionistas, não diplomando os candidatos que fossem contrários ao governo das oligarquias
dominantes.
8. c
A obra se insere no movimento Modernista, difundido no Brasil neste momento.
9. a) O contexto é do governo de Artur Bernardes onde havia o predomínio político das oligarquias rurais,
consideradas pelos tenentes corruptas.
b) Reforma política e do ensino.
H
is.
10. a) Conforme o texto, a cidade do Rio de Janeiro teria perdido algo de sua identidade, de sua
combatividade, para ficar "domesticada" pela atuação das oligarquias que comandavam o país. O Rio de
Janeiro, no final do século XIX e início do século XX, juntamente com o porto de Santos, em São Paulo,
era lugar de contato com o mundo exterior, especialmente a Europa o lugar por onde escoavam os
produtos primários aqui produzidos e por onde chegavam as novidades tecnológicas, culturais e
estéticas. Nestes termos, o Rio de Janeiro constituía-se como o centro difusor da "moda" que ditava as
preferências, os gostos. No plano estético era marcante a influência francesa.
b) Lima Barreto e Euclides da Cunha foram considerados exceções pelo fato de que cada um, à sua
maneira, esteve preocupado com questões relativas à definição da identidade brasileira. A literatura de
Lima Barreto chama a atenção para cenários urbanos, para as tensões e conflitos decorrentes da
formação de uma sociedade caracteristicamente mestiça. A literatura de Euclides da Cunha por sua vez
chama a atenção para os imensos espaços desconhecidos do interior do Brasil o norte Amazônico, o
Sertão nordestino suas características físicas, humanas e suas formas peculiares de sociabilidade
1
Lit
.
Lit.
Professor: Diogo Mendes
Monitor: Pamela Puglieri
2
L
it.
Vanguardas europeias:
aprofundamento
20
jul
RESUMO
As vanguardas europeias
Dá-se o nome de vanguardas europeias a um conjunto de movimentos nas artes em geral surgido no
início do século XX na Europa com o objetivo comum de romper com os moldes artísticos tradicionais,
levantando tendências inovadoras no que se refere à liberdade de criação e valorização da subjetividade do
homem e posicionando-se contra as tendências artísticas provenientes dos ideais positivistas em voga na
época. A palavra vanguarda vem do francês avant- a
Futurismo: foi uma das vanguardas mais radicais, difundida através do Manifesto Futurista, do poeta
Filippo Tommaso Marinetti (1909). Teve manifestações em vários âmbitos da arte, desde as artes plásticas até
a literatura e o cinema. As obras do movimento buscavam representar a velocidade e o desenvolvimento
tecnológico da época, apresentando muitas vezes fundo ideológico e propagandístico. Abaixo segue o
Surrealismo: foi um movimento que buscou a expressividade através da exploração do subconsciente
humano e do mundo dos sonhos(eles foram diretamente influenciados pela psicanálise freudiana), sem
compromisso com a lógica ou a racionalidade. Apareceu no cinema (nas obras de Luis Buñuel, por exemplo),
nas artes plásticas (nas obras de Salvador Dalí e René Magritte, por exemplo) e na literatura (nas obras de
André Breton, por exemplo). Abaixo, há a obra A Queda, de René Magritte, e o poema Pré-história, de Murilo
Mendes, um dos expoentes do surrealismo no Brasil:
3
L
it.
Pré-história
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.
Cubismo: manifestou-se nas artes plásticas e na literatura e buscou desconstruir a visão clássica sobre tempo
e espaço através de técnicas que tinham como objetivo fragmentar a realidade através da valorização da
forma geométrica. Nas artes plásticas marcou o fim da perspectiva e na literatura criou a possibilidade de
narrar através da disposição aleatória de palavras no papel. Abaixo vemos a obra As damas d'Avignon de Pablo
Picasso e o poema hípica de Oswald de Andrade:
4
L
it.
hípica Saltos records
cavalos da penha
correm jaquéis e higionopolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca chá
Na sala de cocktails
Expressionismo:
interior do sujeito. Teve expressão no cinema (nas obras de diretores como Fritz Lang e Friedrich Murnau),
nas artes plásticas (nas obras de Edvard Munch e Anita Malfatti) e na literatura (nas obras de Mário de
Andrade e Gerorg Trakl, por exemplo). Abaixo, vemos o quadro de Anita Malfatti, O Farol:
Dadaísmo: movimento que buscou a aleatoriedade e a ilogicidade na arte através do deboche e da
recusa e aversão a qualquer manifestação de explicações sobre o fazer artístico, como resposta à
instabilidade e ao belicismo da época. Manifestou-se nas artes plásticas e na literatura. Abaixo vemos a obra
de Marcel Duchamp, A fonte, da sua série de ready-mades:
As vanguardas europeias e a Semana de Arte Moderna de 1922
Influenciados pelos movimentos de vanguarda europeus e buscando uma estética que representasse
uma arte genuinamente brasileira, alguns artistas se reuniram no Teatro Municipal de São Paulo dos dias 11 a
18 de fevereiro, criando um ambiente propício ao florescimento de novas linguagens, experiências artísticas
e uma liberdade criadora singular.
5
L
it.
Foi no contexto da SAM que artistas como Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Anita Malfatti, Di
Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos e Victor Brecheret introduziram ao Brasil o que chamaram de modernismo -
um grande sincretismo de todas as tendências das vanguardas europeias reunidas e trabalhadas num
contexto de valorização da identidade nacional.
O evento representou um momento de ruptura com as noções de artes tidas como conservadoras
(como o Parnasianismo,por exemplo), muito apreciadas pelo público. Por isso, de uma maneira geral, ele foi
mal recebido por muita gente, inclusive a crítica, sendo que algumas performances chegaram a ser vaiadas.
EXERCÍCIOS
1.
Marcel Duchamp, Roda de Bicicleta (1913), ready-made
introduz, na história da arte, uma nova maneira de produção artística. Indique, a partir da reprodução
da obra acima, quais são os elementos inovadores utilizados por Duchamp e explique por que essa
obra é considerada uma obra de arte.
2. Verifique o texto:
"Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas
sem sol.
Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam o verde dos montes interiores."
Esse fragmento da obra Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade, revela
influência de uma corrente de vanguarda europeia do Modernismo. Marque-a:
a) Futurismo, pela exaltação à velocidade e à tecnologia automotiva.
b) Surrealismo, pois as imagens insólitas apresentadas parecem ter sido extraídas do sonho ou do
inconsciente do narrador.
c) Cubismo, já que somente partes dos objetos e da paisagem são descritas, a imagem é fragmentária.
d) Expressionismo, pela caricaturização, pela deformação da imagem através do exagero.
e) Dadaísmo, pois o significado do texto é nenhum, já que as ideias estão misturadas ao acaso.
3. Enfim, um indivíduo de ideias abertas
"A coceira no ouvido atormentava. Pegou o molho de chaves, enfiou a mais fininha na cavidade. Coçou
de leve o pavilhão, depois afundou no orifício encerado. E rodou, virou a pontinha da chave em
beatitude, à procura daquele ponto exato em que cessaria a coceira.
Até que, traque, ouviu o leve estalo e a chave enfim no seu encaixe percebeu que a cabeça lentamente
se abria." Marina Colasanti. Contos de Amor Rasgado. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 11.
6
L
it.
Mobilizando as concepções de gênero literário, de estilos estéticos e de efeitos de sentido na
produção literária, analise os comentários seguintes referentes ao texto.
I. texto é narrativo, apresentando uma sequência de eventos, uma personagem e um narrador na
terceira pessoa do discurso.
II. Como indica o título da obra em que o texto está inserido, trata-se de um conto, gênero literário
que exige um núcleo narrativo complexo e plural.
III. O texto revela fortes tendências do Surrealismo, movimento de vanguarda do século XX, que tem
por característica, entre outras, aproximar a linguagem da estrutura do sonho.
IV. O texto explora a polissemia contida nos vocábulos 'abertas' e 'abria'. O final do texto, no entanto,
sugere uma interpretação predominantemente literal e, assim, consegue o efeito de
estranhamento.
V. Pela sua curta dimensão e pelo teor dos fatos narrados, o texto faz parte da antologia da primeira
fase do Modernismo brasileiro, quando predominaram os poemas-piada.
A afirmativa é verdadeira nos itens
a) I, IV e V, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e V, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
4. Sobre o Futurismo, estão corretas as seguintes alternativas:
I. No Brasil, todas as tendências de vanguarda foram chamadas de Modernismo, que equivale ao
Futurismo, para os italianos, e ao Expressionismo, para os alemães.
II. Na literatura brasileira, seus principais representantes foram Manuel Bandeira e Augusto Frederico
Schmidt, que se apropriaram de ideais futuristas para a realização de uma escrita automática e
telegráfica.
III. O Futurismo difundiu-se por meio de manifestos e conferências, encontrando na literatura seu
meio ideal de realização artística.
IV. Entre suas principais características estão a decomposição das figuras em formas geométricas, a
não retratação da realidade de forma real (realidade fragmentada), a não utilização da perspectiva
e tridimensionalidade e o uso do humor.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I está correta.
c) I e III estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
e) II e IV estão corretas.
5. Analise os quadros:
7
L
it.
A comparação entre as pinturas de Renoir e Picasso revela uma mudança fundamental na concepção
artística, no início do século XX. Essa mudança pode ser identificada na
a) ausência de perspectiva, trazendo as figuras representadas para o primeiro plano do quadro.
b) desconsideração da forma, resultando em uma estética degenerada dos corpos.
c) recusa na imitação realística das formas, instituindo uma representação inovadora das figuras.
d) utilização do sombreamento, ampliando a percepção acerca dos detalhes pictóricos.
e) escolha temática das obras artísticas, permeadas pela emoção e pela exploração do universo
privado.
6. Em 1924, os surrealistas lançaram um manifesto no qual anunciaram a força do inconsciente na criação
de novas percepções. Valorizavam a ausência de lógica das experiências psíquicas e oníricas,
propondo novas experiências estéticas.
Sobre o Surrealismo, é correto afirmar:
a) Acredita que a liberação do psiquismo humano se dá por meio da sacralização da natureza.
b) Baseia-se na razão, negando as oscilações do temperamento humano.
c) Destaca que o fundamental, na arte, é o objeto visível em detrimento do emocionalismo subjetivo
do artista.
d) Concede mais valor ao livre jogo da imaginação individual do que à codificação dos ideais da
sociedade ou da história.
e) Busca limitar o psiquismo humano e suas manifestações, transfigurando-os em geometria a favor
de uma nova ordem.
7. A Semana da Arte Moderna de 1922 tinha como uma das grandes aspirações renovar o ambiente
artístico e cultural do país, produzindo uma arte brasileira afinada com as tendências vanguardistas
europeias, sem, contudo, perder o caráter nacional; para isso contou com a participação de escritores,
artistas plásticos, músicos, entre outros. Analise as sequências que reúnam as proposições corretas em
relação à Semana da Arte Moderna.
I. O movimento modernista buscava resgatar alguns pontos em comum com o Barroco, como os
contos sobre a natureza; e com o Parnasianismo, como o estilo simples da linguagem.
II. A exposição da artista plástica Anita Malfatti representou um marco para o modernismo brasileiro;
suas obras apresentavam tendências vanguardistas europeias, o que de certa forma chocou grande
parte do público; foi criticada pela corrente conservadora, mas despertou os jovens para a
renovação da arte brasileira.
III. O escritor Graça Aranha foi quem abriu o evento com a sua conferência inaugural "A emoção
estética na Arte Moderna"; em seguida, apresentou suas obras Pauliceia desvairada e Amar, verbo
intransitivo.
IV. O maestro e compositor Villa-Lobos foi um dos mais importantes e atuantes participantes da
Semana.
V. As esculturas de Brecheret, impregnadas de modernidade, foram um dos estandartes da Semana;
sua maquete do Movimento às Bandeiras foi recusada pelas autoridades paulistas; hoje, umas das
esculturas públicas mais admiradas em São Paulo.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
a) II, III e V.
b) II, IV e V
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e V.
8. Sobre a exposição de Anita Malfatti, em 1917, que muito influenciaria a Semana de Arte Moderna,
Monteiro Lobato escreveu, em artigo intitulado Paranoia ou Mistificação:
Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem as coisas e em consequência fazem arte
pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas,
os processos clássicos dos grandes mestres. (...) A outra espécie é formada dos que veem
anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das
escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...). Estas considerações são
provocadas pela exposição da sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma
atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & cia.
(O Diário de São Paulo, dez./1917.)
8
L
it.
Em qual das obras a seguir identifica-se o estilo de Anita Malfatti criticado por Monteiro Lobato no
artigo?
a) c)
b) d)
9. O autor da tira utilizou os princípios de composição de um conhecido movimento artístico para
representar a necessidade de um mesmo observador aprender a considerar, simultaneamente,
diferentes pontos de vista.
Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja
composição foi adotado um procedimento semelhante é:
9
L
it.
a) Os amantes (1)
b) Retrato de Françoise (2)
c) Os pobres na praia (3)
d) Os dois saltimbancos (4)
e) Marie-Thérèse apoiada no cotovelo (5)
10. Leia o texto
no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu
poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo
e meta- TZARA, Tristan. In: TELES, Gilberto
a) Dadaísmo
b) Expressionismo
c) Cubismo
d) Futurismo
e) Surrealismo
11. Sobre as vanguardas europeias, é correto afirmar, exceto:
a) Entre suas principais manifestações estão o Cubismo, o Futurismo, o Expressionismo, o Dadaísmo
e o Surrealismo, todos surgidos na Europa no início do século XX.
b) As tendências literárias que compuseram as vanguardas europeias estavam unidas por um único
projetor artístico, cuja proposta era a de retomar os ideais clássicos nas artes e na literatura.
c) As vanguardas europeias influenciaram as artes no mundo ocidental de maneira contundente. No
Brasil, as inovações nas artes e na literatura ficaram conhecidas como Modernismo.
d) ês avant-garde
ou seja, as correntes de vanguarda antecipavam o futuro com suas práticas artísticas inovadoras e
nada convencionais.
e) Não havia um projeto artístico em comum que agregasse os artistas de vanguarda em torno de uma
única proposta, contudo, estavam unidos por uma mesma causa: a de inovar as artes e romper com
os padrões clássicos vigentes.
12. Movimento literário brasileiro que recebeu influências de vanguardas europeias, tais como o Futurismo
e o Surrealismo:
a) Modernismo
b) Parnasianismo
c) Romantismo
d) Realismo
e) Simbolismo
10
L
it.
13.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte
Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como
referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a
a) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas.
b) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
c) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico.
d) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.
e) forma apresenta contornos e detalhes humanos.
14. Centrando-se
automóvel é mais belo que a Vitó
agressividade, do esporte, da guerra, do patriotismo, do militarismo, das fábricas, das estações
ferroviárias, das multidões, das locomotivas, dos aviões, enfim, de tudo quanto exprimisse o moderno
nas suas formas avançadas e imprevistas. (Massaud Moisés, Dicionário de Termos Literários, Cultrix, p.234)
século XX. Trata-se do:
a) futurismo
b) dadaísmo
c) surrealismo
d) expressionismo
e) impressionismo
15. O dadaísmo foi uma das vanguardas cujos preceitos serviram de base para o movimento
do________________, no início do século XX. Ele levou em consideração a afirmação da identidade
nacional mas soube aproveitar (devorar) as influências estrangeiras para a concepção das obras. O
termo que completa corretamente o espaço é:
a) Concretismo
b) Modernismo
c) Arcadismo
d) Surrealismo
e) Futurismo
11
L
it.
QUESTÃO CONTEXTO
Observe o anúncio publicitário abaixo:
Sabemos que a arte é uma representação simbólica da realidade e não possui compromisso com o real. No
entanto, ao avaliarmos a propaganda da Bombril, percebemos um tipo de referência a uma vanguarda
europeia do século XIX, aponte-a e diga uma de suas características.
12
L
it.
GABARITO
Exercícios
1. -
propõe uma antiarte, uma provocação, típica do movimento dadaísta. Nega em sua essência a função
estética embelezadora da obra de arte. De forma irreverente, posiciona-se contra os estatutos da estética
tradicional, questionando a aura sublime e o papel da arte, ao deslocar objetos pré-fabricados de seu
contexto habitual e destituí-los de suas funções cotidianas. Sua arte está em instigar o espectador a ver
o conhecido sob um novo prisma.
2. c
assim como o cubismo fragmenta a imagem num qaudro, ao representar a realidade em formas
geométricas, o texto de Oswald de Andrade faz o mesmo ao não apresentar o todo das orações.
3. e
o poema não faz parte do surrealismo por não se aproximar do mundo onírico nem buscar representar o
- não há
elementos de humor na narração.
4. c
Os principais representantes do Futurismo na literatura brasileira foram os escritores precursores do
Modernismo, Mário e Oswald de Andrade. As características descritas na proposição IV fazem referência
ao Cubismo, outra corrente de vanguarda europeia cujo principal representante foi o pintor espanhol
Pablo Picasso.
5. a/c
a representação das formas é inovadora por não se apoiar em uma representação realista das formas e
evitar a perspectiva ao colocar, através do uso das formas geométricas, todas as figuras em um plano só.
6. d
a individualidade ganha força no surrealismo a partir da premissa de valorização das imagens do
subconsciente. Tais imagens funcionariam, para a maioria dos autores, como uma forma de interpretar a
realidade, ou seja, trata-se do subconsciente interpretando o consciente.
7. b
o movimento modernista rompeu com o barroco e o parnasianismo (conferindo, inclusive, críticas muito
duras a esse último) e as obras mencionadas em III são de Mário de Andrade e não de Graça Aranha,
como colocado na proposição.
8. d
somente o quadro A boba se
9. e
Somente no quadro 5 vemos a planificação da perspectiva tal qual mencionada por Calvin na tirinha.
10. a
o dadaísmo remete ao nonsense como forma de crítica à produção artística. O método aleatório de
produção de um poema sugerido no texto tem esse mesmo apelo ao nonsense.
13
L
it.
11. b
As correntes de vanguarda, embora apresentassem propostas específicas, pregavam um mesmo ideal:
era preciso derrubar a tradição por meio de práticas inovadoras, capazes de subverter o senso comum e
captar as tendências do futuro. Essas propostas, incompreendidas à época em virtude principalmente do
contexto conservador no qual estavam inseridas, adquiriram importância histórica e influenciaram o
trabalho de vários artistas no mundo.
12. a
O Modernismo brasileiro foi extremamente influenciado pelas vanguardas europeias que eclodiram na
Europa, no início do século XX. No Brasil, todas as manifestações artísticas inovadoras foram classificadas
como modernistas e, assim como aconteceu na Europa, aqui também não havia um projeto artístico bem
definido, mas sim o desejo comum, tal qual o desejo dos artistas europeus, de renovar as artes em geral.
13. b
o modernismo e as vanguardas europeias tinham como característica a recriação da forma (no caso do
quadro de Tarsila, essa recriação se deu a partir da valorização da linha) e da abordagem (no caso de
Tarsila, retratou o cotidiano).
14. a
o culto às máquinas e aos avanços mecânicos correspondem ao movimento futurista.
15. b
o modernismo brasileiro funcionou como uma mistura das vanguardas europeias remodeladas para
atender a realidade nacionall.
Questão Contexto
O anúncio publicitário alude à vanguarda Cubista. Entre seus principais aspectos, podemos citar a valorização
de formas geométricas e a visão de uma arte perspectivada.
M
at.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
M
at.
Estatística 08
jul
RESUMO
MÉDIA
Média nada mais é do que o valor que aponta para onde mais se concentram os dados de uma distribuição.
Média Aritmética Simples
A média aritmética é considerada uma medida de tendência central e é muito utilizada no cotidiano.
É o resultado da divisão da soma dos números dados pela quantidade de números.
Exemplo: 1) Calcule a média final de um aluno do Colégio Militar, sabendo que as notas dele em 4 provas
foram:
P1 = 5,5
P2 = 6,0
P3 = 8,0
P4 = 3,5
Média Aritmética Ponderada
A média ponderada é calculada por meio do somatório das multiplicações entre valores e pesos divididos
pelo somatório dos pesos.
Exemplo: 2) Calcule a média de um aluno do Colégio Pedro II, onde cada prova tem um peso diferente.
P1 = 5,0 (peso 3)
P2 = 7,0 (peso 3)
P3 = 8,5 (peso 4)
MEDIANA
Mediana é o valor numérico que separa a metade superior da inferior de uma amostra de dados. Em outras
palavras, pode-se dizer que é a reta que passa no ponto do valor médio, o valor mais central dentre todos.
Exemplo: 3) Em uma turma de Química da UFRJ, as notas de 8 alunos foram as seguintes:
Aluno 1 = 3
Aluno 2 = 6
Aluno 3 = 5
Aluno 4 = 7
Aluno 5 = 4
Aluno 6 = 10
Aluno 7 = 9
Aluno 8 = 5
Primeiro, devemos ordená-los em ordem crescente: 3 ; 4; 5; 5; 6; 7; 9 ; 10.
Então, pegamos o termo central.
Neste caso, serão 2 termos centrais, pois o número total de termos é par.
M
at.
MODA
Moda é simplesmente o valor, item e/ou fator que acontece com maior frequência.
Exemplo: 4) Analisando as idades de uma turma de um curso, temos a seguinte arrumação.
Para calcular a moda, basta vermos qual é o valor que mais aparece.
17 3 vezes
22 2 vezes
16 2 vezes
25 1 vez
Moda = 17 anos.
EXERCÍCIOS
1. A média aritmética dos números inteiros positivos divisores de 900 (considerando o número 1 como
divisor) e que não são múltiplos de 5 é:
a) 12
b) 80
7
c) 90
8
d) 85
8
e) 91
9
2. Para ser aprovado num curso, um estudante precisa submeter-se a três provas parciais durante o
período letivo e a uma prova final, com pesos 1, 1, 2 e 3, respectivamente, e obter média no mínimo
igual a 7. Se um estudante obteve nas provas parciais as notas 5, 7 e 5, respectivamente, a nota mínima
que necessita obter na prova final para ser aprovado é
a) 9
b) 8
c) 7
d) 6
e) 5
3. A distribuição das idades dos alunos de uma classe é dada pelo seguinte gráfico:
Qual das alternativas representa melhor a média de idades dos alunos?
a) 16 anos e 10 meses.
b) 17 anos e 1 mês.
c) 17 anos e 5 meses.
d) 18 anos e 6 meses.
e) 19 anos e 2 meses.
M
at.
4. A média aritmética das idades de um grupo de 120 pessoas é de 40 anos. Se a média aritmética das
idades das mulheres é de 35 anos e a dos homens é de 50 anos, qual o número de pessoas de cada
sexo, no grupo?
5. Durante o ano letivo, um professor de matemática aplicou cinco provas para seus alunos. A tabela
apresenta as notas obtidas por um determinado aluno em quatro das cinco provas realizadas e os pesos
estabelecidos pelo professor para cada prova.
Se o aluno foi aprovado com média final ponderada igual a 7,3, calculada entre as cinco provas, a nota
obtida por esse aluno na prova IV foi:
a) 9,0.
b) 8,5.
c) 8,3.
d) 8,0.
e) 7,5.
6. Em uma pesquisa, foram consultados 600 consumidores sobre sua satisfação em relação a uma certa
marca de sabão em pó. Cada consumidor deu uma nota de 0 a 10 para o produto, e a média final das
notas foi 8,5. O número mínimo de consumidores que devem ser consultados, além dos que já foram,
para que essa média passe para 9, é igual a
a) 250.
b) 300.
c) 350.
d) 400.
e) 450.
7. Num concurso vestibular para dois cursos, A e B, compareceram 500 candidatos para o curso A e 100
candidatos para o curso B. Na prova de matemática, a média aritmética geral, considerando os dois
cursos, foi 4,0. Mas, considerando-se apenas os candidatos ao curso A, a média cai para 3,8. A média
dos candidatos ao curso B, na prova de matemática, foi
a) 4,2.
b) 5,0.
c) 5,2.
d) 6,0.
e) 6,2.
8. Numa classe com vinte alunos as notas do exame final podiam variar de 0 a 100 e a nota mínima para
aprovação era 70. Realizado o exame, verificou-se que oito alunos foram reprovados. A média
aritmética das notas desses oito alunos foi 65, enquanto a média dos aprovados foi 77. Após a
divulgação dos resultados, o professor verificou que uma questão havia sido mal formulada e decidiu
atribuir 5 pontos a mais para todos os alunos. Com essa decisão, a média dos aprovados passou a ser
80 e a dos reprovados 68,8.
a) Calcule a média aritmética das notas da classe toda antes da atribuição dos cinco pontos extras.
b) Com atribuição dos cinco pontos extras, quantos alunos, inicialmente reprovados, atingiram nota
para aprovação?
M
at.
9. Numa certa empresa, os funcionários desenvolvem uma jornada de trabalho, em termos de horas
diárias trabalhadas, de acordo com o gráfico:
a) Em média, quantas horas eles trabalham por dia durante uma semana?
b) Numa dada semana ocorrerá um feriado de 1 dia. Qual a probabilidade de eles trabalharem ao menos
30 horas nessa semana?
10. Para que fosse feito um levantamento sobre o número de infrações de trânsito, foram escolhidos 50
motoristas. O número de infrações cometidas por esses motoristas, nos últimos cinco anos, produziu
a seguinte tabela:
Pode-se então afirmar que a média do número de infrações, por motorista, nos últimos cinco anos,
para este grupo, está entre:
a) 6,9 e 9,0
b) 7,2 e 9,3
c) 7,5 e 9,6
d) 7,8 e 9,9
e) 8,1 e 10,2
M
at.
GABARITO
Exercícios 1. e
Os divisores inteiros positivos de 900 deverão apresentar, no máximo, os mesmos fatores primos do 900.
Como não são divisíveis por 5 não poderão apresentar o fator 5.
2. a
3. c
Aproximadamente 17 anos e 5 meses.
4. 80 mulheres e 40 homens
Sejam
H= número de homens
M= número de mulheres
SIh= soma das idades dos homens
SIm= soma das idades das mulheres
H+M= 120
SIh+SIm/120=40
SIm=35M
SIh=50H
Resolvendo o sistema:
35M+50H/120=40
50H+35M=4800
H+M=120
M
at.
M=80
H=40
5. b
Sendo x a nota obtida na prova IV, temos:
6. b
Média = soma / quantidade
8,5 = soma / 600
soma = 600 × 8,5 = 5100
Para que o número adicional seja mínimo, as notas de cada um devem ser máximas:
Se n é este número adicional, a soma de suas notas é 10n
7. b
Considerando a média geral uma média entre as médias dos cursos A e B, temos:
8. a) 72,2 pontos b) 3 alunos
Seja:
a) 𝑆𝑆: soma das notas dos aprovados
𝑆𝑆: soma das notas dos reprovados
De acordo com o enunciado temos:
A média geral é dada por:
Como o professor atribuiu 5 pontos a média passou a ser igual a:
M
at.
b) Vamos chamar de :
: alunos aprovados
: alunos reprovados
Sendo a nova média igual a 77,2 teremos:
9. a) média de 8h/dia
Pela leitura do gráfico temos:
b) O único dia que, caso seja feriado, impede que se trabalhe ao menos 30h na semana é a 5ª feira. Assim,
existe 4/5 (80%) de que se trabalhe ao menos 30h nessa semana. (OBS: supondo-se que o feriado não
caia de fim de semana)
10. a
Número de infrações N° de motoristas
de 1 a 3 -------------> 7
de 4 a 6 -------------> 10
de 7 a 9 -------------> 15
de 10 a 12 --------------> 13
de 13 a 15 ----------------> 5
maior ou igual a 16 -----> 0
média aritmética do número mínimo de infrações
média aritmética do número máximo de infrações
P
or.
Por.
Professor: Fernanda Vicente
Monitor: Maria Paula Queiroga
P
or.
Orações subordinadas
substantivas
17
jul
RESUMO
O período composto, que anteriormente foi visto nas orações coordenadas, também pode ser inserido por
subordinação; é caracterizado pela formação de orações que exercem uma função sintática sobre outra
oração, sendo denominado como principal. A ligação entre oração principal e subordinada é estabelecida
por meio de conectivos, elementos de ligação (conjunção ou locução subordinativa), pronomes relativos ou
formas nominais dos verbos (gerúndio, particípio e infinitivo). Podem ser classificadas em substantivas e
adjetivas.
As substantivas exercem a função própria de um substantivo (sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo,
complemento nomina, aposto) e podem ser introduzidas pelas conjunções que e se. E podem ser
classificadas em:
Subjetiva: Demonstram a função de sujeito da oração principal (o verbo principal é empregado na terceira
pessoa do singular). Exemplo: É importante que você viaje hoje. É importante: Oração Principal Que você viaje hoje: O. S. Substantiva Subjetiva
Objetiva direta: Desempenham a função de objeto direto da oração principal (apresenta sujeito na oração
principal, tendo o verbo como transitivo direto). As objetivas diretas podem ser iniciadas pelos pronomes
interrogativos e advérbios. Exemplo: Não sabia se você poderia ficar até mais tarde. Não sabia: Oração Principal (VTD) Se você poderia ficar até mais tarde: O. S. Substantiva Objetiva Direta
Objetiva indireta: Exercem a função de objeto indireto da oração principal, tendo o verbo como transitivo
indireto. São iniciadas por preposição e, em alguns casos, a preposição pode estar subentendida (omitida na
frase). Exemplo: Preciso de que me emprestem o carro amanhã cedo. Preciso: Oração Principal (VTI) De que me emprestassem o carro amanhã cedo: O. S. Substantiva Objetiva Indireta
Completiva nominal: Têm a função de complemento nominal de um substantivo/adjetivo da oração
principal. Assim como as objetivas indiretas, as completivas nominais também são iniciadas por preposição
(omitida ou não).
Exemplo: Tinha receio de que não cumprisse a palavra dada. Tinha receio: Oração Principal (VTD) De que não cumprisse a palavra dada: O. S. Substantiva Completiva Nominal
Predicativa: São os predicativos da oração principal, tendo o verbo da O.P. como de ligação. Exemplo: Meu desejo era que todas as pessoas fossem felizes. Meu desejo era: Oração Principal (VL) Que todas as pessoas fossem felizes: O. S. Substantiva Predicativa
Apositiva: Desempenham a função de aposto (de um nome) da oração principal. Podem ser denominadas
com a utilização de dois pontos (:) ou vírgula (,). Exemplo: Só tenho um desejo: que eu viaje para Paris. Só tenho um desejo: Oração Principal (VTD) Que eu viaje para Paris: O. S. Substantiva Apositiva.
P
or.
EXERCÍCIOS
1. Reescreva a oração de acordo com o modelo: A colaboração dele nos surpreende. Surpreende-nos que ele colabore.
A intervenção dele nos convém.
2. Classifique a oração destacada: Não julgo que eles saibam.
3. Leia as sentenças:
É preciso que ela se encante por mim!
Chegou à conclusão de que saiu no prejuízo.
Assinale abaixo a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as orações subordinadas
substantivas (O.S.S.) destacadas:
a) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. objetiva indireta.
b) O.S.S. subjetiva e O.S.S. completiva nominal
c) O.S.S. subjetiva e O.S.S. objetiva indireta.
d) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. completiva nominal.
4. Assinale a(s) alternativa(s) que apresenta(m) classificação correta da oração subordinada: 1. Espero que tenhas estudado. (objetiva direta) 2. Não fez referência a que a situação era delicada. (objetiva indireta) 4 . Convenci-me de que tudo era tolice. (completiva nominal) 8. O importante é que ela conseguiu sair de lá. (objetiva direta) 16 É raro que não tenha seu caso a contar. (subjetiva) 32. Compreendo por que os noivos se presenteiam. (objetiva indireta)
5. Nos trechos: "... não é possível que a notícia da morte me deixasse alguma tranquilidade, alívio, e um
ou dois minutos de prazer" e "Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras", a palavra "que" está
introduzindo, respectivamente, quais tipos de orações?
6. "Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante
medida." Qual é a oração subordinada substantiva em destaque?
7. A alternativa em que se encontra uma oração subordinada objetiva direta iniciada com a conjunção SE
é:
a) Só obteremos a aprovação se tivermos encaminhado corretamente os papéis.
b) Haverá racionamento de água em todo o país, se persistir a seca.
c) Falava como se fosse especialista no assunto.
d) Se um deles entrasse, todos exigiriam entrar também.
e) Queria saber dos irmãos se alguém tinha alguma coisa contra o rapaz.
8. Todos os enunciados abaixo correspondem a orações subordinadas substantivas, exceto:
a) Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.
b) Desejo que ela volte.
c) Gostaria de que todos me apoiassem.
d) Tenho medo de que esses assessores me traiam.
e) Os jogadores que foram convocados apresentaram-se ontem.
P
or.
9. Relacione as colunas de acordo com a classificação das orações subordinadas substantivas: a) ( ) Meu desejo é que haja paz.
b) ( ) Meu desejo é um só: que haja paz!
c) ( ) Convém que haja paz.
d) ( ) Necessito de que haja paz.
e) ( ) Eu acho que necessitamos de paz.
I. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
II. Oração Subordinada Substantiva Predicativa
III. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
IV. Oração Subordinada Substantiva Apositiva
V. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta.
10.
A busca da felicidade
Ser feliz é provavelmente o maior desejo de todo ser humano. Na prática, ninguém sabe definir direito
a palavra felicidade. Mas todos sabem exatamente o que ela significa. Nos últimos tempos,
psicólogos, neurocientistas e filósofos têm voltado sua atenção de modo sistemático para esse tema
que sempre fascinou, intrigou e desafiou a humanidade. As últimas conclusões a que eles chegaram
são o tema de uma densa reportagem escrita pelo redator-chefe de ÉPOCA, David Cohen, em
parceria com a editora Aida Veiga. O texto, conduzido com uma dose incomum de bom humor,
inteligência e perspicácia, contradiz várias noções normalmente tidas como verdade pela maior parte
das pessoas. A felicidade, ao contrário do que parece, não é mais fácil para os belos e ricos. A maioria
dos prazeres ao alcance daqueles que possuem mais beleza ou riqueza tem, segundo as pesquisas,
um impacto de curtíssima duração. Depois de usufruí-los, as pessoas retornam a seu nível básico de
satisfação com a vida. Por isso, tanta gente parece feliz à toa, enquanto tantos outros não perdem
uma oportunidade de reclamar da existência. Mesmo quem passa por experiências de impacto
decisivo, como ganhar na loteria ou perder uma perna, costuma voltar a seu estado natural de
satisfação. Seria então a felicidade um dado da natureza, determinado exclusivamente pelo que vem
inscrito na carga genética? De acordo com os estudos, não é bem assim. Muitas práticas vêm tendo
sua eficácia comprovada para tornar a vida mais feliz: ter amigos, ter atividades que exijam
concentração e dedicação completas, exercer o controle sobre a própria vida, ter um sentido de
gratidão para com as coisas ou pessoas boas que apareçam, cuidar da saúde, amar e ser amado. Uma
das descobertas mais fascinantes dos pesquisadores é que parece não adiantar nada ir atrás de todas
as conquistas que, segundo julgamos, nos farão mais felizes. Pelo contrário, é o fato de sermos mais
felizes que nos ajuda a conquistar o que desejamos. Nada disso quer dizer que os cientistas tenham
descoberto a fórmula mágica nem que tenha se tornado fácil descobrir a própria felicidade. Olhando
aqui de fora, até que David e Aida parecem felizes com o resultado do trabalho que fizeram. Agora,
é esperar que esse resultado também ajude você a se tornar mais feliz. (Gurovitz, Hélio. Revista ÉPOCA. Editora Globo, São Paulo. Número 412, 10 de abril de 2006, p. 6)
Dentro das orações sublinhadas acima, reescreva o período composto por oração subordinada
substantiva objetiva direta.
P
or.
GABARITO
Exercícios 1. Convém-nos que ele intervenha.
2. Oração subordinada substantiva objetiva direta.
3. b
Na primeira sentença, não há sujeito na oração principal, fazendo a oração subordinada tomar este papel.
tantiva.
4. 17
5. Subordinada substantiva subjetiva - subordinada substantiva objetiva direta.
6. Completiva nominal.
7. e
O
algo, no caso é saber do que ocorreu).
8. e
A
9. a) (II)
b) (IV)
c) (I)
d) (V)
e) (III)
10.
Q
uí.
Quí.
Professor: Abner Camargo
Monitor: João Castro
Q
uí.
Termoquímica 17
jul
RESUMO
Uma das maneiras de calcular a quantidade de calorias de um alimento é através de sua queima. A amostra é
colocada em uma câmara com oxigênio e através de uma descarga elétrica provocamos sua ignição. O calor
liberado na combustão é absorvido pela água contida no calorímetro.
1 caloria (cal) : quantidade de calor necessária para elevar em 1 oC a temperatura de 1g de água.
O valor energético de um material pode ser calculado pela expressão:
Q = m . c . t
Onde
Q = quantidade de calor absorvido;
m = massa
c = calor específico
t = variação de temperatura
Processos exotérmicos e endotérmicos
• Processo exotérmico: é aquele que ocorre com liberação de calor.
• Processo endotérmico: é aquele que ocorre com absorção de calor.
E
São denominadas reações de formação aquelas em que ocorre a formação de 1 mol de uma substância a
partir de substâncias simples, no estado-padrão.
A variação de entalpia ( nessas reações pode receber os seguintes nomes: entalpia de formação,
calor de formação ou .
Exemplos
• Água líquida
H2 + ½ O2 → H2O -286 KJ/mol
• Ácido sulfúrico líquido
H2 + S + 2 O2 → H2SO4 -813,8 KJ/mol
Cálculo de
= Hp Hr
Onde
HP = entalpia dos produtos
Hr = entalpia dos reagentes
Q
uí.
Generalizando temos:
entalpia de formação = entalpia da substância.
Entalpia de combustão: energia liberada na combustão completa de 1 mol de uma substância no estado
padrão.
São classificadas como reações de combustão aquelas em que umas substância denominada combustível,
reage com o gás oxigênio, denominado comburente. Reações de combustão sempre serão exotérmicas,
apresentando .
Exemplo:
Combustão completa do álcool etílico
C2H6O + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O -1368 KJ/mol
Lei de Hess
Em uma reação química a variação de entalpia é sempre a mesma, quer ela ocorra em uma única etapa ou
em várias. A variação de entalpia depende somente dos estados inicial e final.
A lei de Hess estabelece que a variação de entalpia da reação é igual à soma das variações de entalpia das
etapas nas quais ela pode ocorrer.
H = H1 + H2
Exemplo
Energia de ligação
Em todas as reações químicas ocorrem quebra das ligações existentes nos reagentes e formação de
novas ligações nos produtos.
Para que ocorra quebra de ligação dos reagentes, é necessário fornecer energia; logo estamos
diante de um processo endotérmico. Já na formação da ligação química, ocorre a liberação de energia,
logo estamos diante de um processo exotérmico.
Exemplos:
H H → H = + 436 KJ
A quebra de 1 mol de ligações H H absorve 436KJ; então dizemos que a energia de ligação H H
é + 436 KJ.
Observe agora que o processo inverso libera a mesma quantidade de energia
2 H → H - 436 KJ
Q
uí.
A formação de um mol de ligações H H libera 436KJ.
Macete Quando vamos representar a formação de uma ligação desenhamos um traço ( - ); já na quebra
dessa ligação desenhamos esse traço sendo cortado (+).
Com essa representação fica fácil perceber qual processo será endotérmico ( quebra de ligações),
e qual será exotérmico ( formação de ligações).
EXERCÍCIOS
1. Dentro das células, as moléculas de monossacarídeos são metabolizadas pelo organismo, num
processo que libera energia. O processo de metabolização da glicose pode ser representado pela
equação:
(Dados: massas molares: C = 12; H = 1; O = 16) Cada grama de açúcar metabolizado libera
aproximadamente 17kJ.
Calcule a quantidade, em mols, de oxigênio necessário para liberar 6.120 kJ de energia.
2. Considere a reação de fotossíntese e a reação de combustão da glicose representadas a seguir:
Sabendo que a energia envolvida na combustão de um mol de glicose é 2,8 · 106 J, ao sintetizar meio
mol de glicose, a planta irá liberar ou absorver energia? Determine o calor envolvido nessa reação
3. São dadas as equações termoquímicas a 25 °C e 1 atm:
Aplique a lei de Hess e determine o H da reação: C2H2(g) +2 H2 → C2H6(g)
4. -
sso representado
pela equação:
são quebrados 4 mols de ligações C H, sendo a energia de ligação, portanto, 416 kJ/mol. Sabendo-
se que no processo:
são quebradas ligações C C e C H qual o valor da energia de ligação C C? Indique os cálculos
com clareza.
Q
uí.
5. Um botijão de gás de cozinha, contendo butano, foi utilizado em um fogão durante um certo tempo,
apresentando uma diminuição de massa de 1,0kg. Sabendo-se que:
a) Qual a quantidade de calor que foi produzida no fogão devido à combustão do butano?
b) Qual o volume, a 25°C e 1,0atm, de butano consumido? Dados: o volume molar de um gás ideal a
25°C e 1,0atm é igual a 24,51litros. massas atômicas relativas: C = 12; H = 1.
6. De forma simplificada, a reação da fotossíntese ficaria:
Dadas as entalpias de formação de CO2 ( 94 kcal/mol), da H2O ( 58 kcal/mol), da glicose ( 242
kcal/mol), pode-se concluir que o processo é:
a) endotérmico e a energia envolvida, 1152 kcal/mol de glicose.
b) endotérmico e a energia envolvida, 670 kcal/mol glicose.
c) exotérmico e a energia envolvida, 1152 kcal/mol glicose.
d) exotérmico e a energia envolvida, 670 kcal/mol glicose.
e) endotérmico e a energia envolvida, 392 kcal/mol glicose.
7. A combustão completa do etino (mais conhecido como acetileno) é representada na equação abaixo
Assinale a alternativa que indica a quantidade de energia, na forma de calor, que é liberada na
combustão de 130 g de acetileno, considerando o rendimento dessa reação igual a 80%.
a) - 12.550 kJ
b) - 6.275 kJ
c) - 5.020 kJ
d) - 2.410 kJ
e) - 255 kJ
8. Grafita e diamante são formas alotrópicas do carbono, cujas equações de combustão são apresentadas
a seguir:
a) Calcule a variação de entalpia necessária para converter 1,0 mol de grafita em diamante.
b) Qual a variação de entalpia envolvida na queima de 120 g de grafita? (massa molar do C = 12 g/mol)
9. Pode-se conceituar a energia de ligação química como sendo a variação de entalpia (H) que ocorre
na quebra de 1 mol de uma dada ligação. Assim, na reação representada pela equação:
são quebrados 3 mols de ligação N H, sendo, portanto, a energia de ligação N-H igual a
390 kJ/mol. Sabendo-se que na decomposição:
Q
uí.
são quebradas ligações N N e N H, qual o valor, em kJ/mol, da energia de ligação N N?
a) 80
b) 160
c) 344
d) 550
e) 1 330
10. No metabolismo das proteínas dos mamíferos, a ureia, representada pela fórmula (NH2)2CO, é o
principal produto nitrogenado excretado pela urina. O teor de ureia na urina pode ser determinado
por um método baseado na hidrólise da ureia, que forma amônia e dióxido de carbono.
A seguir são apresentadas as energias das ligações envolvidas nessa reação de hidrólise.
A partir da fórmula estrutural da ureia, determine o número de oxidação do seu átomo de carbono e a
variação de entalpia correspondente a sua hidrólise, em kJ.mol-1
QUESTÃO CONTEXTO
Camada de ozônio é uma área da estratosfera (altas camadas da atmosfera, de 25 a 35 km de altitude) que
possui uma elevada concentração de ozônio. Esta camada funciona como uma espécie de "escudo protetor"
para o planeta Terra, pois absorve cerca de 98% da radiação ultravioleta de alta frequência emitida pelo Sol.
Sem esta camada a vida humana em nosso planeta seria praticamente impossível de existir
de remover o ozônio de acordo com as seguintes reações:
Q
uí.
GABARITO
Exercícios 1.
2.
3.
4.
5. a) 5x104 KJ b) 422,6 L
Q
uí.
6. b
7. c
8.
9. b
10.
Questão Contexto
1
Re
d.
Red.
Professor: Carolina Achutti
Monitor: Pamela Puglieri
2
R
ed
.
As vozes do texto: intertextualidade 18
jul
RESUMO
A intertextualidade influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida;
utilização de uma multiplicidade de textos ou de partes de textos preexistentes de um ou mais autores, de
que resulta a elaboração de um novo texto literário. Por exemplo, as propagandas da Hortifruti que utilizam
nomes de filmes, ou trechos de música para elaborarem a publicidade da empresa.
Veja os diferentes tipos de intertextualidade:
• Citação: é uma transcrição do outro texto marcada por aspas ou itálico para mostrar que o trecho
ou o texto citado foi tirado de outra fonte.
• Epígrafe: (do grego epi = posição superior + graphé = escrita): é uma citação que inicia um texto.
• Paráfrase: é a reprodução das ideias de um texto. Na paráfrase, sempre se mantêm os conteúdos do
texto original, mas elas são acrescidas de comentários e impressões. Pode-se dizer que parafrasear é
dizer com outras palavras o que um texto transmitiu.
• Paródia: é uma forma de intertextualidade em que se observa a manutenção de estruturas e
expressões do texto original, acompanhada por alteração de sentido, com intuito crítico, irônico.
• Hipertexto: é a leitura não linear, intimamente relacionada ao mundo tecnológico. Em uma página
na internet, por exemplo, podemos ser remetidos a uma outra, através de um link, já que a
tecnologia nos permite uma outra forma de ler.
3
R
ed
.
EXERCÍCIOS
1. Texto 1 No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento). Texto 2
A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em
quadrinho.
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica do
texto 1.
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao
mesmo gênero.
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com
finalidades distintas.
e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los como
pertencentes ao mesmo gênero.
2. Certa vez, eu jogava uma partida de sinuca, e só havia a bola sete na mesa. De modo que a mastiguei
lentamente saboreando-lhe os bocados com prazer. Refiro-me à refeição que havia pedido ao garçom.
Dei-lhe duas tacadas na cara. Estou me referindo à bola. Em seguida, saí montando nela e a égua, de
que estou falando agora, chegou calmamente à fazenda de minha mãe. Fui encontrá-la morta na mesa,
meu irmão comia-lhe uma perna com prazer e ofereceu-
galinha no almoço".
Logo em seguida, chegou minha mulher e deu-me na cara. Um beijo, digo. Dei-lhe um abraço. Fazia
calor. Daí a pouco minha camisa estava inteiramente molhada. Refiro-me a que estava na corda
secando, quando começou a chover. Minha sogra apareceu para apanhar a camisa.
Não tive remédio senão esmagá-la com o pé. Estou falando da barata que ia trepando na cadeira.
Malaquias, meu primo, vivia com uma velha de oitenta anos. A velha era sua avó, esclareço. Malaquias
tinha dezoito filhos, mas nunca se casou. Isto é, nunca se casou com uma mulher que durasse mais de
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um ano. Agora, sentado à nossa frente, Malaquias fura o coração com uma faca. Depois corta as pernas
e o sangue do porco enche a bacia.
Nos bons tempos passeávamos juntos. Eu tinha um carro. Malaquias tinha uma namorada. Um dia rolou
a ribanceira. Me refiro a Malaquias. Entrou pela pretoria adentro arrebentando porta e parou
resfolegante junto do juiz pálido de susto. Me refiro ao carro. E a Malaquias. FERNANDES, M. Trinta anos de mim mesmo. São Paulo: Abril Cultural, 1973
Nesse texto, o autor reorienta o leitor no processo de leitura, usando como recurso expressões como
o-
a) confirmar. b) contradizer. c) destacar. d) retificar. e) sintetizar.
3. TEXTO A Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá. DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
TEXTO B
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
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Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo. ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Cfrculo do Livro. s/d.
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo
poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os, conclui-se que:
a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu, é o tom de que
se revestem os dois textos.
b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a paisagem tropical
realçada no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crítica da realidade
brasileira.
d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta em relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
4. Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens lidas em
outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação
de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
TEXTO 1
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.
TEXTO 2
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim. BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
TEXTO 3
Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Essa espécie ainda envergonhada. PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação a Carlos Drummond de
Andrade por:
a) reiteração de imagens
b) oposição de ideias
c) falta de criatividade
d) negação dos versos
e) ausência de recursos
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5.
-
me, ou devoro-
charge e o enigma.
a) ambiguidade
b) coesão
c) desfecho
d) intertextualidade
e) transitividade
6. Hora do mergulho
Feche a porta, esqueça o barulho
feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho
eu sou moço, seu moço, e o poço não é tão fundo
super-homem não supera a superfície
nós mortais viemos do fundo
eu sou velho, meu velho, tão velho quanto o mundo
eu quero paz:
uma trégua do lilás-neon-Las Vegas
profundidade: 20.000 léguas
"se queres paz, te prepara para a guerra"
"se não queres nada, descansa em paz"
"luz" - pediu o poeta
(últimas palavras, lucidez completa)
depois: silêncio
esqueça a luz... respire o fundo
eu sou um déspota esclarecido
nessa escura e profunda mediocracia. Engenheiros do Hawaii, composição de Humberto Gessinger
Na letra da canção, Humberto Gessinger faz referência a um famoso provérbio latino: si uis pacem,
para bellum, cuja tradução é Se queres paz, te prepara para a guerra. Nesse tipo de citação,
encontramos o seguinte recurso:
a) intertextualidade explícita.
b) intertextualidade implícita.
c) intertextualidade implícita e explícita.
d) tradução.
e) referência e alusão.
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7. Modinha do exílio
Os moinhos têm palmeiras
Onde canta o sabiá.
Não são artes feiticeiras!
Por toda parte onde eu vá,
Mar e terras estrangeiras,
Posso ver mesmo as palmeiras
Em que ele cantando está.
Meu sabiá das palmeiras
Canta aqui melhor que lá.
Mas, em terras estrangeiras,
E por tristezas de cá,
Só à noite e às sextas-feiras.
Nada mais simples não há!
Canta modas brasileiras.
Canta e que pena me dá! Ribeiro Couto
Os versos dos poetas modernistas e românticos apresentam relação de intertextualidade com o poema
de Ribeiro Couto, EXCETO em uma alternativa. Assinale-a.
a) -me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama
b) -me os sítios gentis onde eu brincava / Lá na quadra infantil; / Dá que eu veja uma vez o céu da
c)
d) rra amor e rosas / Eu quero tudo de lá / Não permita Deus que eu morra / Sem que volte
e)
8.
O mercado publicitário tem implementado, sobretudo após o advento da informática, práticas de
linguagem bastante inovadoras. O texto se utiliza de duas modalidades de formas linguísticas, mais
especificamente de uma linguagem verbal e outra não verbal. Logo, considerando que o público-alvo
da campanha tenha o conhecimento de mundo necessário para a compreensão do texto publicitário,
conclui-se que seu objetivo basilar é
a) provocar um questionamento sobre a necessidade de uma dieta mais saudável.
b) fazer, indiretamente, a propaganda de um filme em cartaz nos cinemas.
c) combater o consumo desenfreado de alimentos com teor calórico muito alto.
d) influenciar a conduta do leitor através de um apelo visual e da intertextualidade.
e) democratizar o consumo de legumes entre a as classes sociais mais carentes.
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9. Para responder à questão, considere a tela Guernica, de Pablo Picasso (figura 1), pintada em protesto
ao bombardeio a cidade espanhola de mesmo nome, e a imagem criada pelo cartunista argentino,
Quino (figura 2).
Na cena criada por Quino, está presente a intertextualidade, pois
a) o humor surge em consequência da falta de dedicação e de empenho da faxineira no momento
de realizar as tarefas da casa.
b) a dona da casa é uma pessoa que aprecia pintura e possui várias obras de artistas cubistas em sua
residência.
c) as alterações realizadas pela faxineira na pintura de Picasso mantiveram a ideia original proposta
pelo pintor para Guernica.
d) o cartunista reproduz a famosa pintura de Picasso, inserindo-a em um novo contexto que é a sala
em desordem de uma residência.
e) a faxineira irrita-se com a sujeira deixada pelos adolescentes da casa os quais frequentemente
realizam festas para os amigos.
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10.
a) intertextualidade
b) contextualidade
c) prolixidade
d) informatividade
11.
O anúncio publicitário, produzido por uma revista para divulgar seus blogs, dialoga com outro texto.
Considerando essa informação,
a) indique que texto é esse e explique o processo de intertextualidade que se estabelece entre ele e
o anúncio publicitário.
b) explique de que maneira a linguagem não verbal do anúncio publicitário contribui com o diálogo
estabelecido entre os dois textos.
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12.
O gordo é o novo fumante
Nunca houve tanta gente acima do peso nem tanto preconceito contra gordos.
De um lado, o que há por trás é uma positiva discussão sobre saúde. Por outro, algo de podre: o
nascimento de uma nova eugenia. (Adaptado de: Super Interessante. Editora Abril. 306.ed. jul. 2012. p.21.)
Em relação ao texto, considere as afirmativas a seguir:
I. O código não verbal, principalmente no que se refere ao segundo desenho, revela o discurso
preconceituoso e, consequentemente, um aspecto ideológico.
II. O sentido de proibição é captado por meio da intertextualidade estabelecida entre os códigos não
verbais a qual, por sua vez, revela aspectos ligados ao gênero do humor.
III. O conteúdo expresso na placa revela que, futuramente, indivíduos obesos sofrerão ainda mais
discriminação social.
IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não verbal serve para reforçar o caráter polissêmico
da placa.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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GABARITO
Exercícios
1. d
2. d
3. c
4. a
5. d
6. b
7. a
8. d
9. d
10. a
11.
representando um atalho para o recurso de copiar dados. Ambas, unidas, são alvo de crítica,
representada pelo pejorativo arremesso de objetivos.
12. d