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Universidade Cândido Mendes Pós-Graduação Lato Sensu Curso de Especialização em Planejamento e Educação Ambiental A Dengue junto à Educação Ambiental Emanuela Moreira Mourão Professor Orientador: Francisco José de Jesus Carrera. Rio de Janeiro Fevereiro/ 2010

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Universidade Cândido Mendes

Pós-Graduação Lato Sensu

Curso de Especialização em Planejamento e Educação Ambiental

A Dengue junto à Educação Ambiental

Emanuela Moreira Mourão

Professor Orientador: Francisco José de Jesus Carrera.

Rio de Janeiro

Fevereiro/ 2010

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Universidade Cândido Mendes

Pós-Graduação Lato Sensu

Curso de Especialização em Planejamento e Educação Ambiental

A Dengue junto à Educação Ambiental

Objetivos

Esta monografia pretende

contribuir para os primeiros traços

da relação estabelecida pela

população e a dengue.

Emanuela Moreira Mourão

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Dedico este trabalho aos meus pais Lílian e Hélio,

aos meus avós Antônio e Gisela por todo apoio dado

a mim durante o curso, e dedico também a todos que

estão ligados à preservação do Meio Ambiente

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Agradeço ao Profº Francisco José de Jesus Carrera

pela paciência, dedicação e orientação durante

a confecção deste trabalho. Agradeço também aos

meus familiares que me ajudaram

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RESUMO

Nessa pesquisa foram abordados vários problemas da Dengue, que é

uma das doenças que mais atinge o mundo atualmente.

A Dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquito e tem como seu

principal foco a água parada e limpa.

O tratamento dessa doença é simples, mas precisa de muitos cuidados para

que não tenha um agravante ainda maior.

Os sintomas são a febre alta, vômito, dor de cabeça entre outros.

A prevenção da Dengue depende principalmente do empenho da população

pra que ela não se prolifere.

Com isso pode- se, dizer sim que a Dengue tem como ser abolida da vida da

população e do meio ambiente.

Palavras Chave: Prevenção, Dengue e Meio Ambiente.

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METODOLOGIA

Esse trabalho trata- se de uma pesquisa de campo e serve para conscientizar

as pessoas sobre o problema da Dengue.

A comunidade é o principal alvo dessa pesquisa e só com o auxílio dela essa

doença pode ser controlada e talvez livre do planeta Terra.

O trabalho tem como meta abrir os olhos da população para esse problema e

para mostrar que não adianta só reclamar, tem que trabalhar para auxiliar a

combater a Dengue.

Foram usados como objeto de pesquisas livros, sites, panfletos

exemplificativos com forma de prevenção da doença.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................... p. 8

CAPÍTULO I – O QUE É A DENGUE?................................................................

p. 10

CAPÍTULO II - A HISTÓRIA DA DENGUE.........................................................

p. 14

CAPÍTULO III – SINTOMAS E TRATAMENTOS DA DENGUE.........................

p. 17

CAPÍTULO IV – PREVENÇÃO DA DENGUE..................................................... p. 21

CONCLUSÃO...................................................................................................... p. 24

ANEXO I...............................................................................................................

ANEXO II..............................................................................................................

p. 25

p.28

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................

p. 30

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INTRODUÇÃO

Essa pesquisa trata- se de um assunto atual que nunca vai sair de pauta: a

Dengue.

Essa doença atinge não só a classe baixa como também a média e a alta.

Todos estão sujeitos a adquiri- la; cabe à população se conscientizar e ajudar a

combater a dengue que atinge todo o mundo.

Esse trabalho serve para atualizar as pessoas à respeito.

O primeiro capítulo trata- se do que é a dengue.

A Dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquito, o aegypti e

aedes albopctus, que picam tanto durante o dia como à noite. Os transmissores

se reproduzem dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde

se acumula água limpa.

O segundo capítulo trata- se da história da dengue e como ela chegou ao

Brasil.

A Dengue não é uma doença nova, ela já vem sendo combatida no mundo

desde o final do século XVIII, tendo seus primeiros casos conhecidos no

Sudoeste Asiático em Java, e nos EUA, na Filadélfia. Entretanto apenas no

século XX a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconheceu como

doença.

Muito provavelmente, o Aedes Aegypti chegou ao Brasil através dos navios

negreiros.Após o trabalho de erradiação da febre amarela realizada no início do

século passado, o Aedes aegypti chegou a ser erradicado durante a era

Vargas.

O terceiro capítulo trata- se dos sintomas e tratamentos da doença.

O vírus da Dengue pode se apresentar de quatro formas diferentes, que vais

desde a forma inaparente, em que apesar da pessoa está com a doença não

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há sintomas, até quadros de hemorragia, que podem levar o doente ao choque

e ao óbito.

O tratamento da Dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito

líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados

medicamentos anti- térmicos que devem ser recomendados por um médico.

O quarto capítulo trata- se da prevenção da Dengue.

A prevenção e controle dos mosquitos que transmitem a dengue,

diferentemente dos que transmitem a malária não requer grandes obras de

engenharia sanitária, drenagem de pântanos e outras medidas. A ação

individual e comunitária é muito mais simples e barata; porém as vezes, é mais

difícil obter e manter.

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I- O QUE É A DENGUE

A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aedes

aegypti e Aedes albopictus), que picam tanto durante o dia como à noite. Os

transmissores, principalmente o Aedes aegypti, se reproduzem dentro ou nas

proximidades de habitações, em recipientes onde se acumula água limpa

(vasos de plantas, pneus velhos, cisternas, etc.). A transmissão pelo Aedes

albopictus não é comum porque o mosquito não costuma freqüentar o domicílio

como o Aedes aegypti.

O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem cor café ou preta e

listras brancas no corpo e nas pernas. O mosquito costuma picar nas primeiras

horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas

horas quentes, pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa.

O Aedes aegypti se caracteriza por ser um inseto de comportamento

estritamente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em

reservatórios de água nas matas. Em média, cada Aedes aegypti vive em torno

de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Ela é

capaz de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida, já que copula

com o macho uma única vez, armazenando os espermatozóides em suas

espermatecas (reservatórios presentes dentro do aparelho reprodutor). Uma

vez com o vírus da dengue, a fêmea torna-se vetor permanente da doença e

calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chances de suas

crias já nascerem também infectadas.

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Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua

superfície, em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas,

caixas d'água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que

possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe, entra

em contato com os ovos que eclodem em pouco mais de 30 minutos. Em um

período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até

dar origem a um novo mosquito.

1.1 Transmissão

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti

ou Aedes albopictus. (ambos da família dos pernilongos) infectados com o

vírus transmissor da doença.

A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma

pessoa já infectada com o vírus da dengue. Após um período de incubação,

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que inicia logo depois do contato do pernilongo com o vírus e dura entre 8 e 12

dias, o mosquito está apto a transmitir a doença.

Nos seres humanos, o vírus permanece em incubação durante um

período que pode durar de 3 a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas

podem ser percebidos.

É importante destacar que não há transmissão através do contato direto

de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia. O vírus também

não é transmitido através da água ou alimento.

Lembrete: Quem estiver com dengue deve se prevenir de picadas do mosquito

Aedes aegypti para evitar a transmissão da doença para o mosquito. Assim, é

possível cortar mais uma cadeia de transmissão do vírus. Portanto, quem

estiver com dengue deve usar repelentes, mosquiteiros e/ou outras formas de

evitar apicada do mosquito.

1.2 Ambiente Ideal

As fêmeas e os machos (que geralmente acompanham as fêmeas) ficam

dentro das casas. A temperatura mais favorável para o desenvolvimento da

larva é entre 25 a 30ºC. Abaixo e acima destas temperaturas o Aedes diminui

sua atividade. Acima de 42ºC e abaixo de 5ºC ele morre.

A cidade do Rio de Janeiro possui as condições propícias para o

desenvolvimento do Aedes aegypti. Temperatura e umidade relativa são

primordiais para o desenvolvimento do mosquito e, principalmente, para manter

os ovos viáveis mesmo fora d'água. Além de ser densamente povoada, é

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comum a cidade apresentar índices de 70% a 80% de umidade relativa do ar e

temperaturas por volta de 25ºC, condições ideais para a multiplicação do vetor.

Por isso, o combate de todos aos focos do vetor é muito importante.

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II- HISTÓRIA DA DENGUE

A dengue não é uma doença nova, ela já vem sendo combatida no

mundo desde o final do século XVIII, tendo seus primeiros casos conhecidos

no Sudoeste Asiático, em Java, e nos Estados Unidos, na Filadélfia. Entretanto,

apenas no século XX a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconheceu

como doença.

O termo "dengue" vem do espanhol e que dizer "melindre", "manha". A

palavra se refere ao estado de moleza e cansaço em que fica a pessoa

contaminada pelo mosquito. A transmissão da doença ocorre pela picada do

Aedes aegypti infectado, uma espécie de mosquito de origem africana que

chegou ao continente americano na época da colonização.

Os casos de febre hemorrágica começaram a aparecer na década de

50, nas Filipinas e na Tailândia. Nos anos 60, as Américas começaram a sofrer

mais com a doença.

2.1 - Os sorotipos:

Com o passar dos anos, pesquisadores identificaram vários sorotipos

da doença, numerados de 1 a 4 de acordo com o grau de letalidade do vírus. O

sorotipo 1, classificado como o mais leve, apareceu pela primeira vez em 1977,

na Jamaica, e a partir de 1980 foi a causa de epidemias em vários países.

O sorotipo 2, descoberto em Cuba, foi o responsável pelo primeiro surto

de febre hemorrágica fora do Sudoeste Asiático e Pacifico Ocidental. O

segundo surto foi registrado na Venezuela, em 1989.

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2.2 - O Aedes aegypti no Brasil

Muito provavelmente, o Aedes aegypti chegou ao Brasil através dos navios

negreiros. Após o trabalho de erradicação da febre amarela realizada no início

do século passado, o Aedes aegypti chegou a ser dado como erradicado

durante a Era Vargas, inclusive tendo sido concedidos ao Brasil certificados de

observadores estrangeiros constatando que o país estava livre desta "praga".

Mas a erradicação não durou muito. Com o processo de

industrialização e urbanização acelerada do país durante os anos 40 e 50,

surgiram novos criadouros para os mosquitos como, por exemplo, pneus e

ferros velhos, disseminados pela indústria automobilística. Então, em 1967, o

Aedes aegypti foi detectado em Belém (provavelmente trazido em pneus

contrabandeados do Caribe). Em 1974, o mosquito já infestava Salvador,

chegando ao Estado do Rio de Janeiro no final da década de 70.

Em 1986, dados assustadores foram registrados: em Nova Iguaçu 28%

dos domicílios e 100% das borracharias da via Dutra tinham larvas do

mosquito.

2.3 - História da Dengue no Brasil

Acredita-se que a primeira epidemia de dengue tenha ocorrido no Brasil

em 1916, em São Paulo. Poucos anos depois a cidade de Niterói, no Estado do

Rio de Janeiro, também sofreu com a doença. Porém, nenhuma das duas teve

comprovação laboratorial.

Somente no começo da década de 80, entre os anos de 1981 e 1982,

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em Boa Vista, Roraima, ocorreu no país uma epidemia causada pelos sorotipos

1 e 4 (este considerado o mais perigoso) clinicamente comprovada e

documentada laboratorialmente.

A partir de 1986, várias epidemias atingiram o Rio de Janeiro e algumas

capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma

continuada.

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III- SINTOMAS E TRATAMENTOS DA DENGUE

3.1 Sintomas

O vírus da dengue pode se apresentar de quatro formas diferentes, que vai

desde a forma inaparente, em que apesar da pessoa está com a doença não

há sintomas, até quadros de hemorragia, que podem levar o doente ao choque

e ao óbito.

Há suspeita de dengue em casos de doença febril aguda com duração de até 7

dias e que se apresente acompanhada de pelo menos dois dos seguintes

sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas

juntas, prostração e vermelhidão no corpo.

- Infecção Inaparente

A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma.

- Dengue Clássica

Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa

infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular

e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele,

dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.

Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a

pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

- Dengue Hemorrágica

Inicialmente se assemelha à Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto

dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento

de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica

pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou

uterinas.

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Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão

arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença

não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

- Síndrome de Choque da Dengue

A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível,

inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da

doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas,

problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e

derrame pleural.

Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio,

sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência,

amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com

rapidez, pode levar à morte.

É importante destacar que a dengue é uma doença dinâmica, que pode evoluir

rapidamente de forma mais branda para uma mais grave. É preciso ficar atento

aos sintomas que podem indicar uma apresentação mais séria da doença.

SINAIS DE ALERTA - DENGUE HEMORRÁGICA

1.Dor abdominal intensa e contínua (não cede com medicação usual);

2. Agitação ou letargia;

3. Vômitos persistentes;

4. Pulso rápido e fraco;

5. Hepatomegalia dolorosa;

6. Extremidades frias;

7. Derrames cavitários;

8. Cianose;

9. Sangramentos expontâneos e/ou prova de laço positiva;

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10. Lipotimia;

11. Hipotensão arterial;

12. Sudorese profusa;

13. Hipotensão postural;

14. Aumento repentino do hematócrito;

15. Diminuição da diurese;

16. Melhora súbita do quadro febril até o 5 dia;

17. Taquicardia.

Fonte: Dengue - Aspectos Edipemiológico, diagnóstico e tratamento (Ministério

da Saúde)

3.2 Tratamentos

O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido,

como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados

medicamentos anti-térmicos que devem ser recomendados por um médico.

É importante destacar que a pessoa com dengue não pode tomar remédios à

base de ácido acetil salicílico, como Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer,

Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante,

podem promover sangramentos.

O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos

sintomas, que podem permanecer por 10 dias.

É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem

sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes,

tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos,

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vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das

mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da

temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente

deve ser levado imediatamente ao médico.

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IV- PREVENÇÃO DA DENGUE

A prevenção e controle dos mosquitos que transmitem a dengue,

diferentemente dos que transmitem a malária, não requer grandes obras de

engenharia sanitária, drenagem de pântanos e outras medidas custosas. A

ação individual e comunitária é muito mais simples e barata; porém às vezes, é

mais difícil de obter e manter.

O controle do dengue é mais do que só a utilização de inseticidas ou

campanhas de limpeza; inclui a modificação de fatores sociais e culturais que

favorecem a transmissão.

Se o hábitat dos vetores do dengue é fundamental interdomiciliar e

peridomiciliar, e o mosquito depende intimamente das formas de vida de cada

família, podemos afirmar categoricamente que não existe governo nem sistema

de saúde que possa resolver este problema sem a participação ativa e

consciente dos indivíduos a ação organizada da comunidade.

É necessário vencer a desinformação e, às vezes, a apatia de uma parte

da população, e criar uma cultura que inclua normas de higiene diferentes das

convencionais. Geralmente, entende- se melhor as normas para a prevenção

das doenças de transmissão digestiva e respiratória do que aquelas para a

prevenção das doenças transmitidas pelo Ae.aegypti; para a família, fica difícil

reconhecer que a água limpa acumulada dentro de casa , e os depósitos de

água relativamente limpa nos arredores do seu domicílio como pratos de

casos de plantas, vasos sanitários sem uso, ralos, calhas entupidas, pneus e

outros recipientes mantidos ao relento, possam ser a fonte de infestação

vetorial que exponha seus membros a uma infecção que pode ser mortal.

Em outras ocasiões existem fatores objetivos, de natureza

socioeconômica, que tornam muito difícil cumprir estas normas de higiene e

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prevenção. Em situações como essas, a condução de medidas educativas tem

de estar imanada com a busca de soluções definitivas ou ações paliativas,

como as melhorias do abastecimento de água em algumas localidades,

renovação dos recipientes onde é preciso armazená-la, confecção de tampas

para a proteção dos depósitos, melhoria das ações comunitárias de limpeza e

coleta de lixo, bem como atividades cooperadas para evitar que se convertam

em criadouros alguns lugares de difícil acesso, como porões inundados ou

terraços. Em todos esses casos, embora sejam organismos ou empresas os

responsáveis diretos pela sua execução, deve estar presente a intervenção das

famílias e das comunidades beneficiadas, que devem fazer sua parte.

Cada país, estado, capital e demais municípios devem incluir a

Educação para a Saúde e Participação Comunitária dentro dos conteúdos de

seu Programa de Prevenção e Controle do Dengue (Medina,1995)

Entrevista

Rio Contra Dengue: Quais são os principais cuidados e as ações de

prevenção mais importantes em relação à dengue?

Rafael Freitas: A principal ação para evitar a dengue é, sem dúvida, manter a

casa livre de depósitos que possam acumular água e, assim, se tornarem

criadouros para a proliferação do Aedes aegypti. Se cada morador fizesse esse

trabalho em sua própria casa, teríamos maior efetividade no controle desse

vetor.

RCD: Em relação a cuidados e prevenção, quais são as principais lendas

e mitos?

Rafael Freitas: Talvez o maior deles envolva o local de oviposição das fêmeas

do mosquito. É extremamente raro encontrar larvas de Aedes aegypti em

coleções de águas hídricas, como lagos, lagoas, riachos e córregos, assim

como em lugares com deposição de matéria orgânica, como valões de esgoto

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a céu aberto. Encontramos as larvas em abundância em criadouros artificiais,

de água pouco turva, geralmente associado a alguma habitação humana.

RCD: Própolis e remédios homeopáticos, por exemplo, costumam ser

indicados para prevenir a contaminação. Isto é verdade? Há algo que

possa, de fato, evitar a contaminação?

Rafael Freitas: A única coisa que pode, de fato, evitar a contaminação, é

manter os níveis da população do vetor abaixo de um limite no qual não se

observe a ocorrência de ciclos epidêmicos. Em relação à Homeopatia, não há

nada comprovado que funcione.

RCD: Já em relação a velas e repelentes, elas são formas eficazes de

prevenção?

Rafael Freitas: Elas podem atuar como repelente, mas com uma grande

limitação espacial e temporal. Por exemplo, uma vela de andiroba pode afastar

os mosquitos do cômodo da casa onde a vela está, mas não os matará.

Tampouco irá evitar que eles retornem assim que a vela se apagar. A melhor

forma de prevenção é a redução de criadouros.

RCD: Em épocas de epidemia a atenção da população está voltada para a

doença e, portanto, as ações de prevenção costumam ser intensificadas.

Qual a importância de manter estas ações mesmo fora dos períodos

epidêmicos?

Rafael Freitas: Para o público em geral, uma epidemia de dengue parece se

iniciar repentinamente. Entretanto, essa é uma informação incorreta (dentre

tantas outras que infelizmente circulam e confundem as pessoas). Como

sabemos, os ovos de Aedes aegypti são resistentes à dissecação, podendo

ficar até um ano ainda viáveis. Ou seja, daqueles mosquitos que estão voando

e picando no verão, parte deles foi posta ao longo do ano que passou. Com o

aumento da pluviosidade no verão, os ovos depositados ao longo do ano

eclodem num intervalo de tempo muito curto, gerando aumento significativo na

população do vetor.

Fonte: Rio Contra Dengue

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CONCLUSÃO

Esse trabalho teve como base a prevenção da Dengue junto à comunidade.

Nele contém o que é a dengue; qual a sua história e como chegou ao Brasil;

quais são os seus sintomas e quais os tratamentos e o modo de prevenção da

doença.

A Dengue é uma doença perigosa que atinge e mundo inteiro e que só com o

auxílio da população pode ser controlada.

A falta de saneamento básico e a água parada são pontos fortes pra que o

mosquito Ades aegypti se prolifere.

Esse trabalho foi para conscientizar a população de que não adianta só

reclamar e esperar que o governo tome providências e sim arregaçar as

mangas e trabalhar para o seu bem estar.

A Dengue é uma doença que requer muitos cuidados e nessa pesquisa isso

esteve bem claro.

Ela tem dois tipos: a dengue clássica e a hemorrágica, ambas requerem

cuidados especiais.

Temos que acreditar que o mundo pode mudar e isso vem junto com a

educação ambiental que é um direito e um dever da população.

A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que

se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico

participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência

crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a

capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.

Podemos concluir então que a educação ambiental pode mudar o mundo e que

o ser humano tem que acreditar no seu poder de transformação e fazer de tudo

pra viver em um mundo melhor e livre dessa doença que já matou milhões de

pessoas em todo o planeta Terra.

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Anexo I

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Dúvidas sobre a dengue

1-O que é Dengue?

A Dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus

penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.

2 - Quanto tempo após a picada a doença costuma se manifestar?

Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de três a quinze

dias, sendo em média de cinco a seis dias.

3 - Quais são os sintomas da Dengue?

Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas

articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas

pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum na gengiva.

4 - O que devo fazer se apresentar algum desses sintomas?

Buscar o serviço de saúde mais próximo.

5 - Como é feito o tratamento da Dengue?

Não há tratamento específico para o paciente com Dengue clássica. O médico

deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos

e antitérmicos (dipirona). Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS e a

Aspirina, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações

hemorrágicas. É importante também que o paciente fique em repouso e beba

bastante líquido. Já os pacientes com Febre Hemorrágica da Dengue (FHD)

devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais

de choque, como a queda de pressão. O período crítico ocorre durante a

transição da fase febril para a sem febre, geralmente após o terceiro dia da

doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de

melhora, mas em seguida o quadro clínico do paciente piora. Em casos menos

graves, quando o vômito ameaçar causar desidratação, a reidratação pode ser

feita em nível ambulatorial. Alguns dos sintomas da Dengue só podem ser

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diagnosticados por um médico.

6 - A pessoa que contrai o vírus da Dengue pode morrer?

Sim. A Dengue, mesmo na forma clássica, é uma doença séria. Caso a pessoa

seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem

ser tomados cuidados especiais. No entanto, ela é mais grave quando se

apresenta na forma hemorrágica. Nesse caso, quando tratada a tempo, a

pessoa não corre risco de morte.

7 - Quais os cuidados para não pegar Dengue?

Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar

objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes. Por exemplo,

uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água

da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos nesse local. Então, o

único modo é limpar e retirar tudo o que possa acumular água e oferecer risco.

Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

8 - O que devo fazer para evitar o mosquito da Dengue?

Para evitar o mosquito da Dengue é preciso eliminar os focos do Aedes. Use

mosquiteiros e principalmente telas nas janelas. Use roupas que cubram a

maior parte do corpo. Confira neste site as dicas de prevenção.

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Anexo II

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BIBLIOGRAFIA

Site: Rio Contra Dengue

Site: dengue.org.br

Dengue/ Eric Martínez Torres; tradução do espanhol por Rogério Dias. Rio de

Janeiro: Editora Fiocruz, 2005.344p. ilus., tab., Graf.

Revisão e adaptação de: Keyla Belizia Feldman Marzochi.

1. Dengue I. Título