a família fendrich em são bento do sul
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Artigo traçando a história da família Fendrich que imigrou de Viena para São Bento do Sul/SC.TRANSCRIPT
A FAMÍLIA FENDRICH NA HISTÓRIA DE SÃO BENTO
Henrique Luiz Fendrich1
O imigrante Anton Zipperer, um dos pioneiros da colonização de São Bento
do Sul, veio ao Brasil em 1873, conforme mencionado em artigo sobre a família
Zipperer, nesta mesma obra. Trouxe consigo a esposa e mais seis filhos. A sua
primogênita, chamada Catharina Zipperer, permaneceu na Europa. Acredita-se que,
na ocasião, ela já morava em Viena com seu esposo Friedrich Fendrich. A
permanência em solo europeu, no entanto, não se prolongou por muito tempo, pois
em 1875 Friedrich e Catharina também resolveram tentar a sorte no Brasil. Assim
como os Zipperer, os Fendrich se instalaram na atual cidade de São Bento do Sul.
Friedrich Fendrich, o imigrante, era filho de Franz Fendrich e Maria
Magdalena Trnka, os últimos desse sobrenome que se tem notícia. Nasceu no dia
24.04.1843 em Lomnitz, perto de Hochin, na Boêmia. Há mais de uma cidade com
esse nome na República Tcheca – país que abriga o atual território da Boêmia. A
melhor pista aponta para a cidade de Lomnice nad Luznici, antiga Lomnitz, 112
quilômetros ao sul de Praga, perto de Hluboka nad Vitavou, antiga Hosin. Apesar
dessa coincidência, o pesquisador tcheco Petr Kalivoda informou que o sobrenome
Fendrich não existe nessa região e que, no período de nosso interesse, nunca
existiu nas redondezas (KALIVODA, 2008). De qualquer forma, o nome da aldeia de
Lomnitz representa um avanço na biografia de Friedrich Fendrich, pois era
desconhecido de todos aqueles que escreveram sobre este personagem.
Não é possível precisar a data em que Friedrich Fendrich se mudou para
Viena. O cronista Josef Zipperer comenta que Fendrich passou em Viena “toda sua
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infância e mocidade” (ZIPPERER, 1951, p. 93). Assim sendo, também é de se supor
que os pais estivessem com ele. Na capital austríaca, Friedrich aprendeu o ofício de
sapateiro. Provavelmente, também foi lá que se casou com Catharina Zipperer,
nascida no dia 08.07.1845 em Flecken, na Boêmia, primogênita de Anton Zipperer e
Elisabeth Mischeck. Em 03.05.1874, o casal teve a filha Hedwiges, que também iria
imigrar ao Brasil no ano seguinte.
Josef Zipperer afirma que as cartas escritas pelos imigrantes pioneiros aos
parentes que ficaram na Europa facilitaram a posterior vinda de famílias como os
Fendrich, Schadeck, Tschöke e Knittel. Isso porque, nessas cartas, a região era
descrita como o verdadeiro “paraíso que o velho Adão nos fez perder” (ZIPPERER,
1951, p. 18). Diziam que a caça e a pesca, ao contrário do que acontecia na
Boêmia, podiam ser livremente exercidas, e que não era preciso pagar pelo ensino,
e nem contas de médico ou impostos – o que não diziam era que praticamente
inexistiam possibilidades de caça e pesca, e que não havia nenhuma escola e
nenhum médico que pudessem ser pagos pelos seus serviços.
Não se sabe com que frequência houve esse contato entre os Zipperer e os
Fendrich, mas, de alguma maneira, ele realmente existiu. O diretor Ottokar Doerffel,
em ofício citado por Ficker (1973), afirma que os Zipperer, tendo conseguido
prosperar nos seus terrenos em São Bento, foram à Direção da Colônia para pagar
a passagem de parentes que ainda estavam na Europa. Doerffel referia-se a
Friedrich Fendrich e sua esposa Catharina Zipperer, o que é possível comprovar
através de um documento da Companhia Colonizadora reproduzido no livro de Josef
Zipperer (1951). Assim, os Zipperer contribuíram para que também os Fendrich
pudessem vir ao Brasil.
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Efetivamente, a família Fendrich, então constituída por Friedrich Fendrich,
Catharina Zipperer e a filha Hedwiges, saiu do porto de Hamburgo a bordo do Barco
Alert no dia 15 de maio de 1875. Na lista de passageiros do navio, que contava com
40 pessoas, Friedrich foi qualificado como lavrador, embora fosse sapateiro em
Viena. Como os lavradores eram os preferidos para a imigração, devido ao árduo
trabalho braçal que teriam pela frente, é possível que Fendrich tenha se deixado
qualificar dessa maneira, o que aconteceu com frequência entre os imigrantes que
vieram a São Bento do Sul. Em 14 de julho de 1875, os Fendrich chegaram ao porto
de São Francisco do Sul e de lá se encaminharam para a Colônia de São Bento.
Fendrich, dessa forma, “num destino estranho, trocou a requintada Viena
pelos pinheirais de São Bento” (BLAKE, 1966, p. 7). É curiosa a constatação das
enormes diferenças entre Viena, na época um dos maiores centros da Europa, e a
modesta Colônia de São Bento, que havia sido fundada há apenas dois anos e
ainda sofria com a ausência de médicos, escolas e igrejas. Viena contava com
aproximadamente 700 mil habitantes na época da imigração, enquanto que São
Bento, em 1874, não havia chegado aos 400 moradores. Por mais que Friedrich
tivesse em mente a esperança de encontrar dias melhores em solo brasileiro, não é
difícil imaginar que, em muitos aspectos, o início da sua vida no Brasil, se
comparado ao seu passado recente, não foi tão bom quanto se esperava.
Por conta disso, é possível que Fendrich estivesse incluído entre os
imigrantes que Josef Zipperer afirma terem se decepcionado com a realidade
encontrada em São Bento – muito diferente daquela propagada pelos pioneiros. A
falta de meios não tornava possível o regresso à Europa. Tudo o que podiam fazer
era começar a trabalhar, levando a mesma vida que os primeiros imigrantes. Foi o
que fizeram, e logo também entre eles “tudo era sorrisos” (ZIPPERER, 1951, p. 18).
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Friedrich Fendrich adquiriu um lote no núcleo central da cidade – ficava no
prédio da antiga Caixa Econômica, atual Farmácia do Sesi. Uma pequena casa foi
erguida nesse terreno, e lá a família passou a morar. No local, Friedrich montou uma
sapataria e logo passou a exercer o ofício aprendido ainda em Viena. As
necessidades dos colonos de São Bento, no entanto, fizeram com que Fendrich
acumulasse ainda uma outra profissão, para a qual não fora treinado anteriormente:
a de professor das crianças alemãs.
Embora já tivesse um número razoável de imigrantes, a Colônia de São
Bento, como dito, não contava ainda com médicos, professores e igrejas. Essas
carências incomodavam os imigrantes, que então começaram a articular protestos e
reivindicações à direção da Colônia exigindo as melhorias. Ainda em julho de 1874,
menos de um ano depois da criação da Colônia, os imigrantes encaminharam uma
petição à Direção em Joinville, na qual faziam uma série de exigências que incluíam
a criação de uma escola com subvenção para um professor. Em resposta, o diretor
Ottokar Doerffel informou que a Sociedade Colonizadora não se sentia na obrigação
de criar uma escola, embora apoiasse a iniciativa (FICKER, 1973).
Protestos também ocorreram em 10 de janeiro de 1875, quando um grupo de
colonos de São Bento foi a Joinville apresentar queixas semelhantes à direção da
Colônia. Doerffel entendia que o número de moradores em São Bento ainda era
reduzido e que essas carências eram inevitáveis no começo de uma povoação.
Como resultado, os manifestantes conseguiram o direito de mandar dois imigrantes
apresentar suas queixas pessoalmente às autoridades da Corte no Rio de Janeiro.
Apenas na metade do ano seguinte a Sociedade Colonizadora receberia um ofício
da Corte solicitando um orçamento para as melhorias pretendidas.
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Em julho de 1875, quando Friedrich Fendrich chegou a São Bento, as
carências ainda eram as mesmas. O problema da falta de assistência religiosa,
entretanto, pôde ser amenizado no ano seguinte. O Padre Carlos Boegershausen,
de Joinville, encomendou a construção de uma capela em São Bento. Ela foi erguida
e ficava próxima à residência dos Fendrich. Era uma capela pequena e rudimentar –
Zipperer a comparou ao estábulo onde Jesus nasceu. Naquele lugar, foi celebrada
pela primeira vez uma missa em São Bento do Sul, no dia 08 de março de 1876.
Para suprir a ausência de escolas, os colonos decidiram agir por conta
própria. Primeiro, era preciso encontrar um professor disposto a ensinar as crianças.
A escolha não era das mais fáceis, pois a maior parte daqueles imigrantes era
constituída de gente simples e sem muito estudo. Wilhelm Bollmann, ao comentar a
escolha dos professores no interior da Colônia de São Bento, escreveu que, em
geral, o cargo de professor era assumido por um imigrante mais instruído e letrado,
e que “não hesitava em compartilhar da mesma adversidade e dos mesmos rigores
criados pelo meio nos seus começos, dispondo-se a desempenhar as funções por
poucos milréis mensais” (1923, apud PFEIFFER, 1997, p. 193). Essas
considerações também valem para a escola do centro da Colônia, uma vez que foi o
fator instrução que definiu aquele que viria a ser o primeiro professor do lugar. O
escolhido foi exatamente Friedrich Fendrich, o qual, tendo recebido certa educação
e cultura em Viena, era, na opinião dos colonos, quem melhor estava em condições
de tomar para si a responsabilidade de ensinar os filhos dos imigrantes alemães.
Fendrich aceitou o convite e então começaram a ser tomadas providências para que
a escola entrasse em funcionamento.
Era preciso providenciar um prédio escolar para que as aulas pudessem ser
ministradas. Pensando no assunto, os imigrantes se lembraram de um rancho
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abandonado pelo agrimensor Theodor Ochsz, que havia se mudado da Colônia.
Decidiram que aquele rancho seria transformado no prédio escolar. O problema era
que ele estava montado no atual bairro de Oxford, a quatro quilômetros do centro da
cidade. Foi preciso, então, que alguns imigrantes mais dispostos fossem até lá,
desmontassem o rancho menor de Ochsz, feito de tábuas rachadas, e carregassem
o material nas costas até a sede de São Bento. Ao chegarem, montaram novamente
o rancho, dessa vez ao lado da casa de Fendrich. Em seguida, foram instalados
bancos para os alunos e, dessa maneira improvisada, estava pronta a primeira
escola do centro de São Bento do Sul (Figura 1).
Figura 1 - Em primeiro plano, a casa de Friedrich Fendrich, localizada no começo da atual Avenida Argolo. Ao seu lado, a improvisada escola em que Fendrich, primeiro professor do lugar, lecionou entre 1876-1879. Aos fundos, a primeira Igreja de São Bento. Arquivo Histórico Municipal de São Bento do Sul
Josef Zipperer (1951), que fez parte do grupo que montou a escola, afirma
que isso se deu no ano de 1875. No entanto, é provável que ele tenha se
1 Nascido em São Bento do Sul no dia 20.05.1987. Em 2008, formou-se em Jornalismo pelas Faculdades Integradas do Brasil, em Curitiba. Desde 2004 pesquisa a história e a genealogia das famílias de São Bento do Sul e região. Possui artigos publicados em periódicos locais. Está trabalhando nas publicações “Genealogia e História da Família Zipperer” e “Genealogia Brasileira de São Bento do Sul e Campo Alegre”. Também está realizando a transcrição dos diários feitos pelo seu avô Herbert Alfredo Fendrich enquanto fez parte da Banda Treml e da Sociedade de Cantores da cidade.
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equivocado ligeiramente. Sabemos que foi em julho de 1875 que Friedrich Fendrich
chegou ao Brasil, de modo que a data de criação, certamente, é posterior a essa
vinda. Por outro lado, o historiador Carlos Ficker (1973), baseado em documentação
oficial, afirma que o agrimensor Theodor Ochsz foi embora de São Bento em maio
de 1876. Assim sendo, supõe-se que o rancho utilizado como material para a
primeira escola da cidade não estivesse abandonado até então. O mais provável é
que o prédio escolar tenha sido construído pouco depois da saída de Ochsz. E,
assim sendo, a criação da primeira escola do centro de São Bento seria posterior à
criação da primeira Igreja, que, como visto, se deu em março de 1876.
Arranjados da forma que era possível, Fendrich começou a lecionar para os
filhos dos imigrantes. As aulas eram ministradas em alemão, a única língua que o
professor Fendrich sabia falar – e com forte sotaque vienense. Não era possível
ensinar o português. Embora as famílias de origem germânica representassem a
maioria daquelas que habitavam a sede de São Bento, também existiam as
polonesas, que resistiram e não mandaram os seus filhos para a escola alemã.
Apesar das limitações, a iniciativa dos colonos permitiu que o problema do
ensino fosse parcialmente solucionado. “O essencial era que havia uma escola; não
queríamos ver crescer nossos filhos como analfabetos” (ZIPPERER, 1951, p. 44)
Como não era possível se sustentar apenas com o trabalho de professor, Fendrich
dividia o seu dia entre a escola e a sapataria. Cerca de 30 alunos recebiam suas
lições na parte da manhã, enquanto que a tarde era dedicada ao seu ofício original.
Pagava-se uma taxa mensal de 500 réis por criança e a Sociedade Colonizadora
passou a subvencionar a escola com 1200$000 por ano. E, dessa maneira, a escola
se mantinha e Fendrich levava os seus dias.
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Em seu artigo sobre o ensino no interior de São Bento, Bollmann comenta
que, no começo da colonização, não havia obrigatoriedade de frequência às aulas.
“Por vezes acontecia de crianças maiores faltarem. Faltavam porque tinham que
ajudar nos serviços de casa ou tomar conta de irmãos menores enquanto os pais
iam trabalhar” (1923, apud PFEIFFEER, 1997, p. 193). Embora faltem detalhes
sobre o funcionamento da escola de Fendrich e a assiduidade de seus alunos, é de
se especular a existência de dificuldades semelhantes. A dedicação de Fendrich, no
entanto, fez com que a pioneira escola continuasse existindo, embora com intervalos
irregulares. Ele se manteve no cargo de professor até por volta de setembro de
1879, quando chegou a São Bento o padre Adalberto de Leliva Bukowski, que
assumiu a questão do ensino na Colônia e atraiu para a escola os poloneses que
Fendrich não podia ensinar (FICKER, 1973). Foi, portanto, por cerca de três anos
que Fendrich atuou como professor. O reconhecimento pelos seus esforços e o
pioneirismo da sua atividade fizeram com que fosse homenageado, anos depois,
com o nome de um estabelecimento de ensino no bairro de Serra Alta.
Nessa época, Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer já eram pais de Maria
Catharina, nascida em 15.04.1877 e batizada no dia 19.04.1877, tendo como
padrinhos seus tios Josef Zipperer e Anna Maria Pscheidt (JÜRGENSEN, 2006).
Além de Maria Catharina e de Hedwiges, a filha nascida na Europa, o casal teria
ainda uma terceira mulher, chamada Amália Josefina, que nasceu em São Bento do
Sul no dia 07.07.1880 e foi batizada em 11.07.1880. Seus padrinhos foram os
mesmos de sua irmã Maria Catharina.
O filho seguinte, que, assim como o pai, recebeu o nome de Frederico,
herdou o seu ofício de sapateiro. Nasceu em 18.09.1881 e foi batizado no dia
seguinte. Novamente, José Zipperer e sua esposa foram os padrinhos. Outro dos
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filhos homens se chamava Francisco, nome recebido em homenagem ao seu avô.
Assim como o irmão Frederico, ele também trabalhava na sapataria com o pai. De
Francisco, no entanto, não encontramos registro de batismo, mas sabemos ter
nascido por volta de 1887, conforme idade alegada em um assento de casamento.
Além deles, Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer tiveram mais dois filhos
homens: José, nascido em 07.11.1883 e batizado no dia 11.11.1883, aquele que
seria o criador Açougue Fendrich; e Rodolfo, nascido em 14.11.1891 e batizado em
05.12.1891 – nessa ocasião, a mãe Catharina Zipperer já estava com 46 anos.
Assim como aconteceu com os outros irmãos, Josef Zipperer e Anna Maria Pscheidt
foram padrinhos desses dois batizados. Foram, portanto, quatro homens e três
mulheres que tiveram o casal Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer.
Com o término das suas aulas, Friedrich pôde se dedicar exclusivamente à
sua sapataria. E, como dito, quando os filhos Francisco e Frederico cresceram,
puderam aprender o mesmo ofício. Os membros da família Fendrich “faziam um par
de botinas por 7 mil réis e que duravam anos! Botas até o joelho eram usadas nos
matos e roças” (ZIPPERER, 1951, p. 77). Atendendo com eficiência as
necessidades dos moradores de São Bento, a sapataria logo se tornou uma das
mais tradicionais do lugar.
O nome de Friedrich Fendrich volta a aparecer na história de São Bento nos
últimos anos do século XIX. Foi quando ele se tornou presidente – e provavelmente
tenha sido um dos criadores – de uma agremiação que reunia os imigrantes
boêmios, antigos súditos da Áustria, para preservar as suas tradições e prestar
auxílio mútuo nas suas diversas necessidades. Essa agremiação, criada entre os
anos de 1895 e 1898, levou o nome de “Sociedade Auxiliadora Austro-húngara”.
Para melhor representá-la, os imigrantes criaram uma bandeira pintada em verde-
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amarelo de um lado (as cores da nova pátria) e amarelo-preto do outro (as cores da
dinastia dos Habsburgos, que ainda governava a Áustria na época).
Sob a presidência de Fendrich, a Sociedade Auxiliadora Austro-húngara
(Figura 2) tinha a sua principal festa no dia 18 de agosto – aniversário de Franz
Joseph, então imperador austríaco. Esse dia começava com uma missa para os
associados e seus familiares. Depois acontecia um desfile pelas vias públicas de
São Bento. Nessas ocasiões, alguns antigos soldados que lutaram contra a Prússia
exibiam com satisfação as suas condecorações. Em seguida, iniciavam-se os
festejos, animados por bandas que tocavam canções da velha Áustria. Terminavam
o dia na cervejaria de Johann Hoffmann (ZIPPERER, 1951).
Figura 2 - A Sociedade Auxiliadora Austro-húngara em 1900. O presidente Friedrich Fendrich é o quinto da primeira fileira, partindo da esquerda. Seu filho Frederico está na terceira fileira – é o quarto da direita para a esquerda. Arquivo Histórico Municipal de São Bento do Sul.
A Sociedade também organizava bailes. Em 1898 houve um deles, em
comemoração aos 50 anos de Franz Joseph como imperador. O salão de Josef
Zipperer, então membro da Sociedade, foi bastante enfeitado com guirlandas e
bandeiras transparentes com as armas do Brasil e da Áustria.
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Por vários anos, a Sociedade Auxiliadora Austro-húngara continuou
organizando festas nas ocasiões especiais. Ainda em 1915 houve uma
comemoração ao aniversário do imperador austríaco. As atividades da Sociedade
passaram a ser uma das ocupações de Friedrich Fendrich quando não estava
tomando conta da sapataria – e isso, provavelmente, até o final da vida.
No dia 18 de dezembro de 1905 ocorreu o falecimento de Catharina Zipperer,
a matriarca da família Fendrich em São Bento do Sul, deixando viúvo o esposo e
enlutados os sete filhos. Catharina contava com 60 anos de idade e foi sepultada no
Cemitério Municipal da cidade. O registro civil do óbito de Catharina mostra que foi
Friedrich Fendrich quem compareceu ao cartório para declarar o falecimento. Por
esse registro, sabe-se que Catharina faleceu na residência da família – mas não se
descobre a causa do óbito.
Depois de mais de 30 anos de casamento, Friedrich se viu sem a sua esposa.
Com ela havia decidido imigrar ao Brasil, acreditando na possibilidade de um destino
melhor para a família. E também com ela havia criado sete filhos, suportando todo
tipo de privação nos primórdios da colonização em São Bento. Não é de todo
improvável que o sofrimento causado pela ausência da esposa tenha contribuído
para o que aconteceria a seguir.
Às 9h da manhã de 24 de janeiro de 1906, pouco mais de um mês depois da
esposa, Friedrich Fendrich também veio a falecer. Estava com 62 anos e no dia
seguinte foi sepultado no Cemitério Municipal - partindo do lado direito da escadaria
principal, é o primeiro túmulo da quarta fileira (próximo ao de sua esposa). O óbito
foi declarado pelo filho, também chamado Frederico (SÃO BENTO, 1906). Por esse
assento, ficamos sabendo que a causa da morte foi “paralisia do coração”.
Terminava dessa forma a vida do primeiro Fendrich no Brasil (Figura 3).
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Os irmãos Fendrich, dessa maneira, perderam a mãe Catharina Zipperer e o
pai Friedrich Fendrich no intervalo de um mês. Convém lembrar que, nessa ocasião,
as filhas Hedwiges e Maria Catharina já estavam casadas.
Hedwiges casou-se em São Bento no dia 08.04.1893 com Aloís Grosskopf,
nascido em Müllik, na Boêmia, no dia 21.06.1869, filho de Anton Grosskopf e
Therezia Tauscheck, que imigraram pelo mesmo navio que os Fendrich. Era neto
paterno de Jakob Grosskopf e Clara Wesselack e materno de Josef Tauscheck e
Barbara Jackl (JÜRGENSEN, 2006).
Aloís Grosskopf e Hedwiges Fendrich foram moradores do Km 87 da Estrada
Dona Francisca e tiveram os filhos: Hedwiges, casada com Carlos Ehrl Júnior; Berta,
casada com Carlos Eckstein; Catharina, casada com Carlos Grossl; Maria, casada
com Germano Augusto Mallon; Francisca, casada com José Grossl; Jorge, casado
com Cristina Harasckewicz; João, casado com Zilda Pereira; Paulo, casado com
Regina Tschöke; Paulina, casada com Guilherme Ziemann; Afonso, casado com
Catharina Robl; Frida, casada com Miguel Gschwendtner; Erna, casada com Luiz
Schulze; e Emília Grosskopf, casada com Jorge Weiss. Aloís Grosskopf faleceu no
dia 03.07.1944 e sua esposa Hedwiges em 20.03.1849, estando ambos sepultados
no Cemitério Municipal.
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Figura 3 - Friedrich Fendrich (1843-1906) deu início à história da família em território brasileiro. Arquivo Histórico Municipal de São Bento do Sul.
Já Maria Catharina Fendrich, realizou o seu casamento religioso em São
Bento do Sul no dia 12.05.1897 e o casamento civil em 04.10.1898. Seu esposo era
Jacob Treml, nascido em Flecken ou Rothembaum, na Boêmia, no dia 10.08.1875,
filho de outro Jacob Treml e de Barbara Böhm, que imigraram ao Brasil em 1876 a
bordo do Humboldt. Era neto paterno de um terceiro Jacob Treml e de Barbara
Bachmeier, e neto materno de Josef Böhm e Maria ou Catharina Rank
(JÜRGENSEN, 2006). O casal teve os seguintes filhos, e os respectivos cônjuges
conhecidos até o momento: Jacob; Fernando, casado com Hedwiges Kucherl; Maria,
casada com Antônio Hilgenstieler; José; Francisca; Carlos, casado com Alsina
Gerdes; outra Francisca, casada com Francisco Muller; João; Antônio, casado com
Maria Kollross; Hedwiges; Rodolfo, casado com Maria Cristina Linzmeyer; Frederico,
casado com Maria Gruber; e Alfonso Treml, casado com Ida Priebe. Jacob Treml, o
esposo de Maria Catharina Fendrich, faleceu em São Bento do Sul no dia
21.05.1948. Sua esposa faleceu aos 91 anos, no dia 31.07.1968. Os dois também
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foram sepultados no Cemitério Municipal da cidade.
Os demais filhos ainda não haviam constituído família quando Friedrich
Fendrich e Catharina Zipperer faleceram. Amália Josefina Fendrich casou-se em
1909 com Aloís Gassner, nascido em São Bento do Sul no dia 17.08.1884, filho de
Joseph Gassner e Philomena Hornick, neto paterno de Andreas Gassner e Anna
Baumann, e neto materno de Franz Hornick e Thereza Ploetz (JÜRGENSEN, 2006).
Foram pais de Maria, Rodolfo, Alfredo, Carlos, Luiz, Relina e Frederico Gassner.
Ambos estão sepultados no Cemitério Municipal, sendo que Amália faleceu primeiro,
no dia 17.07.1961, enquanto que Aloís faleceu em 02.03.1971.
Embora não se tenha a informação sobre a data em que o filho Francisco
Fendrich se casou, acredita-se que também era solteiro em 1906. Da mesma forma,
sabemos que os seus irmãos Frederico, José e Rodolfo também não eram casados
na ocasião – o caçula Rodolfo Fendrich, inclusive, tinha apenas 14 anos na época.
Os irmãos Francisco e Frederico foram aqueles que aprenderam o ofício de
sapateiro com o pai Friedrich Fendrich. Com o falecimento do patriarca, eles não se
entenderam sobre quem deveria tomar a frente nos negócios da família. Então
Francisco Fendrich decidiu se mudar para Curitiba e lá abrir o seu próprio negócio,
enquanto que Frederico ficou com a sapataria que era do seu pai.
Francisco Fendrich se casou com Anna Luiza Brenner, falecida em 1976, com
quem teve cinco filhos, os primeiros Fendrich da capital paranaense: Frederica,
casada com Albino Romfeld; Flora, que faleceu solteira; Fernando, casado com
Frida Born; Gisela, casada com João Cazura e em segundas núpcias com Ewaldo
Sytriski; e Irene Fendrich, casada com João Karowetz (FENDRICH, 2009).
Frederico Fendrich, o filho, conseguiu repetir o êxito do pai com a Sapataria
Fendrich, que chegou a contar com 10 funcionários. Conforme o negócio progredia,
1
Frederico conseguiu anexar a ela uma loja de calçados – que teria sido a primeira de
São Bento. Depois de falecer, em 1947, quem tomou conta da Sapataria foi seu filho
mais velho, Alexandre Fendrich – a terceira geração de sapateiros na família
Fendrich. Alexandre cuidou da sapataria e da loja de calçados até falecer em 1974.
Como não deixou filhos homens, a história da Sapataria Fendrich em São Bento,
iniciada pelo patriarca ainda na Europa, chegou ao seu fim.
Além da sua atividade como sapateiro, o filho Frederico Fendrich se destacou
em outras áreas da vida pública de São Bento do Sul. Também foi membro da
Sociedade Auxiliadora Austro-húngara, presidida pelo seu pai. Em 1915, foi eleito
suplente de vereador, tendo posteriormente assumido o cargo de 2º secretário entre
os vereadores. Na década de 20, foi suplente e delegado de polícia. Também foi ele
o idealizador, em 1934, da primeira carroça fúnebre de São Bento, da qual foi ele
próprio o principal condutor dos cortejos que seguiam para os cemitérios da região.
Frederico também utilizava um trole para conduzir casamentos, além de usar outras
carroças para fazer fretes de tijolos, areia e outros materiais de construção. Durante
a Segunda Guerra, vendo o problema da falta de gasolina, utilizou seu trole como
táxi. Por mais de 40 anos fez parte do Coral da Igreja Católica do centro da cidade.
Também foi membro e fez parte da diretoria do Coral da Sociedade Beneficente
Operária, além de ter participado ativamente da Sociedade dos Atiradores. Em 1960,
os feitos de Frederico Fendrich foram homenageados quando se decidiu emprestar
o seu nome a uma rua localizada ao lado da Sociedade Literária São Bento.
Frederico Fendrich casou-se em São Bento do Sul no dia 23.09.1908 com
Anna Roesler, nascida em 02.04.1891, filha de Johann Rössler, imigrante de
Reichnau, e Amalie Preussler, de Grafendorf, neta paterna de Franz Rössler e
Antonia Lang e neta materna de Bernard Preussler e Anna Jaeger (JÜRGENSEN,
1
2006). Com ela, o casal teve 14 filhos: Afonso; Luiza, casada com Lourenço Peng;
Alexandre, casado com Catharina Fleith e em segundas núpcias com Irmalinda
Becker; Hilda, casada com Jorge Schewinski; Paulo, falecido ao nascer; José,
gêmeo de Paulo, casado com Maria Tereza Linzmeyer e em segundas núpcias com
Herta Karsten; Wally, casada com Antônio Hastreiter; Erna, casada com Sebastião
Sthäelin; Lídia, que faleceu solteira; Ana Cristina, casada com Luiz Hilgenstieler;
uma menina natimorta; Matilde Irene, casada com Aloísio Freiberger; Herbert
Alfredo, casado com Dóris Izolda Giese; e Frederico Fendrich Neto, que viveu uma
semana. O falecimento de Frederico Fendrich ocorreu às 18h40 de 25.05.1947, aos
65 anos, vítima de miocardite no curso de febre tifóide. Foi sepultado no mesmo
túmulo de seu pai Friedrich Fendrich, no Cemitério Municipal. Sua esposa, falecida
em 14.06.1968, foi sepultada no mesmo lugar.
Ao contrário dos irmãos Francisco e Frederico, José Fendrich aprendeu um
outro ofício. Mudou-se para Curitiba e lá arrumou trabalho no “Açougue Garmatter”,
que era a mais tradicional casa de carnes e fábrica de linguiças da cidade. Lá, José
“se fez mestre no preparo da carne para a venda e no preparo de todos os derivados
de carne, desde simples linguiças até produtos de requintada classe” (PFEIFFER,
1997, p. 140-141). Depois de um longo tempo trabalhando em Curitiba, José decidiu
voltar para São Bento e abrir o seu próprio negócio. E, de fato, em 15.08.1908 era
inaugurado o “Açougue Fendrich”, localizado na atual Rua Felipe Schmidt.
Não demorou até que o estabelecimento comercial de José Fendrich
conseguisse se destacar entre a população de São Bento, “pela idoneidade de seus
proprietários e pela variedade e excelente qualidade de produtos que oferece aos
seus fiéis clientes” (id, p. 143). Bem sucedido, e superando as adversidades, o
Açougue Fendrich existe até os nossos dias – ou seja, já ultrapassou os 100 anos,
1
sempre funcionando no mesmo endereço. João Fendrich, filho de José Fendrich, foi
por muito tempo o gerente e principal cotista do estabelecimento. Hoje, são os filhos
de João que cuidam do Açougue e, assim, dão continuidade a essa tradição já
centenária na família Fendrich.
Pouco tempo antes de voltar para São Bento, em 1908, José Fendrich casou-
se em Curitiba com Anna Pfeiffer, nascida em São Bento do Sul no dia 18.06.1886,
filha de Ambros Pfeiffer e Franziska Hübner, imigrantes de Labau, neta paterna de
Ignaz Pfeiffer e Klara Feix e neta materna de Josef Hübner e Franziska Tomesch
(PFEIFFER, 1997). Com sua esposa, José Fendrich foi pai de dez filhos: Eduardo,
casado com Elza Kohlbeck; Elisabeth, casada com Alto Arno Stelter; Frederico,
casado com Martha Baum; Afonso, casado com Elly Kahlhofer; Paulo, casado com
Eraclides Zanluca; Adelheit, casada com Ricardo Klitzke; José, casado com Alzira
Fleith; João, casado com Maria Kaszubowski; Ernesto, casado com Serena Stueber;
e Bento Carlos, casado com Olanda Katzer. José Fendrich também foi personagem
ativo das atividades da Sociedade dos Atiradores, a exemplo do irmão Frederico.
Faleceu em 20.11.1940, aos 57 anos. Já sua esposa, faleceu em 17.03.1972, aos
85 anos. Ambos estão sepultados no Cemitério Municipal de São Bento do Sul.
Dos sete filhos que Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer tiveram, apenas
Rodolfo Fendrich não chegou a se casar e deixar descendentes. Faleceu solteiro no
dia 28.06.1955 e está sepultado no mesmo cemitério que seus irmãos. Os outros
filhos, como visto, casaram-se e constituíram famílias – dois filhos homens de
Friedrich, inclusive, puderam ensinar as suas profissões a alguns dos seus
descendentes. A tradição familiar em atividades comerciais bem sucedidas, como a
sapataria e o açougue, contribuiu para que o sobrenome Fendrich se tornasse
bastante conhecido em São Bento do Sul até os nossos dias.
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Tal destaque também se deve a vários descendentes que atuaram de forma
positiva no município. Entre eles, deve-se citar o nome de Arno Fendrich, filho de
Eduardo Fendrich e Elza Kohlbeck, e neto do açougueiro José Fendrich. Arno foi um
batalhador do teatro amador e da cultura na cidade. Desde 1955, escreveu, dirigiu,
representou e organizou em São Bento do Sul várias peças teatrais de reconhecido
valor. Destacou-se especialmente com o “Drama do Calvário”, encenação ao ar livre
da Paixão de Cristo, realizada na Colina dos Três Templos, e que reunia cerca de
mil atores amadores, além de grandiosos cenários e vestuários. A apresentação
movimentava a cidade e logo foi reconhecida como um dos maiores espetáculos do
gênero no Brasil. Os feitos de Arno Fendrich fizeram com que fosse comparado com
seu ancestral Friedrich Fendrich em um artigo de Santana Blake, já que os dois
estiveram juntos “no mesmo ideal para concorrer pela cultura em São Bento”
(BLAKE, 1963, p. 1). Arno Fendrich faleceu em 23.06.1994.
É preciso mencionar também o nome de José Fendrich Filho, o fundador da
Padaria Fendrich. José começou a aprender o ofício com apenas 12 anos, e em
26.02.1946 fundou um dos mais tradicionais estabelecimentos da cidade. No início,
José precisava se deslocar de bicicleta por estradas cheias de barro para poder
entregar os pães fresquinhos às famílias da cidade. E, por mais de 55 anos, José
trabalhou na Padaria Fendrich, até falecer em 28.09.2002.
O ofício foi repassado ao seu filho Leomar José Fendrich, que mantém a
tradição e cuida do negócio até os nossos dias. Leomar, por sua vez, teve um filho
chamado Leomar José Fendrich Júnior, que se tornou piloto e, há vários anos, tem
se destacado em competições de automobilismo no estado. Em 2002, Leomar foi
campeão da categoria Marcas A do Campeonato Catarinense de Automobilismo, do
qual já havia sido o vice-campeão em 1996 e 2001 (RELAÇÃO, 2009).
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Pode-se citar também o nome de Herbert Alfredo Fendrich, filho de Frederico
Fendrich, o filho, e Anna Roesler. Herbert foi o regente da Sociedade de Cantores
25 de Julho entre os anos de 1983-2000. Participou por 35 anos da Banda Treml e
de diversas bandinhas e corais da região, registrando em cuidadosos diários os
eventos que acompanhou enquanto era membro desses grupos. Seria possível citar
vários pequenos gestos que demonstrariam os feitos de Herbert pela música e pela
preservação da memória da cidade. Faleceu aos 77 anos em 30.07.2007.
Outro Fendrich que conseguiu destaque na vida pública de São Bento foi
Paulo Fendrich, filho de José Fendrich e Anna Pfeiffer. Candidato a vereador nas
eleições que aconteceram em 03.10.1951, Paulo Fendrich conseguiu votação
suficiente para que, em 04.02.1953, tivesse a oportunidade de assumir o cargo
durante aquela legislatura. Faleceu em 21.12.1992.
Também houve aqueles que se destacaram fora de São Bento do Sul.
Roberto Fendrich, filho de Fernando Fendrich e neto de Francisco Fendrich, aquele
que se mudou para Curitiba, é doutor em Geologia Ambiental, professor na
Universidade Federal do Paraná e tem se destacado nas áreas afins da Engenharia
Civil, com ênfase na Engenharia Hidrológica e Engenharia de Recursos Hídricos.
Poderiam ser citados ainda muitos nomes que, cada um à sua maneira, têm
se destacado em suas atividades e contribuído para o desenvolvimento de São
Bento do Sul e região. Friedrich Fendrich, olhando para trás e considerando a
grande mudança de vida que representou a sua imigração, provavelmente teria
muito do que se orgulhar ao ver que, mesmo tanto tempo depois, o sobrenome da
família continua sendo pronunciado em tom de admiração na cidade.
Algumas tentativas de se erguer um busto em homenagem a Friedrich
Fendrich se mostraram infrutíferas. Ainda em 1963, reclamava-se por um
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monumento que pudesse relembrar às gerações futuras os feitos e as dificuldades
passadas por Fendrich no ensino das primeiras crianças são-bentenses: “Mas onde
está a lápide assinalando o local da primeira escola e o nome do primeiro mestre
que se tornou um benfeitor da cidade? Que dívida enorme a saldar!” (BLAKE, 1963,
p. 6). Em um futuro próximo, acredita-se que a iniciativa, enfim, será levada adiante,
e a população de São Bento do Sul poderá perpetuar algumas das marcas do seu
passado –que é motivo de orgulho para os descendentes da família Fendrich.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BLAKE, Santana. Dois Fendrich, Duas Histórias. Tribuna da Fronteira, São Bento do Sul, 17 fev. 1963, p. 6.
BLAKE, Santana. O Tropeiro Louro. Tribuna da Fronteira, São Bento do Sul, 23 set. 1966, p. 7.
CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO BENTO DO SUL. [Lápides da Família Fendrich]
FENDRICH, Roberto. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 07 abr. 2009.
FICKER, Carlos. São Bento do Sul: Subsídios para a sua história. Joinville: Ed. do autor, 1973.
JÜRGENSEN, Paulo Henrique. Famílias tradicionais: Povoamento do Alto Vale do Rio Negro. São Bento do Sul: Ed. do Autor, 2006.
KALIVODA, Petr. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 01 Jan. 2008.
PFEIFFER, Alexandre. São Bento na Memória das Gerações. São Bento do Sul: Ed. do autor, 1997.
RELAÇÃO dos Campeões Campeonato Catarinense de Automobilismo. Apresenta os primeiros colocados em todas as categorias ao longo dos anos. Disponível em:
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<http://www.fauesc.org.br/modules/mastop_publish/?tac=11>. Acesso em: 14 Nov. 2009.
SÃO BENTO DO SUL. Livro de registros de óbitos nº 03. [Livro depositado no Cartório de São Bento do Sul-SC]
ZIPPERER, Josef. São Bento no passado: Reminiscências da época da fundação e povoação do município. Curitiba: João Haupt, 1951.
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