a saÚde dos executivos - um estudo do estresse … · gerenciamento das empresas. ... vivenciando...
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A SAÚDE DOS EXECUTIVOS - UM
ESTUDO DO ESTRESSE NA ATIVIDADE
GERENCIAL
Vilson Vieira de Paula
(UFF)
Resumo A figura do gerente muito romantizado por estudantes de gestão
apresenta no atual contexto do mundo do trabalho grande
precarização em sua atividade laboral de forma muito atenuada nos
últimos anos com forte influência das tecnologias de coomunicação e
competitividade do mercado de trabalho. O presente estudo procura
elencar o como está a saúde dos gerentes como destaque para os que
ocupam o alto escalão das organizações, comumente chamados de
gerente executivo. Tal extrato organizacional tem experimentado carga
horária de trabalho elevadíssima, incidência de doenças resultantes de
vida estressante, como pressão alta, diabetes, obesidade, insônia,
comprometimento de memória, ansiedade, entre outras. O estudo do
estresse na atividade gerencial traz ótima reflexão para organizações,
setor de recursos humanos e profissionais do mundo gerencial a
repensarem o universo de trabalho destes profissionais que estão com
sua saúde a fio e ao mesmo tempo o custo em recuperar a saúde é
muito maior que simplesmente adotar atitudes preventivas como a
prática de alguma atividade física, controle da alimentação, visita
periódica a médico e a adoção do laser como forma de preservação da
vida e atitude de prazer.
Palavras-chaves: saúde dos gerentes, carreira gerencial, executivos,
estresse.
20, 21 e 22 de junho de 2013
ISSN 1984-9354
IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013
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1. INTRODUÇÃO
O mercado globalizado preconizado por Kotler (2012) é marcado pela liberdade
comercial e exige novas formas de atuação das empresas, que necessitam assumir
características que a tornem mais competitivas à nível mundial, sem perderem o foco em seus
mercados locais. Entre essas características, destacamos a obtenção de valor agregado ao
produto/serviço, a flexibilidade, a aprendizagem contínua, a interligação de sistemas em rede,
a logística global, a fidelização e encantamento do cliente, as experiências de consumo, a
formação de redes empresariais, entre outras. Nesse ambiente competitivo, empresas
transnacionais tem a missão de aprender a se desenvolver em ambientes complexos e
mutáveis, assimilando assim as características de cada local de atuação e reinventando-se
continuamente. (WIND, 1998). Participante deste cenário, a figura da gestão, apresenta
ligação direta aos resultados da organização, o que traz destaque a figura deste profissional.
1.1. A CARREIRA E AS TRANSFORMAÇÕES NO TRABALHO
GERENCIAL
Marcadas por mudanças cada vez mais aceleradas, percebe-se, empresas pressionadas
a captar, treinar e desenvolver lideranças aptas às demandas de um mercado global e também
a desenvolver produtos e serviços atendendo aos requisitos do consumidor (ECHEVESTE,
VIEIRA, VIANA, TREZ & PANOSO, 1999). Seguindo essa mesma linha de pensamento,
Handy (1995), aponta que as empresas precisam ser globais e locais, pequenas de certo modo
e também grandes, centralizadas uma parte do tempo e descentralizadas na maior parte.
Deseja-se que funcionários tenham iniciativa, mas não abandonem o espírito de trabalho em
time e seus gerentes deleguem mais e ao mesmo tempo não percam o controle e esteja aptos a
necessidade de constante re/adaptação. Tal dualidade traz estresse à função gerencial
informado por Oliver et al (2011).
A decisão, elemento central do trabalho gerencial, apresenta elementos no cenário
atual ligados ao estresse na atividade laboral, como o estresse das decisões, como pode ser
observado por Goldberg (1986, p. 38) o estresse das decisões:
Decisões racionais dependem da capacidade de predizer as consequências das ações
de cada um de nós. Hoje, isso exige manipular extraordinário número de
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informações numa velocidade enorme. Temos de ponderar um número maior de
alternativas em muito menos tempo do que nossos antecessores.
Experiência também revelaram dois princípios básicos que podem explicar os
esgotamentos por executivos que lidam dia após dia com o “estresse das decisões”:
os seres humanos possuem capacidade limitada para receber, trabalhar e recordar
informações (até que ponto é limitada está em discussão, tal e qual saber se essa
capacidade pode ser ou não melhorada).
A economia globalizada, compreendida como produto de interação social e que
envolve inúmeras nações exige que executivos elaborem novas formas de pensar os negócios,
recriem a sua forma de liderar, comunicar, incentivar e desenvolva novas posturas, isso se
quiserem obter vantagem competitiva em sua carreira (ECHEVESTE, VIEIRA, VIANA,
TREZ & PANOSO, 1999). Sendo oportuno a este profissional estar atento as mudanças.
Momentos de crise trazem consigo transformações radicais para o mundo empresarial
e desafios crescentes para os que exercem a função executiva em uma empresa. Para
Goldeberg (1986), a tomada de decisões conduz os executivos a lidar com um mundo em
transição. Previsibilidade e controle, importantes proteções contra o estresse causador de
doenças, parecem cada vez mais inalcançáveis.
A era da gestão estratégica traz incrementos à atividade gerencial, repleta de
incertezas, onde se soma a isto, ao longo dos grandes acontecimentos na economia, que
refletem diretamente na realidade do contexto organizacional, exigindo respostas rápidas
repercutindo em alterações nas suas estratégias (da empresa) frente ao investimento em
pessoal.
[...] marcado por modificações importantes tanto no discurso como no modo de
gerenciamento das empresas. A busca de eficácia é principalmente dominada por
imperativos financeiros em uma economia de mercado que globaliza a economia e
exige organizações sempre mais competitivas, flexíveis e informatizadas. Os
operários, os técnicos e os executivos, cada vez em maior número, conhecem a
experiência do desemprego, da precariedade e da instabilidade profissional;
sintetizando, estamos na era da gestão estratégica (CHANLAT, 2000, p. 33).
A globalização, novos modelos técnico-econômico, mercados competitivos, a
economia cada vez mais volátil, fazem com que todo esse cenário complexo e instável tenha
efeito direto no conceito de carreira e com isso o ambiente de negócios experimenta
mudanças consideráveis. Com isto as novas perspectivas de gestão estão focadas na eficiência
e eficácia para garantir maior lucratividade em suas operações, defendido por Balassiano &
Costa (2006).
O atual nível de competição global altera o nível de disputa entre as empresas e uma
vez alterando a realidade de trabalho na organização, reflete em cadeia também a necessidade
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de gestores altamente qualificados e que atuem fortemente como multiplicadores de mudança,
como se observa:
Como consequência, tendo como referência a realidade brasileira, os gerentes
passam a enfrentar a partir da década de 1990, situações ambíguas, devido aos
processos de reestruturação pelo qual passaram várias empresas, sobretudo em
função das exigências do novo sistema capitalista em construção. Nesse processo de
transformação o contexto é marcado por competição intensificada,
desregulamentação dos mercados, desenvolvimento das tecnologias de informação e
produção e novas políticas e legislação governamentais. (PEREIRA, BRAGA &
ZILLE, 2011).
Este contexto competitivo, de mudanças em velocidade acelerada, com excesso de
tarefas tem contribuído para provocar nos gerentes a degradação da saúde mental e física ou
levando a graves quadros de estresse. Em decorrência deste cenário, tornam-se vulneráveis a
diversos tipos de doenças, como cardíacas, alteração na pressão arterial, ansiedades, aumento
de peso, comprometimento da memória, diabetes e manifestações psicológicas diversas
(GOLDBERG, 1986).
Diante deste cenário incerto, complexo e de grande instabilidade o campo gerencial
desejado por muitos é marcado hoje pelo estresse ocupacional afetando na qualidade de vida
dessa atividade profissional e à medida que a aceleração das mudanças e os novos modelos de
gestão faz com que o gerente se veja às voltas com uma rotina diária desgastante e longa,
vivenciando tensões elevadas decorrentes do ambiente de trabalho e por consequência do
estresse ocupacional (ROSSI, 2005 & CHANLAT, 2005).
As principais fontes de tensões excessivas na atividade dos executivos identificam-se nos
aspectos a seguir:
a) Várias atividades ao mesmo tempo e com elevado grau de cobrança, permeadas por
metas muito difíceis de serem alcançadas beirando em alguns casos o inatingível. O
número excessivo de horas trabalhadas, a filosofia de trabalho pautada pela obsessão
e compulsão por resultados e a excessiva carga de trabalho, muitas vezes
ultrapassando os limites individuais, constituem fontes importantes de tensão
observadas no nível do trabalho de executivos (PEREIRA, BRAGA & ZILLE, 2011).
b) Sobrecarga de trabalho e desconforto como: insegurança em relação ao vínculo de
trabalho, excesso de pressão com prazos curtos (MELO, 2000). Contribui ainda
Goldberg (1986, p. 40), ao informar que a sobrecarga de trabalho, demasiada
responsabilidade com escassa autoridade, subordinadas difíceis, exigências de serviço
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conflitantes, ambigüidade de papéis – todos freqüentemente citados como origens de
distúrbios devidos ao estresse – provavelmente podem ser atribuídos ao problema
maior da mudança rápida.
c) Sobrecarga de tarefas advindas do uso de tecnologias como e-mails, softwares e
sistemas integrados de gestão, como fontes de tensão no trabalho gerencial (ROSSI,
2005).
d) Acentuado nível de tensão que os gerentes recebem do meio e sua capacidade de
suportar deixando-o vulnerável ao estresse ocupacional (ZILLE, 2005).
e) Aprendizado rápido onde ser um gerente eficaz está ligado à capacidade de dar um
salto tecnológico e inserir-se ativamente em novas linhas de trabalho (KLIKSBERG,
1993).
Em relação aos principais sintomas apontados pelos executivos, presentes frequentemente
são: fatiga, dor nos músculos do pescoço e ombros, insônia, falta ou excesso de apetite, dor de
cabeça, nervosismo e ansiedade (COUTO, 1987).
De acordo com Levi (2005), o estresse contínuo relacionado ao trabalho constitui um
importante fator determinante dos transtornos depressivos, além de ser um fator determinante
de aumento de pressão arterial, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC),
esgotamento físico e problemas renais em decorrência da hipertensão arterial.
Outro fator que também contribui para a piora da saúde de executivos está ligado ao
excesso de peso, hábitos alimentares nocivos à saúde de forma geral, falta de exercícios
físicos, o jejum prolongado devido ao grande número de reuniões diárias levando este
profissional a almoçar, comidas rápidas, em sua mesa de trabalho (para aguentar mais horas
em reuniões). Tal comportamento foi informado como atenuante ao infarto por Goldberg
(1986, p. 235-236), onde menciona, peso e estresse formam um circulo vicioso: comer demais
e má digestão podem decorrer de estresse; suscetibilidade a transtornos motivados pelo
estresse aumenta com o peso excessivo. Se você estiver com o peso aumentando 25%, suas
probabilidades de ter um ataque cardíaco são 2,5 vezes maiores. Uma pessoa com peso
excessivo obriga o coração a bombear nutrição para uma quantidade anormal de tecidos. O
resultante desgaste de seu coração e vasos sanguíneos é tremendo, elevado o risco de derrame,
diabetes, hipertensão e doença cardíaca.
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Para Cooper (2005), os ocupantes da função gerencial na atualidade pertencem a uma
cultura empresarial em que as pessoas trabalham mais horas e mais arduamente, a fim de
atingir o sucesso pessoal e as recompensas materiais. Coloca-se de acordo com essa corrente
teórica, Goldberg (1986, p. 338) ao afirmar, o executivo com uma idéia exagerada de ser
indispensável, ou que alimenta a fantasia errônea de que o sucesso exige dias de 16 horas de
trabalho, mais comumente do que se imagina mil maneiras, a prejudicar seu objetivo de
trabalhar eficientemente. Destaca-se o aspecto qualitativo e não a quantidade de horas no
trabalho direta ou indiretamente. Em sua obra: “A saúde dos Executivos”, Goldeberg (1986)
informa que muitos executivos, a despeito de sua imagem externa como homem de aço,
inclinam-se interiormente ante a idéia de assumir responsabilidades maiores.
Complicando mais ainda o estresse das promoções existentes o problema cultural
conhecido como angústia de status.
O estresse ocupacional traz destacada importância na discussão e análise do cotidiano do
dia a dia do profissional executivo, mas fica um questionamento a ser feito: como o executivo
se relaciona com o aparato tecnológico existente na empresa? Sustenta esta pergunta o
momento em que a sociedade se encontra na chamada era da informação e do conhecimento
(LASTRES & ALBAGLI, 1999).
Anteriormente foi levantado nesta pesquisa por Rossi (2005) que há sobrecarga de tarefas
para o profissional no extrato da organização representado pelo executivo, que lida com
tecnologias, softwares, sistemas de gestão, e-mails. Este aparato tecnológico faz parte do
ambiente organizacional justifica a gestão estratégica focada na eficiência e eficácia
informada por Chanlat (2000).
2. METODOLOGIA DE PESQUISA
A amostra foi constituída por conveniência, abrangendo executivos de diversas áreas,
foram obtidos 126 respondentes para a pesquisa através de questionário e mais 14
respondentes a entrevista estruturada, nas mais variadas empresas nos anos de 2011 e 2012,
no mercado do Rio de Janeiro (GIL, 2010).
A relevância das empresas escolhidas responde a importância estratégica destas
organizações na economia brasileira. Empresas pertencentes aos segmentos de: Logística,
Bancário, Universitário, Siderúrgico, Aviação, Telecomunicações, Tecnologia da Informação,
Indústria e Serviços. Sendo importante salientar que os profissionais participantes da amostra
de pesquisa são de diferenciados setores dentro da organização em áreas como exemplo: RH,
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Administração Geral, Operações porém tendo em comum serem todos gerentes de último
escalão nas respectivas empresas.
A Estatística inferencial também foi utilizada, com a aplicação do teste Z para
comparação entre duas proporções. A pesquisa é definida por Gil (2010) como sendo um
procedimento racional e sistemático que objetiva responder a perguntas do pesquisador. As
fases que compõe esta pesquisa se dão através de vários métodos utilizados para explorar o
conhecimento.
O tipo de pesquisa segundo Vergara (2011) representa a modalidade quanto aos fins
seguindo o modelo descritivo que expõe características de uma determinada população onde é
possível estabelecer correlações entre variáveis e buscar definição de sua natureza. E quanto
aos meios pelos quais se obtém informações, segundo Vergara (2011) apresenta-se na
modalidade bibliográfica, onde também é apresentada a pesquisa de campo. A pesquisa
chamada de campo para Vergara (2011) é a investigação empírica realizada no local onde
ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir aplicação de questionário, sendo possível este
ser fechado ou aberto; incluir entrevistas através da modalidade estruturada ou não, aplicação
de testes e observação de participantes.
3. RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO E ENTREVISTA
Nesta seção será apresentada a pesquisa obedecendo em primeiro momento a apuração
dos dados tendo como sequencia resumo das informações levantadas, tendo em primeiro
momento demonstração da pesquisa de campo através da entrevista a 14 respondentes e
finalizando com o questionário fechado aplicado a outros 126 profissionais executivos.
Quadro 01 – Resumo da entrevista dos executivos.
Entrevistado
identificado
como
Idade
do
profissional
Tempo
em anos
no cargo
Carga
horária
D+Ind
Qdt.
de
telefones
Qdt.
de
e-mails
Prática
de
esportes
S/N
Mais de 3
aparatos
tecnológicos
S/N
E1 42 2 14 100 100 X X
E2 40 3 16 100 100 x X
E3 40 5 15 120 200 x X
E4 42 5 13 115 80 X X
E5 42 2 13 40 90 X X
E6 40 3 13 60 100 X X
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E7 35 2 15 50 100 X X
E8 55 4 15 50 60 X X
E9 51 3 14 50 200 X X
E10 43 2 14 100 130 X X
E11 39 5 16 120 200 X X
E12 64 2 14 50 60 X X
E13 57 6 12 100 100 X X
E14 51 4 12 60 120 X X
Média S N S N
14 46 3,5 14 80 118 4 10 14 0
Fonte: autor, 2013.
A coleta de dados da entrevista apresentada no quadro 01, demonstra que no universo
pesquisado, o profissional que hoje ocupa o extrato executivo de empresa representa a figura
de um profissional jovem tendo mais de 40 anos e estando no cargo/função por um período
médio de pouco mais de 3 anos.
A carga horária dos profissionais entrevistado apresenta um dia de trabalho girando
em torno de 14 horas, tendo em média distribuídos de forma direita e indireta. Tal dedicação é
recheada em média por 80 ligações telefônicas e não recebe menos de 100 e-mails de trabalho
por dia trabalhado. Tal pesquisa ainda aponta que este profissionais em sua maioria não
desenvolvem atividade física com constância e para serem mais competitivos não abrem mão
de tecnologias de comunicação para serem mais produtivos ou “eficientes”.
A apresentação do questionário e da entrevista será elaborada seguindo a blocos
temáticos que fazem parte integrante da investigação de campo cujo foco, é o gerente e o
estresse envolvido em sua atividade de trabalho.
Para a modalidade de entrevista foi seguido o seguinte roteiro com cada entrevistado:
faixa etária, quantidades diárias de e-mails e telefonemas recebidos diariamente (relacionados
a atividade de trabalho), níveis de estresse provocados pelas atividades dos executivos,
problemas de saúde relacionados às atividades dos executivos, a importância da tecnologia no
trabalho dos executivos.
3.1. RELAÇÕES ENTRE OS ATRIBUTOS DOS EXECUTIVOS E AS
EMPRESAS.
3.1.1. Faixa etária
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As faixas etárias dos executivos com as respectivas frequências estão distribuídas no
Gráfico 01.
Gráfico 01 - Faixas etárias com as frequências de 126 executivos pesquisados.
0
10
20
30
40
50
60
Quantidades 10 58 40 13 5
20/30 31/40 41/50 51/60 acima 60
Fonte: Elaborado pelo autor (2013).
A realidade apresentada no Gráfico 01, pode-se afirmar que 77,78% (98/126) dos
executivos estão entre 31 a 50 anos de idade, 3,97% (5/126) acima dos 60 anos e 7,94%
(10/126) entre 20 a 30 anos. Pode-se praticamente afirmar que em cada 5 executivos, 4 deles
estão na faixa de 31 a 50 anos. Observa-se que somente poucos executivos estão na faixa de
20 a 30, isto talvez se explique analisando a idade mínima para a obtenção da graduação gira
em torno de 23 anos de idade.
Portanto, 77,78% dos executivos estão entre 31 a 50 anos, enquanto que 22,22% estão
fora deste intervalo.
Na entrevista com 14 executivos, que ocupam funções variáveis nas empresas, a média
de idade entre eles foi em torno de 46 anos, caindo na faixa de 31 a 50 anos conforme descrita
anteriormente.
3.1.2. Quantidades diárias de e-mails recebidos pelos executivos
As quantidades diárias de e-mails recebidos pelos executivos nas empresas encontram-
se descritas no Gráfico 02.
Gráfico 02 - Quantidades diárias de e-mails recebidos pelos executivos nas empresas.
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10
0
10
20
30
40
50
60
Quantidades 60 52 8 6
Até 50 51 a 100 101 a 150 Acima de 150
Fonte: elaborado pelo autor (2013).
Observando-se o Gráfico 07 pode-se afirmar que 88,89% (112/126) dos executivos
recebem até 100 e-mails por dia.
Os dados obtidos através do modelo de pesquisa através de entrevista aponta que 5
profissionais executivos recebem mais de 100 e-mails por dia o que denota quanto mais alto o
posto de comando dentro da organização a quantidade de e-mails recebidos diariamente tende
a aumentar, pois a amostra através de entrevista demonstrou 10 profissionais ligados à função
de Direção no extrato executivo.
3.1.3. Quantidades diárias de telefonemas recebidos pelos executivos
As quantidades diárias de telefonemas recebidos pelos executivos nas empresas
encontram-se descritas no Gráfico 03.
Gráfico 03 - Quantidades diárias de telefonemas recebidos pelos executivos nas empresas.
0
20
40
60
80
100
Quantidades 98 22 5 1
Até 50 51 a 100 101 a 150 Acima de 150
Fonte: elaborado pelo autor (2013).
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Pelo Gráfico 03 pode-se verificar que 95,24% (120/126) dos executivos recebem até
100 telefonemas por dia.
O método de entrevista aponta um percentual muito próximo do questionário,
apresentando o resultado de 13 dos 14 executivos recebem até 100 telefonemas relacionados
ao trabalho diariamente.
3.1.4. Níveis de estresse provocados pelas atividades dos executivos
Os níveis de estresse provocados pelas atividades dos executivos encontram-se com as
respectivas frequências apresentadas no Gráfico 04.
Gráfico 04 - Frequências dos níveis de estresse dos executivos em suas atividades.
0
10
20
30
40
50
60
Quantidades 1 13 47 54 11
Nenhum Pouco Médio Intenso Extremo
Fonte: elaborado pelo autor (2013).
Pelos dados do Gráfico 04 pode-se dizer que 11,11% (14/126) dos executivos têm
pouco ou nenhum estresse, enquanto que 88,89% (112/126) são estressados.
Na entrevista também se constatou que a maior parte dos executivos vivem sua rotina
diária muito estressados.
3.2.5. Problemas de saúde relacionados às atividades dos executivos.
As ocorrências de problemas de saúde relacionadas com as atividades dos executivos
encontram-se descritos no Gráfico 05.
Gráfico 05 - Problemas de saúde relacionados às atividades dos executivos.
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12
56
58
60
62
64
66
Quantidades 66 60
Sim Não
Fonte: elaborado pelo autor (2013).
Pelos dados do Gráfico 05 pode-se afirmar que a maioria (52,38%) dos executivos
apresentaram problemas de saúde relacionados às suas atividades.
O método de campo através da entrevista apontou um número maior de executivos
afirmando sofrerem algum problema de saúde relacionado à sua atividade laboral sendo 9 dos
14 entrevistados.
Os dois métodos utilizados confirmam que a atividade gerencial traz em sua dinâmica
laboral cenários a serem melhor compreendidos por estes profissionais de forma a não afetar
sua saúde.
3.1.6. Tipos de problemas de saúde relacionados às atividades dos
executivos.
A ocorrência dos tipos de problemas de saúde relacionados com as atividades dos
executivos encontra-se descrita no Gráfico 06.
Gráfico 06 - Tipos de problemas de saúde relacionados às atividades dos executivos.
0
5
10
15
20
25
Quantidades 12 24 11 3 9 7
Cardiopatia/
hipertensãoAnsiedade
Aumento de
pesoDiabetes LER/DORT Outros
Fonte: elaborado pelo autor (2013).
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Analisando o Gráfico 06, pode-se notar que 54,55% (36/66) dos executivos que têm
problemas relacionados às suas atividades nas empresas sofrem de cardiopatia/hipertensão ou
ansiedade.
Na análise das entrevistas dos 14 dos executivos entrevistados, 9 informaram sofrer
problemas de saúde relacionado à sua atividade laboral sendo que 6 destes profissionais
apresentam maior incidência de problemas de saúde relacionados à cardiopatia/hipertensão ou
ansiedade.
Combinando o cruzamento de dados com os dois métodos adotados nesta pesquisa
obtém-se que a modalidade de entrevista confirmou o resultado obtido com o questionário
aplicado ao apontar que a maioria dos executivos sofrem de problemas de saúde relacionados
à sua atividade laboral com destaque de maior a incidência de problemas relacionados à
cardiopatia/hipertensão ou ansiedade.
Confirma a dedução acima a descrição de relatos obtidos através da exposição
resumida das entrevistas com profissionais que fizeram parte desta pesquisa, contribuindo
com a informação de que a maior parte dos problemas de saúde ligados a atividades laboral
dos executivos estão relacionados à maior incidência a problemas relacionados a
cardiopatia/hipertensão ou ansiedade.
A seguir, o relato de profissionais executivos entrevistados, identificados por E
(executivo 1, executivo 2, executivo 3 e assim por diante):
E3: “Foi perguntado ao profissional entrevistado se conseguia identificar algum
problema de saúde relacionado à sua atividade laboral onde foi obtido como resposta que
apesar de gostar de praticar esportes está com problemas relacionados à pressão alta, tomando
remédios para controlar a cardiopatia, o entrevistado mencionou que tal problema é comum
em momentos de extremo estresse da atividade e, que após o susto passou a se cuidar melhor
e hoje lida melhor com esta situação”.
E4: “Sobre o quesito saúde, a E4, relata que anda com uma bolsinha de remédios em
sua bolsa e tenho gastrite, ansiedade, refluxo, resfriado constantemente. Tudo isso creio que
seja do estresse por essa correria que representa minha atividade profissional”.
E11: “Foi perguntado ao profissional entrevistado se conseguia identificar algum
problema de saúde relacionado à sua atividade laboral onde foi obtido como resposta que
apesar de gostar de praticar esportes, está com problemas relacionados à pressão alta,
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tomando remédios para controlar a cardiopatia, a pressão alta e insônia. O entrevistado
mencionou que tal problema é comum em momentos de pressão e reuniões”.
3.1.7. A importância da tecnologia no trabalho dos executivos.
A tecnologia torna-se ferramenta para ditar o ritmo dos profissionais executivos de forma que
sem esses aparatos, representa emperrar todo o processo de trabalhar, produção, construção e
execução. A este aparato incluem-se: telefone, telefone celular, rádio nextel, Black Barry,
notebook, internet, ipod, ipad, e-mail, skype, smartphone, Bluetooth no rádio do carro,
datashow para reuniões e vídeo-conferência
Gráfico 07 - Importância da tecnologia no trabalho dos executivos.
0
20
40
60
80
100
Quantidades 0 1 100 25
Nenhuma/pouco RazoávelImportante/muito
importanteNecessária
Fonte: elaborado pelo autor (2013).
4. DISCUSSÃO, ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS DA
PESQUISA.
A presente pesquisa objetivou conhecer a realidade da saúde de profissionais
ocupantes do extrato gerencial no contexto de negócios frente a realidade atual, com as
demandas diárias, seus desafios e com isso evidenciar o como anda a saúde desses
profissionais.
A trabalho de campo na modalidade de questionário, abrangendo 126 executivos,
verificou-se que 88,10% deles têm no máximo 15 anos na empresa, cujos resultados
concordam em parte com os obtidos por Gastaldello et al. (s/d) ao estudarem a influência de
valores pessoais de executivos brasileiros e argentinos em negociações comerciais,
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encontrando em torno de 8 anos em cada empresa, sendo que no Brasil a média é um pouco
superior pois a extensão territorial é maior, bem como o número de empresas.
Na entrevista aplicada a 14 executivos, que ocupam funções variáveis nas empresas, a
média de idade entre eles foi em torno de 46 anos, caindo na faixa de 31 a 50 anos conforme
descrita anteriormente.
Realmente, a maioria dos executivos são jovens, sendo que as empresas atualmente
preferem a jovialidade entre os seus gestores, de modo a serem mais adaptados à globalização
atual.
Os executivos ocupantes de cargos mais elevados na organização respondem por uma
quantidade de e-mails muito próxima ou acima de 100 e-mails diários, sendo este, um dos
maiores vilões do trabalho fora de expediente assim como o telefone celular.
A pesquisa demonstrou que alguns executivos recebem em torno de 120 e-mails por
dia o que para uma carga horária de 10hrs por dia daria algo em torno de 1 e-mails a cada 5
minutos demonstrando que estes profissionais vivem em ritmo de alta produtividade. Outras
pesquisas apontaram resultados semelhantes como Scanfone, Neto & Tanure (2008),
informam que metade dos executivos responde e-mail fora do local de trabalho e que suas
empresas permitem o acesso o que contribui para aumentar o trabalho indireto. Segundo
Echevest et al (1990), as tecnologias de informação permitem aos executivos do mundo
globalizado aumento de produtividade, por isso a grande quantidade de e-mails que estes
profissionais respondem diariamente.
O método de entrevista apontou que os profissionais que ocupam posição próxima ao
topo de comando nas organizações como Diretor Geral e Diretor executivo, 6 dos 14
profissionais entrevistados, recebem mais de 100 e-mails por dia estabelecendo uma relação
de que quanto mais alta a posição no extrato de comando recebe-se mais de 100 e-mails por
dia.
A totalidade dos profissionais que ocupam o extrato de executivo da organização
atende a uma quantidade grande de telefones relacionados ao trabalho e principalmente fora
do ambiente de trabalho contribuindo para a carga horária indireta como resultado de uma
rotina diária desgastante (ROSSI, 2005 & CHANLAT, 2005).
O aumento da carga horária indireta contribui para que os profissionais executivos
encontrem superação de limites diariamente como cita Pereira, Braga e Zille (2011).
Este aumento de carga horária indireta significa o tempo que não será destinado ao lazer, ao
cônjuge/companheiro (a) e que terá de compreender até que momento? (SCANFONE, 2006).
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Os métodos de pesquisa quantitativa e qualitativa constatou que a maioria dos
executivos têm rotina diária muito estressante. Dos atenuantes dessa realidade está carga
horária muita extensa, falta de intervalo entre as demandas advindas do cotidiano, alto nível
de estresse, quantidades absurdas de e-mails e ligações telefônicas relacionadas ao trabalho
como citado por Cooper (2005); Tonelli e Alcadipani (2011).
Os dois métodos utilizados confirmam que a atividade gerencial traz em sua dinâmica
laboral cenários a serem melhor compreendidos por estes profissionais e por empresas de
forma a não afetar sua saúde.
A falta de tempo destinada ao lazer acaba sendo utilizada para gerar relatórios,
projetos, reuniões, e-mails, eliminação da vida social contribuem também para a perda da
saúde desses profissionais. A prática do lazer propicia ganhos para o profissional, como citado
por Aguiar (2000).
O método de entrevista confirmou o resultado obtido com o questionário ao apontar
66,66% dos executivos sofrem de problemas de cardiopatia/hipertensão ou ansiedade, todos
relacionados às suas atividades profissionais ao ter 9 profissionais que apresentam os mesmos
problemas de saúde.
Nos dois métodos de pesquisa de campo utilizados nesta pesquisa revelou que a
maioria dos executivos entrevistados possuem problemas de saúde relacionados às suas
atividades nas empresas e sofrem de cardiopatia/hipertensão ou ansiedade.
Veja a descrição do relato de uma executiva entrevistada
E11: “Foi perguntado a profissional entrevistada se conseguia identificar algum
problema de saúde relacionado à sua atividade laboral onde foi obtido como resposta que
apesar de gostar de praticar esportes, está com problemas relacionados à pressão alta,
tomando remédios para controlar a cardiopatia, a pressão alta e insônia. O entrevistado
mencionou que tal problema é comum em momentos de pressão e reuniões”.
O referencial teórico apontou que profissionais executivos vivem uma realidade
estressante e sua atividade laboral favorece o surgimento de problemas de saúde relacionados
à ansiedade, hipertenção, doenças do coração, assim como gastrites e também problemas de
fundo emocional como citou Goldberg (1986); Lastres e Albagli (1999); Pereira, Braga e Zille
(2011) e Chanlat (2005).
Os modelos de estudo de campo testados na presente pesquisa demonstrou que a
tecnologia está inserida no trabalho dos profissionais executivos para gerar aumento de
produtividade. Como exemplos têm-se: telefone, telefone celular, rádio nextel, Black Barry,
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notebook, internet, ipod, ipad, e-mail, skype, smartphone, Bluetooth no rádio do carro,
datashow para reuniões e vídeo-conferência (TONELLI & ALCADIPANI, 2004).
A tecnologia faz parte de seu cotidiano ditando o seu ritmo de trabalho. Daí surgirem
expressões encontradas na literatura como gerente-ciborgue mencionado por Tureta, Tonelli
& Alcadipani (2011).
5. CONCLUSÃO
Conforme os resultados obtidos com o cruzamento dos dois métodos de pesquisas
aplicados, a média de idade destes profissionais está no intervalo de 31 a 50.
O tempo médio deste profissional na empresa é cerca de 5 anos sendo que
aproximadamente 60% destes, permanecem pelo mesmo tempo como executivos,
apresentando forte relação de fidelidade a seu projeto individual de carreira e muitos
executivos fazem uso de ferramentas de planejamento de carreira, headhunters, networks,
competências, habilidades e formação continuada para ser mais atrativo ao mercado.
Em média os gerentes que ocupam cargos mais elevados, permanecem por cinco anos
na empresa.
Sua dinâmica de trabalho apresentou uma quantidade grande de e-mails e telefonemas
e uma carga horária extensa, apresentado reflexo na saúde de grande parte dos profissionais
que ocupam este extrato da organização.
O estresse, problemas relacionados a cardiopatia, ansiedade e hipertensão representam
a maior incidência no nível gerencial. Isto aponta uma oportunidade para as empresas
repensarem o dia a dia destes profissionais que tomam decisões em nome da organização.
O presente artigo objetivou trazer a discussão da saúde de profissionais executivos,
pressionados por números e resultados acabam relevando sua saúde em último lugar na lista
de prioridades. A reflexão também está voltada a empresas a repensarem a questão laboral de
seus profissionais em posição de comando, o que para Goldberg (1986), se acrescentarmos a
esses números o que se perde em habilidades, experiência, conhecimentos pessoais e saber
dos administradores cujas carreiras são interrompidas abruptamente, e a eficiência reduzida de
gerentes atormentados por enfermidades apoquentadoras e distúrbios emocionais, o custo
ultrapassa quaisquer cálculos. Realmente, a inteligência e energia humanas são nossos
recursos mais decisivos.
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