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AJES INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO ESCOLAR 8,5 RECURSOS HUMANOS: NOVOS DESAFIOS NA ESCOLA ESTADUAL MANOEL BANDEIRA EM ALTA FLORESTA /MT MARCIA AGUIAR DA SILVA [email protected] Orientador: prof. Ilso Fernandes do Carmo. ALTA FLORESTA/2013

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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO ESCOLAR

8,5

RECURSOS HUMANOS: NOVOS DESAFIOS NA ESCOLA ESTADUAL MANOEL

BANDEIRA EM ALTA FLORESTA /MT

MARCIA AGUIAR DA SILVA

[email protected]

Orientador: prof. Ilso Fernandes do Carmo.

ALTA FLORESTA/2013

AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO ESCOLAR

RECURSOS HUMANOS: NOVOS DESAFIOS NA ESCOLA ESTADUAL MANOEL

BANDEIRA EM ALTA FLORESTA/MT

MARCIA AGUIAR DA SILVA

[email protected]

Orientador: prof. Ilso Fernandes do Carmo.

"Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Gestão Escolar e Orientação Escolar."

ALTA FLORESTA/2013

RESUMO

Este trabalho mostra a importância do bom convívio no ambiente de

trabalho. O tema desenvolvido é: Recursos humanos: Novos desafios na Escola

Estadual Manoel Bandeira em Alta Floresta – Mato Grosso. O objetivo é descrever a

interação das pessoas no ambiente escolar. Ao considerar que os bons

relacionamentos gera bom desempenho profissional, harmonia e segurança, e que

conflitos tem efeitos destrutivos, houve a necessidade de pesquisar a realidade dos

relacionamentos interpessoais na Escola Manoel Bandeira.

O estudo desenvolve-se dentro de uma pesquisa bibliográfica, aplicação de

questionário e análise de resultados.

A partir da análise das respostas dos questionários se confirma que existem

problemas acentuados de relações humanas no convívio profissional. Os quais

estão comprometendo o desempenho de professores e funcionários e interferindo no

desenvolvimento das ações da escola.

Palavras-chave: Relações humanas, ética, conflito, divergência e harmonia.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................04

CAPITULO I Referencial teórico ....................................................................06

1.1 – Os desafios .............................................................................................06

1.2 – Á ética ......................................................................................................12

1.3 – O papel do gestor ....................................................................................16

CAPÍTULO II - Metodologia ..........................................................................22

CAPÍTULO III – Análise e interpretação ...........................................................23

CONCLUSÃO ...................................................................................................33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................34

INTRODUÇÃO

Relacionamento interpessoal e desempenho profissional estão intimamente

ligados. A arte de saber conviver precisa emanar. No trabalho as pessoas têm seus

hábitos, instruções, cultura, religião e formas diferentes de pensar. O segredo está

em saber lidar, ter autoconhecimento, saber das próprias limitações e compreender

o outro. Quando não há postura ética no relacionamento, a tendência é gerar

conflitos que tem como conseqüência a improdutividade e a insatisfação profissional.

A equipe gestora deve buscar e aprimorar maneiras de sanar dificuldades e

promover harmonia e bem estar.

Devido aos problemas de relacionamentos que vem ocorrendo na Escola

Estadual Manoel Bandeira, sentiu-se a necessidade de realizar esta pesquisa, a fim

de apurar o que realmente está acontecendo. Verificou-se que o desempenho

profissional está sendo prejudicado. Estão deixando de expor opiniões e realizar

suas funções a contento. Percebe-se a necessidade de melhorar os recursos

humanos a fim de tornar um ambiente agradável, cooperativo e harmonioso.

É provável que o problema na interação das pessoas esteja relacionado à

falta do autoconhecimento. Não estão reconhecendo as próprias falhas e apontando

as falhas do outro.

O objetivo é descrever a interação de pessoas no ambiente escolar. Quanto

à metodologia foram realizadas leituras e análise de bibliografias específicas sobre o

tema. Foram consultados dicionários e enciclopédias. Foi aplicado questionário com

professores e funcionários a respeito dos recursos humanos.

O trabalho foi desenvolvido em três capítulos: Capítulo I: Referencial

Teórico, que trata da pesquisa bibliográfica sobre relações humanas em três itens:

Desafios, ética e o papel do gestor. Capítulo II: Metodologia, conta o processo de

elaboração e aplicação do questionário, conversa informal com professores e

funcionários e as leituras realizadas. Capítulo III: Análise e interpretação do

questionário, mostra as questões com os dados porcentuais, análise e o resultado

da pesquisa.

Pretende-se neste trabalho apontar novos desafios perante a relação entre

pessoas. Sugerir estudos e palestras e encontros que avivam a amizade,

companheirismo e o bem estar profissional. Conscientizar que num ambiente cada

pessoa tem sua particularidade. Nela pode construir relações firmes e permanentes

a medida que se prontifica para aceitar e respeitar o semelhante.

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CAPITULO I – REFERENCIAL TEÓRICO

1.RELAÇÕES INTERPESSOAIS

1.1 OS DESAFIOS

O fortalecimento dos relacionamentos entre colegas e equipes é um desafio.

Conscientizar de que o sucesso profissional está ligado também na forma de agir e

reagir com o outro. Ter olhar especial para as diferenças individuais e saber

conviver.

Para um relacionamento próspero, é preciso cooperação e colaboração de

ambas as partes, as atitudes devem ser responsáveis, sinceras e afetuosas. Estar

preparado para as decepções, pois ninguém é perfeito. Deve ser progressivo,

crescente e atingir amadurecimento. Buscar consenso nas negociações ou decisões

a serem tomadas. Escolher sempre o melhor para o grupo.

Construir no cotidiano escolar relações interpessoais solida e crescente para

que haja motivação entre professores e funcionários, com rendimentos na função

em que atua, com pontualidade, criatividade e produtividade. Os relacionamentos

são preservados quando se compartilha informações e buscam diálogos para

soluções dos problemas.

As relações humanas apontam novo rumo de mudanças relacionadas ao

modelo tradicional e o que propõe no momento. Precisa-se ser motivados,

qualificados e melhorar a comunicação interna. Segundo MIRANDA (2012, p.1),

"Para gerar e manter alta a motivação nas escolas, deve-se desenvolver atributos

relacionados à comunicação, ao relacionamento interpessoal, a motivação,

qualificação de líderes e auto-estima."

A abordagem de MIRANDA (2012), enfatiza o dever da escola de promover

atividades para assegurar a motivação de forma permanente no grupo. Entre elas

elevar a auto-estima, fortalecer a comunicação e as relações interpessoais.

Um dos problemas nas relações é quando manipula alguém para atender os

próprios interesses, ou a própria vaidade, sem qualquer principio ético. São atitudes

ambiciosas e egoístas que não visa o crescimento coletivo sadio.

Relacionar pede cautela, desfazer o egoísmo e desenvolver a confiança,

mesmo nos momentos mais delicados. Na convivência do ambiente escolar o

impedimento nas relações interpessoais está relacionada a não aceitar e não

entender as diferenças. MAGALHÃES (2004, p.4), cita os maiores equívocos nas

relações interpessoais:

Esquecer que o outro é outro;

Exigir do outro condutas que ele não tem condições de desempenhar;

Querer que o outro, pense como eu penso, goste do que eu gosto, queira o que eu quero;

Achar que o poder se concentre de um único lado das partes envolvidas em um relacionamento;

Acreditar que se pode mudar o outro;

Negar-se como pessoa única;

Ver a possibilidade de abdicar de um querer pessoal como sinal de fraqueza.

Os itens citados por MAGALHAES (2004) apresenta o quadro da

desvalorização em relação ao próximo como ser humano.Quando uma pessoa quer

transformar o outro a própria visão de mundo, ou mudar o outro ao seu modo,

envolvendo: educação, sentimentos, razão e o profissional. Cobrar do outro ações

fora das suas possibilidades, ignorar o outro como único e capaz de direcionar o

próprio destino.

Está em cada pessoa facilitar ou dificultar as relações. A medida que se

conscientize da necessidade de conviver bem, de compreender e ajudar o próximo,

agir com honestidade a partir das qualidades, contribuir para boas relações. Mas

quando age com críticas destrutivas, falsidades e mentiras contribuem para que as

relações sejam mais difíceis.

Referindo-se as relações interpessoais percebe-se que existem dificuldades

em todas as entidades que tem no quadro várias pessoas para desenvolver as

tarefas ou trabalho. Para OSWALDO, (2012, p.1):

A dificuldade de relacionamento entre pessoas é um dos principais problemas vivenciados no mundo moderno, quer seja entre amigos, entre pessoas da família ou entre colegas de trabalho. Minhas experiências na área acadêmica e em consultorias organizacionais corroboram com essa afirmação, já que são inúmeros relatos de conflitos interpessoais que recebo semanalmente.

De modo geral essas desavenças surgem na interação diária entre duas ou mais pessoas, ocasionadas por divergências de idéias, por diferenças de personalidade, objetivos ou metas e por variedades de percepções e modos de analisar uma mesma informação ou fato.

07

Na concepção de OSWALDO (2012), O consenso está em baixa na

atualidade, os conflitos ganham espaço na família, entidades, instituições e

ambiente de trabalho. As pessoas preferem impor suas opiniões e não uni-las

visando um único objetivo. As dificuldades de relacionar estão embutidas nas

divergências de idéias, personalidade, objetivos e metas. Cada qual com a sua

maneira de ver, agir e reagir diante das situações e fatos.

Segundo MATURANA E BRUNNEL (1998), apud BRANDÃO (2012), mesmo

nos tempos antigos, o homem precisou relacionar para garantir as necessidades

básicas para sobreviver. Unir para vencer os inimigos e não serem consumidos.

Para vencer o grupo precisava de harmonia, companheirismo e fidelidade, aliados a

um mesmo objetivo e meta. Nos tempos modernos a essência é a mesma: o grupo

só vence se unir e viver em harmonia no trabalho.

O ambiente de trabalho influencia no comportamento humano, nas

emoções, nos sentimentos e no empenho profissional. Nele está a oportunidade de

ampliar a quantidade de pessoas para relacionar, interagir, contribuir e transformar.

Conhecer-se a si mesmo melhor e o outro, valorizar e integrar se para boas

relações, facilitar a interação e dispor se a viver e conviver com dignidade moral e

social.

Segundo CARDOSO, 2007, p. 2)

No ambiente de trabalho o que deve predominar são as condições para uma verdadeira harmonia entre o homem e o trabalho, e vice e versa. A base correta para um bom relacionamento é ter percepção dos nossos deveres e obrigações, e dos limites e regras que fazem a relação social ser harmônica.

CARDOSO (2007), defende um ambiente harmonioso e eficaz. Cada qual

deve ser ciente de suas responsabilidades como profissional. Reconhecer os

próprios limites, ser atento as regras, Atitudes estas que constrói uma relação sadia

entre homem e trabalho.

Para preservar bons relacionamentos, sejam eles profissional, familiar ou

social deve seguir alguns valores morais como: confiança, tolerância, respeito,

sinceridade e amor.

Todas as pessoas quase todos os dias lidam com pessoas. Nem sempre é

possível agradar ou ser do agrado, e pode causar conflitos no ambiente. Conflitos

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que podem ser trabalhados e gerar pessoas tolerantes as diferenças e mais

harmoniosas. BARROS (2012, p.1) comenta,

Dentre as tantas inteligências emocionais que uma pessoa possui, a relação interpessoal é uma de grande destaque, pois é a forma como o indivíduo lida com seu meio social, seja na família, na escola ou no trabalho. Como a escola é um espaço social de grande número de pessoas é normal que aconteça conflitos. O que não pode ser comum é o desprezo em relação aos incômodos, pois esses devem ser trabalhados a fim de tornar os sujeitos mais tolerantes com o próximo.

BARROS (2012), destaca a importância da relação interpessoal como forma

única para lidar com as mais variadas situações, em que há necessidade de

comunicar. Não se podem ignorar os conflitos. Quanto maior o ambiente e

quantidade de pessoas, maiores são os conflitos. Os conflitos não devem

prevalecer, devem ser trabalhados para que haja tolerância e respeito com o colega

de trabalho.

Boas relações representam avanços e conquistas profissionais. As trocas de

opiniões, o equilíbrio e o empenho contribuem para vencer os empecilhos e as

dificuldades individuais e coletivas.

Para equilibrar bem a relação com o outro é fundamental que esteja bem

consigo mesmo. Nos tempos atuais as pessoas vivem na correria, tendo muitos

afazeres e compromissos, e faz com que fiquem mais estressados, cobrando muito

de si mesma. Fatos que comprometem as relações humanas. Segundo LEITE

SOBRINHA, (2010, p.2),

Hoje em dia as relações interpessoais estão cada vez mais difíceis, com o estresse que vivemos ficamos mais intolerantes conosco e com os outros. Talvez este seja o momento de refletirmos um pouco mais a respeito dos nossos sentimentos e atitudes. A cobrança excessiva que fazemos a nós se estende a outro. Fiscalizamos tanto o que devemos falar ou como agir que colocamos na verdade uma máscara para sermos aceitos e conseguirmos alguma vantagem.

Na concepção de LEITE SOBRINHA (2010), a forma como nos tratamos,

influencia nos relacionamentos com outras pessoas. Propõe uma auto-reflexão em

relação ao próprio comportamento e a necessidade de desprender da auto-

cobrança. Há casos de iniciar o trabalho já estressado, que além de prejudicar os

relacionamentos interfere no desempenho profissional.

As pessoas gostam e querem ser tratadas com respeito e consideração. A

partir de então aparecem resultados positivos e permanentes. Possibilita atitudes

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mais harmônicas e incentiva a se comprometer mais do ponto de vista profissional e

afetivo.

Nas relações humanas é bom lembrar que as pessoas que trabalham num

determinado ambiente têm vida social e função diferente, pensam, alimentam, vive

de forma diferente, isso precisa ser levado em conta. LEITE SOBRINHA (2010),

comenta:

Que todos têm defeitos e qualidades. As qualidades devem ser destacadas, com a finalidade de tornar o ser humano melhor. É preciso instaurar a harmonia nas relações interpessoais, comunicar, dialogar e recuperar a dignidade.

Para LEITE SOBRINHA (2010), as qualidades devem sobrepor os defeitos.

Na realidade ocorre o contrário, os defeitos são mais acentuados. A harmonia é

construída a partir do momento em que as qualidades são valorizadas. Falta refletir-

se que os defeitos e qualidades faz parte da vida de todos, como também os acertos

e erros. Quando se dá maior importância as virtudes e as divulgue, o ser humano se

torna melhor, age melhor, entende, é solidário e aprende também a ver as

qualidades nos outros. Aliás, é o que falta nas escolas e em outras instituições é

aprender a ver qualidades no colega de trabalho e sempre elogiar.

Os anseios do ser humano é ter suas necessidades individuais realizadas

com sucesso e satisfação. Entre as realizações está o relacionamento interpessoal.

O qual é responsável pela convivência em grupo. No grupo cada um se difere em

personalidade, sentimentos e emoções.

Saber ouvir é significativo para as relações humanas. Evita decisões

precipitadas e julgamentos injustos. Aprende a respeitar as diferenças individuais.

Aprende pontos de vista diferentes, enriquece com sugestões, abre espaço e

confiança para o diálogo.

As relações interpessoais são baseadas em dar e receber, enxergar a

realidade e o novo, saber aceitar, ser sábio para ser aceito, entender o outro, ser

ciente de que também e preciso ser compreendido pelo outro. Saber ouvir, ser

prudente ao falar. Preparar para a vida é saber relacionar, Existem perspectivas

diferentes em relação a quase tudo, principalmente no trabalho. Se não houver

cuidados pode trazer conflitos. Para PEPE (2004, p.2):

Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar e assim também o trabalho é visto de sua forma especial. Há pessoas mais disposta

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a ouvir, outras nem tanto, há pessoas que se interessam em aprender constantemente outras não, enfim as pessoas têm objetivos diferentes e nesta situação muitas vezes priorizam o que melhor lhes convém e as vezes estará em conflito com a própria empresa.

Na abordagem de PEPE (2004), a personalidade de cada um deve ser

considerada nos pormenores. No trabalho precisa cautela e dar prioridade ao que

convém a empresa, dessa forma evitar conflitos. Considerar que as pessoas não

pensam iguais e nem tem a mesma visão sobre as coisas, todos tem a própria

historia. O interesse das pessoas sobre ouvir,falar, aprender variam bastante. O que

deve ficar claro é que na escola o que importa é o que convém a escola, seus

objetivos e metas.

Para estabelecer boas relações é necessário respeitar o semelhante nas

suas características físicas, raciais, emotivas e psicológicas. É complicado pensar na

possibilidade de relações perfeitas. Mas pode haver tolerância e aceitação no que se

refere a crença, hábitos e valores..

Não convém querer transformar as pessoas aos próprios conceitos e visão

de mundo. MAGALHÃES (2004) diz:

Cada pessoa tem seu estilo, sua forma de desenvolver funções, visão e interpretação das coisas e fatos. As complicações acontecem quando desconhece o outro como único. Quando desconsidera a cultura, necessidades, expectativas, objetivos e vivencias.

No conceito de MAGALHÃES (2004), os problemas nas relações são

maiores quando não percebe a individualidade. Cada pessoa tem vida, educação e

cultura própria. As experiências de vida de uma pessoa são diferentes da experiência

de vida da outra. Tais divergências podem contribuir para melhorar as ações da

escola.. Infelizmente na maioria das vezes as idéias boas e prosperas acabam

excluídas.

Um dos passos para iniciar uma amizade é interessar pela outra pessoa.

Desenvolver a cada dia a empatia e a confiança. A vivencia diária do individuo e as

questões sociais são relevantes para o desenvolvimento das relações humanas.

Porque a troca de experiência ativa o diálogo e a interação.

Para CARDOSO (2007), ”A capacidade de nos relacionarmos de forma

consciente e voluntariamente uns com os outros. As relações humanas se

estruturam através das interações entre as pessoas no seu dia-a-dia.”

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Nota-se no texto de CARDOSO (2007), para relacionar-se bem com outras

pessoas, precisa dispor e querer. Na convivência constitui-se a interação. O

cotidiano faz com que as relações sejam estruturadas.

As ações pessoais são reflexos do seu estado interior, que podem ser

percebidos pelo tom de voz e o olhar. Expressão essa, que possibilita a garantia de

convívio coletivo alegre, harmonioso e pacifico. Ou até mesmo provocar

desentendimentos e frustrações.

A cada mensagem que se recebe há uma forma de agir, a tendência quase

sempre é devolver a mesma moeda. Para FERA (2013), ”Se a pessoa reagir em seu

interior de maneira harmoniosa, vai refletir a felicidade em si e em quem estiver ao

seu redor.”

No texto de FERA (2013), a forma como conduzimos o nosso interior, de

preferência para o bem, vai produzir bons resultados para a própria pessoa e o

semelhante. Quando a pessoa está bem consigo mesma consegue promover um

ambiente tranqüilo e de paz. As agitações do dia a dia provocam estresse,

nervosismo, e isso pode ser repassado para outros. Melhor é refletir sobre o estado

interior e se esforçar para ser pacificador em qualquer ambiente.

1.2 A ÉTICA

Os valores éticos são necessários para melhorar o convívio entre as

pessoas. A falta dos mesmos causa conflito nas relações interpessoais. A ética

permite o indivíduo agir de forma humana, harmoniosa e respeitosa com o

semelhante.

Quando se fala em ética, refere-se ao cuidado e atenção para o bem estar

do outro. Para isso deve-se cultivar valores como: educação, compreensão,

responsabilidade e empatia.

A ética deixa as relações mais humana, compreensiva e tolerável. A carreira

profissional será próspera a partir de quando o individuo tem por objetivo agir e

reagir com atitudes éticas.

O trabalho é uma oportunidade de ascensão. Para exercer bem o cargo ou a

função são necessários conhecimentos teóricos e práticos. Mas não bastam se não

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tiver aprendido manejar as condutas do bom convívio, Nele inserido: bem estar,

auto-estima, confiança, respeito, diálogo e ética compartilhada.

A ética é aprimorada a medida que se pensa no outro de forma humana.

Segundo BRESSANI (2013, p1),

É importante desenvolver a consciência de onde termina você e onde começa o outro. Mas quais são as suas necessidades e quais são as necessidades do outro dentro das relações? ... Eu entendo por ética conduta de vida onde sempre precisa estar presente um pensamento básico: tudo que me faz mal, que me incomoda, que me deixa infeliz, provavelmente poderá também afetar o outro e fazer lhe o mal, incomodá-lo e deixá-lo infeliz... E é isto que eu chamo de conduta ética: é saber que o que me atinge como indivíduo e ser humano poderá também atingir o outro, como individuo e ser humano... Jamais devemos nos esquecer de que a base para a relação individuo / individuo é a ética e a moral que tem como principio básico o respeito e a confiança. Caso contrário, o que teremos é uma banalização da vida e, conseqüentemente, das relações que se tornam cada vez mais descartáveis. Todos se tornam descartáveis porque falta amor e respeito pela vida, bem como falta confiança de que a vida proverá.

No texto de BRESSANI (2013), só há ética quando na auto avaliação coloca

o outro na própria condição, sentimento e emoção. Quando se conscientiza que o

outro tem direitos, deveres e necessidades. A ética e a moral são estruturas

fundamentais nas relações humanas, nela desenvolve o amor, o respeito e a

confiança mutua. Quando não há ética a relação humana é vil.

A ética em si possibilita o relacionamento interpessoal. Para que os

relacionamentos em qualquer ambiente sejam produtivos é necessário o

autoconhecimento e reflexão em relação ao próprio caráter. Para OLIVEIRA (2009),

A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Saber trabalhar em equipe origina-se na aptidão interpessoal: Se me conheço, consigo estabelecer relacionamentos saudáveis e reconhecer o outro.

Na visão de OLIVEIRA (2009), o equilíbrio do bom relacionamento está na

ética. A reciprocidade no bom relacionamento permite estabelecer laços prósperos

no ambiente. O autoconhecimento é fundamental para reconhecer e valorizar o

outro. A ética é o ponto de partida para não prejudicar o semelhante. Trabalhar em

equipe ainda é um desafio para muitos, mas é necessário para o desenvolver

relações saudáveis e uma carreira profissional próspera.

Nem sempre o ambiente está propicio para agir eticamente. Precisa de um

esforço. A prática da ética não é simples, é preciso determinação e desenvolver no

ego virtudes como: humildade, justiça, amizade, companheirismo e segurança.

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As pessoas são cobradas no lar, no trabalho, na igreja e na comunidade,

Muitas vezes sentem na obrigação de ser melhor que o outro, e em alguns casos

difama o próximo e a partir de então surgem ressentimentos. Todos precisam

crescer profissionalmente, ser competente, sem inferiorizar ou prejudicar o colega.

Em qualquer que seja o local que freqüenta ou trabalha, precisa de

autodomínio nas palavras e ações. Ser sensato no que diz contribuem para boa

convivência.

Não pode negar que onde há pessoas há problemas para relacionar. Utilizar

da discrição e da ética é a forma de resolver situações para não chegar a um final

ruim. Cuidar sempre do que comenta em relação a todos e tudo que refere ao

trabalho. Conforme SOUZA (2010),

Quantas vezes uma situação ruim pode ter um desfecho feliz ou sem maiores complicações, quando, ao invés de criticar apenas, e assim, sentir-me isento de responsabilidades, procuro resolver a situação de forma solidária com o outro, procurando compreender e ajudar na determinada situação seja com palavras ou ações. Aliás, um dos grandes problemas nos relacionamentos nem são as ações, são as palavras que ouvimos, reproduzimos ou proferimos todos os dias em relação ao nosso colega de trabalho, nosso ambiente de trabalho, nosso contexto social, e que afetam diretamente a qualidade dos serviços que prestamos ou nos prestam.

Na abordagem de SOUZA (2010), as palavras podem ser as vilãs nos

relacionamentos. O que fala, o que ouve, conforme conduzido prejudica o

desempenho no trabalho. Ser solidário é uma das formas para transformar o que

poderiam ser ruim em bom. Nas situações mais complicadas, deve compreender e

ajudar o outro para que os problemas ocorridos sejam solucionados. A crítica

apenas não e a melhor forma, pois pode gerar conflitos, e o caso em questão pode

não ser resolvido. Ser sábio e prudente nas ações e palavras em relação ao colega

de trabalho. Um ambiente tumultuado não produz serviços de qualidade.

Para habilitar a ética é preciso conhecer-se a si mesmo, auto avaliar os

sentimentos, as emoções, a razão, os acertos e os erros. Sensibilizar-se com as

tristezas e alegrias do outro. Criar fontes de equilíbrio entre o próprio “eu” e o outro.

A ética deve estar constantemente nos relacionamentos interpessoais, pois

cultiva e envolve as virtudes que devem ser presentes em qualquer ambiente, seja

escola, trabalho, igrejas ou associações. Para SOUZA (2010):

A ética tem efeito positivo e deve ser cultivado. Toda atitude ética colabora para o bom desenvolvimento. Nas decisões em equipe é preciso ética em todas as situações. Deve considerar que as pessoas são passivas a erros,

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mas também de acertos. Deixar as críticas vazias e destrutivas e pensar no outro. Ser sempre justo e ético.

Na expectativa de SOUZA (2010), o segredo do bom desenvolvimento é a

ética. A equipe é vista na possibilidade de acertos e erros, não permite que as

críticas destrutivas predominam, oportuniza as pessoas a refletirem sobre si e o

outro. A ética conduz as pessoas ao crescimento para ações boas e prósperas,

capazes de envolver com outras pessoas de forma amorosa e solidária e ainda

desenvolve o senso de justiça.

Para ASSAD (2012, p2),

Ser ético significa preservar o direito do próximo em suas crenças e valores, mesmo que sejam divergentes do que acreditamos... A ética e o relacionamento interpessoal nas organizações se resumem na vivência restrita de valores, voltados para a felicidade e o bem estar da coletividade e que têm o ser humano como à maior riqueza transformadora da sociedade.

Na citação de ASSAD (2012), a ética está relacionada a maneira de como se

comporta com o outro. Considera-se a cultura, religião, valores e história a fim de

garantir esses direitos ao semelhante. Objetiva a alegria e o bom convívio no

coletivo. O ser humano é agente transformador da sociedade. O conjunto de valores

deve ser preservado mesmo que seja contrário ao que crê e ao que mantém como

valores. Do ponto de vista ético todos tem muito a contribuir no ambiente de

trabalho, basta esforçar e querer.

A boa convivência torna viável a partir de quando existe respeito mutuo.

Segundo ALMEIDA (2013, P1),

O desrespeito aos princípios éticos que guiam e orientam as relações humanas torna inviável a convivência harmoniosa entre pessoas... A universalidade da ética abrange todos os campos da conduta humana ao longo da história. Uma política que exclui as pessoas não promove oportunidades de emprego, de escola, de saúde, de distribuição de renda e da terra, a maior parte da população não é ética.

No comentário de ALMEDA (2013), a ética inicia e mantém boas relações

humanas e por ela estabelece a boa convivência. Quando se quebra os princípios

éticos o relacionamento esmorece. A ética estende a todo comportamento humano,

independente da profissão, raça, cor, religião e cultura. A ética não tem

predominado na maioria das atitudes humanas, e por conta disso pessoas são

excluídas no contexto social e às vezes escolar, não tendo portanto, oportunidades

para exercer a cidadania.

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Quando se fala em carreira profissional, ser ético é indispensável. Para

CARVALHO (2010, P1),

A ética é indispensável ao profissional, pois, na ação humana o “fazer” e o “agir” estão integrados. O „fazer‟ diz respeito a competência, a eficiência e eficácia que todo profissional deve possuir para desempenhar bem a sua profissão. O “agir” refere-se a conduta deste profissional ao conjunto de atitudes que deve este assumir na execução de sua profissão.

Na abordagem de CARVALHO (2010), o profissional deve exercer suas

atividades com ética. Quando se trata da capacidade de fazer o que compete, como

também em relação às atitudes a serem tomadas.

O ser humano evoluiu, e tem acesso a mais informações, maior

possibilidade de lutar pelos direitos, pesquisar sobre os assuntos que desejarem.

Como ficou a ética em relação a esse desenvolvimento? Para BRESSANI (2013,

p1),

Os relacionamentos humanos estão em crise porque está acontecendo grande transformação na forma de se desempenhar os papéis sociais, sejam papéis como pais, sejam também como homem e mulher e todos os outros. Crise porque nesta transformação de papéis não se sabe claramente o que pode ou não pode, o que é certo ou o que é errado, fazer ou exigir numa relação. Mas o pior de todas as crises é a crise moral e ética em que vivemos.

Na abordagem de BRESSANI (2013), a sociedade de forma crescente está

se transformando. Nessa mudança rápida as relações humanas são prejudicadas.

Um dos problemas é que não ficou claro valores e condutas que são importantes

para o convívio, entre eles a ética.

1.3 O PAPEL DO GESTOR

No processo de convivência é preciso zelar para existir um relacionamento

harmonioso e espontâneo. Para isso é necessário aprender a aceitar as pessoas

como elas são, ouvir e interessar pelos seus problemas e alegrias. Ter paciência

quando elas falham e elogiar os bons atos praticados.

Buscar sempre no local de trabalho atividades que levam ao entusiasmo,

ânimo e a motivação, os quais geram boa produtividade. Ao gestor compete

promover a boa convivência entre os profissionais, incentivar os sentimentos que

fluem a harmonia, compreensão, honestidade, confiança e união. Ser atencioso aos

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que tem problemas de baixa autoestima ou outros problemas. Combater com

sabedoria o que gera mal estar, angustia e separação.

Para um relacionamento próspero a equipe espera um líder democrático,

aberto a mudanças, que tenha humildade para aprender com os liderados,

informados sobre atividades de tecnologia, corajoso para desafios, prático para

ensinar e realizar atividades, criativo quando precisa de soluções ou decisões

imediatas, ético e discreto.

Como uma empresa precisa manter e buscar novos fregueses, proporcionar

satisfação no serviço prestado e atendimento, o líder de escola, também deve

considerar tais cuidados. Promover atividades de confraternização para melhor

integração, manter o compromisso de prestar bom atendimento, observar se há

problemas de relacionamento entre professores e funcionários, chamar a atenção

quando necessário em particular mantendo sigilo. Priorizar a auto-estima, elogiar e

divulgar os bons trabalhos.

O líder precisa refletir sobre a qualidade do relacionamento, as

necessidades e as dificuldades que cada um tem para desenvolver sua função.

SANTOS (2012), disse:

Que os nossos dirigentes escolares parem para pensar a sua gestão humana na escola procurem sentir as necessidades dos seus liderados e passem a agir melhor em suas relações humanas dentro das escolas, sabendo convergir e conviver bem com os contrários buscando uma única meta: a unidade escolar o sucesso de todos.

No comentário de SANTOS (2012), os lideres devem adotar uma gestão

humana. Observar e considerar as necessidades dos liderados, Saber trabalhar com

aqueles que estão sempre na oposição. Conseguir com que todos tenha por meta a

melhoria da escola. Os lideres devem refletir sobre como está orientando e

direcionando seus liderados. Mesmos em momentos de chateações, buscar a união

e ser mais humano e sábio para falar e agir.

É importante que o ambiente de trabalho seja agradável, principalmente

quando se trata das relações interpessoais. O bom gestor deve promover a

harmonia e valorizar as funções e cargos de cada um. O espírito de unidade devem

estar presente nos objetivos e metas.

O local de trabalho é comparado a uma segunda casa. Segundo OSWALDO

(2012):

17

É fundamental saber conviver, respeitar cada qual na sua individualidade, caso contrário ir para o trabalho passa a ser sofrimento. A tendência das pessoas é retribuir a forma como foi tratada. O papel do líder é importante, porque pode conduzir os liderados de forma humana, conciliadora, harmoniosa e coesa. Como também a situações conflituosas, autoritária, isolada, soberba e discórdia.

Na abordagem de OSWALDO (2012), o líder precisa ser ciente da

importância do seu papel. Pode conduzir os liderados a ter um ambiente tranqüilo e

próspero, como também pode levar a conflitos e desuniões. Promover o prazer de

estar no trabalho e respeitar a todos da forma que cada um é. Aprender a conviver é

um processo constante, pois se lida com pessoas novas quase todos os dias, que

também é desafiador. Torna-se prático a partir de quando passa a respeitar e aceitar

o próximo na sua individualidade. Ninguém é perfeito. A tendência das pessoas é

retribuir a forma como foi tratada, na maioria das vezes, quando foi tratada mal.

Nesse caso, é melhor tratar sempre bem, por mais difícil que seja.

O individualismo não é bem vindo ao mundo das relações, porque não

permite um relacionamento sadio e seguro. O modelo de gestão de pessoas e o

modelo da unidade. Os profissionais são diferentes em nível de instrução,

fisicamente, emocionalmente e personalidade. O lema deve ser o mesmo: promover

o bem estar de todos.

O líder que leva em conta as emoções, a gentileza, o respeito, a sinceridade

conduz a equipe para a harmonia e o sucesso. Relacionar é trocar experiência,

saber falar e ouvir. Boa relação interpessoal é sinônima de bom desempenho.

Segundo BRANDÃO (2012):

Para que as empresas tenham resultados positivos é preciso enfatizar as relações interpessoais para melhorar o desempenho funcional ... Cabe ao gestor estimular de forma integrativa os objetivos que respeitam os limites e formação intelectual.

Conforme BRANDÃO (2012), o passo para o bom desempenho profissional

é priorizar boas relações interpessoais. O gestor deve ter visão ampla sobre as

condições e capacitações dos liderados. Ter consideração, respeito e integrá-los.

Promover atividades que estimulam o bom desempenho e a convivência. Organizar

e apresentar atividades envolvendo e respeitando a formação intelectual de cada

liderado.

O desempenho da escola depende da dedicação de seus profissionais. Por

esse motivo o gestor deve proporcionar ambiente coerente. Ser humano, motivar e

18

valorizar o trabalho da equipe. Estimular a participação e contribuição nas reuniões e

decisões. Comprometer e envolver o grupo no cotidiano. A gestão moderna é

participativa. O gestor que quiser valer da soberania vai esmorecer e o democrático

vai avançar o alcançar seus propósitos.

O ser humano deve ser educado para conviver, dialogar e respeitar as

particularidades. Segundo MARCELOS (2009):

Reconhecer a diversidade produz uma convivência harmoniosa e enriquecedora. Resolver os problemas em conjunto, inovar as atividades e promover a satisfação no trabalho. Cabe ao gestor articular meios para alcançar os objetivos da escola e promover um bom clima.

MARCELOS (2009) destaca a importância de entender as necessidades da

equipe e direcioná-la para um clima agradável. O líder é essencial, e cabe a ele ser

sábio para resolver problemas e não deixar o ambiente monótono, inovar sempre. É

fato que as diversidades existem, conviver com as tais não é simples. As duas

partes precisam entender nas relações interpessoais as diferenças sem bater de

frente. O desafio é fazer dessas diferenças um clima harmonioso. O líder é o

instrumento competente para se dispor e realizar tarefas para estimular a boa

convivência e satisfação no trabalho.

A boa liderança tem sempre uma boa equipe. Eficaz no diálogo e age com

franqueza e honestidade. Proporciona segurança, pois entende que depende dos

liderados para a realização de um bom trabalho. Ameniza conflitos, promove e apóia

um relacionamento sadio e conveniente.

A escola deve ampliar a visão sobre a importância na interação das

pessoas, na comunicação clara, nas metas a alcançar, enfim precisa-se conviver e

trabalhar de forma harmoniosa. Para MARCELOS (2009):

A interação das pessoas passa também pelas dificuldades divergências do cotidiano e não somente no trocar idéias ou dividir as tarefas do dia-a-dia. Um grupo de pessoas se transforma em uma equipe quando consegue criar um espírito de trabalho coletivo no qual às diversidades pessoais em entraves, mas se transformam em riquezas unindo e se completando na busca de objetivos comuns. O gestor deve trabalhar a diversidade de pontos de vista ou comportamentos como fator de enriquecimento para o grupo e como forma de ampliar a visão particular de cada indivíduo na escola.

Na abordagem de MARCELOS (2009), a diversidade é importante para

contribuir com o grupo. É evidente que muitas pessoas tem dificuldades em lidar

com as diversidades ou o conjunto de idéias. Convém ao líder trabalhar com todos

19

os pontos de vista para ampliar e enriquecer as metas e os objetivos que foram

propostos. Uma das dificuldades na interação de pessoas são as divergências que

se acumulam no dia a dia, que envolve as opiniões, as tarefas e outras situações

circunstanciais que podem causar conflitos. Porém, trabalhadas e respeitadas

podem ser transformadas em fontes de enriquecimento.

Quando se fala em compreensão, sabe-se que os humanos têm

necessidades básicas que precisam ser supridas no grupo. O líder deve ter a

consciência que para a realização da função com qualidade, precisa tratar a equipe

com dignidade. Só boas relações humanas podem encadear a solidariedade e fazer

com que cada componente da equipe sinta se aceito e valorizado e tenha

responsabilidade de participação.

Quando e quanto deve ser investido em relacionamento interpessoal? Nas

formações continuadas estudam mais em como produzir e desenvolver melhor as

atividades em sala de aula. Relacionar melhor é um ponto para ser visto e avaliado

nas formações. MACHADO (2013), disse: "Investir no humano é a grande

prioridade, pois, as organizações têm sua origem nas pessoas, o trabalho é

processado por pessoas e o produto do seu trabalho é destinado a pessoas."

No texto de MACHADO (2013), o primeiro passo é a formação do

profissional em função do ser humano. Todo trabalho em uma empresa, instituição

ou entidade envolve pessoas. A escola é preparada é tem a função de educar

intelectualmente, pessoalmente e socialmente. A personagem principal é o aluno. O

professor instrui e educa. O aprendizado será utilizado no decorrer profissional,

pessoal e social do aluno. A escola deve investir em relações interpessoais para

professores e funcionários. A responsabilidade é bem mais do que se pode

imaginar.

Não há relações entre pessoas sem comunicação, Na falta dela o grupo fica

dispersado sem orientação. O líder por sua vez, deve integrar e envolver nas

Formações Continuadas, reuniões importantes, atividades com apresentações e

confraternizações. São formas descontraídas para motivar o dialogo, a expressão

oral e corporal e diminuir a timidez, desânimo e conflitos.

A comunicação é o caminho para resolver problemas e aperfeiçoar o

relacionamento em qualquer lugar. Segundo SAID (2013), o diálogo é a melhor

20

condição para resolver problemas antigos e novos e até mesmo evitar que os repita.

É preciso admitir que os conflitos existam. Identificá-los e promover ações para que

sejam solucionados. Fortalecer a cooperatividade e respeitar e valorizar as

diferenças individuais.

Nas palavras de SAID (2013), para resolver qualquer conflito, há

necessidade de diálogo, de comunicação. As divergências no ambiente de trabalho

são inevitáveis. Porém, o líder pode realizar ações a fim de melhorar o

relacionamento e fortalecer o trabalho coletivo. Os problemas não pode se acumular

no cotidiano, dessa forma os conflitos só tende a aumentar. Procurar saber quais

são as origens dos problemas e suas conseqüências. Fazer encontros com diálogo

e democracia. Começar a resolvê-los dos mais antigos aos mais recentes. Buscar

meios para os mesmos não se repetirem. Fortalecer a ética e o companheirismo.

Na escola ou qualquer que seja a entidade, a figura de um líder hábil e

cordial é fundamental. A equipe sentirá segura para desenvolver suas habilidades

com eficiência. Torna possível a satisfação profissional, segurança, auto estima,

crescimento positivo em conhecimento.

Para um clima de harmonia é preciso deixar o individualismo e promover

relações construtivas e duradouras. É indispensável que no trabalho e nas entidades

sociais de forma geral, haja relacionamentos sadios, verdadeiros e justos. Para

MACHADO (2013):

Na jornada diária de trabalho há quatro preceitos: verdade, beleza, bondade e humildade. Esses preceitos respeitados e alimentados cria uma equipe mais forte e leal. A partir de então é possível alcançar raízes profundas da

motivação humana e dar condições para manter o sucesso almejado.

Na concepção de MACHADO (2013), no trabalho diário é indispensável agir

com sinceridade, ser confiável, se portar com beleza interior, cuidar da aparência

física, ser solidário, ouvir, agir e reagir com paixão. Entender que todos têm

fraquezas. Reconhecer os próprios erros. Pedir desculpa, se corrigir. Nesse caso a

equipe fortalece, gera confiança e motivação.

21

CAPÍTULO II - METODOLOGIA

Na pesquisa foi aplicado questionário com 9 (nove) questões, para coleta de

dados e foram respondidos por escrito. Cada pesquisado foi informado sobre o

curso, sobre a escolha do tema, a importância do preenchimento e devolução.

Foram distribuídos 30 questionários e 23 foram devolvidos preenchidos.

Antes da elaboração das questões houve conversa informal e pediram que

as perguntas fossem sucintas, no máximo três alternativas.

A pesquisa foi positiva porque poucas questões ficaram sem responder. Por

ser no ambiente da escola não foi muito trabalhoso a entrega e a devolução. O

anonimato permitiu respostas reais, sem influência.

Além da pesquisa escrita houve conversa informal com alguns profissionais

e que desabafaram seus sentimentos e opiniões sobre fatos que os magoaram.

Foram realizadas leituras sobre o tema, que proporcionaram maior

conhecimento sobre o tema. Nota-se que não é um problema específico desta

escola. Empresas, entidades, instituições, igrejas e comunidades estão na luta rumo

a resolver problemas de relacionamentos.

Foi confirmada a necessidade da pesquisa, e o dever como pesquisadora de

buscar soluções para que as mágoas e os ressentimentos sejam desfeitos.

CAPÍTULO III – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO

1. Na escola, como você considera as relações humanas (professores e funcionários):

Ótima Boa Regular

17.4% 47.8% 34.8%

2. Na maioria das vezes, professores e funcionários são tratados com respeito e justiça.

Sim Não

87% 13%

3. O que é visto com mais freqüência dos colegas de trabalho?

Elogios Censura

65.2% 34.8%

4. Na formação continuada há coerência entre o aprimoramento profissional e a ética no momento dos estudos?

Sim Não Não responderam

69.6% 17.4% 13%

5. Há sentimentos de ciúmes, competição e ressentimento no ambiente escolar

Sim Não

82.6% 17.4%

6. O que você julga necessário para compreender melhor o colega de trabalho?

Conhecer a si próprio

Avaliar o trabalho do outro

Valer da neutralidade

Não responderam

74% 13% 8.7% 4.3%

7. Os professores e funcionários têm demonstrado ética nas reuniões pedagógicas e administrativas?

Sempre Na maioria das vezes Nunca Não responderam

21.7% 74% 0% 4.3%

8. Há comum acordo nas decisões que buscam melhorias para escola?

Sim Não Não responderam

78.3% 8.7% 13%

9. Os conflitos interpessoais têm prejudicado a escola?

Sim Não

52.1% 47.9%

A análise da tabela acima leva a ter um conhecimento acentuado das

relações humanas na Escola Estadual Manoel Bandeira. Mostra que precisa de

medidas urgentes para que o quadro melhore e que também haja consciência da

importância da relação entre pessoas no trabalho.

Sobre as relações humanas na escola a porcentagem do conceito regular

está cima da porcentagem do conceito ótimo e quase a metade considera boa. Vê

as pessoas ainda bastante divididas. O desafio é buscar através de atividades de

interação os que considera regular. (Questão nº 1 da tabela).

Nesse resultado percebe-se o que OSWALDO (2012), chama de

dificuldades de relacionamento. A origem está na convivência diária, devido as

diferentes formas que as pessoas tem no agir, reagir e pensar. São problemas que

surgem, causam conflitos e não são resolvidos, ficam camuflados, dando origem a

relações tumultuadas.

Pode se destacar também o comentário de LEITE SOBRINHA (2010), que

atribui as dificuldades das relações interpessoais no estresse. As pessoas estendem

a cobrança que faz de si mesmas a outros. Propõem uma auto reflexão em relação

aos comportamentos apresentados e as atitudes tomadas com o colega de trabalho.

Ser autentico no pensar, falar e acreditar.

Diga-se que as relações na escola precisam ser ajustadas para obter maior

porcentagem na alternativa ótima. Para melhorar, conforme MIRANDA (2012), é

preciso desenvolver atividades nos seguintes assuntos: comunicação,

relacionamento interpessoal, motivação, qualificação e auto-estima. Estabelecer

relacionamentos com base na experiência de vida, conhecimentos adquiridos e

cultura.

Entende-se que há dificuldades de relacionamento. Os fatores podem ser a

convivência diária, as diferenças pessoais, as divergências de opiniões, o estresse,

a auto cobrança ou outros motivos quaisquer. Há como ser trabalhados, através do

convívio cotidiano ter um olhar mais compreensivo e sincero, estudar mais sobre

relações humanas, aceitar as diferenças, contribuir mais do que cobrar. Se esforçar

nas situações contrárias ao que pensa, e ser mais humano nas atitudes.

O respeito e a justiça predominam na maioria das vezes nos tratamentos

pessoais, 13% precisam ser alcançados. Cabe a cada um refletir como está

24

relacionando com o colega de trabalho. Está menosprezando, sendo

preconceituoso, ignorando as diferenças? (Questão nº 2 da tabela).

No comportamento ético, na maioria das vezes estão inseridos o respeito e a

justiça, O resultado é razoável, precisa-se avançar, há pessoas do grupo que

sentem sempre injustiçadas e são tratadas sem qualquer consideração.

Para OLIVEIRA (2009), a finalidade da ética é equilibrar as relações de

forma que ninguém seja prejudicado. Convém aprender trabalhar e lidar com o

coletivo. Fazer um auto-exame para entender melhor e reconhecer o outro. Ter

sentimento de justiça social, reconhecer os valores culturais e morais do outro e

propiciar relações humanas produtivas.

No texto de OSWALDO (2012), Respeitar é a base principal na convivência.

Quando um grupo não é respeitado, surge descontentamento, desanimo e prejudica

o profissional, Ninguém melhor que o líder para direcionar os liderados com

harmonia e equilíbrio. O tratamento recebido das pessoas e equivalente a forma

como foram tratadas e respeitadas nos seus percursos de vida.

Respeito e justiça nas relações, principalmente na escola deve ser um

processo continuo para assegurar o bom convívio. CARDOSO (2007), diz que as

relações humanas devem ser voluntarias e consciente e se estruturam diariamente.

É evidente que precisa aprender respeitar, ser justo e ético em todas as ocasiões.

Relacionar é um aprendizado continuo e necessário, uma vez que as pessoas não

são iguais. Precisa conviver para realizar sonhos e habilidades.

Amor, respeito e confiança são princípios básicos nas relações humanas.

Para BRESSANI (2013), é impossível uma relação manter viva sem o respeito

mutuo. Nela inclui-se o amor e a confiança. Sem tais virtudes a relação é superficial.

Cada pessoa em relações interpessoais deve ser consciente de seus limites,

direitos, deveres e noções básicas de ética.

Respeito e justiça são virtudes que leva em conta o semelhante, seu

percurso de vida e sua dignidade. Cabe uma reflexão pessoal: Como estou

relacionando com as pessoas que me cercam? Aqueles com que preciso conversar

todos os dias? Aqueles que encontro de vez em quando? As pessoas se unem e

convivem bem a medida que há respeito e justiça recíproca.

25

Muito bem há mais elogios do que censura. Porém a censura atinge grande

parte dos professores e funcionários. Qual a razão? Não desenvolvem bem o

trabalho? Precisa de ajuda e companheirismo? O desempenho está prejudicado por

conta da censura? A situação deve ser avaliada, revista e propor meios para

resolver. (Questão nº 3 da tabela).

Na abordagem de LEITE SOBRINHA (2010), deve considerar nas relações

de trabalho defeitos e qualidades. Acentuar preferencialmente as qualidades. As

quais melhoram o ser humano do ponto de profissional e pessoal. Elogios

verdadeiros levam a harmonia. Quando se ouve um elogio o bem estar emana e

motiva as ações, quando se ouve uma ofensa comporta-se também de acordo. As

palavras deixam marcas significativas para o bem ou para o mal.

O não reconhecer as individualidades pode ser a causa das censuras. Para

MAGALHÃES (2004), cada pessoa tem sua forma de ser, desenvolver seu trabalho,

entender o mundo, as quais influenciam no empenho profissional. Os

aborrecimentos surgem quando há rejeição da vivência, cultura, necessidades e

objetivos do outro.Para melhorar o convívio é preciso ser: tolerante as adversidades,

responsabilizar pelas próprias falhas e frustrações e ser coerente ao dizer sim ou

não. Evitar iludir ou enganar o semelhante.

Em todo relacionamento deve haver responsabilidade de ambas as partes.

Na concepção de CARVALHO (2010), a ética trabalha lado a lado com a prudência

e o bom senso. Em relações humanas levando em conta o profissional, todos devem

ter responsabilidades individuais e sociais com as pessoas que se envolve no

cotidiano. Os princípios éticos devem ser a base principal para que o profissional

seja eficaz na sua função, e saiba ter atitudes e decisões considerando o colega de

trabalho sem prejudicar ou constranger.

As pessoas gostam de elogios sinceros. É a aprovação e a admiração pelo

trabalho realizado. Quantos se esforçam para fazer o melhor, em alguns casos

ultrapassam os próprios limites, batalham e conseguem. Outros nem sempre

conseguem por mais que batalham e esforçam. Em recompensa os que não

conseguem são criticados duramente, as vezes passam a sentirem excluídos e

perdem a motivação. É preciso refletir seriamente cada um as suas atitudes,

palavras e ações. Ter sensibilidade para ajudar, contribuir, tirar das fraquezas fontes

26

de crescimento, buscar alternativas para ajudar o colega. Vasculhar as qualidades,

valorizar o esforço e a boa vontade. Enfim aprender a elogiar sempre.

A ética profissional é positiva no momento dos estudos na formação

continuada para a maioria dos participantes. Mas há os que queixam a falta de ética

e os que por algum motivo não responderam. A formação precisa avançar na ética e

promover estudos sobre o tema. (Questão nº 4 da tabela).

Embora o resultado seja bom, a ética precisa evoluir com o aperfeiçoamento

profissional e alcançar todo o grupo. No momento da formação, os participantes

expõem pontos de vista sobre os assuntos estudados, dificuldades e facilidades de

sala de aula, a forma como lida com os problemas. Nesta hora precisa ser ético. Nas

palavras de ASSAD (2012), o direito do participante deve ser preservado, bem como

a cultura, as crenças e os valores. A ética busca o conforto coletivo no falar e no

ouvir. A ética colocada em prática provoca sentimentos de ternura compaixão e

perdão.

A formação continuada é uma oportunidade para adquirir conhecimentos e

colocá-los em prática na escola, Por que não priorizar as relações interpessoais?

Segundo MACHADO (2013), o primeiro passo para uma empresa, entidade ou

instituição é investir no ser humano. Todos os afazeres iniciam com pessoas e tem

destino a pessoas. Na escola de Ensino Fundamental trabalha com cada criança no

mínimo nove anos, instruindo e orientando alunos para que tenham futuro próspero.

Investir em relações humanas traz vantagens para o grupo como: companheirismo,

produtividade, criatividade, participação construtiva e motivação.

Ser ético deve ser um propósito de vida, não basta ser ético por instantes,

ou dependendo da situação. Quando não age com ética, prejudica alguém, deixa o

outro exposto muitas vezes ao escárnio. A pessoa fica tímida e insegura para expor

suas opiniões que poderia ser boas para o grupo. Uma das falhas está em ouvir

alguns e outros não. Acatar as idéias sempre das mesmas pessoas. A sugestão é

estudar o tema, colocar em prática na formação. Uma instituição educadora dever

ser ética.

A competição é positiva quando se dispõem a desenvolver bem a própria

função. No caso do professor os alunos aprenderem, administrativo: documentação

em dia, bom atendimento ao público, boa limpeza, boa merenda, cuidado com os

27

alunos. A competição quando tende a prejudicar o colega de trabalho passa a ser

ruim. Na pesquisa foi alta a porcentagem que confirma sentimentos de ciúmes,

competição e ressentimento. Cabe a equipe gestora buscar meios para reverter este

quadro: por meio de palestras, encontros, confraternizações. (Questão nº 5 da

tabela).

Percebe-se que a maioria dos professores e funcionários têm em seu interior

sentimentos de mágoa. Na concepção de SOUZA (2010), mais do que as ações, as

palavras são responsáveis pelos problemas de relacionamentos. No ambiente de

trabalho ouve e repassa comentários negativos e criticas destrutivas sobre o colega.

Enquanto a situação pode ser resolvida de forma solidária. Buscar alternativas para

que haja soluções.

Para BARROS (2012), Num local onde se trabalha muitas pessoas é

inevitável que tenha conflitos, mas não pode permitir que conflitos dominem o

ambiente. No percurso das relações interpessoais nem sempre haverá a simpatia

recíproca. Atividades devem ser planejadas e praticadas para evoluir

comportamentos tolerantes e respeitosos ao próximo.

Sem dúvida a falta de consideração é um dos motivos para ressentimentos.

MAGALHÃES (2004), cita alguns problemas, nas relações interpessoais como:

Ignorar a individualidade, cobrar funções fora do alcance da pessoa, obrigar o outro

as próprias vontades e preferências, querer ter sempre razão em relação ao outro.

Achar que a verdade está do próprio lado, querer mudar o outro bruscamente. A

convivência será agradável quando inserir na relação de trabalho o outro.

De todas as questões esta é a mais crítica. O ambiente não está sadio. Um

dos caminhos é se comunicar mais. Para SAID (2013), o dialogo é a melhor forma

para resolver os conflitos antigos e atuais, Verificar como e quando começaram e

buscar soluções. Promover encontros para conhecimentos interpessoais, desabafar

os anseios, perceber e sensibilizar com as diferenças, respeitando e valorizando.

Como dar solução aos sentimentos de ciúmes, competições e

ressentimentos? Quais são os ressentimentos? Quem são os ressentidos? 82.6%

preservam magoas calados. Será experiência própria, viram, ou ouviram outros

colegas passarem por constrangimentos?

28

São questões que devem ser resolvidas de forma voluntária e com

segurança. A equipe gestora deve promover encontros e palestras para motivar, os

atingidos, e aquele que atingiu o colega se dispor ao perdão recíproco e reiniciar

uma amizade mais pura.

A pesquisa mostra que a maioria dos profissionais tem consciência da

importância do autoconhecimento para relacionar com pessoas. Mas há quem diz

que é melhor avaliar o trabalho alheio, e os que preferem valer da neutralidade e

não se comprometerem com suas opiniões e atitudes. O conhecer se a si mesmo

precisa ser incentivado, faz bem pra a própria pessoa e a quem está ao seu redor.

(Questão nº 6 da tabela).

Um dos pontos positivos nas relações humanas é o autoconhecimento.

Cada pessoa deve ser ciente das próprias capacidades e limites. Para CARDOSO

(2007), o alicerce para um bom relacionamento é conhecer-se a si mesmo. Perceber

os próprios deveres e obrigações, limites e regras. É previsto em qualquer

relacionamento conflitos por conta de crenças, costumes, valores e diferenças

pessoais. Precisa ter consciência do propósito e da importância sobre relações

profissionais.

Na fala de FERA (2013), o nosso interior reflete nas pessoas que nos

cercam. Nesse caso é possível levar ao outro a alegria, a paz, o bem estar, bem

como a mágoa e a discórdia. Reagir de forma humana traz conseqüências positivas

e promove o bem estar pessoal e social.

Conhecer-se a si mesmo é o ponto de partida para compreender melhor o

próximo. Ter consciência das fraquezas, dos erros, ajuda a entender as falhas de

outras pessoas. Reconhecer os próprios talentos, virtudes e generosidade, também

ajuda a reconhecer as qualidades no outro. Além de ajudar nas relações

interpessoais, colabora para o desenvolvimento intelectual, emocional e religioso.

Pesar na balança a própria personalidade, os defeitos e as qualidades. Extinguir o

hábito de só enxergar defeitos alheios, e ainda passá-los a diante.

A neutralidade é a maneira mais comum de livrar de responsabilidade, de

não ter cobrança. Para muitos serve para ficar bem com todos. A pior parte dos

neutros e que privam do amadurecimento, da participação e contribuição para o

grupo.

29

Nas reuniões em conjunto a ética tem sido demonstrada na maioria das

vezes. Que a ética avance em toda área profissional. (Questão nº 7 da tabela).

Nas reuniões escolares a ética não é constante. Na abordagem de SOUZA

(2010), a ética é indispensável em todas as situações. Saber e entender que as

pessoas acertam e erram. Utilizar das palavras para enriquecer o grupo, deixar as

críticas destrutivas e ter senso de justiça. Agir com ética é considerar que todos na

equipe, sem exceção são passivos a erros, mas que também no grupo pode

suscitar soluções enriquecedora. O que não pode haver é uma visão egoísta das

situações que ocorre nas reuniões.

Não constrói relações humanas com o pensamento voltado apenas para o

próprio eu. Para BRESSANI (2013), é necessário saber conduzir e avaliar as

próprias atitudes, considerando o outro nas mesmas condições, como: O que me

aborrece pode aborrecer o outro, o que me prejudica pode prejudicar o outro, o que

me dá alegria proporciona alegria ao outro. Esse princípio ético produz relações

equilibradas e maduras. Deve ser aplicado nas reuniões administrativas e

pedagógicas. È a maneira para que a ética passa a predominar sempre, e não

apenas na maioria das vezes.

Para concretizar a ética, o líder é fundamental. No comentário de SANTOS

(2012). O líder deve ter uma visão humana em sua gestão, ser cordial em suas

relações dentro da escola, incentivar a boa convivência, lidar bem com os que têm

idéias contrárias, entender os limites dos liderados e buscar nas reuniões a ética e a

união. Afinar-se a todos os setores e segmentos, estar presente de corpo e alma no

trabalho, ser bom ouvinte e ético.

A ética em questão, não é ainda o que deve ser na escola, predomina na

maioria das vezes. Professores e funcionários nem sempre pensa no outro

profissionalmente. As exposições de idéias não são todas sempre respeitadas. O

que está ocorrendo? Educadores ainda não sabem o que é ser ético. Equipe gestora

precisa providenciar estudos teóricos e práticos sobre ética, a fim de melhorar as

reuniões e o convívio.

Quando o assunto é melhorar a escola maioria do grupo entende e apóia. O

desafio é buscar os que ainda não conscientizaram que os profissionais devem unir

zelar pelo ambiente escolar. (Questão nº 8 da tabela)

30

O resultado mostra que a maioria interessa e espera uma escola melhor.

Nesse caso há acordo e é um avanço. Segundo MARCELOS (2009), As

divergências e as necessidades pessoais não devem impedir a realização dos

objetivos em questão, e vê-se a possibilidade de enriquecê-los e realizar metas

previstas. Atribui ao líder o dever de direcionar as diversidades de opiniões em

contribuições significativas. Na convivência as pessoas podem despertar simpatia e

antipatia, aproximar e afastar, competir e cooperar. As amizades podem ser sinceras

ou falsas. São situações cotidianas que podem resultar em relacionamentos

maduros ou conflituosos.

Há concordância num porcentual de 78.3% para que a escola seja melhor.

Para que esse querer seja comum, 21.7% precisam aderir esse interesse, para que

em conjunto possa avançar nesse intuito. Segundo ALMEIDA (2013), está ao

alcance de todos promoverem o bem comum, ter sentimentos éticos e a consciência

dos direitos e deveres. Aliados a essa vontade, é possível realizar melhorias como:

democracia nas decisões, sentimentos de amor, justiça e solidariedade, e ainda

realizar outras melhorias necessárias.

MACHADO (2013), cita quatro virtudes para a boa convivência cotidiana:

verdade, beleza. Bondade e humildade, que são as bases para alcançar os objetivos

almejados. Incentivar a motivação e buscar melhorias cordiais para o ambiente de

trabalho. Criar uma equipe forte e leal, motivada para atingir os propósitos da escola.

Lembra-se que boas relações interpessoais são uma das melhorias, através

das quais é que há bom desempenho, satisfação e harmonia.

Quando as relações entre pessoas não vão bem, geram conflitos. Tais

conflitos têm prejudicado a escola. Embora o resultado esteja bem divido, é um

desafio para o gestor investir nas relações humanas para que a escola deixe de ser

prejudicada. (Questão nº 9 da tabela).

Com uma diferença de 4.2% para mais, a escola está sendo prejudicadas

pelos conflitos interpessoais. Uma das causas pode estar em não reconhecer a

individualidade do outro. Na descrição de PEPE (2004), as pessoas se diferenciam

na forma de pensar, devido a própria história de vida. Há os que têm disposição para

ouvir, fazer, aprender enquanto outros não. Nesse caso pode ocorrer decisões

egoístas, levando em conta o próprio interesse e não o interesse e as necessidades

31

da escola. Quando há uma visão clara das metas e interesse em alcançá-las, a

equipe deve traçar planos que viabiliza a realização não particular, mas em conjunto.

A escola deve priorizar meios para motivar a boa convivência. Segundo

MARCELOS (2009), as diversidades devem ser reconhecidas. Todos devem

envolver no momento de resolver os problemas, Sair sempre da monotonia. Ter

sempre atividades novas e diferenciadas. O líder é o responsável no empenho de

estabelecer um clima sadio e atingir os objetivos que visam o bem da unidade

escolar. Fazer com que professores e funcionários estejam sempre satisfeitos no

trabalho. A equipe deve organizar para resolver os problemas e realizar atividades

inovadoras.

Como uma empresa, a escola precisa de bons resultados. Para BRANDÃO

(2012), o primeiro é investir nas relações humanas. O diretor deve ter um

planejamento com atividades para integrar professores e funcionários nos objetivos

da escola conforme a formação e os limites de cada um. A equipe deve buscar

sempre a harmonia, tendo como base o bom senso, o diálogo, solidariedade e

compromisso.

A pesquisa confirma que há problemas sérios nas relações interpessoais,

inclusive ciúmes e ressentimentos. Cabe a escola num todo refletir sobre esta

situação, cada um avaliar-se e esforçar. Assumir o desafio de conviver bem.

Considerar e respeitar o próximo.

32

CONCLUSÃO

Conclui-se que há necessidade de investir nos recursos humanos. A

pesquisa confirmou que há problemas no convívio profissional na Escola Estadual

Manoel Bandeira.

Diante da análise dos dados, propõe-se uma reflexão pessoal de como agir

e reagir diante das situações mais complicadas, interagirem profissionalmente e lidar

com as emoções. Conhecer melhor a si mesmo, rever as próprias atitudes.

Conhecer melhor o outro, entender as limitações. Elogiar o colega de trabalho

quando tiver empenho melhor que o seu. Compartilhar e integrar-se.

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