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Aluno(a):_____________________________________________________________ Código:__|__|__|__|__ Série: Turma: _______ Data: ___/___/___ 2 Rua T-53 Qd. 92 Lt. 10/11 nº 1356 Setor Bueno 62-3285-7473 www.milleniumclasse.com.br 01. Analise as seguintes frases: A Os alunos resolveram a questão difícil. B Os alunos julgaram a questão difícil. Indique a diferença sintática e semântica do adjetivo destacado nas orações acima. Na oração A, “difícil” é adjunto adnominal e indica uma qualidade antiga atribuída à questão, ela é de naturexa complexa. Na oração B, “difícil” é uma qualidade recém-atribuída ao objeto “questão”. Assim, trata-se de um predicativo do objeto. 02. A vida, minha amada, é feita de escolhas. Explique a função sintática e semântica do termo em negrito. A função sintática é vocativo, pois está entre vírgulas e serve para chamar a atenção do interlocutor. Semanticamente, o vocativo indica a relação existente entre locutor e interlocutor. Assim, “minha amada” serve para mostrar a intimidade e o afeto existentes entre emissor e receptor da mensagem. Eu sei, mas não devia Marina Colasanti Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. (...) A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez vai pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. 03. O sintagma a gente, sintaticamente, funciona como sujeito em grande parte dos enunciados que compõe o texto acima. a) Que pronome pessoal esse sintagma normalmente substitui e qual o efeito de sentido produzido pelo seu uso? O sintagma a gente, normalmente, substitui o pronome pessoal do caso reto nós e provoca um sentido de mais informalidade e aproximação/identificação com o interlocutor. b) Troque a expressão a gente presente no trecho abaixo pelo pronome respectivo, fazendo as devidas adaptações. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. Nós nos acostumamos a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não temos vista, logo nos acostumamos a não olhar para fora. E, porque não olhamos para fora, logo nos acostumamos a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abrimos as cortinas, logos nos acostumamos a acender mais cedo a luz. E, à medida que nos acostumamos, esquecemos o sol, esquecemos o ar, esquecemos a amplidão. 04. A autora parte do princípio que nós nos acostumamos com aquilo que nos cerca ou nos é imposto. De acordo com o texto, é possível afirmar que ela defende uma posição favorável em relação a esse acostumar-se? (justifique) A autora propõe uma reflexão a respeito do “acostumar-se” que nos impregna e defende uma posição desfavorável, ou seja, contrária a essa atitude. Segundo ela, esse “acostumar-se” acabando gerando uma série de limitações e inconveniente, culminando com a perda da própria passagem da vida. 05. Em geral, repetições são vistas de forma negativa em textos escritos, mas, no texto em questão, a autora faz, em vários momentos, da expressão A gente se acostuma. No seu entendimento, essa repetição poderia considerada um erro ou um recurso? (Explique) A repetição nesse caso é proposital e, como tal, deve ser entendida como um recurso coesivo e expressivo para o texto. Vale lembrar que, no plano semântico, essa repetição remete ao próprio ato de acostumar-se “discutido” ao longo do texto. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A(s) questão(ões) a seguir toma(m) por base a letra de uma guarânia dos compositores sertanejos Goiá (Gerson Coutinho da Silva, 1935-1981) e Belmonte (Pascoal Zanetti Todarelli, 1937-1972).

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Aluno(a):_____________________________________________________________ Código:__|__|__|__|__

Série: 3ª Turma: _______ Data: ___/___/___

2 Rua T-53 Qd. 92 Lt. 10/11 nº 1356 – Setor Bueno – 62-3285-7473 – www.milleniumclasse.com.br

01. Analise as seguintes frases: A – Os alunos resolveram a questão difícil. B – Os alunos julgaram a questão difícil.

Indique a diferença sintática e semântica do adjetivo destacado nas orações acima. Na oração A, “difícil” é adjunto adnominal e indica uma qualidade antiga atribuída à questão, ela é de naturexa complexa. Na oração B, “difícil” é uma qualidade recém-atribuída ao objeto “questão”. Assim, trata-se de um predicativo do objeto. 02. A vida, minha amada, é feita de escolhas. Explique a função sintática e semântica do termo em negrito. A função sintática é vocativo, pois está entre vírgulas e serve para chamar a atenção do interlocutor. Semanticamente, o vocativo indica a relação existente entre locutor e interlocutor. Assim, “minha amada” serve para mostrar a intimidade e o afeto existentes entre emissor e receptor da mensagem.

Eu sei, mas não devia Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter

outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. (...)

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez vai pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. 03. O sintagma a gente, sintaticamente, funciona como sujeito em grande parte dos enunciados que compõe o texto acima. a) Que pronome pessoal esse sintagma normalmente substitui e qual o efeito de sentido produzido pelo seu uso? O sintagma a gente, normalmente, substitui o pronome pessoal do caso reto nós e provoca um sentido de mais informalidade e

aproximação/identificação com o interlocutor.

b) Troque a expressão a gente presente no trecho abaixo pelo pronome respectivo, fazendo as devidas adaptações. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. Nós nos acostumamos a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não temos vista, logo nos acostumamos a não olhar para fora. E, porque não olhamos para fora, logo nos acostumamos a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abrimos as cortinas, logos nos acostumamos a acender mais cedo a luz. E, à medida que nos acostumamos, esquecemos o sol, esquecemos o ar, esquecemos a amplidão. 04. A autora parte do princípio que nós nos acostumamos com aquilo que nos cerca ou nos é imposto. De acordo com o texto, é possível afirmar que ela defende uma posição favorável em relação a esse acostumar-se? (justifique) A autora propõe uma reflexão a respeito do “acostumar-se” que nos impregna e defende uma posição desfavorável, ou seja, contrária a essa atitude. Segundo ela, esse “acostumar-se” acabando gerando uma série de limitações e inconveniente, culminando com a perda da própria passagem da vida. 05. Em geral, repetições são vistas de forma negativa em textos escritos, mas, no texto em questão, a autora faz, em vários momentos, da expressão A gente se acostuma. No seu entendimento, essa repetição poderia considerada um erro ou um recurso? (Explique) A repetição nesse caso é proposital e, como tal, deve ser entendida como um recurso coesivo e expressivo para o texto. Vale lembrar que, no plano semântico, essa repetição remete ao próprio ato de acostumar-se “discutido” ao longo do texto.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

A(s) questão(ões) a seguir toma(m) por base a letra de uma guarânia dos compositores sertanejos Goiá (Gerson Coutinho da Silva, 1935-1981) e Belmonte (Pascoal Zanetti Todarelli, 1937-1972).

3 Rua T-53 Qd. 92 Lt. 10/11 nº 1356 – Setor Bueno – 62-3285-7473 – www.milleniumclasse.com.br

Saudade de minha terra De que me adianta viver na cidade, Se a felicidade não me acompanhar? Adeus, paulistinha do meu coração, Lá pro meu sertão eu quero voltar; Ver a madrugada, quando a passarada, Fazendo alvorada, começa a cantar. Com satisfação, arreio o burrão, Cortando o estradão, saio a galopar; E vou escutando o gado berrando, Sabiá cantando no jequitibá. Por Nossa Senhora, meu sertão querido, Vivo arrependido por ter te deixado. Nesta nova vida, aqui da cidade, De tanta saudade eu tenho chorado; Aqui tem alguém, diz que me quer bem, Mas não me convém, eu tenho pensado, E fico com pena, mas esta morena Não sabe o sistema em que fui criado. Tô aqui cantando, de longe escutando, Alguém está chorando com o rádio ligado. Que saudade imensa, do campo e do mato, Do manso regato que corta as campinas. Ia aos domingos passear de canoa Na linda lagoa de águas cristalinas; Que doces lembranças daquelas festanças, Onde tinha danças e lindas meninas! Eu vivo hoje em dia, sem ter alegria, O mundo judia, mas também ensina. Estou contrariado, mas não derrotado, Eu sou bem guiado pelas mãos divinas. Pra minha mãezinha, já telegrafei, Que já me cansei de tanto sofrer. Nesta madrugada, estarei de partida Pra terra querida que me viu nascer; Já ouço sonhando o galo cantando, O inhambu piando no escurecer, A lua prateada, clareando a estrada, A relva molhada desde o anoitecer. Eu preciso ir, pra ver tudo ali, Foi lá que nasci, lá quero morrer.

(Goiá em duas vozes – o compositor interpreta suas músicas. Discos Chororó. CD nº 10548, s/d.)

06. Relendo os primeiros seis versos da terceira estrofe, percebe-se que o conteúdo neles relatado apresenta analogia com a poesia do Arcadismo, de que foram típicos representantes em nosso país Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa. Indique uma dessas semelhanças. “Que saudade imensa, do campo e do mato,/Do manso regato que corta as campinas./Ia aos domingos passear de canoa/Na linda lagoa de águas cristalinas;/Que doces lembranças daquelas festanças,/Onde tinha danças e lindas meninas!” O excerto acima retoma os tópicos do movimento neoclássico: busca da simplicidade em contato direto com a natureza bucólica (“manso regato”, “Na linda lagoa de águas cristalinas”) e o abandono do status social exigido na vida urbana, resumidos nos termos latinos LOCUS AMOENUS (lugar ameno) e FUGERE URBEM (fugir da cidade), respectivamente. 07. Texto I LXXIX Entre este álamo, ó Lise, e essa corrente, Que agora estão meus olhos contemplando, Parece que hoje o céu me vem pintando

A mágoa triste, que meu peito sente. Firmeza a nenhum deles se consente Ao doce respirar do vento brando; O tronco a cada instante meneando, A fonte nunca firme, ou permanente. Na líquida porção, na vegetante Cópia daquelas ramas se figura Outro rosto, outra imagem semelhante: Quem não sabe que a tua formosura Sempre móvel está, sempre inconstante, Nunca fixa se viu, nunca segura?

Cláudio Manoel da Costa. Apud Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova

Aguilar, 2002, p. 85. Texto II O espelho O espelho: atra vés de seu líquido nada me des dobro. Ser quem me olha e olhar seus olhos nada de nada duplo mistério. Não amo o espelho: temo-o.

Orides Fontela. Poesia reunida (1969-1996). São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7letras, 2006, p. 212.

Os poemas LXXIX e O espelho abordam tema semelhante de

maneira bastante diferente. Considerando que o soneto de Cláudio Manoel da Costa foi escrito em 1768 e o poema de Orides Fontela, em 1986, redija um texto, na modalidade da língua escrita padrão, abordando as diferenças formais (verso, rima etc.) e temáticas (configuração do eu lírico diante do espelho) entre as duas obras. Relativamente aos aspectos formais, os poemas apresentam características das escolas e períodos literários em que estão inseridos. O poema de Cláudio Manuel da Costa, autor inserido no Arcadismo brasileiro, é constituído de 14 versos decassílabos, distribuídos em dois quartetos e dois tercetos com rimas emparelhadas e alternadas (ABBA ABBA CDC DCD). O de Orides Fontela reflete a influência da estética modernista, com versos livres e brancos. Quanto à temática, embora ambos os poemas abordem filosoficamente a existência, revelam diferenças quanto ao posicionamento do eu lírico. No primeiro, retoma o mito de narciso na busca da própria individualidade, enquanto no segundo se assusta com a possibilidade de a encontrar (“não amo o espelho: temo-o”). Leia o poema abaixo para responder as questões 8 a 10: Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá;

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As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso Céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.

(Gonçalves Dias) Portugal, julho de 1843.

08. Observe que o poema está organizado a partir da oposição entre dois espaços; a pátria – com os elementos que a caracterizam – e o exílio. Que palavras do texto evidenciam essa antítese? As palavras que caracterizam a pátria e o exílio são os advérbios “cá” e “lá”. 09. Os sentimentos são do eu lírico expressos sobretudo em relação à natureza brasileira: palmeiras, sabiá, bosques e etc. o eu lírico é objetivo e imparcial ao descrever essa natureza? Por quê? Não, porque percebe-se um forte envolvimento sentimental do eu lírico ao descrever a pátria.

OU Não, ele exalta as qualidades e a beleza da pátria, idealizando-a. 10. O Nativismo significa a presença, nos textos literários, de alguns vestígios da natureza ou da vida social do Brasil. Nacionalismo, por sua vez, é um conceito mais amplo, porque envolve a ideia de nação, povo e de uma identidade cultural que os represente. Você acha que o poema de Gonçalves Dias é nativista ou nacionalista? Justifique. As imagens como palmeiras, sabiá, estrelas, várzeas e bosques são caracterizadores da visão nativista.

Responda a todas as perguntas EM PORTUGUÊS. Leia o texto abaixo e responda à questão 11.

11. O texto faz, ao mesmo tempo, uma denúncia e um alerta. a) Qual é a denúncia? A denúncia é que a população da grande Indianápolis está sendo usada (como cobaia) para testar um novo cigarro com (aparentemente) menos toxina. b) Qual é o alerta? O alerta é que cigarros com pouca toxina também matam. 12. O texto abaixo reproduz uma fala de Ellen Orford, uma personagem da ópera Peter Grimes, escrita pelo britânico Benjamim Britten (Libreto Montagu Slater, ato II, cena I). Leia-o e responda à questão.

a) Qual é a profissão de Ellen e quais foram as primeiras impressões que teve de seu trabalho? Ellen é professora. A escola para ela era um lugar deprimente (triste) e vazio. b) O que a personagem descobriu sobre os desgostos, as mágoas das crianças? Ela descobriu que os desgostos, as mágoas das crianças, machucam mias, mas são mais simples.

O furacão Katrina – que atingiu e devastou várias cidades do sul dos Estados Unidos – destacou-se como matéria para o humor de muitos

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cartunistas norte-americanos. The Akron Beacon Journal, por exemplo, publicou, em 30/08/2005, a tirinha abaixo, de Chip Bok. Com base nela, responda à questão 13.

13. a) Que efeitos do Katrina estão sendo noticiados na tirinha? O Katrina fez com que a velocidade dos ventos chegasse a 140 milhas por hora, as ondas subissem a 20 pés e o petróleo subisse para $70 dólares o barril. b) Explicite o comportamento humano que a tirinha põe em evidência. As pessoas só se incomodam com as tragédias que acometem a humanidade quando podem ser por elas afetadas financeiramente. Leia o texto abaixo e responda às questões 14 e 15.

14. Segundo o texto, quais são os riscos de uma gravidez na adolescência para a saúde da mulher? Uma gravidez na adolescência pode induzir à anemia e à pressão alta. Adolescentes com menos de 15 anos têm mais do que o dobro de possibilidade de morrer por complicações na gravidez (do que mães com idade entre 20 e 24 anos).

15. Entre os problemas gerados pela gravidez precoce, o estudo registra o nascimento de bebês de baixo peso. De acordo com o texto, que problemas de saúde podem acometer esses bebês? Por quê? Eles podem desenvolver problemas pulmonares crônicos, sangramento (hemorragia) cerebral, cegueira e sérios problemas intestinais porque seus órgãos ainda não estão totalmente desenvolvidos.

Instrucciones: Lea el siguiente texto y luego responda lo que se pide

EDUCACIÓN VERSUS MASIFICACIÓN Tenemos que convencernos de esta obviedad: una sociedad que venía y viene sufriendo alteraciones tan profundas, y a veces hasta bruscas, y en la cual las transformaciones tienden a activar cada vez más al pueblo necesita una reforma urgente y total en su proceso educativo, una reforma que alcance su propia organización y el propio trabajo educacional de las instituciones, sobrepasando los límites estrictamente pedagógicos. Necesita una educación para la decisión, para la responsabilidad social y política. En este sentido, Mannheim* hace afirmaciones que se adecuan a las condiciones que comenzábamos a vivir. Dice textualmente: “Pero en una sociedad en la cual los cambios más importantes se producen por medio de la liberación colectiva y donde las revaloraciones deben basarse en el consentimiento y en la comprensión intelectual se requiere un sistema educacional completamente nuevo, un sistema que concentre sus mayores energías en el desarrollo de nuestros poderes intelectuales y dé lugar a una estructura mental capaz de resistir el peso del escepticismo y hacer frente a los movimientos de pánico cuando llegue la hora del desprendimiento de muchos de nuestros hábitos mentales”. Una de las preocupaciones fundamentales, a nuestro juicio, de una educación para el desarrollo y la democracia debe ser proveer al educando de los instrumentos necesarios para resistir los poderes del desarraigo frente a una civilización industrial que se encuentra ampliamente armada como para provocarlo; aun cuando esté armada de medios con los cuales amplíe las condiciones existenciales del hombre. Una educación que posibilite al hombre la discusión valiente de su problemática, de su inserción en esta problemática, que lo advierta de los peligros de su tiempo, para que, conscientes de ellos, gane la fuerza y el valor para luchar, en lugar de ser arrastrado a la perdición de su propio “yo”, sometido a las prescripciones ajenas. Educación que lo coloque en diálogo constante con el otro, que lo predisponga a constantes revisiones, a análisis críticos de sus “descubrimientos”, a una cierta rebeldía, en el sentido más humano de la expresión; que lo identifique en fin, con métodos y procesos científicos. Frente a una sociedad dinámica en transición, no admitimos una educación que lleve al hombre a unas posiciones quietistas, sino aquellas que lo lleven a procurar la verdad en común, “oyendo, preguntando, investigando”. Sólo creemos en una educación que haga del hombre un ser cada vez más consciente de su transitividad, críticamente, o cada vez más racional. *MANNHEIN, Karl. (1893-1947) – sociólogo húngaro. FREIRE, Paulo. La educación como práctica de la libertad. Uruguay: Siglo Veintiuno Editores, 45ª ed., 1969. p. 83-85. Adaptado. 11. Con base en el texto, explique, con sus palabras, qué aportaciones la educación debe ofrecer a la sociedad. A educacao debe levar a transformacoes sociais definitivas,concretas dando autonomía e responsabilidade para quem usufrui dela com

conhecimento.

12. ¿En qué se relacionan estas dos citas de Paulo Freire? I. “Frente a una sociedad dinámica en transición, no admitimos una educación que lleve al hombre a unas posiciones quietistas, sino aquellas que lo lleven a procurar la verdad en común, ‘oyendo, preguntando, investigando’. Sólo creemos en una educación que haga del hombre un ser cada vez más consciente de su transitividad, críticamente, o cada vez más racional.” (l. 30-34) II. “Es necesario desarrollar una pedagogía de la pregunta. Siempre estamos escuchando una pedagogía de la respuesta. Los profesores contestan a preguntas que los alumnos no han hecho.”

FREIRE, Paulo. Disponível em: <http://es.wikipedia.org/wiki/PauloFreire>. Acesso em: 12 set. 2012.

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A relação existente entre as duas citações consiste em que ambas propõem uma investigação profunda de soluções efetivas para a sociedade levando a transformações significativas no alunado. 13. Realice la Substitución pronominal Dupla de “Tenemos que convencernos de esta obviedad” Tenemos que convencérnosla Questões de 14 e 15.

Viñeta I — FORGES. Disponível em: <http://img.patabrava.con/espais/mariadab/blog54.jpg>. Acesso em:

12 set. 2012. Viñeta II — FERRERO, Emilio. Disponível em:

<http://blogs.opinionmalaga.con/eladarve/files/2012/06/ escuela2.jpg>. Acesso em: 12 set. 2012.

14. ¿Cómo se presenta la educación en estas dos viñetas? A educacao se apresenta precaria em ambas vinetas.Sem perspectiva de

melhoras.Pobre tanto física quanto intelectualmente . 15. ¿Cuáles son las acepciones que el término “pobrecita” podría tener en la viñeta I? Pobrecita e um adjetivo no diminutivo que mostra o carácter pequeno e insignificante da educacao publica Carente de perspectiva e melhora.