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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
CURSO DE FARMÁCIA
ERISLÂNIO VITOR GUIMARÃES PEREIRA
AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA DE PACIENTES
HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS NO DISTRITO DE
GALANTE-PB
CAMPINA GRANDE – PB
2013
ERISLÂNIO VITOR GUIMARÃES PEREIRA
AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA DE PACIENTES
HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS NO DISTRITO DE
GALANTE-PB
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Graduação em Farmácia da Universidade
Estadual da Paraíba, em cumprimento à exigência
para obtenção do grau de Bacharel em Farmácia.
Orientador (a): Prof. Dr°. Harley da Silva Alves
Co-Orientadora: Maria do Socorro Ramos Queiroz
HARLEY DA SILVA ALVES
CAMPINA GRANDE – PB
2013
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL – UEPB
P436a Pereira, Erislânio Vitor Guimarães.
Avaliação farmacoterapêutica de pacientes hipertensos e/ou
diabéticos no distrito de Galante-PB [manuscrito] / Erislânio
Vitor Guimarães Pereira. – 2013.
31 f. : il. color.
Digitado.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Farmácia Generalista) – Universidade Estadual da Paraíba,
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, 2013.
“Orientação: Prof. Dr. Harley da Silva Alves,
Departamento de Farmácia.”
1. HIPERDIA. 2. Atenção farmacêutica. 3. Administração de
medicamentos. 4. Saúde do idoso. I. Título.
21. ed. CDD 615.5
ERISLÂNIO VITOR GUIMARÃES PEREIRA
AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA DE PACIENTES
HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS NO DISTRITO DE
GALANTE-PB
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Graduação em Farmácia da
Universidade Estadual da Paraíba, em
cumprimento à exigência para obtenção do grau
de Bacharel em Farmácia.
DEDICATÓRIA
Dedico a toda a minha família em especial a minha avó Maria
a qual sempre me instigou a lutar pelos meus sonhos. A todos
que de alguma forma tornaram este caminho mais fácil de ser
percorrido.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, por ter me dado força durante esses 5 anos de
curso, e ter me iluminado nas minhas decisões e ajudando a supera etapas muito difíceis na
minha vida.
Agradeço a minha mãe Crislânia, minha avó Maria, minha tia Sônia e a seu marido
Dequinha e os demais tios e tias pela dedicação, pelo amor que me fez mais forte, fazendo
entender que sou capaz de ir mais além. A vocês que desde o começo acreditaram,
incentivando-me sempre em busca de novos conhecimentos, me dando conselhos,
contribuindo para o meu crescimento na vida acadêmica. Esta vitória também é de vocês.
Agradeço aos meus padrinhos ao incentivo, apoio e estímulo para enfrentar as
barreiras da vida.
Agradeço a meus primos que sempre estivem ao meu lado torcendo juntos para que
esse dia chegasse.
Agradeço aos meus colegas e amigos que se fizeram presentes em minha vida
durante toda essa jornada de faculdade, e claro que não podia esquecer os meus colegas do
PET com quem estive e trabalhei durante metade do curso. Sou grato àqueles que
estiveram juntos comigo na realização deste trabalho por tudo que pudemos compartilhar a
convivência, as alegrias, as frustrações, as descobertas, enfim pelo o que aprendemos.
Agradeço a todos os professores pela sua contribuição, especialmente a professora
Socorro e o professor Harley que me fizeram crescer profissionalmente a cada dia de
Ensino, Pesquisa e Extensão (PET-Farmácia)!
Quero agradecer em especial a Vivianne que esteve ao meu lado me ajudando,
ensinando e orientando durante 4 anos de graduação.
Cinco anos se passaram. Pareciam eternos quando dos primeiros passos, mas enfim,
aqui estamos nós, o grande dia chegou. Ocorre que muitas pessoas foram ficando ao longo
do caminho. Algumas por opção ou por necessidade e outras por terem sido chamadas de
volta por Deus. O certo é que verificando a listagem, notamos a ausência de muitos nomes
queridos que gostaríamos muito que estivessem aqui e agora, do nosso lado, vivendo esta
emoção única e intransferível. Portanto, esta homenagem pretende alcançar a todos os
ausentes momentâneos, que simplesmente não puderam vir como também a todos os
ausentes eternos que já partiram para Deus. Agradeço a todos por fazerem parte dessa
história!!!!!!!
AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA DE PACIENTES
HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS NO DISTRITO DE
GALANTE-PB
PEREIRA, Erislânio Vitor Guimarães1, ALVES, Harley da Silva
2, QUEIROZ, Maria do
Socorro Ramos3.
RESUMO
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são Doenças Crônicas
Não Transmissíveis que manifestam características comuns e são de fácil diagnóstico. Geralmente,
essas patologias acometem pacientes com idade superior a 40 anos. Os portadores de HAS e DM
são orientados a se cadastrarem no programa de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA). O objetivo
desse estudo foi identificar os Resultados Negativos Associados a Medicamentos (RNM’s),
classificar os diferentes tipos encontrados, bem como distribuir a amostra estudada de acordo com
as DNCT, gênero e verificar a faixa etária mais frequente dos pacientes usuários do HIPERDIA. O
estudo foi do tipo documental com abordagem quantitativa e descritiva realizado entre fevereiro a
junho de 2013 nos pacientes cadastrados no Programa HIPERDIA no Distrito de Galante-PB.
Durante o período da pesquisa foram avaliados 344 pacientes, sendo 102 pacientes portadores de
RNM’s que variou de 1 a 3 tipos por paciente. A faixa etária predominante foi dos pacientes que
apresentou idade entre 60 a 69 anos. Após a conclusão do período de estudo, percebeu-se a
importância do acompanhamento farmacoterapêutico na identificação dos possíveis RNM’s e na
resolução dos mesmos, uma vez que o serviço de Atenção Farmacêutica (AF) prestado aos
pacientes por fornece informações que contribuem para uma melhor qualidade de vida dos
pacientes.
PALAVRAS-CHAVE: HIPERDIA, Atenção farmacêutica, Administração de
medicamentos, Saúde do idoso.
1. Discente do curso de Graduação em Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba. E-mail:
erislanio.guimaraes@hotmail.com
2. Docente do curso de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba. E-mail:
harley.alves@hotmail.com
3. Co-orientadora e docente do curso de Graduação em Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba.
E-mail: queirozsocorroramos@yahoo.com.br
6
1 INTRODUÇÃO
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) compõem um grupo de
entidades que se caracterizam por apresentar, de forma geral, longo período de latência,
tempo de evolução prolongado, etiologia não elucidada totalmente, lesões irreversíveis e
complicações que acarretam graus variáveis de incapacidade ou óbito (MARTINS, 2011).
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM), que apresentam
características comuns e são de fácil diagnóstico. Ambas apresentam um longo período
assintomático, curso clínico lento e podem evoluir para graus variados de incapacidade ou
para a morte, sendo responsáveis por dois milhões de mortes por ano no mundo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) como sendo uma doença de natureza multifatorial, frequentemente associada a
alterações metabólicas e hormonais e fenômenos tróficos. É caracterizada pela elevação da
pressão arterial, considerada como um dos principais fatores de risco
cardiocérebrovascular e para complicações renais. Define também o Diabetes Mellitus
(DM) como sendo uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou
incapacidade da insulina exercer adequadamente suas ações, caracterizada pela
hipoglicemia crônica e alterações no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas
(MIRANZI et al., 2008).
A abordagem conjunta do DM e da HAS é baseada nos aspectos comuns às duas
patologias; pois como: importância do tratamento não medicamentoso, ocorrência
geralmente assintomática, cronicidade, complicações, difícil adesão ao tratamento
farmacológico, necessidade de controle rigoroso para evitar complicações e de
acompanhamento pela equipe multidisciplinar (CONASS, 2011).
Dentre os fatores que, possivelmente, podem dificultar o tratamento da HAS e do
DM é a falta de conhecimento da doença e a não adesão ao tratamento, fato este muito
observado pelos profissionais de saúde (CINTRA, GUARIENTO, MIYASAKI, 2010).
Os esquemas terapêuticos, em especial, as associações e os critérios de escolha das
drogas anti-hipertensivas e/ou hipoglicemiantes baseados na anamnese do paciente,
aparecem como pontos primordiais para garantir o sucesso da farmacoterapia, que tem
como foco proporcionar a adesão, eficácia e segurança do tratamento farmacológico.
A administração de vários fármacos favorece a ocorrência de RNM´s, os quais são
efeitos na saúde dos pacientes não adequados ao objetivo da farmacoterapia. Podem ser
originados por diferentes causas, tais como: as relacionadas ao sistema de saúde, ao
7
usuário e seus aspectos biopsicossociais, aos profissionais de saúde e aos medicamentos
(COMITE DE CONSENSO, 2007, DÁDER; MUÑOZ; MARTINEZ, 2008).
Estima-se que 3,8% das internações por eventos adversos a medicamentos são
oriundas das Interações Medicamentosas (IM). Já a prevalência de pacientes hospitalizados
acometidos por Reações Adversas a Medicamentos (RAM) relacionadas às IM é de 15%,
sendo que 68 -70% das IM potenciais identificadas demandam cuidados médicos, e 1-2%
colocam em risco a vida do paciente (VARALLO, COSTA, MASTROIANNI, 2013).
A Atenção farmacêutica (AF) é uma modalidade de exercício profissional que se
caracteriza como um grupo de atividades vinculadas aos medicamentos, nas quais o
farmacêutico assume um papel ativo em benefício do paciente e, dessa forma, a
responsabilidade direta na colaboração com outros profissionais de saúde para alcançar o
resultado terapêutico desejado de acordo com a demanda da comunidade. O
acompanhamento e a avaliação da farmacoterapia têm como propósito assegurar o uso
racional de medicamentos (ANDRADE, SILVA, FEITAS, 2009; OLIVEIRA, ASSIS,
BARBONI, 2010).
Assim, a presente pesquisa visou identificar os RNM’s, e classificar os diferentes
tipos encontrados. Distribuir a amostra estudada de acordo com o gênero e as DNCT e
verificar a faixa etária mais frequente dos pacientes usuários do programa HIPERDIA
cadastrados nas Unidades Básicas Saúde de Família Galante I e II, distrito de Galante - PB.
Portanto, o acompanhamento farmacoterapêutico de usuários do HIPERDIA é uma etapa
fundamental para a promoção do uso correto dos medicamentos, para conhecer os itens
prescritos, avaliar possíveis RNM’s e realizar intervenções garantindo, assim, um
tratamento eficaz para o controle da HAS e do DM e, consequentemente, menor risco de
agravos à saúde, proporcionando uma longevidade mais saudável.
8
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)
A HAS é uma doença multifatorial, caracterizada por níveis tensionais elevados,
associados a alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofia
cardíaca e vascular). O alto custo social dessa enfermidade é responsável por cerca de 40%
dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho. A HAS em adultos (≥ 18
anos) é definida pela Pressão Arterial Sistólica (PAS) ≥ 140 mm Hg ou Pressão Arterial
Diastólica (PAD) ≥ 90 mm Hg (AMADO, ARRUDA, 2004).
2.2 Epidemiologias da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
A HAS é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. Corresponde
a um dos mais importantes Fatores de Risco (FR) para o desenvolvimento de Doenças
Cardiovasculares (DCV), cerebrovasculares e renais, sendo responsável por pelo menos
40% das mortes por Acidente Vascular Encefálico (AVE), por 25% das mortes por doença
arterial coronariana e, em combinação com o diabetes, 50% dos casos de insuficiência
renal terminal (BRASIL, 2006a)
Com o critério atual de diagnóstico de HAS (PA ≥ 140/90 mm Hg), a prevalência
na população urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%, dependendo da cidade onde
o estudo foi conduzido. A principal relevância da identificação e do controle da HAS
reside na redução das suas complicações, tais como: doenças cerebrovasculares, Doença
arterial coronariana, Insuficiência cardíaca, Doença renal crônica, Doença arterial
periférica (BRASIL, 2006a).
No Brasil, em 2003, 27,4% dos óbitos foram decorrentes de DCV, atingindo 37%
quando são excluídos os óbitos por causas mal definidas e pela violência. A principal causa
de morte em todas as regiões do Brasil é o AVE, acometendo as mulheres em maior
proporção (BRASIL, 2006b).
Os profissionais de saúde, da rede básica, têm importância primordial nas
estratégias de controle da HAS, quer na definição do diagnóstico clínico e da conduta
terapêutica, quer nos esforços requeridos para informar e educar os pacientes hipertensos
como de fazê-lo seguir o tratamento. É preciso ter em mente que a manutenção da
motivação do paciente para não abandonar o tratamento é talvez uma das batalhas mais
9
árduas que os profissionais de saúde enfrentam em relação ao paciente hipertenso. Para
complicar ainda mais a situação, é importante lembrar que um grande contingente de
pacientes hipertensos também apresenta outras co-morbidades, como diabetes mellitus,
dislipidemia e obesidade, dificultando ainda mais a adesão ao tratamento, causando
implicações importantes em termos de gerenciamento das ações terapêuticas necessárias
para o controle de um aglomerado de condições crônicas (BRASIL, 2006b).
2.2 Diagnóstico e Classificação da Hipertensão Arterial Sistêmica
A medida da Pressão Arterial (PA) é o elemento-chave para o estabelecimento do
diagnóstico da HAS e avaliação da eficácia do tratamento, devendo ser realizada em toda
avaliação de saúde, por médicos das diferentes especialidades e demais profissionais da
área de saúde, todos devidamente capacitados (BRASIL, 2006a).
A HAS por ser assintomática tem o seu diagnóstico dependente de medidas
repetidas da PA e não do relato de possíveis sintomas por parte do hipertenso. De acordo
com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), o diagnóstico preciso é feito por meio
de várias determinações da PA, observações dos FR, lesões de órgãos alvo e co-
morbidades associadas à hipertensão (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA,
2010).
Alguns estudos têm mostrado que, na prática clínica, nem sempre a medida da PA
é realizada de forma adequada. No entanto, os erros podem ser evitados com o preparo
apropriado do paciente, uso de técnica padronizada e equipamento calibrado. O método
mais utilizado é o indireto, com técnica auscultatória e esfigmomanômetro de coluna de
mercúrio ou aneróide.
Os valores que permitem classificar os indivíduos adultos acima de 18 anos, de
acordo com os níveis de PA estão expressos na Tabela 1.
QUADRO 1: Classificação da Pressão Arterial para > 18 anos.
CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO ARTERIAL
SISTÓLICA - PAS
(mm Hg)
PRESSÃO ARTERIAL
DIASTÓLICA - PAD
(mm Hg)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
10
QUADRO 1: Classificação da Pressão Arterial para > 18 anos.
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010.
O Ministério da Saúde classifica a HAS, de acordo com a sua etiologia em:
2.3.1 Hipertensão Primária, Essencial ou Idiopática: tem origem indeterminada, mas
relacionada à pré-disposição genética de cada pessoa desenvolver a doença, representa
90% dos casos. É caracterizada por ter longa duração e por comprometer direta ou
indiretamente os rins e os vasos aumentando o número de morbimortalidade mundial
(BRASIL, 2006a).
2.3.2 Hipertensão Secundária: é caracterizada por distúrbios de natureza renal,
endócrina, neurológica e vascular, é encontrada em apenas 10% das pessoas e muitas vezes
tratada por meio de procedimentos cirúrgicos (BRASIL, 2006a). Os principais indícios
desse tipo de hipertensão correspondem a:
Potássio sérico inferior a 3,5 meq./-1, na ausência de tratamento com diuréticos;
Proteinúria;
Hematúria;
Elevação da creatinina;
Sopro abdominal;
Má resposta ao tratamento;
Ausência de história familiar;
Início abrupto e grave de hipertensão, com retinopatia severa, hematúria e perda de
função renal (HAS acelerada ou maligna);
PA mais baixa nos membros inferiores;
CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO ARTERIAL
SISTÓLICA - PAS
(mm Hg)
PRESSÃO ARTERIAL
DIASTÓLICA - PAD
(mm Hg)
Limítrofe 130-139 85-89
Hipertensão estágio 1 140-159 90-99
Hipertensão estágio 2 160-179 100-109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Hipertensão sistólica
isolada
≥ 140 <90
11
Acentuada oscilação de PA, acompanhada de rubor facial, sudorese e taquicardia
paroxística;
Início súbito de hipertensão antes dos 30 anos ou após os 55 anos de idade (BRASIL,
2006a).
2.4 Tratamento Farmacológico da Hipertensão Arterial Sistêmica
O tratamento da HAS tem como objetivo principal, a redução da morbimortalidade
cardiovascular dos pacientes hipertenso, que aumenta em decorrência dos altos níveis
tensionais e de outros fatores agravantes. São utilizados tanto medidas não farmacológicas
isoladas como em associação a fármacos anti-hipertensivos.
2.4.1 Esquemas Terapêuticos
2.4.1.1 Monoterapia
Os anti-hipertensivos preferenciais para a realização do controle da PA em
monoterapia inicial são: diuréticos, β-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio,
inibidores da ECA e bloqueadores do receptor AT1 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2010).
O tratamento deve ser individualizado e a escolha inicial do medicamento como
monoterapia deve basear-se em: capacidade do agente a ser escolhido de reduzir a
morbimortalidade cardiovascular; perfil de segurança do medicamento (potencial de
reações adversas, interação medicamentosa e comodidade ao paciente); mecanismo
fisiopatogênico predominante; características individuais; doenças associadas e condições
socioeconômicas do paciente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).
2.4.1.2 Terapêutica Anti-Hipertensiva Combinada
Quando a monoterapia não for suficiente para atingir as reduções de pressão previstas e
diante da necessidade de controle mais rigoroso da PA, é necessária a introdução de mais um tipo
de medicamento, principalmente para pacientes com hipertensão em estágios 2 e 3 (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).
12
O esquema anti-hipertensivo instituído deve manter a qualidade de vida do paciente, de
modo a estimular a adesão às recomendações prescritas. Após longo período de controle da
pressão, pode ser tentada, criteriosamente, a redução progressiva das doses dos medicamentos em
uso. Existem evidências de que, para hipertensos com PA controlada, a associação de ácido
acetilsalicílico em baixas doses diminui a ocorrência de complicações cardiovasculares, desde que
não haja contra-indicação (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).
2.5 DIABETES MELLITUS (DM)
O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por
hiperglicemia e associada a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos,
especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de
defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos
como destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à
insulina, distúrbios de secreção de insulina entre outros (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2010; BRASIL, 2006a).
2.5.1 Epidemiologia do Diabetes Mellitus
O DM afeta cerca de 12% da população no Brasil (aproximadamente 22 milhões de
pessoas). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2006 havia cerca de
171 milhões de diabéticos no mundo e esse índice aumentou rapidamente. É estimado que
em 2030 esse número duplique sendo esperado a maior elevação na Ásia e na África. O
aumento do índice de diabetes em países em desenvolvimento segue a tendência de
urbanização e mudança de estilos de vida (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2010).
O diabetes apresenta alta morbimortalidade, com perda importante na qualidade de
vida. É uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de
membros inferiores, cegueira e DCV. A OMS estimou em 1997 que, após 15 anos de
doença, 2% dos indivíduos acometidos estarão cegos e 10% terão deficiência visual grave.
Além disso, estimou que, no mesmo período de doença, 30 a 45% terão algum grau de
retinopatia, 10 a 20%, de nefropatia, 20 a 35%, de neuropatia e 10 a 25% terão
desenvolvido DCV (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).
13
Mundialmente, os custos diretos para o atendimento ao diabetes variam de 2,5% a
15% dos gastos nacionais em saúde, dependendo da prevalência local de diabetes e da
complexidade do tratamento disponível. Além dos custos financeiros, o diabetes acarreta
também outros custos associados à dor, ansiedade, inconveniência e menor qualidade de
vida que afeta doentes e suas famílias. O diabetes representa também carga adicional à
sociedade, em decorrência da perda de produtividade no trabalho, aposentadoria precoce e
mortalidade prematura (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).
2.5.2 Diagnóstico e Classificação do Diabetes Mellitus
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes são aceitos três critérios de
diagnóstico para o diabetes (TABELA 2).
TABELA 2: Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de Diabetes
Mellitus e seus estágios clínicos.
CATEGORIA Jejum* 2h após 75g de
glicose
Glicemia
Casual**
Glicemia Normal <100 mg/dL <140 (mg/dL) -
Tolerância à Glicose
diminuída
>100 a < 126
(mg/dL)
≥ 140 a < 200
(mg/dL)
-
Diabetes Melitus ≥ 126 (mg/dL) ≥ 200 (mg/dL) ≥ 200 (mg/dL) (com
sintomas clássicos)***
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2007.
*O jejum é difinido como a falta de ingestão calórica por no mínimo 8hs.
**Glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem
observar o intervalo da última refeição.
***Sintoma clássicos de DM incluem: poliúria, polidipsia e perda não-explicada de
peso.
O diabetes pode ser classificado em Diabetes Insípidus (DI) e DM. O primeiro tipo
é uma doença caracterizada por excreção de grandes quantidades de urina diluída e sede
excessiva; a sua etiologia compreende deficiência do Hormônio Antidiurético (HAD ou
vasopressina) secretado pela neurohipófise, resposta do rim ao HAD e regulação
hipotalâmica da sede prejudicada (FERREIRA, et al., 2011).
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O DM é o tipo mais presente e divide-se em três tipos:
2.5.2.1 DM tipo 1 (DM1): caracteriza-se por uma deficiência absoluta de insulina em
decorrência da destruição auto-imune das células beta. Em geral, os pacientes são jovens e
não obesos quando os sintomas aparecem pela primeira vez. Existe uma predisposição
hereditária, com incidência dez vezes maior em parentes de primeiro grau, e uma forte
associação com antígenos de Histocompatibilidade particulares (tipos HLA). Estudos
realizados em gêmeos idênticos mostraram que os indivíduos geneticamente predispostos
também devem ser expostos a um fator ambiental, como infecção viral e esta pode lesar as
células ß do pâncreas e expor antígenos que desencadeiam um processo auto-alérgico
autoperpetuante, o paciente só se torna francamente diabético quando mais de 90% das
células beta são destruídas (RANG et al., 2008).
2.5.2.2 DM tipo 2 (DM2): acontece quando as células do organismo vão progressivamente
tornando-se resistentes à insulina. No início, o pâncreas aumenta sua produção para manter
o açúcar do sangue normal, mas, com o passar do tempo, à medida que a resistência à
insulina aumenta o pâncreas não consegue atender às solicitações de produção de mais
insulina, levando à hiperglicemia. A causa do aumento persistente da glicemia pode ser em
decorrência da predisposição familiar (herdado) e/ou da Obesidade Central (OC) (gordura
que se acumula mais ao redor da cintura do que no restante do corpo), aumentando ainda
mais os riscos de diabetes. Este é o padrão de obeso que frequentemente está associado à
resistência à insulina e a uma condição conhecida como Síndrome Metabólica (SM)
(RODRIGUES, CANANI, GROSS, 2010; VIANA, RODRIGUEZ, 2011).
2.5.2.3 Diabetes Gestacional: tipo de hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de
intensidade variada, geralmente se resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos
depois em grande parte dos casos; geralmente se desenvolve no final da gravidez quando
os hormônios antagonistas da insulina atingem seus níveis máximos levando a Resistência
a Insulina (RI), a intolerância a glicose e a hiperglicemia. Seu diagnóstico é controverso, a
OMS recomenda detectá-lo com os mesmos procedimentos diagnósticos empregados após
a gravidez (NAVA et al., 2011).
2.5.2.4 Outros Tipos Específicos de DM: pertencem a essa classificação formas menos
comuns de DM cujos defeitos ou processos causadores podem ser identificados. A
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apresentação clínica desse grupo é bastante variada e depende da alteração de base. Estão
incluídas nessa categoria defeitos genéticas na função das células beta, na ação da insulina,
doenças do pâncreas exócrino e outras condições (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2010).
2.5.3 Tratamento Farmacológico do Diabetes Mellitus 2
Os hipoglicemiantes orais são fármacos usados no tratamento do DM2 quando a
introdução de uma dieta saudável aliada ao exercício físico não surtem os efeitos
desejáveis no controle glicêmico. A farmacoterapia tem como finalidade conseguir níveis
sanguíneos normais de glicose sem hipoglicemia e sem romper gravemente a atividade e o
estilo de vida habitual do paciente. Portanto, o tratamento do diabetes envolve a avaliação
constante e as modificações do plano de tratamento por profissionais de saúde e os ajustes
necessários na terapia do paciente.
2.6 ATENÇÃO FARMACÊUTICA (AF)
A AF é definida como um modelo de prática farmacêutica desenvolvida no
contexto da assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos,
comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de
doenças e na promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a
interação direta do farmacêutico com o usuário, visando a uma farmacoterapia racional e à
obtenção de resultados definitivos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de
vida (OPAS/OMS, 2002).
2.7 ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
Corresponde à prática profissional em que o farmacêutico se responsabiliza com as
necessidades do paciente, relacionados com os medicamentos mediante a detecção,
prevenção e resolução de Resultados Negativos associados a Medicamentos (RNM’s), de
forma sistemática, contínua e documentada, em colaboração com o mesmo e com os
demais profissionais do sistema de saúde, a fim de alcançar resultados concretos no
tratamento. Está inserida na AF e interligada ao Sistema de Farmacovigilância, por
16
identificar e avaliar problemas/riscos relacionados à segurança, a efetividade e ao desvio
da qualidade de medicamentos (DADER, MUÑOZ, MARTINEZ, 2008).
Nessa prática, o profissional realiza a Intervenção Farmacêutica (IF) que é um ato
planejado, documentado e desenvolvido junto ao usuário e aos profissionais de saúde que
tem por finalidade resolver ou prevenir problemas que interferem ou podem interferir na
farmacoterapia.
Segundo Machuca, Fernández-Llimós e Faus (2003), o Seguimento
Farmacoterapêutico (SFT) como qualquer outra atividade de saúde necessita de
procedimentos de trabalho protocolados e validados por meio da experiência, para ser
realizado com a máxima eficiência e permitir avaliar o processo e, sobretudo os resultados.
De acordo com os mesmos autores, o método Dáder de SFT que foi desenvolvido
pelo Grupo de investigação de AF da Universidade de Granada, baseia-se na obtenção da
história farmacoterapêutica do doente, isto é, nos problemas de saúde que este apresenta,
nos medicamentos que utiliza e na avaliação do seu estado de situação, de forma a
identificar e a resolver os possíveis PRM’s. Após esta identificação realizam-se as IF’s
necessárias para resolver os PRM’s e, posteriormente, avaliam-se os resultados obtidos.
Esse método tem um procedimento concreto em que se elabora um estado de situação
objetivo do paciente e a partir do qual vão resultar as correspondentes IF, em que cada
farmacêutico, em conjunto com o doente e com o seu médico, decide que ação tomar em
função dos seus conhecimentos e das condições particulares de cada caso.
O procedimento do SFT contém as seguintes fases:
Oferta do serviço (o farmacêutico oferece o serviço quando suspeita da existência de
PRM’s mediante a procura do paciente);
Primeira entrevista (toda história famacoterapêutica do doente é documentada e
registrada);
Estado de situação (é a relação entre os seus problemas de saúde e os medicamentos que
utiliza);
Fase de estudo (estuda cada problema de saúde e os respectivos medicamentos que
fazem parte do tratamento);
Fase de avaliação (estabelece as suspeitas de PRM’s que o doente possa apresentar);
Fase de intervenção (elabora um plano de atuação de acordo com o doente e estabelece
intervenções necessárias para resolver os PRM’s que o paciente possa estar sofrendo);
17
Resultado da intervenção (determina o resultado da intervenção farmacêutica para a
resolução do problema de saúde estabelecido);
Novo estado de situação (recolhe alterações relativas aos problemas de saúde e
medicamentos, existentes desde a intervenção);
Entrevistas sucessivas (continua a resolver os PRM’s pendentes, previne o aparecimento
de novos PRM’s).
2.8 EVOLUÇÃO DO TERMO PROBLEMAS RELACIONADOS COM
MEDICAMENTOS (PRM´S) AO TERMO RESULTADOS NEGATIVOS
ASSOCIADOS AO MEDICAMENTO (RNM´S).
Diante da prevalência de problemas resultantes do uso de medicamentos, em 1998
foi realizado o Primeiro Consenso de Granada sobre PRM´s, no qual foi definido este
termo como sendo um problema que interfere ou pode interferir nos resultados esperados
da saúde do paciente (SANTOS et al., 2004).
QUADRO 1: Classificação de PRM´s de acordo com o Segundo Consenso de Granada.
Fonte: CORRER, 2002.
Segundo Maia Neto (2005), nesse encontro, foi estabelecida também uma
classificação de seis categorias agrupadas em três supra-categorias relacionadas abaixo:
Indicação – todo o medicamento utilizado pelo paciente deve ser realmente necessário
ao processo profilático de cura, controle de uma doença ou paliativo.
Efetividade – além de estarem indicados, os medicamentos precisam ser efetivos no
alcance das metas estabelecidas. É preciso que o paciente responda bem ao tratamento e
que este esteja em sua dose e freqüência adequadas ao paciente.
NECESSIDADE
PRM 1 – O doente tem um problema de saúde por não utilizar a medicação que necessita;
PRM 2 – O doente tem um problema de saúde por utilizar um medicamento que não necessita;
EFETIVIDADE
PRM 3 – O doente tem um problema de saúde por uma inefetividade não quantitativa da
medicação;
PRM 4 – O doente tem um problema de saúde por uma inefetividade quantitativa da medicação;
SEGURANÇA
PRM 5 – O doente tem um problema de saúde por uma insegurança não quantitativa de um
medicamento;
PRM 6 – O doente tem um problema de saúde por uma insegurança quantitativa de um
medicamento.
18
Segurança – o medicamento perfeitamente indicado e efetivo precisa também ser
seguro ao paciente. O problema gerado faz com que a relação risco/benefício seja
desfavorável, isso ocorre devido à inefetividade qualitativa ou quantitativa.
O segundo consenso estabeleceu a seguinte classificação:
Com a experiência adquirida durante a utilização desta classificação detectaram-se
algumas falhas de compreensão que sugeriram uma atualização, levando um grupo de
farmacêuticos a reunirem-se novamente e elaborar o Segundo Consenso de Granada com a
finalidade de aprimorar a definição do conceito de PRM´s, incorporando modificações ao
primeiro consenso, introduzindo desta forma um critério de classificação coerente,
oferecendo à comunidade científica e profissional uma ferramenta de trabalho útil e
atualizada (MACHUCA; FERNÀNDEZ-LLIMÓS; FAUS, 2003; MAIA NETO, 2005)
Em 2007 houve mais uma reunião de avaliação de PRM´s, o Terceiro Consenso de
Granada e ficou deliberado a mudança para RNM´s, no entanto, ficaram mantidas as
mesmas categorias e supra-categorias (FIGURA 3).
QUADRO 2: Classificação RNM´s de acordo com o Terceiro Consenso de Granada.
NECESSIDADE
Problema de saúde não tratado – O paciente sofre um problema de saúde associado ao fato de
não receber um medicamento que necessita;
Efeito de medicamento não necessário – O paciente sofre um problema de saúde associado ao
fato de receber um medicamento que não necessita;
EFETIVIDADE
Inefetividade não quantitativa – O paciente sofre um problema de saúde associado a uma
inefetividade não quantitativa do medicamento;
Inefetividade quantitativa – O paciente sofre um problema de saúde associado a uma
inefetividade quantitativa do medicamento;
SEGURANÇA
Insegurança não quantitativa – O paciente sofre um problema de saúde associado a uma
insegurança não quantitativa do medicamento;
Insegurança quantitativa – O paciente sofra um problema de saúde associado a uma
insegurança quantitativa do medicamento.
Fonte: Comitê de Consenso, 2007; Dader; Munõn; Martinez, 2008.
19
3 REFERENCIAL METODOLÓGICO
3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO
A pesquisa foi do tipo, documental com abordagem quantitativa e descritiva e ocorreu
no período de fevereiro a junho de 2013, nas Unidades Básicas de Saúde da Família
Galante I e II, em Campina Grande-PB.
3.2 AMOSTRAGEM
Os pacientes cadastrados no HIPERDIA nas Unidades Básicas de Saúde da Família
Galante I e II, responderam inicialmente ao Termo de Consentimento Livre e esclarecido e,
em seguida, a um questionário por meio do qual foram interrogados a respeito de dados
necessários para atender aos objetivos do projeto.
3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Foram incluídos todos os usuários do HIPERDIA que aceitarem participar da pesquisa
e como critério de exclusão aqueles que não assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
3.4 AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL, DAS CLASSES FARMACOLÓGICAS
E DOS RESULTADOS NEGATIVOS ASSOCIADOS À MEDICAMENTOS
A PA foi determinada com o paciente sentado após repouso de 15 minutos e a
classificação obedeceu aos critérios da VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
As classes dos anti-hipertensivos foram avaliadas seguindo as orientações da mesma
diretriz.
3.5 CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS NEGATIVOS ASSOCIADOS A
MEDICAMENTOS (RNM)
Os RNM´s foram classificados de acordo com os critérios do Terceiro Consenso de
Granada.
20
3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados foram digitados numa planilha do Excel (2007) e tratados no Epi-info
3.5.2.
3.7 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
O projeto foi submetido à avaliação pelo Comitê de Ética da UEPB. Após
aprovação os participantes foram informados a cerca dos objetivos, da metodologia e dos
possíveis desconfortos e/ou benefícios que a pesquisa poderia resultar. Após explicações
sobre o estudo e concordando com o protocolo do mesmo, os participantes assinaram o
Termo de Compromisso Livre e Esclarecido. Também foram apresentados um Termo de
Compromisso do Pesquisador, a Declaração de concordância com o projeto de pesquisa e
um Termo de Autorização Institucional, assinado pela gerente da unidade de saúde que
possibilitou a realização do estudo. Desta forma, este projeto está de acordo com as
diretrizes éticas da pesquisa com seres humanos, recomendadas pela Comissão Nacional de
Ética em Pesquisa (CONEP), expressas na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde (CNS). Obteve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Estadual da Paraíba
com protocolo sob nº 0453.0.133/2012.
21
4 DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA
Foram analisados 344 prontuários no período de fevereiro a junho de 2013. Dos
344 pacientes 242 (71%) eram do sexo feminino e 102 eram do sexo masculino. Em
relação à HAS 364 (77%) eram portadores dessa patologia enquanto 14 (4%) tinham DM e
66 (19%) eram acometidos simultaneamente, por ambas (TABELA 1).
TABELA 1: Avaliação do tipo de DNCT por gênero.
Tipo de DNCTs
GÊNERO
Masculino Feminino
N % n %
Hipertensão Arterial
Sistêmica
82 24 182 53
Hipertensão Arterial
Sistêmica e Diabetes
Mellitus
15 4 51 15
Diabetes Mellitus 5 1 9 3
Total 102 29 242 71
No estudo de GALATO, SILVA, TIBURCIO (2010), sobre a utilização de
medicamentos em idosos, foram entrevistados 104 pacientes, dentre estes 71 (68,3%) eram
mulheres. No estudo de ALANO, CORRÊA, GALATO (2012), sobre indicadores do
serviço de AF, analisaram 58 fichas de pacientes, dentre estes, 45 (77,6%) pertencia ao
sexo feminino. No presente estudo, identificou-se maior prevalência dos pacientes do sexo
feminino portadores da HAS e/ou DM, o que mostra homogeneidade entre os resultados. O
motivo da predominância do sexo feminino, é que mesmo nascendo mais crianças do sexo
masculino do que do feminino, as mulheres possuem maior longevidade em relação aos
homens (BRASIL, 2011e). Para BOING, A. C.; BOING, A. F., (2007) o sexo feminino é
mais prevalente nos estudos por conta que as mulheres buscam os serviços de saúde com
maior frequência.
Em relação aos RNM’s, observa-se que 102 (29%) dos pacientes apresentaram
resultados negativos associados a medicamentos (GRÁFICO 1).
22
GRÁFICO 1: Percentuais de RNM encontradas nas prescrições médicas.
As possíveis causas que condicionaram o surgimento dos RNM’s foram às falhas
que ocorreram durante os processos de prescrições ou monitorização da farmacoterapia.
Sobre este aspecto, a análise farmacêutica da prescrição e do uso de medicamentos em
idosos, que merecem maior atenção, pode identificar circunstâncias geradoras de RNM’s, o
que irá possibilitar uma atuação preventiva antes da ocorrência dos mesmos (CORRER, et
al 2007).
Em relação à faixa etária, pacientes entre 60 a 69 anos, representaram 32% (n=102)
dos RNM’s encontrados, já os pacientes que possuem idade inferior a 40 anos e entre 80 a
89 anos, apresentaram RNM’s em menor expressão. Observa-se que o pacientes que
possuem idade entre 60 a 89 anos pertencem a terceira idade, representando 59% dos
pacientes acometidos pelos RNM’s (GRÁFICO 2).
GRÁFICO 2: Percentual por faixa etária dos pacientes que apresentaram RNM’s.
23
Em reconhecimento à importância do envelhecimento populacional no Brasil,
aprovou-se em 1994 a Lei Federal N° 8.842, que estabelece a Política Nacional do Idoso
(PNI). Logo depois, essa Lei foi reformulada através do Decreto n° 1.948, de 03 de julho
de 1996, dando total reconhecimento, e considerando o cidadão pertencente à terceira
idade com idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 1994; BRASIL 1996).
Nas últimas décadas, tem-se observado o aumento dos problemas decorrentes da
não adesão ao tratamento medicamentoso, e isso tem despertado preocupação dos
profissionais de saúde. Segundo CINTRA, F.A.; GUARIENTO, M.E.; MIYASAKI, L.A.;
(2010), os pacientes que pertencem a terceira idade e o uso vários medicamentos, de uso
prolongado, os efeitos colaterais, o desaparecimento de sintomas, desconhecimento dos
medicamentos, falta de motivação, analfabetismo e distúrbios de memória devem ser
consideradas como fatores condicionantes para o número expressivo de RNM’s
identificado entre os pacientes.
Na amostra analisada, 102 (29%) pacientes apresentaram RNM. Os mesmos foram
agrupados quanto ao número de RNM apresentado, que variaram de 1 a 3 tipos. O RNM 3
foi o mais frequente, presente em 35 (34%) pacientes, seguido do RNM 1 presente em 25
(24%) pacientes. Apenas 1 (1%) paciente apresentou RNM 1, RNM 2, RNM 3
simultaneamente. Dentre os que apresentaram mais de um tipo de RNM, predominou o
RNM 1 e RNM 3 concomitantemente, presente em 17 (17%)pacientes.
GRÁFICO 3: Percentual de RNM encontradas nas prescrições médicas.
Os 25 (24%) pacientes que se enquadram no RNM por um problema de saúde não
tratado, apresentaram fatores que interfere na eficácia do tratamento farmacoterapêutico.
24
Os riscos que surgem nessa classificação podem ser por ações farmacêuticas, financeiras,
psicológicos ou sociais, sendo que estas incluem o não acesso aos serviços de saúde.
Nesse estudo ao qual nos referimos, o RNM 1 está relacionado com o não recebimento do
medicamento, por motivo de falha no serivço de atenção básica em função do não
cumprimento de uma política idônea, o que garante acesso livre do cidadão, mediante a
prescrição médica, ao(s) medicamento(s). O ato de não adquirir o medicamento, como por
exemplo a Losartana Potássica (TABELA 2), um inibidor da aldosterona, contribuiu para a
permanência dos níveis pressóricos elevados.
De acordo com a Portaria GM n◦ 3.916 de outubro de 1998, a Política Nacional de
Medicamentos garante a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a
promoção do uso racional e principalmente, o acesso da população àqueles medicamentos
considerados essenciais. A não aquisição do medicamento é um problema de grande
relevância, afinal um direito estabelecido por lei que não esta sendo vigorado, o que resulta
na má prestação dos serviços de saúde e no aumento dos riscos de saúde do paciente.
A má seleção de medicamentos, interações com outros medicamentos, fenômenos
de tolerância, o insucesso terapêutico que não depende da dose administrada, e a
farmacoterapia associada a patologias, como, por exemplo, hepatopatia e nefropatia, bem
como, a idade do paciente são fatores que contribuíram potencialmente para a ocorrência
dos RNM’s por inefetividade não quantitativa. No presente estudo, 35 (34%) pacientes
foram identificados com RNM’s por inefetividade não quantitativa. Dentre os pacientes,
registrou-se a administração do hidroclorotiazida simultaneamente com hipoglicemiantes
orais, o que, possivelmente, resultou em redução do efeito hipoglicemiante, pois os
pacientes apresentaram os níveis glicêmicos bem acima dos valores considerados normais
pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Em outras circunstâncias foram identificados
os pacientes que fazem o uso da digoxina juntamente com o hidroclorotiazida e/ou
furosemida, estando sujeitos a desenvolverem hipocalemia e intoxicação digitálica grave
(AMARAL, PERASSOLO, 2012) (TABELA 2). Estudos realizados num Serviço de
Urgências de Atenção Primaria na Espanha (JIMÉNEZ et al., 2011), afirmam que os
pacientes atendidos por motivo de RNM, 53,6% pertencia a supra categoria de Efetividade.
E de acordo com estudos de Mastroianni et al., (2009), afirmaram que as admissões
hospitalares por uso de medicamentos ocorreram predominantemente em 47,5% dos idosos
dentre esses e 62% pertenciam ao sexo feminino. E os estudos de Cardoso et al,. (2013)
afirma que dentre os medicamentos mais frequentes estavam os anti-hipertensivos.
25
Quanto ao RNM de insegurança não quantitativa, foram identificados 10 (10%)
pacientes. Tomando como base essa informação, esse tipo de RNM é um problema de
segurança que independe da dose e confere riscos graves a saúde do paciente. Diante de tal
situação, destacamos a ocorrência dos pacientes fazem uso concomitante do propranolol e
do hidroclorotiazida (TABELA 2). Ambos podem interagir entre-si e desencadear quadros
de hiperglicemia e hipertrigliceridemia. Isso acontece especialmente em pacientes
diabéticos, principalmente naqueles que não possuem bons hábitos dietéticos para o
controle da glicemia. No entanto, a IF torna-se limitada em situações desse tipo. Em outra
situação, os pacientes que fazem o uso da losartana potássica e do hidroclorotiazida podem
desenvolver uma hipotensão sintomática devido à ocorrência de um sinergismo de
potenciação entre os medicamentos (KOROLKOVAS, FRANÇA, 2011/2012). Os
pacientes fazem o uso do diurético de alça e digitálico que podem desenvolver uma
intoxicação digitálica com risco de morte ou dano permanente (MATOS et al., 2009;
SECOLI, 2010).
Quanto ao RNM de insegurança quantitativa, foi encontrado 8 (8%) pacientes. As
possíveis causas para o desenvolvimento deste RNM podem ser utilização da dose acima
da janela terapêutica (dose tóxica) e a interação medicamento–medicamento dependente da
dose. No presente estudo, há alguns casos em que os pacientes tomam 50mg/dia do
Hidroclorotiazida (TABELA 2). A hidroclorotiazida pode aumentar a os níveis de
triglicerídeos e desregular as concentrações séricas do colesterol. Diversos estudos
mostraram a potencialidade de diferentes diuréticos em elevar as concentrações séricas de
colesterol total e as frações LDL e VDL, além das triglicérides, principalmente quando se
eleva suas doses terapêuticas (BATLOUNI, 2009). As reações são causas urgências
hospitalares, do aumento do tempo de permanência hospitalar e, até mesmo, de óbito.
Além disso, elas afetam negativamente a qualidade de vida do paciente, influenciam na
perda de confiança do paciente para com o médico, aumentam custos, podendo também
atrasar os tratamentos, uma vez que podem assemelhar-se a enfermidades de base
(GOMES, REIS, 2001; LINHARES et al., 2010).
TABELA 2: RNM’s encontrados nos pacientes cadastrados no programa HIPERDIA em
Galante-PB. Classe Farmacológica Medicamentos Efeitos
ANTAGONISTA DA
ALDOSTERONA Losartan Pacientes não tinham acesso ao
medicamento
DIURÉTICO Hidroclorotiazida 50mg Pode causar hiperglicemia e
hipertrigliceridemia
26
TABELA 2: RNM’s encontrados nos pacientes cadastrados no programa HIPERDIA em
Galante-PB. Classe Farmacológica Medicamentos Efeitos
HIPOGLICEMIANTES
+
DIURÉTICOS
Metformina +
Hidroclorotiazida
Redução do efeito Hipoglicemiante
Glimeperida +
Hidroclorotiazida
Glibenclamida +
Hidroclorotiazida
Glibenclamida + Furosemida
Insulina + Hidroclorotiazida
Atenolol + Metformina
Glicazida + Hidroclorotiazida Pode causar descontrole da glicemia
DIURÉTICO
+
CARDIOTÔNICO
Furosemida + Digoxina Pode ocorrer hipocalemia e intoxicação
digitálica
Digoxina + Espironolactona Redução do efeito Cardiotônico
Hidroclorotiazida + Digoxina Pode acentuar a hipocalemia e
hipomagnesemia
β-BLOQUEADOR
+
DIURÉTICO
Propranolol +
Hidroclorotiazida Pode causar hiperglicemia
ANTIAGREGANTE
PLAQUETÁRIO
+
HIPOGLICEMIANTE
AAS + Glibenclamida Redução do efeito Hipoglicemiante
HIPOGLICEMIANTE
+
INIBIDOR DA ECA
Glicazida +Enalapril Pode potencializar os efeitos
hipoglicemiantes
Glibenclamida + Captopril Aumento do efeito hipoglicemiante
INIBIDOR DA ECA
+
ANTIAGREGANTE
PLAQUETÁRIO
Enalapril + AAS Redução do efeito anti-hipertensivo
INIBIDOR DA ECA
+
DIURÉTICO
Captopril + Espironolactona Pode aumentar a concentração sérica de
Ca+2
ANTAGONISTA DA
ALDOSTERONA
+
DIURÉTICO
Losartan + Hidroclorotiazida Pode causar hipotensão sintomática
DIURÉTICO
+
α-BLOQUEADOR
Hidroclorotiazida +
Amiodarona
Pode aumentar os ricos de arritmias
ventriculares
HIPOGLICEMIANTE
+
BLOQUEADORES DOS
CANAIS DE CÁLCIO
Glibenclamida + Anlodipino Pode aumentar os níveis de glicose
27
5 CONCLUSÃO
Para a realização da AF prestada aos pacientes foi empregado o acompanhamento
farmacoterapêutico de forma apropriada. Durante o período de realização deste trabalho
foram identificados quatro tipos de Resultados Negativos associados a Medicamentos
(RNM’s), sendo RNM de um problema de saúde não tratado, RNM por inefetividade não
quantitativa, RNM por insegurança não quantitativa e RNM por insegurança quantitativa.
Para a resolução do RNM por problema de saúde não tratado, foram realizadas
intervenções diretas por meio da disponibilização das receitas para os pacientes, facilitando o
seu acesso gratuito aos medicamentos que não então disponíveis na Unidade Básica.
Para os RNM por inefetividade não quantitativa, RNM por insegurança não
quantitativa e RNM por insegurança quantitativa foram resolvidos por meio da
dispensação individualizada, orientações verbais aos pacientes sobre a importância da
adesão ao tratamento, as possíveis interações medicamentosas e reações adversas, bem
como o tratamento não farmacológico. Ainda, como forma de orientação foi desenvolvido
material educativo, sistemas de bolsas de cores branco, azul, preto indicando
respectivamente os horários da manhã, tarde e noite.
As principais limitações do presente estudo estão relacionadas ao fato de não
conseguir avaliar os resultados clínicos de cada interação detectada, visto que não foi
possível o acesso aos exames laboratoriais. Em busca da correspondência dos objetivos,
temos como perspectivas, a realização dos exames laboratoriais, que de fato, irá nos
proporcionar precisão quanto resolução dos RNM’s.
Dessa forma, concluiu-se que a execução do serviço de AF, nos permite a obtenção
de um resultado farmacoterapêutico eficiente aos pacientes praticantes do programa
HIPERDIA, garantindo a melhora dos resultados clínicos dos medicamentos usados pelos
pacientes e, consequentemente, da qualidade de vida dos mesmos.
28
PHARMACOTHERAPEUTIC PROFILE OF PATIENTS WITH ARTERIAL
HYPERTENSION AND / OR DIABETES MELLITUS IN DISTRICT OF
GALANTE-PB IN THE YEAR 2013
PEREIRA, Erislânio Vitor Guimarães2, ALVES, Harley da Silva
2, QUEIROZ, Maria do
Socorro Ramos3.
ABSTRACT
The Systemic Arterial Hypertension (SAH) and Diabetes Mellitus (DM) are chronic non-
transmitted diseases (DCNT) that manifest common characteristics and are easy to
diagnose. Generally, these diseases affect patients older than age 40. Carriers of SAH and
DM are advised to sign up for the program of hypertensive and diabetics ( HIPERDIA).
The aim of this study is to identify the Negative Outcomes associated with Medication
(NOM), classify the different types found, as well as distribute the studied sample
according to DCNT, gender, and verify the most frequent age of patients using the
HIPERDIA. The study is the type documentary with approach quantitative and descriptive
conducted from February to June 2013 in patients with cadaster in the program in the
District of Galante-PB. During the research period 344 patients were evaluated, of whom
102 patients with NOM which ranged 1 through 3 types per patient. The predominant age
group was patients who presented aged 60-69 years. After conclusion of the study period,
was realized the importance of pharmacotherapeutic follow to identifying possible NOM
and their resolution, since the service of Pharmaceutical Care (PC) provided to patients is
characterized by offering information that may contribute to a better quality of life for
patients.
KEYWORDS: HIPERDIA, Pharmaceutical care, medication administration, health of the
elderly.
1. Student Course Undergraduate Pharmacy State University of Paraíba. E-mail: erislanio.guimaraes @
hotmail.com
2. Professor of Pharmacy course at the State University of Paraíba. E-mail: harley.alves @ hotmail.com
3. Co-advisor and teacher of the Undergraduate course in Pharmacy from the State University of Paraíba. E-
mail: queirozsocorroramos@yahoo.com.br
29
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