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câmbio
R I C A
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Para a maior parte da população brasileira, o câmbio sempre foi algo
invisível. Dólar sempre foi uma nota verde com a foto de sujeitos es-
quisitos que algumas pessoas carregavam na carteira para dar sorte. E
só.
Pessoas com baixo poder aquisitivo poucas vezes percebiam os efeitos
de uma variação cambial em seu dia a dia, embora até mesmo insu-
mos agrícolas (e, portanto, os alimentos) tivessem preços dependentes
daquela moeda - estima-se que 35% dos preços brasileiros dependem,
de alguma forma, do Dólar.
Só que essa realidade mudou nas últimas décadas, com o aumento da
renda média da população: o número de turistas que vai ao exterior
cresceu geometricamente, o comércio internacional se intensificou e,
nem que seja para trazer um notebook de Miami ou fazer uma compri-
nha em site chinês, a classe média simplesmente abraçou a globaliza-
ção e ouve atentamente as notícias diárias da cotação de moedas.
Porém, como para quase tudo no Brasil, a novidade vem a cavalo, mas
educação e capacitação chegam a pé, muito tempo depois.
INTRODUÇÃO
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Entender, lidar e até mesmo lucrar com taxas cambiais é um privilé-
gio que agora fará parte também da sua vida, caro leitor. Espero que
aproveite bem as oportunidades que aqui apresentaremos e que você
esteja, ao final da leitura, não apenas capaz de fazer investimentos so-
fisticados e rentáveis, mas também capaz de ver o mundo com outros
olhos, os olhos de um cosmopolita.
Quanto ao Curso, ao contrário do módulo de Tesouro Direto, em que
foi possível apresentar a Parte Prática antes da Teórica (pois consegui-
mos simplificar o método, excluindo variáveis menos importantes) e
concentrar em um pequeno e eficaz núcleo, o curso de Câmbio exigirá
que o leitor siga a ordem natural, passando primeiro pelo aprendizado
teórico para, somente então, entrar na questão prática de elaboração
de estratégia.
Após explicar como funciona a formação da taxa de câmbio, nosso cur-
so abordará as diferentes oportunidades de investimento, mostrará
custos inviabilizantes, riscos explícitos e implícitos e, após passarmos
pela teoria, mostraremos as estratégias vencedoras.
INTRODUÇÃO
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O objetivo, como sempre, é afastar o maior de todos os riscos, o risco
da falta de conhecimento, e possibilitar ao investidor a formação de
uma carteira de investimentos sólida, capaz de render eficientemente
em qualquer cenário que se apresente, em especial, o cenário de crise.
Quero ressaltar, antes que pensem que eu seja mais um dos que fa-
lam de algo em tese, sem experiência própria, que, na virada de 2012
para 2013, apliquei cerca de 10% dos meus investimentos financeiros
no exterior, com o Dólar a 1,995:1 no contrato de câmbio que fechei
pelo Indusval, na época. O dinheiro lá está até o presente momento
(setembro/2014), dado que o movimento de desvalorização do Real
permanece presente e necessário.
Desejo a você boa sorte e bons estudos!
INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO 3íNDICE 6
o fundamental 9
BASE INTRODUTÓRIA 9MOEDAS 9Como preços são determinados? 12
o Câmbio 14Câmbio: o preço da moeda do ponto de vista de outra moeda 15o governo e o Câmbio 16tipos de moeda 22regimes de Câmbio 24HistóriCo do Câmbio brasileiro 28
ATIVOS 35investimento x espeCulação 35vantagens 37desvantagens 37
PAPEL MOEDA, CARTÃO VTM 37Comportamento 38
FUNDOS CAMBIAIS 41
FOREX 42vantagens 42desvantagens 43o que é 43
OURO 47o que é 47o ouro é moeda estrangeira? 49ativo para as Crises fora 50a lógiCa do ouro 51a negoCiação do ouro 54
BITCOIN 59o que é bitCoin 59diferenças para o ouro 61reserva de valor x meio de pagamento 63Como adquirir? 64bitCoin x ouro: Comparativos 65
MINICONTRATO 66vantagens 66desvantagens: 67o que são 67alavanCagem 69ajustes diários 70
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índice
Como operar? 71tributação 72
OS CUPONS CAMBIAIS 74REIT, STOCkS, ETF 75Como investir 78indiCação nos eua 79
INVESTIMENTO DIRETO 85passo a passo Como adquirir imóvel no exterior 881 esColHer o imóvel (exemplo, nos eua) 882 estimar Custos-satélites 913 se finanCiar, fazer o stress-test da prestação Com simula-ções de Câmbio 934 preparar a parte buroCrátiCa 94
COMO INVESTIR 97COMO ENVIAR E CONTROLAR RECURSOS NO EXTERIOR 97Como investir fora de forma 100% legal 98obrigações no brasil 98obrigações no exterior 102tributação no brasil 108
Como enviar reCursos de forma barata 109
doCumentação neCessária (no indusval) 111Como garantir que seu dinHeiro não vai desapareCer 112Como esColHer bem e Controlar seus investimentos 113ressalva legal 114lotes de ações (board lots) 115busCar empresas que estejam em expansão no brasil é uma opção 116Considerações 123
TEORIA NA PRÁTICA 131COMO AVALIAR O CâMBIO E SEUS MOVIMEN-TOS 131determinantes do Câmbio 133fatores que interferem diretamente no Câmbio: 133
paridade do poder de Compra (ppC): uma força de longo prazo 135e o ppC funCiona? 141Como saber, Hoje, se o real está desvalorizado ou sobreva-lorizado Conforme essa teoria? 142Há algum motivo para o real se manter Constantemente sobrevalorizado em relação às demais moedas? 142
balanço ComerCial e de serviços: força de Curto e médio prazo 144
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índice
o que é o balanço de pagamentos? 146peCuliaridades do bp brasileiro 151e Como saber se a moeda loCal tende a se valorizar? 164
a paridade das taxas de juros: a força mais importante no Curto prazo 166o risCo país 176voltando à Composição da taxa de juros interna sob a ótiCa externa. 189então o dólar spot no futuro será o dólar futuro Hoje? 193a prátiCa 195
fora a teoria, o que mais pode me ajudar? 199análise de fluxos, volumes e posições de estrangeiros 202perCepção de tendênCia do gráfiCo de Câmbio 203dólar x juros 206dólar x bovespa 214a estratégia ideal de Câmbio x bolsa (e, de Certa forma, juros) 217
ESTRATégIAS PERDEDORAS 225aquisição de dólar papel-moeda ou vtm Como investimen-to 225fazer trades Contínuos em forex ou miniContratos 226
adquirir fundos Cambiais e sentar sobre eles 229ativos inCertos em “moeda estrangeira” 234o porquê das apliCações na pura diferença entre moedas não valerem a pena no longo prazo 235
apliCações venCedoras 239
ESTRATégIAS VENCEDORAS 239estratégias venCedoras 242passo 1: assumir ignorânCia 242passo 2: determinar a exposição pretendida 244passo 3: esColHer ativos venCedores 247passo 4 (opCional): ConHeCer o que é Hedge e o que é ope-rar vendido 250
estratégia da segregação patrimonial 264estratégia do põe e tira 267e nas quedas do dólar? 271Como turbinar a estratégia em momentos de Crise 273
estratégia do “tira o que não tem” e “finge que põe” 283nosso guia 289
CONCLUSõES 296
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BASe INTRODUTÓRIA
Moedas são algo muito simples e complexo ao mesmo tempo. Simples
porque qualquer um sabe fazer o seu uso cotidiano, ir à mercearia,
fazer compras, pagar e retornar com o produto. Complexo porque,
afastando o ponto de vista, levam a uma abstração recorde para a hu-
manidade.
Qualquer pesquisa escolar (hoje feita pela Wikipedia!) pode esclarecer
o que moeda é: o meio de pagamento universalmente aceito em uma
dada sociedade em que ela circula.
Para superar o escambo e a dificuldade de se avaliar quantas galinhas
vale um carneiro, criou-se a moeda e dividiu-se a operação em dois
momentos: quanto vale uma galinha em moeda e quanto vale um car-
neiro em moeda.
A divisão em duas operações seguidas não aumenta a complexidade
mOeDAS
O fUNDAmeNTAl
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da operação, pelo contrário, diminui. é uma questão de análise com-
binatória, se houvesse 5 produtos diferentes em uma economia, cada
pessoa deveria guardar a relação de 4 + 3 + 2 + 1 = 10 combinações de
troca, ao passo que, com a moeda, ela guarda 5 combinações (5 pre-
ços) e pode avaliar a conveniência de negociar todos os produtos da-
quele mercado.
Além disso, a moeda adquiriu, naturalmente, a característica de reser-
va de valor. Pois não era mais necessário estocar grandes quantidades
de alimento (imagine as perdas com o tempo!), por exemplo, para se
trocar por roupas, artefatos, etc.
Ocorre que moeda não tem valor de uso, apenas valor de troca, tendo
o seu próprio valor (quantidade de moeda para aquisição de um bem
específico) determinado unicamente pela lei da oferta e procura (a me-
nos que os preços estejam tabelados, como na época da Sunab).
O que isso significa? Significa que se houvesse uma nota de 100 mil,
pouquíssimas pessoas teriam essa nota e, por ser algo tão raro, seu
valor seria imenso (em outras palavras, cem mil!). O seu valor vem jus-
BASE INTRODUTÓRIA
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tamente de sua raridade.
Já as notas de 5 são muito comuns e, por isso, valem pouco.
Aí já podemos começar a entender a ideia de inflação: se o governo
dobrar a quantidade de moeda em circulação, considerando que a
quantidade de produtos no mercado não é afetada por isso (a capaci-
dade de produção das máquinas e dos homens permanece inalterada)
o valor dos produtos expresso em moeda será (simplificadamente) o
dobro (em outras palavras, houve inflação de 100%).
Daí a importância do monopólio do poder de emissão de moeda ser
do governo. Se cada um pudesse imprimir notas em seu quintal, per-
deríamos o parâmetro de valor da moeda, pois seria necessário a cada
compra avaliar a quantidade de moeda em circulação no país para
poder avaliar (naquele momento) quanto vale um litro de leite. Impos-
sível.
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{ cOmO pReÇOS SÃO DeTeRmINADOS?
Você já compreendeu a noção de inflação. Agora vamos compreender
como são formados os preços em um mercado aberto.
Na verdade, os preços são formados em um mercado e pelo mercado.
E o que é o mercado? É a lei da oferta e procura.
Enquanto há mais gente procurando um produto do que é possível se
produzir, esse produto vai subindo de preço. Uma hora ele fica muito
caro, e o vendedor começa a não achar mais compradores. Então ele
baixa o preço até que eles retornem. No fim, o preço se estabiliza no
chamado ponto de equilíbrio.
Tudo bem, mas então eu preciso de vender 20 kombis até descobrir
quanto vale uma Kombi?
Se você vivesse no interior, com difícil acesso, sem telefone, internet
ou televisão, e você mesmo produzisse a kombi, a resposta seria sim.
Porém, para facilitar, o mercado de kombis já existe e você tem vários
parâmetros para saber quanto vale uma: o valor que você pagou, a
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tabela FIPE, quanto a agência de veículos da esquina está pedindo, etc.
Aqui entra o papel da informação e como quanto mais informação cir-
cula em um mercado, mais perfeito, menos arestas ele tem.
Quanto menor a circulação de informações em um mercado, maior
será a variação entre o menor preço por um produto e o maior preço
(imagine uma cidade sem imobiliária, em que ninguém sabe por quan-
to estão sendo vendidos os imóveis na região). Quanto mais disponí-
veis as informações, mais eficiente será a formação do preço e menor
será a variação entre os extremos.
Dessa forma, informação tem um peso importantíssimo na formação
de mercados eficientes e são essenciais para se formar e se comparar
preços em uma economia.
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Se o câmbio passa despercebido pela maioria da população, entre os
grandes participantes do mercado global, ele é sempre capaz de pre-
gar grandes peças e causar alvoroço.
O mercado de câmbio, além de girar grandes volumes, por motivos co-
merciais ou especulativos, é apimentado por esperadas e inesperadas
atitudes governamentais, capazes de levar ao que mais recentemente
convencionou-se chamar de “guerra cambial”.
Somente por essa expressão abraçada pelos políticos e pelo merca-
do, já é possível estimar o tamanho da importância da taxa de câmbio
para uma economia.
BASE INTRODUTÓRIAO câmBIO
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{ câmBIO: O pReÇO DA mOeDA DO pONTO De vISTA De OUTRA mOeDA
Considere a força da economia de cada país, a importância e a quanti-
dade dos produtos e serviços por ele oferecidos ao mercado mundial,
a quantidade que ele compra do exterior, o quanto seus imóveis são
cobiçados ao redor do mundo, o quanto esse país envia ou recebe de
turistas, etc.
Em cada uma dessas transações é necessário trocar a moeda daquele
país pela moeda de outro. Em outras palavras: é necessário comprar
uma determinada moeda vendendo outra moeda.
Isso funciona como em um mercado normal, a cada momento há um
preço de equilíbrio entre duas moedas diferentes, demonstrando
quantas unidades de uma moeda equivalem a quantas unidades da
outra moeda.
Quanto mais os nacionais buscam a moeda estrangeira (para importar,
para fazer turismo, para remeter lucros ao exterior, etc.), mais há de-
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manda pela moeda estrangeira e oferta de moeda nacional. Por outro
lado, quanto mais se procura a moeda nacional (quando os nacionais
exportam, quando se recebe turistas, quando as multinacionais abrem
fábricas no país), mais a moeda nacional está sendo procurada e tende
a valorizar-se.
Dessa forma, do ponto de vista de mercado (lei da oferta e procura), o
câmbio seria complexo mas não tão complexo como na verdade é. Um
dos grandes fatores que influenciam fortemente o valor do câmbio é a
política econômica.
{ O gOveRNO e O câmBIO
Como se sabe, principalmente depois de keynes (concorde-se, ou não,
com ele), o governo adota medidas de estabilização econômica, princi-
palmente com objetivos de:
⇨Controlar a inflação (objetivo interno).
⇨Fomentar o crescimento (objetivo interno).
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⇨Equilibrar o Balanço de Pagamentos (objetivo externo).
⇨Principalmente no curto prazo, para qualquer dessas intenções, um
dos instrumentos que o governo tem em mãos é justamente a política
cambial. Na prática, como isso funciona?
Em primeiro lugar, vamos começar a substituir expressões genéricas,
como moeda estrangeira, por expressões concretas (embora simplis-
tas e, muitas vezes não totalmente equivalentes) como Dólar. Agora
vamos aos pré-requisitos:
{{ COmO O gOVErNO mANtÉm O DólAr bAixO?
Simplificadamente, vendendo dólares de suas reservas no exterior, ou,
se não tiver reservas, tomando dólares emprestados (no FMI, Clube de
Paris, etc.) e vendendo-os em troca de reais. Isso aumenta a procura
por reais e a oferta de dólares, valorizando o real e desvalorizando o
dólar.
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{{ COmO O gOVErNO mANtÉm O DólAr AltO?
Comprando dólares e formando reservas ou pagando suas dívidas ou
juros. Isso aumenta a procura por dólares e a oferta de reais, valori-
zando o dólar e desvalorizando o real.
{{ OUTRAS MANEIRAS
Há maneiras indiretas de influir no câmbio, tanto diretamente (como
os swaps cambiais e swaps cambiais reversos), como indiretamente,
com o aumento ou diminuição da taxa de juros dos títulos do Tesouro
(atraindo ou afastando estrangeiros), o aumento do IOF sobre com-
pras com cartões no exterior, as alíquotas de impostos de importação/
exportação e outras barreiras ao comércio internacional.
Mas a compra e a venda de moeda é o modo como o governo atua
diretamente no câmbio e a busca do equilíbrio no Balanço de Paga-
mentos (BP) é tão importante que falaremos sobre isso em um tópico
específico. mas vejamos por que o governo atua no câmbio:
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O Dólar baixo aumenta as importações de produtos estrangeiros que
estiverem mais baratos que os nacionais, fazendo com que os preços
brasileiros sejam “barrados”. Além disso, recebendo menos dinheiro
pelo que vendem, os exportadores não injetam tanto dinheiro na eco-
nomia.
{{ RISCOS
manter o Dólar artificialmente baixo por muito tempo pode acabar
com as reservas internacionais do país, ou diminuí-las a ponto de dei-
xar o país completamente vulnerável ao primeiro ataque especulativo
ou crise internacional que houver. O país pode chegar a se tornar de-
vedor líquido (não é o caso do Brasil, que hoje tem reservas maiores
que sua dívida externa) e caminhar para a quebra por falta de condi-
ções de pagar a dívida.
para controlar a inflação, mantém-se o Dólar baixo.
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Além disso, a venda de produtos estrangeiros “subsidiada” pelo gover-
no pode levar à quebra de setores da indústria nacional, e outros efei-
tos colaterais.
O Dólar alto é, no curto prazo, uma maravilha para o país. Com os
concorrentes (produtos estrangeiros) custando mais caro, as empresas
nacionais têm mais lucro e incentivo para investir. Além disso, os ex-
portadores também agradecem, pois os dólares de suas vendas valem
muito mais reais e também aumentam seus lucros. Enfim, mais dinhei-
ro circula na economia, os salários sobem, etc.
{{ RISCOS:
Primeiro os requisitos: ou o país é superavitário, ou tem que tomar dí-
vida interna para comprar os Dólares. Nessa jogada, o país pode tomar
para fomentar a economia, mantém-se o Dólar alto.
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inclusive prejuízo, pois compra dólares a uma cotação mais alta do que
a de equilíbrio e, no dia em que parar de subir a cotação artificialmen-
te, e o Dólar cair, os dólares em sua mão valerão menos, aumentan-
do a possibilidade de um futuro resultado negativo em operações de
câmbio para o Tesouro do país.
O câmbio desvalorizado também causa inflação e o envio barato de re-
cursos nacionais ao exterior (tanto exportações e serviços quanto pela
compra de imóveis e bens no país por estrangeiros), em detrimento
da riqueza dos nacionais. Enfim, os nacionais ficam felizes e ricos entre
si, mas, se comparados ao estrangeiro, na verdade estão mais pobres.
Além disso, pode levar a um círculo vicioso de desvalorização, inflação,
deficit, desvalorização, inflação, deficit, e assim por diante.
A china tem mantido o yuan desvalorizado vendendo dólares.http://www.reuters.com/article/2014/05/06/us-china-yuan-
idUSBReA4503W20140506
BASE INTRODUTÓRIA
http://www.reuters.com/article/2014/05/06/us-china-yuan-idUSBREA4503W20140506http://www.reuters.com/article/2014/05/06/us-china-yuan-idUSBREA4503W20140506
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{ TIpOS De mOeDA
Como forma de garantir sua autonomia e reforçar o seu poder sobre
as políticas econômicas, a maioria dos países tem moeda própria.
Alguns países, como o Brasil, além disso usam o chamado curso força-
do da moeda, que significa que em qualquer negociação naquele país
só pode ser usada a moeda local. Assim, no Brasil, é ilegal uma loja de
eletrodomésticos colocar o preço de mil dólares em uma televisão, por
exemplo.
Até 2006, as empresas exportadoras tinham, inclusive, um prazo para
fechar o câmbio e internalizar toda a receita de suas exportações,
de maneira que eram obrigadas a vender aqueles dólares e comprar
reais. Depois foram autorizadas a manter 30% no exterior e, a partir
de 2008, passaram a poder manter a totalidade do valor fora do país
(CMN Resolução nº 3.548/08).
Há também aqueles países que possuem a moeda nacional mas tole-
ram a negociação também em moeda estrangeira dentro do país (vê-
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-se muito isso na Argentina, tabelas de preços em duas ou três moe-
das – não sei se de maneira legal ou ilegal).
E há, ainda, aqueles que adotam uma moeda estrangeira (economias
dolarizadas, como o Equador e o Panamá) ou uma moeda comum
(como a Zona do Euro).
O risco de se adotar uma moeda comum é o da perda da autonomia e
abstenção de qualquer política cambial, como várias economias euro-
peias estão sofrendo, a exemplo da grécia.
Os gregos têm um deficit comercial grande com o exterior (principal-
mente Alemanha), comprando mais do que exportam. Assim, a cada
ano, eles tomam mais e mais dívida na moeda comum, Euro, para
pagar essa diferença. O Banco Central deles emite títulos e mais títu-
los (com altas taxas de juros, dado o alto risco) (em Euro), mas vai se
tornando impossível pagar (não a dívida, que é impagável há muitos
anos), mas mesmo os juros.
Se a grécia tivesse moeda própria, como o Dracma, poderia ter to-
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mado empréstimos internos, poderia ter desvalorizado a moeda para
exportar mais e importar menos, etc. Porém, como a moeda é comum,
não há como desvalorizar, há uma moeda forte e você terá que pagar
seus débitos naquela moeda e pronto. Se sua economia é credora,
como a da Suíça, esse tipo de problema não ocorre. Mas isso é exce-
ção.
{ RegImeS De câmBIO
Tudo bem, o país tem moeda própria. O próximo passo é saber que
tipo de câmbio ele adota. Há, basicamente, 3 tipos de câmbio.
{{ CâMBIO FIXO
A taxa de câmbio é fixada pela autoridade monetária, por exemplo:
1 dólar = 500 cruzeiros.
Mas atenção: O fato de ser fixa não quer dizer que é fixa para sempre.
Significa que é fixa até que a autoridade reveja o valor. Pode ocorrer
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de, passados alguns meses, o Banco Central anunciar a nova taxa, de 1
dólar = 600 cruzeiros.
A vantagem dessa taxa seria uma estabilidade maior no câmbio, uma
certa previsibilidade para os agentes econômicos.
Por outro lado, considerando que o Balanço de Pagamentos (BP) tem
que fechar em zero, como se verá em seguida, o governo terá que
adquirir constantemente moeda estrangeira ou vendê-la, conforme o
caso, para manter o câmbio estável. Em outras palavras, o governo é
quem suprirá a falta de oferta em qualquer das pontas do câmbio.
Assim, se o Banco Central não reavaliar a taxa constantemente, isso
pode levar a dívidas impagáveis. Por outro lado, se ele reavaliar de-
mais, a única vantagem da taxa fixa, a da previsibilidade, se perde.
{{ CâMBIO LIVRE OU FLUTUANTE
é o câmbio de livre mercado: o valor do câmbio será aquele de acordo
com a procura e a oferta de moeda estrangeira a cada instante.
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Se hoje todo mundo quiser investir no país, o Dólar vai ao chão. Se
amanhã todo mundo desiste, pois descobre que um determinado polí-
tico apareceu “nu” no Youtube, o Dólar vai à estratosfera.
resultado: é o oposto do câmbio fixo, é totalmente imprevisível e ins-
tável, podendo causar prejuízos a agentes econômicos, levando-os
mesmo à falência por motivos diversos que não a ineficiência de seu
negócio.
Suponha um dólar 1:1 (1 para 1, ou seja, 1 Real equivale a 1 Dólar),
mas há um “mau-humor” justamente naquele mês em que determina-
da empresa tem que pagar sua dívida. O Dólar salta para 2:1 e ela vê
sua dívida dobrar (em reais). Ela paga essa dívida e, logo no mês se-
guinte, as nuvens se dissipam e o Dólar volta para 1:1.
Pode parecer um exagero, além disso alguns agentes podem fazer um
hedge de proteção, mas a verdade é que a volatilidade em excesso
também não é saudável, principalmente se considerarmos o volume
de capital especulativo que circula hoje pelas economias.
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⇨Capital especulativo é aquele aplicado em investimentos financeiros
de boa liquidez, que pode ir embora do país em questão de horas ou
dias. Ao contrário do investimento estrangeiro direto na atividade
produdita, como na compra de imóveis ou construção de fábricas,
que não pode sair de um dia para outro.
{{ CâMBIO COM REgIME DE BANDA
É o câmbio em que o banco Central permite a livre fixação das taxas,
mas que, em caso de distorções, turbulências que julgar temporárias
ou ataques especulativos, o Banco age temporariamente para reduzir
essa volatilidade ou “corrigir” o câmbio.
Enfim, o Dólar varia, mas tem limite. Se for realmente um movimento
especulativo e temporário, o Banco do país terá lucro com essa atitu-
de, pois terá vendido dólares na alta e, quando o movimento passar,
ele recompra esses dólares a um valor menor (ou comprado na baixa
e posteriormente, vendido mais caro).
Mas, para enfrentar esse tipo de furacão, é preciso, dentre outros fato-
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res, ter reservas internacionais fortes (até o momento da redação des-
te material, o Brasil tem).
{ HISTÓRIcO DO câmBIO BRASIleIRO
Os objetivos deste material são práticos, não teóricos. Há infinitas pu-
blicações, científicas e amadoras, escritas e online, pormenorizadas e
superficiais, todas narrando a saga da taxa de câmbio no brasil. basta
uma busca no google e pronto, você tem sua pesquisa histórica.
Aqui vamos resumir e simplificar o máximo possível.
Após a adoção do Plano Real, a segunda metade da década de noventa
foi marcada pelo câmbio 1:1, bancado pelo governo ao custo de um
enorme aumento na dívida pública, mas que conseguiu, enfim, pôr fim
à inflação.
Com a crise dos tigres asiáticos de 1999 e o Real sofrendo ataques es-
peculativos, o governo não teve condições e soltou o câmbio, que ope-
rou com valores altos e muita volatilidade (chegou a 1 dólar = 4 reais)
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até a posse do Lula em 2003 (o próprio processo eleitoral foi motivo de
muita especulação).
Com o afastamento das incertezas, a redução da inflação, o cresci-
mento das economias centrais e a consequente valorização das com-
modities no mercado internacional (veremos adiante como isso é im-
portante para o Brasil), etc. A partir de 2003, então, ocorreu um longo
período de valorização do real, chegando o câmbio a patamares de
1:1,66.
Porém, nos anos de 2012 a 2014, o Dólar seguiu sofrendo valorizações
frente ao real, passando, primeiramente a um patamar de 1:2 e, por
fim, a um patamar de 1:2,25 / 1:2,3, aproximadamente.
Avaliando o gráfico abaixo, com as taxas de câmbio de 2002 até o fim
de 2009, percebe-se um fato bastante interessante e importante: fato-
res políticos, como a campanha eleitoral em que Lula saiu vencedor,
bem como a crise de 2008, são capazes de alterar significativamente a
taxa de câmbio.
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Enfim, antes mesmo de estudarmos os fatores que influenciam a taxa
de câmbio, você já pode ver que os estouros de boiada são capazes,
sim, de gerar grandes lucros ou grandes prejuízos para quem tem po-
sições cambiais.
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{{ SADIA, VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL, ETC.
Como estamos falando da história brasileira, temos que falar da histó-
ria de “casos brasileiros”.
No auge da crise de 2008, o dólar havia saído de um fundo de R$ 1,66
para subir a valores próximos de R$ 2,50.
Isso tudo ocorreu após um período de quase 7 anos de seguida valori-
zação do real e desvalorização do dólar, com um impressionante fôle-
go da economia brasileira.
Ocorre que, justamente por muita gente acreditar que o dólar cairia
indefinidamente (abaixo mostraremos uma estratégia vencedora de
venda a descoberto que, todavia, merece todos os cuidados e alguns
mais), havia empresas e pessoas que, por muitos anos, faziam genero-
sos e consecutivos lucros com posições cambiais vendidas em dólar.
Quando a crise estourou e o dólar subiu de maneira repentina, a situ-
ação se inverteu e os ganhadores se tornaram falidos (lógico que na
outra ponta há os que fizeram fortunas). Esse tipo de evento, muitas
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ce
vezes esquecido por quem tem memória curta (a maioria dos brasilei-
ros não sabe em quem votou da última vez para deputado ou verea-
dor) e por quem atua no mercado financeiro como se fosse um jogo,
apostando mais do que tem (alavancagem financeira).
Instrumentos que as empresas usam
Empresas com receitas, bens, despesas ou dívidas em moeda estran-
geira precisam de instrumentos que deem segurança a suas opera-
ções, já que ela tem compromissos a honrar no presente e, muitas
vezes, tais valores se referem a entradas ou saídas futuras de moedas
estrangeiras.
Por exemplo, empresas que devem em Dólar e têm que pagar essa
dívida daqui a dois anos, podem contratar uma operação chamada
SWAP, fixando o valor dessa dívida em reais, desatrelando-a da varia-
ção em dólar e fixando a remuneração da instituição bancária respon-
sável pela operação a uma taxa de juros (normalmente o DI).
Assim, o risco de o Dólar subir nos próximos dois anos (e aumentar
BASE INTRODUTÓRIA
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índi
ce
de maneira imprevisível o valor da dívida) deixa de ser da empresa e
passa a ser de terceiros. A empresa, cujo foco do negócio é em produ-
zir determinado produto, não terá mais que ficar preocupada com o
mercado financeiro. Seus administradores podem dormir tranquilos,
sabendo que poderão pagar suas obrigações.
Da mesma maneira, empresas que têm receitas em Dólar que somen-
te serão recebidas daqui a um ano podem não querer correr o risco de
uma queda na taxa de câmbio de hoje até aquela data, também fazen-
do uma operação similar.
Essas operações (hedges) são operações em que se transfere o risco
cambial a terceiros.
Porém, há agentes (especuladores, empresas ou os grandes e pode-
rosos fundos de hedge) que podem querer tomar o risco cambial de
terceiros (essa é a outra ponta!).
Em 2008, com a subida repentina do dólar, descobriu-se que a VCP e a
Sadia haviam tomado muito risco cambial de terceiros, ou seja, haviam
BASE INTRODUTÓRIA
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ce
vendido dólar futuro crendo que, quando chegasse a hora de pagar,
ele estaria mais barato e elas teriam lucro nessa operação.
Resultado: prejuízos de 1 e 2 bilhões de reais, respectivamente, no
último trimestre de 2008 para cada uma delas, anulando os ganhos de
vários anos construídos com as operações concretas (de celulose e de
alimentos).
BASE INTRODUTÓRIA
Disso tudo fica uma lição: se grandes empresas, com vários níveis de supervisão, direção, conselhos, auditoria independente e escarafun-chadas por analistas às vezes não são capazes de ver as enrascadas em que se metem, vinte vezes mais prudência deve ter o pequeno investi-dor, muito mais propenso a arruinar as próprias economias diante do primeiro bote afoito a uma ilusão de dinheiro fácil que lhe passa pela venta.
-
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índi
ce
Para manter posições em moeda estrangeira é necessário saber quais
opções o investidor tem a sua disposição, inclusive as vantagens e des-
vantagens de cada uma, a partir de suas características, seus custos e
o comportamento peculiar a cada ativo.
Enfim, essas são as armas. Vamos conhecê-las antes de aprender
quando e como usá-las.
{ INveSTImeNTO x eSpecUlAÇÃO
Antes de apresentar as opções, é importante classificá-las em duas
grandes categorias, a dos investimentos e a dos ativos especulativos.
Lembrando que não há nada de pejorativo em especular (embora o
uso comum da palavra pela mídia dê a impressão contrária). Basica-
mente, especula-se quando se adquire um bem acreditando em uma
futura valorização (ou se vende um bem acreditando em uma futura
desvalorização).
investir, por outro lado, significa adquirir um bem para empregá-lo em
ATIVOS
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ce
uma atividade destinada a fins econômicos, como a geração ou circula-
ção de mercadorias ou serviços. Há um emprego efetivo daquele bem.
Dessa forma, o investimento não comporta a modalidade de operação
“vendida”, apenas “comprada”.
⇨Adquirir um lote vago esperando a valorização imobiliária da região
para depois revender é especular. Adquirir um lote e nele erguer uma
planta industrial é investir.
Consideramos a aquisição de REITs (equivalentes a nossos FII) como
investimento, já que tais bens são considerados capital (pois emprega-
dos em uma atividade econômica, mesmo que por outrem) e recebem
a devida remuneração, o aluguel. Assim, já podemos separar os ativos
em moeda estrangeira em duas classes:
ATIVOS
Investimentos: ReITs, Stocks, Imóveis, fundos de investimentos.
Ativos especulativos: Ouro, moeda, forex, Bitcoin, minicontratos.
-
37
índi
ce
é importante sabermos distinguir entre ativos especulativos ou de
investimento, pois cada um estará sujeito a estratégias diferentes con-
forme mostraremos no devido tempo.
{ vANTAgeNS
⇨Facilidade de aquisição: pode ser adquirido em casa de câmbio ou
agência bancária.
⇨Papel moeda é físico, você pode tocar seu investimento.
{ DeSvANTAgeNS
⇨Enorme spread nas taxas de câmbio (spread é a diferença entre a
taxa que você paga e a taxa de mercado) praticada pelos grandes
bancos e pelas casas de câmbio.
ATIVOS
pApel mOeDA, cARTÃO vTm
-
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índi
ce
⇨Papel moeda pode ser roubado.
⇨Somente possível para pequenas quantias.
⇨Taxa administrativa da contratação do câmbio é alta proporcional-
mente aos valores adquiridos.
⇨Perda do poder de compra da moeda adquirida com o tempo (infla-
ção).
{ cOmpORTAmeNTO
O papel-moeda ou o crédito em VTM comporta-se exatamente como a
moeda estrangeira, justamente porque eles são a moeda estrangeira.
Não gastaremos mais tempo posteriormente falando sobre essas duas
modalidades de moeda estrangeira. Portanto, deixamos de uma vez
claro que não são recomendados para fins de investimento. Somente
devem ser adquiridos para fins de gasto com viagens ao exterior.
Para aqueles leitores que têm o hábito de viajar ao exterior, caso
detectem uma propensão do dólar a elevar-se no curto prazo, é re-
ATIVOS
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índi
ce
comendável adiantar alguns meses a carga no VTM, ou a compra de
papel-moeda para evitar a alta.
Lembrando que, com a alíquota de 6,38% (vigente à época da elabora-
ção deste material) sobre compras em débito ou crédito no exterior,
é interessante levar a maior quantidade de papel-moeda ou carga em
VTM possível (lembrando que o dólar que sobrar não é mico, ao con-
trário de moedas exóticas).
Para saber o quanto o papel-moeda e a carga no VTM são ruins como
investimento, ligue para uma casa de câmbio ou seu gerente e veja por
quanto eles te vendem o Dólar e por quanto te compram (afinal, a taxa
de recompra é importante, pois um investidor deve ter a opção de rea-
lizar um investimento quando quiser).
Calcule a diferença de um para o outro, divida pelo valor de compra e
multiplique por cem. Esse é o percentual de prejuízo que você já leva
ao sair do estabelecimento, suponhamos, 10% (e que uma futura valo-
rização daquela moeda deveria suprir para seu investimento ficar no
zero).
ATIVOS
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40
índi
ce
Como os bancos ainda cobram uma taxa de contratação de câmbio
(ex.: R$ 50,00), você deve colocar esse custo inicial como o seu valor
de compra, aumentando ainda mais o percentual de prejuízo de início
que você tem.
Se não bastasse tudo isso, as moedas estrangeiras também estão
sujeitas a inflação (mesmo que na maioria das vezes inferior à inflação
brasileira), de maneira que a sua perda somente aumentaria com o
tempo.
Na época da hiperinflação brasileira, muitas pessoas compravam Dó-
lar pois ele funcionava como uma proteção perante a inflação (vide
teoria da Paridade do Poder de Compra, abaixo), já que sua inflação
era infinitamente menor que a brasileira. Porém, após o Plano real e a
drástica diminuição da diferença entre as inflações, esse tipo de atitu-
de perdeu totalmente o sentido. O Dólar, na mão, continuará sujeito à
inflação americana, que apesar de ser menor que a brasileira, todavia
existe.
Conclusão: nem mais uma palavra sobre papel-moeda e cartão VTM.
ATIVOS
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Só use para viajar (e para isso são ótimos!), mas nunca para investi-
mento.
Um dos ativos mais usados por investidores com o intuito de diversifi-
carem suas carteiras e protegê-las.
Perante o papel-moeda, têm a vantagem de não se pagar o imenso
spread no ato da contratação. Por outro lado, têm a desvantagem de
taxas de administração na faixa de 1,5% aa do patrimônio do fundo.
Ainda que não invistam diretamente em moeda estrangeira, a rígida
e imutável estratégia de utilização do “cupom cambial”, independente
da oportunidade, não é suficiente para compensar a taxa de adminis-
tração, sendo pouco menos desvantajoso que papel-moeda no longo
prazo.
Além disso, justamente pelo uso do cupom cambial, pode trazer sur-
ATIVOS
fUNDOS cAmBIAIS
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ce
presas ao investidor que nele investe tentado a obter lucros rápidos
com uma iminente e alardeada alta do Dólar. Pode ocorrer de o Dólar
subir, mas a cota do fundo, não.
ATIVOS
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marciadessen/2013/09/1335453-dolar-pra-que-te-quero-leia-antes-de-
optar-por-fundo-cambial.shtml
fORex
{ vANTAgeNS
⇨Permite alta alavancagem.
⇨Permite fazer um hedge para sua posição investida no exterior (expli-
caremos).
⇨ Indicado para aproveitar oportunidades pontuais e rápidas de ga-
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marciadessen/2013/09/1335453-dolar-pra-que-te-quero-leia-antes-de-optar-por-fundo-cambial.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/colunas/marciadessen/2013/09/1335453-dolar-pra-que-te-quero-leia-antes-de-optar-por-fundo-cambial.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/colunas/marciadessen/2013/09/1335453-dolar-pra-que-te-quero-leia-antes-de-optar-por-fundo-cambial.shtml
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nhos no curto e médio prazo.
⇨É “neutro” na posição comprada, em comparação ao Minicontrato,
que é, por definição, “desvantajoso” na posição comprada.
{ DeSvANTAgeNS
⇨É contrato da diferença entre duas moedas, enfim, não é investimen-
to. Assim, não há sentido em uma posição para longo prazo (buy and
hold). Deve ser visto e usado como ativo especulativo.
⇨Há a tentação do ganho fácil, dada a alavancagem.
⇨Há a tentação dos pequenos trades automatizados por robôs, “pou-
pando o seu tempo”.
{ O qUe é
Forex, abreviação para foreign exchange, é o mercado no qual insti-
tuições financeiras, governos e grandes empresas fazem suas trocas
de moedas. é um mercado sério, criado para resolver esse problema
ATIVOS
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ce
prático.
O uso de Forex por pequenos investidores, melhor dizendo, peque-
nos especuladores, não é o objetivo desse mercado, embora não haja
qualquer problema nisso.
A grande desvirtuação do Forex, em nossa opinião pessoal, é que mui-
tos que se julgam espertos têm se aproveitado de algumas de suas
características (alto volume de transações, sistemas automatizados –
robôs – e, principalmente, da alavancagem) para anunciar a mais nova
modalidade de dinheiro fácil. As autoridades regulatórias de diversos
países têm sido bastante tolerantes com o tipo de propaganda realiza-
do por suas corretoras.
Vale lembrar que as corretoras brasileiras não estão habilitadas a
operar Forex. Assim, é necessário buscar uma corretora no exterior e
enviar os recursos. Porém, não há nenhuma ilegalidade nisso, caso se
obedeça todas as regras de investimento no exterior (abaixo há um
tópico). A CVM tem um alerta sobre o assunto (pois as corretoras na-
cionais não estão habilitadas a operar Forex):
ATIVOS
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{{ COMO FUNCIONA NA PRÁTICA
A negociação de moedas estrangeiras no Forex dá-se pelo par de mo-
edas. Dessa forma, não se compra uma moeda, compra-se a diferença
entre uma moeda e outra determinada moeda.
{{ POR EXEMPLO
USD/EUR é a divisão entre Dólar e Euro. Ao adquirir esse símbolo, você
ganhará com o aumento do Dólar em relação ao Euro (aumento do
numerador da divisão) e perderá com o aumento do Euro (aumento
do denominador diminui o resultado da divisão).
Enfim, você passa a deter uma relação de proporção entre duas moe-
das quaisquer.
ATIVOShttp://www.cvm.gov.br/port/alertas/mercadoforex.pdf
http://www.cvm.gov.br/port/alertas/mercadoForex.pdf
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ce
{{ OUTRAS CARACTERíSTICAS
⇨O mercado funciona 24 horas por dia, exceto nos finais de semana.
⇨Opera-se alavancado (proporção de alavancagem varia conforme
corretora), amplificando o potencial de ganhos & perdas.
⇨A alta liquidez evita a possibilidade de arbitragem.
{{ O qUE SEriA ArbitrAgEm?
Arbitragem seria alguém detectar a seguinte distorção e aproveitar-se
dela, exemplo:
Dólar = 2 reais
Euro = 2 reais
Euro = 1,5 dólares
Nesse caso, as cotações não estão ajustadas entre si, havendo uma
distorção que me permitiria fazer o seguinte:
ATIVOS
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ce
Vender 1 dólar por 2 reais. Com esses 2 reais, adquirir 1 Euro, o qual
trocaria por 1,5 dólares.
No final, eu teria transformado meu 1 dólar em 1,5 dólares somente
com a triangulação de moedas.
{ O qUe é
todo mundo sabe que o ouro é um metal precioso. Por que precioso?
Precioso por sua raridade e por sua alta procura, seja para confecção
de joias, para uso industrial ou como reserva de valor.
Se após 1971 os governos não são mais obrigados a manter uma
quantidade de ouro específica como lastro para a moeda impressa.
isso permitiu mais um alívio aos países, mas não foi suficiente para
deter a demanda geral pelo metal.
ATIVOS
OURO
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ce
Ocorre que, hoje em dia, como cada país (com moeda própria) pode
imprimir a quantidade de dinheiro que quiser, o poder de compra das
moedas é algo muito sujeito a decisões pessoais de seus governantes
e ao nível de endividamento de cada nação.
O dinheiro, portanto tem oferta virtualmente ilimitada, de maneira que
os governos imprimem dinheiro e geram inflação.
Só lembrando a lógica da inflação, se a quantidade de bens em um
país permanece a mesma e a quantidade de dinheiro circulando do-
bra, cada bem (de maneira simplificada) passa a custar o dobro em
dinheiro (pois sua oferta e demanda permanecem as mesmas, apenas
há uma alteração no nível de preços).
Como resultado, no exemplo, o dinheiro foi desvalorizado em 50%. Em
outras palavras, quem tinha papel-moeda em mãos viu sua riqueza
(seu poder de compra) reduzir-se pela metade. Enfim: tomou um belo
prejuízo.
O ouro, ao contrário do papel-moeda, por ter oferta limitada, goza de
ATIVOS
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ce
uma proteção natural contra a inflação. Se o nível de preços da econo-
mia aumenta, o preço do ouro aumenta junto.
{ O OURO é mOeDA eSTRANgeIRA?
Não entendi! Se o ouro é físico, pode ter sido extraído aqui no Brasil e
posso guardá-lo em casa, por que você o está tratando como se fosse
moeda estrangeira?
Ocorre que a referência do valor do Ouro é o Dólar: por ser um ativo
transacionado em escala mundial, o Ouro tem sempre sua cotação
ligada ao Dólar, mesmo que indiretamente, caso seja negociado no
Brasil.
Se quando você negocia uma ação de companhia brasileira, na preci-
ficação importa, basicamente, a opinião do mercado nacional (os in-
vestidores que aqui atuam, ainda que estrangeiros), por outro lado, no
Ouro essa opinião é desprezível, sendo a cotação nacional uma mera
tradução da cotação em Dólar para reais.
ATIVOS
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índi
ce
Assim, quem compra Ouro no Brasil compra duas conversões: compra
Ouro/Dólar e Dólar/Real, estando sujeito a, cumulativamente, às duas
variações.
Se o Dólar aumentar frente ao Real, mesmo que a cotação do Ouro
para o Dólar permaneça a mesma, o Ouro se valoriza no Brasil, enten-
deu?
Dessa maneira, o Ouro (e qualquer ativo com cotação global) pode,
sim, ser considerado um investimento em moeda estrangeira, inde-
pendente de sua localização real.
{ ATIvO pARA AS cRISeS fORA
Em nossas estratégias, você verá que indicamos investir no exterior
(em especial ações e fundos imobiliários) quando o Dólar está subindo.
Mas isso vale para quando o Dólar sobe em situações normais. Porém,
em crises como a de 2008, por exemplo, as ações e fundos imobiliários
no exterior também caem bruscamente, pois foi um evento mundial
ATIVOS
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ce
não apenas brasileiro.
Nesse caso, no caso de crises internacionais, o Ouro é justamente o
ativo de melhor performance para o investidor.
Nesse caso, o investidor ganhará duas vezes, pois ganhará na elevação
da cotação do Ouro em dólares (mais pessoas procurando segurança)
e na elevação da cotação do Dólar perante o Real.
Experimentamos essa estratégia no pós-2008 e foi realmente muito
interessante. é uma ótima forma de lucrar com crises internacionais.
{ A lÓgIcA DO OURO
⇨Proteção inflacionária:
Por sua oferta limitada, o ouro oferece uma proteção natural contra a
inflação, não apenas interna, mas externa também.
⇨Está sujeito a grandes oscilações de preço:
Embora seja crescente, a procura do Ouro para uso industrial e de orna-
mentação é muito menor do que sua procura como ativo financeiro. Isso
ATIVOS
-
52
índi
ce
pode levar ao círculo de precificação típico daqueles bens que têm mais
valor de troca do que valor de uso: é valioso porque é procurado, é pro-
curado porque é valioso. E, quando o mercado percebe que o preço se
elevou demais, ele sofre um rápido e forte ajuste para baixo.
⇨A oferta do Ouro:
A oferta do Ouro é determinada pela quantidade de Ouro já em circula-
ção, à qual se acrescenta a produção anual mundial. Além disso, há o
limite final dado pelo Ouro em circulação somado ao Ouro no subsolo
(já praticamente todo catalogado).
⇨Risco de excesso de oferta:
Uma elevação exacerbada no valor do metal poderia levar os produtores
a quererem extraí-lo logo, investindo em máquinas, etc., o que poderia
(não imediatamente, dado o prazo de operacionalização dos investimen-
tos) levar a uma redução no preço de mercado. Esse risco, todavia, pare-
ce bem limitado no presente.
Um processo de exaurimento de reservas, por outro lado, traria no curto
ATIVOS
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índi
ce
prazo essa redução imediata de preços (excesso de oferta) seguida de
uma elevação futura mais que proporcional, dada a falta física de ofer-
ta.
⇨A demanda do Ouro:
O uso ornamental e industrial é crescente. Embora se busque constante-
mente por substitutos industriais para o ouro, como forma de redução
de custos na indústria.
O altíssimo grau de endividamento atingido por quase todas as econo-
mias do mundo também leva a uma maior procura pelo Ouro (o hedge
inflacionário diante da impressão de dinheiro para pagar dívidas).
As instabilidades econômicas e políticas também estão se tornando mais
constantes.
ATIVOS
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{ A NegOcIAÇÃO DO OURO
{{ NA BMF&BOVESPA
O Ouro, como ativo financeiro, é pouco negociado no país. Os grandes
agentes econômicos brasileiros o negociam diretamente no mercado
internacional, sobrando para negociar no país apenas os pequenos
investidores.
Por outro lado, considerando que o contrato de Ouro na bolsa é para
lotes de 250g, mercado a vista, código OZ1D, a maioria dos pequenos
investidores não tem condições de adquiri-lo, levando a uma relativa-
mente baixa liquidez sua na BMF (embora isso não seja nenhum em-
pecilho à compra, embora haja negociação todos os dias e não haja
spreads disparatados). Já o código OZ2D permitiria, em tese, a compra
pelo pequeno investidor, mas não aconselhamos, pois tem muito bai-
xa liquidez (de verdade!) e pode ficar dias sem negociação.
O Ouro também pode ser negociado no mercado futuro, trocando-se
ATIVOS
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ce
o ”D” do código pela letra correspondente ao mês de vencimento do
contrato.
Quanto aos custos, as corretoras costumam ter taxas de corretagem
mais baratas na negociação de ativos como Ouro, Minicontratos de
Dólar, etc. do que as praticadas no mercado de ações (também costu-
ma ser necessário um aditivo específico ao contrato com a corretora
para liberar a negociação desses ativos no home-broker). Porém, há a
taxa de custódia, hoje na faixa de 15 reais por mês para o lote de 250
gramas (varia conforme a cotação), o que equivale a uma taxa anual de
cerca de 0,8% da sua posição (bem razoável).
O contrato na BMF dá a opção de retirada física do Ouro, embora não
consideremos aconselhável. Basta ler o processo em (basicamente,
você entrará em contato com a corretora e retirará fisicamente em um
custodiante, em geral, um banco):
ATIVOS
http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/a-bmfbovespa/download/folheto-Ouro.pdf
http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/a-bmfbovespa/download/Folheto-Ouro.pdfhttp://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/a-bmfbovespa/download/Folheto-Ouro.pdf
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ATIVOS
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{{ OURO FíSICO
Assim como o papel-moeda e a carga no VTM, o Ouro físico vendido
pelas ruas ou o vendido em sites (encontramos os seguintes na inter-
net: Reserva Metais e a OuroMinas) possui uma cotação muito desvan-
tajosa para o investidor.
Enfim, o lado bom é que esse ativo não terá com o tempo a perda
inflacionária do papel-moeda, por outro, da mesma maneira que no
papel-moeda, quem opta por comprar Ouro nesse chamado Mercado
Balcão já “sai no prejuízo” com a compra em um preço na faixa (dizem)
de 10% mais caro do que a cotação da BMF.
Assim, também não recomendamos essa opção, a menos que você
tenha um bom e bem escondido cofre em casa e que o objetivo seja a
compra para prazos bem superiores a 10 anos.
ATIVOS
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{{ FUNDOS DE INVESTIMENTO EM OURO
A opção mais acessível para investir em ouro é através de fundos de
investimento. Uma pesquisa na internet mostra o fundo da Órama que
tem as seguintes características: mil reais de investimento inicial, prazo
de entrada e saída bem rápido e taxa de administração entre 0,6% e
1,1% ao ano.
Já o CAIXA Ouro Multimercado Longo Prazo tem investimento inicial de
5 mil e uma taxa maior, de 1,5%.
Ambos fundos são passivos (não realizam especulação com o ouro), de
maneira que, quanto menor a taxa de administração, melhor.
Consideramos o investimento por meio de fundos bastante interes-
sante uma vez que apenas carteiras de investimento muito grandes
poderão alocar cerca de 22.500 reais (na época da elaboração deste
material) a título de diversificação em Ouro na bmF (considerando que
ATIVOS
http://www.orama.com.br/fundos-de-investimento/orama-ouro/
http://www.orama.com.br/fundos-de-investimento/orama-ouro/
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índi
ce
abaixo do lote de 250g praticamente não há negócios).
{ O qUe é BITcOIN
Após as moedas serem desatreladas do Ouro, em 1971, o único, ab-
solutamente único, motivo pelo qual elas funcionam é pela confiança:
as pessoas as aceitam por acreditarem que, quando forem oferecê-las
em troca de algo, essas moedas serão aceitas.
Enfim, se uma moeda é aceita em troca de bens e serviços, ela tem
valor. Se não, não tem.
A partir dessa nova realidade, chegar à aceitação de uma criptomoeda
foi questão de tempo.
ATIVOS
BITcOIN
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índi
ce
{{ O “OURO” QUE NÃO SE Vê
Bitcoin é o Ouro da era pós-moderna. Para nós, brasileiros, a Bitcoin
funciona assim como o Ouro: em primeiro lugar, é uma moeda de
dupla conversão necessária: Bitcoin/Dólar e Dólar/Real. Assim, quem
adquire Bitcoin no Brasil adquire “Bitcoin” e “Dólar” ao mesmo tempo
(como explicamos para o Ouro).
Em segundo lugar, a Bitcoin também tem oferta limitada. Segundo a
Wikipédia, 6 lotes de Bitcoin são sorteados aleatoriamente por hora
dentre os computadores de usuários que estejam operando no modo
“mineração” (contribuindo ativamente para a capacidade de proces-
samento da rede). Com o passar do tempo, a quantidade de lotes sor-
teados diminuirá, havendo um número máximo de Bitcoins a serem
emitidas.
Quanto à regulamentação de uso e forma de tributação, sabemos de
vários boatos, mas ainda não temos conhecimento de algo oficialmen-
te publicado até o momento em que redigimos esse material.
ATIVOS
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{ DIfeReNÇAS pARA O OURO
O Ouro sempre terá algum valor de uso, ao passo que a Bitcoin é pura
abstração, é apenas valor de troca. Se sua aceitação se encerrar, ela
perde completamente seu valor.
Embora esse seja um risco alto, não significa que seja iminente ou que
vá ocorrer (muito menos no futuro próximo).
Ao que parece, a Bitcoin ainda está em fase de expansão (aumento de
demanda), não em contração (retração de demanda). De maneira, que,
especulativamente falando (pois adquirir Bitcoin é especular, confor-
me já explicamos) deter uma pequena posição em Bitcoin ou Litecoin
(Litecoin é uma criptomoeda como a Bitcoin, mas mais acessível, já
que esta chegou a um valor bastante alto) pode ser uma brincadeira
interessante.
ATIVOS
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ce
ATIVOSNotícias contra a Bitcoin:
Noruega, Rússia, Tailândia e coréia do Sul declararam a moeda como proibida.
Baidu (o google chinês!) começou a aceitar Bitcoins (notícia favo-rável!), mas parou, depois que o governo chinês proibiu:
http://www.bloomberg.com/news/2013-12-07/baidu-stops-accepting-bitcoins-after-china-ban.html
Notícias a favor da demanda de Bitcoin:Anúncio de aceitação por um número cada vez maior de entidades e empresas. Aqui há um diretório internacional com cerca de 30 mil esta-belecimentos:
https://bitpay.com/directory#/
http://www.bloomberg.com/news/2013-12-07/baidu-stops-accepting-bitcoins-after-china-ban.htmlhttp://www.bloomberg.com/news/2013-12-07/baidu-stops-accepting-bitcoins-after-china-ban.htmlhttps://bitpay.com/directory#/
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índi
ce
{ ReSeRvA De vAlOR x meIO De pAgAmeNTO
Se, por um lado, há muita dúvida sobre se os governos tentarão/con-
seguirão, ou não, barrar o uso de Bitcoin, essa questão afeta mais a
Bitcoin como reserva de valor/ativo especulativo.
Por outro lado, como simples meio de pagamento, a Bitcoin oferece
enormes vantagens sobre meios convencionais.
O que significa a bitcoin como meio de pagamento? Significa que a
pessoa pode usá-la para pagar algum estabelecimento, em vez de usar
papel-moeda, cartões de crédito ou débito.
Nesse caso, a pessoa pode adquirir os Bitcoins para usá-los pouco
tempo depois, de maneira que o risco de manutenção desses Bitcoins
em carteira seria muito exíguo em função do prazo.
qual a vantagem? Uma vantagem é a economia em taxas de transa-
ção.
Por exemplo, em uma viagem ao exterior, a pessoa precisa de adquirir
a moeda estrangeira (ou carregar o VTM, ou usar o cartão de débito/
ATIVOS
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índi
ce
crédito, tanto faz) e, com isso, perde na contratação do câmbio. Sobre
as transações com Bitcoins, por outro lado, as tarifas de transferência
são muito baixas, de maneira que, se o estabelecimento (ex.: hotel)
no exterior aceitá-la como meio de pagamento, certamente será mais
econômico para o viajante adquirir Bitcoins e usá-las como meio de
pagamento.
{ cOmO ADqUIRIR?
Em primeiro lugar, informe-se aqui:
Depois, no Brasil, sabemos que o Mercado Bitcoin é uma empresa
através da qual se consegue entrar no mercado de Bitcoins. Você
transfere o valor em reais para ela e adquire Bitcoins ou Litecoins.
ATIVOS
https://bitcoin.org/pt_BR/
http://www.mercadobitcoin.com.br
https://bitcoin.org/pt_BR/http://www.mercadobitcoin.com.br
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{ BITcOIN x OURO: cOmpARATIvOS
Comparativos interessantes em inglês (pode-se usar o google tradu-
tor):
ATIVOS
http://fortune.com/2014/03/19/gold-vs-bitcoin-an-apocalyptic-showdown/
https://bitcoinmagazine.com/11289/bitcoin-vs-gold/
http://www.coindesk.com/transport-velocity-bitcoin-replacement-gold/
http://fortune.com/2014/03/19/gold-vs-bitcoin-an-apocalyptic-showdown/http://fortune.com/2014/03/19/gold-vs-bitcoin-an-apocalyptic-showdown/https://bitcoinmagazine.com/11289/bitcoin-vs-gold/http://www.coindesk.com/transport-velocity-bitcoin-replacement-gold/http://www.coindesk.com/transport-velocity-bitcoin-replacement-gold/
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66
índi
ce
{ vANTAgeNS
⇨Acessível ao pequeno investidor (com pouco mais de 2 mil reais ele
adquire um Mini).
⇨Menos burocracia, pois não exige contrato de câmbio.
⇨Permite aproveitar oscilações de curto prazo ativas em Dólar.
⇨Ótimo para posições passivas em Dólar de longo prazo (embora con-
tenha riscos)(pode-se usar ordem stop).
⇨Na posição vendida, permite hedge de investimentos no exterior que
você não quer ou não pode vender e, na posição ativa, por ser ala-
vancado, permite proteger-se diante de uma dívida a vencer em moe-
da estrangeira (exemplo: prestação de financiamento de imóvel).
ATIVOSmINIcONTRATODÓlAR NA Bmf
-
67
índi
ce
{ DeSvANTAgeNS:
⇨A posição ativa, comprado em Minicontrato, a menos que seja duran-
te um período claro de tendência de alta do Dólar e por curto prazo,
é matematicamente desfavorável (no médio prazo) (dado o prêmio
de risco cambial, que veremos à frente, na parte teórica).
⇨Como todo ativo operado com alavancagem, deve ser usado com cau-
tela (mas não medo).
{ O qUe SÃO
Os Minicontratos (código WDO na BMF) são a forma pela qual o pe-
queno investidor pode operar Dólar pelo seu home-broker (mercado
de 9:00 às 18:00, pelo home-broker de sua corretora é possível realizar
compras e vendas, como se fossem ações). São chamados de Mini por-
que equivalem a 20% de um contrato “cheio”:
Minicontratos: 10 mil Dólares
Contrato: 50 mil Dólares
ATIVOS
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68
índi
ce
Não se trata de um mercado a vista, como o de Ouro, que menciona-
mos atrás (embora o Ouro também possa ser negociado no mercado
futuro, mas com ainda mais baixa liquidez). O mercado de Dólar na
BMF é um mercado futuro. Mas tudo bem, caso você queira manter
uma posição por muito tempo, basta adquirir uma posição para algum
tempo à frente e, de tempos em tempos, rolar (rolar significa vender o
mini que você tem e, simultaneamente, adquirir outro de vencimento
posterior).
Para saber o código que você digitará em seu home-broker para fazer
suas compras, é necessário usar uma construção (similar à de opções
de ações):
WDO + Mês de vencimento (código alfabético) + Ano de vencimento
Ocorre que, por existirem mais do que 10 meses, adotou-se um códi-
go alfabético (em vez do numérico) para construir o código. A “chave”
para a construção do código é a seguinte:
ATIVOS
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69
índi
ce
Janeiro (F) Fevereiro (g) Março (H)Abril (J) Maio (k) Junho (M)
Julho (N) Agosto (Q) Setembro (U)Outubro (V) Novembro (X) Dezembro (Z)
Para complicar ainda mais, note que algumas letras são “puladas”, de
maneira que é importante consultar a tabela antes de negociar o tí-
tulo. Assim, um contrato de dólar para vencimento em julho de 2017
teria o seguinte código:
WDON17 = WDO + N (letra de Julho) + Ano de vencimento
Basta adicionar esse código ao seu home-broker e negociar.
{ AlAvANcAgem
O interessante é que para negociar tais contratos não é necessário
dispor do valor integral (10 mil dólares), basta depositar a margem de
garantia inicial (atualmente, inferior a 3 mil reais).
Essa margem é devolvida quando se encerrar a posição.
ATIVOS
-
70
índi
ce
{ AjUSTeS DIáRIOS
Ao fim do dia que você adquiriu a posição, haverá um ajuste pela di-
ferença entre o valor que você adquiriu e o valor final do dia. Nos dias
seguintes, haverá um ajuste diário com relação ao fechamento ante-
rior, até que você encerre a posição.
Enfim, de maneira simplificada, se o Dólar subir 2% você terá um ajus-
te diário positivo nessa proporção (lembre-se, você adquiriu 10 mil
dólares, embora tenha pago muito menos), caso esteja comprado (o
oposto, se estiver vendido).
Por outro lado, se houver uma variação considerável contra você, é
possível que você seja chamado a reforçar a margem de garantia.
Nesse endereço a BMF ensina como calcular o ajuste diário:
ATIVOS
http://www.bmf.com.br/bmfbovespa/pages/webtrading1/pdf/mini-de-Dolar-futuro-WDO.pdf
http://www.bmf.com.br/bmfbovespa/pages/webtrading1/pdf/Mini-de-Dolar-Futuro-WDO.pdfhttp://www.bmf.com.br/bmfbovespa/pages/webtrading1/pdf/Mini-de-Dolar-Futuro-WDO.pdf
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índi
ce
{ cOmO OpeRAR?
Basicamente, basta que sua corretora habilite essa possibilidade em
seu home broker (em alguns casos, é necessário um aditivo ao contra-
to de prestação de serviços, mas que, em geral, as corretoras aceitam
que seja impresso, assinado, escaneado e enviado para o e-mail de
cadastro delas – enfim, bastante descomplicado).
Suponha que você adquira uma obrigação em Dólar, maior ou igual a
um Minicontrato, mas que tenha que pagar um certo tempo depois.
qual a solução? Adquirir um minicontrato para fazer um hedge diante
dessa dívida, uma vez que você tenha motivos para acreditar que o
Dólar possa subir no período.
ATIVOS
Uso como hedge de obrigações
-
72
índi
ce
Dados a alavancagem e os baixos custos de transação (as taxas de cor-
retagem para minicontratos são muito baixas), os Minicontratos são
uma ótima opção para especulação imediata em moeda estrangeira,
quando a oportunidade se apresenta.
Porém, conforme veremos adiante, essa é uma indicação que fazemos
para ganhos de curto prazo, havendo melhores opções para o longo
prazo.
{ TRIBUTAÇÃO
Para mais detalhes, veja o link para o material público sobre tributação
em nossa área de downloads e veja:
“Perguntas e respostas do IRPF 2014”, a partir da pergunta 639 e Ins-
trução Normativa RFB nº 1.022, de 5 de abril de 2010:
ATIVOSUso como aplicação em moeda estrangeira
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73
índi
ce
ATIVOShttp://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/irpf2014/
perguntaseRespostasIRpf2014.pdf
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/2010/in10222010.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/irpf2014/PerguntaseRespostasIRPF2014.pdfhttp://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/irpf2014/PerguntaseRespostasIRPF2014.pdfhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2010/in10222010.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2010/in10222010.htm
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índi
ce
Na teoria, veremos o conceito de cupons cambiais. Esses cupons (que
nada tem a ver com os cupons de títulos públicos), referem-se a uma
remuneração de empréstimos em moeda estrangeira no país (têm a
Libor como “referência”). São instrumentos negociados na BMF, tam-
bém sujeitos ao sistema de ajuste diário. Nesse site há algumas infor-
mações sobre essas questões operacionais:
Todavia, por serem ativos voltados para o grande investidor (grande
mesmo!), não entraremos em detalhes sobre como operá-los.
O que nos interessa sobre os cupons é apenas que eles tendem a cres-
cer quando há fuga de capitais do país ou, ao menos, a expectativa
que isso ocorra e tendem a cair em tempos de segurança e normalida-
de (em 2002 ele passou de 25% e em 2008, de 5%).
ATIVOS
http://ynvestimentos.com.br/2013/11/cupom-cambial/
DDI e fRcOS cUpONS cAmBIAIS
http://ynvestimentos.com.br/2013/11/cupom-cambial/
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índi
ce
Essas são modalidades consideradas investimentos no exterior:
⇨REIT são os equivalentes a nossos Fundos Imobiliários,
⇨Stocks ou Shares são as ações de companhias,
⇨ETF e outros fundos (Funds), são fundos diversos, que podem investir
em REIT (REIT ETFs), Stocks, e Bonds (títulos de dívida), etc.
⇨Bond Funds são fundos que investem em títulos de dívidas, que po-
dem ser títulos públicos ou privados (Corporate Bonds). Como a taxa
real de juros no exterior é sempre inferior à nacional (ainda consi-
derada uma desvalorização do Real, não recomendamos aplicar em
renda fixa no exterior).
Outros países, embora sejam “outros”, também são “países”: há pes-
soas, carros, lá chove, faz sol, há escolas e, enfim, como em todo lugar,
há inflação.
ATIVOSReIT, STOckS, eTf
-
76
índi
ce
Dessa maneira, as línguas e alguns hábitos podem ser diferentes, mas
na essência os lugares são todos iguais e lá fora as pessoas também
têm que tomar suas atitudes para:
⇨Manter seu poder aquisitivo (ou seja, alcançar a inflação).
⇨Acumular mais capital (superar com folga a inflação).
ATIVOS
http://www.retirementinvestingtoday.com/2010/05/us-consumer-price-index-cpi-inflation.html
-
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ce
Embora antecipando um pouco nossas estratégias, que veremos com
detalhes adiante, isso significa que adquirir moeda estrangeira (dólar)
pura e simplesmente é uma estratégia perdedora no longo prazo. O
investidor deve priorizar ativos protetivos não apenas perante a nossa
inflação e nossas fraquezas econômicas, mas inclusive contra a infla-
ção no exterior, que podem ser ativos especulativos (Ouro, Bitcoin) ou
ativos de investimento (REITs, Stocks, Bonds).
Até bem pouco tempo era inacessível ao pequeno investidor brasileiro
negociar ações listadas na NYSE. Por exemplo:
⇨Por meio da Bovespa, apenas a partir de 1 milhão de reais é possível
(e isso é recente!) adquirir ações de companhias americanas.
⇨Por meio de corretoras americanas: a maioria praticamente impede
a abertura de contas por não-residentes, não por questões legais,
mas por questão de manter o foco no cliente interno (o mercado de
ações é muito forte nos EUA, obviamente).
Hoje, porém, a situação mudou.
ATIVOS
-
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ce
{ cOmO INveSTIR
Felizmente, há brokerage firms que resolveram “abraçar” os cidadãos
estrangeiros e facilitar ao máximo o investimento por nós. Hoje em dia
é possível, de maneira totalmente online (basta imprimir formulários,
assinar e escanear junto com cópias de documentos), abrir contas em
corretoras que operam tanto no mercado americano, quanto no mer-
cado europeu, com taxas muito competitivas.
Somente para lembrar, no mercado americano, os REIT são tratados
normalmente como Stocks (stocks e shares são sinônimos), podendo
ser de tijolo (Equity REIT) ou de papel (Mortgage REIT), similar ao que
ocorre no Brasil.
Como informação, de 2000 a 2014, os REIT encabeçaram a lista de
rendimentos durante 8 dos 15 anos (em períodos alternados), estan-
do entre os 4 melhores nos demais anos, com exceção de 2007, 2008
(com retornos bastante negativos) e 2013, com retorno ínfimo.
O Vanguard REIT Index Fund (também pode ser adquirido na forma
ATIVOS
-
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índi
ce
de ETF, código VNQ) teve retorno médio de 23,6% nos últimos 5 anos
(após a crise de 2008), sendo que, nos últimos 10 anos (incluindo o
período de crise!) teve uma valorização média anual de 9,69% (10,94%
desde sua criação em 1996) (dados de agosto/14).
{ INDIcAÇÃO NOS eUA
Nossa indicação de corretora para operar Stocks e REIT no mercado
americano é a OptionsXpress:
A OptionsXpress é uma corretora cujo home-broker opera normal-
mente os REITs. Para abrir uma conta, basta você entrar em chat com
um atendente (Live chat) e avisar que mora no Brasil, etc. Ele lhe envia-
ATIVOS
https://personal.vanguard.com/us/funds/snapshot?fundId=0123&fundIntext=INT
http://www.optionsxpress.com/
https://personal.vanguard.com/us/funds/snapshot?FundId=0123&FundIntExt=INThttps://personal.vanguard.com/us/funds/snapshot?FundId=0123&FundIntExt=INThttps://personal.vanguard.com/us/funds/snapshot?FundId=0123&FundIntExt=INThttp://www.optionsxpress.com/
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índi
ce
rá formulários específicos (como o W-8bEN) e uma página com instru-
ções e formulários passo a passo para você abrir sua conta (o questio-
nário é similar aos brasileiros, com informações pessoais, experiência,
fontes de renda, etc.).
{{ SEgURANÇA
A OX é do grupo Charles Schwab, um dos maiores e mais conhecidos
do ramo, e seus depósitos lá são garantidos pela SIPC (Securities In-
vestor Protection Corporation) até 500 mil dólares (a corretora ainda
contratou um seguro extra para proteção dos investidores até 24,5
milhões de dólares por investidor, aumentando a segurança).
No caso de contratação de Funds (fundos) pela OX, o FDIC segura valo-
res de até 250 mil dólares.
Posteriormente, basta fechar um câmbio e fazer uma remessa wire
transfer (sistema SWIFT) do seu banco aqui no Brasil para a corretora
ATIVOS
http://www.irs.gov/pub/irs-pdf/fw8ben.pdf
http://www.irs.gov/pub/irs-pdf/fw8ben.pdf
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81
índi
ce
(veremos com mais detalhes no próximo capítulo).
{{ TAXAS DA OPTIONSXPRESS
⇨Manutenção de conta: Zero
⇨Saldo mínimo em conta: Zero
⇨Corretagem para Stocks e REITs: US$ 8.95
{{ OUTRAS CORRETORAS AMERICANAS
Segundo consta, a Interactive Brokers (a manutenção de conta é US$
10 se você operar menos de 10 trades por mês - corretagem US$ 1 - e
depósito mínimo para abertura de conta US$ 10,000) e a TD Ameritra-
de (corretagem de US$ 9.99) também “aceitam” brasileiros, mas não
sabemos por experiência própria.
ATIVOS
http://www.optionsxpress.com/about_us/pricing_commissions.aspx
http://www.optionsxpress.com/about_us/pricing_commissions.aspx
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índi
ce
{{ INDICAÇÃO NA EUROPA
Nossa indicação para o mercado europeu é a Activtrades. A Activtrades
é muito conhecida por suas operações de Forex, ela uma corretora in-
glesa, devidamente registrada naquele país, que possui a vantagem de
ter atendentes em português (inclusive já fui atendido por um carioca
– que deixou o Brasil - no chat online) e que opera ações de diversos
países europeus por meio de seu HB (home-broker). Os custos de cor-
retagem da Activtrades para ações depende do mercado onde a ação é
negociada. Exemplos:
Ações da DAX: 0,05% da transação, ou 1 Euro (dos dois, o maior).
Ações de Londres: 0,1% da transação, ou 10 gBP.
ATIVOShttps://www.interactivebrokers.com/en/index.php?f=4969
https://www.tdameritrade.com/pricing.page
https://www.interactivebrokers.com/en/index.php?f=4969https://www.tdameritrade.com/pricing.page
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índi
ce
{{ OUTRAS CORRETORAS EUROPEIAS
Entramos em contato com a XTB, corretora líder de Forex em Portugal
(está presente em vários países europeus). Porém, além de só operar
Forex e CFD (o que não nos serviria) - não operarem ações –, ela exige
do investidor conta em Euros em algum banco (em qualquer país, mas
deve ser uma conta bancária em Euros). Nesse caso, você teria que
usar um serviço de “Mail Forwarding” para criar um endereço no exte-
rior para, só então, abrir uma conta bancária e depois enviar os recur-
sos, o que torna mais burocrático o procedimento e criaria um custo
mensal de alguns (poucos) dólares, tornando o investimento não tão
interessante ao pequeno investidor.
ATIVOS
veja mail forwarding em “Ativos”/“Investimento
Direto”/”preparar a parte burocrática”.
-
84
índi
ce
{{ ENVIO DE RECURSOS
Na ActivTrades, além da transferência bancária, você pode enviar por
cartão de débito/crédito e Neteller. Porém, por questão de custos, a
remessa pelo banco é a mais barata, sendo que sobre as outras inci-
dem tarifas que fazem o investimento deixar de ser interessante.
Lembramos que o fechamento do contrato de câmbio no Brasil só é
aparentemente burocrático, mas na prática eu considero bem tranqui-
lo (pelo menos com minha gerente do Indusval, é).
A documentação necessária (2 documentos de identidade com foto –
dentro da validade, comprovante de residência com seu nome e não
superior a 3 meses – celular não é válido) para abertura da conta na
ActivTrades basta ser escaneada e enviada para:
⇨portuguesedesk@activtrades.com
{{ SEgURANÇA
A ActivTrades também é devidamente autorizada pela autoridade in-
ATIVOS
-
85
índi
ce
glesa (conferimos no site da FCA - Financial Conduct Authority, está ok)
e, além das proteções legais, tem seguro da FSCS para depósitos até
50 mil libras esterlinas (1 libra é aproximadamente 3,79 reais – no mo-
mento em que eu escrevi):
O investimento direto é o mais fácil de entender, embora o mais com-
plicado de colocar em prática e acompanhar, pois não é possível (ou
aconselhável) sentar na frente do computador e fazer tudo pela inter-
net.
O investimento direto significa abrir uma conta bancária em um deter-
minado país, remeter o dinheiro daqui para lá e, uma vez lá, aplicá-lo
ATIVOS
http://www.activtrades.co.uk/index.aspx?page=legal_insurance
INveSTImeNTO DIReTO
http://www.activtrades.co.uk/index.aspx?page=legal_insurance
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índi
ce
diretamente em algo, geralmente, em um imóvel.
Essa forma de investimento, embora seja a mais “concreta”, é a que
gera maiores custos, vejamos alguns:
⇨Tarifas bancárias no exterior.
⇨Gastos com a administração do ativo por lá (imobiliárias, advogados,
etc.).
⇨Possível necessidade de obrigações acessórias por lá (pagamento de
contador para declarações ao fisco local).
⇨Provável pagamento de impostos sobre o bem (o equivalente a nosso
IPTU, por exemplo).
⇨Gastos com viagens (mesmo que não muito frequentes) ao local de
seu bem.
ATIVOS
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índi
ce
Muitos brasileiros voltaram a adquirir apartamentos em Miami após a
crise de 2008. Logo após a crise, muito se anunciou que os imóveis por
lá atingiram um preço por m2 mais barato que o preço das principais
capitais brasileiras. Mas o mercado por lá tem se recuperado.
Esse site tem um mini guia para compra de imóveis em Miami:
Agora segue o nosso guia:
ATIVOS
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/mundo-do-dinheiro/2014/02/25/imoveis-em-miami-um-guia-completo/
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/mundo-do-dinheiro/2014/02/25/imoveis-em-miami-um-guia-completo/http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/mundo-do-dinheiro/2014/02/25/imoveis-em-miami-um-guia-completo/
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ce
{ 1 eScOlHeR O ImÓvel (exemplO, NOS eUA)
Uma pré-seleção de imóveis de interesse pode ser feita pela internet. A
menos que você esteja prestes a ir ao país de destino por outros moti-
vos, não gaste dinheiro somente para sondar imóveis.
Enfim, pesquise na internet sobre propriedades à venda. Exemplos nos
EUA (no tópico “Como escolher bem e controlar seus investimentos”, mos-
tramos um site “ninja” para saber as condições do mercado imobiliário
americano - e de outros países - por região!):
Atenção: As empresas citadas nesse tópico - “o guia” - foram encontra-
das na internet, não conhecemos seus serviços.
ATIVOSpASSO A pASSO
cOmO ADqUIRIR ImÓvel NO exTeRIOR
http://www.feriasazultravel.com/http://www.chrisbrooksmiami.com/imoveis/compra-e-venda/
http://www.miamibestproperty.com/http://openmiami.com.br/
http://www.feriasazultravel.com/http://www.chrisbrooksmiami.com/imoveis/compra-e-venda/http://www.miamibestproperty.com/http://openmiami.com.br
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índi
ce
Ao que parece, Azul Travel, além de agenciar compra e venda, adminis-
tra o seu imóvel também para a realização de locações por temporada
para famílias brasileiras que desejam hospedar-se por lá. Segundo
essa notícia que encontrei, os retornos (se comuns, mas podem ser
casos isolados, escolhidos especialmente para a reportagem) podem
ser atraentes:
{{ OUTRAS REgIõES. EXEMPLO, ARgENTINA:
A Achaval Cornejo oferece opções de imóveis na planta na Argentina.
Percebemos que, de uma maneira geral, imóveis na Argentina são
transacionados em dólares, dadas as frequentes turbulências na cota-
ção da moeda local e na alta aceitação do dólar naquele país.
ATIVOS
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/09/01/internas_economia,563194/veja-como-investir-em-imoveis-nos-eua-
saiba-como-comprar.shtml
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/09/01/internas_economia,563194/veja-como-investir-em-imoveis-nos-eua-saiba-como-comprar.shtmlhttp://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/09/01/internas_economia,563194/veja-como-investir-em-imoveis-nos-eua-saiba-como-comprar.shtmlhttp://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/09/01/internas_economia,563194/veja-como-investir-em-imoveis-nos-eua-saiba-como-comprar.shtml
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{{ EXEMPLOS NA ALEMANHA
use o google tradutor para colocar em inglês ou português:
{{ MíDIAS SOCIAIS
Além disso, assim como no Brasil, está cada vez mais comum nos EUA
(e em outros países) os corretores autônomos usarem uma página
pessoal no Facebook para atualizarem com as oportunidades de imó-
veis que forem captando. Então vale a pena buscar também no Face-
book por “corretores”, “imóveis”, etc. Exemplo:
ATIVOShttp://achavalcornejo.com/
http://www.immobilienscout24.de/http://www.immowelt.de/
https://pt-br.facebook.com/hazanimoveisflorida
http://achavalcornejo.com/http://www.immobilienscout24.de/http://www.immowelt.de/https://pt-br.facebook.com/hazanimoveisflorida
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ce
{ 2 eSTImAR cUSTOS-SATélITeS
Atentar, antes de tudo, para os custos-satélites (custos além do valor
do imóvel). Certamente você terá custos de administração do imóvel:
reparos hidráulicos e elétricos, poda do jardim (se for uma casa), paga-
mento de contas (caso não seja um apartamento em um pool de loca-
ção), etc. Os principais são:
{{ CONCIERgE (A ADMINISTRAÇÃO DO IMÓVEL, PAgAMENTO DE
CONTAS, REPAROS, ETC.):
A aquisição de unidades de flats em pool de locação ou condo-hotéis
no exterior também pode ser interessante, uma vez que a unidade é
colocada para locação dentro do pool, facilitando a parte de adminis-
ATIVOS
http://www.conciergerf.com/
http://www.chrisbrooksmiami.com/concierge/administracao-de-imoveis/
http://www.feriasazultravel.com/
http://www.conciergerf.com/http://www.chrisbrooksmiami.com/concierge/administracao-de-imoveis/http://www.chrisbrooksmiami.com/concierge/administracao-de-imoveis/http://www.feriasazultravel.com/
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índi
ce
tração do bem (deve-se conhecer o setor hoteleiro da região. Miami,
por exemplo, está em processo de recuperação, como veremos adian-
te).
{{ DECLARAÇÃO DE IMPOSTOS NOS EUA
Esse site oferece por 150 dólares anuais (se pesquisar, acho que dá
para encontrar mais barato):
Leia sobre a tributação americana na venda de imóveis por lá:
ATIVOS
http://contadormiami.com/br/inmuebles.html
http://www.ibsconsulting.com.br/noticias.php?n=33
http://contadormiami.com/br/inmuebles.htmlhttp://www.ibsconsulting.com.br/noticias.php?n=33
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índi
ce
{ 3 Se fINANcIAR, fAzeR O STReSS-TeST DA pReSTAÇÃO cOm SImUlAÇõeS De câmBIO
muito cuidado ao tomar um financiamento em moeda estrangeira.
Você deve ter em mente que adquirirá uma obrigação futura (as pres-
tações) sujeitas à flutuação do câmbio (é um passivo em moeda es-
trangeira), o que pode colocar em xeque sua capacidade de honrar tais
compromissos em determinado momento.
A vantagem, por outro lado, é a de que o bem também terá seu valor
de mercado em moeda estrangeira. Ou seja, se o câmbio subir a pon-
to de você não conseguir mais arcar com as prestações, venda o bem
(que, provavelmente, ainda que por razões cambiais, valerá muito
mais).
ATIVOS
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índi
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{ 4 pRepARAR A pARTe BUROcRáTIcA
{{ VISTO
Se você quer comprar um imóvel em qualquer país, a primeira atitude
indicada é conseguir um Visto para aquele destino.
{{ “CPF” E CONTA BANCÁRIA
Na maioria dos países será necessário fazer um documento de ide
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