como emagrecer comendo tudo de gostoso · comer se tornou uma rotina em que a população não mais...
Post on 11-Jul-2020
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COMO
EMAGRECER
COMENDO
TUDO DE
GOSTOSO
COMO
EMAGRECER
COMENDO
TUDO DE
GOSTOSO
Comer bem e se alimentar com o necessário para
nos saciarmos.
Valdemir Costa
O alimento precisa saciar todos os nossos
sentidos.
Valdemir Costa
Este livro é resultado de uma pesquisa
sobre processos alimentares e suas
peculiaridades. Traça uma estratégia de
atuação no tratamento da obesidade, agindo
direto no intelecto humano.
PREFÁCIO
As pessoas, no mundo de hoje, se assustam com qualquer
coisa. Quem nasceu nos anos 70 e viveu os anos 80 - como eu
- já passou por vários fins de mundo: a Guerra Fria já tentou, a
Igreja e os astecas também, mas falharam, a tecnologia quase
conseguiu (com o bug do milênio) e agora até os Maias
tentaram. Mas, com certeza chegaremos ao fim muito antes do
fim do mundo. Por isso, ter disciplina para emagrecer deveria
ser uma coisa fácil. Com muita força de vontade chegaremos ao
nosso objetivo, que é ter um corpo em forma e uma boa saúde.
Siga as dicas deste livro e obtenha uma melhoria substancial
em seu modo de vida.
“Não basta dar os passos que nos devem levar um dia ao
objetivo, cada passo deve ser ele próprio um objetivo em si
mesmo, ao mesmo tempo que nos leva para diante.”
Johann Goethe
O homem sempre esteve insatisfeito
com suas medidas. No começo de sua
história, não existia preocupação com a
obesidade, pois o alimento era escasso
e aventura de viver na terra criava as dificuldades necessárias
para que toda alimentação fosse o suficiente para suprir suas
necessidades diárias de energia. Sem sobra, o corpo humano
se manteve durante muito tempo em forma. Mas, o tempo
passou. A humanidade começou a crescer e, com o aumenta o
populacional, também veio o aumento da necessidade de
alimento. O homem, com sua engenhosidade, criou formas de
conseguir alimento sem precisar matar um mamute e viajar
milhas para achá-lo. Uma delas foi a agricultura; preparando a
terra e escolhendo vegetais que fossem apropriados para serem
cultivados numa determinada região o homem conseguiu
prever, ou melhor, se prevenir da escassez de alimento. Porém,
o homem já tinha vivido muito tempo sob o julgo da busca diária
por alimento; seu cérebro já estava condicionado ao processo
de guardar o alimento no seu corpo para poder consumi-lo
sempre que necessário.
Durante séculos, o crescimento populacional foi maior do que a
produção de alimentos. Essa discrepância começou a mudar
com a Revolução Industrial, no final do século XIX. Com a
utilização do vapor, a descoberta da eletricidade, novos
materiais e a criação de inovadores processos produtivos,
mudou a balança que expressa relação entre a produção de
alimento e o consumo. Mas, essa balança não é regida apenas
por produção e demanda, existem outros fatores que podem
contribuir para que sua haste tenha tendência a pender para um
lado ou outro. Fatores como: geografia, clima, condição social,
estabilidade econômica, etc., foram decisivos para a maneira
como a humanidade lidou com a escassez de alimento durante
o período pós-Revolução Industrial. O período que se seguiu a
Revolução Industrial foi permeado por vários conflitos, trazendo
à tona algumas questões que já não faziam parte do dia-a-dia
da humanidade, tais como: lutar pelo alimento, escassez de
comida e baixa produção de alimento. Esse período durou até o
final do século XX. Com o final da maioria dos Grandes Conflitos
mundiais, a humanidade passou a se preocupar com coisas que
não eram levadas em consideração em outros tempos, como o
Planeta, que deixa de ser coisa de bicho grilo e passa ser coisa
de intelectual e tema de discussão em site de relacionamento.
Esse fato serve para ilustrar como o pensamento mudou nesses
milhões de anos de história do Homem na Terra e sua relação
com a alimentação.
Com a chegada do Novo Milênio, as condições de alguns
países, antes pedintes do Terceiro Mundo, passaram a ser
prósperas cedentes do Novo Segundo Mundo emergente. A
melhoria das condições econômicas da população destes novos
ricos (ou países emergentes) fez aquela haste da balança que
rege a relação entre produção e consumo pender para o lado do
consumo novamente, mas dessa vez não foi por falta de
produção, mas sim, pelo aumento do consumo. O homem
começou a ganhar mais e com isso passou a se alimentar
melhor; mas, o efeito colateral deste processo de melhoria de
condições para acesso ao alimento foi o uso do processo de se
alimentar como uma atividade social. É de nosso conhecimento
que, na história humana, para algumas sociedades se alimentar
era, na verdade, uma atividade relacionada principalmente à
interação entre as pessoas de uma mesma região ou para
confraternização entre duas ou mais regiões. Na atualidade,
comer se tornou uma rotina em que a população não mais se
prepara para repor aquilo que o corpo precisa e sim, participar
de todo um ritual de interação entre pessoas e situações. Hoje,
comer é um evento; isso faz com que se controlar se torne mais
difícil. Apesar da humanidade não se alimentar apenas para
suprir suas necessidades, nosso cérebro ainda tem sua
programação primária: manter-nos vivos e saudáveis. Isso
consiste em armazenar a maior quantidade de alimento
possível. Por isso, é que quando comemos mais do que nosso
corpo precisa, engordamos. O cérebro, vendo que ingerimos
mais alimento do que precisamos, tende a não se desfazer do
excedente, que é “guardado” em alguns locais do nosso próprio
corpo que conhecemos como barriguinha, pneuzinhos e
gordurinhas localizadas. Utilizando dados gráficos do site
G1.com, vamos ver algumas equivalências de calorias e fazer
um comparativo entre o que comemos e o que devemos comer.
O processo alimentar:
A alimentação do ser humano é basicamente um processo
químico, mas diretamente ligado aos processos físicos
presentes na vida humana. Quando engordamos significa que o
nosso processo alimentar é ineficiente, então, precisamos
otimizá-lo para metabolizar toda a comida que ingerirmos sem
que nosso cérebro entenda que precisa “guardá-la”,
transformando-a em lipídios (células de gordura). Uma boa
alimentação começa na escolha do que vamos comer, é sempre
bom comer coisas saudáveis. Mas, nem sempre o que é
saudável é gostoso.
A mastigação também é muito importante, pois a saliva possui
enzimas que já começam a quebrar as moléculas do alimento
ainda na boca. Quando o alimento chega ao estômago, o suco
gástrico termina de quebrar as moléculas transformando-o em
algo chamado quilo, que será encaminhado aos intestinos para
continuar o processo alimentar. Nos intestinos o bolo de
substâncias oriundas do estômago é chamado de quimo. Na
verdade, é nos intestinos que realmente acontece a digestão (e
não no estômago), neles o alimento, com a ajuda do oxigênio,
se transforma em substâncias que o nosso corpo precisa para
sobreviver.
Preenchendo um vazio:
A alimentação humana é um processo essencial para a
sobrevivência, porém, as pessoas não estão comendo para
viver - estão vivendo para comer. Se o ser humano sobrevive
até sete horas sem se alimentar, por que ouvimos as pessoas
dizerem que estão com fome apenas poucas horas após terem
se alimentado? Esse comportamento é o resultado de anos de
facilidade em conseguir alimento. Como o acesso ao alimento
se tornou muito mais fácil, as pessoas estão abusando do ato
de comer. Com várias barraquinhas que vendem de tudo bem
próximo de nossas casas é muito fácil exagerar e comer
demais. O estresse da vida moderna, além de problemas
pessoais, pode transformar o ato de comer em uma forma de
compensar as nossas frustrações.
O processo de substituição da solução de uma dificuldade por
um paliativo, como se drogar, é algo muito normal nos dias de
hoje. Como não é difundido que se alimentar demais também é
um vício, quem exagera não percebe que é um dependente
químico como qualquer outro. Pode não ser um viciado em
cocaína ou maconha, mas o vício de comer se assemelha muito
ao vício em tabaco. A sensação de prazer que se tem ao comer
uma coisa gostosa libera no cérebro a endorfina.
A endorfina é um neurotransmissor, e é uma substância
química utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema
nervoso. É um hormônio que, transportada pelo sangue, faz
comunicação com outras células. A endorfina também
conhecida como hormônio do prazer.
“Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como
único objetivo, obtém, ao fim e ao cabo, a capacidade de
fazer qualquer coisa.”
Mahatma Gandhi
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