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Ana Elena Vedovelli Gabriela Impellizieri Silva Cesário de Mello Eduarda P. T. Moura Rosinda Martins Oliveira Grupo de Neuropsicologia do desenvolvimento UFRJ/PUC-Rio

INSTITUTO DE PSICOLOGIA UFRJ

Dados básicos

Encaminhamento: Escola

Queixa: dificuldade no aprendizado de conteúdos escolares e desatenção Gestação e desenvolvimento psicomotor: sem alteração Comportamento: Sem queixa de comportamento a não ser relativa a excessiva dependência de apoio escolar

Histórico:

Avaliação inicial: MM 9 anos – menina TH 10 anos – menino

Identificação:

Qual é o perfil cognitivo?

Resultados da avaliação - WISCIII

121

105

115 123

101 107

118

85

100

115

130

QIV QIE QIT ICV IOP IRD IVP

120 122 123 122 119

102

118

85

100

115

130

QIV QIE QIT ICV IOP IRD IVP

14 14

11

13

15

12 11

13

11

8

11

14

0

2

4

6

8

10

12

14

16

12 13

11

14

16

10

14 14

12 13 13 13

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Perfil

•MT rebaixada

•Dificuldade de planejamento e monitorização

•Falta de autonomia

MM TH

Rebaixamento da capacidade de operação na

memória de trabalho

Dificuldade de Planejamento e Monitorização

Efeitos no desempenho acadêmico:

Construção do discurso

Compreensão de leitura

Construção de algoritmos para resolução de problemas

Execução de cálculos matemáticos

1ª fase – aproximadamente 1 ano

Objetivos da reabilitação

Promover o desenvolvimento de:

Capacidade de Planejamento

Monitorização

1 - observar uma imagem

2 – escrever as ideias que vão sendo extraidas sobre os elementos e suas relações

3 –Ordenação e hierarquização dessas ideias

4 – Produção de uma narrativa oral ou escrita

Objetivo: Estimular o recrutamento das funções executivas: planejamento e monitorização, seletividade da atenção e estruturação do discurso..

Meltzer, L. “Promoting executive functions in the classroom”, 2010

1 Escolha de um time e busca de sua escalação

2 planejamento de mudanças visando ganhar o jogo

3 Convocação e esquema tático do próprio paciente, levando em conta o time adversário

Objetivo: Desenvolver a capacidade de organização e uso de estratégias na resolução de problemas

Esquema tático do jogo Barcelona x Bayern de Munique

1 – Leitura de tirinhas curtas

2 – Apresentação da “Estrela” que estabelece as partes essenciais de uma narrativa

3 – Extração das informações importantes da história com o uso da estrela

4 – Produção de uma narrativa oral com o uso da estrutura da estrela

Objetivo: Desenvolver a capacidade de compreensão e construção de discurso narrativo

Clarke, P. J., Snowling, M. J., Truelove, E., & Hulme, C. (2010)

Outubro de 2013

121

105

115

123

101

107

118

121 115

120

123 117

102

113

60

80

100

120

140

QIV QIE QIT ICV IOP IRD IVP

Avaliação Reavaliação

REAVALIAÇÃO MM Avaliação

Reavaliação

2ª Fase

Objetivo - 2ª fase

Continuar estimulando o Funcionamento Executivo;

Aumento da autonomia

Objetivo- 2ª fase Por que aumentar a autonomia ao invés da memória de

trabalho?

1. Só estudavam acompanhados;

2. Não tinham confiança suficiente para se monitorizar;

3. Sempre demandavam que o outro exercesse o papel de monitorizar a atividade.

intervenções Reabilitação

Localização Clínica

Frequência 1 a 2 vezes por semana

Apoio escolar

Localização Domiciliar

Frequência 1 a 2 vezes por semana

Objetivos da intervenção

Facilitar a Generalização

Aumentar a autonomia

Auxiliar nas matérias escolares

GENERALIZAÇÃO (Transfer)

Se refere o quanto uma estratégia aprendida será utilizada corretamente em uma nova situação

Realizar o transfer de uma estratégia é tarefa complexa, mesmo em adultos com alto nível de funcionamento

Ylvisaker, M.; “Transfer of Training Or Generalization”, 2006

Similaridade entre contexto aplicado e tarefas do dia a

dia

Aprender a discriminar

situações em que pode-se usar a

habilidade aprendida

Estratégia aplicada em tarefas diferentes

e em contextos diferentes ou com

professores diferentes

O Transfer é facilitado quando:

Ylvisaker, M.; “Transfer of Training Or Generalization”, 2006

Utilização das estratégias tanto no consultório quanto no apoio escolar;

Aplicar as estratégias em contextos acadêmicos diferentes

Estimular reflexão sobre estratégias que podem ser úteis

Aplicar reabilitação ao contexto escolar

Organização no dia a dia

Desenvolvimento de estratégias que envolvam organização, planejamento e priorização de atividades.

•Organizar tarefas e materiais • Priorizar atividades • Estabelecer e monitorizar objetivos

O que é

Objetivo

Sei ou não sei?

Estratégia de priorização, em que a criança precisa decidir o que é mais fácil ou mais difícil para ela em um conjunto de questões.

• Estimular a metacognição. • Promover a priorização de objetivos (começar do mais fácil para o mais difícil).

O que é

Objetivo

Fácil

Difícil

Mapa mental Um diagrama radial em que a informação principal fica no centro

Estimular o recrutamento das funções executivas: planejamento, seletividade

da informação e monitorização, no contexto de atividades escolares

(estudo das matérias)

O que é

Objetivo

MENTO; MARTINELLI & JONES (1999)

1. Ler o capítulo

2. Ressaltar as informações importantes (uso de perguntas geradoras)

3. Montar o mapa com as informações selecionadas.

4. Reler o mapa com as informações, em voz alta.

“As báctérias são unicelulares e procariontes, elas possuem núcleos. A maioria das bactérias são heterotróficas. As baterias aeróbias respiram oxigênio pelo ar e as bactérias anaeróbias fazem fermentação.”

Erro matemático

A partir de uma expressão, a criança deve identificar onde está o erro matemático

Estimular o recrutamento dos processos atencionais controlados.

O que é

Objetivo

1 – O terapeuta apresenta um exemplo de roteiro e seu contexto de uso

2 –Criação de um roteiro pela criança

3 – Uso do roteiro com exercícios de matemática

4 – Checagem do cálculo

Objetivo: Aumentar o gerenciamento atencional em operações aritméticas e estimular a organização do pensamento a partir de planejamento

Estratégias motivacionais 1. Redução de ansiedade: utilização de serviços de mensagens para sanar

dúvidas nas matérias.

2. Encorajamento: falar positivamente das notas, da mudança de atitude, chamar atenção para as falas positivas dos professores.

3. Estabelecer metas em conjunto, considerando sempre quais são as metas e necessidades do paciente, fazendo com que ele se sinta no controle de seu próprio processo de aprender.

Mudanças

75

85

95

105

115

125

135

145

QIV QIE QIT ICV IOP IRD IVP

MM Avaliação e Reavaliação

Avaliação

Reavaliação

75

85

95

105

115

125

135

145

QIV QIE QIT ICV IOP IRD IVP

TH Avaliação e Reavaliação

Avaliação

Reavaliação

NOTAS ESCOLARES - MM

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

L. Por. Mat. Ing. C. Nat Hist. Geog Arte Filos Esp

1o Bim

2o Bim

3o Bim

4o Bim

Nunca estudei sozinho.

Mudanças de atitude Postura

dependente frente aos desafios

Sem iniciativa para tomar

decisões próprias

“Ontem, o professor de matemática ficou todo feliz e comemorou quando viu que eu estava fazendo as coisas sozinha”

Mudanças de atitude Iniciativa própria

para resolver desafios

Participativos do Processo de

Decisão

“Acho melhor estudarmos matemática II, a prova está chegando.

Mudanças de atitude - Viu, M., agora você consegue fazer. -- Eu acho que eu já sabia fazer antes, mas não sei. -- Como assim? -- Eu acho que eu já sabia fazer antes, mas não fazia.

Conclusões Aumento do Índice de Organização Perceptual do WISCIII Boas notas em relação à turma; Autonomia em relação às tarefas e deveres de casa, Maior autoconfiança.

Próxima meta: Expansão da Memória de Trabalho e estratégias compensatórias para o seu rebaixamente

A reabilitação conjugada ao apoio escolar tem mostrado eficiência, talvez por facilitar o transfer das estratégias desenvolvidas no consultório.

Referências BOEKAERTS, M. Self-regulated learning: where we are today. International Journal of Educational Research, v. 31, n. 6, p. 445–457, 1999. Acesso em: 9 maio 2015. CLARKE, P. J., SNOWLING, M. J., TRUELOVE, E., & HULME, C. (2010). Ameliorating children’s reading-comprehension difficulties a randomized controlled trial.Psychological Science, 21(8), 1106-1116. DECI, E. L.; RYAN, R. M. Intrinsic Motivation and Self-Determination in Human Behavior. Boston, MA: Springer US, 1985. MELTZER L. Promoting executive function in the classroom. New York: Guilford Press; 2010 MENTO; MARTINELLI; JONES. Mind mapping in executive education: applications and outcomes. Journal of Management Development, v. 18, n. 4, p. 390–416, 1, 1999 YLVISAKER, Mark et al. Transfer of Training Or Generalization. 2006. Disponível em: <http://www.projectlearnet.org/tutorials/transfer_of_training_or_generalization.html>. ZIMMERMAN, B. J. Self-Regulated Learning and Academic Achievement: An Overview. Educational Psychologist, v. 25, n. 1, p. 3–17, 1 jan. 1990. ZIMMERMAN, B. J.; SCHUNK, D. H. (Org.). Self-Regulated Learning and Academic Achievement: Theoretical Perspectives. 2 edition ed. Mahwah, N.J: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers, 2001.

Obrigada!

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Ana Vedoveli

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Rosinda Oliveira

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Gabriela Impellizieri

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Eduarda Moura