matrizes de competÊncias dos programas …...dominar e aplicar os conhecimentos da anatomia...
Post on 06-Jun-2020
4 Views
Preview:
TRANSCRIPT
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
1
MATRIZES DE COMPETÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA
COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA
SUMÁRIO
RESOLUÇÃO
PÁGINA
RESOLUÇÃO Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Brasil
3
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 4 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular no Brasil
9
RESOLUÇÃO Nº 3, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia
17
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Oncologia Clínica
37
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Brasil
47
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia da Mão no Brasil
54
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Plástica no Brasil
59
RESOLUÇÃO Nº 8, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Dermatologia no Brasil
65
RESOLUÇÃO Nº 9, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Neurocirurgia
71
RESOLUÇÃO Nº 10, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Oncológica
80
RESOLUÇÃO Nº 11, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Anestesiologia no Brasil
88
RESOLUÇÃO Nº 12, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Alergia e Imunologia no Brasil
93
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
2
RESOLUÇÃO Nº 13, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Medicina do Trabalho
99
RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Hepatologia
104
RESOLUÇÃO Nº 15, DE 8 DE ABRL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Patologia
110
RESOLUÇÃO Nº 16, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Pneumologia
117
RESOLUÇÃO Nº 17, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia
122
RESOLUÇÃO Nº 18, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Gastroenterologia
127
RESOLUÇÃO Nº 19, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Urologia
133
RESOLUÇÃO Nº 20, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Genética Médica
142
RESOLUÇÃO Nº 21, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Otorrinolaringologia
146
RESOLUÇÃO Nº 22, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia
153
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
3
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA
RESOLUÇÃO Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos
Programas de Residência Médica em Cirurgia
de Cabeça e Pescoço no Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º. a jornada
semanal dos Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-
práticas;
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia de Cabeça
e Pescoço possui duração de dois anos, respeitando a carga horária semanal conforme
legislação vigente;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
21 de junho de 2017 que estabeleceu também como pré-requisito ao Programa de Residência
Médica o médico ter cursado programa de residência médica em Otorrinolaringologia.
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
21 de março de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência
médica de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. , resolve:
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
4
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência
médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.
Art. 2º O acesso a programas de residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço é
facultado ao médico residente que tenha concluído com sucesso programa de residência médica
em Cirurgia Geral, Otorrinolaringologia ou Programa de Pré-requisito em Área Cirúrgica Básica.
Art. 3º Fica revogado o artigo 1º, II-B, da Resolução CNRM nº 2, de 17 de maio de
2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos na área de Cirurgia de Cabeça e Pescoço a adquirir as
competências necessárias para realizar procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos,
no ensino, na pesquisa e na assistência aos pacientes portadores de afecções congênitas,
benignas, oncológicas e urgências traumáticas e não traumáticas em Cirurgia de Cabeça e
Pescoço. Constituir competências para a educação continuada em Cirurgia de Cabeça e
Pescoço.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Realizar avaliação pré-operatória do paciente que será submetido a
procedimento cirúrgico utilizando o domínio dos conteúdos das informações gerais, exame
clínico, geral e loco-regional, e da interpretação dos exames complementares.
2.Indicar e interpretar os exames necessários à realização do procedimento
anestésico-cirúrgico.
3. Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com a finalidade de diminuir
o risco operatório.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
5
4.Estratificar o risco-benefício de cada opção terapêutica e decidir sobre a
possibilidade da realização do procedimento proposto, baseando-se nas melhores evidências
científicas e no melhor para o paciente, mantendo sua assistência após o tratamento.
5.Dominar as técnicas da realização de procedimentos de pequeno, médio e
grande porte na área de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
6. Dominar e aplicar os conhecimentos da anatomia cirúrgica da região da cabeça
e pescoço, do crânio e do tórax.
7.Identificar e tratar as complicações clínicas e cirúrgicas durante o perioperatório.
8.Avaliar a técnica e aplicabilidade dos exames de imagens: ultrassonografia,
tomografia computadorizada, ressonância magnética, de medicina nuclear e endoscopia
digestiva alta.
9.Dominar a técnica de nasofibrolaringoscopia e laringoscopia direta e indireta.
10.Demonstrar conhecimento e a aplicabilidade das novas tecnologias em Cirurgia
de Cabeça e Pescoço para o benefício do paciente.
11 contribuir no cuidado e manejar o paciente em cuidados paliativos relacionados
às doenças tratadas pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
12. Produzir um artigo científico e apresentá-lo em congresso médico ou publicá-lo.
13.Executar tarefas crescentes em complexidade, incorporando novas habilidades
durante o treinamento.
14.Desenvolver competências que permitam valorizar o significado de fatores
biopsicossociais que interfiram na saúde.
15. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à
segurança do paciente.
16.Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da
Cirurgia de Cabeça e Pescoço, considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais.
Competências por ano de treinamento
Primeiro ano- R1
Adquirir conhecimento teórico-prático dos fundamentos da Cirurgia de Cabeça e
Pescoço. Dominar a anamnese e exame físico loco-regional com auxílio da propedêutica
armada. Desenvolver competências com habilidades técnicas para auxílio e realização de
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
6
procedimentos de pequeno e médio porte. Avaliar as condições clínicas pré-operatórias do
paciente e planejar a melhor estratégia terapêutica a ser adotada.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO
1.Reunir na avaliação pré-cirúrgica informações acuradas e essenciais do paciente
e suas queixas, bem como o exame físico completo, geral e loco-regional.
2. Avaliar e interpretar via aérea difícil e deliberar a melhor estratégia com a equipe
anestésica, bem como decidir por uma via aérea definitiva.
3.Dominar as técnicas de cricotireoidostomias e traqueostomias.
4. Dominar a anatomia vascular da região da cabeça e pescoço e dominar as
técnicas de venóclises periféricas e central.
5.Analisar os exames ultrassonográficos, tomográficos, ressonância magnética e
de medicina nuclear da região da cabeça e do pescoço.
6. Analisar as alterações genéticas e os exames de biologia molecular aplicados à
Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
7. Dominar as técnicas de laringoscopia indireta e direta, de nasofibrolaringoscopia
e de traqueoscopia.
8. Conhecer materiais e equipamentos da prática básica da Anestesiologia.
9.Dominar a realização das diferentes técnicas de biópsias percutâneas, guiadas
ou não, e abertas da região da cabeça e do pescoço.
10.Identificar e tratar as causas de sangramento e de outras complicações
perioperatórias.
11. Avaliar e tratar as causas de infecção cirúrgica e preveni-las.
12. Avaliar e tratar a insuficiência respiratória causada por doença da região da
cabeça e do pescoço.
13.Compreender e analisar a propedêutica da disfagia.
14.Contribuir com a assistência ao paciente em cuidados paliativos relacionados às
doenças tratadas pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
15. Dominar o diagnóstico e indicação terapêutica concernentes às bases da
cirurgia oncológica da pele, de ossos e de partes moles na área de cabeça e pescoço.
16. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
7
17.Avaliar a terapêutica, bem como as complicações decorrentes do tratamento
oncológico cirúrgico, radioterápico e quimioterápico.
18. Analisar as bases do diagnóstico e da indicação terapêutica concernentes às
operações craniomaxilofaciais.
19.Instituir terapêutica pertinente com o grau de complexidade do ano de
treinamento nos agravos da cabeça e Pescoço.
20.Dominar as técnicas operatórias de: manejo cirúrgico da via aérea
(cricotireoidostomias e traqueostomias eletiva e de urgência); biópsia de linfonodo cervical;
tireoidectomias; paratireoidectomias; ressecções de glândulas salivares; operações das afecções
congênitas da cabeça e do pescoço; laringoscopia de suspensão diagnóstica; procedimentos
transorais de pequeno porte; ressecções de afecções superficiais da região da cabeça e
pescoço; tratamento cirúrgico das doenças infecciosas.
21.Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas
quando se fizer necessário.
22.Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados
clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,
com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo
atualizado;
23.Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente
e/ou seu responsável legal;
Segundo Ano - R2
Deverá ser capaz de estimar e realizar a avaliação pré-operatória e planejamento
cirúrgico para cirurgias de médio e grande porte. Realizar cirurgias de médio e grande porte.
Contribuir na formação e ensino dos Residentes do primeiro ano sob supervisão do preceptor e
cirurgião assistente. Demonstrar compromisso com sua formação, tanto teórica, quanto prática e
científica. Dominar o diagnóstico, terapêutica e prognóstico concernentes às cirurgias
oncológicas em cabeça e pescoço.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO
1. Avaliar e planejar a anestesia para cirurgia de pequeno, médio e grande porte.
2. Comunicar-se efetivamente com médicos e outros profissionais de saúde.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
8
3. Dominar a comunicação ao paciente das vantagens, desvantagens e riscos de
cada procedimento proposto.
4. Dominar a indicação da técnica cirúrgica e conduzi-la operacionalizando de
forma racional com os recursos disponíveis, dentro dos princípios da boa prática médica.
5. Planejar e executar os passos do procedimento cirúrgico de forma sequencial e
organizada, no intuito de conseguir um desfecho favorável.
6. Julgar, durante a cirurgia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas
cientificamente, a fim de resolução das contingências.
7. Avaliar e tratar as complicações das operações da Especialidade.
8. Acessar e interpretar as evidências científicas relevantes à prática da Cirurgia de
Cabeça e Pescoço e ler criticamente artigo científico.
9. Produzir um artigo científico.
10. Analisar a técnica e os princípios do mapeamento intra-operatório de nervos.
11. Analisar as técnicas de reabilitação dos pacientes submetidos a procedimentos
ablativos da cabeça e do pescoço.
12. Dominar as técnicas operatórias de: esvaziamentos cervicais; ressecções de
grande porte de tumores da boca, faringe, laringe, nasossinusais, da face e do pescoço;
reconstrução dos defeitos da cabeça e do pescoço; ressecções endoscópicas nasossinusais,
orais, faríngeas e laringo-traqueais; operações craniomaxilofaciais, bem como dominar as
técnicas de osteossíntese do esqueleto craniofacial;
13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência.
14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares.
15. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
16. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica.
17. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.
18. Compreender a aplicabilidade da Cirurgia Robótica em Cirurgia de Cabeça e
Pescoço.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretaria Executiva da CNRM
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
9
LUIZ BARBALHO
Presidente da SBCCP
(Publicada no DOU nº 67, segunda-feira, 8 de abril de 2019, Seção 1, página 20)
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 4 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas
de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular no
Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º a jornada
semanal dos Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-
práticas;
CONSIDERANDO que a CNRM possui prerrogativa legal de regular, supervisionar
e avaliar as Instituições e os Programas de Residência, bem como adotar eventuais medidas de
supervisão;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a evolução técnico científica nos últimos anos concernente à
Cirurgia Cardiovascular e a decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 19 de
abril de 2017 que aprovou a mudança de 4 anos para 5 anos de formação sem a necessidade de
pré-requisito em Cirurgia Geral.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
10
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
18 de maio de 2017, resolve:
Art. 1º. Fica aprovada a matriz de competências dos Programas de Residência
Médica de Cirurgia Cardiovascular anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que que se iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.
Art. 2º. Os Programas de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular terão
duração de cinco anos de treinamento em serviço, acesso direto, sem a necessidade de prévia
realização de residência médica em Cirurgia Geral.
Art. 3º. Revogar o artigo 7º. e item 07 dos Requisitos Mínimos dos Programas de
Residência Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA
EM CIRURGIA CARDIOVASCULAR
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos na área da Cirurgia Cardiovascular a adquirir as
competências necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia as doenças estruturais
cardiovasculares.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Diagnosticar as cardiopatias, utilizando o domínio dos conteúdos de informação,
o exame clínico do paciente e a interpretação dos exames laboratoriais e de imagem;
2. Indicar os exames por imagem ao diagnóstico das cardiopatias, interpretar as
informações e indicar a terapêutica;
3. Analisar a morfopatologia das lesões cardíacas e vasculares e a fisiopatologia e
avaliar a terapêutica cirúrgica;
4. Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com vistas a diminuir o risco
operatório;
5. Estimar o risco operatório e decidir sobre a operabilidade do paciente;
6. Indicar ou contraindicar o tratamento cirúrgico;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
11
7. Avaliar os fatores de risco relativos aos procedimentos cirúrgicos;
8. Dominar as técnicas operatórias e suas variantes específicas a cada tipo de
lesão cardíaca e vascular;
9. Selecionar, nos casos concretos, sobre as vantagens e desvantagens de cada
procedimento cirúrgico;
10. Avaliar o material e equipamento utilizados na especialidade e empregá-los
com eficácia;
11. Diagnosticar as complicações mais prevalentes, dando a solução indicada;
12. Desenvolver o hábito de estudo contínuo, buscando as informações na
literatura especializada;
13. Escrever um artigo científico, utilizando o método de investigação e apresentá-
lo em congresso médico;
14. Executar tarefas crescentes em complexidade durante as cirurgias,
incorporando novas habilidades psicomotoras progressivamente no treinamento;
15. Dominar a epidemiologia das doenças cardiovasculares.
Competências por ano de treinamento
Primeiro Ano - R1
Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos da Cirurgia
Cardiovascular.
Proporcionar ao Médico Residente a familiarização com os principais métodos
diagnósticos em cardiologia, com o uso de vídeo-cirurgia, o uso de cateteres e os princípios
básicos da circulação extracorpórea.
Deverá realizar treinamento nos seguintes rodízios a fim de adquirirem o
conhecimento básico necessário: Hemodinâmica ; Métodos de diagnóstico não invasivo em
cardiologia; Técnica operatória ; Cirurgia Vascular e Endovascular ; Cirurgia Torácica ;
Circulação Extra-corpórea e Unidade de Terapia Intensiva
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1
1. Desenvolver habilidades básicas à atividade cirúrgica;
2. Usar os métodos diagnósticos em cardiologia, notadamente eletrocardiograma e
métodos de imagem. Analisar tomografia, ressonância nuclear magnética e cintilografia
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
12
miocárdica. Compreender o papel do ecocardiograma nas disfunções valvares, na insuficiência
cardíaca e na isquemia miocárdica
3. Utilizar cateteres em hemodinâmica e interpretar a anatomia radiológica
cardíaca, coronariana e vascular. Interpretar as cinecoronariografias, localizando as estenoses e
avaliar o local da realização da anastomose distal aortocoronariana.
4. Dominar os princípios básicos da cirurgia vascular. Realizar a sutura de uma
artéria e uma veia. Interpretar as consequências da doença vascular periférica aguda e crônica e
saber tratá-las. Dominar o tratamento das tromboses venosas profundas. Avaliar o tratamento
endovascular nas doenças vasculares. Avaliar o tratamento de aneurisma de aorta abdominal e
doença carotídea
5. Usar técnica de vídeo em cirurgia cardiovascular e torácica.
6. Interpretar a fisiopatologia da circulação extra-corpórea. Interpretar a circulação
extra-corpórea: oxigenadores, bomba de roletes e centrífuga, tubos, conexões e cânulas
7. Analisar os princípios da cirurgia torácica: toracotomias, indicação, colocação e
manuseio dos drenos torácicos.
8. Usar o desfibrilador de pás externas e internas para debelar arritmias
indesejáveis durante a cirurgia. Tratar parada cardiorrespiratória
9. Interpretar as causas de sangramento e de outras complicações cirúrgicas e
diagnosticá-las e tratá-las. Avaliar a necessidade de re-operar paciente com sangramento pós-
operatório
10. Tratar as principais arritmias cardíacas mais prevalentes em pós-operatório de
cirurgia cardíaca: fibrilação atrial, taquicardia supra-ventricular, taquicardia e fibrilação
ventriculares
11. Dominar as causas, prevenção e tratamento de infecção cirúrgica. Dominar a a
indicação de desbridamento e drenagem da ferida cirúrgica
12. Diagnosticar e tratar choque cardiogênico. Identificar e analisar as diversas
formas de choque utilizando os meios diagnósticos. Dominar o tratamento das diversas formas
de choque
13. Dominar a intubação orotraqueal, a punção venosa profunda e a cateterização
arterial.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
13
14. Identificar e interpretar a insuficiência respiratória, analisar as diversas formas
de ventilação e dominar os critérios de extubação.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2
1. Diagnosticar as cardiopatias adquiridas mais prevalentes, utilizando a história,
exame clínico e a interpretação dos exames laboratoriais e por imagem;
2. Recapitular e analisar, antes da cirurgia, em texto especializado, cada passo da
intervenção e anatomia cirúrgica, com a finalidade de diminuir as contingências.
3. Demonstrar segurança na condução da cirurgia mantendo-se atento aos
detalhes em consonância aos princípios da boa prática;
4. Dominar a montagem do sistema do oxigenador e as linhas de perfusão na
máquina extra-corpórea, bem como o sistema de infusão de cardioplegia;
5. Dominar as técnicas de circulação extra-corpórea sendo capaz de administrar a
perfusão ao paciente;
6. Diagnosticar a síndrome de baixo débito ao final da cirurgia;
7. Dominar o uso do desfibrilador de pás internas durante a cirurgia;
8. Instalar marcapasso epimiocárdico e instituir tratamento de bradiarritmias no pré
e pós-operatório, por estimulação com gerador externo;
9. Reconhecer e diagnosticar o pneumotórax no per operatório, dominar a
drenagem transtorácica com drenos tubulares subaquáticos em aspiração contínua;
10. Dominar a drenagem do mediastino anterior e realizar a síntese dos diferentes
tipos de toracotomias.
11. Analisar o diagnóstico dos tipos de dissecção aguda da aorta com base na
história e exame físico e pela interpretação dos exames de imagem;
12. Monitorar os pacientes com dissecção aguda e instituir o tratamento
farmacológico;
13. Dominar a indicação de re-intervenção por sangramento no pós-operatório,
com e sem comprometimento hemodinâmico;
14. Diagnosticar e julgar as infecções na toracotomia e sinais de mediastinite,
indicando a cirurgia.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R3
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
14
1. Orientar a ação do perfusionista no trans-operatório, em cooperação visando a
prevenção da ocorrência de complicações evitáveis;
2. Construir e manter com os anestesistas comunicação permanente quanto às
variações dos parâmetros fisiológicos que interferiram no resultado imediato da cirurgia;
3. Dominar a realização da proteção miocárdica.
4. Dominar as técnicas de descompressão das cavidades esquerdas.
5. Dominar a realização de revisão sistemática das áreas de sutura para excluir
sangramentos;
6. Escolher as cânulas apropriadas e os sítios de canulização para estabelecer
com efetividade a circulação extracorpórea;
7. Escolher e executar toracotomias, valorizando os planos de dissecção
progressiva para expor o coração e os grandes vasos;
8. Selecionar a melhor via de acesso às cavidades do coração
9. Selecionar os fios de sutura a cada estrutura cardíaca ou vascular, dominando
tecnicamente a realização das suturas em um ou mais planos;
10. Recompor a hemodinâmica pré operatória do paciente com autotransfusão,
observando as medidas dos parâmetros fisiológicos e o comportamento do coração;
11. Disponibilizar, por dissecção anatômica regrada, os enxertos venosos para a
cirurgia de revascularização do miocárdio;
12. Dominar o diagnóstico de arritmias pelo ECG, indicando o tratamento cirúrgico
a céu aberto, ou com estimulação cardíaca artificial;
13. Dominar, por punção ou dissecção de veias, a introdução dos cabos eletrodos
de marcapasso para estimulação uni e bicameral e o respectivo gerador, por controle
fluoroscópico e intensificador de imagem;
14. Avaliar a monitorização dos portadores de marcapasso definitivo com
analisadores, sendo capaz de reprogramar o sistema implantado.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R4
1. Dominar a indicação da cirurgia cardíaca, baseado nas variáveis específicas
descritas na literatura especializada e universalmente aceitas;
2. Dominar os fatores de risco que influenciam os resultados imediatos e tardios do
tratamento cirúrgico das lesões cardíacas prevalentes;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
15
3. Dominar a técnica cirúrgica eficaz para solucionar as lesões cardiovasculares 4.
Reconstruir as estruturas cardíacas ou vasculares, testando sempre que possível a efetividade
do reparo, utilizando os meios e equipamentos aceitos cientificamente para esta finalidade;
5. Escolher a prótese valvar mais adequada de acordo com as variáveis pré e
operatórias;
6. Dominar a disponibilização, por dissecção anatômica regrada, os enxertos
arteriais;
7. Dominar a indicação do momento oportuno da cirurgia, o tipo de técnica e suas
variantes, bem como os sinais de alerta de ruptura ou isquemia grave;
8. Dominar o diagnóstico os aneurismas de cada segmento da aorta torácica pelo
exame clínico e a indicação cirúrgica.
9. Analisar nos métodos diagnósticos (Tomografia Computadorizada,
ecocardiograma transesofágico e ressonância eletromagnética ou outros) o sítio inicial da
dissecção aórtica e sua expansão, com o fito de planejar a cirurgia;
10. Reconhecer e analisar as cardiopatias congênitas, à luz de documentos de
investigação diagnóstica e dominar a indicação cirúrgica.
11. Analisar e descrever as técnicas cirúrgicas das cardiopatias congênitas mais
prevalentes.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R5
Neste quinto ano o R5 deverá apto a coordenar a equipe cirúrgica e a apoiar a
supervisão do programa de residência, tendo maior participação na condução do ato operatório ,
sob supervisão .
Durante 6 meses o R5 poderá optar por se manter na cirurgia cardiovascular como
residente ou ter treinamento especifico em área: cirurgia coronariana, cirurgia valvar, cirurgia da
aorta, cirurgia cardíaca pediátrica, transplante cardíaco ou estimulação cardíaca artificial
Ao final do 5º ano de treinamento, o residente deverá estar apto a:
1. Julgar as vantagens e desvantagens de cada procedimento utilizado;
2. Decidir e estimar, durante a cirurgia, a necessidade de aplicar variantes técnicas
aceitas cientificamente, no intuito de resolver dificuldades inesperadas;
3. Planejar e dominar a execução dos passos do procedimento cirúrgico de forma
sequencial e organizada e orientar os assistentes.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
16
4. Dominar a comunicação, de forma clara e objetiva, com cada membro da
equipe, explicitando e dirigindo o que espera de cada um num determinado procedimento;
5. Dominar a reconstrução de valvas cardíacas, após análise de elemento por
elemento no per operatório, delineando a reconstrução à luz das técnicas cientificamente
comprovadas;
6. Dominar a reconstrução das estruturas intra-cardíacas destruídas pela
endocardite infecciosa, com retalho de tecidos biológicos e com implante concomitante de
próteses valvares;
7. Dominar a instalação dos sistemas de suporte circulatório mecânico por
diferentes vias;
8. Dominar e efetuar as diferentes técnicas de reconstrução da aorta com próteses
tubulares ou com uso de próteses expansíveis intraluminais;
9. Analisar as indicações para transplante cardíaco, os critérios de morte cerebral e
a seleção dos doadores e receptores; Dominar a realização da retirada do coração, sua
proteção, armazenamento e transporte até a sala de cirurgia do receptor; Analisar as técnicas de
implante biatrial, bicaval e bipulmonar;
10. Dominar a execução das técnicas menos complexas, paliativas e curativas em
cirurgias congênitas.
11. Analisar as complicações mais frequentes e tratamento da cirurgia
cardiovascular pediátrica.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva da CNRM
FÁBIO JATENE
Presidente da SBCCV
(Publicada no DOU nº 67, segunda-feira, 8 de abril de 2019, Seção 1, páginas 21/22)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
17
RESOLUÇÃO Nº 3, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a atribuição da Comissão Mista de Especialidade (CME) composta pela
CNRM, AMB e CFM, em definir as especialidades médicas no Brasil;
CONSIDERANDO a resolução CFM 2.148/2016 que homologa a Portaria 1/2016 da
Comissão Mista de Especialidade em seu art. 1º "O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação
Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) reconhecerão as
mesmas especialidades e áreas de atuação";
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia
possui duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação
vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 17 e 18
de abril de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de
Ginecologia e Obstetrícia, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em
Ginecologia e Obstetrícia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório a aplicação da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
18
Art.2º Os programas de Residência Médica, previamente denominados de Obstetrícia e
Ginecologia, passam a denominar-se Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, em
consonância com o nome da Especialidade Médica referida.
Art. 3º Fica revogado o item 42 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIA: GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
OBJETIVO GERAL
Formar e habilitar médicos na área da Ginecologia e Obstetrícia, clínica e cirúrgica, com
competências que permitam dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Ginecologia e
Obstetrícia e a dominar a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade,
assim como avaliar as opções não operatórias e desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação
à literatura médica, tornando-o progressivamente responsável e independente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Dominar as bases do atendimento obstétrico de baixo e alto risco e complicações
frequentes durante a gravidez, o trabalho de parto, parto e puerpério.
Contribuir e valorizar a assimilação da cultura de segurança do paciente entre os
profissionais e serviços de saúde no país
Competências por ano de treinamento
Primeiro ano - R1
I- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO PRÉ-NATAL
1- Dominar o conhecimento das adaptações do organismo materno à gravidez e
mudanças no ciclo gravídico-puerperal.
2- Dominar o conhecimento sobre a rotina pré-natal às gestantes de risco habitual,
incluindo os exames complementares e os esquemas vacinais preconizados.
3- Valorizar a relação médico-paciente com a gestante, atuando na atenção pré-natal e
diagnóstico precoce de complicações.
4- Valorizar a participação do acompanhante e/ou familiares de escolha da mulher nas
consultas de pré-natal.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
19
5- Dominar o atendimento pré-natal às gestantes de risco habitual, acompanhando a
evolução do ganho de peso e crescimento fetal.
6- Avaliar fatores de risco, sintomas e sinais de complicações clínicas e obstétricas mais
prevalentes na gestação, como hipertensão, diabetes, doenças infecciosas, prematuridade, gestação
pós-termo, placentação anormal, sangramento no terceiro trimestre, cesariana anterior, crescimento fetal
anormal e gestação múltipla.
7- Manejar e orientar quanto aos sintomas e sinais comuns na gestação de risco habitual
(gastrintestinais, vasculares, urogenitais, entre outros).
8- Propor as profilaxias necessárias e possíveis quando identificar fatores de risco e
articular o sistema de referência para as gestações de alto risco.
9- Avaliar a importância do aleitamento materno à mãe e ao bebê e as Políticas Nacionais
de saúde materno-infantil e aleitamento.
10- Transmitir, com segurança, as orientações sobre o acompanhamento pré-natal e
aleitamento às gestantes e familiares.
11- Analisar o conhecimento sobre os 10 passos da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
II ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO INTRA-PARTO
1- Julgar os princípios baseados em evidências científicas da assistência obstétrica
humanizada.
2- Dominar a anatomia do assoalho pélvico, a vascularização e inervação da pelve e
períneo.
3- Dominar a avaliação básica da bacia obstétrica.
4- Avaliar os mecanismos de parto e as diferentes fases clínicas do Trabalho de Parto.
5- Dominar o diagnóstico de trabalho de parto.
6- Dominar a rotina de cuidados obstétricos durante o trabalho de parto e parto sem
complicações.
7- Dominar a realização do acompanhamento e assistência ao trabalho de parto com
utilização do partograma e de métodos de monitorização da vitalidade fetal.
8- Dominar a realização do acompanhamento e assistência ao parto normal sem
complicações.
9- Analisar e identificar as evoluções eutócicas e distócicas do trabalho de parto.
10- Analisar e implementar as primeiras medidas nas complicações durante o parto como
corioamnionite e distócia de ombro.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
20
11- Demonstrar conhecimento sobre as indicações e contra-indicações da
instrumentalização do parto (Fórcipe e Vácuo).
12- Demonstrar conhecimento sobre a IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) e sobre
a importância das estratégias para o sucesso do aleitamento materno exclusivo como contato pele a pele
e aleitamento materno na primeira hora de vida (ainda na sala de parto).
III ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER E CUIDADOS COM AS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO PUERPERAL
1- Demonstrar conhecimento sobre assistência ao puerpério normal e complicações.
2- Avaliar os fatores de risco, sintomas e sinais das complicações puerperais prevalentes
como hemorragia pós-parto, tromboembolismo venoso, depressão, mastite e outras infecções puerperais.
3- Dominar o conhecimento sobre a fisiologia da apojadura e da ejeção láctea.
4- Realizar orientações sobre as técnicas de aleitamento materno (posicionamento, pega e
oferta em livre demanda), sobre a prevenção de fatores que dificultam o aleitamento (fissuras e mastites)
e sobre práticas prejudiciais (uso de bicos e mamadeiras).
5- Identificar e manejar adequadamente as intercorrências puerperais de baixa
complexidade como ingurgitamento mamário, mastite e blues puerperal.
6- Dominar a realização das orientações à contracepção durante o aleitamento materno.
IV- TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM OBSTETRÍCIA
1- Dominar a realização do toque vaginal para avaliação da bacia óssea, variedade de
apresentação e dilatação cervical.
2- Dominar a realização da cardiotocografia anteparto e intraparto e anteparto.
3- Demonstrar a realização de ultrassonografia para avaliação fetal, identificando o úmero
a variedade de posição, a apresentação, a viabilidade e a localização placentária.
4- Dominar a realização das manobras de assistência ao parto vaginal espontâneo.
5- Avaliar a realização de episiotomia seletiva.
6- Dominar a realização da episiorrafia ou sutura de lacerações de 1º grau.
7- Dominar a realização de parto cesárea em parturientes sem cesárea prévia.
8- Dominar a realização de curetagem e aspiração intrauterina em abortamentos de
primeiro trimestre.
9- Avaliar a aplicação de ácido tricloroacético em verrugas genitais.
V-PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA (LAPAROTOMIAS)
1- Dominar as bases da anatomia abdominal e pélvica.
2- Dominar as bases dos princípios cirúrgicos, precauções universais e técnica asséptica.
3- Dominar o posicionamento do paciente para a laparotomia.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
21
4- Atuar de forma eficaz como um assistente cirúrgico.
5- Dominar as habilidades cirúrgicas básicas (como a sutura simples, a sutura contínua e
pontos Donnati).
VI- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA
(CIRURGIAS VAGINAIS)
1- Demonstrar conhecimento básico sobre a anatomia perineal.
2- Dominar o posicionamento da paciente à cirurgia vaginal.
3- Atuar como assistente em cirurgias vaginais.
4- Dominar a realização de incisão vaginal ou vulvar simples e síntese (perineoplastia,
exérese ou marsupialização da glândula de Bartholin).
VII- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM
GINECOLOGIA (ENDOSCOPIA)
1- Demonstrar conhecimento da anatomia da parede abdominal e da cavidade
abomino/pélvica sob visão laparoscópica.
2- Demonstrar conhecimento sobre os princípios e funcionamento da vídeocirurgia, suas
indicações, vantagens e limitações e sobre as implicações hemodinâmicas do pneumoperitonio.
3- Posicionar paciente para a cirurgia ginecológica endoscópica.
4- Dominar a montagem e desmontagem de todo o sistema de insuflação, iluminação e
demais equipamentos do set básico de vídeo-laparoscopia, verifica o seu bom funcionamento e ajusta os
parâmetros no sistema.
5- Dominar a inserção e manuseio do manipulador uterino, da microcâmera e óticas de 0 e
30°.
6- Dominar a realização de punção umbilical pela técnica aberta.
7- Realizar incisões para laparoscopia simples e fechamento.
8- Executar a inserção de instrumentos endoscópicos.
VIII-CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS
1- Dominar as bases da anatômica abdominal e pélvica e as mudanças anatômicas
relacionadas a gestação.
2- Demonstrar conhecimento sobre a avaliação de comorbidades relevantes à cirurgia
obstétrica e ginecológica.
3- Dominar as estratégias profiláticas à redução das complicações pós-cirúrgicas.
4- Avaliar o diagnóstico de complicações comuns do pós-operatório como: sangramentos,
infecções e trombose.
5- Dominar a realização da avaliação pré-operatória e identificar as comorbidades.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
22
6- Realizar avaliação e acompanhamento pós-operatório das pacientes submetidas a
cirurgia obstétrica e/ou ginecológica, identificando a ocorrência das comorbidades relacionadas a cirurgia
obstétrica e /ou ginecológica.
IX- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS DESORDENS DO ASSOALHO PÉLVICO
(INCONTINÊNCIA URINÁRIA, FECAL E PROLAPSOS GENITAIS)
1- Dominar as bases da anatomia do assoalho pélvico normal.
2- Dominar o conhecimento sobre fisiologia e anatomia funcional do assoalho pélvico.
3- Demonstrar conhecimento sobre a fisiopatologia das desordens do assoalho pélvico,
seus sinais, sintomas e fatores de risco.
4-Formular o diagnóstico diferencial das desordens do assoalho pélvico.
X- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA ABORDAGEM DAS MASSAS PÉLVICAS E
TUMORES DE OVÁRIO
1-Demonstrar conhecimento básico em relação às massas pélvicas, incluindo diagnóstico
diferencial, sinais e sintomas.
2- Formular o diagnóstico diferencial das massas pélvicas.
3- Demonstrar conhecimento inicial para acompanhamento das massas pélvicas e opções
de tratamento.
XI- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA DOR PÉLVICA AGUDA E CRÔNICA
1- Dominar as bases das patologias relacionadas a dor abdominal/pélvica reconhecendo
fatores de risco, sinais e sintomas.
2- Analisar o diagnóstico diferencial das causas relacionadas a dor pélvica aguda e
crônica.
3- Demonstrar conhecimento sobre os métodos para investigação, avaliação e tratamento
da dor pélvica aguda e crônica.
XII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA CONTRACEPÇÃO E PLANEJAMENTO
FAMILIAR
1- Dominar o conhecimento sobre as opções contraceptivas disponíveis.
2- Dominar os métodos contraceptivos hormonais e não hormonais, sua eficácia,
reversibilidade, forma de uso, riscos, benefícios, complicações, contraindicações e elegibilidade, incluindo
a contracepção de emergência.
3- Dominar o aconselhamento básico sobre a eficácia, riscos, benefícios, complicações e
contraindicações dos métodos contraceptivos disponíveis e verificar quais são as preferências e
condições de uso pela paciente.
4- Prescrever e orientar o uso dos métodos contraceptivos reversíveis.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
23
5- Dominar o conhecimento sobre os aspectos ético-legais dos métodos contraceptivos
definitivos.
6- Orientar e encaminhar aos programas de planejamento familiar os casais que desejam
e apresentam critérios favoráveis a anticoncepção definitiva.
XIII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
1- Dominar a fisiologia do ciclo menstrual normal e os mecanismos de descamação
endometrial.
2- Demonstrar conhecimento sobre a definição de sangramento uterino normal e anormal
e as diferentes causas estruturais e não estruturais do sangramento uterino anormal.
3- Formular o diagnóstico diferencial do sangramento uterino anormal nas diferentes faixas
etárias;
4- Selecionar os exames e procedimentos necessários para a abordagem diagnóstica
inicial do sangramento uterino anormal.
5-Determinar o plano terapêutico inicial para a fase aguda do sangramento uterino
anormal.
6- Acompanhar ambulatorialmente as pacientes que apresentaram sangramento uterino
anormal indicar e realizar adequadamente curetagem uterina simples em casos de sangramento uterino
agudo.
XIV- INFECÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Dominar os diagnósticos das afecçõess infecciosas mais prevalentes em ginecologia e
obstetrícia: ITU (baixa e pielonefrite), vulvovaginites, úlceras e verrugas genitais, doença inflamatória
pélvica, corioamnionite, mastites puerperaise não puerperais, endometrites, bartolinites.
2- Dominar os diagnósticos das principais doenças infectocontagiosas na gravidez com
risco de transmissão vertical: Hepatites B e C, herpes vírus, HTLV I/II, influenza, rubéola, toxoplasmose,
citomegalovirose, infecção pelo HIV, sífilis, arboviroses.
3- Demonstrar conhecimento e indicar as imunizações em cada fase da vida da mulher.
4- Dominar os diagnósticos, avaliação inicial, diagnóstico diferencial e tratamento clínico
inicial para as condições infecciosas mais prevalentes em ginecologia e obstetrícia em nível ambulatorial:
ITU baixa, vulvovaginites, úlceras genitais, doença inflamatória pélvica, mastite puerperal e não
puerperal, sífilis latente e toxoplasmose na gravidez.
5- Dominar a realização de procedimentos terapêuticos simples para verrugas genitais e
condilomatose vulvovaginal (aplicação de ácido tricloroacético, podofilina e/ou podofilotoxina, imiquimode,
exérese cirúrgica).
XV- CONDIÇÕES E PATOLOGIAS RELACIONADAS A GINECOLOGIA ENDÓCRINA
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
24
1- Dominar a fisiologia do ciclo menstrual normal, desenvolvimento puberal normal e
anormal.
2- Demonstrar conhecimento sobre as queixas e condições prevalentes relacionadas a
ginecologia endócrina (amenorreia, anovulações crônicas, infertilidade, climatério, hirsutismo,
galactorréia, tensão pré-menstrual e dismenorreia primária).
XVI- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO NOS
NÍVEIS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
1- Demonstrar conhecimento sobre o câncer do colo uterino e as estratégias de prevenção
a nível primário e secundário.
2- Aconselhar as pacientes sobre as medidas de prevenção primária (inclusive vacinação)
e prevenção secundária.
3- Dominar a realização da coleta e a intepretação do laudo da colpocitologia.
4- Dominar a realização do acompanhamento das pacientes com alterações citológicas de
baixo grau e o encaminhamento com alterações de alto grau.
5- Realizar o diagnóstico diferencial das lesões do colo uterino a nível primário,
encaminhando os casos suspeitos para os níveis secundário e/ou terciário.
XVII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS PATOLOGIAS MAMÁRIAS A NÍVEL
PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
1- Dominar os diagnósticos das patologias mamárias benignas e malignas mais
prevalentes (mastalgia cíclica e acíclica, alterações funcionais, cistos e nódulos mamários, fluxo papilar e
câncer de mama).
2- Dominar a realização da avaliação inicial, diagnóstico diferencial e tratamento inicial nas
patologias mamárias benignas mais prevalentes (mastalgia cíclica e acíclica, alterações funcionais, cistos
e nódulos mamários, fluxo papilar).
3- Avaliar as mulheres de alto risco para o câncer de mama utilizando, dados clínicos e
modelos de cálculo de risco, e elaborar planos de cuidado no nível de atenção primária.
4- Dominar a orientação do rastreamento do câncer de mama em nível de atenção
primária interpretando os resultados de exames de imagem e avaliar a classificação BI-RADS.
XVIII- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Dominar os diagnóstico das principais urgências em ginecologia e obstetrícia:
emergências hipertensivas, eminência de eclampsia, eclampsia, sangramento obstétrico da primeira e
segunda metade da gestação, choque, parada cardiorrespiratória, abdome agudo de origem infecciosa e
hemorrágica, sepse, prolapso de cordão, descolamento placentário, sofrimento fetal agudo, ruptura
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
25
uterina, distócias, sangramento puerperal, depressão e psicose puerperal, distúrbios endocrinológicos
agudos (cetoacidose, hipoglicemia grave, crise tireotóxica), violência e abuso sexual.
2- Identificar, realizar abordagem inicial (anamense e exame físico dirigidos) e diagnóstico
sindrômico das urgências ginecológicas e obstétricas em nível primário de atenção.
3- Dominar o tratamento e acompanhamento nas urgências e emergências de baixa
complexidade a nível primário de atenção.
4- Dominar a realização da estabilização clínica e encaminhamento adequado nas
urgências e emergências de alta complexidade.
5- Dominar a técnica de curetagem e aspiração intrauterina em abortamentos de primeiro
trimestre.
XIX- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS EM DESORDENS NÃO ORIGINÁRIAS DO
APARELHO REPRODUTOR
1- Demonstrar conhecimento em relação às desordens mais comuns não originárias do
aparelho reprodutor mas que estejam a ele relacionados em sua evolução como causa, consequência
e/ou co-morbidade agravante (hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, síndrome metabólica,
obesidade, anorexia, depressão, osteopenias, lúpus, disfunções tireoidianas, infecção pelo HIV).
2- Demonstrar habilidade para realizar anamnese, exame físico, formular o diagnóstico
diferencial e escolher os exames e procedimentos necessários para a abordagem diagnóstica inicial.
XX- SEGURANÇA DO PACIENTE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Reconhecer e identificar as limitações do trabalho em equipe (por exemplo, não
comprometimento "não tenho nada a ver com isso, isso é problema da enfermagem") e as falhas de
comunicação verbal e escrita entre os membros da equipe (por exemplo, a distorção de informações
passadas verbalmente, falta de informações em prontuários) como uma das principais causas evitáveis
de danos aos pacientes.
2- Demonstrar disposição para treinamentos e desenvolvimento de habilidades em equipe.
3- Valorizar os sistemas de vigilância institucional para monitorar a segurança do paciente
(por exemplo, infecção de sítio cirúrgico, relatórios de erro médico).
XI- PROFISSIONALISMO
1- Valorizar os papéis dos membros da equipe de cuidados de saúde e a comunicação
eficaz.
2- Valorizar a importância da transição de cuidados (passagem de plantão e
encaminhamentos) e das reuniões de equipe.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
26
3- Demonstrar a pontualidade nas atividades clínicas e responder prontamente às
solicitações de avaliações e interconsultas; preencher adequada e tempestivamente os registros
administrativos, como registros médicos, relatórios.
4- Aceitar o feedback construtivo para melhorar a sua capacidade de demonstrar
compaixão, integridade e respeito pelos outros e modificar o próprio comportamento com base no
feedback.
Segundo ano - R2
I- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO PRÉ-NATAL
1- Manejar com base em evidências científicas atuais intercorrências clínicas e obstétricas
prevalentes na gestação como anemia, hipertensão, diabetes, doenças infecciosas, cesariana anterior,
crescimento fetal anormal e gestação múltipla.
2- Avaliar as apresentações atípicas de intercorrências clínicas e obstétricas apontando a
necessidade de referência e / ou transferência de cuidados para estas pacientes.
3- Dominar a realização de exames básicos de avaliação fetal, como a cardiotocografia
anteparto e ultrassonografia.
4- Identificar fatores que dificultam o aleitamento materno como uso de medicamentos,
malformações das mamas, mamilos invertidos, presença de papilomas e orientar cuidados adequados
nessas condições.
5- Dominar os diagnósticos das enfermidades que contra-indicam o aleitamento materno.
II- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO INTRA-PARTO
1- Dominar a realização do acompanhamento e assistência ao trabalho de parto e parto de
alto risco.
2- Realizar acompanhamento e assistência na evolução distócica do trabalho de parto.
3- Dominar a assistência em complicações intra-parto como sofrimento fetal agudo,
prolapso de cordão e descolamento prematuro da placenta.
3- Dominar a realização de partos instrumentalizados (fórcipe e vácuo).
4- Dominar a realização das manobras específicas de assistência ao parto pélvico e
distócia de ombro.
5- Avaliar a assistência nas complicações do pós-parto imediato como lacerações do
trajeto.
III- ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER E CUIDADOS COM AS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO PUERPERAL
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
27
1-Avaliar os medicamentos contra-indicados durante o aleitamento materno.
2- Manejar outros fatores que dificultam o aleitamento materno (hipogalactia, traumas
papilares, ducto bloqueado e abscesso mamário).
3- Dominar a realização da inibição e indução da lactação a partir de indicações baseadas
em evidências.
4- Identificar e avaliar a assistência inicial na depressão puerperal.
5- Interpretar os resultados de exames anatomopatológicos e laboratoriais para determinar
a etiologia dos resultados obstétricos.
IV- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM OBSTETRÍCIA
1- Dominar a realização de genitoscopia e avaliar as lesões e sítios de biópsia.
2- Dominar o tratamento de lesões no colo uterino (eletro ou criocauterização).
3- Realizar ultrassonografia para biometria e/ou perfil biofísico fetal.
4- Dominar a realização da evacuação uterina em perdas fetais do segundo trimestre
(indução, curetagem e curagem pós-aborto).
5- Dominar a realização do tratamento cirúrgico da gestação ectópica.
6- Dominar a técnica de parto cesárea em parturientes com cesárea prévia.
V- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA
(LAPAROTOMIAS)
1- Dominar o manuseio de tecidos e planos cirúrgicos.
2- Avaliar as diversas fontes de energia disponíveis para cirurgia.
3- Dominar a técnica cirúrgica dos procedimentos ginecológicos de menor complexidade
por laparotomia (salpingooforectomia uni ou bilateral, ooforoplastia uni ou bilateral, miomectomia,
histerectomia sub total, histerectomia total abdominal).
4- Avaliar as complicações cirúrgicas e elaborar um plano inicial de abordagem do caso.
VI- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA
(CIRURGIAS VAGINAIS)
1- Dominar o manuseio de tecidos e planos cirúrgicos e a solicitação dos instrumentos
necessários para o fluxo do procedimento.
2- Dominar a técnica cirúrgica ginecológica de menor complexidade por via vaginal
(colporrafia anterior, colporrafia posterior, correção do prolapso da parede vaginal anterior pela técnica
sítio específica, correção do prolapso da parede vaginal posterior pela técnica sítio específica,
uretrocistoscopia diagnóstica, hidrodistensão sob narcose no diagnóstico e tratamento da bexiga
dolorosa, cirurgia de Sling retopúcico e transobturatório com ou sem o uso de malhas).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
28
3- Interpretar e identificar complicações da cirurgia vaginal e elaborar um plano inicial de
abordagem do caso.
VII- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM
GINECOLOGIA (ENDOSCOPIA)
1- Dominar a utilização das diversas fontes de energia disponíveis para cirurgia
endoscópica e a solicitação dos instrumentos necessários para o fluxo do procedimento.
2- Dominar a realização punção umbilical pela técnica Veress e direta.
3- Dominar a técnica de procedimentos ginecológicos de menor complexidade como
laqueadura tubária, ooforoplastias simples e histeroscopia diagnóstica por via endoscópica sem
complicações.
4- Avaliar e identificar complicações cirúrgicas em endoscopia e elaborar um plano inicial
de abordagem do caso.
VIII- CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS
1- Dominar a indicação das opções cirúrgicas para as morbidades Ginecológicas.
2- Dominar a realização do preparo pré-operatório das pacientes que serão submetidas a
cirurgia obstétrica e/ou ginecológica.
3- Dominar o tratamento das comorbidades perioperatórias mais comuns relacionadas à
cirurgia obstétrica e /ou ginecológica.
IX- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS DESORDENS DO ASSOALHO PÉLVICO
(INCONTINÊNCIA URINÁRIA, FECAL E PROLAPSOS GENITAIS)
1- Dominar as bases da fisiologia e anatomia do assoalho pélvico anormal.
2- Avaliar e interpretar os resultados dos exames de investigação das desordens do
assoalho pélvico tais como estudo urodinâmico e uretrocistoscopia.
3- Estabelecer planos iniciais de tratamento clínico para pacientes com desordens não
complicadas do assoalho pélvico.
4- Dominar o tratamento cirúrgico das desordens do assoalho pélvico (colporrafia anterior,
colporrafia posterior, correção do prolapso da parede vaginal anterior pela técnica sítio específica,
correção do prolapso da parede vaginal posterior pela técnica sítio específica, uretrocistoscopia
diagnóstica, hidrodistensão sob narcose no diagnóstico e tratamento da bexiga dolorosa, cirurgia de
Burch, Sling retopúcico e transobturatório com ou sem o uso de malhas).
5- Estabelecer planos de tratamento clínico para pacientes com desordens complicadas do
assoalho pélvico;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
29
6- Planejar o tratamento clínico para pacientes com desordens complicadas do assoalho
pélvico identificar e estabelecer novos planos de cuidado para as condições de insucesso terapêutico nas
desordens do assoalho pélvico.
7- Avaliar as necessidades de tratamento multiprofissional nas desordens do assoalho
pélvico e mobilizar a equipe multiprofissional envolvida.
X- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA ABORDAGEM DAS MASSAS PÉLVICAS E
TUMORES DE OVÁRIO
1- Dominar a abordagem diagnóstica dirigida para investigação das massas pélvicas.
2- Planejar o tratamento abrangente para as massas pélvicas.
XI- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA DOR PÉLVICA AGUDA E CRÔNICA
1- Dominar a avaliação da musculatura abdominal e pélvica para identificar pontos de
gatilho, espasmos musculares.
2- Avaliar técnicas de automassagem em áreas de espasmo muscular.
3- Avaliar diagnóstico da dor pélvica aguda e crônica.
4- Avaliar o diagnóstico diferencial entre as causas psíquicas e biológicas da dor pélvica
crônica.
5- Dominar o tratamento medicamentoso para a dor pélvica aguda e crônica.
6- Dominar a técnica de bloqueios loco-regionais de pontos de gatilho na dor pélvica
crônica.
7- Planejar o tratamento multiprofissional para da dor pélvica.
XII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA CONTRACEPÇÃO E PLANEJAMENTO
FAMILIAR
1- Dominar o aconselhamento sobre a eficácia, riscos, benefícios, complicações e
contraindicações da esterilização feminina e masculina.
2- Dominar a técnica de inserção de dispositivo intrauterino (DIU) e implante contraceptivo.
XIII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
1- Avaliar os exames e procedimentos à abordagem diagnóstica dirigida do sangramento
uterino anormal (Ultrassonografia, curetagem semiótica, Ressonância Nuclear Magnética, investigação
hormonal e hematológica).
2- Planejar o tratamento para cada faixa etária e diagnóstico clínico.
3- Dominar a realização de biópsia de endométrio através de curetagem semiótica.
4- Realizar procedimento de inserção de SIU-LNG (Sistema intrauterino liberador de
levonorgestrel).
XIV- INFECÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
30
1- Dominar a avaliação inicial, diagnóstico diferencial e elaborar planos de tratamento e
acompanhamento para condições infecciosas em ginecologia e obstetrícia a nível hospitalar (mastite
complicada por abscesso, DIP aguda, abscesso tubo-ovariano, aborto infectado, endomiometrite,
pielonefrite, sepse).
2- Demonstrar conhecimento e realizar orientações para imunização em situações
especiais (HIV, doença auto-imune, imunossupressão, mulheres em tratamento para câncer,
transplantadas).
3- Dominar o acompanhamento ginecológico de mulheres soropositivas (HIV).
4- Dominar a realização de biópsias simples nas lesões do trato genital inferior.
5- Dominar o tratamento nas lesões do colo uterino (eletro/criocauterizações).
XV- CONDIÇÕES E PATOLOGIAS RELACIONADAS A GINECOLOGIA ENDÓCRINA
1- Dominar os principais fármacos utilizados em ginecologia endócrina: estrogênios,
progestágenos, androgênios, análogos de GnRH e SERMS (clomofeno, raloxifeno, tamoxifeno).
2- Demonstrar conhecimento sobre a definição de fecundidade, fertilidade e infertilidade.
3- Dominar a investigação básica do casal infértil contemplando: avaliação dos fatores
masculino, ovulatório, cervical, canalicular e tubo-peritoneal.
4- Avaliar o diagnóstico diferencial, realizar abordagem terapêutica e acompanhamento
clínico nas condições e patologias relacionadas a ginecologia endócrina: desenvolvimentos puberal
anormal, amenorreia, anovulações crônicas de diferentes etiologias (hipotalâmica, relacionadas aos
estados nutricionais, hiperprolactinemias, galactorréia, disfunções tireoidianas, insuficiência ovariana
prematura, Síndrome dos Ovários Policísticos, Síndrome Metabólica), Climatério, disfunções adrenais,
infertilidade).
XVI- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO NOS
NÍVEIS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
1- Avaliar a investigação e tratamento inicial das alterações citológicas de alto grau
(colposcopia e biópsia dirigida).
2- Planejar o acompanhamento, encaminhamento e tratamento para condições de
anormalidade do exame colposcópico e anormalidades de resultados da biópsia do colo uterino.
XVII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS PATOLOGIAS MAMÁRIAS A NÍVEL
PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
1- Dominar a realização de procedimentos de investigação inicial de patologias mamárias
(punção/ biópsia aspirativa de cistos e nódulos mamários, biopsia percutânea com agulha grossa sob
visualização direta).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
31
2- Dominar os procedimentos cirúrgicos no tratamento de patologias mamárias benignas:
exérese de ductos principais, exérese de nódulos palpáveis e de lesões não palpáveis, fistulectomia e
tratamento cirúrgico para ginecomastia de grau 1.
3- Planejar o acompanhamento, encaminhamento e tratamento em casos de anormalidade
do exame clínico, mamografia ou ecografia.
4- Demonstrar conhecimento sobre as diversas modalidades terapêuticas para o câncer de
mama e sobre a sequência do tratamento.
XVIII- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Dominar o diagnóstico diferencial e o tratamento clínico nas urgências e emergências
clínicas a nível hospitalar: emergências hipertensivas, eminência de eclampsia, eclampsia, choque,
parada cardiorrespiratória, sepse, depressão e psicose puerperal, distúrbios endocrinológicos agudos
(cetoacidose, hipoglicemia grave, crise tireotóxica).
2- Realizar diagnóstico diferencial e indicar procedimento cirúrgico nas urgências e
emergências a nível hospitalar: aborto infectado, doença trofoblástica gestacional, prenhez ectópica rota,
sofrimento fetal agudo, prolapso de cordão, distócias e sangramento puerperal.
3- Dominar o esvaziamento uterino em casos de abortamento infectado, abortamento do
segundo trimestre ou doença trofoblástica gestacional (curagem curetagem, aspiração).
4- Dominar a técnica de laparotomia exploradora e tratamento cirúrgico em casos de
abdome agudo hemorrágico (prenhez ectópica, ruptura de cistos ovarianos hemorrágicos).
5- Dominar a realização de parto cesárea de urgência.
6- Dominar a realização de parto fórceps de alívio nas urgências clínicas e/ou obstétricas.
7- Demonstrar conhecimento sobre os aspectos que envolvem a assistência às vítimas de
abuso sexual: normas do Ministério da Saúde, tratamento e profilaxia de infecções, aspectos médicos
legais, medidas legais de proteção das vítimas menores de idade e abortamento previsto em lei.
8- Dominar o planejamento ao atendimento e orientações às mulheres e/ou seus
responsáveis legais em casos de violência sexual.
XIX- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS EM DESORDENS NÃO ORIGINÁRIAS DO
APARELHO REPRODUTOR
1-Demonstrar habilidade para interpretar resultados de exames para as desordens mais
comuns não originárias do aparelho reprodutor, mas que estejam a ele relacionados em sua evolução
como causa, consequência e/ou co-morbidade agravante (hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias,
síndrome metabólica, obesidade, anorexia, depressão, osteopenias, lúpus, disfunções tireoidianas.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
32
2- Demonstrar habilidade para formular a abordagem terapêutica inicial para as desordens
acima descritas de menor complexidade (hipertensão arterial, diabetes, disfunções tireoidianas).
XX- SEGURANÇA DO PACIENTE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Valorizar e avaliar as técnicas e métodos para verificar e promover a segurança do
paciente ( checagem de medicação e cirurgia segura).
2- Analisar a epidemiologia de erros médicos e as diferenças entre quase-erros, quase-
acidentes, acidentes, eventos adversos, eventos sentinela e erros médicos.
XI-PROFISSIONALISMO
1- Atuar em equipes de saúde interprofissionais e multiprofissional.
2- Comunicar-se de forma eficaz com médicos e outros profissionais de saúde sobre o
atendimento prestado ao paciente.
3- Engajar-se na tomada de decisão compartilhada, incorporando quadros culturais dos
pacientes e das famílias.
Terceiro ano - R3
I- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO PRÉ-NATAL
1- Avaliar os diferentes padrões de apresentação de complicações médicas e obstétricas
(inclusive apresentações atípicas) bem como suas diferentes opções de tratamento.
2- Reconhecer as indicações para inter-consultas, referência e / ou transferência de
cuidados de gestantes com complicações clínicas e obstétricas (com aloimunização materna,
malformações fetais, entre outras).
3- Dominar a realização de acompanhemento pré-natal de gestantes com intercorrências
clínicas e/ou obstétricas.
4- Dominar a realização de exames avançados de avaliação fetal, como cardiotocografia
anteparto, ultrassonografia, Dopplervelocimetria e amniocentese.
5- Valorizar a orientação do aleitamento nas condições que podem interferir na
amamentação, como doenças infectocontagiosas, drogadição, entre outras.
II-ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO INTRA-PARTO
1- Avaliar as complicações de maior complexidade durante o trabalho de parto e parto e
dominar as indicações para inter-consulta, referência e/ou transferência de pacientes com complicações
durante o parto.
2- Dominar a realização dos partos instrumentalizados de maior complexidade como
fórcipe de rotação (Kielland).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
33
III- ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER E CUIDADOS COM AS COMPLICAÇÕES NO
PERÍODO PUERPERAL
1- Dominar o manejo das complicações puerperais de maior complexidade (como a
tromboflebite séptica puerperal e a embolia pulmonar).
2- Avaliar e orientar as pacientes sobre o risco de recorrência das complicações
apresentadas no pré-natal, parto e pós-parto como, por exemplo, pré-eclampsia, parto pré-termo, distócia
de ombro, depressão em gestação futura.
3- Demonstrar conhecimento e oferecer apoio as atividades do banco de leite humano.
IV- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM OBSTETRÍCIA
1- Dominar as técnicas operadoras de: conizacão e excisão da zona de transformação e
cerclagem.
2- Dominar a realização do Parto vaginal em apresentações pélvicas (incluindo o segundo
gemelar).
3- Avaliar e reparar as perfurações ou ruptura uterina, lacerações vesicais e lacerações
perineais de 3ª e 4º graus.
4- Dominar a realização do tratamento cirúrgico da hemorragia pós-parto (Técnica de B-
LINCH, histerectomia puerperal).
V- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA
(LAPAROTOMIAS)
1- Dominar a realização de procedimentos ginecológicos de maior complexidade por
laparotomia (histerectomia total abdominal ampliada com ou sem linfadenectomia).
2- Avaliar a tomada de decisões intra-operatórias, incluindo a capacidade de modificar um
plano cirúrgico inicial com base nos achados cirúrgicos.
3- Avaliar e executar a assistência nas complicações cirúrgicas, incluindo o uso adequado
de consulta intra-operatória.
VI- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA
(CIRURGIAS VAGINAIS)
1- Dominar os procedimentos ginecológicos de maior complexidade por via vaginal
(Fixação da cúpula vaginal pela técnica Macall, Fixação da cúpula vaginal utilizando a o ligamento
sacroespinhal, fixação da cúpula vaginal utilizando a o músculo ileococcígeo).
2- Estimar a tomada de decisões intra-operatórias, incluindo a capacidade de modificar um
plano cirúrgico inicial com base nos achados cirúrgicos.
3- Avaliar a assistência nas complicações cirúrgicas, incluindo o uso de consulta intra-
operatória.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
34
4-Avaliar e escolher novas tecnologias baseando-se em evidências científicas.
VII- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM
GINECOLOGIA (ENDOSCOPIA)
1- Dominar a realização de procedimentos ginecológicos endoscópicos de complexidade
intermediária como histerectomia total não complicada e polipectomias por via histeroscópica.
2- Julgar a tomada de decisões intra-operatórias, incluindo a capacidade de modificar um
plano cirúrgico inicial com base nos achados cirúrgicos.
3- Avaliar e tratar as complicações em cirurgia endoscópica, incluindo o uso adequado de
consulta intra-operatória.
4-Avaliar e escolher novas tecnologias baseando-se em evidências científicas.
5- Dominar os conhecimentos necessários para o tratamento cirúrgico em pacientes com
complicações clínicas complexas.
VIII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA ABORDAGEM DAS MASSAS PÉLVICAS E
TUMORES DE OVÁRIO
1- Dominar diagnóstico e tratamento de pacientes com massas pélvicas.
2- Estabelecer a linha de cuidado necessária para a condução do caso de forma
hierarquizada (atenção primária, secundária ou terciária).
IX- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA DOR PÉLVICA AGUDA E CRÔNICA
1- Dominar o diagnóstico e tratamento de pacientes com dor abdominal e pélvica com
relação a padrões variados de apresentação e dor pélvica refratária ao tratamento.
2- Planejar a terapêutica para pacientes com dor pélvica crônica, atípica e complexa e
para pacientes com múltiplas e/ou complexas comorbidades.
3- Dominar a realização de orientações específicas sobre contracepção para pacientes
com condições clínicas especiais que dificultam a contracepção.
4- Dominar o tratamento das complicações decorrentes da utilização de métodos
contraceptivos e avaliar a necessidade de encaminhamento ou transferência de pacientes com
complicações graves.
X- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
1- Demonstrar conhecimento sobre novas opções terapêuticas para o sangramento uterino
anormal (ablação endometrial e embolização das artérias uterinas).
2- Avaliar a terapêutica ao sangramento uterino anormal refratário a tratamento inicial.
3- Realizar outros procedimentos diagnósticos para sangramento uterino anormal (US,
histeroscopia diagnóstica, biópsia endometrial dirigida por histeroscopia).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
35
4- Dominar a realização de procedimentos terapêuticos para o sangramento uterino
anormal (miomectomia e histerectomia).
XI- INFECÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Dominar o diagnóstico e tratamento dos quadros clínicos infecciosos de apresentações
complexas incomuns e/ou complicações (vulvovaginites de repetição, infecções refratárias ao tratamento
inicial).
2- Dominar o diagnóstico e tratamento de verrugas genitais e condilomatose vulvovaginal
(cirurgia de alta frequência ou exérese cirúrgica ampla).
3- Dominar a técnica dos procedimentos ambulatoriais eletrocirúrgicos com alça no Trato
Gastrintestinal: biópsias, exéreses de lesões, cauterizações; Excisão da Zona de Transfoirmação
(EZT/LEEP); conização clássica.
4- Valorizar a abordagem multidisciplinar em pacientes com quadros infecciosos
complexos.
XII- CONDIÇÕES E PATOLOGIAS RELACIONADAS A GINECOLOGIA ENDÓCRINA
1- Analisar ou avaliar os principais procedimentos terapêuticos utilizados em Reprodução
Assistida (Inseminação Intra-Uterina, Fertilização in vitro e Injeção intracitoplasmática de
espermatozóides), incluindo os princípios gerais das técnicas, os aspectos éticos e legais, protocolos de
estimulação ovariana e os procedimentos laboratoriais mais utilizados, as indicações, seleção dos casais,
expectativas de sucesso, riscos e complicações.
2- Planejar o acompanhamento de ciclos induzidos para procedimentos de reprodução
assistida de baixa complexidade.
3- Avaliar o aconselhamento de casais inférteis para procedimentos de reprodução
assistida de alta complexidade.
4- Formular o diagnóstico diferencial e a abordagem terapêutica de pacientes com
desenvolvimento puberal anormal.
5- Planejar a abordagem clínica e acompanhamento de pacientes com agenesia vaginal e
malformações do seio urogenital para neovaginoplastia.
XIII- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO NOS
NÍVEIS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
1- Dominar o diagnóstico e tratamento das lesões de alto grau utilizando novos
procedimentos (cirurgia de alta frequência, laser), incluindo a conização e a exérese da zona de
transformação.
2- Planejar o acompanhamento de pacientes submetidas ao tratamento do câncer de colo
uterino.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
36
3- Dominar o diagnóstico e tratamento do câncer de colo uterino em estágios iniciais
(conização, histerectomia).
XIV-ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS PATOLOGIAS MAMÁRIAS A NÍVEL
PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
1- Planejar o acompanhamento de pacientes submetidas a tratamento oncológico de
câncer de mama;
2- Avaliar a prevenção primária para pacientes de alto risco para câncer de mama.
3- Dominar o diagnóstico e tratamento às patologias mamárias de maior complexidade,
como ressecção segmentar, mastectomias totais (simples) e exérese de mama axilar acessória.
4- Dominar a assistência no pós-operatório de cirurgias mamárias (oncológicas ou não).
5- Valorizar a abordagem multidisciplinar e hierarquizada (nos níveis primário, secundário
e terciário de atenção) para pacientes com patologias mamárias complexas.
XV-ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Dominar o diagnóstico e tratamento das urgências e emergências de maior
complexidade a nível hospitalar: prolapso de cordão, descolamento e/ou acretismo placentário, ruptura
uterina, sangramento puerperal refratário ao tratamento inicial.
2- Dominar a técnica de histerectomia puerperal.
3- Planejar o acompanhamento inicial nos casos confirmados de doença trofoblástica
gestacional, identificando e encaminhando os casos, quando necessário, aos serviços de referência.
4- Avaliar as indicações para inter-consulta ou abordagem multidisplinar dos casos.
5- Avaliar as inter-consulta, referência e/ou transferência de pacientes aos serviços de
referência, quando necessário.
XVI- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS EM DESORDENS NÃO ORIGINÁRIAS DO
APARELHO REPRODUTOR
1- Analisar e planejar a abordagem terapêutica inicial para as desordens acima descritas
de maior complexidade (osteoporose, síndrome metabólica, transtornos alimentares, infecção pelo HIV).
XVII-SEGURANÇA DO PACIENTE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
1- Coordenar a elaboração de relatórios de segurança do paciente e de análise de
sistemas de vigilancia.
2- Analisar as normas nacionais de segurança do paciente, bem como a sua
utilização/aplicação na instituição.
3- Analisar os erros e quase-erros para o sistema de vigilância institucional e seus
superiores.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
37
4- Valorizar a melhoria da qualidade da segurança do paciente.
XVIII- PROFISSIONALISMO
1- Coordenar, compor e apreciar as orientações em equipe multidisciplinar para pacientes,
familiares e membros da equipe.
2- Valorizar a gestão de riscos no processo de comunicação e atuar como modelo de
comunicação eficaz para colegas mais jovens.
3- Estimar a comunicação apropriada com pacientes e familiares em situações de maior
complexidade (más notícias).
4- Coordenar equipes inter-profissionais e interdisciplinares de saúde para alcançar os
melhores resultados.
5- Liderar de forma eficaz as transições de cuidados (passagem de plantão e
encaminhamentos) e reuniões de equipe.
6- Atuar de forma a garantir que os direitos do paciente sejam atendidos em tempo hábil.
7- Avaliar a autoconsciência sobre fadiga e stress, e buscar formas de atenuar seus
efeitos.
8- Colaborar, auxiliar e apoiar os residentes menos experientes em seu processo de
aprendizado e desenvolvimento técnico.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
CÉSAR EDUARDO FERNANDES
Presidente da FEBRASGO
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 192/196)
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Oncologia Clínica.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
38
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a atribuição da Comissão Mista de Especialidade (CME)
composta pela CNRM, AMB e CFM, em definir as especialidades médicas no Brasil;
CONSIDERANDO a resolução CFM 2.148/2016 que homologa a Portaria 1/2016
da Comissão Mista de Especialidade em seu art. 1º "O Conselho Federal de Medicina (CFM), a
Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)
reconhecerão as mesmas especialidades e áreas de atuação";
CONSIDERANDO a resolução CFM 2.162/2017 que homologa a Portaria 1/2017
da Comissão Mista de Especialidade que estabeleceu a Oncologia Clínica como especialidade
médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica
possui duração de três anos, acesso com pré-requisito em Clínica Médica, respeitando a carga
horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
23 de setembro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência
médica de Oncologia Clínica, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência
médica em Oncologia Clínica, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório a aplicação da matriz de competências para os
programas que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 2º Os programas de Residência Médica em Cancerologia/ Cancerologia
Clínica passam a denominar-se Programas de Residência Médica em Oncologia Clínica.
Art. 3º Fica revogado o item 5.B dos Requisitos Mínimos dos Programas de
Residência Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
39
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ONCOLOGIA CLÍNICA
OBJETIVO GERAL DO PROGRAMA
Formar e habilitar médicos na área da Oncologia Clínica com competências que os
capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Oncologia Clínica e
dominar a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade.
Desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação à literatura médica, tornando-o
progressivamente responsável e independente.
OBJETIVO ESPECÍFICO DO PROGRAMA
Tornar o médico residente apto a executar de forma independente e segura os
diagnósticos, tratamentos na Oncologia Clínica.
1. Desenvolver e aprimorar habilidades técnicas, raciocínio e a capacidade de
tomar decisões na área de oncologia clínica
2. Realizar avaliação do paciente, utilizando o domínio dos conteúdos de
informações gerais, exame clínico e interpretação dos exames complementares, contribuindo à
redução do risco terapêutico.
3. Valorizar a significação dos fatores somáticos, psicológicos e sociais que
interferem na saúde.
4. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à
segurança do paciente.
5. Promover a integração do médico em equipes multiprofissional na assistência
aos pacientes.
6. Estimular a educação permanente.
7. Valorizar a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da
Oncologia considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais.
8. Dominar as técnicas diagnósticas, laboratoriais e radiológicas, relacionadas às
afecções oncológicas.
Ao término do R1
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
40
1. História clínica, realizar o exame físico, formular hipóteses diagnósticas, solicitar
e interpretar exames complementares e traçar condutas às afecções mais prevalentes em
Oncologia Clínica.
2. O padrão de tratamento nas afecções mais prevalentes em Oncologia Clínica:
câncer de mama, câncer de próstata, câncer colorretal, câncer de pulmão, câncer de colo de
útero, câncer de cabeça e pescoço e câncer de estômago
3. Dominar os conceitos básicos de fisiopatologia do câncer, o processo de
transformação de célula normal em tumoral.
4. As etiologias do câncer: vírus, tabaco, obesidade e os mecanismos pelos quais
estes agentes causam câncer.
5. Dominar os princípios fundamentais do tratamento do câncer.
6. Avaliar os sinais e sintomas relacionados aos diversos tipos de câncer.
7. Realizar classificação de risco das afecções oncológicas, diferenciando os casos
para acompanhamento ambulatorial ou unidade de internação;
8. Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares,
considerando valores e crenças;
9. Dominar o conceito de prevenção em oncologia: Conceitos de "Overdiagnosis",
"lead time bias" e impacto individual e populacional de exames de rastreamento;
10. Dominar os conceitos de prevenção primária, secundária e terciária; avaliar o
impacto das mudanças de hábitos em prevenção primária e as limitações do rastreamento;
11. A epidemiologia e etiologia dos canceres mais prevalentes; interpretar a
diferença entre epidemiologia populacional vs risco individual e a incidência e sobrevida em
função de variáveis demográficas;
12. Dominar os conceitos de incidência, prevalência, sensibilidade, especificidade,
valor preditivo positivo e negativo, fatores de risco; impacto da prevalência sobre sensibilidade e
especificidade;
13. Dominar os conceitos de eficácia e efetividade;
14. Compreender as bases de diagnóstico molecular (painéis somáticos, painéis
germinativos, assinaturas gênicas, FISH, CISH, PCR);
15. Compreender os princípios de testes diagnósticos de patologia: histologia,
imuno-histoquímica e as limitações de biópsia por congelação;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
41
16. Compreender quais testes avaliam DNA, RNA ou proteínas e suas respectivas
funções;
17. Dominar os conceitos de estadiamento clínico e estadiamento patológico;
18. Dominar a nomenclatura em patologia: borderline, displasia, linhagens;
19. Dominar os conceitos de biomarcadores prognósticos e preditivos;
20. Dominar as indicações dos testes radiológicos necessários ao diagnóstico e
seguimento (tomografia, ressonância nuclear magnética, ultrassonografia, cintilografia óssea,
PET-CT, radiografias e outros);
21. Dominar conceitos de controle de dor, sedação paliativa, controle de sintomas
e efeitos colaterais dos tratamentos;
22. Dominar tratamento de urgências oncológicas e trombose em câncer;
23. Avaliar e manejar as toxicidades específicas dos tratamentos, incluindo eventos
adversos imunorelacionados;
24. Dominarr as pré-medicações necessárias ao tratamento oncológico como meio
de prevenir efeitos adversos;
25. Desenvolver a habilidade de apresentar casos clínicos e conduzir discussão de
casos em equipe multiprofissional e inter-profissional;
26. Avaliar as principais diferenças de desfechos em estudos clínicos;
27. Compreender a função e atuação dos Comitês de Ética em Pesquisa;
28. Dominar os diferentes tipos de estudos clínicos (fase I, II, III, IV, basket trial,
umbrella trial);
29. Avaliar a resposta através das ferramentas RECIST, irRECIST, qualidade de
vida (QOL30) e toxicidade (Common Toxicity Criteria);
30. Assumir a responsabilidade sobre o cuidado clínico aos pacientes;
31. Comunicar com desenvoltura com outros colegas sobre a situação clínica dos
pacientes;
32. Interpretar as síndromes hereditárias de predisposição ao câncer;
33. Avaliar as diferenças entre painéis germinativos e testes de mutações
somáticas;
34. Avaliar interações medicamentosas.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
42
35. Interpretar as limitações do estadiamento TNM e o valor prognóstico paralelo
de características moleculares dos tumores
36. Analisar os métodos de acompanhamento de toxicidade cardíaca
(Ecocardiograma, MUGA Scan);
37. Dominarr as regras para dosagens de quimioterápicos;
38. Analisar as indicações de radioterapia para os tumores mais incidentes (câncer
de mama, câncer de próstata, câncer colorretal, câncer de pulmão, câncer de colo de útero,
câncer de cabeça e pescoço e câncer de estômago)
39. Distinguir a farmacologia de quimioterápicos, terapias-alvo e
hormonioterápicos;
40. Coordenar o manejo de extravasamento de drogas antineoplásicas.
41. Valorizar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando se
fizer necessário
42. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados
clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,
com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo
atualizado;
43. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente
e/ou seu responsável legal;
44. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes.
Ao Término do R2
1. Dominar as bases de biologia tumoral relacionando-a com a prática clínica;
2. Avaliar as principais mutações em oncogenes, genes supressores de tumores,
proteínas de reparo, e co-receptores imunológicos;
3. Analisar as mutações determinantes de sensibilidade e de resistências às
drogas;
4. Compreender as vias de sinalização celular e fundamentos e limitações das
técnicas e dos testes moleculares.
5. Avaliar as diferenças de imunidade celular e humoral e dominar conceitos de
imunidade inata e adaptativa;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
43
6. Dominar a inibição de co-receptores imunológicos e compreender as diversas
modalidades de imunoterapia (CAR-T cells, Dendritic Cell Therapy, vacinas, inibidores de check-
points);
7. Dominar a associação de imunoterápicos com outras terapias;
8. Dominar conceitos de hiperprogressão e pseudoprogressão durante
imunoterapia;
9. Avaliar as terapias biológicas;
10. Interpretar as modalidades de biópsia e suas indicações, citologia e biópsia
líquida e os fundamentos e limitações das técnicas de imunohistoquímica, FISH e PCR;
11. Realizar um heredograma e selecionar teste genético mais adequado para
investigação de predisposição hereditária ao câncer;
12. Avaliar as estratégias redutoras de risco para câncer de mama, cólon, tumores
ginecológicos;
13. Dominar as principais alterações moleculares: mutações pontuais, aberrações
em número de cópias, translocações, inserções e deleções ("point mutations", "copy number
aberrations", "translocations", "insertions and deletions");
14. Avaliar a integração entre painéis moleculares e parâmetros patológicos e
clínicos;
15. Interpretar as variantes de significado indeterminado;
16. Dominar as implicações prognósticas e terapêuticas das síndromes de
predisposição ao câncer;
17. Identificar pacientes para consultoria especializada de oncogeneticista;
18. Dominar o diagnóstico das principais neoplasias hematológicas (LLC, Linfomas
Não Hodgkin, Linfoma de Hodgkin, Mieloma Múltiplo, Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia
Linfoide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica);
19. Dominar a elaboração e aplicação de Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido;
20. Compreender as diretrizes (ESMO, ASCO, NCCN) que levam em conta custo
para países em desenvolvimento;
21. Valorizar a função de órgãos reguladores em Saúde: ANVISA, ANS e
CONITEC
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
44
22. Dominar princípios de oncogeriatria;
23. Dominar cuidados paliativos e terminalidade no que tange avaliação
multiprofissional reconhecimento de aspectos psíquicos, habilidade de comunicação com
familiares, discussão de diretrizes e diretrizes antecipadas de vontade;
24. Desenvolver as habilidades de comunicação com pacientes em situação crítica,
uso de linguagem leiga e orientar pacientes na busca de informações confiáveis.
25. Valorizar as reuniõesmulti e inter-profissional.
26. Colaborar com o desenvolvimento do R1 no que tange ao manejo de urgências
oncológicas, detecção e tratamento de efeitos colaterais mais comuns;
27. Dominar indicações e contra-indicações de fatores de crescimento;
28. Avaliar as estratégias de preservação de fertilidade;
29. Dominar princípios de radioterapia: teleterapia, braquiterapia, IMRT, SBRT,
IGRT, radiocirurgia, janela terapêutica;
30. Dominar as indicações de radioterapia curativa como tratamento primário e as
indicações de radioterapia em associação com terapia sistêmica;
31. Compreender o conceito de efeito apscopal, radiation recall;
32. Compreender radiofármacos, suas indicações e efeitos colaterais;
33. Avaliar os princípios de cirurgia oncológica: cirurgias preservadoras de órgãos,
cirurgias minimamente invasivas e suas indicações
34. Analisar as terapias ablativas: radioembolização, ablação por radiofrequência,
crioablação, ablação por HIFU
35. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.
36. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
37. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
38. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
Ao Término do R3
1. Estabelecer limites para o tratamento oncológico considerando futilidade,
prognóstico e valorizar os aspectos psico-sociais, culturais e religiosos de pacientes e familiares.
2. Dominar tratamentos das neoplasias menos prevalentes e os princípios gerais
de oncologia que permitem avaliar e estabelecer o melhor tratamento para tumores raros;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
45
3. Dominar conceitos de validade analítica, validade clínica e utilidade clínica.;
4. Dominar critérios ESCAT (ESMO Scale for Actionability of Molecular Targets);
5. Avaliar a importância de biobancos e sua utilidade;
6. Avaliar os conceitos de farmacoeconomia e farmacovigilância.;
7. Dominar a prevenção para portadores de predisposição hereditária ao câncer;
8. Dominar o tratamento das neoplasias hematológicas mais comuns (LLC,
Linfomas Não Hodgkin, Linfoma de Hodgkin, Mieloma Múltiplo, Leucemia Mielóide Aguda,
Leucemia Linfoide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica);
9. Dominar os princípios de vacinação durante e após tratamento do câncer;
10. Compreender os fundamentos, usos e limitações dos principais testes
moleculares, citogenética, citometria de fluxo, hibridização in situ (FISH), reação de polimerase
emcadeia (RT-PCR), sequenciamento de Sanger, microarrays e "Next Generation Sequencing";
11. Analisar as atribuições das diversas instâncias em pesquisa clínica
(Investigador Principal, Subinvestigadores, Monitores, etc) e as normas a serem seguidas em
pesquisa clínica (GCP -Good Clinical Practice).;
12. Dominar os fundamentos da Bioética;
13. Dominar a prevenção, diagnóstico e tratamento dos seguintes canceres:
Câncer de cabeça e pescoço;Câncer de Pulmão de Pequenas Células; Câncer de Pulmão Não-
Pequenas Células; Mesotelioma; Timoma e Carcinoma de Timo; Câncer de Esôfago; Câncer de
estômago; Câncer de reto; Câncer de cólon; Câncer de canal anal;Câncer hepatobiliar;
Adenocarcinoma de pâncreas; Câncer de rim; Câncer urotelial;Câncer de pênis; Câncer de
próstata; Tumores de células germinativas; Câncer de ovário; Câncer de endométrio; Câncer
cervical; Câncer de vulva; Neoplasia trofoblástica gestacional; Câncer de mama;
Osteossarcoma; Sarcoma de partes moles;GIST; Melanoma; Tumores de pele não-melanoma;
Câncer de tireóide; Neoplasias neuroendócrinas; Neoplasias de sistema nervoso central;
Carcinoma de sítio primário desconhecido; Leucemias agudas; Leucemias crônicas; Mieloma
Múltiplo; Linfoma de Hodgkin; Linfoma Não-Hodgkin; Neoplasias mieloproliferativas; Neoplasias
associadas ao HIV; Neoplasias associadas à gravidez;
14. Dominar tratamento de câncer em pacientes com HIV e gestantes;
15. Valorizar os aspectos psicossociais do Câncer: Identificar necessidades
psicossociais dos pacientes - depressão e ansiedade; estabelecer assistência multiprofissional;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
46
16. Valorizar os aspectos legais de responsabilidade individual e institucional;
17. Avaliar as implicações da judicialização e suas consequências na saúde
privada e pública;
18. Compreender a estrutura tripartite do financiamento da saúde no Brasil;
19. Dominar o conceito de QUALY e ATS (Avaliação de tecnologia em saúde);
20. Identificar os medicamentos essenciais da OMS (Essential Medicines List,
WHO);
21. Colaborar com o desenvolvimento do R1 e R2 no que tange ao manejo de
urgências oncológicas, detecção e tratamento de efeitos colaterais mais comuns
22. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas
limitações;
23. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética
médica;
24. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência;
25. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares;
26. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação adequado e
apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista cientifica ou apresentar publicamente
em forma de monografia.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretaria Executiva
SERGIO DANIEL SIMON
Presidente da SBOC
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 196/197)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
47
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo no
Brasil
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia do Aparelho
Digestivo possui duração de dois anos, com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-requisito
em Área Cirúrgica Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 18 de
abril de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Cirurgia do
Aparelho Digestivo;, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de
Cirurgia do Aparelho Digestivo, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em Cirurgia
do Aparelho Digestivo terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.
Art. 3º Revogar o item 10 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica
da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
48
OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA
Treinar o médico residente de Cirurgia do Aparelho Digestivo para realizar o diagnóstico e
tratamento cirúrgico das doenças do aparelho digestivo, avaliar as opções não operatórias e desenvolver
pensamento crítico-reflexivo, tornando-o progressivamente responsável e independente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROGRAMA
Tornar o médico residente capacitado a executar de forma independente e segura os
procedimentos cirúrgicos essenciais para cada ano de treinamento, habilitando-o a adquirir as
competências necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia as doenças benignas e malignas do
Aparelho Digestivo. Valorizar a educação continuada.
COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO
Ao término do primeiro ano - R1
Formular hipóteses para o diagnóstico e diagnósticos diferenciais das afecções do
aparelho digestivo e órgãos anexos e indicar os exames complementares pertinentes e a terapêutica.
1. Dominar a anatomia cirúrgica do abdome; resposta endócrino-metabólica ao trauma;
nutrição em cirurgia do aparelho digestivo;
2. Dominar o atendimento aos pacientes críticos (unidade de terapia intensiva e na
emergência) e identificar e tratar as principais complicações clínicas pós-operatórias;
3. Indicar e interpretar os principais exames de imagem;
4. Conduzir o preparo do paciente no pré-operatório;
5. Conhecimento sobre a prevalência da desnutrição e de suas repercussões no paciente
de cirurgia do aparelho digestivo: alterações da digestão e/ou absorção dos nutrientes; impacto do câncer
digestivo no estado nutricional, das doenças inflamatórias intestinais, do trauma e dos estados
hipermetabólicos, dentre outros;
6. Avaliar a importância dos principais métodos de triagem nutricional e de avaliação
nutricional na desnutrição: avaliação global subjetiva e métodos antropométricos, bioquímicos e de
composição corporal;
7. Avaliar as principais alterações metabólicas da resposta orgânica ao jejum e
decorrentes da resposta orgânica ao trauma/hipermetabolismo/sepse e suas consequentes necessidades
nutricionais;
8. Avaliar os princípios dos programas de aceleração da recuperação pós-operatória
(ERAS, ACERTO, ASER e outros validados);
9. Demonstrar conhecimentos dos princípios da imunonutrição (preparo imunológico
perioperatório);
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
49
10. Coordenar os conhecimentos das indicações e contraindicações de suplementos orais
e de nutrição enteral, e as vantagens e desvantagens de cada uma das vias de nutrição enteral:
nasogástrica, naso-duodenal/jejunal (pós-pilórica), jejunostomia e gastrostomia (cirúrgica e endoscópica);
11. Coordenar as indicações e contraindicações da nutrição parenteral e as vantagens e
desvantagens da via central e periférica;
12. Dominar diagnóstico, tratamento e prevenção das complicações mecânicas,
metabólicas e infecciosas da nutrição parenteral;
13. Dominar a realização de laparotomias e laparoscopias diagnósticas e para
estadiamento de afecções neoplásicas benignas e malignas;
14. Dominar a realização de cirurgias paliativas como gastroenteroanastomoses,
derivações biliodigestivas, enterectomias, gastrostomias, colostomias, jejunostomias, ileostomias, bem
como, suas reconstruções, tubos gástricos e esofagostomias;
15. Dominar e aplicar as manobras relacionadas ao controle de danos em cirurgia
abdominal de urgência;
16. Dominar o conhecimento da fisiopatologia da hipertensão intra-abdominal e as
indicações e técnicas de peritoniostomias, o tratamento e os cuidados perioperatórios do abdômen
aberto, bem como, curativo a vácuo e outras técnicas de fechamento e reconstrução da parede
abdominal; uso de drenos na cavidade abdominal (tipos e indicações);
17. Dominar a correção cirúrgica de hérnias da parede abdominal nas suas várias formas
de apresentação clínica e variantes técnicas de correção cirúrgica (herniorrafias incisionais, ventrais e
inguinais);
18. Dominar o atendimento e orientação nos casos de hemorragia digestiva, manejo da
ressuscitação volêmica e tratamento clínico, endoscópico e cirúrgico, conforme cada caso;
19. Dominar o uso dos equipamentos de videocirurgias para realização de cirurgias
minimamente invasivas;
20. Valorizar o Sistema Público de Saúde, suas propriedades e possibilidades, consciente
dos mecanismos utilizados para concessão de medicamentos para os pacientes de acordo com as
normas vigentes;
21. Analisar os custos da prática médica em benefício do paciente mantendo os padrões
de excelência;
22. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o essencial de
metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de trabalhos científicos;
23. Obedecer aos conceitos fundamentais da ética médica e os aspectos médico-legais
em sua abrangência com ênfase para a Cirurgia do Aparelho Digestivo;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
50
24. Dominar as bases do diagnóstico, estadiamento e tratamento das seguintes afecções:
doenças funcionais esofágicas; esclerodermia e esofagite eosinofílica; megaesôfago (acalásia) e
distúrbios motores; doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e suas complicações; grandes hérnias
hiatais; divertículos esofágicos e faringoesofágico (Zenker); estenoses esofágicas benignas (péptica,
cáustica e outras); leiomiomas e cisto de duplicação do esôfago; úlcera gástrica e duodenal e suas
complicações: úlcera estenosante e hemorrágica; câncer gástrico; litíase biliar e suas complicações:
colecistite calculosa aguda e crônica, coledocolitíase, papilites e litíase intra-hepática; icterícia obstrutiva;
colangite; estenose cicatricial das vias biliares; pancreatite aguda; pancreatite crônica; pseudocistos do
pâncreas; câncer da vesícula biliar e das vias biliares; tumores císticos do pâncreas: neoplasia mucinosa
intraductal pancreática e cistoadenomas do pâncreas; Nódulos incidentais hepáticos (tumores benignos
do fígado: hemangioma, hiperplasia nodular focal e adenoma); Metástases hepáticas (em especial de
câncer colorretal);
25. Dominar a anatomia radiológica do fígado e sistema portal;
26. Analisar o papel da radiologia intervencionista no diagnóstico e como terapêutica das
doenças do aparelho digestivo;
27. Analisar o papel da quimioterapia no tratamento das doenças malignas do aparelho
digestivo;
28. Dominar o diagnóstico e tratamento das afecções anorretais (doença hemorroidária,
fissura anal, abscesso e fístula anal) e das doenças sexualmente transmissíveis (HPV) e o desbridamento
de lesões de partes moles perineais;
29. Dominar o diagnóstico e o tratamento das fístulas simples (interesfincterianas) e das
complexas (transesfincterianas, e supraesfincterianas;
30. Dominar o diagnóstico e o tratamento do prolapso mucoso da procidência de reto;
31. Dominar diagnóstico e tratamento de cisto pilonidal, cisto dermóide e tumor pré-sacral;
32. Dominar diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das doenças inflamatórias
intestinais (Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa);
33. Dominar diagnóstico e tratamento de diverticulose e diverticulite aguda;
34. Dominar diagnóstico e tratamento do Megacólon;
35. Dominar diagnóstico e tratamento da obstrução intestinal;
36. Demonstrar conhecimento em endoscopia digestiva alta, colangiopancreatografia e
ultrassonografia endoscópica (ecoendoscopia) e nas condutas nas lesões esôfago-gástricas, duodenais e
papila duodenal;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
51
37. Demonstrar conhecimento em Colonoscopia, as indicações e noções básicas sobre
conduta nos pólipos e o domínio do seguimento pós-polipectomia, bem como, o diagnóstico e tratamento
das síndromes polipóides;
38. Dominar o rastreamento do câncer gastrointestinal;
39. Demonstrar conhecimento no diagnóstico da incontinência fecal: os testes funcionais
(manometria anorretal, videodefecografia, tempo de trânsito colônico e eletroneuromiografia anal);
40. Demonstrar conhecimento sobre o câncer colorretal e de ânus;
41. Demonstrar conhecimento sobre os métodos de imagem, indicações e interpretação,
no diagnóstico e tratamento do câncer colorretal (Tomografia, Ressonância magnética nuclear e ultrasson
endoanal)
42. Dominar o preparo de cólon (anterógrado e retrógrado);
43. Dominar a indicação do tratamento cirúrgico da obesidade grave e doenças
metabólicas associadas, através das seguintes ações: reconhecer os pacientes com obesidade e
transtornos metabólicos passíveis de indicação cirúrgica; ter capacidade de realização do preparo pré-
operatório de forma a diminuir o risco cirúrgico; escolher a técnica cirúrgica e sua variante mais indicada
de forma personalizada a cada caso, de modo a obtenção dos melhores resultados imediatos e tardios
depois da cirurgia; estimar precocemente as complicações que podem ocorrer depois das cirurgias
bariátricas e metabólicas, instituindo o tratamento adequado; realizar o acompanhamento pós-operatório
prevenindo problemas cirúrgicos e nutricionais;
44. Dominar a realização, por via aberta ou minimamente invasiva, dos seguintes
procedimentos: Hiatoplastia com fundoplicatura na DRGE; Miotomia com fundoplicatura no megaesôfago;
Diverticulectomia e miotomia no Divertículo de Zenker; Colecistectomia; Colangiografia intra-operatória e
pós-operatória; Drenagem da via biliar; Esplenectomia; Resseções não regradas do fígado
(nodulectomias hepáticas); Ressecções anatômicas hepáticas menores (segmentectomias e bi-
segmentectomias); Apendicectomias; Enterectomias, colostomias e ileostomias (confecção e
fechamento);
45. Dominar a realização de biópsia hepática;
46. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando
se fizer necessário
47. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos
para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,
assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado;
48. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu
responsável legal;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
52
49. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes;
50. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, valores
culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.
Ao término do segundo ano -R2
1. Dominar a seleção, avaliação de risco, princípios oncológicos e técnicas operatórias do
paciente com câncer do aparelho digestivo (esôfago, junção esofagogástrica, estômago e intestino
delgado, fígado, pâncreas e vias biliares, cólon, reto e ânus, e do peritônio);
2. Dominar os aspectos do câncer do aparelho digestivo relacionados a fatores de risco e
campanhas de prevenção, rastreamento e vigilância epidemiológica;
3. Participar de modo decisivo no atendimento multiprofissional do paciente com câncer do
aparelho digestivo, envolvendo a oncologia clínica, nutrição, radiologia, radioterapia dentre outros;
4. Analisar os métodos de imagem aplicados no diagnóstico e tratamento do câncer do
aparelho digestivo;
5. Dominar a base do diagnóstico anatomopatológico e suas implicações na classificação
de estadiamento TNM;
6. Analisar a biologia dos tumores (oncogenes e marcadores) e aplicar o conhecimento
nas bases da oncologia clínica e cirúrgica;
7. Demonstrar conhecimentos sobre o uso racional dos quimioterápicos e
imunossupressores, da radioterapia e seus benefícios e toxicidade;
8. Dominar o uso racional de antibióticos;
9. Dominar as bases do diagnóstico, estadiamento e tratamento das seguintes afecções:
Câncer do esôfago e da cárdia; câncer da papila de vater; câncer do pâncreas;
10. Dominar a realização, por via aberta ou minimamente invasiva, os seguintes
procedimentos: Gastrectomias parciais ou totais com ou sem linfadenectomias para as afecções benignas
e malignas do estômago; Tratamento das obstruções intestinais por tumores benignos ou malignos;
Reintervenções sobre o estômago como degastrectomias em casos benignos e malignos; Vagotomias e
suas variantes técnicas; Reconstrução do trato digestivo após gastrectomias totais ou subtotais;
Esofagectomia nas afecções benignas; Esofagectomia com linfadenectomia por diferentes acessos
(transtorácico ou transhiatal) no câncer do esôfago e cárdia; Reconstruções esofágicas: Esôfago ou
faringo gastro ou coloplastias; Cirurgia das grandes hérnias hiatais; Reoperações na DRGE e
megaesôfago; Litotomia das vias biliares intra e extra-hepáticas; Papilotomia; Anastomose biliodigestiva;
Duodenopancreatectomia; Gastroduodenopancreatectomia; Pancreatectomia distal com e sem
espelenectomia; Anastomoses: pancreatojejunal, cistogástrica e cistojejunal; Necrosectomia pancreática;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
53
11. Dominar o tratamento cirúrgico da hipertensão portal;
12. Dominar as ressecções anatômicas hepáticas maiores (hepatectomias direita,
esquerda e trissetorectomias); Hepatectomias regradas nos tumores primários do fígado;
Linfadenectomia do hilo hepático;
13. Dominar diagnóstico e tratamento cirúrgico do câncer colo-retal-anal;
13. Compreender as indicações de cirurgias de exenteração pélvica;
14. Dominar o diagnóstico e o tratamento cirúrgico da obesidade grave e doenças
metabólicas associadas, como as técnicas e resultados dos procedimentos cirúrgicos: Banda gástrica
ajustável, Gastrectomia vertical, Bypass gástrico com derivação jejunal, Derivação bileo-pancreática nas
suas variantes de Scopinaro, Duodenal-Switch total ou parcial (bipartição intestinal) e as perspectivas de
novas modalidades técnicas;
15. Compartilhar o manejo com a equipe multiprofissional através das seguintes ações:
Coordenar a equipe multiprofissional; atuar na prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar;
avaliar os aspectos metabólicos e entero-hormonais do paciente obeso, bem como da Diabetes Mellitus
Tipo 2 e seu tratamento através da Cirurgia Metabólica; Avaliar as alterações nutrológicas mais comuns e
conduzir seu tratamento;
16. Analisar as técnicas endoscópicas de diagnóstico e tratamento das principais
complicações da cirurgia bariátrica;
17. Dominar os aspectos relacionados ao diagnóstico e tratamento das Urgências em
cirurgia bariátrica;
18. Dominar os aspectos relacionados a Cirurgia revisional, como indicações, seleção dos
pacientes e aspectos técnicos;
19. Demonstrar conhecimento das indicações e contra-indicações do transplante de
fígado, pâncreas, intestino e multi-visceral;
20. Dominar diagnóstico e tratamento das complicações cirúrgicas dos pacientes cirróticos;
21. Dominar os aspectos éticos do transplante com doador vivo e falecido e os critérios
para ser doador vivo e falecido e como diagnosticar a morte encefálica, bem como, notificar e manter os
doadores com morte encefálica;
22. Dominar as técnicas de captação de órgãos do aparelho digestivo;
23. Reconhecer as complicações precoces e tardias do transplante de órgãos do aparelho
digestivo, bem como, as reações adversas e complicações do uso dos imunossupressores;
24. Dominar as bases para preservação de órgãos para transplante;
25. Produzir de artigo científico;
26. Compreender a aplicabilidade da Cirurgia Robótica;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
54
27. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
NICOLAU GREGORI CZECZKO
Presidente da CBCD
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 197/198)
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas
de Residência Médica em Cirurgia da Mão no Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia da Mão
possui duração de dois anos, com pré-requisito em Ortopedia e Traumatologia ou Cirurgia
Plástica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
18 de julho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica
de Cirurgia da Mão, resolve:
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
55
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de
Cirurgia da Mão, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em
Cirurgia da Mão terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.
Art. 3º Revogar a resolução CNRM 2 de 20 de agosto de 2007.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
Matriz de competências: Cirurgia da Mão
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos especialistas em Cirurgia da Mão.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Dominar o conhecimento da anatomia e biomecânica do membro superior.
2. Capacitar e treinar os médicos residentes no diagnóstico das afecções da mão e
do membro superior.
3. Capacitar e treinar os médicos residentes em técnicas cirúrgicas para tratamento
das perdas cutâneas dos membros superiores e inferiores, incluindo técnicas convencionais e de
microcirurgia.
4. Capacitar ao atendimento ao traumatizado da mão e membro superior, incluindo
a) a assistência ao amputado de qualquer nível do membro superior.
b) técnicas microcirúrgicas e reimplantes.
c) tratamento das lesões vasculares.
d) tratamento das lesões tendíneas.
e) tratamento das lesões nervosas.
f) tratamento das lesões ósteo-articulares e perdas ósseas.
5. Capacitar no atendimento às doenças não traumáticas da mão e membro
superior, incluindo as
a) do tecido conjuntivo e de revestimento.
b) dos tendões e suas sinoviais.
c) dos ligamentos e ósteo-articulares.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
56
d) do sistema nervoso periférico.
e) infecciosas.
6. Capacitar nas urgências do membro superior.
7. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas
quando se fizer necessário.
8. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados
clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,
com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo
atualizado;
9. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou
seu responsável legal;
10. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes.
COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO
Primeiro ano- R1
Compreender e analisar as bases do conhecimento teórico-prático para a prática
da especialidade em cirurgia da mão.
Desenvolver habilidades para realização de cirurgias de pequeno porte e algumas
de médio porte.
Iniciar o trabalho científico pertinente à especialidade.
Ao Término do primeiro ano
1.Coletar história clínica, realizar o exame físico, formular hipóteses diagnósticas,
solicitar e interpretar exames complementares e traçar condutas para as afecções mais
prevalentes em mão;
2. Dominar a técnicas de acesso cirúrgico dos membros superiores.
3. Dominar a semiologia dos membros superiores.
4. Avaliar a fisiologia e biomecânica dos membros superiores.
5. Avaliar as afecções dos membros superiores: ortopédicas, vasculares,
neurológicas e cutâneas, sua abordagem global, quanto ao diagnóstico clínico, métodos
diagnósticos complementares e princípios de tratamento.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
57
6. Dominar o preparo pré-operatório e seguimento pós-operatório imediato e tardio
dos pacientes com afecções nos membros superiores.
7. Dominar a a Realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte:
afecções cutâneas - retalhos não microcirúrgicos; tratamento de síndromes compartimentais;
fraturas simples; lesões traumáticas de tendões e nervos, exceto plexo braquial; síndromes
compressivas; afecções sinoviais, exceto as de abordagem artroscópica.
8. Avaliar as atividades de reabilitação da mão / terapia da mão, valorizando o
trabalho da equipe multiprofissional.
9.Dominar as técnicas microcirúrgicas vasculares e neurológicas em modelos
experimentais.
10.Dominar as técnicas vídeo-endoscópicas nos membros superiores em modelos
experimentais
11. Analisar os exames eletroneurofisiológicos.
12. Participar de pesquisas e/ou trabalhos científicos no âmbito da especialidade.
13. Dominar a consulta à literatura científica nacional e internacional.
14. Dominar a realização da prescrição e acompanhamento do paciente da
internação até a alta hospitalar;
15. Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a
evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os
resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas
chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso;
16.Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;
17. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica em sua abrangência;
18. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
19. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o
entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;
Segundo ano - R2
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
58
Capacitar para o exercício pleno da especialidade, nas áreas de propedêutica, uso
racional dos exames subsidiários, indicações dos tratamentos conservadores e cirúrgicos,
planejamento pré-operatório, técnicas cirúrgicas e manejo pós-operatório.
Realizar cirurgias de médio e grande portes.
Contribuir na formação dos residentes de primeiro ano.
Finalizar o trabalho científico.
Ao término do segundo ano
1. Dominar o atendimento do paciente com afecções nos membros superiores,
ortopédicas, traumáticas, neurológicas, vasculares, cutâneas e reumatológicas.
2. Dominar a realizarção de procedimentos cirúrgicos de médio e grande porte:
afecções cutâneas complexas - retalhos micro-cirúrgicos; fraturas complexas e/ou com perdas
de substâncias; lesões do plexo braquial; reimplantes; afecções congênitas; artroplastias
3. Avaliar as técnicas de transferências microcirurgicas de dedos do pé para a mão
e retalhos funcionais.
4. Analisar a aplicabilidade das próteses de substituição funcionais.
5. Dominar as técnicas vídeo-endoscópicas nos membros superiores.
6. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas
limitações;
7. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética
médica;
8. Produzir um trabalho científico.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
MILTON BERNARDES PIGNATARO
Presidente da SBCM
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 198/199)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
59
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Cirurgia Plástica no Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia Plástica possui
duração de três anos, com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-requisito em Área
Cirúrgica Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 22 de
agosto de 2017 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Cirurgia
Plástica, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de
Cirurgia Plástica, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em Cirurgia
Plástica terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.
Art. 3º Revogar o item 13 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica
da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: CIRURGIA PLÁSTICA
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
60
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos na área da Cirurgia Plástica com competências que os
capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Cirurgia Plástica e dominar a
realização dos procedimentos cirúrgicos da especialidade. Valorizar e se responsabilizar por sua
educação continuada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Desenvolver e aprimorar habilidades técnicas, raciocínio e a capacidade de tomar
decisões na cirurgia plástica;
2. Realizar avaliação pré-cirúrgica do paciente, utilizando o domínio dos conteúdos de
informações gerais, do exame clínico do paciente e da interpretação dos exames complementares,
contribuindo para a redução do risco operatório;
8. Estratificar o risco cirúrgico e decidir sobre a possibilidade de realização da cirurgia
proposta;
3. Valorizar a significação dos fatores somáticos, psicológicos e sociais que interferem na
saúde;
4. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à segurança
do paciente;
5. Promover a integração do médico em equipes multidisciplinares na assistência aos
pacientes;
6. Estimular a capacidade de aprendizagem e de participação em programas de educação
permanente;
7. Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da Cirurgia
Plástica, considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais;
9. Dominar as técnicas cirúrgicas de cirurgia plástica e suas variantes específicas com
grau crescente de complexidade no decorrer dos três anos de treinamento;
10. Realizar o procedimento cirúrgico com segurança em todas as suas etapas;
11. Identificar e tratar complicações intra e pós-operatórias;
12. Produzir um artigo científico e apresentá-lo em congresso médico ou submetê-lo ou
publicá-lo.
Competências por ano de treinamento
PRIMEIRO ANO - R1
Compreender e analisar a base do conhecimento teórico-prático dos fundamentos da
cirurgia plástica. Avaliar as condições clínicas do paciente antes do ato cirúrgico e decidir pela melhor
estratégia a ser adotada.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
61
Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de cirurgias de
pequeno porte e auxiliar cirurgia de médio e grande porte do Programa Básico da Cirurgia Plástica sob
supervisão.
AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO - R1
1- Reunir na avaliação pré-operatória, informações acuradas e essenciais sobre o paciente
e suas queixas, bem como o exame físico completo, geral e específico;
2. Compreender e analisar as causas de infecção cirúrgica, instituindo a prevenção e
tratamento;
3. Dominar as Bases da Cirurgia Plástica Geral;
4. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às queimaduras, desde as mais
simples às mais complexas e instituir a terapêutica pertinente;
5. Dominar as normas e legislação vigente de segurança da instalação de uma Unidade de
Queimados;
6. Avaliar o diagnóstico e indicação terapêutica das bases da cirurgia oncológica da pele,
óssea, partes moles, com ênfase na área de cabeça e pescoço e mama;
7. Avaliar a terapêutica e as complicações decorrentes do tratamento oncológico cirúrgico,
radioterápico e quimioterápico.
8. Avaliar as bases do diagnóstico e indicação terapêutica das cirurgias cranio-
maxilofacial, traumática e não traumática, oncológica, fissuras labio-palatina e outras deformidades
congênitas. Instituir terapêutica pertinente com o grau de complexidade do ano de treinamento;
9.Avaliar o diagnóstico e indicação terapêutica das cirurgias de reconstrução da região
auricular, deformidades congênitas ou adquiridas, e instituir terapêutica;
10. Avaliar as cirurgias da região nasal, funcionais e reconstrutora, deformidades
congênitas ou adquiridas e instituir terapêutica pertinente;
11. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando
se fizer necessário;
12. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos
para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,
assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado;
13. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu
responsável legal;
14. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
62
15.Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, valores
culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.
SEGUNDO ANO - R2
Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório para cirurgias de
médio e grande porte. Realizar cirurgias de médio porte e algumas de grande porte, bem como, auxiliar
as cirurgias de grande porte, sob supervisão.
TÉRMINO DO SEGUNDO ANO - R2
1. Planejar e dominar as cirurgias de médio e algumas de grande porte;
2. Demonstrar segurança na condução da cirurgia de acordo com os princípios da boa
prática;
3. Avaliar, diagnosticar e tratar as complicações cirúrgicas intra e pós-operatórias;
4. Dominar a indicação de re-intervenção nas intercorrências do pós-operatório e instituir a
terapêutica;
5. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das cirurgias funcionais e de reconstrução da região
orbito-palpebral, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir o tratamento;
6. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das cirurgias funcionais e de reconstrução da mama,
deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir terapêutica;
7. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias funcionais e de
reconstrução da mão e membros superiores, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir
terapêutica pertinente;
8. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias funcionais e de
reconstrução do aparelho urogenital, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir
terapêutica;
9. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das cirurgias funcionais e de reconstrução dos
membros inferiores, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir terapêutica.
10. Avaliar o paciente com lesão raqui-medular e instituir medidas preventivas e terapias
no campo da cirurgia plástica;
11. Avaliar o diagnóstico e terapêutica da obesidade, grandes perdas ponderais ou pós
cirurgias bariátricas, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir terapêutica;
12. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das Bases da Microcirurgia, funcionais e de
reconstrução;
13. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das feridas e dominar o tratamento cirúrgico e o uso
de biomateriais (abordagem integrada): terapia com pressão sub-atmosférica; engenharia de tecidos e
curativos especiais;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
63
14. Compreender as bases da embriologia e Genética Médica aplicadas à Cirurgia
Plástica;
15. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
16. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
17. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.
TERCEIRO ANO - R3
Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório às cirurgias de
médio e grande porte. Realizar cirurgias de médio e grande porte. Contribuir na formação e ensino dos
residentes do segundo e primeiro ano, sob supervisão do preceptor. Dominar as técnicas da Cirurgia
Plástica Estética. Demonstrar compromisso com sua formação teórica, prática e científica. Conclusão de
um artigo científico. Compreender, analisar e avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias
estéticas e reparadoras, bem como, dominar as técnicas cirúrgicas, estética e reparadora, da cirurgia
plástica.
AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO- R3
1. Saber comunicar ao paciente as vantagens e desvantagens e risco de cada
procedimento;
2. Dominar a indicação da técnica cirúrgica e conduzi-la operacionalizando de forma
racional com os recursos disponíveis;
3. Planejar e executar os passos do procedimento cirúrgico de forma sequencial e
organizada, no intuito de conseguir um desfecho favorável;
5. Julgar, durante a cirurgia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas
cientificamente, a fim de resolução das contingências;
6. Comunicar-se de forma clara e objetiva com todos os membros da equipe;
7. Avaliar e tratar as complicações da cirurgia plástica;
8. Avaliar o diagnóstico e terapêutica e dominar a técnica operatória das cirurgias estéticas
da face: ritidoplastia (lift) facial, frontal, cervical; blefaroplastias; osteostomias estéticas da face;
rinoplastia; calvície e métodos de correção cirúrgica; orelha em abano. Avaliar e realizar peeling químico
e dermoabrasão (Lifting químico);
9. Avaliar o diagnóstico, terapêutica e dominar a técnica operatória das cirurgias estéticas
da Mama: mastoplastia redutora; mastoplastia de aumento com ou sem próteses; cirurgias secundárias
da mama; ginecomastia; correção cirúrgica da ptose mamária; correção cirúrgica da assimetria mamária;
10. Dominar a técnica operatória das cirurgias estéticas da parede abdominal:
abdominoplastias e miniabdominoplastias; lipoabdominoplastias; reconstrução da parede abdominal após
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
64
deformidade congênitas ou adquiridas; correção cirúrgica de diástase dos retos abdominais; plástica
umbilical; reconstrução de umbigo; lipodistrofias e lipoaspiração;
11. Dominar a técnica operatória das cirurgias de Lipodistrofias dos membros superiores e
inferiores, da face, do ronco e do abdômen; enxertos de gordura;
12. Avaliar o diagnóstico, indicação terapêutica e dominar a técnica operatória das
cirurgias de lifting de coxas e cruroplastias;
13. Dominar a técnica de Procedimentos ancilares: preenchimentos; toxina botulínica;
laser e dermoabrasao (resurfacing);
14. Analisar diagnóstico e indicação terapêutica dos princípios básicos da cirurgia vídeo-
endoscópica: facial, mamária e abdominal no campo da Cirurgia plástica;
15. Avaliar o diagnóstico de alopecias e indicação terapêutica concernentes aos princípios
básicos da cirurgia capilar;
16. Avaliar a indicação terapêutica concernentes aos princípios básicos do uso de células
tronco, com ênfase na obediência à legislação brasileira.
17. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente, valorizando
os padrões de excelência;
18. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de medicamentos e
exames complementares e técnicas cirúrgicas;
19.Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;
20. Produzir um artigo científico
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
LUCIANO CHAVES
Presidente da SBCP
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 199/200)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
65
RESOLUÇÃO Nº 8, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas
de Residência Médica em Dermatologia no Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Dermatologia possui
duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação
vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
22 de agosto de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência
médica de Dermatologia, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de
Dermatologia, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em
Dermatologia terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências
Art. 3º Revogar o item 11 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
66
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: DERMATOLOGIA
OBJETIVOS
Formar e habilitar médicos especialistas na área de Dermatologia Clínico-Cirúrgica
e sanitária com competências que os capacitem a atuar nos diferentes níveis de complexidade
da área, utilizando ferramentas clínicas, exames complementares e propedêutica armada para o
diagnóstico e tratamento das doenças cutâneo-mucosas, dos anexos e dos fâneros, na criança e
no adulto, em uma abordagem de concepção integral e centrada no indivíduo, estabelecendo
relação respeitosa, produtiva e resolutiva com pacientes, familiares e demais profissionais da
área da saúde e mantendo compromentimento com a educação médica continuada e integrada
às políticas públicas de saúde.
COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO
PRIMEIRO ANO (R1)
Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da
dermatologia. Proporcionar ao médico residente a familiarização com as principais ferramentas e
métodos clínicos utilizados na dermatologia, assim como o treinamento para manejo clínico e
cirúrgico das doenças cutâneo-mucosas, dos anexos e dos fâneros, mais prevalentes.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1
1. Dominar a utilização dos componentes da abordagem centrada na pessoa;
2. Estabelecer comunicação respeitosa, ética com pacientes, colegas médicos da
mesma ou de outra especialidade e outros profissionais da área da saúde;
3. Desenvolver habilidade para comunicar-se com os pacientes/responsáveis sobre
a investigação diagnóstica e plano terapêutico, bem como suas complicações, efeitos
inesperados, mudanças de plano terapêutico, com ênfase na segurança do paciente;
4. Dominar a embriologia, estrutura e funções da pele, assim como suas relações
com órgãos internos;
5. Valorizar a pele como órgão de comunicação interpessoal;
6. Dominar as bases da imunologia aplicadas à dermatologia:organização do
sistema imune, princípios básicos da resposta imune, autoimunidade e compreensão do sistema
imune associado à pele;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
67
7. Dominar os princípios básicos de biologia molecular aplicados à investigação e
diagnóstico em dermatologia;
8. Dominar as bases da genética aplicada à dermatologia;
9. Dominar os princípios básicos de doença aplicados à dermatologia: inflamação,
neoplasia, distúrbios metabólicos e genodermatoses;
10. Analisar a epidemiologia nacional e mundial das doenças tegumentares;
11. Dominar a semiologia clínica dermatológica. Realizar anamnese obtendo
informações acuradas e essenciais sobre o paciente e suas queixas, bem como o exame físico
completo, geral e específico dermatológico utilizando-se da propedêutica própria e da aplicação
do jargão adequado para a descrição das lesões elementares;
12. Dominar a avaliação dos nervos periféricos, assim como das cadeias
linfonodais periféricas;
13. Formular hipóteses diagnósticas, propor exames complementares para o
diagnóstico, propor tratamentos clínicos e/ou cirúrgicos e orientações de medidas preventivas
para as doenças mais prevalentes em dermatologia nos ambientes ambulatoriais e de pacientes
internados;
14. Dominar o diagnóstico, tratamento e orientações de medidas preventivas para
infecções sexualmente transmissíveis com manifestação cutânea, hanseníase e outras doenças
infecciosas prevalentes;
15. Dominar os princípios da biópsia da pele, como suas técnicas e seleção do
local para sua realização;
16. Compreender e analisar o método científico e seus principais tipos de
pesquisas. Estar capacitado para fazer pesquisas bibliográficas na área, leitura e interpretação
crítica de artigos científicos;
17. nalisar problemas sociais e psicológicos associados a doenças dermatológicas
e reconhecer a importância dos grupos de apoio aos pacientes e associações de pacientes;
18. Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a
evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os
resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas
chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
68
19. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas
quando se fizer necessário
20. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente
e/ou seu responsável legal;
21. Realizar a prescrição e todo o acompanhamento do paciente da internação até
a alta hospitalar; prescrever as medicações, sabendo reconhecer as características
farmacocinéticas e farmacodinâmicas de cada droga no paciente com doença hepática,
interações medicamentosas e impacto em outros órgãos e sistemas;
22. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre a indicação e interpretação de
exames de imagem com e sem contraste;
23. Avaliar as indicações e contraindicações dos métodos diagnósticos e
terapêuticos relacionados à especialidade;
24. Compreender os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do
paciente, mantendo os padrões de excelência;
25. Valorizar a relação custo/benefício para as boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares;
26. Dominar suporte de vida.
27. Dominar o manejo das afecções clínicas mais prevalentes na urgência e
emergência.
28. Dominar a base do manejo das afecções clínicas e cirúrgicas com interface na
Dermatologia
29. Compreender diagnóstico e tratamento das queimaduras.
30. Dominar os princípios básicos de curativos.
31. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento
SEGUNDO ANO (R2)
Consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do
exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade do treinamento e adição de
novos conhecimentos e habilidades dermatológicos mais complexos.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2
1. Realizar pronto-atendimentos dermatológicos.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
69
2. Dominar a técnica de diversos tipos de biópsias cutâneas, os principais
procedimentos cirúrgicos dermatológicos ambulatoriais de pequeno porte.
3. Dominar o diagnóstico, tratamento e orientações de medidas preventivas para
as doenças mais prevalentes em dermatologia nos ambulatórios de dermatologia geral.
4. Dominar o atendimento dos pacientes internados, bem como prestar inter-
consulta especializada a outras especialidades;
5. Avaliar as manifestações sistêmicas das doenças cutâneas, manifestações
cutâneas das doenças sistêmicas e as reações adversas tegumentares aos medicamentos em
geral, e às novas drogas-alvos e imunológicas utilizadas em oncologia e em outras áreas
médicas;
6. Manejar o atendimento às doenças nas faixas etárias pediátrica e geriátrica;
7. Aplicar o atendimento cosmiátrico básico e intermediário em dermatologia;
8. Realizar e analisar os exames não invasivos através de propedêutica armada
como dermatoscopia e vídeo-dermatoscopia;
9. Dominar a técnica de coleta de material e identificação microscópica e de
culturas dos fungos patogênicos para pele, bem como identificar e reconhecer padrões de
cultivos fungicos de complexidade intermediária em micologia;
10. Realizar acompanhamento e revisão dos exames realizados na rotina
dermatológica e reconhecer padrões de complexidade intermediária em dermatopatologia;
11. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos
adversos de medicamentos de uso tópico e sistêmico em dermatologia;
12. Avaliar as principais indicações do uso geral de aparelhos para tratamentos
físicos como crioterapia, terapia fotodinâmica, fototerapia, bases da radioterapia, laseterapia e
outras fontes de energia não laser;
13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência;
14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares;
15. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
16. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
17. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
70
18. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o
entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;
TERCEIRO ANO (R3)
Consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do
exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade e acréscimo do treinamento em
questões clínico-cirúrgicas dermatológicas mais avançadas.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO
1. Dominar a indicação das terapêuticas medicamentosa, física e cirúrgica das
doenças dermatológicas genéticas, inflamatórias (infecciosas e não infecciosas) e neoplásicas,
suas eficácias, segurança e custo;
2. Dominar o manejo geral de aparelhos para tratamentos físicos como crioterapia
e fototerapia. Avaliar o manejo da terapia fotodinâmcia e laserterapia e outras fontes de energia
não laser;
3. Realizar exames dermatoscópicos de rotina e analisar a indicação e do
mapeamento digital corporal;
4. Avaliar os padrões avançados de complexidade de análise em micologia, em
dermatopatologia e em tricologia;
5. Dominar as indicações dos tratamentos mais complexos em dermatologia, como
o uso de agentes imunossupressores, terapias alvo e imunobiológicos;
6. Dominar a técnica de procedimentos dermato-cosmiátricos de maior
complexidade incluindo correção de cicatrizes e técnicas cirúrgicas de repigmentação;
7. Dominar procedimentos cirúrgicos de maior complexidade na abordagem de
tumores cutâneos e ungueais;
8. Responsabilizar-se por seu aprendizado continuado;
9. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos
adversos de medicamentos imunobiológicos e biossimilares para uso em doenças
dermatológicas;
10. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas
limitações;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
71
11. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação;
12. Produzir um artigo científico.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretaria Executiva
JOSÉ A. SANCHES
Presidente da SBD
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 200/201)
RESOLUÇÃO Nº 9, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Neurocirurgia.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Neurocirurgia possui
duração de cinco anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação
vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
19 de abril de 2017 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica
de Neurocirurgia, resolve:
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
72
Art. 1º Fica aprovada a Matriz de Competências dos Programas de Residência
Médica em Neurocirurgia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.
Art.2º Fica revogado o item 38 do anexo da Resolução CNRM nº 2, de 17 de maio
de 2006, dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: NEUROCIRURGIA
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos na área da Neurocirurgia a adquirir as competências
necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia e eficiência as afecções neurocirúrgicas,
promover a formação de um especialista, capaz de desenvolver e executar programas de
assistência, ensino e pesquisa nas áreas de abrangência da neurocirurgia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Selecionar, nos casos concretos, sobre as vantagens e desvantagens de cada
procedimento cirúrgico.
Responsabilizar-se pela sua educação continuada.
1º ANO DE TREINAMENTO
Dominar as bases da morfologia, função e principais processos patológicos que
envolvem o sistema nervoso.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1
1- Identificar o nível de consciência do paciente pela Escala de Coma de Glasgow
(ECGla), determinar as condições de risco iminente de morte e adotar as medidas adequadas de
reanimação e apoio.
2-Dominar as técnicas de história clínica e exame neurológico com a
sistematização dos dados obtidos a fim de estabelecer os diagnósticos sindrômico, topográfico e
etiológico básicos em Neurologia.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
73
3- Realizar anamnese e exames físico e neurológico, bem como ser capaz de
identificar e estabelecer o diagnóstico clínico do paciente em morte encefálica
4- Analisar e avaliar os exames complementares iniciais de diagnósticos
nosológicos e etiológicos.
5- Avaliar os limites e riscos envolvidos nos seguintes procedimentos: Punção
Lombar para obtenção de líquido cefalorraquidiano, eletroencefalograma, radiografias simples do
crânio e coluna vertebral, tomografia computadorizada do crânio e coluna vertebral (sem e com
contraste).
6- Dominar a técnica de punção liquórica para obtenção de líquido céfalo-
raquidiano.
7- Avaliar e executar punção lombar para coleta de líquor e realizar provas
manométricas.
8- Avaliar e executar as condutas básicas nas principais emergências
neurológicas/neurocirúrgicas: Doença Vascular Cerebral Isquêmica e Hemorrágica, Traumatismo
Cranioencefálico e Traumatismo raquimedular, Hipertensão Intracraniana, Epilepsia e Infecção
do Sistema Nervoso Central
9- Dominar os conceitos básicos de embriologia, anatomia macroscópica e
microscópica das estruturas do SNC, parênquima, ventrículos, nervos cranianos e espinhais,
liquido cérebro-espinhal e vascularização.
10- Analisar as características especiais do fluxo sanguíneo e do metabolismo
cerebral, barreira hemato-encefálica e hemato-liquórica.
11- Analisar os mecanismos dos controles segmentar e supra segmentar da
motricidade, bem como áreas responsáveis por funções corticais superiores, noções básicas da
avaliação clínica eletrofisiológica: EEG, ENMG e potenciais evocados.
12 - Dominar a avaliação clínica e atendimento inicial ao politraumatizado com TCE
e/ou TRM, identificar e analisar as principais doenças vasculares do encéfalo e conhecer a
fisiopatologia e o tratamento.
13 - Avaliar os principais tipos de coma e estabelecer medidas iniciais no
tratamento, identificar e tratar uma crise convulsiva; conhecer e analisar as principais etiologias
da epilepsia e reconhecer e explicar a indicação cirúrgica.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
74
14 - Reconhecer e analisar os aspectos biológicos e identificar e analisar as
manifestações clínicas das neoplasias do sistema nervoso.
15 - Analisar as radiografias simples, tomografia computadorizada do crânio e da
coluna vertebral nas doenças traumáticas.
16. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas
quando se fizer necessário
17. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados
clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,
com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo
atualizado;
18. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente
e/ou seu responsável legal;
19. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes.
20. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento
2º ANO DE TREINAMENTO
Desenvolver um profissional apto a realizar o diagnóstico clínico, estabelecer as
linhas de investigação a serem realizadas e iniciar os procedimentos clínicos e cirúrgicos
estabelecidos cientificamente. Capacidade para leitura e interpretação dos principais exames de
neuroimagem
Capacidade de orientar o pré e o pós-operatório das principais doenças
neurocirúrgicas.
Ter adquirido noções básicas de Neurointensivismo.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2
1. Interpretar e avaliar as principais linhas, planos e projeções utilizados em
radiografias simples de crânio e coluna vertebral.
2. Reconhecer e analisar as anomalias congênitas, os sinais de hipertensão
intracraniana e as fraturas nas radiografias simples de crânio e coluna vertebral. Conhecer e
descrever os princípios da formação de imagem por tomografia computadorizada e ressonância
magnética de crânio e coluna, bem como identificar e analisar os principais tipos de lesões
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
75
traumáticas, expansivas, congênitas e acidentes vasculares e ser capaz de identificar e analisar
na arteriografia encefálica os sistemas carotídeos e vertebro basilar, com seus respectivos
principais ramos.
3. Analisar e avaliar os princípios de pré e pós-operatório em neurocirurgia,
conhecer e analisar os princípios gerais de neurointensivismo, conhecer e analisar os princípios
gerais em neuroanestesia e ser capaz de identificar, avaliar e estabelecer o diagnóstico clínico e
tomar as medidas iniciais no tratamento (monitorização) da hipertensão intracraniana.
4. Conhecer e analisar os princípios gerais da cirurgia intracraniana.
5. Ser o cirurgião auxiliar, sempre sob supervisão de um preceptor, em cirurgias
de: Lesões congênitas do encéfalo e da medula espinhal, Hidrocefalias, Traumatismo
cranioencefálico, Traumatismo raquimedular, Traumatismo de plexos e nervos periféricos
6. Conhecer e analisar a classificação, quadro clínico, diagnóstico e tratamento das
hidrocefalias, quanto a procedimentos como derivação ventricular externa e derivação ventrículo-
peritoneal e atrial.
7. Dominar o tratamento cirúrgico dos afundamentos cranianos simples e
hematomas intracranianos traumáticos.
8. Dominar a instalação do dispositivo de tração esquelética craniana nas fraturas
de coluna cervical que necessitem de redução e conhecer e analisar os princípios gerais da
cirurgia raquimedular.
9. Identificar, analisar, avaliar e diagnosticar as lesões traumáticas do plexo
braquial e dos principais nervos periféricos.
10. Conhecer e avaliar os princípios básicos de instrumentação em neurocirurgia e
auxiliar, no campo operatório, as cirurgias de malformações congênitas raquimedulares.
11. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética
médica;
12. Dominar a comunicação verbal e não verbal.
3º ANO DE TREINAMENTO
Desenvolver um profissional apto a realizar o diagnóstico neurocirúrgico,
estabelecer, interpretar e avaliar os exames complementares relevantes e executar atos
neurocirúrgicos sob supervisão de neurocirurgião da Unidade ou preceptor designado pelo
mesmo.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
76
Assegurar que ao final do 3º ano, o residente alcance as seguintes competências e
conhecimentos para interpretar laudos neuropatológicos e correlacioná-los com os próximos
passos na orientação ao paciente neurocirúrgico
Desenvolvera aptidão para participar como cirurgião auxiliar ou como cirurgião de
ato cirúrgico tutorado por preceptor da Unidade de Treinamento. A participação poderá ser
efetuada totalmente ou em parte de um elenco de procedimentos no adulto e na criança, para os
quais seja considerado apto e inclui: Como cirurgião: Abscesso / empiema intracraniano,
Craniotomia descompressiva, Hemorragia parenquimatosa espontânea, Tumores ósseos do
crânio e Como auxiliar:Doenças degenerativas da coluna, Tumores intracranianos supra e
infratentoriais, Tumores intra-raquidianos e da coluna vertebral, Aneurismas e malformações
vasculares.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R3
1.. Ter noções da reação do sistema nervoso central aos principais processos
patológicos: inflamatórios, traumáticos e isquêmicos, identificar as características
macroscópicas, características anatomopatológicas e conhecer o comportamento biológico dos
principais tumores do sistema nervoso central, ter noções da patologia das lesões vasculares,
traumáticas, infecciosas e parasitárias do sistema nervoso.
2. Avaliar as alterações da angiografia medular nas principais doenças do canal
raquidiano., conhecer as alterações da ressonância magnética encefálica nas principais doenças
do SNC., conhecer os princípios gerais do neurointensivismo e noções dos princípios gerais em
neuroanestesia.
3. Identificar as manifestações clínicas, efetuar o diagnóstico radiológico, conhecer
o tratamento medicamentoso e saber indicar o tratamento cirúrgico da hipertensão intracraniana,
lesões cerebrais e medulares congênitas, traumatismos cranianos e raquidianos.
4. Avaliar as manifestações clínicas e efetuar o diagnóstico, analisar os
mecanismos de regeneração e indicação dos exames eletrofisiológicos e saber indicar o
tratamento cirúrgico das lesões traumáticas de plexos e nervos periféricos.
5. Aplicar os princípios básicos do atendimento ao politraumatizado (ATLS).
6. Realizar o tratamento cirúrgico dos processos infecciosos parasitários cerebrais
e medulares, da isquemia cerebral (craniotomias descompressivas) e da hemorragia
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
77
parenquimatosa espontânea encefálica, tratamento dos tumores ósseos do crânio e da coluna
vertebral
7. Participar como auxiliar do tratamento: Tumor supra e infratentoriais, Tumores
raquidianos e medulares, Hérnias discais / Espondilose, Aneurismas e malformações vasculares
8. Dominar o conhecimento sobre do microscópio cirúrgico quanto ao manuseio e
cuidados na preservação do equipamento.
9. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
10. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
11. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
4º ANO DE TREINAMENTO
Desenvolver o diagnóstico neurocirúrgico, estabelecer e interpretar os exames
complementares relevantes e executar atos neurocirúrgicos sob supervisão de neurocirurgião da
Unidade ou preceptor designado de treinamento e em continuidade com o Programa de
Formação do Neurocirurgião.
Assegurar que, ao final do 4º Ano, o residente alcance as seguintes competências:
Aptidão para participar, como cirurgião auxiliar ou como cirurgião, de ato cirúrgico
tutorado por preceptor da Unidade de Treinamento. A participação poderá ser efetuada
totalmente ou em parte de um elenco de procedimentos, na criança e no adulto, para os quais
seja considerado apto e inclui: Doenças degenerativas da coluna, Abscesso / empiema
intracraniano, Isquemia cerebral, Hemorragia parenquimatosa espontânea, Tumores ósseos do
crânio e da coluna vertebral, Disrafismos fechados e cirurgia de nervos periféricos, Cirurgia de
instrumentação de coluna, Tumores intracranianos supra e infratentoriais, Tumores intra-
raquidianos extramedulares, Neurocirurgia funcional, Malformações arteriovenosas. Como
cirurgião: Cirurgia dos aneurismas intracranianos e Tumores da base do crânio
Dominar as bases dos princípios das terapias adjuvantes incluindo quimioterapia,
radioterapia e radioterapia estereotactica do sistema nervoso central.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R4
1. Dominar os princípios básicos da biologia molecular dos tumores do sistema
nervoso e da execução da técnica de realização de angiografias e procedimentos
endovasculares, conhecer as indicações neurocirúrgicas para o tratamento da dor e dos
movimentos anormais e para biópsias estereotáctica
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
78
2. Avaliar as indicações do tratamento cirúrgico e as técnicas cirúrgicas
empregadas no tratamento cirúrgico dos tumores da hipófise, bem como da terapêutica
complementar, dominar os princípios e as principais indicações de diagnóstico e do tratamento
por neuroendoscopia e avaliar as indicações e as abordagens e técnicas cirúrgicas empregadas
do tratamento cirúrgico da epilepsia.
3. Avaliar as indicações do tratamento cirúrgico e técnicas endovasculares, bem
como as técnicas cirúrgicas, empregadas no tratamento dos aneurismas cerebrais e avaliar as
indicações do tratamento cirúrgico e do tratamento complementar e as técnicas cirúrgicas
empregadas das malformações arteriovenosas do encéfalo e da medula espinhal, dos tumores
encefálicos e da base do crânio, dos disrafismos espinhais e da cirurgia de instrumentação de
coluna.
4. Habilitar-se a utilizar o microscópio cirúrgico, o instrumental microcirúrgico, as
técnicas microcirúrgicas de dissecação e a executar exercícios complexos de microcirurgia em
animais de laboratório (microdissecações, enxertos arteriais e venosos e anastomoses de nervos
periféricos), efetuar dissecações microcirúrgicas em espécimes humanos.
5. Indicar a eletrofisiologia intraoperatória, reconhecendo as limitações da técnica e
interpretar os principais achados, em cirurgias dos nervos periféricos, da coluna vertebral e intra-
raquidianas, dos tumores intracranianos.
6. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética
médica;
7. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência;
8. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares;
5º ANO DE TREINAMENTO
Realizar o diagnóstico neurocirúrgico, estabelecer e interpretar os exames
complementares relevantes e executar atos neurocirúrgicos.
Aptidão para participar como cirurgião auxiliar ou como cirurgião de ato cirúrgico
tutorado por preceptor da Unidade de treinamento. A participação poderá ser efetuada
totalmente ou em parte de um elenco de procedimentos para os quais seja considerado apto e
inclui: Doenças degenerativas da coluna, Abscesso / empiema intracraniano, Craniotomia
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
79
descompressiva, Hemorragia parenquimatosa espontânea, Tumores ósseos do crânio e da
coluna vertebral, Disrafismos espinhais, Cirurgia dos nervos periféricos, Cirurgia de
instrumentação de coluna, Tumores intracranianos supra e infratentoriais, Tumores intra-
raquidianos, Neurocirurgia funcional, Cirurgia dos aneurismas intracranianos, Malformações
arteriovenosas do encéfalo e medula espinhal, Tumores da base do crânio
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R5
1.Coordenar as Unidades de internação do serviço de Neurocirurgia, as atividades
de pré e pós-operatório nas Unidades de internação e supervisionar as atividades dos residentes
menos graduados.
2. Exercer as seguintes áreas de atuação: funcional, vascular e base de crânio,
com atividades de enfermaria, ambulatório e centro cirúrgico.
3. Ser capaz de conduzir atos cirúrgicos complexos sob supervisão, tais como:
Cirurgias dos aneurismas Cerebrais, Cirurgias das malformações do SNC, Microcirurgia dos
tumores cerebrais supra e infratentoriais, Cirurgias hipofisárias, por via microscópica e/ou
endoscópica, Tumores intramedulares, Artrodeses e instrumentação da coluna vertebral por via
anterior e posterior, neuroendoscopia cerebral, Cirurgia do plexo braquial, Microcirurgia dos
tumores de órbita, Microcirurgia dos tumores de base de crânio, Descompressão neurovascular
intracraniana, Tratamento microcirúrgico da hérnia discal torácica e cervical, Cirurgia da dor,
Biopsia estereotáctica, Cirurgia vascular extracraniana
4. Saber indicar a eletrofisiologia intraoperatória, reconhecendo as principais
limitações da técnica e interpretar os principais achados, em cirurgias vasculares intracranianas
e intrarraquianas, nos tumores intracranianos profundos e da base do crânio e em
procedimentos funcionais.
Atitudes comportamentais de um profissional durante e ao final do 5o ano de
treinamento:
1. Valorizar o cuidado do paciente com doenças neurocirúrgicas.
2. Compreender o trabalhar em equipe num serviço de Neurocirurgia, nos seus
diferentes setores: enfermarias, UTI, ambulatórios e centro cirúrgico.
3. Julgar o escopo da responsabilidade que o neurocirurgião assume com a família
e com os médicos que encaminharam o paciente.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
80
4. Reconhecer limitações e recorrer à supervisão de preceptores ou outros
hierarquicamente superiores, quando apropriado.
5. Demonstrar capacidade e de receber orientações construtivas.
6. Executar tarefas com comportamento profissional, envolvendo as áreas de
assistência, vestimenta, postura e na conduta em geral.
7. Respeitar a privacidade de informação do paciente.
8. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas
limitações;
9.Produzir um artigo científico.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretaria Executiva
RONALD DE LUCENA FARIA
Presidente da SBN
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 201/202)
RESOLUÇÃO Nº 10, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas
de Residência Médica em Cirurgia Oncológica.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a atribuição da Comissão Mista de Especialidade (CME)
composta pela CNRM, AMB e CFM, em definir as especialidades médicas no Brasil;
CONSIDERANDO a resolução CFM 2.148/2016 que homologa a Portaria 1/2016
da Comissão Mista de Especialidade em seu art. 1º "O Conselho Federal de Medicina (CFM), a
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
81
Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)
reconhecerão as mesmas especialidades e áreas de atuação";
CONSIDERANDO a resolução CFM 2.162/2017 que homologa a Portaria 1/2017
da Comissão Mista de Especialidade que estabeleceu a Cirurgia Oncológica como especialidade
médica;
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia Oncológica
possui duração de três anos, acesso com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-
requisito em Área Cirúrgica Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação
vigente;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
22 de setembro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência
médica de Cirurgia Oncológica, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de
Cirurgia Oncológica, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 2oA partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em
Cirurgia Oncológica terão a obrigatoriedade da aplicação desta matriz de Competências.
Art.3º Os programas de Residência Médica, previamente denominados de
Cancerologia/Cancerologia Cirúrgica, passam a denominar-se Programas de Residência Médica
em Cirurgia Oncológica, em consonância com o nome da Especialidade Médica referida.
Art. 4º Revogar o item 5.B dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM 2, de 17 de maio de 2006 e a Resolução CNRM 07, de 05 de
setembro de 2006.
Art. 5º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da CNRM
ANEXO
Matriz de Competência: Cirurgia Oncológica
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
82
Objetivos Gerais
Capacitar o médico residente de Cirurgia Oncológica a realizar o diagnóstico e
tratamento cirúrgico das afecções oncológicas cirúrgicas, conhecer as opções não operatórias e
desenvolver pensamento crítico-reflexivo, tornando-o progressivamente responsável e
independente. Valorizar e ser por sua educação continuada.
Objetivos Específicos
Executar o atendimento ao paciente oncológico, nos âmbitos individual e coletivo,
com geração de vínculo na relação interpessoal e de identidade enquanto membro do sistema
de saúde, realizar o plano diagnóstico e de tratamento para as afecções na sua área de atuação,
nos cenários de prática ambulatorial e hospitalar, nos diferentes níveis de atenção à saúde, com
intervenções de promoção, prevenção e recuperação, indicar e executar o tratamento cirúrgico e
desenvolver o pensamento crítico e reflexivo ao conhecimento científico e a sua prática
profissional, tornando-o progressivamente autônomo.
Praticar a comunicação verbal e não verbal com empatia, comprometido com o seu
paciente.
Dar seguimento à sua educação continuada buscando manter a sua competência
diante do desenvolvimento do conhecimento com profissionalismo, compreensão dos
determinantes sociais do processo de saúde e de doença e de exercer a liderança horizontal na
equipe interdisciplinar e multiprofissional de saúde.
Ao término do R1
1. Formular hipóteses para o diagnóstico e diagnósticos diferenciais das afecções
oncológicas e indicar os exames complementares pertinentes e a terapêutica;
2. Dominar anatomia cirúrgica, resposta endócrino-metabólica ao trauma e nutrição
em cirurgia;
3. Indicar e interpretar os principais exames de imagem;
4. Conduzir o preparo do paciente no pré-operatório;
5. Dominar a epidemiologia e etiologia do câncer;
6. Avaliar a biologia de tumores, notadamente o processo de transformação de
célula normal em tumoral; mutações em oncogenes, genes supressores de tumores, proteínas
de reparo, e correceptores imunológicos; vias de sinalização celular e fundamentos e limitações
das técnicas e dos testes moleculares;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
83
7. Avaliar a prevalência da desnutrição e das suas repercussões no tratamento do
paciente de oncológico;
8. Valorizar o Sistema Público de Saúde, suas propriedades e possibilidades,
consciente dos mecanismos utilizados para concessão de medicamentos para os pacientes de
acordo com as normas vigentes;
9. Dominar o estadiamento de tumores: conhecimento da classificação TNM e
implicações prognósticas e terapêuticas; diferença entre estadiamento clínico e patológico;
diferenças entre estadiamento patológico com ou sem tratamento neoadjuvante; "Stage
migration" como consequência de testes mais sensíveis;
10. Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares,
considerando valores e crenças;
11. Avaliar e praticar os conceitos fundamentais da ética médica;
12. Analisar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
13. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o
entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;
14. Estabelecer relação respeitosa com demais médicos e equipe multiprofissional,
além dos demais funcionários da Instituição;
15. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados
clínicos para a condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com
data, hora, assinatura e número do registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo
atualizado;
16. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente
e/ou seu responsável legal;
17. Acompanhar o paciente da internação até a alta hospitalar, produzir relatório
específico para continuidade terapêutica e seguimento clínico;
18. Dominar o diagnóstico, plano terapêutico e as seguintes técnicas cirúrgicas nos
canceres das regiões:
1. Mama tumorectomia (excérese) de nódulos, biópsia incisional, biópsias de lestes
cutâneas da mama e drenagens e/ou aspiração de seromas.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
84
2. Cabeça e Pescoço: - nasofibrolaringoscopia, biopsias, traqueostomias eletivas,
tireoidectomias sem esvaziamento e ressecção de glândula submandibular.
3. Parede Torácica: drenagens torácicas, Pleurodese e biópsias de pleura
4. Trato digestivo alto e baixo: Cirurgias Paliativas (gastrostomia,
gastroenteroamasto-mose, jejunostomia), Fechamento de ileostomia ou colostomia, Ressecção
de lesões do canal anal
5. Aparelho reprodutor feminino: Colposcopia e Curetagem uterina diagnóstica,
Salpingooforectomia via abdominal, Laparoscopia diagnóstica e Histerectomia extra-fascial via
abdominal
6. Orquiectomia subcapsular e Ressecção de lesões para diagnóstico ou
terapêutica do pênis.
7. Pele e tecido ósseo e conjuntivo: Melanomas- Biópsias e Ampliações de
margem e não melanoma - Ressecções locais e Biópsias.
Ao Término do R2
Dominar o atendimento aos pacientes críticos (unidade de terapia intensiva e na
emergência) e identificar e tratar as principais complicações clínicas pós-operatórias;
1. Compreender as bases da imunologia e imunoterapia no câncer. Orientar as
indicações de vacinas para os pacientes oncológicos sob seus cuidados;
2. Dominar o conceito de Prevenção em Oncologia e articular em sua prática
diária: "Overdiagnosis": conceito e impacto; Prevenção primária, secundária e terciária;
Mudanças de hábitos em prevenção primária; Quimioprevenção em mama, cólon, próstata,
cabeça e pescoço e tumores ginecológicos; Prevenção em pacientes com síndromes
hereditárias de risco;
3. Dominar os princípios da oncologia clínica;
4. Dominar os princípios da radioterapia;
5. Compreender o diagnóstico, métodos laboratoriais e patologia Molecular;
6. Analisar os princípios de pesquisa clínica voltadas ao câncer;
7. emonstrar conhecimento sobre os métodos de imagem, indicações e
interpretação, no diagnóstico e tratamento dos cânceres mais prevalentes;
8. Dominar o diagnóstico, plano terapêutico e as seguintes técnicas cirúrgicas nos
canceres das regiões:
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
85
1. Ressecção de setor Mamário (Segmentectomia, Quadrantectomias),
Mastectomia simples, Dutectomia, Centralectomias e Estudo de linfonodo sentinela
2. Cabeça e Pescoço: Tireiodectomia sem esvaziamento, Ressecção simples de
tumor de boca, Ressecção simples de tumor de lábio, Reconstruções simples e Esvaziamentos
cervicais seletivos.
3. Neoplasias do Tórax: Pleuroscopia Videotoracoscopia diagnóstica,
Mediastinoscopia diagnóstica e Toracectomia com ou sem reconstrução
4. Trato digestivo alto e baixo: Gastrectomias paliativas parciais, total e subtotal,
Derivações biliares, Ressecção hepática em cunha, Pancreatectomias corpo-caudais abertas,
Cirurgias paliativas (colon, reto, ânus) e Urgências oncológicas: Colectomias e
Retossigmoidectomia.
5. Aparelho reprodutor feminino: Conização clássica e cirurgia de alta frequência,
Vulvectomia parcial, Colpectomia, Cirurgia de estadiamento e Salpingooforectomia laparoscópica
6. Aparelho Genito urinário masculino: Orquiectomia total bilateral, Cistoscopia
diagnóstica, Cistectomia parcial e Amputações parciais / totais de pênis
7. Pele e tecido ósseo e conjuntivo: Melanomas-Ampliação de margem com
pesquisa do linfonodo sentinela e Reconstruções com retalhos miocutâneos simples e não
melanoma: Ressecções profundas e Reconstruções com rotação de retalho e enxerto de pele.
8. Acessos vasculares no paciente oncológico: Acesso para quimioterapia venosa-
Passagem e retirada de cateter port cath para quimioterapia venosa.
9. Cirurgias de Urgência em Oncologia: Urgências oncológicas: Traqueostomia de
urgência, Diagnóstico e condução de neutropenia febril, Tratamento de pneumotórax,
Toracocentese de alívio, Paracentese de alívio e Diagnóstico condução de compressão medular
neoplásica
10. Dominar a realização de laparotomias e laparoscopias diagnósticas e para
estadiamento de afecções neoplásicas benignas e malignas;
Ao término R3
1. Manejar o suporte para os pacientes e familiares nos casos de medicina
paliativa e de terminalidade da vida;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
86
2. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
demonstrando seus conhecimentos e sua liderança no sentido de minimizar eventuais
complicações, mantendo consciência de suas limitações;
3. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética
médica;
4. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência;
5. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares e técnicas cirúrgicas;
6. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
7. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
8. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
9. Compreender a aplicabilidade da Cirurgia Robótica;
10. Dominar o diagnóstico, plano terapêutico e as técnicas cirúrgicas nos canceres
das seguintes regiões
1. Mama - Ressecção de Setor mamário com linfadenectomia axilar-
Centralectomia com linfadenectomia axilar, Mastectomia radical, Mastectomia radical modificada,
Linfadenectomia axilar, Exérese de lesão mamária por marcação estereotáxica,Resgate em
recidiva loco-regionais de pequeno porte em câncer de mama e Resgate em recidiva loco-
regionais de grande porte em câncer de mama com toracectomias
2. Cabeça e Pescoço: Tireiodectomia com esvaziamento, Parotidectomia e Cirurgia
de resgate; Cavidade Oral- Reconstruções simples, Esvaziamentos cervicais, Mandibulectomia e
Glossectomia e Laringe: Esvaziamentos cervicais
3. Neoplasias do Tórax: Pulmão- Cunha/nodulectomia aberta, Lobectomias
segmentares e Pneumectomia.
4. Trato digestivo alto e baixo: Esofagectomias abertas, Gastrectomias total e
subtotal D2, abertas e Degastrogastrectomias; Duodenopancreatectomia aberta,
Pancreatectomia corpo-caudal aberta, Ressecções hepáticas segmentares, Hepatectomias
direita e esquerda e Ressecção hepática em cunha; Colectomia aberta, Retossigmoidectomia
aberta com excisão mesorretal total, Amputação abdomino-perineal aberta, Exenterações
pélvicas, Derivacões urinárias em Bricker ou colostomia úmida, Cirurgias para recidivas
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
87
locorregionais, Cirurgia citorredutora para metástases peritoneais e Ressecões de Tumores
retroperitôneais
5. Aparelho reprodutor feminino: Colo e corpo do útero: Histerectomia tipo B e C
aberta, Linfadenectomia pélvica aberta, Linfadenectomia retroperitoneal aberta, Exenterações
pélvicas com reconstrução urinária, Vulvectomia radical e Linfadenectomia inguinofemoral e
Citorredução cirúgicade tumores de ovário.
6. Aparelho Genito urinário masculino: Prostatectomia radical, Cistoprostatectomia
radical, Exenterações pélvicas anteriores com derivações urinárias, Linfadenectomias
retroperitoneais em tumores de testículo, emasculação, Linfadenectomia inguino-ilíaca em
câncer de pênis, Nefrectomias parciais / radicais e Suprarenalectomia
7. Pele e tecido ósseo e conjuntivo: Melanomas: Reconstruções com retalhos
miocutâneos complexos e não melanoma: Linfadenectomias topográficas e Ressecções
alargadas com grupos musculares e ou osso/vasos
8. Cirurgias de Urgência em Oncologia: Condução de paciente com obstrução
intestinal, Cirurgia em paciente com hemorragia intra-abdominal; Condução de pacientes com
fístulas digestivas, Condução de síndrome compartimental abdominal, Condução de síndrome de
compartimento em membros e Condução de paciente com sangramento tumoral
11. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação e apresentá-
lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar publicamente;
12. Compreender os princípios da Cirurgia Robótica em Oncologia:
particularidades, indicações e riscos;
13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente
mantendo os padrões de excelência. Avaliar a relação custo/benefício para as boas práticas na
indicação de medicamentos e exames complementares;
14. Analisar as Síndromes de Predisposição Hereditária e orientação
oncogenética;
15. Manter constante seus processos de aprendizagem (aprender a aprender)
buscando melhorar sua expertise, procurando sempre prestar um atendimento de qualidade
máxima;
16. Aplicar seus conhecimentos e habilidades na prevenção da doença e na
promoção da saúde;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
88
17. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os
procedimentos oncológicos, desde pequeno a grande porte.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretaria Executiva
CLAUDIO DE ALMEIDA QUADRO
Presidente do SBCO
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 202/203)
RESOLUÇÃO Nº 11, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Anestesiologia no Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011 e
Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária ordinária de
21 de junho de 2017, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de
Anestesiologia, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 2o. A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em
Anestesiologia terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.
Art. 3º Revogar o item 03 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica
da Resolução CNRM 2 de 17 de maio de 2006.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
89
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ANESTESIOLOGIA
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos na área da Anestesiologia a adquirir as competências
necessárias a realizar anestesia aos diversos procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Realizar avaliação pré-anestésica do paciente que será submetido a anestesia e/ou
analgesia, utilizando o domínio dos conteúdos das informações gerais, exame clínico do paciente e
interpretação dos exames complementares.
2. Indicar exames à realização do procedimento anestésico-cirúrgico.
3. Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com a finalidade de diminuir o risco
operatório.
4. Estratificar o risco anestésico-cirúrgico e decidir sobre a possibilidade de realização da
anestesia.
5. Dominar as técnicas anestésicas e suas variantes específicas.
6. Dominar e aplicar os conhecimentos da anatomia, fisiologia e farmacologia dos diversos
órgãos e sistemas.
7. Realizar a anestesia com segurança em todas as suas etapas.
8. Identificar e tratar as complicações clínicas durante o intra e pós-operatório.
9. Produzir um artigo científico.
10.Executar tarefas crescentes em complexidade durante as anestesias, incorporando
novas habilidades psicomotoras progressivamente no treinamento.
Competências por ano de treinamento
Primeiro ano- R1
Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos da anestesiologia.
Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de intubação orotraqueal, venóclise
periférica e central, anestesia do neuroeixo entre outras, sob supervisão. Avaliar as condições clínicas do
paciente antes do ato anestésico e decidir pela melhor estratégia a ser adotada.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO
1- Reunir na avaliação pré-anestésica informações acuradas e essenciais do paciente e
suas queixas, bem como o exame físico completo, geral e específico.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
90
2. Reconhecer e interpretar a avaliação da via aérea difícil e manuseá-la com segurança,
obedecendo aos protocolos referendados.
3. Interpretar a anatomia vascular. Realizar venóclises: periférica e central.
4. Avaliar e realizar anestesias com abordagem no neuroeixo.
5. Instalar e interpretar a monitorização básica, bem como realizar o necessário para
manutenção do equilíbrio clínico do paciente.
6. Analisar e utilizar materiais, equipamentos e fármacos da prática da anestesia.
7. Analisar e realizar as diferentes técnicas de anestesia geral.
8. Usar marcapasso externo, assim como desfibrilador de pás externas para tratar
arritmias indesejáveis durante a cirurgia. Realizar reanimação cardiorrespiratória.
9. Identificar e tratar as causas de sangramento e de outras complicações anestésicas
intra e pós-operatório (sala de recuperação pós anestésicos).
10. Dominar o tratamento das arritmias cardíacas mais prevalentes no intra-operatório e no
pós-operatório imediato.
11. Analisar as causas de infecção cirúrgica e preveni-las.
12. Diagnosticar, avaliar e tratar os diversos tipos de choque.
13. Identificar, avaliar e tratar insuficiência respiratória.
14. Analisar as diversas formas de ventilação.
15. Avaliar e realizar a intubação e extubação traqueal.
16. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, respeitando
valores culturais, crenças e religião dos pacientes.
17. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica.
18. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
19. Avaliar e realizar a intubação e extubação traqueal.
Segundo Ano - R2
Realizar a avaliação pré-anestésica e planejamento anestésico a cirurgias de médio e
grande porte. Adquirir maior desenvolvimento dos procedimentos invasivos como punção arterial e
acesso venoso central guiado por ultrassonografia ou não. Neste ano os conhecimentos sobre avaliação
e tratamento da dor aguda serão mais explorados com abordagem, também, da analgesia controlada
pelo paciente por vias sistêmica e epidural. Receberá maior enfoque para tratamento intensivo de
pacientes cirúrgicos no ambiente da terapia intensiva e na sala de recuperação pós-anestésica. A
habilidade na manipulação da via aérea deverá abranger preparo da via aérea com anestesia regional e
tópica e uso de dispositivos ópticos (videolaringoscópio, fibroscopia básica), além do completo domínio
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
91
da manipulação de dispositivos supra-glóticos. Nas atividades práticas o residente do segundo ano deve
priorizar cirurgias de médio ou grande porte.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO
1. Avaliar e planejar a anestesia para cirurgia de médio e pequeno porte.
2. Dominar as diversas técnicas de anestesia geral e bloqueio de neuroeixo.
3. Demonstrar segurança na condução da anestesia mantendo-se atento aos detalhes e
obedecendo aos princípios da boa prática.
4. Dominar a montagem das bombas de infusão e as linhas de perfusão.
5. Avaliar e dominar as técnicas de tratamento da dor aguda.
6. Analisar, diagnosticar e tratar as complicações anestésicas intra-operatórias e pós-
operatórias na sala de recuperação pós-anestésica.
7. Dominar o uso do desfibrilador de pás para tratar arritmias e/ou parada cardíaca durante
a cirurgia.
8. Dominar o manuseio do aparelho de anestesia micro-processado.
9. Dominar o manuseio dos monitores básicos e avançados.
10. Avaliar a via aérea difícil e dominar o algoritmo de controle.
11.Conduzir anestesias para re-intervenção por sangramento no pós-operatório, com e
sem comprometimento hemodinâmico.
12. Conduzir adequadamente o paciente para terapia intensiva.
13. Avaliar e realizar bloqueios anestésicos e acessos vasculares guiados por
ultrassonografia.
Terceiro Ano - R3
Ter visão global do paciente a ser submetido a procedimentos cirúrgicos, desde seu
preparo, visando otimização prévia, até manejo intensivo pós-operatório, estratificando riscos dos
diferentes órgãos e sistemas (risco pulmonar; risco renal, delirium, cardíaco e neurológico). Ter domínio
no manejo das vias aéreas, reposição volêmica e transfusão de hemocomponentes, bem como adequada
correção de coagulopatias. Realizar anestesia para cirurgias de grande porte como cirurgia cardíaca,
transplantes em geral, principalmente o receptor do transplante hepático e anestesias para cirurgias
pediátrica e obstétricas, bem como para procedimentos diagnósticos e terapêuticos fora do centro
cirúrgico, incluindo os de alta complexidade, tais como a radiologia vascular. Realizar acesso vascular
central e bloqueios periféricos guiados pela ultrassonografia. Ter adequado comportamento tanto
assistencial, no cuidado do paciente como na relação com colegas e assistentes.
Desenvolver compromisso com sua formação, tanto teórica, quanto prática e científica,
com a entrega no período adequado do trabalho de conclusão de curso.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
92
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO
1. Dominar a avaliação pré-anestésica, com orientações ao paciente e elaboração do
relatório final do atendimento.
2. Comunicar-se efetivamente com médicos, outros profissionais de saúde e serviços de
saúde relacionados, notadamente com o cirurgião durante ato operatório quanto às variações dos
parâmetros fisiológicos capazes de interferir desfavoravelmente no resultado imediato da anestesia ou da
cirurgia.
3. Avaliar e dominar os diversos tipos de técnicas anestésicas.
4. Dominar a indicação da técnica anestésica e conduzi-la operacionalizando de forma
racional com os recursos disponíveis.
5. Dominar o uso de todos os aparelhos e monitores utilizados na anestesia.
6. Dominar a escolha de fármacos anestésicos, os adjuvantes e outros de uso na
anestesia.
7. Julgar o uso dos instrumentos de manipulação da via aérea.
8. Escolher a melhor analgesia intra e pós-operatória.
9. Julgar e otimizar a hemodinâmica pré-operatória do paciente com cristalóides, colóides
ou transfusão sanguínea/autotransfusão, observando as medidas dos parâmetros fisiológicos e o
comportamento cardiovascular.
10. Avaliar arritmias pelo ECG, instituindo o tratamento.
11. Avaliar as vantagens e desvantagens de cada técnica anestésica utilizada.
12. Decidir, durante a anestesia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas
cientificamente, no intuito de resolver dificuldades inesperadas.
13. Avaliar, planejar e executar os passos de um determinado procedimento de forma
sequencial e organizada.
14. Comunicar-se de forma clara e objetiva com cada componente da equipe para
obtenção de melhores desfechos.
15. Avaliar e tratar as complicações mais frequentes da anestesia.
16. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;
17. Produzir um artigo científico.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
RICARDO ALMEIDA DE AZEVEDO
Presidente da SBA
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
93
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 203/204)
RESOLUÇÃO Nº 12, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas
de Residência Médica em Alergia e Imunologia no
Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto 7.562 de 15 de
setembro de 2011 e o Decreto nº 8.516 de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º. a jornada
semanal dos Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-
práticas;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária
ordinária de 21 de março de 2018, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica
em Alergia e Imunologia, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 2o. A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em
Alergia e Imunologia terão a obrigatoriedade da aplicação desta Matriz de Competências.
Art. 3º Revogar o item 02 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
94
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ALERGIA E IMUNOLOGIA
OBJETIVOS
Formar e habilitar médicos especialistas na área da Alergia e Imunologia com
competências que os capacitem a atuar em diferentes níveis de complexidade, utilizando
ferramentas clínicas e exames complementares ao diagnóstico das doenças alérgicas e
imunológicas, da criança e do adulto, em uma abordagem de concepção integral e centrada no
indivíduo, estabelecendo relação respeitosa com pacientes, familiares e demais profissionais da
área da saúde e mantendo-se comprometido com sua educação continuada.
Competências por ano de treinamento
Primeiro Ano - R1
Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da
Alergia e Imunologia, bem como a familiarização com as principais ferramentas e métodos
clínicos utilizados na Alergia e Imunologia e também o treinamento do manejo clínico das
doenças alérgicas mais prevalentes.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1
1. Dominar a utilização dos componentes da abordagem centrada na pessoa.
2. Reunir na anamnese, informações acuradas e essenciais do paciente e suas
queixas, bem como o exame físico completo, geral e específico.
3. Estabelecer comunicação respeitosa, ética com pacientes, colegas médicos da
mesma ou de outra especialidade e outros profissionais da área da saúde;
4. Desenvolver habilidade para comunicar-se com os pacientes/responsáveis sobre
o diagnóstico e plano terapêutico, bem como suas complicações, efeitos inesperados, mudanças
de planos terapêutico, com ênfase na segurança do paciente.
5. Dominar as Bases da Imunologia: organização do sistema imune e princípios
básicos da resposta imune;
6. Compreender e analisar os mecanismos de doenças envolvendo o sistema
imune, com ênfase na sensibilização alérgica e desenvolvimento de hipersensibilidade;
7. Estimar a epidemiologia nacional e mundial das doenças alérgicas;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
95
8. Estimar os principais alérgenos e agentes desencadeantes de sintomas
(poluentes, agentes irritantes e infecciosos) prevalentes nas diversas regiões do país;
9. Analisar e estimar os principais diagnósticos diferenciais das patologias de
natureza alérgica em crianças e adultos.
10. Analisar e dominar as bases fisiopatológicas das doenças alérgicas
destacando-se: rinite alérgica, conjuntivite, asma, sibilância na infância, dermatite atópica,
dermatite de contato, urticária e angioedema, farmacodermias graves, anafilaxia, mastocitose,
alergia a medicamentos, alergia alimentar, alergia a insetos e doenças alérgicas ocupacionais;
11. Analisar e estimar os mecanismos etiopatogênicos e quadro clínico de doenças
alérgicas (asma, aspergilose broncopulmonar alérgica, outras doenças pulmonares de natureza
imunológica, doenças gastrointestinais eosinofílicas, rinite, rinossinusite, alergia ocular, urticária,
angiodema, anafilaxia, mastocitose, dermatite atópica, dermatite de contato, alergia alimentar,
alergia a medicamentos, alergia a insetos, alergia ocupacional);
12. Analisar e avaliar o diagnóstico, diagnóstico diferencial, manejo e terapêutica
concernentes, desde as mais simples às mais complexas, rinoconjuntivite, conjuntivite,
rinossinusite, dermatite atópica, asma, tosse, dispnéia e sibilância recorrente, urticária aguda e
crônica, angioedema, anafilaxia, alergia alimentar, alergia a medicamentos, hipersensibilidade a
insetos e instituir a terapêutica pertinente em todas as faixas etárias.
13. Implementar medidas de prevenção primária, secundária e terciária em relação
às doenças alérgicas.
14. Indicar, avaliar e realizar testes de função pulmonar, bronco-provocação e
provocação nasal.
15. Indicar, interpretar e analisar os exames complementares in vitro mais
utilizados para o diagnóstico das doenças alérgicas, assim como de seus principais diagnósticos
diferenciais.
16. Dominar e realizar os procedimentos e requisitos técnicos referentes à diluição
e à conservação de extratos alergênicos.
17. Conduzir investigação de pacientes adultos e infantis com infecções
respiratórias e dermatológicas recorrentes.
18. Analisar as técnicas laboratoriais e exames utilizados na avaliação do sistema
imunológico.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
96
19. Avaliar e estimar a investigação laboratorial de imuno-deficiências primárias e
secundárias.
20. Analisar e estimar os métodos diagnósticos para manejo das doenças alérgicas
que incluem desde os ensaios relacionados à avaliação de IgE específica aos exames que
auxiliam no controle e tratamento das doenças alérgicas;
21. Avaliar e estimar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas
e efeitos adversos dos medicamentos utilizados no tratamento de doenças alérgicas e imuno-
deficiências primárias;
22. Analisar os mecanismos de ação e utilização da imunoterapia alérgeno-
específica;
23. Avaliar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos
adversos de imunobiológicos para uso em doenças alérgicas e imuno-deficiências;
24. Analisar o método científico e principais tipos de pesquisas; pesquisas
bibliográficas e leitura e interpretação de artigos;
25. Analisar problemas sociais e psicológicos associados a doenças alérgicas.
26. Reconhecer a importância dos grupos de apoio aos pacientes e associações
de pacientes;
27. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;
28. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
29. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
30. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o
entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;
31. Valorizar o trabalho em equipe inter e multiprofissional exercendo liderança,
compartilhando a responsabilidade dos cuidados dos pacientes com os demais integrantes da
equipe de saúde.
Segundo Ano - R2
Consolidar as competências (conhecimento, atitudes e habilidades) na área da
Alergia e Imunologia ao médico residente com o grau crescente de complexidade do
treinamento.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
97
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2
1. Dominar a realização da anamnese e exame físicos completos que permitam
diagnóstico, diagnóstico diferencial e eficiente manejo das imuno-deficiências;
2. Dominar o diagnóstico e tratamento das doenças alérgicas, complicações e
comorbidades mais prevalentes em todas as faixas etárias;
3. Indicar, validar e realizar testes diagnósticos in vivo: puntura de leitura imediata,
intradérmico, prick to prick, testes de contato, testes de provocação com alimentos e
medicamentos.
4. Analisar e realizar a avaliação funcional respiratória, testes de bronco-
provocação (metacolina e exercício) e testes de provocação nasal;
5. Indicar e realizar procedimentos de dessensibilização;
6. Dominar a utilização de extratos alergênicos diagnósticos e terapêuticos, fixar as
concentrações dos alérgenos, prescrever e orientar as diluições adequadas a serem
administradas aos pacientes para imunoterapia alérgeno específica, baseado na intensidade e
importância clínica da sensibilizaçãoo alérgica identificada, observados os padrões
internacionalmente aceitos de excelência técnica.
7. Dominar o manejo e tratamento das doenças alérgicas destacando-se: anafilaxia
(reação alérgica sistêmica), asma, sibilância na infância, rinite, sinusite, conjuntivite, tosse,
dermatite atópica e dermatite de contato, urticária, mastocitose, alergia alimentar, alergia a
inseto, angioedema, angioedema hereditário, alergia a drogas, alergia alimentar, doenças
gastrointestinais eosinofílicas, hipersensibilidade a venenos de insetos, aspergilose bronco-
pulmonar alérgica, pneumonia de hipersensibilidade, doenças alérgicas ocupacionais e imuno-
deficiências primárias.
8. Avaliar, indicar e administrar imunobiológicos e imunossupressores em
pacientes com doenças alérgicas graves;
9. Indicar e interpretar exames complementares in vivo e in vitro para o diagnóstico
das imuno-deficiências primárias e secundárias; dominar o diagnóstico de defeitos genéticos e
quadro clínico das imuno-deficiências primárias e secundárias;
10. Dominar o diagnóstico e tratamento de imunodeficiências primárias.
11.Indicar, estimar e manejar a administração de imunoglobulina humana, assim
como de outros imunobiológicos em pacientes com imunodeficiências primárias e secundárias;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
98
12. Dominar os diagnósticos diferenciais das doenças alérgicas, tais como: rinite
não alérgica, rinite induzida por drogas, rinossinusite aguda e crônica, asma não alérgica, tosse,
doença pulmonar obstrutiva crônica, otites, enteropatias, doenças eosinofílicas intestinais,
enterocolites, doença do refluxo gastroesofágico, doenças da motilidade gastrintestinal, doença
celíaca, vasculites;
13. Dominar as medidas de prevenção primária, secundária e terciária em relação
às doenças alérgicas;
14. Compreender e estimar a imunização ativa em pacientes com doenças
alérgicas e imunodeficiências;
15. Avaliar, indicar e realizar imunoterapia alérgeno-específica, com ajuste de
doses e manejo de complicações e supervisão dos protocolos de imunoterapia;
16. Realizar, interpretar e validar testes in vivo: puntura, intra-dérmico e testes de
contato;
17. Indicar, realizar e analisar testes de provocação para alimentos, medicamentos
e exercícios;
18. Indicar e realizar protocolos de dessensibilização para medicamentos;
19. Indicar, acompanhar e realizar a aplicação de imunoglobulina e outros
imunobiológicos;
20. Implementar o cuidado a pacientes com múltiplas ou complexas alergias, com
ênfase aos adequados diagnósticos e orientações;
21. Orientar dietas de exclusão em pacientes com alergia alimentar, considerando
aspectos nutricionais e prevenção de escapes;
22. Compreender as limitações relacionadas aos testes alérgicos e as dificuldades
na realização de um diagnóstico etiológico nas imuno-deficiências primárias;
23. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética
médica;
24. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas
limitações;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
99
26. Analisar a relação custo/benefício para o tratamento das doenças em sua área
de atuação, visando selecionar os métodos de investigação diagnóstica eficiente e a melhor
terapêutica, mantendo sempre a qualidade do atendimento;
25. Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da
Alergia e Imunologia, considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais
26. Responsabilizar-se por seu aprendizado continuado.
26. Produzir um artigo científico.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
NORMA RUBINI
Presidente da SBAI
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 204/205)
RESOLUÇÃO Nº 13, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Medicina do Trabalho
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Medicina do Trabalho possui
duração de dois anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
100
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 22 de
agosto de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Medicina
do Trabalho, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em
Medicina do Trabalho, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se
iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 2º Fica revogado o item 30 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: MEDICINA DO TRABALHO
OBJETIVO GERAL
Formar médicos especialistas em Medicina do Trabalho capazes de utilizar conhecimentos
e tecnologias validadas e/ou futuras evidências científicas, sem prescindir do componente arte,
envolvendo a percepção, reflexão, crítica e o juízo moral em cada decisão, para atenção integral à saúde
dos trabalhadores, em nível individual e coletivo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Desenvolver o profissionalismo enquanto capacidade de, diante de situações concretas,
refletir utilizando a razão crítica, além de conhecimentos e valores, para decidir sobre as práticas e
condutas, considerando o direito dos trabalhadores à saúde e à vida.
2. Prover atenção integral à saúde dos trabalhadores, em nível individual e coletivo, por
meio de ações de promoção e proteção da saúde, vigilância e assistência, incluindo a reabilitação física e
profissional, considerando a relação entre as queixas e/ou adoecimento e o trabalho atual e/ou pregresso
desempenhado pelo trabalhador.
3. Julgar e intervir em situações concretas de trabalho, a presença de riscos, presentes ou
potenciais, para a saúde e a integridade física e mental do trabalhador, para a saúde e o bem-estar dos
trabalhadores;
4. Aplicar e desenvolver habilidades para a formulação e implementação de políticas e
gestão da saúde dos trabalhadores, em nível individual e coletivo, considerando, sempre que necessário,
a gestão integrada de Saúde, Segurança do Trabalho e Ambiente (SSA).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
101
5. Desenvolver competências transversais que perpassam todos os outros domínios,
envolvendo o conhecimento e uso apropriado da legislação aplicada à Saúde e a Segurança do
Trabalhador, em especial leis e normas brasileiras na esfera do Trabalho, Previdência Social e Saúde;
normas internacionais e estrangeiras; habilidades de trabalho em equipe, incluindo o exercício da
liderança e a mediação de conflitos; comunicação verbal e não verbal e de relações interpessoais,
pautadas pelo diálogo e empatia; e o aperfeiçoamento e atualização continuados da prática profissional
(aprender a aprender continuamente), além de se comprometer com a formação, o treinamento e a
supervisão de futuros profissionais.
Competências por ano de treinamento
Ao Término do primeiro ano -R1
I - Atenção Integral à Saude dos Trabalhadores, em nível individual e coletivo
1. Dominar anamnese ocupacional, exame clínico e exames complementares, valorizando
a percepção do trabalhador sobre os riscos presentes no trabalho e as repercussões sobre sua saúde.
2. Realizar e/ou acompanhar os procedimentos diagnósticos e o estabelecimento da
relação causal entre as queixas/agravo e a ocupação do trabalhador para definição da conduta
terapêutica e outros procedimentos, como a necessidade de afastamento do trabalho e a notificação aos
setores responsáveis pela vigilância e fiscalização.
3.Avaliar a aptidão para o trabalho, considerando a atividade a ser desempenhada, as
características individuais do trabalhador e as situações de vulnerabilidade ou deficiência, resguardando
o sigilo médico.
4. Saber orientar e conduzir os procedimentos adequados em situações de urgência e
emergência médica e acidentes ampliados.
5. Orientar procedimentos visando a atenção à saúde dos trabalhadores viajantes e
expatriados e programas de vacinação.
6. Dominar a abordagem de situações de urgência clínicas e traumatológicas.
II- Estudo do Trabalho
1. Analisar os fundamentos históricos-conceituais sobre processo de trabalho e suas
consequências sobre a saúde e ambiente.
2. Dominar a legislação e normas específicas referentes ao trabalho, que orientam a
atenção integral à saúde dos trabalhadores.
3. Realizar e/ou acompanhar os procedimentos de análise de acidentes e incidentes
ocorridos no trabalho, visando sua prevenção.
4. Dominar os fundamentos da Epidemiologia e Bioestatística aplicados à medicina do
Trabalho.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
102
5. Valorizar as questões éticas na Prática da Medicina do Trabalho - Sigilo profissional e
confidencialidade - Código de Ética Médica - Resoluções e Pareceres do Conselho Federal de Medicina
(CFM) relacionados à Medicina do Trabalho - Responsabilidade Civil e Criminal do profissional de saúde.
6. Avaliar a história da Medicina do Trabalho.
7. Compreender as Ciências Sociais e Sociologia do Trabalho: aspectos históricos e
conceituais.
8. Avaliar a psicodinâmica do Trabalho: aspectos históricos, conceituais e principais
escolas.
III - Políticas, organização e gestão:
1. Participar da formulação de políticas de saúde e segurança do trabalhador e da gestão
do cuidado da saúde do trabalhador, em nível individual e coletivo, considerando as situações de
vulnerabilidades e diversidade, valorizando a inclusão social e diversidade.
2. Realizar e/ou participar de estudos do absenteísmo e presenteísmo e do perfil de saúde
dos trabalhadores.
3. Analisar o Programa de Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Ao Término do segundo ano - R2
I - Atenção Integral à Saude dos Trabalhadores, em nível individual e coletivo:
1. Orientar o trabalhador, suas entidades representativas e o empregador sobre o
problema de saúde/agravo visando prevenir outros casos semelhantes.
2. Dominar as principais legislações e normas que orientam a atenção integral à saúde dos
trabalhadores.
3. Dominar o diagnóstico e a análise da situação de saúde dos trabalhadores de um dado
território, empresa ou atividades produtivas utilizando instrumental clínico-epidemiológico.
4. Valorizar e contribuir para as atividades de Vigilância em Saúde (Sanitária,
Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do Trabalhador) desenvolvidas pelos SUS.
5. Analisar e participar da elaboração de planos de contingência e atendimento de
trabalhadores em situações de catástrofes naturais e acidentes ampliados.
6. Preparar relatórios médicos e técnicos para o trabalhador, por demanda judicial, perícia
previdenciária, empregadores, informes para a mídia, entre outros, utilizando linguagem adequada e
resguardando as questões éticas.
7. Dominar as bases da Saúde Ambiental e suas inter-relações com a saúde dos
trabalhadores.
8. Dominar as bases da Toxicologia aplicadas à Medicina do Trabalho.
9. Dominar as bases da Higiene Ocupacional.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
103
10. Dominar o diagnóstico das Doenças do Trabalho: Doenças do Trabalho prevalentes e
interfaces com outras especialidades médicas (Dermatologia, Pneumopatia, Hematologia,
Otorrinolaringologia, Hepatologia, Neurologia e Neurotoxicologia; Ortopedia e Reumatologia, Câncer
Ocupacional).
Estudo do Trabalho
1. Indicar a avaliação, análise e intervenções sobre as situações de risco presentes ou
potenciais para a saúde e a integridade física e mental do trabalhador, segundo as necessidades
definidas pela clínica, pelas exigências legais, valorizado a participação dos trabalhadores.
2. Analisar os resultados de estudos especializados sobre o trabalho, entre eles: Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO); Programa de Conservação Auditiva (PCA); Programa de Proteção Respiratória (PPR); Análise
Ergonômica do Trabalho (AET).
3. Dominar a elaboração e análise de laudos técnicos referentes à concessão de
adicionais de periculosidade e insalubridade, estabelecimento da relação causal da doença com o
trabalho, e provas periciais, obedecendo os preceitos éticos.
4. Dominar o conhecimento sobre Riscos Ocupacionais: químicos, físicos, biológicos e
ergonômicos: metodologias de avaliação e controle.
5. Recomendar e/ou acompanhar o gerenciamento de riscos para a saúde dos
trabalhadores e da comunidade gerados pelos processos de trabalho, considerando a hierarquia das
medidas de controle (importância da proteção coletiva versus proteção individual) e o princípio da
precaução.
III - Políticas, organização e gestão:
1. Dominar as principais legislações e normas que orientam, a atenção integral à saúde
dos trabalhadores.
2. Participar da organização e gestão dos serviços de saúde, considerando princípios e
conceitos de Administração e ferramentas de gestão em saúde.
3. Valorizar as ações de Promoção da Saúde, ética e eficiente, culturalmente adaptados, a
partir da avaliação de necessidades e recursos, focados na adoção de estilo de vida saudável, produção
de autonomia e com participação dos trabalhadores.
4. Compreender os Processos de certificação nacionais e internacionais: normas e
procedimentos;
5. Valorizar as Convenções da OIT - Legislação em Segurança e Medicina do Trabalho -
Legislação Sanitária, Trabalhista e Previdenciária.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
104
6. Valorizar a gestão integrada de Saúde, Segurança e Ambiente: normativas, dificuldades
e vantagens; instrumentos e controle das informações e indicadores de saúde.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
MÁRCIA BANDINI
Presidente da ANAMT
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, página 205)
RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Hepatologia
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas.
CONSIDERANDO que a Hepatologia é área de atuação das especialidades:
Clínica Médica, Gastroenterologia e Infectologia;
CONSIDERANDO que o programa de Residência Médica em Hepatologiae possui
duração de dois anos, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
15 de maio de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica
de Hepatologia, resolve:
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
105
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência
médica em Hepatologia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 2º O acesso a programas de residência em Hepatologia é facultado ao médico
residente que tenha concluído com sucesso programa de residência médica em Clínica Médica,
Gastroenterologia ou Infectologia.
Atr. 3º. esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ÁREA DE ATUAÇÃO HEPATOLOGIA
OBJETIVOS GERAIS
Capacitar o médico residente ao exercício da Hepatologia através da integração de
conhecimentos básicos e clínicos, visando o diagnóstico das diferentes síndromes específicas
das doenças hepáticas e seus cuidados terapêuticos a nível ambulatorial e hospitalar.
Desenvolver habilidades para realização de procedimentos diagnósticos e
terapêuticos das doenças hepáticas dentro dos princípios éticos da Medicina na baixa, média e
alta complexidade, incluindo transplante hepático.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Tornar o médico residente apto a executar de forma independente e segura os
diagnósticos, tratamentos e procedimentos explicitados como essenciais em Hepatologia para
cada ano de treinamento.
Competências por ano de treinamento
Ao final do primeiro ano - R1
1. Coletar história clínica, realizar o exame físico, formular hipóteses diagnósticas,
solicitar e interpretar exames complementares e traçar condutas para as afecções mais
prevalentes em Hepatologia.
2. Dominar os conceitos básicos, fisiopatologia, critérios diagnósticos e princípios
fundamentais do tratamento das síndromes e das doenças mais frequentes e com maior
gravidade em Hepatologia.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
106
3. Avaliar sinais e sintomas e realizar classificação de risco das doenças hepáticas,
diferenciando os casos para acompanhamento ambulatorial ou unidade de internação.
4. Dominar os conhecimentos sobre as doenças agudas e crônicas mais
prevalentes em Hepatologia nas urgências e emergências e os diagnósticos diferenciais e
conduta terapêutica necessárias para controle clínico destes pacientes na Unidade de
Emergência e Terapia Intensiva.
5. Dominar o conhecimento sobre a anatomia, fisiologia e fisiopatologia do fígado e
vias biliares no diagnóstico e tratamento das doenças hepáticas.
6. Demonstrar e aplicar o conhecimento sobre as principais causas de doenças
hepáticas como a doença alcoólica, doenças autoimunes, doenças hereditárias, infecções virais,
síndrome metabólica e outras.
7. Avaliar e indicar vacinação nos pacientes com hepatopatia aguda e crônica.
8. Adquirir competência para indicar transplante hepático e manejar a terapêutica
de suporte para pacientes em lista de transplante e em imunossupressão pós transplante.
9. Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a
evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os
resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas
chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso.
10. Realizar a prescrição e o acompanhamento do paciente da internação à alta.
11. Prescrever as medicações, analisar as características farmacocinéticas e
farmacodinâmicas das drogas usadas no paciente hepatopata, interações medicamentosas e
impacto em outros órgãos e sistemas.
12. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre a indicação e interpretação de
exames de imagem com e sem contraste.
13. Avaliar as indicações e contra-indicações dos métodos diagnósticos e
terapêuticos relacionados à especialidade.
14. Analisar os procedimentos endoscópicos digestivos alto e baixo, suas
indicações, contraindicações e complicações.
15. Analisar os princípios dos métodos de imagem em Hepatologia (Ultra-Som,
Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
107
16. Dominar a identificação das imagens clássicas das doenças mais frequentes
em Hepatologia, geradas por métodos endoscópicos, radiológicos e exame histopatológico.
17. Dominar a técnica de paracentese abdominal e biópsia hepática transparietal.
18. Compreender a elastografia hepática e as medidas hemodinâmicas em
Hepatologia.
19. Aplicar os métodos clínicos não invasivo para estadiamento de fibrose
hepática.
20. Valorizar o Sistema Público de Saúde, suas propriedades e possibilidades,
assim como as políticas públicas de saúde na área da Hepatologia.
21. Avaliar os mecanismos utilizados para concessão de medicamentos aos
pacientes através da assistência farmacêutica em farmácia de alto custo e/ou medicamento
estratégico.
22. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência.
23. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares.
24. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas
quando se fizer necessário.
25. Dominar os conhecimentos de interdisciplinaridade no manejo da síndrome
hepatorrenal, da síndrome hepatopulmonar, do hipogonadismo e da hipoadrenalismo.
26. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o
essencial de metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de
trabalhos científicos.
27. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.
28. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica em sua abrangência
(confidencialidade, pesquisa, eutanásia, Aids e transplantes, entre outros).
29. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.
30. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o
entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
108
31. Estabelecer relação respeitosa com o preceptor, equipe de trabalho e todos os
funcionários do hospital.
Ao término do segundo ano - R2
1. Reconhecer populações de risco para as principais doenças hepáticas e
investigar todas as etapas da história evolutiva da doença, desde o período de pré-patogênese,
com ações de promoção e prevenção de saúde, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação.
2. Realizar o diagnóstico das doenças crônicas e agudas do fígado e instituir o
tratamento;
3. Diferenciar os pacientes com insuficiência hepática aguda ou descompensação
da cirrose, tomando as condutas terapêuticas.
4. Decidir o momento de iniciar tratamento em doenças crônicas de longa duração.
5. Aplicar as diferentes diretrizes nacionais e internacionais para as doenças do
fígado e das vias biliares.
6. Diferenciar entre as diversas atitudes diagnósticas e terapêuticas nacionais e
internacionais, aquelas indicadas ao paciente, conforme o estadiamento de sua doença,
gravidade ou condições mórbidas associadas.
7. Compreender a radiologia intervencionista nas doenças do fígado e os métodos
ablativos de tumores hepáticos.
8. Diferenciar as indicações terapêuticas, efeitos adversos e interações
medicamentosas das drogas utilizadas nos pacientes com hepatopatia.
9. Analisar condutas de interdisciplinaridade no manejo da síndrome hepatorrenal,
da síndrome hepatopulmonar, do hipogonadismo e da hipoadrenalismo.
10. Diferenciar o diagnóstico de hepatotoxicidade por medicamentos alopáticos,
suplementos alimentares, fitoterápicos e insumos vegetais.
11. Demonstrar e aplicar o conhecimento sobre tumores do fígado, desde o
rastreamento, incluindo métodos diagnósticos, estadiamento da doença, indicação de tratamento
e acompanhamento do paciente na evolução da doença.
12. Analisar a relação custo/benefício para o tratamento das doenças em sua área
de atuação, visando selecionar os métodos de investigação diagnóstica adequados e a melhor
terapêutica, mantendo sempre a qualidade do atendimento.
13. Realizar interconsultas em hepatologia na média e alta complexidade.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
109
14. Avaliar as condutas para pacientes em transplante hepático, conduzindo o
suporte da lista de transplante, cuidados pré e pós-operatórios, manejo de imunossupressão e
das complicações precoces e tardias do transplante de fígado.
15. Compreender os princípios gerais e leis nacionais da captação de órgãos.
16. Compreender indicações, contraindicações, custos e riscos envolvidos nos
exames complementares em Hepatologia.
17. Operar equipamento de ultrassom para confirmar pontos para punções em
procedimentos.
18. Dominar a realização de biópsia hepática ecoguiada.
19. Analisar os procedimentos invasivos de diagnósticos e tratamentos na
Hepatologia, como quimioembolização, colocação de TIPS, ablação química e por
radiofrequência de nódulos hepáticos.
20. Analisar resultados de patologia hepática, exames de imagem do abdômen, e
exames laboratoriais no contexto dos casos clínicos.
21. Demonstrar respeito, integridade e compromisso aos preceitos da ética médica.
22. Empregar o suporte necessário para os pacientes e familiares especialmente
nos casos de terapêutica paliativa e de terminalidade da vida.
23. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas
limitações.
24. Produzir um trabalho científico, utilizando o método de investigação adequado
e apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar
publicamente em forma de monografia.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
PAULO L. BITTENCOURT
Presidente da SBH
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 205/206)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
110
RESOLUÇÃO Nº 15, DE 8 DE ABRL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Patologia.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Patologia possui
duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação
vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
19 de julho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica
de Patologia, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência
médica em Patologia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 2º Fica revogado o item 46 dos Requisitos Mínimos dos Programas de
Residência Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
111
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: PATOLOGIA
OBJETIVOS GERAIS
Formar patologistas generalistas, com competência para atuar nas diferentes
realidades regionais, com compreensão plena do processo saúde e doença, habilidades de
comunicação com os demais profissionais e segmentos da sociedade, apto a trabalhar em
equipe e a construir fluxos de trabalho em seu contexto profissional, em uma rede integrada de
processos de trabalho.
Valorizar meios e ferramentas essenciais e suplementares para o diagnóstico
anatomopatológico, bem como dirigir e gerenciar laboratórios de patologia, com conhecimento
pleno das normas técnicas dos órgãos de controle e aspectos relacionados a Economia em
Saúde para manutenção de laboratórios.
Executar com proficiência diagnóstico e emissão de laudos para as doenças mais
comuns em patologia cirúrgica, citopatologia, imuno-histoquímica, diagnósticos moleculares e
realização de necrópsias completas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Diagnosticar as doenças mais frequentes e correlacionar adequadamente com
os dados clínicos, laboratoriais, radiológicos e de patologia molecular previamente fornecidos.
2. Indicar técnicas suplementares, avaliando as informações fornecidas por estas,
suas aplicações e limitações técnicas.
3. Avaliar os processos fisiopatológicos das doenças mais frequentes e
correlacionar com os achados morfológicos macro e microscópicos das mesmas.
4. Realizar diagnósticos per-operatórios através das técnicas de diagnóstico por
congelação e citologia intra-operatória.
5. Interpretar e avaliar os fatores pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos que
interferem direta ou indiretamente na acurácia dos métodos diagnósticos de citologia,
histopatologia, imuno-histoquímica e patologia molecular, incluindo as limitações inerentes aos
casos e aos métodos.
6. Dominar os conhecimentos teóricos e práticos sobre as técnicas laboratoriais
para processamento de espécimes de citologia e histopatologia.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
112
7. Na necropsia, deverá estar apto a avaliar as principais alterações morfológicas
macro e microscópicas, estabelecer a natureza do processo patológico (doenças congênitas,
inflamatórias, neoplásicas, degenerativas, auto-imunes e outras), definição de diagnóstico de
causa imediata de morte e causa básica de morte, bem como realizar adequadamente a
correlação clínico-patológica.
8. Dominar os princípios gerais da patologia cirúrgica, incluindo identificação do
paciente, exame macroscópico, dissecção dos espécimes e seleção adequada dos fragmentos
para análise, com elaboração de laudos diagnósticos conforme normas vigentes.
9. Demonstrar proficiência em documentações fotográficas em meio digital dos
espécimes macroscópicos e imagens microscópicas.
10. Estar apto a apresentar casos e discussões em conferências científicas e
reuniões multidisciplinares com clareza, senso crítico científico, material fotográfico de qualidade,
com conclusões coerentes.
Competências por ano de treinamento
Primeiro ano - R1
PATOLOGIA CIRÚRGICA, LABORATÓRIO E BIOSSEGURANÇA
1. Dominar normas de biossegurança laboratoriais, medidas de proteção contra
doenças transmissíveis, manuseio e uso adequado de equipamentos de proteção individual
(EPIs).
2. Dominar e realizar técnicas de processamento citopatológico, histopatológico,
exame per-operatório ou per-procedimento.
3. Analisar as técnicas de imunofluorescência e imuno-histoquímica.
4. Analisar procedimentos operacionais e aspectos gerenciais adotados no
laboratório de Patologia.
5. Dominar o manuseio dos diferentes tipos de microscópio.
6. Dominar os processos de recepção, fixação, processamento e arquivamento de
amostras, bem como sobre fatores pré-analíticos e analíticos que podem interferir na qualidade
do material examinado.
7. Analisar os conceitos de controle de qualidade interno e externo e acreditação
laboratorial.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
113
8. Dominar a histologia dos principais órgãos e sistemas e processos patológicos
gerais.
9. Dominar conhecimentos sobre a adequação de guias e formulários de
solicitação de exames anatomopatológicos, segundo os requisitos mínimos exigidos.
10. Avaliar e diagnosticar macro e microscopicamente em biópsias e peças
cirúrgicas as doenças de maior frequência em seu meio de treinamento, realizando correlação
clínico-patológica.
11. Realizar o exame macroscópico conforme protocolo apropriado e reconhecido
das peças simples (biópsias endoscópicas, punchs de pele e produtos de ressecção cirúrgica de
órgãos como: apêndice cecal, vesícula biliar, útero com leiomioma e outros), com representação
adequada das amostras para análise histopatológica, incluindo margens de ressecção.
12. Executar exame anatomopatológico, macroscopia e microscopia, dos casos
mais comuns de patologia cirúrgica e redigir laudo completo de acordo com as normas técnicas
preconizadas.
13. Fotografar peças cirúrgicas e lâminas citopatológicas e histopatológicas com
destreza, nitidez e qualidade para exposição em sessões anatomoclínicas e publicações
científicas.
14. Manipular imagens digitais, programas para elaboração de apresentações e
processadores de texto para finalidades acadêmicas (publicações científicas e sessões
anatomoclínicas).
15. Realizar revisões bibliográficas atualizadas em plataformas de busca, com
visão crítica acerca dos temas pertinentes abordados em cada módulo.
CITOPATOLOGIA E EXAMES PER-OPERATÓRIOS
1. Dominar as técnicas de coloração para citologia mais comumente empregadas e
realizar coloração de Papanicolaou, Panótico ou equivalente.
2. Dominar as classificações para os exames cérvico-vaginais e aplicá-las
conforme consenso científico, realizando escrutínio de forma apropriada.
3. Avaliar a qualidade das amostras.
4. Interpretar os diferentes processos patológicos.
5. Selecionar fragmento de tecido para exame per-operatório, realizando corte e
coloração adequadamente.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
114
NECROPSIAS
1. Dominar o conhecimento e utilização do equipamento de proteção individual
(EPI) para a realização das necropsias, identificar as situações de risco para a biossegurança e
manter o ambiente limpo e apresentável durante sua execução.
2. Durante o exame macroscópico e microscópico das necropsias, o residente
deve distinguir as principais alterações morfológicas e estabelecer a natureza do processo
patológico e realizar a correlação anatomoclínica.
3. Compreender a importância das necropsias e avaliar suas implicações legais
das necropsias, bem como a utilidade científica da necropsia acadêmica e as doenças de
notificação compulsória.
4. Dominar as indicações das necropsias e necessidade das permissões para sua
realização.
5. Saber as indicações das necropsias médico-legais e avaliar as lesões de causas
externas, bem como os procedimentos de encaminhamento ao órgão competente.
6. Avaliar os prontuários e registros dos indivíduos necropsiados e obter história
clínica, após correta identificação dos corpos.
7. Dominar as técnicas de retiradas de órgãos e de dissecção do corpo humano.
8. Selecionar os fragmentos necessários para a análise microscópica e emissão do
laudo macroscópico, microscópico, com diagnóstico de causa imediata de morte e causa básica
de óbito.
9. Indicar os tipos de exames laboratoriais utilizados para auxílio diagnóstico e
interpretar seus resultados no cenário do caso em estudo.
10. Realizar procedimentos para a coleta de cariótipo e demais exames para
investigação de alterações genéticas e moleculares.
11. Realizar procedimentos de coleta de material para aplicação de técnicas de
patologia clínica à necropsia, em especial, microbiológicas e toxicológicas.
Segundo Ano - R2
PATOLOGIA CIRÚRGICA
1. Dominar o diagnóstico macroscopicamente e microscopicamente das doenças
de maior frequência, realizando correlação clínico-patológica e redigindo um laudo completo.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
115
2. Dominar e realizar as técnicas auxiliares: imuno-histoquímica, polarização,
imunoflurescência, microscopia eletrônica, patologia molecular e métodos de quantificação
morfométricos.
3. Analisar os painéis dos anticorpos mais apropriados para complementação
diagnóstica dos casos rotineiros de patologia cirúrgica (painel para carcinoma in situ e invasor da
mama, neoplasias metastáticas de sítio primário desconhecido, neoplasias de células pequenas,
redondas e azuis, entre outros).
4. Interpretar os sistemas de classificação e graduação das neoplasias e utilização
de sistema apropriado para o estadiamento patológico.
CITOPATOLOGIA E EXAMES PER-OPERATÓRIOS
1. Avaliar e executar punções aspirativas por agulha fina (PAAFs) de órgãos
superficiais.
2. Dominar as classificações e realizar os diagnósticos mais frequentes em
citologia cérvico-vaginal, tireoide, de líquidos corporais e órgãos superficiais, emitindo laudos
conforme padronização em vigor, incluindo o método ROSE.
3. Em exames per-operatórios, distinguir processos neoplásicos malignos de
benignos e avaliar comprometimento de margens cirúrgicas.
4. Demonstrar a indicação e os fatores limitantes dos cortes histológicos em
exames per-operatórios.
5. Dominar a preparação de esfregaços e "imprints" citológicos per-operatórios.
Terceiro Ano - R3
PATOLOGIA CIRÚRGICA
1. Dominar os principais eventos moleculares envolvidos na gênese das neoplasias
e processos correlatos, bem como a utilidade diagnóstica, prognóstica e implicações
terapêuticas dos mesmos.
2. Dominar as etapas envolvidas no processamento do material para exame ultra-
estrutural e patologia molecular.
3. Indicar e avaliar os painéis imuno-histoquímicos apropriados à resolução dos
casos mais complexos de Patologia Cirúrgica.
4. Avaliar as reações imuno-histoquímicas e dominar as limitações do método.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
116
5. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação adequado e
apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista cientifica ou apresentar publicamente
em forma de monografia.
CITOPATOLOGIA E EXAMES PER-OPERATÓRIOS
1. Dominar PAAFs de órgãos profundos e citologia de líquidos cavitários.
2. Identificar e avaliar diagnósticos mais frequentes em citologia cérvico-vaginal,
co-teste, citologia em meio líquido, imunocitoquímica, citometria de fluxo, imprint em biópsias de
congelação.
3. Executar exames de preparados citológicos de líquidos corporais e emitir laudos,
incluindo imunocitoquímica.
4. Aplicar adequadamente as classificações em vigor e realizar os diagnósticos
mais freqüentes em citologia cérvico-vaginal, líquidos corporais e órgãos superficiais e
profundos, com ênfase em pâncreas e Sistema Nervoso Central.
5. Avaliar exames per-operatórios, incluindo imprints e biópsias por congelação,
em tempo hábil conforme procedimento.
NECROPSIAS
1. Realizar necropsias completas com encerramento das mesmas em tempo hábil,
de casos de morte natural em Serviços de Verificação de Óbito e encaminhar adequadamente os
casos de Patologia Forense.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
CLÓVIS KLOCK
Presidente da SBP
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 206/207)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
117
RESOLUÇÃO Nº 16, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Pneumologia.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas.
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Pneumologia tem duração
de dois anos, acesso com pré-requisto em Cínica Médica, sendo facultado ao médico residente que tenha
concluído com sucesso programa de residência médica em Clínica Médica.
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 19 e 20
de junho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de
Pneumologia resolve:
Art. 1º. Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em
Pneumologia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se
iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 2º Fica revogado o item 50 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS PNEUMOLOGIA
OBJETIVOS
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
118
Formar e habilitar médicos especialistas na área da Pneumologia com competências que
os capacitem a atuar em diferentes níveis de complexidade, utilizando ferramentas clínicas e exames
complementares para o diagnóstico clínico e etiológico das doenças do aparelho respiratório bem como,
para o tratamento, prevenção e reabilitação dos pacientes com problemas relacionados à Pneumologia
em uma abordagem de concepção integral e centrada no indivíduo, estabelecendo relação respeitosa e
produtiva com pacientes, familiares e demais profissionais da área da saúde e mantendo-se
comprometido com sua educação continuada.
COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO
Primeiro Ano - R1
Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da
Pneumologia.
Dominar as principais ferramentas e métodos clínicos utilizados na Pneumologia.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1
1. Dominar a habilidade de comunicação inter e intra-equipe, com os pacientes e
responsáveis com ênfase na segurança.
2. Valorizar o trabalho em equipe, de avaliação e acompanhamento multiprofissional,
criatividade e agilidade na solução de problemas;
3. Desenvolver habilidades para o manejo no estágio final de vida e atuar em cuidados
paliativos nas doenças respiratórias ou outras que acarretem comprometimento respiratório.
4. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos para
a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,
assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado; preencher o
prontuário médico e identificá-lo como instrumento de documentação e pesquisa;
5. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu
responsável legal; elaborar prescrição segura.
6. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as normas
vigentes.
7.Adquirir habilidades e competências específicas na abordagem dos principais problemas
respiratórios;
8. Dominar o conhecimento da fisiopatologia dos principais sinais e sintomas das doenças
respiratórias;
9.Reconhecer e aplicar elementos propedêuticos no diagnóstico das principais síndromes
clínicas, reconhecendo as doenças mais frequentes em nosso meio; dominar a análise dos exames
complementares ao diagnóstico e tratamento das principais síndromes clínicas /respiratórias.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
119
10. Desenvolver habilidade para identificar e manejar os aspectos psicológicos e sociais
do paciente durante o tratamento;
11.Desenvolver habilidades para realização de procedimentos e manuseio de
oxigenoterapia, inaloterapia e ventilação não invasiva;
12. Analisar a epidemiologia nacional e mundial das doenças respiratórias;
13. Analisar os programas do Ministério de Saúde para o tratamento de doenças
respiratórias;
14. Dominar a relação entre estrutura e função do sistema respiratório, ventilação e
mecânica respiratória, bases fisiológicas do exercício em pessoas saudáveis, e fisiopatologia do exercício
nas doenças;
15. Dominar a realização, supervisão e interpretação dos testes de função pulmonar
incluindo a espirometria, a pletismografia, a capacidade de difusão pela respiração única, os testes de
shunt, de broncoprovocação, a gasometria, a oximetria de pulso e as medidasda complacência pulmonar;
16. Avaliar os componentes de um laboratório de função pulmonar, incluindo
equipamentos, pessoal especializado e custos;
17. Dominar os princípios básicos da radiografia simples do tórax, das técnicas de
tomografia computadorizada, ressonância magnética, tomografia de emissão de positrons (PET-TC),
tomografia de alta resolução, ultrassonografia, e medicina nuclear, riscos da radiação, indicações e
contra-indicações os diferentes métodos de imagem;
18. Dominar a interpretação da radiografia de tórax (PA, AP e perfil) e das alterações na
tomografia computadorizada com destaque à identificação de nódulo, massa, consolidação, atelectasia,
linfadenopatia perihilar e mediastinal, doença pulmonar intersticial, hiperinsuflação/aprisionamento de ar,
bronquiectasias, áreas de vidro fosco, pneumotórax, derrame ou placas pleurais;
19. Dominar os fatores de risco e exposições ambientais e ocupacionais, a fisiopatologia, a
avaliação do estado funcional e gravidade das doenças respiratórias destacando-se: asma, doença
pulmonar obstrutiva crônica, bronquiectasias, insuficiência respiratória, doenças de vias áreas superiores,
tumores torácicos, infecções pulmonares não tuberculosas, tuberculose pulmonar e extrapulmonar,
infeções por micobactérias não tuberculosas, doenças vasculares pulmonares, doenças ambientais e
ocupacionais, doenças pulmonares intersticiais,doenças pleurais, da caixa torácica, musculatura
respiratória e do mediastino e tabagismo.
20. Dominar o diagnóstico, diagnóstico diferencial, manejo e terapêutica doenças
respiratórias destacando-se: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquiectasias, insuficiência
respiratória, doenças de vias áreas superiores, tumores torácicos, infecções pulmonares não
tuberculosas, tuberculose pulmonar e extrapulmonar, infeções por bactérias não tuberculosas, doenças
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
120
vasculares pulmonares, doenças ambientais e ocupacionais, doenças pulmonares intersticiais,doenças
pleurais, da caixa torácica, musculatura respiratória e do mediastino e tabagismo;
21. Valorizar e promover a educação dos pacientes para prevenir e tratar doenças
respiratórias incluindo o uso de dispositivos inalatórios;
22. Estimar a imunização ativa com o objetivo de prevenir doenças respiratórias agudas e
indivíduos sadios eem pacientes com doenças pulmonares crônicas;
23. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos
adversos dos medicamentos utilizados no tratamento de doenças pulmonares;
24. Dominar o manejo do ventilador, das estratégias ventilatórias em situações especiais,
monitorização e cálculo da mecânica respiratória, visualização e interpretação das curvas dos ciclos
respiratórios.
25. Implementar medidas de prevenção primária, secundária e terciária em relação aos
agravos respiratórias em especial no que se refere ao tabagismo.
26. Analisar o método científico e principais tipos de pesquisas; pesquisas bibliográficas e
leitura e interpretação de artigos; Noções básicas de busca de literatura médica-científica, de métodos
científicos e interpretação dos resultados dos estudos;
27. Desenvolver a habilidade para a permanente avaliação de custo/efetividade das ações
médicas, correlacionando-as com as condições sociais e econômicas da população envolvida;
28.Valorizar a importância dos grupos de apoio aos pacientes e associações de pacientes.
Segundo Ano - R2
Consolidar as competências (conhecimento, atitudes e habilidades) na área de
Pneumologia ao médico residente com o grau crescente de complexidade do treinamento.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2
1. Dominar a realização, supervisão e interpretação dos testes de exercício incluindo o
conhecimento do funcionamento e tipos de equipamento e o controle de qualidade;
2. Dominar a realização, supervisão e interpretação dos testes de capacidade física de
campo (teste de caminhada de seis minutos, teste de shuttle, teste do degrau e similares);
3. Dominar a avaliação de disfunção e incapacidade física de pacientes com doenças
respiratórias;
4. Dominar a realização e interpretação da ultrassonografia de tórax (principalmente
avaliação do parênquima pulmonar e do espaço pleural;
5. Dominar o conhecimento sobre os fatores de risco e exposições ambientais e
ocupacionais, a fisiopatologia, a avaliação do estado funcional e gravidade das doenças respiratórias
mais complexas destacando-se: asma e doença pulmonar obstrutiva crônica graves, transplante
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
121
pulmonar, abordagem de pneumopatias em pacientes imunossuprimidos, doenças vasculares
pulmonares crônicas e doenças pulmonares raras;
6. Dominar as indicações e interpretações dos métodos diagnósticos para manejo das
doenças respiratórias mais complexas incluindo angiografia pulmonar e cateterismo cardíaco direito;
7. Dominar as indicações e técnicas de realização dos exames de avaliação do óxido
nítrico exalado e avaliação da alergia por testes cutâneos e séricos;
8. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos
adversos de imunobiológicos para uso em doenças respiratórias e as indicações e administração de
imunobiológicos e imunossupressores e quimioterápicos em pacientes com doenças respiratórias;
9. Dominar técnicas para coleta de amostras ao diagnóstico de doenças respiratórias
incluindo sangue, escarro, escarro induzido, líquido pleural, biópsia pleura, punção de lesões pulmonares
percutânea e por agulha.
10. Avaliar a indicação de intervenções farmacológicas e cirúrgicas para doenças da
circulação pulmonar (incluindo indicação de embolização de MAV, trombendarterectomia)
11. Dominar os fatores de risco para doenças respiratórias existentes na exposição
ambiental rural e industrial e ter habilidade para a realizar da leitura e classificação radiológica de acordo
com a OIT (Organização internacional do trabalho);
12. Dominar técnicas de suporte ventilatório invasivo: indicações, principais modos e
ajustes do ventilador, monitorização da mecânica respiratória, ajustes em situações especiais, desmame
da ventilação mecânica
13. Dominar técnicas de suporte ventilatório não invasivo: indicações, contraindicações,
principais tipos de interfaces e suportes de fixação, principais modos e ajustes do ventilador
14. Dominar as indicações, contraindicações e cuidados associados com os testes
alérgicos, os tipos de testes alérgicos disponíveis e o protocolo para tratamento de anafilaxia
15. Dominar as evidências que suportam a utilização de reabilitação pulmonar nas
doenças pulmonares, os componentes de um programa de reabilitação pulmonar, incluindo
equipamentos, pessoal especializado e custos
16. Avaliar as indicações dos procedimentos cirúrgicos quando apropriado;
17. Dominar o tratamento da doença pulmonar avançada
18. Avaliar as indicações e contraindicações e técnicas associadas à realização
broncoscopia e interpretar os resultados do exame e do lavado bronco-alveolar;
19. Avaliar os laudos da ultrassonografia endoscópica (EBUS E EUS) para avaliação de
doenças respiratórias
20. Avaliar os laudos de polissonografia e prescrever suporte ventilatório.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
122
21. Responsabilizar-se por seu aprendizado continuado;
22. Compreender a gestão da carreira.
23.Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente, valorizando
os padrões de excelência;
24. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de medicamentos e
exames complementares;
25. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,valores
culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento Valorizar o Sistema Único de
Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
26. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
27.Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
FERNANDO LUIZ CAVALCANTI LUNDGREN
Presidente da SBAI
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 207/208)
RESOLUÇÃO Nº 17, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
123
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o programa de residência médica em Endocrinologia e
Metabologia possui duração de dois anos, acesso com pré-requisito em Clínica Médica, sendo
facultado ao médico residente que tenha concluído com sucesso programa de residência médica
em Clínica Médica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
23 de outubro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência
médica de Endocrinologia e Metabologia, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência
médica em Endocrinologia e Metabologia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 2º Fica revogado o item 19 dos Requisitos Mínimos dos Programas de
Residência Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA
OBJETIVO GERAL DO PROGRAMA
Formar e habilitar especialistas em Endocrinologia e Metabologia com as
competências necessárias para atuar em diferentes níveis de complexidade, utilizando
ferramentas clínicas e exames diagnósticos complementares das diversas doenças endócrinas e
metabólicas, nas diferentes fases da vida, a partir de uma abordagem de concepção integral do
indivíduo, mantendo relação respeitosa com pacientes, familiares e demais profissionais da área
da saúde e sendo comprometido com sua educação continuada.
Competências por ano de treinamento
Primeiro ano - R1
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
124
Proporcionar ao Médico Residente a familiarização com as principais ferramentas e
métodos clínicos utilizados na Endocrinologia e Metabologia, assim como treinamento quanto ao
manejo clínico das doenças endócrino-metabólicas mais prevalentes.
Proporcionar conhecimento teórico-prático dos fundamentos e princípios da
Endocrinologia e Metabologia.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO
1. Dominar a anamnese e a realização do exame físico completo, geral e
específico.
2. Manejar o cuidado do paciente, sob a concepção da centralidade na pessoa,
especialmente nos casos de doenças crônicas, com forte componente psicossocial, manejando
pacientes resistentes as orientações iniciais, valorizando o papel do familiar/cuidador na adesão
ao tratamento.
3. Reconhecer os níveis de atenção na rede SUS (Sistema único de Saúde),
adaptando sua prática, ao contexto sócio-cultural no qual está inserido.
4. Dominar o plano terapêutico, levando em consideração seu nível social e
incluindo medidas não-farmacológicas.
5. Aplicar os princípios da Medicina Baseada em Evidências no cuidado do
paciente, considerando fatores emocionais, ambientais, socioculturais e econômicos associados
ao caso.
6. Valorizar o atendimento em inter e multiprofissional.
7. Dominar a classificação e critérios diagnóstico de diabetes mellitus através dos
critérios existentes (nacionais e internacionais), incluindo o diabetes gestacional.
8. Dominar o rastreamento das complicações crônicas do diabetes:
microvasculares (nefropatia, neuropatia e oftamopatia) e macrovasculares (insuficiência
coronariana, acidente vascular cerebral, insuficiência venosa periférica).
9. Identificar os aspectos clínico-epidemiológicos dos principais tumores
hipofisários, descrevendo a interferência na fisiologia do eixo hipotálamo-hipófise - glândulas
alvo e realizar o diagnóstico e manejo inicial de tumores hipofisários funcionantes ou não
funcionantes.
10. Dominar o exame físico da glândula tireoide e da região cervical.
11. Diagnosticar e manejar o paciente com hipotireoidismo e hiperitireoidismo.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
125
12. Dominar os diagnósticos das afecções estruturais da tireoide e indicação e
interpretação dos exames complementares.
13. Avaliar a indicação da cirurgia tireoidiana de acordo com os critérios do
consenso brasileiro e dominar o manejo pré e pós-operatório.
14. Realizar o exame físico da criança, preencher e interpretar gráficos em
pediatria, valorizando a antropometria e exame puberal (estádios de Tanner).
15. Dominar o metabolismo do cálcio, fósforo e da vitamina D, sabendo realizar o
diagnóstico de deficiência da Vitamina D.
16. Dominar o diagnosticar e tratar osteoporose, classificando-a etiologicamente.
17. Dominar o classificar as dislipidemias, a partir dos conhecimentos em
metabolismo dos lipídeos.
18. Dominar a estratificação de risco cardiovascular (através de escores de risco)
de pacientes com síndrome metabólica.
19. Dominar a anatomia e fisiologia do eixo hipotálamo, hipófise-adrenal,
identificando os aspectos clínico-epidemiológicos das doenças adrenais.
20. Avaliar os diferentes tipos de corticoide e sua bioequivalencia na corticoterapia,
implantando efetivamente um desmame coerente.
21. Dominar o diagnóstico e classificação etiológica de Obesidade e realizar
tratamento conforme as particularidades individuais do paciente.
Segundo Ano - R2
Aprimorar as competências já adquiridas no primeiro ano de residência em
Endocrinologia e Metabologia, ampliando a complexidade diagnóstica e terapêutica das
doenças.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO
1. Desenvolver prática crítica-reflexiva atualizando-se continuamente.
2. Dominar a prescrição de insulina utilizando os dispositivos disponíveis.
3. Dominar a orientação do paciente ou seu responsável quanto aos locais de
aplicação de insulina, seu armazenamento e o rodízio de aplicações.
4. Dominar o tratamento do diabetes gestacional e suas principais complicações, e
a interação com a equipe multi e interprofissional.
5. o tratamento de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
126
6. Manejar o paciente com hipopituitarismo, principalmente em situações de
estresse.
7. Dominar o diagnosticar e tratar diabetes insipidus e demais comorbidades na
doença hipofisária.
8. Manejar o paciente no pré e pós-operatório de cirurgia hipofisária.
9. Dominar o diagnóstico e tratamento de paciente com SIADH (Síndrome
Inapropriada do Hormônio Antidiurético).
10. Indicar e interpretar cateterismo de seio petroso nos casos suspeitos de
Síndrome de Cushing.
11. Manejar as emergências tireoidianas: coma mixedematoso e crise tireotóxica.
12. Dominar o diagnosticar e manejar a orbitopatia de Graves.
13. Dominar indicação de radioidoterapia em patologias benignas e malignas da
tireoide.
14. Manejar tratamento do Câncer de tireoide valorizando o trabalho da equipe
multi e inter profissional.
15. Manejar as alterações da tireoide na gravidez.
16. Reconhecer, diagnosticar e tratar as alterações do crescimento e as variantes
de normalidade.
17. Manejar pacientes com síndromes genéticas com alterações endócrinas
(Down, Turner,Klinefelter dentre outras).
18. Dominar o diagnosticar e tratar das afecções da paratireoide: hiperplasia,
adenoma, carcinoma e sua associação com as MEN (Neoplasia Endócrina Múltipla).
19. Manejar os portadores de doenças raras do metabolismo ósseo (Paget,
osteogenesis imperfecta, raquitismo, osteomalácia, entre outras).
20. Avaliar os métodos de imagem empregados em patologias ósseas
(Densitometria, cintilografia, RX e biópsia).
21. Dominar o diagnóstico e tratamento das dislipidemias.
22. Dominar o diagnóstico clínico e laboratorial e tratamento da insuficiência
adrenal.
23. Dominar o diagnóstico e tratamento do hirsutismo, ginecomastia, síndrome dos
ovários policísticos e infertilidade de causa endócrina.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
127
24. Dominar o diagnóstico e tratamento das alterações de libido, hipogonadismo
masculino e feminino e disfunção erétil, além de prescrever terapia de reposição hormonal
feminina e masculina.
25. Avaliar o processo de desenvolvimento e diferenciação sexual com suas
influências genéticas e hormonais, identificando quando presentes alterações genitais em recém-
nascidos e crianças maiores.
26. Dominar as medicações utilizadas para tratamento de obesidade e saber
manejar seus efeitos adversos.
27. Manejar o paciente no pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica.
28. Dominar a investigação da hipertensão arterial secundária e indicar tratamento
das causas endócrinas.
29. Diagnosticar e manejar portadores de Neoplasia Endócrina Múltipla,
destacando o papel da investigação dos familiares.
30. Diagnosticar e manejar a doença hepática gordurosa não alcoólica.
31. Diagnosticar e manejar síndromes poliglandulares autoimunes.
32. 32. Produção de artigo científico.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva da Comissão
FÁBIO ROGÉRIO TRUJITHO
Presidente da SBEM
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 208/209)
RESOLUÇÃO Nº 18, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Gastroenterologia.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
128
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Gastroenterologia
possui duração de dois anos, acesso com pré-requisito em Clínica Médica, sendo facultado ao
médico residente que tenha concluído um programa de residência médica em Clínica Médica;
respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
15 de maio de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica
de Gastroenterologia, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência
médica em Gastroenterologia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020
Art. 2º Fica revogado o item 21 dos Requisitos Mínimos dos Programas de
Residência Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
Matriz de Competências: Gastroenterologia
OBJETIVO GERAL
Capacitar o médico residente de Gastroenterologia para a executar o atendimento
clínico, nos âmbitos individual e coletivo, com geração de vínculo na relação interpessoal e de
identidade enquanto membro do sistema de saúde, realizar o plano diagnóstico e de tratamento
para as doenças na sua área de ação, nos cenários de prática ambulatorial e hospitalar, nos
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
129
diferentes níveis de atenção à saúde, com intervenções de promoção, prevenção e recuperação,
indicar tratamento cirúrgico quando for o caso e desenvolver o pensamento crítico e reflexivo ao
conhecimento científico pertinente e a sua prática profissional, tornando-o progressivamente
autônomo, capaz de praticar a comunicação verbal e não verbal com empatia, comprometido
com o seu paciente, capaz de dar seguimento à sua educação permanente, buscando manter a
sua competência diante do desenvolvimento do conhecimento com profissionalismo,
compreensão dos determinantes sociais do processo de saúde e de doença e de exercer a
liderança horizontal na equipe interdisciplinar e multiprofissional de saúde.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Desenvolver as competências para o médico residente executar de forma
autônoma, ética, humanística, crítica, reflexiva, segura e com responsabilidade social os planos
diagnósticos, terapêuticos e procedimentos explicitados como essenciais em Gastroenterologia
para cada ano de treinamento.
COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO
Ao término do primeiro ano- R1
1. Dominar a história clínica, realização do exame físico, geral e específico,
formular e avaliar hipóteses diagnósticas, solicitar e interpretar exames complementares para
construir a árvore de decisão;
2. Identificar situações complexas presentes e colocá-las por prioridades,
ressalvadas aquelas que contenham ameaça iminente à saúde e à vida, planejar e implementar
condutas diagnósticas e terapêuticas às afecções mais prevalentes na Gastroenterologia,
estabelecendo mecanismos de controle que permitam identificar precocemente ajustes nas
condutas em curso;
3. Dominar conhecimentos dos conceitos básicos, fisiopatologia, determinantes
sociais do processo de saúde e doença, critérios diagnósticos e princípios fundamentais das
terapêuticas nas síndromes e nas doenças mais frequentes e graves em Gastroenterologia;
4. Dominar o manejo das doenças gastroenterológicas mais frequentes e
estratificar sua gravidade para indicar internação, atendimento de urgência e emergência e
alocação de infraestrutura do sistema de saúde;
5. Realizar o plano diagnóstico, solicitar e avaliar as provas diagnósticas e instituir
a terapêutica pertinente e o seguimento clínico das principais doenças gastrointestinais;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
130
6. Identificar e avaliar os pacientes com as doenças agudas e crônicas prevalentes
em Gastroenterologia, nas urgências e emergências, e os seus diagnósticos diferenciais,
especialmente no atendimento dos pacientes com hemorragia digestiva aguda, estados
dolorosos abdominais agudos, pancreatites, enfermidades infecciosas agudas do sistema
digestório e descompensação da cirrose hepática, com estratificação da gravidade com
construção do algoritmo diagnóstico e do plano terapêutico, além de avaliar aspectos do controle
clínico durante o seguimento destes pacientes na Sala de Emergência, na Unidade de Terapia
Intensiva, na Unidade Semi- Intensiva e no Pós-Operatório;
7. Identificar as principais causas de doenças gastroenterológicas como o
alcoolismo, infecções virais, a exposição à risco pelo baixo controle das medidas sanitárias
ambientais e de higiene, além de promover a prevenção de enfermidades pela aderência à
vacinação;
8. Identificar e fazer busca ativa dos fatores e atitudes de risco à saúde e à vida na
área da Gastroenterologia e ser capaz de gerar intervenções que, de modo crítico e reflexivo,
demonstrem impacto na sobrevida e na qualidade de vida da pessoa e da coletividade;
9. Indicar e avaliar as provas diagnósticas e seus resultados para as principais
doenças do aparelho digestório;
10. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados
clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,
com data, hora, assinatura e número do registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo
atualizado;
11. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente
e/ou seu responsável legal;
12. Acompanhar o paciente da internação até a alta hospitalar, produzir relatório
específico para continuidade terapêutica e seguimento clínico;
13. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre as indicações, contraindicações,
cuidados e interpretação dos resultados dos exames de imagem com e sem contraste;
14. Analisar as indicações, contraindicações e limitações dos métodos diagnósticos
e terapêuticos relacionados à especialidade;
15. Compreender a infraestrutura e os cuidados na realização dos procedimentos
de endoscopia digestiva, sedação, desinfecção dos endoscópios e seus acessórios;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
131
16. Demonstrar conhecimentos sobre a técnica da Endoscopia Digestiva Alta e
Baixa, as indicações, contraindicações e complicações;
17. Saber manusear o equipamento para Endoscopia Digestiva: a unidade de
imagem (monitor, microcâmera e processadora de imagens), o endoscópio, a fonte de luz e os
principais acessórios;
18. Analisar as imagens clássicas das doenças mais frequentes em
Gastroenterologia, geradas por métodos endoscópicos, de imagem e exame histopatológico;
19. Dominar a técnica de paracentese;
20. Demonstrar o conhecimento sobre a realização da biópsia hepática, pHmetria
esófago-gástrica, manometria de esôfago e anorretal e impedanciometria;
21. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação;
22. Valorizar e solicitar interconsultas com outros especialistas.
23. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o
essencial de metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de
trabalhos científicos;
24. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;
25. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
26. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
27. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o
entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações,
salvo em caso de risco iminente de morte.
28. Estabelecer relação respeitosa com o preceptor, equipe de trabalho e todos os
funcionários do hospital;
29. Compreender os mecanismos utilizados para concessão de medicamentos
para os pacientes através da assistência farmacêutica em Farmácia de alto custo e/ou
medicamento estratégico;
30. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
mantendo os padrões de excelência;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
132
31. Valorizar a relação custo/benefício para as boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares
Ao Término do segundo ano- R2
1. Dominar o conhecimento sobre a anatomia. Fisiologia e fisiopatologia do
aparelho digestório no diagnóstico e tratamento das doenças;
2. Analisar a biologia dos tumores do aparelho digestório e aplicar o conhecimento
nas bases da oncologia clínica e cirúrgica;
3. Aplicar os conhecimentos sobre a imunologia, nutrição, mecanismos de defesa
do hospedeiro e infecção nos pacientes imunodeprimidos;
4. Dominar as principais doenças sistêmicas que apresentam sinais ou sintomas
gastroenterológicos;
5. Dominar diagnóstico e tratamento das principais afecções gastroenterológicas
como: hepatites virais; das doenças agudas e crônicas do fígado. Doenças Inflamatórias
Intestinais., lesões do pâncreas;
6. Dominar as principais indicações, contraindicações e complicações de
medicamentos biológicos na Gastroenterologia;
7. Demonstrar e aplicar conhecimento no rastreamento de neoplasias do aparelho
digestório;
8. Analisar os aspectos gerais dos transplantes hepático, pancreático, de fezes e
intestinal (tipos, indicações, sistemas de classificação de gravidade, acompanhamento pós-
operatório, complicações);
9. Analisar os princípios gerais da captação de órgãos e suas leis;
10. Aplicar conhecimentos e habilidades na prevenção da doença e na promoção
da saúde;
11. Realizar exame de endoscopia digestiva alta diagnóstica e procedimentos mais
simples relacionados;
12. Analisar os princípios da ultrassonografia e realizar paracenteses guiadas;
13. Analisar a técnica de biópsia hepática transparietal;
14. Identificar indicações, contra-indicações, custos e riscos envolvidos nos
exames complementares em gastroenterologia;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
133
15. Avaliar as imagens endoscópicas e de imagem das doenças
gastroenterológicas, patologias mais frequentes;
16. Manejar o suporte para os pacientes e familiares nos casos de medicina
paliativa e de terminalidade da vida;
17. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
demonstrando seus conhecimentos e sua liderança no sentido de minimizar eventuais
complicações, mantendo consciência de suas limitações;
18. Produzir um trabalho científico, utilizando o método de investigação adequado
e apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar
publicamente em forma de monografia.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva da Comissão
FLÁVIO ANTONIO QUILICI
Presidente da FBG
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 209/210)
RESOLUÇÃO Nº 19, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Urologia
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
134
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Urologia possui duração de
três anos, acesso com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-requisito em Área Cirúrgica
Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente.
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 18 de
maio de 2018, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em
Urologia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório a aplicação da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 3º Fica revogado o item 55 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: UROLOGIA
OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA
Formar e habilitar médicos na área da Urologia clínica e cirúrgica com competências que
os capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Urologia e dominar a
realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade, assim como conhecer as
opções não operatórias e desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação à literatura médica,
tornando-o progressivamente responsável e independente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROGRAMA
1. Desenvolver e aprimorar habilidades técnicas, raciocínio e a capacidade de tomar
decisões na área de urologia.
2. Realizar avaliação pré-cirúrgica do paciente, utilizando o domínio dos conteúdos de
informações gerais, exame clínico e interpretação de exames complementares, contribuindo para a
redução do risco operatório.
3. Estratificar o risco cirúrgico e decidir sobre a realização da cirurgia proposta.
4. Valorizar Tos fatores somáticos, psicológicos e sociais que interferem na saúde.
5. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à segurança
do paciente.
6. Promover a integração do médico em equipes inter e multiprofissionais na assistência
aos pacientes.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
135
7. Estimular a educação permanente.
8. Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da Urologia,
considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais.
9. Dominar as técnicas diagnósticas, laboratoriais e radiológicas, relacionadas às afecções
urológicas.
10. Dominar as técnicas de cirurgia urológica e suas variantes específicas com grau
crescente de complexidade no decorrer dos três anos de treinamento.
11. Realizar o procedimento cirúrgico com segurança em todas as suas etapas.
12. Identificar e tratar complicações intra e pós-operatórias.
13. Produzir um artigo científico e apresentá-lo em congresso médico ou submetê-lo ou
publicá-lo.
14. Treinar e qualificar os residentes para as seguintes áreas dentro da especialidade:
Andrologia; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Endourologia e Laparoscopia; Imagem em Urologia,
Biópsias Dirigidas; Litíase e Litotripsia; Transplante Renal; Urologia Feminina; Urologia Geral;
Uroneurologia e Urodinâmica; Oncologia Urológica; Urologia Pediátrica.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO- R1
1. Compreender e avaliar a embriologia, a pato-fisiologia e a anatomia cirúrgica do trato
gênito-urinário.
2. Analisar a base dos fundamentos da urologia.
3. Formular hipóteses para diagnósticos diferenciais em urologia.
4. Indicar os exames complementares pertinentes e a terapêutica mais adequada para
afecções urológicas.
5. Avaliar as doenças urológicas agudas traumáticas e atraumáticas.
6. Avaliar o diagnóstico e indicação terapêutica concernentes às doenças sexualmente
transmissíveis.
7. Dominar o manejo diagnóstico e terapêutico da obstrução urinária aguda, assim como
os diagnósticos diferenciais e exames complementares.
8. Dominar o manejo diagnóstico e terapêutico da litíase urinária: operação de
equipamento, acompanhamento e tratamento das complicações da litotripsia extra-córporea.
9. Avaliar e manejar as principais complicações clínicas pós-operatórias de cirurgias
urológicas.
10. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre a indicação e interpretação de exames
de imagem com e sem contraste.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
136
11. Registrar os dados e a evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa.
Manter atualizado no prontuário os resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos,
pareceres de outras clínicas chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso.
12. Realizar o preparo do paciente no pré-operatório, a prescrição do pré e do pós-
operatório e todo o acompanhamento do paciente da internação até a alta hospitalar.
13. Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de cirurgias de
pequeno e médio porte e auxiliar cirurgias de médio e grande porte do programa básico de Urologia sob
supervisão.
14. Realizar o cuidado da ferida operatória, infecção cirúrgica e seu tratamento quando
necessário, assim como o manuseio de drenos, ostomias e pontos cirúrgicos.
15. Dominar o manuseio do equipamento para cirurgias videolaparoscópicas: a unidade de
imagem (monitor, ótica e processador de imagens), o insuflador (pressões de insuflação), fonte de luz.
16. Analisar os instrumentos cirúrgicos endoscópicos permanentes e descartáveis como
cistoscópico, ureteroscópio semirrígido e flexível, nefroscópio, ressectoscópio, assim como materiais
utilizados durante as cirurgias endoscópicas (dilatadores, cateteres, litotridores e pinças endoscópicas).
17. ompreender os diferentes tipos de energia usados em cirurgia e suas aplicações.
18. Dominar o manejo dos diferentes tipos de cateteres essenciais à prática da
especialidade: sondas vesicais, nefrostomias e cateteres ureterais, nos seus mais diversos materiais e
tamanhos.
19. Realizar sondagem vesical de demora, assim como ter conhecimento sobre as
dificuldades inerentes ao procedimento e suas complicações.
20. Inferir sobre os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente
mantendo os padrões de excelência. Analisar a relação custo/benefício para as boas práticas na
indicação de medicamentos e exames complementares.
21. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o essencial de
metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de trabalhos científicos.
22. Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares,
considerando valores e crenças.
23. Valorizar os conceitos fundamentais da ética médica em toda sua abrangência.
24. Avaliar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.
25. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o entendimento
sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
137
26. Estabelecer relação respeitosa com demais médicos e equipe multiprofissional, além
dos demais funcionários da Instituição.
27. Capacita-ser para discussão de artigos científicos, apresentação de casos clínicos e
seminários.
28. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os
procedimentos para essa etapa de sua formação.
29. Dominar a técnica dos exames físico genital (exame digital retal); Peniscopia;
Pielografia ascendente; Semiologia para disfunção erétil.; Teste de ereção fármaco induzida;
Urofluxometria.
30. Dominar a realização de exames endoscópicos de pequena complexidade; Biópsias
penianas e escrotais; Punções percutâneas e endocavitárias com intuito de biópsia e/ou drenagem;
Ultrassonografia básica do trato urinário inferior e superior e de órgãos genitais
31. Dominar a técnica cirúrgica das seguintes cirurgias de pequena e média complexidade:
Abscesso periuretral- tratamento cirúrgico; Biópsia escrotal; Biópsia peniana; Biópsia prostática guiada
por ultra-som; Biópsia renal cirúrgica / por punção; Biópsia testicular; Cistolitotomia; Cistostomia: cirúrgica
e por punção; Correção cirúrgica de hidrocele; Correção cirúrgica de varicocele; Colocação cirúrgica de
duplo J; Correção cirúrgica de torção do testículo; Dilatação uretral; Drenagem de abscesso de epidídimo;
Drenagem de abscesso escrotal; Eletrocauterização de lesões cutâneas genitais; Epididimectomia;
Espermatocelectomia; Exerése de cisto epididimário; Exérese de cisto escrotal; Extração cirúrgica de
corpo estranho uretral; Extração cirúrgica de corpo estranho vesical; Implante de prótese testicular;
Implante de cateter intra-peritonial para diálise; Incisão de prepúcio; Instilação vesical ou uretral;
Litotripsia Extracorpórea por ondas de choque; Meatotomia uretral; Orquiectomia; Orquipexia de testículo
palpável; Plástica de freio bálano prepucial; Plástica escrotal; Postectomia; Prostatectomia a céu aberto;
Punção da túnica vaginal; Punção e aspiração vesical; Redução de parafimose; Ressecção parcial
escrotal; Tratamento do priapismo; Uretrostomia; Ureterolitotomia aberta; Vasectomia (Cirurgia
Esterilizadora Masculina)
32. Dominar a realização dos seguintes procedimentos endourológicos: Retirada e
colocação de cateteres uretrais e vesicais; Biópsia endoscópica de bexiga; Cateterismo ureteral;
Cistoscopia; Colocação endoscópica de duplo J; Corpo estranho extração endoscópica; Dilatação uretral;
Uretroscopia; Ureterorrenoscopia diagnóstica; Uretrotomia interna
33. Dominar o atendimento das urgências urológicas.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO- R2
1. Demonstrar conhecimento e segurança na condução da cirurgia de acordo com os
princípios da boa prática.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
138
2. Avaliar, diagnosticar e tratar as complicações cirúrgicas intra e pós-operatórias.
3. Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório para cirurgias de
médio e grande porte.
4. Dominar a indicação de reintervenção nas intercorrências do pós-operatório e instituir a
terapêutica apropriada.
5. Avaliar as indicações, contraindicações e as complicações de cada procedimento
recomendado para o paciente.
6. Avaliar as indicações, assim como interpretação e realização de estudo urodinâmico e
fluxometria.
7. Avaliar a indicação e interpretação dos exames pertinentes do pré-operatório de todos
os órgãos e sistemas de sua área de atuação.
8. Colaborar nas atividades clínicas de rotina: anamnese e exame clínico em ambulatório,
enfermarias, avaliações externas e de urgência.
9. Dominar as bases da videolaparoscopia: indicações e riscos. As alterações da fisiologia.
Os efeitos do pneumoperitônio. As vantagens e desvantagens da cirurgia minimamente invasiva.
10. Demonstrar as habilidades práticas sobre os princípios da videocirurgia (material,
acessos, técnica, contraindicações, conversões entre outros), incluindo as tarefas mais simples da
cirurgia com acesso minimamente invasivo: posicionamento do paciente na mesa operatória, sistemas de
imagem e de insuflação de gases.
11. Dominar a realização de procedimentos endourológicos de média complexidade.
12. Manejar o diagnóstico e tratamento da incontinência urinária feminina e masculina.
13. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética médica.
14. Respeitar os valores culturais e religiosos dos pacientes oferecendo o melhor
tratamento.
15. Disponibilizar do suporte solicitado para os pacientes e familiares especialmente nos
casos de terapêutica paliativa.
16. Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de cirurgias de
médio porte e auxiliar cirurgia de grande porte do Programa Básico de Urologia sob supervisão.
17. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os
procedimentos para essa etapa de sua formação.
18. Dominar a realização de exames endoscópicos de alta complexidade e Estudos
urodinâmicos.
19. Dominar a técnica da realização dos seguintes procedimentos endoscópicos e
laparoscópicos :Aspiração vesical de retenção urinária por coágulo; Biopsia endoscópica de ureter;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
139
Cistolitotripsia percutânea; Cistolitotripsia transuretral; Colocação nefroscópica de duplo J;
Eletrocoagulação endoscópica de uretra; Vaporização da próstata; Extração endoscópica de cálculo
vesical; Hemostasia endoscópica da loja prostática; Laparoscopia em ausência testicular; Meatotomia
endoscópica de ureter; Ressecção de válvula de uretra posterior; Ressecção endoscópica da próstata;
Ressecção endoscópica de colo diverticular de bexiga; Ressecção endoscópica de pólipos vesicais;
Ressecção endoscópica de ureterocele; Retirada endoscópica de cálculo de ureter; Tratamento
endoscópico da incontinência urinária; Ureterolitotripsia endoscópica semirígida.
20. Dominar a técnica operadoria das cirurgias de média complexidade: Abscesso renal ou
perirrenal - drenagem cirúrgica; Acesso percutâneo para nefroscopia sob fluoroscopia ou ultra-som;
Amputação parcial do pênis; Amputação total do pênis; Bexiga psoica; Biópsia cirúrgica de ureter;
Nefroureterectomia bilateral em doador de múltiplos órgãos; Cistectomia parcial; Cistoplastia redutora;
Cistorrafia por trauma; Correção de hipospádia distal e médio peniana; Diverticulectomia; Esfincterotomia;
Exploração cirúrgica do deferente; Extração cirurgia de corpo estranho ou cálculo uretral; Fistula
arteriovenosa para hemodiálise; Fístulas urinárias - correção cirúrgica; Implante de prótese peniana;
Linfadenectomia inguinal ou ilíaca; Linfadenectomia pélvica; Lombotomia exploradora; Marsupialização
de cistos renais; Meatoplastia uretral; Nefrectomia simples; Nefrectomia radical; Nefroureterectomia
radical; Nefrolitotomia simples; Nefropexia; Nefrorrafia; Nefrostomia a céu aberto / percutânea; Orquipexia
- testículo não-palpado; Pielolitotomia com nefrolitotomia simples; Pieloplastia aberta; Pielostomia;
Pielotomia exploradora; Plástica de corpo cavernoso; Prostatotomia; Prostatovesiculectomia radical;
Reimplante uretero-vesical; Reparação plástica por trauma testicular; Ressecção cirúrgica de ureterocele;
Ressecção de carúncula uretral; Ressecção endoscópica de colo vesical; Tratamento cirúrgico de
divertículo uretral; Tratamento cirúrgico de doença de Peyronie; Tratamento cirúrgico de fratura do pênis;
Tratamento cirúrgico de incontinência urinária por cirurgia aberta; Tratamento cirúrgico do priapismo;
Tratamento da incontinência urinaria por suspensão endoscópica do colo vesical; Tratamento de
incontinência urinária por Sling vaginal, transobturatório ou abdominal; Tratamento dos prolapsos genitais
femininos; Ureterectomia; Ureterostomia cutânea; Uretroplastia anterior; Vesicostomia cutânea
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO- R3
1. Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório de cirurgias de
médio e grande porte.
2. Realizar cirurgias de médio e grande porte.
3. Dominar os princípios do transplante e da capitação renal.
4. Estimar a relação custo/benefício para o tratamento das doenças em sua área de
atuação visando selecionar os métodos de investigação diagnóstica adequados e a melhor terapêutica,
mantendo sempre a qualidade do atendimento.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
140
5. Identificar a gravidade do quadro apresentado pelo paciente e priorizar a atenção do
cuidado.
6. Dominar o manejo diagnóstico e terapêutico de neoplasias do trato gênito-urinário,
assim como analisar os exames pertinentes;
7. Dominar a realização de procedimentos endourológicos de alta complexidade.
8. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias funcionais e de
reconstrução do aparelho urogenital, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir
terapêutica pertinente.
9. Avaliar a fisiopatologia, diagnóstico e terapêutica de infertilidade masculina, de
disfunção erétil e do hipogonadismo;
10. Avaliar o diagnóstico e tratamento de condições urológicas infantis.
11. Dominar a técnica cirúrgicas de derivações urinárias;
12. Manter relação médico-paciente ética e dinâmica ajudando-o e aos familiares nas
decisões a serem tomadas para a investigação da doença e nas situações que envolvam os cuidados
paliativos;
13. Contribuir na formação e ensino dos residentes do segundo e primeiro ano, sob
supervisão do preceptor, assim como demonstrar capacidade de liderança na equipe médica.
14. Ser capaz de trabalhar em equipe exercendo liderança, mas dividindo a
responsabilidade dos cuidados dos pacientes com os demais integrantes da equipe de saúde.
15. Tomar decisões sob condições adversas na emergência e no intra-operatório, com
controle emocional e equilíbrio, demonstrando seus conhecimentos e sua liderança no sentido de
minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações.
16. Compreender suas responsabilidades e limitações. Saber fazer e aceitar críticas
buscando aprimorar seus conhecimentos e habilidades.
17. Manter constante seus processos de aprendizagem (aprender a aprender) buscando
melhorar sua expertise, procurando sempre prestar um atendimento de qualidade máxima.
18. Aplicar seus conhecimentos e habilidades na prevenção da doença e na promoção da
saúde.
19. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os
procedimentos urológicos, desde pequena a grande porte.
20. Compreender as bases da cirurgia robô-assistida: particularidades, indicações e riscos.
21. Dominar a técnica dos exames endoscópicos de alta complexidade.
22. Dominar a técnica cirúrgicas dos seguintes procedimentos cirúrgicos: Oncologia
urológica; Cirurgias radicais; Transplante renal; Derivações Urinárias; Cirurgias laparoscópicas; Cirurgias
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
141
reconstrutivas urológicas; Cirurgias endourológicas; ureterorrenoscopia flexível; ureterorrenolitotripsia
flexível a laser; utilização de laser em urologia;;
23. Dominar a técnica cirúrgica das cirurgias de alta complexidade:Adrenalectomia;
Ampliações vesicais e condutos continentes; Angioplastia renal; Autotransplante renal; Cistectomia
radical; Cistectomia total; Cistouretroplastia - neouretra proximal; Correção cirúrgica de extrofia vesical;
Correção de epispádia; Correção de fístulas urinárias complexas; Correção de hipospádias proximais;
Emasculação; Enterocistoplastia; Enucleação de tumor renal; Epididimovasostomia; Implante de prótese
peniana inflável; Implante de esfíncter urinário artificial; Linfadenectomia retroperitoneal; Marsupializacão
de linfocele; Nefrectomia parcial; Nefrectomia radical; Nefrolitotomia anatrófica; Nefroureterectomia com
ressecção vesical; Neobexiga; Reconstrução peniana por retalho cutâneo à distância; Ressecção de
tumor uretral; Ressecção endoscópica da próstata com laser; Revascularização renal; Transplante renal;
receptor e doador; Tratamento cirúrgico de incontinência urinária masculina; Tumores retro peritoneais
malignos; Ureteroileocistoneostomia; Ureteroileostomia cutânea; Ureterólise; Ureteroplastia;
Ureterosigmoidoplastia; Ureterosigmoidostomia; Ureteroureterocistoneostomia; Ureteroureterostomia
cutânea; Ureteroureterostomia; Uretroplastia posterior; Vaso-vasostomia;
24. Dominar a técnica da realização dos seguimentos: Correção laparoscópica de refluxo
vésico ureteral; Endopielotomia endoscópica (retrógrada, anterógrada); Ligadura laparoscópica de vasos
espermáticos; Linfadenectomia pélvica laparoscópica; Linfadenectomia retroperitoneal laparoscópica;
Marsupialização laparoscópica de cistos renais; Marsupialização laparoscópica de linfocele; Nefrectomia
laparoscópica, doador de rim; Nefrectomia radical laparoscópica; Nefrectomia parcial laparoscópica;
Nefrectomia total laparoscópica; Nefrolitotripsia percutânea; Pieloplastia laparoscópica;
Prostatovesiculetectomia radical laparoscópica; Tratamento endoscópico de tumores do trato urinário
superior (retrógrado/anterógrado); Ureterolitotomia laparoscópica; Ureterorrenolitotripsia flexível a laser
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva da Comissão
SEBASTIÃO JOSÉ WESTPHA
Presidente da SBU
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 210/211)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
142
RESOLUÇÃO Nº 20, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Genética Médica.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Genética Médica possui
duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 20 de
junho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Genética
Médica, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em
Genética Médica, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se
iniciarem a partir de 1º de março de 2020.
Art. 2º Fica revogado o item 22 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência
Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: GENÉTICA MÉDICA
OBJETIVOS GERAIS
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
143
1- Demonstrar conhecimentos de semiologia, elaboração do diagnóstico e plano de
investigação.
2- Dominar a consulta à literatura e bancos de dados.
3- Dominar a coleta e interpretação dos exames laboratoriais em genética.
4- Dominar a comunicação verbal e não verbal, bem como a comunicação efetiva com a
equipe.
5- Realizar relatos científicos.
6- Manter as boas práticas da especialidade.
7- Conduzir clinicamente pacientes com anomalias congênitas e doenças de etiologia
genética.
8- Dominar aspectos reguladores da prática profissional e políticas públicas em Genética
Médica, podendo demandar e responder a demandas dos gestores de saúde.
Ao Término do primeiro ano- R1
I-Avaliação clínica
1- Dominar a técnica de anamnese voltada para a genética com construção e
interpretação de heredograma de pelo menos três gerações.
2- Dominar o exame físico geral e morfológico em pacientes em todas as faixas etárias.
3- Dominar o uso de ferramentas de pesquisa e bancos de dados para diagnóstico clínico.
4- Dominar a investigação de anomalias ocultas.
5- Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a evolução do
paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os resultados dos
exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas chamadas a opinar e
quaisquer outras informações pertinentes ao caso.
II-Investigação Laboratorial
1- Dominar a investigação de testes alterados de triagem neonatal do Programa Nacional
de Triagem Neonatal.
III-Comunicação e Relacionamento
1- Atuar de acordo com normas éticas e de forma humanizada na sua prática profissional.
2- Comunicar diagnósticos e riscos de forma não diretiva, respeitando diferentes culturas e
limitações cognitivas / educacionais.
3- Dominar de comunicação de más notícias.
4- Valorizar o trabalho em equipe inter, multi e transdisciplinar.
5- Dominar a apresentação de casos clínicos.
IV- Gestão do Conhecimento
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
144
1- Avaliar artigos científicos de acordo com sua etapa de formação.
2- Atuar de forma pró-ativa para a superação de suas limitações e para a superação de
limitações de conhecimento.
3- Dominar o conhecimento de: Bases cromossômicas da hereditariedade; Padrões de
herança mendeliana ; Padrões de herança não convencionais; Herança complexa e principais doenças
relacionadas; Bases moleculares das doenças genéticas; Aspectos genéticos do desenvolvimento;
Citogenética clássica; Propedêutica em genética clínica; Conceitos básicos em dismorfologia; Deficiência
Intelectual e Transtorno do Espectro Autista; Principais síndromes cromossômicas; Principais síndromes
monogênicas; Triagem neonatal; Fundamentos éticos, legais e sociais do Aconselhamento Genético e
Comunicação de notícias difíceis.
Ao término do segundo ano- R2
I- Avaliação clínica
1- Acompanhar e Realizar exame morfológico em necropsias.
2- Elaborar hipótese diagnóstica, diagnósticos diferenciais e plano de investigação a partir
dos dados clínicos em anomalias congênitas e em deficiência intelectual.
II- Investigação Laboratorial
1- Dominar a investigação de casos de testes alterados de Triagem Neonatal Expandida.
2- Orientar ou coletar materiais biológicos para análise laboratorial (pacientes vivos e pós
mortem).
III- Manejo
1- Dominar o manejo clínico de pacientes com Anomalias Morfológicas Congênitas ou de
início pós-natal através da aplicação de protocolos clínicos disponíveis, com orientações de medidas de
saúde de acordo com a história natural da doença de forma multidisciplinar.
2- Dominar o manejo clínico de pacientes com Deficiência Intelectual de etiologia genética
provável ou comprovada.
3- Estimar riscos de ocorrência e recorrência de agravos de origem genética, mal-
formações congênitas, deficiência intelectual e informá-los de forma não diretiva.
IV- Comunicação e Relacionamento
1- Redigir documentos a serem fornecidos ao paciente, como relatórios, laudos médicos,
carta de emergência e outros.
2- Valorizar a comunicação com médicos e outros profissionais da saúde de outras
especialidades sobre genética.
3- Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares, respeitando
valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
145
4- Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica.
5- Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.
6- Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o entendimento
sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações.
V- Saúde Coletiva
1- Avaliar as políticas públicas relacionadas à especialidade.
2- Avaliar a legislação e regulamentações referente à especialidade, incluindo a saúde
suplementar.
VI - Gestão do Conhecimento
1- Manter-se atualizado com a literatura na área.
2- Dominar o conhecimento teórico de: Citogenética molecular; Síndromes de
microdeleção/microduplicação; Anomalias congênitas - epidemiologia e bases etiopatogênicas; Displasias
esqueléticas; Estrutura do genoma humano; Anomalias do desenvolvimento sexual; Principais
genodermatoses; Doenças metabólicas: classificação, quadro clínico, métodos de diagnóstico e
tratamento; Teratógenos; Diagnóstico pré-natal, indicações e técnicas; Aspectos genéticos da infertilidade
/ esterilidade / perdas gestacionais; Avaliação e Comunicação de risco no Aconselhamento Genético;
Bases genéticas do câncer; Genética de populações e comunitária; Medicina baseada em evidências
aplicada a genética.
Ao Término do terceiro ano- R3
I- Avaliação clínica
1- Elaborar hipótese diagnóstica, diagnósticos diferenciais e plano de investigação a partir
dos dados clínicos em Erros Inatos do Metabolismo; Neurogenética e Oncogenética.
II- Investigação Laboratorial
1- Dominar exames complementares em genética e a investigação de anomalias
congênitas e doenças genéticas em nível pré-concepcional e pré-natal.
2- Dominar a comunicação dos resultados de exames complementares em genética.
3- Dominar a orientação às famílias sobre a relevância, limitações e eventuais problemas
técnicos, clínicos e éticos relacionados aos exames genéticos, incluindo testes preditivos e de triagem.
4- Dominar o uso de bancos de dados para interpretação de variantes genéticas.
III- Manejo
1- Dominar o manejo clínico de doenças genéticas: Erros Inatos do Metabolismo;
Neurogenética; Oncogenética e outras doenças genéticas (com interface com outras especialidades).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
146
2- Dominar a indicação dos tratamentos específicos disponíveis para doenças e agravos
genéticos.
3- Dominar a orientação procedimentos e técnicas de reprodução humana.
4- Dominar o aconselhamento genético pré e pós testes genéticos.
IV- Comunicação e Relacionamento
1- Dominar a comunicação com familiares, organizações da sociedade civil e população
geral.
2- Redigir relatos de caso e/ou artigos científicos e/ou monografia.
V- Saúde Coletiva
1- Interagir e articular com os diferentes atores e instâncias na área da saúde para a
integralidade da ação.
VI- Gestão do Conhecimento
1- Dominar o conhecimento das ferramentas moleculares em genética médica: métodos;
aplicações Neurogenética: doenças neuromusculares e neurodegenerativas; Síndromes de câncer
hereditário; Abordagens terapêuticas das doenças genéticas e Medicina Personalizada.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva da Comissão
TÊMIS MARIA FÉLIX
Presidente da SBGM
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 211/212)
RESOLUÇÃO Nº 21, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Otorrinolaringologia.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições
que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,
e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a
formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define
competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
147
habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de
Residência Medica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Otorrinolaringologia possui
duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 22 de
novembro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de
Otorrinolaringologia, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica em
Otorrinolaringologia, na forma do anexo desta Resolução.
Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se
iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.
Art. 2º Fica revogado o item 45 do anexo da Resolução Médica da Resolução CNRM
2/2006, de 17 de maio de 2006, dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: OTORRINOLARINGOLOGIA
OBJETIVOS GERAIS
Habilitar médicos a adquirir as competências necessárias para realizar diagnósticos,
procedimentos diagnósticos, tratamentos clínicos e cirúrgicos na área de Otorrinolaringologia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Dominar a anatomia e fisiologia de orelha externa, média e interna, nariz, seios para-
nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço;
2. Dominar anamnese e exame físico otorrinolaringológico;
3. Dominar o diagnóstico e a solicitação de exames complementares nas afecções da
orelha externa, média e interna, nariz, seios paranasais, boca, faringe, laringe, traqueia, face, órbitas,
base de crânio e pescoço;
4. Dominar o diagnóstico das manifestações otorrinolaringológica;
5. Dominar a realização e avaliação de exames complementares otorrinolaringológicos;
6. Dominar a realização de procedimentos cirúrgicos e cuidados pré e pós-operatórios em
otorrinolaringologia;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
148
7. Dominar o tratamento das complicações clínicas e cirúrgicas em otorrinolaringologia;
8. Avaliar e realizar o diagnóstico e tratamento das afecções em Medicina do Sono,
Foniatria e Cirurgia Craniomaxilofacial;
9. Produzir um artigo científico, apresentando-o em congressos ou publicando-o em
revistas científicas.
COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO
AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO - R1
1. Dominar as bases da anatomia e fisiologia da orelha externa, média e interna, nariz,
seios paranasais, boca, faringe, laringe, esôfago cervical, traqueia, face, órbitas, couro cabeludo, base de
crânio e pescoço.
2. Avaliar as técnicas do exame físico otorrinolaringológico (otoscopia, rinoscopia anterior
e posterior, oroscopia, laringoscopia, inspeção estática e dinâmica da face, palpação cervical, avaliação
de pares cranianos).
3. Demonstrar habilidades na realização de exame físico armado otorrinolaringológico,
como endoscopia nasal rígida e flexível, faringolaringoscopia rígida e flexível, laringoestroboscopia,
traqueoscopia, vídeo-endoscopia da deglutição, vídeo-quimografia, vídeo-otoscopia, micro-otoscopia,
vídeo-endoscopia do sono.
4. Compreender a realização de exames de avaliação auditiva como audiometrias,
imitanciometria, otoemissões acústicas e audiometrias de tronco cerebral (BERA), e interpretá-los
corretamente;
5. Demonstrar habilidades técnicas para a realização e interpretação do exame físico
otoneurológico, como manobras para diagnóstico e tratamento de vertigens posicionais, manobras do tipo
bed-side tests, testes de equilíbrio estático e dinâmico, incluindo Romberg, Unterberger-Fukuda e
marcha;
6. Planejar e realizar procedimentos otorrinolaringológicos ambulatoriais, como remoção
de cerume; remoção de corpos estranhos otológicos, nasossinusais, faríngeos e laríngeos; cauterização
nasal em epistaxes, tamponamentos nasais anteriores e posteriores; drenagem de abscessos em orelha
externa, nariz, boca, faringe, couro cabeludo, face e pescoço; biópsias de orelha externa, nariz, boca,
faringe, face e pescoço;
7. Dominar a técnica cirúrgica em cirurgias otorrinolaringológicas de pequeno porte ou
complexidade, como adenoidectomias, amigdalectomias, timpanotomias para tubo de ventilação,
cauterização de conchas inferiores, frenotomias, exérese de rânulas, colobomas e cistos, e biópsias;
8. Dominar o auxílio em cirurgias otorrinolaringológicas de médio e grande porte ou
complexidade: timpanoplastias, reconstruções de cadeia ossicular, cirurgias do estribo, otoplastias,
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
149
meatoplastias, mastoidectomias, implantes de próteses de condução óssea, implantes cocleares,
cirurgias de nervo facial, cirurgias de ouvido congênito, temporalectomias, frontoplastias, septoplastias,
turbinectomias, turbinoplastias, rinoplastias, sinusectomias, cirurgias endoscópicas da base de crânio,
dacriocistorrinostomias, acessos à órbita, malformações, uvulopalatofaringoplastias, faringoplastias,
palatoplastias, microcirurgias de laringe, supraglotoplastias, aritenoidectomias, tireoplastias,
tireoidectomias, cordectomias, cricotireoidostomia, traqueostomias, traqueoplastias, correções de
estenoses laríngeas ou traqueais;
9. Planejar e organizar a apresentação de casos clínicos para discussões médicas.
10. Analisar o diagnóstico, tratamento clínico e/ou cirúrgico e complicações das afecções
otorrinolaringológicas inflamatórias, infecciosas, estruturais e/ ou neoplásicas.
11. Desenvolver habilidade para comunicar e aconselhar pacientes/responsáveis sobre
indicação, contraindicação e complicações de procedimentos propostos no plano terapêutico.
12. Valorizar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando se fizer
necessário
13. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos
para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,
assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado;
14. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu
responsável legal;
15. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes.
SEGUNDO ANO - R2
Ao Término do segundo ano:
1. Dominar os fundamentos em Otorrinolaringologia.
2. Dominar a anamnese e exame físico otorrinolaringológicos às diversas afecções
otorrinolaringológicas, envolvendo afecções da orelha externa, média e interna, nariz, seios paranasais,
faringe, laringe, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço.
3. Avaliar a anamnese e exame físico otorrinolaringológico para diagnosticar distúrbios do
sono e diagnósticos diferenciais de sonolência excessiva diurna;
4. Dominar o exame físico armado otorrinolaringológico (endoscopia nasal rígida e flexível,
faringolaringoscopia rígida e flexível, laringoestroboscopia, traqueoscopia, vídeo-endoscopia da
deglutição, vídeo-quimografia, vídeo-otoscopia, micro-otoscopia, vídeo-endoscopia do sono).
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
150
5. Avaliar os exames complementares para a confirmação diagnóstica das diversas
afecções otorrinolaringológicas envolvendo afecções da orelha externa, média e interna, nariz, seios
paranasais, faringe, laringe, couro cabeludo, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço.
6. Avaliar e interpretar os exames complementares de diagnóstico de alergias e conhecer
a realização e interpretação de testes cutâneos de hipersensibilidade imediata;
7. Dominar a realização de exames de avaliação do equilíbrio corporal como oculografia,
testes vestibulares, posturografias.
8. Dominar a realização e análise de exames eletrofisiológicos relacionados ao VII e VIII
par, como otoemissões, potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE), potenciais
evocados de média e longa latência, eletrococleografia, potencial evocado miogênico vestibular;
9. Demonstrar habilidade na indicação e interpretação de polissonografia, e compreender
as diferentes modalidades de monitorização do sono e teste de latências múltiplas do sono;
10. Analisar a indicação e realização de exercícios de reabilitação vestibular e de
reabilitação do nervo facial;
11. Avaliar as manifestações otológicas das doenças sistêmicas.
12. Dominar o diagnóstico, tratamento clínico e/ou cirúrgico e complicações das afecções
otorrinolaringológicas inflamatórias, infecciosas, estruturais e/ ou neoplásicas da orelha externa, média e
interna, nariz, seios paranasais, boca, faringe e laringe;
13. Dominar as técnicas cirúrgicas em cirurgias otorrinolaringológicas de pequeno e médio
porte ou complexidade: adenoidectomias, amigdalectomias, timpanotomias para tubo de ventilação,
cauterização de conchas inferiores, frenotomias, exérese de rânulas, colobomas, timpanoplastias,
septoplastias, turbinectomias, turbinoplastias, microcirurgias de laringe, traqueostomias, exéreses de
cistos cervicais, cirurgias de glândulas salivares, biópsia ou exérese de tumores, drenagens de
abscessos.
14. Planejar e realizar as técnicas cirúrgicas em cirurgias otorrinolaringológicas de grande
porte ou complexidade: reconstruções de cadeia ossicular, cirurgias do estribo, otoplastias,
meatoplastias, mastoidectomias, implantes de próteses de condução óssea, implantes cocleares,
cirurgias de nervo facial, cirurgias de ouvido congênito, temporalectomias, rinoplastias, sinusectomias,
cirurgias endoscópicas à base de crânio, dacriocistorrinostomias, acessos à órbita,
uvulopalatofaringoplastias, faringoplastias, palatoplastias, supraglotoplastias, aritenoidectomias,
tireoplastias, cordectomias endoscópica, traqueoplastias , correções de malformações e traumas.
15. Compreender as frontoplastias, ritidoplastias, blefaroplastias, frontoplastias,
tireoidectomias, reconstruções laringotraqueais, faringectomias, correções de estenoses laríngeas ou
traqueais, laringectomias, esvaziamentos cervicais, cirurgias de esqueleto facial, cirurgias ortognáticas
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
151
16. Dominar o preparo pré-operatório e os cuidados pós-operatórios dos pacientes que
serão submetidos a cirurgias da orelha externa, média e interna, nariz, seios paranasais, boca, faringe,
laringe, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço, orientando adequadamente o paciente,
minimizando riscos e prevenindo complicações.
17. Analisar e avaliar publicações científicas, tendo capacidade de se atualizar em temas
específicos.
18. Administrar o tempo para equilibrar suas atividades educacionais e assistenciais
19. Reconhecer situações que necessitem de encaminhamento a outras especialidades
médicas.
20. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, valores
culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.
21. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação
22.Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
23. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
TERCEIRO ANO - R3
Ao Término do terceiro ano:
1. Dominar o conhecimento teórico-prático de Otorrinolaringologia avançada, tendo visão
global do paciente, avaliando pelas melhores opções terapêuticas.
2. Dominar a coordenação da equipe cirúrgica otorrinolaringológica durante o ato
operatório.
3. Dominar diagnósticos diferenciais para os distúrbios do sono e julgar a indicação e
utilização terapias clínicas e cirúrgicas incluindo aparelhos intra-orais e terapias de pressão positiva. Ter
capacidade de interagir com equipe multiprofissional e inter-profissional de Medicina do Sono.
4. Dominar a anamnese e exame físico otorrinolaringológico voltado para Foniatria,
dominar o diagnóstico e tratamento de distúrbios da linguagem, aprendizagem e comunicação, bem como
a indicação de terapias inter e multiprofissionais.
5. Dominar a anamnese e exame físico otorrinolaringológico voltado para cirurgia
craniomaxilofacial. Dominar o diagnóstico e tratamento, bem como a indicação de terapias
multidisciplinares e multiprofissionais.
6. Valorizar o trabalho em equipe multiprofissional;
7. Planejar e realizar a indicação e utilização de monitorização de pares cranianos em
cirurgias Otorrinolaringológicas.
8. Dominar a indicação e utilização de tecnologias em cirurgias otorrinolaringológicas,
como microdebridador, laser e radiofrequência.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
152
9. Dominar o diagnóstico e tratamento das complicações cirúrgicas intra e pós-operatórias
mais prevalentes na Otorrinolaringologia.
10. Dominar com maior grau de complexidade a técnica cirúrgica em cirurgias
otorrinolaringológicas de pequeno, médio e grande porte, como adenoidectomias, amigdalectomias,
timpanotomias para tubo de ventilação, cauterização de conchas inferiores, frenotomias, exérese de
rânulas, colobomas, timpanoplastias, reconstruções de cadeia ossicular, cirurgias do estribo, otoplastias,
meatoplastias, mastoidectomias, implantes de próteses de condução óssea, implantes cocleares,
cirurgias de nervo facial, cirurgias de ouvido congênito, temporalectomias, implantes cocleares,
septoplastias, turbinectomias, turbinoplastias, rinoplastias, sinusectomias, cirurgias endoscópicas à base
de crânio, dacriocistorrinostomias, acessos à órbita, uvulopalatofaringoplastias, faringoplastias,
palatoplastias, microcirurgias de laringe, supraglotoplastias, aritenoidectomias, tireoplastias,
cordectomias, traqueostomias, traqueoplastias, exéreses de cistos cervicais, cirurgias de glândulas
salivares, biópsias, correções de malformações, cirurgias de esqueleto facial e traumas;
11.Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;
12.Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética médica;
13.Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente, valorizando
os padrões de excelência;
14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de medicamentos e
exames complementares e procedimentos cirúrgicos.
15. Planejar e realizar estudos científicos e artigos científicos para publicação.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva
WILMA ANSELMO LIMA
Presidente da ABORL-CCF
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 212/213)
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
153
RESOLUÇÃO Nº 22, DE 8 DE ABRIL DE 2019
Aprova a matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das
atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de
setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para
a formação de especialistas na área de residência médica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que
define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Ortopedia e
Traumatologia possui duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal
conforme legislação vigente;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de
15 de maio de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica
de Ortopedia e Traumatologia, resolve:
Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência
médica em Ortopedia e Traumatologia, na forma do anexo a esta Resolução.
Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas
que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020
Art. 2º Fica revogado o item 44 dos Requisitos Mínimos dos Programas de
Residência Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.
MAURO LUIZ RABELO
Presidente da Comissão
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
154
ANEXO
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos nas competências específicas para o diagnóstico das
diferentes afecções musculoesqueléticas e de suas possíveis complicações, possibilitando a
aplicação do tratamento dessas alterações, o que inclui a capacitação para medidas de urgência
ao paciente traumatizado e para a utilização de condutas iniciais e definitivas.
Capacitar a prestar atendimento qualificado, integral e ético ao paciente na área de
Ortopedia e Traumatologia
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Analisar a história clínica, em particular à ortopedia e traumatologia;
2. Avaliar os diferentes sinais e sintomas apresentados pelo paciente para
identificar o diagnóstico;
3. Indicar, solicitar e avaliar exames complementares necessários ao diagnóstico
das afecções ortopédicas;
4. Indicar o tratamento ao diagnóstico mantendo o conceito de interdisciplinaridade
e integralidade do paciente;
5. Aplicar imobilizações provisórias ao tratamento inicial ou ao tratamento
conservador das afecções ortopédicas;
6. Realizar o manejo de urgência no paciente ortopédico:
Avaliar e categorizar a emergência ortopédica.
Executar a fase inicial da emergência médica.
Promover os primeiros auxílios para o suporte vital básico do paciente
politraumatizado.
Identificar complicações agudas produzidas por fraturas e luxações nas situações
de urgência e emergência.
7. Comunicar de forma humanizada a natureza e a gravidade da enfermidade ao
paciente e seus familiares;
8. Esclarecer e obter o consentimento do paciente e/ou familiares para a realização
de procedimentos ortopédicos;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
155
9. Planejar e executar as técnicas cirúrgicas ortopédicas nos diferentes graus de
complexidade, progressivamente, durante os três anos de treinamento em ortopedia e
traumatologia, prevendo e solucionando as possíveis complicações;
10. Aprimorar a relação médico-paciente e a integração com equipes
multiprofissional, zelando pela ética e pela boa convivência;
11. Desenvolver e participar de ações que auxiliem a população na prevenção de
afecções musculoesqueléticas;
12. Valorizar a responsabilidade do médico desenvolvendo senso crítico para
reconhecer limites do conhecimento e recorrer aos preceptores e ao supervisor do programa de
residência médica, objetivando a segurança e a integridade do paciente;
13. Desenvolver e manter práticas que propiciem a educação continuada e a
capacitação para construção de trabalhos científicos na especialidade, para apresentação e/ou
publicação, durante o período da residência médica.
Competências por ano de treinamento
Primeiro ano de treinamento: R1
Desenvolver e aprofundar os conhecimentos em anatomia, biomecânica e fisiologia
humana do sistema musculoesquelético, com ênfase na anatomia das vias de acesso cirúrgico
ortopédico e na semiologia ortopédica. Buscar o contato com a literatura ortopédica nacional e
internacional e com o estudo da metodologia científica. Iniciar e desenvolver os princípios para o
diagnóstico e o tratamento das afecções em traumatologia e medicina de urgência.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO
1. Dominar a realização da anamnese e o exame físico ortopédico; indicar e
interpretar os exames complementares;
2. Dominar o conhecimento de histologia, embriologia, fisiologia, consolidação de
fraturas, osteomielite hematogênica aguda, pioartrites, osteomielitessubaguda e crônica,
infecções específicas e não usuais;
3. Diagnosticar as principais urgências e emergências ortopédicas e manejar
inicialmente seu tratamento dentro do conceito do suporte avançado a vida do paciente;
4. Realizar manobras ortopédicas para a redução de fraturas e de luxações dentro
dos princípios da ética e integridade do paciente;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
156
5. Confeccionar e aplicar as diversas imobilizações provisórias e aparelhos
gessados, circulares e talas, para garantir o tratamento inicial na situação de urgência e
emergência;
6. Realizar as rotinas pré-operatórias garantindo a condução para uma cirurgia
segura;
7. Realizar os procedimentos para o seguimento do paciente ortopédico no pós-
operatório imediato e tardio;
8. Realizar procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte sob supervisão
com aprendizado progressivo dos níveis de complexidade cirúrgica e auxiliar nos demais:
Compreender o planejamento cirúrgico e os exames complementares necessários
para o ato cirúrgico.
Acompanhar a indução anestésica.
Posicionar o paciente na mesa cirúrgica.
Realizar a assepsia do membro ou região a ser operada.
Paramentar-se e montar a mesa auxiliar e instrumentar, observando os tempos
operatórios.
Executar medidas, gerais e ortopédicas, pós-operatórias imediatas inerentes ao ato
operatório.
9. Dominar o diagnóstico e tratamento dos agravos de saúde que envolvam os
seguintes procedimentos ortopédicos: amputação de membros, princípios de osteossíntese,
fraturas de clavícula e escápula, luxação acromioclavicular e glenoumeral, instabilidade
glenoumeral, lesões de nervos periféricos, do plexo braquial, fraturas proximais do úmero,
fraturas diafisárias do úmero, fraturas distais do úmero e luxações do cotovelo, fraturas da
cabeça do rádio e olécrano, fraturas supracondilianas do úmero em crianças, demais fraturas do
cotovelo na criança, fraturas dos ossos do antebraço, fraturas distais do rádio no adulto, fraturas
do punho na criança, fraturas do escafóide e ossos do carpo, instabilidade cárpica, fraturas da
mão, luxações da mão, lesões dos tendões flexores e extensores do punho e da mão;
10. Dominar o diagnóstico e manejo das seguintes afecções: fraturas expostas,
processos infecciosos que envolvam o sistema musculoesquelético (osteomielite hematogênica
aguda, pioartrites, osteomielites subaguda e crônica, infecções específicas e não usuais),
fraturas que ocorram associadas ou não a politraumas,traumatismo raquimedular, fraturas e
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
157
luxações da coluna vertebral (cervical, tóraco-lombar e sacral), do anel pélvico, fraturas do
acetábulo, fraturas e luxações do quadril, fraturas proximais do fêmur no adulto, no idoso e na
criança, fratura da diáfise do fêmur, lesões ligamentares do joelho, lesões meniscais, lesões do
aparelho extensor do joelho, luxações do joelho, fraturas distais do fêmur e da patela, fraturas e
lesões ligamentares do joelho, lesões meniscais,lesões do aparelho extensor do joelho, luxações
do joelho, fraturas distais do femur e da patela, fraturas do planalto tibial, fraturas dos ossos da
perna, fraturas e luxações do tornozelo no adulto, fraturas do tornozelo em crianças, entorses do
tornozelo, fraturas do calcâneo, fraturas do tálus e de outros ossos do tarso,lesões da articulação
de Lisfranc, fraturas do antepé, lesões osteocondrais, lesões da unidade músculo-tendínea;
11. Atender as interconsultas de outras especialidades e assistir aos profissionais
de outras áreas em visita médica ao paciente ortopédico;
12. Valorizar os princípios da ética médica;
13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência;
14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares;
15. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e
familiares,valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.
16. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados
clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,
com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo
atualizado;
17. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente
e/ou seu responsável legal;
18. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as
normas vigentes.
Segundo ano de treinamento: R2
Dar continuidade ao treinamento das competências desenvolvidas no primeiro ano,
estimulando a aplicação do raciocínio diagnóstico e elaboração de propostas terapêuticas para
as afecções do sistema musculoesquelético, incluindo as doenças ortopédicas e as relacionadas
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
158
a reumatologia, neurologia, cirurgia vascular, malformações congênitas e deformidades
adquiridas.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO
1. Dominar a realização do preparo pré-operatório e o seguimento pós-operatório
imediato e tardio dos pacientes com afecções ortopédicas;
2. Dominar a realização de procedimentos cirúrgicos ortopédicos de pequeno e
médio porte e auxiliar os preceptores e supervisores nos procedimentos considerados de grande
porte, seguindo as premissas recomendadas desde o início do treinamento;
3. Executar e auxiliar cirurgias traumatológicas de urgência de porte variado
auxiliando os preceptores na orientação aos residentes de primeiro ano;
4. Avaliar as deformidades congênitas dos membros superiores e inferiores, os
distúrbios congênitos da osteogênese, os distúrbios metabólicos e endocrinológicos;
5. Avaliar as osteocondrites, as osteocondroses, as doenças reumáticas,
hemofilias e hemopatias;
6. Avaliar as lesões pseudotumorais, os tumores ósseos benignos, malignos
primários e secundários (metastáticos);
7. Dominar a realização do exame físico e a biomecânica do membro superior, do
membro inferior e do eixo axial;
8. Dominar o conhecimento da biomecânica dos materiais de síntese óssea,
órteses e próteses;
9. Dominar o diagnóstico e o tratamento das displasias do desenvolvimento do
quadril, doença de Legg-Calvé-Perthes, epifisiolise femoral proximal, necrose asséptica da
cabeça femoral e osteoartroses;
10. Dominar a indicação e a técnica cirúrgica para as osteotomias no quadril e para
as artroplastias primárias;
11. Avaliar o diagnóstico e o manejo das patologias neuromusculares e distrofias
musculares, artrogripose, mielomeningocele, paralisia infantil e paralisia cerebral;
12. Dominar o diagnóstico e o tratamento das deformidades angulares e
rotacionais dos membros inferiores;
13. Dominar o diagnóstico e o tratamento da lombalgia (adultos e crianças), psoíte
e discite, espondilolistese, diastematomielia e seringomielia, escoliose idiopática e congênita,
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
159
cifose (Scheuermann e congênitas), hérnias discais (cervical, toracica e lombar), cervico-
braquialgias, síndrome do desfiladeiro torácico, estenose do canal medular (cervical e lombar) e
mielopatias;
14. Dominar o diagnóstico e o manejo do pé equinovaro congênito, pé plano
flexível, pé talus e calcâneo valgo, talalgias e metatarsalgias, hallux valgus, hallux rígido e pé
metatarso varo, pé cavo e deformidades dos dedos, pé neuropático e diabético, lesões
esportivas do tornozelo e pé e calçados esportivos;
15. Dominar o diagnóstico e tratamento de lesões ligamentares crônicas do joelho,
patologia femuropatelar, osteoartrose e osteonecrose do joelho;
16. Dominar o diagnóstico e o tratamento da lesão dos ligamentos e meniscos do
joelho, menisco discóide e cisto poplíteo;
17. Dominar o diagnóstico e o tratamento da síndrome de impacto e das lesões do
manguito rotador, ombro congelado, tendinite calcária do bíceps, instabilidade do ombro e
sequelas de paralisia do plexo braquial;
18. Dominar o diagnóstico e tratamento das epicondilites, síndromes compressivas
dos nervos periféricos dos membros superiores;
19. Avaliar o diagnóstico e tratamento de afecções do punho e da mão, como
cistos sinoviais, doença de Kienböck, doença de Dupuytren, tenossinovites do punho e
rizartrose;
20. Dominar a técnica cirúrgica para artrodeses de pequenas e grandes
articulações;
21. Dominar a técnica cirúrgica para a redução e fixação das fraturas dos membros
superiores e dos membros inferiores;
22. Dominar a técnica cirúrgica para o tratamento emergencial dos
politraumatizados com lesões ortopédicas;
23. Discutir exames complementares e acompanhar inter-consultas, auxiliando nas
ações médicas gerais e ortopédicas, observando, registrando os resultados do tratamento e
sugerindo mudanças de conduta que visem o bem-estar geral dos pacientes;
24. Preparar e apresentar casos clínicos para discussões com os pares e
preceptores incluindo a pesquisa científica para colaborar com a condução ortopédica do
paciente;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
160
25. Orientar e apoiar os médicos em treinamento do primeiro ano dentro dos
princípios da cordialidade e bom convívio;
26. Participar da prescrição e elaboração de órteses e de programas para a
reabilitação dos pacientes ortopédicos
27. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,
respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;
28. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;
29. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
30. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de
impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o
entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;
31. Desenvolver e aprimorar conhecimentos relacionados aos Direitos Humanos,
às regras da Bioética e da Responsabilidade Médica Civil e Criminal e ao Código de Ética
Médica.
32. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética
médica;
33. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,
valorizando os padrões de excelência;
34. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de
medicamentos e exames complementares;
Terceiro ano de treinamento: R3
Consolidação do conhecimento global adquirido nos anos anteriores e
aprofundamento nas afecções específicas dos segmentos, orientados pelos grupos das
seguintes áreas de conhecimento: Coluna, Quadril, Joelho, Pé e Tornozelo, Ombro e Cotovelo,
Cirurgia da Mão, Dor, Tumores, Ortopedia Pediátrica, Osteometabólicas, Trauma, Reconstrução
de Membros, Fixadores Externos e Artroscopia.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO
1. Analisar os princípios de biomecânica geral, marcha normal e patológica e
desenvolvimento postural;
2. Realizar os atos operatórios de alta complexidade ou auxiliar na realização dos
mesmos;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
161
3. Dominar os princípios para o tratamento das fraturas fechadas, expostas,
descolamentos epifisários, complicações de fraturas e pseudoartroses, com utilização de
fixadores externos e outras sínteses necessárias, cobertura cutânea e amputações de membros;
4. Dominar o diagnóstico e tratamento no trauma esportivo, lesões musculo-
tendineas, entorses, fraturas por estresse e tendinites relacionadas, além de avaliar a
reabilitação e o retorno à atividade;
5. Dominar as técnicas cirúrgicas de reconstrução intra e extra-articular dos
ligamentos do joelho; menisco discoide, meniscorrafia, cisto poplíteo e osteotomias,
compreendendo os princípios de artroscopia, instrumentais utilizados e incluindo o manejo da
artroscopia nas diversas articulações;
6. Avaliar e manejar o tratamento dos agravos da saúde na infância relacionados a
ortopedia pediátrica, dominando o diagnóstico e o tratamento das principais doenças do
desenvolvimento musculoesquelético;
7. Diagnosticar, avaliar e manejar a marcha normal e patológica, paralisia infantil e
cerebral, trauma infantil, alterações do desenvolvimento neuro-postural, miopatias e neuropatias;
8. Avaliar e manejar o tratamento das lesões tumorais, pseudotumorais e
neoplasias malignas;
9. Dominar o diagnóstico e o tratamento da necrose asséptica da cabeça femoral e
das osteoartroses, bem como o domínio técnico das osteotomias e das artroplastias do quadril,
primária e de revisão;
10. Dominar o diagnóstico e o tratamento das doenças congênitas, posturais e
degenerativas da coluna;
11. Dominar o diagnóstico e o tratamento das afecções do ombro e do cotovelo e
avaliar a técnica cirúrgica das artroplastias de ombro;
12. Dominar as técnicas de fixadores externos nas pseudoartroses, infecções,
deformidades congênitas e discrepâncias dos membros inferiores;
13. Dominar o diagnóstico e o tratamento das alterações ortopédicas no joelho,
como, patologias periarticulares, lesões meniscais, condrais e ligamentares do joelho, afecções
fêmoropatelares, osteoartrose e osteonecrose e dominar a técnica cirúrgica das osteotomias e
artroplastias do joelho;
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br anaceu@anaceu.org.br
162
14. Acompanhar a curto, médio e longo prazo os pacientes a seus cuidados
responsabilizando-se pelas condutas e atentando-se as possíveis complicações, sempre se
reportando e recebendo orientações dos preceptores e supervisor do programa;
15. Supervisionar e auxiliar os preceptores nas atividades dos demais residentes;
16. Participar de equipes multiprofissionais em atendimentos em geral, respeitando
os cuidados éticos e a integridade do paciente;
17. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,
aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas
limitações;
18. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação adequado e
apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar publicamente
em forma de monografia.
ROSANA LEITE DE MELO
Secretária Executiva da Comissão
PATRÍCIA M. DE MORAES BARROS FUCS
Presidente da SBOT
(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 213/214)
top related