processo metodolÓgico
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Ao considerar a importância de pesquisar e analisar as conjunturas que possibilitam os
percursos dos pacientes na busca por atendimento e tratamento no que tange à Oncologia,
tendo como base lacunas que apontam as carências de pesquisas relacionadas ao contexto aqui
explicitado, este trabalho estabeleceu a seguinte questão de pesquisa: Quais são as
oportunidades de melhoria no acesso dos pacientes oncológicos ao Sistema de Saúde em São
Gonçalo?
Na busca de avançar sobre a questão enunciada, esta pesquisa tem como objetivo geral
identificar oportunidades de melhoria no acesso de pacientes oncológicos à luz da abordagem
da gestão de processos de negócios no município de São Gonçalo.
Para composição deste estudo, foi analisado o processo de acesso dos usuários do
SUS, desde a suspeita de diagnóstico de câncer até a sua entrada ao nível terciário de atenção
à saúde (hospitais e clínicas de alta complexidade de acessos a tratamentos oncológicos).
O artigo está estruturado da seguinte forma: neste primeiro tópico foram apresentados
elementos introdutórios que nortearam a pesquisa, em seguida, os principais conceitos sobre
questões conceituais acerca do sistema único de saúde brasileiro e da gestão de processos são
relacionados. Na sequência, encontra-se o método utilizado para atingir os objetivos
estabelecidos neste estudo. E, por fim, são apresentados e discutidos os resultados, seguidos
das considerações finais e referências do trabalho.
1. PROCESSO METODOLÓGICO
As etapas metodológicas que compuseram o presente estudo estão descritas abaixo:
• Referencial teórico - pesquisa documental para sistematizar o objetivo de fornecer
suporte teórico ao estudo e se encontra na seção anterior. Sua estruturação foi feita nas bases
SciELO, Scopus e Web of Science, nas quais foram buscados títulos e temas que permitissem
alcançar o mapeamento do transito dos pacientes (ciclo de gestão de processos);
• Modelagem do estado atual do processo “AS-IS” – Levantamento e identificação do
mapeamento do transito de pacientes, referentes ao acesso da atenção terciária à saúde
(modelagem de gestão do processo no seu estado vigente), objeto do estudo, para subsidiar de
forma coerente a comparação entre as políticas públicas e teorias que o rege, e o suporte
teórico encontrado;
• Identificação de oportunidades de melhorias e indicadores de desempenho –
Constatação dos motivos pelos quais os objetivos não estão sendo alcançados e quais são as
formas de aperfeiçoar os processos existentes ou estabelecer novos processos;
• Proposição do estado futuro do processo “TO-BE” – Consiste na proposta de uma
remodelagem através da gestão do processo, com base no levantamento de oportunidades de
melhoria apontados na investigação dos dados e firmados com os envolvidos nas entrevistas;
• Consolidação da pesquisa – Contempla as conclusões gerais da pesquisa, a partir de
uma comparação de como a implantação de um novo processo pode ser eficaz para obtenção
de resultados positivos e mais satisfatórios.
Foi realizado o desenho do processo de acesso ao atendimento oncológico das
organizações da baixa, média até chegar à alta complexidade. A notação adotada para a
padronização da diagramação dos fluxos de trabalho foi a Business Process Management
Notation (BPMN) Notação de Gerenciamento de Processos de Negócio. BPMN atua com
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uma linguagem comum, que permite às organizações descreverem seus fluxos de trabalho de
forma a operacionalizar suas tarefas entre todos os envolvidos. A notação de BPMN visou
modelar de forma clara os processos que serão desenhados, já que inclui símbolos simples e
que favorecem o entendimento do fluxo do processo.
Na etapa do desenho do processo, foi necessário conhecer e identificar as características
básicas e peculiaridades do município de São Gonçalo e da rede SUS de sua abrangência.
Conhecer os processos mais profundamente que envolvem o acesso a rede de saúde pública e
realizar um levantamento de dados acerca da sua situação atual foi fundamental para
identificar oportunidades de melhorias. Por essa razão, através da observação de campo,
acompanhamento das informações produzidas e arquivadas na secretaria municipal de saúde,
leitura da legislação pertinente e entrevistas com colaboradores envolvidos, foi possível
construir o macrofluxo do processo.
As questões que nortearam o mapeamento da situação atual foram: “Quem encaminha?”,
“O que é solicitado?”, “Como é realizada a triagem?”, “O que é produzido em cada etapa?”,
“A saída corresponde à entrada?” e “Qual é o resultado para o cliente/paciente?”. Na
construção da representação gráfica foi utilizado o software Bizagi, ferramenta de modelagem
de processos gratuita que o compartilhamento de arquivos de processos mapeados.
A fase seguinte se constituiu em identificar as oportunidades de melhoria através das
informações coletadas nas entrevistas com os sujeitos cotidianos dos processos e também a
partir dos gargalos detectados através das deficiências detectadas. Por gargalos, define-se
como uma restrição de capacidade que cria uma fila (ABPMP, 2013, p. 124). As perguntas
que guiam a identificação desses gargalos são: “Quais são os fatores que contribuem para a
criação e desenvolvimento de um gargalo?”, “Quais são as restrições que influenciam?”,
“Qual é a natureza dessa restrição?”, “De que forma essas gargalos podem ser reduzidos ou
solucionados?”.
A definição de indicadores está diretamente relacionada aos elementos de influência do
processo, no qual os problemas derivados de não conformidades precisam ser analisados.
Quando os resultados da atividade são obtidos, é permitindo a visualização de melhorias em
processos e atividades.
Com isso, várias possibilidades foram levantadas com o intuito de transformar os
subprocessos que compõem o contexto avaliado. Desse modo, todo trabalho desnecessário ou
que não tinha bom aproveitamento foi excluído, visando aumentar a eficiência do processo.
Segundo o BPM CBOK (2013, p. 158), “tudo deve ser analisado e revisto como oportunidade
para reduzir esforço, melhorar qualidade eliminar problemas, aumentar produtividade,
eliminar disperdícios e defeitos, e inovar”.
A fase final constituiu em indicar soluções para os problemas suscitados nas fases
anteriores. Para isso, foram propostos novos projetos mais eficientes e viáveis a partir da
utilizaçao de um software.
3. REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA (RSL)
O Sistema Único de Saúde, popularmente conhecido como SUS, é o sistema público
responsável pela saúde no Brasil. Garantido pela Constituição Federal, foi instituído em 1988
com o objetivo de assegurar a saúde como um direito universal e estabelecer o Estado como
encarregado por garanti-la, através de políticas públicas, econômicas e sociais. O Art. 196 da
Constituição afirma que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
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ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação” (BRASIL, 1988).
A configuração sistêmica do SUS possibilitou uma organização baseada em níveis de
complexidade, com fundamento na densidade tecnológica do serviço e atendimento a serem
prestados. A Rede de Atenção à Saúde (RAS) é constituída por um conjunto de organizações
que prestam serviços e ações, partindo do critério de tecnologia, conforme já mencionado,
através de apoio técnico, logístico e de gestão.
A ideia de regulação na área de saúde tem origem no contexto do surgimento do SUS,
como instrumento atrelado à busca da equidade no acesso aos serviços de saúde e com o
objetivo de corrigir falhas nas condições da perfeita competição do mercado. Com base na
economia, as chamadas falhas de mercado ocorrem quando a economia de mercado e suas
atividades não conseguem se desenvolver e funcionar gerando resultados positivos.
Na área da saúde, as falhas entre a oferta e demanda de serviços, pessoas e subsídios
justificam a intervenção do Estado “[...] como a única forma de otimizar a alocação dos
escassos recursos na sociedade” (CASTRO, 2002, p. 133), promovendo equilíbrio entre eles.
A regulação do acesso aos serviços é um mecanismo da gestão pública que visa atingir
eficiência na promoção dos serviços.
A Lei nº 12.372, de 22 de Novembro de 2012, é mais um avanço na legislação oncológica,
considerando que dispõe sobre o prazo para início do primeiro tratamento de paciente com
neoplasia maligna. De acordo com o Art. 2º,
O paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no
Sistema Único de Saúde (SUS), no prazo de até 60 (sessenta) dias contados a partir do dia em
que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme necessidade
terapêutica do caso registrada em prontuário único.
O atraso no diagnóstico evidencia a carência na quantidade e qualidade dos serviços
oncológicos, além de resultar em tratamentos mais agressivos e menos efetivos, aumentar o
comprometimento físico e emocional dos usuários e suas redes de apoio, elevar os índices de
mortalidade e dos custos com internações e uso de medicamentos.
A dificuldade de acesso aos serviços e programas de saúde, a capacidade inferior a real
necessidade de absorção da demanda do SUS e as dificuldades encontradas pelos gestores
municipais e estaduais no estabelecimento de fluxos de encaminhamento têm influência
expressiva na eficácia das intervenções.
3.1 Gestão de Processos em Saúde
O termo Gestão de Processos de Negócios vem do inglês Business Process Management
(BPM), que pode ser compreendido como “uma abordagem para identificar, desenhar,
executar, documentar, medir, monitorar, controlar e melhorar os processos de negócios para
que os resultados desejados possam ser alcançados” (IRITANI, et al., 2015).
Nesse contexto, entende-se “processo de negócio” como um trabalho que entrega valor
para os clientes ou presta apoio e gerencia outros processos, podendo ser interfuncional ou
interorganizacional. A busca por melhorias nos processos de gestão em saúde deve ser um
plano contínuo de melhoria devido às frequentes mudanças no ambiente e nas demandas
sociais.
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Na Gestão de Processos, objetiva-se praticar uma visão holística para organizar, estruturar
e conduzir os processos e operações, articulando e aplicando de modo integrado ferramentas e
metodologias para processos que, por vezes, são tratados de forma isolada. Em suma,
processos definem o fluxo de atividades e o mapa de como as atividades operacionais podem
contribuir para produzir um produto ou serviço, definindo, portanto, o que e como será feito.
Para Dumas et. al (2018), BPM pode ser visto como um ciclo contínuo e é composto por 6
fases: 1) identificação do processo, 2) descoberta do processo, 3) análise do processo, 4)
redesenho de processos, 5) implementação de processos e 6) monitoramento de processos.
A fase inicial para definição de um novo processo ou a atualização de um já existente é a
análise para compreensão do estado atual (“AS-IS”) no qual ele se encontra e de que forma
ele cumpre os objetivos. Esta análise é realizada por meio de técnicas, como modelagem,
entrevistas, simulações, dentre outras, visando avaliar a maneira como os processos de
negócios estão operando.
A criação de uma compreensão completa do negócio pode ter um benefício imediato pela
padronização de regras e partes dos fluxos de trabalho. Pode também ajudar a gerência a
tomar decisões de negócio que poderão melhorar a operação mesmo antes a análise do fluxo
de processo inicie (ABPMP, 2013).
A instauração de planos estratégicos traz consigo o estabelecimento de metas que
impactam a estrutura e os objetivos da organização e, por conseguinte, seus processos.
Quando desvios no desempenho esperado são identificados, a análise de processos permite ao
gestor fundamentar suas decisões de ações corretivas ou mudança de processo.
Sellera (2019) alega que o planejamento em saúde na América Latina emerge a partir da
década de 1960, com o movimento de reforma da saúde pública e na luta pela
redemocratização. As ferramentas do planejamento são essenciais para orientar a gestão, já
que a integração dos serviços de saúde promove resultados mais efetivos e baratos para o
governo. No que tange ao SUS, “expressa tanto as responsabilidades dos gestores de cada
esfera de governo em relação à saúde da população do território, quanto a integração da
organização sistêmica” (SELLERA, et al., 2019).
Inicialmente, com o objetivo de selecionar material para embasar o estudo, fez-se
necessário um levantamento através do Portal de Periódicos da Capes, junto às bases de dados
Scielo, Web of Science, Scopus, no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)
Prevenção e Controle de Câncer.
a. UNIVERSO E AMOSTRA
O presente estudo foi realizado no município de São Gonçalo, delimitado ao fluxo dos
pacientes oncológicos em toda a rede SUS, desde a baixa complexidade até a alta
complexidade e seus acessos a unidades terciárias da rede oncológica. A presente pesquisa
restringiu sua busca de dados no município estudado para as 4 morbidades oncológicas com
maior incidência: câncer de prostata, câncer de cólon e reto, câncer de traqueia e pulmão, e
câncer de mama feminina
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O acesso às consultas especializadas, exames e procedimentos no município é
orientado através de fila de espera, padronizadas nas unidades de saúde, por meio do Sistema
Municipal de Regulação e dos outros sistemas auxiliares de apoio à gestão do acesso.
Para realizar agendamento de consultas/exames em qualquer Unidade da Atenção
Especializada, é necessário:
1. Guia de Referência (Encaminhamento) ou Pedido de Exame;
2. Abertura de Prontuário;
3. Cópia dos seguintes documentos:
- Documento com foto
- Cartão SUS
- Comprovante de residência (do município) atualizado.
Considerando os objetivos propostos no início da pesquisa, a estratégia estabelecida
foi o estudo de caso na instância administrativa da Secretaria Municipal de São Gonçalo
(SEMSA-SG) no período correspondente até final do ano de 2017.
b. INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS
Na pesquisa foi realizado um estudo do processo para acesso à Alta complexidade
oncológica nos hospitais do Rio de Janeiro, para isso foi necessário levantar informações
relacionadas ao processo que permitissem compreendê-lo e descrevê-lo. As técnicas
geralmente utilizadas com esse objetivo são entrevista, grupo focal e observação direta, além
do levantamento de dados a partir da pesquisa de documentos pertinentes ao tema da
pesquisa.
A pesquisa documental consistiu no levantamento de documentos que foram coletados em
websites das organizações de saúde do município de São Gonçalo e do Governo do Estado,
documentos físicos, além de banco de dados da secretaria e dos demais departamentos. As
informações levantadas que serviram de suporte à descrição do processo e às demais fases do
estudo. Após identificação das organizações e cargos envolvidos no processo de acesso a
atenção terciária de saúde, foi realizada a coleta dos dados que deram suporte à análise do
estado atual do processo e a identificação de oportunidades de melhoria.
c. TRATAMENTO DOS DADOS
Segundo o ABPMP (2013), “o primeiro passo para definir um novo processo ou
atualizar um que já exista é criar um entendimento comum do estado atual (“AS-IS”) do
processo e como ele cumpre seus objetivos” (ABPMP, 2013, p. 107).
Para isso, foi necessário identificar todas as etapas que permeiam os processos do
fluxo dos pacientes oncológicos na rede pública municipal de São Gonçalo, de modo que a
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análise desses processos com uma visão global e totalizante possa suscitar questões que
auxiliem na compreensão dos problemas e fragilidades de cada etapa, bem como as
oportunidades de melhoria das mesmas, já que “[...] sem a compreensão da operação atual e
seus problemas, regras e desafios, a equipe esquecerá atividades-chave de negócio e falhará
na compreensão das causas dos problemas, tendendo a criar desenhos que não são efetivos”
(ABPMP, idem, p. 146).
Diante da necessidade específica desta pesquisa, as informações foram colhidas
através de uma entrevista semiestruturada com gestores e funcionários da Atenção Básica,
Atenção Especializada e Subsecretaria de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria, além
da observação direta realizada partir da pesquisa de campo, etapa que inclui além da pesquisa
de campo, procedimentos de coleta de dados da pesquisa, tratamento dos dados e análise dos
resultados.
Dumas, et al. (2013), considera três técnicas de descoberta para a coleta de
informações durante descoberta do processo: a baseada em evidências, a baseada em
entrevista e a baseada em oficina; cada uma com suas vantagens e limitações.
Foram identificados os elementos que compõem o processo na situação atual, tendo
em vista a importância de realizar o mapeamento do processo, já que este método é
importante para a identificação e o levantamento de problemas e fragilidades que podem ser
aperfeiçoados. As questões que nortearam esse levantamento foram: “Quem encaminha?”, “O
que é solicitado?”, “Como é realizada a triagem?”, “O que é produzido em cada etapa?”,
“Qual é o resultado para o paciente?”.
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4. INSTRUMENTO DE APOIO À GESTÃO (RESULTADO DA PESQUISA)
No diagrama abaixo está apresentado um produto prático do fluxo desenvolvido com o
resultado da pesquisa, passível de ser apropriado e replicado por interessados da sociedade em
geral (gestores, pesquisadores etc.) em sistemas de saúde pública.
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5. RESULTADOS PARA A AMOSTRA PESQUISADA
Fazer aqui uma demonstração concisa dos resultados obtidos na dissertação.
Através da análise, foi realizado o desenho do estado atual que se encontra o objeto
desta pesquisa. A partir da observação direta, pôde-se estabelecer um tipo de trajetória mais
frequente, conforme descrito na figura abaixo Todavia, cabe ressaltar que as trajetórias dos
pacientes podem variar, uma vez que o próprio sistema de saúde possui falhas e brechas que
os permitem fazer isso.
Figura 1: Trajetória linear do paciente na Rede SUS – SG
5.1 Apresentação da situação atual
Quando o paciente identifica uma necessidade de atendimento que não seja de
urgência, por apresentar algum sintoma ou até mesmo por rotina, o mesmo procura uma
Unidade Básica de Saúde mais próxima ao seu domícilio para realizar agendamento de
consulta com o médico. Na consulta, o médico pode solicitar um exame específico e até
encaminhar para um médico especialista, dependendo da evolução do caso. Nesse caso, o
paciente procura o atendimento na rede por conta própria, levando somente o pedido de
exame ou a guia de encaminhamento. Em seguida à realização do exame, o mesmo retornava
ao médico inicial para apresentação dos resultados e receber posterior encaminhamento para o
médico especialista.
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Após isso, o paciente deixa a solicitação ou o encaminhamento na UBS, junto com
fotocópia da identidade, CPF, comprovante de residência e do cartão SUS. A UBS coleta
todas as solicitações e encaminhamentos, e leva para o Pólo Sanitário responsável da sua
região, de modo geral, semanalmente. Contudo, foi verificado que em alguns casos, o próprio
Pólo disponibiliza um carro que passa pelas unidades recolhendo as pastas com os pedidos, e
também tem uma rotina de coleta e entrega das solicitações na Central de Regulação. O tempo
médio desde o dia da consulta até a chegada dos papeis na C.R. é de 14 dias.
Na Central de Regulação, as guias são avaliadas, autorizadas e carimbadas pelos
médicos reguladores, utilizando critérios definidos previamente. As guias autorizadas são
devolvidas para os Pólos Sanitários e, em seguida, para as UBSs, ou o paciente retira
diretamente na C.R.. É importante mencionar que a autorização da C.R. é feita através de um
carimbo no pedido do exame ou do encaminhamento, tendo a validade de 30 dias. Com isso,
teoricamente o tempo entre a conuslta e a autorização é de até 45 dias. Contudo, o tempo que
as solicitações permanecem na C.R. para serem avaliadas ainda é desconhecido, portanto, esse
período é superior do que o prazo informado. Essa situação relatada só é válida para os casos
de consultas fora do município.
As clínicas de consultas especializadas e de exames possuem agenda própria. O
paciente leva a solicitação, e a marcação pode ser feita na hora ou o pedido fica na clínica
para posterior contato a respeito de data e hora. Após realização do exame, o resultado dura
em torno de 15 dias. Com o resultado em mãos, o paciente retorna à UBS para realizar um
novo agendamento com o médico solicitante. Na consulta, o médico pode solicitar um exame
de biópsia para confirmação do diagnóstico e posterior encaminhamento para um médico
especialista, dependendo do tipo do câncer. O pedido da biópsia segue o mesmo trâmite dos
outros exames, e o seu resultado pode demorar até 60 dias.
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Figura 2: Desenho do processo do fluxo de pacientes de Oncologia na rede SUS de
São Gonçalo
Além da autorização para encaminhamentos para as clínicas localizadas no próprio
município, existe o Sistema Nacional de Regulação (SISREG), no qual os pacientes são
inseridos e é possível gerenciar todo o complexo regulatório, da rede básica até internação
hospitalar, regulando vagas de leitos e cirurgias e realizando marcações para consultas e
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procedimentos no município do Rio de Janeiro. O sistema é alimentado diariamente na parte
da manhã e os agendamentos são realizados a partir das 09 horas. Usualmente, o tempo médio
é de 15 dias para a conclusão do agendamento, e as vagas são distribuídas para o mesmo mês
ou no máximo para o início do mês seguinte.
A partir das informações extraídas dos relatos dos gestores e da observação direta para
compreensão do funcionamento dos subprocessos, foram constatados alguns gargalos que
serão apresentados a seguir. Os problemas e dificuldades indicados pelos envolvidos nos
subprocessos apontam para complicações do fluxo de documentação para inserção do
paciente nos sistemas de regulação como o principal fator de complicação, gerando
empecilhos que obstroem o percurso do paciente e seu acesso ao tratamento e/ou cirurgia.
Quadro 1: Problemas e causas
Problema Possíveis causas Sugestão de melhoria
Guia incompleta ou ilegível
Preenchimento com letra ilegível
por parte do médico ou outro
funcionário
Utilizar guias informatizadas ou
digitalizadas, através de sistemas
de informação
Tempo utilizado no trânsito das
guias em papel
Circuito embaraçado / Ausência
de sistemas de informação
Implantar sistemas de
informação com circuito mais
objetivo e efetivo
Resultados dos exames chegam
àconsulta com prazo vencido
Demora no trânsito do paciente
entre os médicos e a realização
dos exames
Reduzir o intervalo de tempo de
acesso aos especialistas e exames
Dificuldade em entrar em
contato com o paciente para
informar sobre o agendamento
da consulta ou exame
Cadastro desatualizado devido a
mudanças constantes nos
telefones de contato informados
quando
Conscientizar pacientes e
responsáveis pelo cadastro na
UBS ou Central de Regulação
sobre a sua importância
Dificuldade de comunicação
para informar agendamento entre
funcionário administrativo da
Central de Regulação e o
paciente
Baixa escolaridade ou
analfabetismo funcional
Criação de uma Central de
Marcação que dispara mensagem
via SMS e registra as
informações no celular de
contato
Informações omitidas nas guias
de referência
Desconhecimento do protocolo Divulgar os protocolos
corretamente e treinar os
profissionais
Fonte: Próprio autor.
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6. PRODUÇÃO TECNICA E TECNOLOGICA RESULTADO DA PESQUISA
Objetivo: Apresentar a produção técnica e tecnológica do discente, relacionada ao tema da
dissertação, para fins de avaliação de seus impactos junto à sociedade, o meio ambiente e o setor
produtivo.
I) Produção Técnica
Abaixo apresentam-se os diversos tipos de Produção Técnicas derivadas da pesquisa para a
dissertação passíveis de serem indicadas na plataforma Sucupira CAPES. O discente, com apoio do
professor orientador, deve identificar e detalhar o(s) tipo(s) de produção técnica realizado(s) durante
o mestrado.
Preencher apenas aqueles que tem relação com o tema da dissertação.
Os que não forem preenchidos devem ser excluídos.
Caso haja mais de uma produção de mesmo tipo, deve-se copiar a quadricula para relatar cada produção em quadricula separada.
DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICA
Título da Produção: Modelo de Gestão de filas de acesso
Natureza ( x ) Analítica ( ) Instrumental ( ) Pedagógica ( x ) Processual
( ) Terapêutica ( ) Outra
Finalidade: Finalidade da técnica
Melhorar o fluxo e pacientes em fila do SUS
Disponibilidade ( ) Restrita ( x ) Irrestrita
Instituição Financiadora: Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo
Cidade São Gonçalo
País Brasil
Divulgação ( ) Impresso ( ) Meio magnético ( x ) Meio digital ( ) Filme
( ) Hipertexto ( ) Outro ( ) Vários
URL:
Observações: (Especialista, quando houver, CPF e Instituição)
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II) Produção Tecnológica
O discente, com apoio do professor orientador, deve identificar e detalhar o(s) tipo(s) de produção
tecnológica realizado(s) durante o mestrado. Ou seja, o produto propriamente dito resultado da
dissertação e ou decorrentes desta.
II.1) TIPOS DE PRODUÇÃO TECNOLÓGICA
( ) novos Produtos e protótipos
( ) novo Processo ou técnica de fabricação/montagem de produtos
( ) novos Equipamentos ou máquinas
( ) novo Dispositivo para auxílio à fabricação/montagem/transporte
( ) aprimoramento de Equipamentos ou máquinas já existentes
( ) aprimoramento de Processos ou técnicas de fabricação/montagem de produtos
( x ) novo Processo de gestão ou de negócio
( ) nova Técnica ou procedimento gerencial
( ) aprimoramento de Técnica ou procedimento gerencial já existente
( ) novo Serviço
( ) novo Software
( ) aprimoramento em software já existente
( ) criação de Empresa ou incubadoras
II.2- Título da Produção Tecnológica:
Gestão de Processos de Pacientes Oncológicos – perfil de fluxo de acesso no município de São
Gonçalo
II.3- Descrição
Desenho da nova cadeia de valor dos processos de fluxo de acesso de pacientes do Sistema Único de
Saúde, facilitados por ferramentas digitais.
II.4- Finalidade:
Diminuir o transito dos pacientes e diminuir o tempo de espera em fila.
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II.5- Avanços tecnológicos e grau de inovação:
( x ) impacto social
( x ) impacto econômico
( ) impacto ambiental
( ) impacto acadêmico
( x ) impacto tecnológico
( ) Impacto cultural
( ) Impacto profissional
( ) Impacto legal
( ) Outros impactos considerados pertinentes:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Descrição do(s) impacto(s) selecionado(s) acima:
II.6- Situação atual:
Finalizado / implantado ( x ); Em teste ( ); Piloto/Protótipo ( ); ( ) Outros:_____________
II.7- Dados da Entrega / Implantação (caso exista)
Data da entrega: 01/12/2019
Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo
Ana Carolina de Mendonça – Coordenadora Geral de Reguçlação, Controle, Avaliação e Auditoria –
Tel 988317620
ANEXOS
1. Deve-se dispor aqui os comprobatórios de toda produção citada nos itens 6 (Produção
Cientifica) e 7 (Produção Tecnológica);
2. Deve incluir aqui materiais adicionais relevantes para o Relatório de Pesquisa.
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