que mancham o silêncio e o cais - mostra...
Post on 25-Jul-2020
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João Bosco | Voz e violão
Meu coração tropical está coberto de neve mas Ferve em seu cofre gelado E a voz vibra e a mão escreve: mar Bendita lâmina grave que fere a parede e traz As febres loucas e breves Que mancham o silêncio e o cais
Roseirais Nova Granada de Espanha Por você, eu, teu corsário preso Vou partir a geleira azul da solidão E buscar a mão do mar, Me arrastar até o mar,Procurar o mar
João Bosco E ALDIR BLANc
CORSÁRIO1
Mesmo que eu mande em garrafas Mensagens por todo o mar,
Meu coração tropical partirá esse gelo e irá Com as garrafas de náufragos
E as rosas partindo o arNova Granada de Espanha
E as rosas partindo o ar
Poema declamado: “E então, que quereis?…” de Maiakovski
ANGELA RO RO
NÃO HÁ CABEÇA2
Não há cabeça que o coração não mandeNão há amor que o ódio não desandeNão há rancor que o perdão não esqueçaNem humor que nunca se aborreça
Não há bebida que beba a saudadeNem maldade que vença a maldadeNão há princípio que resista ao fimNem temor ou medo que resida em mim
Eu fui, eu vou te amar vivendoEu fui, eu vim do desamor morrendoE essa tristeza que o amor me deuÉ a coisa mais bonita dentro do meu eu
AngelA Ro Ro | Voz e piano
Que bom, que bom que nunca vai haver talvezPra quem tudo na vida sentiu, disse e fez
Prefiro ficar só com a minha ilusãoQue matar a esperança de amar no meu coração
Eu fui, eu vou te amar vivendoEu fui, eu vim do desamor morrendo
E essa tristeza que o amor me deuÉ a coisa mais bonita dentro do meu eu
Que bom, que bom que nunca vai haver talvezPra quem tudo na vida sentiu, disse e fez
Prefiro ficar só com a minha ilusãoQue matar a esperança de amar no meu coração
FRANÇOIS MULEKA E BIG BANTU
A DANÇA DO PEIXE-BOI3
FRANçoIs MuLEkA | Voz e baixo
Parado para ficar bemNa sombra pra recuperar o couro do corte que a cerca te fezMas não te afaste, este boiA teimosia é até boa se não te deixa pararPeixe precisa voltar com a última gota da maré na hora da ressacaPra quem respira este mar bom mesmo é estar debaixo d´água
Mas que importa? Tantas re-idas e revoltas...Tantas perguntas e respostas...o que interessa é a obra, o amor!coloca polenta na paradaum trago de pinga, um dedo d´águaFeijão ou sonho eu já nem sei
Que importa? Tantas lamúrias e lamentos...
Veja que tudo se transformou, nesta estradinha circular
sacode as penas, bate-asa e voa!se ainda tá doendo, perdoa
Feijão ou sonho eu já nem sei
ALINE FRAZÃO
POEMA EM SOL POENTE4
Aline FrAzão | Voz e kalimba
Uma janela se abriuAvião riscando o céuSeis da tarde, mês de abrilLuanda entardeceu
Riscando o laranja-lilás, minha asaEstou bem onde tu estás, minha casaVolto para me encontrar por dentroVolto sem saber bem o meu lugar
Meu poema descendenteMinha voz em sol poente
Uma janela se abriuUm sol poente se fezA melodia surgiuAssim toda de uma vez
cáTIA DE FRANçA | Voz e violão
Em cima de uma abóbora estouBem à vontade eu vouDizendo mil vezes não ao luxoDe uma almofada de veludo
Mil vezes dirigir um carro de boiLivre, livremente nesta terraA brisa doce minha amiga
o meu bisavô e o tataravôViviam nesses campos sua tendaNada fará que eu me arrependa
olhe para esses valesE o cume daquela montanhaTente se assentar ao ar livrePoeira não acumula sobre a grama
Toda criança reinaugura o mundoPor brincar lá fora, na chuva, no frio De casinha e cavalinho de pau
Todo ser humano precisa de um larum lugar bem aquecido, confortávelo calor do afeto, o ardor das afeições
Pássaros continuam em seus ninhosRaposas e o olhar amareloos homens e seus ternos limposseus casacos sem remendos
sua consciência nunca está tranquilaNa verdade existem poucos homensE uma infinidade de calças e paletós
As cidades repletas são multidõesNinguém se abraça, se cumprimentaÉ uma solidão e tudo se arrebenta
CÁTIA DE FRANÇA
HÓSPEDE DA NATUREZA5
JARDS MACALÉ E WALY SALOMÃO
REVENDO AMIGOS
6
Jards Macalé | Voz e violão
Se me der na veneta eu vouSe me der na veneta eu matoSe me der na veneta eu morroE volto pra curtir
Eh ehah ah Ih Ih Eu volto pra curtir
Se pintar algum bode eu vou Se pintar algum bode eu mato Se pintar algum bode eu morro E volto pra curtir
Chego num dia, a cidade é caretaChego num dia, a cidade é porreta
Chego num dia, me arranco no outroSe eu me perder na Nau Catarineta
Eu vouEu mato
Eu morroE volto pra curtir
Na sopa ensopada eu volto pra curtirNa sopa ralada eu volto pra curtir
Eu vou, mato, morro, volto pra curtirMas eu já morri
E volto pra curtir
JuLIANA PERDIGão, osWALD DE ANDRADE E LucAs sANTTANA
NoTuRNo, o VIoLEIRo7
Lá fora o luar continua E o trem divide o Brasil como um meridiano
Vi a saída da lua Tive um gosto singuláEm frente da casa tua são vortas que o mundo dá
JuLIANA PERDIGão | Voz e guitarra
Hei Mamai Mandan Misa Dufunto
He sabel Mantem Medo Hei É Missa Miguel Mi Minino Nocente
ku Medo É sabel Me Tem Medo
Nana k Tadjan Po Tadjan De Po De Bara Pulga
Rere k Tadjan Po Tadjan De Po Barra Pulga…
Tcheka | Voz e violão
TcHEkA
TcHoRo NA MoRTE8
os imoraisFalam de nósDo nosso gostoNosso encontroDa nossa voz
os imoraisse chocampor nósPor nosso brilhoNosso estiloNossos lençóis
Mas um dia, eu seiA casa caiE entãoA moral da históriaVai estar sempre na glóriaDe fazermos o que nos satisfaz
Zélia Duncan | Voz e violão
ZÉLIA DuNcAN E cHRIsTIAAN oYENs
IMoRAIs9
os imoraisFalam de nósDo nosso gostoNosso encontroDa nossa voz
os imoraissorriram pra nósFingiram tréguaFizeram médiaVenderam paz
Mas um dia, eu seiA casa caiE entãoA moral da históriaVai estar sempre na glóriaDe fazermos o que nos satisfaz
AFFONSINHO
CERTEZA?10
Affonsinho | Voz e guitarra
Certeza, certeza mesmo,Onde tem pra vender?Quanto custa o baratoQue sobe à cabeça?Que orgulho que dáQue prazer, que beleza O lado de lá do ladoÉ o lado de cáMas depende de ondeO lobo olha a presaQuando a fome do loboÉ vaidade e esperteza E o ponteiro dos segundosEmpurra o mundo e todo mundo juntoE o vento voa de muitos ladosÀs vezes dentro do mesmo assunto
certeza não,só o afeto da intuição
Pela água correnteDo meu coração
Que conforto no peitoÉ consertar um conceito
E o meu conselho
É que eu siga adianteValente, metamorfose ambulante
Que muda paisagensE então pedir perdão
Quando sou só bobagens
JoYcE MoRENo
ME DIssERAM11Já me disseramQue meu homem não me amaMe contaram que tem famaDe fazer mulher chorar
E me informaramQue ele é da boemiachega em casa todo diaBem depois do sol raiar
só eu seiQue ele gosta de carinhoQue não quer ficar sozinhoQue tem medo de se dar JoYcE MoRENo | Voz e violão
só eu seiQue no fundo ele é criançaE é em mim que ele descansaQuando para pra pensar
Já me disseramQue ele é louco e vagabundoQue pertence a todo mundoQue não vai mudar pra mim
E me avisaramQue quem nasce desse jeitocom canção dentro do peitoÉ boêmio até o fim
só eu seiQue ele é isso é mais um poucoPode ser que ele seja loucoMas é louco só no amor
só eu seiQuando o amor vira cansaçoEle vem pra o meu abraçoE eu vou pra onde ele for
citação da canção “Da cor Brasileira” de Joyce Moreno e Ana Terra
CHICO SARAIVA E LUIZ TATIT
BAIÃO DO TOMÁS12ChiCo Saraiva | voz e violão
Quando o filho do filho do paiNasceu tão bemO avô que era pai do seu paiFoi ver o nenémEle viu que seu filho sorriaIsso já lhe agradouEra o filho que o filho queriaE que agora chegouTinha um pouco do paiE mais um pouco do avô
Quando a mãe desse filho do paiTeve o nenémA avó que era mãe dessa mãeNão passou bemEla via que a filha sofriaIsso lhe dava dóMas o filho da filha traziaUma alegria sóTinha um pouco da mãeE mais um pouco da avó
Muitos tios e tiasJá davam sinaisQue queriam ser os padrinhossó falavam desse sobrinhoMuitos outros filhosDos irmãos dos paisos maiores e os pequeninosNão tiravam os olhos do primoQue dormia em pazsonhava com os paisAvós dos paisE todos ancestrais
Era tanta genteNão acabava maisuns pediam passinho à frenteTio do tio também é parenteA cidade todaVeio ver o TomásQue nascera, que maravilhao menino, filho da filhaQue dormia em pazsonhava que juntouos tios, os paiscom todos os demais
NATH RoDRIGuEs
TEMPo BREVE13Vem me dar um cheiroVem menino, vemo meu desejo é te rever de verdadePela janela eu gritoTô com saudadeMata minha vontadeEu tô cheia de amor
NATH RoDRIGuEs | Voz e violino
Foi feito sonho quando apareceuVestindo cores que cabiam em mimE todo dia, dia e noite, viaPele escura, encanto despertava assimE mesmo longe, longe dela haviaum amor que viviacolorindo enfim Vem me dar um cheiroVem menino, vemo meu desejo é te rever de verdadePela janela eu gritoTô com saudadeMata minha vontadeEu tô cheia de amor
sábio tempo, tempo brevesilencia a solidãosábio tempo, tempo brevesilencia a solidãoVem... Me dar um cheiroVem menino, vemo meu desejo é te rever de verdadePela janela eu gritoTô com saudadeMata minha vontadeEu tô cheia de amor
RAFA CASTRO E LORENA DINI
MARAJÓ14Rafa CastRo | Voz e piano digital
Não sei se um dia vou voltarEstou aqui frente ao marMeu horizonte a deus-daráConfesso As águas que não são caminhoMe fazem chegarMaré, jangada, guiará Peço licença ao portoMas aqui não é meu lugarMeu horizonte a deus-daráBalanço Você conhece a minha féE meu destinoMaré, jangada, guiará
Gravado ao vivo de 03 a 10 de novembro de 2018 durante a 7ª Mostra Cantautores Belo Horizonte no Cine Theatro Brasil Vallourec. Mixado e masterizado em maio e junho de 2019 no estúdio Frango no Bafo em Belo Horizonte, MG, Brasil.
GraVação e Produção MusiCal Henrique Matheus e Thiago CorrêaMiXaGeM e MasTeriZação Henrique MatheusProjeTo GráFiCo Flora lopes e Mariana FonsecaProdução eXeCuTiVa jennifer souzadireção arTísTiCa luiz Gabriel lopes e jennifer souza
www.mostracantautores.com.br
APOIO CULTURAL
PARCERIA
1. CORSÁRIO João Bosco2. NÃO HÁ CABEÇA Angela Ro Ro
3. A DANÇA DO PEIXE-BOI François Muleka4. POEMA EM SOL POENTE Aline Frazão
5. HÓSPEDE DA NATUREZA Cátia de França6. REVENDO AMIGOS Jards Macalé
7. NOTURNO, O VIOLEIRO Juliana Perdigão8. TCHORO NA MORTE Tcheka
9. IMORAIS Zélia Duncan10. CERTEZA? Affonsinho
11. ME DISSERAM Joyce Moreno12. BAIÃO DO TOMÁS Chico Saraiva
13. TEMPO BREVE Nath Rodrigues14. MARAJÓ Rafa Castro
Registros solo da canção contemporâneaSolo recordings by contemporary singer-songwriters
Belo Horizonte, MG | Brasil | 2019www.mostracantautores.com.br
REALIZAÇÃOPATROCÍNIO
Projeto executado por meioda Lei Estadual de Incentivoà Cultura de Minas Gerais.
CA 0164/001/2017
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