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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3
NAILSON COSTA CARVALHO
LEITURA: UMA PRÁXIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA PRÁTICA DO PROFESSOR EM AGUÇAR NO ALUNO O HÁBITO E O
PRAZER DO ATO DE LER.
Salvador
2015
NAILSON COSTA CARVALHO
LEITURA: UMA PRÁXIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA PRÁTICA DO PROFESSOR EM AGUÇAR NO ALUNO O HÁBITO E O
PRAZER DO ATO DE LER.
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientadora: Profª. Márcia Cristina Rodrigues Correia
Salvador 2015
NAILSON COSTA CARVALHO
LEITURA: UMA PRÁXIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA PRÁTICA DO PROFESSOR EM AGUÇAR NO ALUNO O HÁBITO E O
PRAZER DO ATO DE LER.
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador.____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________
De maneira especial dedico este trabalho a minha mãe Lindaura pelo esforço e
dedicação que teve comigo durante toda a minha vida. Ao meu irmão Nadson,
sobrinhos e afilhados. E por último ao meu grande amigo Marcio Fiel pelo apoio e
incentivo na hora certa.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela minha existência e por me permitir mais esta conquista.
A meus familiares, pelo apoio neste momento. A todos, meu muito obrigado.
A minha orientadora, Professora Márcia Correia, pela paciência e competência ao
me auxiliar nesta jornada.
À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Escola de Gestores, por
levarem a cabo esta iniciativa que beneficia tantos Coordenadores Pedagógicos
como eu.
A minha grande comadre Marilda, sempre permanece presente nos momentos de
alegria e tristezas, me apoiando para que eu pudesse realizar mais esse sonho.
A minha amiga irmã, Rosinha que não mede esforço para me ajudar e apoiar nos
meus estudos.
A Diretora do Colégio, Leônor Brito Costa, que sempre apoiou e ajudou para o meu
crescimento e conhecimento pessoal e profissional.
As queridas professoras, Kelly e Fernanda tão importantes para o desenvolvimento
desse projeto, a vocês duas meu muito obrigado pela parceria e sonhos que
realizamos.
A Márcia Regina, Maria Tereza, Ana Lúcia Soares, Tereza Cristiana, Raimunda
Gomes e Decelis estas em especiais por compartilhar dos ensinamentos e ajudar
perante as minhas solicitações.
A todos os professores, alunos, colegas de trabalho, funcionários, porteiros,
sensores do Colégio Municipal Evência Brito pelo apoio e a realização desse
Projeto.
A leitura verdadeira me compromete de imediato com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cujo compreensão fundamental me vou tornando também sujeito. (FREIRE, 1996, p. 27)
CARVALHO, Nailson Costa. Leitura: uma práxis do coordenador pedagógico na prática do professor em aguçar no aluno o hábito e o prazer do ato de ler, 2015. Projeto Vivencial Especialização em Coordenação Pedagógica – Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública. Faculdade de Educação. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
RESUMO
Este trabalho apresenta uma ação do coordenador pedagógico junto a prática do professor, tendo como objetivo principal propor uma reflexão e ação sobre a importância de incentivar os alunos a adquirir o hábito, o gosto e o prazer pela leitura num ambiente escolar. Para isso utilizamos como apoio as obras Literárias de José de Alencar, Machado de Assis e Ariano Suassuna. Entende-se que a leitura é a maior forma de expressão e comunicação na sociedade, pois somente com a prática constante é que torna o indivíduo apto a compreender, criar e transformar o meio o qual esta inserido. A pesquisa que embasa este trabalho partiu de uma pesquisa-ação e transformada em projeto vivencial com proposta pedagógica na práxis do professor, para obtenção de um resultado satisfatório na aquisição do hábito e prazer da leitura dos alunos. A metodologia que fundamenta este trabalho foi a bibliográfica, autores como Isabel Solé, Maria Helena Martins, Paulo Freire, Marisa Lajolo, Mara M. Monteiro, Ulisses Infante, Libâneo, Luckesi, Michel Thiollent, Luzia Angelina Maria, Orsolon entre outros, apoiaram no processo do diálogo e na sistematização do conhecimento do coordenador pedagógico para produzir este trabalho. Para tanto, é no ambiente escolar que acontece o grande desafio de aguçar aos envolvidos a praticar a leitura. E temos como maiores incentivadores na descoberta do ato de ler o professor, principalmente estimulador do contato do indivíduo com o universo da leitura. Sabe-se que todo conhecimento é fruto de uma construção constante de aprofundamento e prática diária na obtenção do saber, construída a partir das diversas leituras desde as mais simples até as mais complexas como as obras literárias. Palavras-chave: coordenador pedagógico, gosto pela leitura, professor, proposta pedagógica, ambiente escolar.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica
UFBA
PROFORMAP
Universidade Federal da Bahia
Programa de Formação para Capacitação dos Profissionais no
Magistério
CEB Colégio Evência Brito
GIEB Ginásio Industrial Evência Brito
CIEB Colégio Industrial Evência Brito
PPP Projeto Político Pedagógico
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 10
1.0 MEMORIAL: UMA REFLEXÃO VIVIDA...................................................... 13
2.0 EVOLUÇÃO E CONCEPÇÃO DA LEITURA NUMA PROPOSTA DE
INTER-RELAÇÃO COM O EDUCADOR ..................................................
18
2.1 LEITURA E SUAS CONCEPÇÕES ........................................................... 20
2.2 A ESCOLA COMO AMBIENTE ESTIMULADOR DA LEITURA ................ 22
2.3 FUNÇÃO DA ESCOLA E ETAPAS DA LEITURA ..................................... 23
2.4 ESTRATÉGIAS DE LEITURA .................................................................... 25
3.0 PROJETO DE VIVÊNCIA: UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO
PLANEJAMENTO DE AÇÕES NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO................
29
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO...................................................... 30
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ................................................... 31
3.3 PROCESSO LABORATORIAL.................................................................... 34
3.4 OBJETIVO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................... 37
3.4.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................... 37
3.4.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS........................................................................ 37
3.5 METODOLOGIA.......................................................................................... 38
3.5.1 PASSO A PASSO........................................................................................ 39
3.5.2 CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÃO DAS PEÇAS TEATRAIS.............. 40
3.6 CRONOGRAMA DAS AÇÕES.................................................................... 41
3.7 CONCLUSÃO.............................................................................................. 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 44
REFERÊNCIAS........................................................................................... 48
ANEXOS...................................................................................................... 50
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1 INTRODUÇÃO Saber ler é uma prática que torna o indivíduo com habilidades para construir,
produzir e transformar o meio e a sociedade a qual ele vive. Além de auxiliá-lo na
sua competência em querer conhecer as mais variadas formas de expressão e
linguagem do conhecimento que o ser humano possa imaginar. Mas, para dominar
esse conhecimento é necessário primeiramente aprender a dominar a arte da leitura,
como fonte inesgotável do saber.
Nós seres humanos, temos as mais variadas necessidades básicas para
sobreviver, o mesmo acontece com ele no ambiente totalmente letrado e globalizado
como o nosso, ao adquirir o hábito e o gosto pela leitura, tão primordial no mundo da
leitura.
A nossa sociedade totalmente letrada exigem cada vez mais do ser humano
competências e habilidades na prática da leitura, pois as informações estão
chegando e sendo passada de forma rápida e avançada, exigindo assim do
indivíduo excelência na arte do domínio à leitura.
Nesse sentido percebe-se na escola um ambiente totalmente estimulador à
prática de criar o hábito e o interesse pela leitura, pois sabemos que a escola é de
fundamental importância na preparação e no desenvolvimento do conhecimento do
aluno, por estimular e aperfeiçoar as habilidades e as competências tão necessárias
na preparação de uma vida social. Como bem menciona Braga (1985, p. 7) “a escola
precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos do povo, e ir
além de ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros,
considerando que a cultura de um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura...”.
Com o objetivo de despertar o prazer, o gosto e o hábito da leitura, o presente
trabalho propõe ao coordenador pedagógico uma reflexão e ações que possam
nortear a prática pedagógica dos professores e em especial o professor de Língua
Portuguesa, para que ele seja cada vez mais um motivador no incentivo de levar os
alunos a praticar mais a leitura, tornando-o um ato prazeroso.
É certo que a leitura é um universo de conhecimento e prática, no qual o
interesse do leitor acontece a partir de um objetivo, como bem afirma Solé (1998, p.
41) “nossa atividade de leitura está dirigida pelos objetivos que pretendemos
mediante a ela”. Por isso, para que o leitor possa se deliciar da leitura desse
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presente material e facilitar a sua compreensão, o trabalho divide-se em três
capítulos..
No primeiro capítulo, conheceremos de forma mais sistematizada a vida
acadêmica e professional, através do seu Memorial: uma reflexão vivida por mim Já
no segundo capítulo, apresentamos a parte teórica do trabalho, no qual a
metodologia usada para embasar a pesquisa foi a bibliográfica. Autores como: Isabel
Solé, Maria Helena Martins, Paulo Freire, Garcez, Lajolo, Libânio entre outros
puderam fortalecer o conhecimento escrito sobre a leitura e o seu despertar pelo
prazer de ler.
Por último, no terceiro Capítulo veremos o Projeto Vivencial, como foi
construído, quem participou, as ações que foram desenvolvidas, as experiências
executadas e o resultado que este trabalho contribui para o coordenador pedagógico
ou por quem é amante da leitura que queira também despertar no outro a praticar
esse ato de ler. O Projeto Vivencial expõe ainda, uma prática pedagógica planejada
e vivenciada entre os professores de língua portuguesa e os alunos do nono ano do
Colégio Municipal Evência Brito.
Vale lembrar que, o projeto foi construído de uma metodologia da pesquisa-
ação, baseado no pequeno questionário que foi respondido por professores de
Língua Portuguesa com o objetivo de coletar informações, para saber do contato
dele com a leitura, de conhecer quais as metodologias que eles usam em sala de
aula para despertar no aluno o interesse, o gosto e hábito pela leitura.
Lembramos ainda, que a importância do coordenador pedagógico como
articulador das ações desenvolvidas no ambiente escolar e nesse trabalho, é de
suma relevância para que possa desenvolver propostas e metodologias nas práxis
pedagógicas do professor. Como afirma Orsolon (2002, p. 22) “O coordenador,
como um dos articuladores desse trabalho coletivo, precisa ser capaz de ler,
observar e congregar as necessidades dos que atuam na escola...”.
Diante do exposto o que fazer para tornar os nossos alunos bons leitores?
Qual maneira de ajudá-los a despertar o gosto, o interesse e o hábito de ler grandes
obras clássicas ou qualquer outra leitura que os tonem bons leitores.
Para responder essas questões do déficit da leitura, no decorrer do trabalho
foi apresentado um projeto, cujo título é: Intercâmbio Cultural Literário, com o
objetivo de despertar o interesse, o gosto e hábito pela leitura de obras clássicas de
grandes autores como: Machado de Assis, José de Alencar e Ariano Suassuna, no
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qual os alunos através de encontros semanais pudessem escolher alguma obra
desses autores para ler, compartilhar e produzir uma ação que levassem aos outros
colegas do Colégio a despertar o interesse e gosto pela leitura.
O objetivo da leitura é tornar os nossos alunos amantes da leitura e na arte de
ler, compartilhar, viajar e ampliar o seu universo de conhecimentos tão essenciais ao
seu processo de formação e construção dos saberes, como afirma Martins (1982, p.
23) “[...] ler significa inteirar-se do mundo, sendo também uma forma de conquistar
autonomia, de deixar de “ler pelos olhos de outrem””. Portanto, ler é conhecer esse
trabalho nos ajudará a entender que é possível levar os nossos alunos a querer
praticar o hábito, o gosto e o interesse pela leitura, tão importante na sua vida
pessoal e acadêmica.
Enfim, a necessidade de conhecer esse trabalho é essencial para
compreender o verdadeiro papel do coordenador pedagógico e sua importância no
ambiente escolar, principalmente nas ações que ele desenvolve diante da prática
pedagógica do professor, auxiliando e agindo para que possa despertar no aluno, o
prazer, o gosto pela leitura.
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1. MEMORIAL: UMA REFLEXÃO VIVIDA
Eu, Nailson Costa Carvalho, solteiro, nascido na cidade de Ribeira do
Pombal, Bahia, sou professor da rede Municipal de Ensino no município de Ribeira
do Pombal, atualmente atuo como coordenador pedagógico, uma experiência
importante para minha vida pessoal e profissional, pois acredito que a minha
atuação possa orientar e ajudar na prática pedagógica do professor, bem como,
estar atento à aprendizagem dos alunos.
De inicio fiz o curso de Contabilidade porque na cidade só tinha os
cursos de Magistério e de Ciências Contábeis. Por falta de opção, matriculei-me no
curso de Contabilidade, pois na época o Magistério era mais frequentado por
pessoas do sexo feminino.
Terminei o Ensino Médio no ano de 1988, mas com o sonho de poder estudar
o Magistério, pois o campo de trabalho era bem maior que o de Contabilidade.
Mesmo com a formação de Contábil, a minha atuação sempre foi no
Magistério e, por conta de estar envolvido desde cedo na área da educação, além
de desenvolver uma prática educativa voltada à formação do docente. No ano de
1997, recebi o convite para lecionar a disciplina de Educação Artística e Ciências no
Colégio Municipal Evência Brito.
Atuando na escola particular e municipal, surgiu nesse período a
oportunidade de fazer o curso do Magistério no Programa de Formação para
Capacitação dos Profissionais no Magistério (Programa Proformap).
Esse curso foi de suma importância para habilitação e a atuação em sala de
aula exigência do MEC por não permitir que professores leigos sem formação
atuasse em sala. Essa foi à oportunidade de ter mais o conhecimento técnico porque
Programa Proformap na prática já o conhecia e assim ampliou os meus
conhecimentos na busca de melhorar cada vez mais a minha prática pedagógica,
provocando um novo olhar ainda mais atento, voltado para as necessidades do
aluno.
Dessa forma, passei a sonhar com o Ensino Superior que somente foi
concretizado quinze anos mais tarde quando no ano de 2003 prestei o vestibular
para Letras Vernáculas na Faculdade Ages, no município de Paripiranga-Bahia, a
100 km de distância de onde morava. Não foi fácil trabalhar o dia inteiro e viajar
todas as noites para estudar, porém foi uma oportunidade enriquecedora, porque me
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possibilitou sonhar com o Ensino Superior tão distante da nossa realidade, mas que
mesmo assim fez fortalecer e acreditar que sem a educação não se chega a lugar
nenhum. O Ensino Superior ampliou ainda mais os conhecimentos em relação as
minhas práticas pedagógicas, como diz o grande saudoso Paulo Freire:
Tanto quanto a educação, a investigação que a ela serve, tem de ser uma operação simpática, no sentido etimológico da expressão. Isto é, tem de constituir-se na comunicação, no sentir comum uma realidade que não pode ser vista mecanicistamente compartimentada, simplistamente bem “comportada”, mas, na complexidade de seu permanente via a ser. (FREIRE, 1982, p. 118)
Diante das palavras de Paulo Freire e acreditando na educação libertadora, o
sonho da formatura aconteceu no ano de 2007 ao receber o Diploma de Graduado
em Letras Vernáculas. O sonho não parou aqui, não queria parar, pretendia fazer o
Curso de Especialização quando de repente surgir na minha cidade a oportunidade
de fazer o Curso de Psicopedagogia Institucional Clinica e Hospitalar.
A psicopedagogia surgiu na minha vida pela necessidade de continuar
estudando e como não havia um curso voltado na área de Língua Portuguesa, no
ano de 2009, ingressei no Curso de Pós-Graduação Lato Senso - Psicopedagogia
Institucional Clínica e Hospitalar pela Realiza Pós-Graduação Projetos Educacionais.
Assim, o curso foi de suma importância porque deu sentido aos
conhecimentos adquiridos ao longo de todo trajeto educacional e, ao perceber que
as dificuldades de aprendizagem dos alunos são de caráter afetivo, social e familiar,
venho de certa forma refletir diante de um novo aprendizado que é conhecendo as
suas dificuldades socioafetivo que eu teria uma melhor forma de tratá-lo e também
desempenhar um trabalho consciente de que somos responsáveis pelos seres que
buscam em cada profissional o saber e o apoio afetivo.
Vale lembrar que, durante os estudos da Pós Graduação, recebi no ano de
2008 o convite para atuar como coordenador da Escola Municipal Maria Menezes
Cruz Conceição onde lecionava como professor de Língua Portuguesa. Abracei com
todo o carinho e dedicação que no ano de 2010, recebi novamente outro convite da
Secretaria de Educação para atuar como Coordenador Pedagógico da Escola
Ednaldo Ribeiro Sales, só que dessa vez eram muitos os desafios por ser uma
escola da zona rural e que necessitava de um novo olhar na área da educação dos
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professores , pais e alunos. Abracei esse desafio porque sabia da importância de
vivenciar novos caminhos na educação.
Atuar como coordenador pedagógico foi uma experiência que me possibilitou
vários olhares em relação à gestão escolar, a relação com os professores, com os
pais e toda comunidade escolar, pois sabemos que a importância de um
coordenador pedagógico no ambiente escolar é de suma importância para
desenvolver uma melhor qualidade de ensino dos alunos, como também no
acompanhamento da prática pedagógica do professor. Como afirma Lima (2007) “O
Coordenador Pedagógico é um profissional que deve valorizar as ações coletivas
dentro da instituição escolar, ações essas que devem estar vinculadas ao eixo
pedagógico desenvolvido na instituição”.
E assim tive a oportunidade de aprender cada vez mais com essa função, a
tal ponto que recebi outro convite para participar do Curso do Programa de
Capacitação de Gestores (Progestão).
O Progestão foi muito importante, porque através deste curso aprendi muito
com os assuntos e os temas abordados durante os encontros. Foi muito
enriquecedor porque trouxe mais aprofundamento e amadurecimento no meu
desempenho como gestor na escola. Ao estudar cada módulo aprendi muito sobre a
gestão escolar e como atuar numa democracia escolar.
Em suma, todo sucesso da aprendizagem com o Progestão, deve-se aos
encontros e os debates que aconteceram com os colegas, as atividades realizadas e
as explicações do tutor que foram riquíssimas, porque tive a oportunidade de tirar
as dúvidas e de expressar o que tinha aprendido nas atividades executadas.
Apesar de todos esses conhecimentos e estudos eu nunca parei de ter a
preocupação e um olhar sobre a leitura que é uma dos principais instrumentos para
a aprendizagem e na melhoria da qualidade do ensino no ambiente escolar.
Como bem afirma Veiga (1995 p. 11) “a escola é o lugar de concepções,
realização e avaliação do seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar
seu trabalho pedagógico com base em seus alunos”. Portanto, a escola é o espaço
onde se constrói e aprende os conhecimentos, valores e tradições para que
possamos conviver em harmonia e construindo novos conhecimentos na sociedade
em que vivemos.
Nesse sentido, enquanto Coordenador Pedagógico da escola, possibilitou-me
enriquecer a minha prática pedagógica, por ter desenvolvido várias ações que
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pudesse melhorar a comunidade escolar, bem como a melhoria da qualidade de
ensino dos alunos.
A nossa escola tem uma finalidade que é promover a aprendizagem dos
discentes, para isso é necessário planejar ações que possam ser alcançadas. E
como fazer isso? E quem deve traçar esses objetivos e ações? Questões como essa
é que devem estar bem claras para toda a comunidade escolar, escrito no Projeto
Político Pedagógico, ou seja, conhecido mais como o PPP. Enquanto Coordenador,
tive a sensibilidade de tornar vivo o PPP da escola, pois sabe-se que o Projeto
Político da Escola é a sua identidade e, nela contém todas as ações que devem ser
realizadas durante o ano letivo. Para Vasconcellos (1995, p. 143) define o PPP
como “é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os
desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente,
sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa!”. Portanto, podemos
considerar o PPP como a alma da escola, pois encontramos todas as ações
planejadas, ações que são construídas por todos os segmentos da escola como:
pais, professores, alunos, coordenador, diretores.
Partindo do pressuposto acima citado é que nasce a minha necessidade de
traçar ações voltadas ao hábito da leitura dos nossos alunos. A leitura é toda a base
do conhecimento de qualquer ser humano em fase de aprendizagem e construção
do seu conhecimento. Como diz Martins (1982 p. 25) “A leitura seria a ponte para o
processo educacional eficiente, proporcionando a formação integral do indivíduo”.
Para isso, é necessário praticá-la constantemente para que haja maior facilidade no
entendimento e na sua expressão, emitindo assim seu ponto de vista em qualquer
situação que esteja como ocorre também nas demais esferas da sociedade.
Uma vez que o aluno constrói o seu conhecimento através interação com o
meio em que vive ele consegue alcançar o seus objetivos. Como nos diz Solé (1998
p. 42) “no âmbito do ensino, é bom que os meninos e meninas aprendam a ler com
diferentes intenções para alcançar objetivos diversos. Dessa forma, além de
aprenderem a ativar um grande número de estratégias, aprendem que a leitura pode
ser útil para muitas coisas”. Depende das condições desse meio, da vivência de
objetos e situações, o individuo, pode ultrapassar determinados estágios e
estabelecer relações cada vez mais abstratas no conhecimento de mundo. Assim,
os entendimentos dos alunos são decorrentes do seu desenvolvimento próprio frente
as áreas de conhecimento.
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É dentro dessa visão que há a interação e o envolvimento do professor em
incentivar e provocar no aluno o desejo dele de querer aprender e descobrir o
universo da leitura. É ele o maior responsável em mediar o conhecimento para o
aluno. Segundo Freire (1996), a ação docente é a base de uma boa formação
escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Entretanto, para
que isso seja possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e
encarar o caminho do aprender a ensinar.
Motivar o aluno a aprender é o grande desafio e segredo para tornar o
ambiente escolar mais vivo e participativo. Segundo Libâneo (1994, p.88) “O
trabalho docente é atividade que dá unidade ao binômio ensino-aprendizagem, pelo
processo de transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, realizando a tarefa de
mediação na relação cognitiva entre o aluno e as matérias de estudo”.
Assim, enquanto Coordenador Pedagógico e preocupado com a melhoria da
qualidade de aprendizagem dos alunos em relação ao ato de ler, surge a vontade
de criar e propagar o hábito de leitura na sala de aula, bem como na prática do
docente, esse é meu objetivo principal, para defender uma política educacional
voltada ao prazer de inserir essa prática em qualquer área do conhecimento,
conforme afirma Solé (1998 p. 44) “ler é compreender e que compreender é
sobretudo um processo de construção de significados sobre o texto que
pretendemos compreender”.
Sigo assim acreditando como Coordenador Pedagógico, que a Educação
semeia a transformação! Serei sempre um semeador!
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2. EVOLUÇÃO E CONCEPÇÃO DA LEITURA NUMA PROPOSTA DE INTER-RELAÇÃO COM O EDUCADOR
Há milhares de anos atrás, o ser humano ainda em forma primitiva, construiu
moradias, competiu com os animais pelo direito de uma habitação (caverna). Nas
paredes rochosas dessa sua habitação, começou a construir sua história ao registrar
através da arte rupestre (pintura em cavernas). Esse fato é considerado como os
princípios da evolução e também o início da comunicação da leitura do mundo,
podendo ser chamado assim da primeira escola humana.
Nessa concepção o que seria uma escola? Segundo o dicionário de Houaiss
(2010) descreve a escola como “casa ou estabelecimento em que ministra ensino de
ciências, letras e artes; conjunto dos alunos e professores”. Partindo do princípio
humano é o lugar onde se constrói o conhecimento para evolução humana na
sociedade. É nesse ambiente que o educador realiza como pessoa e profissional
sua função de ensinar e transmitir conhecimento, ampliando assim, sua visão de
mundo para transcender o seu conhecimento próprio, como afirma Freire (1996, p.
22) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
produção ou sua construção”.
O maior desafio da escola é mudar sua concepção de educação, a forma de
aprendizagem e também a formação dos seus profissionais – os professores. Para
que haja uma educação de qualidade, vez que o ofício da educação é formar o
cidadão para o exercício das atividades existente na sociedade, nessa visão o papel
do educador é ser o maior responsável em mediar o conhecimento num ambiente
escolar como diz Freire (1996, p.27) “a tarefa docente não é apenas ensinar os
conteúdos, mas também a pensar certo”.
Nesse sentido, o coordenador pedagógico tem contribuições relevantes, por
ser ele o responsável em acompanhar e direcionar a postura e as práticas
pedagógicas dos professores, além dele também contribuir com a formação
continuada dos docentes. O coordenador pedagógico deve organizar as ações que
norteará a Unidade Escolar, durante todo o ano letivo, para que possa alcançar uma
educação de qualidade, conforme afirma Orsolon:
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O coordenador é apenas um dos atores que compõem o coletivo da escola. Para coordenar, direcionando suas ações para a transformação, precisa estar consciente de que seu trabalho não se dá isoladamente, mas nesse coletivo, mediante a articulação dos diferentes atores escolares, no sentido da construção de um projeto político-pedagógico. (Orsolon,2002, p. 19).
Diante do exposto acima citado, a importância do Coordenador Pedagógico
para a escola é extremamente importante para o planejamento das ações que serão
traçadas no Projeto Político Pedagógico. Além disso, as políticas públicas devem ter
a preocupação em preparar os profissionais da educação para exercer sua função
em sala. Um professor bem preparado é um formador apto a incentivar e transformar
o indivíduo a conhecer e querer aprender os conhecimentos que lhe serão úteis para
sua formação profissional e pessoal, como bem afirma Freire:
... o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim transferido.( FREIRE,1996, p 22-23)
Considerando este cenário é que sabemos que o coordenador pedagógico é
um grande estimulador dos professores, por ser este o grande responsável em
fomentar o conhecimento dos alunos. É ele o maior propulsor em incentivar e criar o
gosto pela leitura e o conhecimento exposto. Desse modo, acredita-se que o
professor em especial o de Língua Portuguesa seja um dos maiores motivadores no
processo da aquisição do hábito da leitura, por ser ele o profissional mais envolvido
no universo de leitura como: leitura de clássicos literários, científicos, contos,
poesias, noticias, novelas, cartas, livros diversos. Além desses, temos as leituras
mais simples como: bilhete, carta, charges e bula de remédio, e hoje com o avanço
da tecnologia temos as leituras virtuais como: blog, facebook, whatsapp etc.
Nesse sentido, o coordenador pedagógico entra como um grande articular
dos professores por orientar nos seus trabalhos pedagógicos, proporcionando
metodologias que possa facilitar o processo da leitura dos alunos, como diz Orsolon
(2002, p. 22) “... o coordenador considera o saber, as experiências, os interesses e o
modo de trabalhar do professor, bem como criar condições para questionar essa
prática e disponibilizar recursos para modificá-la...”.
Vale lembrar que, nesse universo de leitura compartilhada, o professor no seu
processo de ensino-aprendizagem, ele também aprende na interação com seu
20
aluno, com diz Freire (1996, p. 23) “quem ensina aprende a ensinar e quem aprende
ensinar a aprender”. Assim, o universo da leitura principalmente o das redes virtuais,
o educador aprende a linguagem tão importante para a comunicação e evolução
humana, por ser a língua um processo dinâmico transformador e modificador da
linguagem. Parafraseando Freire (1996) “A leitura verdadeira me compromete de
imediato como o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão
fundamental me vou tomando também sujeito”.
Nesse contexto, o universo da leitura constitui no processo de liberdade no
qual o aprendiz consegue obter o incentivo do seu mestre, bem como o mestre
adquire conhecimento do seu aprendiz. Essa troca de aprendizagem é que torna a
leitura um universo amplo e rico em conhecimento para se produzir novos olhares. È
a leitura de mundo como diz Martins (1983, p. 34) “aprender a ler significa também
aprender a ler o mundo, dar sentido a ele e a nós, o que, mal ou bem, fazemos
mesmo sem ser ensinado”.
Mas o que é leitura? Que estratégia o professor poderia usar para incentivar o
hábito dessa leitura. Esses questionamentos terão sequencia nos próximos tópicos.
2.1 LEITURA E SUAS CONCEPÇÕES
Mas o que é leitura? O que é ler? Questões como essa são compreendidas
ao informar-se sobre o significado no dicionário, que segundo o dicionário de
Houaiss (2010) este descreve a leitura como “uma ação ou efeito de ler”; enquanto
que ler é “conhecer, interpretar por meio da leitura”. Para Infante (2000, p. 57) a
leitura “é o meio de que dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões
sobre a realidade”.
Diante do que vimos podemos entender então, que a leitura vai além do ato
de ler, mas de compreender e interagir entre o leitor e o texto, porque segundo
Kleiman (2002, p. 16) este afirma que “quando o leitor é capaz de chegar à
compreensão de um nível de informação, ele ativa outros tipos de conhecimento
para compensar as falhas momentâneas”, ou seja, a relação do leitor com o texto
possibilita a quem lê, abrir uma janela de conhecimento dentro de si para
compreender o ato da leitura, como aponta Solé:
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Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com destreza as habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias e experiências prévias; principalmente nos envolver em um processo de previsão e inferência contínua, que se apoia na informação proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar evidência ou rejeitar as previsões e inferências antes mencionadas. (SOLÉ,1998, p. 23)
Muito antes da criação da escrita, a tradição cultural do povo primitivo era
transferida através do falar. A comunicação predominava oralmente uma
necessidade para transmitir informações e para preservar os costumes dos seus
antepassados.
O surgimento da escrita foi uma descoberta essencial para que não se
perdesse essas tradições orais ao longo tempo, mas que serviu e serve para
intensificar as classes sociais, como bem sabemos é ela dada o poder para ser uma
classe totalmente letrada, tirando assim o direito dos menos favorecidos
compreender e dominar a leitura.
Saber ler é poder, porque o ser humano passa a construir o conhecimento e a
dominar o ambiente ao seu redor, e de acordo com Martins (1983, p. 23) “ler
significa inteirar-se do mundo, sendo também uma forma de conquistar autonomia,
de deixar de “ler pelos olhos de outrem””. E é na escola o lugar onde se aprende a
ler e escrever para obter os conhecimentos essenciais na inteiração do mundo.
Nos tempos atuais para tentar atenuar esses déficits da leitura entre os
menos favorecidos, tem-se buscado democratizar a leitura, às grandes massas,
porém ainda é muito pouco significativo à população que não saber ler e com isso
ficam segregadas à classe dominante – sociedade essa tida hoje como dominadora
da leitura.
A leitura é algo tão importante para o ser humano que o torna libertado do seu
pensamento humano, ao ler o individuo não põe limite a sua criação e imaginação,
após compreender o que está lendo conforme diz Garcez:
Além de ser imprescindível como instrumento de consolidação dos conhecimentos a respeito da língua e dos tipos de texto, a leitura é um propulso do desenvolvimento das habilidades cognitivas. Envolve tantos procedimentos intelectuais e exige tantas operações mentais que o bom leitor adquire maior agilidade de raciocínio. (GARCEZ, 2004, p. 7)
22
Conforme cita a autora, a leitura nos impulsiona para o conhecimento
intelectual. Sendo assim, a nossa sociedade preocupada em resolver questões
leitura, tem a escola como foco principal para desenvolver ações que tornem o
indivíduo um amante da leitura, para isso ela precisa desenvolver ações que o levem
a ler com prazer e qualidade como afirma Garcez:
Compreendemos também que a leitura é imprescindível para que o redator chegue a apresentar um bom desempenho, pois ela oferece oportunidades de contato intensivo com as infinitas possibilidades da língua, como os diversos gêneros e tipos de textos e com as informações e ideias que circulam no nosso universo. (GARCEZ, 2004, p. 10)
Esta citação reafirma a importância de ler com qualidade e aprofundar cada
vez mais nos mais variados tipos de leitura.
Vale lembrar que, a importância do coordenador como um articular de ações
na escola é para contribuir na melhoria do planejamento dos professores e estes
possam ampliar suas ideias em relação ao despertar o hábito, o gosto e o prazer
pela leitura. Nesse sentido Orsolon (2002, p.23) diz “Ao proporcionar práticas
inovadoras, é preciso que o coordenador as conecte com as aspirações, as
convicções, os anseios e o modo de agir/pensar do professor, para que estas
tenham sentido para o grupo e contem com sua adesão”.
Despertar o prazer da leitura está no seu hábito diário, é como uma semente
que ao ser plantada, precisa de atenção, carinho e acompanhamento para
desenvolver firme e forte. Assim acontece com o indivíduo em sala de aula,
desenvolver e despertar o gosto e o prazer da leitura esta simplesmente nas ações
que a escola desenvolve antes e durante o processo de aprendizagem. Para isso,
ela cria ambientes ricos no processo da leitura. É nessa visão que a escola é
fundamental para a aquisição da leitura.
2.2 A ESCOLA COMO AMBIENTE ESTIMULADOR DA LEITURA
É função primordial da escola ensinar a ler. É função essencial dela ampliar o
domínio dos níveis de leitura. Cabe formalmente à escola desenvolver as relações
23
entre leitura e indivíduo, em todas as interfaces. A partir desses pressupostos, a
Escola é considerada como ambiente estimulador da leitura.
Dentre as várias funções da escola, sabe-se claramente que a que se
destaca com o essencial na prática do educador é a formação de leitores consciente
do seu papel na sociedade. Segundo Neves:
Ler e escrever são tarefas da escola, questões para todas as áreas, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação de um estudante, que é responsabilidade da escola. Ensinar é dar condições ao aluno para que ele se aproprie do conhecimento historicamente construído e se ensina nessa construção como produtor de conhecimento. Ensinar é ensinar a ler para que o aluno se torne capaz dessa apropriação, pois o conhecimento acumulado está escrito em livros, revistas, jornais, relatórios, arquivos. Ensinar é ensinar a escrever porque a reflexão sobre a produção de conhecimento se expressa por escrito. (NEVES, SOUZA, SHÂRFER, GUEDES E KLAUSENER, 2004, p. 15)
Nesta visão, a Instituição Escolar, é comparada ao “seio” que amamenta a
criança, oferecendo o primeiro contato, a construção de um vínculo, entre leitura e
indivíduo.
Em sua obra “Estratégias de Leitura” Isabel Solé (1998) afirma que “um”,
entre os vários desafios da escola, é de “fazer com que os alunos aprendam a ler
corretamente”, expondo ainda, que o domínio da leitura é necessário para agir com
autonomia nas sociedades letradas. Novamente apontamos que o papel do
coordenador é muito importante por ser ele o grande responsável em perceber e
estar atento as dificuldades encontrada no ambiente escolar, principalmente nas
questões da leitura tão essenciais para o conhecimento do aluno, Orsolon (2002, p.
22) diz “o coordenador, como um dos articulares desse trabalho coletivo, precisa ser
capaz de ler, observar e congregar as necessidades dos que atuam na escola...”.
Mas em que período deve se trabalhar a leitura no âmbito educacional?
2.3 FUNÇÃO DA ESCOLA E ETAPAS DA LEITURA
Mas como começar a ensinar a ler? Para responder esse questionamento, a
escola deve preparar o seu aluno desde cedo, lá nas séries iniciais, para trabalhar a
leitura. A criança nessa fase inicial ao ser estimulada já começa a desenvolver o
24
gosto pela leitura, criando o hábito e o prazer por ser ele a se encantar com as
histórias lidas, conforme nos dia Zimberman:
Da sua parte, a instituição “escola” ensina como o ler, começando pela alfabetização e chegando ao estímulo, ao consumo, à função e à valorização dos produtos tidos como elevados, qualidade usualmente conferida à parte e à literatura. Por isso, a eficiência do ensino viabiliza ou não a socialização dos textos a que dá acesso, sendo que, em caso negativo, a escola acaba por comprometer sua própria continuidade. (ZIMBERMAN; SILVA, 2004, p. 13)
Nesse contexto, percebemos que a leitura nas séries iniciais tende a ser mais
dinâmica e bastante enriquecedora, por aproveitar que a criança está mais aberta
aos saberes, sua mente em fase de aceitação mais rápida, consegue constituir o
querer e a descobrir o mundo que o cerca.
Já no Ensino Fundamental, a leitura é considerada mais objetiva, exigindo
mais do estudante uma leitura específica, como expõe Solé:
Atualmente, na escola e ao longo de sua etapa fundamental, dedicam-se várias horas por semana à linguagem, em que se situa uma parte importante do trabalho de leitura (em geral, costuma-se prever um horário de biblioteca nas escolas, tanto na sala de aula como nos aposentos destinados a este objetivo). Além disso, a linguagem oral e escrita encontram-se presentes nas diferentes atividades próprias das áreas que constituem o currículo escolar. Assim, para muitos professores, a linguagem é trabalhada continuamente. (SOLÉ,1998, p. 34)
Prosseguindo nas etapas do ensino escolar, o estudante no Ensino Médio,
prossegue com a leitura mais específica ainda por exigir mais do estudante para
uma aprendizagem mais ampla e participativa na sua produção e argumentação,
conforme cita Solé:
Podemos considerar que, a partir do Ensino Médio, a leitura é um dos meios mais importantes na escola para a consecução de novas aprendizagens. Isto não significa que não se considere mais necessário insistir em seu ensino; de fato, durante toda a etapa do Ensino Fundamental e às vezes também no Médio, continua-se reservando um tempo para a leitura, geralmente na matéria de “Linguagem”. Por outro lado, à medida que se avança na escolaridade, aumenta exigência de uma leitura independente por parte dos alunos... (SOLÈ,1998, p. 36)
A autora ainda cita que:
... a partir do Ensino Médio a leitura parece seguir dois caminhos dentro da escola: um deles pretende que crianças e jovens melhorem sua habilidade
25
e, progressivamente, se familiarizem com a literatura e adquirirem o hábito a leitura; no outro, os alunos devem utiliza-la para ter acesso a novos conteúdos de aprendizagem nas diversas áreas que formam o currículo escolar. Não considero muito arriscado afirmar neste contexto que o que se pretende é que se gostar de ler e que se aprenda lendo e que estes objetivos estão igualmente presentes no Ensino Médio. (SOLÉ, 1998, p. 37-38)
Diante do exposto, fica evidenciado que a escola é um ambiente propiciador e
propagador no hábito de estimular a leitura, cabendo ao coordenador trazer ações
que despertem o prazer de ler, principalmente os professores em aguçar os seus
educandos, através de diversas leituras compartilhadas, a levá-los a compreender e
garantir que todos os envolvidos nesse universo de aprendizagem e letramento
passem a gostar e criar o hábito de ler com prazer, com qualidade e diversificar os
vários tipos de leitura são essenciais a sua vida acadêmica, como também o social,
conforme expõe Baldi quando nos diz:
Garantir um momento diário na rotina escolar de “viagem ao mundo da ficção”, criando um outro universo com o qual e no qual (alunos e professora, juntos) estará interagindo por um determinado tempo, um espaço de cumplicidade e imaginação, é o que propõe essa modalidade de leitura, em que a professora lê aos alunos uma determinada obra em capítulos diários. (BALDI, 2009, p. 24)
2.4 ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Diante do que vimos até aqui acerca da leitura e a importância do
Coordenador Pedagógico, do professor e da escola como os maiores estimuladores
nessa prática de ler é que norteia se aqui alguns pontos que ajudará a entender
algumas estratégias que auxiliará na aquisição do hábito da leitura.
Vale lembrar que, a participação da família é extremamente importante para
que haja um desabrochar desse leitor. A criança que entra no universo da leitura
introduzida no seio familiar, possibilita o desenvolvimento de mais habilidade na arte
de ler muito mais do que aquelas que não são estimuladas pelos pais, com nos
auxilia o pensamento de Monteiro:
26
É no seio da família que as primeiras aprendizagens acontecem e onde se estabelecem a modalidade de aprendizagem do sujeito, fator que torna indispensável [...] [...] e é por tudo isso que a “leitura” dessa família é importante como forma de entender o aluno que trabalhamos. (MONTEIRO, 2004, pg. 57)
Diante do visto é que percebemos que a leitura deve ser explorada como uma
atividade prazerosa, aguçando em que vai ler o afeto, a atenção e o
comprometimento para ler mais e com qualidade. Vale lembrar que, para isso é
necessário ter uma aula dinâmica, prazerosa, lúdica e interessante e assim fazer
com que o educando conheça mais sua língua e amplie e enriqueça o seu
vocabulário.
É certo, que o Coordenador Pedagógico atento as dificuldades encontradas
pelos professores e pelos alunos, consiga apresentar sugestões pedagógicas que
possibilite uma dinâmica facilitadora no processo de incentivar à leitura para que os
alunos motivado possam ler mais e com qualidade.
Como consequência a tudo isso, o indivíduo leitor melhora sua comunicação,
expressão e estrutura de suas ideias, passando a produzir com coesão e coerência
tão importante para uma produção escrita.
O aluno motivado e envolvido no ambiente escolar além de facilitar sua
aprendizagem, o contato com a leitura o torna um leitor de vários textos, e assim ele
passa a ter acesso e também a conhecer os mais variados tipos de leitura existente
na sociedade. É nessa variedade de leituras que o professor e em especial da
Língua Portuguesa apresenta várias estratégias com o objetivo de ampliar e
selecionar os diversos tipos de leitura que serão úteis para a sua aprendizagem
pessoal, profissional e para a vida.
Os diferentes objetivos dos leitores em relação à variação dos textos são
fundamentais para diferenciar e selecionar os tipos de leituras que lhe serão úteis
para sua vida diária, como também facilitar os trabalhos realizados por outros
professores na escola conforme apresenta Solé:
1. Ler para obter uma informação precisa; é a leitura que realizamos quando pretendemos localizar algum dado que nos interessa. Este tipo de leitura caracteriza-se pelo fato de que, na busca de alguns dados, ocorre concomitantemente o desprezo por outros. [...] Podemos afirmar que este tipo de leitura caracteriza-se por ser muito seletivo – à medida que deixa de lado grande quantidade de informação como requisito para encontrar as necessárias. [..] Assim, o fomento da leitura como meio para encontrar informações precisas tem a vantagem de aproximá-la de um contexto de uso real tão frequente que nem somo conscientes disso e, ao mesmo
27
tempo, oferecer ocasiões significativas para trabalhar aspectos da leitura, como a rapidez muito valorizados na escola. 2. Ler para seguir instruções: essa leitura é um meio que deve nos permitir fazer algo concreto; ler as instruções de um jogo, as regras de um determinado aparelho, a receita de uma torta, as orientações para participar de uma oficina de experiências etc. [...] A vantagem dessa leitura é que ela é plenamente significativa e funcional, e, além disso, tem a necessidade de controlar sua própria compreensão. 3. Ler para obter uma informação de caráter geral: esta é a leitura que fazemos quando queremos “saber de que trata” um texto, “saber o que acontece”, ver se interessa continuar lendo. [...] Este tipo de leitura, muito útil e produtivo, também é utilizado quando consultamos algum material com propósitos concretos; por exemplo, se precisamos elaborar uma monografia sobre alguma tema, geralmente lemos com todos os detalhes o que nos dizem sobre o mesmo diversas obras e enciclopédias, livros de ficção, etc. Esse tipo de leitura é muito utilizada nas escolas. 4. Ler para aprender: embora, naturalmente, sempre aprendemos com a leitura que realizamos para conseguir outros propósitos [...] vamos tratar de objetivo de “ler para aprender” quando a finalidade consiste de forma explícita ampliar os conhecimentos de que dispomos a partir da leitura de um texto determinado. Esse tipo de leitura geralmente é usado nas escolas e universidades. No caso da leitura, o leitor sente-se imerso em um processo que o leva a se auto interrogar sobre o que lê, a estabelecer relações como o que já sabe, a rever os novos termos, a efetuar recapitulações e sínteses frequentes, a sublinhar, a anotar... 5. Ler para revisar um escrito próprio: É uma leitura crítica, útil, que nos ajuda a aprender a escrever e em que os componentes metacompreensivos tornam-se muito evidentes. No contexto escolar, a auto-revisão das próprias redações escritas é um ingrediente imprescindível em um enforque integrado do ensino da leitura e da escrita, útil para capacitar as crianças no uso de estratégias de redações de textos. 6. Ler por prazer: pouco posso dizer sobre este objetivo, e é lógico, pois o prazer é algo absolutamente pessoal, e cada um sabe como o obtém. Assim, talvez a única coisa a ressaltar neste caso é que a leitura é uma questão pessoa, que só pode estar sujeita a si mesma. 7. Ler para comunicar um texto a um auditório: esse tipo de leitura é própria de grupos de atividades restritos. [...] Sua finalidade é que as pessoas para as quais a leitura é dirigida possam compreender a mensagem emitida, e para isso o leitor pode utilizar toda uma série de recursos – entonação, pausa, exemplos não-lidos, ênfase em determinados aspectos... – que envolvem a leitura em si e que estão destinados a torna-la amena e compreensível. Neste tipo de leitura, os aspectos formais são muito importantes; por isso, um leitor experiente nunca lerá em voz alta um texto para o qual não disponha de uma compreensão, ou seja, um texto que não tiver lido previamente, ou para o qual não dispuser de conhecimentos suficientes. 8. Ler para praticar a leitura em voz alta: na escola este objetivo preside com grande frequência as atividades de ensino de leitura, às vezes mesmo com exclusividade. Pretende-se que os alunos leiam com clareza, rapidez, fluência e correção, pronunciando adequadamente, respeitando as normas de pontuação e com a entonação requerida. É primordial que essa leitura, em um nível secundário acrescente uma compreensão coletiva entre o leitor e o interlocutor. Ademais, essa leitura permite também que o aluno, antes de ler em voz alta, faça uma leitura individual e silenciosa. 9. Ler para verificar o que se compreendeu: ainda que quando enfrentamos um texto tenhamos algum propósito, este pode implicar a compreensão total ou parcial do texto lido, um uso escola da leitura, muito aplicado por outro lado, consiste em que alunos e alunas devam dar conta da sua compreensão, respondendo a perguntas sobre o texto ou recapitulando-o através de qualquer outra técnica. [...] O objetivo dessa
28
leitura é avaliar como foi construído o significado do texto, ler para depois responder a certas perguntas formuladas pelo professor em uma sequência de leitura perguntas e respostas. (SOLÉ, 1998, p. 93-99)
Assim, as estratégias supracitadas não só ajudam os estudantes a entender
as diferentes leituras, mas auxiliam o professor e ao Coordenador Pedagógico a
motivá-los, apresentando o universo literário como o objetivo de que os estudantes
comecem a ler e entender e praticar a leitura a partir do seu conhecimento prévio,
dialogando e interpretando com o texto lido para que se possa alcançar e produzir o
conhecimento.
29
3 PROJETO DE VIVÊNCIA: UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO PLANEJAMENTO DE AÇÕES NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO Como bem se sabe a leitura é um processo de intimidade e interação entre o
leitor e o texto, e nessa relação acontece o despertar para imaginação,
transformação e informação tão importantes e essenciais na produção e construção
de novos conhecimentos. Freire (1996, p.28) diz “Ao produzir conhecimento novo
supera o outro que antes ultrapassado por outro amanhã”. E é na leitura que
encontramos as ferramentas necessárias para a construção desse novo
conhecimento, como afirma Solé em sua fala na qual diz que:
Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com despreza as habilidades de decodificação e apontar aos textos nossos objetivos, ideias e experiências prévias; precisamos nos envolver em um processo de previsão e inferência proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar evidências ou rejeitar as previsões e inferências antes mencionadas. (Solé, 1998, p. 28)
É nesse contexto da leitura e a troca de conhecimento entre o ato de ler e a
construção de novos saberes que surge a necessidade de traçar ações no qual o
professor e alunos consigam nesse universo da leitura sentir o prazer de ler, bem
como criar o hábito da leitura para produzir um novo conhecimento a partir das
leituras obtidas.
Além disso, a importância do coordenador pedagógico é essencial porque ele
consegue não só observar as dificuldades encontradas no ambiente escolar, mas
também de proporcionar ações que possam ser desenvolvidas pelo professor no
despertar da leitura. Lima diz:
Há que se buscar, portanto, um outro olhar acerca da relevância do trabalho do coordenador pedagógico na escola, mediado pelo equilíbrio de suas atribuições como um eixo imprescindível às práticas pedagógicas sistematizadas onde cada um e todos se tornam co-responsáveis pelo processo ensino-aprendizagem. (Lima, 2007, p. 81)
Sistematizar o ensino-aprendizagem é de fundamental importância para
desenvolver as ações planejadas pelo coordenador e professor na relevância de
uma educação de qualidade, tendo como base principal a leitura.
30
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Unidade Escolar em estudo é o Colégio Municipal Evência Brito, conhecido
na região como – CEB, situada na Rua Salustiano Guerra, nº 245, centro, no
Município de Ribeira do Pombal-Bahia. O Colégio foi criado pela Lei Municipal nº 03
de 06 de julho de 1961 e autorizada o seu funcionamento através da portaria nº
2002, publicada no Diário Oficial do Estado em 11 de setembro de 1971.
A principal criação do colégio foi suprir uma carência que o município tinha,
por não existir na cidade uma escola de primeiro grau. O colégio foi construído numa
área de quase vinte mil metros quadrados, tendo como os maiores responsáveis
pela fundação da Unidade Escolar os filhos ilustres da terra, o Ex-Ministro de
Educação, Minas e Energia e Deputado Federal o Dr. Oliveira Brito, O Sr. Ferreira
Brito prefeito eleito por diversas vezes no Município citado.
No começou, O Colégio Evência Brito não era conhecido assim, porque
recebeu vários outros nomes como: Ginásio Industrial Evência Brito (GIEB), em
seguida Colégio Industrial Evência Brito (CIEB) e por último como conhecemos até
hoje Colégio Evência Brito (CEB) em homenagem a Dona Evência, esposa do
primeiro prefeito eleito na cidade, o Sr. José Domingos Brito, conhecido por todos na
época por Ferreira Brito.
No inicio, o Colégio Evência Brito começou somente com o Ensino
Fundamental, funcionando nos dois turnos: matutino e vespertino, oferecendo
também oficinas de cerâmicas e marcenarias. Por essa razão, na época foi
denominado de Colégio Industrial. Com o passar do tempo, começou a ofertar o
segundo grau, atendendo não só a população local, mas também a circunvizinha,
com os cursos de Técnico em Contabilidade, Magistério do Primeiro Grau e
Formação Geral, passando assim a ser considerado o maior Colégio de toda a
Região.
O Colégio começou com sete salas de aula, auditório e uma biblioteca. Em 54
anos de existência, passou por inúmeras reformas e muito se acrescentou ao seu
patrimônio. Hoje o CEB funciona com 28 salas de aula, 12 banheiros, uma biblioteca
e um auditório, duas salas de coordenação, uma sala de vídeo, uma quadra
poliesportiva e duas quadras descobertas, um infocentro com dez computadores
conectados à internet que atende tanto comunidade externa como a interna, uma
sala de professores, direção, mecanografia, almoxarifado, jardim e secretaria,
31
funcionando nos três turnos: matutino, vespertino e noturno, oferece o Ensino
Fundamental do 6º ao 9º ano e Educação de Jovens e Adultos (EJA) atendendo a
uma clientela de 2.800 alunos, da zona urbana e rural. Hoje o Colégio tem 120
professores e quase todos eles possuem nível superior, 03 coordenadores
pedagógicos, uma Diretora, três vice-diretores e um total de 70 funcionários para
atender a enorme quantidade de alunos.
A Instituição de Ensino têm como valores propostos a serem desenvolvidos
em toda a comunidade escolar a Ética, Transparência, Solidariedade, Qualidade.
Responsabilidade Social, Inovação, Compromisso, Respeito, Visão Sistêmica,
Melhoramento continuo, Educação centrada na aprendizagem e Foco nos
resultados.
A Organização Curricular do Colégio é composta de uma matriz definida por
uma Base Nacional Comum para todo território nacional, de modo a legitimar a
unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional, a partir das
áreas do conhecimento de Base Comum como: Língua Portuguesa, Matemática,
Ciências, Geografia, História, Educação Física, Arte. Na Base Diversificada temos:
Língua Inglesa, Educação Religiosa e Ecopedagogia.
Com o objetivo de elevar o desempenho acadêmico dos alunos e melhorar as
práticas pedagógicas da escola e o gerenciamento, assegurando o desenvolvimento
pleno da cidadania. Busca proporcionar a excelência em educação como também a
visão de futuro que é ser reconhecida no Município de Ribeira do Pombal como um
Colégio que possibilita um ensino e aprendizagem que favoreça a construção do
conhecimento científico, cultural e social do educando, tornando-os aptos para a
vida em sociedade.
O Colégio ainda tem por missão proporcionar um ambiente que favoreça a
construção de conhecimentos científicos e sociais dos estudantes, através de
profissionais capacitados e aptos para mediar esse processo, bem como, incentivar
a participação efetiva da comunidade escolar no processo de ensino-aprendizagem.
4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
A escola é um lugar onde se aprende a conviver uns com os outros
respeitando os seus direitos. Isto significa que todos podemos ouvir e ser ouvidos,
32
onde atuam diferentes pessoas e vontades que juntos constituem a comunidade
escolar. Além disso, a escola é um ambiente proporcionador a aprendizagem e a
construção do conhecimento, como também o espaço incentivador a mudança
pessoal e social. De modo geral, a escola está vinculada as realidades simbólicas do
mundo, no qual o aluno consiga constituir-se como sujeito que pensa, sente e
dialoga com essas realidades, conforme nos diz Freire:
“[...] o ato de ler não se esgota da decodificação pura de palavras escritas ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo, a leitura do mundo procede a leitura da palavra (...) linguagem e realidade se prendem dinamicamente”. (FREIRE, 1987, p. 11)
Partindo desse pressuposto é que percebemos que a leitura é uma
ferramenta importante para essa mudança pessoal e social, mas que infelizmente o
seu hábito não é praticado na maioria dos nossos alunos, pois a leitura de mundo
constitui uma gana de conhecimento para a produção do mesmo.
É nesse sentido, que enquanto Coordenador Pedagógico da Instituição de
Ensino, que há uma angústia e preocupação ao perceber a grande quantidade de
alunos que não gosta e nem pratica a leitura. Para isso, é necessário traçar uma
ação que possa propor a leitura como uma fonte inesgotável de conhecimento.
Vale lembrar que, a apatia é muito grande quando os professores solicitam a
leitura como processo de aprendizagem e também do conhecimento. O mesmo
acontece com os alunos do 9º Ano do Colégio Evência Brito, eles na sua maioria
não gostam de ler, muito menos praticar a leitura por prazer. Mas o que fazer para
reverter essa apatia da leitura, hábito que deveria estar presente no seu dia a dia,
desde sua infância e despertado no seio familiar?
Nesse contexto, as constantes dificuldades encontradas pelos professores de
Língua Portuguesa vem aumentando cada vez mais na nossa escola por muita das
vezes obrigarem os alunos a ler por conta do cumprimento da Proposta Curricular do
Colégio. O enfrentamento deles em incentivar e aguçar o hábito da leitura nos
alunos é um processo desafiador, mas que precisa ser praticado para o processo de
construção do conhecimento.
Por sua vez, como Coordenador Pedagógico da escola, busco agir diante dos
professores, um planejamento que possa solucionar a falta de leitura por parte dos
alunos, Orsolon (2002, p. 22) diz que “ é fundamental que o coordenador conheça e
33
se aproprie das dimensões do processo de formação continuada e faça delas o
núcleo de sua ação coordenadora”.
Motivar esses alunos é o grande desafio e o segredo para tornar a leitura uma
ferramenta fundamental na aprendizagem e a produção do conhecimento tão
essencial na vida acadêmica dos estudantes e na sua vida social. De modo geral é
importante propiciar atividades que estimule os alunos a leitura, esse é o grande
desafio, mas precisamos encontrar uma forma de organizar situações do nosso
cotidiano que possa estimulá-los à leitura, conforme aponta Martins:
Quando começamos a organizar os conhecimentos adquiridos, a partir das situações que a realidade impõe e da nossa atuação nela, quando começamos a estabelecer relações entre as experiências e a tentar resolver os problemas que nos apresentam – ai então estamos procedendo a leituras, as quais nos habitam basicamente a ler tudo e qualquer coisa. (MARTINS 1998, p. 17)
Nesse sentido, a Coordenação Pedagógica desta Instituição de Ensino tem-
me motivado na preocupação em poder ajudar e orientar os professores, e em
especial o de Língua Portuguesa a planejar ações e estratégias que direcione os
docentes e discentes a mudar a realidade de apatia em relação a leitura.
Uma vez que, a função do coordenador pedagógico é organizar, articular e
acompanhar as ações pedagógicas desenvolvidas pela escola. Este deve orientar a
equipe docente para desenvolver um plano de trabalho, seguindo os objetivos e
metas previstas no Projeto Político-Pedagógico, além de promover ações de
formação continuada, partindo das dificuldades encontradas no cotidiano escolar.
Sendo assim, sabendo da função de coordenar, planejou-se juntamente com
os professores de Língua Portuguesa do nono ano, traçar um Projeto piloto aliado ao
já existente que é o Clube de Leitura para despertar o gosto e hábito da leitura,
tendo como objetivo levar os alunos do nono ano a ler os livros Clássicos de
literatura sem que eles pudessem praticar essas leituras de forma obrigatória ou por
ter de fazer por uma nota, mas que os fizessem de maneira prazerosa. E como
resultado dessas leituras eles produzissem uma ação que levassem os demais
colegas do Colégio a sentir o interesse de ler as obras Clássicas e assim conseguir
bons resultados na aprendizagem em sala de aula, tão importante para todos os
envolvidos no processo da educação.
34
3.3 PROCESSO LABORATORIAL
A prática laboratorial é uma ferramenta indispensável para analisar e coletar
informações necessárias, para tornar um trabalho fidedigno. Luckesi (1992, p. 19)
diz que “o objetivo é o mundo exterior ao sujeito, que é representado em seu
pensamento a partir da manipulação que executa sobre eles”.
Por essa razão, enquanto Coordenador Pedagógico do Colégio Municipal
Evência Brito, resolve-se fazer como metodologia uma pesquisa-ação para
averiguar dos professores quais eram as dificuldades encontradas em sala em
relação à questão da leitura. Sabe-se que uma pesquisa-ação possibilita recolher
informações necessárias para que se possa analisar e agir, buscando soluções em
relação ao problema detectado, nesse sentido Thiollent afirma que:
[...] a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (Thiollent, 1996, p. 14)
Diante do exposto é que percebemos que pela pesquisa-ação, conseguir-se-á
analisar e estudar o problema em questão, tomar decisão e procurar soluções para
sanar as dificuldades encontradas, Thiollente (1986, p. 19) contribui conosco ao
afirma que “[...] pela pesquisa-ação é possível estudar dinamicamente os problemas,
decisões, ações, negociações, conflitos e tomadas de consciência que ocorrem
entre os agentes durante o processo de transformação da situação”.
Assim, nos encontros de coordenação pedagógica do Colégio, foi aplicado um
questionário aos professores de Língua Portuguesa, com o objetivo de saber quais
as ações são desenvolvidas por eles, que buscam despertar, junto aos seus alunos,
o gosto pela leitura como diz Luckesi:
O ato de conhecer é o processo de interação que o sujeito efetua com o objeto, de tal forma que, por recursos variados, vai tentando captar do objeto a sua lógica, a possibilidade de expressá-lo conceitualmente. (LUCKESI, 1992, p. 19)
Se o conhecimento faz do processo de formação do ser humano, é preciso
também usar metodologias que possa facilitar os objetivos a serem alcançados.
35
Objetivos esses que na pesquisa-ação terá que está bem clara para que haja uma
maior facilidade e compreensão das respostas dos pesquisados. Nessa visão
Thiollent diz que:
[...] na pesquisa-ação existem objetivos práticos de natureza bastante imediata: propor soluções quando for possível e acompanhar ações correspondentes, ou, pelo menos, fazer progredir a consciência dos participantes no que diz respeito à existência de soluções e de obstáculos. (Thiollent, 1996, p. 20).
Mediante o exposto do ato de conhecer o trabalho de leitura na disciplina de
Língua Portuguesa, foi feita a pesquisa com quatorze (14) professores para melhor
compreender as ações desenvolvidas em sala de aula em relação à leitura.
Para isso, foi usado como metodologia um questionário (anexo1) com
questões objetivas e abertas para colher informações em relação do contato com o
professor com a leitura, quais as práticas pedagógicas e as suas metodologias
usadas em sala de aula no incentivo e reflexão da leitura, pois sabe-se que todo
trabalho cientifico para que seja bem estruturado e objetivado é necessário antes
pensar nas metodologia que deve utilizar para alcançar um resultado satisfatório na
pesquisa. Nesse contexto, Thiollent afirma que:
Do ponto de vista científico, a pesquisa-ação é uma proposta metodológica e técnica que oferece subsídios para organizar a pesquisa social aplicada sem os excessos de postura convencional ao nível da observação, processamento de dados, experimentação, etc. Com ela se introduz um maior flexibilidade na concepção e na aplicação dos meios de investigação concreta. (Thiollent, 1996, p. 24).
Assim, após aplicação do questionário e análise das respostas, como
resultado do diagnóstico da pesquisa, obteve-se as seguintes informações:
1. Em relação ao tipo de leitura que o professor mais gostava de ler, houve uma
grande variedade de resposta como: clássicos, literatura, livro de ficção, romance,
biografias, contos, revistas, leituras bíblicas, psicológicos, textos científicos, textos
jornalísticos e outros. Assim, percebe-se que os professores tem o hábito de ler uma
variedade de tipos textuais;
2. Já na sua prática pedagógica ao incentivar o hábito da leitura, os professores
disseram que a prática da leitura começa quando ele incentiva os alunos a ler
36
através de rodas de leitura, do início da leitura em sala de aula e de indicar livros
para os alunos desenvolverem nas leituras;
3. Ao planejar as suas aulas de Língua Portuguesa, foi perguntado se ele se
preocupa em esboçar ações prazerosas que visam despertar o hábito da leitura.
Como resultado, eles usam as seguintes atividades: dramatizações, produção de
textos, jogos de adivinha, torta na cara, jogos de mímica, contações de histórias,
indicação de bons livros, criação de histórias, utilização de jornais, revistas, faz roda
de leitura como também pratica a leitura coletiva e oral, premiam alunos que leem
mais num determinado período de mês, visitam a biblioteca da escola e também da
biblioteca municipal, a cada quinze dias pratica o clube de leitura em sala de aula,
faz cruzadinhas e passa ou repassa;
4. Em relação à sua metodologia foi feito um questionamento de qual maneira ele
utilizam para iniciar suas aulas que pudessem despertar junto aos seus alunos o
interesse pela leitura. Como resultado obteve as seguintes respostas: inicia a aula
com contação de histórias, interpretando personagens do livro, faz história
interrompida para que o aluno escreva o final da história, contam história em
quadrinho, utilizam imagens para desenvolver uma história, trabalham com
brincadeiras, músicas e dinâmicas, utilizam os mais variados gêneros textuais, leem
mensagens no início da aula, leem contos, comentam filmes além da conversa
informal sobre determinados assuntos do cotidiano.
Diante da resposta acima citada, a pesquisa possibilitou a compreensão de
como os professores de Língua Portuguesa trabalham o despertar da leitura em sala
com bem afirma Luckesi (1992, p. 18) “o conhecimento, com elucidação da
realidade: é a forma de tornar a realidade inteligível, transparente, clara, cristalina. É
o meio pelo qual se descobre a essência das coisas que se manifesta através de
suas aparências”.
Assim, todo conhecimento é fruto de um grande estudo, pesquisa e muita
leitura, e como coordenador pedagógico atento as necessidades dos professores e
dos alunos percebe assim que, através da pesquisa-ação uma ferramenta
necessária na obtenção de informações que pudesse nortear as práticas
pedagógicas dos professores de língua portuguesa na busca de metodologias e
objetivos que pudessem despertar no aluno o gosto, o prazer e o hábito da leitura.
Thiollent diz que:
37
“Considerando que a pesquisa-ação não é constituída apenas pela ação ou pela participação. Com ela é necessário produzir conhecimentos, adquirir experiências, contribuir para a discussão ou fazer avançar o debate acerca das questões abordadas”. (Thiollent, 1986, p. 22)
E foi assim que, Coordenação e Corpo Docente de Língua Portuguesa
começaram a elaborar e construir o Projeto Intercâmbio de Leitura, traçando os
objetivos geral e específicos, as metodologias como uma ação transformadora que
levasse os alunos a ter o prazer, o gosto pelo hábito da leitura.
3.4 OBJETIVO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
3.4.1 OBJETIVO GERAL
A leitura deve ser vista como uma atividade prazerosa e que possa despertar
no leitor sentimentos de amor, afeto, carinho, atenção e comprometimento entre a
leitura e a sua realidade. Nesse sentido, o objetivo geral é despertar nos alunos do
nono, o prazer de ler várias leituras de clássico da nossa literatura, bem como de
absorver de forma muito especial a possibilidade do acesso à ficção de forma
prazerosa. E assim ao fazer essas leituras dos clássicos, eles possam ascender o
gosto pela viagem literária, pela imersão no desconhecido, explorando as
diversidades de cultura, comportamentos e sentimentos vividos em época passadas.
Enfim, o querer de se deixar transportar para outro tempo e outro espaço, e de
vivenciar uma vida com experiências diferentes do seu dia a dia, além de resgatar o
prazer pelas leituras clássicas como as de: Machado de Assis, José de Alencar e
regionais como Ariano Suassuna os quais são ícones literários brasileiros.
3.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Despertar o gosto e o prazer pela leitura de obras clássicas;
Conhecer as obras clássicas dos grandes autores como: José de Alencar,
Machado de Assis e Ariano Suassuna;
Produzir comentários na roda de conversa durante a aula de língua
portuguesa;
38
Incentivar os alunos a ler, comentando e compartilhando das obras clássicas
no Clube de Leitura;
Produzir textos a partir da leitura dos clássicos;
Redigir e montar peças teatrais da leitura da obra clássica para ser encenada
no final do projeto;
Reconhecer que a leitura é fundamental na vida acadêmica e na preparação
de argumentos e a produção do conhecimento;
Despertar nos alunos o interesse para que possam ler outros clássicos, bem
como outros tipos textuais;
Fazer o intercâmbio da leitura com os alunos da escola Zélia de Brito na
cidade de Tucano-Bahia.
3.5 METODOLOGIA
Com o intuito de promover o despertar e o gosto pela leitura de obras
clássicas, a literatura é uma ferramenta indispensável à vida de qualquer pessoa,
principalmente na dos acadêmicos, ler tem que ser um processo de prazer e
interesse para mergulhar cada vez mais no ato da leitura. Nesse contexto, as
dificuldades encontradas em sala de aula pela apatia dos alunos em conhecer as
obras clássicas dos grandes autores como Machado de Assis, José de Alencar e
Ariano Suassuna no Ensino Fundamental são enormes, por isso houve a
necessidade de inserir a leituras desses clássicos para os nossos alunos,
possibilitando conhecer mais os nossos escritores e as escolas literárias, trazendo
também nesse contexto as leituras de Ariano Suassuna, com o propósito de resgatar
os valores regionais que compõem a nossa sociedade nordestina. Assim, a proposta
de intervenção do projeto será realizada em sete turmas do 9º Ano, nas turmas A, B,
C, D, E, I, J, do Colégio Evência Brito, situado na cidade de Ribeira do Pombal –
Bahia, e fazer um intercâmbio com os alunos do 9º Ano da Escola Professora Zélia
de Brito, situada na cidade de Tucano-Bahia, um projeto intitulado: Projeto
Intercâmbio Cultural Literário. Este projeto constituiu na aplicação de leitura e
exploração das obras Machadianas, Alencariana e Suassuriana: Dom Casmurro,
Helena, Lucíola, Senhora e A Farsa da Boa Preguiça, incentivando assim os alunos
a criar o gosto pela leitura e pela escrita através das ações desenvolvidas em sala
39
de aula e extra-sala. Para a finalização desse projeto, coordenador e os professores,
fizeram um roteiro de apresentações teatrais para que os alunos possam encenar
aos demais as peças teatrais.
3.5.1 PASSO A PASSO
Reunião do Coordenador Pedagógico e professores para elaboração
da Proposta de Intercâmbio de Leitura;
Encontro com o coordenador pedagógico e os professores para
elaborar um cronograma do planejamento do inicio ate a finalização
das peças teatrais;
Elaboração de uma lista contendo vários títulos de obras feitas pelo
coordenador pedagógico e os professores para apresentar como
sugestão na escolha dos livros que os alunos gostaria de ler;
Leitura e estudo da obra escolhida pelas turmas;
Promover encontros quinzenais do Coordenador Pedagógico e os
professores para discussão de como serão produzidos as peças
teatrais;
Resumo por capítulo da obra feito pelos alunos sobre o
acompanhamento do professor e a revisão do Coordenador
Pedagógico;
Contexto histórico de cada obra, ligada a Escola literária feita pelos
professores;
Intercâmbio Literário – apresentações escrita das peças teatrais
elaboradas pelos alunos sobre o livro lido aos professores e o
Coordenador Pedagógico;
Elaboração e revisão das peças de teatro feita pelo coordenador
pedagógico e os professores – texto dramático, realizado pelos alunos
após os comentários da obra lida;
Distribuição do cenário, figurino, publicidade para divulgação das peças
feita pelos professores.
40
Apresentação das peças feita pelos alunos sob a supervisão do
Coordenador Pedagógico e os professores.
3.5.2 CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÃO DAS PEÇAS TEATRAIS
1º dia: 17/09/2015
9ª A – Dom Casmurro: 17/09/15 7:30 h às 8:20 - (Anexo 2) 1ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação
9º C – A Farsa da Boa Preguiça: 17/09/15 8:20 h às 9:10 (Anexo 3) 2ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação
Intervalo: 9:30 – 9:50
9º E – Dom Casmurro: 17/09/15 9:50 h às 10:40 - (Anexo 4) 3ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação
9º B – Lucíola: 17/09/15 10:40 h às 11:30 – (Anexo 5) 4ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação Nesse horário vai levar a turma do 8º ano C: 10:40 à 11:30 2º dia: 11/09/2015
9º I – Dom Casmurro: 18/09/15 7:30 h às 8:20 - (Anexo 6) 1ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação. 9º D – Helena: 18/09/15 8:20 h às 9:10 – (Anexo 7) 2ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação
Intervalo: 9:30 – 9:50
9º J – Dom Casmurro: 18/09/15 9 h às 9:50 ÀS 10:40 3ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação
41
3.6. CRONOGRAMA DAS AÇÕES
ATIVIDADE
M
A
R
Ç
O
A
B
R
I
L
M
A
I
O
J
U
N
H
O
J
U
L
H
O
A
G
O
S
T
O
S
E
T
E
M
B
R
O
O
U
T
U
B
R
O
Conversa informal do coordenador com os professores
para elaboração da proposta de leitura.
X
Elaboração do Projeto: Intercâmbio Cultural Literário X
Levantamento de obras literárias para a escolha dos livros
a serem lidos. X
Apresentação e escolha das obras a serem lidas pelos
alunos em sala. X
Encontros do coordenador e professores para socializar
as leituras das obras literárias feitas pelos alunos. X X X X
Momentos de ler, compartilhar e comentar a leitura das
obras literárias. X X X
Elaboração da escrita das peças teatrais. X
Escolha dos elencos, cenógrafos e figurinos. X
Período de ensaios das peças, sob o olhar do
coordenador e dos professores. X X X
Produção e divulgação das peças na comunidade escolar,
feita pelo coordenador, professores e alunos.
X
Apresentação das peças ao público do Colégio Evência
Brito e convidados. X
Apresentação especial aos alunos da Escola Zélia de
Brito da cidade de Tucano-Bahia. X
Visita do coordenador, professores e os alunos à cidade
de Tucano para assistir as peças dos alunos da Escola
Zélia de Brito.
X
42
3.7 CONCLUSÃO
A leitura no espaço escolar tem como meta oportunizar aos alunos um
conhecimento e formação na sua trajetória acadêmica, por isso que é fundamental
criar e despertar ações que o levem a praticar constantemente o hábito da leitura
sem que o faça de maneira imposta.
A prática da leitura torna os alunos pessoas mais críticos e conscientes do
seu papel na sociedade, além de desenvolver reflexões tão essenciais na
preparação de um individuo que pensa, age e contribui para a transformação do
meio social. Ler é uma atitude e uma fonte inesgotável de conhecimento, prazer e
interação entre o texto e sua leitura para que ele possa cada vez mais viajar no seu
conhecimento de mundo, Martins afirma que:
... a leitura se realizar a partir do diálogo do leitor com o objeto lido – seja escrito, sonoro, seja um gesto, uma imagem, um acontecimento. Esse diálogo é referenciado por um tempo e um espaço, uma situação; desenvolvido de acordo com os desafios e as respostas que o objeto apresenta, do prazer das descobertas e do reconhecimento de vivência do leitor. (MARTINS, 1998, p. 33)
É nesse contexto de reflexão, de agir e pensar na busca de conhecimentos,
principalmente em relação à leitura, a presença do Coordenador Pedagógico na
Unidade Escolar é de suma importância para o acompanhamento da aprendizagem
e a formação dos alunos, como também auxiliar a prática pedagógica do professor,
é que nasce o desejo de mudar e transformar as ações da escola.
Mudança essa, é que faz do Projeto Vivencial um instrumento de ação e
reflexão na busca de melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem de todos os
envolvidos no processo educacional. O projeto aplicado contribui para despertar o
interesse, o hábito e o prazer da leitura, levando cada vez mais os alunos do Colégio
Evência Brito a praticar a leitura com uma ferramenta inesgotável de conhecimento e
produção para a vida acadêmica.
É certo que a leitura é um universo que nos mantém ativamente ligado ao
nosso imaginário, bem como fortalecer a nossa criatividade, imaginação e
argumentação tão essenciais para uma aprendizagem de qualidade. Assim sendo, a
aplicação desse Projeto intitulado de Intercâmbio de Leitura permitirá aos alunos do
Colégio conhecer e fazer uma viagem através das obras clássicas da nossa
43
Literatura ao conhecer as leituras de Machado de Assis, José de Alencar e de
Ariano Suassuna, bem como despertar o gosto, o interesse e o prazer de ler não só
os livros clássicos, mas de saborear outras leituras tão importantes para sua vida
estudantil, percebendo que a leitura é um ato de interação e intimidade entre o leitor
e o texto, dialogando constantemente para produzir o novo conhecimento. Nessa
relação de intimidade do leitor com o texto, Kleiman aponta que:
A ativação do conhecimento prévio é, então, essencial à compreensão, pois é o conhecimento que o leitor tem sobre o assunto que lhe permite fazer as inferências necessárias para relacionar diferentes partes discretas do texto num todo coerente. Esse tipo de inferência, que se dá como decorrência do conhecimento de mundo e que é motivado pelos itens lexicais no texto é um processo inconsciente do leitor proficiente. (KLEIMAN, 2002, p. 25)
É nesse contexto de interação e do conhecimento do mundo que a leitura
passa a ser um instrumento de prazer, interesse e gosto, despertando os nossos
alunos a buscar cada vez mais novas leituras, produzir mais conhecimento,
criticidade e consciência. Ler torna-se dessa forma semente de transformação
social.
Diante do que foi exposto, percebe-se o quanto foi importante aplicar e
vivenciar esse Projeto Vivencial para fortalecimento das expectativas diante das
dificuldades encontrada em relação à leitura. E assim, poder apresentar uma pratica
inovadora que pudesse corresponder positivamente na realização do Projeto
Intercâmbio de Leitura, com afirma Orsolon:
Ao propor uma prática inovadora, é preciso que o coordenador as conecte com as aspirações, as convicções, os anseios e o modo de agir, pensar dos professores, para que estas tenham sentido para o grupo e contem com sua adesão. (ORSOLON, 2002, p. 23)
Assim, percebe-se o quanto é relevante como coordenador pedagógico estar
atento as situações que surgem na prática do professor, no seu modo de agir e
pensar em sala, na relação com os alunos para que juntos possamos traçar ações
que renovem e transforme a realidade escolar como aconteceu com os alunos do
nono ano em querer praticar a leitura, pelo simples fato de serem despertados e
motivados através da aplicação do Projeto Intercâmbio de Leitura.
44
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas páginas iniciais deste presente material, foi abordado um breve histórico
sobre o surgimento da leitura a partir do homem primitivo. A importância de poder
conhecer esse contato do homem com a leitura é de fundamental necessidade para
perceber que através do ato de ler possa compreender a sua evolução enquanto ser
que pensa, constrói e convive em no meio social. Segundo Lajolo:
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livros geralmente se aprende nos bancos da escola, outras leituras se aprendem por ai, na chamada escola da vida: a leitura do vôo das arribações que indicam a seca – como sabe que lê Vidas Secas de Graciliano Ramos – independe da aprendizagem formal e se perfaz na interação com o mundo das coisas e dos outros. ( LAJOLO, 1994)
Vale lembrar que, temos na escola a principal função de ensinar a ler, pois
sabemos que no ambiente escolar é o lugar onde se constrói e produz
conhecimentos, tonando os seres humanos aptos a evoluir durante a sua
convivência em sociedade.
Diante do que vimos é que percebe-se que a leitura é um dos pilares na
constante evolução da educação escolar, porque é neste ambiente onde acontece a
formação integral de grandes leitores. E quem contribui para esse despertar do
gosto, do prazer, de torna-se um amante leitor, esta a figura do professor e em
especial da Língua Portuguesa, por ser ele o principal responsável pela aquisição da
leitura na vida dos alunos e fazer o elo entre o aluno e o objeto de leitura.
Além disso, percebemos que a importância do Coordenador Pedagógico na
Instituição de Ensino é de suma importância, pois é ele um dos responsáveis no
acompanhamento da aprendizagem dos alunos, também é de sua função orientar,
organizar, articular e acompanhar as ações pedagógicas desenvolvidas pela escola,
devendo orientar a equipe docente para desenvolver o plano de trabalho, seguindo
os objetivos e metas previstas no Projeto Politico Pedagógico. Ainda o coordenador
pedagógico necessita promover ações de formação continuada, partindo das
dificuldades encontradas no cotidiano escolar, como bem afirma Orsolon (2002, p.
22) “o coordenador media e saber, o saber fazer, o saber ser e o saber agir do
professor”.
45
Nesse sentido, o coordenador pedagógico também é de sua responsabilidade
agir na prática do professor, para que ele desperte no aluno o prazer e o desejo de
construir o conhecimento além de leva-lo a aquisição do gosto e o hábito da leitura.
Diante do que foi visto sobre os professores e em particular o de Língua
Portuguesa um dos maiores responsáveis em aguçar o interesse, o gosto e hábito
pela leitura, porque ele é o conhecedor da nossa língua maternal, como também é o
amante das obras literárias. Este faz com que os alunos percebam que o
conhecimento e aprendizagem acontecem com maior facilidade a partir do momento
que eles compreendam que através da leitura é que se chega e pratica os saberes.
Saber esse que são essenciais na vida social do indivíduo em processo de
formação.
Vale lembrar que a leitura tem um poder imensurável na vida de quem a
pratica diariamente, por tonar a pessoa mais livre, crítica de todos os preconceitos,
da escravidão, da exclusão e da ignorância praticada pela nossa sociedade. O ato
de ler torna o indivíduo liberto do próprio pensamento humano, para que assim ele
possa produzir novos conhecimentos a partir do já existente.
Nesse sentido, para melhor compreender a leitura, vimos no decorrer do
trabalho, a importância de conhecer as estratégias de leitura tão necessária ao
professor por nortear e auxiliar os alunos na compreensão da leitura, conforme
afirma Solé (1998, p. 24) “para ler, é necessário dominar as habilidades de
decodificação e aprender as distintas estratégias que levam à compreensão...”.
Lembramos também que é a família que se começa o primeiro contato com a
leitura. O seio familiar é extremamente importante em apresentar as primeiras
leituras para que o sujeito possa desenvolver uma melhor capacidade de absorver e
compreender o universo ao seu redor.
Para nos ajudar ampliar o interesse e o gosto pelo ato de ler, apresentamos
os diferentes objetivos da leitura de Isabel Solé, nos quais apresentam diversos tipos
de textos como instrumentos de compreender os mais variados tipos de leituras e
sua finalidade. Segundo Solé:
Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com destreza as habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias e experiências prévias; precisamos nos envolver em um processo de previsão e inferência contínua, que se apóia na informação proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar
46
evidência ou rejeitar as previsões e inferências antes mencionadas. (SOLE, 1998, p. 23)
Sendo assim, o questionário aplicado aos professores de Língua Portuguesa
pudesse garantir um feedback e chegasse a um resultado satisfatório, foi
apresentado um Projeto de Vivência, intitulado de Intercâmbio Literário Cultural,
onde conhecemos ações que levaram os alunos do nono ano do Colégio Municipal
Evência Brito a praticar de forma prazerosa a leitura, principalmente conhecer e
saborear das grandes obras de Machado de Assis, José de Alencar e Ariano
Suassuna.
Assim, praticar a leitura nos possibilita compreender o imaginário e manter
ativamente ligados a criatividade e argumentação tão necessária ao conhecimento
humano. Por fim, percebe-se que o universo da leitura não se esgota por aqui, pois
sabe-se que há mais outras possibilidades que ajudará a entender que é a leitura a
principal fonte de enriquecimento pessoal e social na vida de qualquer ser humano
em processo evolutivo.
Dessa forma, e preocupado com a prática e ações desenvolvidas pelos
professores, bem como na aprendizagem dos alunos, percebe-se que aplicação
desse projeto, houve grande avanço e melhoria nas ações do ensino da escola,
principalmente em relação ao despertar o prazer e o gosto pela leitura, uma vez que,
Coordenador Pedagógico é um profissional importante na dinâmica da escola, suas
contribuições e ações voltadas a prática do professor influenciam no ensino de
qualidade, e como consequência os alunos constroem seus conhecimentos de forma
mais consciente, concomitante com o aprendizado que adquiriram.
Diante de que se vê até aqui, o que esperamos desse trabalho é que
contribua para uma educação mais consciente e de qualidade, na busca de ampliar
os saberes do ser humano, tendo como foco o despertar do gosto, do prazer e o
hábito da leitura através desse Projeto de Intercâmbio de Leitura Cultural, bem como
as ações do coordenador pedagógico associado às práticas do professor.
Este material está sujeita a novas descobertas, estratégias, visões, verdades
a serem adicionadas como diz Freire (1996, p. 28) “ao ser produzido, o
conhecimento novos supera a outro que antes foi novo e se fez velho e se “dispõe” a
ser ultrapassado por outro amanhã”.
Portanto, não só serve para os coordenadores pedagógicos e os professores
em geral, mas também podem despertar outras áreas do conhecimento como a
47
Filosofia, Sociologia, as Artes e ao professor de Teatro, por fazer compreendê-los
porque vem aumentando o número de alunos que chegam às escolas sem ter hábito
e o interesse de praticar a leitura. Mas, que sirva como um apoio, sugestivo de
ideias para que possam surgir novos projetos voltados ao despertar, do ato de ler
tão essencial ao homem.
48
REFERÊNCIAS
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______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. ______.Pedagogia do oprimido.11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
HOUAISS, Antônio. Dicionário prático da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2010.
INFANTE, Ulisses. Texto: Leitura e escrita. São Paulo: Scipione, 2000.
KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor: Aspectos cognitivos da leitura. 8ª ed. Campinas, São Paulo: Pontes, 2002. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para leitura do mundo. 6. ed. São Paulo: Ática, 1994.
LIBÂNEO, J. C. Didática. 1. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
LIMA, Paulo Gomes; SANTOS, Sandra Mendes dos Santos. O Coordenador Pedagógico na educação básica: desafios e perspectivas. Educere et Educare: Revista de Educação, Cascavel-PR, v. 2, n. 4, p. 77-90, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://goo.gl/jEQY33>. Acesso em: 12 mar. 2015.
LUCKESI, Cipriano Carlos; PASSOS, Elizete Silva. Introdução à filosofia. Salvador: Edufba, 1992.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1982.
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49
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THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 2ª ed. São Paulo, Cortez, 1986. VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e Projeto Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas-SP. Papirus, 1995.
ZILBERMAN, Regina: SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura perspectiva interdisciplinar. 5ª ed. São Paulo: Ática, 2004.
51
ANEXO 01
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3
Prezado Professor(a):
Estou em processo de produção do meu Trabalho de Curso de Especialização em
Coordenação Pedagógica – TCC/AC e gostaria de contar com sua colaboração em responder
ao Questionário abaixo apresentado. Tem por objetivo o referido Questionário identificar
quais as ações desenvolvidas pelo professor de Língua Portuguesa que buscam despertar,
junto aos sues alunos, peço-lhe que seja o mais fidedigno possível ao responder as questões
constantes no Questionário favorecendo-me aprofundar meus argumentos numa Proposta de
Intervenção, envolvendo a temática em questão a ser apresentada à Rede Municipal de
Ensino. Agradecendo desde já a sua colaboração informo garantir pela preservação da
identidade das respostas apresentadas.
QUESTIONÁRIO 01
1. Você tem o hábito da leitura?
( ) Sim ( ) Não
1.1 - Qual o tipo de leitura que você aprecia? ______________________________________
__________________________________________________________________________
2. Sua prática pedagógica incentiva ao hábito da leitura?
( ) Sim ( ) Não
2.1 - Como? _________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. Ao planejar suas aulas de Língua Portuguesa, você se preocupa em esboçar ações
prazerosas que visem despertar o hábito da leitura?
( ) Sim ( ) Não
3.1 – Cite quatro (04) dessas ações: ______________________________________________
___________________________________________________________________________
4. Você costuma utilizar algum(ns) tipo(s) de metodologia(s) no início das suas aulas de
Língua Portuguesa que tenha por objetivo despertar, junto aos seus alunos, o interesse pela
leitura?
( ) Sim ( ) Não
4.1- Quais são essas metodologias? _____________________________________________
___________________________________________________________________________
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