análise fraseológica - clube da esquina ii
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7/27/2019 Anlise fraseolgica - Clube da Esquina II
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FMUFaculdades Metropolitanas Unidas
Greco Lacerda Cruz
Carlos Eduardo Frana Siqueira
Adriano Comenalle
ANLISE DA CANO
Clube da Esquina II
Trabalho apresentado disciplina
Lngua Portuguesa, do curso de
Musicoterapia, 1 semestre, turno da
manh, FMU, sob a orientao do
Professor Renato S. Almeida.
So Paulo
2013
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Esquina mais de um milho. Querover ento a gente, gente, gente...
(L Borges, Marcio Borges e Milton
Nascimento)
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L BORGES E O CLUBE DA ESQUINABIOGRAFIA
L Borges, nascido em Belo Horizonte/MG teve sua infncia marcada pela
msica, influenciado pelo seu irmo Marilton e um vizinho conhecido como Bituca se
reuniam no quarto dos irmos Borges para ficarem tocando violo e cantando, num
tempo em que os meninos se envolviam em jogo de futebol, L e seu amigo Beto
Guedes passavam muito tempo envolvidos com a msica. Seu talento no era notado,
porm, no momento em que o sucesso de Bituca crescia nos festivais de canes de sua
poca. O novo cantor e compositor convida L Borges para participar do seu disco.
Esse garoto que antes conhecido como Bituca agora passou a ser conhecido como
Milton Nascimento.Em 1972, a famlia Borges morava na Rua Divinpolis, esquina com Paraispolis,
no bomio bairro de Santa Tereza. Dessa esquina, nascera uma msica, dessa msica
um disco e desse disco um movimento. Clube da esquina, ambos lanados no mesmo
ano. Nessa poca, apesar de ser elogiado pela crtica, muitos no reconheciam a
grandeza desta obra. 30 anos depois, o disco reverenciado como um dos dez, seno um
dos cinco discos mais importantes da MPB.
1980 foi marcado pelo lanamento do projeto os Borges onde toda a famlia
participava com dois convidados: Milton Nascimento considerado da famlia e a
pimentinha Elis Regina. Esse disco mostrou ao mundo tudo que o que acontecia na casa
dos Borges, neste lbum tem at imagens na capa do disco mostrando o quarto dos
irmos, com seus violes pelo cho e psteres na parede.
Suas canes foram gravadas por grandes intrpretes da MBP como Milton
Nascimento, Simone, Nana Caymmi, Gal Costa, Elba Ramalho, Elis Regina, Ney
Matogrosso. A cano Trem Azul foi gravada por Tom Jobim em 1990 e regravada1994 na verso em ingls em seu disco Antnio Carlos Brasileiro Jobim.
ANALISE DO POEMA (LETRA)
A ambincia musical e poltica brasileira era prpria ao surgimento de movimentos
culturais contestadores e renovadores.
Havia um pequeno boteco situado na esquina da Rua Divinpolis com a Rua
Paraispoles, no bairro de Santa Tereza em Belo Horizonte, onde os amigos de Boemia e
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msica faziam um novo som deixando marcas profundas na histria da nossa cano
popular. Essa confraria de amigos ficou batizada de clube da esquina, em funo do local e
das constantes reunies ali formadas que mais pareciam mesmo um clube onde todos iam
discutir temas de interesse mtuo.
O eco das palavras faz aluso voz que precisa ser ouvida, que clama por paz e
liberdade.
Esta msica composta por L Borges, Marcio Borges e Milton Nascimento, fala de
um tempo que no existe mais, de um tempo de lutas, de persistncia, de no se render,
(por que se chamava moo/ tambm se chamava estrada/ de resistncias e torturas/ em
meio a tantos gases lacrimognios/ ficam calmos, calmos) tempos de esperana, a letra
casa bem com a luta pela sobrevivncia do homem na sociedade com a luta contra osabsurdos da ditadura, um canto de uma juventude que soube compreender seu tempo.
Na 1 estrofe diz que voc obrigado a fazer o que a ditadura quer que voc faa,
mas se voc fizer a sua vontade eles vo te obrigar a fora a fazer a vontade deles e aquela
parte "asso" quer dizer que a ditadura militar bate nas pessoas. Tambm fala que mesmo o
Brasil no sendo um bom pas devido s mortes e ao sofrimento, as pessoas no devem
perder o sonho de que esse pas seja melhor. No final da estrofe est escrito que esse dia
foi mais um dia de dor, sofrimento, mortes e protestos.Na 2 estrofe fala que as pessoas no devem se abalar por ter um mau governo
liderando. No final repete que esse foi mais uma um dia de sofrimentos, enterros e
passeatas.
Na 3 estrofe cita um protesto que teve na Guanabara, Rio de Janeiro, onde tinha
um milho de pessoas na rua protestando contra o golpe militar. E no final novamente cita
que esse foi um dia pssimo.
ANLISE FRASEOLGICA
Quanto ao gnero caracteriza-se por ser uma msica popular brasileira que mistura
o samba-cano com pop rock meldico.
uma msica de Perodo Composto em que a quadratura justificada pela
presena de um compasso de descanso (respirao), sempre depois do compasso em que a
frase se resolve. A melodia attica porque comea no 2 tempo e est no compasso
Binrio.
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Os pontos culminantes das frases se encontram nos compassos 5, 10, 21, 26, 34, 42.
O ponto culminante da msica est conforme o desenho abaixo:
1 perodo
2 perodo
Do ponto de vista meldico as semifrases seguem a seguinte ordem de ascendncia
meldica. A primeira comea com a 5J do tom, a segunda comea na 3M, a terceira na
tnica oitavada, a quarta na 9M, a quinta na tnica e praticamente isso se repete.
Na rtmica da parte A, a 1 semifrase funciona como um motivo rtmico quepraticamente se repete em todas as outras semifrases, com poucas variaes rtmicas e
modificando apenas a linha meldica. A rtmica da segunda parte formada por figuras
mais longas.
Harmonicamente a msica basicamente fica alternando acordes da rea Tnica
com a Dominante. A cadncia predominante a: IV/3
O arranjo reflete, com a constncia da cadncia acima, o clima que pairava naquela
poca onde a vida alternava momentos de tenso e relaxamento, altos e baixos. No final dealgumas frases da parte A possvel ver um motivo meldico que se repete, meio que a
insistir que o povo precisava agir. Os dias iam passando e o povo no agia.
Forma A: 1 PERODO
5 frases (quadratura):
- 1 semifrase at o r (comp. 3)
- 2 semifrase si (comp. 3) at o sol (comp. 5)- 3 semifrase si (comp. 5) at o r (comp. 7)
- 4 semifrase Fa# (comp. 9) at o r (comp. 10)
- 5 semifrase mi (comp. 11) at o si (comp. 14)
- 6 semifrase si (comp. 17) at o r (comp. 19)
- 7 semifrase si (comp. 19) at o sol (comp. 21)
- 8 semifrase si (comp. 21) at o r (comp. 23)
- 9 semifrase Fa# (comp. 25) at o r (comp. 26)
- 10 semifrase mi (comp. 27) at o l# (comp. 31)
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- 11 semifrase Fa# (comp. 33) at o r (comp. 34)
- 12 semifrase mi (comp. 35) at o si (comp. 38)
Forma B: 2 PERODO
1 Frase (quadratura)
- 1 semifrase mi (comp. 41) at o r (comp. 43)
- 2 semifrase L# (comp. 44) at o F# (comp.47)
Forma detalhada da msica na gravao de L Borges
INTRO - 8 comp.
A - 16 comp.A - 24 comp.
B - 8 comp.
A - 24 comp.
B - 8 comp.
A - 16 comp.
A - 24 comp. (solo instrumental e vocalizao)
B - 8 comp. (rallentando e com frase meldica reduzida)
CONCLUSO
Com a exposio acima ficar evidente o carter refinado da cano alm da
inteno dos autores em, sutilmente, trazerem uma influncia potica poltica aos ouvintes.
Ficam claras as motivaes que levaram os autores dessa letra a participarem da criao do
Clube da Esquina. Um grupo que de alguma forma expressasse atravs da arte o grito deum povo. Esquina mais de um milho...
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BIBLIOGRAFIA
http://www.scallafm.com.br/biografias/?id=123
http://www.luizamerico.com.br/fundamentais-clube-da-esquina.php
http://www.cifraclub.com.br/lo-borges/clube-da-esquina-no2/
http://analisededocumento-oitavoano.blogspot.com.br/2010/04/analise-documental-musica-clube-da.html
Fraseologia Musical Contedo Material elaborado para o Curso de Licenciatura emMsica da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pr-Licenciaturas II daCAPES. Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010 Sistemas de Organizao
Sonora 4
Anlise fraseolgicaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Artes Departamento de msicaprof. Fernando Lewis de Mattos
Anotaes das aulas de Anlise da CanoProf. Renato.
ANEXOS
ANEXO ALetra e cifra da msica Clube da Esquina II
ANEXO BPartitura da msica Clube da Esquina II
ANEXO CEscano da Letra de Clube da Esquina II