anÁlise agronÔmica e estabilidade fenotÍpica em cana-de-aÇÚcar · variedades novas de...
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
“MELHORAMENTO GENÉTICO DE PLANTAS”
ANÁLISE AGRONÔMICA E ESTABILIDADE FENOTÍPICA EM
CANA-DE-AÇÚCAR
Mestrando: José Moacir Matias Júnior
Orientador: Dr. Francisco José de Oliveira
Co-orientador: Dr. Clodoaldo José da Anunciação Filho
Recife – PE
Novembro, 2010
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José Moacir Matias Júnior
ANÁLISE AGRONÔMICA E ESTABILIDADE FENOTÍPICA EM
CANA-DE-AÇÚCAR
Projeto de pesquisa apresentado pelo
mestrando José Moacir Matias Júnior ao
Programa de Pós-Graduação em
Agronomia - Melhoramento Genético de
Plantas da UFRPE, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Mestre
Recife – PE
Novembro, 2010
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SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 4
2 RESUMO 6
3 INTRODUÇÃO 7
4 REVISÃO DE LITERATURA 9
5 OBJETIVOS 14
6 MATERIAL E MÉTODOS 15
7 DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE EBERHART E RUSSELL (1966) 17
8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 19
9 APOIO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO 20
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
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1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1.1 Título
Análise Agronômica e Estabilidade Fenotípica em Cana-de-açúcar.
1.2 Grupo de pesquisa
Melhoramento Genético de Grandes Culturas.
1.3 Linha de pesquisa
Melhoramento das espécies cultivadas na região tropical
Área de concentração: Melhoramento Vegetal (5.01.03.05-9)
1.4 Autor
Nome: José Moacir Matias Júnior
Titulação: Superior Completo
Curso: Engenharia Agronômica
CPF: 031.417.144-44
E-mail: [email protected]
1.5 Orientador
Nome: Francisco José de Oliveira
Titulação: Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas
Ano da Titulação: 1996
Departamento: Agronomia
Área: Fitotecnia
E-mail: [email protected]
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1.6 Co-orientador:
Nome: Clodoaldo José da Anunciação Filho
Titulação: Doutor em Agronomia – Área de Concentração em Genética e
Melhoramento de Plantas (ESALQ-USP)
Ano da Titulação: 1988
Departamento: Agronomia
Área: Fitotecnia
E-mail: [email protected]
INÍCIO: AGOSTO/2010
FINAL: AGOSTO/2012
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2. RESUMO
Variedades novas de cana-de-açúcar são obtidas anualmente no Brasil através dos seus
programas de melhoramento. Uma variedade é considerada ideal quando apresenta alta
média de produção e baixo grau de flutuação em seu desempenho, e quando cultivada
sob diversas condições ambientais. O cultivo de variedades detentoras de boas
características agroindustriais representa, na prática, a tecnologia que mais contribui
para a melhoria dos níveis de produtividade da cultura, devido a custos relativamente
baixos quando comparada com os demais itens que compõem o sistema produtivo da
cana-de-açúcar. Diante deste cenário, faz-se necessário utilizar métodos para avaliar a
Adaptabilidade e a Estabilidade Fenotípica, a fim de obter informações que
proporcionem alocar as variedades em ambientes adequados com maior precisão. O
projeto tem como objetivo estudar a magnitude da interação entre genótipos RB de
cana-de-açúcar e diferentes ambientes, a adaptabilidade e estabilidade para as variáveis
tonelada de cana por hectare (TCH) e tonelada de açúcar por hectare (TPH) por meio do
método proposto por Eberhart e Russell. Os experimentos anteriormente instalados em
usinas das cinco micro-regiões produtoras de cana-de-açúcar de Pernambuco foram
conduzidos durante as safras 2005/2006, 2006/2007, referentes aos cortes: cana-planta e
cana-soca, respectivamente. As parcelas foram pesadas individualmente, através de
dinamômetro, para determinação da produtividade agrícola (TCH) e em seguida
calculada a produtividade industrial (TPH). Nos laboratórios das usinas obtiveram as
características tecnológicas, de pol % cana, brix, fibra, pureza e ATR. De agora em
diante serão constituídos ambientes entre a combinação dos cortes e locais formando 10
ambientes diferentes. Serão avaliados os genótipos RB e as variedades do Banco de
Dados da RIDESA/EECAC. O delineamento estatístico foi o de blocos casualisados
com quatro blocos e 20 tratamentos (genótipos e variedades-padrões), com parcela de
cinco sulcos de oito metros, espaçadas de um metro. Os procedimentos estatísticos
constituirão de análise de variância para cada ambiente, seguida de análise de variância
conjunta de experimentos nos ambientes, para avaliar a significância da interação GxE.
Os parâmetros de adaptabilidade e estabilidade dos genótipos de cana-de-açúcar serão
estimados utilizando-se a metodologia proposta por Eberhart e Russell.
PALAVRAS-CHAVE: Interação Genótipo x Ambiente, Estabilidade e Cana-de-
açúcar.
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3. INTRODUÇÃO
A necessidade por fontes de energias renováveis juntamente com a globalização
da economia vêm afetando fortemente o setor agrícola nacional, que se esforça, cada
vez mais, para obter redução de custos de seus produtos e se tornar competitivo no
mercado internacional. Também no contexto sucroalcooleiro, o cultivo de variedades
detentoras de boas características agroindustriais representa, na prática, a tecnologia que
mais contribui para a melhoria dos níveis de produtividade da cultura devido a custos
relativamente baixos quando comparada com os demais itens que compõem o sistema
produtivo da cana-de-açúcar.
No Brasil o setor sucroalcooleiro vive um período de expansão, a exemplo. O
bagaço da cana, que já é utilizado na co-geração de energia elétrica através de caldeiras,
juntamente com a sua palha serão utilizados para produzir etanol celulósico, além disso,
variedades melhoradas geneticamente poderão proporcionar um incremento de açúcar
de até 20 % (CTC, 2009).
Uma variedade é considerada ideal quando apresenta alta média de produção e
baixo grau de flutuação em seu desempenho, quando cultivada sob diversas condições
ambientais (Silva, 2008). Os ganhos em produtividade e qualidade dos materiais
genéticos são resultados dos acumulados conhecimentos científicos originados dos
diversos programas de melhoramento genético, principalmente os trabalhos sobre
estabilidade fenotípica e adaptabilidade de plantas, assim como as técnicas evolutivas
utilizadas nessas análises que permiti um aumento dos ganhos genéticos, propiciados
pela alocação otimizada de genótipos nos vários ambientes (Lavoranti, 2003).
Como o principal objetivo de um programa de melhoramento é selecionar
genótipos de consistente e elevada produtividade nos mais diversos ambientes, a baixa
eficiência na análise da interação genótipo com ambiente (G x E) pode representar um
problema aos melhoristas por reduzir a precisão de seleção de um ambiente para outro.
A presença da interação G x E provoca um aumento do desvio padrão fenotípico, reduz
a herdabilidade ao longo de ambientes e, consequentemente, diminui os ganhos
genéticos potenciais (Matheson & Raymond, 1986).
Segundo Vencovsky e Barriga (1992), a interação genótipos x ambientes é
resultado de instabilidades das manifestações genotípicas entre ambientes, o que tem
merecido especial atenção por parte dos melhoristas, por interferir nos processos de
seleção.
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Para Cruz e Carneiro (2006), a interação genótipo x ambiente se constitui num
dos maiores problemas dos programas de melhoramento de qualquer espécie, seja na
fase de seleção ou na de recomendação dos cultivares. Uma das formas de amenizar a
influência dessa interação tem sido a recomendação de cultivares com ampla
adaptabilidade e boa estabilidade.
Existem várias definições para adaptabilidade e estabilidade. Cruz e Carneiro
(2006), por exemplo, recomendam utilizar o termo geral performance genotípica para
designar o desempenho, o comportamento e as flutuações de um genótipo quando
desenvolvido em vários ambientes, utilizando ao termo desempenho quando refere-se a
caracteres como produtividade de grãos e o termo comportamento quando refere-se a
caracteres como resistência às doenças. Por outro lado Lavoranti (2003) cita que, Finlay
& Wilkinson (1963) definiram estabilidade média de uma forma dinâmica, para
caracterizar uma variedade cuja produção varia, de acordo com a capacidade dos
ambientes, em proporcionar altas ou baixas produtividades.
A definição mais atual é dada por Verma et al. (1978) que definiram a
adaptabilidade como a capacidade dos genótipos apresentarem rendimentos elevados e
constantes em ambientes desfavoráveis, mas com habilidade de responder à melhoria
das condições ambientais. Sobretudo os autores têm utilizado as terminologias de Finlay
& Wilkinson (1963) e de Eberhart & Russel (1966) ou variações destas. Quando
concordam que o genótipo estável é aquele que apresenta pouca oscilação para o caráter
avaliado quando cultivado em vários ambientes.
Nesse sentido, o conceito de estabilidade é muito importante para os melhoristas
de plantas, cujo interesse está na obtenção de variedades que se comportem bem, não
apenas em um ambiente particular, mas também em amplas faixas de cultivo, onde
ocorrem diferentes condições ambientais (Lavoranti, 2003).
Do mesmo modo diferentes metodologias para avaliar a adaptabilidade e a
estabilidade têm sido desenvolvidas e, ou, aprimoradas. Tais procedimentos se baseiam
em análise de variância, regressão linear, regressão não linear, análise multivariada e
estatísticas não paramétricas. Metodologias estatísticas de fácil interpretação e com
seleção simultânea para produtividade, adaptabilidade e estabilidade também têm sido
desenvolvidas buscando-se a seleção de genótipos com elevados rendimentos em
diferentes ambientes de plantio (Bastos, et al.,2007).
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Portanto, metodologias que possam auxiliar na escolha correta e adequada dos
clones e variedades deverão ser empregadas pelos programas de melhoramento genético
da cana-de-açúcar com o objetivo de indicar clones superiores às variedades utilizadas
pela unidade produtora com maior confiabilidade e precisão (Zeni Neto, 2007).
O estudo da estabilidade fenotípica permite sintetizar o enorme volume de
informações obtidas caracterizando a capacidade produtiva, a adaptação às variações
ambientais e a estabilidade de novas variedades. Diversos autores estudaram a interação
entre genótipos e ambientes, os conceitos e índices de estabilidade, além de sugerirem
alguns métodos para estimar a estabilidade fenotípica em plantas (Raizer e Vencovsky,
1999).
4. REVISÃO DA LITERATURA
Melhoramento Genético
Em maio de 1858 na fazenda de Barbados data-se o primeiro registro de que, no
campo, as plantas cresciam a partir de semente de cana, mas, dentre os trabalhos que
marcaram o início do melhoramento genético da cana, estão aqueles desenvolvidos por
Soltwedel, em Java; o primeiro em 1885, quando conseguiu fazer germinar sementes de
S. spontaneum primeiramente, depois em 1887, quando realizou cruzamentos entre
aquela espécie e S. officinarum (DEERR, 1921; STEVENSON, 1965 citado por
MATSUOKA et al, 2005).
No Brasil, já em 1842, o médico Gervásio Caetano Peixoto Lima afirmou
quando defendeu a tese na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o que parecia ser
um conhecimento bastante estabelecido: que a cana-de-açúcar se reproduzia a partir de
sementes sexuais nos locais de origem (PEIXOTO LIMA, 1842 apud MATSUOKA et
al., 2005).
Segundo Andrade (1985), em abril de 1892, o prefeito do Cabo, PE, também
proprietário do engenho Carapu, fez uma circular aos agricultores, citando os trabalhos
de Barbados e de Java, estimulando-os a coletarem sementes de cana para que se
procedesse à seleção de tipos com maior teor de sacarose.
Atualmente no Brasil, existem quatro programas de melhoramento genético de
cana-de-açúcar: (1) O programa conduzido pelas Universidades Federais que compõe a
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Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (RIDESA),
que atualmente é composta por oito Universidades Federais (UFAL, UFSE, UFRPE,
UFRRJ, UFSCar, UFV, UFPR e UFG). Essas instituições são responsáveis pelos
cultivares de cana-de-açúcar com a sigla RB (República do Brasil). Filiadas a RIDESA
têm-se a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar de Carpina (EECAC)-PE, da
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Estação Experimental do Rio
Largo-AL da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) (SANTOS et al, 2007); (2) O
Centro de Tecnologia Canavieira (SP-CTC), que concentra mais de 350 pesquisadores
trabalhando em cana-de-açúcar; (3) O Instituto Agronômico de Campinas - IAC e (4) a
CanaVialis, empresa privada criada em 2003, em conjunto com a Allelyx e se dedica a
variedades transgênicas.
Os programas de melhoramento genético de cana-de-açúcar têm como objetivo
desenvolver, selecionar e recomendar variedades (genótipos) mais produtivas,
resistentes às pragas e doenças e adaptáveis às condições de cada região (SILVA, 2004).
Interação Genótipo x Ambiente
A avaliação de cultivares, das diversas espécies, em vários ambientes tem sido
realizada com o propósito de verificar o seu comportamento diferencial, em resposta às
variações sistemáticas e casuais do ambiente. Esse comportamento diferencial é
atribuído à interação genótipo x ambiente (CRUZ, 2006).
Genótipo refere-se à constituição genética de um indivíduo, isto é, aos genes que
ele possui em suas células e que foram herdados de seus pais (AMABIS, 1997).
As causas dessa interação têm sido atribuídas a fatores fisiológicos e
bioquímicos específico de cada genótipo cultivado. Como os genótipos se desenvolvem
em sistemas dinâmicos, em que ocorrem constantes mudanças, desde a semeadura até a
maturação, existe geralmente um comportamento diferenciado dos mesmos em termos
de resposta às variações ambientais (CRUZ e REGAZZI, 2001).
Para que as indicações de genótipos sejam mais seguras, devem ser tomadas
medidas que controlem ou amenizem os efeitos da interação genótipo x ambiente
(CRUZ e CARNEIRO, 2006).
O método mais utilizado para a avaliação da interação genótipo x ambiente é a
Análise de Variância (ANOVA), usando análise conjunta de experimentos sendo a
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magnitude dessa interação determinada por meio de teste estatístico adequado,
normalmente o teste F (ROCHA, 2002 apud CORREIA, 2007).
Estudos da Interação Genótipo x Ambiente em Cana-de-açúcar
Estudos realizados por Ulivarri e Kening (1967) concluíram que os locais mais
bem colocados não precisam ser obrigatoriamente contrastantes para que se observem
fortes interações em cana-de-açúcar.
Skinner (1971) afirma que como a grande maioria das outras culturas, os
caracteres mais economicamente importantes em cana-de-açúcar são quantitativos.
Dentre as conclusões feitas por Mariotti et al., (1977) trabalhando com análises
conjuntas, pode-se destacar: a) em geral, o comportamento de um genótipo de cana-de-
açúcar é melhor apresentado se oriundo de 3 (três) cortes dentro daquela região; e b)
existe uma tendência de que os dados de corte realizado em um ano podem estar
influenciando os resultados de colheita no ano seguinte, e para isso ser minimizado
devem ser desenvolvidos modelos que considerem essa tendência.
Bressiani (2001), trabalhando na fase T1, observou dificuldade na seleção de
famílias adaptadas a diferentes locais, concluindo que o ambiente influencia na família
dos clones de cana-de-açúcar, obtendo significativa interação família x ambiente.
Na Zona da Mata Norte em Pernambuco, Melo et al., (2006) trabalhou com
variedades RB e SP em fase de experimentação identificando quatro clones com alto
potencial de produção de cana e de açúcar e que há comportamento específico entre os
genótipos nos diversos cortes da cana.
Adaptabilidade e Estabilidade
As metodologias para as análises da estabilidade e adaptabilidade fenotípica
destinam-se a avaliação de um grupo de genótipos testados em vários ambientes. Tais
metodologias são fundamentadas na existência da interação genótipo com ambiente
(GxE). Assim, esses procedimentos são complementares ao da análise de variância
individual e conjunta, com dados experimentais resultantes de ensaios realizados em
uma série de ambientes. Segundo Vencovsky & Barriga (1992), a adaptação e a
estabilidade, embora sejam fenômenos relacionados, não devem ser considerados como
um só. Nesse sentido, vários métodos genético-estatísticos foram propostos para medir a
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estabilidade e a adaptabilidade fenotípica. Suas diferenças provêm dos vários conceitos
empregados e dos diferentes procedimentos estatísticos utilizados para suas
determinações.
Dentre os métodos propostos para estudar a estabilidade e a adaptabilidade
fenotípica, destacam-se: os procedimentos baseados na variância da interação GxE
(Plaisted & Peterson, 1959; Wricke, 1962; Tai, 1971; Shukla, 1972; Wricke & Weber,
1986 e Magari & Kang, 1997); regressão linear simples (Yates & Cochran , 1938,
Finlay & Wilkinson, 1963; Eberhart & Russell, 1966 e Perkins & Jinks, 1968) e
regressão múltipla (Verma et al, 1978; Silva & Barreto, 1986; Cruz et al., 1989 e Storck
& Vencovsky, 1994); regressão quadrática (Brasil & Chaves, 1994); modelos não
lineares (Chaves et al. 1989; Toler & Burrows, 1998; Silva, 1998 e Rosse &
Vencovsky, 2000) e não paramétricos, como a ordem de classificação genotípica
(Huehn, 1996); métodos multivariados, com a ACP (Crossa, 1990), análise de
agrupamento (Hanson, 1994), análise fatorial de correspondências (Hill, 1974) e análise
de coordenadas principais (Westcott, 1987); e métodos que integram a análise comum
de variância (método univariado) com a análise de componentes principais (método
multivariado), como é o caso da análise AMMI sugerido por Gauch & Zobel (1996). As
diferenças entre eles originam-se nos diferentes conceitos e procedimentos matemáticos
utilizados para medir a interação (GxE) e suas consequências nos programas de
melhoramentos (Lavoranti, 2003).
Segundo Vencovsky & Barriga (1992), sempre que o número de ambientes
avaliados for elevado, algo a partir de oito locais de experimentação, os modelos
bissegmentados devem ser preferidos em relação aos modelos lineares simples.
Estudos da interação entre cultivares e ambientes não proporcionam informações
minuciosas sobre o comportamento de cultivares frente às variações ambientais
(HOOGERHEIDE, 2004). Faz-se necessário realizar estudos da adaptabilidade e
estabilidade, pelos quais se torna possível a identificação de cultivares de
comportamento previsível e que respondam às variações ambientais, em condições
específicas ou amplas, possibilitando fazer recomendações de cultivares com bastante
critério (CRUZ e REGAZZI, 2001).
Os primeiros pesquisadores a trabalharem com índice ambiental foram Finlay &
Wilkinson (1963). Esses autores estimaram esse parâmetro como sendo a média de
rendimento de todos os genótipos em cada ambiente. Sugeriram que a variável
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produtividade fosse submetida à transformação logarítmica, com a finalidade de
aumentar a linearidade na regressão, e proporcionar maior homogeneidade das
variâncias residuais dos experimentos. Por esse método, um genótipo ideal é aquele que
apresenta produtividade média alta, coeficiente de regressão igual a um, e desvio de
regressão próximo de zero, ou seja, seria um genótipo responsivo à melhoria das
condições ambientais e de comportamento altamente previsível.
Eberhart & Russel (1966) com base na proposta de Finlay & Wilkinson (1963),
sugeriram a não transformação dos dados e a estimação dos desvios da regressão. Para
eles, os desvios da regressão são indicativos do grau de confiabilidade da resposta linear
estimada, o que caracteriza a previsibilidade do genótipo.
A maioria dos melhoristas considera 2di como um parâmetro melhor que βi
(Becker e León, 1988). De acordo com o modelo de regressão conjunta, um genótipo
estável é, aquele com alta produção média βi = 1 e 2di = 0 (Eberhart & Russel, 1966).
Nas análises não-paramétricas há tendência de se expressar em uma ou em
poucas medidas o desempenho e o comportamento de um genótipo em termos de
rendimento, capacidade de resposta às variações ambientais e suas variações; como
exemplos, as metodologias mais simples de serem interpretadas são as de Lin e Binns
(1988) e Hernandes et al., (1993) (CRUZ e CARNEIRO, 2003).
Entre 70 genótipos avaliados por Bastos et al. (2007), destacaram-se os clones
RB947520, RB957712 e SP86-42, quanto à produtividade, adaptabilidade e
estabilidade, pelos métodos da média harmônica da performance relativa dos valores
genotípicos (MHPRVG) e metodologia das diferenças em relação à reta bissegmentada
ponderadas pelo coeficiente da variação residual DRRB-CV.
Raizer e Vencovsky (1999) concluíram que a produtividade de açúcar das
variedades SP testadas está diretamente relacionada com a melhoria ambiental,
extraindo genótipos para ambientes favoráveis, desfavoráveis e como padrões para
futuros ensaios experimentais.
Barbosa et al., (2002) detectou grande variabilidade entre as médias de tonelada
de cana por hectare (TCH) em 9 ambientes distintos com clones promissores da séries
RB92 e RB93, com respostas diferentes dos clones a diferentes ambientes.
Zeni Neto et al., (2005) trabalharam com TPH na metodologia de Eberhart e
Russell (1966) com 16 materiais genéticos das séries RB92/93/94 em 6 locais distintos;
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concluíram que o clone RB935744 é recomendado para ambientes inferiores e o
RB936109 para ambientes superiores, ambos com alta estabilidade.
Eberhart & Russel (1966), utilizando o método de regressão em milho,
introduziram um terceiro parâmetro para caracterizar as cultivares: a variância dos
desvios da linearidade (2di). A variedade ideal para os autores seria aquela que
apresentasse produtividade média superior (β0i elevada), adaptabilidade geral ou ampla
(β1i =1) e previsibilidade ou estabilidade alta (2di = 0).
Gualberto et al.(2002) analisando cultivares de tomateiro pela interação
genótipos x ambientes através do método de Eberhart & Russell concluiu que a
metodologia é eficiente na discriminação do desempenho individualizado das cultivares,
em face das variações ambientais.
5. OBJETIVOS:
Geral
Estudar a magnitude da interação entre genótipos de cana-de-açúcar e ambientes,
a adaptabilidade e estabilidade para as variáveis toneladas de cana por hectare (TCH) e
toneladas de açúcar por hectare (TPH) por meio do método proposto por Eberhart e
Russell (1966).
Específicos:
1. Estudar o comportamento de genótipos de cana-de-açúcar nas micro-
regiões da Mata de Pernambuco;
2. Avaliar a estabilidade fenotípica de genótipos em cana-planta e cana-
soca;
3. Avaliar a magnitude da interação entre genótipos de cana-de-açúcar e
ambientes para os componentes de produção de tonelada de cana por hectare e riqueza
em açúcar;
4. Identificar genótipos produtivos em TCH e TPH frente às variações
ambientais presentes nas condições das cinco micro-regiões produtoras de cana-de-
açúcar na Zona da Mata de Pernambuco.
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6 MATERIAL E MÉTODOS
Instalação e locais de condução
Dez experimentos foram conduzidos durante os anos agrícolas de 2005/2006 e
2006/2007, nas áreas agrícolas das Usinas Trapiche, localizada no município de
Sirinhaém, Litoral Sul de Pernambuco; Usina Pumaty, localizada no município Joaquim
Nabuco, Mata Sul; Usina São José, localizada no município de Igarassu, Litoral Norte;
Usina Olho D’Água, localizada no município de Camutanga, Mata Norte e Usina
Petribu, localizada no município de Lagoa de Itaenga, Mata Central de Pernambuco.
Delineamento estatístico e caracteres avaliados
O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com quatro
blocos, utilizando-se como tratamentos dez clones RB e oito variedades comerciais. A
parcela experimental de cada bloco foi composta de cinco sulcos de 8,0 m de
comprimento, espaçadas de 1,0m entre sulcos, apresentando uma área total de 40 m2.
Os ambientes serão constituídos da combinação dos cortes e locais, formando 10
ambientes: Ambiente 1 (A1): Litoral Sul x cana-planta; Ambiente 2 (A2): Litoral Sul x
cana-soca; Ambiente 3 (A3): Mata Sul x cana-planta; Ambiente 4 (A4): Mata Sul x
cana-soca; Ambiente 5 (A5): Litoral Norte x cana-planta; Ambiente 6 (A6): Litoral
Norte x cana-soca; Ambiente 7 (A7) Mata Norte x cana-planta; Ambiente 8 (A8) Mata
Norte x cana-soca; Ambiente 9 (A9) Mata Central x cana-planta; Ambiente 10 (A10)
Mata Central x cana-soca.
A tonelada de cana por hectare (TCH) foi obtida na cana-planta e cana-soca
através da pesagem dos colmos na área das três fileiras centrais de cada unidade
experimental, calculada por meio da transformação do peso total pela área da parcela e a
tonelada de pol por hectare (TPH), obtida pela amostragem por parcela de dez canas e
submetida no mesmo dia para análise tecnológica nos laboratórios das usinas,
determinado através da multiplicação do TCH pelo percentual de sacarose aparente
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Procedimentos genético-estatístico
Inicialmente, os procedimentos estatísticos constituirão de análise de variância
para cada ambiente, seguida de uma análise de variância conjunta de experimentos nos
ambientes, segundo modelo proposto por Cruz e Regazzi (2001) para avaliar a
significância da interação genótipo x ambiente. Esquema da análise da variância
proposta por Cruz e Regazzi (2001). Tabela 1.
Tabela 1. Esquema da análise de variância e estatística de F para as fontes de variação
para uma análise conjunta de um modelo em blocos casualizados com interação de
primeira ordem.
FV GL SQ QM F
Blocos/Ambientes J(K-1) SQB QMB
Genótipos (G) l-1 SQG QMG QMG/QMGA
Ambientes (A) J-1 SQA QMA QMA/QMB
GxA (J-1)(l-1) SQGA QMGA QMGA/QMR
Resíduo J(K-1)(l-1) SQR QMR
Total JlK-1 SQT
Os parâmetros de adaptabilidade e estabilidade dos genótipos de cana-de-açúcar
serão estimados utilizando-se a metodologia proposta por Eberhart e Russell (1966).
As análises serão realizadas através do programa GENES (CRUZ, 2006).
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7 Descrição do Método de Adaptabilidade e Estabilidade proposto por
Eberhart e Russell (1966).
Eberhart e Russel (1966) expandiram o modelo proposto por Finlay e Wilkinson
(1963) e propuseram a análise de adaptabilidade e estabilidade baseado em análise de
regressão linear, com os dados não-transformados e o índice ambiental codificado
referindo-se à diferença entre a média de todos os genótipos em cada local e a média
geral. É adotado o seguinte modelo de regressão linear:
Yij = βoi + β1iIj + δij + εij
em que:
Yij : média do genótipo i no ambiente j;
βoi : média geral do genótipo i;
β1i : coeficiente de regressão linear, que mede a resposta do i-ésimo genótipo à vari-ação
do ambiente; J
Ij : índice ambiental codificado Ij = 0 J=1
δij : desvio da regressão;
εij : erro experimental médio.
Definindo a adaptabilidade como sendo a capacidade de os genótipos
aproveitarem vantajosamente o estímulo do ambiente, classificam-se os genótipos em:
a) Genótipos com adaptabilidade geral ou ampla: são aqueles com igual β1i a 1;
b) Genótipos com adaptabilidade específica a ambientes favoráveis: são aqueles
com β1i maior que 1;
c) Genótipos com adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis: são aqueles
com β1i menor que 1.
A estabilidade tem uma conotação de previsibilidade, interpretada pelos desvios
da regressão linear, que é um indicativo do grau de confiabilidade da resposta linear
estimada, de modo que o genótipo será considerado estável se esse desvio for pequeno
(CRUZ e CARNEIRO, 2006). Quanto à estabilidade, os genótipos são classificados em:
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a) Genótipos com estabilidade ou previsibilidade alta: são aqueles com 2di
igual a 0;
b) Genótipos com estabilidade ou previsibilidade baixa: são aqueles com 2di
maior que 0.
Eberhart e Russel (1966) consideram como genótipo ideal aquele que apresenta
alta produção média, coeficiente de regressão igual a 1,0 e desvios da regressão tão
pequenos quanto possíveis (CRUZ e REGAZZI, 2001).
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8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Atividades Ano 2010
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Disciplinas x x x x x
Revisão Bibliográfica x x x x x
Levantamento de dados no
Banco de Dados do
Programa de Melhoramento
Genático de Cana-de-Açúcar
da RIDESA/EECAC/UFRPE
x x x x x
Atividades Ano 2011 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Disciplinas x x x x x x x x x
Revisão Bibliográfica x x x x x x x x x x x x
Levantamento de dados no
Banco de Dados do
Programa de Melhoramento
Genático de Cana-de-Açúcar
da RIDESA/EECAC/UFRPE
x x x x x x
Tabulação dos dados x x x x
Análise Genético-estatístico x x x x
Apresentação de trabalhos
em congresso
x x
Atividades Ano 2012
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Revisão Bibliográfica x x x x x x x
Elaboração da Dissertação x x x x x x x
Apresentação de trabalhos
em congresso
x x
Envio de artigos para revistas
indexadas
x
Defesa da Dissertação x
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9 APOIO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO
O projeto terá o apoio institucional e financeiro, da Universidade Federal Rural
de Pernambuco – UFRPE, do Programa de Pós-Graduação em Agronomia –
Melhoramento Genético de Plantas, da CAPES através do PROF, apoio financeiro e
logístico do Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-Açúcar da
RIDESA/EECAC/UFRPE, além do apoio recebido das usinas para execução das
atividades de campo permitindo a viabilização e realização plena das atividades de
pesquisa
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