apostila 9º ano

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1 ESCOLA ESTADUAL HERCULANO MARTINS APOSTILA DE LÍNGUA PORTUGUESA 9º GALILEU GALILEI PROFESSOR: MARCOS NOME DO (A) ALUNO (A) ____________

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Apostila desenvolvida para ajudar os alunos do 9º a compreender melhor os descritores propostos, baseada no siste do professor warles

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Page 1: Apostila 9º Ano

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ESCOLA ESTADUAL HERCULANO MARTINS

APOSTILA DE LÍNGUA

PORTUGUESA

9º GALILEU GALILEI

PROFESSOR: MARCOS

NOME DO (A) ALUNO (A) ____________

Page 2: Apostila 9º Ano

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO

MATRIZ DE REFERÊNCIA- SIMAVE/PROEBLÍNGUA PORTUGUESA- 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL TÓPICO E SEUS DESCRITORESI-PROCEDIMENTOS DE LEITURAD1 Identificar o tema ou o sentido global de um texto.D2 Localizar informações explícitas em um texto.D3 Inferir informações implícitas em um texto.D5 Inferir o sentido de uma palavra ou uma expressão.D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.II-IMPLICAÇÃO DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTOD6 Identificar o gênero de um texto.D7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros.D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal.III-RELAÇÃO ENTRE TEXTOSD18 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.D20 Reconhecer diferentes formas de abordar uma informação ao comparar textos que tratam do mesmo tema.IV- COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTOD11 Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções , advérbios, etc.D12 Estabelecer a relação entre causa e consequência entre partes elementos do texto.D15 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a sua continuidade.D16 Estabelecer relações entre partes de um texto a partir de mecanismos de concordância verbal e nominal.D19 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõe a narrativaD14 Identificar a tese de um texto.D26 Estabelecer relações entre a tese de um texto e os argumentos oferecidos para sustentá-laD27 Diferenciar as partes principais das secundárias em um textoV- RELAÇÃO ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDOD23 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.D28 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressãoD21 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notaçõesD25 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de recursos ortográficos e morfossintáticosVI- VARIAÇÃO LINGUÍSTICAD13 Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor interlocutor de um texto

D1 IDENTIFICAR O TEMA OU O SENTIDO GLOBAL DE UM TEXTO.Um texto é tematicamente orientado; ou seja, desenvolve-se a partir de um determinado tema, o que lhe dá unidade e

coerência. A identificação desse tema é fundamental, pois só assim é possível apreender o sentido global do texto, discernir entre suas partes, principais e outras secundárias, parafraseá-lo, dar-lhe um título coerente ou resumi-lo.

Em um texto dissertativo, as ideias principais, sem dúvida, são aquelas que mais diretamente convergem para o tema central do texto.

Por meio desse descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno identificar do que trata o texto, com base na compreensão do seu sentido global, estabelecido pelas múltiplas relações entre as partes que o compõem. Isso é feito ao relacionarem-se diferentes informações para construir o sentido completo do texto.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Publicidade: a força das imagens a serviço do consumo

Comerciais exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo inconsciente do telespectador A linguagem da propaganda, em qualquer meio de comunicação, é sempre a da sedução, a do convencimento. Na TV, seu discurso ganha um reforço considerável: a força das imagens em movimento. Assim, fica muito difícil resistir aos seus apelos: o sanduíche cujos ingredientes quase saltam da tela com sua promessa de sabor, o último lançamento automobilístico – que nenhum motorista inteligente pode deixar de comprar – deslizando em uma rodovia perfeita como um tapete, a roupa de grife moldando o corpo esguio de jovens modelos. Publicidade funciona assim nas revistas, nos jornais, no vídeo e nos outdooors, mas suas armas parecem mais poderosas na televisão. Se é verdade, como dizem os críticos, que a propaganda tenta criar necessidades que não temos, os comerciais de TV são os que mais perto chegam de nos fazer levantar imediatamente do sofá para realizar algum desejo de consumo – e às vezes conseguem, quando o objeto em questão pode ser encontrado na cozinha.

Aprender a ler as peças publicitárias veiculadas pela TV tem a mesma importância na formação de um telespectador crítico, que sabe analisar os noticiários e as telenovelas [...]

RIZO, Sérgio. “O poder da telinha”. Nova Escola. São Paulo: Abril, ano XIII, n. 118, p.17, dez. 1998.

O assunto desse texto éA) a linguagem da propaganda. B) a publicidade e o consumo. C) a veiculação da propaganda. D) o comercial e a televisão. E) o valor da peça publicitária.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

CarnavalO carnaval nos seus folguedos tem muito de pagão, mas

seu nome não desmente as origens cristãs, associado que está à lei da abstinência da carne. Que carnaval está ligado à carne, qualquer leigo pode ouvir ou ver na palavra. Mas, e abstinência? Vamos à história.

Por muito tempo interpretou-se a palavra como Carne, vale!, ou seja, Carne, adeus! ou Adeus, carne! Seria a definição da festa como a despedida da carne às vésperas da quaresma, tempo em que se impunha a abstinência da carne... Interpretação visivelmente fantasiosa, onde carne é impossível como vocativo.

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Hoje, os etimologistas mais acreditados concordam em apontar a origem italiana do vocábulo. Carnevale, de carne-vale, alteração de I: carne levare. Levare significando “deixar, pôr de lado, suspender, suprimir.” Referência clara à abstinência quaresmal que se seguia aos festejos carnavalescos.

LUFT, Celso Pedro. O romance das palavras. São Paulo: Ática, 1996. p. 43.

O assunto desse texto é aA) origem do carnaval. B) origem do carnaval na Itália.C) origem do nome carnaval.D) referência à abstinência quaresmal.E) referência aos festejos carnavalescos.

------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A hora de acelerarA venda de computadores explodiu, mas o acesso à

internet de alta velocidade não cresceu no mesmo ritmo. Falta um modelo.

Nos últimos anos, por conta do crescimento da economia e dos incentivos criados pelo governo federal, o Brasil conseguiu ampliar o número de computadores instalados e reduzir o fosso que o separava de outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas, no início de 2009, havia 60 milhões de máquinas, seja nas residências, seja nas empresas. Só em 2008, foram vendidos 12 milhões de unidades, três vezes mais do que em 2004.

Se a venda de computadores deu um salto, o mesmo não se pode dizer do acesso à internet mais rápida, por meio da chamada banda larga, que ainda se expande em ritmo bem menor. No fim do ano passado, as conexões de alta velocidade eram utilizadas por aproximadamente 10 milhões de brasileiros, ante 7,7 milhões em 2007, conforme números apurados pela pesquisa anual Barômetro da Banda Larga, feita pelo IDC Brasil em parceria com a Cisco. Um número tímido quando comparado aos dos países que lideram essa corrida. Em 2008, a China contabilizava 81 milhões de conexões em banda larga. Os Estados Unidos, 79 milhões.

Uma das razões para este descompasso na popularização da banda larga no Brasil é justamente a ausência de um modelo definido de política para a universalização do acesso às conexões rápidas. Ao contrário do celular, um caso bem-sucedido de massificação e que tem hoje mais de 150 milhões de unidades em operação no País, nem o mercado nem o Estado ainda encontraram a fórmula capaz de prover de internet rápida a população de baixa renda e as cidades distantes dos grandes centros urbanos. Para parte dos especialistas, falta uma intervenção estatal mais clara. Para outros, o problema é a ausência de competição e regras pouco flexíveis, que, em alguns casos, criam monopólios virtuais. Enquanto a concepção de um modelo não avança, a União continua sentada sobre os cerca de 7 bilhões de reais do Fundo Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), criado na época da privatização do Sistema Telebrás.

Carta Capital, 4 de março de 2009. Fragmento.

Nesse texto, o tema desenvolvido éA) o aumento do número de vendas de computadores.B) o uso do aparelho celular massificou-se.C) o número de computadores é inferior ao de celulares.D) a China contabiliza o maior número de conexões.E) a lenta universalização da banda larga.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Em harmonia com a naturezaTodas as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet

para ver qual é a lição de casa do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais,

como biologia e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na sociedade. À tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e professores com o intuito de promover a sustentabilidade.

Sustentabilidade significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a três quilômetros de Pirenópolis criada há dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana.

Atualmente, há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”, explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.”

Disponível em: <http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2012-01-

01T00:00:00-03:00&max-results=50>. Acesso em: 20 abr. 2012.

Qual é o assunto desse texto?A) A convivência harmônica da menina com os pais.B) A reciclagem do lixo no interior de Goiás.C) As comunidades ecologicamente sustentáveis.D) O uso da internet em escolas a distância.E) Os cursos sobre sustentabilidade em Pirenópolis.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sopão nas ruasDoar comida nas ruas da cidade não é legal. A Vigilância

Sanitária não permite a distribuição de alimentos nas vias públicas sem um laudo. Portanto, as pessoas não podem fazer isso, ainda que de maneira voluntária.

Também precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação em locais adequados, limpos e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteção social que circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil pessoas. A distribuição de comida incentiva a permanência das pessoas nas ruas, comprometendo em muito o acolhimento, a proteção e a reinserção social e familiar desses cidadãos mais vulneráveis.

O polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores e comerciantes acerca da sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartáveis e garrafas de pet usadas. As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar para que possamos, juntos, organizar uma distribuição de alimentos dentro de equipamentos próprios, de forma digna e humana. A Associação Evangélica Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantêm o restaurante Porto Seguro, na América, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeições gratuitas aos moradores de ruas.

Por que não doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em parceria?

Floriano Pesaro, Secretário Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.

Disponível em: <http://www.florianopesaro.com.br/imprensa/230506JornaldaTar

de.jpg>. Acesso em: 4 mar. 2012.

Qual é o assunto desse texto?A) A distribuição de sopão para moradores de abrigos.B) A legalização da doação de sopas pela Vigilância Sanitária.

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C) As reclamações de comerciantes sobre os restos de comida nas ruas.

D) O trabalho de doação feito pelas ONGs conveniadas à prefeitura.

E) Os problemas ligados à distribuição de comida nas ruas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Leitura: quem começa não para maisMundo Jovem: Qual a importância da leitura para os

jovens?Elisabeth Dangelo Serra: A leitura no mundo moderno é

a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet.

Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo.

Uma mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que nãotrilharam esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.

Mundo Jovem: Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?

Elisabeth Dangelo Serra: Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural, ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.

O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão próximos às crianças e aos jovens.Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-03-

2009.php>. Acesso em: 15 abr. 2011. Fragmento.

O tema desse texto éA) o crescimento de uma atitude cultural.B) o desenvolvimento da habilidade leitora.C) os projetos de vida escolhidos dos jovens.D) os atrativos trazidos pelas novas tecnologias.E) os exemplos passados às crianças pelos adultos.

------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A economia da felicidadeVivemos em tempos de altas ansiedades. Apesar de o

mundo usufruir de uma riqueza total sem precedentes, também há ampla insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande maioria dos americanos acredita que o país está “no caminho errado”. O pessimismo está nas alturas. O mesmo vale para muitos outros lugares.

Tendo essa situação como pano de fundo, chegou a hora de reconsiderar as fontes básicas de felicidade em nossa vida econômica. A busca incansável de rendas maiores vem nos levando a uma ansiedade e iniquidade sem precedentes, em vez de nos conduzir a uma maior felicidade e satisfação na vida. O progresso econômico é importante e pode melhorar a qualidade de vida, mas só se o buscarmos junto com outras metas. [...]

SACHS, Jeffrey D.. Disponível em: <http://zelmar.blogspot.com/2011/08/economia-da-

felicidade.html>. Acesso em: 18 nov. 2011.Fragmento.

Esse texto trata daA) ansiedade do mundo contemporâneo.B) busca por maiores rendas.C) insegurança vivida pelo homem.D) reconsideração das fontes de felicidade.E) relação entre vida econômica e felicidade.

------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo.

A TORRE EIFFEL DE UM BRASILEIRO

Inaugurada em 1889 como parte da Exposição Mundial de Paris, a Torre Eiffel, com 324 metros de altura, se tornou um dos principais símbolos da capital francesa.

A cada ano, ela recebe quase 7 milhões de visitantes. Um deles, o empresário Edson Ferrarin, se apaixonou pela estrutura a ponto de construir uma réplica. A obra custou R$ 180 mil e reproduz as formas da torre original, mas com apenas 10% de seu tamanho, o que equivale a um prédio de 11 andares. Foram usadas mais de 2 mil peças de ferro, que somam 30.000 quilos (contra 10.000 toneladas da verdadeira). A torre de Umuarama já está aberta para visitação.

ÉPOCA, 14 de agosto de 2008.

O tema desse texto é aA) importância da torre. B) inauguração da torreC) origem da torre. D) réplica da torre.

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(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

Minha viagem

Cada um no seu quadrado.Tenho quatro filhos. De vez em quando penso comigo:

não parecem nem um pouco com a mãe. João, Gregório, Bárbara e Theodora têm estilos bem diferentes e cresceram com a minha maneira de lidar com eles, não só respeitando, mas valorizando isso.

Gregório nasceu sabendo tudo, leu sozinho, argumentava sobre qualquer assunto como um palestrante desde criancinha, mas nunca gostou de sair de casa. Os amigos iam e vinham e ele ficava aqui, recebendo. Era muito tímido quando pequeno, segurava a barra da minha saia, tinha pavor de monstros e palhaços e roía muito as unhas. Meu pai, que é psicanalista, um dia aconselhou:

– Matricula agorinha no teatro e no futebol, tem que botar um fio terra nesse menino.

BYINGTON, Olívia. In: O Globo. 31 jan. 2010, p. 46.

O assunto desse texto é aA) competência de Gregório em aprender sozinho.B) dependência dos filhos em relação à mãe.C) forma de socialização empregada pelos filhos.D) quantidade de filhos que a família possui.E) valorização das diferenças entre os filhos.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

A vila de contêineres

Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de Lata.

Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente 1000 apartamentos de metal. Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres

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foram comprados na China, onde passaram por uma reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Eles foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de 1000 estudantes.

Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escada).

Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses.

O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por fora, quatro-estrelas por dentro. Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278

– Maio 2010 – p.28.

O tema desse texto éA) a criação dos contêineres em 1937.B) a influência da China no resto do mundo.C) o valor do aluguel em Amsterdã.D) uma inovação na moradia em Amsterdã.E) um problema habitacional grave.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e respondas.

O problema ecológico

Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da existência.

O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muitotempo, uma autêntica guerra contra a natureza.Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).

Disponível em http:www.syntonia.com/textos/textoseecologia/problemaecológico.htm – (Censo 2006)

Da maneira como o assunto é tratado no Texto, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado porque:

(A) a destruição é inevitável.(B) a civilização o está destruindo.(C) a humanidade preserva sua existência.(D) as guerras são o principal agente da destruição.

Leia o texto abaixo.23 de julho de 1932

Morte de Santos DumontVocê já ouviu falar em Santos Dumont? Eu e meu avô,

que somos loucos por aviões, sabemos tudo a respeito dele. Ele nasceu em 20 de julho de 1873. Gostava de mecânica e de ler os livros de ficção de Júlio Verne. Estudou física, química, mecânica e eletricidade lá na Europa, mas nunca completou um curso superior. Em suas pesquisas, Santos Dumont começou pelo automobilismo, que logo abandonou, concentrando–se no objetivo da conquista do ar. Entre 1898 e 1909, Santos Dumont planejou, construiu e pilotou mais de 20 inventos, entre eles, balões livres, balões dirigíveis, biplanos e monoplanos.

E, no dia 23 de outubro de 1906, conseguiu fazer o primeiro voo mecânico do mundo, com o 14–Bis. Depois, construiu vários outros aviões, mas a utilização do avião na

Primeira Guerra Mundial (1914–1918) fez com que ele abandonasse as experiências aeronáuticas. Voltou para o Brasil em 1931, passando a residir em Petrópolis (RJ), em uma casa que projetou nos mínimos detalhes e que é hoje o Museu Santos Dumont.

Ele morreu no dia 23 de julho de 1932, em Guarujá (SP).Disponível em:

<http://www.meninomaluquinho.com.br/PaginaHistoria/ Qual é o tema desse texto?

A) A vida de Santos Dumont.B) A loucura por aviões.C) Os estudos de Santos Dumont.D) Os inventos de Santos Dumont.

Leia o texto abaixo.DIÁLOGO

Há muitas famílias carecendo de diálogo, de princípios morais, religiosos e humanos claros.

Sem poder dar a tão esperada educação aos fi lhos, os pais têm transferido essas incumbências às escolas, que ainda não estão preparadas para atender a essa demanda.

A consequência desse fenômeno, chamado de exclusão familiar, faz com que os jovens fi quem à mercê da comunicação de massa, nem sempre saudável.

Revista Agitação. nov./dez.2002. Ano IX. nº 48. p. 66. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

O tema desse texto é aA) comunicação de massa. B) educação escolar.C) educação familiar. D) exclusão social.

Leia o texto abaixo.Água: uma questão de sobrevivência

Ao mesmo tempo que precisamos evitar a poluição dos mananciais, devemos também economizar a água tratada. Deixar a torneira aberta, enquanto escovamos os dentes, nos coloca no rol dos responsáveis.

Atitudes de respeito e preservação do meio ambiente, em particular o uso racional da água, podem ser desenvolvidas a partir de atitudes em sala de aula.

Monitorar o hidrômetro (medidor do consumo de água), calcular o consumo de água por pessoa e promover campanhas de redução de gasto são caminhos interessantes para atingirmos tais objetivos.

Revista Nova Escola – março/2007, pág. 17

Qual é o principal assunto desse texto?A) A importância de atitudes em sala de aula.B) A poluição do planeta Terra.C) O monitoramento do hidrômetro.D) O consumo racional da água.

A invasão 3DConvenhamos: ir ao cinema deixou de ser o mais

cômodo dos passatempos. Você precisa sair de casa, encarar tráfego, as filas, o barulho do cara na poltrona abaixo, os toques de celular de gente que esqueceu a educação no berço... E ainda tem o preço do ingresso, da pipoca, do estacionamento, do combustível. Não é preciso cavar muito para descobrir por que a televisão, os DVDs e a pirataria foram minando o público das telas gigantes.

Mas e se, de repente, você lembrasse aquilo que uma ida ao cinema tinha de bom: o som é muito superior, o escurinho cria um clima ideal para viver um romance na tela e, bem, fora dela também. Sem contar que nenhuma explosão e nenhum efeito especial funciona tão bem em casa quanto nas dimensões superlativas de um IMAX.

Além de tudo isso, imagine um cinema que oferecesse uma experiência quase sensorial com a história que passa no telão? Pois é isso que a indústria percebeu com o 3D: não há melhor forma de recuperar o público que andava às turras com as salas. “O 3D eleva o conceito de espetáculo e atrai o telespectador” [...]

LAMBAUER, Haidi. Galileu, set. 2009. Fragmento.

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Qual é o assunto desse texto?A) O combate à pirataria de DVDs.B) Os gastos excessivos com cinema.

C) As inconveniências para ir ao cinema.D) A inovação do cinema com o 3D.

D2 - Localizar informações explícitas em um texto.Por meio desse descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno encontrar o que está enunciado claramente na superfície do texto. Embora pareça tratar-se de uma habilidade muito simples, ela vai se tornando complexa à medida que a informação solicitada estiver em partes do texto de mais difícil compreensão.Essa habilidade é avaliada por meio de um texto-base que dá suporte ao item, no qual o participante do teste é orientado a localizar as informações solicitadas seguindo as pistas fornecidas pelo próprio texto.Para chegar à resposta correta, o participante do teste deve ser capaz de retomar o texto, localizando, dentre outras informações, aquela que foi solicitada.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Feijões ou problemas?

Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha.

Dia e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.

Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:

– Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei.Carregando feijões, ou problemas, há sempre um jeito

mais fácil de levar a vida.Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é

você quem determina.Disponível em: <http://www.metaforas.com.br/>. Acesso em: 13

mar. 2011.

Nesse texto, o discípulo que venceu a provaA) colocou o feijão em um sapato.B) cozinhou o feijão.C) desceu a montanha correndo.D) sumiu da vista do oponente.E) tirou seu sapato.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Nunca é tarde, sempre é tardeConseguiu aprontar-se, mas não teve tempo de

guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretária.

Sou uma secretária, pensou, procurando conscientizar-se. Não devo ser, no trabalho, nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo é pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que não havia tempo nem para o café. Cruzou a sala e o hall em disparada, na direção da porta da saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe envolvida pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa lá mesmo. Sempre tem alguma bolachinha disponível. Café nunca falta. A mãe reclamou mais uma vez. Você acaba doente, Su. Assim não pode. Assim não. Su, enlouquecida pela pressa, nada ouviu. Poucas vezes ouvia o que a mãe lhe dizia. Louca de pressa, ia sair, avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente.

Algum dedo nervoso apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do

despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia levantado.

Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr. [...]

FIORANI, Silvio. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna: 1994, p. 79.

Fragmento.

A personagem se assustou devidoA) à percepção de que sequer havia levantado.B) à possibilidade de ficar muito doente.C) à reclamação da mãe.D) ao atraso para o trabalho.E) ao toque da campainha.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo

Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-

carlos-drummond-de-andrade.html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

De acordo com esse texto, Eváglio torceu contra o Flamengo, porque

A) achava os flamenguistas perturbadores.

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B) detestava os clubes de futebol.C) era torcedor do Atlético Mineiro.D) estava na casa de um amigo mineiro.E) receava o carnaval nas ruas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Em harmonia com a naturezaTodas as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet

para ver qual é a lição de casa do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais, como biologia e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na sociedade. À tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e professores com o intuito de promover a sustentabilidade.

Sustentabilidade significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a três quilômetros de Pirenópolis criada há dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana.

Atualmente, há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”, explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.”

Disponível em: <http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2012-01-

01T00:00:00-03:00&max-results=50>. Acesso em: 20 abr. 2012.

De acordo com esse texto, Laila estuda em uma escola a distância porque

A) é filha de pai brasileiro e mãe australiana.B) expande seus horizontes nos ecocentros.C) mora a três quilômetros de Pirenópolis.D) precisa promover a sustentabilidade nas escolas.E) viaja ao redor do mundo acompanhando os pais.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram

com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de anosTrês fósseis encontrados na África desvendam um

mistério de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos atrás.

A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que tornava difícil compará-lo com outras espécies.

Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra

parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo.

O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos.

Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-novas-

especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus-ha-1-7-milhao-de-anos>.

Acesso em: 14 ago. 2012.

De acordo com esse texto, era difícil comparar o fóssil descoberto em 1972 com o de outras espécies, porque

A) a arcada dentária era desconhecida.B) as análises eram inconclusivas.C) era algo totalmente novo.D) era uma dismorfia da espécie.E) o tamanho do rosto era maior.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sopão nas ruasDoar comida nas ruas da cidade não é legal. A Vigilância

Sanitária não permite a distribuição de alimentos nas vias públicas sem um laudo. Portanto, as pessoas não podem fazer isso, ainda que de maneira voluntária.

Também precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação em locais adequados, limpos e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteção social que circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil pessoas. A distribuição de comida incentiva a permanência das pessoas nas ruas, comprometendo em muito o acolhimento, a proteção e a reinserção social e familiar desses cidadãos mais vulneráveis.

O polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores e comerciantes acerca da sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartáveis e garrafas de pet usadas. As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar para que possamos, juntos, organizar uma distribuição de alimentos dentro de equipamentos próprios, de forma digna e humana. A Associação Evangélica Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantêm o restaurante Porto Seguro, na América, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeições gratuitas aos moradores de ruas.

Por que não doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em parceria?

Floriano Pesaro, Secretário Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.

Disponível em: <http://www.florianopesaro.com.br/imprensa/230506JornaldaTar

de.jpg>. Acesso em: 4 mar. 2012.

De acordo com esse texto, a doação de comida nas ruas é ilegal porque

A) contribui para a proliferação de ratos nas ruas.B) é necessário ter um laudo da Vigilância Sanitária.C) gera reclamações de comerciantes e moradores.D) incentiva as pessoas a continuarem morando nas ruas.E) prejudica as ONGs que servem alimentos adequados.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Estudo simulará aquecimento amazônico e suas

consequênciasPara descobrir como animais e plantas vão se virar diante

do desafio do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico num clima mais quente.

A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica.

O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no mundo.

“Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo.

No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte delas endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente aquático aumenta.

Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução de oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global.

Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua saúde. [...].

A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão noDNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando o clima era mais quente.Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos.

RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-

simulara-aquecimento-amazonico-e-suasconsequencias.shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.

De acordo com Adalberto Val, a tendência à migração de peixes para outros ambientes ocorre por causa

A) da disputa acirrada por alimentos.B) da grande quantidade de espécies.C) da redução de oxigênio na água.D) de condições adversas do clima.E) de mutações genéticas sofridas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Vivendo e aprendendoA manutenção da atividade mental no processo de

envelhecimento é tão importante que um dos 10 Mandamentos da Aposentadoria Feliz é “Seja um eterno aprendiz: língua estrangeira, instrumento musical, pintura, etc”.

Quando nascemos temos aproximadamente 100 bilhões de neurônios, mas muitos morrem ao longo da vida. Um dos fatores que acelera a morte das células nervosas é a falta de uso. Para continuar vivo, o neurônio precisa ser estimulado, o que acontece quando aprendemos coisas novas. [...]

Outro Mandamento da Aposentadoria Feliz é “Curta a natureza e conheça novos lugares, começando pelos mais próximos”. O contato com o meio ambiente natural e com a área rural tem um efeito positivo na saúde mental. [...]

Aliar educação, cultura e preservação ambiental com turismo é essencial à qualidade de vida, em todas as idades.

COSTA, José Luiz Riani. Disponível em: < http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/Colaboradores/colaborador

es/94439-Vivendo-e-aprendendopor-Jose-Luiz-Riani-Costa>. Acesso em: 8 out. 2012.

(P110044E4_SUP)

De acordo com esse texto, as células nervosas morrem mais rapidamente quando

A) aprendemos coisas novas.B) entram em contato com o ambiente.C) inicia o processo de envelhecimento.D) precisam ser estimuladas.E) são pouco usadas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A importância da leitura como identidade social[...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de

textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.

Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.

A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. De acordo com esse texto, uma das características do leitor ideal é

A) conhecer as obras acadêmicas.B) dialogar com todos os tipos de texto.C) dominar o objeto da leitura, a língua.D) enxergar o texto com um fim em si mesmo.E) visitar a Bienal do Livro em São Paulo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Entregue elevador da prefeituraO prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram

hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile.

“Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente para os usuários do

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novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.

“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os defi cientes físicos, e sim para todos que têm difi culdades de locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sabem a difi culdade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN(Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]

Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239>.

Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

De acordo com o Texto, o elevador inaugurado representa uma conquista para

A) o prefeito de Nova Odessa.B) o presidente da APNEN.C) os moradores da cidade.D) os que têm dificuldades de locomoção.E) os servidores públicos municipais.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A melhor amiga do homemDiogo Schelp

Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura.

O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]

A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.

Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.

De acordo com o autor desse texto,A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária.B) a dependência entre o homem e a vaca é real.C) a importância econômica da vaca é unanimidade.D) o ser humano gosta de comer um bom bife.E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

As cocadas

Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo.

Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco.

Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando, atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira.

Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez mesmo.

Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível de noite, sonhava com as cocadas. De dia, as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguardando e de olho na terrina.

Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze.

Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló.

Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina.

As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.

Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso.

Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas.

Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.

CORALINA, Cora. O Tesouro da Casa Velha. 3. ed. São Paulo: Global, 2000.p.85-6.

De acordo com esse texto, a meninaA) botou a terrina em cima da mesa.B) chamou o cachorro para comer as cocadas.C) cortou a cocada em losangos.D) estendeu o papel sujo no chão e despejou a terrina.E) ficou sem coragem para enfrentar os adultos.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Qual foi a primeira escola?

Foram as escolas fundadas na Europa no século 12. Isso se considerarmos o modelo de escola que temos hoje, com professor e crianças como alunos. Na Grécia antiga, as crianças eram educadas, mas de modo informal, sem divisão em séries nem salas de aula. Já na Europa medieval, o conhecimento ficava restrito aos membros da Igreja e a poucos nobres adultos.

A palavra “escola” vem do grego scholé, que significava, acredite se quiser, “lugar do ócio”.

Isso porque as pessoas iam à escola em seu tempo livre para refletir. Vários centros de ensino pipocaram pela Grécia, por iniciativa de diferentes filósofos. As escolas geralmente eram

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levadas adiante pelos discípulos do filósofo-fundador e cada uma valorizava uma área de conhecimento.

A escola de Isócrates, um exímio orador, por exemplo, era muito forte no exame da eloquência, que é a arte de se expressar bem. Mas as escolas multimatemáticas, que contemplam as disciplinas básicas que temos hoje, como matemática, ciências e geografia, só surgiram entre os séculos 19 e 20.

FUJOTA, Luiz. Mundo estranho. Julho 2008. p. 47. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

De acordo com esse texto, a escola de Isócrates era excelente no ensino deA) Ciências. B) Geografia. C) História. D) Matemática.E) Oratória.------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

RONDÓ DO CAPITÃO

BÃO BALALÃO,Senhor capitão,Tirai este pesoDo meu coração.Não é de tristeza,Não é de aflição:É só de esperança,Senhor capitão!A leve esperança,A aérea esperança ...Aérea, pois não!– Peso mais pesadoNão existe não.Ah, livrai-me dele,Senhor capitão!

BANDEIRA, Manuel.

Leia novamente o terceiro verso. O peso que deverá ser tirado éA) a alegria. B) a aflição. C) a tristeza.D) a esperança. E) a saudade.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Fórmula do sorriso

Mais importante que o sabor do creme dental é o seu agente terapêutico, a fórmula química que serve para controlar as bactérias que provocam as cáries. Segundo a professora Lenise Velmovitsky, da Universidade Federal Fluminense, que analisou 25 tipos de pasta de dentes em sua tese de doutourado, a substância mais eficaz na escovação é o tricloson, um antimicrobiano presente nas pastas de ação total ou global. O flúor recalcifica os dentes e também combate as cáries. O bicarbonato de sódio é um abrasivo e remove manchas, mas em excesso desgasta os dentes. A dentista recomenda o uso de escovas macias e uma quantidade de pasta equivalente ao tamanho de uma ervilha, pelo menos três vezes ao dia. Além de fio dental.

Veja. 10 abr. 2002. Segundo esse texto, deve-se evitar o excesso de bicarbonato de sódio por causa

A) das bactérias das cáries.B) das remoções das manchas.C) do controle das bactérias.D) do desgaste dos dentes.E) do sabor do creme dental.

------------------------------------------------------------(SIMAVE). Leia o texto abaixo e responda.

A reunião se estendeu pela tarde inteira. Amontoados no quarto de Cris, os meninos não chegavam a um acordo sobre quem faria o quê na peça. Foi preciso muita conversa (e até alguns beliscões) para que a maioria se conformasse com a distribuição dos papéis. Júnior era o mais forte do grupo e por

isso ganhou o direito de segurar o esqueleto. A Ique caberia a tarefa de mover os ossos do braço, fazendo os gestos necessários para acompanhar a fala de Valfrido. E a voz, rouca e tenebrosa, Biel treinou durante toda a manhã.

Apesar dos protestos, as meninas se sujeitaram a permanecer na retaguarda, de olho na casa do Bola e nas esquinas da rua, prontas a avisar os garotos caso surgisse um imprevisto.

– E eu? E eu? – Cisco perguntou, após assoar ferozmente o nariz. – Dão tem babel bra bim?KLEIN, Sérgio. Tremendo de Coragem. São Paulo: Fundamento

Educacional, 2001. p. 57.

A frase “Dão tem babel bra bim?” permite afirmar queA) Cisco está resfriado.B) Biel está rouco.C) Bola apareceu.D) Valfrido falou.E) Júnior é forte.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

É o boiSenti que o texto “Como um boi vira bife” (Supernovas,

junho, pág.44), camuflado por “figurinhas” e por uma descrição quase infantil das etapas do abate do gado, subestimou a minha inteligência. Será que é realmente razoável obrigar que uma fêmea fique prenhe em todo cio? Será mesmo compensador ser colocado em confinamento por 3 meses “mas ter ração da melhor qualidade”? Creio que nenhum animal trocaria um pasto verde e farto por uma baia cheia de seja-lá-o-que-for!

CAROLINA DI BIASI, SÃO PAULO, SP

No Texto, a expressão seja-lá-o-que-for sugere que o conteúdo da baia é

A) apropriado.B) caríssimo.C) indiferente.D) insubstituível.E) valorizadíssimo.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo e responda.

Quando o mar não está para peixePor que o mar fica agitado e pode causar estragos nesta época

do ano?

Quem mora em cidade com praia já deve ter notado: quando chega o inverno, o mar costuma ficar mais bravo e com ondas enormes! Isso acontece porque é justamente nessa época do ano que se intensificam os ventos causadores das “ressacas”, nome que se costuma dar a esse movimento rápido e violento das ondas do mar.

Quanto mais velozes forem esses ventos, maiores serão as ondas, e mais forte será a ressaca. “No inverno, a frequência e os riscos de ressacas são maiores. Isso porque há um maior encontro das massas de ar quente com as massas de ar frio, gerando diferenças de pressão atmosférica que originam os ventos formadores das ressacas.”, explica o oceanógrafo David Zee, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Outro fator que pode aumentar a força das ressacas são as marés. “O impacto das ondas e ressacas depende das marés, pois elas elevam o nível do mar e, portanto, permitem que as ondas cheguem a regiões do litoral que antes não eram alcançadas.”, diz David.

Mas não só isso influencia a ocorrência das ressacas do mar. As alterações climáticas que nosso planeta tem sofrido nas últimas décadas também têm intensificado este fenômeno!

“Devido ao efeito estufa, acontece um maior acúmulo de energia do Sol na atmosfera, energia esta que é transferida ao mar sob a forma de ondas”, explica o oceanógrafo.

E essas ressacas são perigosas! Elas podem causar naufrágios, afogamentos e até mesmo derrubar construções que estejam próximas da costa. Inclusive animais e plantas podem

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ser afetados pela força das ondas. “As ressacas podem provocar o colapso de organismos que se fixam em costões rochosos e vegetação costeira como manguezais, restingas, etc. Peixes e mamíferos tendem a fugir e se abrigar.”, diz David Zee.

Agora você já sabe: as ressacas podem ser muito bonitas de assistir, mas nada de ficar muito perto do mar quando ele estiver agitado!

TURINO, Fernanda. Disponível em: <Mares Ressacas http://chc.cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/junho/quando-o-

mar-nao-esta-para-peixe>.Acesso em: 01 jul. 2011.

De acordo com as informações desse texto, o termo “ressaca” é usado para nomear o fenômeno

A) da influência das marés na elevação das ondas do mar.B) das alterações climáticas ocorridas em nosso planeta.C) do encontro das massas de ar quente como as de ar frio.D) do maior acúmulo de energia do Sol na atmosfera.E) do movimento rápido e violento das ondas do mar.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Muitas leiturasPublicado pela primeira vez em 1899, Dom Casmurro é

uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. [...]

O romance, entretanto, presta-se a muitas leituras, e é interessante ver como a recepção ao livro se modificou com o passar do tempo. Quando foi lançado, era visto como o relato inquestionável de uma situação de adultério, do ponto de vista do marido traído. Depois dos anos 1960, quando questões relativas aos direitos da mulher assumiram importância maior em todo o mundo, surgiram interpretações que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expressão de

um ciúme doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situação imaginária de traição. [...]

O romance é a história de um homem de posses que ama uma moça pobre e esperta e se casa com ela. Em sua velhice, ele escreve um romance de memórias para compreender Capitu, até a metade do livro, é quem dá as cartas na relação. Trata-se de uma garota humilde, mas avançada e independente, muito diferente da mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do século XIX. [...] Percebe-se, por isso, o peso do possível adultério em suas costas.

Não se trata apenas de uma questão conjugal entre iguais, mas de uma condenação de classe. Bentinho utiliza o arbítrio da palavra para culpar sua esposa. Mas é ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode manipular os fatos da maneira que melhor lhe convém. [...]

Nesse sentido, a questão central do livro não é o adultério, e sim como Machado introduz na literatura brasileira o problema das classes e, ainda, de forma inovadora, a questão da mulher.Dom Casmurro coloca no centro de sua temática a menina que não se deixa comandar e, em virtude disso, perturba a ordem vigente naquele ambiente social estreito e conservador.

Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_41

6084.shtml>. Acesso em: 24 mar. 2012. Fragmento.

De acordo com esse texto, Bentinho pode manipular os acontecimentos porque

A) é o narrador da história.B) é um homem rico.C) pertencia a sociedade patriarcal.D) quer acusar sua esposa de adultério.E) tem um ciúme doentio pela esposa.

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D3 - Inferir uma informação implícita em um texto.Esse descritor descreve a habilidade do inferir uma informação com base em ideias pressupostas ou subentendidas no

texto.As ideias pressupostas são os implícitos, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras ou expressões

contidas na frase, ou seja os pressupostos são linguisticamente marcados. As ideias subentendidas são insinuações, não marcadas linguisticamente, que se depreendem de um enunciado.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno precisa buscar informações para além do que está escrito, mas que é autorizado pelo texto.

Ao realizar esse movimento, o aluno estabelece relações entre o texto e o seu contexto.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Burro-sem-rabo

São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar.

Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia.

E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas

antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as do tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.

Esta cadeira foi de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde menino: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras.

Mandei reformá-la e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.

E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão que lhe vale o injusto designativo de burro-sem-rabo. Não tenho mais nada a fazer, vou atrás.

Vou atrás das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. [...]SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro: Ed. do

autor, 1962, p. 10-12.

O trecho que indica que o narrador era escritor é:A) “a mesa, a cadeira, o arquivo”.B) “uma estante, meia dúzia de livros”.C) “como as do tabelião do interior”.D) “muita hora de estudo”.E) “à procura de uma ideia.”.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

CRISE ECONÔMICA AMEAÇA CRISTAIS DE MURANOOs efeitos da crise econômica já afetam o belíssimo

artesanato de uma pequena ilha na Itália.No ano de 1200, o murano já era uma atividade

consagrada em Veneza. O vidro e o cristal preciosos se transformam em arte por meio de uma técnica tão refinada que os artesãos ganhavam o título de nobreza.

Ainda na Idade Média, o setor se mudou para Murano, uma pequena ilha da Lagoa Veneta. A tradição e os segredos da técnica única pertencem a poucos homens. Da pasta de

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Page 12: Apostila 9º Ano

materiais, fundidos a 1.400 graus de temperatura, são criadas peças inigualáveis, presentes em museus do mundo inteiro.

A primeira grande crise da história de Murano aconteceu no século 15, quando começou a fabricação dos cristais tchecos e de toda a região da Boêmia. A atual pode ser considerada a segunda maior recessão da pequena ilha.

Já não bastassem as falsificações feitas em vários países a preços muito menores, a crise econômica mundial está trazendo a Murano um quadro pessimista demais. As vendas caíram 50%.

Um vidreiro diz que muitos deles estão em casa, parados, e que os ateliês estão fechando as portas. “Numa crise como esta, objetos exclusivamente de decoração tornam-se desnecessários”, lembra um trabalhador.

Um empresário do ramo propõe mudar de mercado. “Os Estados Unidos e a Europa estão saturados. Temos que vender no Leste Europeu, na Rússia, China, Índia, e Emirados Árabes”, acredita.

Todo ano, cinco milhões de turistas visitam a ilha de Murano. Conversamos com uma americana que não pode comprar os objetos coloridos e caros, mas se encanta com eles:

“Se eu fosse colecionadora, viria pra cá só pra conhecer esta arte”, diz.

Mas Murano não ganha com os turistas: 95% da sua produção sempre foram exportados.

Agora, correm o risco de não sair dos canais de Veneza.A técnica do vidro soprado, inventada no século 1 antes

de Cristo, era praticada na Antiga Roma, no tempo do Imperador Nero. Hoje, o governo italiano está estudando medidas para evitar que a arte dos cristais de Murano seja extinta.

SCAMPARINI, Ilze. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1009689-16022,00-

CRISE+ECONOMICA+AMEACA+CRISTAIS+DE+MURANO.html.>.

A respeito das informações evidenciadas nesse texto, Murano éA) um local da Itália que vive da arte dos cristais.B) um cristal antigo encontrado numa ilha da Itália.C) uma arte que existe desde o século 1 antes de Cristo.D) uma arte em vidro soprado para fins decorativos.E) uma arte com vidro explorada desde o ano de 1200.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cultura dos sebosO administrador André Garcia tinha 26 anos quando

abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.

Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.

Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.

Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.

De acordo com esse texto, André Garcia éA) autoritário.B) empreendedor.C) idealista.D) impulsivo.E) indeciso.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Mundo grandeNão, meu coração não é maior que o mundo.É muito menor.Nele não cabem nem as minhas dores.Por isso gosto tanto de me contar.Por isso me dispo.Por isso me grito,por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.Só agora vejo que nele não cabem os homens.Os homens estão cá fora, estão na rua.A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.Mas também a rua não cabe todos os homens.A rua é menor que o mundo.O mundo é grande.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. Disponível em:

<http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/m/mundo_grande_poema_drummond>. Acesso

em: 9 nov. 2011.

Uma característica do modernismo em evidência nesse texto éA) a apresentação de uma paródia da realidade brasileira.B) a aversão aos valores estrangeiros.C) a busca do equilíbrio psicológico.D) a preocupação do poeta com o seu papel no mundo.E) a presença da metalinguagem.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo

Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-

carlos-drummond-de-andrade.html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

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Page 13: Apostila 9º Ano

No primeiro parágrafo desse texto, o sentimento que predomina em Eváglio é a

A) decepção.B) insatisfação.C) insegurança.D) intolerância.E) raiva.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Vintage – Paulinho da ViolaOntem, 1981Eu aspirava a muitas coisas.Eu temia viver à deriva.Eu desfilava meu amor pela Portela.Eu cantava carinhoso.Eu escutava e não ligava.Eu usava roupas da modaMe alegrava uma roda de choro.Eu pegava um violão e saía noite adentro.Meu cavaquinho chorava quandoeu não tinha mais lágrimas.

Hoje, 2010Eu aspiro ao essencial: uma boa saúdeEu temo não poder navegar.Eu desfilo meus sonhos possíveis.Eu canto e males espanto.Eu escuto e... “pode repetir, por favor?”Eu uso, mas não abuso.Me alegra um bom papo.Eu pego o violão e procuro um cantinho.Meu cavaquinho chora quandosurge uma melodia nova.

Depreende-se dessas declarações que o cantorA) arrependeu-se do que falou antes.B) fez uma revisão de conceitos.C) mudou muito a personalidade.D) reinventou as composições.E) sentiu certo saudosismo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A nova minoriaÉ um grupo formado por poucos integrantes. Acredito que

hoje estejam até em menor número do que a comunidade indígena, que se tornou minoria por força da dizimação de suas tribos. A minoria a que me refiro também está sendo exterminada do planeta, e pouca gente tem se dado conta. Me refiro aos sensatos.

A comunidade dos sensatos nunca se organizou formalmente. Seus antepassados acasalaram-se com insensatos, e geraram filhos e netos e bisnetos mistos, o que poderia ser considerada uma bem-vinda diversidade cultural, mas não resultou em grande coisa.

Os seres mistos seguiram procriando com outros insensatos, até que a insensatez passou a ser o gene dominante da raça. Restaram poucos sensatos puros.

Reconhecê-los não é difícil. Eles costumam ser objetivos em suas conversas, dizendo claramente o que pensam e baseando seus argumentos no raro e desprestigiado bom senso. Analisam as situações por mais de um ângulo antes de se posicionarem. Tomam decisões justas, mesmo que para isso tenham que ferir suscetibilidades.

MARTHA, Medeiros. In: Revista O Globo. 31 jan. 2010, p. 38.

As informações desse texto levam à conclusão de queA) a comunidade indígena está reduzida.B) a minoria justa agride as pessoas.C) descendentes herdam a virtude da sensatez.D) pessoas sensatas são raras na época atual.E) pessoas com bom senso são objetivas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A hora de acelerarA venda de computadores explodiu, mas o acesso à

internet de alta velocidade não cresceu no mesmo ritmo. Falta um modelo.

Nos últimos anos, por conta do crescimento da economia e dos incentivos criados pelo governo federal, o Brasil conseguiu ampliar o número de computadores instalados e reduzir o fosso que o separava de outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas, no início de 2009, havia 60 milhões de máquinas, seja nas residências, seja nas empresas. Só em 2008, foram vendidos 12 milhões de unidades, três vezes mais do que em 2004.

Se a venda de computadores deu um salto, o mesmo não se pode dizer do acesso à internet mais rápida, por meio da chamada banda larga, que ainda se expande em ritmo bem menor. No fim do ano passado, as conexões de alta velocidade eram utilizadas por aproximadamente 10 milhões de brasileiros, ante 7,7 milhões em 2007, conforme números apurados pela pesquisa anual Barômetro da Banda Larga, feita pelo IDC Brasil em parceria com a Cisco. Um número tímido quando comparado aos dos países que lideram essa corrida. Em 2008, a China contabilizava 81 milhões de conexões em banda larga. Os Estados Unidos, 79 milhões.

Uma das razões para este descompasso na popularização da banda larga no Brasil é justamente a ausência de um modelo definido de política para a universalização do acesso às conexões rápidas. Ao contrário do celular, um caso bem-sucedido de massificação e que tem hoje mais de 150 milhões de unidades em operação no País, nem o mercado nem o Estado ainda encontraram a fórmula capaz de prover de internet rápida a população de baixa renda e as cidades distantes dos grandes centros urbanos. Para parte dos especialistas, falta uma intervenção estatal mais clara. Para outros, o problema é a ausência de competição e regras pouco flexíveis, que, em alguns casos, criam monopólios virtuais. Enquanto a concepção de um modelo não avança, a União continua sentada sobre os cerca de 7 bilhões de reais do Fundo Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), criado na época da privatização do Sistema Telebrás.

Carta Capital, 4 de março de 2009. Fragmento.

acordo com esse texto,A) a intervenção estatal mais clara seria a solução do

problema da internet rápida.B) a venda de computadores aumentou, mas o acesso à

banda larga não.C) a quantidade de computadores nas residências começou a

aumentar a partir de 2008.D) a solução para aumentar o acesso à banda larga é acabar

com os monopólios virtuais.E) a criação de regras mais flexíveis resolveria o problema

do acesso à internet.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A decadência do OcidenteO doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa

com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.

– Comida?!– Sim, senhor.– Mas se come ela?– Ué. Você está cansado de comer galinha.– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?– Claro.Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de

asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.

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Page 14: Apostila 9º Ano

O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.

– A empregada não sabe fazer?– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando

eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.

Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.

– Eu?! Não mesmo!O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua

mãe. A Dona Noca.– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.– O quê?!– Há dez anos.– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu

comi foi feita por ela.– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha

ao molho pardo.Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha.

Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:

– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!E a Margarete só olhando.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

Por que a empregada recusou-se a fazer a galinha ao molho pardo?

A) Porque desaprendeu a receita do prato.B) Porque quase desmaiou na cozinha.C) Porque se desentendeu com o doutor.D) Porque deveria cortar o pescoço da galinha.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A hora dos ruminantesA noite chegava cedo em Manarairema. Mal o sol se

afundava atrás da serra – quase que de repente, como caindo – já era hora de acender candeeiros, de recolher bezerros, de se enrolar em xales. A friagem até então continuada nos remansos do rio, em fundos de grotas, em porões escuros, ia se espalhando, entrando nas casas, cachorro de nariz suado farejando.

Manarairema, ao cair da noite – anúncios, prenúncios, bulícios. Trazidos pelo vento que bate pique nas esquinas, aqueles infalíveis latidos, choros de criança com dor de ouvido, com medo do escuro. Palpites de sapos em conferência, grilos afiando ferros, morcegos costurando a esmo, estendendo panos pretos, enfeitando o largo para alguma festa soturna.

Manarairema vai sofrer a noite. [...]Não se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as

portas e não davam passagem, não podiam; não tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela não se conseguia mais fechá-la, não havia força que empurrasse para trás aquela massa elástica de chifres, cabeças e pescoços que vinha preencher o espaço.

Frequentemente surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes distantes e causavam novas brigas, até que os empurrões, chifradas, ancadas forçassem uma arrumação temporária. O boi que perdesse o equilíbrio e ajoelhasse nesses embates não conseguia mais se levantar, os outros o pisavam até matar, um de menos que fosse já folgava um pouco o aperto – mas só enquanto os empurrões vindos de longe não restabelecessem a angústia. [...]

VEIGA, José J. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/literatura>. Acesso em: 5 mar.

2012. Fragmento.

De acordo com esse texto, conclui-se que o título “A hora dos ruminantes” significa que

A) à noite os bezerros eram recolhidos.B) à noite as pessoas sofriam com o frio intenso.C) à noite muitos bois tiravam a tranquilidade de

Manarairema.D) os animais invadiam as casas a fim de se aquecerem.E) os moradores de Manarairema são comparados a animais.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram

com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de anosTrês fósseis encontrados na África desvendam um

mistério de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos atrás.

A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que tornava difícil compará-lo com outras espécies.

Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo.

O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos.

Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-novas-

especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus-ha-1-7-milhao-de-anos>.

Acesso em: 14 ago. 2012.

De acordo com esse texto, as evidências encontradas nos novos fósseis comprovam que trata-se de

A) um rosto de um menino.B) um tipo diferente de Homo.C) uma descoberta científica inusitada.D) uma dismorfia da espécie.E) uma mudança na estrutura fossilizada.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O negócio é ser verdeA consultora francesa, que assessora grandes

companhias em assuntos ambientais, dizque é inevitável que as empresas adaptem seus modelos de negócio à sustentabilidade.

Que outras atitudes sustentáveis a senhora incorporou à sua rotina?

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Page 15: Apostila 9º Ano

Elisabeth Laville – Depois que tive minha filha, hoje com 4 anos, fiquei radical quanto a determinadas questões. Ela entrou para a escola recentemente, e constatei que os alimentos servidos lá eram ricos em gorduras e carboidratos. Disseram-me que seria impraticável adotar um novo cardápio sem que outras instituições aderissem a ele. Procurei essas escolas e consegui que aderissem à mudança na alimentação das crianças. Ou seja, mesmo atitudes simples podem ter impacto para as gerações futuras. Não consigo entender por que as pessoas não se preocupam com o mundo que deixarão para seus descendentes. Na Europa, onde uma parte da população costuma esquiar, os adultos não pensam que, ao ter atitudes antiecológicas, privarão seus filhos ou netos do esporte. Dez por cento das estações de esqui dos Alpes estão sob risco de fechar, pois não há maisneve como antes. Outro hábito que incorporei foi comprar produtos de limpeza e alimentos orgânicos. Essas atitudes podem ter enorme impacto na saúde de todos.

É possível tornar os alimentos orgânicos mais baratos?

Elisabeth Laville – Acho que é uma questão de tempo até que a exceção se torne regra.

Se todos começarem a exigir orgânicos no mercado, eles vão baratear. Foi o que aconteceu com outros produtos, como o ar-condicionado dos carros, que antes era usado por poucas pessoas, e o telefone celular, que custava caríssimo e hoje pode sair de graça.

Veja, 16 set. 2009. Fragmento.

No título desse texto, a palavra “verde” foi usada com a intenção de mostrar que é preciso

A) baratear o preço dos produtos orgânicos.B) melhorar o lanche nas escolas.C) participar de manifestações ecológicas.D) recuperar reservas naturais.E) ter atitudes sustentáveis.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Por que o senhor é cético em relação às previsões sobre o aquecimento global?

Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colocadas. Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos próximos 100 anos se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é óbvio que as pessoas vão mudar, vão construir defesas contra a elevação dos mares. No entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou cético em relação a algumas previsões, sim. Mas sou cético principalmente em relação às políticas de combate ao aquecimento global. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A questão é que tipo de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de gastar bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou um cético da ciência do clima, mas um cético da política do clima. Basicamente, digo que não estamos adotando as melhores políticas porque não estamos pensando onde gastar o dinheiro para produzir os maiores benefícios.

Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.

No Texto, o entrevistado afirmar ser cético, principalmente, com relação

A) à decisão de gastar dinheiro de fundos sociais.B) à tendência de se considerar o pior cenário.C) às discussões sobre o aquecimento global.D) às políticas de combate ao aquecimento.E) às previsões sobre o aquecimento global.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://www.centercardclub.com.br/noticias.php?id=29>.

Acesso em: 4 fev. 2012.

De acordo com o Texto, os cientistas acreditam queA) existe uma relação entre a frequência emitida pelos

celulares e o aparecimento de câncer.B) existem pessoas que usam o celular há 10 anos ou mais.C) o desenvolvimento dos estudos sobre o câncer relaciona-

se com o uso do celular.D) o tumor cerebral é mais comum em pessoas que utilizam o

celular com frequência.E) os pacientes pesquisados desenvolveram 3 tipos de

tumores.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Estudo simulará aquecimento amazônico e suas consequências

Para descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico num clima mais quente.

A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica.

O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no mundo.

“Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo.

No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte delas endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente aquático aumenta.

Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução de oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global.

Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua saúde. [...].

A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão noDNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando o clima era mais quente.Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos.

RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-

simulara-aquecimento-amazonico-e-suasconsequencias.

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Page 16: Apostila 9º Ano

shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.

De acordo com esse texto, o principal objetivo da pesquisa dos cientistas é

A) descobrir as mutações sofridas pelos peixes que estão mais expostos à luz solar.

B) descobrir o comportamento de animais e plantas com o aquecimento global.

C) investigar as mais de três mil espécies de peixes endêmicos da Amazônia.

D) recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico em clima mais quente.

E) reproduzir cenários baseados em três projeções do IPCC para 2100.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O cego, Renoir, Van Gogh e o restoVistos de costas, pareciam apenas dois amigos

conversando diante do quadro Rosa e azul, de Renoir, comentando o quadro. Porém, quem prestasse atenção nos dois perceberia, talvez estranhasse, que um deles, o de elegantes óculos de sol, parecia um pouco desinteressado, apesar de todo o empenho do outro, traduzido em gestos e eloquência quase murmurada. [...]

O que falava segurava às vezes o antebraço do de óculos com uma intimidade solícita e confiante. [...] Aproximei-me do quadro, fingindo olhar de perto a técnica do pintor, voltei-me e percebi: o de óculos escuros era cego. [...]

Algo extraordinário acontecia ali, que eu só compreendia na superfície: um homem descrevendo para um amigo cego um quadro de Renoir. Por que tantos detalhes? [...]

– Azul com o quê? Fale mais desse azul – pediu o cego, como se precisasse completar alguma coisa dentro de si.

– É um azul claro, muito claro, um azul que tem movimento e transparência em muita luz, um azul tremulando, azul como o de uma piscina muito limpa eriçada pelo vento, uma piscina em que o sol se reflete e que tremula em mil pequenos reflexos [...] Lembra-se daquela piscina em Amalfi?

– Lembro... lembro... – e sacudia a cabeça ...Afastei-me, olhei-os de longe. Roupas coloridas,

esportivas. [...] O guarda treinado para vigiar pessoas estava ao meu lado e contou, aos arrancos:

– Eles vêm muito aqui. Só conversam sobre um quadro ou dois de cada vez. É que o cego se cansa. Era fotógrafo, ficou assim de desastre.

ÂNGELO, Ivan. O comprador de aventuras. In Para gostar de ler: v.: 28. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2007. Fragmento.

Infere-se desse texto que o homem cego éA) acanhado.B) audacioso.C) cuidadoso.D) determinado.E) impaciente.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A carta de Caminha nos dias de hojeAlteza da galáxia,

Peço humildes desculpas por ter de lhe enviar esta mensagem eletrônica neste dia, contudo, gostaria de relatar que após nossa saída do sistema Gregor, 200 bilhões de anos-luz atrás, chegamos a uma galáxia jamais explorada. Informo que esta vossa frota de naves encontrou num canto muito distante de vosso universo, perdido em uma galáxia de um só Sol, um pequeno planeta azul que resolvemos chamar de Água, pois este é o nome do líquido de cor bonita que mais existe neste lugar. Além de muita água, existe uma população de seres que se denominam “humanos”. […]

Estes seres humanos são muito estranhos […]. Os povos são divididos pelo planeta em regiões de características topográficas e climáticas relativamente uniformes, delimitadas

por fronteiras às quais os nativos dão o nome de países […]. Outra característica interessante destes seres é que são muito dóceis para conosco e aceitam nossa amizade e aproximaçãoem troca de um simples diagramador estelar ou um rélis relógio atemporal. Penso que será fácil convencê-los de vossa santa intenção de trazer para este planeta nossa tecnologia que está a muitos bilhões de anos-luz a frente da que eles possuem. […]

Estamos voltando e levando conosco um ser deste estranho e atrasado planeta para que possamos estudá-lo. Deixaremos aqui uma de nossas naves com tripulação para que outros povos saibam que este planeta pertence à Vossa Alteza.

Desculpo-me mais uma vez pelo incômodo e termino minha mensagem com votos de longa vida ao Rei.Disponível em: <http://edinanarede.webnode.com.br/atividades>.

Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.

No final do Texto, pode-se concluir que os seres que chegaram ao planeta pretendiam

A) dominar o planeta recém-encontrado.B) estudar os seres humanos.C) promover a paz no universo.D) roubar a tecnologia encontrada.E) usufruir da água disponível no lugar.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Antes e depoisO salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a

boa [...] D. Maria, digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...

O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...

II– Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta

do charuto, manda Clara cantar...– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas

entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...

– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga Clarinha...

O desembargador olhava outra vez para os astros...III

Rola o tempo...Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr.

Belmiro com sua senhora D. Clara...Os vizinhos dizem cousas... ih!

IV– Como vais, Belmiro?– Mal!– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua

Clarinha...– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive;

é de feijões...– Então...– Devo até a roupa com que me cubro!...– E o dote?– Ah! Ah! Adeusinho...

VÉ noite.D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-

lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.

Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...

O Dr. Belmiro vem da rua zangado.– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a

atormentar-me!... Mande para o diabo as suas músicas e vá-se com elas!

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Page 17: Apostila 9º Ano

POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em: <http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?

link=http://www.biblio.com.br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3

fev. 2012. Fragmento.

Nesse texto, o trecho “... foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...” (ℓ. 9) sugere que

A) as personagens estavam apaixonadas.B) Clara estava cantando com emoção.C) Belmiro gostava de músicas românticas.D) a música despertou o amor de Belmiro por Clara.E) a música abriu o apetite de Belmiro.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cinco minutosCapítulo 5

Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão triste de suas palavras.

Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico:

– Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?

– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.

– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...

– E me pedias que te esquecesse!...– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...– Não me fugirás mais?– Não. [...]

ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.

No trecho “É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.” (ℓ. 13-14), o homem demonstra estar

A) confuso.B) consolado.C) deprimido.D) preocupado.E) revoltado.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A economia da felicidadeVivemos em tempos de altas ansiedades. Apesar de o

mundo usufruir de uma riqueza total sem precedentes, também há ampla insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande maioria dos americanos acredita que o país está “no caminho errado”. O pessimismo está nas alturas. O mesmo vale para muitos outros lugares.

Tendo essa situação como pano de fundo, chegou a hora de reconsiderar as fontes básicas de felicidade em nossa vida econômica. A busca incansável de rendas maiores vem nos levando a uma ansiedade e iniquidade sem precedentes, em vez de nos conduzir a uma maior felicidade e satisfação na vida. O progresso econômico é importante e pode melhorar a qualidade de vida, mas só se o buscarmos junto com outras metas. [...]

SACHS, Jeffrey D.. Disponível em: <http://zelmar.blogspot.com/2011/08/economia-da-

felicidade.html>. Acesso em: 18 nov. 2011.Fragmento.

Segundo esse texto, o que tem causado a alta ansiedade vivida no mundo é

A) a busca incansável por rendas maiores.B) a iniquidade sem precedentes.C) a riqueza total sem precedentes.D) o alto grau de pessimismo do mundo.E) o progresso econômico.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Os números (SURPREENDENTES) de mortes por raios no Brasil

No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido às descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos coloca na quinta posição de fatalidade entre os países com estatísticas confiáveis. E a probabilidade de um homem ser atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos.

Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.

O Brasil é um dos poucos países que dispõem de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno.

Nos Estados Unidos, a circunstância que mais provoca mortes por raios são as atividades esportivas ou de recreação, como pescar, acampar e jogar golfe, diferentemente do Brasil.

Uma análise sociológica permite deduzir que essa diferença está atrelada principalmente ao fato de os Estados Unidos serem um país desenvolvido e o Brasil estar ainda em desenvolvimento. Assim, atentar para a proteção de pessoas jogando golfe não seria a melhor forma de fazer uma campanha de proteção nacional. O ideal é instruir a população a não realizar atividades agropecuárias (causa principal das fatalidades no Brasil), assim como orientar as pessoas a não permanecerem próximas aos meios de transporte, sob árvores e em campo de futebol durante as tempestades.

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_numeros__surpr

eendentes__de_mortes_por_raios_no_brasil_3.html>.

Com base nesse texto, a campanha ideal de proteção nacional contra raios deve considerar

A) a posição ocupada pelo Brasil entre os países com estatísticas confiáveis.

B) as circunstâncias em que ocorrem as mortes por descargas elétricas no Brasil.

C) as possibilidades de um homem ser atingido por uma descarga elétrica no Brasil.

D) o número de habitantes da zona urbana e da zona rural no Brasil.

E) o número de mortes que ocorrem no Brasil durante um ano.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

A vida sem casamento

Afinal, o que as mulheres querem? No campo das aspirações femininas mais fundamentais, essa é uma pergunta facílima de responder. Por razões sociais, culturais e biológicas, a maioria absoluta das mulheres aspira a encontrar um companheiro, casar-se, construir família e, por intermédio dos filhos, ver cumprido o imperativo tão profundamente entranhado em seu corpo e em sua psique ao longo de centenas de milhares de anos de história evolutiva.

A diferença a que se assiste hoje é que não existe mais um calendário fixo para que isso aconteça. A formidável

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mudança que eclodiu e se consolidou ao longo do ultimo século, com o processo de emancipação feminina, o acesso à educação e a conquista do controle reprodutivo, permitiu a um número crescente de mulheres adiar a “ programação” materno-familiar. As mulheres que dispõem de autonomia econômica e vida independente não são mais consideradas balzaquianas aos 30 anos – apenas 30 anos! - , encalhadas aos 35 e aos 40, reduzidas irremediavelmente à condição de solteironas, quando não agregadas de baixíssimo status social, melancolicamente mexendo tachos de comida para os sobrinhos nas grandes cozinhas das famílias multinucleares do passado.

Imaginem só chamar de titia uma profissional em pleno florescimento, com um ou mais títulos universitários – e um corpinho bem-cuidado que enfrenta com honras o jeans de cintura baixa ou o biquíni nos intervalos dos compromissos de trabalho. Além de fora de moda, o termo pode ser até ofensivo. O contraponto a esses avanços é que, quanto mais as mulheres prorrogam o casamento, mais se candidatam a uma vida inteira sem alcançá-lo.

Bel Moherdani. Revista Veja. 29 Novembro 2006 (Fragmento)

A principal informação desse texto é que as mulheresA) aspiram casar-se e construir família.B) desejam, através de seus filhos, perpetuar a evolução.C) dispõem de autonomia econômica.D) enquanto avançam no profissional, adiam o casamento.E) tem se preocupado mais com a forma física.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

A morte do jangadeiro

Ao sopro do terral abrindo a vela,Na esteira azul das águas arrastada,Segue veloz a intrépida jangadaEntre os uivos do mar que se encapela.

Prudente, o jangadeiro se acautelaContra os mil acidentes da jornada;Fazem-lhe, entanto, guerra encarniçadaO vento, a chuva, os raios, a procela.

Súbito, um raio o prostra e, furioso,Da jangada o despeja na água escura;E, em brancos véus de espuma, o desditoso.

Envolve e traga a onda intumescida,Dando-lhe, assim, mortalha e sepulturaO mesmo mar que o pão lhe dera em vida.

Padre Antonio Tomás.

Infere-se desse poema que os perigos oferecidos pelo mar sãoA) ditosos.B) envolventes.C) inúmeros.D) pequenos.E) simples.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

As rãs assustadas com a batalha dos touros

Quando os poderosos brigam, os fracos acabam por sofrer.

Uma rã, assistindo de seu pântano a um combate entre alguns touros, lamentava-se:

– Ai de nós! Que terrível destruição nos ameaça! Uma outra rã perguntou por que ela dizia tal coisa, se os

touros lutavam pelo governo do rebanho e passavam suas vidas tão longe daquele pântano onde viviam.

– Sim, eles moram longe; disse a rã – são de uma espécie diferente da nossa.

Ainda assim, os que perderem a luta pela soberania do prado fugirão, procurando esconderijos secretos nos pântanos, e

seremos pisadas e esmagadas por suas patas poderosas. Portanto, naquela fúria que eles demonstram está em jogo a nossa segurança.

Fábulas do mundo inteiro. Círculo do Livro, s/d.

Nesse texto, pode-se concluir que a primeira rã éA) autoritária.B) corajosa.C) desconfiada.D) distraída.E) prudente.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Anúncio do zoornal I

Troca-se galho d’árvorenovo em folha, vista pra matapor um cacho de bananada terra, nanica ou prata.

CAPARELLI, Sérgio.

Infere-se desse texto que quem faz a proposta da troca é umA) cachorro.B) homem.C) leão.D) macaco.E) pássaro.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.

Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.

Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo — aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, entãodormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro, 1990.

Com base nesse texto, observa-se que o autor lembra mais fortemente

A) da casa em que morou.B) da casa dos Martins.C) das enchentes da infância.D) do café tarde da noite.E) dos colegas de infância.

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Page 19: Apostila 9º Ano

D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.Por meio desse descritor, pode-se avaliar a habilidade de o participante do teste deduzir o sentido de uma palavra ou expressão, com base na compreensão do que está implícito no texto, seja atribuindo a determinadas palavras um sentido conotativo, seja extraindo sentido do próprio texto.Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o participante do teste, ao inferir o sentido da palavra ou expressão, seleciona informações presentes na superfície e estabelece relações entre essas informações e seus conhecimentos prévios.Os itens que avaliam essa habilidade solicitam que o participante do teste identifique o sentido de uma palavra ou expressão retiradas do texto.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Doce bem salgado

Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato principal.

Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o preço do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. E não se está falando, necessariamente, de sobremesas sofisticadas ou criações originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em São Paulo, abocanha 17 reais do cliente. Só para fazer uma comparação que os donos de restaurante detestam: com esse dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 330 moranguinhos. Ou um filé com fritas num restaurante médio.

No Le Champs Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais, mesmo preço da torta de figo do Le Saint Honoré. “Nossos doces são elaborados e não estão na geladeira há dois dias, como os de outros lugares”, justifica o chef Alain Raymond, do Champs Elisées.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/150999/p_106a.html>. Acesso em: 25 mar. 2010.

No trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha.” (ℓ. 7-8), a expressão em destaque foi utilizada no intuito de

A) comparar os restaurantes.B) contradizer os chefs.C) dar clareza ao texto.D) enfatizar a ideia anterior.E) ironizar o preço dos doces.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira115.htm>.

Acesso em: 26 jun. 2010.

No último quadrinho, a expressão “Bah!” revela que a menina ficou

A) aborrecida.B) desolada.C) enojada.D) indiferente.E) triste.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Deus sabe o que faz!A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais

desgraçada das mulheres; caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que se considerava tão viúva como dantes. E acrescentou:

– Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos...Não acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os

olhos ao teto – os olhos, que eram a sua feição mais insinuante – negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como os da aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte a pediu em casamento. [...]

– Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro.D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...]

Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia ao sonho do hebreu cativo. [...]

– Oh! mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convicção.

– Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário prestou-me contas. Queres ver?

E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um via-láctea de algarismos.

E depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus! eram montes de ouro, eram mil cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência. Enquanto ela comia o ouro com os seus olhos negros, o alienista* fitava-a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfida das alusões:

– Quem diria que meia dúzia de lunáticos...* médico especialista em doenças mentais.

ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. São Paulo: Escala Educacional, 2008. Fragmento.

O termo destacado em “Era uma via-láctea de algarismos.” (ℓ. 33) assume, nesse texto, o sentido de

A) beleza.B) disposição.C) luminosidade.D) organização.E) quantidade.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

TurismoA única coisa que perturba harmonia do ambiente são os

turistas. Alguns. Eles não viajam a fim de ver o mar, ouvir o

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Page 20: Apostila 9º Ano

vento, sentir a areia. Eles só querem mudar de cenário para fazer as coisas que fazem sempre. E, para eles, o som é essencial. A todo volume. Para que todos saibam que eles têm som. Nunca desembarcam de si mesmos. Por onde vão, sua presença é uma perturbação para o espírito. Fico a me perguntar: por que não gostam do silêncio? Acho que para eles, o silêncio é o mesmo que o vazio. E o vazio é sinal de pobreza. Nossa cultura provocou uma transformação perversa nos seres humanos, de forma que eles acreditam que, para estar bem, é preciso estar acoplados a objetos tecnológicos.ALVES, Rubem. Turismo. In: Quarto de Badulaques. São Paulo:

Parábola, 2003. p. 158. Fragmento.

No trecho “Nunca desembarcam de si mesmos.”, o autor usou a expressão destacada para ressaltar que os turistas têm dificuldade de

A) conviver em harmonia.B) mudar os hábitos.C) respeitar o lugar.D) sentir a paisagem.E) transformar as pessoas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Quanta pressa!Como vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de

vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O

Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo?

Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal?:-*

MônicaPINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo:

Salesiana, 2006. Fragmento.

As reduções (vc, tc) e os emoticons (:-*), usados com frequência em e-mails, imprimem ao texto

A) agilidade.B) clareza.C) correção.D) formalidade.E) precisão.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cultura dos sebosO administrador André Garcia tinha 26 anos quando

abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.

Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.

Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.

Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.

No trecho “É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer.” (ℓ. 25-26), o pronome destacado refere-se à palavra

A) democratização.B) leitura.

C) imaginação.D) reflexão.E) escola.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

História deliciosaNada mais gostoso que cheirinho de pão quente de

manhã! Muita gente pensa assim, em vários países, há milhares de anos. O pão foi o primeiro alimento criado pelo homem, há cerca de12 mil anos. Antes todos dependiam da caça e da pesca para comer.

Quando os antigos aprenderam a plantar trigo, deram um grande passo para se desenvolver e conquistar novas terras. Descobriram que os cereais eram fáceis de plantar, resistentes e permitiam fazer pão. No começo, os grãos eram moídos e misturados à água e a massa assada sobre cinzas. O resultado era um pão fi no e duro, torrado e meio sem gosto. Mas era só o começo de uma longa história.

PRIMEIRAS DELÍCIASOs antigos egípcios criaram o tipo de pão que

conhecemos hoje. Um dia, esqueceram a massa no sol e ela fermentou. Eles assaram e perceberam que aquele fenômeno deixava o pão mais leve, cheio de furinhos e passaram a usar a massa fermentada. No Egito, o pão era tão importante que servia como pagamento para os trabalhadores. E os nobres também valorizavam esse alimento: na tumba de Ramsés III há desenhos em relevo com o formato de pães, doces e bolos.

No Brasil, os pães chegaram trazidos pelos portugueses na época da colonização e por muito tempo eram consumidos pelos ricos, pois o trigo era muito caro. As primeiras padarias só surgirampor volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.

Recreio. São Paulo: Abril, n. 206, p. 18-19.

No trecho “As primeiras padarias só surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.”, a palavra destacada adquire, no texto, o sentido de

A) aperfeiçoadas.B) administradas.C) contatadas.D) orçadas.E) tratadas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sobre o milhoNo Brasil, a venda do vegetal tem força principalmente no

caso dos enlatados, que são utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sódio, inimigo do coração). Além disso, no entanto, as grandes empresas de distribuição oferecem o alimento na espiga, que é destinado à produção de curau ou pamonha, segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, órgão ligado ao governo federal.

Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos.

Outra função importante do milho à alimentação diária: dele, os produtores conseguem extrair a farinha de milho e fubá, utilizados para preparo de pratos típicos brasileiros. Ambos são ricos em amido e polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico.

O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio, mesmo que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira.

Vida Natural e equilíbrio. Escala, número 19. p. 25.

No fragmento “Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outrosminerais.” (ℓ. 11-12), o uso da palavra destacada

A) acrescenta dados sobre o real valor nutricional do milho.

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B) enfatiza a opinião do autor em relação à ingestão do milho.C) evidencia exagero quanto ao valor nutricional do milho.D) reforça a ideia do elevado valor nutricional do milho.E) sugere a indispensabilidade do milho nas refeições

diárias.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Vintage – Paulinho da ViolaOntem, 1981Eu aspirava a muitas coisas.Eu temia viver à deriva.Eu desfilava meu amor pela Portela.Eu cantava carinhoso.Eu escutava e não ligava.Eu usava roupas da modaMe alegrava uma roda de choro.Eu pegava um violão e saía noite adentro.Meu cavaquinho chorava quandoeu não tinha mais lágrimas.

Hoje, 2010Eu aspiro ao essencial: uma boa saúdeEu temo não poder navegar.Eu desfilo meus sonhos possíveis.Eu canto e males espanto.Eu escuto e... “pode repetir, por favor?”Eu uso, mas não abuso.Me alegra um bom papo.Eu pego o violão e procuro um cantinho.Meu cavaquinho chora quandosurge uma melodia nova.

No trecho “Eu temia viver à deriva.”, a expressão destacada tem o sentido de viver sem

A) amor.B) conforto.C) ideal.D) rumo.E) valores.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A nova minoriaÉ um grupo formado por poucos integrantes. Acredito que

hoje estejam até em menor número do que a comunidade indígena, que se tornou minoria por força da dizimação de suas tribos. A minoria a que me refiro também está sendo exterminada do planeta, e pouca gente tem se dado conta. Me refiro aos sensatos.

A comunidade dos sensatos nunca se organizou formalmente. Seus antepassados acasalaram-se com insensatos, e geraram filhos e netos e bisnetos mistos, o que poderia ser considerada uma bem-vinda diversidade cultural, mas não resultou em grande coisa.

Os seres mistos seguiram procriando com outros insensatos, até que a insensatez passou a ser o gene dominante da raça. Restaram poucos sensatos puros.

Reconhecê-los não é difícil. Eles costumam ser objetivos em suas conversas, dizendo claramente o que pensam e baseando seus argumentos no raro e desprestigiado bom senso. Analisam as situações por mais de um ângulo antes de se posicionarem. Tomam decisões justas, mesmo que para isso tenham que ferir suscetibilidades.

MARTHA, Medeiros. In: Revista O Globo. 31 jan. 2010, p. 38.

No trecho “Reconhecê-los não é difícil.” (ℓ. 10), o pronome destacado se refere a

A) seus antepassados.B) bisnetos mistos.C) seres mistos.D) outros insensatos.E) sensatos puros.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.A Moreninha

Depois de respirar um momento, as meninas, julgando-se sós, começaram a conversar livremente, enquanto Augusto, com sua roupa embaixo do braço, coberto de teias de aranha e suores frios, comprimia a respiração e conservava-se mudo e quedo, medroso de que o mais pequeno ruído o pudesse descobrir; para seu mor infortúnio, a barra da cama era incompleta e havia seguramente dois palmos e meio de altura descobertos, por onde, se alguma moça olhasse, seria ele impreterivelmente visto. A posição do estudante era penosa, certamente; por último, saltou-lhe uma pulga à ponta do nariz, e, por mais que o infeliz a soprasse, a teimosa continuou a chuchá-lo com a mais descarada impunidade.

– Antes mil vezes cinco sabatinas seguidas, em tempo de barracas no Campo!... dizia ele consigo.

Mas as moças falam já há cinco minutos; façamos por colher algumas belezas, o que é, na verdade, um pouco difícil, pois, segundo o antigo costume, falam todas quatro ao mesmo tempo. Todavia. Alguma coisa se aproveitará.

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha, Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 113.

No trecho “...por mais que o infeliz a soprasse,...” (ℓ. 14), o pronome em destaque refere-se à

A) roupa.B) aranha.C) respiração.D) pulga.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Soneca sem culpaJuliana Tiraboschi

Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde.Mas o sono ainda é cercado de desconhecimentos e

mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. “Isso é mentira”, diz Marco Túlio de Mello, chefe da disciplina de Medicina e Biologia do sono do Departamento de Psicologia da Unifesp. “Acontece que a média da população precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas.”

A siesta é outro tema que desperta opiniões controversas.

Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é um merecido descanso, outros veem a prática com pouca tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que a soneca traz benefícios físicos, como a recuperação do corpo, e mentais, como o aumento da concentração.

“Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde”, diz Mello. [...]

E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes para turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo argumento?GALILEU. São Paulo: Abril. set. 2008. n. 206. p. 26. Adapatado:

Reforma OrtográficaNo Texto, no trecho “Isso é mentira”, a palavra destacada refere-se ao trecho

A) “precisamos dormir 8 horas por dia”.B) “a siesta é outro tema controverso”.C) “a soneca traz benefícios físicos”.D) “cochilo é coisa de preguiçoso”.E) “mas a maioria se beneficiaria”.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A hora dos ruminantesA noite chegava cedo em Manarairema. Mal o sol se

afundava atrás da serra – quase que de repente, como caindo – já era hora de acender candeeiros, de recolher bezerros, de se

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Page 22: Apostila 9º Ano

enrolar em xales. A friagem até então continuada nos remansos do rio, em fundos de grotas, em porões escuros, ia se espalhando, entrando nas casas, cachorro de nariz suado farejando.

Manarairema, ao cair da noite – anúncios, prenúncios, bulícios. Trazidos pelo vento que bate pique nas esquinas, aqueles infalíveis latidos, choros de criança com dor de ouvido, com medo do escuro. Palpites de sapos em conferência, grilos afiando ferros, morcegos costurando a esmo, estendendo panos pretos, enfeitando o largo para alguma festa soturna.

Manarairema vai sofrer a noite. [...]Não se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as

portas e não davam passagem, não podiam; não tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela não se conseguia mais fechá-la, não havia força que empurrasse para trás aquela massa elástica de chifres, cabeças e pescoços que vinha preencher o espaço.

Frequentemente surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes distantes e causavam novas brigas, até que os empurrões, chifradas, ancadas forçassem uma arrumação temporária. O boi que perdesse o equilíbrio e ajoelhasse nesses embates não conseguia mais se levantar, os outros o pisavam até matar, um de menos que fosse já folgava um pouco o aperto – mas só enquanto os empurrões vindos de longe não restabelecessem a angústia. [...]

VEIGA, José J. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/literatura>. Acesso em: 5 mar.

2012. Fragmento.

No trecho “... não se conseguia mais fechá-la, ...” (ℓ. 21-22), o termo destacado refere-se à

A) noite.B) casa.C) janela.D) força.E) massa.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pensamento positivo pode ajudar a combater doenças[...] Já é bem aceito pela medicina que os pensamentos

negativos e a ansiedade podem nos deixar mais susceptíveis a doenças. O estresse – que é útil em pequenas doses para preparar o corpo para a ação ou fuga – quando constante, aumenta os riscos de diabetes e até demência.

O que os pesquisadores estão descobrindo agora é que o pensamento positivo não só ajuda a combater o estresse, mas também têm efeitos positivos na saúde. Sentir-se seguro e acreditar que as coisas vão melhorar pode ajudar o corpo a se curar. Uma compilação de estudos publicada na revista de Medicina Psicossomática sugere que os benefícios do pensamento positivo acontecem independente do dano causado pelo estresse ou pessimismo. [...]

Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI263281-

17770,00 PENSAMENTO+POSITIVO+PODE+AJUDAR+A+COMBATER+DOENCAS.html>. Acesso em: 8 set. 2011.

Fragmento.

No trecho “... que é útil em pequenas doses...”, o pronome relativo em destaque refere-se à palavra

A) ansiedade.B) estresse.C) fuga.D) pensamento.E) pessimismo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Exóticos, pequenos e viciantesAo caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças

é frequente vermos pessoas falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, pessoas apertando botões e até tirando

fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques polifônicos diversifi cados e altos que se confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns.

O que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções dessas coisas que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens.

Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste, os celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, úteis e viciantes. [...] Tem gente que não vive sem o celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem instantânea, uma mania mesmo.

Interessante, uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses. Bem como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente que não têm amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para a vida.

Pode ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses.

Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui, entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar que se constrói pela simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e moderno é legal, mas é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes. VIANA, Moisés.

Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/psicologia/exoticos-

pequenos-viciantes.htm>. Acessoem: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca.

No Texto 1, no trecho “... é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes.” (ℓ. 37), a expressão destacada enfatiza

A) a importância dos celulares na vida moderna.B) a inferioridade dos aparelhos celulares.C) a tecnologia presente nos aparelhos celulares.D) uma crítica ao uso do celular e seus malefícios.E) uma relação entre o tamanho do celular e o vício.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://home.alie.br/sites/iscafaculdades/noticia.php?id=5195>.

Acesso em: 8 jan. 2012.

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Page 23: Apostila 9º Ano

Nesse texto, as formas verbais “Tire” e “Fique” foram usadas para expressar

A) um alerta.B) um desejo.C) um pedido.D) uma ordem.E) uma súplica.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Leitura: quem começa não para maisMundo Jovem: Qual a importância da leitura para os

jovens?Elisabeth Dangelo Serra: A leitura no mundo moderno é

a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet.

Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo.

Uma mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que nãotrilharam esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.

Mundo Jovem: Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?

Elisabeth Dangelo Serra: Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural, ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.

O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão próximos às crianças e aos jovens.Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-03-

2009.php>. Acesso em: 15 abr. 2011. Fragmento.

No trecho “... tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.” (ℓ. 34), a palavra destacada assume no contexto o sentido de

A) aperfeiçoada.B) apreciada.C) avaliada.D) exercitada.E) sustentada.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://www.messa.com.br/eric/ecode/labels/social

%20media.html>. Acesso em: 9 out. 2012.

Nesse texto, no trecho “Dê uma voltinha de carro com o barbeiro”, a palavra destacada tem o sentido de

A) pessoa que coleciona carros.B) pessoa que dirige mal.C) pessoa que usa barba ou bigode.D) profi ssional que trabalha com carros.E) profi ssional que faz barba e cabelo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Antes e depoisO salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a

boa [...] D. Maria, digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...

O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...

II– Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta

do charuto, manda Clara cantar...– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas

entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...

– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga Clarinha...

O desembargador olhava outra vez para os astros...III

Rola o tempo...Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr.

Belmiro com sua senhora D. Clara...Os vizinhos dizem cousas... ih!

IV– Como vais, Belmiro?– Mal!– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua

Clarinha...– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive;

é de feijões...– Então...– Devo até a roupa com que me cubro!...– E o dote?– Ah! Ah! Adeusinho...

VÉ noite.D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-

lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.

Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...

O Dr. Belmiro vem da rua zangado.– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a

atormentar-me!... Mande para o diabo as suas músicas e vá-se com elas!

POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em: <http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?

link=http://www.biblio.com.br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3

fev. 2012. Fragmento.

No trecho “... gastando velas a atormentar-me!” (ℓ. 51-52), o pronome destacado refere-se

A) à D. Clara.B) à D. Maria.C) ao desembargador.D) ao Dr. Belmiro.

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E) ao pequenote.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Carta de LeitorEnaltecer a habilidade literária de Lya Luft seria “chover

no molhado”. Eu a acompanho sempre, pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia chegar próximo, e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco são o otimismo e a esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, especialmente porque sempre se percebe nela a preocupação em desfazer a opinião de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o brasileiro e o ser humano universal de viver com um mínimo de dignidade. Ainda é possível mudar.

Teodoro UberreichVeja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011.

No Texto 2, o autor usou a expressão “‘chover no molhado’” (ℓ. 2) para expressar

A) admiração.B) entusiasmo.C) frustração.D) ironia.E) monotonia.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A importância da leitura como identidade social[...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de

textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.

Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.

A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-

ortografia/32/artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.

Nesse texto, no trecho “a aceitabilidade que temos e a credibilidade” (ℓ. 15-16), o pronome destacado refere-se à palavra

A) aceitabilidade.B) credibilidade.C) identidade.D) leitura.E) negociação.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

CafezinhoLeio a reclamação de um repórter irritado que precisava

falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.

Tinha razão o rapaz de ficar zangado. [...]A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar

com um número excessivo de pessoas.O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera

nervosamente, esse “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer:

– Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.

Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.

Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo: – Ele disse que ia tomar um cafezinho...

Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...

Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais.

Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.

Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.

BRAGA, Rubem. Disponível em: <http://www.velhosamigos.com.br/AutoresCelebres/Rubem

%20Braga/Rubem%20Braga1.html>.Acesso em: 17 fev. 2012.

1) O trecho “... lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho.” (ℓ. 3-4), o pronome destacado refere-se ao

A) repórter.B) delegado.C) amigo.D) credor.E) parente.

2) Nesse texto, a expressão “... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.” (ℓ. 18-19) foi usada para

A) colocar em destaque os benefícios oferecidos pelo café.B) demonstrar o sentimentalismo do autor.C) destacar a importância do café na vida das pessoas.D) fazer referência a elementos religiosos.E) intensificar a ideia do cafezinho como fuga dos problemas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

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Page 25: Apostila 9º Ano

Educação ambiental: uma alternativa?A educação ambiental é uma alternativa que parece não

ter efeito. Isso acontece porque muita gente entende educação ambiental como verdismo, simplesmente passear em parques, visitar animais, promover e/ou participar de campanhas de separação de lixo. Mas isso é muito superficial. Isso é uma forma de separar a natureza em sua dimensão natural da sua dimensão interna. É como separar o mundo externo do mundo da sua própria casa, ou da instituição da escola. Então, educação ambiental é ressensibilização, tomada de consciência existencial, de como podem ser criados modos de ser, modos de vida, onde o cultivo das emoções positivas, dos valores, da vida simples, do que a nossa tradição herdou.

Essas tradições eram sustentáveis em termos de alimentação, de medicação natural. Por exemplo, o que os índios nos legaram. Só que tomamos um rumo chamado progresso que nos levou a essa situação de crise.

Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/-06-2009.php>. Acesso em: 22 dez. 2011. Fragmento.

No trecho “... isso é muito superficial.” (ℓ. 4), o pronome destacado retoma o trecho:

A) “... uma alternativa que parece não ter efeito.” (ℓ. 1-2)B) “... entende educação ambiental como verdismo,...” (ℓ. 3-4)C) “... separar a natureza em sua dimensão natural...” (ℓ. 7-8)D) “... separar o mundo externo do mundo da sua própria

casa,...” (ℓ. 9-10)E) “... cultivo das emoções positivas, dos valores, da vida

simples,...” (ℓ. 14-15)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Ainda mais uma vez – Adeus!I

Enfim te vejo! – enfim posso,Curvado a teus pés, dizer-teQue não cessei de querer-te,Pesar de quanto sofri.Muito penei! Cruas ânsiasDos teus olhos afastadoHouveram-me acabrunhado,A não lembrar-me de ti!

IIDum mundo a outro impelido,Derramei os meus lamentosNas surdas asas dos ventos,Do mar na crespa cerviz!Baldão, ludibrio da sorteEm terra estranha, entre gente,Que alheios males não sente,Não se condói do infeliz! [...]

XVI

Adeus qu’eu parto, senhora:Negou-me o fado inimigoPassar a vida contigo,Ter sepultura entre os meus;Negou-me nessa hora extrema,Por extrema despedida,Ouvir-te a voz comovidaSoluçar um breve Adeus!

XVIILerás porém algum diaMeus versos d’alma arrancados,D’amargo pranto banhados,Com sangue escritos; – e entãoConfio que te comovas,Que a minha dor te apiade,Que chores, não de saudade,Nem de amor; – de compaixão.

DIAS, Gonçalves. Poesia. IN. BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 2 ed. São Paulo: Cultrix, 1967. Fragmento.

Nesse texto, infere-se que a palavra “fado” (v. 18), significaA) canção.B) destino.C) problemas.D) separação.E) sorte.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

PneumotóraxFebre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.A vida inteira que podia ter sido e que não foi:tosse, tosse, tosse.Mandou chamar o médico:Diga trinta e três.Trinta e três, Trinta e três... Trinta e três.Respire..................................O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?− Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Nesse texto, o trecho “A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.” (v. 12) sugere

A) compaixão.B) desprezo.C) exagero.D) ironia.E) musicalidade.

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D10 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno é solicitado a distinguir as partes dele referentes a um

a fato e as relativas a uma opinião relacionada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum personagem.Fundamentalmente, espera-se que o aluno saiba distinguir o que são afirmações baseadas em valores (opiniões) e

afirmações baseadas em evidências (fatos).É comum, sobretudo em textos dissertativos, que, a respeito de determinados fatos, algumas opiniões sejam emitidas.

Ser capaz de localizar a referência aos fatos, distinguindo-a das opiniões relacionadas a eles, representa uma condição de leitura eficaz.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.O pai telefona para casa:– Alô?– ...Reconhece o silêncio da tipinha. Você liga? Quem fala é você.– Alô, fofinha.

Nem um som. Criança não é para ser chamada fofinha. Cinco anos, já viu.– Oi, filha. Sabe que eu te amo?– Eu também.“Puxa, ela nunca disse que me amava”.– Também o quê?– Eu também amo eu.

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Page 26: Apostila 9º Ano

Crianças (seleção). Curitiba, 2001. p. 31. Disponível em: <http://www.releituras.com/daltontrevisan_crianca.asp>.

Em qual dos trechos desse texto está expressa a opinião do narrador?

A) “Reconhece o silêncio da tipinha.”.B) “Criança não é para ser chamada de fofinha.”.C) “– Oi filha. Sabe que eu te amo?”.D) “‘Puxa, ela nunca disse que me amava’”.E) “Eu também amo eu.”.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cultura dos sebosO administrador André Garcia tinha 26 anos quando

abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.

Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.

Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.

Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.

Nesse texto, qual é o trecho que apresenta uma opinião a respeito dos sebos?

A) “... notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.”. (ℓ. 7)

B) “Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias,...”. (ℓ. 9)

C) “Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários,...”. (ℓ. 16)

D) “... os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura.”. (ℓ. 19-20)

E) “O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.”. (ℓ. 27-28)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sobre o milhoNo Brasil, a venda do vegetal tem força principalmente no

caso dos enlatados, que são utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sódio, inimigo do coração). Além disso, no entanto, as grandes empresas de distribuição oferecem o alimento na espiga, que é destinado à produção de curau ou pamonha, segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, órgão ligado ao governo federal.

Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos.

Outra função importante do milho à alimentação diária: dele, os produtores conseguem extrair a farinha de milho e fubá, utilizados para preparo de pratos típicos brasileiros. Ambos são ricos em amido e polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico.

O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio, mesmo que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira.

Vida Natural e equilíbrio. Escala, número 19. p. 25.

Uma opinião do autor quanto ao consumo de milho está presente em:

A) “...a venda do vegetal tem força principalmente no caso dos enlatados,...”. (ℓ.1-2)

B) “Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio,...”. (ℓ. 11-12)

C) “No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos.”. (ℓ. 12-13)

D) “...polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico.”. (ℓ. 20)

E) “O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio,...”. (ℓ. 22-23)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O cerrado exige ações de preservaçãoA Amazônia é um bioma tão majestoso que ofusca os

demais existentes no Brasil. Falase muito – interna e externamente – na preservação da floresta. A preocupação é legítima.

E deve manter-se. Não significa, porém, que se deva fechar os olhos para os demais. É o caso do cerrado. Segundo maior bioma do país em extensão, ele ocupa 24% do território nacional.

Nos 2.039.368 km² de área distribuída em 11 estados e no Distrito Federal, abriga a maior biodiversidade em savana do mundo e dá origem a três nascentes das principais bacias hidrográficas da nação – Amazônia, Paraná e São Francisco. É, pois, estratégico. Não só pela biodiversidade e a conservação de recursos hídricos, mas também pelo sequestro de carbono.

O desenvolvimento do oeste, porém, põe em risco o bioma. Desde a construção de Brasília, na década de 1950, desapareceram do mapa 58% do cerrado. Especialistas advertem que, mantido o atual ritmo de destruição, a extinção virá em 50 anos. É assustador.

Três vetores contribuíram para a tragédia. Um deles: a pecuária, que, a partir dos anos 1970, ganhou impulso espetacular. Outro: a lavoura branca, especialmente a soja e o algodão. Mais recentemente chegou a cana-de-açúcar. Antes concentrada em Goiás e São Paulo, a cultura se expandiu para a Bacia do Pantanal e busca territórios novos, como o Triângulo Mineiro. O último: a produção de carvão vegetal, necessário para fazer aço.

Minas Gerais e Pará concentram a atividade.Correio Braziliense, 26 out. 2009.

A opinião do autor desse texto, em relação à destruição do cerrado, evidencia-se pelo uso do termo

A) “majestoso”. (ℓ. 1) B) “legítima”. (ℓ. 4)C) “estratégico”. (ℓ. 14) D) “assustador”. (ℓ. 22)E) “espetacular”. (ℓ. 25)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Soneca sem culpaJuliana Tiraboschi

Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde.Mas o sono ainda é cercado de desconhecimentos e

mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. “Isso é mentira”, diz Marco Túlio de Mello, chefe da disciplina de Medicina e Biologia do sono do Departamento de Psicologia da Unifesp. “Acontece que a média da população precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas.”

A siesta é outro tema que desperta opiniões controversas.

Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é um merecido descanso, outros veem a prática com pouca tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que a soneca traz benefícios físicos, como a recuperação do corpo, e mentais, como o aumento da concentração.

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Page 27: Apostila 9º Ano

“Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde”, diz Mello. [...]

E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes para turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo argumento?GALILEU. São Paulo: Abril. set. 2008. n. 206. p. 26. Adapatado:

Reforma Ortográfica

No Texto, há uma opinião emA) a siesta desperta opiniões controversas.B) o sono ainda é cercado de mistérios e mitos.C) a média da população precisa de 7h40 de sono.D) a soneca é ótima para quem vai trabalhar à tarde.E) o cochilo diário turbina a memória e o aprendizado.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Por que o senhor é cético em relação às previsões sobre o aquecimento global?

Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colocadas. Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos próximos 100 anos se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é óbvio que as pessoas vão mudar, vão construir defesas contra a elevação dos mares. No entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou cético em relação a algumas previsões, sim. Mas sou cético principalmente em relação às políticas de combate ao aquecimento global. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A questão é que tipo de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de gastar bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou um cético da ciência do clima, mas um cético da política do clima. Basicamente, digo que não estamos adotando as melhores políticas porque não estamos pensando onde gastar o dinheiro para produzir os maiores benefícios.

Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.

No Texto, em relação às previsões dos cientistas, há uma opinião no trecho:

A) “Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário...”. (ℓ. 3)

B) “... se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada.”. (ℓ. 5-6)

C) “Isso é irreal, porque é óbvio que as pessoas vão mudar,...”. (ℓ. 6-7)

D) “No entanto, isso é só uma parte do que tenho dito.”. (ℓ. 8-9)

E) “A questão é que tipo de política seguir.”. (ℓ. 14)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Exóticos, pequenos e viciantesAo caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças

é frequente vermos pessoas falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, pessoas apertando botões e até tirando fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques polifônicos diversifi cados e altos que se confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns.

O que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções dessas coisas que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens.

Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste, os celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, úteis e viciantes. [...] Tem gente que não vive sem o celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem instantânea, uma mania mesmo.

Interessante, uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses. Bem como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente que não têm amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para a vida.

Pode ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses.

Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui, entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar que se constrói pela simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e moderno é legal, mas é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes. VIANA, Moisés.

Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/psicologia/exoticos-

pequenos-viciantes.htm>. Acessoem: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca.

Em relação ao Texto 1, há um fato no trecho:A) “... chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as

múltiplas funções dessas coisas...”. (ℓ. 9-10)B) “Tem gente que não vive sem o celular!”. (ℓ. 17-18)C) “... os celulares podem ser próteses.”. (ℓ. 22-23)D) “Aqui, entendo natural como a busca da realização, da

felicidade, do bem-estar...”. (ℓ. 32-33)E) “... é preciso manter o senso crítico de que as coisas

podem ser pequenas, úteis e viciantes.”. (ℓ. 36-37)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sopão nas ruasDoar comida nas ruas da cidade não é legal. A Vigilância

Sanitária não permite a distribuição de alimentos nas vias públicas sem um laudo. Portanto, as pessoas não podem fazer isso, ainda que de maneira voluntária.

Também precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação em locais adequados, limpos e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteção social que circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil pessoas. A distribuição de comida incentiva a permanência das pessoas nas ruas, comprometendo em muito o acolhimento, a proteção e a reinserção social e familiar desses cidadãos mais vulneráveis.

O polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores e comerciantes acerca da sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartáveis e garrafas de pet usadas. As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar para que possamos, juntos, organizar uma distribuição de alimentos dentro de equipamentos próprios, de forma digna e humana. A Associação Evangélica Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantêm o restaurante Porto Seguro, na América, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeições gratuitas aos moradores de ruas.

Por que não doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em parceria?

Floriano Pesaro, Secretário Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.

Disponível em: <http://www.florianopesaro.com.br/imprensa/230506JornaldaTar

de.jpg>. Acesso em: 4 mar. 2012.

O trecho desse texto que contém uma opinião do autor sobre a doação de comida nas ruas é:

A) “A Vigilância Sanitária não permite a distribuição de alimentos nas vias públicas...”. (ℓ. 2-3)

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Page 28: Apostila 9º Ano

B) “... ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação...”. (ℓ. 7-8)

C) “O polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores...”. (ℓ. 21-22)

D) “... sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação...”. (ℓ. 23-24)

E) “As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar...”. (26-27)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A carta de Caminha nos dias de hojeAlteza da galáxia,

Peço humildes desculpas por ter de lhe enviar esta mensagem eletrônica neste dia, contudo, gostaria de relatar que após nossa saída do sistema Gregor, 200 bilhões de anos-luz atrás, chegamos a uma galáxia jamais explorada. Informo que esta vossa frota de naves encontrou num canto muito distante de vosso universo, perdido em uma galáxia de um só Sol, um pequeno planeta azul que resolvemos chamar de Água, pois este é o nome do líquido de cor bonita que mais existe neste lugar. Além de muita água, existe uma população de seres que se denominam “humanos”. […]

Estes seres humanos são muito estranhos […]. Os povos são divididos pelo planeta em regiões de características topográficas e climáticas relativamente uniformes, delimitadas por fronteiras às quais os nativos dão o nome de países […]. Outra característica interessante destes seres é que são muito dóceis para conosco e aceitam nossa amizade e aproximaçãoem troca de um simples diagramador estelar ou um rélis relógio atemporal. Penso que será fácil convencê-los de vossa santa intenção de trazer para este planeta nossa tecnologia que está a muitos bilhões de anos-luz a frente da que eles possuem. […]

Estamos voltando e levando conosco um ser deste estranho e atrasado planeta para que possamos estudá-lo. Deixaremos aqui uma de nossas naves com tripulação para que outros povos saibam que este planeta pertence à Vossa Alteza.

Desculpo-me mais uma vez pelo incômodo e termino minha mensagem com votos de longa vida ao Rei.Disponível em: <http://edinanarede.webnode.com.br/atividades>.

Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.

O trecho do Texto que descreve um fato relativo ao novo planeta descoberto é:

A) “... este é o nome do líquido de cor bonita que mais existe neste lugar.”. (ℓ. 6-7)

B) “Estes seres humanos são muito estranhos [...].”. (ℓ. 9)C) “Os povos são divididos pelo planeta em regiões de

características topográficas e climáticas relativamente uniformes,...”. (ℓ. 9-10)

D) “Outra característica interessante destes seres é que são muito dóceis para conosco...”. (ℓ. 11-12)

E) “Penso que será fácil convencê-los de vossa santa intenção de trazer para este planeta nossa tecnologia...”. (ℓ. 13-14)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Os números (SURPREENDENTES) de mortes por raios no Brasil

No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido às descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos coloca na quinta posição de fatalidade entre os países com estatísticas confiáveis. E a probabilidade de um homem ser atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos.

Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.

O Brasil é um dos poucos países que dispõem de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno.

Nos Estados Unidos, a circunstância que mais provoca mortes por raios são as atividades esportivas ou de recreação, como pescar, acampar e jogar golfe, diferentemente do Brasil.

Uma análise sociológica permite deduzir que essa diferença está atrelada principalmente ao fato de os Estados Unidos serem um país desenvolvido e o Brasil estar ainda em desenvolvimento. Assim, atentar para a proteção de pessoas jogando golfe não seria a melhor forma de fazer uma campanha de proteção nacional. O ideal é instruir a população a não realizar atividades agropecuárias (causa principal das fatalidades no Brasil), assim como orientar as pessoas a não permanecerem próximas aos meios de transporte, sob árvores e em campo de futebol durante as tempestades.

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_numeros__surpr

eendentes__de_mortes_por_raios_no_brasil_3.html>.

Nesse texto, há um opinião no trecho:A) “No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido às

descargas elétricas atmosféricas,...”. (ℓ. 1-2)B) “... a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta

é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos.”. (ℓ. 8-9-10)

C) “O Brasil é um dos poucos países que dispõem de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas...”. (ℓ. 14-15)

D) “Nos Estados Unidos, a circunstância que mais provoca mortes por raios são as atividades esportivas ou de recreação,...”. (ℓ. 20-21)

E) “O ideal é instruir a população a não realizar atividades agropecuárias (causa principal das fatalidades no Brasil),...”. (ℓ. 31-32)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2011À população brasileira, Há muitos anos as mulheres

lutam pelos seus direitos e vêm conseguindo inegáveis avanços.Para que, hoje, possamos votar, trabalhar e usar calças

jeans, muito sutiã teve que ser queimado em praça pública. Hoje, no auge de nossas independências, somos diretoras de grandes empresas multinacionais, engenheiras renomadas, grandes cirurgiãs, artistas e ainda somos mães e esposas. Somos o que há de contemporâneo, de avançado, super-heroínas do dia a dia. [...] Sou mulher e, assim como os meus deveres, tenho os meus direitos.

No entanto, existe um véu que cobre, ainda, todo esse avanço. Na grande maioria das vezes, isso é somente aos nossos olhos. Valorizamos cada conquista, cada meio centímetro percorrido a caminho da independência porque ela é nossa. […] Não é fácil ser mulher. Mais difícil ainda é lutar pelos nossos direitos. […]

Quem por nós? Nós mesmas. Quem contra nós? Todo resto. Feminismo já é ultrapassado, vitimização mais ainda. [...] Acima de tudo, conquistamos o livre-arbítrio. Escolhemos nossasescolhas. Pelo que lutar agora?

Lutemos pela dignidade reconquistada. Pela coragem de nos queixarmos dos maus tratos. Pelo fim do massacre do que nos resta de mais precioso: nosso feminino. [...] Quanto tempo mais ficaremos esperando? Não proponho feminismo. Não proponho nenhum tipo de superioridade. Proponho denúncia, atenção e ajuda mútua. Igualdade. Gênero é muito mais do que sexo. É atitude.

Atenciosamente,Uma brasileira.

Disponível em: <http://www.desconversa.com.br/redacao/>. Acesso em: 11 abr. 2012. Fragmento.

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Page 29: Apostila 9º Ano

O trecho desse texto que expressa uma opinião é:A) “Há muitos anos as mulheres lutam pelos seus direitos...”.

(ℓ. 2-3)B) “Para que, hoje, possamos votar, trabalhar e usar calças

jeans, ...”. (ℓ. 5)C) “... muito sutiã teve que ser queimado em praça pública.”.

(ℓ. 6-7)D) “... somos diretoras de grandes empresas multinacionais,

engenheiras...”. (ℓ. 8-9)E) “Não é fácil ser mulher. Mais difícil ainda é lutar pelos

nossos direitos.”. (ℓ. 20-21)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Memórias Póstumas de Brás Cubas

“... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos.

Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.

— Dessa vez, disse ele, vais para a Europa, vais cursar uma Universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador ou gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto:

— Gatuno, sim senhor, não é outra coisa um fi lho que me faz isto...

Sacou da algibeira os meus títulos de dívida, já resgatados por ele e sacudiu-mos na cara.

— Vês, peralta? É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogo ou a vadiar pelas ruas?

Pelintra! Desta vez ou tomas juízo, ou ficas sem coisa nenhuma.

Estava furioso, mas de um furor temperado e curto. Eu ouvi-o calado, e nada opus à ordem da viagem, como de outras vezes fizera; ruminava a de levar Marcela comigo. Fui ter com ela; expus-lhe a crise e fiz-lhe a proposta. Marcela ouviu-me com os olhos no ar, sem responder logo; como insistisse, disse-me que fi cava, que não podia ir para a Europa. ...”

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática. 1992, p. 44. Fragmento.

Nesse texto, há a presença de ironia quandoA) a personagem diz que a mulher o amou apenas pelo

dinheiro.B) a possibilidade de ir estudar fora passa a ameaçar a sua

vida.C) a amada recusou-se em ir com ele para a cidade de

Coimbra.D) o pai disse-lhe que não pagaria mais as suas dívidas de

jogo.E) o rapaz ouve o pai e não contesta sua ordem.

------------------------------------------------------------(SABE). Leia o texto abaixo.

Uma coisa de cada vez ou tudo agora?

O surgimento frenético de aplicativos e equipamentos expressa uma mudança de hábitos na sociedade. A vida se reflete instantaneamente nas mídias. Comprar hoje uma televisão requer conhecimento.

É impressionante o número de funcionalidades e siglas que permeiam essa decisão.

LED, HDMI, Full HD e 3D são apenas algumas delas. As TVs inteligentes já estão no mercado.

Tablets representam novos objetos de desejo. Celulares são usados como computadores. Essas transformações exigem do país medidas que encurtem os caminhos rumo à sociedade da informação. O governo sinaliza que o desenvolvimento de redes de alta velocidade equivale a um “pré-sal”. Assim como essa riqueza natural, a banda larga ocupa um espaço cada vez maior de debate e é, sim, um passaporte para o futuro.

O Programa Nacional de Banda Larga é o caminho. Trata-se de um modelo dinâmico que, apesar de urgente, enxerga a longo prazo. A banda larga não comporta um olhar apenas sobre o meio. A grande riqueza que trafega é a informação. Assim como não há corpo sem alma, de nada vale infraestrutura sem conteúdo. Afinal, redes são feitas de pessoas.

Infinitas são as oportunidades de intercâmbio, criação e difusão.

Telemedicina, inteligência na segurança pública, educação. Sem falar na oportunidade de novos negócios na iniciativa privada e da geração de riquezas, emprego e renda.

BECHARA, Marcelo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0806201108.htm>.

Acesso em: 5 ago. 2011. Fragmento.

Em relação a disseminação das siglas no mercado, há uma opinião em:

A) “A vida se reflete instantaneamente nas mídias.”. (ℓ. 2)B) “É impressionante o número de funcionalidades e siglas...”.

(ℓ. 4)C) “As TVs inteligentes já estão no mercado.”. (ℓ. 5)D) “Tablets representam novos objetos de desejo.”. (ℓ. 6)E) “... a banda larga ocupa um espaço cada vez maior de

debate...”. (ℓ. 9-10)

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.

Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.

Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (ℓ. 10), é

(A) “Às vezes chegava alguém a cavalo...” (B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”(C) “e se tomava café tarde da noite!”(D) “Isso para nós era uma festa...”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

No mundo dos sinais

Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.

Sinais de seca brava, terrível!

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Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.

Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem. TV Cultura, Jornal do Telecurso.

A opinião do autor em relação ao fato comentado está em

(A) “os mandacarus se erguem” (B) “aroeiras expõem seus galhos” (C) “Sinais de seca brava, terrível!!” (D) “Toque de saída. Toque de entrada”.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Mulher é atropelada e põe a culpa no Google Maps

Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido pela americana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado de Utah, seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$ 100 mil (cerca de R$ 183,5 mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick Harwood, mas também da empresa Google.

Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadual sem passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro de 2009.

Ela alega ter seguido as indicações do site Google Maps.O advogado Allen Young entrou com a ação judicial na

semana passada. Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de uma via expressa. "As pessoas confiam nas instruções (dadas pelo Google Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a pista."

Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso, que ainda vai dar o que falar.

http://www.diariopopular.com.br

O trecho do texto que expressa uma opinião é(A) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação

judicial.”(B) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para

pedestres".(C) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente"

[...]”(D) “Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o

caso”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Maria vai com as outras em açãoOs mesmos que hoje adotam Dunga como queridinho,

em redes sociais e no twitter,[...] serão os que voltar-se-ão contra o técnico da Seleção em caso de fracasso.

E o farão sem dó nem piedade. É uma legião de maria vai com as outras, cujo cérebro não resiste à manutenção de uma opinião própria.

Seus conceitos e preconceitos migram de forma proporcional à capacidade neuronal de raciocínio: quase nula. Podem cobrar depois.

http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-outras-eletronicos/?topo=77,2,18

Segundo o texto, a expressão “Maria vai com as outras” significa pessoas que

(A) têm pouca capacidade de raciocínio.(B) adoram o técnico da seleção .(C) falam mal do Dunga.(D) seguem a opinião dos outros.

------------------------------------------------------------Para responder às questões 1, 2 e 3, leia o texto abaixo.

GoiabadaCarlos Heitor Cony

Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha cara de goiabada.

Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.

[...]Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num

posto para abastecer o carro e um senhor idoso me ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando o desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o Goiabada, podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.

[...]O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada,

desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias, olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm

O fato que gerou a história narrada foi(A) o encontro entre o narrador e o homem que ele achou ter

“cara de goiabada”.(B) o jogo de futebol que os meninos jogavam nas ruas da Ilha

do Governador.(C) o narrador ter comprado todas as flanelas do idoso e não

querer o troco.(D) a separação dos dois meninos que jogavam futebol.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Os livros e suas vozes

Sempre gostei muito de livros e, além dos livros escolares, li os de histórias infantis, e os de adultos: mas estes não me pareciam tão interessantes, a não ser, talvez, Os Três Mosqueteiros, numa edição monumental, muito ilustrada, que fora do meu avô. Aquilo era uma história que não acabava nunca; e acho que esse era o seu principal encanto para mim. Descobri o dicionário, uma das invenções mais simples e formidáveis e também achei que era um livro maravilhoso, por muitas razões.

(...) quando eu ainda não sabia ler, brincava com os livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o mundo.MEIRELES, Cecília. Obra Poética. Rio de janeiro: Aguillar, 1997.

O trecho em que se identifica a opinião da autora é(A) “Sempre gostei muito de livros...”(B) “(...) além dos livros escolares, li os de histórias infantis,

(...)”(C) ”(...) achei que era um livro maravilhoso, (...)”(D) “quando eu ainda não sabia ler, brincava com os livros

(...)”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Cidadania, direito de ter direitos

Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. [...] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à coisa pública. [...] Foi uma

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Page 31: Apostila 9º Ano

conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar.

DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de papel. São Paulo: Ed. Ática, 1998.

O trecho que indica uma opinião em relação à cidadania é(A) ...“é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la...”.(B) ...“É poder votar em quem quiser...”.(C) ...“revelam estágios de cidadania:...”(D) ... “Foi uma conquista dura.”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Há saída para os jovens

O Brasil tem hoje um grande exército de jovens na faixa etária de 15 a 24 anos aguardando uma possibilidade de apresentar ao mercado de trabalho o seu potencial. O maior drama deste exército juvenil é a ausência de vagas oferecidas àqueles que procuram o seu primeiro emprego. [...]

Além disso, parte das vagas oferecidas aos jovens são ocupadas por adultos, já que o desemprego também afeta gravemente os chefes de família, que desesperados, aceitam qualquer coisa. [...]

Apesar de tudo [...], há saídas para os jovens [...]. Por não haver alternativas individuais para todos, apenas para alguns, o país precisa de um projeto nacional de desenvolvimento que viabilize o crescimento econômico em mais de 5,5% ao ano e por toda uma década.

Fonte: http://www.estudeonline.net/revisao_detalhe.aspx?cod=259

O trecho do texto que revela uma opinião é(A) “[...] o país precisa de um projeto nacional de

desenvolvimento[...]”(B) “[...] parte das vagas oferecidas aos jovens são ocupadas

por adultos [...]”(C) “O Brasil tem hoje um grande exército de jovens [...](D) “[...] o desemprego também afeta gravemente os chefes

de família [...]”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em

caso de parada cardíaca.(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.

– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.

Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” –

ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”. Uma pausa, e ela continuou:

– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”

Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.

Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.

– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.

Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.

Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

O trecho da crônica que mostra que o cronista inspirou-se em um fato real é

(A) a notícia, retirada da Internet, que introduz a crônica.(B) as manobras de ressuscitação praticadas pelos médicos.(C) a reprodução da conversa entre a secretária e o tatuador.(D) a história de amor entre a secretária e o tatuador.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em

caso de parada cardíaca.(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.

– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.

Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” –

ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”. Uma pausa, e ela continuou:

– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”

Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.

Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.

– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.

Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.

Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

Um trecho do texto que expressa uma opinião é(A) “Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.”(B) “O homem não comentou; perguntou apenas o que era

para ser tatuado.”(C) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”(D) “Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde.”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Sai o primeiro condomínio com energia eólica

O primeiro empreendimento imobiliário com produção de energia eólica no Brasil é residencial e será lançado este mês, em Florianópolis. O projeto, batizado de Neo, prevê a instalação de duas turbinas de vento, uma em cada torre. Elas farão o aquecimento de toda a água que será consumida pelos 24 apartamentos do condomínio, cuja entrega está prevista para março de 2012.[...]

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Page 32: Apostila 9º Ano

“A tecnologia será capaz de produzir 100% da energia que será usada no condomínio, que não utilizará nenhum tipo de combustível fóssil. Hoje, apenas o aquecimento da água representa 50% do gasto com energia nas regiões Sul e Sudeste”, diz Suchodolski. [...]

Ainda segundo Suchodolski, o empreendimento terá outros dispositivos sustentáveis, como uma estação de tratamento de esgoto, com direito a uma cisterna específica para água a ser reutilizada, destinada, por exemplo, à irrigação das áreas verdes. Dessa forma, completa ele, o consumo será reduzido em 50%: “Além disso, o condomínio usará madeira de reflorestamento certificada, tintas e vernizes à base de água.”

http://www.zap.com.br/revista/imoveis/condominio

O condomínio a ser construído tem a finalidade de(A) divulgar uma nova tecnologia.(B) conter a expansão imobiliária na região.(C) preservar o meio ambiente.(D) diminuir o alto consumo de energia.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Bom tempo, sem tempo

Não chovia, meses a fio. Ou chovia demais. As plantas secavam, os animais morriam, os moradores emigravam. As plantas submergiam, os animais morriam, as pessoas não tinham tempo de emigrar. Assim era a vida naquele lugar privilegiado, onde medrava tudo para todos, havendo bom tempo. Mas não havia bom tempo. Havia o exagero dos elementos.

O mágico chegou para reorganizar a vida, e mandou que as chuvas cessassem.

Cessaram. Ordenou que a seca findasse. Findou. Sobreveio um tempo temperado, ameno, bom para tudo, e os moradores estranharam. Assim também não é possível, diziam.

Podemos fazer tantas coisas boas ao mesmo tempo que não há tempo para fazê-las. Antes, quando estiava ou chovia um pouco - isto é, no intervalo das grandes enchentes ou das grandes secas -, a gente aproveitava para fazer alguma coisa. Se o sol abrasava, podíamos fugir. Se a água vinha em catadupa, os que escapavam tinham o que contar. Quem voltasse do êxodo vinha de alma nova. Quem sobrevivesse à enchente era proclamado herói. Mas agora, tudo normal, como aproveitar tantas condições estupendas, se não temos capacidade para isto?

Queriam linchar o mágico, mas ele fugiu a toda.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. São Paulo, Record: 2006.

GlossárioCatadupa – cachoeiraÊxodo – emigração de todo um povo ou saída de pessoas em massa.

O fato que motiva a história é(A) a chegada do mágico (B) a falta de chuva.(C) a chuva muito frequente (D) o mágico fugir correndo.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

A bola

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. (...)

O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

— Como é que liga? – perguntou.— Como, como é que liga? Não se liga.O garoto procurou dentro do papel de embrulho.— Não tem manual de instrução?

O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.

— Não precisa manual de instrução.— O que é que ela faz?— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.— O quê?— Controla, chuta...— Ah, então é uma bola.— Claro que é uma bola.— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.— Você pensou que fosse o quê?— Nada não...

(Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,pp. 41-42.)

O fato incomum, no texto, aparece quando o menino(A) começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.(B) demonstrou o que sabia fazer com uma bola.(C) concluiu que era mesmo uma bola.(D) não pensou nada em relação ao que era o presente.

------------------------------------------------------------(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

CAPAA inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos

leva a muitas reflexões, mas acredito que a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um desenvolve. É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que vivemos a vida de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem tem um bom alicerce, enfrentará seguramente qualquer tipo de problema. Reinvente-se a cada idade. (José Elias)

Alex Neto, Foz do Iguaçu – PR

A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é: A) Consenso. B) Importante. C) Inspiradora. D) Seguramente.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.

População mundial a caminho do empate

[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição e não o crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demográfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]

Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de 2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.

A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar, mudando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas públicas em níveis global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições como a ONU.FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta

na escola. fevereiro de 2010. Fragmento.

A opinião dos autores desse texto se manifesta em:A) “... a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes

para repor o seu tamanho.”. (ℓ. 2-3)

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Page 33: Apostila 9º Ano

B) “... grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição...”. (ℓ. 4-5)

C) “... quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade.”. (ℓ. 12-13)

D) “A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade.”. (ℓ. 18-19)

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo.

As duas mãosQuando começaram a surgir foram como duas pequenas

folhas de cactos. Uma em cada punho. Levei tempos até descobrir que eram duas mãos que nasciam. Permaneci dias e dias observando o crescimento das duas mãos extras. Podia movimentá-las à vontade.

Eram delicadas como de crianças e, no início, machucavam-se com facilidade. Batiam nas portas quando eu utilizava as mais velhas para girar chaves e maçanetas. Feriam-se nas paredes, nas torneiras e nas gavetas. Algumas vezes levei pancadas no queixo quando me distraí ao comer. Mas essa fase passou e veio o reflexo que me fazia acrescentar espaço para elas.

Com o tempo tornaram-se fortes e hábeis como suas irmãs mais antigas. Mas não prestaram serviços. Permaneceram inúteis à espera de uma oportunidade que não veio.

Um dia fui a um hospital e operei minhas mãos novas.Hoje sou novamente um homem de duas mãos, e, no

entanto, quando olho os punhos, sinto-me aleijado.FRANÇA JÚNIOR, O. As laranjas iguais. 2. ed. Rio de Janeiro:

Nova Fronteira, 1996, p. 85.

O trecho desse texto que expressa uma opinião é:A) “Quando começaram a surgir foram como duas pequenas

folhas de cactos.”. (ℓ. 1)B) “Levei tempos até descobrir que eram duas mãos que

nasciam.”. (ℓ. 3)C) “Eram delicadas como de crianças e, no início, machucavam-

se com facilidade.”. (ℓ. 7)D) “Hoje sou novamente um homem de duas mãos,...”. (ℓ. 21)

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

EDUCAÇÃO DE HOJE ADIA O FIM DA ADOLESCÊNCIAHá pouco tempo recebi uma mensagem que me

provocou uma boa reflexão. O interessante é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adolescentes, com 21 e 23 anos...”.

Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acontece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira, contribuímos para tanto.

A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?

Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br/professores/ana_paula_port/atividad

e_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2012. Adaptado.

A opinião da autora em relação ao fato de que a educação de hoje adia o fim da adolescência é que

A) os adultos contribuem para que isso aconteça. B) a adolescência é uma fase que vai até 23 anos. C) os adolescentes têm muitas responsabilidades. D) os adultos devem ensinar a criança a se calçar sozinha.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

O Cativo

Em Junín ou em Tapalquén contam a história. Um miúdo desapareceu depois de um ataque dos índios; disse-se que o tinham raptado. Os seus pais procuraram-no inutilmente; passados anos, um soldado que vinha de terra adentro falou-lhes de um índio de olhos celestes que bem podia ser seu filho. Deram por fim com ele (a crónica perdeu as circunstâncias e não quero inventar o que não sei) e pensaram reconhecê-lo. O homem, trabalhado pelo deserto e pela vida bárbara, já não sabia ouvir as palavras da língua natal, mas deixou-se conduzir, indiferente e dócil, até casa. Aí se deteve, talvez porque os outros se detiveram. Olhou a porta, como se não a compreendesse. De repente, baixou a cabeça, gritou, atravessou correndo o saguão e os dois pátios largos e enfiou-se pela cozinha. Sem vacilar, mergulhou o braço no enegrecido sino e tirou o canivete de cabo de chifre que ali tinha escondido em criança. Os olhos brilharam-lhe de alegria e os pais choraram porque tinham encontrado o filho.

Talvez a esta recordação se tivessem seguido outras, mas o índio não podia viver entre paredes e um dia foi à procura do seu deserto. Gostaria de saber o que terá sentido naquele instante de vertigem em que o passado e o presente se confundiram; gostaria de saber se o filho perdido renasceu e morreu naquele êxtase ou se conseguiu reconhecer, como uma criatura ou um cão, os pais e a casa.

BORGES. Jorge L. Disponível em: <http://marcadagua.pt.blogspot.com>. Acesso em: 27 jan. 2010.

O trecho desse texto que apresenta uma opinião sobre o comportamento do índio é:

A) “Um miúdo desapareceu depois de um ataque de índios; ... (ℓ. 2-3).

B) “Os seus pais procuram-se inutilmente;” (ℓ. 4).C) “... deixou-se conduzir, indiferente e dócil, até a casa.” (ℓ.

12-13).D) “Talvez a essa recordação se tivessem seguido

outras, ...” (ℓ. 23).

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo e responda.

Trindade terá sistema híbrido

Dependendo das condições climáticas, a energia eólica é muito indicada para regiões de acesso restrito, e, por isso, com menores demandas – como as ilhas. Seguindo esta linha, o CEPEL, juntamente com a Eletrobrás e a Marinha do Brasil, desenvolvem, desde 2005, projeto de instalação de fontes alternativas na ilha de Trindade, no litoral do Espírito Santo.

A ideia é implantar um sistema híbrido de energia solar e eólica com capacidade para gerar 120kW, o suficiente para reduzir de 60 mil para 2 mil litros o consumo anual de óleo diesel na ilha, que atualmente é atendida por geradores movidos a óleo.

– Localizada a 1.200 quilômetros da costa brasileira, a Ilha de Trindade é estratégica para garantir a extensão territorial do país, e por isso é ocupada pela Marinha. Mas, para que tenha energia, precisa ser alimenta por óleo diesel, que, de dois em dois meses, chega transportado por barcos, em viagem que dura cerca de quatro dias. Daí a grande importância desse projeto – exemplifica Ricardo Dutra, pesquisador do Cepel.

Jornal do Brasil. 27 jul. 2007.

Uma opinião emitida por Ricardo Dutra é:A) o óleo diesel é levado em barcos para Trindade.

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Page 34: Apostila 9º Ano

B) o projeto é de grande importância para Trindade.C) a ilha de Trindade precisa ser alimentada por óleo diesel.D) a ilha de Trindade fica a 1.200 quilômetros da costa.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Desbravando o velho ChicoConhecido carinhosamente por nordestinos e mineiros

como “Velho Chico”, o rio São Francisco passa por cinco Estados e para todos eles tem um valor especial.

Não só pela sua água, que abastece populações ao longo de seus 2700 km, mas também pelas implicações históricas. Descoberto em 1501 pelo navegador Américo Vespúcio, ele serviu de caminho para os bandeirantes e é parte fundamental da cultura e das tradições de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

Agora, o rio está ganhando um projeto de recuperação de suas águas – afetadas pelo esgoto não tratado de 95% dos 504 municípios que cruza. O projeto do Ministério do Meio Ambiente deve empregar um bilhão de reais em dez anos de obras. Os cuidados podem estimular a Unesco a aceitar o pedido feito por organizações brasileiras e fazer com que o rio seja declarado patrimônio da humanidade. A campanha é obra do jornalista Américo Antunes, que está levando à frente uma expedição de 35 dias pelo rio, iniciada no dia 10 de outubro. A ideia é catalogar 56 pontos de interesse histórico ou cultural, de cavernas com desenhos rupestres a igrejas e centros de peregrinação religiosa. Um merecido presente de aniversário ao “Velho Chico” rio.

Revista Galileu, n. 124, nov. 2001, p. 14. *Adaptado: Reforma Ortigráfica.

Na segunda parte do texto, uma opinião é expressa emA) “o rio São Francisco passa por cinco Estados”.B) “ele serviu de caminho para os bandeirantes”.C) “o rio está ganhando um projeto de recuperação”.D) “Um merecido presente de aniversário ao ‘Velho Chico’

rio.”.

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda.

CURIOSIDADES PELO MUNDOSabia que no Egito é uma tremenda falta de educação

mostrar a sola dos pés, enquanto que encher uma xícara de chá até transbordar é um gesto superelegante.

Já na Áustria bater em uma mesa com os punhos fechados, significa boa sorte (com certeza a mesa não teve sorte).

No Japão, levantar o polegar quer dizer namorado, e levantar o dedo mindinho quer dizer namorada. Ah! Essa é superimportante, para o caso de você algum dia ir para Bulgária. É que lá, ao contrário daqui, balançar a cabeça para os lados significa “Sim”, e balançar para cima e para baixo significa “Não”. Bom, para terminar, se algum dia você estiver na Itália, saiba que levar uma garrafa de vinho em um jantar que você foi convidado é um grande insulto. E esperar todos se sentarem à mesa para começar a comer é uma falta de consideração com o alimento.

Com essas dicas, aposto que se algum dia você viajar para alguns desses países não irá pagar tanto mico, se bem que é uma delícia pagar micos em viagens para depois contar para os amigos, e fazer a viagem valer a pena.

NEVES, Ana Paula. Disponível em: <http://www.pequenoartista.com.br/pa/bocao/jornal1.aspx>

*Adaptado: Reforma Ortográfica.

A frase que expressa uma opinião é:A) “Já na Áustria bater em uma mesa com os punhos

fechados significa boa sorte...”.B) “...esperar todos se sentarem à mesa para começar a

comer é falta de consideração com o alimento.”.C) “...se bem que é uma delícia pagar micos em viagens para

depois contar para os amigos,...”.

D) “No Japão, levantar o polegar quer dizer namorado, e levantar o dedo mindinho quer dizer namorada.”.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

IracemaAlém, muito além daquela serra, que ainda azula no

horizonte, nasceu Iracema.Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos

mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. [...]

ALENCAR, José de. Iracema. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br> Acesso em: 29 jul. 2009.

Fragmento.

O trecho desse texto que apresenta uma opinião sobre Iracema é:

A) “... além daquela serra [...] nasceu Iracema.”. ( . 1)B) “O favo da jati não era doce como seu sorriso;...”. ( . 4)C) “... ela repousava em um claro da floresta.”. ( . 9)D) “Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica,...”. ( . 9-10)

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo e responda.

A vida pelo telefoneDurante meses, eu e meu amigo nos falamos por

telefone. Sempre reclamávamos da escassez de encontros pessoais.

– Precisamos nos ver! – ele dizia.– Vou arrumar um tempinho, eu prometia.Posso ser antiquado, mas acredito que nada substitui o

olho no olho. A expressão, o jeito de falar, a gargalhada espontânea, tudo isso dá nova dimensão ao relacionamento. Cumpri minha promessa e fui a seu apartamento. Nos primeiros dez minutos, falamos da vida como não fazíamos havia bastante tempo. Em seguida, tocou o telefone.

– Um momento.Iniciou-se uma longa discussão sobre quem compraria

ingressos para um espetáculo. Já estava desligando, quando se ouviu o celular. [...] Falou rapidamente com a primeira pessoa, desligou e voltou ao celular. Foi a vez do bip, que tocou insistentemente. Pediu desculpas, foi ver a mensagem. Recado urgente para chamar determinada pessoa. Novamente, trocou mais algumas frases ao celular. Desligou. Pediu-me novas desculpas. Ligou para quem o havia bipado. Mais questões de trabalho. Quando anotava alguns detalhes, a linha, digital, anunciou que mais alguém queria falar. Pediu licença e atendeu a outra linha. Olhou paramim e pediu desculpas. [...] Entrou um fax.

Observei o relógio demoradamente. Aproveitei o intervalo entre o bip e um novo telefonema para dizer bem depressa:

Preciso ir. Depois eu ligo.Sorriu, satisfeito.– Então me chame depois. Não esqueça, hein?– Mando um e-mail e você me responde. Assim o papo

fica melhor.Gostou da ideia, sem perceber a ironia. Pediu mais um

minutinho no telefone, dizendo que ia me levar até a porta e já voltava. Comentou, já tranquilo:

– Nossa, como a gente tem coisas pra falar. Você ficou mais de duas horas aqui e nem botamos tudo em dia.

Repuxei os lábios, educadamente. Certas pessoas estão grudadas aos telefones, celulares, bips e e-mails. Inventou-se de tudo para facilitar a comunicação. Às vezes acredito que,

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Page 35: Apostila 9º Ano

justamente por causa disso, ela anda se tornando cada vez mais difícil.

CARRASCO, Walcyr. A vida pelo telefone. In: Veja São Paulo, Abril, 19 abr. 2000. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Nesse texto, em relação à comunicação, o autor demonstra uma opinião no trecho:

A) “Preciso ir. Depois eu ligo.”. (ℓ. 20)B) “Assim o papo fica melhor.”. (ℓ. 23)C) “Inventou-se de tudo para facilitar a comunicação.”. (ℓ. 29)D) “... ela anda se tornando cada vez mais difícil.”. (ℓ. 30).

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Na última fala, o ponto de interrogação sugereA) admiração. B) desprezo.C) indignação D) medo.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Secretário de Turismo diz que eleição do Cristo irá impulsionar setor

O secretário especial de Turismo do Rio, Rubem Medina, afirmou neste sábado que a escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo irá trazer incentivos ao setor. Para ele, a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas” e representa a geração de “mais empregos no futuro”.

“O que orgulha é que é algo que envolveu o mundo inteiro, que teve uma divulgação mundial. Eu acho que essa é uma vitória do Rio e de todo o povo brasileiro.”

Medina soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth, em Copacabana (zona sul do Rio). Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição das sete novas maravilhas.

“Eu não ligo. Questionaram isso aqui também [o Live Earth] e olha só o sucesso que está sendo. Nenhum país do mundo tem isso aqui”.

www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u310224.shtml.

A frase que expressa uma opinião éA) “...escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas

maravilhas do mundo...”.B) “a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas...” ”.

C) “...soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth...”.

D) “Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição...”.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.TEXTO 1

Futilidade públicaEspantei-me ao abrir o jornal [6/10], (...) trouxe uma lição

de consumismos, sobre roupas para usar em eventos únicos. É difícil de acreditar que, em meio a tantas mudanças e polêmicas, esse foi considerado o assunto mais importante a ser tratado.

Acho que vale lembrar que vivemos num país onde, apesar de o voto ser obrigatório, as pessoas são muito pouco politizadas. Temos de mudar isso, começando por nós mesmos; os jovens. O papel irrefutável que a média tem é evidenciar isso, mostrar o quão importante e o envolvimento na vida pública. – [...]NOGUEIRA, Lílian. Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 out. 2008.

Fragmento.

TEXTO 2Roupas caras

[...] Quando vi a primeira página “Com que roupa eu vou?” (6/10), achei-a interessante e convidativa pelo assunto em si e pelo fato de vocês terem selecionado dois modelos que são um pouco gordinhos. No entanto, ao abrir a matéria me decepcionei, pois vi que, como qualquer outro artigo da moda, vocês encheram a página de roupas caras e de marcas inacessíveis à grande parte dos jovens que leem este caderno. Peças de roupas por mais de R$ 200,00 cada uma?!? Isso é um absurdo.

ZANCHETA, Ricardo. Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 out. 2008. Fragmento.

No texto 1, em relação ao fato de os jovens não se envolverem na vida pública há uma opinião em

A) “Espantei-me ao abrir o jornal...”.B) “...sobre roupas para usar em eventos...”.C) “...apesar de o voto ser obrigatório,...”.D) “...as pessoas são muito pouco politizadas.”.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

AleijadinhoAntônio Francisco Lisboa nasceu em 1730 em Vila Rica

(atual Ouro Preto), Minas Gerais e viveu 84 anos. Filho de Manoel Francisco Lisboa, português e de uma escrava deste, africana, de nome Izabel, tornou-se o maior escultor do Brasil, tendo trabalhado até as vésperas de sua morte. Deixou uma obra vastíssima e de grande valor artístico.

Sua formação se deu no próprio meio familiar, aprendendo com o pai, que era, junto com o irmão, mestre na arte em cantaria e na talha do estilo Barroco.

Sua vida muda completamente a partir do momento em que uma grave doença deformante o acomete. A doença se agrava com o correr do tempo, a ponto de caírem-lhe os dedos das mãos. Daí o apelido de Aleijadinho.[...]COELHO, Ronaldo Simões. Pérola torta. Dimensão. Fragmento.O trecho que expressa uma opinião é

A) “... nasceu em 1730 em Vila Rica, Minas Gerais”.B) “Deixou uma obra de grande valor artístico.”.C) “Sua formação se deu no próprio meio familiar,”.D) “A doença se agrava com o correr do tempo,”.

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D6 Identificar o gênero de um texto.Sempre que nos manifestamos linguisticamente, o fazemos por meio de textos. E cada texto realiza sempre um gênero textual. Cada vez que nos expressamos linguisticamente estamos fazendo algo social, estamos agindo, estamos trabalhando. Cada produção textual, oral ou escrita, realiza um gênero. Pode - se dizer que os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa

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situação cotidiana. Assim, identificar o gênero de um texto é, pela sua estrutura e função, identificar se o texto pertence a gêneros como: anúncios, convites, atlas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias, etc.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

01 – O Gênero do texto acima é:a) Carta do leitor b) E-mailc) Blog d) CartaLeia o texto a seguir e responda.

02 – O Gênero do texto acima é:a) Panfleto b) Anúncioc) Carta do leitor d) Notícia

03 – Observe o texto e responda

Este texto é um (a)a) Conto b) Crônicac) Charge d) Tirinha

Lixo é Luxo

Não tem nada mais fácil que jogar coisas fora. Um simples movimento e você já está livre daquilo que

não queria nem usava mais. É um fluxo automático: você compra, usa e dispensa coisas tantas vezes ao dia que não se dá conta da quantidade de resíduos que produz nem pensa no destino daquilo que joga no lixo (quando não na rua mesmo, o que não é raro de ver por aí).

O consumo alucinado e a consequente produção desenfreada de lixo são problemas sociais e ambientais aos quais não dá mais para fechar os olhos. Tanto que já despertam nos jovens o desejo de buscar alternativas de consumo, de reutilização e de reciclagem de materiais.

Cláudio Alves, 17, criou um projeto – com a orientação da ONG Aprendiz Comgás – de reciclagem do papel dispensado por empresas para gerar renda para moradores de rua.

Danielle Jurado, 17, confeccionou roupas reaproveitando materiais encontrados nos lixos e nas ruas de São Paulo. Peri Pane, 28, do grupo Refluxo, realizou uma performance artística de conscientização de consumo na qual passou sete dias acumulando todos os resíduos inorgânicos que produzia em uma capa especial, o parangolixo-luxo.

“O lixo é um dos grandes problemas de hoje, tanto porque os recursos naturais da Terra estão se esgotando quanto porque não há mais o que fazer com tanto lixo”, explica Alves.

“Precisamos tomar uma atitude que influencie as pessoas e que minimize o problema.” [...]

Folhateen. Folha de S. Paulo. 08 set. 03, p. 6. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Texto 2Lixo gera renda no Quênia

Chinelos de borracha são usados em todo o mundo, em alguns lugares até para ir à escola e ao trabalho. Um dia eles vão parar no lixo ou se perdem nas ruas. As chuvas os levam para o mar e, em algum momento, tudo vai parar numa praia. Na ilha Kiwayu, que faz parte da Reserva Marinha Nacional de Kiunga, no Quênia, dezenas são trazidas pelas correntes marítimas do Oceano Indico. Ninguém sabia que fim dar a tanto lixo, que prejudicava a pesca e a postura de ovos de tartarugas. Mas os brinquedos produzidos pelas crianças com os chinelos acabaram inspirando os adultos a fazer arte com a borracha que se acumulava nas praias.

Nasceu assim, em 1997, o projeto FlipFlop (sandálias de borracha em inglês). Mulheres de Kiwayu, que até então pouco tinham a fazer na ilha além de cuidar de marido e filhos, formaram a primeira comunidade de catadoras de chinelos e artesãs. Os homens da comunidade Bajun continuam pescando e cultivando, mas agora há outra forma de se gerar renda.

Razão Social. O Globo. 03 nov. 2009, p. 9.Esses textos sãoa) Depoimentos b) Relatosc) Notícias d) Reportagens

Leia o texto abaixo.A genética da esquizofrenia

O maior estudo já feito sobre a esquizofrenia comprova o forte componente genético da doença: um terço de suas causas seriam resultado do efeito acumulativo de 30 mil mutações. O trabalho revelou também que erros numa misteriosa região do DNA humano aumentam de 15% a 25% os riscos de uma pessoa ter esquizofrenia. Tais revelações fazem parte da pesquisa feita por um grupo internacional, que gerou três estudos dependentes, publicados na revista “Nature”. A complexidade do problema, dizem os cientistas, torna muito

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difícil o desenvolvimento de testes de diagnóstico, mas as descobertas abrem caminho para novos tratamentos.

O Globo. 2 jun. 2009. 4 – O gênero deste texto é:a) Crônica b) Contoc) Notícia d) Relato

DICAS DE CINEMARosely Morena Porto

Mentes Perigosas.Direção: John N. Smith. Buena Vista InternationalPictures / Jerry Bruckheimer Films, 1995.O filme baseia-se nas memórias de Louanne Johnson, ex-fuzileira naval que abandona a carreira militar para lecionar em uma escola de periferia. Apesar de sua experiência e treinamento, ela precisa recorrer a métodos de ensino pouco convencionais para conquistar seus estudantes rebeldes. Assim, ela os ajuda a perceber a importância do conhecimento e da educação para cada indivíduo em sociedade.

GV Executivo. V. 6, N.5, P. 97, SET.OUT. 2007. Esse texto é uma

A) crônica. B) propaganda.C) resenha. D) sinopse.

Leia o texto abaixo.Texto 1

Foi com curiosidade que adquiri, em banca, o exemplar especial de VEJA Brasília 50 Anos.

Não fazia ideia do registro histórico contido em tal obra. Chamo de obra, sim, pois os relatos nos fazem viajar no tempo, transportando-nos como na reportagem escrita por Ronaldo Costa Couto, com JK fazendo discurso na carroceria de um caminhão, ou arranjando um voo para “sondar” Israel Pinheiro para o grande desafio de gerenciar sua ideia. O que falar então das fotos: são magníficas!

Os movimentos políticos e estratégicos, a moda, a cultura, a valentia e objetividade que JK conseguiu plantar no coração, na alma, nos braços e nas pernas de cada um que esteve com ele, como o senhor Afonso Heliodoro. Enfim, uma lição para todos os brasileiros que a equipe de VEJA nos proporcionou.

Gladys HaluchCuritiba, PR

Texto 2Ao ler VEJA Especial Brasília 50 anos fiquei extasiada

com a qualidade da pesquisa realizada.Documentos da época e os projetos que concorreram

foram o que mais me chamaram a atenção.Porém, o mais impressionante foi a determinação de um

homem: JK. Tenho 51 anos e durante a minha infância acompanhei, através das revistas da época, a evolução dessa linda cidade, que tive o prazer de conhecer aos 15, como presente de aniversário. Nunca mais vi nada igual em termos de modernidade. Parabéns mais uma vez! VEJA sempre surpreendendo!

Isabel Alice Guimarães UbaranaNatal, RN.

Revista Veja, 18 de novembro de 2009. Esses dois textos sãoA) cartas de leitor. B) crônicas.C) notícias. D) relatos pessoais.

Leia e responda

Podemos dizer que este texto pertence ao gêneroA) Tirinha B) CartumC) Charge. D) História em quadrinhosLeia e responda

ABREU, Casimiro. IN: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira. v. 2. São Paulo: Difel,

1968, p. 44.De acordo com a organização interna dos gêneros, esse texto pertence ao gênero

A) Crônica B) Fábula.C) Poema D) Letra de música

Leia e responda

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Page 38: Apostila 9º Ano

Este texto pertence ao gêneroA) Charge B) Cartaz C) Anúncio D) Conto

Leia e responda

A) Crônica B) Fábula.C) Piada D) Letra de música

Observe e responda

A) Crônica B) BulaC) Cartaz D) Folder

Leia e responda

Este texto pertence ao gêneroA) Cartum B) ChargeC) Poema D) Letra de música

Leia e responda

Este texto pertence ao gêneroA) Cartum B) ChargeC) Poema D) Crônica

Observe o texto abaixo e responda

Ingredientes• 50g de curiosidade•1kg de atividade•2 xícaras de aprendizado•3 colheres (sopa) de fazer tudo errado•4 litros de diversão•5g de paixão•5 litros de beleza•50g de espertezaModo de preparoDespeje a curiosidade junto com a esperteza, adicione a atividade e a beleza. Misture bem e deixe esfriar. Depois acrescente o aprendizado e as 3 colheres de fazer tudo errado. Por fim, acrescente a paixão e os 4 litros de diversão, espere crescer e a juventude está formada.

Tempo de preparo: 7 a 30 anosRendimento: 1 jovem

O texto abaixo mistura dois gêneros que são respectivamentea) Poema e crônicab) Poema e receitac) Receita e crônicad) Conto e crônica

Leia o texto abaixo e responda

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O homem trocado

O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala derecuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.- Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.- Eu estava com medo desta operação...- Por quê? Não havia risco nenhum.- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma trocade bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal deorientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhosredondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Oucom sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta nãosoubera explicar o nascimento de um bebê chinês.- E o meu nome? Outro engano.- Seu nome não é Lírio?- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que nãofazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar nauniversidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mêspassado tive que pagar mais de R$ 3 mil.- O senhor não faz chamadas interurbanas?- Eu não tenho telefone!Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foramfelizes.- Por quê?- Ela me enganava.Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidasque não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médicodizer:- O senhor está desenganado.Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Umasimples apendicite.- Se você diz que a operação foi bem...A enfermeira parou de sorrir.- Apendicite? - perguntou, hesitante.- É. A operação era para tirar o apêndice.- Não era para trocar de sexo?Luis Fernando VeríssimoEste texto pertence ao gênero

A) Piada B) CrônicaC) Conto D) Novela

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita retratam

tipos urbanos femininosAs canções têm a particularidade de fazer, na conjunção

letra e música, um retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades.

Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, morais.

Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as canções, aparecendo como

“divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam.

BRAIT, Beth. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096>.

Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento.

O texto apresentado é um exemplo deA) artigo de opinião.B) crônica.C) depoimento.D) letra de música.E) notícia.

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo

Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-

carlos-drummond-de-andrade.html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

Qual é o gênero desse texto?A) Artigo.B) Conto.C) Crônica.D) Notícia.E) Reportagem.

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(PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.

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Desmatar não vale a pena

Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico. Isso é o que fizeram você acreditar durante muito tempo. A realidade é bem diferente. O modelo de ocupação predominante na Amazônia é baseado na exploração madeireira predatória e na conversão de terras para agropecuária. É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros anos da atividade econômica baseada nesse modelo, ocorre um rápido e efêmero crescimento (o boom). Mas, em seguida, vem um declínio significativo em renda, emprego e arrecadação de tributos (o colapso). A situação de quem era pobre fica ainda pior.

Esse modelo é nefasto em todos os sentidos. O avanço da fronteira na Amazônia é marcado pelo desmatamento, pela degradação dos recursos naturais e, se não bastasse tudo isso, pela violência rural.

Em pouco mais de três décadas, o desmatamento passou de 0,5% do território da floresta original para quase 18% do território, em 2008. Além disso, áreas extensas de florestas sofreram degradação pela atividade madeireira predatória e devido a incêndios florestais.

VERÍSSIMO, Beto. Galileu. set. 2009. Fragmento.

Por suas características, esse texto éA) um artigo.B) um relato.C) uma crônica.D) uma reportagem.E) uma resenha.

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(SPAECE). Leia o texto abaixo.Alpinistas italianos são resgatados após atingirem o pico do

Monte AconcáguaOutros dois integrantes do grupo foram encontrados mortos

Da agênciaBuenos Aires

Dois alpinistas italianos foram resgatados nesta sexta-feira do Monte Aconcágua, na Argentina. Eles foram levados, de helicóptero, para um hospital na cidade de Mendoza.

Outros dois integrantes do grupo já haviam sido encontrados mortos na montanha.

Marco Afazio, de 39 anos, e Marina Acanazi, de 35 anos, estão internados em estado delicado. Já Mateo Refrigerato, de 35 anos, ainda espera, em estado crítico, por socorro em um acampamento. Após atingirem o cume, os três sobreviventes passaram duas noites com temperaturas entre 20 a 30 graus abaixo de zero, sem barraca, saco de dormir ou fogareiro.

Outros dois componentes do grupo foram encontrados mortos. O guia argentino Federico Campanini, de 31 anos, chegou a ser resgatado, mas não resistiu. A italiana Elena Zenil, de 38 anos, se perdeu dos demais alpinistas antes de chegar ao cume e também morreu.

A forte tempestade na região e a chegada tardia ao cume, 16h30 – é recomendado no máximo 14h –, são apontados como os principais responsáveis pela tragédia.Portal G1. Disponível em: <www.g1.com.br>. Acesso em: 09 jan.

2009. Esse texto é uma

A) carta.B) crônica.

C) notícia.D) resenha.

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(CPERB). Leia o texto abaixo.Cão chama atenção na China

Um cão tem chamado atenção em uma aldeia na província de Shandong, na China, por ficar guardando o túmulo de seu dono. O animal pertencia a Lao Pan, que morreu no início deste mês aos 68 anos, segundo reportagem da emissora de TV "Sky News". Por sete dias, o cão foi visto ao lado da sepultura. Como o animal estava sem comer, moradores o levaram de volta à aldeia e lhe deram comida. No entanto, após comer, o cachorro acabou voltando para o cemitério. Agora, os moradores estão levando água e comida para o cão regularmente e pretendem colocar uma casinha para o animal junto ao túmulo de seu dono.

Trecho de G1.com Fonte: http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2011/11/cao-chama-

atencao-na-china-ao-ficar-guardando-tumulo-dedono. html (ultimo acesso em 23/11/2011)

Pode-se concluir que o texto éa) um noticiário, dando informação do que é ocorrido.b) um noticiário, dando informação imprecisa e falsa do que

estar ocorrendo.c) narrativo, onde se conta a história do cachorro.d) narrativo, onde se conta a história do homem falecido.

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(SAEMS). Leia o texto abaixo.Mensagens por celular estimulam jovens

Crianças que se comunicam por SMS leem e falam melhor do que as outras

De acordo com um estudo realizado pela British Academy, crianças que fazem uso de mensagens de texto por celular (SMS), prática conhecida como texting, leem e falam melhor do que as outras. A pesquisa afirma que pais e professores deveriam estimular essa forma de comunicação entre os jovens. Para o jornal inglês The Independent, crianças que se valem de abreviações também dominam a pronúncia correta das palavras. Além disso, segundo o jornal, observou-se um significativo aumento de atenção por parte das crianças quando as palavras rimavam umas com as outras. Contudo, os pesquisadores não souberam afirmar se o uso frequente de mensagens influi na capacidade de escrever dentro das normas da Língua Inglesa. A única conclusão é que o uso prolongado fez as crianças se saírem melhor nas avaliações de fluência verbal.

Língua Portuguesa, mar. 2010, p. 11. Fragmento.

Esse texto é um exemplo deA) artigo.B) crônica.C) curiosiade.D) reportagem.

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D7 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.A habilidade que pode ser avaliada com itens deste descritor diz respeito ao reconhecimento, por parte do aluno, do gênero ao qual se refere o texto-base, identificando, dessa forma, qual a função social ou o objetivo do texto: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir, solicitar, recomendar etc.Todo texto se realiza com uma determinada finalidade. Ou seja, tem um propósito interativo específico. Pode pretender, por exemplo, esclarecer ou expor um ponto de vista, refutar uma posição, narrar um acontecimento, persuadir alguém de alguma coisa etc.Assim, o entendimento bem sucedido de um texto depende, também, da identificação das intenções pretendidas por esse texto.

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(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Fernando de Noronha, PE

História: descoberta em 1503 por Américo Vespúcio, a ilha foi doada pela coroa portuguesa a um nobre, Fernão de Noronha, dando origem ao seu nome. Fazendo parte da rota para o Novo Mundo, foi ocupada por holandeses e franceses. Em 1737, Pernambuco a tomou para o Brasil. Já foi usada como presídio comum, presídio político e base norte-americana na 2ª Guerra. Antes território federal, Noronha hoje é distrito estadual de Pernambuco.

Como chegar: o acesso é feito de avião a partir de Natal (360 km) ou Recife (545 km).

Formação geológica: o arquipélago é composto por 21 ilhas de ilhotas que ocupam uma área de 26km² e são o topo de uma montanha submarina de origem vulcânica cuja base está a 4 000 metros de profundidade. Uma área de 112,7 km² no arquipélago e em seu entorno foi transformada em Parque Nacional Marinho. Para ter uma ideia de sua importância, das 18 espécies de corais encontradas no Brasil, 15 ocorrem lá.

É bom saber: ao desembarcar, deve-se pagar a chamada taxa de preservação ambiental, de aproximadamente R$ 30 por dia, que é progressiva em função do tempo de estada. Algumas áreas do parque só podem ser visitadas com acompanhamento de guias credenciados. Para conhecer a ilha é possível alugar bugues ou motos, que percorrem trilhas de areia e pedras e uma de nossas menores rodovias federais: a BR-363, com apenas 7km de extensão. Por água, são inúmeros os passeios de barco e mergulhos contemplativos. O fuso horário de Noronha é de + 1 hora em relação a Brasília.

Disponível em: <www.ilhadenoronha.com.br>. Acesso em: 27 out. 2010.

O objetivo desse texto éA) apresentar informações sobre Fernando de Noronha.B) descrever a formação geológica de Fernando de Noronha.C) esclarecer questões sobre a história do Brasil.D) oferecer possibilidades de passeios aos turistas de uma

ilha.E) persuadir o leitor a ir conhecer Fernando de Noronha.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

ABREU, Casimiro. IN: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira. v. 2. São Paulo: Difel,

1968, p. 44.

De acordo com a organização interna dos gêneros, esse texto pertence à tipologia

A) apelativa.B) dissertativa.C) informativa.D) narrativa.E) poética.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://www.projetosdeleitura.com.br>. Acesso em: 13 mar. 2010.

Esse texto serve paraA) convencer o leitor sobre o prazer da leitura.B) convidar para um debate sobre a leitura.C) divulgar os livros do autor Laé de Souza.D) vender um projeto de leitura experimental.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Esse texto é direcionado ao leitor paraA) chamar sua atenção quanto a um perigo iminente.B) criticar um comportamento socialmente inadequado.C) informar a respeito de uma norma do código de trânsito.D) persuadir a adotar um determinado comportamento.E) sugerir que se visite o médico com regularidade.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita retratam tipos urbanos femininos

As canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades.

Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, morais.

Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito sobre os

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costumes e os valores de uma época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam.

BRAIT, Beth. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096.>.

Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento.

O texto apresentado tem a finalidade deA) apontar dados sobre intérpretes brasileiros.B) discutir sobre o panorama da música popular brasileira.C) divulgar canções de importantes grupos musicais.D) fazer propaganda de álbuns musicais recentes.E) refletir sobre a presença da mulher nas letras de músicas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram

com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de anosTrês fósseis encontrados na África desvendam um

mistério de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos atrás.

A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que tornava difícil compará-lo com outras espécies.

Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo.

O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos.

Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-novas-

especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus-ha-1-7-milhao-de-anos>.

Acesso em: 14 ago. 2012.

Esse texto tem o objetivo deA) apresentar uma opinião.B) dar uma informação.C) fazer um alerta.D) instruir o leitor.E) relatar uma experiência.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml>.

Acesso em: 3 jan. 2012.

Nesse texto, a intenção do menino eraA) criar um idioma próprio.B) dificultar a comunicação com o pai.C) fazer com que o pai fale gírias.D) impressionar o pai com sua descoberta.E) inventar novas palavras.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pensamento positivo pode ajudar a combater doenças[...] Já é bem aceito pela medicina que os pensamentos

negativos e a ansiedade podem nos deixar mais susceptíveis a doenças. O estresse – que é útil em pequenas doses para preparar o corpo para a ação ou fuga – quando constante, aumenta os riscos de diabetes e até demência.

O que os pesquisadores estão descobrindo agora é que o pensamento positivo não só ajuda a combater o estresse, mas também têm efeitos positivos na saúde. Sentir-se seguro e acreditar que as coisas vão melhorar pode ajudar o corpo a se curar. Uma compilação de estudos publicada na revista de Medicina Psicossomática sugere que os benefícios do pensamento positivo acontecem independente do dano causado pelo estresse ou pessimismo. [...]

Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI263281-

17770,00 PENSAMENTO+POSITIVO+PODE+AJUDAR+A+COMBATER+DOENCAS.html>. Acesso em: 8 set. 2011.

Fragmento.

Esse texto tem o objetivo deA) alertar o leitor sobre doenças.B) descrever um procedimento médico.C) explicar um termo científico.D) incentivar a realização de experiências.E) informar sobre uma pesquisa científica.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://home.alie.br/sites/iscafaculdades/noticia.php?id=5195>.

Acesso em: 8 jan. 2012.

O objetivo comunicativo desse texto éA) apresentar um procedimento.B) criticar um comportamento.C) dar uma orientação.D) divertir o leitor.E) vender um produto.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Carta de LeitorEnaltecer a habilidade literária de Lya Luft seria “chover

no molhado”. Eu a acompanho sempre, pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia chegar próximo, e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco são o otimismo e a esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, especialmente porque sempre se percebe nela a preocupação em desfazer a opinião de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o brasileiro e o ser humano universal de viver com um mínimo de dignidade. Ainda é possível mudar.

Teodoro UberreichVeja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011.

A finalidade do Texto éA) apresentar um posicionamento.B) contar uma história de vida.C) divulgar uma obra literária.D) relatar um acontecimento.E) transmitir um ensinamento.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

A genética da esquizofrenia

O maior estudo já feito sobre a esquizofrenia comprova o forte componente genético da doença: um terço de suas causas seriam resultado do efeito acumulativo de 30 mil mutações. O trabalho revelou também que erros numa misteriosa região do DNA humano aumentam de 15% a 25% os riscos de uma pessoa ter esquizofrenia. Tais revelações fazem parte da pesquisa feita por um grupo internacional, que gerou três estudos dependentes, publicados na revista “Nature”. A complexidade do problema, dizem os cientistas, torna muito difícil o desenvolvimento de testes de diagnóstico, mas as descobertas abrem caminho para novos tratamentos.

O Globo. 2 jun. 2009.

A finalidade desse texto éA) classificar.B) conceituar.C) convencer.D) informar.E) sugerir.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.

DicasVeja como agir para fazer uma compra segura pela

internet.• Além do e-mail, verifique se a loja oferece número de

telefone e endereço.• Imprima todos os procedimentos realizados durante a

compra: número da transação e confirmação do pedido. Se possível, solicite à loja online um fax ou uma confirmação por escrito de que a aquisição foi feita.

• Cuidado com promoções. Lembre-se de que, na maioria das vezes, ao preço do produto, ainda será somado o valor do frete.

• Antes de finalizar a compra num site estrangeiro, não deixe de verificar as taxas de importação e o valor do frete. Procure saber também se a empresa tem representantes no Brasil.

• Existem produtos, como músicas e programas, que podem ser comprados e recebidos pela própria internet. Assim, não há custo de frete nem prazo para entrega.

• Nunca envie suas informações de pagamento via e-mail. As informações que viajam pela internet não são protegidas contra leitura de estranhos.

E-bit - Empresa de pesquisas na área do comércio eletrônico. In: Correio Braziliense. 12 abr. 2010.

A finalidade do Texto éA) convencer.B) ordenar.C) orientar.D) sugerir.E) vender.

------------------------------------------------------------ (SAERJ). Leia o texto abaixo.

Este livro feito sob medida para você, com histórias que retratam o universo dos adolescentes e que, na maioria das vezes, são contadas pelos próprios adolescentes. Você vai rir e chorar ao ler sobre a descoberta da verdadeira amizade, a perda do primeiro amor e as delicadas relações entre pais e filhos.

Cada uma das histórias contém algum significado especial. Elas falam da luta dos jovens para crescer e realizar seus sonhos, superando a timidez, o medo do julgamento dos outros e seus próprios limites. Também alegram, comovem, reacendem a esperança e estimulam o desejo de empenhar-se para amar e viver plenamente.

Esperamos que este livro se torne seu melhor amigo, disponível sempre que você precisar e pronto para contar uma história que vai aquecer o seu coração.

Disponível em: <www.saraiva.com.br>.

O objetivo desse texto éA) mostrar as características dos adolescentes.B) apresentar um livro ao leitor.C) contar as histórias de adolescentes.D) contar as histórias de um livro.E) criticar um livro de histórias infantis.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo a seguir e responda.

A porcentagem de tipos sanguíneos varia em diferentes grupos populacionais. Muitos povos indígenas, como várias tribos da América, não possuem o tipo B. No Brasil, os tipos O e

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Page 44: Apostila 9º Ano

A respondem, juntos, por quase 90% dos habitantes. Uma provável explicação para esse fenômeno está em pesquisas ainda não conclusivas: elas indicam que algumas doenças são mais comuns em determinados tipos sanguíneos. O câncer de estômago, por exemplo, seria mais frequente em pessoas com sangue tipo A; a pneumonia e certos tipos de anemia, no tipo B. Conforme certas epidemias se tornam mais frequentes, elas matam mais pessoas de certo tipo sanguíneo – e sobra mais gente dos outros.

O que determina os diferentes tipos de sangue? Superinteressante. n° 195, dezembro de 2003, p. 50.

*Adaptado: Reforma Ortográfica

O objetivo desse texto éA) divertir.B) alertar.C) informar.D) ilustrar.E) divulgar.

------------------------------------------------------------ (PROEB). Leia o texto abaixo.

Paris receptiva e menos caraCidade quer abandonar rótulo de mal-humoradaDe Paris já se disse quase tudo, e os chavões são mais

variados que as luzes da cidade. Um deles trata do mau humor crônico dos habitantes ao lidar com turistas.

Pelo sim, pelo não, como o que vale mesmo é a impressão mais que a realidade, a prefeitura decidiu deflagrar uma campanha para mudar a reputação da capital.

Ah, existe uma outra imagem consagrada, e esta pode ser medida no bolso, a de metrópole cara, caríssima.

Em um esforço para etiquetar Paris como endereço alegre, receptiva e mais em conta, há uma movimentação das autoridades para incentivar a abertura de pousadas caseiras, ao estilo bed & breakfast, cama, café-da-manhã e, se possível, simpatia.

A dona de casa Daniele de La Brosse tornou-se ícone do modelo que o governo quer alastrar. Ela é cordial e gosta de conversar. Seus hóspedes encontram quartos impecáveis, comem geléia caseira no desjejum e podem receber tantos conselho e dicas quanto quiserem sobre o que fazer ou visitar em Paris, informa o inglês The Times.

A ideia é atrair para o negócio famílias cujos filhos já saíram de casa, deixando cômodos sem uso. Houve adesão de cerca de 600 delas, menos do que a meta de mil novas pousadas. O problema – além da cordialidade ou não – é monetário.

É possível encontrar quartos a 40 euros por noite, mas muitos custam entre 70 e 150 euros. Agora há nova ofensiva e fim de superar restrições culturais e exaltar as vantagens de abrir quartos a turistas. Alem da renda extra, a prefeitura oferece redução de impostos de 71%.

Revista da Semana, Edição 68, ano 3, nº 19, 21 de maio de 2009.

O principal objetivo comunicativo desse texto éA) alertar os turistas sobre as grandes dificuldades de

hospedagem na capital francesa. B) divulgar as qualidades do povo francês em relação à sua

hospitalidade e higiene.C) enfatizar a necessidade de existência de uma liderança

forte na área de turismo em Paris.D) informar que as autoridades parisienses pretendem alterar

a imagem de Paris para os turistas.E) mostrar que é essencial uma revisão nos preços cobrados

dos hóspedes nas pousadas.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

A antiga Roma ressurge em cada detalhe

Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto de

79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompéia dos conquistadores e preservou-a para o futuro, como uma jóia arqueológica. Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.

A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do instituto Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.

Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar com palavras.

Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.

A finalidade principal do texto é(A) convencer.(B) relatar.(C) descrever.(D) informar.

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda a questão.

A SURDEZ NA INFÂNCIA

Podemos classificar as perdas auditivas como congênitas (presentes no momento do nascimento) ou adquiridas (contraídas após o nascimento). Os problemas de aprendizagem e agressividade infantil podem estar ligados a problemas auditivos. A construção da linguagem está intimamente ligada a compreensão do conjunto de elementos simbólicos que dependem basicamente de uma boa audição. Ela é a chave para a linguagem oral, que, por sua vez, forma a base da comunicação escrita.

Uma pequena diminuição da audição pode acarretar sérios problemas no desenvolvimento da criança, tais como: problemas afetivos, distúrbios escolares, de atenção e concentração, inquietação e dificuldades de socialização. A surdez na criança pequena (de 0 a 3 anos) tem conseqüências muito mais graves que no adulto.

Existem algumas maneiras simples de saber se a criança já possui problemas auditivos como: bater palmas próximo ao ouvido, falar baixo o nome da criança e observar se ela atende, usar alguns instrumentos sonoros (agogô, tambor, apito), bater com força a porta ou na mesa e, dessa forma, poder avaliar as reações da criança.

COELHO. Cláudio. A surdez na infância. O Globo, Rio de Janeiro. 13/04/2003.

p. 6. Jornal da Família. Qual é seu problema?

O objetivo desse texto é:A) comprovar que as perdas auditivas são irrelevantes. B) comprovar que a surdez ainda é uma doença

incurável. C) mostrar as maneiras de saber se a criança ouve bem.

D) alertar o leitor para os perigos da surdez na infância.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Mente quieta, corpo saudável

A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da

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Page 45: Apostila 9º Ano

meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.

Revista Superinteressante, outubro de 2003

O texto tem por finalidade (A) criticar. (B) conscientizar. (C) denunciar. (D) informar.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Um cardápio melhor para a escola Uma nova pesquisa resultou num ranking dos alimentos

mais consumidos pelas crianças brasileiras na hora do lanche. Conclusão: eles não primam pelo alto valor nutricional. Ao contrário.  O levantamento, que envolveu uma detalhada investigação da lancheira de 800 estudantes do ensino fundamental em escolas particulares, revelou excesso de gorduras e açúcar – e falta de vitaminas, fibras e sais minerais. As nutricionistas Eliana Zacarelli e Hellen Coelho, da Universidade de São Paulo, conduziram o estudo. Elas avaliaram cada um dos alimentos trazidos pelas crianças às escolas. Para se ter uma ideia, o campeão da lista, a bisnaguinha, tem o dobro de gorduras de um pão de forma comum. Com base em vários desses cálculos, as especialistas sugerem "trocas realistas" (leia-se: um tipo de pão por outro – e não por chuchu). Isso pode ajudar a melhorar hábitos alimentares – e a deixar as crianças longe da faixa do sobrepeso, caso de 10% delas no Brasil.

  Revista Veja, fevereiro de 2009. O texto tem por finalidade

(A)  criticar.(B)  divertir.(C) informar.(D) denunciar.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Muitas pessoas hoje utilizam e-mail para se comunicar à distância com rapidez. O objetivo que melhor expressa a mensagem acima é

(A)  enviar o contrato do novo fornecedor.(B)  solicitar a definição da data da reunião.(C)  enviar o contrato do novo fornecedor e solicitar a

definição da data da reunião.

(D)  exigir com urgência a definição da data da reunião de março.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Servidão Humana 

A maior migração forçada da História começou lentamente e acompanhou a expansão européia de conquista e comércio. Os primeiros escravos africanos chegaram ao Novo Mundo em 1509, mas foram poucos até 1530, quando Portugal, primeira nação européia a negociar com os reinos negros da África Ocidental, começou a mandar escravos para as plantações de cana-de-açúcar no Brasil. O sofrimento da travessia era imenso. Arrancados às famílias, acorrentados e levados a pé até o litoral, amontoados em barracões para o embarque, a degradação dos escravos não tinha fim. Ficavam semanas, meses, acorrentados em porões de navios, lado a lado com doentes e agonizantes, sem saber que destino teriam.

Revista VEJA. Especial do Milênio. São Paulo:Editora Abril, ano 31, n. 51, dez. 1999. p. 110

 A finalidade desse texto é

(A) convencer.(B) informar.(C) divertir.(D) recomendar.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como: redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htmA finalidade do texto I é:

a) informar.b) fazer humor.c) defender opiniões sobre um tema.d) emocionar.

------------------------------------------------------------Leia os textos para responder a questão abaixo:Texto 1

Palavras ao vento

Ando por aí querendo te encontrarEm cada esquina paro em cada olharDeixo a tristeza e trago a esperança em seu lugarQue o nosso amor pra sempre viva Minha dádivaQuero poder jurar que essa paixão jamais será

Palavras apenasPalavras pequenasPalavras

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Page 46: Apostila 9º Ano

Ando por aí querendo te encontrarEm cada esquina paro em cada olharDeixo a tristeza e trago a esperança em seu lugarQue o nosso amor pra sempre vivaMinha dádivaQuero poder jurar que essa paixão jamais será

Palavras apenasPalavras pequenasPalavras, momentoPalavras, palavrasPalavras, palavrasPalavras ao vento...

Marisa Monte / Moraes Moreira

Texto 2Homem não chora

Homem não choraNem por dorNem por amorE antes que eu me esqueçaNunca me passou pela cabeçaLhe pedir perdãoE só porque eu estou aquiAjoelhado no chãoCom o coração na mãoNão quer dizerQue tudo mudouQue o tempo parouQue você ganhouMeu rosto vermelho e molhadoÉ só dos olhos pra foraTodo mundo sabeQue homem não choraEsse meu rosto vermelho e molhadoÉ só dos olhos pra foraTodo mundo sabeQue homem não choraHomem não choraNem por terNem por perderLágrimas são águaCaem do meu queixoE secam sem tocar o chãoE só porque você me viuCair em contradiçãoDormindo em sua mãoNão vai fazerA chuva passarO mundo ficarNo mesmo lugarMeu rosto vermelho e molhado...

Frejat / Alvin L

O texto 1 é uma música que fez muito sucesso na voz da cantora Cássia Eller.Podemos dizer que o texto 1 tem a finalidade de:

a) defender um ponto de vista.b) informar.c) emocionar.d) anunciar um produto.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

A finalidade do texto é(A) criticar o desperdício de brinquedos pelas crianças.(B) anunciar o lançamento de um novo ursinho de pelúcia.(C) convencer as crianças a doarem brinquedos usados.(D) defender o direito de brincar das crianças.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

http://www.tuppi.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/09/denuncia_crianca.jpg

A finalidade do texto é incentivar a(A) denúncia à violência infantil.(B) adoção de crianças.(C) necessidade de as crianças brincarem.(D) divulgação de brincadeiras infantis.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Stress Ancestral

Conhecido como um dos males do nosso tempo, o stress não é exclusividade deste século nem do anterior. Muito antes da era do trânsito caótico, e até mesmo da Revolução Industrial, a civilização inca, que viveu entre 550 e 1532, já sofria desse mal. A conclusão é de uma equipe de arqueólogos da Universidade de Ontário Ocidental, no Canadá, que analisaram amostras de cabelo de restos mortais de dez indivíduos, provenientes de cinco diferentes sítios arqueológicos no Peru. Os pesquisadores encontraram cortisol – hormônio responsável pelo stress – em níveis superiores aos verificados em pessoas que passaram por estudos clínicos recentes. “O cortisol estava mais alto naqueles que, depois de alcançar tais níveis, morreram. Esses indivíduos podem ter desenvolvido uma doença que levou algum tempo para matá-los e essa talvez tenha sido a causa do stress”, diz a arqueóloga Emily Webb, que conduziu a pesquisa.

Fonte:http://www.istoe.com.br/reportagens/35451_STRESS+

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Page 47: Apostila 9º Ano

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A finalidade do texto é(A) relatar as consequências negativas do stress.(B) informar que o stress já existe há mais de 400 anos.(C) identificar a doença que causou o stress na civilização

Inca.(D) comparar o stress do homem moderno ao dos Incas.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

A finalidade do cartaz é(A) informar sobre a existência da doença.(B) alertar os motoristas sobre o risco da dengue.(C) prevenir contra a volta de uma doença.(D) divulgar um programa de saúde no trânsito.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

LIBERDADEÉ não depender de droga nenhuma pra viver.

Você sabia que os remédios sem indicação médica, a cola de sapateiro, o álcool e o cigarro são as drogas mais consumidas no Brasil? São as mais comuns e, por isso mesmo, muito traiçoeiras. Porque o pior de toda droga nem é o risco de morte, é a certeza de uma vida de dependência. Quem ainda acredita que as drogas libertam, é candidato a escravo. Porque a outra palavra para liberdade é independência.

Campanha publicitária do Ministério da Saúde – Brasil: Governo Federal

A finalidade do texto é(A) alertar as pessoas para o uso indevido de remédios.(B) chamar a atenção para os malefícios da dependência

química.(C) informar sobre todos os tipos de drogas existentes.(D) buscar soluções para os usuários das drogas mais

consumidas.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

A campanha publicitária cultural tem como objetivo(A) estimular as pessoas a discutir sobre o racismo.(B) divulgar os 120 anos de abolição da escravatura.(C) incentivar a troca de cartas sobre as grandes questões

sociais.(D) celebrar o rompimento das barreiras culturais.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda

Este texto pretende(A) mostrar que as crianças adoram este biscoito.(B) explicar que compensa pagar caro por este biscoito.(C) lembrar que as crianças precisam do biscoito no lanche.(D) ensinar várias maneiras de se conseguir o biscoito.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O QUE É E COMO SE CALCULA O ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO?

O índice pluviométrico refere-se à quantidade de chuva por metro quadrado em determinado local, representado em milímetros. Para chegar a esse índice, as centenas de estações meteorológicas espalhadas pelo país utilizam um aparelho conhecido como pluviômetro. Há vários modelos diferentes, mas o instrumento constitui-se, basicamente, de funil de captação e básculas que enviam sinais elétricos para uma estação meteorológica. Com base em todos os aparelhos instalados na cidade, é possível chegar à média de precipitação observada na área total.

SOUZA, Ester Maria. Nova Escola. Abril, ano 24, nº 223, p. 26.

A finalidade desse texto éA) divertir.B) informar.C) instruir.D) relatar.

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Page 48: Apostila 9º Ano

------------------------------------------------------------(Prova Petrópolis). Leia o texto abaixo.

Passo a passo- A hidratação deve ser feita antes, durante e após a

caminhada.- A desidratação causa diminuição de 30% no rendimento

do praticante.- Gestantes e pessoas na terceira idade têm de tomar

mais cuidado com a hidratação. Nesse caso, é essencial levar uma garrafa de água para beber durante a caminhada.

- Não espere ficar com sede para beber água. A sede é o primeiro sinal de desidratação.

- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente água é o suficiente.

-Se a caminhada ultrapassar os 60 minutos, a ingestão de bebidas isotônicas ou de água-de-coco é recomendada.

- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem ricas em fibras e terem carboidratos de baixo índice glicêmico, as frutas são o alimento mais recomendado para antes da prática. Deixe o café da manhã, o almoço ou o jantar para depois.

- É preciso tomar cuidado ao ouvir música no caminho. A distração pode causar acidentes.- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha bem a bermuda: alguns trajes causam assaduras nas coxas.

- Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol forte.- Em um trekking, um tênis adequado, meias novas e uma garrafa de água ou cantil não podem faltar. Chapéu, protetor solar, lanterna, capa de chuva, repelente de insetos e um cajado também são recomendáveis.

(Folha equilíbrio, São Paulo, 9 mar. 2006, p. 8)

A finalidade do texto é(A) fazer propaganda do projeto de um clube.(B) fazer recomendações para uma boa caminhada.(C) explicar os benefícios da prática da caminhada.(D) convocar o leitor a fazer exercícios aeróbicos.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo.

O verde que aqueceAlgas deverão colonizar fachadas de edifícios e fornecer

energia elétrica Normalmente, elas não são bem-vindas em casas ou edifícios, porque, onde as algas proliferam, o material de construção sofre danos. No entanto, elas são muito eficientes para utilizar a luz solar, a umidade e o dióxido de carbono para o seu próprio crescimento.

Agora, arquitetos alemães querem aproveitar esse potencial e empregar algas como fornecedoras de energia em um moderno prédio de apartamentos. [...]

As algas devem formar biomassa em elementos de celuloide transparente na fachada do edifício para posteriormente serem bombeadas por canalizações até o porão. Ali, uma miniusina elétrica doméstica gerará gás metano a partir da matéria aquosa. Esse gás volátil, rico em energia, tem uma qualidade semelhante ao gás natural e pode ser queimado para gerar aquecimento ambiente, bem como energia elétrica. Nesse processo, a queima libera na atmosfera apenas a quantidade de CO2 que as algas usaram anteriormente para o seu crescimento. Portanto, a usina alimentada pelos micro-organismos opera de modo climaticamente neutro.[...]

Geo. n.21. Editora Escala. p. 18. Fragmento.

O objetivo desse texto éA) alertar sobre o uso de algas dentro de casa.B) ensinar como construir uma fachada de edifício com algas.C) descrever o trabalho dos arquitetos alemães.D) informar sobre um projeto que utilizará algas que

fornecerão energia.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

Guia do visitante

Um bom momento de lazer e entretenimento pode estar aliado à arte, cultura e história.

O MON realmente acredita nesta proposta e pretende ser um organismo vivo, que abriga ideias, pensamentos e inquietações na forma de obras, manifestações artísticas, exposições. Um local para a comunidade conhecer e se reconhecer. Aproveite. Frequente. Visite e volte sempre. Bem-vindo a esse patrimônio do povo brasileiro. Bem-vindo ao nosso Museu. O Museu Oscar Niemeyer. [...]DICAS DE VISITAÇÃO:

• Inicie sua visita pelas salas expositivas no piso superior.

• No subsolo, não deixe de conhecer o Espaço Oscar Niemeyer e a Galeria Niemeyer

• Finalize sua visita na Torre e no famoso Olho.• Caso tenha utilizado o guarda-volumes, não esqueça de

retirar seus pertences ao final da visita.• Não toque nas obras de arte. As peças são únicas e

muito delicadas. Ajude-nos a preservar o patrimônio para as futuras gerações.

• As exposições só podem ser fotografadas mediante autorização, utilizando apenas câmeras de uso pessoal, sem flashes ou luzes fortes.

• As salas de exposição são mantidas em temperaturas mais baixas e com umidade controlada. Essas condições são ideais para a conservação das obras e seguem critérios museológicos de padrão internacional.

Guia do Visitante, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR, dez. 2010, p. 1. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Esse texto tem como objetivo principalA) anunciar obras de arte.B) fazer um comentário.C) instruir os leitores.D) orientar os visitantes.

------------------------------------------------------------ (SARESP2011). Leia o texto abaixo.

Artigo 29

I) Todo homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.

II) No exercício de seus direitos e liberdades todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigência da moral, da ordem pública e do bem estar de uma sociedade democrática.

III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

(Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos integra.htm Acesso

ago. 2008)

Esse texto tem por objetivo(A) apresentar uma opinião.(B) conscientizar os homens.(C) estabelecer comunicação.(D) indicar direitos e deveres.

------------------------------------------------------------(Prova da cidade 2012). Leia o texto abaixo.

AS DUAS NOIVASO ônibus parou e ela subiu. Ele se encolheu, separando-

se da outra, as mãos enfiadas entre os joelhos e olhando para o lado – como se adiantasse, já tinha sido visto. A noiva sorriu, agradavelmente surpreendida:

Mas que coincidência! E sentou-se a seu lado. Você ainda não viu nada –

pensou ele, sentindo-se perdido, ali entre as duas. Queria sumir,

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Page 49: Apostila 9º Ano

evaporar-se no ar. Num gesto meio vago, que se dirigia tanto a uma como a outra, fez a apresentação com voz sumida:

- Esta é minha noiva... - Muito prazer – disseram ambas.

Fonte: Sabino, Fernando. Obra Reunida. Volume III, Editora Nova Aguilar S.A. – Rio de Janeiro, 1996, p. 148.Com cortes.

No texto, a ironia está no fato de que as moçasA) se conheciam. B) se cumprimentaram. C) falaram ao mesmo tempo. D) noivaram com o mesmo rapaz.

------------------------------------------------------------(Prova da cidade 2012). Leia o texto abaixo e responda.(...)

O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos. Como não cabe no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras – porque o poema, senhores, está fechado: “não há vagas” Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço O poema, senhores, não fede nem cheira.

Fonte: Gullar, Ferreira. “Não há vagas” In: Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.

No poema, há uma referência a um aviso comumente utilizado no mercado de trabalho, no verso

A) “com seu salário de fome”. B) “o funcionário público”. C) “não há vagas”. D) “o operário”.

------------------------------------------------------------(SARESP 2011). Leia o texto abaixo.

A tecnologia brasileira está ajudando a população de Angola a identificar e desarmar milhares de minas terrestres ainda existentes por lá, consequência de uma guerra civil de três décadas. Uma empresa de São José dos Campos especializada em informações geográficas vem dando treinamento aos angolanos para a identificação de minas por meio de imagens de satélite. Atualmente, são registradas 400 vítimas das minas por ano em Angola.

(Revista Veja, 23 jul. 2008)

De acordo com esse texto, qual a finalidade da tecnologia brasileira em Angola?

(A) Desarmar os angolanos.(B) Destruir imagens de satélite.(C) Fazer exportações de produtos.(D) Identificar minas terrestres.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

No Dia do Beijo

Quem nunca caprichou em um beijo daqueles de cinema? Todos nós, meros mortais, já nos esforçamos em

performances de lábios colados. Para divertir e informar, Cláudya Toledo elenca alguns tipos de beijos e suas representações:* Beijo flex: com muita língua, saliva e mordidinhas. Representa prazer.* Beijo power: o beijo em que um dita o ritmo para o outro. Representa posse.* Beijo surpresa: aquele roubado, que causa susto e prazer inesperado; faz rir. Representa alegria.* Beijo tântrico: tem uma evolução, sem hora para terminar. Representa êxtase.

Fonte: http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2010/04/

13/no-dia-do-beijo-aprenda-dicas-e-truques-com-especialistas.htm(ultimo acesso em 23/11/2011)

A finalidade do texto éa) esclarecer os tipos de beijos e suas reações.b) alertar os riscos de beijos.c) criticar os tipos de beijos.d) informar de como se deve beijar.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

Quixeramobim

O distrito de São Miguel, localizado a 36 km da sede do município de Quixeramobim já vive a expectativa da festa do Padroeiro Local que começa neste sábado,17. O evento religioso é um dos mais tradicionais do município e conta com a participação de pessoas de toda a região.

Este ano as festividades terá uma programação especial em virtude da inauguração da nova Matriz do Padroeiro São Miguel que há vários meses passa por reformas. As festividades acontecerão durante treze dias e contará com celebrações eucarísticas todas as noites. Após o ato religioso, moradores e visitantes podem se encontrar ao lado da Matriz onde acontecerão shows de músicas ao vivo com artistas da terra.

Fonte: http://www.osertaoenoticia.com/2011/09/quixeramobim-distrito-de-sao-miguel.html (ultimo acesso em 23/11/2011)

O texto é informativo dando uma noticia sobrea) politica.b) religiosa.c) economia.d) esporte.

------------------------------------------------------------ (Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo e responda.

AI SE EU TE PEGO PEGOU…

Há tempos uma canção popular não fazia tanto sucesso como o hit chiclete Ai Se eu te Pego, interpretada pelo paranaense Michel Teló e de autoria de Sharon Acioly e Antonio Dyggs.

Não bastasse o sucesso nacional da música, cujo videoclipe já ultrapassou 100 milhões de visualizações no YouTube, agora é a vez do refrão cair na na boca do público estrangeiro. Ai Se eu te Pego ganhou versao em ingles (Of If I Catch You), em polonês (Slodka, que significa “doce”), em italiano, e desbancou artistas como Adele, Rihana e o grupo Coldplay nas paradas de sucesso internacionais.

O hit ganhou até uma paródia em hebraico, além de ter embalado a coreografia de soldados israelenses. De quebra, alunas brasileiras de um curso de fonoaudiologia resolveram verter a música para a lingual brasileira de sinais.

(Revista Língua Portuguesa, ano 7, nº 76, fevereiro de 2012, p . 9)

Esse texto tem por finalidade: (A) convencer. (B) informar. (C) divulgar.

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(D) divertir.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

Tulipas da Holanda

Todos os anos, durante a primavera, gente de todo o mundo procura um pequeno parque colorido e perfumado, cheio de lagos e flores, na Holanda.

Ali se encontra a famosa tulipa, a flor nacional do país. A floricultura é uma fonte de renda na Holanda e a cultura dessa flor constitui a base dessa renda.

O valor das tulipas está no tamanho das flores e na sua coloração. Suas cores são variadas, mas a Rainha da Noite é a mais apreciada pela sua raridade. É também conhecida como tulipa negra, embora sua cor seja azul-roxo bem escuro.DIAS, Ieda; CARVALHO, Aciléia. Tulipas da Holanda. In: Bolhas

de sabão. Belo Horizonte: Vigília, 1987. Fragmento.

Esse texto apresentaA) um divertimento.B) uma advertência.C) uma informação.D) uma reclamação.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.Jornalista lança livro infantil sobre a origem de fenômenos e

coisasO jornalista, dramaturgo e escritor mineiro José Carlos

Aragão vai lançar, no dia 6 de outubro, mais um livro infantil, o décimo quarto de sua carreira.

É tudo lenda, ilustrado por Flávio Fargas, reúne 15 lendas inventadas que, segundo Aragão, são frutos exclusivos da sua imaginação, sem compromisso obrigatório com quaisquer tradições culturais escritas ou orais, que fabulam e fantasiam origens poéticas ou engraçadas para coisas, fenômenos e sentimentos diversos. (...)

Aragão também escreve contos, poesia e peças teatrais para o público adulto e para os adolescentes. (...)

O lançamento de É tudo lenda será no dia 06/10 às 10h na loja Tyrol, na Rua Curitiba, 2244, bairro de Lourdes.Disponível em: <http://jornalismounibh.wordpress.com>. Acesso

em 30/09/08. Fragmento.

O objetivo do texto éA) convidar o leitor para escrever um livro.B) criticar o conteúdo do livro.C) explicar como é feito um livro.D) informar o lançamento de um livro.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.camboriu.sc.gov.br>

Esse cartaz serve paraA) ensinar o preparo de receitas.B) fazer recomendações para a saúde.C) listar ingredientes culinários.D) vender produtos alimentícios.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Mamãe, cansei de cenouraA maioria dos bebês poderia se juntar a Chico Buarque e

cantar o refrão de Cotidiano: “Todo dia ela faz tudo sempre igual”. A papinha, no entanto, não precisa ser sempre a mesma e, principalmente, insossa.

Tomando os cuidados necessários para evitar alergias, os bebês podem experimentar de tudo compartilhando inclusive a refeição dos pais. Keith Dixon, jornalista do New York Times, serve à filha de 7 meses o mesmo que ele e a esposa comem. A diferença é que tudo é batido para virar purê. Mesmo o alho, retirado do menu por ser aparentemente indigesto, pode ir à mesa. É essa a atual (e inovadora) recomendação dos pediatras.

Revista da Semana. N° 40. São Paulo: Abril, out 2008. p. 24.

A finalidade desse texto éA) advertir o leitor.B) criticar os pais.C) divertir os pais.D) informar o leitor.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Fruto do ouroFoi Quetzalcoat, a serpente com penas, senhora da Lua

e dos ventos, deusa da sabedoria, quem presenteou os toltecas com a semente sagrada trazida do Reino dos Filhos do Sol. A bebida amarga extraída dela, o xocolatl, proporcionaria ao homem resistência à fadiga, saúde intestinal, poder e magia. Ganhou tanto valor, que era reservada só aos reis, nobres, sacerdotes e guerreiros. Entre os astecas, virou moeda. Um coelho valia, por exemplo, 3 sementes.

Brasil Almanaque de Cultura Popular, ano 9, julho de 2007, nº 99.

Esse texto foi escrito com a função deA) apresentar uma sinopse de livro.B) contar uma história sobre deuses.C) dar uma informação mitológica.D) fazer propaganda de um produto.

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Page 51: Apostila 9º Ano

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

MOLHO VERDE1/2 colher de chá de sal.Uma pitada de açúcar.6 colheres de sopa de azeite.4 colheres de sopa de vinagre.1 colher de sopa de cheiro-verde picadinho.Misture todos os ingredientes e guarde num recipiente na geladeira, pois esse molho pode ser usado umas 3 ou 4 vezes.Sirva com saladas.

Esse texto serve paraA) anunciar produtos.B) ensinar como fazer uma comida.C) informar a composição de um alimento.D) vender ingredientes.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

O leão e o ratinho

Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum.

– Segue em paz, ratinho; não tenhas medo de teu rei.Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou

desesperadamente, bateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava.

Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.– Amor com amor se paga – disse ele lá consigo e pôs-se

a roer as cordas. Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxavam, pode o leão deslindar-se e fugir.

Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão.LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1958.

Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

A finalidade desse texto éA) analisar o comportamento dos animais.B) apresentar um ensinamento moral.C) descrever as características dos animais.D) mostrar um traço da personalidade do leão.

------------------------------------------------------------

D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal.Para desenvolver essa habilidade, é fundamental que os alunos leiam textos que contenham linguagem não-verbal variada. O ideal é desenvolver atividades que alie o texto verbal ao texto não verbal, como ilustrações, esquemas, gráficos, tabelas, quadros, e/ou outras figuras diversas.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A leitura do último quadro permite afirmar que o rapazA) está sem planos de casar.B) está bastante apaixonado.C) quer mudar o toque do celular.D) queria ficar mais um pouco.E) quer um compromisso sério.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://textosecomputadores.blogspot.com/p/tiras-de-hq.html>.

Acesso em: 7 mar. 2011.

No último quadrinho, a expressão do gato sugereA) cansaço.B) desprezo.C) esperteza.D) preguiça.E) reflexão.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

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Page 52: Apostila 9º Ano

Disponível em: <http://blog.estudeadistancia.com>. Acesso em: 1 maio 2012.

Esse texto faz uma críticaA) à qualidade dos programas televisivos.B) às brincadeiras educativas na televisão.C) ao afastamento social provocado pela televisão.D) ao poder de alienação da televisão.E) aos limites impostos à televisão pela censura.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://www.novaserrana.mg.gov.br/imagens/371/imagens_2720

091816350.jpg>. Acesso em: 15 jan. 2011.

De acordo com esse texto, cães e gatosA) devem ser cuidados por um adulto.B) devem ser vacinados.C) podem transmitir doenças às crianças.D) precisam conviver juntos.E) são animais perigosos.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Disponível em <http://www.cvi.org.br/cartum-porta-estreita.asp>. Acesso em: 16 mar. 2012.

A partir da leitura do Texto , conclui-se queA) existem cadeiras de rodas que passam por portas estreitas.B) existem locais que não são adaptados para cadeirantes.

C) os bebedouros devem ser colocados próximos aos banheiros.

D) os bebedouros de locais públicos são acessíveis a qualquer pessoa.

E) os cadeirantes não podem usar banheiros públicos.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Considerando a situação, a intenção de Helga (4º quadrinho) ao dizer “Estou grávida” para seu marido Hagar foi de

A) aborrecer cada vez mais o marido.B) demonstrar sua alegria por estar grávida.C) provocar emoção no marido e brincar com ele.D) tirar a concentração do marido.E) zombar da cara do marido.

------------------------------------------------------------(SABE). Leia o texto abaixo.

Esse texto é direcionado, principalmente, aosA) jovens indecisos na escolha da profissão a seguir.B) profissionais que atuam no direcionamento profissional.C) pais que querem decidir a profissão dos filhos.D) professores comprometidos com o futuro profissional dos

alunos.E) profissionais que buscam recolocação no mercado.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

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Disponível em: <www.infoblarg.blogspot.com/2009_12_01_archive.html>. Acesso em: 03 mar. 2010.

De acordo com esse texto, as pessoas estãoA) brigando.B) conversando.C) falando.D) gritando.E) pensando.

------------------------------------------------------------Leia o texto, abaixo, e responda.

Disponível em: <http://www.defactocomunicacao.files.wordpress.com

Nesse texto, o questionamento da mulher deve-se àA) inutilidade da leitura de tantos jornais.B) preocupação com os gastos excessivos.C) quantidade de jornais desconsiderados.D) veracidade das informações dos jornais.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik; BROWNE, Chris. O melhor de Hagar, o Horrível. vol. 5. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 23.

Nesse texto, sobre o diálogo entre os dois amigos, constata-se que

A) ambos fazem o sanduíche.B) ambos gostam de pimentão.C) ambos usam um tom agressivo.D) o pedido é mal interpretado.E) o pimentão fica esmagado.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

LAERTE. Folha de São Paulo. 6 de dez. 1998.

Esse texto criticaA) a pobreza.B) o consumismo.C) a política.D) a tecnologia.E) o dinheiro.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

De acordo com esse texto, conclui-se queA) a água impede a visão no túnel.B) a poluição continuará prejudicando os peixes.C) o cano possui grande extensão.D) os moradores da cidade vivem em área de risco.E) os peixes fi carão cegos devido à poluição.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

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Page 54: Apostila 9º Ano

Disponível em: <http://www.google.com.br/search?

Nesse texto, o gato mostra-seA) apático. B) cínico. C) cordial. D) eufórico E) perplexo.

------------------------------------------------------------(SARESP-2011). Leia a charge para responder à questão.

(www.a charge.com.br)

Considerando-se o contexto apresentado na charge, é correto afirmar que

(A) se mostra a tecnologia estendida a todos os grupos da sociedade, que a utilizam bem, já que os usuários não subestimam seu potencial.

(B) se define o avanço tecnológico do país levando em consideração, principalmente, a política pública para o acesso a esse tipo de bem.

(C) se estabelece uma relação paradoxal entre os avanços obtidos na área tecnológica e as condições de vida a que está sujeita expressiva parcela da população.

(D) se pode entender como positiva a nova relação do homem com as máquinas, já que elas tiram expressiva parcela da população de condições aviltantes de vida.

(E) se veem a criticidade e o bom senso de grande parte da população menos favorecida para o uso adequado das novas tecnologias no cotidiano.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http:// blog.institutouniversal.com.br> Acesso em: 28 mar. 2011.

Esse texto é um poema concreto, porque apresentaA) construção visual, unindo palavra e imagem.B) construção vocabular com ausência de rimas.

C) uma estrutura organizacional bastante curta.D) uma linguagem clara e bastante objetiva.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

A frase do texto que traduz o sentido apontado pela posição das mãos é:

(A) Duas formas de ganhar a vida.(B) Você pode ajudar muita gente...(C) Basta colaborar com o CDI.(D) CDI Comitê para Democratização da Informática.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

Compare as funções que a neta exerce na charge com as palavras dos balões e indique a dedução correta.

(A) A moça está reclamando de ter de consertar tomadas.(B) Hoje em dia, as moças opinam, trabalham, fazem

terapias e não querem ter celulites.(C) Não ser boneca implica também fazer tarefas

tradicionalmente atribuídas ao sexo masculino.(D) A vovó acha que não valeu a pena ter sido boneca,

quando mais jovem.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

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Trata-se de texto publicitário da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente do governo federal.

Com base na figura do olho com a lágrima e no texto escrito, assinale a opção incorreta.

(A) A lágrima representa a água contida no globo terrestre.(B) Se a humanidade descuidar do recurso hídrico (água), o

planeta sofrerá sérias consequências.(C) A água é um recurso natural que só desaparecerá do

globo se não for inventado algo para substituí-la.(D) Há necessidade de proteção da água para sobrevivência

da humanidade.

D18 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.Para fazer com que os alunos desenvolvam essa habilidade é importante escolher, para leitura e interpretação, textos que tratem do mesmo fato ou mesmo tema e levar os alunos a uma leitura crítica e comparativa desses textos. As questões elaboradas para exploração dessa habilidade também podem ser de diferentes tipos, tomando-se o cuidado de centrar nas posições ou opiniões diferentes (o que não quer dizer que devem ser contrárias) que os textos apresentam. É importante também que se tomem textos que sejam passíveis de comparação no que está em observação

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

O que é DiabetesExistem 2 tipos básicos de diabetes: Diabetes tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico

destrói as células beta no pâncreas, que são as células que produzem insulina. Como resultado, o corpo produz muito pouco ou nenhuma insulina. Pessoas com diabetes tipo 1 devem tomar insulina diariamente. Às vezes o diabetes tipo 1 é chamado de diabetes juvenil ou diabetes insulino-dependente.

Diabetes tipo 2 ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou o corpo não pode usar adequadamente a insulina que ele produz. Eventualmente, o pâncreas pode parar completamente de produzir insulina. O diabetes tipo 2 pode afetar pessoas de qualquer idade. Em homens e mulheres, quanto mais excesso de peso o indivíduo tiver, maior o risco de desenvolver o diabetes tipo 2.

Disponível em: <http://www.accu-chek.com.br/br/entendendo-o-diabetes/o-que-e-diabete.html>. Acesso em: 20 dez.2011.

Fragmento.Texto 2Diabéticos treinados para cuidar de si próprios têm menos

riscos de sofrer complicações[...] O autocuidado é a chave para prevenir o diabetes tipo

2, que responde por 90% dos casos que atinge principalmente adultos. Seu desenvolvimento está associado ao ganho de gordura abdominal, e a gordura afeta a ação da insulina, tornando-a menos eficiente na função de transportar a glicose do sangue para dentro das células.

Para compensar essa redução de eficiência, o pâncreas produz mais insulina e acaba sobrecarregando suas células, que morrem precocemente. Após 10 anos, em média, o organismo perderá perto de 50% destas células e com elas a capacidade de processar a glicose, elevando sua concentração no sangue até caracterizar o diabetes.

NETO, Dr. Miguel Cendorógio. !n: Veja. Nov. 2010. Fragmento.

Sobre o diabetes, um aspecto comum a esses dois textos éA) a causa e o efeito da incapacidade de processar a glicose.B) a destruição do sistema imunológico.C) a diferenciação entre os tipos da doença.D) a necessidade dos doentes tomarem insulina diariamente.E) a relação entre o tipo 2 e o excesso de peso.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Crianças e Adolescentes na Internet: a responsabilidade dos pais ou responsáveis

Quando a Internet é utilizada para obter-se informação com vista à pesquisa, estudos, conversas entre amigos, notadamente, concluir-se-ia que ela é um bem. Mas, ainda assim, teríamos que especular sobre a fonte de informação e com quem se relacionam esses jovens. Seria essa fonte segura? Seria essa fonte capaz de prover informações confiáveis para contribuir com o processo educacional? Seriam esses relacionamentos estabelecidos com pessoas confiáveis? Logicamente, essas preocupações demonstram a necessidade de julgamento não somente segundo juízos de valor, mas também segundo critérios objetivos que poderiam avaliá-las sob o ponto de vista científico dentro da área de interesse em questão, ou quando não, quem são as pessoas com as quais se relacionam os jovens ao navegar na rede. Disso decorre outra pergunta. Teriam as crianças e adolescentes discernimento para julgá-las? Provavelmente, não. É sabido que nesta idade esses jovens ainda são carentes de educação para a vida, ou seja, dependem de orientação para guiarem-se no enfrentamento das próprias realidades ainda conflituosas em relação ao mundo que as rodeiam. Sem acompanhamento de adultos – pais ou responsáveis, educadores, etc – a Internet pode ser um mal.

Disponível em: <http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao/criancas-

adolescentes-na-internet-responsabilidade.htm>.Acesso em: 24 mar. 2010. Fragmento.

Texto 2Adolescentes dispensam pais e recorrem à internet

Os adolescentes britânicos preferem tirar suas dúvidas na internet a perguntar ou pedir ajuda a alguma pessoa, como seus próprios pais e amigos, segundo uma pesquisa publicada na semana passada. Nove em cada 10 dos 1 mil entrevistados com menos de 25 anos disseram à pesquisa, encomendada pela Get Connected, que usaram a internet para procurar ajuda para resolver problemas pessoais. Somente um terço deles afirmou que recorriam à mãe para discutir um problema, enquanto somente um em cada 20 falaria com o pai. Metade dos entrevistados disse que provavelmente falaria com um amigo. O estudo realizado pela Maximiles Surveys mostrou, ainda, que mais da metade dos jovens que preferem usar a internet para solucionar um problema disseram que a informação encontrada os deixaram mais preocupados do que estavam antes. “À medida que a sociedade confia cada vez mais na internet como primeiro ponto de referência para muita informação procurada, é crucial que conscientizemos os jovens sobre onde exatamente

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eles podem procurar informação e ajuda”, afirmou Andrew McKnigh, presidente da Get Connected.

A Tribuna, Caderno de Informática, 22 mar. 2010, p. 22.

Esses dois textos falam sobreA) a exposição da vida dos jovens na internet.B) a relação dos jovens através da internet.C) o medo dos adolescentes em relação aos pais.D) o uso da internet pelos adolescentes.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Soneca sem culpaJuliana Tiraboschi

Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde.Mas o sono ainda é cercado de desconhecimentos e

mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. “Isso é mentira”, diz Marco Túlio de Mello, chefe da disciplina de Medicina e Biologia do sono do Departamento de Psicologia da Unifesp. “Acontece que a média da população precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas.”

A siesta é outro tema que desperta opiniões controversas.

Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é um merecido descanso, outros veem a prática com pouca tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que a soneca traz benefícios físicos, como a recuperação do corpo, e mentais, como o aumento da concentração.

“Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde”, diz Mello. [...]

E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes para turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo argumento?GALILEU. São Paulo: Abril. set. 2008. n. 206. p. 26. Adapatado:

Reforma Ortográfica

Texto 2Cada um tem seu relógio

O corpo necessita de oito horas de sono, certo? Errado. Cada pessoa tem um relógio biológico que regula a quantidade de horas que deve dormir e os horários do início e do fim do sono. Esse relógio é ajustado geneticamente e sofre mudanças nas diferentes fases da vida – da infância à velhice – “A necessidade de sono costuma diminuir ao longo dos anos”, explica Luciano Ribeiro Pinto Jr., neurologista do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo. É verdade que a média da população passa bem com sete horas. São os dormidores longos. Outros 10% ficam satisfeitos com quatro a cinco horas e são chamados dormidores curtos. Saber em qual grupo cada um se encaixa depende de como a pessoa acorda. Dormir o número ideal de horas significa levantar da cama bem disposto e sem sonolência. Ainda não existe tratamento que encurte ou aumente a jornada de sono. O ideal éadaptar a rotina ao relógio biológico.

VEJA. São Paulo: Abril, n.31. p. 120. Em relação ao tema SONO, percebe-se que os autores desses textos apresentam opiniões

A) ambíguas.B) semelhantes.C) negativas.D) complementares.E) contraditórias.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Exóticos, pequenos e viciantesAo caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças

é frequente vermos pessoas falando ao celular, gente dirigindo

com uma das mãos, pessoas apertando botões e até tirando fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques polifônicos diversifi cados e altos que se confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns.

O que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções dessas coisas que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens.

Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste, os celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, úteis e viciantes. [...] Tem gente que não vive sem o celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem instantânea, uma mania mesmo.

Interessante, uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses. Bem como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente que não têm amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para a vida.

Pode ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses.

Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui, entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar que se constrói pela simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e moderno é legal, mas é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes. VIANA, Moisés.

Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/psicologia/exoticos-

pequenos-viciantes.htm>. Acessoem: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca.

Texto 2

Disponível em: <http://www.centercardclub.com.br/noticias.php?id=29>.

Acesso em: 4 fev. 2012.

Sobre as consequências do uso de celulares, esses dois textos apresentam informações

A) confl itantes.B) contrárias.C) diferentes.D) incoerentes.E) semelhantes.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A carta de Caminha nos dias de hojeAlteza da galáxia,

Peço humildes desculpas por ter de lhe enviar esta mensagem eletrônica neste dia, contudo, gostaria de relatar que após nossa saída do sistema Gregor, 200 bilhões de anos-luz atrás, chegamos a uma galáxia jamais explorada. Informo que esta vossa frota de naves encontrou num canto muito distante de vosso universo, perdido em uma galáxia de um só Sol, um pequeno planeta azul que resolvemos chamar de Água, pois este é o nome do líquido de cor bonita que mais existe neste

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lugar. Além de muita água, existe uma população de seres que se denominam “humanos”. […]

Estes seres humanos são muito estranhos […]. Os povos são divididos pelo planeta em regiões de características topográficas e climáticas relativamente uniformes, delimitadas por fronteiras às quais os nativos dão o nome de países […]. Outra característica interessante destes seres é que são muito dóceis para conosco e aceitam nossa amizade e aproximaçãoem troca de um simples diagramador estelar ou um rélis relógio atemporal. Penso que será fácil convencê-los de vossa santa intenção de trazer para este planeta nossa tecnologia que está a muitos bilhões de anos-luz a frente da que eles possuem. […]

Estamos voltando e levando conosco um ser deste estranho e atrasado planeta para que possamos estudá-lo. Deixaremos aqui uma de nossas naves com tripulação para que outros povos saibam que este planeta pertence à Vossa Alteza.

Desculpo-me mais uma vez pelo incômodo e termino minha mensagem com votos de longa vida ao Rei.Disponível em: <http://edinanarede.webnode.com.br/atividades>.

Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.

Texto 2A carta de Pero Vaz de Caminha

A Carta conhecida como “Carta de Pero Vaz de Caminha” é também conhecida como “Carta a el-Rei Dom Manoel sobre o achamento do Brasil”, é um documento no qual Pero Vaz de Caminha registrou suas primeiras impressões sobre a terra descoberta. […]

Vaz de Caminha era escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, e redigiu essa carta para Dom Manoel I para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. […]

A carta é o exemplo típico do deslumbramento dos Europeus para com o novo. No caso, o “Novo Mundo” como era chamado as Américas. Caminha documenta algumas características físicas da terra encontrada e o momento em que viram um monte, denominado logo depois por Pedro Álvares Cabral como “Monte Pascoal”. Logo após disso, ele narra o desembarque dos Portugueses na praia e o primeiro contato com os índios onde praticam o primeiro escambo (troca de mercadorias). Ele (Vaz de Caminha), narra também a primeira missa realizada na terra descoberta.

Em 2005, este documento foi inscrito no Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

RODRIGUES, Pedro Augusto Rezende. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia/carta-de-pero-vaz-de-

caminha/>.Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.

Uma informação presente no Texto 2 que é ironizada no Texto 1 é

A) descrição dos mares encontrados no novo planeta.B) a primeira cerimônia religiosa realizada na terra

descoberta.C) a troca de mercadorias entre os dois povos.D) o desejo de dominação do novo planeta.E) o deslumbramento com as montanhas da nova terra.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Mudar é possívelPorque não é impossível mudar para melhor, desde que

se comece repensando o próprio país e o papel de cada um dentro dele, não importam a idade, a profissão, a conta no banco ou nem ter conta no banco. A postura maior tem de ser dos governos, dos líderes, das autoridades, mas cada um, do gari ao senador, pode e deve contribuir para isso, para começar a entender quem somos, que país somos, quem queremos ser, como podemos nos transformar – para ter na ciranda dos países todos, de verdade, um lugar respeitado e respeitável.

LUFT, Lya. Veja, 26 out. 2011. Fragmento.

Texto 2

Carta de LeitorEnaltecer a habilidade literária de Lya Luft seria “chover

no molhado”. Eu a acompanho sempre, pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia chegar próximo, e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco são o otimismo e a esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, especialmente porque sempre se percebe nela a preocupação em desfazer a opinião de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o brasileiro e o ser humano universal de viver com um mínimo de dignidade. Ainda é possível mudar.

Teodoro UberreichVeja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011.

Em relação ao tema tratado no Texto 1, o Texto 2 apresenta opinião

A) ambígua.B) complementar.C) conflitante.D) favorável.E) questionadora.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.Texto 1

Os direitos dos animais

O mundo animal vive uma verdadeira revolução. Não, não é uma cena de ficção [...] Trata-se, sim, de uma rebelião lenta e gradual, mas que a cada dia ganha mais adeptos humanos no mundo. Esse crescente exército luta para que os animais não sejam mais assassinados, torturados ou privados de sua liberdade só para alimentar ou divertir o homem. Sua principal arma: a lei. Batalham para que a mesma legislação que defende os direitos humanos seja aplicada aos animais, incluindo os seus parágrafos e artigos prevendo punições legais para quem desrespeitar os direitos fundamentais dos bichos.

A questão é polêmica: enquanto uns acham que essa legislação jamais será estendida aos animais, pois eles são irracionais e nunca poderão ser comparados ao homem; outros afirmam o contrário, argumentando que são seres vivos, dotados de inteligência e sensibilidade e, como tal, não podem continuar sendo submetidos às atrocidades humanos. Discussões à parte, o fato é que hoje nem mesmo a ciência e a filosofia conseguem dar munição para ajudar o primeiro grupo a vencer essa guerra, ao contrário de alguns anos atrás.

Planeta, ag. 2009. ed. 443.Texto 2

Combate ao tráfico de animais silvestres

O Ibama e a Polícia Federal estão trabalhando juntos no combate ao tráfico de animais e à biopirataria. A estimativa tanto do Ibama quanto de ambientalistas com relação à preservação da fauna silvestre brasileira é a de que mais de 38 milhoes de espécimes sejam levadas do país a cada ano através de portos e aeroportos. O tráfico é um dos fatores que aumentam o risco de extinção de diversas espécies. Ao intensificar a fiscalização, a Polícia Federal anunciou a criação de delegacias especializadas em crimes contra o ambiente e patrimônio histórico nos 27 estados brasileiros. As novas delegacias

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Page 58: Apostila 9º Ano

contarão com agentes especializados em bloquear furto da biodiversidade do país.

VEJA, 12 nov. 2003.

A respeito da garantia de liberdade dos animais, esses textos apresentam informações

A) complementares.B) contraditórias.C) imprecisas.D) infundadas.E) semelhantes.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.

Texto 1Cultura digital para todos

Fórum lançado pelo Ministério da Cultura tenta construir política pública que reconheça a centralidade da questão digital e busque meios de assegurar o acesso dos cidadãos a essa cultura.

A cultura digital é a cultura contemporânea. Ela surge quando as artes e a informação passam a se propagar por meio de bits e sem precisar de suportes físicos (para clarear, é a cultura do MP3, não do CD). E se alastra com grande velocidade, dando ao recentíssimo “ontem” um caráter de “antigamente”. Equipamentos e softwares surgem para alterar a forma como comunicamos, nos relacionamos, consumimos, nos divertimos, vivemos, enfim.

Brasil. jul. 2009. Fragmento.

Texto 2A palavra digital

Os primeiros estudos sobre a escrita na internet, baseados fundamentalmente na troca de e-mails, têm pouco mais de dez anos, mas já pertencem à pré-história da vida digital. Desde então, o uso intenso de comunicadores instantâneos, blogs e redes sociais (como o Orkut, oFacebook e o Twitter), sobretudo por jovens, conduziu o tema a outra esfera de reflexões, bem mais complexa, combinando linguística, comunicação, psicologia e sociologia.

RIZZO, Sérgio. Língua. ago. 2009. Fragmento. * Adaptado: Reforma Ortográfica.

Esses dois textos apresentam abordagensA) científicas.B) complementares.C) confusas.D) iguais.E) opostas.

------------------------------------------------------------Leia os textos abaixo.

A vez da energia limpaTexto 1

Além das fontes alternativas de energia, deve ser enfatizada a importância da conservação de energia. Na Alemanha, o slogan “Nossa Principal Fonte de Energia – a Energia Economizada” é usado para a conscientização da população, ao lado de incentivos financeiros, como juros subsidiados para melhorar o isolamento térmico das construções. Se os desperdícios na iluminação e no condicionamento de ar fossem evitados no Brasil, a necessidade de novas usinas hidro, termo e nucleoelétricas, além das fontes alternativas, seria reduzida drasticamente.

DAGNINO, Basílio Vasconcellos. Época. São Paulo: Globo, n. 572, p. 6-7, 4 maio 2009.

Texto 2Há uma fonte de energia renovável e totalmente limpa

que até o momento nenhum país explora: os raios. A energia contida em um único raio é suficiente para suprir necessidades mensais de energia de mais de cem pessoas, e uma tempestade típica despeja no solo uma quantidade de energia

suficiente para alimentar uma cidade de 100 mil habitantes por um mês inteiro. É uma fonte de energia da qual nosso país é muito bem servido. Quanto aos riscos de trabalhar com essa fonte de energia, pode-se dizer que são tão grandes quanto os de explorar petróleo a 5.000 metros de profundidade ou gerar energia a partir da energia nuclear.

BASTOS, Silvino. Época. São Paulo: Globo, n. 572, p. 7, 4 maio 2009.

Embora tratem do mesmo tema, os Textos 1 e 2 enfocam, respectivamente,

A) a energia alternativa e a quantidade de energia dos raios.B) a conservação de energia e os raios como fonte de

energia.C) a produção de energia pelas usinas e o petróleo como

energia.D) o tipo de energia usada na Alemanha e a energia

renovável e limpa.E) o isolamento térmico e os riscos de trabalhar com a

energia dos raios.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.Texto 1

Lixo é LuxoNão tem nada mais fácil que jogar coisas fora. Um simples movimento e você já está livre daquilo que

não queria nem usava mais. É um fluxo automático: você compra, usa e dispensa coisas tantas vezes ao dia que não se dá conta da quantidade de resíduos que produz nem pensa no destino daquilo que joga no lixo (quando não na rua mesmo, o que não é raro de ver por aí).

O consumo alucinado e a consequente produção desenfreada de lixo são problemas sociais e ambientais aos quais não dá mais para fechar os olhos. Tanto que já despertam nos jovens o desejo de buscar alternativas de consumo, de reutilização e de reciclagem de materiais.

Cláudio Alves, 17, criou um projeto – com a orientação da ONG Aprendiz Comgás – de reciclagem do papel dispensado por empresas para gerar renda para moradores de rua.

Danielle Jurado, 17, confeccionou roupas reaproveitando materiais encontrados nos lixos e nas ruas de São Paulo. Peri Pane, 28, do grupo Refluxo, realizou uma performance artística de conscientização de consumo na qual passou sete dias acumulando todos os resíduos inorgânicos que produzia em uma capa especial, o parangolixo-luxo.

“O lixo é um dos grandes problemas de hoje, tanto porque os recursos naturais da Terra estão se esgotando quanto porque não há mais o que fazer com tanto lixo”, explica Alves.

“Precisamos tomar uma atitude que influencie as pessoas e que minimize o problema.” [...]

Folhateen. Folha de S. Paulo. 08 set. 03, p. 6. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Texto 2Lixo gera renda no Quênia

Chinelos de borracha são usados em todo o mundo, em alguns lugares até para ir à escola e ao trabalho. Um dia eles vão parar no lixo ou se perdem nas ruas. As chuvas os levam para o mar e, em algum momento, tudo vai parar numa praia. Na ilha Kiwayu, que faz parte da Reserva Marinha Nacional de Kiunga, no Quênia, dezenas são trazidas pelas correntes marítimas do Oceano Indico. Ninguém sabia que fim dar a tanto lixo, que prejudicava a pesca e a postura de ovos de tartarugas. Mas os brinquedos produzidos pelas crianças com os chinelos acabaram inspirando os adultos a fazer arte com a borracha que se acumulava nas praias.

Nasceu assim, em 1997, o projeto FlipFlop (sandálias de borracha em inglês). Mulheres de Kiwayu, que até então pouco tinham a fazer na ilha além de cuidar de marido e filhos, formaram a primeira comunidade de catadoras de chinelos e artesãs. Os homens da comunidade Bajun continuam pescando e cultivando, mas agora há outra forma de se gerar renda.

Razão Social. O Globo. 03 nov. 2009, p. 9.

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Nesses dois textos, qual é o traço comum apresentado em relação à questão da reciclagem do lixo?

A) Descartar é um fluxo contínuo.B) Jogar coisas foras é fácil.C) Reciclar produz lucros.D) Reciclar gera recursos naturais.E) Reciclar lixo é facil.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.Projeto de lei da pesca é aprovado e causa polêmica no MSLei da Pesca libera o uso de petrechos, como redes e anzol de galho, para qualquer tipo de pescador.

Foi aprovada na manhã desta terça-feira, 24, o projeto de lei estadual nº 119/09, a “Lei da Pesca”, na Assembleia Legislativa de Campo Grande. O documento concede uma série de benefícios aos pescadores de Mato Grosso do Sul, entre eles a pesca com petrechos antes considerados proibidos, como anzol de galho e redes, para qualquer pescador munido de carteira profissional.

A aprovação foi quase unânime, 20 votos favoráveis contra apenas três contrários. Mesmo assim, a “Lei da Pesca” gerou muita polêmica entre deputados e os mais de 400 pescadores que acompanharam de perto o plenário.

Um dos deputados opositores mais ferrenhos da nova lei disse que a liberação da pesca com petrechos irá acelerar em poucos meses o processo de extermínio de algumas espécies que antes podiam ser capturadas apenas pelos ribeirinhos. Em seu discurso de defesa à proibição aos petrechos, ele destacou que o artigo 24 da Constituição Federal diz que quando existem conflitos entre interesses econômicos e ambientais, o ambiental deve sempre prevalecer.

O Presidente da Associação de Pescadores de Isca Artesanal de Miranda (MS), Liesé Francisco Xavier, no entanto, é favorável à liberação dos petrechos. “Nós só queremos trabalhar conforme está na Constituição Federal, que libera o uso dos petrechos nos rios”, argumenta ele.

Pesca & Companhia. nov. 2009. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Nesse texto, as opiniões do deputado e a do presidente da associação são

A) complementares.B) divergentes.C) indiferentes.D) próximas.E) similares.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Amor à distância pode dar certo?Nem sempre o dia-a-dia torna um relacionamento melhor.

Sou pela qualidade do tempo junto. Moro em São Paulo, namoro um carioca e nos vemos a cada quinze dias. E é sempre ótimo. Muita gente fala que ele deve sair bastante no Rio, paquerar, mas não penso nisso. Se quiser ficar com outra, vai ficar de qualquer jeito. Bia, 26 anos, estudante.Romance promissor exige investimento diário, que só se consegue com a convivência. Não dá para criar um projeto de vida em comum sem contato olho-no-olho, e falo por experiência própria.Sílvio, 35 anos, jornalista.

www.terra.com.br/forumNos dois depoimentos, temos duas opiniões

A) iguais.B) erradas.C) semelhantes.D) incomuns.E) opostas.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.Texto 1

Há um neandertal dentro de nósNossos primos mais próximos não se extinguiram por

completo. Humanos e Neandertais acasalaram. Os europeus e asiáticos são seus descendentes.

Uma das mais importantes questões da antropologia foi respondida. Desde o século XIX se discute a identidade do homem de Neandertal. Quem era esse nosso primo em primeiro grau na família evolutiva humana? Os Neandertais, ou Homo neanderthalensis, eram maiores e mais fortes que os Homo sapiens, os homens modernos que evoluíram na África há 200 mil anos. Já os Neandertais habitaram a Europa e o Oriente Médio por 300 mil anos.

Eles conheciam o fogo, caçavam mamutes com lanças sofisticadas e se protegiam do frio com peles dos animais abatidos. Os Neandertais eram inteligentes. Seu cérebro era maior que o nosso. Era uma espécie magnificamente adaptada à sobrevivência nas duríssimas condições da Europa glacial. Mesmo assim, desapareceram. Após ceder progressivamente um continente inteiro aos invasores de nossa espécie, há 22 mil anos os últimos bandos remanescentes refugiaram-se nas cavernas do rochedo de Gibraltar, no extremo sul da Espanha. Era um beco sem saída. Do alto do rochedo avista-se a África, do outro lado do estreito de Gibraltar. Só 13 quilômetros de mar separavam os Neandertais da sobrevivência.

Mas essa não era uma opção. Eles nunca inventaram barcos. A espécie se extinguiu.

MOON, Peter. Época: 10 maio 2010. Fragmento.

Texto 2Hominídeos: a família cresce

Duas descobertas recentes mostram que a família dos hominídeos pode ser maior do que se imaginava. A ela, foi agora acrescentado um ‘primo’ e um ‘bisavô’.

A etiqueta recomenda que comecemos pelos mais velhos. Partes bem preservadas de dois esqueletos foram descobertas no sistema de cavernas de Malapa (África do Sul). Os restos são de uma mulher adulta e um jovem. Ambos foram classificados como espécimes de um novo hominídeo, batizado Australopithecus sediba, que viveu entre 1,95 milhão e 1,78 milhão de anos atrás. [...]

A segunda descoberta foi feita por um método bem diferente. Pedaço de osso de polegar foi achado na caverna de Denisova, no sul da Sibéria. Fragmentos dele foram moídos e tiveram seu material genético analisado. Aí, veio a surpresa: tratava-se de nova espécie de humano. Nem era Homo sapiens, nem era neandertal.

Ciência hoje: maio 2010, v. 45. Comparando-se esses dois textos, constata-se que apresentam informações

A) complementares.B) contraditórias.C) diferentes.D) excludentes.E) inconsistentes.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.Texto 1

Achei muito interessante e de bom gosto a edição Especial Mulher (junho de 2007), principalmente a reportagem “10 coisas para ter antes de morrer”. A revista novamente nos brindou com um excelente presente. Parabéns pelo trabalho.

Marcos Cesar Mattedi, Eunápolis, BA .

Texto 2Interessante a edição especial Mulher, com reportagens

esclarecedoras e atuais, mostrando, principalmente a quem viaja com frequência, novidades para comprar. Apenas achei as últimas páginas desnecessárias (“10 coisas para ter antes de morrer”). Poderiam ter aproveitado melhor o espaço. Há tantas coisas que uma mulher contemporânea gostaria de saber e sobre as quais gostaria de ser informada.

Rosiclér Bondan, Novo Hamburgo, RS.

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Disponível em: <http://veja.abril.com.br/060607/cartas.shtml>. Acesso em: 3 fev. 2011.

Sobre a reportagem “10 coisas para ter antes de morrer”, esses textos apresentam opiniões

A) complementares.

B) divergentes.C) idênticas.D) incoerentes.E) similares.

------------------------------------------------------------

D20 - Reconhecer diferentes formas de abordar uma informação ao comparar textos que tratam do mesmo tema.Ao comparar textos que tratam do mesmo tema, podem ser observadas questões concernentes à produção e recepção de textos. Tanto produção quanto recepção fazem parte do macrocontexto, da situação ao entorno do texto, sendo determinantes, às vezes na construção dos sentidos. O desenvolvimento dessa habilidade se dá na leitura de mais de um texto com o mesmo tema e na comparação das características de produção e recepção de tais textos, levando a diferenças textuais. No que se refere às

questões, diferentes tipos podem ser elaborados, desde que explorem o objetivo de estudo específico desse tópico.

(Prova Brasil). Leia os textos abaixo:Texto IMonte Castelo

Ainda que eu falasse a língua dos homensE falasse a língua dos anjos,Sem amor, eu nada seria.

É só o amor, é só o amorQue conhece o que é verdade;O amor é bom, não quer o mal,Não sente inveja ou se envaidece.

Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homensE falasse a língua dos anjos,Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É um não contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder.É um estar-se preso por vontade;É servir a quem vence o vencedor;É um ter com quem nos mata lealdade,Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado, e todos dormem, todos dormem, todos dormem.Agora vejo em parte,Mas então veremos face a face.É só o amor, é só o amorQue conhece o que é verdade.Ainda que eu falasse a língua dos homensE falasse a língua dos anjos,Sem amor eu nada seria.Legião Urbana. As quatro estações. EMI, 1989 – Adaptação de Renato Russo: I Coríntios 13 e So- neto 11, de Luís de Camões.

Texto IISoneto 11

Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luís Vaz de Camões. Obras completas. Lisboa: Sá da Costa, 1971.

O texto I difere do texto II

(A) na constatação de que o amor pode levar até à morte.(B) na exaltação da dor causada pelo sofrimento amoroso.(C) na expressão da beleza do sentimento dos que amam.(D) na rejeição da aceitação passiva do sofrimento amoroso.

------------------------------------------------------------Leia os textos abaixo e responda a questão abaixo.

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Page 61: Apostila 9º Ano

Esses dois textos falam da:A) água das indústrias. B) água da população.C) água no mundo. D) água no banho.

------------------------------------------------------------Leia os textos para responder a questão abaixo:Texto I

Você é a favor de clones humanos?

“Sou contra. Engana-se quem pensa que o clone seria uma cópia perfeita de um ser humano. Ele teria a aparência, mas não a mesma personalidade. Já pensou um clone do Bon Jovi que detestasse música e se tornasse matemático, passando horas e horas falando sobre Hipotenusa, raiz quadrada e subtração? Ou o clone do Brad Pitt se tornando padre? Ou o do Tom Cavalcante se tornando um executivo sério e o do Maguila estudando balé? Estranho, não? Mas esses

clones não seriam eles, e, sim, a sua imagem em forma de outra pessoa. No mundo, ninguém é igual. Prova disso são os gêmeos idênticos, tão parecidos e com gostos tão diferentes.

Os clones seriam como as fitas piratas: não teriam o mesmo valor original. Se eu fosse um clone, me sentiria muito mal cada vez que alguém falasse: ‘olha lá o clone da fulana’. No fundo, no fundo, eu não passaria de uma cópia.”.

Alexandra F. Rosa, 16 anos, Francisco Morato, SP.(Revista Atrevida nº 34)

Texto IIVocê é a favor de clones humanos?

“Sou a favor! O mundo tem de aprender a lidar com a realidade e as inovações que acontecem. Ou seja, precisa se sofisticar e encontrar caminhos para seus problemas. Assistimos à televisão, lemos jornais e vemos que existem muitas pessoas que, para sobreviver, precisam de doadores de órgãos. Presenciamos atualmente aqui no Brasil e também em outros países a tristeza que é a falta de doadores. A clonagem seria um meio de resolver esse problema!

Já pensou quantas pessoas seriam salvas por esse meio? Não há dúvida de que existem muitas questões a serem respondidas e muitos riscos a serem corridos, mas o melhor que temos a fazer é nos prepararmos para tudo o que der e vier, aprendendo a lidar com os avanços científicos que atualmente se realizam. Acredito que não gostaríamos de parar no tempo. Pelo contrário, temos de avançar!”

Fabiana C.F. Aguiar, 16 anos, São Paulo, SP. (Revista Atrevida nº 34)

Ao se compararem os textos I e II, pode-se afirmar que (A) em I, há a negação da existência de pessoas diferentes;

em II, afirma-se que a clonagem é uma sofisticação.(B) em I, há a afirmação de que a clonagem se constitui em

distanciamento dos seres humanos; em II, a solução para a aproximação dos seres humanos.

(C) em I, há indícios de que a humanidade ficará incomodada com a clonagem; em II, há a afirmação de que é preciso seguir os avanços científicos.

(D) em I, discute-se o conceito de que a clonagem produz cópias perfeitas; em II, afirma-se que a clonagem é a solução para muitos dos problemas humanos.

------------------------------------------------------------Leia os textos para responder a questão abaixo:Texto I

O ESPELHOMarcello Migliaccio

Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. Se um dia fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável rebanho de briosos críticos televisivos.

[..]Mas, quando os "especialistas" criticam a TV, estão

olhando para o próprio umbigo. Feita à nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. [...]

Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo.

[...]Folha de S. Paulo, 19/10/2003.

Texto IIA influência negativa da televisão para as crianças

Jussara de Barros

Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, quando cantavam que “a televisão me deixou burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa música, a televisão coloca-nos

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Page 62: Apostila 9º Ano

dentro de jaulas, como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento de pensamentos críticos e avaliativos que se desenvolvem em outras formas de diversão, além de influenciar crianças e adolescentes com cenas de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o momento e sem qualquer responsabilidade.

Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao

Vocabulário“in” [inglês] – na modabrioso – orgulhoso, vaidosoonipresente – que está presente em todos os lugares.

Os textos divergem sobre o mesmo tema: a influência da televisão. A afirmação do texto 1 que contradiz o texto 2 é

(A) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico.”

(B) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a TV] é resultado do que somos [...].”

(C) “E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto.”

(D) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres [...].”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

A comparação entre os textos I e II nos permite afirmar que(A) em VI, há a valorização do amor dos enamorados e do

amor ao time preferido; em VII, é exaltado o amor à torcida organizada.

(B) em VI, há a expressão sobre a facilidade dos enamorados torcerem pelo mesmo time; em VII, é indicada a dificuldade de um relacionamento de namorados de torcidas diferentes.

(C) em VI, há a abordagem da alegria daqueles que amam e torcem para mesmo time; em VII, são apresentadas as frustrações oriundas da mesma torcida.

(D) em VI, há a revelação do sentimento negativo em relação ao time do amado; em VII, é exaltada a coincidência entre amor e futebol.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:Texto I

Texto II

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Page 63: Apostila 9º Ano

O texto I difere do texto II na abordagem da

(A) constatação da ausência de fogueiras juninas nas festas modernas.

(B) exaltação da dor pela morte dos entes queridos.(C) expressão de beleza os balões de antigamente.(D) relação de fraternidade existente entre as pessoas.

------------------------------------------------------------Leia os textos para responder a questão a seguir:Texto I

Viagem ao centro da Terra

Não consigo descrever meu desespero. Nenhuma palavra em língua de gente daria conta de meus sentimentos. Eu estava enterrado vivo, com a perspectiva de morrer torturado pela fome e pela sede.

Minha primeira reação foi passar as mãos ansiosas pelo chão. Como aquela rocha me pareceu ressecada!

Mas como eu abandonara o curso do córrego? Sim, porque, afinal de contas, ele não estava mais lá! Compreendi então por que eu estranhara tanto o silêncio na última vez em que procurei escutar algum chamado de meus companheiros. Ao tentar apenas ouvir vozes, no momento em que dei o primeiro passo no caminho errado, não notei a ausência do córrego. É evidente que, naquele momento, devo ter entrado numa bifurcação, enquanto o Hansbach, obedecendo às exigências de outra rampa, partia com meus companheiros em rumo às profundezas desconhecidas!

Como voltar? Pistas não havia. Meu pé não deixava nenhuma marca naquele granito. Eu quebrava a cabeça tentando achar solução para um problema insolúvel. Minha situação podia ser resumida numa única palavra: perdido!

 VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. tradução de Cid Knipel Moreira, São Paulo: Ática, 1993.

 Texto II

(...)Encontraram muitas coisas maravilhosas, mas nada que

fosse espantoso. Descobriram que a ilha tinha cerca de cinco quilômetros de comprimento por meio quilômetro de largura e que a praia mais próxima estava separada por um canal estreito de no máximo uns duzentos metros de largura. Ficaram nadando durante quase uma hora e só voltaram

Para o acampamento lá pelo meio da tarde. Estavam com fome demais para ir pescar, mas comeram presunto à vontade e depois se deitaram à sombra para conversar. Mas a conversa foi morrendo pouco a pouco.

 Twain, Mark. As aventuras de Tom Sawyer. Tradução de Duda Machado, São Paulo: Ática, 1995.

Nos textos acima podemos dizer que (A) há narração em 1ª pessoa no texto I e narração em 3ª

pessoa no texto II.(B) há narração em 3ª pessoa no texto I e há narração em 1ª

pessoa no texto II.(C) ambos são narrados em 1ª pessoa.(D) ambos são narrados em 3ª pessoa.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.Texto 1

Reinações de NarizinhoNuma casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo,

mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:

– Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto...Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós,

porque vive em companhia da mais encantadora das netas – Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem.

LOBATO, Monteiro. Disponível em: <http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/PreModernismo/Monteiro_Lobato_Reinacoes_de_Narizinho.htm>. Acesso

em: 31 mar. 2010. Fragmento.

Texto 2Sítio do Picapau amarelo

“Marmelada de banana, bananada de goiaba, goiabada de marmelo...”

Na TV, essa era a senha para o início da diversão. O mundo mágico de Monteiro Lobato e o seu Sítio do Picapau Amarelo era presença constante nas fantasias de milhares de crianças (emuitos adultos também!). Eu adorava! Não queria perder nem a abertura – ficava fascinada com a estrada que virava arco-íris... O difícil era esperar o dia seguinte pra ver o resto!

Disponível em: <http://www.infancia80.com.br/litafins/livros_sitio.htm>.

Acesso em: 31 mar. 2010.

Esses dois textos têm em comumA) a vida de Monteiro Lobato.B) as histórias de Narizinho.C) o lugar onde as histórias acontecem.D) os programas infantis na TV.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

A língua de Avatar[…] Em Avatar, o artifício mais engenhoso fica por conta

do idioma concebido pelo linguista Paul Frommer para o planeta Pandora, palco dos conflitos entre humanos e os seres da raça Na’vi.

Em 2005, Cameron entregou a Frommer, então chefe do departamento de Linguística da University of Southern California, um roteiro que continha, entre outras coisas, 30 termos do que viria a ser a língua fictícia – em sua maioria nomes de personagens e animais – cuja sonoridade assemelhava-se à das línguas polinésias. A partir disso, o linguista criou um vocabulário alienígena composto por mil palavras, com estruturas sintáticas e morfológicas emprestadas de diversas línguas, com preferência pelas mais exóticas, como o persa e algumas africanas.

Texto 2Klingon

Já a língua Klingon, da clássica franquia, Jornada nas estrelas, ganhou até dicionário, com 2 mil verbetes e 800 mil exemplares vendidos. O idioma surgiu em 1984 em Jornada nas Estrelas III: à procura de Spock. Mais tarde, o linguista Marc Okrand foi contratado para o seriado Nova Geração com a missão de elaborar uma estrutura sintática e lexical para a língua.

Para se ter uma ideia da repercussão do Klingon entre os fãs da série, foi criado um instituto com base no trabalho de Okrand – o Klingon Language Institute (www.kli.org) –, que conta com 600 membros, diálogos em linguagem extraterrestre e até traduções de clássicos da literatura.

Língua Portuguesa, mar. 2010. p. 16-17. Fragmento.

Esses dois textos falam sobreA) a criação de novos idiomas para filmes.B) a repercussão do idioma entre os fãs.C) o número de palavras criadas para os filmes.D) o uso do mesmo dialeto em filmes de ficção.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.Imagem I

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- Não, querida, esse aí é o Cobrador de Tributos. Juros Monstruosos foram os que passaram ontem!

Fonte: http://www2.uol.com.br/angeli/chargeangeli/chargeangeli.htm?

imagem=316&total=335 (ultimo acesso em 01/11/2011)

Imagem II

Fonte: http://www.forex89.com/wp-content/uploads/Juros-altos.jpg (ultimo acesso em 01/11/2011)

Interpretando as duas imagens, conclui-se que A) o governo estar incluído juros aos brasileiros que é refletida

na imagem 1 e cobra juros que é refletida na imagem 2. B) na imagem 1 defere a imagem 2. C) na imagem 2 defere a imagem 1. D) ambas relata juros cobrados no país.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.Texto 1

Rubinho a mil por horaDesde criança, Rubens Barrichello é louco por corridas.

Aos seis anos já voava nas pistas de kart. Depois passou rápido pela Fórmula Ford, Fórmula Opel, Fórmula 3 e Fórmula 3000. Não parou por aí. Foi o mais jovem piloto da história a entrar para a Fórmula 1, quando tinha apenas 20 anos.

Texto 2Vencer ou vencer

Ayrton Senna sempre fez tudo muito rapidinho. Aos quatro anos ganhou o seu primeiro kart. Aos dez, já pilotava no Autódromo de Interlagos. Quando tinha 31 anos, era o mais jovem tricampeão da história da Fórmula 1. Vencer ou vencer era o seu lema.

Maurício de Sousa Produções. Manual de esportes do Cascão. São Paulo: Globo, 2003.

Esse dois textosA) apresentam uma biografia.B) convidam para corridas.C) incentivam o uso do kart.D) oferecem um prêmio.

------------------------------------------------------------

(SAERS). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Sei lá... a vida tem sempre razãoTem dias que eu fico pensando na vidaE sinceramente não vejo saída.Como é, por exemplo, que dá pra entender:A gente mal nasce, começa a morrer.

Depois da chegada vem sempre a partida,Porque não há nada sem separação.Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.

A gente nem sabe que males se apronta.Fazendo de conta, fingindo esquecerQue nada renasce antes que se acabe,E o sol que desponta tem que anoitecer.

De nada adianta ficar-se de fora.A hora do sim é o descuido do não.Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.

TOQUINHO; MORAES, Vinícius de. Disponível em: <http:// letras.terra.com.br/toquinho/87372/>.

Texto 2Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentosComo estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventosPresa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrançaDas outras vezes perdidas,

Atiro a rosa do sonhoNas tuas mãos distraídas...

QUINTANA, Mário. Disponível em: <http://www.pensador.info/textos_sobre_vida/> .

Esses dois textos apresentam ideiasA) complementares.B) convergentes.C) opostas.D) similares.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.Texto 1

O chulé das pessoas nervosas é mais fedidoTodo mundo tem chulé?

Tem. Uns, lamentavelmente, mais do que outros. Indivíduos tensos, ansiosos e obesos suam mais e os pés cheiram pior. Diferenças raciais também interferem no chulé. Segundo o professor Luiz Cucê, dermatologista da Universidade de São Paulo, os povos mediterrâneos suam mais os pés.

O chulé é causado por bactérias que decompõem o suor e resto de peles dos pés.. “Os micróbios só sobrevivem em ambientes ácidos”, diz Cucê. Para tirar o cheiro, basta neutralizar a acidez, usando uma substância alcalina, como o talco ou bicarbonato de sódio.

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Page 65: Apostila 9º Ano

Outra solução é passar álcool, que mata bactérias e seca o suor. No verão, convém usar sapatos que deixem o ar circular. Se você adora o seu coturno, evite tirá-lo em público.

Superinteressante. São Paulo: Abril, ano 12, n. 1,jan.1998. p. 74-5.

Texto 2Sai do meu pé, chulé!

Como evitar• Enxugue muito bem os pés depois de lavá-los.• Não use o mesmo par de tênis durante vários dias seguidos.• Depois de tirar os sapatos, nada de guardá-los direto no armário.• Coloque-os em um lugar arejado.• No calor, prefira os calçados abertos. Deixe os pés respirarem!• Use talcos para os pés. A casa Granato fabrica um ótimo desde os tempos da sua avó.• Lave os pés uma vez por dia, ao menos!

Revista Veja Kid. São Paulo: Abril Jovem, ano1, n.0, p. 74-5.

Comparando-se esses textos, observa-se que os doisA) explicam, cientificamente, a causa do chulé.B) fornecem dicas valiosas para evitar o chulé.C) são voltados exclusivamente ao público juvenil.D) utilizam palavras próprias de linguagem científica.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.Texto 1

As BorboletasBrancasAzuisAmarelasE pretasBrincam na luzAs belas borboletasBorboletas brancasSão alegres e francas.Borboletas azuisGostam muito de luz.As amarelinhasSão tão bonitinhas!E as pretas, então . . .Oh, que escuridão!MORAES, Vinícius de. A arca de Noé. Companhia das

Letrinhas, 1991.Texto 2

BorboletasAs borboletas são insetos com dois pares de asas. Vive

melhor em regiões tropicais pelo clima quente e alimento abundante.

Existem aproximadamente 200 mil espécies de borboletas, mas somente 120 mil estão registradas.

As borboletas se alimentam de vegetais e néctar. Pesam cerca de 0,3 gramas sendo que a maior pode pesar 3 gramas.

Chegam a ter 32 centímetros de asa a asa. As borboletas vivem em média duas semanas.

http://www.brasilescola.com/animais/borboleta.htm

Esses textos falam sobreA) preservação das borboletas.B) hábitos das borboletas.C) características das borboletas.D) alimentação das borboletas.

------------------------------------------------------------(SABE). Leia os textos abaixo.

Disponível em: <www.oslevadodabreca.com>. Acesso em: 29 ago. 2009.

Texto 2CUIDADOS COM A CATAPORA

Clima seco e dias mais quentes. Receita propícia à propagação de vários vírus, inclusive o da catapora, que tem tirado o sossego de muitas crianças na região Sul de Minas. O médico pediatra José Alencar Faleiros, de Varginha, explica que atualmente os casos da doença reduziram bastante em função das vacinas, mas mesmo assim ainda preocupam. Isso porque, uma vez instalada, a catapora requer cuidados, principalmente quando surge acompanhada de febre. Os anti-inflamatórios e vacinas não devem ser ministrados para não interferir no processo normal da doença. Nos casos de febre, analgésicos à base de dipirona são os mais aconselháveis. Para diminuir a coceira, banhos com permanganato.

Jornal Hoje em dia, 03 set. 2009.

Esses dois textos tratam deA) aversão causada pela gripe suína.B) doenças provocadas por vírus.C) produção de vacinas antivirais.D) relações entre clima seco e doenças.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

A vespaA vespa faz parte da ordem dos himenópteros. É um

inseto que possui dois pares de asas membranosas, dos quais o posterior é menor. A vespa caça diferentes insetos, como as lagartas, para alimentar suas próprias larvas, o que acaba sendo benéfico para as plantas. Por outro lado, atraída pelo odor das nossas refeições, ela vem nos incomodar e nos amedrontar no verão, por causa de suas picadas doloridas. Mas ela só ataca quando se sente ameaçada. E faz isso com a ajuda de um ferrão existente na extremidade do abdome e ligado a uma glândula de veneno. Ao contrário das abelhas, a vespa guarda o ferrão assim que pica alguém e, assim, é capaz de picar várias vezes seguidas.

Existem mais de 9 mil espécies de vespas, cujo tamanho pode variar de 1 a 2 cm de comprimento. Seu abdome, normalmente listrado de amarelo e preto, pode também ser preto e vermelho. Todas possuem um par de olhos compostos e três ocelos. Entre as inúmeras espécies, algumas são solitárias

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Page 66: Apostila 9º Ano

(caçadoras), outras são sociais e vivem em grupo num ninho chamado vespeiro.

DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol Brasil Edições Ltda, 2008. p.12.

Texto 2A abelha

Assim como as vespas, as abelhas fazem parte da ordem dos himenópteros. Existem 20 mil espécies de abelhas, das quais mil são sociais, como a abelha-europeia. Insetos extremamente úteis, elas nos proporcionam mel e cera e desempenham um importante papel ecológico para as plantas. A abelha se alimenta de néctar e também de pólen que, espalhado sobre seu corpo, é transportado de uma flor para outra. Isso favorece a polinização das plantas.

As abelhas são espetaculares na organização de sua sociedade e de seus comportamentos sociais. Em seu ninho, chamado colmeia, existem inúmeros indivíduos, cada um com um importante papel a desempenhar. A rainha põe os ovos (até 2.500 por dia); milhares de operárias recolhem o néctar que, colocado nos alvéolos, dará o mel, com o qual elas se alimentam. Dependendo da idade, uma operária também se ocupa da postura (ovos, larvas e ninfas), faz a aeração, arruma e repara a colmeia. Quando sai à procura de alimento, uma abelha é capaz de comunicar às companheiras a exata localização do “banquete”, indicando o caminho por meio de danças.DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol Brasil Edições Ltda, 2008. p. 14. *Adaptado: Reforma Ortográfica

Os textos tratam o tema de formaA) similar.B) controversa.C) poética.D) irônica.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

Vaca Estrela e boi Fubá.Patativa do Assaré.

Eu sou filho do Nordeste, não nego meu naturáMas uma seca medonha me tangeu de lá pra cáLá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar,Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi FubáQuando era de tardezinha eu começava a aboiarÊ ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,Ô ô ô ô Boi Fubá.

Disponível em: <http://letras.terra.com.br/jovens-talentos/448501/>. Fragmento .Texto 2

A Triste PartidaLuíz Gonzaga...Sem chuva na terraDescamba Janeiro,Depois fevereiroE o mesmo verãoMeu Deus, meu DeusEntonce o nortistaPensando consigoDiz: “isso é castigonão chove mais não”Ai, ai, ai, aiApela pra MarçoQue é o mês preferidoDo santo queridoSinhô São José...Disponível em: <http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga

/82378/>. FragmentoEsses textos falam sobre

A) a vegetação do nordeste.B) a seca do nordeste.C) o clima do nordeste.D) o sertão nordestino.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.“Avatar” tem recepção extasiada da crítica em sua première

Los Angeles – O longamente aguardado “Avatar”, do cineasta James Cameron, agradou em cheio à crítica especializada em sua première em Londres, na quinta-feira, sendo descrito em algumas das primeiras resenhas como “de fazer o queixo cair”, “estarrecedor” e filme que mudará o jogo em Hollywood devido a seus efeitos digitais.

A aventura épica em 3D do diretor do blockbuster de 1997 “Titanic” é um dos filmes mais caros da história do cinema, tendo custado cerca de 400 milhões de dólares para ser produzido e promovido. Seu lançamento comercial mundial começa na próxima semana, e “Avatar” chegará aos cinemas norte-americanos em 18 de dezembro.

A julgar pelas resenhas iniciais e a repercussão no Twitter, pode ter sido um dinheiro bem gasto pelo estúdio 20th Century Fox.

“James Cameron comprovou: ele é o rei do mundo”, derreteu-se o jornal do show business The Hollywood Reporter.

“Como comandante-chefe de um exército de técnicos de efeitos visuais, criadores de criaturas, especialistas em ‘motion-capture’, dublês, dançarinos, atores e magos da música e do som, ele trouxe o cinema de ficção científica para o século 21 com a maravilha de fazer o queixo cair que é “Avatar”, disse o jornal.

O tabloide mais vendido na Grã-Bretanha, The Sun, descreveu “Avatar” como “o filme mais brilhante da década. A cena de batalha final tem 20 minutos e é absolutamente estonteante.”.

A revista Empire deu ao filme cinco estrelas (a pontuação máxima), dizendo que “Avatar” é “uma experiência tremendamente recompensadora” cuja tecnologia nova “dará aos diretores uma caixinha de areia e tanto na qual brincarem.”

Disponível em: <http://cinema.uol.com.br/ultnot/2009/12/11/ult26u29446.jhtm>.

Acesso em: 11 out. 2009. Fragmento.

Nesse texto, a respeito do filme, são apresentadas opiniõesA) antagônicas.B) complementares.C) confusas.D) contraditórias.E) opostas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.TEXTO 1

GraduaçãoPara ingressar no mercado, o perito forense

computacional (não se assuste, é assim que um caçador de hackers é chamado oficialmente) precisa ter algum curso superior completo. Mas, como a profissão é nova, ainda não existem faculdades específicas. Ou seja, vale formação superior em qualquer curso. Mas, claro, algumas formações podem lhe dar conhecimentos mais adequados. Engenharia eletrônica e ciências da computação garantem boas ferramentas técnicas e direito ajuda muito na hora de produzir laudos que, em seguida, são analisados por juízes e advogados.

TEXTO 2Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é

chamada quando pinta um problema em outra empresa;• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém

seu próprio corpo de especialistas;• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal

ou por alguma pessoa ou empresa para trabalhar num caso específico;

• trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.

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Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

Comparando-se esses textos, pode-se afirmar que os doisA) divulgam as possibilidades de uma nova profissão.B) fazem referência à garantia de emprego no mercado.C) foram escritos com finalidades bem diferenciadas.D) mostram que a Polícia Federal precisa desse profissional.E) usam linguagem predominante computacional.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Em ambos os textos, o sentimento que estimula os autores éA) a comemoração festiva.B) a fixação na natureza.C) o amor saudoso.D) o presente de paz.E) o retorno à infância.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Por que o senhor é cético em relação às previsões sobre o aquecimento global?

Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colocadas. Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos próximos 100 anos se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é óbvio que as pessoas vão mudar, vão construir defesas contra a elevação dos mares. No entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou cético em relação a algumas previsões, sim. Mas sou cético principalmente em relação às políticas de combate ao aquecimento global. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A questão é que tipo de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de gastar bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou um cético da ciência do clima, mas um cético da política do clima.

Basicamente, digo que não estamos adotando as melhores políticas porque não estamos pensando onde gastar o dinheiro para produzir os maiores benefícios.

Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.

Texto 2Esclarecedora a entrevista com Bjorn Lomborg

(Entrevista, 23 de dezembro). Cada um de nós precisa se inteirar da realidade e agir com tenacidade. Não vale a pena gastar tempo com discussões vazias e fantasiosas de alguns que pregam a catástrofe futura, desconectados do aqui e do agora. Melhorar as condições de vida das pessoas, provendo-as de fonte de renda, acesso à saúde, educação e lazer, diminuirá os problemas sociais e por consequência o aquecimento global.Irineu Berezanski, São José, SC.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/301209/leitor.shtml>. Acesso em: 5 abril 2011.

Em relação ao tema discutido no Texto 1, o autor do Texto 2 apresenta uma posição

A) conflitante.B) contrária.C) favorável.D) irônica.E) questionadora.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Entregue elevador da prefeituraO prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram

hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile.

“Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.

“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os defi cientes físicos, e sim para todos que têm difi culdades de locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sabem a difi culdade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN(Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]

Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239>.

Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

Texto 2

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Page 68: Apostila 9º Ano

Disponível em <http://www.cvi.org.br/cartum-porta-estreita.asp>. Acesso em: 16 mar. 2012.

A informação comum a esses dois textos éA) a acessibilidade para pessoas com dificuldades de

locomoção.B) a necessidade de elevadores especiais.C) a utilização de banheiros públicos.D) as inaugurações de obras públicas adaptadas para

cadeirantes.E) as instalações de bebedouros para cadeirantes.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.Texto I

“A água evapora dos oceanos, cai sobre a terra, aflui para os rios e escorre de volta para o mar – e parece, assim, ser um recurso ilimitado. Mas apenas 2,5 % da água do planeta é doce e a maior parte dela está congelada nos pólos. Assim, de toda a água doce existente, apenas 0,6 % pode ser utilizada. Para piorar, mudanças climáticas podem alterar a distribuição dos locais e dos períodos de cheias, e a elevação do nível dos mares pode tornar salobra a água doce dos litorais.[... ]

Cada pessoa necessita de pelo menos meio metro cúbico de água limpa por dia, para beber, cozinhar e manter a higiene pessoal. Mas um sexto da população mundial tem de se contentar com menos do que isso.

O fantasma da sede. National Geographic Brasil.n.12.Abril, 2001.v.1

Texto IIPlaneta água

(Guilherme Arantes)Água que nasce na fonte serena no mundoE que abre um profundo grotãoÁgua que faz inocente riacho e deságuaNa corrente do ribeirãoÁguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertãoÁguas que banham aldeias e matam a sede da populaçãoÁguas que caem das pedras no véu das cascatas,Ronco de trovãoE depois dormem tranqüilas no leito dos lagos,No leito dos lagosÁguas dos igarapés, onde Iara, a mãe d´águaÉ misteriosa cançãoÁgua que evapora, pro céu vai embora,Virar nuvem de algodãoGotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantaçãoGotas de água da chuva, tão triste, são lágrimas na inundaçãoÁguas que movem moinhos são as mesmas águas que Encharcam o chãoE sempre voltam humildes pro fundo da terra,Pro fundo da terraTerra, planeta água....

Fonte: planetaagua.guilhermearantes.letrasdemusicas.com.br

Esses dois textos se assemelham, quanto aoA) espaço.

B) gênero.C) objetivo.D) tema.E) tempo.

------------------------------------------------------------PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.Texto 1

A reinvenção do virtualEngarrafamentos, estacionamentos e lojas superlotados,

vendedores insistentes, poluição sonora e preços pouco atraentes. Muitas vezes, sair de casa para fazer uma compra pode se tornar um grande transtorno. Fruto da necessidade daqueles que prezam pelo conforto de casa ou do escritório na hora do consumo, as lojas virtuais surgiram com o avanço da era da internet e possibilitaram a relação comercial em qualquer lugar do mundo e a qualquer hora do dia. Entretanto, algumas empresas acabaram optando pelo caminho inverso depois que conquistaram o mercado na web, ou seja, partiram para o desafio de montar um espaço físico, contrataram funcionários e arcaram com todas as responsabilidades envolvidas no processo. Ampliar o negócio e atingir novos clientes, principalmente aqueles que não têm tanta intimidade assim como o mundo virtual, são alguns dos objetivos desses web empresários.

Correio Braziliense. 12 abr. 2010.Texto 2

DicasVeja como agir para fazer uma compra segura pela

internet.• Além do e-mail, verifique se a loja oferece número de

telefone e endereço.• Imprima todos os procedimentos realizados durante a

compra: número da transação e confirmação do pedido. Se possível, solicite à loja online um fax ou uma confirmação por escrito de que a aquisição foi feita.

• Cuidado com promoções. Lembre-se de que, na maioria das vezes, ao preço do produto, ainda será somado o valor do frete.

• Antes de finalizar a compra num site estrangeiro, não deixe de verificar as taxas de importação e o valor do frete. Procure saber também se a empresa tem representantes no Brasil.

• Existem produtos, como músicas e programas, que podem ser comprados e recebidos pela própria internet. Assim, não há custo de frete nem prazo para entrega.

• Nunca envie suas informações de pagamento via e-mail. As informações que viajam pela internet não são protegidas contra leitura de estranhos.

E-bit - Empresa de pesquisas na área do comércio eletrônico. In: Correio Braziliense. 12 abr. 2010.

Nesses dois textos, as informações apresentadasA) assemelham-se.B) complementam-se.C) contradizem-se.D) igualam-se.E) negam-se.

------------------------------------------------------------(SARESP-2011). Leia o texto abaixo.

DAS PEDRAS

Ajuntei todas as pedrasque vieram sobre mim.Levantei uma escada muito altae no alto subi.Teci um tapete floreadoe no sonho me perdi.Uma estrada,um leito,uma casa,um companheiro.Tudo de pedra.

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Page 69: Apostila 9º Ano

Entre pedras cresceu a minha poesia.Minha vida...Quebrando pedrase plantando flores.Entre pedras que me esmagavamLevantei a pedra rudedos meus versos.

(Cora Coralina, Meu livro de cordel)

Você acabou de ler o poema Das pedras, de Cora Coralina.Leia também os seguintes versos, escritos por outro poeta, Carlos Drummond de Andrade:

No meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedra.

(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)

Se compararmos esses versos de Drummond aos de Cora Coralina, veremos que, nos dois poemas,foi usada a imagem da pedra para simbolizar

(A) afetividade.(B) comodidade.(C) dificuldade.(D) fidelidade.(E) simplicidade.

------------------------------------------------------------Faça a leitura do texto 1 e texto 2 para responder a questão Eu sou a Ruth RochaEu sou paulista. Nas minhas origens, baianos, mineiros, cariocas. Commuitos portugueses bem lá atrás e algum sangue bugre ou negro – quem sabe? –, que se traduz na minha cor de cuia quando apanho sol. Gosto muito de sol, depraia e de mar. De música e de livros. De cantar, dançar e rir. Gosto muito degente. Principalmente criança.TEXTO 2Educadora, socióloga e jornalista, a paulistana Ruth Rocha tem o mérito de seruma das escritoras que renovaram a linguagem dos livros infantis.Até hoje, já publicou mais de 130 livros em inúmeras edições, lidos por milhõesde crianças de todas as idades.Seus livros comovem e divertem leitores dos quatro cantos do mundo.Quer saber mais?Anote a página da Ruth na Internet: www.uol.com.br/ruthrocha.QUESTÃO 37 (SAEP 2012)Sobre os textos 1 e 2, podemos dizer que(A) os dois textos foram escritos por Ruth Rocha.(B) os dois textos apresentam as mesmas informações sobre Ruth Rocha.(C) o texto 1 fala das publicações de Ruth Rocha.(D) o texto 2 fala da vida profissional de Ruth Rocha.

Faça a leitura dos dois textos e responda:TEXTO 1 – Shopping: Capim DouradoO Capim Dourado Shopping é o maior shopping center do Estado do Tocantins. Localizado na capital Palmas, o empreendimento foi inaugurado no dia 17 de agosto de 2010.O complexo conta com 130 lojas, sendo 5 âncoras e 6 salas de cinema (sendo uma do tipo 3D)da rede Cinemark. Também traz um espaço de eventos chamado Jalapão Hall com área total de7046.41 m², onde ocorrem eventos e shows.Primeiro grande empreendimento do tipo no Estado, o centro comercial trouxe novas lojas e serviços para a cidade.Pensado para ser uma nova experiência para os seus visitantes, todos os espaços foram projetados para proporcionar novos e marcantes momentos. O local já se

transformou no programa favorito de todos os tocantinenses e de turistas.Fonte: http://www.cdlpalmas.com.br/ver_noticia.asp?cod=132889&codDep=302TEXTO 2 – Parte de shopping desaba e provoca pânico no CanadáAutoridades da cidade de Lake Mayor, localizada no estado de Ontário, norte do Canadá investigam causas do acidente que deixou quatro pessoas feridas e grande prejuízo de mercadorias em um shopping Center de pequeno porte da cidade. Segundo testemunhas tudo começou por volta de duas horas da tarde quando ventava e chovia muito. Dois quiosques que vendiam bilhetes de loteria, cigarros e revistas estavam localizados na área abaixo da parte do teto que desabou. Agora resta somente um buraco de 12 metros por 24 metros.(Portal: tvig.ig.com.br - Informações: Agência Estado, jun. 2012).

Os dois textos tratam do assunto “shopping”, porém os textos se diferenciam porque(A) no texto 1 o shopping foi inaugurado e no texto 2, o shopping precisa de reforma.(B) no texto 2 o shopping foi inaugurado e no texto 1, o shopping precisa de reforma.(C) o texto 1 trata de um shopping pequeno e o texto 2 de um grande shopping.(D) apenas o shopping Capim Dourado é um local de visitação de turistas.

Leia os textos e respondamTEXTO 1Quantas vezes por semana doces e refrigerantes podem entrar no cardápio do meu filho?Depende. “Se a criança estiver acima do peso, ofereça duas porções desses itens porsemana”, recomenda a nutricionista Priscila Maximino. Mas, se ela não vive em pé de guerra com abalança, três porções semanais estão de bom tamanho.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/03_05/alimentacao/duvidas-sobre-alimentacaoTEXTO 2 –

Os dois textos tratam, principalmente,sobre(A) os cuidados com uma boa alimentação.(B) os perigos de doces e refrigerantes.(C) a obesidade das crianças e jovens.(D) os problemas de saúde das pessoas.Leia os textos e respondam

TEXTO 2

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Page 70: Apostila 9º Ano

Os dois textos tratam da seguinte temática:(A) a importância da escola.(B) trabalhar e brincar.(C) o trabalho infantil.(D) preconceito contra as crianças

D11- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor, relacionam-se ao reconhecimento das relações de coerência no texto em busca de uma concatenação perfeita entre as partes do texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios, etc., formando uma unidade de sentido. Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno, a percepção de uma determinada relação lógico discursiva, enfatizada, muitas vezes, pelas expressões de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de causalidade, de anterioridade, de posteridade, entre outros e, quando necessário, a identificação dos elementos que explicam essa relação.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Esse Eça!

Talvez por ter nascido sem pai, talvez por ter sido um menino solitário, talvez porque ainda não havia televisão nem videogame, ou talvez porque fosse mesmo tímido, logo que pude decifrar as “formiguinhas pretas”, meu lazer passou a ser a leitura. Nada de “estudo”, nada de “busca do saber”. Ler para sonhar, para sentir-me na pele dos protagonistas, para me divertir mesmo.

Quanto dessas leituras habita ainda em mim!Mas, pulando Lobato e os queridos autores de literatura

juvenil, lembro-me de O suave milagre, do escritor português Eça de Queirós. Que impacto! Eu lia e relia o conto, lágrimas, frissons, emoções que acredito nunca mais ter conseguido sentir ao ler um texto. [...] O suave milagre continua como uma das minhas narrativas favoritas. Que conto! Esse Eça!

BANDEIRA, Pedro. Carta Fundamental, fev. 2011. Fragmento.

No trecho “... logo que pude decifrar as ‘formiguinhas pretas’”, a expressão destacada estabelece uma relação

A) condicional.B) consecutiva.C) final.D) modal.E) temporal.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

A ceiaO restaurante era moderno e pouco frequentado, com

mesinhas ao ar livre, espalhadas debaixo das árvores. Em cada mesinha, um abajur feito da garrafa projetando sobre a toalha de xadrez vermelho e branco, um pálido círculo de luz.

A mulher parou no meio do jardim.– Que noite!Ele lhe bateu brandamente no braço.– Vamos, Alice... Que mesa você prefere?Ela arqueou as sobrancelhas.– Com pressa?– Ora, que ideia...Sentaram-se numa mesa próxima ao muro e que parecia

a menos favorecida pela iluminação.Ela tirou o estojo da bolsa e retocou rapidamente os

lábios. Em seguida, com gesto tranquilo, mas firme, estendeu a mão até o abajur e apagou-o.

– As estrelas ficam maiores no escuro.Ele ergueu o olhar para a copa da árvore que abria sobre

a mesa um teto de folhagem.

– Daqui não vejo nenhuma estrela.– Mas ficam maiores.Abrindo o cardápio, ele lançou um olhar ansioso para os

lados. Fechou-o com um suspiro.– Também não enxergo os nomes dos pratos. Paciência,

acho que quero um bife. Você me acompanha?Ela apoiou os cotovelos na mesa e ficou olhando para o

homem. Seu rosto fanado e branco era uma máscara delicada emergindo da gola negra do casaco. O homem se agitou na cadeira.

Tentou se fazer ver por um garçom que passou a uma certa distância. Desistiu. Num gesto fatigado, esfregou os olhos com as pontas dos dedos.

– Meu bem, você ainda não mandou fazer esses óculos? Faz meses que quebrou o outro e até agora...

– A verdade é que não me fazem muita falta.– Mas a vida inteira você usou óculos.Ele encolheu os ombros.– Pois é, acho que agora não preciso mais.– Nem de mim.– Ora, Alice...

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 9. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 143-144. Fragmento.

*Adaptado: ReformaOrtográfica.

No trecho “– Também não enxergo os nomes dos pratos.”, a palavra destacada estabelece uma relação de

A) conclusão.B) condição.C) oposição.D) soma.E) tempo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O Berço da filosofia e da democraciaAtenas pode-se orgulhar de ter sido o berço da filosofia,

conhecimento que superou os mitos na tentativa de se explicar o mundo. Nas ruas da capital grega, circularam pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles, filósofos cujas ideias tornaram-se baluartes para a sociedade ocidental, apesar dos milhares de anos que nos separam deles. Além disso, foi lá que se viveu uma experiência até então inédita de democracia, sistema político defendido hoje nos quatro cantos do planeta.

Atenas viu nascer a democracia, o primeiro regime político a pregar a igualdade de direito entre todos os homens, independentemente da classe social. Mesmo que ele não tenha funcionado a pleno vapor na Antiga Grécia, foi lá que o sistema

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nasceu e dessa experiência partiram as ideias e modelos subsequentes. Sem a ousadia ateniense de pregar e defender valores até então nunca cogitados, provavelmente, o rumo da Humanidade teria sido diferente.

Revista Grécia – Terra dos Deuses – Editora Escala – nº 04 – p.14 e 15. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

No fragmento “Além disso, foi lá que se viveu uma experiência até então inédita de democracia”, a expressão destacada tem um valor semântico de

A) acréscimo.B) comparação.C) consequência.D) oposição.E) proporção.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

DiáriosOs livros que mais me falam são os diários. Diários são

registros de experiências comuns acontecidas na simplicidade do cotidiano, experiências que provavelmente nunca se transformaram em livros. Não foram registradas para ser dadas a público. Quem as registrou, as registrou para si mesmo – como se desejasse capturar um momento efêmero que, se não fosse registrado, se perderia em meio à avalanche de banalidades que nos enrola e nos leva de roldão. Esse é o caso do Cadernos da Juventude, de Camus, um dos livros que mais amo, e que leio e releio sem nunca me cansar. Um “diário” é uma tentativa de preservar para a eternidade o que não passou de um momento. Álbuns de retratos da intimidade. Pois eu fiz um “Diário”: pensamentos breves que pensei ao correr da vida e dos quais não me esqueci. Pensamentos são como pássaros que vêm quando querem e pousam em nosso ombro. Não, eles não vêm quando os chamamos. Vêm quando desejam vir. E se não os registramos, voam para nunca mais. Isso acontece com todo mundo. Só que as pessoas, achando que a literatura se faz com pássaros grandes e extraordinários, tucanos e pavões, não ligam para as curruíras e tico-ticos... Mas é precisamente com curruíras e tico-ticos que a vida é feita

ALVES, Rubem. Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003, p. 51.

No trecho “Um ‘diário’ é uma tentativa de preservar para a eternidade o que não passou de um momento.” (ℓ.7-8), o autor usou as palavras destacadas para exprimir ideia de

A) adição.B) comparação.C) contraste.D) exagero.E) negação.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo

Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo,

estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-

carlos-drummond-de-andrade.html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

No trecho “... sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si.” (ℓ. 25-26), as palavras destacadas marcam uma circunstância de

A) causa.B) concessão.C) conformidade.D) consequência.E) finalidade.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O cerrado exige ações de preservaçãoA Amazônia é um bioma tão majestoso que ofusca os

demais existentes no Brasil. Falase muito – interna e externamente – na preservação da floresta. A preocupação é legítima.

E deve manter-se. Não significa, porém, que se deva fechar os olhos para os demais. É o caso do cerrado. Segundo maior bioma do país em extensão, ele ocupa 24% do território nacional.

Nos 2.039.368 km² de área distribuída em 11 estados e no Distrito Federal, abriga a maior biodiversidade em savana do mundo e dá origem a três nascentes das principais bacias hidrográficas da nação – Amazônia, Paraná e São Francisco. É, pois, estratégico. Não só pela biodiversidade e a conservação de recursos hídricos, mas também pelo sequestro de carbono.

O desenvolvimento do oeste, porém, põe em risco o bioma. Desde a construção de Brasília, na década de 1950, desapareceram do mapa 58% do cerrado. Especialistas advertem que, mantido o atual ritmo de destruição, a extinção virá em 50 anos. É assustador.

Três vetores contribuíram para a tragédia. Um deles: a pecuária, que, a partir dos anos 1970, ganhou impulso espetacular. Outro: a lavoura branca, especialmente a soja e o algodão. Mais recentemente chegou a cana-de-açúcar. Antes concentrada em Goiás e São Paulo, a cultura se expandiu para a Bacia do Pantanal e busca territórios novos, como o Triângulo Mineiro. O último: a produção de carvão vegetal, necessário para fazer aço.

Minas Gerais e Pará concentram a atividade.Correio Braziliense, 26 out. 2009.

No trecho “Não só pela biodiversidade... mas também pelo sequestro...” (ℓ. 14-15), as palavras destacadas estabelecem, entre as orações, uma relação de

A) adição.B) alternância.C) conclusão.D) explicação.E) oposição.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A nova minoria

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É um grupo formado por poucos integrantes. Acredito que hoje estejam até em menor número do que a comunidade indígena, que se tornou minoria por força da dizimação de suas tribos. A minoria a que me refiro também está sendo exterminada do planeta, e pouca gente tem se dado conta. Me refiro aos sensatos.

A comunidade dos sensatos nunca se organizou formalmente. Seus antepassados acasalaram-se com insensatos, e geraram filhos e netos e bisnetos mistos, o que poderia ser considerada uma bem-vinda diversidade cultural, mas não resultou em grande coisa.

Os seres mistos seguiram procriando com outros insensatos, até que a insensatez passou a ser o gene dominante da raça. Restaram poucos sensatos puros.

Reconhecê-los não é difícil. Eles costumam ser objetivos em suas conversas, dizendo claramente o que pensam e baseando seus argumentos no raro e desprestigiado bom senso. Analisam as situações por mais de um ângulo antes de se posicionarem. Tomam decisões justas, mesmo que para isso tenham que ferir suscetibilidades.

MARTHA, Medeiros. In: Revista O Globo. 31 jan. 2010, p. 38.

No trecho “...mas não resultou em grande coisa.” (ℓ. 7), a conjunção destacada estabelece, em relação ao trecho anterior, uma relação de

A) adição.B) alternância.C) conclusão.D) explicação.E) oposição.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita retratam tipos urbanos femininos

As canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades.

Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, morais.

Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam.

BRAIT, Beth. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096.>.

Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento.

No trecho “... tanto quanto na poesia e nas artes em geral,...” (ℓ. 7), a expressão destacada expressa uma

A) causa.B) comparação.C) condição.D) conformidade.E) consequência.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Viva a produtividadeO IBGE divulgou na semana passada o mais completo

diagnóstico do agronegócio nacional: o Censo Agropecuário, com dados coletados em 2006. Ficou evidente o avanço da produtividade, isto é, a quantidade produzida por área ocupada. No cotejo com o censo anterior, concluído em 1996, o caso mais notável foi o do algodão, cuja produtividade subiu 124%. Na pecuária bovina, o aumento no total de carne produzida por hectare (10 000 metros quadrados) foi de 90%. Com ganhos como esses, possíveis somente com a profissionalização do agronegócio e do investimento em tecnologia, o país se aproximou dos índices de produtividade obtidos pelos Estados Unidos. Outro dado surpreendente: a área efetivamente utilizada recuou 7%, contrariando o discurso segundo o qual a expansão agrícola significa necessariamente avanço sobre matas virgens, como a Floresta Amazônica.

Revista Veja, 07 de out. de 2009. Fragmento.

No trecho “Ficou evidente o avanço da produtividade, isto é, a quantidade produzida porárea ocupada.” (ℓ. 2-3), a expressão destacada foi usada com o objetivo de

A) argumentar.B) condenar.C) exemplificar.D) explicar.E) refutar.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A hora dos ruminantesA noite chegava cedo em Manarairema. Mal o sol se

afundava atrás da serra – quase que de repente, como caindo – já era hora de acender candeeiros, de recolher bezerros, de se enrolar em xales. A friagem até então continuada nos remansos do rio, em fundos de grotas, em porões escuros, ia se espalhando, entrando nas casas, cachorro de nariz suado farejando.

Manarairema, ao cair da noite – anúncios, prenúncios, bulícios. Trazidos pelo vento que bate pique nas esquinas, aqueles infalíveis latidos, choros de criança com dor de ouvido, com medo do escuro. Palpites de sapos em conferência, grilos afiando ferros, morcegos costurando a esmo, estendendo panos pretos, enfeitando o largo para alguma festa soturna.

Manarairema vai sofrer a noite. [...]Não se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as

portas e não davam passagem, não podiam; não tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela não se conseguia mais fechá-la, não havia força que empurrasse para trás aquela massa elástica de chifres, cabeças e pescoços que vinha preencher o espaço.

Frequentemente surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes distantes e causavam novas brigas, até que os empurrões, chifradas, ancadas forçassem uma arrumação temporária. O boi que perdesse o equilíbrio e ajoelhasse nesses embates não conseguia mais se levantar, os outros o pisavam até matar, um de menos que fosse já folgava um pouco o aperto – mas só enquanto os empurrões vindos de longe não restabelecessem a angústia. [...]

VEIGA, José J. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/literatura>. Acesso em: 5 mar.

2012. Fragmento.

No trecho “... mas só enquanto os empurrões vindos de longe não restabelecessem aangústia.” (ℓ. 34-35), o termo em destaque estabelece uma relação de

A) adição.B) alternância.C) consequência.D) explicação.E) oposição.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Em harmonia com a natureza

Todas as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet para ver qual é a lição de casa do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais, como biologia e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na sociedade. À tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e professores com o intuito de promover a sustentabilidade.

Sustentabilidade significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a três quilômetros de Pirenópolis criada há dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana.

Atualmente, há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”, explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.”

Disponível em: <http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2012-01-

01T00:00:00-03:00&max-results=50>. Acesso em: 20 abr. 2012.

No trecho “... entra na internet para ver qual é a lição de casa do dia.” (ℓ. 1), o termo destacado estabelece uma relação de

A) finalidade.B) explicação.C) conformidade.D) comparação.E) causalidade.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O negócio é ser verdeA consultora francesa, que assessora grandes

companhias em assuntos ambientais, dizque é inevitável que as empresas adaptem seus modelos de negócio à sustentabilidade.

Que outras atitudes sustentáveis a senhora incorporou à sua rotina?

Elisabeth Laville – Depois que tive minha filha, hoje com 4 anos, fiquei radical quanto a determinadas questões. Ela entrou para a escola recentemente, e constatei que os alimentos servidos lá eram ricos em gorduras e carboidratos. Disseram-me que seria impraticável adotar um novo cardápio sem que outras instituições aderissem a ele. Procurei essas escolas e consegui que aderissem à mudança na alimentação das crianças. Ou seja, mesmo atitudes simples podem ter impacto para as gerações futuras. Não consigo entender por que as pessoas não se preocupam com o mundo que deixarão para seus descendentes. Na Europa, onde uma parte da população costuma esquiar, os adultos não pensam que, ao ter atitudes antiecológicas, privarão seus filhos ou netos do esporte. Dez por cento das estações de esqui dos Alpes estão sob risco de fechar, pois não há maisneve como antes. Outro hábito que incorporei foi comprar produtos de limpeza e alimentos orgânicos. Essas atitudes podem ter enorme impacto na saúde de todos.

É possível tornar os alimentos orgânicos mais baratos?

Elisabeth Laville – Acho que é uma questão de tempo até que a exceção se torne regra.

Se todos começarem a exigir orgânicos no mercado, eles vão baratear. Foi o que aconteceu com outros produtos, como o

ar-condicionado dos carros, que antes era usado por poucas pessoas, e o telefone celular, que custava caríssimo e hoje pode sair de graça.

Veja, 16 set. 2009. Fragmento.

Nesse texto, o trecho que apresenta uma expressão que indica uma relação de condição é:

A) “Depois que tive minha filha,...”. (ℓ. 7)B) “... sem que outras instituições aderissem a ele.”. (ℓ. 13-14)C) “Ou seja, mesmo atitudes simples...”. (ℓ. 16-17-7)D) “... por que as pessoas não se preocupam...”. (ℓ. 18-19)E) “Se todos começarem a exigir orgânicos...”. (ℓ. 35)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Estudo simulará aquecimento amazônico e suas consequências

Para descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico num clima mais quente.

A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica.

O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no mundo.

“Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo.

No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte delas endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente aquático aumenta.

Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução de oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global.

Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua saúde. [...].

A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão noDNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando o clima era mais quente.Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos.

RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-

simulara-aquecimento-amazonico-e-suasconsequencias.shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.

No trecho “‘mas se esquecem da vida aquática’,...” (ℓ. 14-15), a conjunção em destaque estabelece entre as orações uma ideia de

A) alternância.B) comparação.C) conclusão.D) finalidade.E) oposição.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pônei glutãoToda criança gosta de comer alguma porcaria, né?

Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.

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A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em comer macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.

Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de laranja.Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-

glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.

No trecho “... Magic não é uma criança, mas sim um pônei”, o termo em destaque estabelececom a oração anterior uma relação de

A) comparação.B) condição.C) consequência.D) dúvida.E) oposição.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Antes e depoisO salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a

boa [...] D. Maria, digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...

O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...

II– Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta

do charuto, manda Clara cantar...– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas

entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...

– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga Clarinha...

O desembargador olhava outra vez para os astros...III

Rola o tempo...Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr.

Belmiro com sua senhora D. Clara...Os vizinhos dizem cousas... ih!

IV– Como vais, Belmiro?– Mal!– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua

Clarinha...– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive;

é de feijões...– Então...– Devo até a roupa com que me cubro!...– E o dote?– Ah! Ah! Adeusinho...

VÉ noite.D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-

lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.

Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...

O Dr. Belmiro vem da rua zangado.– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a

atormentar-me!... Mande para o diabo as suas músicas e vá-se com elas!

POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em: <http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?

link=http://www.biblio.com.

br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3 fev. 2012. Fragmento.

No trecho “... e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...” (ℓ. 48-49), a palavra em destaque estabelece uma relação de

A) causa.B) conclusão.C) condição.D) finalidade.E) oposição.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A economia da felicidadeVivemos em tempos de altas ansiedades. Apesar de o

mundo usufruir de uma riqueza total sem precedentes, também há ampla insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande maioria dos americanos acredita que o país está “no caminho errado”. O pessimismo está nas alturas. O mesmo vale para muitos outros lugares.

Tendo essa situação como pano de fundo, chegou a hora de reconsiderar as fontes básicas de felicidade em nossa vida econômica. A busca incansável de rendas maiores vem nos levando a uma ansiedade e iniquidade sem precedentes, em vez de nos conduzir a uma maior felicidade e satisfação na vida. O progresso econômico é importante e pode melhorar a qualidade de vida, mas só se o buscarmos junto com outras metas. [...]

SACHS, Jeffrey D.. Disponível em: <http://zelmar.blogspot.com/2011/08/economia-da-

felicidade.html>. Acesso em: 18 nov. 2011.Fragmento.

Nesse texto, a conjunção que estabelece uma relação de concessão está no trecho:

A) “Apesar de o mundo usufruir de uma riqueza total...”.B) “... também há ampla insegurança, agitação e

insatisfação.”.C) “Tendo essa situação como pano de fundo,...”.D) “... em vez de nos conduzir a uma maior felicidade...”.E) “... mas só se o buscarmos junto com outras metas.”.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Mudar é possívelPorque não é impossível mudar para melhor, desde que

se comece repensando o próprio país e o papel de cada um dentro dele, não importam a idade, a profissão, a conta no banco ou nem ter conta no banco. A postura maior tem de ser dos governos, dos líderes, das autoridades, mas cada um, do gari ao senador, pode e deve contribuir para isso, para começar a entender quem somos, que país somos, quem queremos ser, como podemos nos transformar – para ter na ciranda dos países todos, de verdade, um lugar respeitado e respeitável.

LUFT, Lya. Veja, 26 out. 2011. Fragmento.

No Texto, no trecho “... desde que se comece repensando o próprio país”, a locuçãodestacada estabelece relação de

A) causa.B) condição.C) finalidade.D) proporção.E) tempo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Entregue elevador da prefeituraO prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram

hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi

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culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile.

“Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.

“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os defi cientes físicos, e sim para todos que têm difi culdades de locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sabem a difi culdade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN(Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]

Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239>.

Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

No Texto, no trecho “... tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.” (ℓ. 22) o conectivo destacado estabelece uma relação de

A) alternância.B) conclusão.C) condição.D) explicação.E) finalidade.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

VALSINHA

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar.

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar.

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouviam mais...

Que o mundo compreendeuE o dia amanheceuEm paz.

HOLANDA, Chico Buarque de. In: Construção. CD Philips. 1971.

De acordo com esse texto, a felicidade do casal fez com queA) a cidade se iluminasse.B) a vizinhança despertasse.C) a mulher ficasse bonita.D) o dia amanhecesse.E) o mundo compreendesse.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

Um problema essencial na discussão das questões envolvidas no projeto de transposição de águas do São

Francisco para os rios do Ceará e Rio Grande do Norte diz respeito ao equilíbrio que deveria ser mantido entre as águas que seriam obrigatórias para as importantíssimas hidrelétricas já implantadas no médio/baixo vale do rio Paulo Afonso, Itaparica, Xingó.

(AB’SABER, Aziz Nacilo. Revista Scientific American Brasil, p. 98. Ano 3, número 35, abril de 2005)

No trecho ...”transposição de águas do São Francisco para os rios do Ceará” (linhas 1 e 2) o termo grifado estabelece uma relação de

A) assunto.B) causa.C) destino.D) finalidade.E) origem.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

Acho uma boa idéia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionados por alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça no dia. A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.(Juliana Araújo e Souza)

(Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)

Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes.” (ℓ. 5-6), a palavra destacada indica:

(A) alternância.(B) oposição.(C) adição.(D) explicação.

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda.

GoiabadaCarlos Heitor Cony

Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha cara de goiabada.

Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.

[...]Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num

posto para abastecer o carro e um senhor idoso me ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando o desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o Goiabada, podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.

[...]O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada,

desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias, olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm

No trecho “Outro dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso me ofereceu umas flanelas [...]”, o termo sublinhado

(A) acrescenta uma informação à anterior.(B) explica a ideia anteriormente citada.(C) se opõe ao que foi dito anteriormente.(D) oferece uma alternativa ao fato citado.

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Page 76: Apostila 9º Ano

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Os pancararésConhecedores de cada canto da região em que viveram

os cangaceiros, os pancararés, quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando. Hoje, uma comunidade remanescente dos pancararés vive na Baixa do Chico, um pequeno povoado situado no interior do Raso da Catarina. Embora as condições de vida sejam bastante simples, os moradores parecem saudáveis. Vivem em casas rústicas de pau-a-pique e recebem água de um poço artesiano porque a região é árida e agreste. Dedicam-se a pequenas lavouras de milho e feijão e à criação de gado.

www.almg.gov.br/revistalegis/saofrancisco/população.

No trecho “...quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando.”, a expressão destacada demonstra uma circunstância de

(A) dúvida.(B) condição.(C) tempo.(D) comparação.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Maneira de amar

O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.

Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.

O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.

Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o tratava mal, agora está arrependido?" "Não, respondeu, estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava".

ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro: Record, 1997.

No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em destaque refere-se ao seguinte termo do 1° parágrafo:

(A) cravina (linha 3).(B) gerânio (linha 4).(C) girassol (linha 4).(D) homem bonito (linha 5).

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

É preciso se levantar cedo?

A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.

Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:

– Você devia se levantar cedo, meu filho.– E por quê, pai?

– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no meu caminho.

– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite

anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para casa.– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro

tinha se levantando ainda mais cedo. Você está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.

(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)

O uso do vocábulo “então”, que abre a fala final de Nasreddin, serve para que apresente ao seu pai

(A) a conclusão que tirou da resposta.(B) a hora de encerrarem aquela conversa.(C) a justificativa para acordar mais tarde.(D) a hipótese de que estava com a razão.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Quanto tempo resistimos sem comer nem beber?

Há registros de pessoas que suportaram até 200 dias sem comer, mas esse tempo sempre varia conforme a estatura. Sem água, porém, a resistência é bem menor e o estado de saúde torna-se bastante grave após cerca de 36 horas. Ficar sem comer por um ou dois dias normalmente não ocasiona problemas que possam afetar gravemente a pessoa. Essa situação não costuma causar mais que tonturas e dor de cabeça. “O jejumnão tem indicação para ser usado de forma rotineira sob o ponto de vista médico, mas tem sido praticado desde a Antiguidade como preceito religioso para a purificação do espírito”, diz o endocrinologista Danilo Alvarenga de Carvalho. Quando feito sem controle médico, porém, o jejum pode implicar sérios riscos para a saúde, inclusive levando à morte. Sem a ingestão de alimentos, o organismo começa a queimar suas reservas de energia, principalmente as gorduras.

Depois delas, consome as proteínas que compõem os tecidos. Ficar muito tempo sem se alimentar também provoca diversas alterações metabólicas e hormonais, com perda de vitaminas e sais minerais, alterações da pressão arterial, desmaios e problemas psicológicos. Mas a falta de água é bem mais grave. Um homem de estatura média contém em seu corpo aproximadamente 40 litros de água, necessária para resfriar o corpo.

Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição para serem eliminadas pelos rins e intestinos. Numa pessoa saudável, existe um equilíbrio entre a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados. A perda desse equilíbrio em poucos dias é o suficiente para matar.

(Superinteressante Especial: Mundo estranho, ago.2001.)

No trecho “Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição...” (3º parágrafo), a expressão destacada desempenha a função de

(A) adição de ideias.(B) comparação entre dois fatos.(C) consequência de um fato.(D) finalidade de um fato enunciado.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a guerra estava anotada. Eu não sabia por que os soldados tinham tanta coisa a adoçar.[...]. E a casa de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno do meu avô.

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Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página (...). Conversa mais indecente ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.(...).

Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa do meu avô foi o meu primeiro livro. (...) Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem.

Trecho extraído de Bartolomeu Campos Queirós. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.

O uso da palavra “Enquanto”, no 2° parágrafo, estabelece a seguinte relação com o 1° parágrafo:

(A) Simultaneidade entre as ações do avô e os pensamentos do menino.

(B) Comparação entre os pensamentos do avô e os do menino.

(C) Atemporalidade nas ações e pensamentos dos personagens.

(D) Contradição nos aspectos específicos entre avô e neto.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

A música na escolaPesquisadores e professores discutem, no Rio, uma

proposta que pode mudar os currículos escolares: eles querem que a música volte a ser uma disciplina obrigatória.

(...) “A melhor coisa que a escola me deu foi a música”, diz uma aluna.

Mas é algo que nem toda escola tem. “Na minha outra escola não tinha música, agora eu chego aqui, tem música, eu fico admirada”, diz outra estudante.

A escola pública no bairro pobre do Rio tem até banda. Música já foi uma disciplina obrigatória nas escolas brasileiras, mas a lei que regulamenta o ensino mudou e a música virou parte do conteúdo de uma outra matéria, a educação artística, que também reúne o teatro e as artes plásticas. Trinta e três anos depois da mudança, grupos se mobilizam e pedem a volta da música ao currículo escolar. É o que se discute no Rio, em um seminário de pesquisadores e professores de música do país todo. “O país dito como musical não pode prescindir de ter música também nas suas escolas”, diz uma pesquisadora.

Fonte: Globo.com. www.netmusicos.com.br/artigo141.htm.

O uso da palavra MAS, no 2° parágrafo, estabelece uma relação de

(A) confirmação do expresso por uma aluna, retratado no 1° parágrafo.

(B) oposição à opinião expressa no 1° parágrafo.(C) comparação às assertivas do 1° parágrafo.(D) suposição ao exposto na fala da estudante.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Você é o que você come

Está provado em pesquisas que crianças que mantêm um bom hábito alimentar e que controlam seu peso têm maior probabilidade de se tornarem adultos saudáveis e sempre de bem com a balança. A lógica inversa, infelizmente também se confirma: crianças que passam a infância acima de seu peso normal tendem a se transformar em adultos obesos e em constante “briga” com a balança.

Hoje, o Brasil ostenta um título nada agradável: campeão mundial de crianças de até cinco anos com sobrepeso (entre 10% e 15% do ideal). Por isso mesmo, pais e responsáveis por elas têm a missão de orientar e reeducar seus pequenos para evitar uma grande epidemia de obesidade, doença tratada com muita preocupação em todo o mundo.

Alimentações regradas, moderadas, cinco vezes ao dia e sempre com hora marcada são uma boa fórmula para começar a botar a casa em ordem e melhorar a saúde da criançada.

O Globo Esportes, 17 de julho de 2010

O segundo período do segundo parágrafo inicia-se com “Por isso mesmo”, em que o vocábulo ISSO se refere ao fato de

(A) o Brasil ostentar o título de campeão mundial de crianças com sobrepeso.

(B) os pais e responsáveis terem a missão de orientar e reeducar seus pequenos.

(C) as crianças com bons hábitos alimentares serem adultos saudáveis.

(D) a alimentação regrada e moderada melhorar a saúde da criançada.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Internetês: modismo ou real influência sobre a escrita?[...] Nosso estudo investe neste último questionamento,

por trabalharmos com a hipótese de que os usuários do Orkut sabem adequar-se ao contexto e ao ambiente em que praticam o exercício da escrita de forma que não prejudica nem a norma culta, nem o desempenho escolar.

Sobre isso, Caiado (2007) acredita que o internetês afeta os adolescentes que ainda não têm total domínio sobre a língua padrão. Assim como Komesu (2005) que também acredita que em parte o internetês impede o aluno do reconhecimento das normas aprendidas na escola. [...]

Contudo, Araújo (2007) e Xavier (2005) não apontam consequências negativas no que se refere à aprendizagem da escrita ideal, pois consideram o internetês como uma modificação das ínguas naturais. Acreditam que os alunos conseguem adequar-se à escrita dos gêneros sem prejudicar a aprendizagem das normas gramaticais...

ALMEIDA, Anna Larissa et alii. Disponível em: <http://www.julioaraujo.com/chip/internetes.pdf>. Acesso em: 16

mar. 2010.

No trecho “Contudo, Araújo (2007) e Xavier (2005)...” (ℓ. 8), o termo destacado estabelece, com o parágrafo anterior, uma relação de

A) adição.B) conclusão.C) consequência.D) oposição.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

Água por todo ladoDesvende os segredos das ilhas e entenda por que elas são tão

diferentes

Água à vistaExistem ilhas em oceanos, rios e lagos do mundo todo. E

nem todas se formaram do mesmo jeito. Elas podem surgir quando a água sobe ao redor de montanhas, quando a correnteza junta uma grande quantidade de areia e pedra num local ou a partir da lava expelida por vulcões submarinos.

Muitas diferençasCada ilha tem sua paisagem. Em muitas há plantas, rios

e animais. Outras são como desertos. Algumas têm vilas ou imensas cidades. Mesmo as que são formadas só por pedras, têm importância na natureza, pois são pontos de descanso para animais e, sob a água, abrigam peixes e outros bichos.

Faça a suaEm Dubai, nos Emirados Árabes, existem ilhas artificiais

feitas de areia onde há casas e hotéis. Essa ideia não é nova. Povos que vivem no Peru fazem ilhas desde o ano 1200.

Eles empilham folhas e galhos de uma planta e constroem casas sobre essas ilhas, usando fibras da mesma planta.

Cuidado importanteNuma ilha, os elementos da natureza estão em equilíbrio.

Isso garante a sobrevivência de vegetais, plantas, aves, répteis,

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Page 78: Apostila 9º Ano

mamíferos e outros seres que estão ali. A chegada de lixo, plantas ou bichos de outros locais pode levar muitas espécies animais e vegetais ã morte e até mesmo à extinção. [...]

Recreio, ano 9, n. 436. p. 12.

No trecho “... pois são pontos de descanso para animais... ” (Z. 14), a palavra destacadaexpressa uma ideia de

A) adição.B) comparação.C) conclusão.D) explicação

------------------------------------------------------------(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo e responda.

AI SE EU TE PEGO PEGOU…

Há tempos uma canção popular não fazia tanto sucesso como o hit chiclete Ai Se eu te Pego, interpretada pelo paranaense Michel Teló e de autoria de Sharon Acioly e Antonio Dyggs.

Não bastasse o sucesso nacional da música, cujo videoclipe já ultrapassou 100 milhões de visualizações no YouTube, agora é a vez do refrão cair na na boca do público estrangeiro. Ai Se eu te Pego ganhou versao em ingles (Of If I Catch You), em polonês (Slodka, que significa “doce”), em italiano, e desbancou artistas como Adele, Rihana e o grupo Coldplay nas paradas de sucesso internacionais.

O hit ganhou até uma paródia em hebraico, além de ter embalado a coreografia de soldados israelenses. De quebra, alunas brasileiras de um curso de fonoaudiologia resolveram verter a música para a lingual brasileira de sinais.

(Revista Língua Portuguesa, ano 7, nº 76, fevereiro de 2012, p . 9)

Observe o trecho “O hit ganhou até uma paródia em hebraico, além de ter embalado a coreografia de soldados israelenses.” O vocábulo em destaque no trecho transmite ideia de

(A) oposição. (B) acréscimo. (C) conclusão (D) consequência.

------------------------------------------------------------(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

CAMPANHA ESCLARECE A POPULAÇÃO SOBRE HANSENÍASE

No último domingo, dia 29 de janeiro, foi celebrado o Dia Internacional de Combate à Hanseníase, doença que atinge grande parte da população brasileira. Com esta preocupação, a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias (SMS), através do Departamento de Vigilância em Saúde, iniciou, nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, a Campanha Informativa sobre Hanseníase, que aconteceu no Centro Municipal de Saúde (CMS), no Centro, e se estenderá pelos quatro distritos da cidade.

Uma macha como esta, com perda de sensibilidade, é um sinal de alerta.

Fonte: http://www.duquedecaxias.rj.gov.br/index./noticias/Campanha-

esclarece-a-populao-sobre-Hanseniase

O trecho do texto que dá a ideia de lugar é (A) “No último domingo...” (ℓ.1) (B) “Dia Internacional de Combate à Hanseníase,...” (ℓ.2-3) (C) “... grande parte da população brasileira.” (ℓ. 3-4) (D) “... aconteceu no Centro Municipal de Saúde,...” (ℓ. 9)

------------------------------------------------------------(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

MELHOR BRASILEIRO: Quinta

Um dos raros recantos bucólicos do Rio, Vargem Grande se notabiliza também pelos endereços gastronômicos. Naquele bairro fica o melhor restaurante de cozinha brasileira da cidade. Tricampeão na categoria, o estabelecimento comandado pelo casal Luiz Antonio e Fátima Correia oferece receitas de primeira num lugar à parte da metrópole. Depois de atravessar uma trilha colorida por flores, o cliente chega à bela casa colonial avarandada, de onde se avistam micos pulando nas árvores, enquanto passarinhos se encarregam da trilha sonora. Aberta só nos fins de semana (e na sexta, com reserva), oferece pratos que valorizam combinações de ingredientes e influências regionais.

Fonte: http://vejario.abril.com.br//comer-e-beber/quinta-642456.shtml

O trecho que contém uma ideia de lugar é (A) “Naquele bairro fica o melhor restaurante de cozinha

brasileira” (ℓ. 3-4) (B) “o estabelecimento (...) oferece receitas de primeira...” (ℓ.

3-5) (C) “... Aberta só nos fins de semana (e na sexta, com

reserva)...” (ℓ. 8-9) (D) “ ...valorizam combinações de ingredientes e influências

regionais.” (ℓ. 9-10)

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Caminhos da realezaA Estrada Real ligava, inicialmente, a antiga Villa Rica,

hoje Ouro Preto, ao porto de Paraty, no Rio de Janeiro. Com o tempo, mais dois caminhos foram abertos. O primeiro passou a ligar Ouro Preto à cidade do Rio de Janeiro.

Depois a estrada se estendeu até a atual Diamantina. Além de percorrer diversos ecossistemas, como Mata

Atlântica e Cerrado, a estrada passa por várias unidades de conservação estaduais e federais.

CHAVES, Lucas; SOARES, Jéssica. Caminhos da Realeza. Revista Manuelzão, Belo Horizonte, n. 46, ano 11, julho de 2008.

Na frase “Depois a estrada se estendeu até a atual Diamantina.”, o termo destacado indica

A) dúvida.B) lugar.C) modo.D) tempo.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

A ideia surgiu quando um amigo, Ken Marshall, dono de uma importadora de vinhos, disse que, se o câmbio continuasse disparando, voltaria para o antigo negócio de exportação de móveis artesanais brasileiros...Época, 17/02/03. p. 451.

Na frase “... disse que se o câmbio continuasse ...”, a palavra em destaque estabelece uma relação de

A) tempo.B) consequência.C) causa.D) condição.

------------------------------------------------------------Texto 1

Dito Popular“O tempo é o melhor remédio.”

Disponível em: <pt.wikiproverbs.com/.../O_tempo_é_o_melhor_remédio> Acesso em: 22 fev. 2010.

Texto 2Como uma onda

Nada do que foi seráDe novo do jeito que já foi um diaTudo passa, tudo sempre passará

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A vida vem em ondas, como um marNum indo e vindo infinitoTudo que se vê não éIgual ao que a gente viu há um segundoTudo muda o tempo todo no mundoNão adianta fugir,Nem mentir pra si mesmo agoraHá tanta vida lá foraE aqui dentro sempreComo uma onda no mar

SANTOS, Lulu; MOTA, Nelson. Como uma onda. In: SANTOS, Lulu. CD O último romântico. BMG Ariola 255157-2, 1987.

No Texto 2, a palavra destacada em “A vida vem em ondas, como um mar” (v. 4) exprime uma ideia de

A) alternância.B) comparação.C) finalidade.D) oposição.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Passeio pelo campoComeçaram as férias. Valentina se prepara para passar

uns dias na casa de seus avós. Por isso, está um pouco inquieta, afinal, viajará sozinha, experiência que realiza pela primeira vez.

Os pais a acompanham até a rodoviária, de onde se despedem com beijos, abraços e muitas recomendações:

– Comporte-se bem! Avise assim que chegar... Ajude seus avós nas tarefas de casa!

O ônibus parte rapidamente. Valentina, emocionada, olha pela janela e acena para seus pais, que respondem da plataforma da estação.

Fica olhando... cada vez os vê menores, como pontinhos agitando as mãos, em alegre despedida.

À medida que se distancia, ficam para trás a cidade, seus altos edifícios e grandes casas, as enormes chaminés das fábricas, suas amplas avenidas e uma multidão de pessoas, que se dirigem a todas as partes.

REPETTO, Juan Carlos Porta. Passeio pelo campo. Curitiba: Módulo. p. 2, 3 e 4. Fragmento.

Leia novamente o trecho abaixo.“Avise assim que chegar...” (ℓ. 8-9)Nesse trecho, a expressão destacada indica

A) causa.B) finalidade.C) lugar.D) tempo.

------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

“Amizade dada é amor”– “Riobaldo, pois tem um particular que eu careço de

contar a você, e que esconder mais não posso... Escuta: eu não me chamo Reinaldo de verdade. Este é nome apelativo, inventado por necessidade minha, carece de você não me perguntar por quê. Tenho meus fados. A vida da gente faz sete voltas – se diz. A vida nem é da gente...”

Ele falava aquilo sem rompante e sem entonos, mas antes com pressa, quem sabe se com tico de pesar e vergonhosa suspensão.

– “Você era menino, eu era menino... Atravessamos o rio na canoa... nos topamos naquele porto. Desde aquele dia é que somos amigos.”

Que era, eu confirmei. E ouvi:– “Pois então: o meu nome, verdadeiro, é Diadorim...

Guarda este meu segredo.Sempre, quando sozinhos a gente estiver, é de Diadorim

que você deve me chamar, digo e peço, Riobaldo...”

Assim eu ouvi, era tão singular. Muito fiquei repetindo em minha mente as palavras, modo de me acostumar com aquilo. E ele me deu a mão. Daquela mão, eu recebia certezas. Dos olhos. Os olhos que ele punha em mim, tão externos, quase tristes de grandeza. Deu alma em cara. Adivinhei o que nós dois queríamos – logo eu disse:

– “Diadorim... Diadorim!” – com uma força de afeição. Ele sério sorriu.

ROSA, Guimarães. Grande Sertão Veredas. Apud Estudos de Língua e Literatura,. São Paulo: Moderna, 5 ed. 1998, p. 201.

O trecho que exprime uma circunstância de tempo é:A) “‘Desde aquele dia é que somos amigos.’”. ( . 8)B) “Assim eu ouvi, era tão singular.”. ( . 13)C) “Daquela mão, eu recebia certezas.”. ( . 14-15)D) “Adivinhei o que nós dois queríamos”. ( . 16)

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Curiosidades: Nariz e orelhas nunca param de crescerO tecido cartilaginoso, que forma o nariz e as orelhas,

não deixa de crescer nem mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Daí por que o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem. A face também encolhe porque os músculos da mastigação se atrofiam com a perda dos dentes.

Disponível em: <http://www.terra.com.br/curiosidades> Acesso em: 26 mar. 10.

Na frase “ ...Daí por que o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem”, o termo destacado indica

A) causa.B) condição.C) finalidade.D) oposição.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

A guerra dos ratosOs ratos estavam em guerra com as doninhas. Eles,

coitados, eram mais fracos e perdiam todas as batalhas.Fizeram, então, uma reunião para descobrir se havia

algum jeito de as coisas melhorarem.Alguns dos ratos achavam que o que faltava era

entusiasmo. Outros diziam que faltavam eram armas (palitos e espinhos).

No final, ficou resolvido que o que faltava, mesmo, eram generais: grandes líderes, para serem os chefes do exército dos ratos. Foram escolhidos, então, alguns ratos para serem os generais. Cada um ganhou um capacete, com dois chifres do lado e uma linda plumagem no alto. Um general não é um general de verdade se não tiver seu capacete. Pelo menos era o que diziam os ratos.

– Agora vamos ganhar! – exclamavam os generais desfilando seus capacetes.

No dia seguinte, os ratos foram, muito confiantes, enfrentar as doninhas. Mas as doninhas, claro, continuavam maiores e mais fortes. Os ratos logo se deram conta e saíram todos correndo, de volta para as tocas.

Mas aí é que se deu o que ninguém esperava. Com aqueles capacetes bem presos na cabeça, os generais não conseguiam passar no buraco das tocas. Levaram a maior surra!

NETROUSKY, A. Bichos que falam e a gente entende o que dizem. Folha de S. Paulo, São Paulo, 14 maio 1995.

No trecho “... para descobrir se havia algum jeito de as coisas melhorarem.” ( . 3), a palavra destacada estabelece, com a oração anterior, uma relação de

A) consequência.B) finalidade.C) lugar.D) modo.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo e responda as questões 1 e 2.

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Page 80: Apostila 9º Ano

Antes do dia partirPaulo Mendes Campos, em uma de suas crônicas

reunidas no livro “O Amor Acaba”, diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente. Eu tenho, há anos, isso como lema.

É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o prefixo e saindo do ar, eu penso: o que valeu a pena hoje? Sempre tem alguma coisa. Uma proposta de trabalho. Um telefonema. Um filme. Um corte de cabelo que deu certo. Até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava ermo dentro da gente.

Já para algumas pessoas, ganhar o dia é ganhar mesmo: ganhar um aumento, ganhar na loteria, ganhar um pedido de casamento, ganhar uma licitação, ganhar uma partida.

Mas para quem valoriza apenas as megavitórias, sobram centenas de outros dias em que, aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que vivem dizendo que a vida não é boa, e seguem cultivando sua angústia existencial com carinho [...], mesmo já tendo seu superapartamento, sua bela esposa, seu carro do ano e um salário aditivado.

Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes. Uma segunda-feira valeu por um programa de rádio que fez um tributo aos Beatles e que me arrepiou, me transportou para uma época legal da vida, me fez querer dividir aquele momento com pessoas que são importantes pra mim. Na terça, meu dia não foi em vão porque uma pessoa que amo muito recebeu um diagnóstico positivo de uma doença que poderia ser mais séria. Na quarta, o dia foi ganho porque o aluno de uma escola me pediu para tirar uma foto com ele. Na quinta, uma amiga que eu não via há meses ligou me convidando para almoçar. Na sexta, o dia não partiu inutilmente, só por causa de um cachorro-quente.

E assim correm os dias, presenteando a gente com uma música, um crepúsculo, um instante especial que acaba compensando 24 horas banais.

Claro que têm dias que não servem pra nada, dias em que ninguém nos surpreende, o trabalho não rende e as horas arrastam-se melancólicas, sem falar naqueles dias em que tudo dá errado: batemos o carro, perdemos um cliente e o encontro da noite é desmarcado.

Pois estou pra dizer que até a tristeza pode tornar um dia especial, só que não ficaremos sabendo disso na hora, e sim lá adiante, naquele lugar chamado futuro, onde tudo se justifica. É muita condescendência com o cotidiano, eu sei, mas não deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguardar com entusiasmo o dia de amanhã...

MEDEIROS, Martha. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 70-71. Fragmento.

No trecho “Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes.” (ℓ. 14), a forma verbal destacada estabelece relação de concordância com a palavra

A) últimas.B) semanas.C) dias.D) detalhes.

------------------------------------------------------------(SIMAVE). Leia o texto abaixo.

Menino brinca de boneca? Senta direito!! Fecha as pernas, menina! Você já está

ficando uma mocinha!!!Desde cedo, as meninas vão aprendendo que têm que

ser quietinhas e boazinhas. A se comportar como mocinhas.“Ah! Não fica bem menina ficar correndo e pulando. Isso

é coisa de menino.”Ou então, qualquer coisa, chame o seu irmão!”– Por que tem sempre que chamar o seu irmão, um

menino, para tomar conta das meninas? [...]Muita gente fica falando: ”menino não brinca de boneca!”Mas de boneco tipo He-man, Rambo, Thundercats, pode.

Já notaram?

RIBEIRO, Marcos. Menino brinca de boneca? Rio de Janeiro: Salamandra, 1990.

No trecho “A se comportar como mocinhas.” a palavra destacada exprime a ideia de

A) adição.B) comparação.C) conclusão.D) tempo.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <www.monica.com.br/comics/tirinhas.htm> Acesso em: 20 dez. 2009.

No último quadrinho desse texto, no trecho “Se eu conseguir tirar ele daqui...”, a palavra destacada estabelece relação de

A) alternância.B) conclusão.C) condição.D) explicação.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

A verdade do 1o de abrilTodos os anos, meu pai arranja um jeito de “pegar” minha

mãe na “mentirinha” de 1o de abril. Porém, no ano passado, o que era mentira virou verdade. Logo cedo, ao voltar do curral, ele disse: “Uma vaca pariu gêmeos!” “Ótimo, logo, logo, tirarei uma foto!”, respondeu ela. “Não precisa, pois hoje é 1o de abril”, ele completou. Só que cinco dias depois, nasceu na Fazenda Santo Antônio, em Ilhéus, BA, um belo casal que recebeu os nomes de Mineiro e Mineirinha, já que a mãe é apelidada de Mineira.

Franciane e Raphael MadureiraItabuna, BA Globo Rural, julho 2000

Leia novamente a frase abaixo.“Só que cinco dias depois, nasceu na Fazenda Santo Antônio, em Ilhéus, BA, um belo casal...”A expressão sublinhada pode ser substituída por

A) porque.B) por isso.C) mas.D) quando.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

O LEÃO, O URSO E A RAPOSA

Um Leão e um Urso capturam um cervo, e em feroz luta, disputavam pelo direito de posse da presa. Após terem lutado bastante, cansados e feridos eles caíram no chão completamente exaustos. Uma raposa, que estava nas redondezas, a uma distância segura e quieta observando a tudo,

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vendo ambos caídos no chão e o cervo abandonado ali perto, passou correndo entre os dois, e de um bote agarrou-o com a boca e desapareceu no meio do mato.

O Leão e o Urso vendo aquilo, mas incapazes de impedir, disseram:

Ai de nós, que nos ferimos um ao outro apenas para garantir o jantar da Raposa!

ESOPO. Fábulas Ilustradas: o Leão, o Urso e a Raposa - © Copyright 2000-2009.

Nesse texto, qual é o trecho que apresenta uma ideia de lugar?A) “Após terem lutado bastante, cansados...”.B) “... e o cervo abandonado ali perto,...”.C) “... incapazes de impedir, disseram:...”.D) “Ai de nós, que nos ferimos...”.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

O açúcarO branco açúcar que adoçará meu cafénesta manhã de Ipanemanão foi produzido por mimnem surgiu dentro do açucareiro pormilagre.Vejo-o puroe afável ao paladarcomo beijo de moça, águana pele, florque se dissolve na boca. Mas este açúcarnão foi feito por mim.Este açúcar veioda mercearia da esquina e tampouco ofez o Oliveiradono da mercearia.Este açúcar veiode uma usina de açúcar em Pernambucoou no Estado do Rioe tampouco o fez o dono da usina.Este açúcar era canae veio dos canaviais extensosque não nascem por acasono regaço do vale.Em lugares distantes, onde não háhospitalnem escola,homens que não sabem ler e morrem defomeaos 27 anosplantaram e colheram a canaque viraria açúcar.Em usinas escuras,homens de vida amargae duraproduziram este açúcarbranco e purocom que adoço meu café esta manhã emIpanema.

Ferreira Gullar. Dentro da noite veloz.

No texto, o açúcar é comparado aA) uma manhã em Ipanema.B) um milagre em Ipanema.C) um jardim cheio de flores.D) um beijo de moça.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

Mito setentãoBatman chega este mês aos 70 anos com fatos e

números dignos de respeito e estudo. O famoso personagem das histórias em quadrinhos, propriedade do grupo norte-americano Warner, se consolidou como a mais bem sucedida e duradoura obra coletiva da indústria cultural, marcada por dezena de colaboradores e por coleção de sucesso em todas as

mídias, particularmente na televisão e no cinema. Se depender dos produtores do homem-morcego e dos aficcionados do personagem espalhados pelo mundo, essa trajetória ainda vai longe. “Este é o ano do morcego! Celebrar sete décadas não é pra qualquer um. Temos boas surpresas reservadas para os fãs do herói”, promete Levi Trindade, editor da revista de Batman no Brasil (publicada pela Panini) em recente comunicado.[...]

Sílvio Ribas. Correio Braziliense. Brasília, Caderno C, domingo 10 de maio de 2009.p. 3.

No trecho “Se depender dos produtores do homem-morcego e dos aficcionados do personagem,...” a conjunção destacada exprime ideia de

A) comparação.B) conclusão.C) condição.D) consequência.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

Datas

Calendário é um pouco como sinal de trânsito, que também nos manda parar, andar e fazer como os outros. E que obedecemos, nem sempre de boa vontade, para que a vida continue. O calendário também serve para organizar os sentimentos. O que faríamos com o nosso espírito natalino se não houvesse o Natal?

Não teríamos como exercê-lo ou o esbanjaríamos em qualquer data, sem qualquer sistema.

Há os que se rebelam contra o calendário e vivem pelas suas datas particulares. Fazem Carnaval o ano inteiro, réveillons todo fim de semana – ou Quaresmas permanentes. Mas estou falando de gente razoavelmente normal, como você e eu. Aceitamos as convenções do calendário como aceitamos as outras regras do convívio humano – inclusive as de trânsito – para não atrapalhar o fluxo social. E mesmo sozinhos precisaríamos delas. O primeiro ato racional de Robinson Crusoé na sua ilha deserta foi estabelecer um calendário.

Só então, situado nas suas datas, partiu para por ordem na sua solidão. Podemos saber que o Natal é a data máxima do comércio sem que isso diminua sua importância no nosso fluxograma afetivo. Robinson determinou que um dia seria o de Natal, mesmo que não fosse o certo. Ele não precisava da data exata. Precisava do sentimento. Pelo menos uma vez por ano.

Na nossa casa, que não é uma casa religiosa, certas datas são observadas

religiosamente. No Natal, nos reunimos com amigos para trocar presentes, comer peru e comemorar, não os remotos mistérios da Natividade ou do preço à vista ou em três vezes, mas o milagre de estarmos juntos. Também temos nossos rituais particulares. Toda véspera de Natal escolhemos uma música a ser tocada, em alto volume, para saudar a meia-noite.

A música deste ano repetiu a do ano passado, Saudade da Guanabara, do Aldir Blanc e do Moacyr Luz, talvez numa homenagem inconsciente ao Vasco. (Na nossa casa, sabemos que estamos ficando velhos quando passamos do grupo que diz “Bota mais alto” para o grupo que diz “Não dá para abaixar um pouquinho?”.)VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias brasileiras de verão. Rio

de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 163-164. * Adaptado: Reforma Ortográfica

No trecho “Aceitamos as convenções do calendário como

aceitamos as outras regras do convívio humano...” (ℓ . 8-9), a palavra destacada expressa

A) causa.B) comparação.C) conformidade.D) explicação.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

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FAMÍLIA BRASILEIRA NÃO É MAIS A MESMA

O crescimento da proporção de solitários é um aspecto das mudanças na estrutura familiar brasileira, reveladas pelos dados do IBGE. Uma tendência confirmada pela amostra é o avanço da mulher como chefe de domicílio. No último censo, 26,7% das famílias tinham a mulher como cabeça, contra 20,5% em 1991. Para a socióloga Lilibeth Cardoso Roballo Ferreira, esse dado tem relação com o número de pessoas que vivem sós. Para efeito da Amostra do Censo, em uma casa habitada por apenas uma mulher, ela é a chefe, o que ocorreu em 17,9% dos casos. Enquanto isso, apenas 6,2% dos domicílios chefi ados pelo homem tinham apenas um morador.

Outra mudança importante na estrutura familiar é o crescimento das uniões consensuais, acompanhado pela queda no número de casamentos legais. Entre 1991 e 2000, subiu de 18,3% para 28,3% a porcentagem de brasileiros que preferem a união consensual. Em contrapartida, a proporção de pessoas com casamento registrado em cartório caiu, no mesmo período, de 57,8% para 50,1%.

A queda da taxa de fecundidade, por sua vez, provocou também a diminuição do número médio de pessoas por família, de 3,9 em 1991 para 3,5 em 2000. As famílias com até quatro componentes representam 60% do total. Por causa disso, o Brasil, aproxima-se de um padrão observado em países desenvolvidos, onde o crescimento populacional é substituído pela reposição da população, ou seja, o número de nascimento está perto do número de óbitos.

Jornal Estado de Minas, Belo Horizonte, 19 maio 2002.

O uso de “Em contrapartida”, no trecho “Em contrapartida, a proporção de pessoas com casamento registrado caiu”, estabelece a relação de oposição com a ideia de

A) acréscimo espantoso da população brasileira.B) aumento do percentual da preferência pela união

consensual.C) aumento no número de nascimento em relação ao óbito.D) crescimento do número de famílias que tem a mulher na

liderança.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http:// www.meninomaluquinho.com.br.html>. Acesso em 03/06/09.

No trecho “Tchau, mãe! Vou brincar lá fora.”, a expressão lá fora dá uma ideia de

A) causa.B) lugar.C) modo.D) tempo.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia os textos abaixo.

A letra e a música

Quando nos encontramosDizemo-nos sempre as mesmas palavras que todos os amantes dizem...Mas que nos importa que as nossas palavras sejam as mesmas de sempre?A música é outra!

QUINTANA, Mário. A cor do invisível. 2ª ed. São Paulo: lobo, 1994. p. 96.

No primeiro verso “Quando nos encontramos”, a expressão destacada estabelece uma relação de

A) causalidade.B) finalidade.C) proporcionalidade.D) temporalidade.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia os textos abaixo.

Cajuína

Existirmos, a que será que se destina?Pois quando tu me deste a rosa pequeninaVi que és um homem lindo e que acaso a sinaDo menino infeliz não se nos iluminaTampouco turva-se a lágrima nordestinaApenas a matéria vida era tão finaE éramos olharmo-nos intacta retinaA cajuína cristalina em Teresina.

www.caetano_veloso.cajuina.buscaletra.com.br

No verso “Pois quando tu me deste a rosa pequenina”, o termo destacado expressa a idéia de

A) causa.B) lugar.C) modo.D) tempo.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia os textos abaixo.

Ar puro para a vidaLeonardo Boff

No início do ano, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – um organismo da ONU que congrega cerca de 2.500 cientistas de 130 países – informou que já vivemos os efeitos do aquecimento global do planeta.

Nossa casa comum poderá, desde já, ficar muito mais quente, oscilando entre 1,4 e 6 graus Celsius. Esses números, apesar de aparentemente inofensivos, são capazes de desencadear grandes transtornos climáticos e uma devastação inimaginável de seres vivos. Muitos lugares ficarão inabitáveis. Haverá grande emigração para regiões de temperaturas mais amenas.

Anualmente, são lançados 27 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no ar. Isso equivale, se condensado, a uma montanha de 1,5 quilômetro de altura com uma circunferência de base de 19 quilômetros. Como a Terra pode assimilar esses resíduos invisíveis e mortais?

O receio, o medo, até o pavor que está tomando conta de muitos cientistas, economistas e políticos ecologicamente despertos como Gorbachev e Al Gore, entre outros, é que estamos nos aproximando de um momento crítico. Se as coisas seguirem como estão, fatalmente iremos ao encontro do pior.

No entanto, podemos minorar os efeitos maléficos e mudar a situação se os Estados, as grandes empresas, as

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instituições e cada pessoa deixarem de queimar lixo, de contaminar o ar e controlarem a emissão de gases dos carros mediante energias alternativas e menos poluentes. Só assim, a Terra, que tem força de regeneração, conseguirá garantir ar puro para a vida.

Revista Brasil Almanaque de Cultura Popular, Ano 9, agosto 2007, no 100. Pág. 8.

Segundo esse texto, o que causará a emigração para regiões de temperaturas mais amenas?

A) A elevação da temperatura em vários lugares.B) A identificação dos efeitos do aquecimento global.C) A inevitável aproximação de um momento crítico.D) A preocupação com o dióxido de carbono no ar.

------------------------------------------------------------O JARDINEIRO (Marcelo R. L. Oliveira)Orquídeas, girassóis e margaridas,perpétuas, amarílise, hortênsiassão flores bem cuidadas, coloridas,tratadas com a maior das paciências.

De traços belos, raros e precisos,é um quadro perfumado esse jardim.Há lírios, rosas, dálias e narcisos,begônias, buganvílias e um jasmim.Na lida sai janeiro, entra janeiro,trabalha com prazer e sem atalho,faz bem o seu dever, o jardineiro.As flores são os frutos do trabalho.São elas tão vistosas e agradáveisque todos querem ver as suas cores.- Quem é o jardineiro? – Indagam, amáveis.- Olindo Jardim das Flores!(Revista Ciência Hoje das Crianças, número 200, contracapa)

O verso do poema “O jardineiro” que indica a passagem do tempo é:(A) “Na lida sai janeiro, entra janeiro.”(B) “trabalha com prazer e sem atalho.”(C) “faz bem o seu dever, o jardineiro.”(D) “As flores são os frutos do trabalho.”

D12 - Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar o motivo pelo qual os fatos são apresentados no texto, ou seja, o reconhecimento de como as relações entre os elementos organizam-se de forma que um torna-se o resultado do outro. Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno estabelece relações entre as diversas partes que o compõem, averiguando as relações de causa e efeito, problema e solução, entre outros.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Borboleta-da-praia

A borboleta-da-praia é uma espécie endêmica no estado do Rio de Janeiro. Até o ano de 1989, era o único inseto na lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

Atualmente, esta mesma lista já ultrapassa mais de 200 outros nomes e não para de crescer.O desaparecimento da borboleta-da-praia está sendo causado, principalmente, pela ocupação irregular de seu habitat natural cuja área abrange a região de restingas e lagoas salgadas.

Antes abundante em toda a costa fluminense, atualmente essa espécie é encontrada apenas em locais parcialmente preservados, como os brejos e as vegetações originais da Reserva Ecológica de Jacarepaguá (REEJ), situada no trecho da Praia de Massambaba, região dos lagos fluminenses, município de Saquarema, no Rio de Janeiro.

A alimentação básica dessa borboleta é o néctar da vegetação arbustiva da restinga, principalmente o cambará e o gervão. Seu hábito de voo ocorre normalmente pela manhã e à tardinha.

O tempo de vida da fêmea é em média 25 dias, quando deposita seus ovos sob as folhas Aristolochia macroura, uma planta venenosa. Tanto a Paridis ascanius como outras lindíssimas borboletas de restingas podem ser vistas nas áreas brejais da Reserva Ecológica de Jacarepaguá.Disponível em: <http://www.adeja.org.br/borboleta.htm>. Acesso

em: 20 set. 09.

Segundo esse texto, a causa principal do desaparecimento das borboletas da praia é

A) a falta de restingas e lagoas salgadas.B) a falta de vegetação original na REEJ.C) a ocupação irregular de seu habitat natural.D) o isolamento dos locais de preservação.E) o pouco tempo de vida da borboleta fêmea.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo

Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-

carlos-drummond-de-andrade.html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

Qual é a causa da transformação de Eváglio em torcedor?A) A alegria contagiante dos torcedores.B) A inexistência de táxi após o jogo.C) A promessa de Eváglio aos torcedores.D) O campeonato conquistado pelo time carioca.E) O desembarque de Eváglio com os torcedores.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cafezinho

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Page 84: Apostila 9º Ano

Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.

Tinha razão o rapaz de ficar zangado. [...]A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar

com um número excessivo de pessoas.O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera

nervosamente, esse “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer:

– Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.

Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.

Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo: – Ele disse que ia tomar um cafezinho...

Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...

Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais.

Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.

Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.

BRAGA, Rubem. Disponível em: <http://www.velhosamigos.com.br/AutoresCelebres/Rubem

%20Braga/Rubem%20Braga1.html>.Acesso em: 17 fev. 2012.

O trecho desse texto que expressa uma circunstância de modo é:

A) “... disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho.”. (ℓ. 3-4)

B) “... o funcionário passou o dia inteiro tomando café.”. (ℓ. 5-6)C) “Diariamente é preciso falar com um número excessivo de

pessoas.”. (ℓ. 8-9)D) “Para quem espera nervosamente, esse ‘cafezinho’ é

qualquer coisa...”. (ℓ. 11-12-7)E) “... deixemos em todos os lugares este recado simples e

vago:”. (ℓ. 19-20)

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

O que está acontecendo com a natureza?

Terremotos, inundações, tsunamis ocorrem com grande frequência, em todas as partes do planeta, como nunca foi registrado nessa mesma intensidade. Os cientistas têm se empenhado em buscar outros fatores, mas a resposta está diante dos olhos de todos – é o homem quem está contribuindo, e muito, para todo esse cenário de tragédias, ceifando, ao longo dos anos, centenas de milhares de vítimas. Ou seja, o homem pode ser a vítima e também o causador de tantas tragédias que estão se alastrando com muita velocidade.

[...] O homem, de uma forma geral, é o grande culpado de todo o desequilíbrio ecológico, desde o aquecimento global, até a negligência de um prefeito que simplesmente decidiu não limpar as galerias, o que contribuiu, e muito, para a tragédia. Quem responderá por isso? E até quando isso acontecerá?

Semanal Brasília em Dia. 10 a 16 abr. 2010. Ano 14. Nº 68. p. 28. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

De acordo com esse texto, as tragédias naturais são causadas, de forma geral, pelo

A) aquecimento global.

B) desequilíbrio ecológico.C) homem.D) planeta.E) prefeito negligente.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo.

Borboleta da praia

A borboleta da praia é uma espécie endêmica no estado do Rio de Janeiro. Até o ano de 1989, era o único inseto na lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

Atualmente, esta mesma lista já ultrapassa mais de 200 outros nomes e não para de crescer.

O desaparecimento da borboleta da praia está sendo causado, principalmente, pela ocupação irregular de seu habitat natural cuja área abrange a região de restingas e lagoas salgadas.

Antes abundante em toda a costa fluminense, atualmente essa espécie é encontrada apenas em locais parcialmente preservados, como os brejos e as vegetações originais da Reserva Ecológica de Jacarepaguá (REEJ), situada no trecho da Praia de Massambaba, região dos lagos fluminenses, município de Saquarema, no Rio de Janeiro.

A alimentação básica dessa borboleta é o néctar da vegetação arbustiva da restinga, principalmente o cambará e o gervão. Seu hábito de voo ocorre normalmente pela manhã e à tardinha.

O tempo de vida da fêmea é em média 25 dias, quando deposita seus ovos sob as folhas Aristolochia macroura, uma planta venenosa.

Tanto a Paridis ascanius como outras lindíssimas borboletas de restingas podem ser vistas nas áreas brejais da Reserva Ecológica de Jacarepaguá.

Disponível em: <http://www.adeja.org.br/borboleta.htm>. Acesso em: 20 set. 09.

Segundo esse texto, a causa principal do desaparecimento das borboletas da praia é

A) a falta de restingas e lagoas salgadas.B) a falta de vegetação original na REEJ.C) a ocupação irregular de seu habitat natural.D) o isolamento dos locais de preservação.E) o pouco tempo de vida da borboleta fêmea.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

A Baleia era o bicho do mar mais veloz e comilão. Nadava mais do que todos os outros peixes e comia por peste. Nosso Senhor torceu o rabo da baleia. Por isso ela nada mais devagar e é o único peixe que tem a barbatana do rabo virada para baixo, batendo água de baixo para cima, em vez de ser da direita para a esquerda como todos os viventes d‘água.

A Baleia comia tudo. Uma feita uma moça devota de Santo Antônio ia rezando com uma imagem desse Santo, pedindo que o navio entrasse logo na barra, quando o Santo Antônio escapuliu e – t’xim bum! Caiu no mar. A Baleia, vendo clarear, veio em cima e, sem reconhecer, engoliu a imagem.

Santo Antônio, para castigar a gulodice, fez a Baleia ficar engasgada e quanto mais se engasgava, mais a goela ia ficando estreita. Por isso a Baleia ficou, até hoje, só engolindo peixe pequenininho.

CASCUDO, Câmara. A goela e o rabo da baleia. In: Contos tradicionais do Brasil. 17.ed. São Paulo: Ediouro, 2001. p. 294-5.

(adaptado).

Nosso Senhor torceu o rabo da baleia porque ela eraA) bonita e malvada.B) bonita e rápida.C) grande e lenta.D) lenta e malvada.E) rápida e esfomeada.

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Page 85: Apostila 9º Ano

(SIMAVE). Leia o texto abaixo.Israelense cria frango sem penas

JERUSALÉM – Um frango transgênico, sem penas, com a pele vermelha e a carne menos gordurosa foi criado nos laboratórios da Universidade Hebraica de Jerusalém. O geneticista Avigdor Cahaner cruzou um pequeno pássaro sem penas com uma ave de granja e obteve o frango careca, maior e mais saudável.

“As aves consomem muita energia para crescer, mas no processo geram muito calor, do qual têm de se livrar, impedindo que a temperatura do corpo se eleve tanto que as mate”, explicou Avigdor. Por isso, o crescimento das aves de granja é mais lento no verão e nos países quentes. Se não tiverem penas, as aves podem redirecionar a energia para se desenvolverem, e não mais para manter a temperatura suportável.

“As penas são um desperdício, exceto nos climas mais frios, nos quais protegem as aves”, concluiu.

JBonline, 21 maio 2002.

As penas são um desperdício para os frangos porqueA) superaquecem as aves em todos os climas.B) refrescam as aves em climas quentes.C) impedem que as aves produzam energia.D) limitam o crescimento das aves.E) atrapalham o movimento das aves.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Fórmula do sorrisoMais importante que o sabor do creme dental é o seu

agente terapêutico, a fórmula química que serve para controlar as bactérias que provocam as cáries. Segundo a professora Lenise Velmovitsky, da Universidade Federal Fluminense, que analisou 25 tipos de pasta de dentes em sua tese de doutourado, a substância mais eficaz na escovação é o tricloson, um antimicrobiano presente nas pastas de ação total ou global. O flúor recalcifica os dentes e também combate as cáries. O bicarbonato de sódio é um abrasivo e remove manchas, mas em excesso desgasta os dentes. A dentista recomenda o uso de escovas macias e uma quantidade de pasta equivalente ao tamanho de uma ervilha, pelo menos três vezes ao dia. Além de fio dental.

Veja. 10 abr. 2002.

Segundo esse texto, deve-se evitar o excesso de bicarbonato de sódio por causa

A) das bactérias das cáries.B) das remoções das manchas.C) do controle das bactérias.D) do desgaste dos dentes.E) do sabor do creme dental.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Na ponta do narizNada como a experiência. Na medida em que

envelhecemos, vamos aprendendo a tomar atitudes cada vez mais sensatas. Isso pode ser verdadeiro em vários aspectos da vida, mas não tem nada a ver quando o assunto é a respiração. Estudos mostram que chegamos ao mundo respirando de forma correta e vamos desaprendendo ao longo do caminho.

E, segundo pesquisas, a gente só tem a ganhar se voltarmos a fazer a troca de gases em nossos pulmões com a técnica dos bebês. Especialistas afirmam que a reeducação respiratória, além de prevenir doenças, reduz o estresse, a hipertensão, a depressão e até ajuda a rejuvenescer e a emagrecer.

Existem dois tipos de respiração: a torácica (barriga para dentro e peito para fora), mais utilizada, e a diafragmática (respiração abdominal), que utilizamos no início da nossa vida. “Estudos mostram que a respiração lenta pelo diafragma traz benefícios

à saúde, inclusive nas doenças pulmonares”, diz o pneumologista do Incor Geraldo Lorenzi Filho. [...]

Revista Galileu. Junho 2008. p. 16.

A reeducação respiratória é essencial porqueA) ajuda a combater algumas doenças.B) permite que se façam novas pesquisas.C) podemos conhecer dois tipos de respiração.D) utilizamos mais a respiração torácica.E) voltamos a utilizar a técnica dos bebês.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

A melhor opçãoTodos começaram a dizer que o ouro é a melhor opção

de investimento. Fernão Soropita deixou-se convencer e, não tendo recursos bastantes para investir na Bolsa de Zurique, mandou fazer uma dentadura de ouro maciço.

Substituir sua dentadura convencional por outra, preciosa e ridícula, valeu-lhe aborrecimentos. O protético não queria aceitar a encomenda; mesmo se esforçando por executá-la com perfeição, o resultado foi insatisfatório. O aparelho não aderia à boca.

Seu peso era demasiado. A cada correção diminuía o valor em ouro. E o ouro subindo de cotação no mercado internacional.

O pior é que Fernão passou a ter medo de todos que se aproximavam dele. O receio de ser assaltado não o abandonava. Deixou de sorrir e até de abrir a boca.

Na calçada, a moça lhe perguntou onde ficava a Rua Gonçalves Dias. Respondeu, inadvertidamente, e a moça ficou fascinada pelo brilho do ouro ao sol. Daí resultou uma relação amorosa, mas Fernão não foi feliz. A jovem apaixonara-se pela dentadura e não por ele. Mal se tornaram íntimos, arrancou-lhe a dentadura enquanto ele dormia, e desapareceu com ela.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/33121119/Projeto-hora-Do-Conto>.

Acesso em: 12 jan. 2011.

Fernão deixou de sorrir, porqueA) a correção da dentadura diminuía o valor em ouro.B) a dentadura deu um resultado estético insatisfatório.C) o brilho do ouro fascinava a todos que a via.D) o medo de ser roubado estava sempre presente.E) o protético se recusou a fazer o trabalho.

------------------------------------------------------------(SARESP-2011). Leia o texto abaixo.

NAS PROFUNDEZAS DO MAR SEM FIMGlobo, 16h; não recomendado para menores de 12 anos. (The Deep End of the Ocean). EUA, 1999, 105 min.Direção: Ulu Grosbard. Com Michelle Pfeiffer, Treat Williams, Whoopi Goldberg. O desaparecimento de um filho pequeno azeda a vida de Pfeiffer e seu marido Williams. Muitos anos depois, ela começa a suspeitar de que o rapaz que corta a grama do jardim bem poderia ser seu filho. Seria? Variante da história clássica de Martin Guerre.

(Filmes na TV. Folha de S.Paulo, São Paulo, 6 nov. 2008. Fragmento.)

Na resenha, observa-se uma relação de causa e consequência, que pode ser assim explicitada:

(A) Pfeiffer passa a suspeitar do rapaz que corta a grama do seu jardim porque o filho dela desaparecera.

(B) o rapaz corta a grama do jardim porque é suspeito de ter feito desaparecer o filho pequeno de Pfeiffer.

(C) o rapaz corta a grama do jardim de Pfeiffer porque planeja raptar o filho dela.

(D) Pfeiffer se interessa pelo rapaz que corta a grama do jardim porque acredita que ele seja seu filho, desaparecido há anos.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

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Page 86: Apostila 9º Ano

Cascas de barbatimão

Eu ia para Araxá, isto foi em 1936, ia fazer uma reportagem para um jornal de Belo Horizonte.

O trem parou numa estação, ficou parado muito tempo, ninguém sabia por quê.

Saltei para andar um pouco lá fora. Fazia um mormaço chato. Vi uma porção de cascas de árvores. Perguntei o que era aquilo, e me responderam que eram cascas de barbatimão que estavam ali para secar. Voltei para meu assento no trem e ainda esperei parado algum tempo. A certa altura peguei um lápis e escrevi no meu caderno: “Cascas de barbatimão secando ao sol.”

Perguntei a algumas pessoas para que serviam aquelas cascas. Umas não sabiam; outras disseram que era para curtir couro, e ainda outras explicaram que elas davam uma tinta avermelhada muito boa.

Como repórter, sempre tomei notas rápidas, mas nunca formulei uma frase assim para abrir a matéria - “cascas de barbatimão secando ao sol.” Não me lembro nunca de ter aproveitado esta frase. Ela não tem nada de especial, não é de Euclides da Cunha, meu Deus, nem de Machado de Assis; podia ser mais facilmente do primeiro Afonso Arinos, aquele do buriti. Ela me surgiu ali, naquela estaçãozinha da Oeste de Minas, não sei se era Divinópolis ou Formiga.

Um dia, quando eu for chamado a dar testemunho sobre a minha jornada na face da terra, que poderei afirmar sobre os homens e as coisas do meu tempo? Talvez me ocorra apenas isto, no meiode tantas fatigadas lembranças: “cascas de barbatimão secando ao sol.”

(Rubem Braga. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, p.175)

A continuidade do texto se baseia(A) nas diferentes opiniões emitidas por algumas pessoas a

respeito da utilidade das cascas de barbatimão.(B) na alternância entre a 1a pessoa verbal, para marcar a

visão pessoal do autor e a 3a pessoa, como um narrador de fora dos acontecimentos.

(C) na seqüência de presente, passado e futuro, respectivamente, marcada pelos tempos verbais, que garante o desenvolvimento cronológico do assunto.

(D) no uso da frase entre aspas, sempre repetida, que une a narrativa da viagem a uma reflexão pessoal, na segunda parte do texto.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

MÍDIA E EDUCAÇÃOAutora: Maria da Graça Setton - Editora: Contexto

Páginas: 128

Com a proposta de refletir sobre o papel pedagógico – e, muitas vezes, ideológico – dos meios de comunicação, a socióloga Maria da Graça Setton aborda a mídia como um espaço educativo, responsável pela produção de informações e valores que ajudam os indivíduos a organizar sua vida e suas ideias. Para a autora, as mídias podem ser entendidas como todo o aparato simbólico e material relacionado à produção de mercadorias de caráter cultural.

O livro é composto por seis capítulos, sendo que o primeiro, “Mídias: uma nova matriz de cultura”, define o eixo central de análise de toda a discussão, enquanto os seguintes apresentam definições, autores, conceitos e perspectivas que se tornaram referência nas investigações sobre os impactos das mídias.

Entre as escolas e os pensadores abordados estão a escola de Frankfurt, especialmente no que concerne à caracterização da cultura moderna das sociedades ocidentais, e Edgar Morin, apresentado da ótica da perspectiva da integração da cultura. O livro ainda trata dos estudos de recepção e da relação entre educação e cibercultura.

Língua Portuguesa – Conhecimento prático, nº 26, p. 64.

O título desse texto, relacionado ao seu conteúdo, refere-seA) à importância da mídia no meio social.B) à produção cultural da atualidade.C) ao papel educativo da mídia atual.D) ao papel da educação na mídia atual.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e, responda.

CorrenteApós meses de sofrimento e solidão chega o correio:

esta corrente veio da Venezuela escrita por Salomão Fuais para correr mundo faça vinte e quatro cópias e mande a amigos em lugares distantes: antes de nove dias terá surpresa, graças a Santo Antônio.

Tem vinte e quatro cópias, mas não tem amigos distantes, José Edouard, Exército venezuelano, esqueceu de distribuir cópias, perdeu o emprego.

Lupin Gobery incendiou cópia, casa pegou fogo, metade da família morreu.

Mandar então a amigos em lugares próximos.Também não tem amigos em lugares próximos.Fecha a casa.Deitado na cama, espera surpresa.

(Rubem Fonseca, org. Boris Schhnaiderman. Contos reunidos, São Paulo, Cia das Letras, 1994, p.324)

Uma única palavra permite saber que a personagem principal é

(A) uma mulher.(B) um homem.(C) uma criança.(D) uma jovem.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

DESAPARECIMENTO DOS ANIMAISNosso Brasil, 1979

Tente imaginar esta cena: homens, animais e florestas convivendo em harmonia. Os homens retiram das plantas apenas os frutos necessários e cuidam para que elas continuem frutificando; não matam animais sem motivo, não sujam as águas de seus rios e não enchem de fumaça seu ar. Em outras palavras: as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, bem como as influências que uns exercem sobre os outros, estão em equilíbrio. (...)

Nossa preocupação (de brasileiros) não é só controlar a exploração das florestas, mas também evitar uma de suas piores conseqüências: a morte e o desaparecimento total de muitas espécies de animais.

Apesar de nossa fauna ser muito variada, a lista oficial das espécies que estão desaparecendo já chega a 86 (dentre elas, a anta, a onça, o mico-leão, a ema e o papagaio).

E a extinção desses animais acabará provocando o desequilíbrio do meio ambiente, pois o desaparecimento de um deles faz sempre com que aumente a população de outros. Por exemplo: o aumento do número de piranhas nos rios brasileiros é conseqüência do extermínio de seus três inimigos naturais – o dourado, a ariranha e o jacaré.

O autor propõe ao leitor que imagine uma cena para que ela funcione como:

(A) um ideal a ser alcançado;(B) uma fantasia que nunca se realizará;(C) um objetivo a que se deve dar as costas;(D) uma finalidade dos grupos religiosos;(E) uma mensagem de fraternidade cristã.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

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Page 87: Apostila 9º Ano

JOVENS, NÃO BANDIDOS

Ontem na Globo, sobre o episódio no Rio:— Grupo espancou e roubou empregada. Os jovens são de classe média alta ... Jovens moradores de condomínios de luxo da Barra ... Os jovens são o centro dessa questão perturbadora ... Agressores.Dias antes na Globo, sobre um episódio em São Paulo:— Quadrilha aterrorizou moradores do Morumbi. Assalto a casa de luxo ... Vários bandidos ... Ladrões.Para um lado, um “grupo” de “jovens”. Para outro, uma “quadrilha” de “bandidos”. Pergunta de Xico Vargas, ontem no site Nomínimo:— Será que temos feito tudo errado e não são a cor, a casa e a carteira que forjam a bandidagem?

(Nota publicada por Nelson Sá, na coluna Toda Mídia na Folha de S.Paulo em 26/06/2007, p.A14)

O texto mostra que não há neutralidade no uso das palavras, porque

A) as designações diferentes foram utilizadas para nomear acontecimentos parecidos.

B) os sinônimos diferentes marcam a riqueza vocabular da língua portuguesa.

C) os significados veiculados são compreendidos pelos usuários.

D) as nomeações apresentadas trazem uma descrição verdadeira.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

O Quiromante Há muitos anos atrás, havia um rapaz cigano que, nas

horas vagas, ficava lendo as linhas das mãos das pessoas. O pai dele, que era muito austero no que dizia respeito à

tradição cigana de somente as mulheres lerem as mãos, dizia sempre para ele não fazer isso, que não era ofício de homem, que fosse fazer tachos, tocar música, comerciar cavalos.

E o jovem cigano teimava em ser quiromante. Até que um dia ele foi ler a sorte de uma pessoa e, quando ela se virou de frente, ele viu, assustado, que ela não tinha mãos.

A partir daí, abandonou a quiromancia.PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histórias ciganas. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

O trecho “A partir daí, abandonou a quiromancia” (ℓ. 14) apresenta, com relação ao que foi dito no parágrafo anterior, o sentido de

(A) comparação.(B) condição.(C) conseqüência.(D) finalidade.(E) oposição.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:Leia o texto abaixo:

A função da arte

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.

Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas,

esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas

alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

– Me ajuda a olhar!

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno 5ª ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997.

O menino ficou tremendo, gaguejando porque(A) a viagem foi longa.(B) as dunas eram muito altas.(C) o mar era imenso e belo.(D) o pai não o ajudou a ver o mar.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Canção do exílio Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá,As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu’inda aviste as palmeiras;Onde canta o Sabiá.

 Gonçalves DiasNa poesia, o poeta pretende

 (A)  não retornar mais à sua pátria apesar de suas belezas.(B)  enaltecer sua pátria, considerando-a superior à terra do

exílio.(C)  demonstrar as belezas naturais de sua pátria.(D)  recordar os bosques, as várzeas, as palmeiras e o canto

do Sabiá.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Admirável Chip NovoPitty

Pane no sistema alguém me desconfigurouonde estão meus olhos de robô?Eu não sabia, eu não tinha percebidoEu sempre achei que era vivoParafuso e fluído em lugar de articulaçãoAté achava que aqui batia um coraçãoNada é orgânico é tudo programadoE eu achando que tinha me libertadoMas lá vêm eles novamente, eu sei o que vão fazer:Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, bebaLeia,vote, não se esqueçaUse, seja, ouça, digaTenha, more, gaste, viva

Pense, fale, compre, beba

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Page 88: Apostila 9º Ano

Leia,vote, não se esqueçaUse, seja, ouça, digaNão senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor[...]

Fonte: http://letras.terra.com.br/pitty/

A forma como os verbos são utilizados nas segunda e terceira estrofes da letra da música reforça a ideia de

(A) ordem, pois o eu da música é governado por um sistema.(B) alegria, pois o eu do texto concorda com o sistema.(C) desejo, pois o eu da música era livre.(D) revolta, pois o eu do texto critica o sistema.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

QuintaisAdriana Lisboa

Na casa do meu avô, havia quatro quintais.No principal, o portão se abria para a rua, e ali ficava a

casa propriamente dita, e por cima do muro baixo a gente via as cabeças das pessoas que passavam pela rua, sempre tão devagar. Às vezes vinha dar na varanda o cheiro do rio, um cheiro de pano e de barro. Na garagem descoberta, sobre os cascalhos, dormia a Variant marrom do meu avô.

À esquerda, separado por um muro com uma passagem, ficava o universo dos abacateiros e o quartinho que o meu avô chamava de Petit Trianon. Nós apanhávamos abacates para fazer boizinhos com palitos de fósforo. O Petit Trianon eu não me lembro para que servia, ficava quase sempre fechado. Mas eu tinha pesadelos com ele.

À esquerda, separado por outro muro com outra passagem, ficava um universo híbrido em que cabiam orquídeas numa estufa, galinhas, goiabeiras [...]

À direita do quintal principal, ficava o último, e quase proibido. Havia o muro, mas na passagem tinha um portãozinho baixo de madeira, que às vezes a gente pulava por prazer. [...]

Fonte: http://www.releituras.com/adrilisboa_quintais.asp

No trecho do terceiro parágrafo “Mas eu tinha pesadelos com ele.”, a palavra grifada se refere ao

(A) muro com uma passagem.(B) avô.(C) quartinho.(D) cheiro de chuva.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em

caso de parada cardíaca.(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.

– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.

Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” –

ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”. Uma pausa, e ela continuou:

– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”

Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.

Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.

– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.

Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.

Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o tatuador é

(A) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.(B) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a

anotar”.(C) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu

interrompê-la”.(D)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

É preciso se levantar cedo?

A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.

Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:

– Você devia se levantar cedo, meu filho.– E por quê, pai?– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei

ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no meu caminho.– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite

anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para casa.– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro

tinha se levantando ainda mais cedo. Você está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.

(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)

O diálogo entre pai e filho permite entender que(A) pai e filho não se dão bem.(B) pai e filho têm os mesmos hábitos.(C) pai e filho encontraram um saco de ouro.(D) pai e filho pensam de forma diferente.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições internas que determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também influenciarãono seu namoro. Um relacionamento onde um dos parceiros vem de um lar em crise é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro

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parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.

(Marta Suplicy)Vocabulário:anteparo – s.m. Objeto que serve para proteger, resguardar.

De acordo com o texto, a frase: “Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.” refere-se à seguinte fase do aprendizado:

(A) as fases do namoro: começo, meio e fim.(B) a forma positiva de como o namoro deve acontecer.(C) ao namoro que inicia na adolescência.(D) aos ingredientes necessários ao namoro.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

A exploração da madeira na Amazônia

Cerca de 600 mil pessoas vivem da madeira na região Norte, destruindo anualmente milhares de quilômetros quadrados de florestas, ao que se soma a destruição na região Centro-Oeste e o pouco que resta da mata Atlântica. Em 1999, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ocorreram, entre julho e dezembro, mais de 1000 focos de incêndio por dia na Amazônia, dois terços deles em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia. A isto se soma o envenenamento dos rios provocado pelas descargas de mercúrio dos garimpos. Os números da destruição de nossas florestas têm crescido a cada ano e algumas áreas do país já sofreram o fenômeno da desertificação.

(Português: linguagens, 7ª série/William Roberto Cereja, Thereza Analia Cochar Magalhães. – São Paulo: Atual, 1998.)

Sabemos que fatos como este continuam acontecendo e que cada vez mais nosso planeta está sendo ameaçado.A consequência que o fenômeno da desertificação acarretará às gerações futuras e aonosso planeta é

(A) o aumento gradual de focos de incêndio por dia na Amazônia.

(B) a destruição anual de milhares de quilômetros quadrados de florestas.

(C) o aumento da produção de madeira legal na região Norte do país.

(D) a destruição dos garimpos em Mato Grosso, Pará e em Rondônia.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

O Xá do Blá-blá-blá

Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste cidade, a mais triste das cidades, uma cidade tão arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu próprio nome. Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis de se comer que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu estava azul.

Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas nas quais a tristeza (assim medisseram) era literalmente fabricada, e depois embalada e enviada para o mundo inteiro, que parecia sempre querer mais. Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões uma fumaça negra, que pairava sobre a cidade como uma má notícia.

RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

O trecho do texto que indica uma consequência é(A) “uma triste cidade, a mais triste das cidades”.

(B) “Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos “.

(C) “que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia”.(D) ”Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas”.

------------------------------------------------------------Leia a tirinha da Turma da Mônica e responda.

(concurso público – PMPG-PR). Turma da Mônica – Maurício de Souza

(Estado de S.Paulo, 15.06.2007)

O texto de Maurício de Sousa é surpreendente porque (A) o autor introduz, no segundo quadrinho, personagens

diferentes daqueles do primeiro quadrinho.(B) Mônica, a brava, está acariciando o amigo Cascão.(C) Cebolinha estava tão distante da cena que tinha visto,

apenas, vultos.(D) o leitor parece testemunhar, com Cebolinha, o assassinato

de Cascão.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda

Estimulantes, o alívio imediatoÀs vezes, o cansaço é tão grande que a vontade que dá

é a de tirar um cochilo ali mesmo: na mesa do escritório, bem na frente do computador. Se os alimentos energéticos reduzemo cansaço físico, os estimulantes combatem a fadiga mental. Os principais representantes do gênero são o chá e o café. “Uma xícara de chá ou de café logo após a refeição não só melhora a digestão, como também proporciona um pique extra para enfrentar o período da tarde”, garante Tamara Mazaracki. Tanto o chá como o café são ricos em cafeína, um estimulante que reduz a fadiga e melhora a concentração. Mas, para algumas pessoas, três ou quatro xícaras de café por dia já são suficientes para causar efeitos prejudiciais ao organismo, como ansiedade e irritação. Na dúvida, vale a pena conferir: uma xícara de chá contém de 50 a 80 mg de cafeína, enquanto uma lata de refrigerante, de 40 a 75 mg. Uma xícara de café forte pode chegar a 200 mg da substância. Ao chá e café, a nutricionista Gisele Lemos acrescentaria o bom e velho chocolate. “Os alimentos estimulantes são considerados infalíveis, porque proporcionam um revigoramento mental, quase instantâneo”, justifica. Já a nutricionista Letícia Pacheco recomenda o ainda pouco conhecido suco de clorofila. Vale lembrar que qualquer vegetal verde tem clorofila em sua composição. Por isso mesmo, a lista de opções é grande e inclui folhas de couve, talos de brócolis e hortelã. Você pode misturá-las com frutas, como limão, abacaxi ou laranja.

Viva Saúde. n 76. Escala. p. 17.

De acordo com esse texto, o suco de clorofila é recomendado, porque

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Page 90: Apostila 9º Ano

A) reduz a fadiga mental das pessoas.B) possui várias opções de preparos.C) é composto de vegetais verdes.D) é pouco conhecido pelas pessoas.

------------------------------------------------------------(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

Marcelo vivia fazendo perguntas a todo mundo: — Papai, por que é que a chuva cai? — Mamãe, por que é que o mar não derrama? — Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas? As pessoas grandes às vezes respondiam. Às vezes, não sabiam como responder.

(Fonte: Ruth Rocha. Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias)

A respeito do texto acima, é possível afirmar que (A) Marcelo não tinha muitas dúvidas. (B) Marcelo só fazia perguntas a seus pais, visto que confiava

nas pessoas grandes. (C) as pessoas grandes sempre respondiam a Marcelo, pois

sabiam todas as respostas. (D) a expressão “é que” poderia ser retirada, sem alteração do

sentido, em suas três ocorrências.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

A ONÇA DOENTEA onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama

seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia de fome das negras.

Em tais apuros imaginou um plano.– Comadre irara – disse ela – corra o mundo e diga à

bicharia que estou à morte e exijo que venham visitar-me.A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um,

principiaram a visitar a onça.Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-

do-mato.Veio também o jabuti.Mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a

lembrança de olhar para o chão.Viu na poeira só rastos entrantes, não viu nenhum rasto

sainte. E desconfiou:– Hum!... Parece que nesta casa quem entra não sai. O

melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...

E foi o único que se salvou.LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: ed. Brasiliense, 1998.

Da leitura do texto, pode-se entender que a onça encontrava-se doente porque

A) havia caído da árvore.B) estava com muita fome.C) não podia caçar.D) estava em apuros.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Monumentos recentes

Os homens passam, as ideias ficam. Para não deixar os homens passarem, a sociedade faz deles monumentos. São transformados em estátua, em placa e em nome de rua, os homens considerados importantes em seu tempo. O monumento é uma escolha da época.

Muitas vezes, a sociedade escolhe os homens por causa das ideias, que, antes dos autores, já eram considerados grandes.

A partir de 2003 foram erguidas em Belo Horizonte algumas estátuas que, por uma curiosa característica, chamam a atenção do povo: são do tamanho de pessoas vivas em situações absolutamente comuns. Uma passeia numa praça;outra descansa em um banco; duas outras conversam. Os novos habitantes de bronze das ruas olham os cidadãos nos olhos, de perto, sem barreiras físicas como pedestais ou cercas.

Folder. Monumentos em Belo Horizonte. Museu histórico Abílio Barreto. Fragmento.

De acordo com esse texto, as novas estátuas de Belo Horizonte chamam atenção do povo porque

A) foram consideradas homens importantes em seu tempo.B) foram erguidas em Belo Horizonte só a partir de 2003.C) são do tamanho de pessoas vivas em situações comuns.D) são monumentos recentes escolhidos pela sociedade.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Aulas com pipas!Sabia que é possível aprender muita coisa enquanto você

se diverte com esse brinquedo?Papagaio, pandorga, arraia, cafifa ou, simplesmente,

pipa. Não importa o nome que receba esse brinquedo, feito com varetas de madeira leve, papel fino e linha: qualquer pessoa tem tudo para se encantar com ele! Pudera: colocar uma pipa para bailar no ar é a maior diversão! E sabia que, na sala de aula, a pipa tem muito a ensinar?

Nas aulas de português, as pipas inspiravam poesias e redações e a professora de história aproveitava para, obviamente, falar um pouco sobre a história das pipas. Quer saber o resultado de tanta integração? Excelentes notas no final do ano e um grande festival de pipas para comemorar!

Ah! E se você há muito tempo gosta de soltarpapagaios por aí, responda depressa: está tomando os cuidados necessários para não sofrer um acidente?

Então, anote algumas dicas: nunca use cerol – uma mistura de cola e vidro moído, extremamente cortante e perigosa – e procure soltar suas pipas em lugares apropriados, longe de fios elétricos.

Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2194.>

Acesso em 22/11/04. Adaptado.

Ao terminar o ano, a consequência de tanto entusiasmo pelo brinquedo foi

A) a melhoria da disciplina na escola.B) a pesquisa de outros nomes para pipa.C) o crescimento das notas dos estudantes.D) o aumento de cuidados com as pipas.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

O galo e a raposaO galo e as galinhas viram de longe uma raposa que

chegava.Empoleiraram-se na árvore mais próxima para escapar

da inimiga.Usando de esperteza, a raposa chegou perto da árvore e

dirigiu-se a eles:– Ora, meus amigos, podem descer daí. Não sabem que

foi decretada a paz entre os animais? Desçam e vamos festejar este dia tão feliz!

Mas o galo, que também não era tolo, respondeu:

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Page 91: Apostila 9º Ano

– Que boas notícias! Mas estou vendo daqui de cima alguns cães que estão chegando. Decerto eles também vão querer festejar...

A raposa mais que depressa foi saindo:– Olha, é melhor que eu vá andando... Os cães podem

não saber da novidade e me matar...ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD, 1999, p. 7.

O galo e as galinhas subiram na árvore porqueA) gostam de ficar empoleirados.B) queriam escapar da raposa.C) seus amigos estavam lá em cima.D) um cachorro vinha na direção deles.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Jornal DN, 9 ago. 2008

A fala do personagem no segundo quadrinho indica que ele querA) ficar meditando sobre seu trabalho.B) ganhar tempo até começar a trabalhar.C) saborear o almoço que lhe foi servido.D) trabalhar depois do almoço.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Passeio pelo campoComeçaram as férias. Valentina se prepara para passar

uns dias na casa de seus avós. Por isso, está um pouco inquieta, afinal, viajará sozinha, experiência que realiza pela primeira vez.

Os pais a acompanham até a rodoviária, de onde se despedem com beijos, abraços e muitas recomendações:

– Comporte-se bem! Avise assim que chegar... Ajude seus avós nas tarefas de casa!

O ônibus parte rapidamente. Valentina, emocionada, olha pela janela e acena para seus pais, que respondem da plataforma da estação.

Fica olhando... cada vez os vê menores, como pontinhos agitando as mãos, em alegre despedida.

À medida que se distancia, ficam para trás a cidade, seus altos edifícios e grandes casas, as enormes chaminés das fábricas, suas amplas avenidas e uma multidão de pessoas, que se dirigem a todas as partes.

REPETTO, Juan Carlos Porta. Passeio pelo campo. Curitiba: Módulo. p. 2, 3 e 4. Fragmento.

Nesse texto, a menina vê os pais cada vez menores porqueA) ela fechava os olhos com sono.

B) ela se afastava da estação.C) os altos edifícios ficaram na frente dos seus pais.D) os pais estavam sentados no banco da estação.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Essas meninasAs alegres meninas que passam na rua, com suas pastas

escolares, às vezes com seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância.

O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia.

Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.

Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.

As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 72.

Qual é a relação de causa e conseqüência destacada nesse conto?

A) O tempo gera o envelhecimento das meninas.B) O uniforme gera a despersonalização das meninas.C) O riso provoca a diferenciação das meninas.D) O crime provoca o amadurecimento das meninas.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo e responda.

A vida pelo telefoneDurante meses, eu e meu amigo nos falamos por

telefone. Sempre reclamávamos da escassez de encontros pessoais.

– Precisamos nos ver! – ele dizia.– Vou arrumar um tempinho, eu prometia.Posso ser antiquado, mas acredito que nada substitui o

olho no olho. A expressão, o jeito de falar, a gargalhada espontânea, tudo isso dá nova dimensão ao relacionamento. Cumpri minha promessa e fui a seu apartamento. Nos primeiros dez minutos, falamos da vida como não fazíamos havia bastante tempo. Em seguida, tocou o telefone.

– Um momento.Iniciou-se uma longa discussão sobre quem compraria

ingressos para um espetáculo. Já estava desligando, quando se ouviu o celular. [...] Falou rapidamente com a primeira pessoa, desligou e voltou ao celular. Foi a vez do bip, que tocou insistentemente. Pediu desculpas, foi ver a mensagem. Recado urgente para chamar determinada pessoa. Novamente, trocou mais algumas frases ao celular. Desligou. Pediu-me novas desculpas. Ligou para quem o havia bipado. Mais questões de trabalho. Quando anotava alguns detalhes, a linha, digital, anunciou que mais alguém queria falar. Pediu licença e atendeu a outra linha. Olhou paramim e pediu desculpas. [...] Entrou um fax.

Observei o relógio demoradamente. Aproveitei o intervalo entre o bip e um novo telefonema para dizer bem depressa:

Preciso ir. Depois eu ligo.Sorriu, satisfeito.– Então me chame depois. Não esqueça, hein?– Mando um e-mail e você me responde. Assim o papo

fica melhor.Gostou da ideia, sem perceber a ironia. Pediu mais um

minutinho no telefone, dizendo que ia me levar até a porta e já voltava. Comentou, já tranquilo:

– Nossa, como a gente tem coisas pra falar. Você ficou mais de duas horas aqui e nem botamos tudo em dia.

Repuxei os lábios, educadamente. Certas pessoas estão grudadas aos telefones, celulares, bips e e-mails. Inventou-se de

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Page 92: Apostila 9º Ano

tudo para facilitar a comunicação. Às vezes acredito que, justamente por causa disso, ela anda se tornando cada vez mais difícil.

CARRASCO, Walcyr. A vida pelo telefone. In: Veja São Paulo, Abril, 19 abr. 2000. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

De acordo com esse texto, a visita resolveu ir embora, porqueA) era uma pessoa muito educada.B) estava difícil falar com o amigo.C) passava muito da hora de ir.D) preferia conversar por e-mail.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Os dinossaurosOs dinossauros habitaram a Terra entre 230 e 65 milhões

de anos atrás. Portanto, eles existiram durante 165 milhões de anos. Nenhum ser humano conviveu com esses répteis, pois o homem, como nós o conhecemos hoje, apareceu somente há 150 mil anos. Mas ficaram ossos e muitas pistas dos dinos, e assim podemos entender como essas criaturas viveram e imaginar como eram.

http://recreionline.abril.com.br/fi que–dentro/ciencia/bichos/conteudo–218149.shtml.

Esse texto afirma que nenhum homem conviveu com os dinossauros porque

A) os dinos deixaram os ossos e muitas pistas para entendermos como viviam.

B) os dinos eram animais ferozes e viviam longe das cidades e seres humanos.

C) os dinossauros eram répteis diferentes e maiores dos que conhecemos hoje.

D) os primeiros homens apareceram na Terra após a extinção dos dinossauros.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Hein?... Hã?... Como?...... Apareceu uma velhinha, bem velhinha, toda enrugada,

vestida de preto, com uma vela na mão. O autor se apresentou:– Boa noite, minha senhora. Desculpe invadir sua casa. É

que eu bati na porta e ninguém atendeu. Como ela estava aberta ...

– Como? – disse a velha com a mão no ouvido.– Desculpe entrar assim sem pedir licença...– Doença?– Não, não licença?– Mas... quem está doente?– Não – sorriu o homem –, a senhora entendeu errado...– Resfriado???– Ora... quer dizer... bem, eu estava lá fora e...– Chi! Catapora?– Senhora, por favor, não confunda...– Caxumba!!! Cuidado, menino, isso é perigoso... Sabe,

eu sei fazer um chazinho muito bom pra caxumba...– Minha senhora...– Se demora? Nada. Faço num minutinho.– Puxa! Eu só queria falar com a moça que entrou aqui,

ora essa...– Quê? Está com pressa? É pena. Não faz mal. Olhe: vá

para a casa, vitamina C e cama.– Mas não é isso! A senhora está ouvindo mal!– Hã? ... Ah! Tchau, tchau – disse a velhinha, sorrindo

com um lencinho branco na mão.O escritor foi embora chateado.

AZEVEDO, Ricardo. Um Homem no sótão. Fragmento.O diálogo entre a velhinha e o homem foi difícil porque

A) a velhinha era míope.B) o homem perguntava demais.C) o homem falava baixo.D) a velhinha era surda.

------------------------------------------------------------

(PAEBES). Leia o texto abaixo.

MEIRELES, Cecília. Uma fl or quebrada. In: Ou isto ou aquilo & Inéditos. São Paulo: Melhoramentos, 1974.

A raiz suspirava porqueA) a árvore perdeu a beleza.B) a vida da flor foi breve.C) o trabalho foi em vão.D) o vento causou sofrimento.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.Você sabia que a Floresta Amazônica não é responsável por

grande parte do oxigênio que respiramos?

É bem provável que você tenha ouvido por aí: “A Amazônia é o pulmão do mundo.” Bobagem! Embora as florestas tenham, sim, grande importância na produção do oxigênio, como é o caso da Floresta Amazônica, o grande pulmão do mundo, para usar a mesma expressão, está nas águas – ou melhor, nos seres que habitam rios e mares.

Um bom exemplo são os locais de encontro entre rios e mares, os chamados estuários, ambientes muito ricos em vida. Ali encontram-se as macrófitas aquáticas, plantas que se parecem com o capim terrestre; o fitoplâncton, que são algas microscópicas que vivem próximas às superfícies da água; as plantas herbáceas, que são rasteiras, maleáveis e se parecem com ervas. Pois bem!

Essas espécies são algumas das grandes produtoras do oxigênio que respiramos e não as enormes árvores das florestas. [...]

Quanto menores são os organismos, mais rápido é o seu metabolismo, as reações químicas que ocorrem dentro do corpo. No caso dessas espécies, essas reações estão diretamente ligadas à fotossíntese, processo pelo qual, utilizando se da luz do Sol, os vegetais produzem o seu próprio alimento e liberam oxigênio.

QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, janeiro/fevereiro de 2010. Fragmento.

De acordo com esse texto, plantas de rios e mares produzem mais oxigênio porque são

A) encontradas próximas às superfícies da água.B) menores e seu metabolismo é mais rápido.C) parecidas com o capim terrestre.D) rasteiras e parecidas com ervas.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo e responda.

Nino quer um AMIGO

– Nino, por que você está sempre tão sério e cabisbaixo?Nino vivia triste. Ele se sentia sozinho. Ninguém queria

ser amigo dele. Pobre menino.Um dia, na praia, ele ficou esperançoso de encontrar um

amigo.

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Page 93: Apostila 9º Ano

– Ah, um menino. Quem sabe..., e tentou chegar perto dele.

Mas o menino virou para o lado, cavou um buraco.E ainda jogou areia no Nino.Coitado dele. [...]Até que um dia, ele tinha desistido de procurar.Pensando em por que quanto mais tentava encontrar um

amigo, mais sozinho se sentia...Ficou distraído, pensando, e adormeceu.Quando acordou, olhou-se no espelho.Enquanto escovava os dentes, percebeu que fazia muitas

caretas.Achou engraçado. Enxugou a boca e continuou brincando

com o espelho.Era riso daqui, riso de lá. Era língua do Nino e língua do

espelho. Piscadela aqui, piscadela ali. Começou ali uma verdadeira folia. Era um jogo de reconhecimento entre Nino e sua imagem no espelho. E não é que Nino era bem engraçadinho? Ele mesmo nunca tinha reparado nisso antes.

Que cara legal era o Nino.Que garoto charmoso, bem-humorado!Nino ficou encantado com seu espelho.Fez-se ali uma grande amizade.E, depois dessa amizade, surgiram muitas outras.Nino hoje é um cara cheio de grandes amigos. Incluindo

ele mesmo.Valeu, Nino.

CANTON, Kátia. Nova Escola. v. 4, 2007.

De acordo com esse texto, Nino era triste, porque eraA) muito feio.B) muito tímido.C) medroso.D) sozinho.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo e responda.

A ONÇA DOENTE

A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia de fome das negras.

Em tais apuros imaginou um plano.– Comadre irara – disse ela – corra o mundo e diga à

bicharia que estou à morte e exijo que venham visitar-me.

A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.

Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato.

Veio também o jabuti.Mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a

lembrança de olhar para o chão.Viu na poeira só rastos entrantes, não viu nenhum rasto

sainte. E desconfiou:– Hum!... Parece que nesta casa quem entra não sai. O

melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...

E foi o único que se salvou.LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: ed. Brasiliense, 1998.

Leia o texto abaixo.Da leitura do texto, pode-se entender que a onça encontrava-se doente porque

A) havia caído da árvore.B) estava com muita fome.C) não podia caçar.D) estava em apuros.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.O caos deu novo sinal de vida nos aeroportos brasileiros na semana passada. Os passageiros que embarcaram em São Paulo e no Rio de Janeiro enfrentaram filas, cancelamentos de voos e atrasos de até 24 horas.Tudo indica que, ao contrário das vezes anteriores, a principal causa da confusão foram as fortes chuvas que atingiram a Região Sudeste do país. O mau tempo tem contribuído para o caos aéreo.(Revista Veja, n. 2032, 31 out. 2007, p. 60).

O trecho que indica uma consequência é:(A) “Os passageiros que embarcaram em São Paulo e no Rio de Janeiro enfrentaram filas, cancelamentos de voos e atrasos de até 24 horas.”(B) “O caos deu novo sinal de vida nos aeroportos brasileiros na semana passada.”(C) “Tudo indica que, ao contrário das vezes anteriores, a principal causa da confusão foram as fortes chuvas que atingiram a Região Sudeste do país.”(D) “O mau tempo tem contribuído para o caos aéreo.”

D15 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a sua continuidade.As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor relacionam-se ao reconhecimento da função dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão identificar quais palavras estão sendo substituídas e/ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reconhecimento, por parte do aluno, das relações estabelecidas entre as partes do texto.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Por que todo mundo usava peruca na Europa dos séculos

XVII e XVIII?Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda

começou com Luís XIV (1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também era nojenta.

“Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades SENAC,

em São Paulo. Em 1789, com a Revolução Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem, porém, era muito mais velha do que a monarquia francesa.

No Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza europeia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos juízes.

Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_285920.sht

ml>. Acesso em: 27 mar. 2010. * Adaptado: Reforma Ortográfica.

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Page 94: Apostila 9º Ano

No techo “... elas logo caíram em desuso.” (ℓ. 22-23), o pronome em destaque retoma

A) diferenças.B) cabeleiras.C) perucas.D) classes sociais.E) cabeças raspadas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A decadência do OcidenteO doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa

com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.

– Comida?!– Sim, senhor.– Mas se come ela?– Ué. Você está cansado de comer galinha.– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?– Claro.Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de

asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.

O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.

– A empregada não sabe fazer?– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando

eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.

Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.

– Eu?! Não mesmo!O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua

mãe. A Dona Noca.– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.– O quê?!– Há dez anos.– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu

comi foi feita por ela.– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha

ao molho pardo.Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha.

Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:

– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!E a Margarete só olhando.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

A repetição da expressão “galinha ao molho pardo” revela aA) vontade do médico de comer aquele tipo de receita de

galinha.B) curiosidade do menino que nunca tinha visto uma galinha

viva.C) impaciência da esposa por não conseguir resolver o

problema.D) ignorância da empregada que não sabia fazer a receita.E) falta de coragem das pessoas para cortar o pescoço da

galinha.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Dia do professor de anacolutosLevantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, professor. Ele

me olhou agradecido, o rosto cansado. Já naquela época, o

rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava para casa uma maçaroca de provas para corrigir.

O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:– Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o

que é um anacoluto?É o que dá a gente querer ser legal.Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e

pergunta o que é anacoluto. Por que não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças dele?

– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.– Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. Muito

obrigado por ter apanhado o giz do chão. Estou ficando enferrujado.

Agora era ele, no bar, tomando café.– Lembra de mim, professor?Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro.Com o indicador da mão esquerda acerta o gancho dos

óculos no alto do nariz fino e cheio de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro de chamada, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe.

– Fui seu aluno, professor!DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo:

Ática, 2003. Fragmento.

1) A expressão destacada em “Estou ficando enferrujado” (ℓ. 18), tem o mesmo sentido de

A) contrair doenças.B) estar preguiçoso.C) ser descuidado.D) ser esquecido.E) ter limitações.

2) No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.” (ℓ. 15), a repetição da palavra “Anacoluto” sugere

A) brincadeira.B) confirmação.C) desconhecimento.D) desrespeito.E) receio.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

ResiliênciaA arte de dar a volta por cima

“Aquilo que não me destrói me fortalece”, ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. Este poderia ser o mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além de pacientes, são determinadas, ousadas flexíveis diante dos embates da vida e, sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e aprender comeles.

Sob a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia exige grande desgaste de energia, muita competência e um número cada vez maior de habilidades. Sobreviver é tarefa difícil e complexa, sobretudo nos grandes centros urbanos, onde vivemos correndo de um lado para outro, sobressaltados e estressados. Vivemos como aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários pratos simultaneamente, correndo de lá para cá, impulsionando-os mais uma vez para que recuperem o movimento e não caiam ao chão.

O capitalismo, por seu lado, modelo econômico dominante em nossa cultura, sem nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele queira ou não. A propaganda veiculada em todas as mídias é um verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias repetem continuamente o refrão: “comprar, comprar, comprar”.

Juntam-se a isso o trânsito caótico, a saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas manchetes e as várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como consequência, ficamos frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita energia vital.

Se de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor, pois cada vez mais encurta distâncias e agiliza a informação, de

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Page 95: Apostila 9º Ano

outro ela acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes aparatos que se renovam continuamente. E assim fi camos brigando contra o... tempo!

KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38, Edição 449, p. 60-61. Fragmento.

No trecho “Juntam-se a isso...” (ℓ. 16), a palavra destacada refere-se

A) ao consumismo gerado pelo capitalismo.B) ao trânsito caótico nas grandes cidades.C) às notícias ruins veiculadas pela mídia.D) às necessidades vitais das pessoas.E) às várias decepções do dia a dia.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A melhor amiga do homemDiogo Schelp

Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura.

O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]

A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.

Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.

No trecho “...subtraindo-lhes a importância...” (ℓ . 10), o pronome destacado retoma o termo

A) ambientalistas.B) bovinos.C) cientistas.D) homens.E) rebanhos.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Atento Rapazote

“Eram os primeiros anos do século passado, e aquele agente dos correios, recémchegado de Maceió, foi recebido na cidade com admiração que misturava espanto e reverência, pois, de acordo com os comentários que logo correram, tratava-se de pessoa de vasto conhecimento, homem de muitas letras, um sábio. Por ser tudo isso, certamente, não foi hostilizado por

seu jeito esquisito de se vestir e pela aparência amalucada que lhe davam os cabelos compridos sempre em desalinho. (...)

A figura estranha trazia, também, idéias que iam muito além dos morros em redor da cidade. As discussões na casa do Pão-sem-miolo despertavam interesse cada vez maior entre a rapaziada, a maioria estudantes de um colégio recém-fundado emViçosa, o Internato Alagoano. Muitos não chegavam a compreender as explanações do mestre, mas insistiam, iam em frente, tomavam conhecimento de Coelho Neto, Aluísio Azevedo, depois Zola, Victor Hugo. (...)Um dos mais atentos ouvintes de Mario Venâncio era um rapazote de 12 anos chamado Graciliano Ramos.”

(Em, Audálio Dantas, O Chão de Graciliano. Tempo d’Imagem, 2007. In: Revista: Discutindo Literatura – Ano 3, nº 18. p. 36.

O “Atento Rapazote” de que fala o título desse texto éA) Aluísio Azevedo.B) Coelho Neto.C) Graciliano Ramos.D) Mário Venâncio.E) Victor Hugo.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

POLUIÇÃO DA ÁGUA

O papel de chiclete jogado ali, a garrafa de plástico aqui, a lata de refrigerante acolá. No primeiro temporal, as chuvas levam esse lixo para bueiros e depois para algum rio que atravessa a cidade. Quem não viu um monte dessas coisas flutuando na água?

Mas essa é a poluição que enxergamos. A que não vemos é causada pelo esgoto das residências, que lança nos rios, além de dejetos, restos de comida e um tipo de bactéria que deles se alimenta: são as chamadas bactérias aeróbicas, que consomem oxigênio e acabam com a vida aquática, além de causarem problemas de saúde se ingeridas.

Outro problema são as indústrias localizadas nas margens dos rios e lagos. Só recentemente foram criadas leis para obrigá-las a tratar o esgoto industrial, a fim de diminuir a quantidade de poluentes químicos que elas despejam nas águas e que foram responsáveis pela “morte de muitos rios e lagos de todo o mundo”.Poluição Ambiental – Revista da Lição de Casa. In: O Estado de

S. Paulo, encarte 5, p. 4-5 – adaptado.

No trecho “A que não vemos é causada pelo esgoto das residências,“, a palavra destacada refere-se à

A) bactéria.B) comida.C) garrafa.D) poluição.E) quantidade.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

VidaQuando era criança pura,Moleque, danado e travesso.Tudo que tocava levavaAo mundo da fantasia.

Mas logo me tornei adolescente.A confusão permeava minha mente.Por mais que tentasse a magia,Estavam fechadas as portas da fantasia.

Tempo passou, tornei-me adulto.Sempre à procura do lado oculto.Mas as viagens malucasContinuavam presas à magia.

Logo chegou a velhice,

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Aquela que tudo esclarece.Que cochichou bem baixinho:

Sabedoria, só para quem a merece.BELO, João. Disponível em: <www.mundojovem.com.br>

- p.9, nº 384 - Março/2008.

No verso “Que cochichou bem baixinho”, a expressão destacada refere-se a

A) adolescente.B) adulto.C) criança.D) sabedoria.E) velhice.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Das negativas

Entre a morte de Quincas Borba e a minha, mediaram os sucessos narrados na primeira parte do livro. O principal deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu comigo, por causa da moléstia que apanhei. Divino emplasto, tu me darias o primeiro lugar entre os homens, acima da ciência e da riqueza, porque eras a genuína e direta inspiração do céu. O acaso determinou o contrário: e aí vos ficais eternamente hipocondríacos.

Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas cousas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado de mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. Assis, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 18. ed.

São Paulo: Ática, 1992, p. 176. Fragmento.

No trecho “O principal deles foi a invenção do emplasto Brás

Cubas, que morreu comigo ...” (ℓ . 2-3), o pronome destacado substitui

A) D. Plácida.B) Quincas Borba.C) o emplasto Brás Cubas.D) o legado de nossa miséria.E) o outro lado do mistério.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O rio

O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio corria pela planície, contornando árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por grama verde e macia.

O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele desse a mesma beleza. Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela água.

O homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe falam das belezas que antes admirava, ele diz que não se lembra. Não se lembra das planícies, das grandes pedras, dos reflexos do sol e da grama verde e macia. Lembra-se apenas de suacasa alagada e de suas coisas perdidas pela corrente.

FRANÇA JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova Fronteira, 1985, p.13.

No trecho “... e se entusiasmou pela sua beleza.”, o termo destacado refere-se à palavra

A) árvores.

B) pedras.C) planície.D) rio.E) sol.

------------------------------------------------------------Leia os textos abaixo.

Um pé de quê?Antes de existir a cidade de Belém, vivia lá uma tribo que

sofria de falta de alimentos. Por isso, o cacique mandava sacrificar todas as crianças que nasciam. Por ironia do destino, sua filha, Iaçá, ficou grávida. Quando a criança nasceu, foi sacrificada. Durante dias, Iaçá rogou a tupã uma solução para acabar com o sacrifício das crianças. Foi quando ouviu um choro de um bebê do lado de fora de sua tenda. Era sua filha sorridente ao pé de uma palmeira. Iaçá correu para abraçá-la, mas acabou dando de cara com a palmeira. Iaçá ficou ali chorando até morrer. No dia seguinte, o cacique encontrou Iaçá morta, agarrada à palmeira, olhando fixamente para as frutinhas pretas. Ele as apanhou, amassou e fez delas um vinho vermelho encarnado. Para os índios, aquilo eram as lágrimas de sangue de Iaçá. Por isso, açaí, em tupi, quer dizer “fruto que chora”.

O açaí virou o prato principal dos índios da região. Depois, foram chegando os portugueses, os nordestinos, os japoneses. E o que se diz é que eles só ficaram porque experimentaram açaí.

Almanaque Brasil Socioambiental 2008. 2ª ed. São Paulo. outubro, 2007. Fragmento.

No trecho “Iaçá correu para abraçá-la,...” (ℓ . 6), no Texto, o pronome em destaque refere-se à

A) criança.B) tenda.C) filha.D) palmeira.E) Iaçá.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

TempestadeA noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam

quando ela desabou sobre a cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas.

AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento.

No trecho “... que iluminavam os copos...”, o pronome destacado retoma o substantivo

A) homens.B) luzes do cais.C) Farol das Estrelas.D) lâmpadas pobres.E) saveiros.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

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Page 97: Apostila 9º Ano

Disponível em: <http://pluralinguagem.autonomia.g12.br/?p=100>. Acesso em: 21 set. 2011.

Esse texto é um poema contemporâneo, rompendo com padrões tradicionais da composição poética. Entretanto, apresenta um elemento de continuidade que é o uso de

A) imagem elucidativa.B) narratividade.C) objetividade.D) pontuação direta.E) rimas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

AmorUm pouco cansada, com as compras deformando o novo

saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.

Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.

Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.

LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 19. Fragmento.

No trecho “... deformando o novo saco de tricô,...” (ℓ. 2), a palavra destacada tem o mesmosentido do verbo

A) amassar.B) enfeiar.C) estragar.D) sujar.E) transformar.

------------------------------------------------------------

D16 – Estabelecer relações entre partes de um texto a partir de mecanismos de concordância verbal e nominal

As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor relacionam-se ao reconhecimento da função dos elementos que dão coesão ao texto. Os alunos poderão identificar quais verbos estão concordando com quais substantivos, sendo que estes podem estar no mesmo período ou em períodos mais distantes dos verbos (o que dificulta sua identificação) . Também poderá ser cobrada a concordância entre nomes substantivo, pronome ou mesmo numeral substantivo e as demais palavras que a eles se ligam para caracterizá-los sejam artigos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e adjetivos. Trata-se, portanto, do reconhecimento, por parte do aluno, dos mecanismos de concordância verbal e nominal.

Gente-casa

        Existe gente-casa e gente-apartamento. Não tem nada a ver com tamanho: há pessoas pequenas que você sabe, só de olhar, que dentro têm dois pisos e escadaria, e pessoas grandes com um interior apertado, sala e quitinete. Também não tem nada a ver com caráter. Gente-casa não é necessariamente melhor do que gente-apartamento. A casa que alguns têm por dentro pode estar abandonada, a pessoa pode ser apenas uma fachada para uma armadilha ou um bordel. Já uma pessoa- apartamento pode ter um interior simples mas bem ajeitado e agradável. É muito melhor conviver com um dois quartos, sala, cozinha e dependências do que com um labirinto.        Algumas pessoas não são apenas casas. São mansões. Com sótão e porão e tudo que eles, comportam, inclusive baús antigos, fantasmas e alguns ratos. É fascinante quando alguém que você não imaginava ser mais do que um apartamento com, vá lá, uma suíte, de repente se revela um sobrado com

pátio interno, adega e solário. É sempre arriscado prejulgar: você pode começar um relacionamento com alguém pensando que é um quarto-e-sala conjugado e se descobrir perdido em corredores escuros, e quando abre a porta, dá no quarto de uma tia louca. Pensando bem, todo mundo tem uma casa por dentro, ou no mínimo, bem lá no fundo, um porão. Ninguém é simples. Tudo, afinal, é só a ponta de um iceberg (salvo ponta de iceberg, que pode ser outra coisa) e muitas vezes quem aparenta ser apenas uma cobertura funcional com qrt. sal. avab. e coz. só está escondendo suas masmorras.

(VERlSSIMO, Luís Fernando.O Melhor das Comédias da Vida Privada. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004) “A casa que alguns têm por dentro pode estar abandonada, a pessoa pode ser apenas uma fachada para uma armadilha ou um bordel.”

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Page 98: Apostila 9º Ano

Considere o fragmento acima, e assinale a opção em que se faz um comentário lingüístico inadequado sobre ele.a) O verbo “têm” está acentuado pois concorda com o pronome relativo “que” usado anteriormente.b) O uso da forma verbal “pode”, em suas duas ocorrências, revela um sentido de possibilidadec) Os vocábulos “armadilha” e “bordel” estão relacionados por um conectivo e ambos possuem conotação negativa no textod) O vocábulo “uma”, em suas duas ocorrências, é classificado como artigo indefinido

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas. 

Se você __________ amanhã, __________ realizar o exame. a) vim – poderá b) vier – poderác) viesse – poded) vir – podeMais uma vez em pauta a discussão em torno da importação de médicos estrangeiros ou formados no exterior. Não poderíamos nos abster de reiterar nosso posicionamento sobre matéria tão relevante. Hoje somos mais de 380 mil médicos no País, o que nos coloca na 5ª colocação no mundo, em números absolutos. Temos 197 escolas,perdendo apenas para a Índia(1,2 bilhão de hab.), superando a China( 1,3 bilhão de hab.) e os Estados Unidos que detêm, respectivamente, 150 e 134 faculdades.         Nossa pequenina Paraíba, com uma população de cerca de 3,8 milhões de almas, conta com 6 escolas médicas e, pelo menos, mais 2 em fase de implantação - um recorde, com certeza. Formam-se por ano, aproximadamente, 16500 esculápios no Brasil e 500 a 600,em nosso meio.Como se não bastasse, a Presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente a intenção de criar mais 4500 vagas anuais para medicina.        Será que precisamos trazer profissionais do exterior?E como seria a revalidação de diploma desses profissionais, via

decreto?Faltam médicos em nosso meio?        Não existe ainda um consenso em relação ao número ideal de médicos/ habitante. Pesquisa realizada pelo CFM/CREMESP evidenciou que no Brasil tal coeficiente é de 1,95/1000, o que nos remete ao patamar de diversos países de 1º. mundo, a exemplo do Canadá e dos Estados Unidos.Temos, sim, má distribuição dos profissionais, que se concentram nas grandes cidades e capitais, por falta de políticas públicas que priorizem a interiorização do médico. Em João Pessoa, onde pontificam mais de 3000 esculápios, a relação é de 4/1000, o dobro da média nacional; no entanto, mais de 15% das equipes da ESF não dispõem de médicos, devido a diversos fatores, entre os quais,a falta de condições adequadas de trabalho e de segurança, a fragilidade do vínculo trabalhista e a baixa remuneração. Não é importando médicos que vamos corrigir tal distorção       Não cultivamos a xenofobia, mas defendemos a revalidação dos diplomas estrangeiros nos moldes do REVALIDA, que é aplicado anualmente pelo MEC. Precisamos, sim, garantir a qualificação profissional daqueles que pretendem atuar em nosso País, em defesa da população menos favorecida, para que não incorramos no erro de oferecer uma assistência médica pobre, de 2ª categoria, para o pobre. 

                     *presidente do CRM-PB Assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente substituído pelo pronome. 

Não cultivamos a xenofobia.a) Não cultivamos-ab) Não lhe cultivamosc) Não a cultivamos d) Não cultivamo-na

D19 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer os fatos que causam o conflito ou que motivam as ações dos personagens, originando o enredo do texto. Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que identifique os acontecimentos desencadeadores de fatos apresentados na narrativa, ou seja, o conflito gerador, ou o personagem principal, ou o narrador da história, ou o desfecho da narrativa.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Área interna

Morava no terceiro andar [...]: não havia vizinho, do quarto andar para cima, que não jogasse lixo na sua área. Sua mulher era uma dessas conformadas que só existem duas no mundo, sendo que a outra ninguém viu:

– Deixa isso pra lá, Antônio, pior seria se a gente morasse no térreo.

Antônio não se controlava, ficava uma fera quando via cair cascas de banana, de laranja, restos de comida. Em época de melancia ficava quase louco, tinha vontade de se mudar. A mulher procurava contornar:

– Tenha calma, Antônio, daqui a pouco as melancias acabam e você esquece tudo.

Mas ele não esquecia:– Acabam as melancias, vêm as jacas, acabam as jacas,

vêm os abacates. Já pensou, Marieta? Caroço de abacate é fogo!

Um dia chegou na área, tinha até lata de sardinha. Procurou pra ver se tinha alguma sardinha, mas a lata tinha sido raspada. Se queimou. Falou com o síndico, ele disse que era impossível fiscalizar todos os quarenta e oito apartamentos pra ver quem é que atirava as coisas. Pensou em fechar a área com vidro, pediram uma nota firme e se não decidisse dentro de sete dias, ia ter um acréscimo de trinta por cento. Foi à polícia dar queixa dos vizinhos, o delegado achou muita graça, disse que não podia dar educação aos vizinhos e, se pudesse daria aos seus, pois ele morava no térreo e era muito pior. [...]

ELIACHAR, Leon. O homem ao zero. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. Fragmento.

O fato que motivou essa narrativa foiA) o lixo jogado na área.B) o descontrole do marido.C) a paciência da mulher.D) a queixa feita contra os vizinhos.E) a resposta dada pelo delegado.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

Feijões ou problemas?Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar,

precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha.

Dia e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.

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Page 99: Apostila 9º Ano

Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:

– Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei.Carregando feijões, ou problemas, há sempre um jeito

mais fácil de levar a vida.Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é

você quem determina.Disponível em: <http://www.metaforas.com.br/>. Acesso em: 13

mar. 2011.

Qual é o conflito gerador desse enredo?A) A necessidade do monge em encontrar um sucessor.B) A solução encontrada pelo discípulo vencedor.C) A subida dos discípulos a uma grande montanha.D) O desafio proposto pelo mestre aos seus discípulos.E) O sofrimento do discípulo ao ver o oponente vencer.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

Área internaMorava no terceiro andar [...]: não havia vizinho, do

quarto andar para cima, que não jogasse lixo na sua área. Sua mulher era uma dessas conformadas que só existem duas no mundo, sendo que a outra ninguém viu:

– Deixa isso pra lá, Antônio, pior seria se a gente morasse no térreo.

Antônio não se controlava, ficava uma fera quando via cair cascas de banana, de laranja, restos de comida. Em época de melancia ficava quase louco, tinha vontade de se mudar. A mulher procurava contornar:

– Tenha calma, Antônio, daqui a pouco as melancias acabam e você esquece tudo.

Mas ele não esquecia:– Acabam as melancias, vêm as jacas, acabam as jacas,

vêm os abacates. Já pensou, Marieta? Caroço de abacate é fogo!

Um dia chegou na área, tinha até lata de sardinha. Procurou pra ver se tinha alguma sardinha, mas a lata tinha sido raspada. Se queimou. Falou com o síndico, ele disse que era impossível fiscalizar todos os quarenta e oito apartamentos pra ver quem é que atirava as coisas. Pensou em fechar a área com vidro, pediram uma nota firme e se não decidisse dentro de sete dias, ia ter um acréscimo de trinta por cento. Foi à polícia dar queixa dos vizinhos, o delegado achou muita graça, disse que não podia dar educação aos vizinhos e, se pudesse daria aos seus, pois ele morava no térreo e era muito pior. [...]

ELIACHAR, Leon. O homem ao zero. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. Fragmento.

No trecho “...não havia vizinho, do quarto andar para cima, que não jogasse lixo na sua área.”(ℓ. 1-2), a expressão destacada refere-se ao termo

A) vizinho.B) Antônio.C) mulher.D) síndico.E) delegado.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Nasrudin e o ovoCerta manhã, Nasrudin – o grande místico sufi que

sempre fingia ser louco – colocou um ovo embrulhado em um lenço, foi para o meio da praça de sua cidade e chamou aqueles que estavam ali.

– Hoje teremos um importante concurso! – disse. Quem descobrir o que está embrulhado neste lenço, eu dou de presente o ovo que está dentro!

As pessoas se olharam, intrigadas, e responderam:– Como podemos saber? Ninguém aqui é capaz de fazer

adivinhações!Nasrudin insistiu:

– O que está neste lenço tem um centro que é amarelo como uma gema, cercado de um líquido da cor da clara, que por sua vez está contido dentro de uma casca que quebra facilmente. É um símbolo de fertilidade e nos lembra dos pássaros que voam para seus ninhos. Então, quem pode me dizer o que está escondido?

Todos os habitantes pensavam que Nasrudin tinha em suas mãos um ovo, mas a resposta era tão óbvia, que ninguém resolveu passar vergonha diante dos outros. E se não fosse um ovo, mas algo muito importante, produto da fértil imaginação mística dos sufis?

Um centro amarelo podia significar algo do sol, o líquido ao redor talvez fosse um preparado alquímico. Não, aquele louco estava querendo fazer alguém de ridículo.

Nasrudin perguntou mais duas vezes, e ninguém se arriscou a dizer algo impróprio.

Então ele abriu o lenço e mostrou a todos o ovo.– Todos vocês sabiam a resposta – afirmou. E ninguém

ousou traduzi-la em palavras.

Moral da história: É assim a vida daqueles que não têm coragem de arriscar: as soluções nos são dadas generosamente por Deus, mas estas pessoas sempre procuram explicações mais complicadas e terminam não fazendo nada. Pare de tentar complicar a vida! Isso é o que temos feito sempre... A vida é feita de extrema simplicidade. Só um caminho a ser seguido: o seu! Uma pergunta a ser respondida: “o que você realmente quer?” E uma atitude a ser tomada: entregar-se! Pare de lutar com a vida, porque quanto mais você luta, mais você dói!

Revista Geração saúde, Ano 4, Nº 35, p. 34.

Nesse texto, a característica do personagem principal é aA) astuta inteligência.B) capacidade de ler mentes.C) imaginação insensata.D) personalidade mesquinha.E) tendência à comicidade.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo

Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

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ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-

carlos-drummond-de-andrade.html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

O clímax desse texto encontra-se no trecho:A) “... acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais

ninguém,...”. (ℓ. 12)B) “Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro

da bola chutada por 44 pés.”. (ℓ. 18-19)C) “Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo,

para não dizer terror.”. (ℓ. 23)D) “Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo,

sempre Flamengo.”. (ℓ. 34-35)E) “O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para

descer também e continuar a festa,...”. (ℓ. 36-37)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Folhas secasEu estava dando uma aula de Matemática e todos os

alunos acompanhavam atentamente.Todos?Quase. Carolina equilibrava o apontador na ponta da

régua, Lucas recolhia as borrachas dos vizinhos e construía um prédio, Renata conferia as canetas e os lápis do seu estojo vermelhíssimo e Hélder olhava para o pátio.

O pátio? O que acontecia no pátio?Após o recreio, dona Natália varria calmamente as folhas

secas e amontoava e guardava tudo dentro de um enorme saco plástico azul. Terminando o varre-varre, dona Natália amarrou a boca do saco plástico e estacionou aquele bafuá de folhas secas perto do portão.

Hélder observava atentamente. E eu observava a observação de Hélder – sem descuidar da minha aula de Matemática. De repente, Hélder foi arregalando os olhos e franzindo a testa.

Qual o motivo do espanto?Hélder percebeu alguma coisa no meio das folhas

movendo-se desesperadamente, com aflição, sufoco, falta de ar. Hélder buscava interpretações para a cena, analisava possibilidades, mas o perfil do passarinho já se delineava na transparência azul do plástico.

Um pássaro novo caiu do ninho e foi confundido com as folhas secas e foi varrido e agora lutava pela liberdade.

– Ele tá preso!O grito de Hélder interrompeu o final da multiplicação de

15 por 127. Todos os alunos olharam para o pátio. E todos nós concordamos, sem palavras: o bico do passarinho tentava romper aquela estranha pele azul. Hélder saiu da sala e nós fomos atrás. E antes que eu pudesse pronunciar a primeira sílaba da palavra “calma”, o saco plástico simplesmente explodiu, as folhas voaram e as crianças pularam de alegria.

Alguns alunos dizem que havia dois passarinhos presos. Outros viram três passarinhos voando felizes e agradecidos. Lucas diz que era um beija-flor. Renata insiste que era uma cigarra. Eu, sinceramente, só vi folhas secas voando.

Para concluir esta inesquecível aula de Matemática, pegamos vassouras, pás e sacos plásticos e fomos varrer novamente o pátio.

MARQUES, Francisco. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/folhas-secas-

634210.shtml>.Acesso em: 14 fev. 2012.

texto, o elemento gerador da narrativa é o fato deA) Carolina equilibrar o apontador com a régua.B) Dona Natália varrer as folhas do pátio da escola.C) Hélder se espantar com algo se mexendo dentro do saco

plástico.D) Lucas recolher as borrachas dos amigos para construir um

castelo.E) Renata conferir as canetas e os lápis de seu estojo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A hora dos ruminantesA noite chegava cedo em Manarairema. Mal o sol se

afundava atrás da serra – quase que de repente, como caindo – já era hora de acender candeeiros, de recolher bezerros, de se enrolar em xales. A friagem até então continuada nos remansos do rio, em fundos de grotas, em porões escuros, ia se espalhando, entrando nas casas, cachorro de nariz suado farejando.

Manarairema, ao cair da noite – anúncios, prenúncios, bulícios. Trazidos pelo vento que bate pique nas esquinas, aqueles infalíveis latidos, choros de criança com dor de ouvido, com medo do escuro. Palpites de sapos em conferência, grilos afiando ferros, morcegos costurando a esmo, estendendo panos pretos, enfeitando o largo para alguma festa soturna.

Manarairema vai sofrer a noite. [...]Não se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as

portas e não davam passagem, não podiam; não tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela não se conseguia mais fechá-la, não havia força que empurrasse para trás aquela massa elástica de chifres, cabeças e pescoços que vinha preencher o espaço.

Frequentemente surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes distantes e causavam novas brigas, até que os empurrões, chifradas, ancadas forçassem uma arrumação temporária. O boi que perdesse o equilíbrio e ajoelhasse nesses embates não conseguia mais se levantar, os outros o pisavam até matar, um de menos que fosse já folgava um pouco o aperto – mas só enquanto os empurrões vindos de longe não restabelecessem a angústia. [...]

VEIGA, José J. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/literatura>. Acesso em: 5 mar.

2012. Fragmento.

Uma característica da tipologia narrativa que predomina nesse texto é:

A) a caracterização dos personagens.B) a descrição do ambiente e dos fatos.C) o desfecho inesperado.D) o momento de maior tensão no enredo.E) o narrador onipresente.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pesadelo profissional.– Tem brevê? Sem brevê, o voo é clandestino.– Se tem, nunca me falou. Olha, meu marido reapareceu.

Nossa! Está voando de costas.Parece avião da esquadrilha da fumaça... Depressa, ele

não consegue baixar o trem de pouso...Depressa, por favor. Mande uma guarnição com

urgência. Não esqueçam de trazer a escada Magirus... E umas almofadas para amaciar a queda. Ah, a rede! Por favor, tragam a rede... Oh, cuidado, Argemiro! Argemiro, cuidado, abra as asas, Argemiro... Argemiro! Argemirooo!

Argemiro, o bombeiro, acordou com a sirene do quartel tocando. Deu um salto, saiu correndo em direção à viatura vermelha. Sinal de fogo em algum lugar da cidade. Suspirou aliviado. Ainda bem que era incêndio. Detestava esse tipo de pesadelo, mulher telefonando para dizer que o marido estava voando. Principalmente, porque o marido tinha sempre o mesmo nome que ele, Argemiro, o bombeiro. O psicólogo da corporação disse que era normal ter sono agitado daquele jeito, pesadelo profissional...

No dia seguinte, no jornal, a notícia estranha: um homem havia caído das nuvens ao lado da fábrica [...].

Argemiro esfregou os olhos para ver se não estava sonhando.

DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Uma das características da tipologia narrativa presente nesse texto é

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Page 101: Apostila 9º Ano

A) a defesa de uma ideia.B) a predominância dos verbos no imperativo.C) a presença do verbo ser no presente do indicativo.D) o conjunto de argumentos.E) o encadeamento dos fatos.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O cego, Renoir, Van Gogh e o restoVistos de costas, pareciam apenas dois amigos

conversando diante do quadro Rosa e azul, de Renoir, comentando o quadro. Porém, quem prestasse atenção nos dois perceberia, talvez estranhasse, que um deles, o de elegantes óculos de sol, parecia um pouco desinteressado, apesar de todo o empenho do outro, traduzido em gestos e eloquência quase murmurada. [...]

O que falava segurava às vezes o antebraço do de óculos com uma intimidade solícita e confiante. [...] Aproximei-me do quadro, fingindo olhar de perto a técnica do pintor, voltei-me e percebi: o de óculos escuros era cego. [...]

Algo extraordinário acontecia ali, que eu só compreendia na superfície: um homem descrevendo para um amigo cego um quadro de Renoir. Por que tantos detalhes? [...]

– Azul com o quê? Fale mais desse azul – pediu o cego, como se precisasse completar alguma coisa dentro de si.

– É um azul claro, muito claro, um azul que tem movimento e transparência em muita luz, um azul tremulando, azul como o de uma piscina muito limpa eriçada pelo vento, uma piscina em que o sol se reflete e que tremula em mil pequenos reflexos [...] Lembra-se daquela piscina em Amalfi?

– Lembro... lembro... – e sacudia a cabeça ...Afastei-me, olhei-os de longe. Roupas coloridas,

esportivas. [...] O guarda treinado para vigiar pessoas estava ao meu lado e contou, aos arrancos:

– Eles vêm muito aqui. Só conversam sobre um quadro ou dois de cada vez. É que o cego se cansa. Era fotógrafo, ficou assim de desastre.

ÂNGELO, Ivan. O comprador de aventuras. In Para gostar de ler: v.: 28. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2007. Fragmento.

No primeiro parágrafo desse texto, o elemento da narrativa em evidência é o

A) ambiente.B) clímax.C) narrador.D) personagem.E) tempo.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cinco minutosCapítulo 5

Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão triste de suas palavras.

Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico:

– Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?

– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.

– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...

– E me pedias que te esquecesse!...– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...– Não me fugirás mais?– Não. [...]

ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.

Nesse texto, o elemento da narrativa em evidência é oA) cenário.B) discurso direto.C) enredo.D) narrador.E) tempo decorrido.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

PneumotóraxFebre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.A vida inteira que podia ter sido e que não foi:tosse, tosse, tosse.Mandou chamar o médico:Diga trinta e três.Trinta e três, Trinta e três... Trinta e três.Respire..................................O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?− Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

No trecho “A vida inteira que podia ter sido e que não foi.” (v. 2), há a exploração do recurso estilístico de

A) comparação de fatos.B) exagero.C) ironia.D) oposição de ideias.E) repetição sonora.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O galo que logrou a raposa

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!... E em voz alta:

— Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais.

Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.

— Muito bem! — exclama o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.

Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:

— Infelizmente, amigo Có-có-ri-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.

E raspou-se.Contra esperteza, esperteza e meia.

LOBATO, Monteiro. Fábulas. 19 ed. São Paulo. Brasiliense, s. d. p. 47

Esse texto é narradoA) pelo galo.B) pela raposa.C) pelo cachorro.D) por alguém que testemunha os fatos narrados.E) por alguém que está fora dos fatos narrados.

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Page 102: Apostila 9º Ano

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Par ou ímparAberta de segunda a sábado nos arredores da praça da

matriz, a Barbearia Central sempre teve muito movimento, tanto que permitiu aos barbeiros Careca e Bigode sustentar mais de uma família cada.

Sempre em harmonia, os dois sobreviveram à moda dos cabelos compridos entre os homens, aguentaram diversos surtos inflacionários e resistiram à proliferação de salões de cabeleireiros unissex na cidade. Na virada do milênio, começaram a se desentender. A briga teve início porque um quis fazer uma reforminha – implantar um sanitário – para oferecer um conforto extra aos clientes; o outro achou bobagem – quem precisasse de banheiro que fosse à estação rodoviária, ali perto.

Por meses os dois bateram boca, mal respeitando a presença dos fregueses, que faziam fila da manhã ao anoitecer. Até que resolveram separar-se. Jogo duro: nenhum queria sair. Deu empate em todos os itens colocados na mesa: idade, antiguidade na barbearia, número de fregueses. Par ou ímpar? Estavam para decidir nos dados – que também rolavam por ali, nos remansos do trabalho – quando chegou o sírio Simão, dono do salão de 6 x 4m. Vinha cobrar o aluguel.

Inteirado da discórdia, resolveu a parada no ato, com um gesto largo e a frase salomônica: “Sem problema, patrício: bota parede no meio do salão!” Foi assim que se dividiu o mais antigo estabelecimento do gênero na cidade. Agora, ao lado da Barbearia Central, funciona o Salão Principal – com banheiro. Totalmente independentes, o dois têm alvarás distintos e contas deluz e água separadas. Em nome dos princípios da boa vizinhança, Careca e Bigode se cumprimentam, mas só bom dia e até logo; papo, nunca mais. E não é por falta de assunto local ou nacional. Nas duas salinhas do sábio Simão nada mudou: o dia inteiro, tesouras afiadas e línguas ferinas seguem cortando cabelos e aparando reputações.

Globo Rural, abril, 2008. * Adaptado: Reforma Ortográfica.

O fato que desencadeou essa história foiA) a virada do milênio.B) a inflação oscilante.C) a fila de fregueses.D) a crescente concorrência.E) a construção de um banheiro.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

A raposa e as uvas

Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando.

O matreiro bicho torceu o focinho:– Estão verdes – murmurou – Uvas verdes, só para

cachorros.E foi-se.Nisto deu um vento e uma folha caiu.A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se

a farejar...Quem desdenha quer comprar.

LOBATO, Monteiro. Fábulas. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1973. p. 47.

O problema que se apresenta para a personagem éA) a força do vento.B) a altura da parreira.C) o estado das frutas.D) a quantidade de frutas.E) a presença de cachorros.

------------------------------------------------------------Leia o texto, abaixo, e responda.

A lenda do preguiçoso

Giba Pedroza

Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu debaixo do céu e acima da terra. Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito:

“Choro não. Depois eu choro”.Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez

pouco caso quando a parteira ralhou com ele: “Não cruze as pernas, moço. Não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele pode crescer na preguiça, manhoso”.

E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça, nada de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que comer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser enterrado ainda vivo. O outro, no começo, não queria atender ao estranho pedido, mas quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...

E lá se foi o cortejo. Ia carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina, sua rede de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:

Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!”“Deus não tem ainda, não, moço. Tá vivo.”E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha

mais o que comer, ofereceu dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no ouvido do homem:

“Moço, esse seu arroz tá escolhidinho, limpinho e fritinho?”

“Tá não.”“Então toque o enterro, pessoal.”E é por isso que se diz que é preciso prestar atenção nas

crendices e superstições da ciência popular.Disponível em:

<http://singrandohorizontes.wordpress.com/2010/08/18/folclore-popular-lenda-do-preguicoso/>. Acesso em: 08 set. 2010.

Ao introduzir esse texto com “Diz que era uma vez...”, o narrador A) antecipa a ideia de um texto de conteúdo de base irreal.B) isenta-se da responsabilidade sobre o que será narrado.C) manifesta-se subjetivamente em relação aos fatos.D) reproduz uma introdução tradicional dos contos de fada.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

O que dizem as camisetas(Fragmento)

Apareceram tantas camisetas com inscrições, que a gente estranha ao deparar com uma que não tem nada escrito.

– Que é que ele está anunciando? – indagou o cabo eleitoral, apreensivo. – Será que faz propaganda do voto em branco? Devia ser proibido!

– O cidadão é livre de usar a camiseta que quiser – ponderou um senhor moderado.

– Em tempo de eleição, nunca – retrucou o outro. – Ou o cidadão manifesta sua preferência política ou é um sabotador do processo de abertura democrática.

– O voto é secreto. – É secreto, mas a camiseta não é, muito pelo

contrário. Ainda há gente neste país que não assume a sua responsabilidade cívica, se esconde feito avestruz e...

– Ah, pelo que vejo o amigo não aprova as pessoas que gostam de usar uma camiseta limpinha, sem inscrição, na cor natural em que saiu da fábrica.

(...).

DRUMMOND, Carlos. Moça deitada na grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 38-40.

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Page 103: Apostila 9º Ano

O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de:

(A) alguém aparecer com uma camiseta sem nenhuma inscrição.

(B) muitas pessoas não assumirem sua responsabilidade cívica.

(C) um senhor comentar que o cidadão goza de total liberdade.

(D) alguém comentar que a camiseta, ao contrário do voto, não é secreta.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

A beleza total A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria

Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.

A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito.Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.

O conflito central do enredo é desencadeadoA) pela extrema beleza da personagem.B) pelos espelhos que se espatifavam.C) pelos motoristas que paravam o trânsito.D) pelo suicídio do mordomo.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

E.C.T.

Tava com um cara que carimba postais Que por descuido abriu uma carta que voltou Levou um susto que lhe abriu a bocaEsse recado veio pra mim, não pro senhor.

Recebo crack, colante, dinheiro parco embrulhado Em papel carbono e barbante, até cabelo cortado Retrato de 3 x 4 pra batizado distante Mas isso aqui meu senhor, é uma carta de amor

Levo o mundo e não vou lá

Mas esse cara tem a língua solta A minha carta ele musicou Tava em casa, a vitamina pronta Ouvi no rádio a minha carta de amor

Dizendo “eu caso contente, papel passado, presente Desembrulhado, vestido, eu volto logo me esperaNão brigue nunca comigo, eu quero ver nossos filhos O professor me ensinou a fazer uma carta de amor”

Leve o mundo que eu vou já

Nando Reis, Marisa Monte, Carlinhos Brown

O verso “Tava com um cara que carimba postais” é um exemplo de linguagem

A) coloquial.B) formal.C) jornalística.D) literária.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

A outra noiteRubem Braga

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas. Uma paisagem irreal.

Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:

— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?

Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra − pura, perfeita e linda.

— Mas, que coisa...Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu

fechado de chuva.Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se

sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.— Ora, sim senhor...E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa

noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.

O fato que desencadeou a história foi(A) a viagem a São Paulo.(B) o mau tempo em São Paulo.(C) o agradecimento do taxista.(D) a conversa ouvida pelo taxista.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em

caso de parada cardíaca.(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.

– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.

Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” –

ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”. Uma pausa, e ela continuou:

– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”

Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.

Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.

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Page 104: Apostila 9º Ano

– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.

Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.

Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária(A) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.(B) concluir que a vida não vale a pena.(C) achar romântica a história da enfermeira(D) ter se envolvido com o tatuador.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Conversa fiada

Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava pescando num lago.

Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e ficava pescando no mesmo lago.

Um dia, os dois se encontraram, lado a lado, na pescaria, e no mesmo momento, exatamente no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. [...] Quando apareceram os respectivos peixes, porém, decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo!

O velho disse para o menino:– Você não pode pescar esse peixe tão velho! Deixe que

ele viva o pouco da vida que lhe resta.O menino respondeu:– E o que você vai fazer com este peixe tão novo? Ele é

tão pequeno... deixe que ele viva mais um pouco!O velho e o menino olharam um para o outro e, sem

perder tempo, jogaram os peixes no lago.Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora.

FRATE, Diléa. Histórias para Acordar. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996

O fato responsável pelo desenrolar da história é(A) o encontro e a pescaria do menino com o velho no lago.(B) o peixe do velho ser muito velho.(C) o peixe do menino ser novo e pequeno.(D) o retorno dos peixes ao lago.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Paulo Vanzolini / Antônio Xandóhttp://letras.terra.com.br/almir-sater/649536/

O texto apresenta muitas marcas da língua oral. trecho que confirma essa afirmativa é

(A) “Cheguei na beira do porto”(B) “Eu entrei no Mato Grosso!”(C) “A tua saudade corta”(D) “Os 'zoio' se enchem d'água”

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

VISITA Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o,

numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?

Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o ba-nheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.

Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?

Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.

GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89

Com base na leitura do texto, pode-se concluir que a questão central é

(A) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade. (B) a saudade dos amigos de infância(C) a vida agitada da grande cidade.

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Page 105: Apostila 9º Ano

(D) a preocupação com a proteção aos animais.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.

Sinceridade de criançaEra uma época de “vacas magras”. Morava só com meu

filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada para a festa de aniversário de uma grande amiga. O problema é que não tinha dinheiro messmoooooo.

Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi à balconista:

– Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga!

Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar.

Então eu pedi:– Posso ver o que você tem, assim... alguma coisa mais

baratinha?E a moça me trouxe um pingente folheado a ouro... bonito

e barato. Eu gostei e levei.Quando chegamos ao aniversário, (eu e meu filho) fomos

cumprimentar minha amiga, que, ao abrir o presente, disse:– Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena,

sem saber bem o que significava a expressão “baratinha” completou:

– E era a mais baratinha que tinha!!!.Disponível em:

<http://recantodasletras.uol.com.br/infantil/610758>. Acesso em: 22 mar. 2010.

O enredo desse texto se desenvolve a partirA) da chegada ao aniversário.B) da inocência da criança.C) do convite para o aniversário.D) do presente comprado.

------------------------------------------------------------(SARES P2010). Leia o texto abaixo.

AS ESTRELASNuma das noites daquele mês de abril estava Dona

Benta na sua cadeira de balanço, lá na varanda, com olhos no céu cheio de estrelas. A criançada também se reunira ali.

Súbito, Narizinho, que estava em outro degrau da escada fazendo tricô, deu um berro.

-Vovó, Emília está botando a língua para mim! Mas Dona Benta não ouviu. Não tirava os olhos das

estrelas. Estranhando aquilo, os meninos foram se aproximando. E ficaram também a olhar para o céu, em procura do que estava prendendo a atenção da boa velha.

- Que é vovó, que a senhora está vendo lá em cima? Eu não estou enxergando nada. - disse Pedrinho. Dona Benta não pôde deixar de rir-se. Pôs nele os óculos e puxou-o para o seu colo e falou:

- Não está vendo nada, meu filho? Então olha para o céu estrelado e não vê nada?

- Só vejo estrelinhas. - murmurou o menino. - E acha pouco, meu filho?

Fonte: LOBATO, Monteiro. As estrelas. In: ______ . Viagem ao céu. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1971. Fragmento.

A história contada se passa (A) na varanda da casa de Dona Benta. (B) na imaginação de Emília. (C) na cozinha de Tia Anastácia. (D) no céu inventado de Pedrinho.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

O LOBO DESATENTO

Certa noite, um lobo andava pela floresta em busca de comida. E já estava empenhado nessa tarefa havia um bom

tempo, sem qualquer resultado prático, quando sentiu no aro cheiro de carneiros. “Até que enfiml”, foi o pensamento que lhe veio à cabeça de imediato, e então, imaginando o que de bom poderia encontrar mais adiante para aplacar a fome que sentia, ele caminhou rapidamente na direção que o seu faro indicava.

Logo ã frente, as árvores davam lugar a uma grande área coberta de relva, e era nesse pedaço de chão que os carneiros descansavam protegidos por um cão. O lobo não se preocupou com isso. O que fez foi sair andando passo a passo, o mais devagar que podia, procurando se aproximar do ponto que ficava mais distante do vigia, onde algumas das possíveis presas dormiam sossegadas.

E já estava quase lá, quando uma de suas patas traseiras descuidou-se um momento e pisou em um pedaço de tábua já meio apodrecido. Esta rangeu sob o peso do animal, e o barulho que fez soou tão alto em meio ao silêncio da noite que acordou o cão de guarda, fazendo-o sair na mesma hora em perseguição ao lobo desastrado. Que por sua vez, coitado, não teve outra coisa a fazer senão fugir em desabalada carreira, esfomeado e sem alimento.

Moral da história: Quem não presta atenção no que faz, algum dia vai acabar se metendo em apuros.

Disponível em: <http://WWW.fernandodannemann.recantodasletras.com.br>.

Acesso em: 5 abr. 2010.

Nesse texto, o que deu origem aos fatos narrados foi oA) cão perseguir o lobo quando ele pisou na tábua.B) cão vigiar os carneiros que dormiam sossegados.C) lobo andar desatento à noite pela floresta.D) lobo sentir cheiro de carneiros na floresta.

------------------------------------------------------------(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE

Um estudante e um padre viajavam pelo interior, tendo como guia um caboclo. Deram a eles, numa casa, um pequeno queijo de cabra. Não sabendo como dividir, pois que o queijo era pequeno mesmo, o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a noite, o sonho mais bonito (pensando, claro, em engambelar os outros dois com seu oratório). Todos aceitaram e foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.

Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve que contra seu sonho. O padre disse que sonhou com a escada de Jacó e a descreveu lindamente. Porém lá, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante então contou que sonhara já estar no céu esperando o padre que subia. O caboclo riu e contou:

— Sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá no céu, rodeado de amigos. Eu fiquei na terra e gritei:

— Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmicês esqueceram o queijo! Então vosmicês responderam de longe, do céu:

— Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos no céu, não queremos queijo.

— O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei enquanto vocês dormiam e comi o queijo…

http://victorian.fortunecity.com/postmodern/135/caboclo.htm

O texto que você acabou de ler é uma narrativa. A opção que apresenta o fato responsável por gerar a complicação da história.

(A) “(…) o padre resolveu que todos dormissem (…)” (B) “Todos aceitaram e foram dormir.” (C) “(…) O caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.” (D) “(…) levantei enquanto vocês dormiam e comi o queijo…”

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

O REFORMADOR DO MUNDO

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Page 106: Apostila 9º Ano

Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia asneiras.

– Asneiras, Américo?– Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, você tem a

prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme sustendo frutas pequeninas, e lá adiante vejo colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jabuticabeira. Não tenho razão?

LOBATO, Monteiro. O reformador do mundo. In: Obra Infantil Completa. São Paulo: Brasiliense, s.d.

Quando falou sobre a reforma da natureza, Américo estavaA) num pomar.B) num rio.C) numa floresta.D) numa praça.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

50 anos de cortesiaUm casal tomava café no dia das suas bodas de ouro. A

mulher passou a manteiga na casca do pão e deu para o seu marido, ficando com o miolo.

Ela pensava: “Sempre quis comer o que mais gosto do pão, que é o miolo, mas como amo demais o meu marido e ele gosta dele, durante estes 50 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quero satisfazer o meu desejo”.

Quando o marido recebeu a casca do pão com manteiga, o rosto dele se abriu num enorme sorriso, e lhe disse:

- Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante 50 anos, sempre quis comer a casca do pão, mas como você gostava tanto dela, eu jamais ousei pedir !

Disponível em: <http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/881679/t1322.as

p>. Acesso em: 10 ago. 2011.

Qual foi o fato que fez com que essa história acontecesse?A) a mulher querer comer o miolo do pão.B) a mulher dar ao marido a casca do pão.C) o marido agradecer o presente.D) o marido adorar casca de pão.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

O príncipe sapoUma feiticeira muito má transformou um belo príncipe

num sapo, só o beijo de uma princesa desmancharia o feitiço.Um dia, uma linda princesa chegou perto da lagoa em

que o príncipe morava. Cheio de esperança de ficar livre do feitiço, ele lhe pediu um beijo. Como ela era muito boa, venceu o nojo e, sem saber de nada, atendeu ao pedido do sapo: deu-lhe um beijo.

Imediatamente o sapo voltou a ser príncipe, casou-se com a princesa e foram felizes para sempre.

SEIESZKA, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997, [s. p].

O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?A) O beijo da princesa.B) O feitiço da feiticeira.C) O nojo da princesa.D) O pedido do sapo.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo e responda.

OSÓRIO. Revista Imprensa, ago. 1997, p.40.

No trecho “Tá bom, mamãe!”, a expressão destacada revela que a linguagem de Gabi é

A) desrespeitosa.B) desafiadora.C) informal.D) regional.

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda.

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Page 107: Apostila 9º Ano

Maurício de Souza. Turma da Mônica.

O problema da narrativa se resolve quandoA) o Cebolinha resolve fazer uma massagem.B) o Cebolinha sai da massagem cheio de dor.C) a Mônica dá “aquele” abraço no Cebolinha.D) a Mônica fica sem entender o que aconteceu.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Irmão de enxurradaFico lembrando dele esperneando no berço. Ele era uma

coisica ainda mais estranha do que é hoje. Não, muito mais estranha: hoje ele é gente, fala, acha coisas sobre mim, sobre os outros irmãos, sobre a dona da padaria. Antes ele era... um...um montinho que se mexia também estranhamente. Eu ficava horas olhando para ele.

[...] Teve um tempo em que ele engatinhava. Rodava pela casa toda, gugu pra cá, dadá pra lá, passando debaixo dos móveis, debaixo das pernas da gente – um saco!

[...] E um dia que ele engoliu a cabeça de um bonequinho do “Forte Apache”? Ou foi o rabinho de um cavalo? Não lembro exatamente o que foi que ele engoliu, mas lembro do problemão que foi. [...] Minha mãe veio correndo, porque eu gritei do meu quarto...CISALPINO, Murilo. In: Ricardo Ramos. Irmão mais velho, irmão

mais novo. São Paulo: Atual,1992. p. 64-71. Nesse texto, o narrador é

A) a dona da padaria.B) a mãe do bebê.C) o irmão mais velho.D) o pequeno bebê.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Tormento não tem idade─ Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.─ O que é que ele queria?─ Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.─ E o que é que você disse?─ Disse que não sabia, mas achava que você iria aceitar

o convite.─ Fez mal, mamãe. Você sabe que odeio dormir fora de

casa.─ Mas meu filho, o Jorge gosta tanto de você...─ Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não sou obrigado

a dormir na casa dele por causa disso, sou?─ Claro que não. Mas...─ Mas o que, mamãe?─ Bem, quem decide é você. Mas, que seria bom você

dormir lá, seria.─ Ah, é? E por quê?─ Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo

de hóspedes e queria estrear com você. Ele disse que é um quarto muito lindo. Tem até a TV a cabo.

─ Eu não gosto de tevê.[...]─ Eu faço a maleta para você, meu filho. Eu arrumo suas

coisas direitinho. Você vai ver.─ Não, mamãe. Não insista, por favor. Você está me

atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar

nenhum. Sabe por que, mamãe? Amanhã é meu aniversário. Você esqueceu?

─ Esqueci mesmo. Desculpe, filho.─ Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E acho que

quem faz 50 anos tem o direito de passar a noite com sua mãe, não é verdade?

SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo, 3 set. 2001, p. C2.

O trecho dessa narrativa que explica o que resolveu o problema é

A) “─ Ah, é? E por quê?”.B) “─ Eu não gosto de tevê.”.C) “─ Amanhã é meu aniversário.”.D) “─ Esqueci mesmo. Desculpe, filho.”.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

Os Viajantes e a Bolsa de MoedasDois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada,

quando um deles encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.”

E lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e alegrias da estrada.”

O “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: “Pega ladrão!”, vindo de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo entra em pânico, e diz. “Estamos perdidos se encontrarem essa bolsa conosco.”

Replica o outro: “Você não disse ‘nós’ antes. Assim, agora fique com o que é seu e diga, ‘Eu estou perdido’.”Moral da História:Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes compartilhamos também as nossas alegrias.

Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br> Acesso em: 02 fev. 2010.

O fato que deu origem a essa história foiA) o amigo ter abandonado o outro companheiro.B) o viajante ser perseguido por homens armados.C) os amigos ficarem perdidos em uma estrada.D) os viajantes encontrarem uma bolsa com moedas.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

O gambá

No silêncio circular da praça, a esquina iluminada. O patrão aguardava a hora de apagar as luzes do café. O garçom começou a descer as portas de aço e olhou o relógio: meia-noite e quarenta e cinco. O moço da farmácia chegou para o último cafezinho. Até ser enxotados, uns poucos fregueses de sempre insistiam em prolongar a noite. Mas o bate-papo estava encerrado.

Foi quando o chofer de táxi sustou o gesto de acender o cigarro e deu o alarme: um gambá! Correram todos para ver e, mais que ver, para crer. Era a festa, a insólita festa que a noite já não prometia. Ali, na praça, quase diante do edifício de dez andares, um gambá.

Vivinho da silva, com sua anacrônica e desarmada arquitetura.

No meio da rua – como é que veio parar ali? Um frêmito de batalha animou os presentes.

Todos, pressurosos, foram espiar o recém-chegado. Só o Corcundinha permaneceu imóvel diante da mesa de mármore. O corpo enterrado na cadeira, as grossas botinas mal dispensavam as muletas. O intruso não lhe dizia respeito. Podia sorver devagarinho o seu conhaque.

Encolhido de medo e susto, o gambá não queria desafiar ninguém. Mas seus súbitos inimigos a distância mantinham uma

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divertida atitude de caça. Ninguém sabia por onde começar a bem-vinda peleja. Era preciso não desperdiçar a dádiva que tinha vindo alvoroçara noite de cada um dos circunstantes.

REZENDE, Oto Lara. O gambá. In: O elo perdido & outras histórias. 5 ed. São Paulo: Ática, 1998. p.12. Fragmento.

*Adaptado: Reforma Ortográfica.

Nesse texto, qual é o fato que motiva a narrativa?A) O fechamento do café.B) A aparição do gambá.C) A perseguição ao recém-chegado.D) O descaso do Corcundinha.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

InfânciaMeu pai montava a cavalo, ia para o campo.Minha mãe ficava sentada cosendo.Meu irmão pequeno dormia.Eu sozinho menino entre mangueiraslia a história de Robinson Crusoé,comprida história que não acaba mais.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava para o café.Café preto que nem a preta velhacafé gostosocafé bom.

Minha mãe ficava sentada cosendoolhando para mim:– Psiu... Não acorde o menino.Para o berço onde pousou um mosquito.E dava um suspiro... que fundo!

Lá longe, meu pai campeavano mato sem fim da fazenda.E eu não sabia que minha históriaera mais bonita que a de Robinson Crusoé.

ANdRAdE, Carlos drummond de. disponível em: <http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema002.htm>

Acesso em: 19 jul. 2008.

Nesse poema, a terceira estrofe evidencia oA) espaço da narrativa.B) narrador em 1ª pessoa.C) narrador em 3ª pessoa.D) tempo da narrativa.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

SOUZA, Maurício de. Revista Magali, n.403. p.86, 2006.

O fato que deu origem a essa história foiA) a curiosidade da mãe sobre o lugar onde estão os

biscoitos.B) a vontade da menina de comer biscoitos que estão em

lugar alto.C) o desejo da mãe de que a menina cresça rápido.D) o lugar impróprio onde ficam os armários da casa.

------------------------------------------------------------

D14 - Identificar a tese de um texto.Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer o ponto de vista ou a ideia central defendida pelo autor. A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto abordado.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.O cerrado exige ações de preservação

A Amazônia é um bioma tão majestoso que ofusca os demais existentes no Brasil. Falase muito – interna e externamente – na preservação da floresta. A preocupação é legítima.

E deve manter-se. Não significa, porém, que se deva fechar os olhos para os demais. É o caso do cerrado. Segundo maior bioma do país em extensão, ele ocupa 24% do território nacional.

Nos 2.039.368 km² de área distribuída em 11 estados e no Distrito Federal, abriga a maior biodiversidade em savana do mundo e dá origem a três nascentes das principais bacias hidrográficas da nação – Amazônia, Paraná e São Francisco. É, pois, estratégico. Não só pela biodiversidade e a conservação de recursos hídricos, mas também pelo sequestro de carbono.

O desenvolvimento do oeste, porém, põe em risco o bioma. Desde a construção de Brasília, na década de 1950, desapareceram do mapa 58% do cerrado. Especialistas

advertem que, mantido o atual ritmo de destruição, a extinção virá em 50 anos. É assustador.

Três vetores contribuíram para a tragédia. Um deles: a pecuária, que, a partir dos anos 1970, ganhou impulso espetacular. Outro: a lavoura branca, especialmente a soja e o algodão. Mais recentemente chegou a cana-de-açúcar. Antes concentrada em Goiás e São Paulo, a cultura se expandiu para a Bacia do Pantanal e busca territórios novos, como o Triângulo Mineiro. O último: a produção de carvão vegetal, necessário para fazer aço.

Minas Gerais e Pará concentram a atividade.Correio Braziliense, 26 out. 2009.

A ideia defendida nesse texto é queA) a preocupação com a Amazônia é legítima e deve ser

mantida.B) a construção de Brasília contribuiu com a destruição do

cerrado.C) a cultura da cana-de-açúcar se expandiu para a Bacia do

Pantanal.

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D) a Amazônia é o bioma de que mais se fala, interna e externamente.

E) a preservação do cerrado também deve ser motivo de preocupação.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Leitura: quem começa não para maisMundo Jovem: Qual a importância da leitura para os

jovens?Elisabeth Dangelo Serra: A leitura no mundo moderno é

a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet.

Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo.

Uma mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que nãotrilharam esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.

Mundo Jovem: Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?

Elisabeth Dangelo Serra: Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural, ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.

O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão próximos às crianças e aos jovens.Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-03-

2009.php>. Acesso em: 15 abr. 2011. Fragmento.

Nesse texto, o trecho que apresenta a ideia defendida pelo autor é:

A) “... hoje há um número expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet.”. (ℓ. 7-8)

B) “Portanto aqueles que não trilharam esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.”. (ℓ. 13-14)

C) “O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer.”. (ℓ. 18-19)

D) “Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas.”. (ℓ. 19-20)

E) “O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão próximos às crianças e aos jovens.”. (ℓ. 20-21)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A importância da leitura como identidade social[...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de

textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de

leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.

Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.

A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-

ortografia/32/artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.

Nesse texto, a ideia defendida pelo autor está expressa no trecho:

A) “Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos,...”. (ℓ. 1-2)

B) “Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura,...”. (ℓ. 15-16)

C) “Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal,...”. (ℓ. 22-23)

D) “A leitura é a ferramenta que assegurará [...] a constituição da identidade,...”. (ℓ. 29-30)

E) “Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo.”. (ℓ. 44-45)

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Horóscopo – o canal certoData estelar: Marte ingressa no signo de Touro; Lua é

quarto crescente no signo de Virgem.

Enquanto isso, aqui na Terra a grande confusão de nossos dias não se resolve com dinheiro, mas pelo estabelecimento de bons relacionamentos, privilegiando a cooperação mútua e colaboração. Há mais vida à disposição, vida mais abundante, mas acontece que esta só se manifesta de forma harmoniosa circulando através de grupos de pessoas e não individualmente. Quanto mais as pessoas se isolam e tentam distinguir-se umas das outras, separando-se e distanciando-se, mais destrutiva seria para elas essa vida mais abundante,mais confusas se tornam suas experiências também. O estabelecimento de laços de cooperação fornece o canal adequado para essa vida mais abundante, expressando-se como bem-estar, felicidade e prosperidade.

Correio Braziliense, 31/maio/2009

A ideia defendida nesse texto é queA) a felicidade e a prosperidade são consequências.B) as pessoas não devem isolar-se.C) o dinheiro não resolve todos os problemas.D) o isolamento torna as experiências confusas.E) os laços de cooperação dão mais harmonia à vida.

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Page 110: Apostila 9º Ano

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.

Desmatar não vale a pena

Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico. Isso é o que fizeram você acreditar durante muito tempo. A realidade é bem diferente. O modelo de ocupação predominante na Amazônia é baseado na exploração madeireira predatória e na conversão de terras para agropecuária. É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros anos da atividade econômica baseada nesse modelo, ocorre um rápido e efêmero crescimento (o boom). Mas, em seguida, vem um declínio significativo em renda, emprego e arrecadação de tributos (o colapso). A situação de quem era pobre fica ainda pior.

Esse modelo é nefasto em todos os sentidos. O avanço da fronteira na Amazônia é marcado pelo desmatamento, pela degradação dos recursos naturais e, se não bastasse tudo isso, pela violência rural.

Em pouco mais de três décadas, o desmatamento passou de 0,5% do território da floresta original para quase 18% do território, em 2008. Além disso, áreas extensas de florestas sofreram degradação pela atividade madeireira predatória e devido a incêndios florestais.

VERÍSSIMO, Beto. Galileu. set. 2009. Fragmento.

Nesse texto, o autor discorda de qual tese?

A) “Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico.”. (ℓ . 1)

B) “É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros...”. (

ℓ . 4)

C) “A situação de quem era pobre fica ainda pior.”. (ℓ . 7)

D) “Esse modelo é nefasto em todos os sentidos.”. (ℓ . 8)

E) “O avanço da fronteira na Amazônia é marcado...”. (ℓ . 8-9).

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

AIDS pode ter vindo dos tigres.Cientistas da Universidade de Rochester, nos EUA,

encontraram fragmentos de um vírus chamado FIV, que destrói o sistema imunológico dos gatos, no código genético do vírus da AIDS. Por isso, eles acreditam que o vírus tenha surgido em tigres pré-históricos, passado para os macacos e sofrido mutações até virar o HIV.

Superinteressante, mar. 2010, p. 21.

A tese defendida pelos cientistas da Universidade de Rochester nos EUA é que

A) os gatos possuem um vírus chamado FIV que provoca mutações genéticas.

B) os macacos herdaram o vírus HIV e depois desenvolveram o vírus da AIDS.

C) os tigres pré-históricos podem ter sido portadores do vírus que deu origem à AIDS.

D) o vírus FIV sofreu mutações até se transformar em fragmentos da AIDS.

E) o vírus da AIDS surgiu através de gatos pesquisados nos EUA.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

VÍNCULOS

Outro dia recebi pela internet aquele filmezinho que já rodou muito por aí, “Filtro solar”. A versão original até hoje me emociona. É tudo bastante simples, mas a voz segura do locutor americano, a ótima edição de imagens e a música vibrante — nada a ver com as músicas cafonas dos abomináveis power points — fazem com que o texto cresça também. Gosto especialmente da parte que diz que quanto mais você

envelhece, mais precisa das pessoas que o conheceram na juventude.

Ainda estou a uma distância segura da decrepitude, mas já não sou garota e cada vez tenho mais consciência da importância do meu passado na construção de quem sou hoje, e portanto carrego minha folha corrida sempre comigo, não importa o quanto pese — e o passado sempre pesa.

Mas sem ele, quem somos? Valem nada nossas conquistas se não temos ao lado aqueles que testemunharam o quanto a gente batalhou pra chegar até aqui. E nossas derrotas só merecem ser choradas nos ombros daqueles que nos conhecem tão profundamente que sabem mais do que nós as razões da nossa dor. Quem nos conheceu ontem, não consegue perceber a verdadeira dimensão do que nos comove.

Amigos novos são bem-vindos, trazem frescor à nossa vida, mas há certos momentos em que precisamos de um espelho humano, alguém em quem possamos nos refletir e avalizar nossa origem e identidade. Estes espelhos geralmente são nossos pais, irmãos e os "velhos amigos", mas pode ser também uma fruta que você colhia no pátio da casa da sua infância, pode ser um fusca que você não tem coragem de vender, pode ser um anel que foi da sua avó e que hoje está no dedo da sua filha. Pode ser qualquer coisa que te leve pra trás e te traga de volta, assegurando quem você é — e sempre foi.

Apesar deste papo meio poético, tudo isso me veio à cabeça não por causa de uma lembrança terna, mas de uma lembrança selvagem: foi escutando o novo disco dos Rolling Stones que cheguei até este tema. Os velhinhos continuam possantes, parece que as últimas décadas não passaram pra ninguém, me vi ainda solteira, no meu quarto, escutando “Tatoo You”, disco de 1981, e agora ouço o vigoroso “A bigger bang” e parece que foi ontem, e é hoje, e seguimos os mesmos.Vínculos. Um conforto para o que nos amedronta tanto, que é a passagem do tempo.

http://www.velhosamigos.com.br/Colaboradores/Diversos/marthamedeiros.html

Qual é a tese defendida pela autora desse texto?A) a lembrança de uma fruta colhida no quintal pode remeter

ao passado.B) As relações antigas nos ligam aos fatos que vivemos no

passado. C) O envelhecimento necessita dos amigos da juventude. D) Os amigos novos são o frescor do envelhecimento.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Retratos brasileirosTerra Brasil. Araquém Alcântara, Ed. TerraBrasil, 248 págs., R$

149.

Esse livro é uma reedição ampliada do original lançado em 1998 e que ainda hoje é considerado um dos maiores best-sellers da área de fotografia do Brasil, com 82 mil exemplares vendidos em 11 edições. Como também é o primeiro registro visual de todos os parques nacionais brasileiros, tornou-se referência entre fotógrafos, ambientalistas e viajantes.

Na época do seu primeiro lançamento, o Brasil abrigava 35 parques nacionais. Agora, essanova edição, além de abrangê-los, apresenta ainda a exuberância de regiões privilegiadas de nosso país, de nossa fauna e da nossa flora. Para produzir esse livro, o fotógrafo nascido em Santos, litoral sul do Estado de São Paulo, percorreu 300 mil quilômetros e produziu mais de 30 mil imagens dos parques nacionais, em uma jornada que consumiu 11 anos em viagens, sendo seis meses ininterruptos na Amazônia, e mais três anos até que Alcântara conseguisse editá-lo.

Com 152 fotografias, sendo a metade delas inéditas, a publicação bilíngue (português e inglês) mantém as apresentações do original assinadas por Carlos Moraes e Rubens Fernandes Jr. Como também a capa, na qual uma onça olha fixamente para a objetiva.

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Page 111: Apostila 9º Ano

Considerado entre os críticos como um dos mais importantes fotógrafos de natureza do país da atualidade, Araquém Alcântara lançou vários livros ao longo de seus quase 40 anos de trajetória profissional nos quais retratou a beleza das paisagens brasileiras, de nossa fauna, da nossa flora e de nossa gente. São imagens deslumbrantes e que quase sempre vêm acompanhadas por denúncias sobre os maus-tratos com o meio ambiente.

Planeta, abr. 2011.

(SAEPE). Nesse texto, a ideia defendida pelo autor está em:A) “... tornou-se referência entre fotógrafos, ambientalistas e

viajantes.”. (ℓ. 7-8)B) “... apresenta ainda a exuberância de regiões privilegiadas

de nosso país,...”. (ℓ. 11-12)C) “... mantém as apresentações do original assinadas por

Carlos Moraes e Rubens Fernandes Jr.”. (ℓ. 24-24)D) “... Araquém Alcântara lançou vários livros ao longo de

seus quase 40 anos de trajetória...”. (ℓ. 29-30).E) “... retratou a beleza das paisagens brasileiras, de nossa

fauna, da nossa flora e de nossa gente.”. (ℓ. 32-33-34).

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Retratos brasileirosTerra Brasil. Araquém Alcântara, Ed. TerraBrasil, 248 págs., R$

149.

Esse livro é uma reedição ampliada do original lançado em 1998 e que ainda hoje é considerado um dos maiores best-sellers da área de fotografia do Brasil, com 82 mil exemplares vendidos em 11 edições. Como também é o primeiro registro visual de todos os parques nacionais brasileiros, tornou-se referência entre fotógrafos, ambientalistas e viajantes.

Na época do seu primeiro lançamento, o Brasil abrigava 35 parques nacionais. Agora, essanova edição, além de abrangê-los, apresenta ainda a exuberância de regiões privilegiadas de nosso país, de nossa fauna e da nossa flora. Para produzir esse livro, o fotógrafo nascido em Santos, litoral sul do Estado de São Paulo, percorreu 300 mil quilômetros e produziu mais de 30 mil imagens dos parques nacionais, em uma jornada que consumiu 11 anos em viagens, sendo seis meses ininterruptos na Amazônia, e mais três anos até que Alcântara conseguisse editá-lo.

Com 152 fotografias, sendo a metade delas inéditas, a publicação bilíngue (português e inglês) mantém as apresentações do original assinadas por Carlos Moraes e Rubens Fernandes Jr. Como também a capa, na qual uma onça olha fixamente para a objetiva.

Considerado entre os críticos como um dos mais importantes fotógrafos de natureza do país da atualidade, Araquém Alcântara lançou vários livros ao longo de seus quase 40 anos de trajetória profissional nos quais retratou a beleza das paisagens brasileiras, de nossa fauna, da nossa flora e de nossa gente. São imagens deslumbrantes e que quase sempre vêm acompanhadas por denúncias sobre os maus-tratos com o meio ambiente.

Planeta, abr. 2011.

Uma das características da tipologia argumentativa presente nesse texto é

A) a apresentação de um ponto de vista.B) a predominância dos verbos no imperativo.C) a presença de uma sequência de significados.D) o discurso direto na fala das personagens.E) o encadeamento das ações descritas pelos verbos.

------------------------------------------------------------Leia o texto, abaixo e responda.

Preferência alimentar das crianças é altamente influenciada pelos desenhos nas embalagens dos produtos

Estudo desenvolvido na Universidade da Pensilvânia mostrou que o sabor dos alimentos nem sempre é fator decisório na hora de escolher a marca. Quem faz a melhor embalagem é quem vende mais.

Redação Época

Um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu que as crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos contidos nas embalagens de produtos alimentícios e tendem sempre a preferir aqueles que contenham representações de seus personagens preferidos, não importando qual seja o sabor do alimento. Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou os pinguins do filme Happy Feet, fazem as crianças terem hábitos errados de alimentação.

“Personagens comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem e identificarem os produtos. São uma identidade visual”, afirma Sarah Vaala, uma das autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos usa isso de forma errada, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis e nutritivos os desenhos mais populares entre as crianças.

“As crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto e querem comprá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que queríamos saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto; se colocando esses personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando subconscientemente o julgamento das crianças”.

Para comprovar a tese, os pesquisadores convidaram 80 crianças entre quatro e seis anos para fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro embalagens, o mesmo cereal – um tipo saudável e que não costuma ser vendido em supermercados –, sendo que em duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras duas, “flocos doces”. Também em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos foram desenhados personagens do filme Happy Feet.

O resultado mostrou que as crianças tendiam a preferir o conteúdo das embalagens com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos saudáveis”. Segundo os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato de que, desde muito pequena, a criança é ensinada que comer produtos com mais açúcar faz mal. [...]

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0, ,EMI216938-

15257,00-PREFERENCIA+ALIMENTAR+DAS+ CRIANCAS+E+ALTAMENTE+INFLUENCIADA+PELOS+DESE

NHOS+ .htm> Acesso em: 10 mar. 2011.

A oração “Para comprovar a tese” introduz aA) causa do fato presente na oração seguinte.B) condição do fato expresso na oração seguinte.C) consequência do fato presente na oração seguinte.D) finalidade do fato apresentado na oração seguinte.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

A reação mais comum das pessoas diante da criminalidade é um sentimento de revolta e medo. O que difere é a forma como cada um lida com o problema. Alguns acreditam que não há como escapar quando a violência bate à sua porta.

A saída é entregar todos os seus pertences e torcer para que não haja nenhum tipo de violência física. Outros imaginam que é possível reagir, enfrentar o bandido e vencê-lo. São essas pessoas que portam armas ou as têm guardadas em casa para se proteger.

Quem é a favor do porte e do uso desses instrumentos sustenta que, se eles fossem proibidos, os bandidos reinariam absolutos contra o cidadão já indefeso pela ineficiência da polícia. Outra argumentação é que os delinqüentes sempre escolhem como vítimas os que são incapazes de resistir. A arma teria um efeito preventivo ao criar algum grau de dificuldade.

Por mais razoáveis que pareçam, esses argumentos são apenas frações da verdade. As estatísticas policiais revelam que

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andar armado nem sempre é sinônimo de estar protegido. Ao contrário. Usar uma arma, mais do que perigoso, pode ser letal - especialmente quando se tenta reagir a um assalto.

Veja Especial - Sua Segurança

Um dos argumentos apresentados no texto em defesa do porte de arma é:

(A) ela permitiria que a vítima continuasse com seus pertences e não os entregasse aos bandidos.

(B) é possível, com ela, enfrentar e subjugar os bandidos, saindo-se bem de qualquer assalto.

(C)) pessoas mais fracas, mesmo sem a ajuda da polícia, poderiam desarmar os bandidos.

(D) pessoas comuns não teriam como defender-se de bandidos, pois somente estes fariam uso delas.

(E) não é somente a polícia que deve proteger os cidadãos e, portanto, eles precisam usar armas para defender-se.

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda a questão abaixo.

RECEITAS DA VOVÓ

Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. E verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagem do tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando).

http://vidasimples.abril.com.br

A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias

A) fazem com que lembremos da nossa infância. B) indicam o modo de falar em determinada região. C) resgatam nossas tradições familiares e étnicas. D) são as que só nossas mães ou avós conhecem. E) são uma parte importante da cultura brasileira.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

O teatro da etiqueta No século XV, quando se instalavam os Estados

nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.

Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar com os poderosos.

Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.

Nesse texto, o autor defende a tese de que

(A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.

(B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.

(C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.

(D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV.

(E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

O mercúrio onipresente(Fragmento)

Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...].

Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.

Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.

A tese defendida no texto está expressa no trecho:(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o

lençol freático.(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo. (C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para

a natureza.(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.

Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:

– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.

DRUMMOND, Carlos. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record.

Nesse texto, a narrativa é gerada pelaA) aparição de seres fantásticos.B) ida de Paulo ao médico.C) imaginação de Paulo.D) proibição de jogar futebol.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda a questão:

O HOMEM DO OLHO TORTO

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Page 113: Apostila 9º Ano

No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador, meio vaqueiro, era cheio de conversas — falava cuspindo, espumando como um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e, quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez errado. Ficou com um olho torto.

RAMOS, Graciliano. Histórias de Alexandre. Editora Record. In revista Educação, ano 11, p. 14

O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?(A) O fato de Alexandre falar muito.(B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo.(C) A caçada de Alexandre à égua pampa.(D) A caçada de Alexandre a uma onça.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Calvi

 

 Revista Nova Escola, dezembro de 2008.      

Observe o terceiro quadrinho. A ideia que expressa melhor o texto é

(A) o aluno sujou-se de tinta.(B) o aluno utiliza a estratégia do polvo diante do perigo, pois

teme avaliação.(C) o polvo age por instinto.(D) o aluno desenhava a figura de um polvo.

------------------------------------------------------------(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Receitas da vovóLembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó

sabem fazer? Pois saiba que, além de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando).

A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias:

(A) Fazem com que lembremos a nossa infância.

(B) Resgatam nossas tradições familiares ou étnicas. (C) São as que só nossas mães ou avós conhecem. (D) São uma parte importante da cultura brasileira.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

Dor do lado

Uma das principais inimigas dos corredores, a dor aguda que aparece embaixo da costela, conhecida como dor desviada, dor do lado, dor de atleta, dor do baço entre outros nomes, costuma deixar muitos corredores com cara feia por causa do incômodo que causa. Quando o esforço físico é maior do que a capacidade do coração de aspirar todo o retorno do sangue venoso ao coração, gera, assim, um excesso de sangue pobre em oxigênio em alguns órgãos e causa dores ou desconfortos na região do fígado (lado direito do abdômen) ou no baço (no lado esquerdo). “Uma maneira bem eficaz de diminuir e até acabar com as dores é intensificar a respiração, insistindo em numerosas, fortes e prolongadas expirações, o que faz o corredor se conhecer melhor em atividade, proporcionando o conhecimento da respiração ideal”, explica Albuquerque.

Fonte: http://www.melhoramiga.com.br/2010/07/conheca-as-causas-da-dor-de-lado-comum-em-corredores/ (ultimo acesso

em 23/11/2011)

A ideia principal do texto éa) informar os tipos de dores que temos durante uma corrida.b) informar as dores que sentimos durante uma corrida.c) esclarecer os sintomas, causas e cura da dor desviada.d) esclarecer os métodos de dores que sentimos durante uma

corrida.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

A ideia principal do texto é informar sobrea) os anos que tiveram o PIB.b) a variação do PIB.c) o PIB e seus usos.d) o PIB de como é utilizado.

------------------------------------------------------------(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

O TREM ATRASOU

Patrão, o trem atrasou Por isso estou chegando agora Eu trago aqui um memorando da Central O trem atrasou, meia hora O senhor não tem razão pra me mandar embora! Patrão, o trem atrasou Por isso estou chegando agora Eu trago aqui um memorando da Central O trem atrasou, meia hora O senhor não tem razão pra me mandar embora! Senhor tem a paciência

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Page 114: Apostila 9º Ano

Precisa compreender Sempre fui obediente Cumpri todo o meu dever Um atraso é muito justo Quando há explicação Sou um chefe de família Preciso ganhar meu pão Patrão Patrão, o trem atrasou Por isso estou chegando agora Eu trago aqui um memorando da Central O trem atrasou, meia hora O senhor não tem razão pra me mandar embora!

Demônios da Garoa

Com base na leitura atenta desse texto, depreende-se que há uma ideia defendida em

(A) “Patrão, o trem atrasou / Por isso estou chegando agora” (B) “O trem atrasou meia hora” (C) “Sempre fui obediente / Cumpri todo o meu dever” (D) Um atraso é muito justo / Quando há explicação”

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

A descoberta de uma nova AmazôniaApesar de todos os superlativos que a Amazônia envolve,

em termos de extensão, riquezas naturais e importância para o clima do planeta, há vastas áreas da região que ainda não foram devidamente mapeadas. Numa área de 1,8 milhões de quilômetros quadrados, equivalente a três Franças, não se conhecem ao certo o relevo do terreno e o percurso dos rios. Ignoram-se o potencial mineral do subsolo e detalhes do ecossistema. Esse desconhecimento geográfico de um pedaço tão grande do Brasil decorre do fato de que o último levantamento cartográfico da Amazônia foi feito em 1980, utilizando-se técnicas hoje obsoletas. Os mapas atualmente disponíveis, elaborados por meio de fotografias aéreas, trazem poucos detalhes e muitas imprecisões. Num período de trinta anos, o curso dos rios de porte médio e pequeno, por exemplo, sofre alterações significativas. Agora, por iniciativa do Exército brasileiro, está em andamento um novo levantamento cartográfico da Amazônia, que vai revelar os detalhes de seus trechos quase desconhecidos. Os novos mapas terão papel essencial no planejamento estratégico da região, tanto na preservação da floresta quanto na exploração das riquezas naturais e nos investimentos em obras de infraestrutura como estradas e gasodutos. O novo mapeamento da Amazônia, que custará 80 milhões de reais, usa radares transportados por aviões. [...]

Revista Veja, 10 de março de 2010. p. 131. Fragmento.

Qual é a tese defendida nesse texto?A) A Amazônia tem uma área equivalente a três Franças.B) Mapas precisos são essenciais para o planejamento

estratégico da Amazônia.C) O curso dos rios amazonenses, de porte médio e pequeno,

é constante.D) Novos mapeamentos da Amazônia custarão 80 milhões de

reais.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

DecidaEm um mundo cada vez mais complexo, com excesso de

informação, pressão por desempenho e repleto de alternativas, as pessoas precisam tomar decisões também a respeito de assuntos delicados. E devem fazer isso sem ter muito tempo para pensar.

Cada vez mais, o sucesso e a satisfação pessoal dependem da habilidade de fazer escolhas adequadas. Com frequência, as pessoas são instadas a tomar uma decisão que pode modificar sua vida pessoal. Devo ou não me casar? Que tal só morarmos juntos? Devo ou não me separar? [...] Em que escola matricular nosso filho? Aliás, ele vai ganhar carro aos 18

anos ou sairá à noite de carona [...]? É certo comprar aquela casa maior e contrair um financiamento a perder de vista? No trabalho, acontece a mesma coisa. Devo dar uma resposta dura àquela provocação feita pelo chefe? Peço ou não peço aumento? Posso ou não baixar os preços dos produtos que vendo de forma a aumentar a saída? Que tal largar tudo e abrir aquela pousada na praia? Psicólogos americanos que estudaram a vida de gerentes empregados em grandes companhias descobriram que eles chegam a tomar uma decisão a cada nove minutos. São mais de 10.000 decisões por ano – 10.000 possibilidades de acertar, ou de errar. Não há como fugir. Ou você decide, ou alguém decide em seu lugar.

Veja. 14 jan. 04. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

Qual é a tese defendida nesse texto?A) A compra de uma casa é um problema a longo prazo.B) A vida moderna exige a tomada de decisões difíceis.C) Os casais têm dúvidas quanto à educação dos filhos.D) Os gerentes de grandes empresas tomam milhares de

decisões.

------------------------------------------------------------(SARESP – 2007). Leia o texto a seguir e responda.

No dia 1º, o fiscal me impediu de expor na feira do Trianon. Me inscrevi em 2004, fiz teste de aptidão, paguei taxas de uso de solo e de licença, e comecei a trabalhar na semana seguinte. O juiz que cassou a liminar provavelmente nem leu o processo. Nossa advogada anexou documentos provando a legalidade dos expositores - que estão com problemas porque funcionários da Prefeitura perderam os documentos de quem fez teste em 2004. Nós, artesãos, criamos objetos de arte considerados cultura no mundo todo - menos no Brasil. E, aos 63 anos, não tenho perspectiva de conseguir outro trabalho.

José Eduardo PiresVila Maria Alta

A Prefeitura responde:Com referência à feira do Trianon, jamais houve perda de

documentos. No início de 2006, a Sub Pinheiros entregou as pastas de documentação para a Sub Sé. Na análise técnicado material, viu-se que havia expositores trabalhando irregularmente, sem que as aprovações fossem publicadas no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, obrigatórias para que acomunidade saiba quem foram os aprovados e as atividades para as quais estão autorizados.

Andrea Matarazzo. Secretário das Subprefeituras e Subprefeito da Sé (São Paulo Reclama. O Estado de S. Paulo, 12 de agosto

de 2007, p. C2) FONTE: SARESP, 2007

A Prefeitura defende a tese de que(A) os funcionários devem ser responsabilizados por terem

desviado documentos, prejudicando os artesãos queixosos.

(B) os fiscais se precipitaram ao impedir o funcionamento da feira de artesanato antes de encontrarem os documentos perdidos.

(C) os artesãos queixosos aparentemente têm razão suficiente para reclamações, mas os responsáveis já estão tomando as medidas cabíveis.

(D) os requisitos legais exigidos para expor e vender trabalhos na feira de artesanato devem ser cumpridos por todos os envolvidos nessa situação.

------------------------------------------------------------(Saerj). Leia o texto abaixo.

Peixes de aquário: animais de estimação ou pestes?

A criação de peixes ornamentais é uma atividade de lazer muito popular, mas constitui uma ameaça aos ecossistemas marinhos e de água doce. Quando libertados na natureza, os peixes de aquário podem gerar impactos ambientais e até prejudicar a saúde humana.

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Page 115: Apostila 9º Ano

A criação de peixes ornamentais em aquários – o aquarismo – é uma das atividades de lazer mais praticadas no mundo, mas também é uma crescente fonte de disseminação de peixes não nativos em corpos d’água de diversos países. Essa introdução de espécies de outras regiões por aquaristas pode ter desastrosos impactos sobre ecossistemas marinhos e de água doce e até na integridade física das pessoas. Peixes de aquário nunca devem ser libertados no meio ambiente. Para se desfazer de seus peixes, os aquaristas devem seguir as recomendações feitas por instituições da área ambiental: doá-los, vendê-los ou, se não for possível, sacrificá-los com anestésicos ou congelamento. [...]

Estudos sobre essa atividade mostraram que a presença de aquários nos lares proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas. Alguns resultados positivos do aquarismo seriam: desenvolvimento do senso de responsabilidade, da iniciativa e da confiança em crianças, redução no nível de estresse em adultos e melhoria do bem-estar físico e psicológico em idosos (inclusive benefícios como tratamento suplementar para a doença de Parkinson).

Infelizmente, muitas pessoas que praticam essa atividade não cuidam de modo adequado de seus aquários, por diversos motivos. O interesse dos aquaristas pode ser afetado por problemas como o crescimento exagerado de algumas espécies, entre elas o pacu-de-barriga-vermelha; o comportamento agressivo de outras, como o oscar ou o apaiari, que atacam outros peixes colocados no mesmo aquário; e a morte de exemplares, decorrente de falhas de manutenção. [...]

Pesquisadores da agência de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) também mostraram que, naquele país, a liberação no ambiente de peixes de aquário é a segunda maior causa de introdução de espécies não nativas. Esse tipo de invasão biológica é mais grave no estado da Flórida. Em Taiwan, na Ásia, pesquisadores das universidades de Kaohsiung e Taiwan, e do Zoológico de Taipei descobriram que 20 das 26 espécies de peixes não nativos presentes nos ambientes naturais daquele país foram introduzidas devido a solturas de aquaristas.

Ciência Hoje. dezembro de 2009. Fragmento.Qual é a tese defendida nesse texto?

A) A prática do aquarismo traz benefícios para a saúde das pessoas.

B) A soltura de peixes de aquários em corpos d’água prejudica o ecossistema.

C) O aquarismo é uma das atividades de lazer mais praticadas no mundo.

D) O descuido dos aquários por parte dos aquaristas é grande.

------------------------------------------------------------(PARANÁ – 2009). Leia o texto a seguir e responda.

“Há uma geração sem palavras”

A malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os “músculos cerebrais”, porque, como diz o poeta e

tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações infinitamente superiores”.

Fonte: Marili Ribeiro – Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6.

No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que.

(A) A malhação física traz ótimos benefícios aos jovens.(B) Os jovens devem se preocupar mais com o

desenvolvimento intelectual.(C) O poeta José Paulo Paes pertence a uma geração sem

palavras.(D) Malhar é uma atividade superior às atividades cerebrais.

------------------------------------------------------------Leia o artigo a seguir e responda.

O texto como placebo

Autoajuda encerra uma lição que vale para a ciência: O paciente precisa do amparo das palavras por Moacyr Scliar

A palavra placebo (do latim agradarei) refere-se a uma substância ou um procedimento que, teoricamente, não faria efeito sobre o organismo, mas que acaba tendo resultados terapêuticos, pela crença que uma pessoa deposita nela. Pergunta: é o texto um placebo?

No caso da ficção, pode-se dizer que sim. É algo que resulta da imaginação de um escritor, de um cineasta, de um dramaturgo; mas, quando agrada o espectador ou o leitor, exerce um efeito que poderíamos chamar de terapêutico. A ficção ajuda a viver. E isso inclui uma melhora da saúde – pelo menos do ponto de vista psicológico.

Para muitas pessoas a leitura é um amparo, um consolo, uma terapia. Daí nasceu inclusive um gênero de livros que se tornou popular: as obras de autoajuda.

Diferentemente da ficção, elas aconselham o leitor acerca de problemas específicos: luto, controle do stress, divórcio, depressão, ansiedade, relaxamento, autoestima, e até a felicidade. Esse tipo de leitura faz um enorme sucesso; não há livraria que não tenha uma seção destinada especialmente à autoajuda.Fonte: Mente e Cérebro. Rio de Janeiro/São Paulo: Duetto, Ed.

201, out.2009. Disponível em:http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/

o_texto_como_placebo.html. Acesso em: 30 abr. 2010.Com cortes. Adapt.

No texto, o autor defende que os livros de autoajuda são placebos porque

(A) não há livraria que não tenha uma seção destinada a eles.(B) tornaram-se populares nas livrarias especializadas no

assunto.(C) levam à melhora de saúde da pessoa, pois resultam da

imaginação de um escritor, de um cineasta, de um dramaturgo.

(D) promovem o bem-estar da pessoa quando aconselham, por exemplo, sobre problemas, como o controle do estresse, da depressão, da ansiedade.

D26 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em estabelecer a relação entre o ponto de vista do autor sobre um determinado assunto e os argumentos que sustentam esse posicionamento. Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que identifique um argumento entre os diversos que sustentam a proposição apresentada pelo autor. Pode-se, também, solicitar o contrário, que o aluno identifique a tese com base em um argumento oferecido pelo texto.

(SPAECE). Leia o texto abaixo.

[...] O celular destruiu um dos grandes prazeres do século passado: prosear ao telefone.

Hoje, por culpa deles somos obrigados a atender chamadas o dia todo. Viramos uma espécie de telefonistas de

nós mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos recados...

Depois de um dia inteiro bombardeado por ligações curtas, urgentes e na maioria das vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer numa simples conversa telefônica? O telefone, que era um momento de relax na vida da gente, virou um objeto de trabalho.

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Page 116: Apostila 9º Ano

O equivalente urbano da velha enxada do trabalhador rural. Carregamos o celular ao longo do dia como uma bola de ferro fixada no corpo, uma prova material do trabalho escravo.

O celular banalizou o ritual de conversa à distância. No mundo pré-celular, havia na sala uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje, tomamos como num transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escritórios e até banheiros públicos berrando sem escrúpulos num pedaço de plástico colorido.

Misteriosamente, uma pessoa ao celular ignora a presença das outras. Conta segredos de alcova dentro do elevador lotado. É uma insanidade. Ainda não denunciada pelos jornalistas, nem, estudada com o devido cuidado pelos médicos. Aliás, duas das classes mais afetadas pelo fenômeno.

A situação é delicada. [...]O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.

Qual é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor desse texto?

A) A arte de telefonar se tornou prazerosa.B) A sociedade destruiu velhos costumes.C) A vida moderna priorizou o telefone.D) O celular elitizou todos os profissionais.E) O homem tornou-se escravo de celular.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo.

Etanol de cana é o que menos polui

O etanol de cana-de-açúcar produzido pelo Brasil é melhor que todos os outros. A conclusão é de um estudo divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 30 países entre os mais industrializados do mundo e da qual o Brasil não faz parte. A pesquisa mostra que o etanol brasileiro reduz em até 80% as emissões dos gases que provocam o efeito estufa. “O percentual de redução na emissão de gases é muito mais baixo nos biocombustíveis produzidos na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá”, afirmou Stefan Tangermann, diretor de Agricultua da OCDE. O etanol do milho americano reduz em apenas 30% as emissões. Já o trigo utilizado pelos europeus tem efeito de 50% na diminuição da poluição.

A pesquisa também critica os subsídios dados por europeus e americanos a seus produtores – US$ 11 bilhões por ano e que devem chegar US$ 25 bilhões até 2015. [...] É uma vitória da postura brasileira de defesa incessante da cana como energia alternativa.

Revista da semana. nº 28. 24 jul. 2008. p. 34.

O argumento que sustenta a tese de que o etanol da cana de açúcar brasileira é melhor que todos os outros é que

A) o nosso etanol reduz em até 80% as emissões de gases.B) o etanol americano reduz apenas 30% das emissões.C) o etanol europeu tem efeito de 50% na poluição.D) o Brasil defende a cana-de-açúcar como energia

alternativa.E) os Estados Unidos subsidiam em muito os produtores.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Cultura e sociedade(Fragmento)

A importância da água tem sido notória ao longo da história da humanidade, possibilitando desde a fixação do homem à terra, às margens de rios e lagos, até o desenvolvimento de grandes civilizações, através do aproveitamento do grande potencial deste bem da natureza. A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso irracional dos recursos hídricos, o desperdício desbaratado de água potável, a poluição dos reservatórios naturais e a radical intervenção nos ecossistemas aquáticos, de forma a arriscar não só o equilíbrio biológico do planeta, mas a própria natureza humana.

CEREJA, William Roberto e MAGALHAES, Thereza Cochar. Português: Linguagens, 8ª série. 2. ed. São Paulo: Atual, 2002.

Um argumento que sustenta a tese de que “a sociedade moderna tem utilizado de forma irracional seus recursos hídricos” é que

A) a água acompanha a história através dos séculos.B) a água possibilitou o surgimento de grandes civilizações.C) a importância da água é reconhecida ao longo da história.D) o equilíbrio biológico do planeta está em grande risco.E) o homem tem sempre se fixado às margens dos rios.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.Projeto de lei da pesca é aprovado e causa polêmica no MSLei da Pesca libera o uso de petrechos, como redes e anzol de galho, para qualquer tipo de pescador.

Foi aprovada na manhã desta terça-feira, 24, o projeto de lei estadual nº 119/09, a “Lei da Pesca”, na Assembleia Legislativa de Campo Grande. O documento concede uma série de benefícios aos pescadores de Mato Grosso do Sul, entre eles a pesca com petrechos antes considerados proibidos, como anzol de galho e redes, para qualquer pescador munido de carteira profissional.

A aprovação foi quase unânime, 20 votos favoráveis contra apenas três contrários. Mesmo assim, a “Lei da Pesca” gerou muita polêmica entre deputados e os mais de 400 pescadores que acompanharam de perto o plenário.

Um dos deputados opositores mais ferrenhos da nova lei disse que a liberação da pesca com petrechos irá acelerar em poucos meses o processo de extermínio de algumas espécies que antes podiam ser capturadas apenas pelos ribeirinhos. Em seu discurso de defesa à proibição aos petrechos, ele destacou que o artigo 24 da Constituição Federal diz que quando existem conflitos entre interesses econômicos e ambientais, o ambiental deve sempre prevalecer.

O Presidente da Associação de Pescadores de Isca Artesanal de Miranda (MS), Liesé Francisco Xavier, no entanto, é favorável à liberação dos petrechos. “Nós só queremos trabalhar conforme está na Constituição Federal, que libera o uso dos petrechos nos rios”, argumenta ele.

Pesca & Companhia. nov. 2009. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Nesse texto, no discurso de defesa à proibição aos petrechos, o argumento utilizado pelo deputado se fundamenta

A) na constituição.B) na economia.C) na sociedade.D) no ambiente.E) no conflito.

------------------------------------------------------------Leia o texto, abaixo e responda.

Preferência alimentar das crianças é altamente influenciada pelos desenhos nas embalagens dos produtosEstudo desenvolvido na Universidade da Pensilvânia

mostrou que o sabor dos alimentos nem sempre é fator decisório na hora de escolher a marca. Quem faz a melhor embalagem é quem vende mais.

Redação Época

Um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu que as crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos contidos nas embalagens de produtos alimentícios e tendem sempre a preferir aqueles que contenham representações de seus personagens preferidos, não importando qual seja o sabor do alimento. Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou os pinguins do filme Happy Feet, fazem as crianças terem hábitos errados de alimentação.

“Personagens comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem e identificarem os produtos. São

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Page 117: Apostila 9º Ano

uma identidade visual”, afirma Sarah Vaala, uma das autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos usa isso de forma errada, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis e nutritivos os desenhos mais populares entre as crianças.

“As crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto e querem comprá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que queríamos saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto; se colocando esses personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando subconscientemente o julgamento das crianças”.

Para comprovar a tese, os pesquisadores convidaram 80 crianças entre quatro e seis anos para fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro embalagens, o mesmo cereal – um tipo saudável e que não costuma ser vendido em supermercados –, sendo que em duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras duas, “flocos doces”. Também em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos foram desenhados personagens do filme Happy Feet.

O resultado mostrou que as crianças tendiam a preferir o conteúdo das embalagens com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos saudáveis”. Segundo os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato de que, desde muito pequena, a criança é ensinada que comer produtos com mais açúcar faz mal. [...]

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0, ,EMI216938-

15257,00-PREFERENCIA+ALIMENTAR+DAS+ CRIANCAS+E+ALTAMENTE+INFLUENCIADA+PELOS+DESE

NHOS+ .htm> Acesso em: 10 mar. 2011.

Qual é a frase que sintetiza o conteúdo desse texto?A) A aparência dos alimentos é superior ao seu sabor para as

crianças.B) A alimentação infantil é ruim devido à má fé das indústrias

de alimentos.C) Os personagens comerciais são capazes de vender

qualquer produto.D) Os alimentos com rótulos de informação saudável são

mais consumidos.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

É difícil superar a tecnologia do livro

O fundador da Wikipédia diz que ela não causará o fim do saber no papel.

Um grande sonho da Antiguidade era reunir todo o conhecimento do mundo na Biblioteca de Alexandria, no Egito.

Depois de 2.300 anos, a empreitada parece ser possível com a Wikipédia, enciclopédia online criada em 2001 pelo norteamericano Jimmy Wales, junto com Larry Sanger. Com mais de10 milhões de artigos em 263 línguas e dialetos, ela pode receber a colaboração de qualquer internauta. Wales lança nesta semana, em São Paulo, o Instituto Wikimedia Brasil, capítulo local da Fundação Wikimedia. O instituto vai incentivar a disseminação de conhecimento gratuito no país. Mesmo com a imensa massa de informação virtual de hoje, Wales diz não acreditar que o livro em papel será um dia substituído como fonte de conhecimento. “Não é tão caro, não precisa de bateria e pode ser levado à praia ou carregado na chuva.”

Entrevista com Jimmy Wales. Época, n.º 547, nov./2008, p. 98-100 (com adaptações)

Assinale a opção correta de acordo com as ideias do texto.(A) A enciclopédia online Wikipédia possui limites quanto à

quantidade de informações processadas.(B) Há no texto evidências de que as informações da Internet

superarão o conhecimento contido no livro.(C) Jimmy Wales, criador da Wikipédia, afirmou que o livro

não será superado como fonte do conhecimento.(D) O livro será substituído pela enciclopédia virtual.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

Índio plantando soja?

Causou sensação nos jornais, há poucos dias, a divulgação de síntese do estudo publicado na revista Science por Michael Heckenberger e outros pesquisadores, dando conta de que entre 1250 e 1400 havia na região do Xingu “aldeias gigantescas”, com até 500 mil metros quadrados e 5 mil pessoas, interligadas por estradas de até 5 quilômetros de extensão por 50 metros de largura. Nesses lugares havia ainda, segundo o artigo, represas, pontes, aterros e fossas. [...]

De qualquer forma, o estudo voltou a pôr em evidência o tema indígena, num momento em que se multiplicam os conflitos envolvendo muitas etnias, na Amazônia, nos dois Matos Grossos, no Paraná, na Bahia, em Pernambuco, em Santa Catarina, em quase toda parte.[...]

Também preocupante é uma declaração atribuída pelos jornais ao novo presidente da Funai (o 33o em 35 anos), em sua posse. Disse ele – assegura o noticiário – que o grande desafio “é transformar as economias indígenas para que elas tenham auto-sustentação”. Para ele, “os índios devem produzir um excedente para que possam vender e não precisem mais pedir ajuda”.Complicado. Para produzir excedentes e vender, as culturas indígenas têm de modificar-se profundamente, provavelmente complexificar-se socialmente, adquirir tecnologias que não geram eles mesmos, tornar-se dependentes por esse e outros motivos. Provavelmente, deixar de ser índios. Será esse o objetivo da Funai? Integrar as culturas indígenas à cultura externa, transformá-las, levá-las a perder a identidade e tantas características que deveríamos lutar para que subsistam, na medida em que apontam para várias utopias humanas? Para quê? As razões invocadas são quase vergonhosas: “Não temos recursos financeiros para a assistência indígena nem para demarcação.”

É grave. A se configurarem essas palavras, o órgão encarregado da política indígena confessa sua impotência. E propõe caminhos que nascem não das necessidades nem dos desejos do País, mas de problemas orçamentários. [...] Quanto à Amazônia, a política de fomento agrícola deve concentrar-se em áreas já desmatadas, e não provocar novos desmatamentos; o modelo deve ser o da agricultura ecológica e dos sistemas agroflorestais; a política agrícola deve estimular o cumprimento da legislação ambiental, especialmente a manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal.Nessa moldura, não cabe índio plantando soja.

(Washington Novaes, O Estado de S.Paulo, 26/9/2003, p. A 2)

Observe como são curtos os períodos “Complicado.” e “É grave.” Eles têm a função de introduzir o 4º e o 5º parágrafos, ao mesmo tempo em que, em relação ao texto como um todo, enfatizam a

(A) preocupação do articulista em destacar a insegurança econômica dos índios.

(B) discordância do articulista em relação às declarações do novo presidente da Funai.

(C) necessidade de integrar à cultura indígena as novas tecnologias.

(D) desconfiança do articulista quanto ao financiamento de recursos para os índios.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

Coragem de menina

Graças à história de Valéria Polizzi, com 28 anos de idade, autora do livro Depois Daquela Viagem, muitos adolescentes deixam ou deixarão de contrair o vírus HIV.

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Page 118: Apostila 9º Ano

Adotado em escolas, é um trunfo da luta contra a AIDS. O livro vendeu 60 mil exemplares, foi adotado em escolas e é um sacolejo no preconceito e na prevenção da AIDS. Valéria contaminou-se aos 16 anos na primeira relação sexual. Com o livro, ela ganhou carisma e visibilidade. Nas mais de cem palestras que já deu, é assediada com pedidos de autógrafos e beijos. “Sinto-me livre ao ver que a minha história saiu do gueto. Sou reconhecida na rua, as pessoas querem passar a mão no meu cabelo”.

Valéria sabe da influência que exerce sobre uma geração: “AIDS sempre foi vista como uma coisa feia. Quando me veem com um astral legal, percebem que sou como eles”, diz. Ao incentivar o uso da camisinha, afirma: “As campanhas deveriam falar mais de amor. Entrei nessa burrada porque estava apaixonadíssima”. Mas frisa: “Na vida sexual, quem manda é a gente. A liberdade e a responsabilidade são nossas. Ninguém é contaminado, a gente é que se contamina”.

Elas fazem a diferença. In: Istoé, n.º 1.536, 10/3/1999 (com adaptações)

De acordo com as ideias do texto, (A) Valéria Polizzi escreveu o livro Depois Daquela Viagem

como alerta para os adolescentes quanto à possibilidade de contaminação pelo vírus HIV.

(B) o vírus HIV não se transmite na primeira relação sexual.(C) falar de amor aos adolescentes é desnecessário.(D) Valéria sente-se triste por ver que sua história é mais um

caso estatístico.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

UM NOVO ABC

Aquela velha carta de ABC dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras, antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas, frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas, esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados, dos puxavantes de orelha e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela? Aos seis anos, eu e meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres, não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gaveta, de armários e de portas.Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvavam-se algumas linhas. “Paulina mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco e bem: Ter-te-ão por alguém!” Ter-te-ão? Esse Terteão para mim era um homem, e nunca pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente uns pirralhos bastante desgraçados.

RAMOS, Graciliano. Linhas Tortas.13a edição, Rio de Janeiro: Record, 1986

Percebe-se que o objetivo central do texto é (A) relatar histórias comuns nas salas de aula de meninos

pobres.(B) mostrar como eram os professores, antigamente.(C) revelar quais as chaves que uma criança de seis anos

possui.(D) mostrar todos os conceitos idiotas oferecidos às crianças,

na escola.

(E) criticar como era, no passado, o ensino nas primeiras séries de leitura e escrita.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

A língua está vivaIvana Traversim

Na gramática, como muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da exceção. Isso não quer dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as quais não podemos passar, mas existem também as preferências de de-terminado autor – regras que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém querendo fazer dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que não estão bem inteirados da língua e buscam soluções rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. O problema é julgar inquestionáveis as informações que esses manuais contêm, esquecendo-se de que eles estão, na maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as gramáticas a explicação dos fundamentos da língua portuguesa.

(...) Com informação, vocabulário e o auxílio da gramática,

você tem plenas condições de escrever um bom texto. Mas, antes de se aventurar, considere quem vai ler o que você escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da balada? As linguagens são diferentes.

Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares, em todos os momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar no ícone – mais que expressões – são maneiras de se inserir num grupo, de socializar-se.

(Você S/A, jun. 2003.)

A tese da dinamicidade da língua comprova-se pelo fato de que:(A) as regras gramaticais podem transformar-se em

exceção.(B) a gramática permite que as regras se tornem opções.(C) a língua se manifesta em variados contextos e

situações.(D) os manuais de redação são práticos para criar idéias.(E) é possível buscar soluções praticas na hora de escrever.

------------------------------------------------------------(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Amor à primeira vista

Papel, plástico, alumínio. Modernas embalagens industrializadas são essencialmente confeccionadas com essas três matérias-primas. Mas o resultado está longe de ser monótono.

Desde que os especialistas em vendas descobriram que a embalagem é um dos primeiros fatores que influenciam a escolha do consumidor, ela passou a ser estudada com mais atenção. Atualmente, estampa cores fortes, letras garrafais e formatos curiosos na tentativa de chamar a atenção nas prateleiras dos supermercados. Produtos infantis, por exemplo, apelam para desenhos animados ou super-heróis da moda para derrubar a concorrência. Provavelmente é o caso do achocolatado que você toma de manhã, do queijinho suíço do meio da tarde e até mesmo da sopinha da noite.

Essas embalagens despertam o interesse dos consumidores muitas vezes, eles levam o produto para casa mais porque gostaram de sua roupagem do que pelo fato de apreciarem o conteúdo. [...]

Um argumento que sustenta a tese de que “a embalagem agora é uma forma de conquistar o consumidor” é que

A) a embalagem passou a ser mais bem cuidada.B) a embalagem tem formatos muito curiosos.C) a embalagem objetiva vestir bem os produtos.D) os produtos infantis trazem os super-heróis.E) os consumidores são atraídos pela embalagem

------------------------------------------------------------

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Page 119: Apostila 9º Ano

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:Os filhos podem dormir com os pais?

(Fragmento)

Maria Tereza – Se é eventual, tudo bem. Quando é sistemático, prejudica a intimidade do casal. De qualquer forma, é importante perceber as motivações subjacentes ao pedido e descobrir outras maneiras aceitáveis de atendê-las. Por vezes, a criança está com medo, insegura, ou sente que tem poucas oportunidades de contato com os pais. Podem ser criados recursos próprios para lidar com seus medos e inseguranças, fazendo ela se sentir mais competente.

Posternak – Este hábito é bem freqüente. Tem a ver com comodismo – é mais rápido atender ao pedido dos filhos que agüentar birra no meio da madrugada; e com culpa – “coitadinho, eu saio quando ainda dorme e volto quando já está dormindo”. O que falta são limites claros e concretos. A criança que “sacaneia” os pais para dormir também o faz para comer, escolher roupa ou aceitar as saídas familiares.

ISTOÉ, setembro de 2003 -1772.

O argumento usado para mostrar que os pais agem por comodismo encontra-se na alternativa:

(A) a birra na madrugada é pior.(B) a criança tem motivações subjacentes.(C) o fato é muitas vezes eventual.(D) os limites estão claros.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

O que é ser adotado

Os alunos do primeiro ano, da professora Débora, discutiam a fotografia de uma família. Um menino na foto tinha os cabelos de cor diferente dos outros membros da família.

Um aluno sugeriu que ele talvez fosse adotado e uma garotinha disse:

– Sei tudo de filhos adotados porque sou adotada.– O que é ser adotado? – outra criança perguntou.– Quer dizer que você cresce no coração da mãe, em vez

de crescer na barriga.DOLAN, George. Você Não Está Só. Ediouro

O aluno sugeriu que a criança da foto tinha sido adotada porque:A) os cabelos dela eram diferentes.B) estava na foto da família.C) pertencia a uma família.D) cresceu na barriga da mãe.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

O LEÃO E O RATO

Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas.

Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto.

Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritou: “Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojento. Vou lhe deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E soltou-o.

O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: “Será que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras”.

FERNANDES, Millôr. Fábulas Fabulosas.

O rato queria repetir as mesmas palavras para a lesma, porque

A) achou bonitas as palavras que o leão lhe disse e queria agradar a lesma.

B) conhecia a lesma e sabia que ela gostava de palavras bonitas e difíceis.

C) foi humilhado pelo leão e descontava sua raiva na lesma, que era menor que ele.

D) tinha brigado também com a mulher, que por raiva, lhe dissera poucas e boas.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

Nos últimos 120 anos, a temperatura média da superfície da Terra subiu cerca de 1 grau Celsius. Os efeitos disso sobre a natureza são muito graves e afetam bichos, plantas e o próprio ser humano. Esse aquecimento provoca, por exemplo, o derretimento de geleiras nos pólos. Por causa disso, o nível da água dos oceanos aumentou em 25 centímetros e o mar avançou até 100 metros sobre o continente nas regiões mais baixas. Furacões que geralmente se formam em mares de água quente estão cada vez mais fortes. Os ciclos das estações do ano e das chuvas estão alterados também.

A poluição do ar é uma das principais causas do aquecimento. A superfície terrestre reflete uma parte dos raios solares, mandando-os de volta para o espaço. Uma camada de gases se concentra ao redor do planeta, formando a atmosfera, e alguns deles ajudam a reter o calor e a manter a temperatura adequada para garantir a vida por aqui.

Nas últimas décadas, muitos gases poluentes vêm se acumulando na atmosfera e produzindo uma espécie de capa que concentra cada vez mais calor perto da superfície da Terra, aumentando ainda mais a temperatura global. É o chamado efeito estufa.

Outro problema que afeta diretamente o clima é a devastação das matas, que ajudam a manter a umidade e a temperatura do planeta. Infelizmente, o desmatamento já eliminou quase metade da cobertura vegetal do mundo.

www.recreionline.abril.com.br

Porque o nível da água nos oceanos aumentou até 25 centímetros?

A) Por causa da mudança do ciclo das estações do ano.B) Por causa do derretimento das geleiras nos pólos.C) Porque o mar avançou 100 metros sobre o continente. D) Porque os furacões estão cada vez mais fortes.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Entrevista

“EXISTEM CRIMES PIORES”, DIZ PAI DE JOVEM AGRESSOR

Sergio TorresDa sucursal do Rio

O microempresário Ludovico Ramalho Bruno, 46, disse acreditar que o filho Rubens Arruda, 19, estava alcoolizado ou drogado quando participou do espancamento da empregada doméstica Sirlei Pinto. “Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa?”, perguntou ele após ter sido vítima de um tiroteio na delegacia.

Dono de uma firma de passeios turísticos, Bruno afirmou que o filho não deveria ser preso, para não conviver com criminosos na cadeia. “Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com um cara desses? Existem crimes piores.”

Se forem indiciados, os acusados vão responder por tentativa de latrocínio (pena de 7 a 15 anos de prisão em caso de detenção) e lesão corporal dolosa (de 1 a 8 anos de prisão).Folha: O sr. acredita na acusação contra o seu filho?Ludovico Ramalho Bruno: Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias para puni-los. Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles cometeram erro?

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Page 120: Apostila 9º Ano

Cometeram. Mas não vai ser justo manter crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham, presos. É desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi uma coisa feia o que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.Folha: O sr. já falou com ele?Bruno: Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, desesperado. Daqui vai ser transferido. Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdão. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o mínimo que pude fazer. Não é justo prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e mãe, e juntar bandidos que a gente não sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos.Folha: O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?Bruno: Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro é a droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clínicas, botar os viciados lá, controlar a droga.Folha: Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?Bruno: Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que não. Lógico que estavam embriagados, lógico que poderiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de 19 anos que está na rua com uma epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas.Folha: Como é seu filho em casa?Bruno: Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal,um garoto normal.

(Folha de S.Paulo, 26/06/2007 p. C4)

Assinale a opção que indica o principal argumento usado pelo pai para rejeitar o encarceramento do filho junto com bandidos.

A) O filho cometeu apenas um deslize.B) O filho tem hábitos de uma pessoa normal.C) O filho trabalha, estuda, tem família.D) O filho sofre com a epidemia das drogas.

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda a questão abaixo.

GATO PORTÁTIL

Bichanos de apartamento não estão condenados a viver confinados. “Embora seja comum os gatos ficarem nervosos e terem medo de sair de casa nas primeiras vezes, é possível acostumá-los a ser sociáveis, a passear e até a viajar com seus donos numa boa”, a passear e até a viajar com seus donos numa boa”, afirma Hannelore Fuchs, veterinária especialista em comportamento, de São Paulo. “Basta começar cedo o treinamento e fazê-lo aos poucos.” Hannelore conta que tem um gato que adora passear de carro e que vira e mexe vai para a praia com ela. “Isso promove o enriquecimento do cotidiano do bicho, o que é sempre extremamente positivo”, assegura. “Na Europa e nos Estados Unidos, onde os gatos estão cada vez mais populares, essa já é uma prática bastante difundida.”

Revista Cláudia, novembro de 2006

É um argumento que apóia a tese defendida pelo autor desse texto:

A) Basta começar cedo o treinamento e fazê-lo aos poucos. B) Os gatos ficam nervosos e têm medo de sair de casa. C) Na Europa e nos Estados Unidos os gatos são populares. D) Hannelore é veterinária especialista em comportamento.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

O IMPÉRIO DA VAIDADE

Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes.

O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça − a conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada −, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar uma caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida − isso é prazer.

Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade.

Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis − mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.

O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.

LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.

O autor pretende influenciar os leitores para que eles (A) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de

dinheiro. (B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela

mídia. (C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de

antigamente. (D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo

pela mídia

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

O namoro na adolescência

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável, e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições internas, que determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também influenciarão o seu namoro. Um relacionamento em que um dos parceiros vem de um lar em crise, é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com a outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é

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Page 121: Apostila 9º Ano

tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.

SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984

Para um namoro acontecer de forma positiva, o adolescente precisa do apoio da família.

O argumento que defende essa idéia é (A) a família é o anteparo das frustrações. (B) a família tem uma relação harmoniosa. (C) o adolescente segue o exemplo da família. (D) o apoio da família dá segurança ao jovem.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

EDUCAÇÃO DE HOJE ADIA O FIM DA ADOLESCÊNCIAHá pouco tempo recebi uma mensagem que me

provocou uma boa reflexão. O interessante é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adolescentes, com 21 e 23 anos...”.

Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acontece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira, contribuímos para tanto.

A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?

Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br/professores/ana_paula_port/atividad

e_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2012. Adaptado.

A oração grifada no texto estabelece com a oração seguinte uma relação de

A) adição. B) condição. C) oposição. D) explicação.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

Quem não tem namorado

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, Gabeira, flerte, caso, relação amorosa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Fonte: ttp://textos_legais.sites.uol.com.br/voce_tem_namorado.htm

Adaptado (ultimo acesso em 01/11/2011)

O texto relata um forte pensamento sobre o namoro, os riscos e uma boa limitação. Ainda se pode perceber que o autor

A) elogia a forma de namoro do mundo de hoje.

B) critica o namoro de uma forma equivocada levando em consideração o amor verdadeiro.

C) informa que o namoro é perigoso e não verdadeiro. D) esclarece que o namoro é ilusão mais que pode ser

verdadeiro.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

SUSTENTABILIDADE

Se todos desejarem ter o estilo de vida de alto consumo do Ocidente, o implacável crescimento no consumo, no uso de energia, na produção de resíduos e emissão de gases pode ser catastrófico. A natureza não agüentaria. Fazendo as contas, seria preciso pelo menos mais 2 planetas Terra.

Para compreendermos melhor os conflitos no mundo onde vivemos é interessante partirmos de premissas básicas, simples, insofismáveis e que obedeçam as leis da física. Uma delas afirma: tudo que temos ou que consumimos vem dos recursos naturais do planeta Terra, os quais são finitos. Exemplo simples: um automóvel é a mistura de bauxita (alumínio), minério de ferro (chapas), areia (vidros) e petróleo (borrachas e plásticos). Para o homem produzir riquezas, desde tijolos, tecidos, computadores, até aviões e satélites, necessita de recursos naturais, somados à energia, trabalho e tecnologia, que é sinônimo de conhecimento.

Fonte: http://textos_legais.sites.uol.com.br/sustentabilidade.htm (ultimo acesso em 01/11/2011)

O texto nos mostra um meio de sustentabilidade que temos com o meio ambiente. O autor se excita em informar que o consumo alto pode ser catastrófico, que é demonstrado na frase

A) “... seria preciso pelo menos mais 2 planetas Terra.” B) “... conflitos no mundo onde vivemos...” C) “... recursos naturais do planeta terra...” D) “... o homem produzir riquezas...”

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

Consumo Consciente

Consumir é necessário, mas para evitar os impactos negativos para a sociedade e meio ambiente, as pessoas precisam se conscientizar. Consumo consciente é tentar aumentar os impactos positivos e minimizar os negativos. É uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária de quem quer garantir a sustentabilidade do planeta, ou seja, o equilíbrio entre a natureza e nossas ações.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/consumo-consciente (ultimo acesso em 01/11/2011)

O texto aconselha de como consumir com consciência. Com isso o texto

A) procura estabilizar o consumo junto com o equilíbrio. B) reflete de como nos comportamos diante do consumo. C) informa somente os impactos positivos do consumo

humano. D) relata e critica de forma discreta e original.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

Que mudanças no clima afetaram a humanidade?Não é exagero dizer que a história da humanidade

sempre esteve ligada às transformações climáticas. Sobretudo até o século 20, quando ainda não havia tecnologia suficiente para tornar mais toleráveis as variações bruscas ou prolongadas de tempo e temperatura. Essas alterações fizeram o homem descer das árvores, extinguiram civilizações, impulsionaram migrações e decidiram guerras. Para exemplificar o que foi dito, vale relembrar dois fatos históricos: em 2007, a concentração de poluentes no ar eleva a temperatura do planeta para os níveis mais altos dos últimos 150 mil anos; em junho de 1944, as forças aliadas precisaram esperar semanas pelo melhor clima para o desembarque na Normandia, decisivo na derrota Nazista;

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em 1812, o inverno rigorosíssimo aniquila as tropas de Napoleão Bonaparte que haviam invadido a Rússia; em 1788, a seca causa a quebra de safras e espalha a fome. O fato contribui, ainda que secundariamente, para a Revolução Francesa em 1789, como lenda.

Mundo estranho. Edição 65, julho 2007. p. 48.

Um dos argumentos que sustenta a ideia defendida nesse texto é:

A) mudanças climáticas decidiram guerras.B) até o século XX a tecnologia controlava o clima.C) mudanças climáticas afetam apenas a Europa.D) migrações e climas são fenômenos independentes.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo e responda.

Ai, que sono!A cabeça fica pesada, os olhos não param abertos, os

movimentos se tornam vagarosos... Aos poucos, você vai se desligando de tudo e quase nem ouve mais a TV nem as vozes das pessoas ao redor. Está na hora de ir para a cama!

Dormir é gostoso. Tanto que dá a maior preguiça acordar de manhã. Cair no sono também é importante para a saúde, porque ajuda a descansar e recarregar as energias.

Além disso, enquanto dormimos, muitas coisas acontecem em nosso corpo.

Os sentidos funcionam, mas o cérebro reage menos aos estímulos. Porém, se você tiver uma sensação na pele ou sentir um cheiro, isso pode influenciar seus sonhos.

As pálpebras se fecham para evitar a entrada de luz. Nós somos programados para descansar quando está escuro.

A respiração fica mais lenta. Com os órgãos funcionando devagar precisamos de menos oxigênio.

Os ouvidos praticamente se desligam. Só ouvimos sons bem altos, como o do despertador tocando.

O organismo libera maior quantidade de substâncias que estimulam o crescimento e renovam as células.

A temperatura do corpo cai e sentimos um pouquinho de frio.

Recreio. n. 468, p. 12.

Durante o sono, a respiração é mais lenta, porqueA) a temperatura do corpo diminui.B) as pálpebras se fecham.C) o corpo precisa de menos oxigênio.D) os ouvidos se desligam.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Uma nova geografiaAs fronteiras entre os países sempre foram estabelecidas

por guerras ou por tratados diplomáticos. Em tempos atuais, são

definidas também pelo aquecimento global. Uma nova demarcação entre Itália e França deverá ser aprovada no Parlamento italiano no final deste mês. Com o derretimento das geleiras, verificou-se que “nem sempre a linha do cume coincide com a montanha que está por baixo”, afirmou o deputado Franco Narducci, autor do projeto de lei. Onde não há mais neve a divisão será o topo da rocha. [...]

Uma comissão de especialistas italianos e suíços verificou recentemente a diminuição das galerias em torno do monte Cervino, também chamado de Matterhorn no lado suíço. A linha exata formada pelas montanhas será estabelecida por imagens aéreas. O deputado Narducci irá propor a mesma negociação para França e Áustria, diz a CNN. [..]

Revista da Semana. Ed. 83. São Paulo: Abril, abr. 2009. p. 26.

De acordo com esse texto, o aquecimento global redefine fronteiras entre países da Europa por causa

A) da linha formada pelas montanhas.B) das ações dos políticos dos países.C) do derretimento das geleiras.D) dos tratados diplomáticos.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Português popularO Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua

Portuguesa não fica atrás em popularidade.Segundo a coluna do jornalista Anselmo Góis, no jornal O

Globo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções “linguísticas”: a chance de aprender a língua russa – por causa dos Jogos de Inverno em Sogi, que serão realizados em 2014 – e o português – haja vista a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016 com sede no Rio de Janeiro. Resultado: apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo. Em contrapartida, os outros 200 preferiram estudar a língua falada no Brasil.Nosso idioma vai muito bem, obrigado.

Língua Portuguesa, ano 4, n. 53, mar. 2010, p. 11.

Nesse texto, qual é o argumento utilizado pelo autor para sustentar sua tese?

A) “O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua Portuguesa não fica atrás em popularidade.”.

B) “... o Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções ‘linguísticas’:...”.

C) “... haja vista a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016 com sede no Rio de Janeiro.”.

D) “... apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo.”.

D27 - Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a estrutura e a organização do texto e localizar a informação principal e as informações secundárias que o compõem. Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual pode ser solicitado ao aluno que ele identifique a parte principal ou outras partes secundárias na qual o texto se organiza.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Diabetes sem freio

A respeitada revista médica inglesa “The Lancet” chamou a atenção, em editorial, para o crescimento da epidemia de diabetes no mundo. A estimativa é de que os atuais 246 milhões de adultos portadores da doença se transforme em 380 milhões em 2025. O problema é responsável por 6% do total de mortes no mundo, sendo 50% devido a problemas cardíacos – doença associada à diabetes.

Galileu, nº 204, jul. 2008, p. 14.

Qual é a informação principal desse texto?A) A diabetes associada a problemas cardíacos.B) A estimativa de adultos portadores de diabetes.

C) O crescimento da epidemia de diabetes no mundo.D) O percentual de mortes no mundo.E) O percentual de problemas cardíacos.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo

Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente,

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acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-

carlos-drummond-de-andrade.html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

A informação principal desse texto está relacionada àA) algazarra dentro dos ônibus após o jogo.B) antipatia de Eváglio pelo clube carioca.C) decepção de ter torcido pelo time mineiro.D) dificuldade de transporte após o jogo.E) emanação de entusiasmo contagiando Eváglio.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Escolas off-line têm desempenho inferiorLevantamento feito pelo Ministério da Educação (MEC)

descobriu que as escolas que usam computadores sem conexão com a Internet não ganham em desempenho. Ao contrário, chegam a ter piores notas médias em provas oficiais. O estudo foi feito tomando por base as notas obtidas por alunos brasileiros de 4ª série no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A conclusão do trabalho é que o acesso à rede mundial melhora os resultados dos estudantes em 5,5 pontos.

NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril. n. 208. dezembro, 2008.

A informação principal desse texto éA) o MEC pesquisou o desempenho de alunos de 4ª série.B) o estudo foi feito com base nas notas dos alunos no Saeb.C) a Internet está ao alcance da maioria dos alunos

brasileiros.D) o aluno com acesso à rede mundial tem melhores notas.E) a escola brasileira ainda está carente de tecnologia.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram

com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de anosTrês fósseis encontrados na África desvendam um

mistério de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com

dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos atrás.

A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que tornava difícil compará-lo com outras espécies.

Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo.

O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos.

Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-novas-

especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus-ha-1-7-milhao-de-anos>.

Acesso em: 14 ago. 2012.

Qual é a informação principal desse texto?A) Análises dos fósseis encontrados não são inconclusivas.B) Duas espécies de hominídeos habitaram a África há dois

milhões de anos.C) Especialistas descobrem a base da evolução humana.D) Fósseis encontrados possuem uma morfologia

desconhecida.E) Novas evidências comprovam a existência de uma terceira

espécie de hominídeos.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O negócio é ser verdeA consultora francesa, que assessora grandes

companhias em assuntos ambientais, dizque é inevitável que as empresas adaptem seus modelos de negócio à sustentabilidade.

Que outras atitudes sustentáveis a senhora incorporou à sua rotina?

Elisabeth Laville – Depois que tive minha filha, hoje com 4 anos, fiquei radical quanto a determinadas questões. Ela entrou para a escola recentemente, e constatei que os alimentos servidos lá eram ricos em gorduras e carboidratos. Disseram-me que seria impraticável adotar um novo cardápio sem que outras instituições aderissem a ele. Procurei essas escolas e consegui que aderissem à mudança na alimentação das crianças. Ou seja, mesmo atitudes simples podem ter impacto para as gerações futuras. Não consigo entender por que as pessoas não se preocupam com o mundo que deixarão para seus descendentes. Na Europa, onde uma parte da população costuma esquiar, os adultos não pensam que, ao ter atitudes antiecológicas, privarão seus filhos ou netos do esporte. Dez por cento das estações de esqui dos Alpes estão sob risco de fechar, pois não há maisneve como antes. Outro hábito que incorporei foi comprar produtos de limpeza e alimentos orgânicos. Essas atitudes podem ter enorme impacto na saúde de todos.

É possível tornar os alimentos orgânicos mais baratos?

Elisabeth Laville – Acho que é uma questão de tempo até que a exceção se torne regra.

Se todos começarem a exigir orgânicos no mercado, eles vão baratear. Foi o que aconteceu com outros produtos, como o

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ar-condicionado dos carros, que antes era usado por poucas pessoas, e o telefone celular, que custava caríssimo e hoje pode sair de graça.

Veja, 16 set. 2009. Fragmento.

Nesse texto, qual é a informação principal da primeira resposta de Elisabeth Laville?

A) A constatação da alimentação inadequada das escolas.B) A incorporação de hábitos saudáveis no cotidiano.C) A mudança de hábitos alimentares das crianças.D) A necessidade de comprar produtos de limpeza orgânicos.E) A situação de risco das estações de esqui europeias.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sopão nas ruasDoar comida nas ruas da cidade não é legal. A Vigilância

Sanitária não permite a distribuição de alimentos nas vias públicas sem um laudo. Portanto, as pessoas não podem fazer isso, ainda que de maneira voluntária.

Também precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação em locais adequados, limpos e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteção social que circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil pessoas. A distribuição de comida incentiva a permanência das pessoas nas ruas, comprometendo em muito o acolhimento, a proteção e a reinserção social e familiar desses cidadãos mais vulneráveis.

O polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores e comerciantes acerca da sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartáveis e garrafas de pet usadas. As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar para que possamos, juntos, organizar uma distribuição de alimentos dentro de equipamentos próprios, de forma digna e humana. A Associação Evangélica Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantêm o restaurante Porto Seguro, na América, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeições gratuitas aos moradores de ruas.

Por que não doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em parceria?

Floriano Pesaro, Secretário Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.

Disponível em: <http://www.florianopesaro.com.br/imprensa/230506JornaldaTar

de.jpg>. Acesso em: 4 mar. 2012.

A tipologia textual predominante nesse texto é aA) argumentativa.B) descritiva.C) expositiva.D) instrucional.E) narrativa.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A carta de Pero Vaz de CaminhaA Carta conhecida como “Carta de Pero Vaz de

Caminha” é também conhecida como “Carta a el-Rei Dom Manoel sobre o achamento do Brasil”, é um documento no qual Pero Vaz de Caminha registrou suas primeiras impressões sobre a terra descoberta. […]

Vaz de Caminha era escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, e redigiu essa carta para Dom Manoel I para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. […]

A carta é o exemplo típico do deslumbramento dos Europeus para com o novo. No caso, o “Novo Mundo” como era chamado as Américas. Caminha documenta algumas características físicas da terra encontrada e o momento em que

viram um monte, denominado logo depois por Pedro Álvares Cabral como “Monte Pascoal”. Logo após disso, ele narra o desembarque dos Portugueses na praia e o primeiro contato com os índios onde praticam o primeiro escambo (troca de mercadorias). Ele (Vaz de Caminha), narra também a primeira missa realizada na terra descoberta.

Em 2005, este documento foi inscrito no Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

RODRIGUES, Pedro Augusto Rezende. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia/carta-de-pero-vaz-de-

caminha/>.Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.

O trecho que contém a informação principal do Texto é:A) “... é um documento no qual Pero Vaz de Caminha

registrou suas primeiras impressões sobre a terra descoberta.”. (ℓ. 2-3)

B) “Vaz de Caminha era escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral,...”. (ℓ. 4)

C) “... o momento em que viram um monte, denominado logo depois por Pedro Álvares Cabral como ‘Monte Pascoal’”. (ℓ. 8-9)

D) “Ele (Vaz de Caminha), narra também a primeira missa realizada na terra descoberta.”. (ℓ. 11-12)

E) “Em 2005, este documento foi inscrito no Programa Memória do Mundo...”. (ℓ. 13)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Educação ambiental: uma alternativa?A educação ambiental é uma alternativa que parece não

ter efeito. Isso acontece porque muita gente entende educação ambiental como verdismo, simplesmente passear em parques, visitar animais, promover e/ou participar de campanhas de separação de lixo. Mas isso é muito superficial. Isso é uma forma de separar a natureza em sua dimensão natural da sua dimensão interna. É como separar o mundo externo do mundo da sua própria casa, ou da instituição da escola. Então, educação ambiental é ressensibilização, tomada de consciência existencial, de como podem ser criados modos de ser, modos de vida, onde o cultivo das emoções positivas, dos valores, da vida simples, do que a nossa tradição herdou.

Essas tradições eram sustentáveis em termos de alimentação, de medicação natural. Por exemplo, o que os índios nos legaram. Só que tomamos um rumo chamado progresso que nos levou a essa situação de crise.

Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/-06-2009.php>. Acesso em: 22 dez. 2011. Fragmento.

Qual é o trecho que apresenta a informação principal desse texto?

A) “... muita gente entende educação ambiental como verdismo,...”. (ℓ. 2-3)

B) “... é uma forma de separar a natureza em sua dimensão natural...”. (ℓ. 7-8)

C) “É como separar o mundo externo do mundo da sua própria casa,...”. (ℓ. 9-10)

D) “... educação ambiental é ressensibilização, tomada de consciência existencial,...”. (ℓ. 11-12)

E) “Essas tradições eram sustentáveis em termos de alimentação, de medicação natural.”. (ℓ. 17-18)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Saiba: Carboidratos funcionam melhor misturados

Carboidratos simples, como frutas e geleias, aumentam sua energia. Os complexos, como pães e cereais integrais, ajudam a mantê-la alta.

Ovos: bombas de colesterol

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Ovos são ótima fonte de proteína, mas seu consumo deve ser limitado a menos de 300 miligramas por dia – 200 miligramas se você tiver alguma doença cardíaca. Um ovo grande tem cerca de 215 miligramas. Sua omelete; um ovo inteiro mais duas ou três claras.

A gordura não é de todo máÉ verdade. Ela tem muita caloria, mas também o faz sentir-se saciado. Espalhe um pouco de gordura boa, como pasta de amendoim, na primeira torrada, e é menos provável que você coma a segunda. E, não, manteiga comum não é gordura boa.

Go Outside Equilíbrio Total. 2008, p.70. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

A ideia principal desse texto é:A) a gordura contém muita caloria.B) carboidratos devem ser misturados.C) o consumo de manteiga é prejudicial.D) ovos aumentam a taxa de colesterol.E) pães e cereais aumentam a energia.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda

Vertigem

O ano 2000 chegou sem confirmar as profecias cibernéticas dos livros e filmes de ficção científica, mas com uma boa dose de futurismo em tempo real: aos nossos olhos, pululam inovações e conquistas tecnológicas que não conseguimos entender em toda a dimensão. Se voltássemos brevíssimos cinco anos, encontraríamos um mundo sem muitos dos conhecimentos e máquinas hoje em dia integrados ao cotidiano: celulares, clonagem, transplante de neurônios, DVDs (tornando obsoletos os tão recentes videocassetes), aparelhos de fax – uma revolução há dez anos – assumindo ares de sucata.

Dentre todos esses avanços – impensáveis mesmo para os homens que construíram as primeiras espaçonaves ou explicaram a relatividade do universo –, a Internet é o que o maior impacto vem e continuará causando.

Nenhuma descoberta do homem se expandiu com tanta velocidade quanto a chamada Rede – ela é inevitável, e nada que conhecemos pode, em curto prazo, abalar a sua soberania. [...]

Educação. São Paulo, ano 26, nº 226, fev. 2000.

A informação mais importante desse texto éA) a Internet foi o maior avanço tecnológico.B) a clonagem é futurismo em tempo real.C) as máquinas de hoje logo serão sucata.D) as máquinas fazem parte do cotidiano.E) as novas tecnologias são complicadas.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo.

DIABETES SEM FREIO

A respeitada revista médica inglesa “The Lancet” chamou a atenção, em editorial, para o crescimento da epidemia de diabetes no mundo. A estimativa é de que os atuais 246 milhões de adultos portadores da doença se transformem em 380 milhões em 2025. O problema é responsável por 6% do total de mortes no mundo, sendo 50% devido a problemas cardíacos – doença associada à diabetes.

Galileu. nº 204, jul. 2008, p. 14.

Qual é a informação principal desse texto?A) A diabetes associada a problemas cardíacos.B) A estimativa de adultos portadores de diabetes.C) O crescimento da epidemia de diabetes no mundo.D) O percentual de mortes no mundo.E) O percentual de problemas cardíacos.

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Leia o texto abaixo.Com Patativa do Assaré surge no horizonte de nossas

letras um poeta popular que dá voz ao clamor do povo. Alguém que ao representar as figuras sociais do camponês, do agregado sem terra, do vaqueiro, do caçador ou ainda do mendigo, da prostituta, do menino de rua, realiza sociológica e esteticamente algo muito diverso daquilo que acontece quando os poetas de outra extração social vêm falar destas mesmas personagens. No caso do poeta do Assaré, podemos constatar com muita clareza a existência de uma empatia e identificação radicais, resultado em última análise da experiência de partilhar o poeta com seus personagens de uma mesma comunidade de destinos.

Revista Discutindo Literatura, Ano I, n° 1, p. 57.

Qual é a ideia central desse texto?A) A sociologia é a atividade principal do poeta popular.B) O poeta popular ignora as raízes de seus personagens.C) O poeta popular se identifica com seus personagens.D) A pesquisa da cultura popular é feita pelo camponês.E) O poeta do Assaré faz poesia igual a todos os poetas.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Lixo gera renda no QuêniaChinelos de borracha são usados em todo o mundo, em

alguns lugares até para ir à escola e ao trabalho. Um dia eles vão parar no lixo ou se perdem nas ruas. As chuvas os levam para o mar e, em algum momento, tudo vai parar numa praia. Na ilha Kiwayu, que faz parte da Reserva Marinha Nacional de Kiunga, no Quênia, dezenas são trazidas pelas correntes marítimas do Oceano Indico. Ninguém sabia que fim dar a tanto lixo, que prejudicava a pesca e a postura de ovos de tartarugas. Mas os brinquedos produzidos pelas crianças com os chinelos acabaram inspirando os adultos a fazer arte com a borracha que se acumulava nas praias.

Nasceu assim, em 1997, o projeto FlipFlop (sandálias de borracha em inglês). Mulheres de Kiwayu, que até então pouco tinham a fazer na ilha além de cuidar de marido e filhos, formaram a primeira comunidade de catadoras de chinelos e artesãs. Os homens da comunidade Bajun continuam pescando e cultivando, mas agora há outra forma de se gerar renda.

Razão Social. O Globo. 03 nov. 2009, p. 9.Qual é a principal ideia do Texto 2?

A) Os chinelos de borracha são de uso generalizado.B) Os chinelos são usados na escola e no trabalho.C) Os chinelos são jogados nas ruas ou no lixo.D) A comunidade de catadoras de chinelos foi criada pelas Mulheres de Kiwayu.E) A comunidade de Bajun encontrou uma forma de gerar renda com os chinelos.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Qua, 09 Abr,Por Jason WebbMADRI (Reuters) - Cientistas espanhóis anunciaram na

quarta-feira a descoberta do menor planeta já encontrado fora do Sistema Solar.

“Acho que estamos muito perto, talvez a alguns anos de distância, de encontrarmos um planeta como a Terra”, afirmou o chefe da equipe de pesquisadores, Ignasi Ribas, em uma entrevista coletiva.

O planeta rochoso, com um raio cerca de 50 por cento maior que o da Terra, circula ao redor de uma pequena estrela-anã localizada 30 anos-luz de distância, na constelação Leo, afirmaram os cientistas do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), um órgão da Espanha.

O planeta, chamado de GJ 436c, foi descoberto por meio da análise de distorções na órbita de um outro planeta, esse maior, que gira ao redor da estrela GJ 436, uma técnica similar à usada mais de cem anos atrás para descobrir Netuno.

Com uma massa cerca de cinco vezes maior que a da Terra, esse é o menor planeta já descoberto fora do sistema

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solar. E os avanços tecnológicos abrem caminho para a descoberta de mundos ainda mais semelhantes ao nosso.

(...)A rotação dele dá-se de forma que a pequena estrela-anã

vermelha ergue-se em seu horizonte a cada 22 dias terrestres -- ou seja, seus dias são quatro vezes maiores do que seus anos.

http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/080409/tecnologia/internet_ciencia_planetadescoberta_pol_1. Acesso em:

12/04/2008. Fragmento.

Qual é a informação principal desse texto?A) A descoberta de um planeta fora do Sistema Solar.B) A distorção na órbita de um outro planeta maior.C) A duração da rotatividade do planeta Terra.D) A efi ciência da técnica usada para descobrir Netuno.E) A entrevista coletiva dada pelo chefe dos pesquisadores.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

MTV no. 4 agosto de 2004, p. 22.

Qual é a informação principal desse texto:A) As características da nave Enterprise. B) As características da nova série. C) As características de uma personagem. D) As preferências de um guitarrista. E) As preferências da nova geração.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A crise do EuroA indisciplina fiscal e o descontrole das contas públicas

em países da zona do euro, em particular na Grécia, arrastaram o bloco para uma crise financeira sem precedentes. Após a revelação de que os gregos maquiavam seu nível de endividamento, títulos soberanos de diversos países da zona do euro foram rebaixados pelas agências de risco, e a moeda comum caiu ao nível mais baixo em quatro anos. Para tirar a Grécia do buraco, União Europeia e FMI impõem um duro e impopular plano de austeridade, a que condicionam o socorro financeiro.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/tema/crise-do-euro>. Acesso em: 6 fev. 2012.

A informação principal do Texto éA) a imposição de um rigoroso plano para salvar os países da

crise financeira.B) a moeda comum dos países europeus teve nível mais

baixo em quatro anos.C) as agências de risco rebaixaram o título de alguns países

da zona do euro.D) o descontrole financeiro dos países da zona do euro teve

influência na crise.E) os gregos revelaram seu real nível de endividamento.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

Necessidade de alegria

O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da magnitude da tarefa que, de ano para ano, mais exigia de si mesmo, tanto na representação como na vida rotineira.

Não que pretendesse copiar o modelo divino, mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se moralmente, jamais se permitindo a prática de ações menos nobres. E exagerou em contenção e silêncio.

Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos de bar o estranhavam, os colegas de trabalho no escritório da Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo) passaram a olhá-lo com espanto, e em casa a mulher reclamava do seu alheamento.

No sexto ano de encenação do drama sacro, estava irreconhecível. Emagrecera, tinha expressão sombria no olhar, e repetia maquinalmente as palavras tradicionais. Seu desempenho deixou a desejar.

Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia ser durante o ano um homem alegre, descontraído, para tornar-se perfeito intérprete da Paixão na hora certa. Além do mais, até a chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e costumava ir a festas.

Ele não atendeu às ponderações, acabou destituído do papel, abandonou a família, e dizem que se alimenta de gafanhotos no agreste.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei.2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 56.

Qual é a informação principal no texto “Necessidade de alegria”?

(A) A arte de representar exige compenetração.(B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio.(C) O ator precisa ser alegre.(D) É necessário aperfeiçoar-se.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda à questão.

Esse texto serve paraA) dar uma notícia.B) deixar um recado.C) fazer um convite.D) vender um produto.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Animais no espaçoVários animais viajaram pelo espaço como astronautas. Os russos já usaram cachorros em suas experiências.

Eles têm o sistema cardíaco parecido com o dos seres humanos. Estudando o que acontece com eles, os cientistas descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas.

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A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin.

Os norte-americanos gostam de fazer experiências científicas espaciais com macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa espacial.

Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo. Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as pastilhas de banana durante as refeições.

(Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996)

No texto “Animais no espaço”, uma das informações principais é

(A) “A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço”.

(B) “Os russos já usavam cachorros em suas experiência”. (C) “Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas”. (D) “Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço”.

------------------------------------------------------------Leio o texto abaixo e responda.

O MEU AMIGO PINTOR

Pra mim, vermelho é cor de coisa que eu queria entender.Uma vez (isso foi no ano retrasado, eu ainda ia fazer

nove anos) a minha prima veio aqui com uma colega que se chamava Janaína e que tava toda vestida de vermelho. O vestido tinha manga grande, era muito mais comprido que o vestido da minha irmã e a minha prima usavam, e sem nada de outra cor: só aquele vermelhão que todo mundo na sala ficou olhando. E aqui na testa, feito jogador de tênis, a Janaína botou uma tira do vestido que ela estava usando.

Aí eu fui e me apaixonei por ela.E de noite eu falei no jantar:— Eu estou apaixonado pela Janaína.Todo mundo achou que eu estava fazendo graça; e a

minha irmã disse que a Janaína tinha quinze anos.— E daí? Por que que eu não posso me apaixonar por

uma mulher mais velha?— Imagina! — e todo mundo riu.Achei melhor não dizer mais nada. Mas continuei

apaixonado. Quer dizer, eu acho que era paixão; eu não tinha bem certeza, mas cada vez que eu pensava na Janaína (e eu pensava nela todo o tempo) eu sentia dentro de mim uma coisa diferente que eu não entendia o que que era mas que era vermelha, porque é claro que eu só pensava na Janaína vestida naquele vermelhão todo.

Um dia, a minha prima veio outra vez a Petrópolis com a Janaína. Meu coração quase saiu pela boca quando eu ouvi a minha mãe falando:

— Olá, Janaína.Corri pra sala. Nem deu para acreditar: a Janaína estava

de calça azul e blusa branca! E na testa, em vez de tira, uma franja.

Quanto mais eu olhava pra Janaína mais eu ia me desapaixonando. Quando ela saiu eu fui lá em cima e contei pro meu Amigo Pintor (acho que é melhor escrever o meu amigo com letra maiúscula) tudo que tinha acontecido. Ele acendeu o cachimbo, ficou pela janela feito coisa que não ia mais parar de olhar, e depois falou:

— Vermelho é mesmo uma cor complicada.

Lygia Bojunga Nunes, O meu amigo pintor

Assinale a alternativa que expressa a idéia central do texto.

(A) A amizade entre o menino e seu amigo pintor ficou estremecida.

(B) A paixão despertada pelo vermelho.(C) O romance vivido por Janaína e o narrador.(D) Os sentimentos impedem as pessoas de agirem com

firmeza.

------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

História em esmolasQuando aqui chegaram, os portugueses traziam

bugigangas para oferecer aos índios. Desde então, a história do Brasil é uma história de esmolas dos poderosos para os humildes.

Ao mesmo tempo em que matavam os índios, os colonizadores distribuíam esmolas para eles.

A independência também foi uma esmola: no lugar de um presidente brasileiro, eleito por nosso povo, tivemos um imperador, filho do rei da metrópole.

A libertação dos escravos foi incompleta como uma esmola: não distribuíram as terras, não colocaram seus filhos na escola. Deram-lhes uma esmola de liberdade.

Nossa república foi proclamada, mas de um modo insuficiente, como uma esmola. Foi proclamada, não constituída. Para proclamá-la, bastou um marechal, em cima de um cavalo, com sua espada, em um dia de novembro no Rio de Janeiro, mas para construí-la são necessários milhões de professores, em dezenas de milhares de escolas espalhadas por todo o território, durante muitas décadas.

BUARQUE, Cristovam. Os instrangeiros. Rio de Janeiro: Garamond, 2002. Fragmento.

O fragmento que contém a principal informação desse texto é:A) “Quando aqui chegaram, os portugueses traziam

bugigangas para os índios.”.B) “... a história do Brasil é uma história de esmolas dos

poderosos para os humildes.”.C) “... no lugar de um presidente brasileiro, eleito por nosso

povo, tivemos um imperador,...”.D) “Nossa república foi proclamada, mas de um modo

insuficiente, como uma esmola.”.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo.

Nova lei ortográfica chega à escrita braileTodas as mudanças promovidas pelo acordo ortográfico

serão adotadas pelo português convertido em braile, sistema criado pelo francês Louis Braille para pessoas com deficiência visual.

O acordo influencia o braile, pois, nesse sistema, as palavras são escritas letra a letra, e cada vocábulo tem até seis pontos em relevo. Um cego treinado é capaz de detectar a ausência ou a presença do trema em determinadas palavras, assim como hífens, acentos e pontuações. Com isso, o Ministério da Educação já prevê a adaptação de livros didáticos em braile à nova grafia.

Língua Portuguesa. n. 41. São Paulo: Segmento. mar. 2009. p. 9.

A informação principal desse texto éA) o sistema braile adotará todas as mudanças ortográficas.B) o sistema braile foi criado pelo francês Louis Braille.C) o MEC está atento ao problema da leitura dos cegos.D) o cego treinado pode detectar a presença do trema.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

População mundial a caminho do empate[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos

anos –, a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a

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Page 128: Apostila 9º Ano

reposição e não o crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demográfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]

Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de 2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.

A queda da taxa de fertilidade em nível de reposição significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar, mudando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas públicas em níveis global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições como a ONU.FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta

na escola: fevereiro de 2010. Fragmento.

Qual é a ideia principal desse texto?A) “Muito em breve [...] a metade da humanidade terá apenas

filhos suficientes para repor o seu tamanho.”. (ℓ. 1-2)B) “...em linguagem demográfica, a taxa de fertilidade da

metade do mundo será de 2,1 ou menos.”. (ℓ. 4-5)C) “...2,9 bilhões de pessoas [...] vivem em países com 2,1 ou

menos de taxa de fertilidade.”. (ℓ. 6-7)D) “Para o início da década de 2010, a população mundial

está estimada em 7 bilhões...”. (ℓ. 7-8)

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

A tartaruga e a lebreEsopo

A lebre estava caçoando da lerdeza da tartaruga. A tartaruga se abespinhou e desafiou a lebre para uma corrida. A lebre, cheia de si, aceitou a aposta. A raposa foi escolhida como juiz. A solução por ser muito sabida e correta. A tartaruga não perdeu tempo e começou a se arrastar. A lebre logo ultrapassou a adversária e, vendo que ia ganhar fácil, resolveu dar um cochilo. Acordou assustada e correu como louca. Na linha de chegada, a tartaruga esperava a lebre toda contente.

Devagar se vai ao longe.BENNET, William J. (Org.); MACHADO, Luiz Raul (Trad.). O

livro das virtudes.O principal objetivo desse texto é

A) descrever um local.B) evidenciar uma moral.C) falar sobre uma aposta.D) relatar um fato científico.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Encontro de ansiedadesO pai Irineu, a mãe Florinda e os filhos Lúcia, Eliana e

Ronaldo (...) tiveram uma experiência bastante inusitada. A família de índios Guarani, do Pontal do Paraná, litoral do Estado, foi convidada para visitar os alunos da Escola Atuação em Curitiba.

Foi um encontro de ansiedades: de um lado, as crianças indígenas amedrontadas com tanta gente para recebê-las no ginásio da escola; de outro, os alunos curiosos e inquietos com a presença de novos visitantes.

No fim das contas, tudo terminou bem: as crianças índias não falam português, mas receberam toda a atenção dos novos amigos e voltaram para a sua aldeia com muitas cestas de frutas e outros presentes. A turminha da escola adorou a experiência e garante que aprendeu muito com a atividade. A troca de ansiedades acabou se tornando troca de carinhos.

Gazeta do Povo. Curitiba, 29 abr. 2000. Gazetinha, p.5.A principal informação desse texto está expressa

A) na iniciativa de uma família de Curitiba.B) na aceitação do convite pela família guarani.C) no resultado do encontro dos dois grupos.D) no grau de ansiedade dos dois grupos.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

A natureza em risco: extinçãoFragmento

Extinguir significa fazer com que uma coisa desapareça para sempre. Essa palavra, infelizmente, está sendo muito usada para descrever a triste situação de muitos animais na face da terra. Você, com certeza, já ouviu dizer que as baleias, os tigres, as onças estão correndo risco de extinção. [...]

Muitas vezes, a extinção é causada pela introdução, em uma certa região, de um espécie que não vivia lá. Se essa espécie for agressiva poderá acabar com os outros animais da região. Por isso, não é aconselhável introduzirmos animais de um certo país em outro, sem antes sabermos quais as consequências que isso podeacarretar. Um exemplo de extinção é o dodô, uma ave grande que vivia na Ilha Maurício, no Oceano Índico. Com a chegada dos colonizadores europeus, as populações dessa ave começaram a diminuir.

Ela era grande e não conseguia voar, por isso se tornou um alvo fácil para os caçadores. O homem, sem se preocupar em preservá-la, acabou eliminando essa ave preciosa. O último dodô foi visto em 1681. [...]

Bragança Jornal Diário, 29/03/2000. Suplemento infantil. Adaptado.

De acordo com esse texto, a informação mais importante éA) a definição da palavra extinção.B) a chegada dos imigrantes europeus.C) o jeito de se prevenir a extinção.D) o perigo de extinção de animais.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

OS ANÕES PODEM TER FILHOS NORMAISDe modo geral, dependendo do tipo de doença,

indivíduos afetados por essa anomalia podem ter desde um baixo risco até, no máximo, 50% de risco de passar o gene alterado para os filhos. Portanto, pessoas afetadas podem sim ter fi lhos normais. Indivíduos que têm estatura muito baixa pertencem a quadros de nanismo, cuja causa mais freqüente são alterações ósseas chamadas de displasias esqueléticas. Essa anomalia faz parte de um grupo de doenças causadas por uma alteração no tecido ósseo que impede a pessoa de crescer adequadamente. Este grupo de patologias tem causa genética monogênica, isto é, é causado por um gene específico, e pode ter várias formas de herança de acordo com o tipo específico de doença.CERNACH, Mirlece Cecília Soares Pinho. Os anões podem ter fi

lhos normais. Revista Globo Ciência, maio 1998. * Adaptado: Reforma Ortográfica.

A ideia principal desse texto é a de que fi lhos de anões podemA) pertencer a quadros de nanismo.B) ter displasia esquelética.C) ter filhos normais.D) ter impedimento para crescer.

------------------------------------------------------------(SABE). Leia o texto abaixo.

Alma carioca com influência norte-americana, é assim que podemos definir essa manifestação artístico-musical, que se solidificou no nosso país no final dos anos cinquenta.

Com sua maneira peculiar de “cantar falando”, traço marcante herdado do jazz americano, [...] encantou o Brasil com o seu jeito novo de tocar.

Hoje, ela é um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos mundialmente, particularmente eternizada por

ícones como João

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Page 129: Apostila 9º Ano

Gilberto, Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e Luiz Bonfá.

MAIA; Karina; DANTAS, Miguel. Disponível em: <http://www.revistafoco-rn.com/mosaico_consulta.php?id=3>.

Acesso em: 1 jun. 2011.

Esse texto refere-seA) à bossa nova.B) à marcha carnavalesca.C) ao partido-alto.D) ao samba de breque.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo.

Nova lei ortográfica chega à escrita braile

Todas as mudanças promovidas pelo acordo ortográfico serão adotadas pelo português convertido em braile, sistema criado pelo francês Louis Braille para pessoas com deficiência visual. O acordo influencia o braile, pois, nesse sistema, as palavras são escritas letra a letra, e cada vocábulo tem até seis pontos em relevo. Um cego treinado é capaz de detectar a ausência ou a presença do trema em determinadas palavras, assim como hífens, acentos e pontuações. Com isso, o Ministério da Educação já prevê a adaptação de livros didáticos em braile à nova grafia.

Língua Portuguesa. nº 41. São Paulo: Segmento, mar. 2009, p. 9.

A informação principal desse texto é:A) o sistema braile adotará todas as mudanças ortográficas.B) o sistema braile foi criado pelo francês Louis Braille.C) o MEC está atento ao problema da leitura dos cegos.D) o cego treinado pode detectar a presença do trema.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Escrever: vicioso ofício

Há mais de quarenta anos (estou com 56, comecei cedo, aos 9) me revezei entre oito profissões para ganhar a vida.

Me acostumei a, quanto me interessava e precisava, exercer uma ou outra atividade e muitas vezes fazer tudo ao mesmo tempo. Tenho sido professor de pós-graduação, compositor, dramaturgo, roteirista de cinema e televisão, criativo, publicitário, marketeiro político e treinador de executivos em web business.

Nos intervalos, nunca deixei de ser poeta e, talvez por isso, ter uma montanha de livros de poesia para crianças, jovens e adultos, e estar com mais de 4 milhões de exemplares vendidos, o que, no Brasil, até a mim espanta. Daí, de três anos para cá, resolvi ser apenas escritor profissional.

A decisão foi difícil, mas estou satisfeito pelo seu principal efeito colateral: como meu status caiu de um carro importado para um fusquinha, nunca mais serei rico a ponto de atrair mulheres interesseiras.

Quem me amar vai me amar pelo que eu sou: um poeta tupiniquim, apaixonado, mas duro. [...]

TAVARES, Ulisses. Escrever: vicioso ofício. In: Discutindo Literatura, ano II, n° 9, 2008, p. 24.

Qual é a ideia principal desse texto?A) As milhares de vendas do autor.B) As diversas profissões do autor.C) A paixão do autor pela arte de ser poeta.D) A difícil decisão de ser escritor profissional.

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda.

A raposa e a cegonhaUm dia a raposa convidou a cegonha para jantar.

Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato

raso. Claro que a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, mas a pobre cegonha com seu bico comprido mal pôde tomar uma gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa morrendo de fome. A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha, mas a cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte.

Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa para ver as delícias que a outra ia servir. O jantar veio para a mesa numa jarra alta, de gargalo estreito, onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa, amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra. Ela aprendeu muito bem a lição. Enquanto ia andando para casa, faminta, pensava: “Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui grosseira com ela primeiro”.MORAL: Trate os outros tal como deseja ser tratado.

(ASH, Russel e HIGTON, Bernard. Fábulas de Esopo. São Paulo: Cia das Letrinhas, 1994.)

O fragmento que contém a informação principal do texto é(A) “A raposa fingiu que estava preocupada.”(B) “Ela me tratou mal, mas fui grosseira com ela primeiro.” (C) “O resultado foi que a cegonha voltou para casa

morrendo de fome.”(D) “Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar.”

------------------------------------------------------------(SARESP – 2007). Leia o texto a seguir e responda.

Pílulas de Saúde - Driblando o jet lag

Em viagens nas quais há diferença de fuso horário entre a origem e o destino, podem ocorrer sintomas como cansaço, dificuldade de concentração, alteração no sono e irritabilidade.

Esse transtorno, conhecido como jet lag, é resultado da dessincronização entre o relógio biológico e o fuso do local.

Para driblar o jet lag, se puder, habitue-se aos novos horários antes de viajar. Ao chegar, coma pouco (prefira proteínas) e exercite-se.

Se o destino for para leste, por exemplo, Europa, a adaptação é mais difícil. Portanto, deve-se dormir e acordar mais cedo.

Caso a viagem seja para oeste, como para o Chile, o ideal é dormir e acordar mais tarde.

Se a estada for inferior a 48 horas, não mexa em seu relógio.

(DEMENATO, Paulo. TAM Magazine, nº 41, jul.2007, p.19). SARESP, 2007

A frase que se refere à parte principal do texto é(A) acostumar-se ao novo fuso. (B) comer muito carboidrato. (C) consultar um mapa astral.(D) ler o horóscopo do dia.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

QUAL É A FUNÇÃO DE UM JARDIM?A palavra jardim vem do hebreu e significa “proteger”. Um

jardim, portanto, é um local de cultivo e proteção das plantas. Ele pode servir para pequenos propósitos, como o simples desejo de desfrutar a beleza das flores, ou até trazer benefícios à saúde.

Na verdade, as características e funções dos jardins mudaram ao longo dos anos. Para não nos perdermos nesse caminho, melhor dividirmos os jardins em tipos, com características próprias e que representem diferentes fases da História.

(Revista Ciência Hoje das Crianças, número 200, pág.3)

Pela leitura do texto, pode-se entender que o jardim apresenta uma função secundária, que é

(A) proteger as plantas.

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Page 130: Apostila 9º Ano

(B) cultivar as plantas.(C) desfrutar a beleza das flores.(D) representar diferentes fases da História.

------------------------------------------------------------(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Nota Técnica

O Brasil vai monitorar a partir de segunda-feira (4) alimentos vindos do Japão, informa nota técnica conjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgada nesta quinta-feira (31).

O objetivo das autoridades brasileiras é evitar que alimentos possivelmente contaminados por alto índice de radiação emitida pela usina nuclear de Fukushima, afetada pelo tsunami do dia 11 de março, entrem no país.

De acordo com a nota, a importação de alimentos japoneses ao Brasil estará condicionada à apresentação de

declaração das autoridades sanitárias do Japão de que os produtos não contêm níveis de radiação acima dos limites permitidos.

g1.globo.com, 01/04/2011.

Na notícia acima, a principal informação aparece na frase

(A) “...informa nota técnica conjunta da ...ANVISA e...MAPA, divulgada nesta quinta-feira (31).”

(B) “O objetivo das autoridades brasileiras é evitar que alimentos possivelmente contaminados.... entrem no país.”

(C) “O Brasil vai monitorar, a partir de segunda-feira os alimentos vindos do Japão...”

(D) “a importação de alimentos japoneses ao Brasil estará condicionada à apresentação de declaração das autoridades sanitárias do Japão...”

------------------------------------------------------------

D23 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.Para trabalhar essa habilidade, é importante escolher textos humorísticos que sejam acessíveis à faixa etária dos receptores, e que exijam conhecimentos que eles possuam. Muitas vezes o humor vai depender de uma outra leitura, de um conhecimento do entorno do texto ou de elementos externos a ele. Pode-se, também, fornecer conhecimentos prévios que, porventura, os alunos não tenham, para o texto se tornar mais acessível. Diversas questões podem ser propostas para a averiguação desse objetivo, mas uma é bem simples: ver se os receptores acharam graça, se se divertiram na leitura do texto proposto. É interessante pensar que se não houve construção do humor ou ironia, é provável que alguns pressupostos para a leitura do texto não eram conhecidos pelos receptores , então esses pressupostos precisam ser mais bem trabalhados.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

<http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira115.htm>.

Esse texto é engraçado, porque a meninaA) ansiava por encontrar um pipoqueiro conhecido.B) arrependeu-se de ter beijado o sapo.C) considerava-se madura demais para acreditar em

príncipes.D) desejava que o sapo se transformasse em alguém mais

bonito.E) esperava que a surpresa fosse algo ligado à comida.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Disponível em: <http://pabloportfolio.fi

les.wordpress.com/2008/07/snoopy-2.jpg>. Acesso em: 20 set. 09.

O humor desse texto está centrado no último quadrinho, porqueA) Lino dá outro sentido à fala do amigo.B) Lino e seu amigo desistem de discutir o assunto.C) Lino está desatento à pergunta do amigo.D) o amigo demonstra impaciência com Lino.E) o amigo desconhece o que Lino quis dizer.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

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Page 131: Apostila 9º Ano

WATTERSON, Bill. O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 jan. 2004, p. D2.

O efeito de humor desse texto estáA) na forma descontraída do pai ao receber o boletim do filho.B) na mudança de argumentação do menino depois da bronca

do pai.C) nas argumentações que o menino apresentou para se

justificar.D) nas expressões de tranquilidade, do menino, e de susto, do

pai.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://maringa.odiario.com/blogs/odiarionaescola/tag/charge/>.

Acesso em: 3 maio 2012.

O que gera o humor desse texto éA) a expressão de espanto da menina.B) a pergunta feita pela professora.C) a resposta dada pelo menino.D) o lugar onde a história acontece.E) o menino dar a resposta cantando.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml>.

Acesso em: 3 jan. 2012.

O efeito de humor desse texto reside, principalmente,A) na descoberta do menino sobre o significado das palavras.B) na expressão do pai no primeiro quadrinho.C) na resposta do pai no último quadrinho.D) no desejo do menino de criar um novo idioma.E) no fato de o menino dizer que o nosso idioma é velho.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Dia do professor de anacolutosLevantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, professor. Ele

me olhou agradecido, o rosto cansado. Já naquela época, o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava para casa uma maçaroca de provas para corrigir.

O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:– Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o

que é um anacoluto?É o que dá a gente querer ser legal.Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e

pergunta o que é anacoluto. Por que não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças dele?

– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.– Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. Muito

obrigado por ter apanhado o giz do chão. Estou ficando enferrujado.

Agora era ele, no bar, tomando café.– Lembra de mim, professor?Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro.Com o indicador da mão esquerda acerta o gancho dos

óculos no alto do nariz fino e cheio de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro de chamada, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe.

– Fui seu aluno, professor!DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo:

Ática, 2003. Fragmento.

Nesse texto, há um traço de humor no trecho:A) “Levantei-me, corri a pegar o giz,...”. (ℓ. 1)B) “Ele me olhou agradecido, o rosto cansado.”. (ℓ. 2-3)C) “É o que dá a gente querer ser legal.”. (ℓ. 10)D) “Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto.”. (ℓ. 16-

17)E) “Agora era ele, no bar, tomando café.”. (ℓ. 19)

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Page 132: Apostila 9º Ano

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Pônei glutão

Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né? Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.

A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em comer macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.

Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de laranja.Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-

glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.

Esse texto é engraçado porqueA) a dona do cavalo deixou cair o pote de macarrão.B) as crianças gostam de comer porcarias.C) o cavalo tem hábitos alimentares diferentes.D) o cavalo tem quatro anos de idade.E) os ingredientes usados no macarrão eram esquisitos.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

AZEVEDO, Álvares de. Disponível em: <http://www.releituras.com/alvazevedo_eela.asp>. Acesso em:

18 jan. 2011. Fragmento.

O trecho desse texto que apresenta humor é:A) “eu a vejo e suspiro enamorado!”. (v. 4)B) “Esta noite eu ousei mais atrevido,”. (v. 5)C) “ir espiar seu venturoso sono,”. (v. 7)D) “Como roncava maviosa e pura!...”. (v. 11)E) “É ela! é ela, meu amor, minh’alma,”. (v. 17)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

CafezinhoLeio a reclamação de um repórter irritado que precisava

falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.

Tinha razão o rapaz de ficar zangado. [...]A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar

com um número excessivo de pessoas.O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera

nervosamente, esse “cafezinho” é qualquer coisa infinita e

torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer:

– Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.

Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.

Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo: – Ele disse que ia tomar um cafezinho...

Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...

Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais.

Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.

Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.

BRAGA, Rubem. Disponível em: <http://www.velhosamigos.com.br/AutoresCelebres/Rubem

%20Braga/Rubem%20Braga1.html>.Acesso em: 17 fev. 2012.

O trecho desse texto em que o autor expressa um tom humorístico é:

A) “Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado...”. (ℓ. 1)

B) “Tinha razão o rapaz de ficar zangado.”. (ℓ. 7)C) “Diariamente é preciso falar com um número excessivo de

pessoas.”. (ℓ. 8-9)D) “Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no

cafezinho.”. (ℓ. 16)E) “A vida é complicada demais.”. (ℓ. 34)

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

QUINO. Mafalda. http://clubedamafalda.blogspot.com/. Acesso em: 08/06/2008.

Nesse texto, o efeito de humor é obtido pelaA) atitude agressiva do menino.B) declaração autoritária do menino.C) fala contraditória do menino.D) pergunta inicial da menina.E) postura passiva da menina.

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Page 133: Apostila 9º Ano

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://frasesilustradas.wordpress.com> Acesso em: 10 maio 2010.

Nesse texto, há ironia na correlação entreA) Tantos anos – agora.B) o país – alguma coisa.C) descuidou – tratar.D) meio ambiente – ambiente inteiro.E) se quiser – vai ter.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Diário do Nordeste, 8 de fevereiro de 2008.

O efeito de humor desse texto estáA) na pergunta feita por Marocas.B) na resposta do esposo.C) na resposta de Marocas.D) no gesto do esposo.E) no semblante de Marocas.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Anedotinha.

Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí, cansou de andar, sentou-se numa cadeira belíssima que estava no centro da sala.

Veio o guarda:– Meu filho, não pode sentar nesta cadeira, não. Esta

cadeira é de Pedro I.E o Juquinha:– Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!ZIRALDO. Mais anedotinhas do bichinho da maçã. p. 7-8.

O humor desse texto está naA) atitude de Juquinha.B) descrição da cadeira.C) desobediência de Juquinha.D) fala do guarda.E) resposta de Juquinha.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

O casamento– Eu quero ter um casamento tradicional, papai.– Sim, minha filha.– Exatamente como você.– Ótimo.– Que música tocaram no casamento de vocês?– Não tenho certeza, mas acho que era o Mendelssohn.

Ou Mendelssohn ou a Marcha fúnebre? Não, era Mendelssohn mesmo.

– Mendelssohn, Mendelssohn... Acho que não conheço. Canta alguma coisa dele aí.

– Ah, não posso, minha filha. Era o que o órgão tocava em todos os casamentos no meu tempo.

– O nosso não vai ter órgão, é claro.– Ah, não.– Não. Um amigo do Varum tem um sintetizador

eletrônico e ele vai tocar na cerimônia. O Padre Juca já deixou. Só que esse Mendelssohn, não sei não...

– É claro que no sintetizador não fica bem...– Quem sabe alguma coisa do Queen...– Quem?– O Queen.– Não é a Queen?– Não. O Queen. É o nome de um conjunto, papai.– Ah, certo. O Queen. No sintetizador.– Acho que vai ser o maior barato!– Só o sintetizador ou...– Não. Claro que precisa ter uma guitarra elétrica, um

baixo elétrico...– Claro. Quer dizer tudo bem tradicional.– Isso.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. O casamento. In: Para gostar de ler. SP: Ática, 1994.

O trecho que apresenta uma ironia é:

A) “– Eu quero ter um casamento tradicional, papai.”. (ℓ . 1)

B) “– O nosso não vai ter órgão, é claro.”. (ℓ . 11)

C) “– Quem sabe alguma coisa do Queen...”. (ℓ . 16)

D) “Não. Claro que precisa ter uma guitarra elétrica,...”. (ℓ . 24)

E) “Claro. Quer dizer tudo bem tradicional.”. (ℓ . 25).

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

133

Page 134: Apostila 9º Ano

Disponível em: <http://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+garfield&hl=pt-BR&rlz=1W1SHCN_pt-

BRBR446&biw=1366&bih=498&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=Wv

u3TpScBqXw0gHX2qHSBw&sqi=2&ved=0CCgQsAQ>

O efeito de humor desse texto reside, principalmente,A) na decepção do rapaz com a risada do gato.B) na pergunta feita pelo rapaz ao gato.C) na resposta irônica do gato ao rapaz.D) no fato de o rapaz conversar com um gato.E) no riso descontrolado do gato.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

No contexto desses quadrinhos, a finalidade do autor foi mostrar a

O humor dessa tirinha, cujos protagonistas são vikings, deve-se ao fato de que

(A) os europeus souberam como conter a invasão dos bárbaros.

(B) a civilização é uma barreira capaz de enfrentar qualquer violência.

(C) nenhuma muralha é obstáculo real para um guerreiro.(D) o conceito de barbárie é uma questão de ponto de vista.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

(http://www.sedur.ba.gov.br/arquivo_charges/charge.05.06.2007.html)

O humor do texto decorre(A) da derrubada das árvores, que fornecem matéria-prima

para o papel na mão do menino.(B) da importância de haver um dia dedicado a festejar um

meio ambiente preservado e saudável.(C) na surpresa do pai, por ter um filho preocupado com a

necessária conservação ambiental.(D) do contraste entre a fala do menino e a figura do pai, com

o instrumento da devastação na mão.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

O cabo e o soldado

Um cabo e um soldado de serviço dobravam a esquina, quando perceberam que a multidão fechada em círculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.

Não conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem: — Eu sou irmão da vítima. Todos olharam e logo o deixaram passar. Quando chegou ao centro da multidão, notou que ali

estava um burro que tinha acabado de ser atropelado e, sem graça, gaguejou dizendo ao soldado:

— Ora essa, o parente é seu.

Revista Seleções. Rir é o melhor remédio. 12/98, p.91.

No texto, o traço de humor está no fato de:(A) o cabo e um soldado terem dobrado a esquina.(B) o cabo ter ido verificar do que se tratava.(C) todos terem olhado para o cabo.(D) ter sido um burro a vítima do atropelamento.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

134

Page 135: Apostila 9º Ano

Adolar – Super –Vó. Em folha de S. Paulo, 13/9/2003.

No texto, o traço de humor está(A) na constatação de que a vó nunca tira sua bolsa de

debaixo do braço.(B) no ato de surpresa da expressão do vovô.(C) na forma com que a Super-Vó trata o Vovô ao chamá-lo

de “meu bem”.(D) no fato de os vestidos da Super-Vó serem todos iguais.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

http://tirinhasdogarfield.blogspot.com/2007_07_01_archive.htmlO traço de humor do texto pode ser identificado no fato de

(A) o homem ver um rato roubando um biscoito.(B) o rato conseguir fugir do homem e do gato.(C) o gato pegar o biscoito e não o rato.(D) o gato correr atrás do rato.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

O humor do texto está na(A) pergunta feita pelo menino no primeiro quadrinho.(B) resposta dada pela mulher no segundo quadrinho.

(C) resposta dada pela mulher no terceiro quadrinho.(D) conclusão que o menino faz no último quadrinho.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

dalciomachado.blogspot.comA fala do personagem e a cena envolvendo o atleta e seu técnico reforçam, de forma humorística,

(A) a dedicação do atleta aos esportes de inverno.(B) as dificuldades na prática de esporte de caráter elitista.(C) a crítica aos problemas ambientais da sociedade.(D) as necessidades características das competições

esportivas.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

A bola

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. (...)

O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

— Como é que liga? – perguntou.— Como, como é que liga? Não se liga.O garoto procurou dentro do papel de embrulho.— Não tem manual de instrução?O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos

são outros. Que os tempos são decididamente outros.— Não precisa manual de instrução.— O que é que ela faz?— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.— O quê?— Controla, chuta...— Ah, então é uma bola.— Claro que é uma bola.— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.— Você pensou que fosse o quê?— Nada não...

(Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,pp. 41-42.)

O efeito de humor provocado pelo texto nasce, sobretudo,(A) do tipo de presente que foi oferecido.(B) das diferentes expectativas das personagens.(C) da ingenuidade e da timidez do garoto.(D) do esforço do pai em se mostrar moderno.

------------------------------------------------------------(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Passaram-se dois dias e dois ladrões tentaram entrar na nossa casa. Um ficou do lado de fora enquanto o outro pulou o muro. Eu, que sempre fui muito esperta, já estava alerta; quando ele entrou e me viu correr para impedi-lo, seu sangue gelou nas veias, pois sou muito grande e forte (30 cm de altura).

esse trecho o efeito de ironia é causado: (A) Pela reação do ladrão ao encontrar uma cadela na casa. (B) Pela velocidade com que a cadela avançou sobre o

ladrão.

135

Page 136: Apostila 9º Ano

(C) Pelo contraste entre o tamanho da cadela e sua caracterização.

(D) Pelo número de dias decorridos até os ladrões aparecerem.

------------------------------------------------------------(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Dak. Browne. Hagar, o horrivel. São Paulo: dealer, 1990, p. 15.

O efeito de humor dessa tirinha está: A) na ordem que o Hagar deu ao amigo. B) na expressão de espanto do amigo. C) na obediência à ordem do Hagar. D) no alívio que o amigo sentiu ao sair.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O visitante vai passando pelo corredor do hospital, quando vê o amigo saindo disparado, cheio de tubos, da sala de cirurgia:

– Aonde é que você vai, rapaz?– Tá louco, bicho, vou cair fora!– Mas, qual é, rapaz?! Uma simples operação de

apendicite! Você tira isso de letra.E o paciente:– Era o que a enfermeira estava dizendo lá dentro: “Uma

operaçãozinha de nada, rapaz!Coragem! Você tira isso de letra! Vai fundo, homem!”– Então, por que você está fugindo?– Porque ela estava dizendo isso era pro médico que ia

me operar!Disponível em: <http://br.answers.yahoo.com/question/index?

qid...>. Acesso em: 17: jul. 2009.

O humor desse texto reside no fato de oA) visitante ver o amigo saindo disparado da sala.B) rapaz estar com medo da operação de apendicite.C) paciente ter visto a enfermeira falando com o médico.D) médico também estar com medo de fazer a operação.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo.

<http://3.bp.blogspot.com/_cjK0wpbmFLc/TOgRKZgzmXI/

Esse texto é engraçado, porqueA) o menino fez uma bola de chiclete enorme.B) o chiclete estourou fazendo muito barulho.C) o chiclete grudou em todo o rosto do menino.D) o menino achou que seu rosto estava ao contrário.

------------------------------------------------------------(CPERB). Leia o texto abaixo.

Numa escola

Numa escola americana a professora diz aos alunos: - A partir de hoje não há mais racismo na minha sala de

aula! Agora já não há mais brancos e negros. Passamos a ser todos azuis!

E prosseguiu: - Agora vamos todos sentar. Os azuis clarinhos aqui na

frente e os azuis escuros lá no fundão!!!!! Fonte: http://www.piadas.com.br/piadas/curtas (ultimo acesso

em 01/11/2011)

O trecho é uma piada curta e objetiva que relata sobre o racismo. Durante todo o texto há somente humor na frase

A) “Passamos a ser todos azuis!” B) “... vamos todos sentar.” C) “... azuis clarinhos aqui na frente e os azuis escuros lá no

fundão...” D) “... lá no fundão!!!!!”

------------------------------------------------------------(IFRJ). Leia o texto abaixo.

136

Page 137: Apostila 9º Ano

BOM DIA. Charge. 25 jan. 201. Disponível cm : http://bomdiariopreto.com.br/Charges/todas/5>.

Acesso em: 17 set. 2011.

Nessa charge, o humor é criado pela(A) irritação da personagem vítima do golpe.(B) menção à qualidade dos serviços bancários.(C) falta de cuidado das pessoas com os crimes na internet. (D) reclamação do hacker sobre o saldo na conta da

personagem.

------------------------------------------------------------(SEPR). Leia o texto abaixo.

O efeito de humor na tira é reforçado devido:A) Ao fato de Jon adquirir um celular.B) Ao tamanho do celular.C) À ironia no pensamento do Garfield.D) Ao tamanho do manual.

------------------------------------------------------------(SEPR). Leia o texto abaixo.

Folha de São Paulo, 26/04/2008 - Opinião.

50Língua Portuguesa Anos Finais do Ensino Fundamental -Prova Brasil

Na charge, o autor quer chamar atenção para:A) A possibilidade de ser feito consórcio para a venda de

pães.B) O aumento na venda de pães.C) O alto preço cobrado na venda de pães.D) A baixa venda de pães através de consórcio.

------------------------------------------------------------(SEPR). Leia o texto abaixo.

O humor na charge está presente, principalmente:A) Na pergunta da dona da galinha.B) Na pergunta/resposta da vizinha e seu olhar.C) No objeto apresentado pela vizinha.D) Na expressão fisionômica das personagens.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

E a nova freguesa da quitanda perguntou ao dono:– As coisas que o senhor vende duram?– Ah, devem durar muito, madame. Os fregueses não

voltam nunca.ZIRALDO. As anedotinhas do Bicho da Maçã. São Paulo:

Melhoramentos, 1988. p. 23-4.

No texto, há traço de humor em:A) “E a nova freguesa da quitanda...”.B) “– As coisas que o senhor vende duram?”.C) “– Ah, devem durar muito, madame.”.D) “Os fregueses não voltam nunca.”.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

SOUSA. Mauricio de. Turma da Mônica. O Estado de S. Paulo, 4 abr. 2005. Caderno 2.

Esse texto é engraçado porque oA) papagaio mandava o cachorro pegar as pessoas.B) carteiro gostou do papagaio.C) carteiro achou estranho a placa “cuidado com o papagaio”.D) cachorro corre para pegar o papagaio.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

137

Page 138: Apostila 9º Ano

Disponível em: <http://www.tirascalvin.com.br> Acesso em: 12 mar. 2010.

Esse texto é engraçado porque oA) menino fica curioso e decide ler.B) menino quer fazer outra coisa.C) menino quer brincar com o tigre.D) tigre esconde o que está lendo.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira37.htm>. Acesso

em: 20 mar. 2010.

Nesse texto, o efeito de humor estáA) na expressão do cachorro dormindo.B) na interpretação feita por Franjinha.C) no comentário da mãe no segundo quadrinho.D) no fato do menino dormir com o cachorro.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

Juquinha, o terrívelSabendo que o filho não era chegado a assuntos

religiosos, a mãe estranha ao ver Juquinha ajoelhado no quarto, de mãos postas.

– O que está fazendo, meu filho?

– Rezando para que o Rio Amazonas vá para a Bahia – responde o menino.

– Mas por quê?– Porque foi isso que eu escrevi na prova de Geografia.

Almanaque Brasil, maio 2001. O que torna esse texto engraçado é a

A) curiosidade da mãe sobre o filho.B) mãe estranhar a atitude do filho.C) primeira resposta do filho.D) segunda resposta do filho.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

www2.uol.com.br/niquel/.O que torna esse texto engraçado é o fato de a barata Fliti

A) achar o livro muito bom.B) assustar o homem.C) ficar presa dentro do livro.D) ler o livro até o fim.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo e responda.

Recreio. São Paulo: Abril, ano 10, n. 479, p. 24, 14 maio 2009.

Esse texto é engraçado, porqueA) o predador queria pegar o filhote.B) o macaco fingiu que era predador.C) a mãe enganou o filhote para dar-lhe banho.D) a mãe fugiu com seu filhote para o lago.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

138

Page 139: Apostila 9º Ano

*Adaptado: Reforma Ortográfica. O humor desse texto está no fato de

A) as flores tentarem dar um banho no Cascão.B) as flores aparecerem bebendo água.C) o Cascão pensar que havia esguicho nas flores.D) o Cascão ter falado com as flores.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Cozinheira de mão-cheiaMinha irmã passou no vestibular aos 17 anos e teve de

se mudar para outra cidade.Foi sua primeira experiência de morar sozinha. Alugou

um apartamento e dividiu-o com uma amiga da mesma idade que também tinha acabado de entrar para a faculdade. Muito dependente de minha mãe, eram constantes os telefonemas para perguntar as coisas mais diversas. Em uma dessas ligações, minha mãe voltou dando gargalhadas: minha irmã queria saber como se preparava um chá de farinha.

– Chá de farinha? Perguntou espantada minha mãe. – Não se pode fazer chá com farinha!

– Como não? Estamos com uma receita de panquecas que diz: “Cinco colheres de chá de farinha.”

Gustavo Fernandes Emílio – Botucatu, SPSeleções Reader’s Digest. São Paulo: Abril, abr. 2009. p. 59.

O que torna esse texto engraçado é o fato de a moçaA) ter passado no vestibular com apenas 17 anos.B) ter ido morar fora de casa com uma das amigas.C) ignorar o significado da expressão “colheres de chá de

farinha”. D) fazer várias ligações para perguntar à mãe as “coisas mais

diversas”.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/UPLOADS/upl_img/enunciado0004.j

pg>. Acesso em: 01 jan. 2010. O humor desse texto resulta da

A) forma como o menino interpretou literalmente o problema.B) expressão facial do menino durante a realização da tarefa.C) extensão do problema proposto ao menino para casa.D) rapidez com que o menino realiza suas tarefas.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik. Hagar.

A passagem que provoca risos é a queA) alega o motivo para o atraso da sopa.B) apresenta a indignação da personagem.C) confirma a espera do pedido.D) mostra a vestimenta das personagens.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

139

Page 140: Apostila 9º Ano

BROWNE, Dik. O melhor de Hagar o Horrivel. Porto Alegre: LP&M, 2008, p. 24-25.

O efeito de humor desse texto estáA) na forma como o homem pula nas poças.B) na postura do homem diante da chuva.C) no fato de a chuva ser boa para os camponeses.D) no sentido da palavra “nada”, dita pelo homem.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Exageros de Mãe

Já te disse mais de mil vezes que não quero ver você descalço. Nunca vi uma criança tão suja em toda a minha vida. [...] Oh, meu Deus do céu, esse menino me deixa completamente maluca. Estou aqui há mais de um século esperando e o senhor não vem tomar banho. Se você fizer isso outra vez nunca mais me sai de casa. Pois é, não come nada: é

por isso que está aí com o esqueleto à mostra. [...] Não chora desse jeito que você vai acordar o prédio inteiro. [...] Mas, furou de novo o sapato: você acha que seu pai é dono de sapataria, pra lhe dar um sapato novo todo dia? Onde é que você se sujou dessa maneira: acabei de lhe botar essa roupa não faz cinco minutos! Passei a noite toda acordada com o choro dele. [...] Não se passa um dia que eu não tenha que dizer a mesma coisa.

Não quero mais ver você brincando com esses moleques, esta é a última vez que estou lhe avisando.

FERNANDES, Millôr. 10 em Humor. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1968. pág. 15. Fragmento.

Esse texto é engraçado porqueA) faz uma brincadeira com as mães.B) mostra a bagunça feita pelos filhos.C) mostra a mãe cuidando do filho.D) retrata um modo das mães reclamarem.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia os textos abaixo.

Hagar. Dik Browne.

O efeito de humor dessa tirinha estáA) no fato de a esposa ficar fora do brinde.B) no brinde proposto pelo Hagar no jantar.C) na pergunta feita pelo amigo do Hagar.D) na expressão da esposa do Hagar.

------------------------------------------------------------

D28 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressãoEstão envolvidos aqui, recursos de produção de sentido que devem funcionar como pistas para o receptor.No caso de o produtor utilizar determinadas palavras ou expressões em detrimento de outras, pode-se esperar que esse uso corresponda a uma intenção específica de criar sentidos também específicos no texto.As questões propostas para explorar essa habilidade se baseiam na abordagem da construção de sentido em textos que utilizam palavras/expressões específicas na construção de seu significado.

(SAEMS). Leia o texto abaixo.As formigas

Foi a coisa mais bacana a primeira vez que as formigas conversaram com ele. Foi a que escapuliu de procissão que conversou: ele estava olhando para ver aonde que ela ia, e aí ela falou para ele não contar para o padre que ela tinha escapulido – o padre ele já tinha visto que era o formigão da frente, o maior de todos, andando posudo.

Isso aconteceu numa manhã de muita chuva em que ele ficara no quentinho das cobertas com preguiça de se levantar, virado para o outro canto, observando as formigas descendo em fila na parede. Tinha um rachado ali perto por causa da chuva, era de lá que elas saíam, a casa delas.

Toda manhã aquela chuva sem parar, pingando na lata velha lá fora no jardim, barulhinho gostoso que ele ficava ouvindo, enrolado no cobertor, olhando as formigas e conversando com elas, o quarto meio escuro, tudo escuro de chuva.

A conversa ficava interessante quando ele lembrava de perguntar uma porção de coisas e elas também perguntavam pra ele. (Conversavam baixinho para os outros não escutarem.)

[...]Uma tarde entrou no quarto e viu a mancha de cimento

novo na parede, brutal, incompreensível.– Pra que que o senhor fez isso? Pra que o senhor fez

assim com minhas formigas?O pai não entendia, e o menino chorando, chorando.

140

Page 141: Apostila 9º Ano

VILELA, Luiz. Contos da infância e da adolescência. 2. ed. São Paulo: Ática, 2002. Fragmento.

Nesse texto, a repetição “... chorando, chorando.”, (ℓ. 17) sugereA) atitude fingida.B) anúncio de rebeldia.C) progressão da tristeza.D) sensação de culpa.E) sinal de fraqueza.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

Vinícius de Moraes“Dizem, na minha família, que eu cantei antes de falar. E

havia uma cançãozinha que eu repetia e que tinha um leve tema de sons. Fui criado no mundo da música, minha mãe e minha avó tocavam piano, eu me lembro de como me machucavam aquelas valsas antigas. Meu pai também tocava violão, cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto.” Disponível em: <http://www.aomestre.com.br/liv/autores/vinicius_

moraes.htm>. Acesso em: 14 mar. 2010.

Nesse texto, a expressão “... cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto.” sugere que Vinícius

A) destacou-se no cenário musical e poético.B) abandonou a música e se dedicou à poesia.C) foi criado com a avó, que declamava belas poesias.D) foi uma criança famosa, pois cantou antes de falar.E) pensou em trabalhar com poesias, mas preferiu se dedicar

à música.

------------------------------------------------------------(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://multirinhas.blogspot.com/2009/06/hagar

O destaque dado à palavra “formal”, associado à expressão facial de Helga, sugere

A) histeria.B) julgamento.C) ódio.D) reprovação.E) sofrimento.

------------------------------------------------------------(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

A melhor amiga do homemDiogo Schelp

Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura.

O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]

A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.

Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.

O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:A) “Acusam-se as chifrudas...”.B) “...homem e vaca são unha e carne”.C) “...o papel dos bovinos...”.D) “...animal sagrado.”.E) “...nem que a vaca tussa...”.

------------------------------------------------------------(1ª P.D – Seduc-GO). Leia o texto abaixo e, em seguida, responda.

ChoroRubem Braga

Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um pandeiro e uma cabaça. Juntaram-se na varandinha de uma casa abandonada e ali ficaram chorando valsas, repinicando sambas. E a gente veio se ajuntando, calada, ouvindo. Alguém mandou no botequim da esquina trazer cerveja e cachaça. E em pé na calçada, ou sentados no chão da varanda, ou nos canteiros do jardinzinho, todos ficamos em silêncio ouvindo os negros.

Os que ouviam não batiam palmas nem pediam música nenhuma; ficavam simplesmente bebendo em silêncio aquele choro, o floreio do clarinete, o repinicado vivo e triste da viola.

Só essa música que nos arrasta e prende, nos dá alegria e tristeza, nos leva a outras noites de emoções – e grátis. Ainda há boas coisas grátis, nesta cidade de coisas tão caras e de tanta falta de coisas. Grátis – um favor dos negros.

Alma grátis, poesia grátis, duas horas de felicidade grátis – sim, só da gente do povo podemos esperar uma coisa assim nesta cidade de ganância e de injustiça. Só o pobre tem tanta riqueza para dar de graça.

Texto adaptado de BRAGA, Rubem. Um pé de milho. 5 ed.,

Rio de Janeiro: Record, 1993, pp. 104-105.

Que efeito de sentido percebe-se no trecho “... ficavam simplesmente bebendo em silêncio aquele choro (...)”?

(A) Descrição do comportamento das pessoas. (B) Convite para as pessoas se ajuntarem. (C) Ordem expressão por imperativos. (D) Mistura de sentidos: paladar e audição.(E) Descrição do ambiente físico.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

141

Page 142: Apostila 9º Ano

In: O GLOBO. Rio de Janeiro. 22 de fevereiro de 1990

A expressão “sambe mas não dance” significa(A) Divirta-se sem se expor ao perigo.(B) Brinque muito no carnaval.(C) É perigoso dirigir fantasiado.(D) É preciso beber para usar fantasia.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://www.portal.saude.gov.br/portal/saude>. Acesso em: 28 mar. 10.

Nesse texto, a palavra “Previna-se” indicaA) um elogio.B) um protesto.C) uma ordem.D) uma orientação.

------------------------------------------------------------(SAVEAL).Leia o texto e responda.

Camelô caprichado “Senhoras, senhoritas, cavalheiros! — estudantes,

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“Esta é uma caneta especial que escreve de baixo para cima, de cima para baixo, de trás para diante e de diante para trás! — (Observem!) Escreve em qualquer idioma, sem o menor erro de gramática! (E apenas por 100 cruzeiros!).

“Esta caneta não congela com o frio nem ferve com o calor; resiste à umidade e pressão; pode ir à Lua e ao fundo do mar, sendo a caneta preferida pelos cosmonautas e escafandristas. Uma caneta para as grandes ocasiões: inalterável ao salto, à carreira, ao mergulho e ao vôo! A caneta dos craques! Nas cores mais modernas e elegantes: verde, vermelha, roxa... (apreciem) para combinar com o seu automóvel! Com a sua gravata! Com os seus olhos!... (Por 100 cruzeiros!)

“Esta caneta privilegiada: a caneta marca Ciclone, munida de um curioso estratagema, permite mudar a cor da escrita, com o uso de duas tintas, o que facilita a indicação de grifos, títulos, citações de frases latinas, versos e pensamento inseridos nos textos em apreço! A um simples toque, uma pressão invisível (assim!) a caneta passa a escrever em vermelho ou azul, roxo ou cor-de-abóbora, conforme a fantasia do seu portador. (E custa apenas 100 cruzeiros!).

“Adquirindo-se uma destas maravilhosas canetas, pode-se dominar qualquer hesitação da escrita: a caneta Ciclone escreve por si! Acabaram-se as dúvidas sobre crase, o lugar dos pronomes, as vírgulas e o acento circunflexo! Diante do erro, a caneta pára, emperra – pois não é uma caneta vulgar, de bomba ou pistão, mas uma caneta atômica, sensível, radioativa, (E custa apenas 100 cruzeiros: a melhor caneta, do maior contrabando).

(MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. 2ª ed. Rio de Janeiro. Record, 1996. p.22-23)

A expressão “todos os que vivem da pena, para pena, pela pena”, refere-se a:

(A) todos aqueles que querem uma caneta colorida.(B) todos aqueles que têm o sentimento de pena.(C) todos aqueles que têm a escrita como ofício.(D) todos aqueles que compram em camelôs.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

PAISAGEM URBANA

São cinco horas da manhã e a garoa fina cai branca como leite, fria como gelo. Milhões de gotinhas d’água brilham em trilhos de ferro.

“Bom dia”, diz Um Homem para o Outro Homem. “Bom dia, por quê?”, pensa o Outro, olhando para o Um. Um Homem quieto e parado é um poste, que espera o trem na estação quase vazia. [...]

A máquina aparece na curva e vem lenta, grave, forte, grande, imensa. Para a máquina, desce um branco, uma mulata, o gordo e o magro, dois meninos maluquinhos. Chegada de uns, partida de outros. No meio de um cheiro áspero de fumaça e óleo diesel, o Outro Homem entra no trem.

Um homem continua um poste. Rígido. Concreto. E é só quando uma moça desce a escada do vagão carregando uma mala, cabelo preso com fita e olhar de busca, que o homem-poste tem um sobressalto. Os olhares se encontram. O trem vai e os olhares vêm. O mundo é assim... Outro Homem se foi. Um Homem está feliz.

FERNANDES, Maria ; HAILER, Marco Antônio. Alp novo: Análise, Linguagem e Pensamento. V. 4. São Paulo: FTD, 2000.

p. 152. * Adaptado: Reforma Ortográfica.

Ao usar a expressão “homem-poste”, o autor sugere que o homem está

A) cansado de esperar o trem.B) desligado da realidade.C) observando o movimento.D) preocupado com a vida.

------------------------------------------------------------(SALTO – TO/2011). LEIA O TEXTO

A PRINCESA E A RÃ

Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.

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Page 143: Apostila 9º Ano

Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.

A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

— Eu, hein?... nem morta!Luis Fernando Veríssimo

Na frase “— Eu, hein?... nem morta”!, a expressão destacada sugere que a princesa

(A) pensará sobre a proposta da rã.(B) nunca aceitará a proposta da rã.(C) depois do jantar aceitará a proposta da rã.(D) um dia casará com a rã.

------------------------------------------------------------(SALTO – 2011). LEIA O TEXTO.

Retrato falado do BrasilSérgio Abranches

Comecei a aula com uma pergunta: "O que diferencia a questão social no Brasil e nos EUA?". Silêncio geral. Imaginei que os alunos não tivessem lido o capítulo.

Afirmaram que sim. Foi só então que eu, imaturo, sem o olhar treinado para capturar atitudes e comportamentos em pequenos gestos, percebi o constrangimento da turma.

O sinal, característico, que retive como lição das formas sutis do preconceito era o olhar coletivo de soslaio para o único negro na sala. Dirigi-me a ele e denunciei: "Seus colegas estão constrangidos em falar de racismo na sua frente".

Esta cena se repete toda vez que falo em público sobre a desigualdade racial no Brasil e há aquela pessoa negra, solitária, na plateia. Recentemente, numa palestra para gerentes de um banco, havia uma jovem gerente negra. Uma das raras mulheres e a única pessoa negra. Enfrentou duas correntes discriminatórias para estar ali: ser negra e ser mulher. Os colegas se sentiam desconfortáveis porque eu falava do "problema dela". "Ela" não tinha problema, claro. Era uma pessoa natural, do gênero feminino e negra. Nascemos assim. O problema é os outros não quererem ver a discriminação. Essa inversão típica é que caracteriza a questão racial no Brasil. É como se os negros tivessem um problema de cor, e não a sociedade o problema do preconceito.

(ABRANCHES, Sérgio. Retrato falado do Brasil. Veja, São Paulo, ano 36, n. 46, p. 27, nov. 2003.Adaptação.)

No trecho: "Ela" não tinha problema, claro. (linha 13), o termo entre aspas foi empregado para demonstrar o preconceito

(A) do autor do texto.(B) dos colegas da negra.(C) da gerente negra.(D) dos colegas negros.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

QUE CHEIRO É ESSE?Mau hálito é uma coisa tão chata, né? E todo mundo

sofre desse mal... Pelo menos ao acordar!Mas por que será que isso acontece? Talvez você não

tenha percebido, mas quando estamos dormindo, quase não salivamos e, com tão pouco movimento, nem é preciso dizer que as bactérias se sentem em casa!

Pois bem, quando esses microorganismos chatinhos entram em ação, ou melhor, aumentam a ação dentro da nossa

boca, acabam produzindo compostos com um cheiro pra lá de ruim! A metilmercaptana e o dimetilsulfeto são alguns exemplos, mas o principal e mais terrível de todos é de longe o sulfidreto: ele tem cheiro de ovo podre, eca! Esses compostos recebem o nome de CSV (Compostos Sulfurados Voláteis).Para acabar com o horroroso bafo matinal, nada melhor do que uma boa escovada nos dentes e na língua. Mas... e se o danado persistir?

http://www.canalkids.com.br/higiene/vocesabia/janeiro03.htm

Nesse texto, a utilização da expressão “ou melhor” (linha 5) tem como objetivo

(A) confirmar o que foi dito anteriormente.(B) corrigir o que foi dito anteriormente.(C) complementar a afirmativa anterior.(D) adicionar uma informação ao que já havia sido declarado.

------------------------------------------------------------(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

A expressão destacada na frase “– Nem lenço, nem lourenço. Não sou lenço de ninguém. A menos que...” indica que o político

A) pode aceitar o cargo, sob certas condições.B) foi interrompido e não conseguiu terminar a frase.C) tomará a decisão por conta própria.D) está despreparado para o cargo.

------------------------------------------------------------(2ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

A namoradaManoel de Barros

Havia um muro alto entre nossas casas. Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-mail. O pai era uma onça. A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão E pinchava a pedra no quintal da casa dela. Se a namorada respondesse pela mesma pedra

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Page 144: Apostila 9º Ano

Era uma glória! Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira E então era agonia. No tempo do onça era assim.

Disponível em: http://www.releituras.com/manoeldebarros_namorada.asp.

Acesso em 21/02/2013.

No trecho “O pai era uma onça,” a palavra destacada sugere que o pai era

(A) violento. (B) esperto. (C) rápido. (D) rígido.

D21 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notaçõesA pontuação ou outras notações (disposição do texto no papel, diagramação, etc.) podem criar efeitos diversos de sentido: humor, ironia, realce, ênfase, entre muitos outros. Diversas questões podem ser propostas para explorar essa habilidade, mas o principal é abordar a interpretação textual levando em conta tais elementos de produção de sentido. Inclui-se que é bom variar os sentidos construídos com tais recursos.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira115.htm>.

Acesso em: 26 jun. 2010.

No último quadrinho, no trecho “Pensei que você fosse se transformar num pipoqueiro, padeiro...”, as reticências foram usadas para indicar

A) continuação.B) hesitação.C) interrupção.D) omissão.E) suspensão.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Quanta pressa!Como vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de

vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O

Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo?

Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal?:-*

MônicaPINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo:

Salesiana, 2006. Fragmento.

No trecho “Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!”, a pontuação empregada sugere

A) aceitação.B) compreensão.C) dúvida.D) entusiasmo.E) indignação.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Quero um brinquedo[...] No Natal eu sinto uma dor mansa, saudade da

infância que não volta mais. Saudade do meu pai, armando o quebra-cabeça com a gente... Saudade das tardes na praça das três paineiras, carretilha na mão, pés no chão, papagaio no céu. Saudade dos piões zunindo no ar e girando na terra...

A saudade me levou a abrir a porta do armário dos brinquedos velhos. Lá estão todos eles, do jeito como os deixei: silenciosos, eternos, fora do tempo. São como eram. Brinquedos não envelhecem. Acordam do seu sono e me olham

espantados, ao notar as marcas do tempo no meu rosto. E zombam de mim, com uma acusação: “Bem feito! Esqueceu da gente, parou de brincar, envelheceu de repente!” Mas logo se apressaram a me consolar, vendo a minha tristeza: “Mas pra velhice tem um remédio que só nós guardamos. É só tomar: o tempo começa a rodar para trás e vapt-vupt, o velho fica menino de novo. E esse remédio se chama brincar. Venha brincar conosco!”

ALVES, Rubem. A maçã e outros sabores. 4ª ed. São Paulo: Papirus, 2005.

Na linha 2 desse texto, as reticências utilizadas sugeremA) dúvida.B) incerteza.C) insatisfação.D) lembrança.E) tristeza.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

E a viagem continua...Depois de rezarmos e cantarmos muito, voltávamos

todos para casa e logo chegavam convidados para o almoço, que sempre era especial. Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.

E todos os adultos matavam saudade da Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do século, quando meu pai tinha três anos. Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus pais.

Depois de moços, conheceram-se no Brasil e se casaram.

Durante o almoço, falavam em italiano e tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não entendíamos nada...ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996.

Nesse texto, o ponto de exclamação utilizado em “Era engraçado!” (ℓ. 14) sugere

A) conclusão de uma fala.B) contestação de uma situação.C) demonstração de satisfação.D) destaque de um comentário.E) revelação de surpresa.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram

com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de anosTrês fósseis encontrados na África desvendam um

mistério de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de

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Page 145: Apostila 9º Ano

outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos atrás.

A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que tornava difícil compará-lo com outras espécies.

Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo.

O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos.

Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-novas-

especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus-ha-1-7-milhao-de-anos>.

Acesso em: 14 ago. 2012.

No trecho “Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino […] e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com dentes e raízes –” (ℓ. 5-7), os travessões foram usados para

A) apresentar uma opinião.B) destacar um trecho do texto.C) indicar a fala de um especialista.D) inserir uma informação.E) introduzir um comentário do autor.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pesadelo profissional.– Tem brevê? Sem brevê, o voo é clandestino.– Se tem, nunca me falou. Olha, meu marido reapareceu.

Nossa! Está voando de costas.Parece avião da esquadrilha da fumaça... Depressa, ele

não consegue baixar o trem de pouso...Depressa, por favor. Mande uma guarnição com

urgência. Não esqueçam de trazer a escada Magirus... E umas almofadas para amaciar a queda. Ah, a rede! Por favor, tragam a rede... Oh, cuidado, Argemiro! Argemiro, cuidado, abra as asas, Argemiro... Argemiro! Argemirooo!

Argemiro, o bombeiro, acordou com a sirene do quartel tocando. Deu um salto, saiu correndo em direção à viatura vermelha. Sinal de fogo em algum lugar da cidade. Suspirou aliviado. Ainda bem que era incêndio. Detestava esse tipo de pesadelo, mulher telefonando para dizer que o marido estava voando. Principalmente, porque o marido tinha sempre o mesmo nome que ele, Argemiro, o bombeiro. O psicólogo da corporação disse que era normal ter sono agitado daquele jeito, pesadelo profissional...

No dia seguinte, no jornal, a notícia estranha: um homem havia caído das nuvens ao lado da fábrica [...].

Argemiro esfregou os olhos para ver se não estava sonhando.

DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

No trecho “Argemiro! Argemirooo!” (ℓ. 13), o uso dos pontos de exclamação sugere

A) curiosidade.B) decepção.

C) desespero.D) medo.E) raiva.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Estudo simulará aquecimento amazônico e suas consequências

Para descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico num clima mais quente.

A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica.

O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no mundo.

“Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo.

No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte delas endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente aquático aumenta.

Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução de oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global.

Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua saúde. [...].

A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão noDNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando o clima era mais quente.Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos.

RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-

simulara-aquecimento-amazonico-e-suasconsequencias.shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.

No trecho “(ou seja, só existem naquela região)” (ℓ. 15), os parênteses foram usados para

A) apresentar uma opinião do autor.B) contestar uma informação.C) exemplificar uma situação.D) explicar o significado de um termo.E) introduzir outra temática.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A carta de Pero Vaz de CaminhaA Carta conhecida como “Carta de Pero Vaz de

Caminha” é também conhecida como “Carta a el-Rei Dom Manoel sobre o achamento do Brasil”, é um documento no qual Pero Vaz de Caminha registrou suas primeiras impressões sobre a terra descoberta. […]

Vaz de Caminha era escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, e redigiu essa carta para Dom Manoel I para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. […]

A carta é o exemplo típico do deslumbramento dos Europeus para com o novo. No caso, o “Novo Mundo” como era chamado as Américas. Caminha documenta algumas características físicas da terra encontrada e o momento em que viram um monte, denominado logo depois por Pedro Álvares Cabral como “Monte Pascoal”. Logo após disso, ele narra o desembarque dos Portugueses na praia e o primeiro contato

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Page 146: Apostila 9º Ano

com os índios onde praticam o primeiro escambo (troca de mercadorias). Ele (Vaz de Caminha), narra também a primeira missa realizada na terra descoberta.

Em 2005, este documento foi inscrito no Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

RODRIGUES, Pedro Augusto Rezende. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia/carta-de-pero-vaz-de-

caminha/>.Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.

No Texto, no trecho “... o primeiro escambo (troca de mercadorias).” (ℓ. 10-11) os parênteses foram usados para

A) acrescentar uma reflexão.B) apresentar uma crítica.C) destacar uma expressão.D) inserir uma explicação.E) introduzir um comentário.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pônei glutãoToda criança gosta de comer alguma porcaria, né?

Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.

A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em comer macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.

Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de laranja.Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-

glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.

No trecho “Magic é viciado em comer macarrão instantâneo!”, o ponto de exclamação reforça a ideia de

A) admiração.B) deboche.C) decepção.D) espanto.E) satisfação.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Os números (SURPREENDENTES) de mortes por raios no Brasil

No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido às descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos coloca na quinta posição de fatalidade entre os países com estatísticas confiáveis. E a probabilidade de um homem ser atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos.

Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.

O Brasil é um dos poucos países que dispõem de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno.

Nos Estados Unidos, a circunstância que mais provoca mortes por raios são as atividades esportivas ou de recreação, como pescar, acampar e jogar golfe, diferentemente do Brasil.

Uma análise sociológica permite deduzir que essa diferença está atrelada principalmente ao fato de os Estados Unidos serem um país desenvolvido e o Brasil estar ainda em desenvolvimento. Assim, atentar para a proteção de pessoas

jogando golfe não seria a melhor forma de fazer uma campanha de proteção nacional. O ideal é instruir a população a não realizar atividades agropecuárias (causa principal das fatalidades no Brasil), assim como orientar as pessoas a não permanecerem próximas aos meios de transporte, sob árvores e em campo de futebol durante as tempestades.

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_numeros__surpr

eendentes__de_mortes_por_raios_no_brasil_3.html>.

No título desse texto, os parênteses foram usados com a intenção de

A) acrescentar um comentário.B) apontar uma crítica.C) dar um exemplo.D) explicar um fato.E) inserir uma definição.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2011À população brasileira, Há muitos anos as mulheres

lutam pelos seus direitos e vêm conseguindo inegáveis avanços.Para que, hoje, possamos votar, trabalhar e usar calças

jeans, muito sutiã teve que ser queimado em praça pública. Hoje, no auge de nossas independências, somos diretoras de grandes empresas multinacionais, engenheiras renomadas, grandes cirurgiãs, artistas e ainda somos mães e esposas. Somos o que há de contemporâneo, de avançado, super-heroínas do dia a dia. [...] Sou mulher e, assim como os meus deveres, tenho os meus direitos.

No entanto, existe um véu que cobre, ainda, todo esse avanço. Na grande maioria das vezes, isso é somente aos nossos olhos. Valorizamos cada conquista, cada meio centímetro percorrido a caminho da independência porque ela é nossa. […] Não é fácil ser mulher. Mais difícil ainda é lutar pelos nossos direitos. […]

Quem por nós? Nós mesmas. Quem contra nós? Todo resto. Feminismo já é ultrapassado, vitimização mais ainda. [...] Acima de tudo, conquistamos o livre-arbítrio. Escolhemos nossasescolhas. Pelo que lutar agora?

Lutemos pela dignidade reconquistada. Pela coragem de nos queixarmos dos maus tratos. Pelo fim do massacre do que nos resta de mais precioso: nosso feminino. [...] Quanto tempo mais ficaremos esperando? Não proponho feminismo. Não proponho nenhum tipo de superioridade. Proponho denúncia, atenção e ajuda mútua. Igualdade. Gênero é muito mais do que sexo. É atitude.

Atenciosamente,Uma brasileira.

Disponível em: <http://www.desconversa.com.br/redacao/>. Acesso em: 11 abr. 2012. Fragmento.

No trecho “Quem por nós? Nós mesmas. Quem contra nós? Todo resto.” (ℓ. 22), os pontos de interrogação foram usados para

A) expressar uma dúvida da autora.B) estabelecer um diálogo com o leitor.C) destacar um comentário.D) demonstrar espanto.E) ironizar um comportamento.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

PneumotóraxFebre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.A vida inteira que podia ter sido e que não foi:tosse, tosse, tosse.Mandou chamar o médico:Diga trinta e três.Trinta e três, Trinta e três... Trinta e três.Respire.

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.................................O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?− Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

No oitavo verso, o uso prolongado das reticências demonstraA) continuidade.B) ênfase.C) hesitação.D) ironia.E) pausa.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <www.infoblarg.blogspot.com/2009_12_01_archive.html>. Acesso em: 03 mar. 2010.

No trecho “Olhe para essas pessoas...”, o uso das reticências sugere

A) compaixão.B) desprezo.C) reflexão.D) repugnância.E) solidariedade.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O marinheiro que tocava tuba

Tendo nascido no interior do Ceará, como foi acabar sendo regente?

Nasci no Iguatu, porque meu pai trabalhava naquela época nessa cidade, numa função muito delicada e até pejorativa: a de delegado de polícia. Na época, havia uma espécie de guerra no Ceará, com intervenção federal.

[...] E, como ia sendo expulso de tudo quanto era escola, meu pai resolveu me colocar na Escola de Aprendizes de Marinheiros. Aí a coisa mudou. A escola, naquela época, era semicorrecional. Meu pai advertia: “ Agora você toma jeito”.

Éramos 14 irmãos, dos quais eu era o quinto, pela ordem. Família “pequena”, como veem. Oito homens, seis mulheres.

Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

As aspas empregadas na palavra “‘pequena’” dão à palavra um tom

A) coloquial.B) crítico.C) irônico.D) metafórico.E) técnico.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo.

Múltipla escolha

Velhice é apenas outra fase: mas, como se ela fosse algo estanque, um setor final, procuramos esquecer-nos dela no nosso baú de enganos, a chave guardada por algum duende que ri de nós (a gente finge não ver). Nem parece que hoje vivemos mais com melhor qualidade, podendo ter saúde, interesse e afetos até os oitenta ou noventa anos (logo serão mais), desde que levando em conta as limitações normais: parecemos um carro em disparada, com faróis voltados para trás.

Ignoramos que velhos também viajam, estudam, passeiam, namoram, trabalham quando podem, curtem amizades e família – sem se pendurar nelas como vítimas chorosas. Não importam as décadas acumuladas, eles são mais que velhos: são pessoas.

LUFT, Lya. Múltipla escolha. Rio de Janeiro: Record, 2010, p. 47.

Nesse texto, o trecho “Velhice é apenas outra fase”, escrito em itálico, indica

A) argumento.B) citação.C) crítica à velhice.D) crítica à sociedade.E) ênfase a um tema.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Sinal fechadoOlá, como vai?Eu vou indo e você, tudo bem?Pegar meu lugar no futuro, e você?Tudo bem, eu vou indo em buscaDe um sono tranquilo, quem sabe?Quanto tempo...Pois é, quanto tempo...

Me perdoe a pressaÉ a alma dos nossos negócios...Qual, não tem de quêEu também só ando a cemQuando é que você telefona?Precisamos nos ver por aíPra semana, prometo, talvezNos vejamos, quem sabe?Quanto tempo...Pois é, quanto tempo...

Tanta coisa que eu tinha a dizerMas eu sumi na poeira das ruasEu também tenho algo a dizerMas me foge à lembrançaPor favor, telefone, eu preciso beberAlguma coisa rapidamantePra semana...O sinal...Eu procuro você...Vai abrir!!! Vai abrir!!!Prometo, não esqueçoPor favor, não esqueçaNão esqueço, não esqueçoAdeus... Adeus...

VIOLA, Paulinho da. “Sinal fechado”. Foi um rioque passou em minha vida. EMI, CD 852404. 1970.

*Adaptado: Reforma Ortográfica.

No verso “Vai abrir!!! Vai abrir!!!”, a repetição do ponto de exclamação enfatiza a ideia de

A) admiração.B) indignação.C) pressa.D) surpresa.E) susto.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo a seguir e responda.

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Page 148: Apostila 9º Ano

A porcentagem de tipos sanguíneos varia em diferentes grupos populacionais. Muitos povos indígenas, como várias tribos da América, não possuem o tipo B. No Brasil, os tipos O e A respondem, juntos, por quase 90% dos habitantes. Uma provável explicação para esse fenômeno está em pesquisas ainda não conclusivas: elas indicam que algumas doenças são mais comuns em determinados tipos sanguíneos. O câncer de estômago, por exemplo, seria mais frequente em pessoas com sangue tipo A; a pneumonia e certos tipos de anemia, no tipo B. Conforme certas epidemias se tornam mais frequentes, elas matam mais pessoas de certo tipo sanguíneo – e sobra mais gente dos outros.

O que determina os diferentes tipos de sangue? Superinteressante. n° 195, dezembro de 2003, p. 50.

*Adaptado: Reforma Ortográfica

Na frase “Uma provável explicação para esse fenômeno está em pesquisas ainda não conclusivas: elas indicam que algumas doenças são mais comuns em determinados tipos sanguíneos.”, os dois pontos estabelecem uma relação de

A) temporalidade.B) condição.C) negação.D) explicação.E) conclusão.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

O ESPERANÇA FUTEBOL CLUBETartico era empreendedor. Conseguira preparar um

campo decente, com arquibancada.Alcançara um auxílio da Câmara, interessara aos

fazendeiros e, depois de fundado o Esperança, até surgira um jornalzinho, como os jornais dos grandes centros, dedicado quase exclusivamente à reportagem futebolística, com os seus “mais uma estonteante vitória do Esperança F.C.”, “mais um glorioso marco na história da falange alvinegra”...

A vila era toda do clube.– Vamo vê domingo...– O Amparense? Coitado... Nem dá pra saída...– Dizem que são campeão...– Campeão uma chimarra! Pode sê campeão lá, aqui eu

quero vê! Pensa que Buriti dá confiança?– Ah! lá isso é. O Tartico leva tudo no salame...– É capaz de entrá de “bola-e-tudo.”– Isso é canja. Se alembra do Santa Cruz? Só o

Chiquinho marcô três!– E não é só, seu compadre! O gol do Nantinho não tem

esse topetudo que vare! Em seis méis só comeu três bola!– E assim mesmo, uma foi de ofessaide...– E teve uma de penalty também.– De uma coisa eu tô convencido: pra vencê o

Esperança, só mesmo São Paulo!Buritizal continuava a sonhar. Já não lhe bastava a glória

de campeão da zona.Convencera-se da sua invencibilidade. E quase se

desinteressava quando um time comum, sem grande passado e verdadeira fama, aparecia por lá.– Num vale a pena trocê. Bastava o Tartico, a defesa e as duas extrema...

LESSA, Orígenes. O Esperança Futebol Clube. In: Madrugada. São Paulo: Moderna, 1981. p. 22-23. Fragmento.

No trecho “Só o Chiquinho marcô três!” ( . 14), o ponto de exclamação indica

A) crítica.B) deboche.C) empolgação.D) espanto.E) surpresa.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

Cascas de barbatimão

Eu ia para Araxá, isto foi em 1936, ia fazer uma reportagem para um jornal de Belo Horizonte.

O trem parou numa estação, ficou parado muito tempo, ninguém sabia por quê.

Saltei para andar um pouco lá fora. Fazia um mormaço chato. Vi uma porção de cascas de árvores. Perguntei o que era aquilo, e me responderam que eram cascas de barbatimão que estavam ali para secar. Voltei para meu assento no trem e ainda esperei parado algum tempo. A certa altura peguei um lápis e escrevi no meu caderno: “Cascas de barbatimão secando ao sol.”

Perguntei a algumas pessoas para que serviam aquelas cascas. Umas não sabiam; outras disseram que era para curtir couro, e ainda outras explicaram que elas davam uma tinta avermelhada muito boa.

Como repórter, sempre tomei notas rápidas, mas nunca formulei uma frase assim para abrir a matéria - “cascas de barbatimão secando ao sol.” Não me lembro nunca de ter aproveitado esta frase. Ela não tem nada de especial, não é de Euclides da Cunha, meu Deus, nem de Machado de Assis; podia ser mais facilmente do primeiro Afonso Arinos, aquele do buriti. Ela me surgiu ali, naquela estaçãozinha da Oeste de Minas, não sei se era Divinópolis ou Formiga.

Um dia, quando eu for chamado a dar testemunho sobre a minha jornada na face da terra, que poderei afirmar sobre os homens e as coisas do meu tempo? Talvez me ocorra apenas isto, no meiode tantas fatigadas lembranças: “cascas de barbatimão secando ao sol.”

(Rubem Braga. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, p.175)

A intenção do autor, insistindo no uso das aspas, em uma das frases do texto, é:

(A) repetir informações obtidas em outros autores.(B) valorizar o conhecimento popular a respeito de uma

árvore.(C) assinalar o caráter singular da frase.(D) realçar a pouca importância do seu sentido no contexto.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

PIRATAS DO TIETÊ

(Folha de S. Paulo. 06 de outubro de 1992./Laerte)

No 1º quadrinho, no 2º balão a fala termina com o uso de reticências, indicando:

A) Dúvida. B) Surpresa.C) Que a fala não terminou.

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D) Que será feita uma pergunta.E) Término da história.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

Eu sou Clara

Sabe, toda a vez que me olho no espelho, ultimamente, vejo o quanto eu mudei por fora. Tudo cresceu: minha altura, meus cabelos lisos e pretos, meus seios. Meu corpo tomou novas formas: cintura, coxas, bumbum. Meus olhos (grandes e pretos) estão com um ar mais ousado. Um brilho diferente. Eu gosto dos meus olhos. São bonitos. Também gosto dos meus dentes, da minha franja... Meu grande problema são as orelhas. Acho orelha uma coisa horrorosa, não sei por que (nunca vi ninguém com uma orelha bonitona, bem-feita). Ainda bem que cabelo cobre orelha!

Chego à conclusão de que tenho mais coisas que gosto do que desgosto em mim. Isso é bom, muito bom. Se a gente não gostar da gente, quem é que vai gostar? (Ouvi isso em algum lugar...) Pra eu me gostar assim, tenho que me esforçar um monte.

Tomo o maior cuidado com a pele por causa das malditas espinhas (babo quando vejo um chocolate!). Não como gordura (é claro que maionese não falta no meu sanduíche com batata frita, mas tudo light...) nem tomo muito refri (celulite!!!). Procuro manter a forma. Às vezes sinto vontade de fazer tudo ao contrário: comer, comer, comer... Sair da aula de ginástica, suando, e tomar três garrafas de refrigerante geladinho. Pedir cheese bacon com um mundo de maionese.

Engraçado isso. As pessoas exigem que a gente faça um tipo e o pior é que a gente acaba fazendo. Que droga! Será que o mundo feminino inteiro tem que ser igual? Parecer com a Luíza Brunet ou com a Bruna Lombardi ou sei lá com quem? Será que tem que ser assim mesmo?

Por que um monte de garotas que eu conheço vivem cheias de complexos? Umas porque são mais gordinhas. Outras porque os cabelos são crespos ou porque são um pouquinho narigudas.

Eu não sei como me sentiria se fosse gorda, ou magricela, ou nariguda, ou dentuça, ou tudo junto. Talvez sofresse, odiasse comprar roupas, não fosse a festas... Não mesmo! Bobagem! Minha mãe sempre diz que beleza é “um conceito muito relativo”. O que pode ser bonito pra uns, pode não ser pra outros. Ela também fala sempre que existem coisas muito mais importantes que tornam uma mulher atraente: inteligência e charme, por exemplo. Acho que minha mãe está coberta de razão!

Pois bem, eu sou Clara. Com um pouco de tudo e muito de nada.RODRIGUES, Juciara. Difícil decisão. São Paulo: Atual, 1996.

No trecho “...nem tomo muito refri (celulite!!!).” (ℓ.25), a repetição do “ponto de exclamação” sugere que a personagem tem

(A) incerteza quanto às causas da celulite.(B) medo da ação do refrigerante.(C) horror ao aparecimento da celulite.(D) preconceito contra os efeitos da celulite.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

No terceiro quadrinho, os pontos de exclamação reforçam idéia de

(A) comoção. (B) contentamento. (C) desinteresse. (D) surpresa.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Boa Ação

(...) De repente, zapt, a cusparada veio lá do alto do edifício e varreu-lhe o braço direito que nem onda de ressaca. Horror, nojo, revolta: no meio das três sensações, o triste consolo de não ter sido no rosto, nem mesmo no vestido.

Como limpar “aquilo” sem se sujar mais? Teve ímpeto de atravessar a rua, a praia, meter-se de ponta cabeça no mar. Depois veio a ideia de entrar no primeiro edifício, apertar a primeira campainha, rogar em pranto à dona da casa: “Me salve desta imundície!”

ANDRADE, Carlos Drummond de. Boa ação. In: Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.

O uso das aspas no trecho “Me salve desta imundície!” revela(A) a revolta pela situação vivida.(B) a intenção de fala do personagem.(C) o destaque dado a palavras do texto.(D) o estranhamento da personagem diante do fato.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

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Revista o Globo, 10/01/2010

O formato dos parênteses, na primeira imagem, após a pergunta, reforça a ideia de que

(A) a reeducação alimentar inclui muitos sacrifícios.(B) o uso do pão anunciado contribui para o bom

funcionamento do intestino.(C) o funcionamento do intestino regulariza a vida do

indivíduo.(D) a alimentação equilibrada é fundamental para a saúde.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

O perigo alado(Cordel de Gonçalo Ferreira da Silva)

[...]

SILVA, Gonçalo Ferreira. O perigo alado. Poema em cordel.Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Literatura de cordel.

2002.

As aspas foram usadas, no início do terceiro verso, para destacar

(A) um comunicado do governo.(B) uma citação de outro autor.(C) um comentário do autor.(D) uma notícia de jornal

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

Toca o despertador e meu pai vem me chamar:— Levanta, filho, levanta, tá na hora de acordar.Uma coisa, no entanto, impede que eu me levante:sentado nas minhas costas, há um enorme elefante.Ele tem essa mania, todo dia vem aqui.Senta em cima de mim, e começa a ler gibi.O sono, que estava bom, fica ainda mais pesado.Como eu posso levantarCom o bichão aí sentado?O meu pai não vê o bicho, deve estar ruim de vista.Podia me deixar dormindo, enquanto ia ao oculista...Espera um pouco, papai... Não precisa ser agora.daqui a cinco minutos o elefante vai embora!Mas meu pai insiste tanto, que eu levanto, carrancudo.Vou pra escola, que remédio,Com o bicho nas costas e tudo!

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Page 151: Apostila 9º Ano

Nos versos "Vou pra escola, que remédio, com o bicho nas costas e tudo!"O ponto de exclamação na final enfatiza que o menino ficou

(A) conformado.(B) admirado.(C) assustado.(D) desconfiado.

------------------------------------------------------------Você pensou que fosse o quê?- Nada não...Neste final de diálogo, o sinal de reticências é bastante expressivo, pois o leitor deve entender que o pensamento do garoto poderia se expressar com mais esta frase, que ele não quis dizer:

(A) Nunca imaginei que alguém adivinharia o meu desejo.(B) Estava pensando que depois poderíamos jogar juntos.(C) Achei que era um brinquedo mais sofisticado.(D) É que eu nunca tinha visto uma bola de verdade.

------------------------------------------------------------(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Essa Velhinha- Desculpe entrar assim sem pedir licença... - Doença! - Não,... quem está doente? - Mas quem está doente? - Não – Sorriu o homem -, a senhora entendeu errado. - Resfriado? - Ora... quer dizer... bem, eu estava lá fora e ... - Xi! Catapora? - Senhora, por favor não confunda... - Caxumba!!! Cuidado, menino, isso é perigoso... Sabe,

sei fazer um chazinho muito bom pra caxumba.

Os pontos de exclamação em Caxumba!!!, exprimem: (A) Entusiasmo. (B) Dor. (C) Espanto. (D) Tristeza.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo.

NovatoAquele advogado recém-formado montou um luxuoso

escritório num prédio de alto padrão na Avenida Paulista e botou na porta uma placa dourada: “Dr. Antônio Soares – Especialista em Direito Tributário”.

No primeiro dia de trabalho, chegou bem cedo, vestindo o seu melhor terno, sentou-se atrás da escrivaninha e ficou aguardando o primeiro cliente. Meia hora depois, batem à porta.

Rapidamente, ele apanha o telefone no gancho e começa a simular uma conversa:

─ Mas é claro, Sr. Mendonça, pode ficar tranquilo! Nós vamos ganhar esse negócio! O juiz já deu parecer favorável! Sei... Sei... Como? Meus honorários? Não se preocupe, o senhor pode pagar os outros 50 mil na semana que vem! É claro!... O senhor me dá licença agora que eu tenho um outro cliente aguardando, ok? Obrigado... Um abraço!

Bate o fone no gancho com força e vai atender o rapaz que o aguarda:

─ Pois não, o que o senhor deseja?─ Eu vim instalar o telefone...

Disponível em: <http://[email protected]>. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

O trecho em que o uso das reticências sugere “mal-estar” éA) “Sei... Sei...”.B) “É claro!...”.C) “Obrigado... Um abraço!”.D) “– Eu vim instalar o telefone...”.

------------------------------------------------------------(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

Guia do visitanteUm bom momento de lazer e entretenimento pode estar

aliado à arte, cultura e história.O MON realmente acredita nesta proposta e pretende ser

um organismo vivo, que abriga ideias, pensamentos e inquietações na forma de obras, manifestações artísticas, exposições. Um local para a comunidade conhecer e se reconhecer. Aproveite. Frequente. Visite e volte sempre. Bem-vindo a esse patrimônio do povo brasileiro. Bem-vindo ao nosso Museu. O Museu Oscar Niemeyer. [...]DICAS DE VISITAÇÃO:

• Inicie sua visita pelas salas expositivas no piso superior.

• No subsolo, não deixe de conhecer o Espaço Oscar Niemeyer e a Galeria Niemeyer

• Finalize sua visita na Torre e no famoso Olho.• Caso tenha utilizado o guarda-volumes, não esqueça de

retirar seus pertences ao final da visita.• Não toque nas obras de arte. As peças são únicas e

muito delicadas. Ajude-nos a preservar o patrimônio para as futuras gerações.

• As exposições só podem ser fotografadas mediante autorização, utilizando apenas câmeras de uso pessoal, sem flashes ou luzes fortes.

• As salas de exposição são mantidas em temperaturas mais baixas e com umidade controlada. Essas condições são ideais para a conservação das obras e seguem critérios museológicos de padrão internacional.

Guia do Visitante, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR, dez. 2010, p. 1. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Nesse texto, em “DICAS DE VISITAÇÃO”, os três primeiros tópicos estão em destaque para

A) alertar o visitante sobre a Torre e o Olho.B) destacar cuidados que o visitante deve observar.C) orientar sobre pontos de destaque do museu.D) reforçar as ordens de visitação ao museu.

------------------------------------------------------------(SARESP 2010). Leia o texto abaixo.

Fonte: ZIRALDO. Menino Maluquinho. Disponível em:

<http://www.meninomaluquinho.com.br/PaginaTirinha/>. Acesso em: out. 2008.

No segundo quadrinho, o ponto de interrogação indica que a menina

(A) ficou alegre com que o Maluquinho falou. (B) ficou com raiva do que o Maluquinho disse. (C) quer dar uma opinião sobre a fala de Maluquinho. (D) quer saber o que Maluquinho quis dizer.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

Lorotas de pescador(Velha anedotinha)

João e José dois velhos amigos que gostavam de pescar, comparavam suas proezas esportivas, como sempre um procurando superar o outro.

— Outro dia eu pesquei um bagre — disse João —, e nem queira saber, era o maior bagre que olhos mortais já viram. Pesava pelo menos duzentos quilos.

— Isso não é nada - respondeu José. — Outro dia eu estava pescando, e adivinhe o que veio pendurado no meu

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anzol? Uma lâmpada de navio, com uma data gravada nela: A.D.1392l Imagine só: cem anos antes da descoberta da América por Cristóvão Colombo.

E não é só isso: dentro da lâmpada havia uma luz, e ela ainda estava acesa!

João olhou para a cara de José e ficou calado por um momento. Mas logo sorriu e disse:

— Olhe aqui, José, vamos entrar num acordo. Eu abato 198 quilos do meu bagre. E você apaga a luz da sua lâmpada, está bem?

BELINKY, Tatiana. Mentiras... e mentiras. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2004.

No trecho “... e ela ainda estava acesa!” (ℓ. 16), a exclamação sugere

A) coragem.B) emoção.C) respeito.D) valorização.

------------------------------------------------------------(SEPR). Leia o texto abaixo.

No segundo quadrinho, o ponto de interrogação e reticências reforçam a idéia de:

A) Perplexidade e contrariedade.B) Dúvida e admiração.C) Surpresa e conclusão.D) Reflexão e questionamento.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.quadrinho.com/chantal/tiras/0028.php>.

O ponto de exclamação em todos os quadros indica que o homem encara a nova realidade com

A) decepção.B) entusiasmo.C) preocupação.D) tristeza.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

ALMEIDA, Guilherme de. Disponível em <http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=8364> Acesso em:

07 jun. 2009.

No trecho “ao longo das sarjetas, na enxurrada...” (v. 8), as reticências sugerem

A) continuidade.B) hesitação.C) medo.D) omissão.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

“O toque de recolher serve apenas para o recolhimento de crianças e adolescentes em situações de risco [...] Em agosto de 2005, quando começou o toque de recolher em Fernandópolis, por dia, chegávamos a recolher das ruas 40 a 50 adolescentes [...].

Hoje, nas nossas operações, dificilmente recolhemos mais de 10 adolescentes em situação de risco. Na última ronda, realizada nesta sexta (24), recolhemos apenas três”, conta Pelarin.

Juiz Evandro Pelarin – Titular da Vara da Infância e Juventude de Fernandópolis e autor dotoque de recolher na cidade.

Texto 2“Sou contra o toque de recolher por vários e inúmeros

aspectos. Primeiro, porque contraria o direito à liberdade, que está no artigo 227 da Constituição Federal. No Estatuto da Criança e do Adolescente também diz que é crime qualquer autoridade privar crianças ou adolescentes de suas liberdades, procedendo a sua apreensão sem estarem em flagrante ou inexistindo uma ordem prescrita da autoridade judiciária, só pode ser prescrita após uma declaração”, diz o especialista.

Ariel de Castro Alves – Advogado, especialista em direitos humanos e direitos da criança e do adolescente e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

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Page 153: Apostila 9º Ano

Disponível em: <http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/news/2009/04/29/202189-bate-rebate-toque-de-recolher-para-menores-divide-aopiniao-

de-especialistas>. Acesso em: 28 mar. 2010. Fragmento.

Nesses dois textos, o uso das aspas indicaA) a ocorrência de uma fala coloquial.B) a marcação de um discurso.C) o destaque de expressões jurídicas.D) o realce de informações.

------------------------------------------------------------(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de Deus, Pico das Agulhas Negras... São muitos os nomes das montanhas. Estas que citamos são apenas uma amostra das mais famosas que estão espalhadas pelo Brasil.

Os nomes dados aos elementos da paisagem tinham função semelhante à de um mapa: serviam para indicar rotas de caça, de água, de tipos de alimentos ou mesmo de abrigos referentes aos lugares por onde precisariam tornar a passar.

FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007. Fragmento.

Na primeira linha, as reticências (...) foram usadas paraA) citar uma montanha que é a mais famosa de todas.B) destacar algumas montanhas que o autor prefere.C) indicar que há outras montanhas além daquelas citadas.D) iniciar uma explicação ao leitor sobre as montanhas.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo e responda as questões 1 e 2.

Antes do dia partirPaulo Mendes Campos, em uma de suas crônicas

reunidas no livro “O Amor Acaba”, diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente. Eu tenho, há anos, isso como lema.

É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o prefixo e saindo do ar, eu penso: o que valeu a pena hoje? Sempre tem alguma coisa. Uma proposta de trabalho. Um telefonema. Um filme. Um corte de cabelo que deu certo. Até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava ermo dentro da gente.

Já para algumas pessoas, ganhar o dia é ganhar mesmo: ganhar um aumento, ganhar na loteria, ganhar um pedido de casamento, ganhar uma licitação, ganhar uma partida.

Mas para quem valoriza apenas as megavitórias, sobram centenas de outros dias em que, aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que vivem dizendo que a vida não é boa, e seguem cultivando sua angústia existencial com carinho [...], mesmo já tendo seu superapartamento, sua bela esposa, seu carro do ano e um salário aditivado.

Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes. Uma segunda-feira valeu por um programa de rádio que fez um tributo aos Beatles e que me arrepiou, me transportou para uma época legal da vida, me fez querer dividir aquele momento com pessoas que são importantes pra mim. Na terça, meu dia não foi em vão porque uma pessoa que amo muito recebeu um diagnóstico positivo de uma doença que poderia ser mais séria. Na quarta, o dia foi ganho porque o aluno de uma escola me pediu para tirar uma foto com ele. Na quinta, uma amiga que eu não via há meses ligou me convidando para almoçar. Na sexta, o dia não partiu inutilmente, só por causa de um cachorro-quente.

E assim correm os dias, presenteando a gente com uma música, um crepúsculo, um instante especial que acaba compensando 24 horas banais.

Claro que têm dias que não servem pra nada, dias em que ninguém nos surpreende, o trabalho não rende e as horas arrastam-se melancólicas, sem falar naqueles dias em que tudo dá errado: batemos o carro, perdemos um cliente e o encontro da noite é desmarcado.

Pois estou pra dizer que até a tristeza pode tornar um dia especial, só que não ficaremos sabendo disso na hora, e sim lá

adiante, naquele lugar chamado futuro, onde tudo se justifica. É muita condescendência com o cotidiano, eu sei, mas não deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguardar com entusiasmo o dia de amanhã...

MEDEIROS, Martha. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 70-71. Fragmento.

No trecho “é o único meio de a gente aguardar com entusiasmo o dia de amanhã...” (ℓ. 30), as reticências sugerem

A) convite à reflexão.B) final irônico.C) hesitação.D) sentimentalismo.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

BOMBABOA, A BOMBA QUE TINHA CORAÇÃOEsta é a história de Bombaboa, a bomba que tinha

coração.Um dia, Bombaboa foi levada por um avião, para destruir

uma cidade. De repente, ela sentiu que estava caindo, caindo, caindo. Bombaboa fez então um grande esforço e conseguiu se desviar do alvo, indo cair sobre um monte de feno, numa fazendinha.

Como o feno era macio, ela não explodiu: e o cansaço foi tanto, que ela adormeceu...

E sonhou. Era um sonho lindo! Estava cercada de crianças que lhe pediam para brincar. Mas o sonho durou pouco... Por outras mãos ela foi levada. Não demorou muito e Bombaboa viu que estava sobre outra cidade. E novamente sentiu que deveria matar e destruir. Fez um grande esforço para se desviar do alvo. De nada adiantou.

EXPLODIU! Mas em lugar de morte e destruição, ela cobriu o céu de flores, numa explosão de alegria. Naquele dia, os moradores da cidade cantaram e dançaram, comemorando o milagre florido.

LUZ, Ivam. Bombaboa, a bomba que tinha coração. Belo Horizonte: Editora Lê, 1994.

No trecho “Era um sonho lindo!” o ponto de exclamação indicaA) susto.B) admiração.C) medo.D) dúvida.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

O gambá

No silêncio circular da praça, a esquina iluminada. O patrão aguardava a hora de apagar as luzes do café. O garçom começou a descer as portas de aço e olhou o relógio: meia-noite e quarenta e cinco. O moço da farmácia chegou para o último cafezinho. Até ser enxotados, uns poucos fregueses de sempre insistiam em prolongar a noite. Mas o bate-papo estava encerrado.

Foi quando o chofer de táxi sustou o gesto de acender o cigarro e deu o alarme: um gambá! Correram todos para ver e, mais que ver, para crer. Era a festa, a insólita festa que a noite já não prometia. Ali, na praça, quase diante do edifício de dez andares, um gambá.

Vivinho da silva, com sua anacrônica e desarmada arquitetura.

No meio da rua – como é que veio parar ali? Um frêmito de batalha animou os presentes.

Todos, pressurosos, foram espiar o recém-chegado. Só o Corcundinha permaneceu imóvel diante da mesa de mármore. O corpo enterrado na cadeira, as grossas botinas mal dispensavam as muletas. O intruso não lhe dizia respeito. Podia sorver devagarinho o seu conhaque.

Encolhido de medo e susto, o gambá não queria desafiar ninguém. Mas seus súbitos inimigos a distância mantinham uma divertida atitude de caça. Ninguém sabia por onde começar a bem-vinda peleja. Era preciso não desperdiçar a dádiva que tinha vindo alvoroçar

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a noite de cada um dos circunstantes.REZENDE, Oto Lara. O gambá. In: O elo perdido & outras

histórias. 5 ed. São Paulo: Ática, 1998. p.12. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

No trecho “... um gambá!” (ℓ. 6-7), a exclamação expressaA) alegria.B) exagero.C) medo.D) surpresa.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?

[...] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo. Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida. “No entanto, isso representa menos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algumas vezes abaixo de – 40 oC, está aumentando.

Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora e chega como neve ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global levará ao aumento de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes a se depreender da Península Antártica.

Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamaica”, compara Osório – é mantido por uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura.

Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.

No trecho “Explica-se: a camada que está...” (ℓ . 1-2), os dois pontos foram empregados para

A) acrescentar um argumento.B) definir um conceito.C) introduzir um esclarecimento.D) questionar um dado.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia os textos abaixo e responda.

O príncipe dragão

Era uma vez um imperador que vivia conquistando países alheios. A cada conquista, ele obrigava o rei derrotado a lhe enviar um de seus fi lhos para servi-lo durante dez anos. Esse era o preço da paz.

Um velho soberano resistiu por muito tempo aos exércitos do imperador, mas também acabou se rendendo. Só que tinha três filhas e nenhum varão. Como poderia assegurar a paz de seu povo?

Vendo-o caminhar de um lado para o outro, as princesas lhe perguntaram a causa de tamanha aflição.

O rei lhes contou tudo, concluindo com um suspiro: “Ah, se eu tivesse um filho homem!”. “Somos mulheres, mas não somos inúteis!”, elas protestaram.

“Claro que não! Vocês sabem fiar, tecer, costurar... Mas não sabem empunhar uma espada e enfrentar o inimigo no campo de batalha!”.

“Pois vou lhe provar que está enganado!”, a fi lha mais velha declarou, ferida em seus brios. Depois de vestir uma reluzente armadura, foi até o estábulo e escolheu um fogoso cavalo de pelagem prateada e olhos faiscantes. Montou-o, decidida e partiu.

O velho rei, que era mágico, transformou-se num grande lobo cinzento e se escondeu sob a ponte por onde sua filha ia passar. Quando a moça se aproximou, toda garbosa em seu belo cavalo, o lobo saltou para a ponte, arreganhando os dentes e soltando um uivo assustador. Foi o bastante para arrepiar carreira a todo o galope.

Valendo-se de seus poderes mágicos, o rei num instante voltou ao palácio e esperou. Quando a filha chegou, ofegante e apavorada, abraçou-a com carinho e disse: “Obrigado pelo esforço, querida, mas mosca não produz mel”.

PHILIP, Neil. In: A volta ao mundo em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998, p. 94. Fragmento.

No trecho “Como poderia assegurar a paz de seu povo?” (ℓ . 9), o sinal de interrogação denota

A) desânimo.B) medo.C) raiva.D) surpresa.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

O bicho Folharal

Havia seca no sertão e somente uma cacimba ao pé de uma serra tinha ainda um pouco de água. Todos os animais selvagens eram obrigados a beber ali. A onça ficou à espera da raposa, junto da cacimba, dia e noite. Nunca a raposa sentira tanta sede. Ao fim de três dias já não aguentava mais. Resolveu ir beber, usando duma astúcia qualquer.

Achou um cortiço de abelhas, furou-o e com o mel que dele escorreu untou todo o seu corpo. Depois, rolou num monte de folhas secas, que se pregaram aos seus pelos e cobriram-na toda. Imediatamente, foi à cacimba. A onça olhou-a bem e perguntou:

– Que bicho és tu que eu não conheço, que eu nunca vi? – Sou o bicho Folharal. – respondeu a raposa.– Podes beber.A raposa desceu a rampa do bebedouro, meteu-se na

água, bebendo-a com delícia e a onça lá em cima, desconfiada, vendo-a beber demais, como quem trazia uma sede de vários dias, dizia:

– Quanto bebes, Folharal!Quando já havia bebido o suficiente, a última folha caíra,

a onça reconhecera a inimiga esperta e pulara ferozmente sobre ela, mas a raposa conseguira fugir.

Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br/ct02a.htm>. Acesso em: 02 jul. 09. Fragmento. *Adaptado: Reforma

Ortográfica.

Na expressão “– Quanto bebes, Folharal!” (ℓ. 22), o ponto de exclamação sugere

A) admiração.B) curiosidade.C) desconfiança.D) preocupação.

------------------------------------------------------------

D25 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticasA habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor, refere-se à identificação pelo aluno do sentido que um recurso ortográfico, como, por exemplo, diminutivo ou, aumentativo de uma palavra, entre outros, e/ou os recursos morfossintáticos (forma que as palavras se apresentam), provocam no leitor, conforme o que o autor deseja expressar no texto. Essa habilidade é

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Page 155: Apostila 9º Ano

avaliada por meio de um texto no qual se requer que o aluno identifique as mudanças de sentido decorrentes das variações nos padrões gramaticais da língua (ortografia, concordância, estrutura de frase, entre outros) no texto.

/(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A melhor amiga do homemDiogo Schelp

Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura.

O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]

A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.

Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.

O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:

A) “Acusam-se as chifrudas...”. (ℓ . 5)

B) “...homem e vaca são unha e carne”. (ℓ . 7)

C) “...o papel dos bovinos...”. (ℓ . 10)

D) “...animal sagrado.”. (ℓ . 14)

E) “...nem que a vaca tussa...”. (ℓ . 22-23)

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

É preciso casar João,é preciso suportar, Antônio,é preciso odiar Melquíadesé preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,é preciso crer em Deus,é preciso pagar as dívidas,é preciso comprar um rádio,é preciso esquecer fulana.

É preciso viver com os homensé preciso não assassiná-los,é preciso ter mãos pálidase anunciar O FIM DO MUNDO.

Carlos Drummond de Andrade. www.angelfire.com/celeb/olobo/necessidaded.html

Nesse texto, a repetição sugereA) atenção.B) destruição.C) necessidade.D) preocupação.E) rotina.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

A raposa e as uvas

Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando.

O matreiro bicho torceu o focinho:– Estão verdes – murmurou – Uvas verdes, só para

cachorros.E foi-se.Nisto deu um vento e uma folha caiu.A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se

a farejar...Quem desdenha quer comprar.

LOBATO, Monteiro. Fábulas. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1973. p. 47.

Nesse texto, a palavra “carregadinha” tem a ver comA) o sabor das frutas.B) a altura da parreira.C) o tamanho dos cachos.D) o estado das uvas: madurinhas.E) a quantidade de uvas produzidas.

------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo.

Jornal Folha de São Paulo, 27/04/2005.

O recado “anti-EUA”, gravado por Chávez, indica que o presidente se manifesta em

A) sintonia com os EUA.B) oposição aos EUA.C) lugar dos EUA.D) contato com os EUA.E) direção aos EUA.

------------------------------------------------------------Leia o texto a seguir e responda.

Você não entende nadaQuando eu chego em casa nada me consolaVocê está sempre aflitaCom lágrimas nos olhos de cortar cebolaVocê é tão bonita

Você traz coca-colaEu tomo

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Page 156: Apostila 9º Ano

Você bota a mesaEu como eu como eu como eu como eu comoVocêNão tá entendendo quase nada do que eu digoEu quero é ir-me emboraEu quero dar o foraE quero que você venha comigo

Eu me sentoEu fumoEu comoEu não agüentoVocê está tão curtidaEu quero é tocar fogo nesse apartamentoVocê não acreditaTraz meu café com suítaEu tomoBota a sobremesaEu como eu como eu como eu como eu comoVocêTem que saber que eu quero é correr mundoCorrer perigoEu quero é ir-me emboraEu quero dar o foraE quero que você venha comigo.

(VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você Não Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura. 1998)

A repetição da expressão “eu quero”, em diversos versos, tem por objetivo

(A) fazer associações de sentido.(B) refutar argumentos anteriores.(C) detalhar sonhos e pretensões.(D) apresentar explicações novas.(E) reforçar a expressão dos desejos.

------------------------------------------------------------(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Coisas do mundo

A juventude é realmente uma fase encantadora. Descobrir o mundo, experimentar, buscar novos horizontes, desvendar os mistérios da vida... Enfim, a primeira vez a gente nunca esquece! Seja lá qual for a novidade, é absolutamente inebriante esse momento da descoberta.

As coisas que acontecem na adolescência ficam impressas na memória, na pele, na alma e, geralmente, nos remetem às melhores coisas do mundo.

PAULA, Maria. Crônica da revista. In: REVISTA DO CORREIO. 2 mai. 2010, p, 37. Fragmento.

Patricinhas do skate

De unhas pintadas e roupas da moda, elas enterram o estereótipo rebelde Você já deve ter se deparado com uma delas. Estão sempre de unhas pintadas, cabelo arrumado, calça de cintura baixa e camiseta baby look. Nas mãos, o longboard – a versão mais comprida do skate tradicional. Sim, essas princesinhas estão se fazendo notar por aí. Por muito tempo, o visual das skatistas foi propositalmente desleixado. Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho. Agora, as novas skatistas têm cara de saudáveis, roupas limpinhas e pouca afinidade com as manobras radicais do skate. “Não é porque eu estou andando de skate que vou mudar meu estilo”, diz Mitzi Iannibelli, 18, que adora reggae e faz as unhas toda semana – “sempre quadradas e sem cutícula’’. Mitzi se diz adepta do estilo mulherzinha, que ela define como “short com a barriga de fora e camisa baby look’’. Recém-formada em estilismo, Amanda Assunção, 21, também critica o guarda-roupa rebelde: “Aquelas roupas grunges não tem nada a ver. Não gosto de estar largadona’’, diz, ajeitando o colar de pedrinhas azuis no pescoço.

O que se vê nas ruas já chama atenção das lojas especializadas. Na Kelly Connection, na Galeria River (Arpoador), de cada 10 skates vendidos, 7 são comprados por mulheres. “É impressionante como tem menina começando’’, diz Nathalia Despinoy, 29, dona da loja e skatista amadora. Segundo afirma, houve uma mudança notável no perfil das skatistas: “Elas têm um envolvimento menor com o esporte, não usam nada muito louco, nada grunge.’’

As novas skatistas divergem de suas antecessoras até no gosto musical. Dead Kennedys e Pennywise já não têm mais lugar no porta-CDs, que guarda agora discos de Bob Marley, Billie Hollyday, Natiruts, Cássia Eller e Marisa Monte. Além do visual e da música, as longboarders têm uma relação menos profissional com o skate, em que a performance não é tão importante. Isabelle Valdes, 21, gosta de descer as Paineiras no seu long. Mas não faz pose e assume que só encara a versão light da descida. “Lá de cimão, eu ainda não tenho coragem’’, diz.

Jornal do Brasil. Disponível em:<http://quest1.jb.com.br/jb/papel/cadernos/domingo/2001/07/07/jordom20010707005.html>

Acesso em: 08 jul. 2001.

No trecho “Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o

estilo grunge com um ar rebeldezinho.”(ℓ . 9-10-11), o diminutivo é utilizado com o intuito de

A) demonstrar ternura e afeto pelas garotas que se vestem desse modo.

B) fazer uma crítica às garotas que se vestem como rebeldes, mas não são.

C) identificar as patricinhas skatistas como sendo mais saudáveis e limpas.

D) indicar uma progressão de alguém novato para outro mais experiente.

E) referir-se ao tamanho das garotas.

------------------------------------------------------------(2ª P.D – Seduc-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Trem de ferroCafé com pão Café com pão Café com pão Virge maria que foi isso maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força Oô... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matá minha sede Oô... Vou mimbora Vou mimbora Não gosto daqui Nasci no sertão Sou de Ouricuri Oô... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente

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Page 157: Apostila 9º Ano

Pouca gente Pouca gente...

BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.

A expressão “café com pão”, repetida por três vezes no início do poema, sugere

A) o barulho do trem. B) a voz do maquinista. C) a conversa dos passageiros. D) a voz da menina bonita. E) o linguajar do povo do sertão.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

A CHUVAA chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os

rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol.

Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso é utilizado para

(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade. (B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos. (C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva. (D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.

------------------------------------------------------------(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

A gansa dos ovos de ouro(Fábula de Esopo recontada por Ana Maria Machado)

Era uma vez um casal de camponeses que tinha uma gansa muito especial. De vez em quando, quase todo dia, ela botava um ovo de ouro. Era uma sorte enorme, mas em pouco tempo ele começaram achar que podiam ficar muito mais ricos se ela pusesse um ovo daqueles por hora ou a todo momento que eles quisessem. Falavam nisso sem parar, imaginando o que fariam com tanto ouro.

- Que bobagem a gente ficar esperando que todo dia saia dessa gansa um pouquinho... Ela deve ter dentro dela um jeito especial de fabricar ouro. Isso era o que a gente precisava.

- Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um aparelho, alguma coisa assim. Se a gente pegar pra nós, não precisa mais da gansa.

- E... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar muito rico. E resolveram matar a gansa para pegar todo o ouro. Mas dentro não tinha nada diferente das outras gansas

que eles já tinham visto – só carne, tripa, gordura... E eles não pegaram mais ouro. Nem mesmo ganharam

um ovo de ouro, nunca mais.

A palavra Isso marcada no texto se refere a:

(A) Um pouquinho de tempo de que o casal precisava para cuidar da gansa.

(B) A bobagem de achar que dentro da gansa tinha ouro. (C) Um modo de produzir ouro. (D) Uma maneira menos cruel de matar a gansa.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

Domingo em Porto Alegre(Fragmento)

Enquanto Luiza termina de pôr a criançada a jeito, ele confere o dinheiro que separou e o prende num clipe. Tudo em ordem para o grande dia. Passa a mão na bolsa das merendas e se apresenta na porta do quarto.

─ Tá na hora, pessoal.─ Já vai, já vai, - diz a mulher.Mariana quer levar o bruxo de pano, Marta não consegue

afivelar a sandalinha, Marietinha quer fazer xixi e Luiza se multiplica em torno delas.

─ Espero vocês lá em baixo.Luiza se volta.─ Por favor, vamos descer todos juntos.Todos juntos, como uma família, papai e mamãe de

braços dados à frente do pequeno cortejo de meninas de tranças.

─ Chama um carro – o passeio de táxi também faz parte do domingo. As meninas vão com a mãe no banco de trás. Na frente, ele espicha as pernas, recosta a nuca, que conforto um automóvel e o chofer não é como o do ônibus, mudo e mal-humorado, e até puxa conversa.

─ Dia bonito, não?─ Pelo menos isso.─ É, a vida tá dureza...Dureza é apelido e do Alto Petrópolis ao Bom Fim viajam

nesse tom, tom de domingo e na sua opinião não é verdade que esse país já tá com a vela?

Na calçada, Luiza lhe passa o braço e comenta que o choferzinho era meio corredor. Ele concorda e acha também que era meio comunista.

E caminham.Nas vitrinas do Bom Fim vão olhando os ternos da sala,

as mesinhas de centro, os quartos que sonham comprar um dia. Luiza se encanta num abajur dourado, que lindo, ficaria tão bem ao lado da poltrona azul. E caminham. [...]

FARACO, Sérgio. Majestic hotel. Porto Alegre: L&PM, 1991, p. 47.

O uso da palavra chofer (l. 21) no diminutivo revela um tom deA) confiança. B) desprezo.C) intimidade. D) nervosismo.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo e responda.

Grampo na linhaMe grampearam! A voz era cavernosa:– Senhor Domingos?– Sim.– Nós grampeamos seu telefone.– O quê? Quem está falando?– O senhor vai receber a fita já-já.Desligou, e eu ainda estava pensando quem poderia me

passar um trote assim, tocou a campainha. Era um mototaxista, que nem tirou o capacete:

– Senhor Domingos? Para o senhor.Me deixou nas mãos uma caixinha e se foi. Abri, é uma

fita que começa com a voz cavernosa avisando: você vai ouvir agora trechos selecionados de algumas conversas ao telefone. Ouça bem se não são conversas com-pro-me-te-do-ras... – a voz solta amplas reticências, em seguida vêm as gravações: [...]

Conspiração– Pellegrini?– Não, o papa! Você não ligou pro Vaticano? Sabe que

hora é?– Certo, certo...

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Page 158: Apostila 9º Ano

(Atenção – a voz cavernosa interrompe a conversa. – É claro que essa história de papa e Vaticano é uma senha, pois o assunto é grave, é coisa de sociedade secreta ou grupo terrorista! E continua a conversa... [...]

– Hein, Pellegrini? – a voz cavernosa e vitoriosa. – Quanto acha que vale essa fita? E o que acha que a gente devia fazer com ela?...

PELLEGRINI, Domingos. Ladrão que rouba ladrão e outras crônicas. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 2005. V. 33. *

Adaptado:Reforma Ortográfica.

Nesse texto, a escrita da palavra “com-pro-me-te-do-ras” (ℓ. 12) sugere

A) crítica. B) gravidade.C) hesitação. D) musicalidade.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.

Porquinho-da-índiaQuando eu tinha seis anosGanhei um porquinho-da-índia.Que dor de cabeça me davaPorque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!Levava ele pra salaPra os lugares mais limpinhosEle não gostava:Queria era estar debaixo do fogão.Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...– O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

No poema, o uso dos diminutivos “porquinho” (v. 2), “bichinho” (v. 4), “limpinhos” (v. 6) e “ternurinhas” (v. 9) indica

A) afetividade.B) deboche.C) desconsideração.D) insatisfação.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia os textos abaixo.

NEVES, Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte: Movimento Perspectiva, 1965.

A disposição das últimas palavras desse texto sugeremA) dor.B) giro.C) queda.D) volta.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo.

Barba Ruiva

Aqui está a lagoa de Paranaguá, limpa como um espelho e bonita como noiva enfeitada.

Espraia-se em quinze quilômetros por cinco de largura, mas não era, tempo antigo, assim grande, poderosa como um

braço de mar. Cresceu por encanto cobrindo mato e caminho, por causa do pecado dos homens.

Nas salinas, ponta leste do povoado de Paranaguá, vivia uma viúva com três filhas. O rio Fundo caía numa lagoa pequena no meio da várzea.

Um dia, não se sabe como, a mais moça das filhas da viúva adoeceu e ninguém atinava com a moléstia. Ficou triste e pensativa.

Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter ocasião de levar a moça ao altar.

Chegando o tempo, descansou a moça nos matos e querendo esconder a vergonha, deitou o filhinho num tacho de cobre e sacudiu-o dentro da lagoa.

O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Mãe-d’Água, tremendo de raiva na sua beleza feiticeira. Amaldiçoou a moça que chorava, e mergulhou.

As águas foram crescendo, subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando, encharcando, atolando, aumentando sem cessar, cumprindo uma ordem misteriosa. Tomou toda a várzea, passando por cima das carnaubeiras e buritis, dando onda como maré de enchente na lua.

Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ninguém podia morar na beira, porque, a noite inteira, subia do fundo d’água um choro de criança, como se chamasse a mãe para amamentar.

Ano vai e ano vem, o choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moço, airoso, muito claro, menino de manhã, com barbas ruivas ao meio-dia e barbado de branco ao anoitecer.

Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa desaparecendo.

Nenhuma mulher bate roupa e toma banho sozinha, com medo do Barba Ruiva. Homem de respeito, doutor formado tendo encontrado o Filho da Mãe-d’Água, perde o uso de razão, horas e horas.

Mas o Barba Ruiva não ofende a ninguém. Corre sua sina nas águas de Paranaguá, perseguindo mulheres e fugindo dos homens.

Um dia desencantará. Se uma mulher atirar na cabeça dele água benta e um rosário indulgenciado. Barba Ruiva é pagão e deixa de ser encantado sendo cristão.

CASCUDO, Luís Câmara. Lendas brasileiras. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. p. 39-40.

No trecho “As águas foram crescendo, subindo e correndo ... ” ( . 14), a ordem em que as palavras destacadas aparecem nesse texto sugere

A) exagero.B) gradação.C) oposição.D) repetição.

------------------------------------------------------------(SAEPI). Leia o texto abaixo e responda.

Nino quer um AMIGO

– Nino, por que você está sempre tão sério e cabisbaixo?Nino vivia triste. Ele se sentia sozinho. Ninguém queria

ser amigo dele. Pobre menino.Um dia, na praia, ele ficou esperançoso de encontrar um

amigo.– Ah, um menino. Quem sabe..., e tentou chegar perto

dele.Mas o menino virou para o lado, cavou um buraco.E ainda jogou areia no Nino.Coitado dele. [...]Até que um dia, ele tinha desistido de procurar.Pensando em por que quanto mais tentava encontrar um

amigo, mais sozinho se sentia...Ficou distraído, pensando, e adormeceu.Quando acordou, olhou-se no espelho.Enquanto escovava os dentes, percebeu que fazia muitas

caretas.

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Page 159: Apostila 9º Ano

Achou engraçado. Enxugou a boca e continuou brincando com o espelho.

Era riso daqui, riso de lá. Era língua do Nino e língua do espelho. Piscadela aqui, piscadela ali. Começou ali uma verdadeira folia. Era um jogo de reconhecimento entre Nino e sua imagem no espelho. E não é que Nino era bem engraçadinho? Ele mesmo nunca tinha reparado nisso antes.

Que cara legal era o Nino.Que garoto charmoso, bem-humorado!Nino ficou encantado com seu espelho.Fez-se ali uma grande amizade.E, depois dessa amizade, surgiram muitas outras.Nino hoje é um cara cheio de grandes amigos. Incluindo

ele mesmo.Valeu, Nino.

CANTON, Kátia. Nova Escola. v. 4, 2007.

Nesse texto, no trecho “E não é que Nino era bem engraçadinho?” (ℓ. 27-28), a palavra destacada foi empregada no diminutivo para indicar

A) afetividade.B) desprezo.C) ironia.D) tamanho.

------------------------------------------------------------(SEAPE). Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o Horrível. v. 3. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 54.

No quarto quadrinho, no trecho “O pobrezinho não entende”, a palavra destacada sugere

A) carinho.B) crítica.C) deboche.D) impaciência.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Patricinhas do skate

De unhas pintadas e roupas da moda, elas enterram o estereótipo rebelde Você já deve ter se deparado com uma delas. Estão sempre de unhas pintadas, cabelo arrumado, calça de cintura baixa e camiseta baby look. Nas mãos, o longboard –

a versão mais comprida do skate tradicional. Sim, essas princesinhas estão se fazendo notar por aí.

Por muito tempo, o visual das skatistas foi propositalmente desleixado. Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho. Agora, as novas skatistas têm cara de saudáveis, roupas limpinhas e pouca afinidade com as manobras radicais do skate. “Não é porque eu estou andando de skate que vou mudar meu estilo”, diz Mitzi Iannibelli, 18, que adora reggae e faz as unhas toda semana – “sempre quadradas e sem cutícula’’. Mitzi se diz adepta do estilo mulherzinha, que ela define como “short com a barriga de fora e camisa baby look’’.

Recém-formada em estilismo, Amanda Assunção, 21, também critica o guarda-roupa rebelde: “Aquelas roupas grunges não tem nada a ver. Não gosto de estar largadona’’, diz, ajeitando o colar de pedrinhas azuis no pescoço.

O que se vê nas ruas já chama atenção das lojas especializadas. Na Kelly Connection, na Galeria River (Arpoador), de cada 10 skates vendidos, 7 são comprados por mulheres.

“É impressionante como tem menina começando’’, diz Nathalia Despinoy, 29, dona da loja e skatista amadora. Segundo afirma, houve uma mudança notável no perfil das skatistas: “Elas têm um envolvimento menor com o esporte, não usam nada muito louco, nada grunge.’’

As novas skatistas divergem de suas antecessoras até no gosto musical. Dead Kennedys e Pennywise já não têm mais lugar no porta-CDs, que guarda agora discos de Bob Marley, Billie Hollyday, Natiruts, Cássia Eller e Marisa Monte. Além do visual e da música, as longboarders têm uma relação menos profissional com o skate, em que a performance não é tão importante. Isabelle Valdes, 21, gosta de descer as Paineiras no seu long. Mas não faz pose e assume que só encara a versão light da descida. “Lá de cimão, eu ainda não tenho coragem’’, diz.

Jornal do Brasil. Disponível em: <http://quest1.jb.com.br/jb/papel/cadernos/domingo/2001/07/07/j

ordom20010707005.html>Acesso em: 08 jul. 2001. No trecho “Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.”(ℓ. 10-11-12-13), o diminutivo é utilizado com o intuito de

A) demonstrar ternura e afeto pelas garotas que se vestem desse modo.

B) fazer uma crítica às garotas que se vestem como rebeldes, mas não são.

C) identificar as patricinhas skatistas como sendo mais saudáveis e limpas.

D) indicar uma progressão de alguém novato para outro mais experiente.

------------------------------------------------------------LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA:

O MÁGICO ERRADOArquibaldo era um mágico. Exatamente. Um homem

capaz de realizar maravilhas. Ou de maravilhar outras pessoas, se preferir. Mas havia um probleminha. E probleminha é modo de dizer, porque ele achava um proble-mão. Arquibaldo era um mágico diferente. Um mágico às avessas, sei lá como dizer.

Esse era o problema de Arquibaldo. Ele não sabia. Não conseguia, por mais que se concentrasse. Ele tirava bichos da cartola e do lenço. Era capaz de passar o dia inteirinho tirando bichos. Mas, se falasse: "Vou tirar..." Pronto! Tirava tudo que era bicho, menos o bichoanunciado. Por isso, andava tristonho da vida.Arquibaldo recordava-se dos espetáculos no circo. Embora preferisse nem lembrar. O apresentador apresentava com ar solene e voz emocionada. — E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, o maior mágico do mundo!Fonte: GALDINO, Luiz. O mágico errado. São Paulo: FTD, 1996.

Adaptado. Fonte: SARESP, 2010.

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Observe: “— E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, o maior mágico do mundo!”

(SARESP – 2010) A palavra grifada foi dividida em sílabas para(A) imitar o modo como o apresentador fala em circo.(B) explicar direito como se pronuncia o nome Arquibaldo.(C) criar uma dúvida sobre os poderes do mágico.(D) indicar que a mágica será muito perigosa.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda:

Para mostrar a diminuição da luz, o autor do poema(A) deixou a palavra diminuindo cada vez mais clara, até que

ela sumisse por completo.(B) escreveu apenas uma letra da palavra diminuindo e foi

acrescentando mais letras, até que a palavra aparecesse por completo.

(C) foi reduzindo a palavra diminuindo até que suas letras ficassem todas grudadas.

(D) começou escrevendo a palavra diminuindo completa e foi retirando letra por letra, até que restasse apenas a primeira letra da palavra.

------------------------------------------------------------(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Belém do Pará

Bembelelém!Viva Belém!

Belém do Pará porto moderno integrado na equatorial

Beleza eterna da paisagemBembelelém!Viva Belém!

Cidade pomar(Obrigou a polícia a classificar um tipo novo de delinqüente: O apedrejador de mangueiras)

Bembelelém!Viva Belém!

Belém do Pará onde as avenidas se chamam Estradas:Estrada de São JerônimoEstrada de Nazaré (...)

BANDEIRA, Manuel. Os melhores poemas de Manuel Bandeira.SeleçãoFrancisco de Assis Barbosa. São Paulo:

Global.1984.p.78.

As palavras “Bembelelém, Belém”, com repetição de sons semelhantes sugerem

A) brincadeira com palavras.B) evocação do repicar de sinos.C) homenagem a Belém do Pará.D) leveza da estrutura do poema.

------------------------------------------------------------

D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar quem fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, por meio da presença de marcas linguísticas (o tipo de vocabulário, o assunto, etc.), evidenciando, também, a importância do domínio das variações linguísticas que estão presentes na nossa sociedade. Essa habilidade é avaliada em textos nos quais o aluno é solicitado a identificar o locutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios sociais, como também são exploradas as possíveis variações da fala: linguagem rural, urbana, formal, informal, incluindo também as linguagens relacionadas a determinados domínio sociais, como, por exemplo, cerimônias religiosas, escola, clube, etc.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Perda da biodiversidadeAo redor do mundo, a biodiversidade (definida como o

total da variedade da vida) está diminuindo. Ainda que não se saiba com exatidão quantas espécies existem na Terra, calcula-se que haja de 5 a 50 milhões de espécies, das quais só se tem registro de 1.750.000, aproximadamente. Baseando-se na atual taxa de perda de espécies no planeta, estima-se que no ano 2000 um décimo de todas as espécies já havia desaparecido e essa proporção ascenderia a um terço em 2020.

Por isso, a perda da biodiversidade é um dos problemas ambientais mais graves do planeta. Além das considerações em termos éticos e estéticos da conservação das espécies, da sua preservação e dos ecossistemas, o presente e o futuro do ser humano também dependem da obtenção de alimento, matéria-prima e compostos químicos para medicamentos, assim como a manutenção de processos como o equilíbrio dos gases

atmosféricos, o clima e a conservação de solos. De fato, foi demonstrado que a alteração e a perda de biodiversidade dos habitats naturais, ocasionadas por atividades antropogênicas, afetam negativamente as funções dos ecossistemas, que são encarregadas de prover serviços ambientais, tanto das demais espécies silvestres como do ser humano.

Disponível em: <http://www.micromacro.tv/pdfs/saber_mas_portugues/biodiversi

dade/27perda_de_biodiversidade.pdf>.Acesso em: 29 jun.2011. Fragmento.

No Texto , no trecho “... foi demonstrado que a alteração e a perda de biodiversidade dos habitats naturais, ocasionadas por atividades antropogênicas,...” (ℓ. 22-23) predomina a linguagem representativa da área

A) biológica.B) econômica.C) jornalística.D) médica.

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E) política.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

ABREU, Casimiro. IN: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira. v. 2. São Paulo: Difel,

1968, p. 44.

A visão romântica que se evidencia nesse texto éA) a desilusão amorosa.B) a exaltação da morte.C) o amor irrealizado.D) o retorno à infância.E) o retorno ao passado.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Quanta pressa!Como vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de

vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O

Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo?

Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal?:-*

MônicaPINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo:

Salesiana, 2006. Fragmento.

Nesse texto, predomina a linguagem característica do meioA) acadêmico.B) esportivo.C) jurídico.D) político.E) virtual.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita retratam tipos urbanos femininos

As canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades.

Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, morais.

Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos,

composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam.

BRAIT, Beth. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096>.

Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento.

Na linha 12 desse texto, a palavra “mina” é representativa da linguagem

A) coloquial.B) jornalística.C) literária.D) padrão.E) técnica.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

DiáriosOs livros que mais me falam são os diários. Diários são

registros de experiências comuns acontecidas na simplicidade do cotidiano, experiências que provavelmente nunca se transformaram em livros. Não foram registradas para ser dadas a público. Quem as registrou, as registrou para si mesmo – como se desejasse capturar um momento efêmero que, se não fosse registrado, se perderia em meio à avalanche de banalidades que nos enrola e nos leva de roldão. Esse é o caso do Cadernos da Juventude, de Camus, um dos livros que mais amo, e que leio e releio sem nunca me cansar. Um “diário” é uma tentativa de preservar para a eternidade o que não passou de um momento. Álbuns de retratos da intimidade. Pois eu fiz um “Diário”: pensamentos breves que pensei ao correr da vida e dos quais não me esqueci. Pensamentos são como pássaros que vêm quando querem e pousam em nosso ombro. Não, eles não vêm quando os chamamos. Vêm quando desejam vir. E se não os registramos, voam para nunca mais. Isso acontece com todo mundo. Só que as pessoas, achando que a literatura se faz com pássaros grandes e extraordinários, tucanos e pavões, não ligam para as curruíras e tico-ticos... Mas é precisamente com curruíras e tico-ticos que a vida é feita

ALVES, Rubem. Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003, p. 51.

Nesse texto, a linguagem utilizada éA) jornalística.B) jurídica.C) literária.D) médica.E) política.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Onde trabalharO perito tem quatro possibilidades de emprego:• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é

chamada quando pinta um problema em outra empresa;• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém

seu próprio corpo de especialistas;• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal

ou por alguma pessoa ou empresa para trabalhar num caso específico;

• trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.

Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

No Texto, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:

A) “ser contratado por uma empresa de consultoria,”.B) “que é chamado quando pinta um problema...”.C) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.

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D) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de um tribunal...”.E) “proteger os sistemas antes de serem atacados por

hackers.”.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Mundo grandeNão, meu coração não é maior que o mundo.É muito menor.Nele não cabem nem as minhas dores.Por isso gosto tanto de me contar.Por isso me dispo.Por isso me grito,por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.Só agora vejo que nele não cabem os homens.Os homens estão cá fora, estão na rua.A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.Mas também a rua não cabe todos os homens.A rua é menor que o mundo.O mundo é grande.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. Disponível em:

<http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/m/mundo_grande_poema_drummond>. Acesso

em: 9 nov. 2011.

A tipologia textual predominante nesse texto éA) argumentativa.B) descritiva.C) dialogal.D) injuntiva.E) poética.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

E a viagem continua...Depois de rezarmos e cantarmos muito, voltávamos

todos para casa e logo chegavam convidados para o almoço, que sempre era especial. Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.

E todos os adultos matavam saudade da Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do século, quando meu pai tinha três anos. Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus pais.

Depois de moços, conheceram-se no Brasil e se casaram.

Durante o almoço, falavam em italiano e tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não entendíamos nada...ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996.

Quem é o narrador desse texto?A) a avó.B) a mãe.C) o pai.D) um moço.E) uma neta.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A decadência do OcidenteO doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa

com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.

– Comida?!– Sim, senhor.– Mas se come ela?– Ué. Você está cansado de comer galinha.– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?

– Claro.Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de

asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.

O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.

– A empregada não sabe fazer?– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando

eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.

Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.

– Eu?! Não mesmo!O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua

mãe. A Dona Noca.– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.– O quê?!– Há dez anos.– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu

comi foi feita por ela.– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha

ao molho pardo.Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha.

Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:

– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!E a Margarete só olhando.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

O trecho que expressa o uso de linguagem coloquial é:A) “O doutor ganhou uma galinha viva...”.B) “─ Mas se come ela?”.C) “A mulher foi consultar a empregada.”.D) “─ Há dez anos.”.E) “Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos.”.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

MATOS, Gregório de. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego14.html>. Acesso em: 3

set. 2012.

Nos versos “Cresce o desejo, falta o sofrimento,/ Sofrendo morro, morro desejando,” (v. 1-2), o poeta

A) apresenta a gradação do amor que sente.B) apresenta uma oposição de ideias e sentimentos.

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Page 163: Apostila 9º Ano

C) compara seu amor à dor que sente.D) compõe os versos privilegiando a repetição de sons.E) personifica o amor e a dor que sente.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

“Esta planta é mui tenra e não muito alta, não tem ramos senão umas fôlhas que serão seisou sete palmos de comprido. A fruita se chama banana. Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em cachos. [...] Esta fruita é mui saborosa, e das boas, que há na terra: tem uma pele como de figo (ainda que mais dura) a qual lhe lançam fora quando a querem comer: mas fazdano à saúde e causa fevre a quem se demanda dela”

GÂNDAVO, Pero Magalhães de. História da Província Santa Cruz. Disponível em:

<http://www.graudez.com.br/literatura/quinhentismo.html>.Acesso em: 22 set. 2011. Fragmento.

Nesse texto, o autor faz uso da linguagemA) técnica.B) regional.C) jornalística.D) informal.E) arcaica.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pônei glutãoToda criança gosta de comer alguma porcaria, né?

Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.

A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em comer macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.

Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de laranja.Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-

glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.

No trecho “Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né?”, o termo em destaque é um exemplo de linguagem

A) falada em uma determinada região.B) falada entre amigos.C) usada em congressos acadêmicos.D) utilizada em jornais.E) utilizada em receitas médicas.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Antes e depoisO salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a

boa [...] D. Maria, digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...

O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...

II– Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta

do charuto, manda Clara cantar...– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas

entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...

– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga Clarinha...

O desembargador olhava outra vez para os astros...

IIIRola o tempo...Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr.

Belmiro com sua senhora D. Clara...Os vizinhos dizem cousas... ih!

IV– Como vais, Belmiro?– Mal!– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua

Clarinha...– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive;

é de feijões...– Então...– Devo até a roupa com que me cubro!...– E o dote?– Ah! Ah! Adeusinho...

VÉ noite.D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-

lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.

Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...

O Dr. Belmiro vem da rua zangado.– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a

atormentar-me!... Mande para o diabo as suas músicas e vá-se com elas!

POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em: <http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?

link=http://www.biblio.com.br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3

fev. 2012. Fragmento.

Essa história é contada porA) Belmiro.B) Clara.C) D. Maria.D) um narrador observador.E) um narrador personagem.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cinco minutosCapítulo 5

Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão triste de suas palavras.

Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico:

– Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?

– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.

– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...

– E me pedias que te esquecesse!...– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...– Não me fugirás mais?– Não. [...]

ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.

Nesse texto, a linguagem usada éA) arcaica.B) culta.C) popular.D) regional.

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E) técnica.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A importância da leitura como identidade social[...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de

textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.

Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.

A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-

ortografia/32/artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.

Predomina nesse texto a linguagemA) coloquial.B) literária.C) padrão.D) regional.E) técnica.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Entregue elevador da prefeituraO prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram

hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile.

“Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que

qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.

“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os defi cientes físicos, e sim para todos que têm difi culdades de locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sabem a difi culdade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN(Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]

Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239>.

Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

Qual é a tipologia predominante no Texto?A) argumentação.B) descrição.C) exposição.D) instrução.E) relato.

------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo.

O grande sábio e o imenso tolo

Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo bancos gêmeos num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua estultice, logo cansou o mestre com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quanto pôde a conversa insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o papo inútil do aluno. Sugeriu:

– Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas.

Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.

– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto aparentava –, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu.

Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor acertar, ganha só vinte.

– Está bem – concordou o professor –, pode começar.– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que é que

tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?O professor, sem sequer pensar, respondeu:– Não sei; nem posso saber! Isso não existe.– O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que

o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem pratas.

– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando –, mas agora é minha vez. Me diz aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.

FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 215-216.

Nesse texto, o trecho que apresenta uso de linguagem coloquial é:

A) “O professor aguentou o quanto pôde...”. (ℓ . 7)

B) “Faz o tempo passar bem mais depressa.”. (ℓ . 11-12)

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C) “Ah, mas isso é injusto!”. (ℓ . 18)

D) “Quando o senhor acertar, ganha só vinte.”. (ℓ . 23-24)

E) “–Tá bem, eu pago as cem pratas.”. (ℓ . 35)

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

A moreninhaA história de amor se passa no Rio de Janeiro,

envolvendo três estudantes, uma bela jovem e uma aposta. Os estudantes são Fabrício, Augusto e Leopoldo. Carolina é a Moreninha do título, irmã de Felipe. A aposta: Augusto, inconstante no amor, compromete-se com os amigos a escrever um romance, caso fique apaixonado por mais de quinze dias pela mesma mulher.

─ [...] Mas venha cá, Sr. Augusto, então como é isso?... estás realmente apaixonado?!

─ Quem te disse semelhante asneira?...─Há três dias que não me falas senão na irmã de Felipe

e... ─Ora, viva! Quero divertir-me... digo-te que a acho feia;

não é lá essas coisas; parece ter mau gênio. Realmente notei-lhe muitos defeitos...sim... mas, às vezes... Olha, Leonardo, quando ela fala ou mesmo quando está calada, ainda melhor; quando ela dança ou mesmo quando ela fala ou mesmo se está sentada... ah! ela, rindo-se... e até mesmo séria... quando ela canta ou toca ou brinca ou corre, com os cabelos à négligé, ou divididos em belas tranças; quando...Para que dizer mais? Sempre, Leopoldo, sempre ela é bela, formosa, encantadora, angélica!

─Então, que história é essa? Acabas divinizando a mesma pessoa que, principalmente, chamaste feia?...

─Pois eu disse que ela eras feia? É verdade que eu... no princípio... Mas depois... Ora, estou com dores de cabeça; este maldito Velpeau!... Que lição temos amanhã?

─Eu? Pode ser ...Esta minha cabeça!...─Não é a tua cabeça, Augusto, é o teu coração.Houve então um momento de silêncio. Augusto abriu um

livro e fechou-o logo; depois tomou rapé, passou pelo quarto duas ou três vezes e, finalmente, veio de novo sentar junto de Leopoldo.

─É verdade, disse; não é a minha cabeça: a causa está no coração.

Leopoldo, tenho tido pejo de te confessar, porém não posso mais esconder estes sentimentos que eu penso que são segredos e que todo o mundo mos lê nos olhos! Leopoldo, aquela menina que aborreci no primeiro instante, que julguei insuportável e logo depois espirituosa, que daí a algumas horas comecei a achar bonita, no curto trato de um dia, ou melhor ainda, em alguns minutos de uma cena de amor e piedade, em que a vi de joelhos banhando os pés de sua ama, plantou no meu coração um domínio forte, um sentimento filho da admiração, talvez, mas sentimento que é novo para mim, que não sei como o chame, porque o amor é um nome muito frio para que o pudesse exprimir!... Eu já não me conheço... não sei onde irá isto parar...Eu amo! ardo! morro!

─Modera-te, Augusto; acalma-te; não é graça; olha que estás vermelho como um pimentão.

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo.Ática, 2000. p.108-9. Fragmento.

Predomina nesse texto o uso da linguagemA) coloquial.B) culta.C) popular.D) regional.E) técnica.

------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

A vila de contêineres

Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de Lata.

Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente 1000 apartamentos de metal. Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres foram comprados na China, onde passaram por uma reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Eles foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de 1000 estudantes.

Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escada).

Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses.

O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por fora, quatro-estrelas por dentro. Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278

– Maio 2010 – p.28.

O trecho em que aparece a ‘voz’ da autora desse texto é:A) “...hoje essenciais para o comércio na economia

globalizada”. (ℓ. 2-3)B) “Mas você aceitaria viver dentro de um?”. (ℓ. 3)C) “Os contêineres foram comprados na China...”. (ℓ. 6-7)D) “Os contêineres são pequenos...”. (ℓ. 11)E) “O sucesso foi tão grande...”. (ℓ. 15)

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio Seleciano de Recife. Logo na primeira semana, fui chamado pela direção: um pai se queixara de que eu ofendera sua filha. É que eu dissera “Cale-se, rapariga”, sem saber que, no Nordeste, rapariga significa prostituta.

Revista Diálogo Médico

No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra destacada é um exemplo de

A) expressão de gíria.B) expressão regional.C) linguagem coloquial.D) linguagem formal.E) linguagem técnica.

------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O estresse faz bem

A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé. O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz muito bem para você. Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.

Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, guardar informações que podem ser decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja, pessoas estressadas potencializam sua capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona quase como o

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espinafre para o Popeye). Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação. O segredo estaria em levar uma vida saudável e buscar atividades que deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O Fim do Estresse como Nós o Conhecemos – na entrevista que concedeu à SUPER.WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado:

Reforma ortográfica. Fragmento.

O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial no trecho:

A) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas...” (ℓ . 4-5).

B) “... o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.”. (ℓ . 7-8).

C) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, ...”( ℓ . 11-12).

D) “... funções como a memória acabam prejudicadas.”. (ℓ . 19-20).

E) “O segredo estaria em levar uma vida saudável...”. (ℓ .21-22).

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

O homem que entrou pelo cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.

Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.

No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava.

Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.

Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.

Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (ℓ. 9), o verbo empregado representa, no contexto, uma marca de:

(A) registro oral formal.(B) registro oral informal.(C) falar regional.(D) falar caipira.

------------------------------------------------------------(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

A velha Contrabandista

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontologista, e respondeu:

– É areia! [...]

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. [...]

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com

quarenta anos de serviço.Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me

tira da cabeça que a senhora é contrabandista.– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia

tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não

dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

– O senhor promete que não “espia”? – quis saber a velhinha.

– Juro – respondeu o fiscal.– É lambreta.

Disponível em: <http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-contrabandista/> Acesso em: 22 out. 2010.

Esse texto é engraçado porqueA) o policial estava desconfiado da velhinha.B) o objeto contrabandeado era a lambreta.C) a velhinha tinha poucos dentes na boca.D) a velhinha carregava um saco de areia.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Três de Julho – 1957

Agradeço a Deus a alegria de estar à frente do governo de Montes Claros na passagem do primeiro centenário da criação desta cidade. Nestes dias de festas, o meu pensamento se volta para aqueles que plantaram nos chapadões sertanejos a semente da cidade querida — que é, hoje, motivo de orgulho para todos nós. Saudemos com emoção os pioneiros do progresso de Montes Claros. A sombra tutelar daqueles que vieram antes de nós — que lutaram e sofreram sob os nossos céus lavados e límpidos — Montes Claros cresce. É através da lição dos batalhadores de ontem, que recolhemos o exemplo e o estimulo que nos dão coragem e fé para o prosseguimento da jornada. Na comemoração do centenário da cidade, queremos abraçar todos os filhos desta terra. O nosso abraço é também para aqueles que vieram de longe e vivem entre nós, amando e servindo a cidade generosa e hospitaleira, que os acolheu com carinho. Aos visitantes ora entre nós e que prestigiam, com a sua presença, a celebração de centenário de Montes Claros o nosso agradecimento e a nossa saudação afetuosa. Cem anos. Rejuvenescida, palpitante de seiva e de vigor, cheia de vida, atinge a cidade de Montes Claros o seu primeiro centenário.

Nesta oportunidade, renovemos o compromisso de bem servi-la.

Geraldo Athayde – Prefeito Municipal de Montes Claros.

Observando a linguagem do texto, podemos dizer que:A) é a mais adequada para ser usada por todos os brasileiros.B) a língua sofre variações nos grupos sociais, no tempo e no

espaço.C) é muito usada no cotidiano dos professores das escolas

brasileiras.D) normalmente é empregada por jornalistas em jornais

impressos.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda a questão.

Domingão

Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei bater um fio para o Zeca.

— E ai, cara? Vamos ao cinema?— Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo....

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— Eu também tava, cara. Mas já estou melhor!E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o

maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima sessão.

Saímos de lá, comentando:— Que filme massa!— Maneiro mesmo!Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos

babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de novo para eu agitar um pouco mais.

CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In: http://ensinocomalegria.blogspot.com

Os dois personagens que conversam nesse texto sãoA) adultosB) criançasC) idososD) jovens.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo a seguir.

Identifica-se termo da linguagem informal em (A) “Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial.”

(v. 9) (B) “Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal!” (v.

10) (C) “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.” (v.

11) (D) “Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada

tanto assim.” (v. 12-13)

------------------------------------------------------------Leia o texto e responda.

GoiabadaCarlos Heitor Cony

Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha cara de goiabada.

Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.

[...]Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num

posto para abastecer o carro e um senhor idoso me ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando o desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o Goiabada, podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.

[...]O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada,

desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele

tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias, olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm

Ao iniciar o texto com a frase – “Goiabada tinha cara de goiabada mesmo”, o produtor causa no leitor

(A) expectativa para descobrir o que é “cara de goiabada mesmo”.

(B) surpresa pela forma de explicar o que é goiabada.(C) confusão para entender o significado das palavras.(D) indignação pela crítica à goiabada.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:“Oi, André!

O pessoal aqui em casa até que se vira: meu pai e minha mãe trabalham, meu irmão tá tirando faculdade, minha irmã mais velha também trabalha, só vejo eles de noite. Mas minha irmã mais moça nem trabalha nem estuda, então toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe o que é que ela diz? Que é ela que manda em mim, vê se pode. Não posso trazer nenhuma colega aqui: ela cisma que criança faz bagunça em casa. Não posso nunca ir na casa de ninguém: ela sai, passa a chave na porta, diz que vai comprar comida (ela vai é namorar) e eu fico aqui trancada pra atender telefone e dizer que ela não demora. Bem que eu queria pular a janela, mas nem isso dá pé: sexto andar.

[...]Aí eu inventei que o Roberto (um grã-fino que ela quer

namorar) tinha falado mal dela.[...] Não era pra eu ter inventado nada; saiu sem querer.

Sai sempre sem querer, o que é que eu posso fazer? E dá sempre confusão, é tão ruim! Escuta aqui, André, você me faz um favor? Para com essa mania de telegrama e me diz o que é que eu faço pra não dar mais confusão. POR FAVOR, sim?

Raquel”

NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1991.

O trecho que exemplifica o uso da linguagem informal, enfatizando a intimidade entre os interlocutores é

(A) “...meu pai e minha mãe trabalham...”(B) “Não posso trazer nenhum colega aqui:”(C) “...mas nem isso dá pé...”(D) “POR FAVOR, sim?”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Nada Tanto AssimLeoni / Bruno Fortunato

Só tenho tempopras manchetes no metrôE o que acontece na novelaAlguém me conta no corredor

Escolho os filmesque eu não vejo no elevadorPelas estrelasque eu encontroNa crítica do leitorEu tenho pressaE tanta coisa me interessaMas nada tanto assim

Só me concentro em apostilascoisa tão normalLeio os roteiros de viagemEnquanto rola o comercial

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Conheço quase o mundo inteiropor cartão postalEu sei de quase tudo um poucoe quase tudo mal.

www.letrasterra.com.br

O trecho que aponta uma consequência da falta de tempo do eu do texto é

(A) “Só tenho tempo pras manchetes no metrô”(B) “Só me concentro em apostilas coisa tão normal”(C) “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal”(D) “E tanta coisa me interessa”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Fico Assim Sem VocêClaudinho e Buchecha

Fonte: http://letras.terra.com.br/claudinho-e-buchecha

Os versos que indicam o uso da linguagem informal, caracterizando a proximidade entre os interlocutores, são

(A) (...) “Circo sem palhaço, Namoro sem abraço” (...)(B) (...) “Sou eu assim sem você Tô louco pra te ver chegar Tô louco pra te ter nas mãos”(C) (...) “Retomar o pedaço Que falta no meu coração” (...)(D) (...) “Eu não existo longe você E a solidão é o meu pior castigo” (...) Por quê? Por quê?”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão abaixo:

Bom conselho

Composição: Chico BuarqueOuça um bom conselho

Que eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcançaVenha, meu amigoDeixe esse regaçoBrinque com meu fogoVenha se queimarFaça como eu digoFaça como eu façoAja duas vezes antes de pensarCorro atrás do tempoVim de não sei ondeDevagar é que não se vai longeEu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade

http://letras.terra.com.br

O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é

(A) “Venha, meu amigo”(B) ” Corro atrás do tempo”(C) “ Vim de não sei onde”(D) “ Eu semeio o vento”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

A MáquinaLúcia Carvalho

Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha filhos. A família toda foi até lá, num final de semana, separar e dividir as coisas dela para esvaziar a casa. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo chão, uma tremenda confusão.

Foi quando ouvi meus filhos me chamarem. – Mãe! Maiê!– Faaala.Eles apareceram, esbaforidos.– Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se ninguém

quiser, essa coisa pode ficar para a gente? Hein?– Depende. Que é?Eles falavam juntos, animadíssimos.– Ééé... uma máquina, mãe.– É só uma máquina meio velha.– É, mas funciona, está ótima!Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma

explicação melhor.– Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um...

teclado de computador, sabe só o teclado? Só o lugar que escreve?

– Sei.– Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma

impressora, ligada nesse teclado, mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita...

Ela ia se animando, os olhos brilhando.– ... e a máquina imprime direto na folha de papel que a

gente coloca ali mesmo! É muuuuito legal! Direto, na mesma hora, eu juro!

Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa explicação de uma máquina de escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí comigo. Continuava.

– ... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver a impressão tipo na hora, e não precisa essa coisa chatérrima de entrar no computador, ligaaar, esperar hoooras, entrar no Word, de escrever olhando na tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de máquina tuuudo ligada uma na outra, não tem que ter até estabilizador, não precisa comprar cartucho caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E nem precisa colocar na tomada funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora.

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– Nossa, filha...(Coleção novo diálogo – Língua Portuguesa – São Paulo –

FTD, 2007.)

Encontramos o registro da linguagem informal em(A) “Morreu uma tia minha.”(B) “Eles apareceram esbaforidos.”(C) “Ela nem aí comigo.”(D) “E nem precisa colocar na tomada.”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Bernardinho diz que derrota acontece, mas lembra que é preciso aprender

Técnico do Rio comenta irregularidade da equipe e parabeniza o Osasco Nos cinco últimos anos, o técnico Bernardinho esteve no alto do pódio da Superliga com a equipe do Rio de Janeiro. No entanto, neste domingo, em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.

– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela. Buscar saber o que erramos para, da próxima vez, não pecarmos de novo - explicou o treinador.

Bernardinho comentou que o Rio de Janeiro foi muito irregular na partida.

Segundo ele, a equipe teve a chance do heptacampeonato, mas não soube aproveitar. Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de ressaltar o esforço adversário.

– O Osasco está de parabéns. Sabíamos que não ia ser fácil, pois é sempre um grande rival. Estão brigando por este título há anos.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Volei -19/04/2010

O trecho que apresenta um comentário do produtor do texto é(A) “Nos cinco últimos anos, o técnico Bernardinho esteve no

alto do pódio da Superliga com a equipe do Rio de Janeiro”.

(B) “No entanto, neste domingo, em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.”

(C) “– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela.”(D) “Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez

questão de ressaltar o esforço adversário”.

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Com a fúria de um vendaval

Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em minhas férias escolares do mês de julho. Não pudera viajar. Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre.

Não tinha nada para fazer e isso estava me matando de aborrecimento.

Embora soubesse que uma feira livre não constitui exatamente o melhor divertimento do qual um ser humano pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção àquelas barracas. Não esperava ver nada de original, ou mesmo interessante. Como é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi uma senhora alta, extremamente gorda, discutindo com um feirante.

O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam, mas sei o que vi: a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca (e talvez o próprio homem) devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates ou até mais.

De repente, no auge de sua ira, avançou contra o homem já atemorizado e, tropeçando em alguns tomates podres que estavam no chão, caiu, tombou, mergulhou, esborrachou-se no

asfalto, para o divertimento do pequeno público que, assim como eu, assistiu àquela cena incomum.

http://lportuguesa.malha.net/content/view/27/1/

Dos fragmentos abaixo, aquele que exemplifica o narrador-personagem da narrativa é

(A) “Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre”.

(B) “O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora”.

(C) “a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante.”

(D) “Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates ou até mais.”

------------------------------------------------------------Leia o texto para responder a questão a seguir:

Terra secaAry Barroso

O nêgo tá, moiado de suó

Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo (refrão)

As mãos do nêgo tá que é calo sóTrabáia, trabáia nêgoAi “meu sinhô”nêgo tá véioNão aguenta essa terra tão dura, tão seca, poeirenta...

O nêgo pede licença prá faláO nêgo não pode mais trabaiáQuando o nêgo chegou por aquiEra mais vivo e ligeiro que o saci

Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fimNêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mimMas o tempo passouEssa terra secou ...ô ôA velhice chegou e o brinquedo quebrou ....Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabadoSinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado

cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html

O traço da linguagem informal utilizada pelos escravos está indicado no seguinte trecho:

(A) “Não aguenta esta terra tão dura, tão seca, poeirenta...”(B) “O nêgo não pode mais trabaiá.”(C) “Era mais vivo e ligeiro do que o saci.”(D) “estes campos sem fim”.

------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo e responda.

Londres, 29 de junho de 1894Lenora, minha prima

Perdi o sono, por que será? Mamãe uma visita diferente. Depois do jantar ouvimos um barulho enorme. Eram cavalos relinchando. Alguém bateu à porta. Watson, nosso mordomo, foi abrir.

Era um homem esquisito: branco, magro, vestido de preto. Meu cão Brutus começou a latir. O homem ficou parado na porta. Disse Watson que uma roda de sua carruagem havia se quebrado. Mamãe convidou o desconhecido para entrar. Ele deu um sorriso largo, estranho.

Talvez eu estivesse com sono, mas quando ele passou diante do espelho, ele não apareceu. Mamãe ofereceu chá ao estrangeiro. Ele disso que seu nome era Drácula e que morava num lugar chama Transilvânia. E dá dormir com tudo isso? Escreve.

Edgard

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Page 170: Apostila 9º Ano

Assinale a alternativa que indica quem escreveu e quem recebeu a carta.

(A) Edgard e Drácula.(B) Lenora e Watson.(C) Edgard e Lenora.(D) Drácula e Watson.

------------------------------------------------------------(Saresp 2005). Leia o texto abaixo e responda.

BILAC, Olavo, Soneto XIII. In: Via láctea.São Paulo: Abril Educação, 1980, p. 18.

O poeta conversa diretamente com o leitor no seguinte verso:(A) “Ora (direis) ouvir estrelas!” (B) “E abro as janelas, pálido de espanto(C) “E conversamos toda a noite,” (D) “Inda as procuro pelo céu deserto.”

------------------------------------------------------------(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Prezado senhor, A primeira coisa que me vem à cabeça para lhe dizer hoje

não é muito original... No entanto, se estas palavras pecam pela falta de

originalidade, não pecam pela falta de sinceridade: Feliz Aniversário!

O meu sentimento mais puro é para que você possa realizar, nos anos vindouros, todos os seus projetos mais caros e preciosos, pois isso é o mínimo que uma pessoa justa e honesta como você merece.

Saiba que eu me sinto muito privilegiada por ser subordinada a alguém tão bom e sensível, que não se vale de hierarquia para humilhar ou ser arrogante com os outros profissionais.

Por tudo isso que você é, receba os meus mais sinceros votos de felicidade e o meu desejo de que o seu dia de aniversário transcorra em paz e alegria.

Um Abraço. Rosângela

Nesse texto, os interlocutores são: (A) Chefe e funcionária. (B) Namorado e namorada. (C) Pai e filho. (D) Professor e aluno.

------------------------------------------------------------(SARESP2011). Leia o texto abaixo.

UM MUNDO DE COISAS PARA LER

Na próxima década, a massa de informação que circula no mundo dobrará de volume a cada oitenta dias. Pelo menos é o que dizem os especialistas. Reduzir o tempo gasto nessa leitura toda não é má ideia. Mas seria possível?

“Não conheço estudos que indiquem isso”, afirma o neuroftalmologista Paulo Imamura da Universidade Federal de São Paulo. Jorge Roberto Pagura, neurocirurgião do hospital paulista Albert Einsten, discorda.

“Atividades cerebrais podem ser adestradas”, afirma. O fato é que pouco se sabe sobre a fisiologia da leitura.

Para a diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marlene Carvalho, a técnica funciona para jornais, relatórios e processos. Mas não para textos literários. O cineasta americano Woody Allen pensa do mesmo modo. Criou até uma piada sobre o assunto: “Fiz um curso de leitura dinâmica

e consegui ler o romance Guerra e Paz, de Leon Tolstoi em apenas 15 minutos! É sobre a Rússia.”

(UM MUNDO de coisas para ler. Revista Superinteressante, v.112, p.64, 1997. CD-ROM. Fragmento)

No artigo, o autor reproduz a fala dos especialistas consultados com a intenção de

(A) elogiar os entrevistados.(B) evidenciar a polêmica referente ao tema tratado.(C) mostrar erudição.(D) enfatizar a velocidade da leitura.

------------------------------------------------------------(SARESP 2011). Leia o texto abaixo.Leia trecho adaptado de um bate-papo pela internet, retirado de uma das salas do UOL.

Gata fala para MOÇO: NAO QUERO TC PQ VC PIZOU NA BOLA André fala para Todos: Alguém q tc?EU MESMO fala para apaixonado: QUEM E VCGata fala para nóis: ACHO QUE APARENCIA NAO EMPORTAEU MESMO fala para Gata: eai gata ta afim de tcGata fala para apaixonado: OI QTOS ANOS

Com base no diálogo transcrito da sala de bate-papo, é correto afirmar que a linguagem utilizada

(A) incorre em erros relativos à escrita das palavras, mas mantém um nível de linguagem elevado, sem gírias.

(B) diverge em alguns aspectos das normas ortográficas, mas é eficiente para a comunicação dos participantes do bate-papo.

(C) recorre, com muita frequência, à utilização de siglas e abreviações, sem que haja violação das normas ortográficas.

(D) impossibilita que todas as pessoas consigam estabelecer uma comunicação eficiente e clara numa sala de bate--papo como essa.

------------------------------------------------------------(SARESP 2010). Leia o texto abaixo.

O MENINO, O BURRO E O CACHORRO

Um menino foi buscar lenha na floresta com seu burrico e levou junto seu cachorro de estimação Chegando ao meio da mata, o menino juntou um grande feixe de lenha, olhou para o burro, e exclamou:

-Vou colocar uma carga de lenha de lascar nesse burro! Então, o jumento virou-se para ele e respondeu:

- É claro, não é você quem vai levar! O menino, muito admirado com o fato de o burro ter

falado, correu e foi direto contar tudo ao seu pai. Ao chegar em casa, quase sem fôlego, disse:

- Pai, eu tava na mata, juntando lenha e, depois de preparar uma carga para trazer, eu disse que ia colocar ela na garupa do burro. Acredite se quiser, ele se virou pra mim e disse: "É claro, não é você quem vai levar!".

O pai do menino olhou-o de cima para baixo e, meio desconfiado, repreendeu-o:

- Você tá dando pra mentir agora? Onde já se viu tal absurdo? Animais não falam! Nesse momento, o cachorro que estava ali presente saiu em defesa do garoto e falou:

- É verdade, eu também estava lá e vi tudinho!

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Page 171: Apostila 9º Ano

Assustado, o pobre camponês, julgando que o animal estivesse endiabrado, pegou um machado que estava encostado na parede e ergueu-o para ameaçá-lo.

Foi então que aconteceu algo ainda mais curioso. O machado começou a tremer em suas mãos, e, então, virou-se para ele e disse:

- O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!

Fonte: O MENINO, o burro e o cachorro. In: Contos populares ilustrados. Disponível em: <http://www.sitededicas.com.br>.

Acesso em: 24 jan. 2009.

A fala "O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!" foi dita pelo

(A) burro. (B) pai. (C) menino. (D) machado.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

Olá querida!

Todo mundo que tem um irmão ou uma irmã sabe que é normal rolar discussão. O problema é que, quando isso acontece, quem está por perto acaba tendo que interferir. Você, assim como qualquer pessoa, não gosta de levar bronca e, por isso, acaba se sentindo muito injustiçada. Mas é claro que seus pais amam vocês duas e só querem que vivam em paz. Então converse com eles e peça ajuda, dizendo que sua irmã precisa respeitar as suas coisas. Mais uma dica: não dê tanta importância às provocações da sua irmãzinha. Talvez ela mude de comportamento, quando perceber que não conseguiu mais irritar você.

/Vitch. São Paulo: Abril, ed. 88, 2009.

Leia novamente o trecho abaixo."Você, assim como qualquer pessoa, não gosta de levar bronca...”A palavra em destaque indica um tipo de linguagem

A) regional, usada em grandes capitais.B) informal, usada por crianças e jovens.C) formal, usada em ambientes de trabalho.D) caipira, usada por pessoas do campo

------------------------------------------------------------(SARESP 2011). Leia o texto abaixo.

O galo que logrou a raposa

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!. .. E em voz alta:

– Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados.

Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.

– Muito bem! – exclama o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas ... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.

Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:

– Infelizmente, amigo Có-có-ri-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo. E raspou-se.Contra esperteza, esperteza e meia. (Monteiro Lobato. Fábulas)

Esse texto é narrado(A) pelo galo.

(B) pela raposa.(C) pelo cachorro.(D) pelo narrador observador.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

Pássaro contra a vidraçaEngraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com

outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!

Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a sua viagem pela Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão legal, um barato mesmo.

Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era uma francesa que viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se inspirava em personagens célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública. Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou famosa por lá. E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome, que tem imagens de personagens famosos do mundo inteiro em tamanho natural.

Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando ela ia saindo do museu, perguntou pra uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma figura de cera que era sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial.

NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.

Nesse texto, palavras como “legal” (ℓ. 9), “barato” (ℓ. 9), “vidrado” (ℓ. 10), “gozado” (ℓ. 20) evidenciam um falante que também usa

A) expressões de gíria.B) expressões regionais.C) linguagem culta.D) linguagem técnica.

------------------------------------------------------------(SEPR). Leia o texto abaixo.

Quanto vai restar da floresta?No fim do ano passado, cientistas do Brasil e dos Estados

Unidos fizeram uma previsão que deixou muita gente de cabelo em pé: quase metade da Amazônia poderia sumir nos próximos 20 anos, devido a um projeto de asfaltar estradas, canalizar rios e construir linhas de força e tubulações de gás na floresta.

O governo, que é responsável pela preservação da Amazônia e pelas obras, acusou os cientistas de terem errado a conta e estarem fazendo tempestade em copo d’água.

Você deve estar pensando, no final das contas, se a floresta está em perigo. A resposta é: se nada for feito, está.

Fonte: Cláudio Ângelo, Folha de São Paulo, São Paulo, 10/02/2001.

No texto, o autor está se dirigindo:A) Aos cientistas.B) Ao governo.C) A um amigo.D) Ao leitor.

------------------------------------------------------------(SEPR). Leia o texto abaixo.

A praia de frente pra casa da vóEu queria surfar. Então vamo nessa: a praia ideal que eu

idealizo no caso particularizado de minha pessoa, em primeiramente, seria de frente para a casa da vó, com vista para o meu quarto. Ia ter umas plantaçãozinha de água de coco e, invés de chão de areia, eu botava uns gramadão presidente. Assim, o Zé, eu e os cara não fica grudando quando vai dar os rolé de Corcel!Caderno de Atividades

(...) Então, vamo nessa: na praia dos sonhos que eu falei “É o sooonho!”, teria menos água salgada! (Menas porque água é feminina) Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada,

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Page 172: Apostila 9º Ano

sair do back side, subir no lip, trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...) Fonte: Peterson Foca . Personagem “cult” de Sobrinhos do Ataíde, programa veiculado pela Rádio 89,1 FM de São Paulo.

“Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip, trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...)” As expressões destacadas são gírias próprias dos:

A) Professores universitários em palestra.B) Adolescentes falando sobre surf.C) Geógrafos analisando a paisagem.D) Biólogos discutindo sobre a natureza.

------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo.

TÔ AQUI!

Já imaginei milhões de maneiras para chamar sua atenção. Já fiz mais de quinhentas caretas diferentes para que você me notasse. Já chorei rios de lágrimas pensando em você. Lotei um estádio de futebol de vontade de te ver. Já mandei um caminhão de recados. Breve vou começar a pensar que você gosta de outro...

FERNANDES, Maria; HAILER, Marco Antônio. Alp novo: Análise, Linguagem e Pensamento. v. 4. São Paulo: FTD, 2000.

p. 106.

A expressão “Tô aqui!”, no título desse texto, revela um falante que faz uso de linguagem

A) coloquial.B) formal.C) regional.D) técnica.

------------------------------------------------------------(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Para onde vão os vaga-lumes?– Vô, para onde vão os vaga-lumes?– Boa pergunta, hein?– Então responde, vô: eles ficam aí piscando quando

anoitece, depois desaparecem.Vão para onde?– E como é que vou saber? Se eles falassem, eu pegava

um e perguntava, mas...– É que você sabe tanta coisa, né, vô...Pensei que soubesse pra onde vão os vaga-lumes e por

que bem-te-vi canta triste.– Bem-te-vi canta triste, você acha? Se é verdade,

também não sei por quê.– Então você também não deve saber por que minhoca

não tem cabelo, né?– Isso dá pra presumir, né: como vive debaixo da terra,

cabelo pra quê?– Então você tá bem desprotegido, né? Por falar nisso, vô, por que mulher não fica careca?

– Pela mesma razão que homem não tem seios. Satisfeito?

– Mais ou menos... Mas acho que, se você não sabe pra onde vão os pirililampos, pelo menos deve saber por que cai estrela cadente. É por cansaço?

PELLEGRINI, Domingos. In: Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Editora Moderna, 2006, p. 48-49, p. 206-207.

Fragmento.

No trecho “– Boa pergunta, hein?” (ℓ. 2), a palavra destacada é marca da linguagem

A) coloquial.B) jornalística.C) literária.D) técnica.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo.

O alho bentoMané Frajola não tinha um centavo. Jurou que ia dar jeito

na vida. E deu. Catou uma réstia de alho e saiu pro mundo, apregoando:

– Alho bento! Olha o alho bento!Parou uma velha.– Alho bento? Serve prá que?– Isso aqui tira quebranto, olho gordo, azá de 7 anos. É

só mordê, come metade e passá a outra metade em cima do coração!

A velha levou um dentinho, a peso de ouro. Depois veio um velho.

Repetiu a pergunta, ouviu a mesma resposta. Levou! De crédulo em crédulo, Mané Frajola vendeu a réstia toda, até o final da manhã. Estava com os cobres. Mas aí veio o Conde Drácula, chegado da Transilvânia e não gostou da história. Aquela cidade toda cheirava a alho. Resultado:

Mané Frajola foi contratado como copeiro do Conde para ganhar dinheiro e parar de vender alho bento. Milagre só acontece quando a prosa do contador de causo padece!

http://eptv.globo.com/caipira/O modo como falam indica que os personagens dessa história são pessoas que

A) vivem no campo.B) vivem em outro país.C) falam trocando letras.D) falam gírias de jovens.

------------------------------------------------------------(SAERS). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Sei lá... a vida tem sempre razãoTem dias que eu fico pensando na vidaE sinceramente não vejo saída.Como é, por exemplo, que dá pra entender:A gente mal nasce, começa a morrer.

Depois da chegada vem sempre a partida,Porque não há nada sem separação.Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.

A gente nem sabe que males se apronta.Fazendo de conta, fingindo esquecerQue nada renasce antes que se acabe,E o sol que desponta tem que anoitecer.

De nada adianta ficar-se de fora.A hora do sim é o descuido do não.Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.

TOQUINHO; MORAES, Vinícius de. Disponível em: <http:// letras.terra.com.br/toquinho/87372/>.

Texto 2Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentosComo estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,Inexperiência... esperança...

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Page 173: Apostila 9º Ano

E a rosa louca dos ventosPresa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrançaDas outras vezes perdidas,

Atiro a rosa do sonhoNas tuas mãos distraídas...

QUINTANA, Mário. Disponível em: <http://www.pensador.info/textos_sobre_vida/> .

No Texto 1, o uso da expressão “Sei lá, ...” (v. 8) revela o predomínio da linguagem

A) científica.B) coloquial.C) formal.D) regional.

------------------------------------------------------------(PROMOVER). Leia o texto abaixo.

Saudosa malocaSe o senhô num tá lembrado,dá licença de contá,é que onde agora estáesse edifício arto,era uma casa veia,um palacete assobradado.Foi aqui, seu moço,que eu, Mato Grosso e o Jocaconstruímo nossa maloca.Mas um dia, nóis nem pode se alembrá,veio os home co’ as ferramenta:o dono mando derrubá.Peguemo toda as nossas coisase fumos pro meio da rua apreciá a demolição...Que tristeza que nóis sentia,

cada tauba que caía [...]Barbosa, A. Disco Adoniran Barbosa. Odeon, 1974.

Os versos “Peguemo toda as nossas coisa/ e fumos pro meio da rua/ apreciá a demolição...”, na linguagem formal, estariam adequados se fossem escritos:

A) “Peguemos toda as nossas coisas e fumos pro meio da rua apreciá a demolição...”.

B) “Peguemos toda as nossas coisa e fumos para o meio da rua apreciá a demolição...”.

C) “Pegamos todas as nossas coisas e fomos para o meio da rua apreciar a demolição...”.

D) “Pegamos toda as nossas coisa e fomos pro meio da rua apreciá a demolição...”.

------------------------------------------------------------(SAEMS). Leia o texto abaixo.

Almanaque, n. 1, abril 2010, p.12. No primeiro quadrinho desse texto, o trecho “Ô JOTALHÃO! QUE DEPRÊ É ESSA?” revela um locutor que faz uso de uma linguagem, predominantemente,

A) científica.B) coloquial.C) formal.D) rural.

------------------------------------------------------------

(PROEB). Leia o texto abaixo.O discutível amigo

O homem é o maior amigo do cão...Há um pouco de ironia, é claro, nessa verdade. A coleira

que o diga. Poucos animais têm, como o homem o instinto da propriedade, o sentido de posse. Pelo que eu observei, ao longo do meu latir pela vida, a frase devia ser modificada: o homem é o maior amigo do seu cão. Gosta do que é dele, raramente suporta o dos outros. Mas há milhões de cães pelo mundo afora com um homem, ou toda uma família, a seu favor. Às vezes tratados como cães. Às vezes reconhecidos como gente. Principalmente quando na família há essa coisa boa que chamam criança.

LESSA,Orígenes Confissões de um vira-lata. Rio de Janeiro. Ediouro.28.09.1972.

Esse texto mostra a opinião deA) uma criança.B) uma família.C) um cachorro.D) um homem.

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