apostila - concurso vestibular - geografia - módulo 03

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 N ome do Aluno Cartografia Organizadores Sonia Maria Vanzella Castellar Elvio Rodrigues Martins Elaboradores Rosemeire Morone Carlos Tadeu Gamba Geografia 3 módulo

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 N ome do Aluno

Cartografia

Organizadores

Sonia Mar ia Vanzella Castella rElvio Rodr igues Mar tins

Elaboradores

Rosemei re Mor one

Car los Tadeu Gamba

Geografia

3módulo

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GO VERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Governador: Geraldo A lckm in

Secretaria de Estado da Educação de São Paulo

Secretário: Gabriel Benedito Issac Chalita

Coordenadoria de Estudos e No rmas Pedagógicas – CENP

Coordenadora: Sonia Maria Silva

UN IVERSIDADE DE SÃO PAULO

Reitor: Adolpho José Melfi

Pró-Reitora de Gra duação

Sonia Teresinha de Sousa Penin

Pró-Reitor de Cultura e Extensão Universitária

 Adilson Avansi Abreu

FUNDAÇÃO DE APOIO À FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FAFE

Presidente do Conselho Curador: Selma Garrido Pimenta

Diretoria Administrativa: An na M aria Pessoa de Carvalho

Diretoria Financeira: Sílvia Luzia Frateschi Trivelato

PROGRAM A PRÓ-UN IVERSITÁRIO

Coordenadora Geral: Eleny Mitrulis

Vice-coordenadora Geral: Sonia Maria Vanzella Castellar 

Coordenadora Pedagógica: Helena Coharik Chamlian

Coordenadores de Área

Biologia:

Paulo Takeo Sano – Lyria Mori

Física:

 Maurício Pietrocola – N obuko Ueta

Geografia:

Sonia M aria Vanzella Castellar – Elvio R odrigues Martins

História:

Kátia Maria Ab ud – Raquel Glezer 

Língua Inglesa:

 Anna Maria Carmagnani – Walkyria Monte Mór 

Língua Portuguesa:

 Maria Lúcia Victório de O liveira Andrade – N eide Luzia de Rezende – Valdir Heitor Barzotto

Matemática:

 Ant ônio Carlos Brolezzi – Elvia Mureb Sallum – M artha S. Monteiro

Química:

 Maria Eunice Ribeiro Marcondes – Marcelo G iordan

Produção Editorial

  Dreampix Comunicação

Revisão, diagrama ção, capa e projeto gráfico: And ré Jun N ishizawa, Eduardo Higa Sokei, José Muniz Jr.

 Mariana Pimenta Coan , Mario Guimarães Mucida e Wagner Shimabukuro

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Cartas ao

 Aluno

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Car ta da

Pró-Reitoria de Graduação

Caro aluno,

Com muita alegria, a Universidade de São Paulo, por meio de seus estudantes

e de seus professores, participa dessa parceria com a Secretaria de Estado daEducação, oferecendo a você o que temos de melhor: conhecimento.

Conhecimento é a chave para o desenvolvimento das pessoas e das naçõese freqüentar o ensino superior é a maneira mais efetiva de ampliar conhecimentosde forma sistemática e de se preparar para uma profissão.

Ingressar numa universidade de reconhecida qualidade e gratuita é o desejode tantos jovens como você. Por isso, a USP, assim como outras universidadespúblicas, possui um vestibular tão concorrido. Para enfrentar tal concorrência,muitos alunos do ensino médio, inclusive os que estudam em escolas particularesde reconhecida qualidade, fazem cursinhos preparatórios, em geral de altocusto e inacessíveis à maioria dos alunos da escola pública.

O presente programa oferece a você a possibilidade de se preparar para enfrentarcom melhores condições um vestibular, retomando aspectos fundamentais daprogramação do ensino médio. Espera-se, também, que essa revisão, orientadapor objetivos educacionais, o auxilie a perceber com clareza o desenvolvimentopessoal que adquiriu ao longo da educação básica. Tomar posse da própriaformação certamente lhe dará a segurança necessária para enfrentar qualquersituação de vida e de trabalho.

Enfrente com garra esse programa. Os próximos meses, até os exames emnovembro, exigirão de sua parte muita disciplina e estudo diário. Os monitorese os professores da USP, em parceria com os professores de sua escola, estão

se dedicando muito para ajudá-lo nessa travessia.Em nome da comunidade USP, desejo-lhe, meu caro aluno, disposição e vigor

para o presente desafio.

Sonia Teresinha de Sousa Penin.

Pró-Reitora de Graduação.

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Car ta da

Secretaria de Estado da Educação

Caro aluno,

Com a efetiva expansão e a crescente melhoria do ensino médio estadual,

os desafios vivenciados por todos os jovens matriculados nas escolas da redeestadual de ensino, no momento de ingressar nas universidades públicas, vêm seinserindo, ao longo dos anos, num contexto aparentemente contraditório.

Se de um lado nota-se um gradual aumento no percentual dos jovens aprovadosnos exames vestibulares da Fuvest — o que, indubitavelmente, comprova aqualidade dos estudos públicos oferecidos —, de outro mostra quão desiguaistêm sido as condições apresentadas pelos alunos ao concluírem a última etapada educação básica.

Diante dessa realidade, e com o objetivo de assegurar a esses alunos o patamarde formação básica necessário ao restabelecimento da igualdade de direitosdemandados pela continuidade de estudos em nível superior, a Secretaria de

Estado da Educação assumiu, em 2004, o compromisso de abrir, no programadenominado Pró-Universitário, 5.000 vagas para alunos matriculados na terceirasérie do curso regular do ensino médio. É uma proposta de trabalho que buscaampliar e diversificar as oportunidades de aprendizagem de novos conhecimentose conteúdos de modo a instrumentalizar o aluno para uma efetiva inserção nomundo acadêmico. Tal proposta pedagógica buscará contemplar as diferentesdisciplinas do currículo do ensino médio mediante material didático especialmenteconstruído para esse fim.

O Programa não só quer encorajar você, aluno da escola pública, a participardo exame seletivo de ingresso no ensino público superior, como espera seconstituir em um efetivo canal interativo entre a escola de ensino médio e

a universidade. Num processo de contribuições mútuas, rico e diversificadoem subsídios, essa parceria poderá, no caso da estadual paulista, contribuirpara o aperfeiçoamento de seu currículo, organização e formação de docentes.

Prof. Sonia Maria Silva

Coordenadora da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas

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 Apresentação

da área

Eu sou de Guainases. E eu da Cidades Tiradentes. Onde fica a Vila Prudente? Eu nasci emGuarulhos, mas meu pai veio de Pernambuco. Eu moro na zona Leste, mas trabalho na Fre-guesia do Ó. E assim poderíamos continuar a citar os diferentes lugares. Um de morada, outro

de trabalho. Um de origem outro de chegada. De onde se veio e de onde se vive. Um aquie um lá, que nos faz deslocar de ônibus, trem, metrô, e dependo da distância, até mesmo denavio, ou de avião. Às vezes longe, às vezes perto. E, às vezes, quando vamos, voltamos, epor outra ficamos, mudamos de lugar. E no deslocamento, na hora que nos movimentamos,olhamos pela janela a paisagem se movendo, como quem se movesse fosse ela e não nós.Casas, prédios, avenidas, carros, caminhões, pontes, viadutos, praças, estações, pessoas, muitaspessoas, árvores, postes, semáforos, placas (vende-se, compra-se, aluga-se...), anúncios emcartazes vendendo de hambúrguer a cigarro, de carro a jeans, e por aí vai o desfile daspaisagens. É a cara da geografia em que vivemos. A geografia da cidade.

Para quem não sabe, tudo parece confuso, no máximo familiar, mas caótico, bagunçadomesmo. E é onde vivemos. Mas porque isso? Porque uma coisa é perto e outra é longe? Por

que eu moro aqui e meu trabalho fica em outro lugar? Porque eu sou daqui e meu pai veio deoutro lugar? Periferia, o que é isso? Ser da periferia é ser periférico a que? Onde está o centro?E é centro de que? Afinal, por que as coisas estão localizadas onde estão, distribuídas desse

 jeito? A gente ouve e por vezes fala: “sou da periferia”, “o Brasil é um país periférico”, e nosperguntamos, que lugar é este, a periferia? Ser de um determinado lugar significa o quê? Temvezes que a gente diz: olha, ele é carioca e ele é cearense. Daí estamos a falar sem perceber oque cada pessoa é, pois parece que o lugar de onde elas vieram diz muito do que elas são.Pode ser até que isso seja um exagero, mas observe como fazemos isso no dia-a-dia. Pelomenos dá para concluir que muito do que somos depende do lugar de onde vivemos.

De qualquer maneira, existe como responder a todas as perguntas que fizemos aqui.Quem é capaz de responder isso tudo para nós é a Geografia. E é por isso que temos queestudar essa matéria, pois assim podemos responder um tanto quem somos nós. Nesta apos-tila você vai encontrar um conhecimento que permite a compreensão da sua localização nacidade, no Brasil e no Mundo. Vai compreender a que geografia você pertence ou qualgeografia faz parte de você. Também vai descobrir o quanto esta geografia é importantenas nossas vidas, e o quanto é necessário conhecê-la, pois é bem provável que ela necessiteser transformada, modificada, e, quem sabe, até revolucionada.

Agora, para começar, pergunte-se: que Geografia é essa? Se ela está bagunçada, façacomo Jorge Ben, chame o síndico, mas neste caso chame o professor de geografia. Não seperca, se oriente rapaz, use o mapa. Tá difícil? Não tem erro, estamos aqui para isso, já que oleste fica aqui, vamos dar o rumo. Bom estudo, ou boa viagem...

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 Apresentação

do módulo

Neste módulo, você entrará em contato com uma das ferramentas maisimportantes para o auxílio na compreensão da geografia em geral. Trata-se dacartografia, ou seja, formas gráficas de representação que costumamos cha-

mar de “mapas”. Trata-se de um conhecimento que está presente no nossocotidiano diário, como por exemplo no mapa das estações de metrô, no guiade ruas da cidade, ou mesmo nos noticiários de televisão.

A cartografia, como toda linguagem, nos permite entrar em contato comdeterminados tipos de informação. Neste caso, a informação que está nosmapas nos alimenta sobre informações de diferentes lugares, tanto no que dizrespeito à Sociedade bem como da Natureza.

Como qualquer linguagem, necessitamos conhecer o seu “abc”, ou seja,precisamos de uma alfabetização na linguagem da cartografia para que assimsaibamos ler um mapa. Ao longo desta apostila, você encontrará os elementos

necessários para que você entre em contato com os aspectos básicos da carto-grafia. Também vai compreender a evolução desta linguagem, adquirindo umconhecimento mais profundo desta ferramenta que são os mapas, comumentechamadas de cartas.

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Unidade Introdutória

 A inserção das representações

cartográficas no cotidiano

Organizadores

Sonia Mar iaVanzella Castella r

Elvio Rodr iguesMartins

ElaboradorRosemeire M orone

Car los Tad euGamba

Fonte: Oliveira, C. de.Curso de Cartografia Moderna . Rio de Janeiro:IBGE, 1988.

O homem tem uma grande necessidade de conhecer o espaço que habita.Desde as épocas mais remotas, tem se preocupado em representar esse espa-ço, utilizando diferentes formas de representação, dos mais rudimentares de-

senhos da paisagem até os mapas mais modernos e sofisticados. Uma provadisso pode ser encontrada em Bedolina, no norte da Itália. Calcula-se que omapa mais antigo já encontrado tenha sido confeccionado em 2300 a.C.

Este mapa de origem babilônia é apenas uma das muitas evidências decomo é antigo o uso dos mapas para o conhecimento do território. Há pesqui-sadores que afirmam que os mapas são uma das mais antigas formas de co-municação, pois alguns povos elaboravam mapas antes mesmo de estabelece-rem uma linguagem escrita.

As representações também não se limitaram a materiais impressos. Ospolinésios, por exemplo, utilizavam pequenas varetas de bambu para elaboraras suas cartas náuticas. Outros materiais, como conchas e hastes de coqueiro,também tiveram grande utilidade na confecção destas cartas.

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O tempo foi passando e a habilidade do homem para interpretar seu entor-no foi ficando cada vez mais sofisticada. Inicialmente, havia uma preocu-pação com a própria sobrevivência, mas à medida que a sociedade sentianecessidade de conhecer espaços mais distantes, o uso e a divulgação dosmapas ia gradativamente aumentando. O homem passou a ver na Cartografianão só a possibilidade de explorar e dominar seu próprio território, mas tam-bém territórios alheios. O desenvolvimento da bússola por chineses e árabesteve contribuição importante neste processo.

Assim, os mapas serviram e servem tanto para a administração e defesa dopróprio território, como para estratégias de guerra, submissão de territórios econseqüentemente dos povos que o habitam. Existem na História muitos exem-plos de como o conhecimento do campo de batalha foi um grande diferencialno desfecho de batalhas e guerras.

A aplicação dos mapas para a sistematização do conhecimento estratégico éhabitual ainda em nossos dias, mas não é a única. Hoje, utilizamos essas represen-tações nas mais variadas atividades humanas relacionadas ao espaço. Além dosadministradores e militares, os mapas tem auxiliado diversos profissionais que seinteressam pelo espaço ou necessitam de dados sobre fenômenos espaciais:

geólogos, biólogos, arqueólogos e engenheiros são alguns desses profissionais.Isso que dizer que ao lermos um mapa, terminamos por ler ou interpretar uma

informação ou uma dada situação representada; por exemplo, as ruas de umacidade, a concentração da população de um país, seus acidentes geográficos, osfenômenos climáticos na superfície da Terra ou ainda as estrelas e os planetas.

Para a Geografia, os mapas têm sido uma rica fonte de informações e umrecurso imprescindível na análise do espaço geográfico. Isso explica a es-treita relação que sempre existiu entre a Geografia e a Cartografia.

A Cartografia é a ciência que se preocupa com a elaboração de mapas eoutros recursos gráficos que visam representar fenômenos naturais ou sociaisno espaço, bem como o uso desses produtos. Devido à ampliação do uso das

representações gráficas por diversos profissionais, ao longo dos últimos anosmultiplicaram-se os tipos de mapas. Inicialmente, seu uso foi disseminado nasciências ou ramos do conhecimento que têm interesse no espaço terrestre,porém a sociedade atual expandiu ainda mais o uso e divulgação dessas re-presentações. Nossa sociedade está tão imersa em mapas e representaçõesgráficas que muitas vezes utilizamos estes recursos sem perceber.

Basta um olhar mais apurado ao nosso redor e percebemos o quanto elesestão presentes em nosso cotidiano: jornais e revistas lançam mão de mapas egráficos para complementar as notícias; propagandistas os usam para venderseus produtos e serviços.

Os mapas a seguir foram extraídos de jornais, revistas e anúncios publicitários.

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Hoje temos efetivamente um acesso cada vez maior às informações sobre omundo e tem-se privilegiado as informações visuais, como as contidas nos pro-dutos cartográficos. Conhecer o mundo em que se vive é imprescindível para oexercício da cidadania, portanto, cabe ao cidadão do século XXI aprender aextrair essas informações de mapas e outras representações gráficas. Não é sempreque conseguimos essas informações. Aqueles que não estão habituados a essetipo de representação, conseguem captar apenas uma pequena parte delas.

Fonte: Folha de São Paulo, 14 de Agosto de 1990. in Garcia, HC.Geografia . Ensinomédio. São Paulo: Scipione, 2000.p.263.

Fonte: Folha de São Paulo, 4 de Julho de 2001. In: Almeida, LMA e Rigolin, TB.Geografia .Série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2003. p.74.

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Unidade 1

Conhecendo a Terra

Organizadores

Sonia Mar iaVan zella Castella r

Elvio Rodri guesMartins

ElaboradorRosemeir e M orone

Car los Tad euGamba

Idade: aproximadamente 4,6 bilhões de anos

Massa: 6 x 1021 toneladas

Volume: 1.083.319.780.000 km3

Diâmetro equatorial: 12.756 km

Diâmetro polar: 12.710 km

Círculo equatorial: 40.075 km

Círculo polar: 40.008 km

Superfície total: 510,1 milhões km2

Superfície emersa: 148,3 milhões km2 ou 29% do total

Superfície da água: 360,8 milhões km2 ou 71% do total

Altitude terrestre máxima: Monte Everest, Ásia (+ 8 848 km)

Depressão terrestre máxima: Mar Morto, Ásia (– 395m)

Depressão oceânica máxima: Fossa Mariana, oceano Pacífico (– 11.022m)

Rotação da Terra: 23h, 56min, e 4,09s ou 1 dia sideral

Translação da Terra: 365 dias, 6h, 9min e 9,54s ou 1 ano

Distância média Terra-Sol: 149 509 000 km

Distância média Terra-Lua: 384 365 km

Fonte: Bochicchio, 2003

CCCCCARARARARARAAAAACTERÍSTICCTERÍSTICCTERÍSTICCTERÍSTICCTERÍSTICASASASASAS DADADADADA TTTTTERRERRERRERRERRAAAAA

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1. Os movimentos da Terra emtorno do Sol

Para a Geografia interessa, neste momento, principalmente conhecer osmovimentos da Terra e sua interferência nos fenômenos presentes na superfí-

cie terrestre. A melhor maneira de se fazer isso é copiando os nossos antepas-sados, ou seja, observando.

Se olharmos para o céu no decorrer de 1 dia (24 horas) veremos que o Solnasce num ponto, percorre uma trajetória durante o dia até alcançar uma altu-ra máxima, ao meio-dia, e depois declina até se pôr num ponto oposto. Àmedida que o Sol se põe, as estrelas começam a aparecer no lado oposto e vãodescrevendo, com o passar das horas, uma trajetória semelhante à do Sol. Esteciclo se repete consecutivamente, determinando o dia e a noite. Esse movi-mento dos astros é chamado de aparente e assim o designamos porque é o quevemos, mas não o que acontece. Na realidade é a Terra que gira em torno de simesma, realizando o que chamamos de movimento de rotação da Terra. Nós,

os observadores, parados num ponto da Terra é que ora estamos voltados parao Sol, sendo iluminados por ele e ora voltados para o universo infinito. Comas estrelas acontece a mesma coisa: nós é que nos movimentamos em relaçãoa elas e o fato de não as vermos durante o dia ocorre porque a luz do Solofusca a nossa visão.

At iv idades 01. É razoável de se supor que a alternância periódica de

tempo claro e escuro tenha orientado a vida social mesmo dos mais primitivosseres humanos. A associação da claridade com o Sol e o da escuridão à suaausência não deve ter sido muito difícil. Assim, a noção de Dia atava-se à

presença, quase sempre, fulgurante do Sol no Céu, e a noção de Noite eraligada à sua falta e ao aparecimento de Estrelas. Para as poucas necessidadessociais existentes, a contagem do tempo era feita pelo cômputo de ‘sóis’ pas-sados” (Boczko, R., Conceitos de Astronomia, Editora Edgar Blücher Ltda,1984)

Qual o movimento da Terra que provoca este ciclo de claro e escuro. Comoele acontece?

02. A medição do tempo como a conhecemos hoje teve sua origem a-través da observação do ciclo dos astros ao longo de determinado período.Explique como surgiram o mês e o ano.

03. O dia 29 de fevereiro existe somente de quatro em quatro anos, nosanos bissexto. Explique como isso acontece.

AAAAA RRRRROOOOOTTTTTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO DADADADADATTTTTERRERRERRERRERRAAAAA

A Terra gira em torno de si mesma de Oeste para Leste, como se estives-se girando em torno de um eixo imaginário, representado na ilustraçãopela linha pontilhada. Os pontos extremos deste eixo imaginário rece-bem o nome de Pólo Norte e Pólo Sul . Na metade do caminho entreestes pólos foi criada uma outra linha imaginária, oEquador,que divide

a terra em duas partes. A parte que vai do Equador ao Pólo Norte échamada de Hemisfério Norte ou Hemisfério Boreal. Num sentido opos-to, do Equador ao Pólo Sul temos o Hemisfério Sul ou Hemisfério Austral.

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2. A Terra e seus sistemas dereferência

Na maioria dos mapas é comum encontrarmos um con-  junto de linhas paralelas e perpendiculares formando uma

trama. Este conjunto, descreve uma rede de linhas orienta-das de norte para sul e de leste para oeste e faz-se necessáriopara que possamos ter medidas precisas de um determinadolugar. O sistema completo dessas linhas, chamadas de meri-dianos e  paralelos compõe o que conhecemos como sistemade coordenadas terrestre. Todas as linhas são círculos oupartes de círculos que representam a curvatura da terra e porisso, têm suas medidas apresentadas em graus (o).

Legenda – Imagine a Terra como se fosse uma laranja. Se você acortasse em gomos, obteria as partes que representam os meridianos.

Se ela fosse cortada em fatias, você obteria as partes que representamos paralelos.

2.1. O S  PARALELOS Suponhamos que você pegasse uma bola e traçasse sobre ela,

uma série de linhas horizontais paralelas que a circundassem. Sepor ventura a bola fosse cortada no sentido destas linhas, tería-mos uma série de fatias com tamanhos diferentes e aquelas fatiasmais próximas ao meio da bola, com certeza seriam maiores.

Se observarmos um globo terrestre, observaremos que eletambém é dividido por uma série de linhas como estas. Elas são

conhecidas como paralelos. Em cada linha, todos os pontos sesituam à mesma distância de um dos pólos. O Equador é o para-lelo traçado sobre uma linha eqüidistante aos dois pólos, ou seja, ele divide oglobo bem ao meio. Estas linhas são sempre paralelas e orientadas no sentidohorizontal. Considerando-se o equador como 0º, os paralelos são numeradospara o norte e para o sul até os pólos. A distância entre o Equador e um dospólos é de ¼ de círculo, ou 90º.

Os paralelos são importantes porque definem a latitude de um lugar, ouseja, a distância de norte ou sul, em relação ao Equador. Esta distância é ex-pressa em graus e geralmente é apresentada nas margens laterais dos mapas.Além destas medidas, a latitude também é importante para determinarmos as

zonas climáticas da terra.

2.2. O S  MERIDIANOS Num sentido contrário, se traçássemos uma linha de um pólo (sul

ou norte) ao outro do globo, atravessando qualquer parte do Equador,obteríamos uma linha que chamamos de meridiano. Cada meridianoé descrito por uma semicircunferência, pois percorre metade do glo-bo entre um pólo e outro. Eles são importantes pois permitem a medi-ção das distâncias no sentido horizontal.

A distância em graus entre qualquer lugar, a leste ou a oeste, e oprimeiro meridiano é conhecida como longitude (tomando sempre

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o ponto inicial como o centro da Terra). Por um acordo internacional, oMeridiano de Greenwich, um distrito de Londres (Inglaterra) foi escolhidocomo meridiano primo. Ele também é chamado de principal e foi classificadocomo 0º. Todos os outros meridianos são numerados em graus leste e oeste,em relação ao meridiano primo, até 180º, (positivos para leste e negativospara oeste) e seus valores geralmente aparecem nos limites superiores e infe-riores dos mapas.

Os meridianos também são importantes, pois nos ajudam a construir osfusos horários, responsáveis diretos pela determinação das horas no mundo.

2.3. O S  FUSOS  HORÁRIOS Se nos guiássemos pela rotação efetiva da Terra, em torno do seu eixo ima-

ginário, haveria muita confusão: em cada lugar do planeta a hora seria diferente.

Em 1828, o astrônomo inglês Sir John Herchel sugeriu a adoção de umsistema em que os relógios marcassem todos o mesmo horário em uma regiãoque fosse muito mais extensa que o tamanho de uma só cidade. Havia nascidoa idéia do fuso horário.

O fuso horário corresponde a cada uma das 24 faixas que dividem o globoterrestre através dos meridianos em que se adota, por convenção, o mesmohorário. Lembre-se que os meridianos são linhas imaginárias – semicírculosmáximos – que ligam o pólo norte ao pólo sul da Terra. Eles delimitam osfusos horários e estão distribuídos em intervalos de 15º, o equivalente ao ân-gulo que a Terra gira em uma hora, totalizando ao final de um dia, 360º.

Uma Conferência Mundial com a presença de 41 delegados de 25 nações,reunidos em Washington, Estados Unidos, em 1884, resolveu adotar um ú-nico marco zero, um meridiano de referência mundial: o   Meridiano deGreenwich, que recebe esse nome porque passa sobre o Observatório deGreenwich, na Inglaterra. Daquela data em diante, todos os países que con-

cordaram com a convenção ajustaram seus relógios seguindo a nova regra: osterritórios que estivessem no primeiro fuso a leste do Meridiano de Greenwich,marcariam uma hora a mais; os no segundo fuso a leste, duas a mais e assimsucessivamente. Os que estivessem no primeiro fuso a oeste de Greenwichmarcariam uma hora a menos e assim sucessivamente. Antes da adoção dosfusos horários, a Europa tinha 27 horários diferentes (hoje são três) e a Amé-rica, 74 (hoje são cinco).

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No Brasil, os motivos para aadoção do sistema de fusos erammais ou menos os mesmos do res-tante do mundo: uma perigosa con-fusão de horas locais, que prejudi-cavam as relações comerciais, ascomunicações por telégrafo e co-locavam em risco o tráfego nasestradas de ferro.

No dia 18 de junho de 1913, oCongresso Nacional aprovou a lein° 2.784 que estabeleceu os qua-tro fusos horários no Brasil e a suahora legal.

At iv idades 01. Leia abaixo o texto da lei n° 2.784 aprovada do dia 18 de junho de

1913, pelo Congresso Nacional e que estabeleceu os quatro fusos horários noBrasil e a sua hora legal.

Lei No 2.784 DE 18 DE JUNHO DE 1913

Determina a Hora Legal

O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil: Faço saberque o Congresso Nacional decretou e eu sancciono a resolução seguinte:

  Art. 1º Para as relações contractuaes internacionaes e commerciaes, omeridiano de Greenwich será considerado fundamental em todo o territó-rio da Republica dos Estados Unidos do Brazil.

  Art. 2º O território da republica fica dividido, no que diz respeito à

hora legal, em quatro fusos distinctos:a. O primeiro fuso, caracterizado pela hora de Greenwich “menos duashoras”, comprehende o archipelago Fernando de Noronha e a ilha Trin-dade;b. O segundo fuso, caracterizado pela hora de Greenwich “menos treshoras”, comprehende todo o litoral do Brazil e os Estados interiores(menos Matto-Grosso e Amazonas), bem como parte do Estado doPará delimitada por uma linha que, partindo do monte Crevaux, nafronteira com a Guyana Franceza, vá seguindo pelo alveo do rio Pecuaryaté o Javary, pelo alveo deste até o Amazonas e ao sul pelo leito doXingú até entrar no estado de Matto-Grosso;c. O terceiro fuso, caracterizado pela hora de Greenwich “menos qua-tro horas”, comprehenderá o Estado do Pará a W da linha precedente,o Estado de Matto-Grosso e a parte do Amazonas que fica a E de umalinha (círculo maximo) que partindo de Tabatinga, vá a Porto Acre;(incluidas essas duas localidades no terceiro fuso)d. O quarto fuso, caracterizado pela hora de Greenwich “menos cincohoras”, comprehenderá o territorio do Acre e os cedidos recentementepela Bolivia, assim com a área a W da linha precedentemente descripta.

 Art. 3º Ficam revogadas as disposições em contrario.Rio de Janeiro, 18 de junho de 1913, 92º da Independência e 25º da

Republica.

HERMES R. DA FONSECA Pedro de Toledo

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Responda:

a) O que são os meridianos?

b)O que é o fuso horário?

a) Porque houve a necessidade de se estabelecer os fusos horários, não sóno Brasil?

c) O que é a hora de Greenwich e onde está localizado.d)Tendo a circunferência da Terra 360°, quanto vale em graus 1 hora?

f) Quantos meridianos passam pelo Brasil? Quantos fusos horários exis-tem no Brasil?

02. (UFPE) Observe:

01. Pelo sistema de fusos horários, o globo terrestre foi dividido em 24fusos, cada um equivalendo a 15 graus no sentido das longitudes.

02. O Equador é o círculo máximo que marca o início da contagem das horas.

03. Quando, o meridiano de Greenwich marcar 19h, hora legal, num pon-to situado a uma longitude de 30 graus W, a hora legal será de 21h.

04. O Brasil possui 4 fusos horários, todos situados ao oeste de Greenwich

05. Um avião, ao cruzar a linha internacional (da data), no sentido oeste-leste, retrocede 1 (um) dia no calendário.

Estão corretos apenas os itens:

a) 2, 4 e 5

b) 1, 3 e 4

c) 3, 4 e 5

d) 1, 4 e 5

e) 1, 2 e 4

03. (UFMA) A intersecção das linhas correspondentes a um paralelo e ummeridiano:

a) localiza um ponto na superfície terrestre.

b) define os hemisférios norte e sul ou oriental e ocidental.

c) delimita uma área geográfica qualquer.

d) orienta quanto à situação geográfica.

e) situa uma área em relação ao Equador.04. (UFRN) Se, no fuso horário 45 graus leste, são 3 h, nos fusos 75 graus

oeste e 90 graus leste, serão, respectivamente:

a) 6h e 18 h.

b) 6h e 19 h.

c) 7h e 18 h.

d) 18h e 6 h.

e) 19h e 6 h.

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-

O principais pontos de orientação são o norte, sul, leste e oeste. Porém, muitasvezes, a necessidade de orientação obriga a citação de direções intermediárias,por exemplo entre norte e leste, sul e oeste, etc. Para isso, estabeleceram-se

A RA RA RA RA ROSAOSAOSAOSAOSA DOSDOSDOSDOSDOS VENTOSVENTOSVENTOSVENTOSVENTOS

3. A terra e sua relação com o SolObservando o Sol durante o dia verifica-se que de manhã o Sol está próxi-

mo ao horizonte. Conforme as horas passam ele se movimenta de modo a seafastar cada vez mais do horizonte, aproximando-se do zênite do local, para emseguida se aproximar novamente do horizonte, mas do “lado” contrário àquele

em que ele estava de manhã. A esse movimento que o Sol parece ter, para umobservador na Terra durante a parte clara do dia chamamos   Movimento Diurno  Aparente do Sol. Esse movimento é produto de um outro que a Terra realiza.

Ao longo de um ano, para um determinadolugar, o Sol nasce e se põe em pontos diferen-tes. Pode-se perceber esse movimento na nossarotina diária observando-se como o Sol vai ilu-minando a casa diferentemente ao longo doano. Esse é o movimento aparente do Sol du-rante o ano e é ocasionado pelo movimento detranslação da Terra em torno do Sol.

Para quem estuda a Terra é muito importan-te conhecer como o Sol a ilumina e aquece,pois isto não só determina o dia e a noite, mastambém, as estações do ano. Além disso a ma-neira como o Sol ilumina diferentemente aszonas da Terra é um dos fatores determinantespara o entendimento de como funciona o cli-ma do planeta.

3.1. O RIENTAÇÃO O movimento de rotação da Terra determina alguns pontos de orientação

para nos localizarmos na Terra. Vejamos: Horizonte – é o lugar onde vemos o céu e a terra se unirem. É bem

perceptível quando estamos num lugar plano e sem elevação, por todaa nossa volta a nossa visão será limitada por um imenso plano circular;

Pontos cardeais – o Sol parece surgir sempre no mesmo lado dohorizonte, o leste, de onde sobe até atingir uma posição elevada e emseguida desce para um ponto no horizonte, o oeste. Se nos colocarmosde tal modo que o leste esteja à direita e o oeste à esquerda, teremos ànossa frente o norte e, atrás, o sul. À medida que nos aproximamos dospólos, norte ou sul, já não é possível a determinação dos pontos carde-ais usando o Sol como referência (ver zonas da terra e movimento apa-

rente do Sol). Zênite - se imaginarmos que uma linha perpendicular à Terra, sai da

cabeça do observador em pé e vai em direção ao céu, o zênite localiza-se no ponto onde a linha imaginária parece perfurar o céu. É o pontomais elevado do firmamento.

 Nadir  - é o ponto oposto ao zênite.

Legenda - O movimento aparente do Sol para um observadorlocalizado em diferentes latitudes do planeta.

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outras direções, que tomam seu nome dos pontos cardeais entre os quais se situam.Por esse motivo, surgiu a rosa-dos-ventos, que corresponde à volta completa do hori-zonte. Divide-se em 360 partes iguais, os graus. Cada grau, tem 60 minutos; cada minu-to, 60 segundos. Assim, praticamente todos os pontos na linha do horizonte podem serlocalizados com máxima exatidão.

Pontos Cardeais : Norte (N), Sul (S), Leste ou Este (L ou E) e Oeste ou West (O ou W)Pontos Colaterais : Nordeste – ND (entre o norte e o Leste)

Sudeste – SE (entre o Leste e o Sul)Sudoeste – SO (entre o sul e o Oeste)Noroeste – NO(entre o Norte e o Oeste)

Pontos Subcolaterais : Nor-nordeste – NNE (entre o Norte e o Nordeste)Este-nordeste – ENE (ente o Este e o Nordeste)Este-sueste – ESE ( entre o Este e Sueste ou sudeste)Su-sueste – SSE (entre o Sul e o Sueste ou sudeste)Su-sudoeste – SSO (entre o Sul e o Sudoeste)Oeste-sudoeste – OSO (entre o Oeste e o sudoeste)

Oeste-noroeste – ONO (entre o oeste e o noroeste)Nor-noroeste – NNO (entre o norte e o noroeste)

3.2. AS  ESTAÇÕES  DO  ANO Observe a figura ao lado.

Ao mesmo tempo em quegira em torno de si mesma noperíodo de um dia, a Terratambém gira em torno do Solno período de um ano, maisprecisamente 365 dias e 6

horas. Ao descrever esse mo-vimento, o planeta passa porquatro estações climáticas dis-tintas: verão, outono, invernoe primavera.

No entanto, ao contráriodo que muitos pensam, a va-riação da temperatura não

está relacionada à distância do Sol e sim à inclinação em que a Terra se encon-tra. Ela gira inclinada a um ângulo de 23º27’ em relação ao Sol, sempre apon-tando para o mesmo ponto no Universo. Isso faz com que a Terra não recebaigualmente, luz e calor do Sol durante todo o ano.

Ao momento em que os raios solares incidem mais diretamente num he-misfério do que no outro damos o nome de solstício. Ele marca o início doverão ou do inverno. Ao momento em que a Terra recebe igualmente a inci-dência de raios solares, no hemisfério norte e sul, damos o nome de equinócio,que marca o início da primavera ou do outono.

DDDDDAAAAATTTTTAAAAA

21 de junho

21 de dezembro

HHHHHEMISFÉRIOEMISFÉRIOEMISFÉRIOEMISFÉRIOEMISFÉRIO

nortesul

nortesul

EEEEESTSTSTSTSTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

solstício de verãosolstício de invernosolstício de invernosolstício de verão

DDDDDAAAAATTTTTAAAAA

21 de março

21 de setembro

HHHHHEMISFÉRIOEMISFÉRIOEMISFÉRIOEMISFÉRIOEMISFÉRIO

nortesul

nortesul

EEEEESTSTSTSTSTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

equinócio de primaveraequinócio de outonoequinócio de outono

equinócio de primavera

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-

A figura mostra o momento do solstício deverão para o hemisfério norte e solstício de in-verno para o hemisfério sul ilustrando a incli-nação dos raios solares em relação à Terra numângulo de 23º27’.

A iluminação da Terra no solstício, tanto de

inverno como de verão delimita os círculos po-lares ártico e antártico, bem como os trópicosde Câncer e Capricórnio. O solstício representao momento de maior iluminação do hemisférioe este momento chega, quando os raios solaresincidem perpendicularmente sobre a superfíciedos trópicos, ou seja, quando o sol, está no zê-nite. Ele também determina a mudança de uma estação do ano para outra.Quando ele está no zênite no hemisfério norte, começa o inverno no sul. Seismeses depoisa luz solar passa a estar no zênite no hemisfério sul e aí começao nosso verão. A zona intertropical é a zona da Terra que em algum momentodo ano vai ter o sol no zênite. A área polar, dos círculos até os pólos, nuncavão ter o sol no zênite.

3.3. AS  ZONAS  DA T ERRAUm outro fator que impede a Terra de receber igualmente os raios solares

por todo o globo, se deve à sua forma. Essa característica determinou a cria-ção de zonas climáticas terrestres. Observe o mapa:

· A parte da superfície do glo-

bo terrestre compreendida entre oTrópico de Câncer  e o Trópico deCapricórnio é denominada  ZonaTropical.

· A zona limitada pelo CírculoPolar Ártico e o Pólo Norte é deno-minada   Zona Polar Ártica.

· A zona limitada pelo CírculoPolar Ántártico e o Pólo Sul é deno-minada  Zona Antártica.

Legenda – A figura mostra o momento dos solstícios. Reparem que nas linhas dos trópicos, aincidência dos raios solares é exatamente perpendicular e com isso delimita o solstícios deverão no hemisfério norte (à esquerda) e sul (à direita).

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· Entre as zonas Tropical e Polar, estende-se a  Zona Temperada.

A variação da duração dos dias e das noites durante o ano é diferente paracada zona da Terra. Na Zona Tropical os dias e noites praticamente não variampróximo ao Equador. Podemos dizer, nesse caso, que não existe variação en-tre as estações do ano. Essa variação aumenta à medida que nos aproximamosdos trópicos.

Nas zonas temperadas a diferença entre o dia e a noite nos solstícios deverão e de inverno são grandes. Vem daí a origem das estações do ano comoas conhecemos: na primavera, as flores; no verão, o calor; no outono, as fru-tas; no inverno o frio e eventualmente a neve.

Nas zonas polares, o Sol torna-se periodicamente visível ou invisível. Paraum observador no Pólo Sul, ele aparece no horizonte no primeiro dia da pri-mavera (23 de setembro, aproximadamente) e permanece visível até o primei-ro dia do outono (20 de março, aproximadamente), quando então desapareceabaixo do horizonte por um período de seis meses.

O período durante o qual o Sol permanece acima do Horizonte chama-se

dia polar . Tanto no Pólo Norte quanto no Sul, o dia polar deveria durar 6meses e a noite polar os outros 6 meses. Em conseqüência do fenômeno docrepúsculo, a noite polar completa reduz-se a cerca de 4 meses somente, fi-cando o período em que há luminosidade (dia polar + duração do crepúsculo)com os 8 meses restantes.

At iv idades 01. Observe a ilustração. O  zênite é o ponto

mais elevado do firmamento.O Sol passa exatamente sobre este ponto, apro-

ximadamente no dia 21 de junho, primeiro dia deverão para o Hemisfério Norte, e no dia 21 de de-

No verão, principalmente nas zonas temperadas, o dia começa mais cedo e a noitemais tarde. Adiantando-se os relógios em uma hora a luminosidade natural do Sol podeser aproveitada para promover a economia de fontes de energia. Para o Brasil, hoje, seuprincipal objetivo é diminuir a demanda máxima durante a hora de ponta de carga dosistema elétrico interligado . Em outras palavras: como a distribuição da energia elétrica é

interligada no País inteiro, se todo mundo ligar as luzes em casa e tomar banho nomesmo intervalo de tempo em que as indústrias ainda estão funcionando, todos estarãoconsumindo a sua carga máxima de energia no mesmo horário – é o que os técnicoschamam “horário de ponta”. Durante o verão, nas regiões mais quentes, o consumo deenergia elétrica também é aumentado pelo uso de aparelhos de ar condicionado . Orisco nesse período é o de não haver energia suficiente para tanto banho e para tantagente ao mesmo tempo resultando num risco de “apagão”.

Como o Brasil está situado tanto na zona tropical como na temperada, o horário deverão só funciona em determinados lugares. Seu efeito é significativo apenas para osEstados mais ao Sul do País. Nas regiões Norte e Nordeste, a duração do período claro do

dia não se altera muito, devido à maior proximidade da Linha do Equador. Além de oconsumo de energia elétrica ser maior durante o verão, as regiões mais próximas dostrópicos já apresentam duração da luminosidade solar muito maior no verão do que noinverno, reunindo condições excelentes para a implantação da medida.

OOOOOHORÁRIOHORÁRIOHORÁRIOHORÁRIOHORÁRIO DEDEDEDEDE VERÃOVERÃOVERÃOVERÃOVERÃO

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-

zembro, primeiro dia de verão para o Hemisfério Sul, definindo duas linhasimaginárias. Quais são elas?

02. O anúncio oferece um apartamento para venda no município de SãoPaulo. A expressão “Face Norte” indica que o apartamento:

APTO. COBERTURAR$ 190.000 – 2 Grs.Novo, 2 Stes. Americanas, Living, Lavabo,Face Norte, Piscina, Churrasqueira.Local tranqüilo. Confira. Z 3 – T: 531-XX00

a) deve ter boa luminosidade por estar voltado para o norte.b) deve ter boa luminosidade pela manhã e à tarde graças à longitude de

São Paulo.c) está na Zona Norte, área muito valorizada, pois fica

próxima aos mananciais do município.d) deve ter boa luminosidade pela manhã e à tarde, pois

fica na fachada frontal do prédio.e) está na Zona Norte, próximo à Serra da Cantareira,

em local elevado e livre de enchentes.

03. (Fuvest-SP)

a) Identifique e relacione as figuras I, II e III às esta-ções do ano no Hemisfério Sul.

b)Explique as variações do período de iluminação paraas cidades de São Paulo e Belém, relacionando-as com o“horário de verão”.

04. (UFSC) Apresente a resposta como a soma das al-ternativas corretas.

01. O Brasil é o único país sul-americano que tem suasterras distribuídas por três hemisférios: o Norte, o Sul e oOeste.

02. Santa Catarina está situada totalmente ao sul do Tró-pico de Capricórno, o que influencia na sua caracterizaçãoclimática.

04. O ponto “A “ tem como coordenadas geográficas

0º grau de longitude e 60° graus de latitude oeste.08. O Norte e o Nordeste são as duas únicas regiões doBrasil totalmente localizadas em zona intertropical.

16. O Brasil faz fronteiras com todos os países da Amé-rica do Sul, com exceção do Chile e do Equador.

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Unidade 2

 Representando a Terra

Organizadores

Sonia Mar iaVanzella Castella r

Elvio Rodr iguesMartins

ElaboradorRosemeire M orone

Car los Tad euGamba

1. Da realidade ao mapaQuando falamos em produção cartográfica temos, inevitavelmente, de pen-

sar numa fonte de dados. É como uma lista de presença da sua sala: tem umnúmero total de alunos e cada pessoa tem um nome diferente. Se perguntásse-mos a idade das pessoas ou o bairro onde moram, poderíamos formar váriosgrupos. Os mapas também exigem essa coleta de informações. O que aconteceé que, devido às características do fenômeno que estamos mapeando, as infor-mações nem sempre são obtidas da mesma maneira. Por exemplo, se fôssemosfazer um mapa com o número de habitantes que residem numa rua, bastaria quebatêssemos de porta em porta, perguntando quantas pessoas moram em cadacasa. Com isso teríamos o número total de habitantes e quantas pessoas habitama mesma residência. O IBGE já faz isso – chama-se censo demográfico –, masem vez de abranger apenas uma rua, envolve o país inteiro. Por outro lado,

poderíamos, em vez do número de habitantes, mapear o comprimento da rua,ou mesmo o tamanho do terreno das casas. Isso também não seria difícil, basta-ria uma fita métrica ou um barbante e rapidamente teríamos estas dimensões.No entanto, quando o nosso interesse refere-se à superfície terrestre, essa si-tuação torna-se pouco mais complicada. Isso acontece porque a Terra possuiforma arredondada e quando queremos desenhá-la, obrigatoriamente temos derepresentá-la numa configuração plana. Esta transferência de uma forma paraoutra exige que levemos em conta alguns princípios.

1.2. A ESCALAPodemos dizer que a escala é a relação entre uma dimensão representada

no mapa e a dimensão real, na natureza. Na prática, ela tem a função de contarquanto do espaço real foi diminuído para caber dentro do mapa. Ela é muitoimportante para entendermos a dimensão de um determinado fenômeno oulugar em relação ao todo. Vamos imaginar que estamos num helicóptero, de-colando de uma praça. Conforme o helicóptero começa a subir verticalmenteem direção ao céu, a altitude vai aumentando e a praça parece diminuir detamanho. Ao mesmo tempo, vamos conseguindo ver o entorno da praça. Per-ceba que existe uma relação entre a altitude, o tamanho dos objetos que ve-mos e a porção do espaço que conseguimos captar. Os mapas pretendem cap-tar a mesma relação que obteríamos se estivéssemos sobrevoando o local obser-vado. Assim, quando o helicóptero sobe, os objetos diminuem e a escala di-

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-

minui. Por outro lado, quando o helicóptero desce, os objetos aumentam e aescala aumenta.

É a escala que per-mite ao mapa essaaproximação da reali-dade, num tamanho

que caiba no papel,num globo ou na tela deum computador; elapossibilita, enfim, que omapa seja manuseadosem perder precisão equalidade. A escala deum mapa é expressa emvalores numéricos epode ser apresentada deduas maneiras diferen-tes: numérica ou gráfi-ca. Sempre que possível deve acompanhar a representação, pois em caso deredução ou ampliação, ela serve de parâmetro para o cálculo.

Escala numérica Quando observamos um mapa e verificamos que sua escala é expressa de

uma forma semelhante a esta: 1:12.500, 1:2.000.000 ou 1:15.500.000; dize-mos que o mapa possui uma escala numérica.

Na escala numérica, os valores são representados numa fração matemáti-ca em que o numerador corresponde à realidade representada no mapa e odenominador, à realidade no terreno que estamos representando. Dessa for-ma, quando vemos 1:1.000 temos 1/1.000. Ou seja, uma unidade no mapa

corresponde a 1.000 unidades no terreno. Assim sendo, um centímetro nomapa corresponde a 1.000 centímetros no terreno. Como cada metro possui100 centímetros, dividindo-se 1.000 por 100, temos 10 metros no terreno.Este método de apresentar a escala é interessante pois independe do sistemade medidas que estamos trabalhando. Se estivéssemos trabalhando com ummapa norte-americano, onde as unidades estão em polegadas, teríamos paracada unidade no mapa 1.000 polegadas no terreno. Também devemos saberque quanto maior o denominador da fração, ou seja, o número à direita, me-nor será a escala. É possível constatar isso fazendo-se o seguinte cálculo:

1:100 = 1/100 = 0,011:500 = 1/500 = 0,002Assim, 0,01 > 0,002. Portanto, a escala de 1:100 é maior que a escala 1:500.

Escala gráfica Quando a escala é representada por um segmento de reta graduado, dize-

mos que a escala é gráfica. Neste caso, as distâncias correspondentes no mapasão representadas numa régua que contém os valores das distâncias na realida-de. Esta régua pode ser construída com duas partes distintas: uma primária,onde os valores são apresentados inteiros; e uma fracionária, também chamadade talão, onde o número inteiro é subdividido.

Assim sendo, te-mos:

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O interessante desta escala é a facilidade na medição das distâncias. Nãohá a necessidade de se fazer os cálculos, pois a medida representada por cadasegmento corresponde diretamente à medida no mapa. Imagine que você pe-gasse um pedaço de barbante e o colocasse sobre um mapa, acompanhando ocurso de um rio. Bastaria ver quantas vezes o barbante se repete na régua daescala e você teria aproximadamente a extensão do rio.

Medindo a escala de um mapa A melhor maneira de calcularmos as distâncias presentes num mapa épela regra de três. Imagine que você tenha que calcular a distância entre doispontos num mapa com escala 1:5.000.000. Usando uma régua, meça a dis-tância entre os dois pontos. Suponhamos que a distância tomada seja de 7,8centímetros:

1 unidade no mapa = 5.000.000 de unidades no terreno7,8 cm no mapa = xEntão, X = 7,8 x 5.000.000 = 39.000.000.Como você mediu em centímetros, temos 39.000.000 cm. Se você for pas-

sar esta medida para metros, basta dividir por 100, afinal um metro é igual a 100centímetros. Com isso, teríamos 390.000 metros. Como sabemos que um quilô-metro é igual a 1.000 metros, concluímos que a distância é de 390 km.

A escala também poderia estar apresentada graficamente:1 cm = 40 KmBastaria então transformar os quilômetros em centímetros:1 km = 1.000 metros40 km = 40.000 metrosComo em cada metro temos 100 centímetros, teríamos:40.000 x 100 = 4.000.000

At iv idades 01. (UFPE) Observe:

1. Cartografia é a arte de representação gráfica da superfície da Terra, emparte, ou no seu todo, de acordo com a escala.

2. A representação de uma superfície esférica num plano (a exemplo domapa) traz forçosamente deformações que podem ser de distâncias, de áreas ede ângulos.

3. Nos mapa de grandes escalas, as deformações são muito sensíveis, en-quanto nas cartas de pequenas escalas as deformações se tornam cada vezmenos importantes.

4. As curvas de nível são linhas imaginárias que ligam os pontos situadosna superfície da terra a igual altitude.

5. Em toda elevação as cotas das curvas de nível diminuem para o centro,

segundo uma proporção constante.Estão corretos apenas os itens:

a) 1, 2 e 3b) 2, 3 e 4c) 1, 2 e 4d) 3, 4 e 5e) 2, 3 e 5

02. (Cesgranrio-RJ) Considere dois mapas do Brasil, sendo que o mapa Aestá na escala 1:10.000.000 e o mapa B, na escala 1:50.000.000.

Assinale a alternativa correta:

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-

a) Os mapas apresentam a mesma riqueza de detalhes.b) O mapa A apresenta menor riqueza de detalhes que o mapa B.c) O mapa A apresenta maior riqueza de detalhes que o mapa B.d) O mapa B é proporcionalmente cinco vezes maior que o mapa Ae) Os dois mapas possuem o mesmo tamanho.

03. (UnB-DF) Apresente a resposta como a soma das alternativas corretas.

Para a leitura de mapas, é necessário o conhecimento de escalas, de loca-lizações de pontos por sistemas de coordenadas azimutes e de formas de re-presentação do relevo. Quanto a esse tema, julgue os itens a seguir:

(0) A leitura da escala 1 cm por 10 km é representada, na sua forma fracio-nária, por 1/1 000 000.

(1) Os mapas em escala de 1:10 000 representam áreas duas vezes meno-res que os mapas em escala 1:20 000.

(2) A eqüidistância entre curvas de nível é a distância vertical que separaduas curvas sucessivas.

(3) A partir apenas da identificação da escala de um mapa, não é possíveldeterminar áreas e fazer comparações de tamanhos.

03. (Unesp-SP) Sobre um mapa, na escala de 1:500 000, tenciona-se de-marcar uma reserva florestal de forma quadrada apresentando 7 cm de lado. Aárea da reserva medirá no terreno:

a) 12,25 km2.b) 1.225 km2.c) 12.250 km2.d) 122,5 km2.e)12.255 km2.

04. A figura ao lado é um trecho, em escala, da planta da cidadede São Paulo, nas vizinhanças da Avenida Paulista. Escolha a melhor

estimativa das distâncias, em metros, entre as ruas transversais àAvenida Paulista, indicadas por algarismo romanos.

05. No mapa abaixo a distância, em linha reta, entre as cidades de Araçatubae Campinas é de 1,5 cm. Na realidade, esta distância é de aproximadamente:

a) 150 kmb) 167 kmc) 188 kmd) 250 kme) 375 km

I

II

III

IV

V

I

-

250

840

990

1190

II

250

-

590

740

940

III

84 0

59 0

-

30 0

50 0

IV

99 0

74 0

30 0

-

20 0

V

1190

94 0

50 0

20 0

-

a)

b)

c)

d)

e)

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2. AS  PROJEÇÕES  CARTOGRÁFICAS Mais do que qualquer outro tipo de mapa, o globo é a representação que

mais se assemelha à forma da Terra. Ele só não constitui uma representaçãoidêntica pois a Terra não é uma esfera perfeita – possui uma forma irregular àqual damos o nome de geóide. No entanto, o globo oferece uma vantagempor permitir que representemos a superfície do planeta sem distorções.

Embora os globosrepresentem os melhoresmapas-múndi para diver-sas finalidades, eles apre-sentam algumas desvan-tagens. Uma delas é queapenas cerca de metadeda superfície terrestrepode ser vista de cadavez. A outra é que, para

ser manuseável, o globo é pequeno demais para dar informações suficientessobre qualquer país ou região.

Para facilitar este trabalho de leitura, o homem foi ao longo de sua históriadesenvolvendo técnicas que permitissem representar a superfície num forma-to plano, pois nessa forma a leitura do mapa é facilitada e a representação nãonecessita de um objeto esférico para ser confeccionada.

Os cartógrafos solucionaram este problema projetando a superfície do glo-bo sobre formas geométricas diferenciadas, dando origem ao que hoje cha-mamos de projeções cartográficas. Matematicamente, esse processo significatransferir as coordenadas esféricas da terra para um plano correspondente.

Acontece que é impossível transferirmos um desenho de forma arredon-dada para uma forma plana sem que ocorram distorções. Isso fez com que asprojeções fossem classificadas não só de acordo com a figura geométrica de

referência, como também o tipo de deformação.

2.1. T IPOS  DE  PROJEÇÃO  SEGUNDO  A SUADEFORMAÇÃO 

Transferir um desenho de uma esfera para uma superfície plana implica,automaticamente, em deformações.

a) Projeção equivalente deMollweide

b) Projeção azimutal eqüidistante

c) Mapa-múndi

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Os cartógrafos sempre souberam disso e em muitas vezes se utilizaramdeste artifício em benefício próprio. Os esquimós, por exemplo, desenhavamseus mapas com base no tempo do percurso. Assim, regiões montanhosas,que demandavam longos períodos para serem percorridas, eram representa-das com deformações horizontalmente para que houvesse uma correspon-dência com a duração do percurso.

Hoje em dia as projeções, também possuem deformações, embora sejambem diferentes das existentes nos antigos mapas. Ainda assim, elas continuamsendo feitas para atender alguns de nossos interesses. Quando queremos re-presentar uma determinada área sem que haja alteração das dimensões doterreno, utilizamos a projeção denominada equivalente.

Cartas náuticas, por exemplo, utilizam-se de projeções onde os ângulossão preservados para permitir que os navegadores possam tomar as direçõescorretas. Esta propriedade geométrica é chamada de conforme e dá origem aum tipo de projeção muito utilizado hoje em dia, pois além de preservar osângulos, também permite que as escalas sejam as mesmas em qualquer pontodo mapa. Outra característica importante é que na projeção conforme não hádeformação das dimensões quando se trata de áreas pequenas.

Alguns mapas são feitos com o intuito de não apresentar deformações nasdistâncias. Assim, a escala permanece inalterada numa linha reta. Este tipo deprojeção é chamado eqüidistante e é muito comum nas representações dasregiões polares.

A projeção do tipo afilática é aquela que não possui nenhuma das carac-terísticas anteriores, ou seja, áreas, ângulos e distâncias são deformados aolongo do mapa.

2.2. T IPO  DE  PROJEÇÃO SEGUNDO  A SUA FORMA

As projeções necessitam de uma figura ge-ométrica de referência para serem construídas epor isso são classificadas em função desta figu-ra. As principais formas geométricas geradorasde projeções são o cilindro, o cone e o plano,que dão origem às projeções cilíndrica, cônica eplana, respectivamente.

a) População b) Produto Interno Bruto

As anamorfoses são mapas em que a superfície dos países ou dos continentes é deforma-da com o intuito de se representar proporcionalmente uma determinada quantidade. Estetipo de representação é muito utilizado na comparação de dados estatísticos entre países.

AAAAANAMORFOSESNAMORFOSESNAMORFOSESNAMORFOSESNAMORFOSES

a) Projeção Cilíndrica

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No entanto, as projeções não se limitam a estas formas e podem variardentro da mesma categoria em virtude das deformações que apresentam. Aprojeção “DYMAXION” de Fuller, por exemplo, utiliza como base um poliedro,figura que reduz distorções habituais e fornece uma visão mais precisa dasdimensões relativas dos continentes.

As projeções cilíndricas 

Este tipo de projeção é aquele em que a esfera terrestre é envolvida por umcilindro. Como resultado, temos os meridianos e paralelos apresentados comoretas perpendiculares. No entanto, em virtude das deformações, podemos terprojeções cilíndricas diferentes. Um exemplo disso é a projeção de Peters.Embora originária da mesma base geométrica (o cilindro), a projeção de Petersé uma projeção equivalente, pois deforma as medidas de ângulo e mantém asproporções de área. Disso resulta um mapa onde os continentes sofrem umachatamento no sentido horizontal e nas regiões polares. Diferentemente des-ta, a de Mercator, idealizada pelo belga Gerhard Kremer (1512-1594), produzum resultado inverso, e com isso as massas continentais no Hemisfério Nortesão bem maiores que no Hemisfério Sul. Nesse caso, as medidas dos ângulos

são mantidas e as áreas dos continentes são deformadas. Em razão disso, ela échamada de projeção cilíndrica conforme.Ao preservar os ângulos, a projeção de Mercator passou a ser intensa-

mente utilizada na navegação aérea e marítima, por permitir o traçado de rotascom precisão. Também ganhou grande notoriedade por servir de base para odesenvolvimento do sistema UTM (Universal Tranversa de Mercator), que élargamente utilizado em todo o mundo, particularmente para a elaboração decartas topográficas de grande escala.

As projeções cônicas As projeções cônicas são aquelas em que o plano de projeção é represen-

tada por um cone que envolve a esfera terrestre ou parte dela. Neste caso, osmeridianos são linhas que convergem para os pólos, enquanto os paralelossão círculos concêntricos a este. Apesar de serem mais apropriadas à elabora-ção de representações cartográficas das altas latitudes, é uma projeção indicadapara qualquer latitude, sendo propícia para representar grandes superfíciescontinentais.

A projeções planas Também conhecidas como azimutal ou zenital, são aquelas onde o plano

de projeção é tangente à esfera terrestre, tomado a partir de um ponto qual-quer da Terra, que é o centro da projeção. Quando este centro localiza-seexatamente sobre um pólo (Norte ou Sul) ela passa a ser chamada de projeção

b) Projeção Cônica c) Projeção Plana ou Azimutal

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polar. Assim, quando observamos um mapa da terra vista do pólo, logo con-cluímos que se trata desse tipo de projeção. Nestas representações, os meridi-anos são retas convergentes para os pólos e os paralelos são círculos concên-tricos a estes, como na projeção cônica. Esta projeção também é utilizada emrepresentações do globo que apresentam os dois hemisférios.

At iv idades 01. Toda representação da superfície terrestre sobre o plano – mapa –

contém distorções. É, pois, necessário escolher adequadamente a projeçãocartográfica em função do tema a ser representado.

Assim, indique a relação correta entre os temas e as projeções que seguem:I – Navegação marítimaII – Áreas de ocorrência da floresta tropical e da taigaIII – Regiões agricultáveis e desérticas

02. (FGV-SP) Toda representação da superfície terrestre em um plano aca-ba ocasionando distorções nas formas e dimensões das terras emersas e dosoceanos e mares. Dentre as projeções conhecidas, que atacam as distorçõesde formas diferentes, identifique a que foi utilizada na figura abaixo.

a) Projeção Mollweide,com paralelos horizontaise eqüidistantes e os meri-

dianos formando elipses.O Equador e o meridianoprincipal são retas perpen-diculares. Diminuem a de-formação das terras nospólos.

b) Projeção azimutal,com todos os paralelos cir-culares e meridianos con-vergentes em direção a um centro. Muito usada para a representação das áreaspolares.

c) Projeção de Peters, mantém as proporções das áreas das terras e dosoceanos e mares, mas alonga as formas dos continentes. Usada principalmen-te para dar destaque às terras das baixas latitudes.

d) Projeção policônica, vários cones tangentes à esfera. Os meridianos sãolinhas retas e convergentes e os paralelos círculos concêntricos. Usada maispara representar as terras de latitudes médias.

e) Projeção cilíndrica, com paralelos retos e meridianos retos e eqüidis-tantes, amplia muito as dimensões das terras polares e circumpolares.

03. (UFBA) Apresente a resposta como a soma das alternativas corretas.

a)b)

c)d)e)

Projeção de PetersIII

I e III e IIIII e III

Projeção de MercatorII e IIII e III

IIIIII

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A análise das projeções acimae os conhecimentos cartográficospermitem afirmar:

(01) Na projeção I, os parale-los e os meridianos cruzam-se, for-mando ângulos retos.

(02) A deformação das áreas lo-

calizadas em altas latitudes consti-tui um sério inconveniente na pro-

  jeção I.(04) A projeção II corresponde

à azimutal, bastante objetiva e com a peculiaridade de não apresentar defor-mações.

(08) A projeção II é, dentre as destacadas, a mais indicada para a represen-tação do globo terrestre.

(16) a projeção III corresponde à cônica e, nela, os países localizados nasregiões temperadas apresentam pequenas deformações.

3. Os levantamentos de baseOs levantamentos de base são aqueles cujo objetivo é obter informações

que permitam representar a Terra numa configuração plana. Dessa maneira,levam em consideração a forma arredondada da Terra e as suas dimensões. Osmapas originários destes levantamentos são chamados de mapas de base esempre vêm acompanhados de uma malha quadriculada com informaçõessobre a latitude e a longitude; por esse motivo, permitem a localização exatade um ponto ou de um determinado fenômeno na esfera terrestre. Estes mapastambém são de grande importância por servirem para a construção de outrostipos de mapa e para serem produzidos requerem uma série de referências

obtidas na superfície terrestre. Para entendermos a dimensão do problema,precisamos usar um pouco de imaginação.Suponhamos que você tivesse de assentar azulejos numa grande bola. Você

teria de encaixá-los de maneira que, quando você terminasse, não sobrasse enem faltasse espaço para outro azulejo. Para que isso desse certo, os azulejosdeveriam estar assentados da mesma maneira, ou seja, num mesmo ponto deequilíbrio, visto que eles estão sendo assentados numa superfície curva.

Acontece que a terra não é uma esfera perfeita, ela possui uma superfícierugosa e irregular, onde as altitudes variam. Quando os cartógrafos fazem oslevantamentos de base eles também precisam fazer este exercício, pois preci-sam encontrar um ponto na superfície do globo que permita que os mapas seencaixem. Este ponto de referência chama-se

datume além de outras infor-

mações como a latitude e a longitude, ele possui informações sobre a altitude.Graças a ele, uma série de informações, como as curvas de nível, traçados derios, sistemas de coordenadas, etc. podem ser inseridas dentro de um mapa.Atualmente este trabalho está muito mais fácil, pois além de dispormos deuma infinidade de mapas de base, existem vários destes pontos de referênciaespalhados pelo globo.

Os levantamentos de base, quando feitos com o intuito de recobrir áreas ex-tensas, são chamados de geodésicos. Quando a escala aumenta e a área a sermapeada é menor, eles são chamados de topográficos. Isso ocorre porque numaárea menor, os efeitos da curvatura da terra são bem menores. É como se, ao invésde azulejos, estivéssemos agora assentando pastilhas. Esta diferença é importante

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porque os levantamentos podem ser feitos com equipamentos bem mais simples,como uma bússola, um nível, um altímetro, um teodolito ou um GPS.

Os levantamentos topográficos são importantes pois neles encontramosas curvas de nível, linhas imaginárias que unem pontos de igual valoraltimétrico na superfície terrestre. Estas linhas, criadas em 1730 pelo holandêsCruquins, permitem que interpretemos a forma do relevo. Imagine que a su-perfície fosse cortada em uma série de planos horizontais da mesma espessu-ra: teríamos então uma série de camadas sobrepostas que representariam osdiferentes níveis do terreno. Essa “espessura” a qual nos referimos é chamadade eqüidistância e constitui a variação da distância vertical de uma curva denível para outra. Como na carta topográfica o relevo é observado por cima,podemos identificar as formas onde a declividade ou a inclinação do terrenoé maior ou menor. Isso porque estas cartas oferecem informações sobre avariação da distância, tanto no sentido vertical,através das curvas de nível, como no sentidohorizontal, através do sistema de coordenadas.Com isso, quanto maior for a distância de umacurva para outra, menor será a sua variação

vertical, ou seja, menor será a inclinação doterreno. Por outro lado, quanto menor for a dis-tância de uma curva para outra, maior será asua variação vertical e conseqüentemente,maior será a inclinação do terreno.

Isso também poderia ser observado se emvez de cima estivéssemos olhando o terreno delado. Apesar de ser impossível fazermos istocom a carta, podemos transferir as informaçõespara uma outra representação, chamada   perfil topográfico.

As curvas de nível também nos permitem diferenciar as partes mais altas

do relevo das partes mais baixas, pois possuem cotas que descrevem a varia-ção da altitude em metros. Essa informação nos permite identificar o sentidoda drenagem. Como o traçado dos rios corta perpendicularmente as curvas, aágua dos rios sempre seguirá de um ponto mais alto para um mais baixo.

Outra relevância das curvas de nível éque elas nos fornecem uma série de outrosmapas, como os hipsométricos, feitos pararepresentar as altitudes das superfíciesemersas, e os batimétricos, feitos para re-presentar as superfícies imersas. É muitocomum observarmos estes tipos de mapasnos atlas. Eles se utilizam das cores para

representar estas diferenças.

Fazer um perfil topográfico é o mesmo que fazerum corte no relevo, como se cortássemos umbolo, expondo a divisão do seu recheio. Se porum lado as curvas representam o relevo visto decima, o perfil representa o relevo visto de lado.Ele nos permite observar as variações e os aci-dentes do relevo que nas cartas topográficas sópodemos interpretar.

O PO PO PO PO PERFILERFILERFILERFILERFILTTTTTOPOGRÁFICOPOGRÁFICOPOGRÁFICOPOGRÁFICOPOGRÁFICOOOOO

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3.1. O S  LEVANTAMENTOS  POR  SENSORIAMENTO 

REMOTO Você já deve ter se deparado, ao observar a previsão do tempo na tele-

visão, com uma série de imagens animadas mostrando o movimento das nu-vens sobre a América do Sul. Ou então, com uma fotografia aérea mostrandoa cidade de Bagdá, numa reportagem sobre a guerra no Iraque. O que vocêdiria que estas imagens têm em comum? Tanto uma como a outra foram feitasà distância, seja a bordo de um satélite ou a bordo de um avião, e nos permi-tem mapear uma determinada área, região e até mesmo o planeta inteiro.

Por permitir a obtenção de imagens do local à distância, esta técnica rece-beu o nome de sensoriamento remoto. Ela é atualmente uma das técnicas maisutilizadas pela Cartografia para aquisição de informações sobre a superfícieda Terra. É difícil encontrarmos algo que tenha produzido tamanha revoluçãona produção de mapas como o sensoriamento remoto. A base desta técnica éa utilização de sensores que, como nossos olhos, podem observar um deter-minado objeto ou fenômeno mesmo estando distante dele.

Os primeiros produtos obtidos por sensoriamento remoto foram as foto-grafias aéreas e seu uso remonta à época da Segunda Guerra Mundial, perío-do em que a fotografia aérea teve grande impulso. Com a conquista do es-paço, a partir década de 1960, uma nova linha de produtos, o das imagens desatélite, passou a se utilizada.

Atualmente ambos são largamente utilizados no mapeamento de cidades,

do relevo, de florestas, de atividades agrícolas, de fenômenos climáticos, poisalém de mapear, também permitem que haja um controle e uma atualizaçãoconstante destes fenômenos. A diferença entre a escolha de um e de outro éque, enquanto a fotografia é utilizada para mapear áreas pequenas, as ima-gens de satélite são utilizadas para grandes extensões territoriais. Osdesmatamentos na Amazônia, por exemplo, são monitorados por imagens desatélite.

Além das imagens de satélite e das fotografias aéreas, existe também umoutro importante produto: as imagens de radar. Elas são utilizadas basica-mente para mapear o relevo, tanto que o mapa atual das unidades do relevobrasileiro foi feito com base em estudos sobre imagens de radar dentro do

projeto RADAM BRASIL.

Os GPS (do inglêsGlobal Posit ion System ) são aparelhos receptores que fornecem infor-mações precisas sobre a nossa localização em qualquer parte do planeta. Estes recepto-res podem ser mais sofisticados ou não, variando de acordo com a finalidade do seu uso.Alguns deles são semelhantes a um telefone celular e cabem no bolso.Seu princípio de funcionamento é semelhante ao de uma televisão que funciona com

antena parabólica. Quando ligamos nosso aparelho televisor, recebemos através da an-tena os sinais enviados pelo satélite que, por sua vez, recebe sinais da antena da emisso-ra, localizada na superfície. Estes sinais chegam na forma de filmes, telejornais eprogramas diversos.No caso do GPS, as antenas localizadas na superfície fornecem aos satélites informaçõessobre sua localização sobre um ponto na superfície. Os satélites, então, retransmitemesses dados para um usuário que esteja em terra, no mar ou no ar. A diferença é que ossinais, ao contrário de imagens, trazem informações sobre latitude, longitude e altitude.

OOOOOSSSSS APAPAPAPAPARELHOSARELHOSARELHOSARELHOSARELHOS GPS (SGPS (SGPS (SGPS (SGPS (SISTEMAISTEMAISTEMAISTEMAISTEMA DEDEDEDEDE PPPPPOSICIONAMENTOSICIONAMENTOSICIONAMENTOSICIONAMENTOSICIONAMENTOOOOO GGGGGLLLLLOBOBOBOBOBALALALALAL)))))

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Os Sistemas de Informações Geográficas, também chamados de SIG, são sistemas de-senvolvidos com o intuito de abrigar o maior número de informações geográficas deuma região, que podem ser apresentadas num mapa. A diferença em relação à Cartogra-fia tradicional é que as informações ficam arquivadas dentro do computador e sãoutilizadas de acordo com os nossos interesses. Além disso, os SIG podem incluir uma

série de recursos mult imídia. Suponhamos que exista um sistema de informações geo-gráficas de seu bairro. Ele provavelmente terá arquivado o número de habitantes, mora-dias, estabelecimentos comerciais e industriais, além das informações sobre o relevo, avegetação, o clima, o sistema viário etc. Dessa forma, seria possível gerarmos um mapade seu bairro, conjugando quaisquer destes fenômenos acima citados, utilizando dife-rentes formas de apresentação.

SSSSSISTEMASISTEMASISTEMASISTEMASISTEMAS DEDEDEDEDE IIIIINFORMAÇÕESNFORMAÇÕESNFORMAÇÕESNFORMAÇÕESNFORMAÇÕES GGGGGEOGRÁFICASEOGRÁFICASEOGRÁFICASEOGRÁFICASEOGRÁFICAS

At iv idades 01. (Fuvest-SP) Analisando a representação das diferentes

altitudes e da hidrografia da área mapeada, podemos inferirque, no local assinalado pela letra A, temos:

a) um lago.b) altitudes acima de 800m.c) altitudes abaixo de 500m.d) rebaixamento do relevo e desaguadouro de rios.e) maiores altitudes e nascentes dos rios.

02. (UFMS) Apresente a resposta como a soma das alter-nativas corretas. Compare as duas seqüências de figuras abai-xo. Sobre as mesmas, é correto afirmar:

01. as figuras I, II, e III representam curvas de nível ouisoípsas, com eqüidistância de 100m.

02. quanto menor a eqüidistância entre as curvas, maisplano é o terreno.04. a figura I relaciona-se à figura C.08. figura II relaciona-se à figura A.16. As figuras A, B e C são denominadas de perfis topo-

gráficos.

03. Considerando três níveis de coleta de dados:1. Orbital – feito através de satélites.2. Aéreo – feito com o auxílio de aviões.3. Campo/laboratório – realizado no local de estudo.

Assinale a seqüência de escalas que mais se encaixam a estes níveis:a) 1 – 1:500.000; 2 – 1:1.000; 3 – 1:5.000.b) 1 – 1:500; 2 – 1:1.000; 3 – 1:200.000.c) 1 – 1:5.000.000; 2 – 1:1.000; 3 – 1:10.000.d) 1 – 1:50.000; 2 – 1:10.000; 3 – 1:500.e) 1 – 1:5.00.000; 2 – 1:1.000.000; 3 – 1:500.000.

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1. A linguagem gráficaO mapa é uma representação gráfica, reduzida e generalizada da super-fície terrestre, que contém informações sobre essa realidade e tem por objeti-

vo transmiti-las a quem se interessar em conhecê-la. Por isso, pode-se dizerque essa representação é também um meio de comunicação, pois sua funçãoé a transmissão de informações àquele que o utiliza, seu usuário.

Entretanto, para que essa comunicação ocorra de maneira satisfatória, sãonecessárias algumas precauções, tanto do cartógrafo que elabora o mapa quantodo usuário que o interpreta.

O mapa deve permitir ao leitor sua exploração e uma fácil compreensãoda realidade retratada; para que isso ocorra, algumas regras devem ser cum-pridas em sua elaboração.

A qualidade é avaliada por meio de fatores como precisão, confiabilidade

e legibilidade, atributos que lhe garantem uma maior eficácia como meio decomunicação.

A precisão de um mapa está na exatidão de suas informações. A locali-zação e a distribuição dos símbolos deve seguir rigorosamente o que se querrepresentar da realidade.

O grau de confiabilidade é medido pela qualidade das informações repre-sentadas, ou seja, a confiabilidade das fontes de informação, que devem sercitadas no mapa pelo cartógrafo.

A legibilidade é percebida pela facilidade com que lemos o mapa: eledeve destacar as informações mais relevantes para o tema estudado e eliminaras desnecessárias, evitando assim uma grande quantidade de dados que só

atrapalham a compreensão do tema.Um mapa que tenha sido elaborado considerando essas preocupações cer-tamente será eficaz, permitindo que a transmissão de seus dados ocorra fluen-temente. Contudo, o usuário de mapas, como receptor dessas informações,também interfere na comunicação.

Essa forma de comunicação, assim como outras, possui uma linguagemespecífica que precisa ser aprendida, para otimizar a transmissão das infor-mações. Da mesma forma que fomos alfabetizados na linguagem escrita paraler e interpretar textos, que aprendemos a linguagem matemática para com-preender as expressões numéricas ou a linguagem musical para ler partituras,precisamos também aprender a linguagem cartográfica para ler e interpretarmapas, gráficos e outras representações.

Unidade 3

 Analisando o espaço

Organizadores

Sonia Mar iaVanzella Castella r

Elvio Rodr iguesMartins

ElaboradorRosemeire M orone

Car los Tad euGamba

geográfico

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Ao elaborar mapas, o cartógrafo emprega símbolos para representar objetosou fenômenos reais. Esses símbolos são o alicerce da linguagem cartográfica,assim como a letra para a escrita, o número para a matemática ou a nota musicalpara a música. Assim, o cartógrafo tem algumas decisões a tomar quanto à esco-lha da base cartográfica, à escala, ao modo de expressão e ao seu conteúdo.

A principal preocupação deve ser sobre a linguagem cartográfica, paraque a informação mapeada seja transmitida de maneira eficaz.

Os dados podem ser representados em um mapa de três modos: por pon-tos, linhas e áreas, que podem ser diferenciados pela forma, tamanho, orien-tação, cor, valor e granulação; são as chamadas variáveis visuais, que podemser aplicadas sozinhas ou combinadas no mesmo mapa.

As regras para melhor utilização dessa linguagem foram sistematizadaspor Bertin em 1967 (1986). Conhecer essas regras é fundamental para a lei-tura e interpretação dos mapas temáticos, e conseqüentemente para a análisedo espaço geográfico.

Representar o espaço geográfico significa representar os objetos que exis-tem neste espaço, mas também as relações que existem entre o espaço e osobjetos ou entre os objetos.

Assim temos a questão da localização que relaciona os objetos e o espaço,a qualificação desses objetos ou sua diferenciação em relação a outros obje-tos, a quantificação que nos permite classificá-los e compará-los, além dasrelações de proporção.

As variáveis visuais possuem propriedades de percepção que podem edevem ser usadas para representar essas relações. Cabe ao cartógrafo esco-lher a variável visual mais adequada para representar o tema estudado.

A boa utilização dessas regras facilita a leitura e interpretação dos mapas.

2. Leitura e interpretação de mapasPara adentrarmos este universo, vamos primeiro conhecer os tipos de mapas

mais utilizados: os topográficos e os temáticos.Os mapas topográficos são representações da superfície terrestre, precisas

e detalhadas, com informações sobre fenômenos naturais e artificiais.Nestes mapas temos as coordenadas; a hidrografia; a altitude através das

curvas de nível; detalhes planimétricos como rodovias, ferrovias, limites, ca-sas e edifícios diversos; a cobertura vegetal, natural ou plantações; a nomen-clatura toponímica, além das informações indispensáveis a qualquer mapacomo título, legenda, escala e projeção.

  Mapas temáticos são aqueles em que se representa um determinado fenô-meno ou aspecto do espaço mapeado. Utiliza-se um mapa de base, geral-

mente um mapa topográfico, onde são implantados símbolos que represen-tam o tema estudado.Os temas podem ser os mais variados: econômicos, agrícolas, demográficos,

climáticos, pedológicos, ambientais entre outros.Eles são muito utilizados por profissionais e estudantes de diversas áreas

do conhecimento interessados na distribuição espacial de dados e fenômenos.A Geografia tem especial interesse neste tipo de mapa, pois são os mais usa-dos na análise do espaço geográfico.

Todos os mapas, sem distinção, possuem obrigatoriamente determinadasinformações como projeção, orientação, escala, legenda e título. Cada umadelas já teve sua importância discutida anteriormente, à exceção do título,valioso por nos fornecer o tema e o espaço que foi representado.

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Para assimilar as informações contidas no mapa, precisamos conhecer osignificado de cada símbolo nele implantado. Aliás, esses símbolos são outradistinção entre mapas topográficos e temáticos: os primeiros usam símbolosconvencionais, ou seja, são pré-estabelecidos e aplicados em todas as cartastopográficas, como a altitude representada em curvas de nível. Para ler ascartas topográficas, temos que decodificar a legenda, ou seja, verificar nalegenda o significado de cada um dos símbolos que estão no mapa.

Você já aprendeu no início deste módulo como retirar algumas informaçõesde um mapa (a localização através de coordenadas geográficas, o cálculo dediferença de horários, a medida de distâncias usando a escala, a leitura de cur-vas de nível e a elaboração de um perfil topográfico). Com as projeçõescartográficas, você aprendeu também a reconhecer os limites dessas represen-tações, e conhece a importância da legenda para a compreensão dos mapas.

A legenda é a “porta de entrada” de um mapa, pois contém a expressão darelação entre o mapa (representação) e a realidade (espaço representado). Todaleitura de mapa começa com a leitura da legenda, mas não se esgota nela: épossível retirar de um mapa outras informações que não constam ou estãosubentendidas na legenda, desde que o usuário tenha conhecimento prévio

sobre o tema ou lugar mapeado ou já esteja acostumado a ler mapas.Essa etapa é chamada de interpretação e a experiência do leitor pode

otimizar a eficácia da comunicação. Observe o trecho retirado de uma cartatopográfica a seguir:

A carta topográfica utiliza símbolos pontuais, lineares eareolares em diferentes cores, tamanhos e formas:

- As localidades têm o nome impresso em preto com diferentestamanhos, classificadas segundo a quantidade de habitantes oustatus: temos assim a representação de uma hierarquia urbana;

Fonte: IBGE. Carta do Brasil, 1:50.000, Vitória. Rio de Janeiro: IBGE, in PITTE, J. R.(coord.).Geografia: A natureza humanizada: ensino médio . São Paulo: FTD, 1998.pp.90-91.

Trecho extraído da carta topográfica 1:50000, folha Vitória, do IBGE.

 – Situe o mapa: em que estado brasileiro localiza-se o trecho acima? Emque região do estado? Faz parte de que grande conjunto do relevo bra-sileiro? – Quais são as formas de relevo visíveis no mapa? – Em que posições topográficas encont ram-se as matas e os mangues?

 – Que relação existe entre a rede rodoviária e a urbanização? – Quais são as principais atividades econômicas da região? – Qual é a diferença entre o traçado das ferrovias e das rodovias emrelação ao relevo? – Coloque uma folha de papel transparente sobre o mapa e organize umcroqui traçando as curvas de nível de 60 m e de 300 m, indicando comum triângulo os pontos de maior altitude acima da cota de 300 m. Iden-tifique cada triângulo com a altitude correspondente; rios, represas elagos; contornos simplificados das áreas de vegetação natural, diferen-ciando os tipos; estradas principais; contorno das áreas urbanizadas e

locais onde há grande densidade de habitações rurais; indústrias porramo de atividade. – Anote na folha transparente o título, a legenda e a escala do croqui.

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- Os limites também são representados em cor preta e são hierarquizadospela forma da linha;

- As estradas de rodagem são diferenciadas pela cor, preta e vermelha, epela granulação das linhas, enquanto as estradas de ferro estão em preto e sãoclassificadas pela forma da linha;

- O azul é a cor usada exclusivamente para representar as informaçõesreferentes aos corpos d’água (rios, lagos, represas, cachoeiras etc.);

- São utilizados ainda alguns pontos pretos diferenciados pela forma paraidentificar edifícios com uso específicos, como igrejas, escolas e minas;

- As informações sobre cobertura vegetal estão na cor verde, com tramasde formas diferentes para distinguir os tipos de vegetação;

- Temos também as áreas urbanizadas representadas na cor rosa, mas emoutras escalas pode ser usado o cinza.

- A cor sépia representa as informações de altimetria, as curvas de nível eos pontos cotados.

Essa primeira etapa de decodificação da legenda é muito importante, masuma maior familiaridade com este tipo de representação e com a linguagemcartográfica nos permite interpretar esses dados.

Por meio das curvas de nível podemos identificar as formas de relevocomo vales e morros. Devemos atentar também para a hierarquização de in-formações como cidades, estradas ou cursos d’água.

Em um mapa topográfico, podemos ainda detectar a posição, dimensão edensidade dos fenômenos, desvendando sua distribuição espacial, correlacionaras diferentes informações, como a cobertura vegetal e a altitude, tentandoassim explicar ou deduzir as causas da configuração espacial.

Analisando o sistema viário podemos identificar o tipo de transporte quepredomina na região. É possível também revelar outras ocorrências domi-nantes e apontar o caráter específico daquele espaço, como sua função ou usorural ou urbano, residencial, agrícola, industrial etc.

Alguns usuários conseguem correlacionar as informações do mapa comseu conhecimento prévio e atingir deduções mais complexas. Por exemplo,analisando a distribuição e a forma da rede hidrográfica pode-se obter infor-mações sobre a geologia do terreno.

Veja como isso é possível nos exemplos ao lado e abaixo:

DUARTE, R. A.Cartografia Básica . 2ª edição. Florianópolis: UFSC, 1988. p.122-4.

A drenagem dendrítica su-gere que as rochas têm re-sistência uniforme e ausên-cia de fraturas.

O modelo radial é indicativode estruturas isoladas de for-ma dômica e cones vulcâni-cos.

O padrão treliça é comum emáreas de ocorrência paralelade rochas com resistência di-ferenciada ou falhas parale-las.

Quando os rios escoam pa-ralelos, apontam a presençade camadas resistentes regu-larmente inclinadas, em áreasonde vertentes têm um de-clive acentuado.

A rede anelar geralmente in-dica estruturas de domos oubacias erodidas até a maturi-dade, onde a drenagem seacomoda nos afloramentosdas rochas de menor resis-

tência.

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At iv idade 01. Observe o trecho da carta topográfica e verifique:a) como se caracterizam o relevo e a hidrografia?b)que relação existe entre as rodovias e a ocupação humana?c) quais as principais atividades econômicas da região?

Nos mapas temáticos os símbolos não são pré-estabelecidos, ou seja, cadacartógrafo usa os símbolos que julga mais adequados às suas necessidades.Assim, o mesmo tema pode ser representado de diferentes formas.

São muitos os mapas temáticos, os temas que podem ser mapeados e osdiferentes modos de fazê-lo. Podemos classificar os mapas pelo modo de ex-pressão, pela escala ou pelo conteúdo.

Como já estudamos a escala, apresentamos aqui as outras classificações.As representações cartográficas de acordo com a forma de expressão são di-vididas em:

- mapas propriamente ditos;- cartogramas que utilizam representações proporcionais para representar

fenômenos quantitativos;

- cartodiagramas que representam as informações por meio de gráficosou diagramas e;- anamorfoses geográficas, onde as superfícies do terreno são deformadas

para representar a proporção do tema representado.Em termos de conteúdo, podemos classificá-los em mapas de análise,

que apresentam um único tema, e mapas sintéticos ou de correlação, querelacionam as informações de dois ou mais mapas de análise.

A seguir temos alguns exemplos dos métodos de representação cartográficade uso freqüente e de como fazer sua leitura e interpretação.

O mapa colorido abaixo é de análise, onde a variável visual  forma foiimplantada pontualmente para diferenciar os tipos de recursos minerais. Nes-

te tipo de mapa, temos a localização das ocorrências no Brasil. Podemos aindaverificar as ocorrências por Estado ou a distribuição de cada tipo de mineral.

Fonte: JOLY, F.A Cartografia . Trad. Tânia Pellegrini. 5ª edição. Campinas,SP: Papirus, 1990. p.78.

Brasil – Principais Recursos

Minerais. Fonte: SIMIELLI, M.E. R.Geoatlas . São Paulo: Ática,2003. p.83.

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Essas informações podem ser relacionadas com a estrutura geológica ou coma indústria siderúrgica ou mineradora.

Temos no primeiro mapa a correlação entre a geologia e as ocorrênciasminerais. A geologia (cristalino) está representada pela área e os minerais porcírculos proporcionais. O mapa nos mostra que grande parte das ocorrênciasminerais está no cristalino, bem como a distribuição dessas ocorrências pelocristalino.

O segundo mapa é de análise. A implantação pon-tual de figuras geométricas reproduz proporcional-mente no mapa as ocorrências do atributo estudado.

Analisando o mapa, percebemos duas grandesconcentrações de ocorrências: uma no litoral donordeste, onde o número de assassinatos é menor;na segunda concentração, que abrange os estadosdo Pará, Tocantins e Maranhão, o número de assas-sinatos é bem maior. Uma leitura mais detalhadanos permite saber o número de assassinatos porEstado. Percebemos ainda que os conflitos com

maior número de assassinatos estão na região nortee no estado do Maranhão, à exceção de um conflitono sul do estado da Bahia. Essa área com maiornúmero de assassinatos forma um arco muito se-melhante ao da fronteira de expansão agrícola.

Mais um mapa de análise com implantação li-near, com setas que representam proporcionalmentea migração no Brasil de 1970 a 1990. As setas sãomuito utilizadas para representar temas dinâmicos,pois pressupõem movimento.

O mapa mostra três grandes tendências do movimento populacional nesteperíodo: a migração do nordeste para o sudeste e duas frentes chegando aonorte e centro-oeste, uma originária da região sul e outra da região nordeste.

2. Mortes em Conflitos no Campo 1985-1996Fonte: SIMIELLI, M. E. R.Geoatlas . São Paulo: Ática, 2000. p.93.

1. Brasil – Concentra-ções Minerais – Crista-lino. Fonte: SIMIELLI, M.E. R.Geoatlas . São Paulo:Ática, 2000. p.83.

3. Migração 1970-1990Fonte: SIMIELLI, M. E. R.Geoatlas . São Paulo: Ática, 2000.p.97.

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At iv idade 01. Compare os dois últimos exemplos e

correlacione suas informações.Aqui a variável valor mantém a ordem que

o fenômeno apresenta. Temos a porcentagemde crianças de 10 a 14 anos que trabalham, di-

vididas em quatro classes. Observando o mapa,percebemos que as maiores porcentagens detrabalho infantil estão na região nordeste e noestado de Tocantins, e as menores na região su-deste e em alguns estados da região norte. Po-demos relacionar esse dado com o fato de aregião nordeste ser a mais problemática.

Esse método é chamado de   pontos de con-tagem, e é usado para representar informaçõesquantitativas. Neste mapa, cada ponto equiva-le a 2 milhões de pessoas. Essa representaçãonos permite ter uma visão geral da distribuiçãodo fenômeno, ao mesmo tempo que permiteuma leitura mais detalhada e precisa. Exami-nando o mapa percebemos as maiores concen-trações humanas e como a população está dis-tribuída; se houver necessidade, é possível ex-trair do mapa a população dos países contandoo número de pontos e multiplicando pelo valorapresentado na legenda.

Para representar fenômenoscontínuos como relevo, precipita-ção, temperatura, pressão atmosfé-

rica, utilizamos o método isarít-mico, apresentado neste mapa.

As temperaturas são represen-tadas por isotermas, linhas queunem pontos de igual temperatu-ra, e os intervalos entre as isotermassão preenchidos por uma cor outom de cinza que representam o in-tervalo de temperatura entre asduas linhas. Atente para o fato deque, nesses casos, a legenda é con-

tínua, pois a isoterma é que divideos quadradinhos da legenda. Temos neste mapa adistribuição das temperaturas médias anuais, sendopossível detectar as regiões mais frias e as mais quen-tes. Esse tipo de mapa é muito utilizado pelos estu-diosos do clima.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) éum índice sintético que considera três dimensões: aeducação, a renda e a expectativa de vida. Atualmen-

Planisfério População (p. 74) e Temperatura Média Anual (p. 10).

FERREIRA, G. M. L.Atlas Geográfico . São Paulo: Moderna, 1999. p.74.

Trabalho InfantilFonte: SIMIELLI, M. E. R.Geoatlas . São Paulo: Ática, 2000. p.100.

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te é o parâmetro para medir e comparar a quali-dade de vida dos países, variando de 0 a 1.

No mapa identificamos três conjuntos que,de certa forma, refletem as regiões geoecôno-micas: o Centro-sul apresenta os melhores índi-ces, a Amazônia, índices intermediários e o Nor-deste os índices mais baixos no IDH. Esta últi-ma região fica bem caracterizada como uma re-gião mais problemática, pois além do IDH, pos-sui altas taxas de crianças fora da escola e taxasde mortalidade infantil acima de 50 por mil.

3. RepresentaçõesGráficas

Além dos mapas, a Geografia utiliza outrasrepresentações gráficas como o bloco diagrama,

tabela, gráfico e maquete. Essas representaçõespodem ser analisadas por si só, mas algumasdelas têm outro uso na Geografia, os gráficospor exemplo podem ser implantados em mapascomo os cartodiagramas, outros podem ser utili-zados para a organizar os dados a serem repre-sentados como o histograma, as tabelas são ri-cas fontes de dados para o mapeamento.

Trabalhar com dados e informações estatísticas pode nos desvendar o mun-do, mas é preciso ter uma grande atenção para evitar conclusões equivocadas.

Blocos diagramas são desenho em perspec-tivas de uma parte da crosta terrestre. Essa vi-são em perspectiva facilita a visualização dainformação em três dimensões e permite a re-presentação da estrutura interna da crosta, porisso são muito utilizados para explicar fenô-menos que se estendem ou se originam abaixoda superfície terrestre. A visão em perspectivado movimento das placas tectônicas nos per-mite identificar o processo de formação de algumas estruturas decorrentesdesse movimento. Os blocos diagramas também podem ser utilizados para avisualização dos processos naturais ao longo do tempo ou comparar áreasdistintas como nessa questão da Fuvest.

Tabela é um quadrodemonstrativo de infor-mações e dados organiza-dos. São utilizadas por di-versas áreas como fontede dados, pois sua orga-nização facilita a análisedos dados. Além de serutilizada como fonte dedados na elaboração demapas temáticos, também

Ferreira, G.M.L. Atlas Geográfico. São Paulo: Moderna, 1999. p.69.

(Fuvest) Nos climas tropicais úmidos, sãocomuns os solos espessos. Entretanto, al-guns fatores naturais podem mudar essatendência geral. Observe a figura abaixo,representativa dessas áreas.

a) Cite dois fatores que causam a diferen-ça de espessura do solo entre o perfil I e II.

b) Explique um dos fatores citados.

Brasil: Índice de Desenvolvimento HumanoFonte: SIMIELLI, M. E. R.Geoatlas . São Paulo: Ática, 2000. p.100.

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pode ser lida por linha, por colunas ou no conjunto comparando os dadosentre si.

Vejamos alguns exemplos:Nesta tabela te-

mos na primeira co-luna a renda percapita de alguns paí-ses; convém lem-brar que esse índiceé obtido dividindo-se o Produto InternoBruto de um paíspela sua população.É muito importante

saber como são calculados os índi-ces, pois assim conhecemos seu sig-nificado e suas limitações. Esse ín-dice já foi muito usado para medir e

classificar a riqueza dos países. To-davia por ser uma média ele nãoconsidera as diferenças internas,onde há pessoas que ganham acimada média e outras que ganham mui-to abaixo da média.

Podemos verificar isso nas colu-nas subseqüentes onde temos a ren-da dos 10% mais ricos, a renda dos40% mais pobres e o quociente entreas duas últimas.

Maquetes são representaçõesreduzidas e tridimensionais de umlugar. Elas são utilizadas em diver-sas áreas como Engenharia e Arqui-tetura. Na Geografia o tipo maisusado é a maquete de relevo, con-feccionada a partir das curvas denível. Assim temos a “reconstrução”reduzida do relevo semelhante comoocorre na realidade, diferente da re-presentação em curva de nível queé uma representação plana.

Relacionar a maquete com ou-tras representações planas do rele-

vo facilita a abstração do relevo no plano, por exemplo, a com-paração com uma carta hipsométrica, facilita a compreensão dalegenda e portanto das informações no mapa. Podemos ainda ana-lisar outros fenômenos naturais como a hidrografia, o clima, avegetação, correlacionando-os com a compartimentação do rele-vo. Dependendo da escala da maquete, é possível explicar a ocu-pação do espaço, atividades agrícolas, por exemplo, através daconfiguração de relevo.

Países

Estados UnidosPaíses Baixos (Holanda)BrasilGuatemala

Rendaper capita 

da populaçãototal (em dólares)

293402476045701640

Rendaper capita 

dos 10% mais ricos(em dólares) A

11464560005226927500

Rendaper capita dos40% mais pobres(em dólares) B

11 53012754971454

Fonte: Banco Mundial, World development, 2000 in Vesentini, J.W. Sociedade e Espaço. GeografiaGeral e do Brasil. Caderno de Atividades. São Paulo: Ática, 2001, p.14.

(Enem 2003 – Q. 57) O quadro abaixo mostra a taxa de crescimentonatural da população brasileira no século XX.

Analisando os dados podemos caracterizar o período entre(A) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar.

(B) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica.(C) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fert ilidade.(D) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica.(E) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico.

(Enem 2003 – Q. 58) Ainda com base na tabela da questão anterior, écorreto afirmar que a população brasileira 

(A) apresentou crescimento percentual menor nas últimas décadas.(B) apresentou crescimento percentual maior nas últimas décadas.(C) decresceu em valores absolutos nas cinco últimas décadas.(D) apresentou apenas uma pequena queda entre 1950 e 1980.

(E) permaneceu praticamente inalterada desde 1950.

Fonte: IBGE,Anuários Estatísticos do Brasil 

Período

1920-19401940-19501950-19601960-19701970-19801980-19911991-2000

Taxa anual média de cres-cimento natural (%)

1,902,402,992,892,481,931,64

Maquete da Região Centro-Oeste. Fonte:Simielli, MER.Boletim Paulista de Geografia nº 70.São Paulo: AGB, 1992. p.18.

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Gráficos são representações de informações estatísticas assim organiza-das para facilitar sua interpretação. Eles mostram como uma informação (quan-tidade) varia em relação à outra informação, para isso geralmente usam duasescalas, uma vertical x, e uma horizontal y, cada qual com uma informação.

Existem vários tipos de gráficos, os mais conhecidos são os gráficos delinha, de colunas, de barras e o de setor, também conhecido como gráfico depizza. Diversas áreas usam esse tipo de representação como a matemática, aEngenharia, o Marketing, o Jornalismo, a Economia, etc. Na Geografia, alémdesses tipos mais conhecidos, ocorre ainda o uso corrente de dois gráficosespecífico: o climograma e a pirâmide etária.

O gráfico de linhas é composto por dois eixos x e y perpendiculares entre sie cada eixo apresenta a variação de valores de um dado. As informações sãoimplantadas através de pontos na intersecção dos dois valores correspondentes.Após inserirmos todas as informações, traçamos uma linha ligando esses pon-tos para verificar a variação do atributo x em relação ao atributo y. Eles sãomuito utilizados para mostrar a evolução de um atributo, mas também admitema comparação de dados e informações. Analise os exemplos a seguir.

No primeiro exemplo temos a evolução da emissão de dióxido de carbono

(CO2), onde percebemos um aumento maior nos últimos períodos.No segundo gráfico podemos comparar a população mundial total com a

população urbana e verificar que a população urbana tem crescido mais in-tensamente que a população total. A diminuição da distância entre as duaslinhas nos mostra que a maior parte da população mundial, vive hoje emcidades com mais de 1000.000 habitantes.

Fonte: Vesentini, J.W. Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1999, p. 321 (esq.) e 232 (dir.).

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Analise o gráfico a seguir e responda às questões da Unicamp 2003.Os gráficos de colunas e de barras

são muito semelhantes, utilizam retân-gulos verticais e horizontais, respecti-vamente, os quais variam de tamanhocorrespondendo ao valor do atributo.

Através desses gráficos podemosanalisar a evolução de um atributo,avaliar o mesmo atributo em diferen-tes áreas ou comparar dois ou maisatributos.

No exemplo a seguir temos a taxade mortalidade infantil.

Analisando o gráfico percebemosque as taxas mais baixas concentram-se na região geoeconômica Centro-Sule que as mais altas encontram-se noNordeste, como já vimos representas

anteriormente no mapa do Brasil IDH.No exemplo seguinte podemos

avaliar a evolução da distribuição dapopulação economicamente ativa doBrasil em setores da economia.

Embora o setor secundário seja oque apresenta menor altera-ção de valor, observamos queé o mais instável, pois noperíodo é o que apresentamais oscilações.

O setor primário e o ter-ciário apresentam uma ten-dência inversa, enquanto osetor primário reduziu a po-pulação ocupada de 60% a25%; o setor terciário teveum ganho aproximadamen-te de 23% para quase 60%.

Na atividade seguinte te-mos a combinação de gráfi-cos de colunas e de barras,analise-os e responda a ques-

tão.

O gráfico abaixo retrata a distribuição das temperaturas e precipitaçõesmédias mensais de Barra (BA).

Barra (BA) - precipitação anual - 692,0 mmtemperatura média anual - 26,2 oCaltitude - 408 metros

FONTE: E. NIMER. “CLIMATOLOGIA DAREGIÃONORDESTE DOBRASIL:INTRODUÇÃO À CLIMATOLOGIA

DINÂMICA”.Revista Brasileira de Geografia.Rio de Janeiro, IBGE, 34(2), 1972, p.46.a) Qual é o tipo climático representado e sua principal área de ocorrência?b) Descreva os principais aspectos térmicos e pluviométricos do tipoclimático representado.c) Qual é a formação vegetal que aparece associada a este tipo climático?

Fonte: IBGE.Síntese de Indicadores Sociais 1999. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 p. 45.

Martinelli, M. Grá- ficos e mapas cons- trua-os você mesmo .São Paulo: Moderna,1998, p. 48.

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O gráfico de setores serve para detalhar uma informação, mostrar a suadistribuição por porcentagem ou quan-tidades absolutas, o círculo indepen-dente do tamanho representa 100% daocorrência do dado ou a quantidadeabsoluta, o círculo é dividido em se-tores, onde cada setor corresponde auma parte do todo.

Os gráficos a seguir trazem infor-mações sobre a condição de atividadedos adolescentes de 15 a 17 anos noBrasil, onde temos o total de adoles-centes nesta idade divididos pelas ati-vidades que desempenham. Observa-mos que dos 76% que estudam, 23%estudam e trabalham e que 24% dessesadolescentes exercem outras atividadesestando portanto fora da escola.

Vamos estudar os gráficos especí-ficos mais usados na Geografia, co-meçando pelo climograma.

Os climogramas são gráficos quecombinam duas informações sobre oclima, em dois eixos verticais e um ho-rizontal.

Na horizontal temos os meses doano e nos eixos verticais os valores re-ferentes à temperatura e à pluviosi-dade. Temos assim o comportamento

desses dois elementos climáticos nodecorrer do ano. Esses gráficos nospermitem identificar o tipo de clima.

Para interpretar esses gráficos de-vemos atentar para cada uma das in-

Os dados abaixo referem-se à origem do petróleo consumido no Brasilem dois diferentes anos.

Analisando os dados, pode-se perceber que o Brasil adotou determina-das estratégias energéticas, dentre as quais podemos citar:(A) a diminuição das importações dos países muçulmanos e redução doconsumo interno.(B) a redução da produção nacional e diminuição do consumo do petró-leo produzido no Oriente Médio.(C) a redução da produção nacional e o aumento das compras de petró-leo dos países árabes e africanos.

(D) o aumento da produção nacional e redução do consumo de petró-leo vindo dos países do Oriente Médio.(E) o aumento da dependência externa de petróleo vindo de paísesmais próximos do Brasil e redução do consumo interno.

Fonte: IBGE.Síntese de Indicadores Sociais 1999. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 p. 166.

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formações e relacioná-las. A linha de tempera-tura nos diz se o clima é quente ou frio e se háou não grandes alterações de temperatura aolongo do ano, grandes alterações na temperatu-ra são sinais de estações bem definidas, carac-terísticas de climas temperados, além disso a-través dos períodos de temperatura mais alta oumais baixa podemos deduzir em que hemisfé-rio está localizado o lugar representado. Nascolunas temos a quantidade de chuvas, bemcomo sua distribuição ao longo do ano, assimpodemos saber se é um clima úmido ou seco, sehá ou não estação seca. A combinação dessasinformações nos permite identificar o clima.

Vejamos alguns exemplos:  temos acimaduas figuras representando vários climas. Por exemplo, o clima equatorialestá bem definido no climograma com chuvas em abundância e bem distribu-ídas e altas temperaturas sem grandes alterações ao longo do ano, trata-se deum clima quente e úmido.

No climograma de Darwin vemos altas temperaturas, porém fica evidenteque o inverno é a estação seca, característica do clima tropical. O clima semi-árido é marcado pela alta temperatura e pouca quantidade de chuvas e umaestação seca bem definida. Em Buenos Aires, temos as chuvas em menorquantidade mas bem distribuídas ao longo do ano, no clima subtropical oinverno é marcado por temperaturas mais baixas.

A pirâmide etária é um gráfico de barras querepresenta a estrutura da população por faixasetárias e por sexo, através delas temos as caracte-rísticas do crescimento populacional. Pirâmides

com base larga e topo muito estreito e achatadolembrando um triângulo são indícios de altas taxasde natalidade, trata-se de um país com jovem, ge-ralmente representam países menos desenvolvidos.

Se a pirâmide for mais longa com a basefor estreita e o topo apresentar faixas largas,significa que a taxa de natalidade é baixa e aexpectativa de vida é alta respectivamente, umpaís que tenha essa pirâmide está passando porum processo de envelhecimento da população,características de países desenvolvidos. Entre

esses dois tipos de pirâmides temos outras que demonstram uma transiçãoentre o primeiro e segundo caso, são países que estão diminuindo a taxa denatalidade e aumentando a expectativa de vida.

Observe os modelos. Geralmente os dois lados da pirâmide são semelhan-tes, se houver alguma anomalia em um dos lados, ou uma diminuição muitogrande em uma faixa etária pode significar guerra ou uma epidemia.

Ferreira, G.M.L. Atlas Geo-

gráfico. São Paulo: Moderna,1999. p.75.

Ferreira, G.M.L. Atlas Geo-gráfico. São Paulo: Moderna,1999. p.70.

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(Fuvest) Estas figuras representam, de forma muito simplificada, duas pirâmides deidade:

Mostre resumidamente, os principais aspectos de cada uma e a que tipo de paísespoderiam corresponder.

B

VELHOSVELHOSVELHOSVELHOSVELHOS

ADULADULADULADULADULTTTTTOSOSOSOSOS

JOVENSJOVENSJOVENSJOVENSJOVENS

A

VELHOSVELHOSVELHOSVELHOSVELHOS

ADULADULADULADULADULTTTTTOSOSOSOSOS

JOVENSJOVENSJOVENSJOVENSJOVENS

Sobre os autoresRosemeire Morone 

é bacharel e licenciada em Geografia pela Universidade São Paulo. Mes-tre e Doutoranda em Geografia Física pela mesma universidade. Atualmente éprofessora efetiva de Geografia da Rede Pública do Estado de São Paulo.

Carlos Tadeu de Carvalho Gamba é bacharel e licenciado em geografia pela Universidade de São Paulo.

Atualmente é mestrando pela mesma universidade e professor do ensino su-perior.

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Anotações