apostila do curso farmacologia em urgencia e emergencia
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CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Urgência. “Podemos definir como socorros de urgência, as
medidas iniciais e imediatas aplicadas a uma vítima fora do
ambiente hospitalar, executadas por pessoa treinada para realizar
a manutenção dos sinais vitais e evitar o agravamento das lesões
já existentes”. (OLIVEIRA, Marcos).
Atendimento de Emergência: “Conjunto de ações empregadas
para a recuperação de pacientes, cujos agravos à saúde
necessitam de assistência imediata. As condições do paciente são
agudas, mas não há perigo iminente de falência de qualquer de
suas funções vitais que, com o passar do tempo, diminuem
temerariamente sua chance de eventual recuperação”(GOMES,
1994).
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CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Atendimento de Urgência. “Conjunto de ações empregadas para a
recuperação de pacientes, cujos agravos à saúde necessitam de assistência
imediata. As condições do paciente são agudas, mas não há perigo
iminente de falência de qualquer de suas funções vitais”. (GOMES, 1994)
Emergência. “O termo emergência identifica os problemas que
necessitam de cuidados especializados imediatos para evitar, assim, a
morte ou complicações graves no indivíduo”. (RODRÍGUEZ, 2001).
Atendimento em Urgência e Emergência. Cuidados imediatos frente a
agravos às funções vitais orgânicas do indivíduo, visando a estabilização
do quadro patológico até o início dos cuidados especializados
Estudos dos aspectos farmacológicos e clínicos de interesse teórico e prático
Situação de urgência/emergência:
• O uso de medicamentos é necessário...
• E agora? Estou seguro quanto ao uso correto?
• Como agem? O que posso esperar? E os riscos?
Sistema nervoso... Não consigo vê-lo mas sei que ele está atuando...
Doenças cardiovasculares no Brasil • As doenças cardiovasculares são a principal causa de
morte, no Brasil, responsáveis por cerca de 30% dos óbitos. Matam mais do que os diversos tipos de cânceres e os acidentes automobilísticos somados.
• Anualmente, 360 mil pessoas têm morte súbita, o que significa 986 óbitos por dia, ou 1,4 morte a cada dois minutos, no país..
• Cerca de 50% dos óbitos ocorrem antes da vítima chegar ao hospital ou de receber atendimento.
» Fonte: http://www.socesp.org.br/emergencias.asp
Principais emergências cardiovasculares
Arritmias Cardíacas
• As Arritmias Cardíacas estão relacionadas ao batimento irregular do coração, que pode ser muito rápido, Taquicardia, ou lento, Bradicardia.
Os sintomas são tontura, sonolência, fala sem sentido, desmaio e síncope. Sob estresse, pode ocorrer dor no peito, falta de ar e sudorese.
Doença Isquêmica do Coração
• Angina e Infarto são doenças isquêmicas do coração que se caracterizam por dor no meio do peito, que irradia para braços, pescoço e costas, por 10 a 15 minutos.
• É frequente a pessoa ter esses sintomas e achar que não é nada, ou confundir com outros problemas de saúde.
• Situação emergencial:
Insuficiência Cardíaca
AVC
• Quando a pessoa tem um AVC, em geral, sente dor de cabeça, mal estar, tem paralisia facial, com isso, ao sorrir, fica com um lado do rosto torno, e perde a força, não conseguindo sustentar os dois braços na horizontal em frente ao corpo.
• Além disso, ao falar uma frase, enrola as palavras ou não consegue falar.
Ih... ECA!
Como atuam os IECA???
E se o coração não tem mais força...
v
Parada Cardiorrespiratória • A principal emergência cardíaca é a Parada
Cardiorrespiratória, quando o coração para de bombear o sangue, podendo levar à morte súbita.
Cadeia de Sobrevivência
Reconhecimento Rápido da parada
Rápido RCP Rápida
Desfibrilação Cuidados pós ressucitação
EMERGÊNCIA RESPIRATÓRIA
Asma no mundo...
E emergência respiratória gestacional?
Asma e gestação
Dosificadores
Agonistas beta-adrenérgicos
Ipratrópio nebuliz. ou
Beta 2 de curta duração nebuliz.
Tiotrópio ou
Beta 2 longa duração
Tiotrópio e
Beta 2 longa duração
Tiotrópio eBeta 2 longa duração e
teofilina
G
R
A
V
I
D
A
D
E
Tratamento broncodilatador da DPOC estável
DOENÇA LEVE
DOENÇA MODERADA
DOENÇA MUITO GRAVE
DOENÇA GRAVE
Corticóides tópicos
Corticóides tópicos
Dor...
FARMACOLOGIA DA DOR E DA INFLAMAÇÃO
Fisiopatologia da resposta inflamatória e dolorosa
Estímulo lesivo celular (físico, químico, biológico
Lesão celular e liberação de enzimas intracelulares
Liberação e ativação de mediadores endógenos
cininas: histamina, prostaglandinas, 5-HT peptídeos: angiot, subst P e BK
acidose tecidual produção de íons K+ e H+
Ativação do sistema do complemento
Resolução Cronificação
Sensibilização seletiva por substâncias
algésicas durante a inflamação: BK, 5-HT e PGs*
Reação inflamatória aguda alterações morfofisiológicas vasculares, infiltrado celular
*PGI2,PGE1, PGE2
Analgesia inadequada
• Analgésicos: opiódes(morfina e análogos) e não-opióides(AINES, paracetamol, antidepressivos, anticonvulsivantes)
• Alivio da dor é de interesse biológico e humanitário, pois a dor não tratada:
- aumenta os riscos tromboembólicos e a sobrecarga cardiocirculatória,
- Causa disfunção respiratória, desnutrição, comprometimento imunológico e estresse psíquico.
Idosos x jovens • Peso aumenta ate os 60
anos; • Gordura: em jovens ± 18%
/ idosos ± 36% • Perda de água e massa
muscular nos idosos • Função renal e hepática
diminuída em idosos leva a acumulação de fármaco no organismo.
Assim: a dose inicial para idosos precisa ser menor que para o jovem.
ANALGÉSICOS
• Analgésicos centrais e periféricos:
Opiáceos = fármacos semelhantes estruturalmente à morfina.
Cunhada como “remédio próprio de Deus”, é o protótipo, o padrão-ouro, o gold standard em analgesia.
Suas propriedades analgésicas foram replicadas em derivados semi-sintéticos(análogos) e sintéticos(não relacionados estruturalmente).
Fármacos úteis: Opiáceos • Análogos agonistas: morfina, diamorfina(heroína),
codeína, nalorfina, levalorfano.
• Análogos antagonistas: naloxona e naltrexona
Sintéticos não-relacionados estruturalmente: petidina, fentanila, sufentanila, metadona, dextropropoxifeno, etorfina, buprenorfina, tramadol.
Fármacos úteis: Opiáceos • Tolerância e dependência de opióides:
Tolerância = pode se desenvolver já desde o 1º dia de tratamento. Fenômeno que ocorre quando surge a necessidade de elevar as doses para manutenção dos efeitos terapêuticos.
Dependência: o usuário exprimenta sintomas físicos que ocasionam a síndrome de abstinência, na ausência do uso.
Fármacos úteis: AINES
• AINES: muito efetivos, mas pouco seguros, pois altas doses e em associações, elevam os danos no TGI.
• Especialmente em disfunções respiratórias, AINES são inseguros, pois elevam a produção de leucotrienos(causam broncoespasmo)
Fármacos úteis na dor: Corticosteróides
• Corticosteróides: são muito efetivos são imunossupressores(diminuem a produção de leucócitos e outras células inflamatórias).
• Ações conjuntas de imunossupressão, analgesia e antiinflamatória.
• Os problemas de sue uso, mesmo em emergência, é que induzem:
• Hiperglicemia, hipertensão, hipocalemia, euforia, surto psicótico.
Fármacos úteis na dor: entidepressivos
• Antidepressivos: amitriptilina e congêneres. Úteis na dor enuropática.
• Bloqueiam recaptaão de serotonina e catecolaminas(adernalina, etc) das vias supressoras da dor, no tronco cerebral. Inicio de ação somente a partir do segundo dia de uso. Assim, na emergência são pouco úteis, mas a gabapentina, pregabalina, topiramato, clonazepam e outros são muito úteis na neuralgia de trigêmio, causa frequente de emergencia álgica.
Fármacos úteis na dor: enurolépticos
• Neurolépticos: haloperidol, clorpromazina,
risperidona, quetiapina são úteis no atendimento emergencial de dor.
Riscos : efeitos extrapiramidais e anticolinérgicos.
E se diagnosticar hiperglicemia?
• Complicações Agudas do Diabetes Mellitus • • Cetoacidose diabética: pH < 7,3 HCO3 < 15 mEq/L glicemia > 250mg% • – 1 a 5% dos casos de DM1 com mortalidade de
5%, por coma hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico:
• Ocorre mais em idosos com DM2, com mortalidade de 15% ou mais.
Diagnóstico • Poliúria, polidpsia, perda de peso,vômitos • Dor abdominal, náuseas, respiração de Kussmaul • Desidratação, fraqueza, hálito cetônico • Alteração do nível de consciência, coma • Leucocitose, hemoconcentração, hiperlipidemia • Uréia e creatinina elevadas • Acidose metabólica, hipocapnia • Glicosúria, cetonúria • Pode não haver febre
Tratamento com medicamentos e repositores:
• Reposição volêmica e restauração de perfusão tecidual
• Correção da glicemia e da osmolaridade
• Correção da acidose metabólica e diminuição da cetogênese
• Correção das perdas de eletrólitos
• Diagnóstico e tratamento de fatores desencadeantes
Tratamento:
• Hidratação(reposição hidroeletrolítica)
• Iniciar com SF 0,9% (de início, 1000 mL)
• Reposição de Potássio
• Em vigência de débito urinário adequado
• Caso K sérico menor que 5,5 mEq/L
• adicionar 20-30 mEq K a cada litro de hidratação
• 1/3 sob forma de fosfato, 2/3 sob forma de cloreto
• Reposição de Bicarbonato
• NaHCO3 = peso x base excess x 0,3, Se pH <7
Quanto usar de insulina?
• Se glicemia não diminuir pelo menos 10% em 1 hora, • repetir dose de ataque IV • Glicemia => 250 mg% , controle passa a ser de 4 em 4 • horas, usando Insulina Regular subcutânea segundo • tabela abaixo:
• até 150 mg% => nada fazer • entre 150 e 200 => 2 unidades • entre 200 e 250 => 4 unidades • entre 250 e 300 => 6 unidades • < 40 ou > 300 => reavaliar caso
DHEG – Doença Hipertensiva Específica da Gravidez
Lembrando que...
Emergência hipertensiva
O CASO PODE SER PIOR AINDA...
E O CASO PIOROU MAIS AINDA !!!!!!
Pra piorar: ainda podem ocorrer convulsões...
Risco fetal na prematuridade
E o risco de infecções???
E a intolerância/instabilidade gástrica???
QUEIMADURAS • Entre 1996 e 2008, o país registrou 13735 mortes causadas
por queimaduras. · Os Estados com maior número de vítima são, por ordem, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. · O custo diário do tratamento de um paciente "grande queimado" é de R$1.200 a R$1.500 (sem levar em conta a reabilitação e os custos indiretos). · O agente que mais causa queimaduras são os líquidos super aquecidos (37% das ocorrências). · A maioria dos casos ocorre na cozinha e a faixa etária mais atingida é até 12 anos (33%).
* Dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ).
QUEIMADURAS
• Química? Elétrica?
Tipos
• F
HIPERTERMIA • A hipertermia é a elevação anormal da temperatura do
corpo, caracterizada pela presença de altas cifras termométricas, geralmente maiores que 40ºC.
• Pode ocorrer devido à presença de infecção no organismo ou de alguma outra doença.
• Resulta da incapacidade do mecanismo regulador de temperatura do hipotálamo em controlar as diferenças entre ganho e perda de calor, e da dissipação inadequada do calor pelo corpo.
• Uma lesão cerebral, por exemplo, pode danificar os centros térmicos localizados no hipotálamo; tumores, infecções, acidente vascular ou traumatismo craniano podem também afetar o hipotálamo ou as vias descendentes e, assim, provocar distúrbios nos mecanismos de regulação e dissipação de calor.
Tratamento farmacológico da hipertermia
• O protocolo de tratamento farmacológico internacionalmente recomendado:
• administração dantrolene sódico (Injeções intravenosas de 2,5 mg/kg, repetidas até até 10 mg/kg e completo controle das manifestações de hipertermia.
• Tratamento das arritmias cardíacas: lidocaína, amiodarona e procainamida. Não se deve utilizar
bloqueadores do canal de cálcio pelo risco de interação com dantrolene sódico
Tratamento farmacológico da hipertermia
• Controle da acidose metabólica: Bicarbonato de sódio intravenoso, conforme gasometria arterial (em geral, 1 a 2 mEq/kg
• Tratamento da hiperpotassemia: Elevação do pH com hiperventilação e/ou infusão de bicarbonato de sódio; insulina 0,1 U/kg em glicose 50%, 1 ml/kg, sem administrar cloreto de cálcio, pois pode piorar a crise.
• Diurese: Manter diurese acima de 2 ml/kg/hora com hidratação e/ou diuréticos (manitol ou furosemida) para evitar lesão secundária à rabdomiólise.
FEBRE / HIPERTERMIA
• Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/febre.pdf
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS • O paciente intoxicado difere, em alguns aspectos,
daqueles assistidos no cotidiano de um atendimento de emergência.
• As diferenças estão nos aspectos clínicos, patológicos e farmacológicos.
• Habitualmente, não se trata de pessoas doentes mas de pessoas saudáveis, que desenvolvem sintomas e sinais decorrentes do contato com substâncias externas e dos efeitos sistêmicos delas.
• As substâncias podem ser de uso industrial, doméstico, agrícola, automotivo, etc.
• Outras, são de uso humano, médico, na maioria, resultando em efeitos tóxicos pelo mau uso ou pelo abuso.
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS • Os envenenamentos ou intoxicações são, na sua
maioria, acidentais, mas resultam também de tentativas de suicídio e, mais raramente, de homicídio.
• Não existem muitos antídotos (antagonistas específicos dos venenos) eficazes, sendo muito importante identificar a substância responsável pelo envenenamento o mais breve possível.
• Caso isso não seja possível no início, posteriormente devem ser feitas tentativas de obter informações (e/ou amostras) da substância e das circunstâncias em que ocorreu o envenenamento.
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS • A farmacologia da intoxicação é outro ponto
peculiar.
• Não se podem aplicar os conceitos de farmacodinâmica ou farmacocinética ao paciente intoxicado.
• Um produto, em doses tóxicas, passa a ter efeitos outros que os habituais, em doses terapêuticas, pois passa a atuar em mecanismos moleculares diversos, muitos dos quais ainda desconhecidos
INTOXICAÇÕES : ANTÍDOTOS
INTOXICAÇÕES : ANTÍDOTOS
Mais comumente são usados...
Referencias
6. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde - Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas : gestação de alto risco - manual técnico, 5ª ed 2010. 7. Packer, M.; et al Consensus Recommendations for the Mangement of Chronic Heart Failure Am J Cardiol 1999; 83 (2A):1A-38A 8. Revisão das II Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para o Diagnóstico e Tratamento da Insuficiência Cardíaca 2002 - Arq Bras Cardiol 2002; 79, (supl IV) 9. Andrew T.Y. et al Pharmacotherapy for Chronic Heart Failure: Evidence from Recent Trials Ann Intern Med;142:132-135 10. Mann DL; Mechanisms and Models in Heart Failure Circulation. 1999;100:999-1008 11. Jessup M; Brozena S; Heart Failure N Engl J Med May 15,2003; 348;2007-18 12. Cecil Textbook od Medicine 22th ed. Saunders, 2004 13. Yan AT; et al. Narrative Review: Pharmacotheraphy for Chronic 14. Heart Failure. Ann Intern Med. 2005; 142:132-45
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