apostila neuropedagogia e transtornos no aprender

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Apostila Neuropedagogia e TranstorNos No Aprender Enviado por pglaucia, junho 2012 | 24 Páginas (5924 Palavras) | 8 Consultas | 4.51 1 2 3 4 5 | Denunciar | APROVEITE O NOSSO RELACIONAMENTO PÚBLICO... Envie Rosângela Macedo de Souza Ferreira Pinto

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Apostila Neuropedagogia e TranstorNos No AprenderEnviado por pglaucia, junho 2012 | 24 Páginas (5924 Palavras) | 8 Consultas

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Rosângela Macedo de Souza Ferreira Pinto

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Índice As partes do cérebro 3 Córtex Cerebral 3 Cerebelo 3 Tronco Encefálico 3 Hipotálamo 4 Hipocampo 4 Mesencéfalo 4 O que é o cérebro? 5 Componentes do cérebro 5 Funções dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo 5 Funções do cérebro 6 Neurônios: células nervosas 7 Células Glia 7 Impulso Nervoso 7 Sinapses: transmissão do impulso nervoso entre células 9 Sinapses Neuromusculares 9 Sinapses Elétricas 9

BIBLIOGRAFIA BÁSICA 14

O cérebro é o centro de comandos do nosso corpo. Ele controla todas as atividades vitais para o corpo. Arquiva as informações que formam a nossa memória, ou seja, a lembrança de brincar em um parque ou o do cheiro bom do bolo da sua mãe. Todas as emoções, como o amor, o ódio, o medo, a ira, a alegria e a tristeza, também são controladas pelo cérebro. 

O cérebro faz parte do sistema nervoso central. Ele fica muito bem protegido no crânio. É encontrado em quase todos os animais.

O cérebro humano é formado por aproximadamente 100 bilhões de células nervosas, os neurônios. Uau! É muita coisa mesmo. O neurônio é o mensageiro do cérebro, capaz de levar mensagens para o corpo e também recebê-las.

As partes do cérebro

O cérebro é formado por diferentes estruturas, cada uma delas com funções diferentes. Veja as principais: 

Córtex Cerebral   

Responsável pelas funções de: Pensamento, Movimento voluntário, Linguagem, Julgamento e Percepção.

A palavra córtex vem do latim para "casca". O córtex é a camada externa do cérebro. Sua espessura varia de 2 à 6 mm. É dividido em dois hemisférios. Em mamíferos superiores,

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como humanos, o cérebro tem uma superfície irregular, cheia de áreas mais protuberantes (chamadas de giros), intercaladas com pequenos vales (chamados de sulcos) e que dão à aparência de "enrugado" ao cérebro.

Cerebelo

Responsável pelas funções de: Movimento, Equilíbrio e Postura A palavra cerebelo vem do latim para "pequeno cérebro." O cerebelo fica localizado ao lado do tronco encefálico. O cerebelo é parecido com o córtex cerebral em alguns aspectos: o cerebelo é dividido em hemisférios e tem um córtex que recobre estes hemisférios.

Tronco Encefálico

Responsável pelas funções de: Respiração, Ritmo dos batimentos cardíacos e Pressão Arterial.

O Tronco Encefálico é uma área do encéfalo que fica entre o tálamo e a medula espinhal. O Tronco Encefálico possui ainda várias estruturas como o bulbo, a ponte, a formação reticular e o tegmento. Algumas destas áreas são responsáveis pelas funções básicas para a manutenção da vida como a respiração, o batimento cardíaco e a pressão arteria.

Hipotálamo

Responsável pelas funções de: Temperatura Corporal, Emoções, Fome,Sede e Ritmos Biológicos.

O Hipotálamo é composto de várias áreas na base do cérebro. Ele tem o tamanho de uma ervilha (cerca de 1/300 do peso total do cérebro), mas é responsável por alguns comportamentos muito importantes para o indivíduo. Uma das suas funções é o controle da temperatura corporal, funcionando como um "termostato". Assim, se a temperatura corporal estiver alta, ele faz com que os capilares que passam pela pele aumentem de diâmetro, permitindo que o esfriamento do sangue. O Hipotálamo também controla a hipófise, que por sua vez controla o sistema endócrino. 

Hipocampo

Responsável pelas funções de: Aprendizado e Memória.

O Hipocampo é um área do sistema límbico que é muito importante na memória e aprendizado.

Mesencéfalo

Responsável pelas funções de: Visão,Audição, Movimento dos Olhos e Movimento do Corpo.

O mesencéfalo inclui áreas como o colículo superior, entre outras. 

O que é o cérebro?

O cérebro é a parte do sistema nervoso central que fica dentro do crânio. É a parte mais desenvolvida e a mais volumosa do encéfalo, pesa cerca de 1,3 kg e é uma massa de tecido cinza-róseo. Quando cortado, o cérebro apresenta duas substâncias diferentes:

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uma branca, que ocupa o centro, e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada uma delas controla uma atividade específica. A presença de grandes áreas cerebrais relacionadas ao controle da face e das mãos explica por que essas partes do corpo têm tanta sensibilidade. No córtex estão agrupados os neurônios.

Componentes do cérebro

O cérebro é composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas (neurônios), o cérebro contém células da glia (células de sustentação), vasos sangüíneos e órgãos secretores. Ele tem três componentes estruturais principais: os grandes hemisférios cerebrais, em forma de abóbada (acima), o cerebelo, menor e com formato meio esférico (mais abaixo à direita), e o tronco cerebral (centro). No tronco cerebral, destacam-se a medula alongada ou bulbo raquiano (o alargamento central) e o tálamo (entre a medula e os hemisférios cerebrais).

Os hemisférios cerebrais são responsáveis pela inteligência e pelo raciocínio.

O tronco encefálico, formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga, conecta o cérebro à medula espinal, além de coordenar e entregar as informações que chegam ao encéfalo. Controla a atividade de diversas partes do corpo.

O mesencéfalo recebe e coordena informações referentes ao estado de contrações dos músculos e à postura, responsável por certos reflexos.

O cerebelo ajuda a manter o equilíbrio e a postura. [pic]O bulbo raquiano está implicado na manutenção das funções involuntárias, tais como a respiração.

A ponte é constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas que ligam o córtex cerebral ao cerebelo. [pic] O tálamo age como centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que viajam para e do córtex cerebral.

Funções dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo

Embora os hemisférios cerebrais tenham uma estrutura simétrica, ambos com os dois lóbulos que emergem do tronco cerebral e com áreas sensoriais e motoras, certas funções intelectuais são desempenhadas por um único hemisfério. Geralmente, o hemisfério dominante de uma pessoa ocupa-se da linguagem e das operações lógicas, enquanto que o outro hemisfério controla as emoções e as capacidades artísticas e espaciais. Em quase todas as pessoas destras e em muitas pessoas canhotas, o hemisfério dominante é o esquerdo. Esses dois hemisférios são conectados entre si por uma região denominada corpo caloso. 

Funções do cérebro

O cérebro é o centro de controle do movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência. Todas as emoções, como o amor, o ódio, o medo, a ira, a alegria e a tristeza, também são controladas pelo cérebro. Ele está encarregado ainda de receber e interpretar os inúmeros sinais enviados pelo organismo e

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pelo exterior.

Os cientistas já conseguiram elaborar um mapa do cérebro, localizando diversas regiões responsáveis pelo controle da visão, da audição, do olfato, do paladar, dos movimentos automáticos e das emoções, entre outras. No entanto, pouco ainda se sabe sobre os mecanismos que reagem o pensamento e a memória.

Função

O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições.

A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso. As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.

Neurônios: células nervosas

Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônio.

No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas. Os dentritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.

O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.

Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.

Células Glia

Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.

Impulso Nervoso

A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se "portas de

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passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo (ms).

O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo. A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.

Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 2720km/h

[pic] |Sistema Nervoso | |Divisão |Partes |Funções gerais | |Sistema nervoso central (SNC) |Encéfalo |Processamento e integração de informações| | |Medula espinal | | |Sistema nervoso periférico (SNP) |Nervos |Condução de informações entre órgãos | | |Gânglios |receptores de estímulos, o SNC e órgãos | | | |efetuadores (músculos, glândulas...) |

[pic] Sinapses: transmissão do impulso nervoso entre células

Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.

As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.

Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).

Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica,

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ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química. Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.

Sinapses Neuromusculares

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.

Sinapses Elétricas

Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos. Clique abaixo para saber mais sobre o Sistema Nervoso Central, Periférico e os Distúrbios do Sistema Nervoso.

[pic]

Texto I

O PIONEIRISMO DO LABORATÓRIO DE NEURODIDÁTICA

Luiz Gustavo Cordeiro

 Damaris Flor

Podemos afirmar que o berço da neurodidática é a Alemanha dos anos 2000. Exatamente porque lá, ela foi sistematizada pelas pesquisas de Gerhard Friedrich, doutor em pedagogia e Gerhard Preiss, professor de didática da matemática na Escola Superior de Pedagogia de Freiburg na Alemanha. Esses neuroeducadores sabiamente souberam fazer uma mixagem inteligente entre neurociências e educação que resultou nessa feliz combinação chamada pedagogia neurocientífica ou neurodidática. Enquanto que no Brasil, o Laboratório de Neurodidática pioneiramente, a partir de janeiro de 2007, vem reunindo educadores fundamentalmente comprometidos com a prática pedagógica neurodidática dispostos a investir em observação, estudos, pesquisas e sistematização com a finalidade de construir seu acervo de cooperação para a mudança induzida na organização escolar exigida pelos novos tempos.   Temos consciência da ascendência das dificuldades que teremos pela frente. Em primeiro lugar, pelos compromissos assumidos na missão de reunir cientistas da educação para nossos fóruns de discussão permanente com foco na pedagogia neurocientífica. Na visão de tornar-se referência em práticas neurodidáticas. Nas ações de subsídio ao ensino básico. Tudo isso conectado aos princípios da ciência em favor do crescimento pessoal e

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social, ao respeito e proteção aos direitos autorais dos envolvidos com o Laboratório e do desenvolvimento da ciência com valor econômico. Em segundo lugar, as dificuldades estão ligadas à complexidade da neurodidática que se fundamenta nas neurociências, que por sua vez, tem um acervo de conhecimento acumulado por mais de cinqüenta anos com a atenuante da explosão das pesquisas emergentes do alto investimento financeiro dos Estados Unidos e da Europa nos anos 90, aclamada como a década do cérebro. Em terceiro lugar, pela configuração metodológica da própria escola, que segundo especialistas em neurociências têm quase todos os seus métodos contrários ao funcionamento do cérebro. E sua cultura hegemônica de ensino pela imersão na experiência educativa de um professor que fala alunos que ouvem e livros textos ou apostilas que definem o necessário. Culminando com a aprendizagem medida pela capacidade de repetição de dados, conceitos e definições previamente memorizados ou compreendidos quando o mercado de trabalho e a vida no século vigente exigem outras demandas bem mais elaboradas. Pelo exposto, não será fácil responder ao pioneirismo desse laboratório e por isso mesmo contamos com sua cooperação.

Texto II

NEURODIDÁTICA E A EDUCAÇÃO                 

         Damaris Flor

Desde o início da década de 90 venho me posicionando prático-teoricamente em favor da pedagogia neurocientífíca ou neurodidática, como denomina alguns pesquisadores. Em especial, a neurodidática foi definida por Gerhard Friedrich e Gerhard Preiss (2007, p.7): “como a aprendizagem na melhor maneira que o cérebro é capaz de aprender”. Que em nossa concepção, também pode ser interpretada como o processo de aprendizagem arbitrado por quem entende de cérebro, a neurobiologia, que pela primeira vez na história da educação resolve reivindicar seu espaço na prática pedagógica, uma vez que a aprendizagem acontece exatamente na configuração biológica do cérebro.

O acervo de conhecimento científico sobre a fisiologia e funcionamento do cérebro produzindo nos últimos 50 anos e relevantemente, a partir da década de 90, considerado a década do cérebro, vem subsidiando sobremaneira o crescimento das neurociências. Em paralelo o desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação, como diz Tezanos (2004, p.49):  arquitetou “a terceira transformação global na história da humanidade”. Essa última aliada à primeira vem alterando radicalmente a estrutura do interesse, mudando o caráter dos símbolos, modificando a natureza das comunidades, conforme Sancho, Hernández & Cols. (2006, p. 16), isso posto, inevitavelmente obrigará as escolas, famílias e empresas a buscar práticas pedagógicas neurodidáticas como resposta estrutural às demandas do século vigente.

 Nesse contexto, é importantíssima à contribuição das neurociências no nascimento e crescimento porvir da neurodidática. Exatamente por isso, tornar-se estudante das neurociências, é uma exigência para o profissional da educação que conhecendo o DNA da neurodidática poderá tornar-se sujeito de sua própria mudança num espaço de tempo relativamente mais curto. Daí, entender minimamente a composição neuronal e a capacidade computacional do cérebro, bem como, as funções específicas dos dois hemisférios cerebrais e a cultura ocidental da supervalorização do hemisfério esquerdo do cérebro em detrimento do hemisfério direito são prerrogativas para a sistematização e

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utilização de práticas pedagógicas neurocientíficas no contexto de integração das TIC-tecnologia da informação e comunicação às salas de aula.

 Para ilustrar a importância das neurociências na neurodidática podemos citar Suzana Herculano Houzel e Roberto Lent (2005) quando afirmam que ”no homem, ao que parece só o cerebelo apresenta quase todos os cem bilhões de neurônios que a literatura científica atribui ao cérebro todo”. Esses estão separados por sinapses de base quântica com capacidade para efetuar 10 mil conexões cada uma, sem cabos e sem fios, verdadeiros chips biológicos, segundo Bernard Katz, prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1970. E a especialização dos dois hemisférios do cérebro, o direito e o esquerdo contêm essa riqueza incalculável, conectados por feixes de 200 milhões de fibras com funções diferenciadas, segundo Roger Sperry, prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1981. Aprofundar conhecimento dessa natureza e aplicar seu potencial na produção do conhecimento fará vir à existência inúmeras práticas de teor neurodidático, afinal de contas, “nascemos com a máquina mais perfeita do universo, o cérebro”, Luiza Elena do Valle (1994, p. 19) ou ecologicamente falando, “a floresta tropical mais perfeita do universo”, Cosete Ramos (2006, p. 20).

 Em contribuição, como educadora veterana e estudante ainda no jardim da infância das neurociências, gostaria de reafirmar o meu fascínio, perplexidade e auto-estimulação do sistema de recompensa do meu cérebro com as metaviagens que faço ao cérebro. São viagens realizadas em companhia de uma nova geração de neurocientistas e profissionais das ciências clínicas que conseguem descer na verticalidade científica da fisiologia e funcionamento da complexidade cérebro e mente. E nos presenteiam com publicações com o diferencial da linguagem científica fluida e de fácil acesso como convém ao cérebro e ao século XXI, a era do conhecimento e da velocidade no qual nossa requalificação profissional em serviço, tem que necessariamente passar, pela similaridade na precisão e rapidez das trocas de pneus e reabastecimento de combustível em corrida de fórmula 1.

 Essas contribuições encontram-se disponíveis, a título de exemplificação, em trabalhos de Suzana Housel, uma neurocientista brasileira que muito nos honra com suas publicações: O cérebro Nosso de Cada Dia, e Sexo, Droga, Rock in Roll e Chocolate - Os Prazeres do Cérebro; Roberto Lent, em Cem Bilhões de Neurônios - Conceitos Fundamentais de Neurociências, Mariano Júnior em O Cérebro Japonês; Luiza Elena L. Ribeiro do Valle, em Cérebro e Aprendizagem – Um jeito diferente de viver e muitos outros de igual preciosidade, que talvez, nem eles mesmos tenham quantificado o valor imprescindível de suas pesquisas para o avanço da neurodidática no Brasil.

Foi e ainda está sendo difícil assumir esse pioneirismo neurodidático prático e teórico no Brasil por mais de vinte anos, defendendo com intensidade e paixão a Pedagogia Caminhos Diferentes para Alfabetização, Flor, (2000, p.43) e (2004, p.13), uma metodologia genuinamente neurodidática, expressa do título ao material didático que distribui conscientemente o processo de alfabetização nos dois hemisférios do cérebro, o direito e o esquerdo. É interessante salientar que foi fácil conseguir a adesão de muitos professores brasileiros em regência de norte a sul do país, pela agregação de valor à prática dos mesmos. Difícil ou impossível será agregar lideranças educacionais que obrigatoriamente terão que editar conceitos fundamentados das neurociências  rechaçados pelas ciências humanas.

Temos consciência, que a neurodidática é um dos grandes desafios para a mudança induzida na organização escolar do século XXI, porém, certamente encontrará resistência ao imperativo do sujeito cerebral, que segundo Francisco Ortega e Benilton Bezerra Jr.

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(1986), apud, Jean Pierre Changeux, neurocientista francês “implica na idéia de que o ser humano depende de maneira crucial do sistema nervoso” o que ele chamou de "homem neuronal".

Desta feita, é previsível, que as neurociências continuem ascendentemente subsidiando a mudança drástica na maneira de pensar e fazer educação no século XXI, o que certamente forçarão teóricos renomados a reconhecer a força da neurodidática e refazer conceitos que durante décadas foram defendidos ferrenhamente na organização de metodologias, disciplinas, conteúdos, tempo, espaço e série na organização escolar. E com imensa satisfação podemos assegurar que a escola brasileira pode contar com o Laboratório de Neurociências da UFPE nessa caminhada rumo ao novo tempo que a educação exige fatidicamente

Texto VII

Aprendizagem e o cérebro

Profª Maria da Conceição Massa Véras

O processo de aprendizagem da pessoa (indivíduo) começa na vida intra-uterina. O processo de aprendizagem torna-se evidente com o choro do Bebê, e quando ele respira, começa respirar pela primeira vez no novo ambiente fora do útero materno. Desde o instante do nascimento, inicia-se o processo de aprendizagem, o que pode ser descrito como a retomada do ritmo respiratório. Variações de oportunidades ambientais resultam em variações da alimentação informacional sobre as quais os meios sensoriais do crescimento do cérebro são elaborados e organizados. Essas variações em quantidade e qualidade da influência do meio ambiente são responsáveis pelo crescimento dos meios sensoriais. O crescimento, elaboração e organização dos meios sensoriais, podem ser limitados pela deficiência ou falta de estímulos.

A aprendizagem é limitada, e paralela a quantidade de informações que o cérebro recebe e armazena com a quantidade de informação que os meios sensoriais possam processar. Se a absorção do estimulo não se faz, é limitada ou confusa, os meios sensoriais (e, portando a aprendizagem) do mesmo modo não serão desenvolvidos, serão subdesenvolvidos ou desenvolvidos de modo incorreto. De modo inverso se a ingestão é multiplicada, e variada os meios sensoriais (consequentemente a aprendizagem) paralelamente se desenvolverão, enriquecer-se-ão e se organizarão. Como resultado, haverá maior função sensorial, proporcionando seu enriquecimento e sua organização.

Aprendizagem é um processo sensorial. Informação ou aprendizagem, que não resulta em desempenho é, obviamente inútil. A aprendizagem depende dos meios sensoriais e o desempenho depende dos meios motores (recepção e transmissão). Sabemos que os meios motores são desenvolvidos e elaborados pelo uso. Os meios sensoriais e motores com suas interconexões formam o órgão conhecido como cérebro. Aprendizagem é função do cérebro. O processo de aprendizagem depende da complexidade do Desenvolvimento e da Organização (das Funções Cerebrais) do Cérebro. Desenvolvimento do Cérebro, por seu lado, depende das oportunidades que esse órgão tem de absorver e reagir aos

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estímulos oferecidos pelo meio - ambientes. As variações dos estímulos ambientais resultam em variações na capacidade de aprender.

Verificamos que crianças que apresentam dificuldades em seu processo de aprendizagem demonstram, desde o nascimento, disfunções sensoriais e conseqüentemente disfunções motoras (Perfil do Desenvolvimento Humano) Glenn Doman, continuarão com suas dificuldades até que sua organização neurológica proceda-se acertadamente, passando a receber a informação necessária em sempre crescente Freqüência, Intensidade e Duração. Há um principio básico de que se deve suprir o cérebro de informações para armazenar. Todas essas informações são de natureza essencialmente sensoriais e não esperam por nenhuma resposta motora. Pretendem apenas suprir o cérebro. Não é possível extrair do cérebro função ou informação se ele não as possui. Tal cérebro está em zero, vazio, e assim ficará até que receba uma carga necessária de suprimento de informações, só então poderá dar resposta às solicitações.

O cérebro é capaz de receber as informações tanto no mais baixo estado de Desenvolvimento Humano, quanto no mais alto. Em seres humanos normais o processo de maturação que se inicia no ato da concepção e torna evidente com o nascimento, está completo aos 6 anos de idade. A velocidade, o ritmo desse processo varia de modo amplo, de ser humano para ser humano, e o critério através do qual tornamos possível medir o progresso no processo de maturação cerebral, será o Diagnóstico Funcional - Perfil do Desenvolvimento Humano (Glenn Doman), através do qual podemos determinar a idade neurológica funcional da criança.

Portanto entendemos que nossas funções cerebrais são formas de inteligência podendo dizer que temos uma Inteligência Visual, Inteligência Auditiva, Inteligência Tátil, Inteligência de Mobilidade, Inteligência de Linguagem, Inteligência Manual. Cientistas da NASA, disseram que foram espalhadas pelo USA e pelo Mundo varias antenas parabólicas voltadas para o espaço com finalidade de encontrar vida inteligente no universo. Um professor disse que as formas de vida que buscavam, provavelmente seriam diferentes da nossa, mas o que procuravam era alguma resposta, o que sem dúvida já era uma expressão de inteligência.

Quando uma criança se desenvolve muito no período de 0 a 6 anos é chamada de gênio pois, comparada com outras que não tem estímulos ou oportunidades, ela é muito mais desenvolvida. Quando, por algum motivo, uma criança não se desenvolve, é chamada de Burra ou retardada mental. Logo aparecem testes para serem aplicados os chamados Q.I; os mais conhecidos são os testes Binet e Rochas em que o indivíduo é solicitado a reproduzir figuras ou reconhecer detalhes num desenho, ou a escrever alguma coisa. Baseado nas respostas chega-se a conclusão do nível de inteligência do indivíduo. No nosso entender, esses testes não têm grande validade quando aplicados em indivíduos totalmente desenvolvidos, mas podem servir como indicadores de informações. Porém, quando utilizados em crianças com problemas eles são totalmente obsoletos e apontam verdadeiros disparates. Certa vez fizeram uma experiência com aranhas. Colocaram uma aranha sobre uma mesa e quando queriam que ela se movimentasse, batiam com um instrumento na mesa. Então ela se movimentava. Tiraram uma perna da aranha; tornaram a bater na mesa, e a aranha capengando se moveu. Assim fizeram até a última perna, quando ela não mais se moveu. Chegaram à conclusão de que a aranha sem perna é surda. É evidente o disparate. Porém, é a mesma lógica que se utiliza para as crianças que, por não enxergarem e não entenderem o que se fala, não respondem aos testes. Através da contagem de números de pontos, chega-se as conclusões de que são débeis mentais, idiotas, retardadas.

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Com estes rótulos que lhes são colocados, criamos uma barreira quase intransponível para que lutemos por um amanhãpara elas. Cria-se um clima de desmotivação que as leva a fugir da vida, sendo colocadas numa situação de marginalidade sem que tenham cometido crime algum. As crianças são o mundo e a elas devem ser dadas nos primeiros anos de vida todas as oportunidades. Quanto mais deficiências uma criança apresente, mais cedo e mais vezes devemos estimulá-las, para que ela possa atingir assim o equilíbrio de funcionamento das crianças de sua idade.

O CÉREBRO

Existe uma experiência muito interessante realizada pelo Prof. David Krech e seus seguidores da Universidade de Berkley, na Califórnia, EUA. Eles colocaram ratos de uma mesma ninhada em duas gaiolas separadas. Numa delas os ratos conseguiram chegar até o alimento sem qualquer dificuldade. Na outra os ratos tinham que se exercitar através de labirintos para alcançarem o alimento. Após serem sacrificados os ratos dos dois grupos constatou-se que o peso cerebral dos ratos que tinham sido estimulados era 25% maior do que os outros. Essa experiência nos serve para provar que o cérebro cresce pelo uso. Outras experiências realizadas com o cérebro humano demonstram que quanto mais utilizamos o cérebro mais desenvolvido ele fica; e se não o utilizamos adequadamente ele se atrofia e perde as funções.

Os pontos seguintes são baseados nas descobertas de Glenn Doman e são à base da filosofia de nosso trabalho: 78) O cérebro humano contém mais de um trilhão de células. 79) O cérebro humano contém mais de 10 bilhões de neurônios funcionais. 80) Atualmente só utilizamos uma porcentagem mínima destas 10 milhões de células. 81) A função determina a estrutura. 82) O cérebro cresce pelo uso. 83) Todo crescimento significativo do cérebro está completo aos seis anos de idade. 84) O que não utilizamos, perdemos. 85) O conhecimento é algo não avaliável. 86) Não é verdade que usamos somente 10% de nosso cérebro. Na verdade não vivemos o bastante para usarmos um centésimo dele. 87) Se aprendêssemos 1000 fatos por hora, 24 horas por dia, sete dias por semana, durante 100 anos, teremos aprendido 876.000.000 de fatos. 88) Esse número não se aproxima nem de perto da capacidade total do cérebro. 89) O cérebro humano tem uma capacidade 10 vezes superior aos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos. 90) O cérebro humano tem uma capacidade de 125 trilhões de pedaços enciclopédicos. (fatos) 91) O cérebro é o único recipiente que tem a característica de que ?quanto mais se bota, mais cabe?. 92) Quando melhoramos uma função do cérebro, melhoramos em um certo grau, todas as demais funções. 93) A inteligência é um produto do pensamento. 94) O Homem é inteligente porque usa o cérebro. 95) O cérebro de nossas crianças cresce de acordo com as oportunidades que lhe damos. 96) Nossas crianças são tão inteligentes quanto à oportunidade que lhes damos para que assim sejam. 97) A inteligência é inteiramente um produto do cérebro.

COMO MULTIPLICAR A INTELIGÊNCIA

Quando desejamos realizar um programa com uma criança devemos ter em mente quais serão as etapas a vencer e como transformar o seu esforço em sucesso da melhor forma possível. Em primeiro lugar, devemos estar bem com nós mesmos; felizes de estarmos realizando uma tarefa que resultará em benefício para a criança. Devemos esquecer por alguns momentos os problemas do cotidiano e procurar vivenciar naqueles momentos uma experiência agradável. Não devemos ter interferências ou interrupções; portanto, o lugar onde vamos trabalhar deve ser adequado a esses objetivos. Se vamos mostrar fotografias de animais, flores, bandeiras, presidentes, ou qualquer outra coisa, não devemos ter

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dependurado na parede ou desenhado figuras do Pato Donald, Mickey, Branca de Neve e os Sete Anões, ou qualquer outro tipo de coisas que distraia a atenção de criança. Devemos ter nosso cantinho de trabalho bem adequado aquilo que desejamos. Também não devemos trabalhar quando no aposento ao lado outras crianças brincam, assistem televisão ou fazem outro tipo de atividade recreativa. Devemos ser bem claros, honestos (não dar informações ambíguas), ser precisos naquilo que desejamos informar. Devemos falar em voz relativamente alta para que a informação chegue a criança sem distorções. As figuras devem ser reproduzidas fiéis do que desejamos apresentar e, em especial, de tamanho suficientemente grande para que a criança possa distinguir todos os detalhes. Essas informações chegarão à criança num tempo extremamente rápido para mantermos a sua atenção. Para desenvolvermos a inteligência de uma criança propomos que cada sessão dure no máximo 30 segundos e que apresentação de cada informação não deva ser maior do que um segundo. Quando desejamos multiplicar a inteligência de uma criança devemos dar um grupo de informação semelhante sobre um mesmo assunto. A isto chamamos de um padrão de informação ou uma categoria de informação. Para fazer isso devemos dar, no mínimo, 10 informações sobre o assunto. Se isso não for possível não devemos utilizar esta categoria; Exemplo de categoria: Se apresentarmos uma categoria sobre cachorros teremos: Pastor Alemão, Dinamarquês, Fila Brasileiro, Dálmata, Pequinês, São Bernardo, Pastor Belga, Fox Terrier, Viralata e Basset. Teremos uma categoria de cachorros e chamaremos cada uma das informações de um pedaço de inteligência. Nem todos nós já vimos todos os cães que existem no mundo, mas a partir desse grupo de animais que conhecemos, quando avistarmos um cachorro que nunca vimos, saberemos que se trata de um cachorro. Isto porque já temos um padrão sobre o que raciocinar. Quando raciocinamos dentro do padrão essas combinações se dão em progressão geométrica, que o primeiro combina com o segundo, o primeiro com o terceiro, com o quarto e assim sucessivamente até todos combinarem com todos, o que dá um número enorme de combinações. Se ao invés de 10 fossem 11 esse número se multiplicaria por muito mais combinações e assim por diante. Quanto mais informações (categorias) pudermos dar para uma criança, maior será a sua capacidade de interpretação e codificação das mesmas . As oportunidades motoras são de igual importância para este desenvolvimento. Temos uma vida inteira para andar, só temos alguns meses (média 12 meses) desta vida para que possamos organizar as funções da base cerebral . Quando damos a oportunidade das crianças, de conhecerem (viver) o Chão estamos dando a ela a oportunidade desta organização, que acontece naturalmente a partir do nascimento.(posição decúbito ventral). Este chão simboliza Proteção - Carinho - Conforto - Higiene e principalmente Amor. Ele tem que transmitir segurança "Posso ir para onde quero sem precisar que ninguém me transporte, só assim posso ir ao encontro do conhecimento não dependo da boa vontade das pessoas" Para que possamos alcançar a Organização Neurológica completa, temos que seguir também as etapas da mobilidade (vide coluna da mobilidade ) criadas pelas oportunidades do chão. A falta destas funções caracterizam perdas, sabendo que uma função cerebral depende da outra para seu completo desenvolvimento (organização neurológica) e que a ausência de alguma delas (estágios) ou a pobreza desta organização , acarretará certamente perdas na organização de outras funções (sensorio /motoras) . Entendemos que se aplicarmos em nossas crianças a avaliação do Perfil Neurológico (Institutos do Desenvolvimento do Potencial Humano), estaremos ajudando-as a superarem suas dificuldades no processo do aprendizado, sabendo identificar o real obstáculo (problema) para esta aquisição natural Como Criar o Desenvolvimento Motor - Oportunidade de chão (decúbito dorsal) - Oportunidades para Arrastar - Oportunidade para Engatinhar - Oportunidades Vestibulares - Oportunidades para Andar - Oportunidades para Andar (resistência e velocidade) - Oportunidades de Corrida . Todas estas atividades com FREQUENCIA- INTENSIDADE - DURAÇÃO , de acordo as necessidades individuais . Rio de janeiro 04 de janeiro de 2006-01-04 Profª Maria da Conceição Massa Véras

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

AJURIAGUERRA, Julian de. Manual de Psiquiatria Infantil. Editora Persona, 1980. ________________________. A Escrita Infantil. Editora Artes Médicas. Porto Alegre, 1988. ________________________. Dislexia Em Questão. Editora Artes Médicas. Porto Alegre, 1984. FONSECA, Vitor da & SANTOS, Francisco. Programa de Enriquecimento Instrumental, de FEUERTEIN. Edições FMH . Lisboa. 1995. _________________. & MENDES, Nelson Escola, Escola, Quem és Tu? Editora Artes Médicas. Porto Alegre. 1987 . _________________. Educação Especial. Editora Artes Médicas. Porto Alegre. 1987. _________________. Pedagogia Mediatizada: Transferência de estratégias para novas aprendizagens. Editora Salesiana. São Paulo. 2002. _________________. Libertar as inteligências: Exclusão escolar como processo de exclusão social. Editora Salesiana. São Paulo. 2002. _________________. Interatividade na aprendizagem: Avaliação psicopedagógica dinâmica. Editora Salesiana. São Paulo. 2002. _________________. Modificabilidade cognitiva: Abordagem neuropsicológica da aprendizagem humana. Editora Salesiana. São Paulo. 2002. _________________. Pais e filhos em interação: Aprendizagem mediatizada no contexto familiar. Editora Salesiana. São Paulo. 2002. _________________. Aprender e reaprender: Educabilidade cognitiva no século 21. Editora Salesiana. São Paulo. 2002. _________________. Miopia da atenção: Problemas de atenção e hiperativiadade em sala de aula. Editora Salesiana. São Paulo. 2002. BRANDÃO, Marcus Lira. As Bases Biológicas do Comportamento: Introdução à Neurociência. São Paulo: EPU, 2004. O’SHEA, Michael. Cérebro. Tradução Iuri Abreu. Porto Alegre, RS: L&PM,201. KOLB.Bryan e WHISHAW. Ian Q., Neurociência do Comportamento. Manole, 2002. -----------------------

Professora: MS. Sueli de Paula

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Goiânia - 2012

Módulo: Introdução à Neuropedagogia e Fundamentos da Aprendizagem

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Programa de Pós-Graduação Em Neuropedagogia e Transtornos no Aprender “Lato Sensu”

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Pós-Graduação em NeuroPedagogia