apresentação do ciclo de charla & caipirinha raízes afro 16 03_2012
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Charla & Caipirinha 2012
Temática: Des dobramentos da es cravidão: Temática: Des dobramentos da es cravidão:
Res is tência cultural e marg inalização s ocial. Res is tência cultural e marg inalização s ocial.
Ciclo AfroC iclo Afro
Brasil UruguaiPONTOS DPONTOS DNCONTRONCONTROE
Ciclo AfroC iclo Afro
Da Senzala Favela…àNem nos paises europeus, nem no Brasil a descoberta da pobreza deve-
se aos cientistas sociais (Valladares,1 991 )
Fábio Oliveira, Graduado His tória PUC-RS , Bras il
Mes trando de Antropologia, Udelar
Ciclo AfroC iclo Afro
Alguns dados…9,4 milhões de africanos foram trazidos ao continente americano.
3,7 milhões vieram para o Brasil.
60% dos negros escravizados morriam entre o lugar inicial de sua
captura no interior da África até a sua chegada a um porto
americano.
Ciclo AfroC iclo Afro
Ciclos econômicos e utilização de mãode obra escrava no Brasil:
Século XVI ao Séc. XVII: Engenho de cana de açúcar.
Século XVII ao Séc. XVIII: Minas.
Século XVIII ao Séc. XIX: Café.
Ciclo AfroC iclo Afro
O Negro Escravo em obras clássicas dahistoriografia brasileira:
Casa – Grande & Senzala.
Raízes do Brasil.
História Econômica do Brasil.
Ciclo AfroC iclo Afro
G ilberto Freire cred ita ao cativo um papel quase principal nessa
formação e, afirma a superioridade do negro em vários aspectos de
cultura material e moral.
Em sua obra menciona: Pode-se juntar, a essa superioridade técnica
e de cultura dos negros, sua pred isposição como que biológica e
psíquica para a vida nos trópicos. Sua maior fertilidade nas regiões
quentes... (FREIRE, 1 933).
Ciclo AfroC iclo Afro
Sergio Buarque de Holanda não vê nada de extraordinário na
presença do negro em terras brasileiras e, encara como normal a
utilização de mão de obra africana no Brasil.
A esse respeito ele menciona: neste caso o Brasil não foi teatro de
nenhuma grande novidade. A mistura com gente de cor tinha
começado amplamente na própria metrópole... (HO LAND A, 1 936).
Ciclo AfroC iclo Afro
Caio Prado Júnior, em sua obra, ao acentuar os caracteres negativos da
escravidão, acaba por colocar a presença do negro como um enclave ao
desenvolvimento do Brasil.
Em uma nota de rodapé a respeito do negro, escreve: Não nos
esqueçamos que o escravo brasileiro era em regra o africano boçal
recrutado entre as nações de mais baixo nível cultural do continente
negro. O s povos negros mais cultos são os do Sudão, isto é, de regiões
situadas ao norte do Equador onde o tráfico se proib ia desde 1 81 5...
(PRAD O , 1 945).
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Caminhos percorridos até à aboliçãoTratado de 1 831 “para Ingles ver” ;
1 845, Bil Aberdeen;
1 850, Lei Eusebio de Q ueiroz;
1 871 , Lei do Ventre Livre;
1 885, Saraiva Cotegipe ou Sexagenários
1 888, Lei Áurea
Ciclo AfroC iclo Afro
Favela e o processo de favelizaçãoCortiço;
Sanitarismo;
Reforma de Pereira Passos.
Ciclo AfroC iclo Afro
A favela vista do asfalto
Ciclo AfroC iclo Afro
O preto, por exemplo, via de regra não soube ou não pode [sic]
aproveitar a liberdade adquirida e a melhoria econômica que lhe
proporcionou o novo ambiente para conquistar bens de consumo
capazes de lhe garantirem nível decente devida. Renasceu-lhe a
preguiça atávica, retornou a estagnação que estiola (.. .) como ele todos
os ind ivíduos de necessidades prim itivas, sem amor próprio e sem
respeito à própria d ignidade – priva-se do essencial à manutenção de
um nível de vida descente mas investe somas relativamente elevadas
em indumentária exótica, na gafieira e nos cordões carnavalescos...
( texto que precede as tabelas de estatísticas do Censo do ano de
1 948).
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Em Santo Antônio, outeiro pobre, apesar da situação em que se
encrava na cidade, as moradas são, em grande maioria, feitas de
improviso, de sobras e de farrapos, andrajosas e tristes como os seus
moradores [...] por elas vivem mendigos, os autênticos, quando não se
vão instalar pelas hospedarias da rua da Misericórd ia, capoeiras,
malandros, vagabundos de toda sorte, mulheres sem arrimo de parentes,
velhos dos que já não podem mais trabalhar, crianças, enjeitados em
meio a gente valida, porém, o que é p ior, sem ajuda de trabalho,
verdadeiros desprezados da sorte, esquecidos de D eus [...]
(Edmundo,1 938).
Ciclo AfroC iclo Afro
Um dia chegou à Favela um homem – Zé da Barra. V inha da Barra do
Piraí, já trazia grande fama. Suas proezas eram conhecidas. Era um
valente, mas um grande coração. E Zé da Barra chegou e dominou a
Favela [… ] E a
Favela, que não conhecia polícia, não conhece impostos, não conhece
autoridades, conheceu Zé da Barra e a ele teve que obedecer. E Zé da
Barra ficou sendo o carro chefe incontestável da Favela.
Ciclo AfroC iclo Afro
Imagens da época
Ciclo AfroC iclo Afro
Cortiço
Ciclo AfroC iclo Afro
Reforma Pereira Passos
Ciclo AfroC iclo Afro
Morro da Favela
Ciclo AfroC iclo Afro
Obrigado!
Fbio Oliveiraá
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