apresentação para décimo segundo ano, aula 54
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O tríptico apresenta um painel central, de maiores dimensões, coincidindo a altura dos painéis laterais com o fundo de céu da tela principal. Ampliam, portanto, o espaço aéreo da composição.
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No painel esquerdo, uma gaivota, parecendo recém-chegada, executa um voo descendente, muito longe de outras duas que voam horizontalmente, as três sobre um fundo de nuvens brancas, que deixam entrever o céu azul. No painel direito, duas gaivotas, quase a pousar: uma mais acima; a outra, com uma ponta da asa direita já dentro do painel central, tem as patas em posição de «aterragem», tendo o seu movimento
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sequência numa terceira, no painel do centro, a pousar. O nosso olhar converge para as três aves nesta parte central. O trio está sobre uma passadeira vermelha, na mesma linha oblíqua traçada pela descida das gaivotas.
Num segundo plano, encontram-se as figuras centrais e de maiores proporções: um homem e uma mulher formam um só ser, ela curvada para a terra, quase como num bailado,
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ele olhando para o longe, o céu, a gaivota ou o Sol, para o mesmo lado direito para onde aponta uma mão que sai do seu corpo, enquanto outra, informe, aponta na direcção contrária. Do corpo saem asas brancas. A meia altura deste conjunto, espreita um homem, que nos fita interrogativa-mente; um pouco mais atrás, meio tapado pelas figuras centrais,
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um outro homem, de olhar triste, preso a um poste, lembra um crucificado (ou um condenado à fogueira inquisitorial).
Ao fundo, duas pequenas figuras parecem ensaiar o voo. Avista-se ainda o que pode ser o recorte de outra ilha. No céu, uma máquina voadora.
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O azul celeste e o branco das nuvens prolongam-se horizontalmente, conferindo abertura e profundidade ao espaço; de um azul mais escuro e profundo é a barra horizontal do mar. Também brancas são as gaivotas, as asas e o peito do ser alado, bem como a camisa do homem preso. O vermelho, cor simbolicamente associada ao sangue e ao fogo, surge na passadeira e no pano que encima o quadro.
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O pano contrasta violentamente com o negro que encima o painel central, formando outra cruz, com o escuro do tronco vertical. As figuras humanas, que à terra pertencem, são da cor da terra. Todo o conjunto é luminoso: o Sol brilha por detrás das nuvens; do seu lado, os corpos ficam mais claros e o branco mais intenso.
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A palavra «ilha» conota mar, distância, solidão, singularidade; esta ilha é habitada por gaivotas, abrangendo-se, assim, sob a mesma designação, aves e humanos.
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Facilmente reconheceremos Baltasar e Blimunda nos seres que se fundem, e identificaremos Bartolomeu Lourenço, o elemento intelectual do trio, com o olhar interrogativo da cabeça que espreita. O homem sacrificado será o mesmo Baltasar, representação da punição de Ícaro, castigo pelo desafio e pela transgressão.
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InvocaçõesA quem Canto Antes de
Tágides I Toda a narraçãoCalíope III Discurso do Gama
(ao rei de Melinde)Tágides e VII Discurso de PauloNinfas do da Gama (ao Catual)MondegoCalíope X Discurso de Ninfa a
antecipar proezas dos Portugueses
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Não me é fácil, ó Rei, cumprir o que me pedes. É que não fica bem ser eu próprio a louvar a minha gente, o que poderá ser suspeito; por outro lado, receio que para tudo contar qualquer longo tempo curto seja; quanto a isso, procurarei ser breve, indo contra o que devo. Além disso, a verdade é que não poderei mentir naquilo que disser, dado que, acerca de feitos tão grandes, por mais que eu diga, muito há-de ficar ainda por dizer. Assim sendo, vou
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responder-te de acordo com o seguinte plano: primeiro, direi o que pretendes saber sobre o meu país e a sua situação geográfica; depois, falar-te-ei dos grandes feitos militares da nossa História.
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Entretanto, já o príncipe Afonso iniciara uma série de lutas contra os Mouros. Uma das grandes batalhas ocorreu em Ourique, em que o exército de cinco reis mouros era em força muito maior do que o dos Portugueses.
Na manhã do dia do combate, contudo, um milagre sucedeu. Cristo crucificado apareceu a Afonso Henriques, dando-lhe confiança na vitória.
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E, de facto, após duradouro combate, os Mouros foram desbaratados e Afonso aclamado como primeiro Rei de Portugal independente. Em memória do milagre, fez Afonso desenhar na sua bandeira cinco escudos azuis, representando os cinco reis vencidos; dentro de cada um dos cinco escudos fez desenhar os trinta dinheiros pelos quais Judas traía Cristo.
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Após uma longa vida de vitórias, o rei Afonso morreu, deixando triste a própria natureza, que o chorou em vão.
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I,105-106
Chegada a Mombaça, depois de vicissitudes (em Moçambique e Quíloa) provocadas por Baco.
Condição humana é frágil; a vida é efémera.
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III, 138-142
Amores de Pedro e Inês; paixão de D. Fernando por Leonor Teles.
O amor é muito poderoso.
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IV, 94-104
Despedidas em Belém. [Reflexão pelo Velho do Restelo:]
A ambição desmedida e a busca cega da fama têm consequências nefastas.
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V, 92-100
Fim do grande relato de Vasco da Gama ao Rei de Melinde.
É importante registar as façanhas do povo português, glorificá-lo, até para estimular novos heróis.
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A tinta, em folha solta — podes usar uma já encetada —, resolve este item de prova de exame nacional (2011, 2.ª fase):
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«O D. Afonso Henriques e o Camões dos Gato Fedorento são figuras estilizadas, caricaturais. Na verdade, o rei fundador da nacionalidade como nos aparece em Os Lusíadas e o poeta que se revela nos momentos reflexivos do sujeito lírico da epopeia surgem-nos menos planos, mais redondos (enfim, com uma psicologia, apesar de tudo, mais densa).»
Possidónio Tolentino, «Em torno da problemática do épico e do satírico — transfigurações do ‘eu’», Estudos sobre épica, doçaria e cinema quinhentistas», vol. IV, pp. 32-45, Lisboa, Bertrand, 1978, p. 33.
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Partindo deste trecho de ensaio de Possidónio Tolentino, redija um comentário ancorado no que conhece de Os Lusíadas, com de oitenta a cento e vinte palavras.
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Evitar falar muito para o lado ou pedir-me muita ajuda (pretende-se treinar também a autonomia)
Ser relevante (num texto tão curto, convém não ser repetitivo, não gastar espaço com banalidades ou bordões).
Trabalhar a escrita (num texto tão curto, há que escolher, evitar repetições, riscar para condensar, etc.)
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TPC
(i) Trazer já o livro Felizmente há luar! (e lido); nem por isso deixar de trazer o manual ou o caderno de actividades.
(ii) Ler as várias introduções (ensaísticas) no manual ao texto de Sttau Monteiro.