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Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca AUTOMATIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PASTEURIZAÇÃO PZ501-001 CURITIBA 2008

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Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca

AUTOMATIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PASTEURIZAÇÃO PZ501 -001

CURITIBA 2008

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Ariéder Adelmo Anselmo

Willian Polam Zielonca

AUTOMATIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PASTEURIZAÇÃO PZ501 -001

Projeto Final apresentado como requisito para

conclusão do Curso de Graduação em

Engenharia Elétrica, do Setor de Tecnologia da

Universidade Federal do Paraná.

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Parente Ribeiro

CURITIBA 2008

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TERMO DE APROVAÇÃO

ARIÉDER ADELMO ANSELMO WILLIAN POLAM ZIELONCA

AUTOMATIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PASTEURIZAÇÃO PZ501-001

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado como requisito

para obtenção do título de Engenheiro eletricista pela Universidade Federal do

Paraná.

Prof. Dr. Eduardo Parente Ribeiro

(Orientador e banca)

Prof. Ph.D. José Manoel Fernandes

(banca)

Prof. M.Sc. Vilson R. G. R. da Silva

(banca)

Curitiba, Dezembro de 2008

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i

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram com

a realizaçao de nosso sonho.

Aos nossos queridos familiares que sempre estiveram ao nosso lado dando

força e sabedoria.

A universidade Federal do Paraná, na figura de seu corpo docente, que

sempre nos prestou com o conhecimento necessário no desenvolvimento do

trabalho.

A empresa AmBev pela total disponibilizaçao de sua estrutura e acervo

técnico.

E principalmente a Deus, que nos deu a possibilidade de estabelecer esse

momento, como uma verdadeira conquista em nossas vidas.

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“Viver é ter sonhos, acreditando sempre na capacidade de realizá-los”.

(Mauriston Martins)

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iii

RESUMO

ANSELMO, Ariéder Adelmo; ZIELONCA, Willian Polam. Modernização do

Equipamento de Pasteurização PZ501-001. 2008. Monografia (Graduação). Curso

de Engenharia Elétrica, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

O objetivo desse projeto é desenvolver soluções para a automação do

Equipamento de Pasteurização PZ501-001 da empresa “Companhia de Bebidas das

Americas – AmBev”, que está apresentando sucessivas falhas no seu sistema de

acionamento, devido ao seu atual dispositivo de controle de movimentação de

grelhas.

Através da utilização de um controlador lógico programável (CLP), será

possível substituir grande parte do circuito de controle por um sistema moderno, de

forma a melhorar a confiabilidade do sistema e reduzir as perdas de receita geradas

pela indisponibilidade do equipamento.

Palavras-chave: CLP, controle e automação, pasteurizador.

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iv

LISTA DE FIGURAS

Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização .............................. 11

Figura 2: Vista superior do pasteurizador de cervejas.............................................. 12

Figura 3: Cunha que faz a elevação. ........................................................................ 13

Figura 4: Sensores indutivos de posição. ................................................................. 13

Figura 5: Vista lateral do pasteurizador de cervejas. ................................................ 14

Figura 6: diagrama elétrico do Pasteurizador. .......................................................... 15

Figura 7: Esquema de acionamento das válvulas S5 e S6....................................... 16

Figura 8: Representação da lógica em forma de fluxograma. .................................. 17

Figura 9: Placas eletrônicas de retorno/avanço........................................................ 18

Figura 10: Placas eletrônicas de subida/abaixamento.............................................. 19

Figura 11: Diagrama de blocos do fluxo de comando............................................... 19

Figura 12: Classes de tensão definidas na norma.................................................... 21

Figura 13: Zonas de segurança das instalações elétricas. ....................................... 22

Figura 14: Esquema válvula proporcional direcional ................................................ 26

Figura 15: Válvula e placa eletrônica........................................................................ 27

Figura 16: Diagrama de blocos da placa eletrônica. (Rexroth, 2003)....................... 29

Figura 17: Sensor indutivo........................................................................................ 30

Figura 18: Procedimentos básicos do CLP. (Antonelli, 1998)................................... 32

Figura 19: Arquitetura básica do CLP. (Atos, 1999) ................................................. 33

Figura 20: Etapas substituídas pelo Controlador Lógico Programável solução 1).... 37

Figura 21: Controlador Lógico Programável no sistema proposto (solução 1). ........ 37

Figura 22: Diagrama de entrada e saída do CLP. .................................................... 38

Figura 23: Programa do CLP para a solução 1 ........................................................ 39

Figura 24: Programa do CLP em linguagem texto estruturado para a solução 1 ..... 40

Figura 25: Diagrama elétrico equivalente para a solução 1...................................... 41

Figura 26: Etapas substituídas pelo Controlador Lógico Programável (solução 2) .. 42

Figura 27: Controlador Lógico Programável no sistema proposto (solução 2) ......... 42

Figura 28. Bloco temporizador em linguagem ladder. .............................................. 43

Figura 29: Programa do CLP para a solução 2. ....................................................... 44

Figura 30: Diagrama elétrico equivalente para a solução 2...................................... 45

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v

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Quantidade de U.P. para cada tipo de cerveja. .......................................... 9

Tabela 2: Calculos de U.P. ....................................................................................... 11

Tabela 3: Seqüência de acionamento. ..................................................................... 17

Tabela 4: Tipos de óleo recomendádos.................................................................... 24

Tabela 5: Evolução das Aplicações do CLP. ............................................................ 30

Tabela 6. Lógica de ativação das entradas das placas controladoras ..................... 37

Tabela 7: Relação entre entradas/saídas do CLP e sensores e atuadores (solução 1)

.................................................................................................................................. 40

Tabela 8. Relação entre endereço e constante de tempo do bloco temporizador.... 42

Tabela 9: Relação entre entradas/saídas do CLP e sensores e atuadores (solução 2)

.................................................................................................................................. 44

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................1 1 DESCRIÇÃO DO PROJETO ............................. ..................................................2

1.1. Objetivo do projeto ........................................................................................2 1.2 Diferencial do projeto ....................................................................................3

2 VISÃO GERAL DA COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS – AMBEV...4

2.1. Números da companhia ................................................................................4 2.2. Breve Histórico..............................................................................................5 2.3. Produtos........................................................................................................6 2.4. Filial Curitiba .................................................................................................6 2.5. Packaging .....................................................................................................7

3. DESCRIÇÃO DO PASTEURIZADOR...................... ............................................8

3.1 Função ..........................................................................................................8 3.2 Controle da pasteurização ............................................................................8 3.3 Funcionamento ...........................................................................................11 3.4 Circuito atual ...............................................................................................14

4 TÉCNICAS E NORMAS ENVOLVIDAS ..................... .......................................20

4.1 Retrofit ........................................................................................................20 4.2 Norma regulamentadora NR10 ...................................................................21 4.3 Normas de padronização ISA .....................................................................23

5 COMPONENTES ...............................................................................................24

5.1 Sistema hidráulico.......................................................................................24 5.2 Sensores indutivos......................................................................................28 5.3 Controlador Lógico Programável ................................................................29

5.3.1 Definição..............................................................................................29 5.3.2. Histórico...............................................................................................29 5.3.4. Arquitetura de um CLP ........................................................................31 5.3.5. Linguagem de programação ................................................................33

6. RESULTADOS ...................................... ............................................................35

6.1. Controle de Movimento da Grelha Pelos Sensores de Posição..................35 6.1.2 Desenvolvimento da Solução por Sensores de Posição......................36

6.2 Controle de Movimento da Grelha por Temporização.................................41 6.2.1 Representação de Temporizadores em linguagem Ladder .................41 6.2.2. Desenvolvimento da Solução por temporização..................................42

6.3. Análise das Soluções..................................................................................44 7. CONCLUSÃO ....................................... .............................................................46 REFERÊNCIAS.........................................................................................................47

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INTRODUÇÃO

Nos dias atuais a disputa por uma posição de destaque no mercado

globalizado é cada vez maior. Nesse universo, aquela empresa que conseguir ter

uma melhor gestão de custo, tempo e pessoal terá grande vantagem sobre as

demais.

Na industria, um dos principais indicadores de desempenho é a eficiência da

produção, a qual avalia a quantidade de produtos que são fabricados em um

intervalo de tempo determinado. Uma maior eficiência garante um menor custo de

produção, sem precisar descuidar da qualidade intrínseca e visual do produto para

garantir seu fornecimento.

Umas das demandas corrente no mercado de engenharia para a busca de

uma maior eficiência é a atualização do sistema elétrico de acionamento de

maquinas e equipamentos que já estejam ultrapassados e obsoletos, sem

necessariamente ser investidos altos valores em um novo equipamento.

Seguindo essas motivações, foi acordado entre os formando e a empresa

“Companhia de Bebidas das Americas – AmBev”, a realização de estudos teóricos e

o conseqüente desenvolvimento pratico de um sistema moderno de acionamento

para um dos seus mais antigos equipamentos (aproximadamente 30 anos de idade),

o pasteurizador de bebidas da linha 501 da área de packaging de cerveja da sua

filial Curitiba, representado na empresa pelo símbolo CW.

Este equipamento é fundamental para a qualidade da cerveja, pois garante a

integridade do produto, tornando possível ser consumido em até 180 dias. No

entanto, vem apresentando problemas no seu acionamento principal de

movimentação de garrafas em seu interior. Com isso, está gerando perdas de

receita e baixa produtividade da linha pelas longas paradas que vêem acontecendo.

No decorrer desse trabalho é explicado todo o funcionamento do

equipamento, além de análises e busca por possíveis soluções, enfatizando as

vantagens e desvantagens de cada uma.

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1 DESCRIÇAO DO PROJETO

Esse projeto é de fundamental importância para a agregação de novos

conhecimentos aos envolvidos e ao mesmo tempo garante uma solução de baixo

custo para a empresa.

Objetivo do projeto

Melhorar as condições de funcionamento do equipamento de pasteurização

de cerveja, visando aumentar assim sua confiabilidade e produtividade, reduzindo

custos operacionais, através da realização de estudos contemplando diversas áreas

do conhecimento relacionado à engenharia e levantamento de dados e conclusões

teóricas que possam auxiliar na sua implementação.

O desenvolvimento do projeto segue as seguintes etapas que podem ser

consideradas metas intermediarias indispensáveis para a conclusão dos trabalhos e

para chegarmos nos resultados finais:

1. Estudo em campo com o acompanhamento do operador, com a

finalidade de aumentar os conhecimentos operacionais do

equipamento.

2. Pesquisa com técnicos eletricistas que realizam a manutenção

programada no equipamento para garantir o perfeito entendimento do

esquema elétrico atual e do funcionamento lógico do acionamento.

3. Estudo em literatura existente sobre os componentes que podem ser

utilizados, para ser definido o esquema elétrico que deverá ser

implementado.

4. Melhoria no controle de deslocamento das garrafas no interior do

Pasteurizador, com a utilização de componentes eletrónicos

adequados para comandar o sistema.

Page 12: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

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5. Consultas a lojas especializadas, fornecedores e fabricantes dos

equipamentos principais para especificar as peças necessárias e seus

custos envolvidos.

6. Adequação dos equipamentos à norma de segurança vigente (NR10),

pois tais padrões estão desatualizados.

7. Estudo da viabilidade econômica da implantação desse sistema e da

real necessidade de sua utilização, através de cálculos que englobam

tópicos como perdas de receita atual (produtividade) devido a

desligamentos por falha, eficiência energética, modificação da vida útil

dos equipamentos.

8. Elaboração de um novo esquema elétrico do equipamento e a

documentação necessária para garantir a perfeita implementação.

1.2 Diferencial do projeto

Esse projeto é dedicado ao aprofundamento teórico, na busca de soluções de

baixo custo, relacionados com diversos componentes elétricos, numa situação

prática extremamente importante para a formação profissional dos envolvidos.

Trabalho proposto pela Companhia de Bebidas das Américas - AmBev, que

poderá ser aplicado ao equipamento, dependendo dos resultados apresentados no

final do projeto e com possibilidade de expansão para outras máquinas detentoras

de circuitos similares.

Haverá um significativo aumento da segurança na operação dos seus

componentes e a permissão de uma correta e identificação dos circuitos elétricos

através da documentação do projeto.

Sem dúvida, servirá como uma forma pratica de se aumentar os

conhecimentos dos formandos e abrir novos horizontes na carreira de engenheiro

eletricista com o contato com a área de automação e controle.

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2 VISÃO GERAL DA COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS

– AMBEV

A AmBev é uma empresa presente no mercado de bens de consumo, no

segmento de bebidas. Sendo considerada a maior indústria privada de bens de

consumo do Brasil e a maior cervejaria da América Latina. Líder no mercado

brasileiro de cervejas, a AmBev está presente em 14 países, é referência mundial

em gestão, crescimento e rentabilidade. Abaixo segue uma breve descrição da

companhia para que possa ser dada a real noção da importância e da grandeza do

projeto. (AmBev, 2008)

2.1. Números da companhia

Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev é a quinta maior

cervejaria do mundo e a líder do mercado latino americano. As operações da

Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas, chopes,

refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte. Possui 45 fabricas nas

Américas, delas 29 unidades são no Brasil, sendo duas de insumos e uma maltaria.

Detentora do maior portfólio do país no setor de bebidas, AmBev vem consolidando

a participação de suas marcas no mercado brasileiro de cervejas. O market share da

companhia é de 67,3% segundo a AC Nielsen - Out/08, o que garante a liderança

absoluta do mercado de cervejas no Brasil.

Para dar conta de toda essa produção de cerveja, além dos refrigerantes

liderados pelo guaraná Antarctica, o mais consumido no país, a AmBev emprega

aproximadamente 35 mil funcionários, 20.000 deles no Brasil e o restante na

América Latina e Canadá.

Quatro de suas marcas de cerveja estão entre as vinte mais consumidas do

mundo: Skol, Brahma, Stella Artois e Antarctica. A Companhia integra a maior

plataforma de produção e comercialização de cervejas do mundo desde a aliança

global firmada com a Interbrew em 2004 para a criação da InBev.

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A AmBev atua em quase toda a América Latina por meio de operações

próprias (Venezuela, Guatemala, Peru, Equador, Nicarágua, El Salvador e República

Dominicana) e da associação com a Quilmes (Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia

e Chile), na qual detém hoje participação de 91,18%.

Na América do Norte, representada pela operações da Labatt Brewing

Company Limited (“Labatt”), incorporada à AmBev em 2004, inclui vendas

domésticas de cerveja no Canadá e exportações para os Estados Unidos e Caribe.

Esses são alguns dos números que delineiam o perfil da AmBev, uma das

mais importantes companhias privadas do país, cujo lucro líquido, em 2007, chegou

a R$ 2.816 milhões, sendo uma das dez maiores pagadoras de impostos do Brasil.

(AmBev, 2008)

2.2. Breve Histórico

A história da AmBev remonta ao final do século XIX. Em 1885, um grupo de

empreendedores fundou em São Paulo a Companhia Antarctica Paulista. Três anos

depois, em 1888, no Rio de Janeiro, foi fundada a Manufatura de Cerveja Brahma

Villiger & Companhia.

Conhecidas pela excepcional qualidade de seus produtos e pela legião de

consumidores fiéis, Antarctica e Brahma atravessaram todo o século XX num

contínuo e vigoroso processo de expansão, até a decisão de unirem forças,

formando uma só companhia.

A Companhia foi criada em 1º de julho de 1999. A fusão foi aprovada pelo

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em 30 de março de 2000.

Formou-se, então, a maior cervejaria da América do Sul: AmBev – Companhia de

Bebidas das Américas. A AmBev estabeleceu como definição estratégica a

expansão internacional, na condição de multinacional brasileira. Passou a ocupar

espaços na América do Sul e na América Central.

Com a aliança global firmada com a InBev, em 3 de março de 2004, a

Companhia passou a ter operações na América do Norte com a incorporação da

Labatt canadense, tornando-se a única cervejaria à abastecer todas as Américas.

(Flag IntelliWan, 2008)

Page 15: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

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2.3. Produtos

O portfolio de produtos da AmBev é composto por 88 produtos: 40 cervejas e

48 bebidas não alcoólicas (refrigerantes, isotônicos, chás e águas).

Suas principais marcas incluem Skol (a terceira cerveja mais consumida no

mundo), Brahma, Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva e

Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a maior engarrafadora da PepsiCo fora

dos EUA. Através de um acordo de "franchising", a Companhia vende e distribui os

produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi,

Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade.

Para que seja possível levar ao consumidor todas essas marcas, que

alcançam a média anual de 12 bilhões de litros e 2 milhões de pontos-de-venda em

toda América Latina, a AmBev mantém uma complexa operação: centenas de

distribuidores independentes, 13 mil vendedores e uma frota de 16 mil caminhões e

3.500 motocicletas, sem contar os barcos e balsas que percorrem os rios da

Amazônia e garantem a presença dos produtos da companhia nos mais distantes

pontos da região. (AmBev, 2008)

2.4. Filial Curitiba

O projeto foi realizado na filial Curitiba, responsável pela fabricação de cerveja

e chope, localizada na avenida Getúlio Vargas número 262, bem no centro da

cidade. A história dessa unidade começou com a inauguração da cervejaria

Atlântida, fundada em 1901 por Arthur Iwersen, na qual era produzido uma cerveja

clara e uma cerveja bock, que tinha um bode no rótulo e era indicada para períodos

frios. Em 1942, A Brahma viria a adquirir as instalações desta cervejaria, criando ali

a sua filial paranaense. A partir da criação da Companhia de Bebidas das Américas,

está se tornou uma das suas mais antigas unidades. Nesta filial atualmente são

produzidas as marcas Brahma Chope, Antarctica Pilsen, Antarctica Original e Skol,

todas cervejas em garrafas retornáveis de 600 ml. Também são feitos chopes

Antarctica e Brahma, claro e escuro embarrilados em barris de 10, 30 e 50 litros.

Page 16: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

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2.5. Packaging

O setor de Packaging é responsável por engarrafar a cerveja previamente

produzida, colocando-a em garrafas limpas, em perfeito estado de conservação,

com correta identificação e bem arrolhada, ou seja, pronta para o destino final. Esse

maior área da companhia, há relação com todas as demais e deve-se garantir a

disponibilidade do produto e ao mesmo tempo não descuidar da qualidade e

segurança. Um processo de responsabilidade dessa área é o Pasteurizador,

portando nela que será desenvolvido o projeto.

Page 17: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

8

3. DESCRIÇÃO DO PASTEURIZADOR

Uma descoberta cientifica do meio do século XIX, acrescentou uma nova

página na história da cerveja: a pasteurização. O cientista francês Louis Pasteur foi

o inventor desse processo que consiste no aquecimento de um líquido e posterior

resfriamento.

3.1 Função

Se você ferver um alimento, poderá matar todas as bactérias e tornar a

comida estéril, mas isto geralmente afetará significativamente seu sabor e seu valor

nutricional. A pasteurização nada mais é do que um processo térmico, no qual a

cerveja é submetida a um aquecimento a 60 oC e posterior resfriamento, buscando

conferir maior estabilidade ao produto. Essa temperatura é suficientemente alta para

matar certas (não todas) bactérias e incapacitar algumas enzimas e, ao mesmo

tempo, minimiza-se os efeitos no sabor. (Onda Latina, 2008)

O processo de pasteurização é muito difundido em toda a indústria de

alimentos e bebidas, e em nada altera a composição do produto. Graças a esse

processo, é possível às cervejarias assegurar uma data de validade ao produto de

seis meses após a fabricação. Aliás, essa é a grande diferença entre o chope e a

cerveja. O primeiro não é pasteurizado, tendo que ser consumido em poucos dias,

pois ele se deteriora rapidamente.

Graças a descoberta de Pasteur, hoje em dia podemos apreciar as mais

variadas cervejas de todas as regiões do mundo.

3.2 Controle da pasteurização

A pasteurização é um tratamento térmico bastante suave para reduzir o

número de microrganismos com um mínimo de alteração do aroma do produto. Para

a cerveja uma esterilidade parcial é o suficiente, principalmente por que

Page 18: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

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microrganismos tais como esporos que tenham sobrevivido à pasteurização, não

são capazes de se desenvolver na cerveja.

A economia de energia e a preservação do sabor do produto podem requerer

a manutenção de uma temperatura baixa, enquanto que para se obter o máximo de

rendimento do pasteurizador exigirá um pouco mais de calor e tempo. Então deve-se

obter um controle cuidadoso e preciso sobre essas variáveis para evitar aumento

nos custos e tempo ou perda de qualidade no sabor.

A designação utilizada para quantificar a pasteurização é a Unidade de

pasteurização (UP). A UP define-se como o aquecimento a uma temperatura de

60ºC durante 1 minuto. A quantidade de UP a aplicar a um produto depende

largamente do tipo de produto, das bactérias que se pretende eliminar, da

embalagem e da validade que se pretende. (Musy Marie, 2008)

Exemplos de números de referência de unidades de pasteurização (UP) e

temperaturas de pasteurização na indústria cervejeira encontram-se na tabela 1.

Tabela 1: Quantidade de U.P. para cada tipo de cerveja.

Produto N°. de

referência da

UP

Temperatura

de

pasteurização

Pilsen/Lager 15- 25 60-62 °C

Cerv. de baixo

teor alcoólico

40- 60 62-64 °C

Cerveja sem

álcool

80- 120 64-66 °C

Fonte: EBC Manual da boa prática, Pasteurização de cerveja, 1995

O efeito de mudanças repentinas na pressão dentro do recipiente também

deve ser levado em consideração. Muitos perfis diferentes podem alcançar o mesmo

total de UP. A mera verificação de que o total de UP foi atingido durante o processo

de pasteurização poderá evitar a possibilidade de contaminação, porém não

fornecerá um quadro do controle de qualidade por completo.

Page 19: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

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O valor da UP é calculado de acordo com a definição padrão, na qual uma

unidade de pasteurização é obtida ao manter a temperatura da cerveja por um

minuto a 60 °C, com uma temperatura de corte (base) mais baixa. O valor da UP é

definido aumentando ou diminuindo-se 10 unidades para cada 7 graus de alteração

da temperatura no valor Z (°C). Este é um cálculo p adrão da indústria cervejeira.

Com os ajustes padrão a fórmula de calculo da UP é: PU/min. = 1,389(T-60)

T = temperatura [°C]. (Musy Marie, 2008)

Para se medir automaticamente e melhor se fazer o controle, há no mercado

monitores de pasteurização. Esses equipamentos passam através pasteurizador

acoplado a uma garrafa enquanto mede e armazena os valores de temperatura em

relação ao tempo. Após a passagem pelo túnel de pasteurização, o Monitor de

Pasteurização deve ser conectado ao equipamento combinado

Impressora/Recarregador para imprimir o protocolo de medição.

O valor total de UP é obtido pela soma dos valores de UP calculados para

cada meio minuto de gravação. A cronometragem é iniciada após a execução pré-

gravação do autoteste e a primeira gravação ocorre a um tempo 0,0. Quando

encerrada a gravação, o tempo total é arredondado para o meio minuto mais baixo.

É registrado ainda a máxima temperatura atingida durante o processo e o

tempo total durante o qual todas as gravações individuais estiverem dentro de 2 °C

da temperatura máxima. Cada tempo é checado para averiguar o quanto este se

aproximou da temperatura máxima.

A temperatura de corte inferior é especificada pelo fabricante e programada

no Monitor de Pasteurização, sendo a melhor temperatura na qual o valor é

utilizadas para o cálculo da U.P.

Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização

Page 20: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

11

Alguns exemplos de cálculos da U.P. estão descritos nesta tabela 2:

Tabela 2: Calculos de U.P.

Cerveja Refrigerantes/sucos

1 UP/min. A 60°C

Z = 7

1 UP/min. A 70°C

Z = 10

1 UP/min. A 80°C

Z = 10

UP/min. 1,389(T-60) 1,259(T-70) 1,259(T-80)

50 °C

60 °C

67 °C

70 °C

74 °C

80 °C

81 °C

88 °C

90 °C

0,04

1,0

10,0

26,9

100

725

1.000

10.000

19.518

0,01

0,1

0,5

1,0

2,5

10,0

12,6

63

100

0,001

0,01

0,05

0,10

0,25

1,00

1,26

6,3

10

Fonte: Musy Marie, 2008

Devido a obrigatoriedade de um controle de U.P. preciso, deve-se ter uma

correta movimentação das garrafas no interior do pasteurizador, mantendo os

tempos envolvidos rigorosamente medidos e ajustados. Isso impede danos ao

produto por super-pasteurizaçao e também evita gerar produtos com menor validade

devido a sub-pasteurizaçao.

3.3 Funcionamento

A cerveja já engarrafada e arrolhada chega até o pasteurizador por esteiras

laterais até a frente do equipamento, onde se acumulam e são forçadas para a seu

interior sobre grelhas fixas onde se inicia o processo de movimentação conforme a

Figura 2.

Page 21: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

12

Figura 2: Vista superior do pasteurizador de cervejas.

O transporte de entrada se divide em dois, sendo que um se direciona à parte

superior e outro à inferior do pasteurizador, ambos níveis fazem a mesma função e

essa divisão é apenas para duplicar sua capacidade que no total é para

aproximadamente 70.000 garrafas por hora.

O Deslocamento interior se dá através da movimentação de uma grelha

móvel seguindo um ciclo contínuo em 4 etapas: sobe - avança - desce - recua. Há o

levantamento das garrafas que estão repousadas na parte fixa e consequente

avanço de aproximadamente 12 cm, abaixando para deixa-las na nova posição e

voltando ao ponto inicial para coletar mais garrafas.

No recomeço do ciclo, aquelas que já foram deslocadas num primeiro

momento se movimentam novamente e assim sucessivamente até o final do

equipamento, sempre entrando novas garrafas ao mesmo tempo que saem aquelas

já pasteurizadas. Cada ciclo demora em torno de 10 segundos e para que as

garrafas percorram os 34 metros totais do pasteurizador leva em torno de 267 ciclos

ou algo entre 45 e 50 minutos.

O movimento das grelhas se dá pelo acionamento de dois pistões hidráulicos

de cada lado, um responsável pela elevação e abaixamento e o outro pelo avanço e

recuo. Para o movimento de elevação, quando o pistão com tal finalidade recua seu

êmbolo, este faz a estrutura de sustentação da parte móvel do equipamento

sobrepor a “cunhas” que são inclinadas, elevando o conjunto.

Page 22: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

13

Figura 3: Cunha que faz a elevação.

Esse movimento é coordenado por 8 sensores que determinam a posição da

grelha através de detectores de metal. Estes estão direcionados a um eixo que se

movimenta junto com as grelhas. Há "bolachas" metálicas presas nesse eixo que

são detectadas pelo sensor quando passam em sua frente, fazendo-o atuar e

posteriormente ativando os contatores.

Figura 4: Sensores indutivos de posição.

O processo de pasteurização se dá por esguichos de água quente sobre as

garrafas que passam por baixo, começando numa temperatura mais baixa e

aumentando gradativamente até o meio do equipamento onde se há a temperatura

de pasteurização. Desse ponto para frente a temperatura é diminuída

gradativamente, com a saída possuindo a mesma temperatura da entrada. O

aquecimento da água ocorre em oito tanques inferiores a grelhas através do uso de

vapor e, com o auxílio de 15 bombas, essa água é jogada sobre as garrafas.

Há sensores de final de curso na entrada e na saída para detectar a presença

de garrafas, evitando acumulo exagerado. Na figura 5, podemos visualizar o

posicionamento dos sensores indutivos e como se dá o deslocamento das garrafas.

Page 23: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

14

Figura 5: Vista lateral do pasteurizador de cervejas.

3.4 Circuito atual

O circuito é composto basicamente pelos componentes eletromecânicos:

relês e contatores. A lógica do sistema é gerada pela combinação dos estados dos

contatores, representados pela letra “d”. Dependendo dos valores lógicos dos quatro

principais contatores (d5 a d8) em atuado e não atuado, é gerado o acionamento

das válvulas solenóides que geram o movimento dos pistões.

O acionamento dos contatores é dado pelos sensores indutivos que

determinam a posição da máquina no instante. O acionamento do circuito de

comando se dá em 42 Vac, uma tensão fora de padrão de mercado que dificulta a

reposição dos componentes e consequentemente aumenta os custos de

manutenção. Na figura 6, temos o diagrama elétrico do equipamento.

Page 24: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

15

Figura 6: diagrama elétrico do Pasteurizador.

Os sensores indutivos estão indicados pela letra “b”, sempre são acionados

aos pares, os que estão na parte superior tem a função de acionar os contatores, ao

contrários dos que estão na parte inferior que são responsáveis pelo seu

desligamento usando para isso relês auxiliares.

Quando um sensor atua, aciona o contator que fecha seus contatos

normalmente abertos. Um desses contatos, faz um curto-circuito propositalmente

nos sensores para garantir que mesmo com o seu desacionamento, os contatores

continuarão acionados até que num movimento futuro seja aberto esse circuito pelos

contatos normalmente fechados dos relês auxiliares.

Os sensores de finais de curso b4 e b5 localizados a direita do esquema,

garantem que não há acúmulos na saída da máquina. Se acumular, as garrafas

encostam nesses sensores que abrem o circuito, evitando quebras de garrafas por

excesso de pressão. São dois, um para cada andar do equipamento, localizados no

centro da saída do mesmo.

Sempre que esta liberada a saída eles estão atuados, acionando o relê u3,

que serve como chave para ligar o contator d9, responsável pela segurança do

circuito. Sempre que d9 não estiver atuado, o sistema todo pára, pois é ele que

manda sinal para as válvulas s5 e s6. Essas válvulas solenóides são responsáveis

Page 25: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

16

pela segurança do esquema hidráulico. Para que o sistema funcione a S6 sempre

deve estar acionada. E a S5 deve estar acionada sempre que o sistema for descer,

com a finalidade de evitar o recomeço do ciclo em caso de acúmulos.

Figura 7: Esquema de acionamento das válvulas S5 e S6.

Na tabela abaixo, podemos ver a seqüência de acionamento dos contatores.

Por exemplo, quando a maquina está na posição retornado e abaixado, os sensores

acionados são aqueles em amarelo, ou seja, b11, b16, b17 e b18, isso força os

contatores d6, d7 e d8 ficarem desatuados e apenas o d5 atuado. Seguindo essa

configuração, as placas eletrônicas que comandam as válvulas proporcionais

direcionais do sistema hidráulico, farão o sistema subir.

No final do movimento, os sensores acionados mudarão para a configuração

da próxima linha da tabela, e assim sucessivamente ate recomeçarem o ciclo.

Page 26: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

17

Tabela 3: Seqüência de acionamento.

Fonte: AmBev, 2004

A representação em forma de fluxograma do sistema está representado na

figura 8.

Figura 8: Representação da lógica em forma de fluxograma.

CONDIÇAOINICIAL

b11 b12 b13 b14 b15 b16 b17 b18 CICLO d5 d6 d7 d8 S1 S2 S3 S4 S5 S6

RETORNADOEM BAIXO

RETORNADOEM CIMA

AVANÇADOEM CIMA

AVANÇADOEM BAIXO

SOBE

AVANÇA

DESCE

RETORNA

Page 27: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

18

A ligação entre os contatores e as válvulas proporcionais direcionais,

responsável pelo avanço-retorno e subida-abaixamento, é feito por placas

eletrônicas, que fazem o controle e a variação de velocidade no acionamento. A

figura 9, nos mostra o diagrama de blocos simplificado da placa de retorno/avanço e

a figura 10, da responsável pela subida/abaixamento. Ainda podemos ver, a

interligação com os contatores, que geraram a lógica para seu acionamento.

Figura 9: Placas eletrônicas de retorno/avanço.

Figura 10: Placas eletrônicas de subida/abaixamento.

+24Vcc

d5 d5

+9Vcc -9Vcc d9

d7

d6

d6 d6 d6

R1 R2 R3 R4

k1 k2 k3 k4 Gerador

De rampa sobe

desce R8

k4 k3 k2 k1

d3 d2 d1 d4

d7

+24Vcc

d5 d5

+9Vcc -9Vcc

d9

d7

d8

d7

d8 d8 d8

R1 R2 R3 R4

k1 k2 k3 k4 Gerador

De rampa avança

retorna R8

k4 k3 k2 k1

d3 d2 d1 d4

S4

S3

Page 28: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

19

Em ambas as placas eletrônicas, a lógica dos contatores acionam um dos

quatro relês internos (k1 a k4) e ainda um led correspondente. Esses relê acionados

fazem seus contatos se ligarem a tensão que fará o acionamento das válvulas,

sendo positiva para retornar o pistão (avançar as garrafas) e o contrário para a

tensão negativa.

Para variar a tensão e consequentemente a velocidade do movimento, há os

potenciômetros R1, R2, R3 e R4, que variam a tensão aplicada na válvula. Esta faz

a velocidade de acionamento dos pistões variar proporcionalmente a variação da

tensão.

Por fim, há um gerador de rampa ajustável que faz o aumento gradativo

dessa tensão ate o valor determinado, com a finalidade de segurança, evitando

trancos no sistema.

Na figura 11, está representando o fluxo lógico do sistema, no qual as

entradas são os sinais dos sensores indutivos e as saídas as válvulas solenóides.

Figura 11: Diagrama de blocos do fluxo de comando.

Page 29: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

20

4 TÉCNICAS E NORMAS ENVOLVIDAS

A Seguir, são mostrados as técnica e normas já existentes e que poderam

servir como base para o desenvolvimento do trabalho.

4.1 Retrofit

É designado para o processo de modernização de algum equipamento,

imóvel, máquina ou tudo que esteja ultrapassado ou fora dos padrões. Este termo,

de origem inglesa, tem significado de reconversão. Surgido na Europa e Estados

Unidos, esta prática tinha o objetivo principal de revitalizar antigos edifícios, para

seguir a rígida legislação, que não permitiu que o rico acervo arquitetônico fosse

substituído. Com isso, houve o surgimento desta solução, que preserva o patrimônio

histórico, ao mesmo tempo em que permite a utilização adequada do imóvel.

O retrofit tem o sentido de renovação, onde pressupõem-se uma intervenção

integral, obrigando-se ao encontro de soluções nos itens que caracterizam seu

posicionamento no que exista de melhor no mercado. Neste sentido percebe-se que

difere substancialmente da simples restauração, que consiste na restituição à sua

condição original, ou da reforma, que visa à introdução de melhorias, sem

compromisso com suas características anteriores. Um retrofit corretamente

planejado, projetado e executado poderá manter o equipamento constantemente

atualizado, aumentando sua vida útil, diminuindo custos com manutenção e

aumentando suas possibilidades de uso. Por isto mesmo, o retrofit pode e deve

buscar, com eficiência, dotar o edifício de atualidade tecnológica que possa traduzir-

se em conforto, segurança e funcionalidade para o usuário mas mantendo a

viabilidade econômica para o investidor. (SindicoNet, 2008)

Essa será uma técnica aplicada no decorrer do presente projeto e que

auxiliará no desenvolvimento de soluções de alto nível técnico, no qual será gasto

uma quantia em dinheiro, a troco de maior confiabilidade e eficiência. O retorno vem

com a redução dos procedimentos operacionais e de manutenção

Page 30: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

21

4.2 Norma regulamentadora NR10

A NR-10 é uma norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho

que estabelece os requisitos e condições mínimas para a implementação de

medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a

saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações

elétricas e serviços com eletricidade. As Normas Regulamentadoras - NR, são de

observância obrigatória para todas as empresas e o seu não cumprimento

acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação

pertinente. Na figura 12, são apresentadas as classes de tensão definidas na norma.

(Ministério do Trabalho e Emprego, 2008)

Figura 12: Classes de tensão definidas na norma.

Em todas as intervenções em instalações elétricas as empresas são

obrigadas a possuir Medidas de Controle para prevenção e controle do risco elétrico

e de outros riscos, mediante técnicas de análise de riscos, de forma a garantir a

segurança e saúde no trabalho. É obrigatório as empresas com carga acima de

75kW, possuírem um Prontuário das Instalações Elétricas contendo, entre outros

documentos, os diagramas unifilares atualizados.

Page 31: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

22

Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas

devem ser elaborados por profissionais legalmente habilitados, ou seja, engenheiros

eletricista com auxilio de um médico e um engenheiro ou técnico de Segurança do

Trabalho. Na figura 13, são indicadas as zonas de segurança que devem ser

respeitadas em um equipamento em manutenção.

Figura 13: Zonas de segurança das instalações elétricas.

Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser

previstas e adotadas, medidas de proteção coletiva, de forma a garantir a segurança

e a saúde dos trabalhadores. Quando as medidas de proteção coletiva forem

tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados

equipamentos de proteção individual. É vedado o uso de adornos pessoais nos

trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

As responsabilidades quanto ao cumprimento da N.R. são solidárias a patrões

e empregados. Os trabalhadores são responsáveis pelo cumprimento das

disposições legais e regulamentares, pela segurança e saúde própria e dos demais

Page 32: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

23

trabalhadores e pela avaliação dos riscos provenientes para a execução dos

serviços no sistema elétrico. Os contratantes tem a responsabilidade de manter os

trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto

aos procedimentos e medidas de controle dos riscos elétricos a serem adotados. Em

casos de acidentes, a contratante deverá adotar medidas preventivas e corretivas

para evitar nos ocorrências. (Ministério do Trabalho e Emprego, 2008)

4.3 Normas de padronização ISA

A ISA, “The Instrumentation, System and Automation Society”, é uma

organização internacional com cerca de 38.000 associados, em dezenas de países,

que atua na área industrial com sistemas de automação, instrumentação e

eletrônica. Devido as suas iniciativas de fomento à pesquisa e desenvolvimento de

novas tecnologias, a ISA, adquiriu, ao longo dos anos, tamanha relevância que,

atualmente, é referência mundial para tecnologias relacionadas à área industrial.

Regularmente, dentro do âmbito da ISA, comitês técnicos são criados para a

elaboração de normas técnicas que são submetidas à aprovação da comunidade

técnica. Uma vez aprovada, uma norma técnica auxilia as empresas na

padronização de procedimentos e termos, permitindo que todos se beneficiem e que

ocorra o desenvolvimento tecnológico do setor. (ANSI/ISA S88 – Batch Standard,

2002)

As normas ISA são uma grande fonte de consulta e informação quando se

necessita desenvolver sistema de supervisão e controle, relacionados à automação

de equipamentos industriais. Devido a essas caracteristicas, elas estão

profudamente relacionadas com o projeto proposto pela Companhia de Bebidas das

Américas, e poderão servir como base para sua implantação.

O objetivo de desenvolver a atualização do sistema de automação baseado

nas normas ISA, é aumentar a confiabilidade do sistema a partir de uma estrutura

robusta e padronizada, que garanta o aumento de produtividade, flexibilidade,

confiabilidade, maximizando a utilização dos recursos disponíveis sem comprometer

a qualidade dos produtos.

Page 33: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

24

5 COMPONENTES

A seguir, são mostrados os principais componentes que serão utilizados na

Implantação do circuito.

5.1 Sistema hidráulico

O sistema hidráulico utilizado no equipamento é de grande capacidade e

resistência, sendo indicado para projetos que envolvam grandes temperaturas e

pressões.

São 4 pistões localizados na saída do pasteurizador (dois de cada lado),

acionados por uma bomba de 30 CV, 1750 RPM e 220 V. Essa bomba é

responsável pela pressão nominal de 110 Bar do sistema, com uma vazão que varia

de 0 a 80 litros de óleo por minuto.

O óleo utilizado é indicado para temperaturas entre 25o à 60o C, podendo ser

dos fabricantes e dos tipos da tabela 3.

Tabela 4: Tipos de óleo recomendádos

Fonte: Rexroth Bosch Group, 2008

A capacidade do sistema é de aproximadamente 250 litros, sendo atualmente

utilizado o óleo Lubrax Indl HR 68 EP, que segundo o fabricante, evita o desgaste e

a corrosão das partes lubrificadas. É formulado com óleos básicos parafínicos

especiais que possuem natural resistência à oxidação, boa demulsibilidade e boa

Marca Tipo

Petrobrás Lubrax Indl HR 68 EP Renolub Renolin MR 20 Texaco Rando oil HD 315 Castrol Hyspin AWS 68 Esso Nuto H 68 Shell Hidráulico E 68

Ipiranga Ipitur AW 68

Mobil Oil DTE 26

Page 34: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

25

liberação de ar. É especialmente recomendado para uso em sistemas hidráulicos de

alta pressão, como elevadores, equipamentos de mineração, máquinas de

moldagem e injeção de plásticos, prensas e máquinas operatrizes. (Petrobrás -

Especificação técnica Lubrax HR EP, 2003).

O acionamento é realizado por 6 válvulas proporcionais direcionais 4/3

(quatro vias e três posições) para comando do sentido e intensidade da vazão, com

comando elétrico à solenóide com rosca central e bobina removível. São 2 válvulas

para cada par de pistões, uma para seu avanço e outra para seu retrocesso, com

duas válvulas auxiliares todas com tensão variado de 0 a 10 V e com corrente entre

0 e 20 mA.

De acordo com a Figura 14: Com as solenóides desenergizadas, temos a

posição centralizada do êmbolo principal através de molas. Com a energização da

solenóide, há a atuação direta do êmbolo com seu deslocamento para o lado

proporcional ao sinal elétrico de entrada.

Figura 14: Esquema válvula proporcional direcional

Para o controle das solenóides de avanço e retorno dos pistões, é necessário

a utilização de uma placa eletrônica de comando externa. Essa placa é fornecida

pelo fabricante da solenóide, possuindo quatro sinais de comando ajustáveis por

potenciômetros e com LED’s indicativos. A tensão de funcionamento é 24 Volts, com

a saída variando de -10 à +10 V. É responsável pelo controle de até duas válvulas.

Page 35: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

26

Umas das funções principais dessa placa é a geração de função de rampa na

saída com a possibilidade de ajuste do tempo. É importante essa característica pois

transforma uma função de salto em uma rampa que evita trancos desnecessários

nos pistões. Também há uma proteção contra inversão de polaridade para a

alimentação de tensão. A figura 15 nos mostra uma válvula proporcioanl direcional e

sua placa controladora.

Figura 15: Válvula e placa eletrônica.

Abaixo apresentamos o diagrama de blocos que ilustra o funcionamento das

placas e nos mostra suas entradas e saídas. Figura retirada do catalogo do

fabricante.

Page 36: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

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Figura 16: Diagrama de blocos da placa eletrônica. (Rexroth Bosch Group, 2003)

Page 37: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

28

5.2 Sensores indutivos

Os sensores indutivos são emissores de sinal que detectam, sem contato

direto, elementos metálicos que atravessam o seu campo magnético convertendo

em um sinal elétrico. Eles formam um campo magnético e no momento da

passagem de um objeto metálico à sua frente, é diminuído sua intensidade pela

absorsão do metal. Então o sensor identifica essa variação e muda sua saída.

As principais vantagens da utilização de sensores indutivos são:

• Grande durabilidade por não necessitar de contatos mecânicos para a

detecção;

• Excelente precisão e garantia da supervisão;

• Altas freqüências de comutação até 3000Hz;

• Indicação através de Led;

• Insensível a trepidações;

• Totalmente lacrado podendo ser utilizado em ambientes agressivos;

• Versatilidade de formatos e formas de fixação;

• Facilidade de interface com os principais CLP’S.

O sensor utilizado é para tensões entre 20 e 250 V (2 fios), com corrente

entre 5 e 500 mA, distância de atuação de 5 mm, da marca Balluff.

Figura 17: Sensor indutivo.

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29

5.3 Controlador Lógico Programável

O dispositivo eletrônico utilizado no trabalho é o Controlador Lógico

Programável descrito nas próximas seções.

5.3.1 Definição

O Controlador Lógico Programável (CLP) ou Programmable Logic Controller

(PLC), pode ser definido como um equipamento de controle industrial

microprocessado, capaz de armazenar instruções para a implementação de funções

de controle (seqüência lógica, temporização e contagem, por exemplo), além de

realizar operações lógicas e aritméticas, manipulação de dados e comunicação em

rede. Geralmente as famílias de Controladores Lógicos Programáveis são definidas

pela capacidade de processamento de um determinado número de pontos de

entrada e/ou saídas (E/S). (Georgini, 2002).

De acordo com a norma IEC 1131, o controlador lógico programável é

definido como um sistema eletrônico digital a ser utilizado na indústria que contém

uma memória programável capaz de armazenar internamente instruções de

comando orientadas ao usuário. O controlador lógico programável e os periféricos

correspondentes (sistema CLP) são concebidos de modo que possam se integrados

facilmente em sistemas industriais de comando e serem aplicados em todas as

funções a eles designadas.

5.3.2. Histórico

O CLP surgiu dentro da indústria automobilística americana, na General

Motors em 1968, devido principalmente à dificuldade de mudar a lógica de controle

dos painéis de comando a cada mudança na linha de montagem, tais como

modificações na fiação e disposição de relés, o que proporcionava altos gastos de

tempo e dinheiro.

Page 39: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

30

Com a criação do CLP, houve a possibilidade de transferência das alterações

de hardware para alterações em software.

Segundo Atos (1999), a seguinte tabela representa a evolução da

aplicabilidade dos CLP’s em função dos anos.

Tabela 5: Evolução das Aplicações do CLP.

5.3.3. Funcionamento

De acordo com Antonelli (1998), o funcionamento básico do CLP se baseia

nos seguintes procedimentos: inicialização, verificação do estado das entradas,

transferência para a memória, comparação com o programa do usuário e

atualização das saídas. Esses procedimentos estão ilustrados na figura 18.

Figura 18: Procedimentos básicos do CLP. (Antonelli, 1998)

Page 40: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

31

No momento em que é ligado o CLP executa uma série de operações pré-

programadas, gravadas em seu Programa Monitor, dentre as quais há a verificação

do funcionamento eletrônico da CPU, memórias e circuitos auxiliares, verificação da

configuração interna e comparação com os circuitos instalados, desativação de

todas as saídas e verificação da existência de um programa de usuário.

Na etapa de verificação dos estados das entradas, o CLP lê o estados de

cada uma das entradas, verificando se alguma foi acionada. O processo de leitura

recebe o nome de Ciclo de Varredura (Scan) e normalmente é de alguns micro –

segundos.

Após o Ciclo de Varredura, o CLP armazena os resultados obtidos em uma

região de memória chamada de Memória Imagem das Entradas e Saídas. Ela

recebe este nome por ser um espelho do estado das entradas e saídas. Esta

memória será consultada pelo CLP no decorrer do processamento do programa do

usuário. O CLP ao executar o programa do usuário , após consultar a Memória

Imagem das Entradas , atualiza o estado da Memória Imagem das Saídas, de

acordo com as instruções definidas pelo usuário em seu programa. Logo após a

esse procedimento, o CLP escreve o valor contido na Memória das Saídas ,

atualizando as interfaces ou módulos de saída. Inicia-se então, um novo ciclo de

varredura.

5.3.4. Arquitetura de um CLP

De acordo com Atos (1999), as unidades básicas que compõem o hardware

de um CLP, ilustradas na figura 19, são as seguintes:

• Unidades de entrada

• Unidades de saída

• Unidade de processamento

• Unidade fonte de alimentação

Page 41: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

32

Figura 19: Arquitetura básica do CLP. (Atos, 1999)

5.3.4.1. Unidades de entrada

São dispositivos que podem ter um ou mais canais de aquisição de dados que

codifiquem sinais analógicos ou digitais de entrada de diversos níveis de tensão

(alternada ou contínua), provenientes de diversos tipos de transdutores, cujos sinais

de saída sejam tensões ou correntes. Botões, chaves de fim de curso, sensores de

proximidade, termostatos e pressostatos são exemplos de unidades de entrada de

um CLP.

5.3.4.2. Unidades de saída

São dispositivos que podem ter um ou mais canais, fornecendo sinais digitais

ou analógicos devidamente amplificados para energizar os elementos de operação e

sinalização de atuadores diversos, que se caracterizam pelo tipo (corrente alternada

ou corrente contínua) e pelo diversos níveis de tensão e potência. Contatores,

solenóides, relés e lâmpadas são exemplos de unidades de saída de um CLP

Page 42: Ariéder Adelmo Anselmo Willian Polam Zielonca · iv LISTA DE FIGURAS Figura 1:Gráfico da temperatura do processo de pasteurização..... 11 Figura 2: Vista superior do pasteurizador

33

5.3.4.3. Unidade de processamento

Segundo Atos (1999), A unidade de processamento é o centro do controlador

programável e é composta pelo microprocessador, memória de programa básico,

memória de dados, memória de programa de usuário e interface de comunicação

homem-máquina. O módulo de processamento monitora os sinais de entrada do

controlador programável e os combina de acordo com as instruções existentes na

memória de programa de usuário executando operações lógicas, operações de

temporização, contagem e seqüenciamento para a seguir liberar os sinais

apropriados para as saídas.

5.3.4.4. Unidade fonte de alimentação

A Fonte de Alimentação tem como função básica converter a tensão da rede

elétrica para a tensão de alimentação dos circuitos eletrônicos e fornecer tensão

para alimentação das entradas e saídas.

5.3.5. Linguagem de programação

O objetivo de uma linguagem de programação é traduzir instruções

compreendidas pelo ser humano em instruções na qual a unidade de

processamento pode executar. Para permitir essa comunicação, o usuário utiliza um

software específico que lhe permite programar o CLP.

De acordo com a norma IEC 61131-3, foram definidos cinco tipos de

linguagem de programação:

• Lista de Instruções: linguagem que se assemelha a uma linguagem de

baixo nível, similar a linguagem Assembler. É melhor empregada em

aplicações menores ou para a otimização de partes de uma aplicação

mais complexa.

• Texto Estruturado: linguagem de alto nível, similar ao Pascal.

Geralmente é utilizada para representar declarações complexas, que

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envolva variáveis que representem uma ampla faixa de dados de

diferentes tipos, incluindo valores analógicos e digitais.

• Ladder: O nome Ladder deve-se ao fato da linguagem parecer-se com

uma escada. É a linguagem mais popular entre os usuários dos antigos

sistemas de controle a relés. Esta linguagem é a representação lógica

da seqüência elétrica de operação.

• Diagrama de Blocos de Função: É uma linguagem gráfica representada

por blocos conectados entre si como um circuito elétrico. É apropriada

para aplicações que envolvam fluxo de informações, ou dado, entre os

componentes de controle.

• Diagrama Funcional Seqüencial: Não é vista por muitos como uma

linguagem, já que ordena blocos de comandos que são executados.

Muito útil quando se tem muitas sub-rotinas que podem ou não ser

chamadas para a execução. É uma linguagem estruturada, portanto

permite que equipes diferentes façam partes diferentes de um único

programa, e que este funcione a contento depois de reunidas as

partes.

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6. RESULTADOS

Para o processo de automatização do Pasteurizador foram propostas duas

soluções envolvendo a substituição dos circuitos intermediários de relés e

contatores, que realizam a lógica de movimentação das grelhas, por um CLP. A

primeira solução envolve a utilização dos sensores de posição para o controle do

movimento e a segunda solução determina o controle a partir de temporizadores

internos ao CLP.

6.1. Controle de Movimento da Grelha Pelos Sensores de Posição

A primeira solução proposta é similar ao funcionamento atual do

equipamento, ou seja, os sensores de posição acoplados no eixo do pistão

determinam qual movimento o pistão deve realizar. O objetivo principal é a

substituição dos circuitos intermediários por um CLP, que atuaria diretamente na

placa controladora das válvulas proporcionais direcionais, fornecendo a lógica

necessária para a correta movimentação das grelhas.

A figura 20 mostra um diagrama de bloco que determina quais etapas

intermediárias de controle serão substituídas pelo CLP e a figura 21 a situação com

o CLP implementado.

Figura 20: Etapas substituídas pelo Controlador Lógico Programável (solução 1).

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Figura 21: Controlador Lógico Programável no sistema proposto (solução 1).

6.1.2 Desenvolvimento da Solução por Sensores de Posição

Os oito sensores de posição seriam então as entradas digitais para o CLP e

as saídas do CLP atuaria nas duas entradas da placa controladora das válvulas

proporcionais direcionais, fornecendo a lógica mostrada na tabela 6. O CLP recebe

também mais duas entradas digitais correspondentes aos dois sensores de fim de

curso, sensores do tipo normalmente fechados, que devem interromper por completo

o movimento das grelhas quando atuados. Outro sensor que age de maneira similar

aos sensores de fim de curso é o sensor de nível dos tanques de água do

Pasteurizador, que é um sensor do tipo normalmente fechado e também deverá

interromper o movimento das grelhas quando estiver atuado. A figura 22 mostra o

diagrama de blocos das entradas e saídas do CLP.

Figura 22: Diagrama de entrada e saída do CLP.

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A tabela 6 mostra a lógica de acionamento das entradas das duas placas

controladoras, uma responsável pelos movimentos de subida/descida (terminais

K1.1 e K3.1) e a outra responsável pelo movimento de avanço/retorno das grelhas

(terminais K1.2 e K3.2), em função dos sensores de posição. Os valores

denominados de “x” são valores que não influenciam no acionamento das válvulas

durante a execução da etapa que está sendo realizada.

Tabela 6. Lógica de ativação das entradas das placas controladoras

O programa desenvolvido para garantir a lógica sugerida está ilustrado na

figura 23 e foi desenvolvido em Ladder por ser uma linguagem intuitiva e de fácil

visualização. Devido ao fato de não haver a garantia de qual CLP poderia ser

utilizado e/ou adquirido pela empresa, optou-se por desenvolver o programa com

saídas e entradas genéricas, que é suportado pelo programa STEP 7 – Micro/WIN

32. O programa equivalente em linguagem de Texto Estruturado está ilustrado na

figura 24.

A tabela 7 fornece a relação entre entradas e saídas utilizadas no CLP com

os sensores e atuadores utilizados no projeto. Os sensores de posição estão

arranjados em pares paralelos, o que garante a operação do equipamento mesmo

se houver a desregulação de um deles por causas externas como vibrações, que

ocorrem com relativa freqüência nesse conjunto. Para que o sistema funcione

corretamente e para garantir a segurança do mesmo, é necessário que a solenóide

S6 esteja sempre acionada quando houver qualquer movimento das grelhas e a

solenóide S5 esteja acionada na descida da grelha.

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Figura 23: Programa do CLP para a solução 1

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Figura 24: Programa do CLP em linguagem texto estruturado para a solução 1

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Tabela 7: Relação entre entradas/saídas do CLP e sensores e atuadores (solução 1)

O diagrama elétrico correspondente ao circuito dessa solução está

apresentado na figura 25, o CLP está representado genericamente, apenas com

suas entradas e saídas.

Figura 25: Diagrama elétrico equivalente para a solução 1.

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6.2 Controle de Movimento da Grelha por Temporizaçã o

Essa segunda solução proposta visa gerar um controle de movimentação das

grelhas a partir de sinais temporizados internamente ao CLP. Para essa situação

não seria necessário a obtenção de dados pelos sensores de posição, visto que o

programa geraria automaticamente a saída em função apenas do tempo pré-

programado. As figuras 26 e 27 ilustram a etapa substituída pelo CLP.

Figura 26: Etapas substituídas pelo Controlador Lógico Programável (solução 2).

Figura 27: Controlador Lógico Programável no sistema proposto (solução 2).

6.2.1 Representação de Temporizadores em linguagem Ladder

O temporizador é representado pelo bloco ilustrado na figura 28. Três

terminais compõem esse elemento: a entrada “IN”, a constante “PT” e a saída

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temporizada “TON”. Para cada endereço declarado para o temporizador, há uma

constante de tempo intrínseca à ele e o valor da temporização é calculada através

da multiplicação entre a constante “PT” e a constante de tempo do elemento. A

tabela que relaciona o valor do endereço com a constante de tempo intrínseca do

bloco é mostrada na seqüência.

Figura 28. Bloco temporizador em linguagem ladder.

Tabela 8. Relação entre endereço e constante de tempo do bloco temporizador

Fonte: Curso de Controladores Lógicos Programáveis, UFRJ

6.2.2. Desenvolvimento da Solução por temporização

A figura 29 ilustra o programa desenvolvido para a solução por temporização.

As saídas realimentadas, como um contato normalmente fechado, garantem que o

CLP só gera as saídas atuais se as anteriores estiverem desabilitadas. Como os

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endereços dos temporizadores estão situados na faixa entre um e quatro, a

constante de tempo é igual a 1 ms, logo para ser gerado uma temporização de 2,5

segundos entre cada etapa de movimentação da grelha é necessário atribuir o valor

250 nas entradas “PT” correspondentes. A tabela 9 fornece a relação entre as

entradas e saídas do CLP com os sensores utilizados e a figura 30 fornece o

diagrama elétrico equivalente para tal solução.

Figura 29: Programa do CLP para a solução 2.

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Tabela 9: Relação entre entradas/saídas do CLP e sensores e atuadores (solução 2).

Figura 30: Diagrama elétrico equivalente para a solução 2.

6.3. Análise das Soluções

As duas soluções propostas fornecem os resultados esperados para o correto

funcionamento da movimentação das grelhas, porém há algumas diferenças que

devem ser consideradas. A solução por temporização exige um número menor de

entradas, visto que não necessita dos sinais de sensores para executar o

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movimento, porém ela pode ser menos confiável no caso de uma anomalia na

execução do software, os sinais de movimentação da grelha são exclusivamente

gerados por temporizadores internos ao CLP, ou seja, o software poderia gerar

comandos indevidos ao sistema, o que acarretaria em uma falta de sincronismo do

mesmo. Para a solução por controle a partir de sensores de posição, tal problema de

software não poderia resultar em uma falta de sincronismo do sistema, visto que os

sinais para os estados subseqüentes de operação da grelha só são gerados se a

grelha completar seu movimento, e conseqüentemente, o sensor completar seu ciclo

anterior.

A solução temporizada tem a necessidade de incluir sensores de posição

para garantir a confiabilidade das informações, pois em caso de o pistão não

avançar ou recuar todo o seu curso, ou em caso de movimento desigual entre os

lados do pasteurizador, faria o movimento se perder. Mas também se for colocado

sensores de posição, a primeira solução ficaria parecida com a primeira.

Devido a esses fatos, para a implantação desse sistema de automatismo do

Pasteurizador, a solução por controle através de sensores de posição será a

escolhida.

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7. CONCLUSÃO

O projeto necessitou uma grande demanda de estudos em literaturas para

garantir a correta interpretação da simbologia utilizada no esquema elétrico e

principalmente para conhecimento das especificações e do funcionamento dos

componentes utilizados. Com a conclusão deste trabalho, podemos dizer que

adquiriu-se uma grande quantidade de informações que poderá ser utilizada na vida

profissional dos envolvidos. Portanto, as expectativas e a proposta fundamental da

disciplina, que é complementar a formação acadêmica dos formandos, foram

atingidas.

Controlador Lógico Programável é um componente que substitui

excelentemente os antigos contatores e relés, e que podem ser usados em inúmeros

outros projeto de automação, controle, supervisão e lógica. Sua empregabilidade

garante resultados satisfatórios nos mais variados ramos industriais.

Conforme informado na seção “Análise das Soluções”, a solução que será

utilizada na possível etapa prática desse projeto será a solução 1, pois realiza de

maneira precisa a lógica necessária para a movimentação das grelhas, fornecendo

uma maior confiabilidade em comparação com a solução por temporização.

Não foi comentado nesse trabalho o levantamento de custos necessários para

a implantação do projeto, visto que o orçamento dos equipamentos que deverão ser

adquiridos, em especial o Controlador Lógico Programável, depende da aprovação

de trâmites internos da empresa, os quais não foram revelados até a data de

encerramento desse documento.

Os passos futuros sugeridos para a continuidade desse projeto concentram-

se principalmente no desenvolvimento de um sistema supervisório, que forneceria

uma interface homem máquina capaz de possibilitar a alteração da velocidade de

movimentação de grelhas através de um computador externo ao sistema. A

necessidade de tal sistema está sendo discutida em conjunto com a empresa e sua

implementação ocorreria mediante uma análise de custo-benefício das ferramentas

e equipamentos disponíveis, em uma etapa posterior a automatização do

equipamento.

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REFERÊNCIAS

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