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ASMA
DEFINIÇÃO
Doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores na qual ocorre participação de muitas
células e elementos celulares. A inflamação crónica está associada à HRB (hiper-responsividade
brônquica) que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse,
particularmente à noite ou no início da manhã. Esses episódios são consequência da obstrução
generalizada ao fluxo aéreo, que é variável e reversível espontaneamente ou com tratamento".
Prevalência varia de 1-18%. É um problema mundial de saúde acometendo cerca de 300 milhões
de indivíduos. As taxas de hospitalização por asma em maiores de 20 anos diminuíram em 49%
entre 2000 e 2010. Já em 2011 foram registradas pelo DATASUS 160 mil hospitalizações em
todas as idades, dado que colocou a asma como a quarta causa de internações, sendo a dalta
de controle o maior componente relacionado à utilização dos serviços de saúde.
Fatores de influência: genéticos e ambientais.
O risco de persistência da asma até a idade adulta aumenta com a gravidade da doença, a
presença de atopia, tabagismo e gênero feminino. As principais características que têm sido
utilizadas para prever se a sibilância recorrente na criança irá persistir na vida adulta são as
seguintes: diagnóstico de eczema nos três primeiros anos de vida; pai ou mãe com asma;
diagnóstico de rinite nos três primeiros anos de vida; sibilância sem resfriado (virose); e
eosinofilia sanguínea > 3% (na ausência de parasitoses)
Interessante ainda destacar o aspecto da sazonalidade da doença, com aumento das
internações por asma durante os meses de outono e inverno.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
o Células: mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, células dendríticas, macrófagos e neutrófilos.
Entre as células brônquicas estruturais envolvidas na patogenia da asma, figuram as células
epiteliais, as musculares lisas, as endoteliais, os fibroblastos, os miofibroblastos e os
nervos.
o Dos mediadores inflamatórios já identificados como participantes do processo
inflamatório da asma, destacam-se quimiocinas, citocinas, eicosanoides, histamina e óxido
nítrico.
o Patogênese: inflamação brônquica, mesmo em pacientes ainda assintomáticos.
o 90% das crianças e 60% dos adultos a asma é alérgica, com resposta mediada por IgE.
o Inflamação → hiperresponsividade brônquica → resposta broncoconstritora exagerada→
redução do calibre das vias aéreas por edema da mucosa e presença de secreção.
o Inflamação com resposta mediada por Th2.
Localização dos receptores nos pulmões: muscarínicos e beta-adrenérgicos
Tipo MI (excitatório) M2 (inibitório) M3 (excitatório) Beta 2
Principais localizações
Glândulas mucosas
Autorreceptor inibitório
Glândulas mucosas e
musculo liso brônquico
Musculo liso brônquico e
vasos sanguíneos.
DIAGNÓSTICO
• História clínica
o Tríade clássica: dispneia, tosse e sibilância.
o Outros sintomas: sensação de opressão torácica e desconforto,
o As manifestações que sugerem fortemente o diagnóstico de asma são: a variabilidade
dos sintomas, o desencadeamento de sintomas por irritantes ou por aeroalérgenos, a
piora dos sintomas à noite e a melhora espontânea ou após o uso de medicações
específicas para asma.
o Melhora com uso de broncodilatadores e/ou corticoides.
o Fatores desencadeantes: exposição a alérgenos ambientais (ácaros da poeira domiciliar,
animais com pelos, baratas, pólen e mofo), infecções virais de vias aéreas (resfriados e
gripes), exposição a irritantes ambientais (poluição, fumaça de tabaco etc.) ou
ocupacionais (látex, irritantes quimicos), drogas (ácido acetilsalicilico/anti -inílamatórios
não hormonais e betabloqueadores), alteraçôes climáticas, exerdcios, fatores emocionais
(estados de ansiedade) e outros.
o Questionário de ISAAC para nota de corte capaz de discriminar adultos asmáticos em
contraposição ao diagnóstico clinico e funcional.
o As manifestações clínicas mais sugestivas de asma são:
▪ Episódios frequentes de sibilância (mais de uma vez por mês)
▪ Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã, provocados por riso ou choro
intensos ou exercício físico
▪ Tosse sem relação evidente com viroses respiratórias
▪ Presença de atopia, especialmente rinite alérgica ou dermatite atópica
▪ História familiar de asma e atopia
▪ Boa resposta clínica a b2-agonistas inalatórios, associados ou não a corticoides orais ou
inalatórios
• Exame físico
o Geralmente é inespecífico
o Fase assintomática: EF normal.
o Na presença de obstrução ao fluxo aéreo, o principal achado é a sibilância difusa. Pode
ocorrer taquipneia e taquicardia.
o Outros achados, geralmente relacionados ao maior grau de obstrução brônquica são:
ansiedade, sudorese, tiragem intercostal e supraesternal, inquietação e pulso paradoxal.
o Durante uma exacerbação grave podemos presenciar o "tórax silencioso" em razão da
intensa redução do fluxo de ar que ocorre na presença de obstrução brônquica grave. Essa
condição representa iminência de parada respiratória e pode estar acompanhada de
hipoxemia, cianose e rebaixamento da consciência.
• Exames complementares
Embora o diagnóstico clinico da asma em sua forma clássica de apresentação não seja difícil, a
confirmação deve ser feita por um método objetivo (espirometria, testes de broncoprovocação
e medidas seriadas de Pico de fluxo expiratório- PFE)
o Espirometria e sua aplicação na asma:
▪ Objetivo: estabelecer o diagnóstico; documentar a gravidade da obstrução ao fluxo
aéreo; e monitorar o curso da doença e as modificações decorrentes do tratamento;
▪ A caracterização de obstrução ao fluxo aéreo é feita pela redução desproporcional do
volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) em relação à capacidade vital
forçada (CVF), observando-se VEFI abaixo de 80% do predito e a relação VEF,/CVF menor
que 0,70.
▪ A reversibilidade, ou resposta após o uso de broncodilatador é documentada pelo
aumento do VEF, maior ou igual a 12% e maior ou igual a 200 ml.
▪ Pacientes com sintomas intermitentes ou asma controlada geralmente têm espirometria
inteiramente normal antes do uso de broncodilatador. A repetição do exame após o uso
de broncodilatador nesses casos pode revelar uma resposta significativa em alguns
pacientes, devendo, por conseguinte, ser incorporada à rotina do exame na investigação
da asma.
▪ A presença de obstrução ao fluxo aéreo e a sua reversibilidade é compatível com asma.
▪ Quando a história clínica é característica, mas a espirometria é normal, o paciente deve
ser considerado como tendo asma e, quando necessário, deve ser tratado.
o Medida do pico de fluxo expiratório (PFE):
▪ Medida menos sensível que o VEF1.
▪ O PFE avalia grandes vias aéreas, é esforço-dependente, pode produzir medidas de má
qualidade e seus valores variam entre os diversos aparelhos que existem no mercado.
▪ O ideal é que a comparação seja realizada com dados prévios do próprio paciente,
coletados nas melhores condições dele e idealmente com o seu próprio medidor.
▪ Aumento de 60 Umin ou<: 20% do PEF, após uso de broncodilatador, ou uma variação
diurna superior a 20% (ou maior que 10% em leituras duas vezes por dia) são
considerados positivos e sugerem o diagnóstico de asma.
o Verificação da hiperresponsividade das vias aéreas
▪ A asma pode estar presente em pacientes com espirometria normal ou sem resposta
▪ broncodilatadora significativa. Nesses casos, o diagnóstico deve ser confirmado pela
demonstração da hiper-responsividade das vias aéreas.
▪ Pode ser medida pela inalação de substâncias broncoconstritora ou restada pelo teste
de provocação por exercício.
▪ Um teste de broncoprovocação química com resultado negativo, em indivíduos
sintomáticos, exclui o diagnóstico de asma como causa desses sintomas.
o Medidas do estado alérgico
▪ Anamnese cuidadosa e confirmação da sensibilidade alérgica por meio de testes
cutâneos ou através da determinação das concentrações séricas de IgE específica.
▪ Mais frequentes são: ácaros, fungos e polens, assim como antígenos de cães, gatos e
baratas.
o RX.
o TC.
o Diagnóstico em crianças menores de cinco anos:
▪ Deve ser baseado principalmente em aspectos clínicos diante das dificuldades de se
obter medidas objetivas que o confirmem.
▪ Aproximadamente 50% das crianças apresentam pelo menos um episódio de sibilância
nos primeiros anos de vida, sendo que a maioria delas não desenvolverá asma, a
confirmação diagnóstica nestes casos resultará em uso desnecessários de
broncodilatadores e profiláticos.
• Diagnóstico diferencial
CLASSIFICAÇÃO
A avaliação varia de acordo com a gravidade leva em consideração uma combinação de
sintomas, necessidade de medicação de resgate e função pulmonar → função de determinar a
dose do medicamento.
• Quanto a gravidade – antes do início do tratamento
o A gravidade refere-se à quantidade de medicamento necessária para atingir o
controle.
o A classificação da gravidade da asma deve ser feita após a exclusão de causas
importantes de descontrole, tais como comorbidades não tratadas, uso
incorreto do dispositivo inalatório e não adesão ao tratamento.
• De acordo com os níveis de controle – pacientes em tratamento
o Avalia a extensão com a qual as manifestações são suprimidas
espontaneamente ou pelo tratamento. Compreende os domínios de controle
das limitações clínicas atuais e a redução dos riscos futuros.
o preferencialmente avaliado em relação às últimas quatro semanas e inclui
sintomas, necessidade de medicação de alívio, limitação de atividades físicas e
intensidade da limitação ao fluxo aéreo.
o Questionário de Controle da Asma -ACQ → questionário prático e simples,
desenvolvido para avaliar o controle da asma nas últimas quatro semanas,
especialmente quando a espirometria não é disponível.
COMPOMENTES DO CUIDADO DA ASMA/ TRATAMENTO
Embora não exista cura para a asma, p manejo adequado baseado na parceria médico-paciente-
família pode resultar no controle da doença. Os objetivos do tratamento são:
o Atingir e manter o controle dos sintomas
o Manter as atividades da vida diária normais, incluindo exercícios
o Manter a função pulmonar normal ou o mais próximo possível do normal
o Prevenir as exacerbações
o Minimizar os efeitos colaterais das medicações
o Prevenir a mortalidade
O acompanhamento deve estar fundamentado em cinco componentes inter-relacionados:
1) Parceria médico-paciente: permitir que o paciente adquira conhecimento, confiança e
habilidade para assumir o papel principal no manejo de sua doença, além de juntos
desenvolverem um plano de ação personalizado e um tratamento especializado.
a. Realizar educação em asma em diversos cenários, tanto para controle quanto para
prevenção;
b. Plano de ação escrito e individualizado: especificações do tratamento/manutenção;
monitorização do controle da asma; orientação de como alterar o esquema
terapêutico; reconhecimento dos sinais e sintomas precoces de exacerbações;
tratamento domiciliar de crises leves, indicações claras de quando procurar o seu
médico.
c. Adesão ao tratamento: (uso de pelo menos 80% da dose prescrita). Deve-se
identificar os fatores que dificultam a adesão.
2) Identificação e controle dos fatores de risco
a. É preciso diferenciar a broncoconstricção induzida por exercício do descontrole da
doença a fim de medicar corretamente em ambas as situações. Orientar que as
atividades que melhorem o condicionamento são benéficas, pois aumentam o limiar
anaeróbico e reduz a susceptibilidade ao broncoespasmo.
3) Avaliação, monitoramento e manutenção do controle da asma
a. O objetivo é manter o controle clínico.
b. O tratamento é dividido em 5 etapas
◊ Etapa 1: Educação + controle ambiental + sintomáticos. Está indicado para
pacientes que têm sintomas ocasionais, duas vezes ou menos por semana e de
curta duração . Utiliza-se β2-agonista de rápido início de ação (salbutamol,
fenoterol ou formoterol). As alternativas são anticolinérgico inalatório, β2-agonista
oral ou teofilina oral, mas esses têm um início de ação mais lento e um maior risco
de efeitos adversos
◊ Etapa 2: Medicação de alívio mais um único medicamento de controle - a
primeira escolha são os corticoides inalados em doses baixas, se não for possível,
deve-se usar antileucotrienos
◊ Etapa 3: Medicação de alívio mais um ou dois medicamentos de controle - a
primeira escolha é a associação de um corticoide inalado em doses baixas a um B2-
agonista inalado de ação prolongada. Como alternativa, ao invés de associar um
β2-agonista, pode-se aumentar a dose do corticoide inalatório. Outras opções são
a adição de um antileucotrieno ao corticoide inalatório em doses baixas.
◊ Etapa 4: Medicação de alívio mais dois ou mais medicamentos de controle –
tratamento deve ser conduzido por um médico especialista. A principal opção é
a associação de corticoide inalado em doses médias ou altas a um B2-agonista de
ação prolongada. As alternativas são adicionar um anti-leucotrieno ou teofilina à
associação descrita
◊ Etapa 5: Medicação de alívio mais medicação de controle adicional - principal
opção é adicionar corticoide oral às outras medicações de controle que já estão
sendo utilizadas, sempre considerando os efeitos adversos potencialmente graves.
Esse esquema somente deve ser empregado para pacientes com asma não
controlada na etapa 4, que tenham limitação de suas atividades diárias e
frequentes exacerbações e que tenham sido exaustivamente questionados sobre
a adesão ao tratamento.
◊ O tratamento deve ser ajustado de acordo com o estado de controle. Se a asma
não estiver controlada com o tratamento atual, deve-se subir uma etapa
sucessivamente até que o controle seja alcançado.
◊ Deve-se reduzir as doses quando se atingir o controle e aumenta-las quando há
perda do controle.
4) Prevenção e controle de riscos futuros
a. Prevenir instabilidade clínico-funcional: uma vez que o controle seja obtido e
mantido, o risco futuro de instabilidade, medido pelo percentual de semanas que o
paciente não estava controlado, diminui de modo significativo. Quanto maior a
estabilidade (menor variabilidade), menor a chance de os pacientes necessitarem
de atendimento de emergência
b. Prevenir exacerbações da asma: As exacerbações são eventos comuns e previsíveis
no curso da asma, ocorrendo principalmente nos pacientes com asma grave, deve-
se investigar a gravidade, a frequência, fatores desencadeantes e traçar planos
específicos para evitá-las.
c. Evitar a perda acelerada da função pulmonar ao longo dos anos: realizar a
espirometria e acompanhar o VEF1
d. Minimizar os efeitos colaterais dos tratamentos utilizados: após a obtenção do
controle, o paciente deve permanecer com quantidades mínimas de medicação
controladora, devendo ser usado com cautela, principalmente em crianças.
5) Consideração de situações especiais no manejo da asma
a. Rinite, rinossinusite e pólipos nasais: em geral o tratamento dessas doenças
melhoram os sintomas da asma.
b. Refluxo gastroesofágico: Em pacientes com asma não controlada, a prevalência de
refluxo gastroesofágico tende a ser ainda maior, porém não há evidencias
suficientes que deixe claro essa relação;
c. Exposição ocupacional: A melhora dos sintomas em períodos de afastamento do
trabalho, em finais de semana ou nas férias é sugestiva de asma relacionada ao
trabalho. A conduta ideal é o afastamento com o objetivo de prevenir alterações
clínico funcionais irreversíveis → SOLICITAR AFASTAMENTO POR INCAPACIDADE.
d. Gestação e lactação: A asma é a doença pulmonar mais comum nas gestantes, com
prevalência de 8-13%, sendo que 1/3 das asmáticas pioram nesse período, e 1/3
melhora. Os efeitos deletérios da asma não controlada para o binômio mãe-feto são
pré-eclâmpsia, necessidade de partos cesarianos, prematuridade, baixo peso ao
nascer, malformações e aumento da mortalidade perinatal. Há necessidade de
avaliação espirométrica regular, além de que pacientes com asma mal controlada
devem ter avaliações mensais, com cuidadosas verificações do crescimento fetal e
de sinais de pré-eclâmpsia através de consultas obstétricas regulares e consultas
respiratórias frequentes.
◊ A budesonida é o corticoide inalatório de preferência para a gestação por
apresentar mais dados referentes a sua segurança e eficácia. Pode ser usado
durante a amamentação
◊ O salbutamol deve ser o b-agonista de curta ação preferido
◊ A beclometasona apresenta também baixo risco fetal
◊ A monitorização materno-fetal intensiva é essencial e, devido à especial fisiologia
da gravidez, a SpO2 materna deve ser mantida acima de 95% para que não haja
hipoxemia fetal.
e. Idoso: é subdiagnosticada devido a subvalorização dos sintomas. Deve-se realizar
diagnóstico diferencial com DPOC.
f. Cirurgia: A asma controlada não é um fator de risco para a ocorrência de complicação
pulmonar pós-operatória. A probabilidade das complicações depende do nível de
controle, do porte da cirurgia e do tipo de anestesia
g. Obesidade: peso elevado tanto ao nascer quanto mais tarde na infância aumenta a
incidência e prevalência de asma → fenômeno inflamatório, presença de
comorbidades.
h. Síndrome da apneia obstrutiva do sono: A síndrome da apneia obstrutiva do sono é
um fator de risco independente para a exacerbação da asma. Recomenda-se avaliar
sintomas sugestivos de apneia obstrutiva do sono em pacientes com asma não
controlada ou de difícil controle, em especial aqueles com sobrepeso ou obesidade.
i. Estresse, ansiedade, depressão e fatores psicossociais: A baixa percepção dos
sintomas, a não adesão ao tratamento e a falta de controle da doença estão mais
presentes nos que têm predominantemente depressão. Asmáticos graves têm mais
distúrbios emocionais do que aqueles com asma leve ou moderada.
j. Aspergilose broncopulmonar alérgica: O tratamento da aspergilose broncopulmonar
alérgica é guiado e monitorado através do nível de controle da asma, infiltrados
radiológicos, função pulmonar e níveis de IgE. Recomenda-se iniciar o tratamento
com 0,50-0,75 mg/kg/dia de prednisona, com redução gradual da dose acada 6-12
semanas.
MANEJO DAS EXACERBAÇÕES
Na maioria das vezes, as exacerbações da asma, qualquer que seja sua gravidade, ocorrem de
forma gradual, com deterioração clínica progressiva em um período de 5-7 dias → são eventos
que requerem uma ação urgente do médico e do paciente para prevenir um desfecho grave,
como, por exemplo, hospitalização ou morte por causa da asma.
As causas mais comuns são as infecções virais ou a exposição a alérgenos ambientais, seguindo-
se poluição ambiental e exposição ocupacional ou a drogas, sendo as mais comuns os
antiinflamatórios não esteroidais.
No atendimento inicial de uma exacerbação da asma
o Avaliação clínica deve ser rápida e objetiva.
o Nos adultos, sempre que possível realizar a espirometria ou medidas seriadas de PFE
o Oximetria de pulso
o Classificar a intensidade das exacerbações
• Identificação de risco de evolução quase fatal ou fatal da exacerbação de asma
o Exacerbação prévia grave com necessidade de internação em terapia intensiva
o Três ou mais visitas à emergência ou duas ou mais hospitalizações por asma no último
ano
o Uso frequente de corticoide sistêmico
o Uso de dois ou mais frascos de inalador pressurizado de β2-agonista de curta ação por
mês
o Problemas psicossociais
o Presença de comorbidades, especialmente de caráter cardiovascular ou psiquiátrica
o Asma lábil com variações acentuadas de função pulmonar, ou seja, mais que 30% do PFE
ou VEF1
o Má percepção do grau de obstrução por parte do paciente
o Idade inferior a 12 meses
o Recidiva abrupta apesar de tratamento adequado.
A asfixia é a principal causa de óbito na quase totalidade dos casos. A maior parte dos pacientes
que morrem apresenta doença crônica e mal controlada.
REFERÊNCIAS
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - - J Bras Pneumol. v.38, Suplemento 1, p.S1-
S46 Abril 2012
Clinica Médica – doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, emergências e terapia intensiva, 2ª Ed. Volume 2, ED. Manoele - Barueri SP2016