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Aspectos relevantes. :. Profa. Dra. Patricia Moriel. Histórico Contexto Nacional Definição A qualidade da oferta e o uso racional do medicamento Algumas características do acesso aos medicamentos no mundo Formas mais frequentemente encontradas de uso NÃO racional de medicamentos - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Aspectos relevantes
Profa. Dra. Patricia Moriel
:
Histórico Contexto Nacional Definição A qualidade da oferta e o uso racional do medicamento Algumas características do acesso aos medicamentos no
mundo Formas mais frequentemente encontradas de uso NÃO
racional de medicamentos Reações adversas ao medicamentos Estratégias para o Uso Racional de Medicamentos
Promoção do Uso Racional de Medicamentos 1985-2004
1985: Definição de Uso Racional de Medicamentos – Confirmada na Assembléia Mundial da Saúde (WHA) em 1986
1989: Rede Internacional para o Uso Racional de Medicamentos (INRUD)– Constituição da INRUD
1990-3: Desenvolvimento de indicadores para medir o uso na Atenção Básica à Saúde (PHC)
– Como investigar o uso de medicamentos em postos de saúde 1992-2005:
– Cursos Internacionais sobre Promoção do Uso Racional de Medicamentos– Pesquisa operacional para identificar intervenções efetivas
1997 e 2004:– Conferências Internacionais para Melhorar o Uso de Medicamentos (ICIUM)
onde a evidência de intervenções efetivas foi revisada e as recomendações foram feitas
Contexto Nacional – lei 8080/90Sistema Único de Saúde
Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
Contexto Nacional – Política Nacional de Medicamentos (portaria n°3.916/92)
1. Adoção da relação de Medicamentos Essenciais (RENAME)2. Regulamentação sanitária de medicamentos3. Reorientação da assistência farmacêutica4. Promoção do uso racional dos medicamentos5. Desenvolvimento científico e tecnológico6. Promoção da produção de medicamentos7. Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos8. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos
Promoção do uso racional dos medicamentos – adoção dos medicamentos genéricos; processo educativo dos
consumidores de medicamentos e a atualização da informação dos profissionais prescritores e dispensadores a respeito de temas como risco de automedicação, interrupção
e troca de medicação prescrita e necessidade de receita médica.
Definição
“O uso racional de medicamentos (URM) requer que o paciente receba a medicação apropriada a sua necessidade clínica, em doses adequadas com seus requerimentos individuais, por um período de tempo adequado, e ao menor custo para o indivíduo e para sua comunidade”.
(OMS – Conferência Mundial sobre o URM
Nairobi – 1985).
Definição
Processo que compreende :
A prescrição apropriada; A disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; A dispensação em condições adequadas; Consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e pelo
período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade.
Ministério da Saúde (MS), 1999.
A adoção de providências proposta no Documento do MS favorece o Uso Racional do Medicamento. São prioridades:
A instituição do RENAME; O registro e uso dos medicamentos
genéricos; A elaboração e divulgação do Formulário
Terapêutico Nacional; A efetivação de ações de
farmacoepidemiologia e farmacovigilância;
A adoção de providências proposta no Documento do MS (2001) favorece o Uso Racional do Medicamento. São prioridades:
A formulação e a aplicação de estratégias e programas educativos sobre o uso correto de fármacos para o público geral;
O treinamento de recursos humanos; A promoção da educação continuada de
profissionais de saúde sobre farmacologia e terapêutica aplicada.
Uso racional de medicamentos
Escolha terapêutica adequada (é necessário
o uso de terapêutica medicamentosa)
Indicação apropriada, ou seja, a razão para prescrever está baseada em evidências
clínicas
Medicamento apropriado, considerando eficácia,
segurança, conveniência para o paciente e custo
Dose, administração e duração do tratamento
apropriados
Paciente apropriado, isto é, inexistência de contra-
indicação e mínima probabilidade de reações
adversas
Dispensação correta, incluindo informação apropriada sobre os
medicamentos prescritos;
Adesão ao tratamento pelo paciente;
Seguimento dos efeitos desejados e de possíveis
eventos adversos conseqüentes do tratamento.
Inclui:
A qualidade da oferta e o uso racional do medicamento
Indústria Farmacêutica(século XX)
Melhor qualidade deVida
Aumento da expectativa de vida
Novos fármacos
Resistência aos antimicrobianos
Mascaramento de patologias
Custos do uso inadequado
Internações e mortes por RAM
Exemplos
Fármacos inovadoresViagra (citrato de sildenafil)
Celecoxib
Modificações molecularesPropriedades terapêuticas
ou tóxicas ligeiramente modificadas
Me too
Associações medicamentosas Maior parte das associações não apresenta justificativa terapêutica
Fonte figura: trudelmer.wordpress.com
Exemplos
1223 novos agentes terapêuticos (1975 e 1997)
379 (30 %) inovações terapêuticas
Fonte figura: trudelmer.wordpress.com
http://www.youtube.com/watch?v=-G7UKLczVaU
Em todo o mundo aponta-se para que tenham nascido cerca de 10000 a 15000 crianças vitimas dos efeitos teratogénicos da talidomida, sendo que destas apenas cerca de 8000 crianças terão conseguido ultrapassar o primeiro ano de vida.
16 de Julho de 2009 - 20h01 Vítimas da Talidomida receberão indenização de 100 vezes o valor da pensão Bruno Bocchini Repórter da Agência Brasil
. Cerca de 360 pessoas serão beneficiadas. As pessoas que já fizeram acordo com a União não terão direito.
Em todo o mundo aponta-se para que tenham nascido cerca de 10000 a 15000 crianças vitimas dos efeitos teratogénicos da talidomida, sendo que destas apenas cerca de 8000 crianças terão conseguido ultrapassar o primeiro ano de vida.
Algumas características do acessoaos medicamentos no mundo
25-70% do gasto em saúde nos países em desenvolvimento corresponde a medicamentos, comparativamente a menos de 15% nos países desenvolvidos.
90%
10%
15%
Produção de medicamento
Algumas características do acessoaos medicamentos no mundo
Consulta Médica
Prescrição medicamentosa
75 % das prescrições são
erroneas
50 % tomam corretamente seus
medicamentos
Prescritos, dispensados ou usados
inadequadamente
50 a 70 %
Antibióticos Pacientes
50 %
Variação Regional na Prescrição 1990-2004
0
10
20
30
40
50
60
% Px com AB % Px com Inj % Observância STG
Asia Africa América Latina
Fonte: Base de dados WHO/PSM agosto 2004Dados de patamar cobrindo todas as doenças e idades
Px = prescrição; AB = antibióticos; Inj = injetáveis; STG: Diretrizes Terapêuticas Padronizadas
Algumas características do acessoaos medicamentos no mundo
Em 1994, nos EUA, 48.000-98.000 pacientes hospitalizados morreram por causas atribuíveis a eventos adversos.
É a 4a causa de morte nos EUA, depois do IAM, câncer e AVC (LAZAROU et al, 1998).
Eventos adversos a drogas são o tipo mais freqüente de evento adverso não cirúrgico (20%)
Algumas características do acessoaos medicamentos no mundo
Em 1993, 7.000 americanos morreram por erro de
medicação, contra 6.000 por acidentes de trabalho
Em cada 100 admissões, há 6,5 eventos adversos a
drogas comprovados e 5,5 eventos potenciais. 40 a
70% dos efeitos adversos (EA) são evitáveis.
Algumas características do acessoaos medicamentos no mundo
18% dos EA comprovados ocorrem por prescrição médica ou administração inadequadas
(Leape et al, 1991)
Erros de prescrição causam 56% dos EA evitáveis
(Bates et al, 1995)
A maioria dos erros de prescrição são de dosagem
(Leape et al, 1995)
Algumas características do acessoaos medicamentos no Brasil
No Brasil, os medicamentos ocupam a primeira posição entre os três principais agentes causadores de intoxicações desde 1996
Em 1999 foram responsáveis por 28,3% dos casos registrados
(SINITOX, 2000).Fonte figura: mais-saude.blogspot.com
5,8%
7,1%
9,5%10,1%
11,2%
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
2002 2003 2004 2005 2006
Evolução dos gastos com medicamentos no orçamento do Ministério da SaúdeFonte: DATASUS
Ano
%
Formas mais frequentemente encontradas de uso NÃO racional de medicamentos:
Uso de medicamento em quantidades inadequadas (sub ou sobredosagens) e de modo inadequado
Uso de medicamenos inseguros ou ineficazes freqüentes no comércio farmacêutico
Uso de medicamentos não-relacionados ao diagnóstico ou de alto custo
Fonte figura: www.ccs.saude.gov.br/visa/cartuns/38_edra_med...
Automedicação não racional Uso de medicamentos para indicações para
as quais não existe tratamento farmacológico, aumentando desnecessariamente os riscos e custos do tratamento
Polifarmácia desnecessária, potencializando o risco de reações adversas e interações
medicamentosasFonte figura: farmacia.com.pt
Formas mais frequentemente encontradas de uso NÃO racional de medicamentos:
Milhões de euros % venda
Alemanha 4139 14,5%Reino Unido 2706 20 %
Utilização de restos de medicamentos (farmácias domesticas) sem compreensão dos efeitos e riscos envolvidos
Uso de medicação injetável desnecessariamente
Uso inapropriado de antimicrobianos
Fonte: mutacivi.wordpress.com
Formas mais frequentemente encontradas de uso NÃO racional de medicamentos:
Reações adversas ao medicamentos
Aronson et al, 2002.
Distribuição das Reações Adversas ao
medicamento por Classe Terapêutica
(Medical Care, 38:261-271, 2000.)
Antibióticos 24,9%
Agentes Cardiovasculares
17,4%
Analgésicos 8,9%
Anticoagulantes 8,6%
Sedativos e hipnóticos 2,6%
Agentes Antineoplásicos
1,4%
Anti-asmáticos 1,3
Antidepressivos 0,9%
Antipsicóticos 0,6%
Anti-hipertensivos 10,4%
Anticonvulsivos 0,4%
Potássio 0,4%
Outros 18,1%
Desconhecidos 14,1%
Venda de antibióticos sem receita médica em drogarias da cidade de São Paulo: importância
da Assistência Farmacêutica
0
20
40
60
80
ampicilina amoxicilina cefalexina
Po
rce
nta
ge
m
com receita sem receita
CALLEGARI, L.A., MORIEL, P.. Congresso Brasileiro de Farmácia (pg. 87-88). São Paulo, S.P., 01 a 04 de outubro de 2003.
23,7% orienta sobre duração da terapêutica• 60% vende antibióticos sem receita médica
• Espanha = 30% - Med Clin (Bar) 1997; 109: 782-85
Estratégias para a o Uso Racional de Medicamentos
Ensino de Terapêutica Clínica nas escolas de medicina, farmácia, odontologia
Seleção e aquisição de medicamentos com base em evidências clínicas e na qualidade dos fornecedores
Farmácia Hospitalar Farmácia Clínica (em áreas críticas) Auditoria de prescrição Prescrição eletrônica Farmacovigilância
De acordo com a OMS (ORGANIZAÇÃO, 2002) há doze intervenções para a promoção do uso racional de medicamentos:
Comitê Nacional estabelecido de forma multidisciplinar para coordenar as políticas de uso racional;
Diretrizes clínicas; Listas de medicamentos essenciais; Comitês de Farmácia e Terapêutica em municípios e
instituições; Capacitação em Farmacoterapia baseada em
problemas nos cursos de graduação; Educação médica continuada em serviço como
requisito para registro profissional;
De acordo com a OMS (ORGANIZAÇÃO, 2002) há doze intervenções para a promoção do uso racional de medicamentos:
Supervisão, auditoria e feedback; Informação fidedigna e isenta sobre medicamentos; Educação dos usuários sobre medicamentos; Não permissão a incentivos perversos; Regulamentação e fiscalização apropriadas; Gasto governamental suficiente para assegurar
disponibilidade de medicamentos e infra-estrutura.
Ainda, como medidas regulatórias que apóiam o uso racional de medicamentos têm-se:
Registro de medicamentos mediante evidências de que sejam seguros, eficazes e de boa qualidade; medicamentos disponíveis no mercado considerados inseguros deveriam ser banidos;
Revisão da classificação de medicamentos sob prescrição; incluindo a limitação de certos medicamentos a serem disponibilizados apenas sob prescrição e não como venda livre;
Estabelecimento de padrões educacionais para os profissionais de saúde, com fortalecimento do cumprimento dos códigos de conduta, em cooperação com entidades profissionais e universidades;
Ainda, como medidas regulatórias que apóiam o uso racional de medicamentos têm-se:
Registro de profissionais de saúde: médicos, enfermeiras e demais profissionais, assegurando que tenham a necessária competência para a prática relacionada com diagnóstico, prescrição e dispensação;
Licenciamento de estabelecimentos farmacêuticos: farmácias, distribuidoras, assegurando que cumpram todos os padrões de funcionamento e de dispensação;
Monitorização e regulação da promoção de medicamentos, assegurando informação ética e sem vieses;
Todos os materiais promocionais devem ser isentos, fidedignos, com informações balanceadas e atualizadas.
Histórico
Em 1975 a Associação Americana de “Colleges of Pharmacy” organizou uma comissão chamada “Informe Millis” que mostrou aos farmacêuticos a importância do uso adequado dos medicamentos.
Em 1980 houve uma conferência sobre “Teoria da Prática Farmacêutica” que resumia a evolução da profissão, que compreendia desde a orientação do produto até a orientação ao paciente, afirmando que o farmacêutico devesse ser o responsável pelo resultado da terapêutica com medicamentos.
36
Histórico
Em 1992, se desenvolveu um projeto de investigação sobre um modelo prático de Atenção Farmacêutica Global, em uma Faculdade Americana denominado “Projeto Minesota”, onde participaram mais de 50 farmacêuticos com o objetivo de demonstrar que o farmacêutico tem um papel definido na luta contra o mal uso do medicamento.
O trabalho ressalta que a atenção farmacêutica deve estabelecer uma relação entre o farmacêutico e o paciente que permite um trabalho em comum com o objetivo de prevenir, identificar e resolver os problemas que possam surgir durante o tratamento farmacológico.
37
Histórico
A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou em 1993 a “Declaração de Tókio”
realizada no Japão intitulada de ” Boas práticas de Farmácia: Normas de qualidade do serviço
farmacêutico.“, enfatizava o papel do farmacêutico no sistema de atenção de saúde”,
onde examinava as responsabilidades do farmacêutico em relação às necessidades
assistenciais do paciente e da comunidade. 38
Objetivos
estabelecer uma relação com o paciente e obter sua confiança; demonstrar interesse e preocupação pelo estado do paciente; orientar o paciente a controlar seu tratamento; orientar o paciente a controlar sua enfermidade e se adaptar a ela; prevenir ou minimizar os problemas associados e possíveis efeitos
secundários, efeitos adversos e o cumprimento da posologia, atual e futura.
desenvolver a capacidade do paciente para resolver estes problemas e conviver com eles.
39
Objetivos educacionais
proporcionar informações adequadas ao paciente e orientar cada problema;
proporcionar habilidades e métodos para que o paciente possa empregar para melhorar ao máximo a utilização e os efeitos da medicação;
informar e instruir utilizando métodos educacionais que se adaptem a cada paciente e a cada situação. 40
Brasil
41
• 1988 – I Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica e Política de Medicamentos - carta de Brasilía (Brasil, 1988).
• Assistência farmacêutica: um conjunto de procedimentos necessários a promoção, prevenção e recuperação da saúde, no nível individual ou coletivo centrado no medicamento.
Assistência farmacêutica portaria n°3.916 de 1998 – Política Nacional de Medicamentos
Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a
apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve
o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas
etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a
segurança e a eficácia Terapêutica dos medicamentos, o
acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão
de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos
profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o
usos racional dos medicamentos.42
Atenção farmacêutica
Modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da AF. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. è a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integridade das ações de saúde
(Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica, 2002). 43
Portanto:
Assistência farmacêutica – vários aspectos envolvidos com o medicamento
área de pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos, bem como dos insumos utilizados em laboratórios e farmácias.
entende-se pelas atividades relativas ao estoque e abastecimento, como seleção, programação, aquisição e distribuição.
A dispensação é a faceta mais pública desta atividade, mas a AF numa perspectiva de melhoria da qualidade de vida da população, deve incluir, também, o acompanhamento e a avaliação da utilização dos medicamentos – e aqui entramos no terreno da atenção farmacêutica.
44
ASPECTO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA
O farmacêutico deve utilizar seus critérios clínicos para determinar o nível de atenção farmacêutica que necessita cada paciente.
Entre os exemplos de situações que exigem uma atenção farmacêutica global, cabe citar:
45
Pacientes que são especialmente vulneráveis aos efeitos adversos por estarem em situação fisiologicamente delicada (por exemplo, as crianças, pessoas idosas, deficiência insuficiência renal, hepática ou respiratória);
Pacientes cujo estado clínico exige a avaliação e a manipulação contínua da farmacoterapia para conseguir bons resultados (por exemplo a diabetes Millitus, a asma, a hipertensão e insuficiência cardíaca congestiva);
46
Pacientes submetidos a medicação múltipla e expostas, há um alto risco de intervenções complexas entre os medicamentos, entre estes e as enfermidades, e interações entre os medicamentos e os alimentos;
Pacientes que necessitam ser tratados com medicamentos de extrema toxicidade, especialmente se dosificam, administram ou utilizam de forma inadequada (por exemplo, agentes quimioterápicos contra o câncer, anticoagulantes e estupefacientes administrados por via parenteral);
Pacientes com enfermidades graves que podem apresentar um risco para sua saúde, se os medicamentos prescritos resultarem ineficiência ou se utilizarem de forma inadequada (por exemplo, determinadas infecções ou diarréia grave). 47
FATORES SOCIOECONÔMICOS INFLUENCIAM NA ATENÇÃO FARMACÊUTICA
48
Fatores Demográficos População envelhecida População pediátrica vulnerável Aumento da população Câmbios nas características epidemiológicas Distribuição geográfica da população
Fatores Econômicos Aumento dos custos da assistência à saúde Economia nacional e mundial Desigualdade entre o crescimento de ricos e pobres
Fatores Tecnológicos Desenvolvimento de novos medicamentos Técnicas novas de difusão da informação e novos dados sobre os
medicamentos existentes Medicamentosa mais potentes e de mecanismos de ação mais completa Biotecnologia
Fatores Sociológicos Expectativas e participação dos consumidores Abuso e uso incorreto dos medicamentos Utilização da medicina tradicional
Fatores Políticos Prioridades no emprego dos recursos nacionais (concessão a saúde) Câmbios na política econômica Critério das instâncias em matéria de farmácia Regulamentação farmacêutica Políticas farmacêuticas nacionais, listas de medicamentos essenciais
Fatores Profissionais Variações no ensino e na formação dividida dos farmacêuticos Critérios variados, no que consiste a atenção ao paciente dispensada na
farmácia Distribuição do pessoal de farmácia Base de remuneração dos farmacêuticos
Fatores de Prestação de Assistência à Saúde
Acesso na assistência à saúdeAumento do tratamento das enfermidades graves fora dos hospitais49
Fatores que influenciam na prestação de assistência à saúde, o uso racional dos medicamentos e o desenvolvimento da atenção farmacêutica.
Medidas Preventivas
Mantenha todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade.
Os remédios são ingeridos por crianças que os encontram em local de fácil acesso, deixados pelo adulto.
Nunca deixe de ler o rótulo ou a bula antes de usar qualquer medicamento. 50
Medidas Preventivas
Evite tomar remédio na frente de crianças. Não dê remédio no escuro para que não haja
trocas perigosas. Não utilize remédios sem orientação médica. Mantenha os medicamentos nas embalagens
originais.
51
Cuidado com remédios de uso infantil e de adulto com embalagens muito parecidas; erros de identificação podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais.
Nunca use medicamentos com prazo de validade vencida.
Descarte remédios vencidos; não guarde restos de medicamentos; despeje o conteúdo no vaso sanitário ou na pia e lave a embalagem antes de descartá-la; nunca coloque a embalagem com o seu conteúdo na lixeira.
É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco; quando sozinha, ela poderá ingerir o medicamento; lembre-se: remédio é remédio.
Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos domésticos trancados e fora do alcance das crianças.
Avanços significativos alcançados nocampo da Assistência Farmacêutica
Política Nacional de Medicamentos (BRASIL, 1998):Promoção do Uso Racional de Medicamentos; Adoção e revisão
permanente da RENAME; Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (1999); Criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos – SCTIE (2003); Criação do Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos – DAF (2003); Fortalecimento da CMED (Centro de Especialidades
Médicas), Lei 10.742/03; Realização da I Conferência Nacional de Política de
Medicamentos e de Assistência Farmacêutica e das Conferências Municipais e Estaduais (2003)
Definição da Política Nacional de Assistência Farmacêutica pelo Conselho Nacional de Saúde (2004);
Estabelecimento de mecanismos e responsabilidades para o financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica (Portaria GM 2084 de 26/11/2005), a qual unificou os diversos programas assistenciais existentes a época e duplicou os recursos financeiros para a Assistência Farmacêutica na Atenção Básica
Definição da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2006);
Definição da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (2006);
Realização de Seminários de Apoio ao Planejamento da Assistência Farmacêutica no âmbito dos Estados e Municípios (2006) – “Planejar é Preciso“;
Edição da RENAME 2006; Edição de 11 novos PCDT (protocolo clínico e diretrizes
terapêuticas) e Regulamentação do Componente dos Medicamentos de Dispensação Excepcional (2006);
Criação do Comitê Nacional para a promoção do Uso Racional de Medicamentos - (2007);
Pacto pelo SUS: Port. Nº 204/GM de 29/01/2007, Regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle.
DAF-MS: ações e estratégias utilizadas para promover o uso racional de medicamentos
Seleção e Diretrizes Clinicas: RENAME 2006; Comissão para Incorporação de
Tecnologias do Ministério da Saúde (CITEC), 2006; Projeto BRATS Formulário Terapêutico Nacional (2007).
DAF-MS: ações e estratégias utilizadas para promover o Uso Racional de Medicamentos
Capacitação em farmacoterapia baseado em problemas Cursos de atualização em A.F. e URM no SUS; Wannmacher L, Fuchs DF. Exercícios de Farmacologia
Aplicada 3ª Edição 2006.Atenção Farmacêutica: I Fórum Nacional de Ensino e pesquisa em Atenção
Farmacêutica no âmbito do SUS (2006) Seminário Internacional para Implementação da Atenção
Farmacêutica no SUS (2006) Curso de dispensação de medicamentos (2007)
Comitê Nacional para a Promoção do URM
COORDENAÇÃO COLEGIADA: DAF/SCTIE/MS; ANVISA e OPAS/OMS - Unidade Técnica de
Medicamentos e Tecnologias
Conclusões
O uso não racional é um sério problema global de saúde pública.
Existe muito conhecimento sobre como melhorar o uso racional de medicamentos mas necessita-se de mais implementações de políticas a nível nacional.
O uso racional poderia ser melhorado se uma fração dos recursos gastos nos medicamentos fosse aplicado na melhora do uso.
Fonte figura: www.fibrocis.com.br
Ah, lembre-se: A marca não cura, é a
substância
Sim, doutora
Caro paciente: menos medicamento é melhor
ACURCIO, F.A. Medicamentos e Assistência Farmacêutica. Coopmed Editora médica, 2003.ARONSON JK. Drug therapy. In: Haslett C, Chilvers ER, Boon NA, Colledge NR, Hunter JAA, eds. Davidson's principles and practice of medicine 19th ed. Edinburgh: Elsevier
Science, 2002:147-63.BATES DW, CULLEN DJ, LAIRD N, PETERSEN LA, SMALL SD, SERVI D, LAFFEL G, SWEITZER BJ, SHEA BF, HALLISEY R, ET AL. Incidence of adverse drug events and
potential adverse drug events. Implications for prevention. ADE Prevention Study Group. JAMA. 1995 Jul 5;274(1):29-34. BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE (CNS). Resolução n. 338, de 6 de maio de 2004a. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica.BRASIL. Lei 8080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e funcionamento dos serviços de
saúde e outras providências.BRASIL. Portaria GM nº. 3.916, 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, s. 1, n. 215-E, p.
18, 10 nov. 1998.BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do
Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores para o setor e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. 46p.LAZAROU, J.; POMERANZ, B.H.; COREY, P.N. Incidence of adverse drug reactions in hospitalized patients: a meta-analysis of prospective studies. JAMA, v. 279, n. 15, p. 1200-
1205, 15 abr. 1998. LEAPE LL, BRENNAN TA, LAIRD N, LAWTHERS AG, LOCALIO AR, BARNES BA, HEBERT L, NEWHOUSE JP, WEILER PC, HIATT H. The nature of adverse events in
hospitalized patients. Results of the Harvard Medical Practice Study II. N Engl J Med. 1991 Feb 7;324(6):377-84.LEAPE LL, CULLEN DJ, CLAPP MD, BURDICK E, DEMONACO HJ, ERICKSON JI, BATES DW. Pharmacist participation on physician rounds and adverse drug events in the
intensive care unit. JAMA. 1999 Jul 21;282(3):267-70. Erratum in: JAMA 2000 Mar 8;283(10):1293. Ministério da Saúde. Secretária de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.Ministério da Saúde. USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS NA PERSPECTIVA MULTIPROFISSIONAL Brasília: Ministério da Saúde, 2007Organização Jurídica da Profissão Farmacêutica - 5ª Edição - Atualizada e Revisada - 2007. I Congresso Brasileiro sobre Uso Racional de Medicamentos. 3 a 15 de outubro de 2005. Porto Alegre - Rio Grande do Sul. Acessado em 07/04/2008. disponível em
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/hsentinela/uso_racional_i/index.htm SINITOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico – Farmacológicas. Estatística anual de casos de intoxicação e envenenamento: Brasil, 1999. Rio de janeiro: Fundação Oswaldo Cruz/ Centro de Informação Científica e Tecnológica, 2000
ZUBIOLI, A. Ética Farmacêutica. Editora Sobravime, 2004.
. WHO, Nairobi, 1985, Rational use of drugs: Report of the conference of experts, Nairobi 1985
Sites: www.anvisa.gov.br www.cff.org.br http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/lei8080.pdf www.conasems.org.br www.abrasco.org.br
Bibliografia