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CONFORTO AMBIENTAL: ERGONOMIA E ANTROPOMETRIA Universidade Ibirapuera – Arquitetura e Urbanismo AULA 2 Necessidades Humanas 23.02.2015 Profª Mª Claudete Gebara J. Callegaro [email protected] http://claucallegaro.wordpress.com

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CONFORTO AMBIENTAL: ERGONOMIA E ANTROPOMETRIA

Universidade Ibirapuera – Arquitetura e Urbanismo

AULA 2

Necessidades Humanas

23.02.2015

Profª Mª Claudete Gebara J. [email protected]

http://claucallegaro.wordpress.com

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abrigo

repousodevaneio

segurançaprivacidade

casa ≠ trabalho ≠ transporte ≠ hospital ≠ passeio com família

funcionalidadeprodutividadeexcitaçãoproteção do lucro

CONFORTO AMBIENTAL: um conceito em construção

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Visão tradicional (funcionalista):

bem-estar material, comodidade

dimensão humana:aspectos higro-térmicos

visuais, acústicos,

de qualidade do ar

CONFORTO AMBIENTAL: um conceito em construção

Visão holística (sistêmica):O edifício faz parte do contexto urbano.É influenciado por este e, por sua vez,

interfere no conjunto da cidade e seu entorno.

dimensão humana:eliminação da dor e do medo,conforto físico e psicológico,percepção, emoção, estética

tato, calor, som, odor,luz, forma, prazer

dimensão social:facilitação das relações

redução das tensões

dimensão ambiental:equilíbrio energético

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NECESSIDADES HUMANAS

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NECESSIDADES HUMANAS

A realização do destino do ser humano é possibilitadapelo conforto que ele cria para si,

de maneira a atender suas necessidades:

MATERIAIS (natureza externa)

ESPIRITUAIS (natureza interna)

SOCIAIS (regulação entre interior e exterior)

Há várias maneiras de organizar essas informações,conforme a área de conhecimento,

os objetivos do pesquisador,os interesses do público a quem essas informações se destinam.

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“Em sua busca por um habitat mais confortável e seguro, o homem procurou modificá-lo para atender às suas necessidades fisiológicas e às diversas realidades geográficas e culturais. A um só tempo, adaptou o ambiente às necessidades e adaptou-se ao ambiente segundo quatro diferentes instâncias ou níveis de abrangência:

•ambiente humano,

•ambiente externo,

•abrigo,

•conforto ambiental.”

NECESSIDADES HUMANAS

Criação de condições físicas e químicas adequadas à sobrevivência

Geografia (várias escalas)

Satisfação das necessidades materiais, espirituais, estéticas, econômicas

Conceito em construção – visão funcionalista >>> visão holística

Por exemplo, Rheingantz (2001:2), do campo da Arquitetura (leitura solicitada), afirma o seguinte:

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Outro exemplo, Kolcaba e Wilson (2002), da área da Saúde, identificam 4 tipos de contextos de realização do conforto:

físico – sensações corporais internas, mecanismos homeostáticos (equilíbrio do corpo)

psico-espiritual – consciência interna (estima, conceito, sexualidade, significado na vida em relação a instâncias superiores)

sócio-cultural – relações interpessoais, família, amigos, tradições (organização social)

ambiental – experiência externa (temperatura, luz, som, cor, odor, mobiliário, paisagem...)

NECESSIDADES HUMANAS

•medicina, nutrição, enfermagem...•moda, vestuário...

•psicologia, terapias corporais•filosofia, religião

•sociologia• comunicação• antropologia, teologia• administração

•arquitetura, decoração, design, paisagismo•música, pintura...

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NECESSIDADES HUMANAS

Abraham Maslow (MAXIMILIANO, 2000), da área de Psicologia Motivacional,organizou essas necessidades humanas numa pirâmide,

em função da frequência com que nos dedicamos a cada uma delas.

fisiologia

auto-realização

reconhecimento

relacionamento

segurança

Uma classe de necessidade não é mais importante do que a outra.

A pirâmide apenas indica que passamos mais tempo lutando para atender a nossas necessidades fisiológicas do que para nosso reconhecimento, p. ex.

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O que julgamos necessitar depende de nossa PERCEPÇÃO

e esta varia para cada indivíduo, em cada momento e lugar.

PERCEPÇÃO DA NECESSIDADE

O meio externo nos bombardeia, o tempo todo, com energia.

Temos uma quantidade imensa de terminais nervosos altamente sensíveis espalhados pelo corpo, alguns internos e outros externos, que captam essa energia.

Por mecanismos diversos, percebemos essa energia na forma de imagens, sons, odores, movimento, que nos provocam reações.

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Nossos órgãos dos sentidos são aglomerados compactos desses terminais nervosos e captam a energia do meio de maneiras específicas:

•olho - estímulos eletromagnéticos,•paladar e olfato - estímulos químicos,•ouvido - vibrações mecânicas (ondas)•tato – contato físico, pressão, calor, frio, dor

Conforme o bombardeio de energia, os receptores nervosos são (ou não) estimulados, produzindo impulsos, também conhecidos como sensações: tontura, peso no estômago, vitalidade, calor, frescor...

As sensações podem (ou não) gerar resposta interior, dependendo da percepção de cada um.

PERCEPÇÃO DA NECESSIDADE

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As percepções dependem da relação, em cada momento,entre ambiente interior (quadro de referências individual)

e ambiente exterior (meio):

localizaçãoaltitude, latitude, clima, vizinhança...

frio> chá quente ≠ calor > cerveja gelada

atividadecasa, trabalho, locomoção, lazer, viagem, hospital...

casa > relaxamento ≠ trabalho > atenção

culturamateriais, cores, valores, época...

vida comunitária ≠ privacidade

razões individuaisstatus, idade, sexo, tipo físico, temperamento, memória (história de vida)

duchinha ≠ piscina

PERCEPÇÕES

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NECESSIDADES HUMANAS E PERCEPÇÃOA percepção é algo individual e mutável e nos impele a reagir de maneiras

diferentes (fuga, acasalamento, ataque).

localização de um alimento

apreciação de aroma de flor (para si)

perfume de marca X (identificação pessoal/status)

perfume para passear (e atrair)

verificação da condição do alimento

fisiologia

auto-realização

reconhecimento

relacionamento

segurança

Exemplificação de percepções diferentes obtidas pelo sistema olfativo, organizadas segundo a hierarquia de motivações (pirâmide de Maslow) anteriormente mencionada.

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PARÊNTESIS PARA EXPLICAR O QUE É

SISTEMA

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SISTEMA

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SISTEMAO modelo sistêmico veio substituir o modelo puramente funcional, que cuidava da melhoria das operações e posteriormente dos processos, mas não considerava as relações internas que não fizessem parte da atividade em observação e nem os aspectos exteriores ao conjunto.

EFICIÊNCIA: Fazer as coisas do jeito certo. Refere-se, normalmente, às operações.

EFICÁCIA: Fazer as coisas certas. Refere-se, normalmente, aos processos.

EFETIVIDADE: Eficácia com eficiência.

Contudo, a simples adoção de modelos, mesmo que sistêmicos, para estudo ou organização da vida, não nos protege de recair nos mesmos resultados do antigo paradigma de fragmentação do conhecimento, transformando os atores em conjunto de peças de um mecanismo a serviço ora da precisão, ora do lucro, ou ainda do poder.

Modelos, sozinhos, não promovem mudanças efetivas.É urgente a modificação íntima de cada indivíduo.

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SISTEMAS ORGÂNICOS HUMANOS (a serem abordados na disciplina CAEA)

Metabólico-motor: transformação de alimento em energia para movimento, reprodução

Circulatório-Respiratório : trocas gasosas entre organismo e meio externo

Cinestésico: movimentação no espaçoSentido espacialSentido gravitacionalSentido do equilíbrio

Nervoso-sensorial: comunicação interna e externa,sensações, consciência

Perceptivo: órgãos dos sentidosOlfaçãoAudiçãoTato-pressãoVisão (orientação)

Proxêmico: definição de território – íntimo, pessoal, social, público (SANT’ANNA, 2007, p.212)

A divisão do organismo vivo em sistemas é um

procedimento artificial. Visa apenas facilitar nossa

compreensão quanto a alguns processos.

Todos esses sistemas estão relacionados entre si e com outros aspectos materiais e

imateriais, além de interagirem com o ambiente

em geral.

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SISTEMA

Paradigma sistêmico (modelo):Considera que nada é exato e confinável.Não há certezas e verdades, mas probabilidades, tendências.

Sistema aberto:

Aproximação da teoria científica à prática, entendendo a realidade da vida.

Sistema fechado:

Situação artificial, em que se restringe o número de relações e de variáveis,

para melhor estudar um detalhe.

Quanto mais complexo o sistema, mais difícil é, em sã consciência, mantê-lo fechado.

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SISTEMA FECHADO

Em ARQUITETURA, e nas demais profissões em geral, escolhe-se algumas variáveis do sistema em análise e, com base nessas variáveis, se desenvolve a proposta.

Ou seja,

•“fotografa-se” um lapso de tempo e espaço,

•projeta-se para melhoria daquela condição,

•e para sua evolução conforme cenários futuros imaginados.

Contudo, é preciso lembrar que tal processo é ARTIFICIAL; não envolve todas as variáveis daquela realidade.

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EXEMPLO DE SISTEMA E DE SITUAÇÃO QUE FORÇA A MUDANÇA DE SISTEMA:

Em São Paulo, nossa cultura se baseia no ciclo da água. E se as nuvens mudassem de sentido, se fossem do continente para o oceano?•Seca,•escassez de alimentos,•alteração do habitat,•mudança de cultura,•mudança de paradigma (criação de outro sistema de vida humano).

SISTEMA ABERTO

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SISTEMA: qualidades (conforme Demo, 2002)

Infinitude: são infinitos os conhecimentos sobre um determinado tema e maior ainda o número de relações novas a se descobrir. A expansão desses infinitos se acelera quando se considera ainda a interpretação que cada observador dá ao objeto em estudo, com base nas experiências pessoais.

Homeostasia (equilíbrio): tendência de coesão interna do sistema para sua sobrevivência. Equilíbrio do sistema não significa bem-estar de seus elementos constituintes. Por exemplo, um governo pode ser forte e toda a organização social funcionar bem, mas as pessoas se sentirem limitadas e famintas. Fato semelhante pode se dar numa empresa ou numa família. Há equilíbrio, embora instável e cruel, no sistema, mas não nas relações.

Sistemismo (dinâmica de preservação): mecanismo natural do sistema, que, pelo aprimoramento de sua organização, regula os conflitos criando mecanismos de respostas às agressões internas e externas >>>> correção de distorções, abertura para que atores menos influentes se manifestem, vislumbre de felicidade.

Modelo (representação): visa facilitar a análise dos fatores envolvidos e a abrangência do projeto, a análise de causa e efeito entre os elementos, controle de qualidade dos subprodutos ou ações intermediárias.

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TRABALHO DO ARQUITETO – QUADRO DE PREOCUPAÇÕES

NECESSIDADES

HUMANAS

NATUREZA

ENTORNO

CULTURA

RECURSOS

HUMANOS

TECNOLOGIA

RECURSOS

ECONÔMICOS

ATIVIDADES

A Fisiologia F Geografia -solo

K Valores

estéticos

P Materiais U Habitação

B Segurança G Clima

(escalas)

L Processos

construtivos

Q Processos V Circulação

C Convívio H Ecossistema

- Habitat

M Sistema de

vida

R Capital W Trabalho

D Status I Vizinhança N Normas -

legislação

S X Educação -

Saúde

E Auto-

realização

J O Programas de

governo

T Y Lazer - Cultura

percepção – conhecimento - criatividade

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Itens que constituem o campo do Conforto Ambiental de modo amplo e holístico:

Salubridade - implantação dos edifícios na geografia de cada lugar, insolação

Conforto Higrotérmico – equilíbrio entre áreas livres e verdes e áreas construídas (extensão e altura), sombras, umidade

Conforto Visual – perspectivas, espaços abertos e espaços confinados, diversidade de paisagens humanas e espaciais, diversidade de épocas e culturas, iluminação

Conforto Acústico – privacidade, ruído

Qualidade do Ar – ventilação

Redução do Impacto Ambiental - energia, resíduos sólidos e gasosos, reuso de insumos, drenagem, áreas sensíveis

Mobilidade – deslocamentos, possibilidades de integração, concentração de serviços

Acessibilidade – qualidade e tipologia de transporte, desenho acessível

Ergonomia – distâncias e posicionamento apropriados para as atividades locais e sócio-urbanas

Segurança – controle de velocidade, vida nas ruas (diversidade de movimentação: horários, atividades, grupos)

Espaços livres – hierarquia de praças, espaços lineares, infra-estrutura verde (drenagem, lazer, convívio), referenciais urbanos (identidade do lugar).

TRABALHO DO ARQUITETO – programa da disciplina

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O grande desafio dos profissionais é entender o público-alvo e captar os principais elementos dos vários quadros de referências (ambiente psíquico) daquele grupo:

para a sobrevivência (necessidades primordiais)

para o conforto (liberdade para sonhar)

para o deleite (gostos pessoais, status)

•árvore, gruta, acampamento•alimento•banho•vestuário

•chuveiro quente, sabonete•colchão, coberta•mesa, refeição•mobiliário ergonômico•controle de iluminação e ventilação•decoração - estética•telefone, internet•horta, terraço, varanda

•amenidades •sabonete X•calçado Y•lençóis de algodão egípcio com N fios•Ipod de última geração•escultura do artista X•banheira com hidro-massagem•piscina

TRABALHO DO ARQUITETO – ESCOPO DO PROJETO

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ESCOPO DO PROJETO - MARKETING

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FONTES CONSULTADAS E OBRAS MENCIONADAS:

DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1989, apud: DENCKER, Ada F. M. CAD/SENAC em 2002.

EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). São Paulo: UNESP, 2002.

GOSCINNY, R.; UDERZO, A. O domínio dos deuses: uma aventura de Asterix (história em quadrinhos). Rio de Janeiro: Editora Vecchi, s/data.

KOLCABA, Katharine; WILSON, Linda. Confort Care: A Framework for Perianesthesia Nursing. Journal ofPeriAnesthesia Nursing, vol. 17, nº 2, pp 102-114, 2002. (Mencionado em Schmid, 2005)

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração : Da escola científica à competitividade na economia globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.

RHEINGANTZ, Paulo Afonso. Uma pequena digressão sobre conforto ambiental e qualidade de vida nos centros urbanos. Cidade & Ambiente. Universidade Federal de Santa Maria. Vol. 1, n.22, Jan/Jun 2001. http://www.fau.ufrj.br/prolugar/arq_pdf/diversos/conf_amb_qual_vida_cidades_par.pdf

SANT’ANNA, Daniele Ornaghi. Clima, percepção e arquitetura. Tese de Mestrado apresentada à FAUUSP em 2007, sob orientação do Prof. Dr. Ualfrido Del Carlo. Anexo 1 – O homem e seus sentidos.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização - do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SCHMID, Alísio Leoni. O significado de conforto. A ideia de conforto: Reflexões sobre o ambiente construído. Capítulo 1. Curitiba: Pacto Ambiental, 2005.

SEBRAE. Programa Sebrae da Qualidade Total para as Micro e Pequenas Empresas. Edição Sebrae, 1993. http://usp.br/qambiental

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