aula concurso 2 micro

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Microeconomia: temas fundamentais Me. Izabela Leite Ribeiro Guimarães

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Economy & Finance


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Microeconomia

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  • 1. Microeconomia: temas fundamentais Me. Izabela Leite Ribeiro Guimares

2. Escopo da aula Entender a que se presta a Teoria Microeconomia; Abordar os pressupostos bsicos da anlise microeconmica; Abordar os temas fundamentais da anlise microeconmica: - Anlise da demanda; - Anlise da oferta; - Anlise do equilbrio de mercado; - Anlise das estruturas de mercado. 2 3. Microeconomia A microeconomia se preocupa em estudar a formao de preos nos mercados e em analisar certos segmentos da economia, como os consumidores e produtores de bens especficos. Explica o comportamento de unidades econmicas individuais, de forma desagregada. 3 4. A hiptese coeteris paribus Expresso latina que significa tudo o mais permanecendo constante. Ao observar os determinantes da oferta e da demanda, verifica-se que todos podem variar simultaneamente, ficando difcil avaliar o efeito que cada um deles, isoladamente, exerce sobre a oferta e a demanda. 4 5. O papel dos preos relativos Trata-se do preo de um bem em relao aos preos de outros bens. O preo relativo do bem A diz de quantas unidades do bem B devemos desistir para obter mais uma unidade do bem A. Para se obter o preo de A em relao ao preo de B basta dividir o preo de A pelo preo de B. 5 6. O papel dos preos relativos Exemplo: Se o preo da Coca-Cola aumentar em 20%, e o preo da Pepsi-Cola tambm aumentar em 20%, no dever acontecer nada com a demanda desses dois bens. Entretanto, se o preo da Pepsi-Cola aumentar em 20%, e o preo da Coca-Cola permanecer o mesmo, devemos esperar queda na procura por Pepsi-Cola e aumento na procura por Coca-Cola. 6 7. Anlise Demanda 8. Conceito de demanda individual A demanda (ou procura) de um indivduo por um determinado bem (ou servio) refere-se quantidade desse bem que ele deseja e est capacitado a comprar, por unidade de tempo. (Passos e Nogami, 2012) 8 9. Trs elementos devem ser destacados nessa definio... A demanda uma aspirao, um desejo, e no a realizao do desejo; Para que haja demanda por um bem (ou servio) preciso que o indivduo esteja capacitado a pagar por esse bem; A demanda um fluxo por unidade de tempo. 9 10. Lei geral da demanda A quantidade demandada de um bem ou servio, em qualquer perodo de tempo, varia inversamente ao seu preo, pressupondo-se que tudo o mais que possa afetar a demanda especialmente a renda, o gosto e preferncia do consumidor, o preo dos bens relacionados e as expectativas quanto renda, preos e disponibilidades permanea o mesmo. (Passos e Nogami, 2012) 10 11. Curva de demanda 11 Imagem internet 12. Excees lei da demanda Bens de Giffen. Ex.: batata; Bens de Veblen ou bens Suprfluos. Ex.: Joias, carros importados. 12 13. ELEMENTOS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA DO CONSUMIDOR 13 14. Preo do bem Quanto maior for o preo de um bem, menor dever ser a quantidade que o consumidor desejar adquirir desse bem; Inversamente, quanto menor for o preo, maior dever ser a quantidade que o consumidor desejar adquirir desse bem; 14 15. A renda do consumidor Regra geral: uma elevao na renda est associada a uma elevao nas quantidades compradas bens normais. Excees: Bens inferiores: demanda varia inversamente s variaes ocorridas na renda, dentro de uma certa faixa. Ex.: margarina Bens de consumo saciado: so aqueles em relao aos quais a demanda do consumidor est totalmente satisfeito aps um determinado nvel de renda. Ex.: arroz, farinha. 15 16. A preferncia do consumidor A demanda de um determinado bem (ou servio) depende dos hbitos e preferncias do consumidor; Tais como idade, sexo, tradies culturais, religio e at educao. 16 17. O preo dos bens relacionados Bens complementares Bens substitutos 17 18. Demanda de mercado A demanda tambm depende do tamanho da populao; A escala de demanda de mercado dada pela soma das quantidades demandadas por todos os consumidores. 18 19. Curva de demanda de mercado 19 Imagem da internet 20. ANLISE DA OFERTA 20 21. Conceito de oferta individual Define-se por oferta individual de um determinado bem (ou servio) a quantidade desse bem que um nico produtor deseja vender no mercado, por unidade de tempo. (Passos e Nogami, 2012) 21 22. Dois elementos devem ser destacados nessa definio... A oferta uma aspirao, um desejo, e no a realizao do desejo. A oferta, da mesma forma que a demanda, um fluxo por unidade de tempo; 22 23. Lei geral da oferta A oferta de uma produto ou servio qualquer, em determinado perodo de tempo, varia na razo direta da variao de preos desse produto ou servio, a partir de um nvel de preo tal que seja suficiente para fazer face ao custo de produo do mesmo at o limite superior de pleno emprego dos fatores de produo, quando se tornar constante, ainda que os preos em referncia possam continuar oscilando, mantidas constantes as demais condies. (Passos e Nogami, 2012) 23 24. Escala de oferta individual A escala de oferta individual de um produtor individual mostra quantidade mxima de um determinado bem ou servio que esse produtor estar disposto a oferecer a diferentes preos possveis, coeteris paribus. 24 25. A curva de oferta individual 25Imagem da internet 26. ELEMENTOS QUE DETERMINAM A OFERTA 26 27. A oferta e o preo do bem Normalmente, podemos esperar a existncia de uma relao direta entre a quantidade ofertada e o preo A relao entre quantidade e preo dever apresentar um limite mnimo dado pelo custo de produo e um limite mximo, dado pelo pleno emprego dos fatores de produo. 27 28. A oferta e os preos dos fatores de produo A quantidade de um determinado bem que um produtor individual deseja oferecer no mercado depende dos preos dos fatores de produo. Os preos pagos pela utilizao dos fatores de produo, juntamente com a tecnologia empregada, determinam o custo de produo. 28 29. A oferta e a tecnologia O estado atual da tecnologia custos de produo; Avanos tecnolgicos volume maior de produo; a custos menores aumentaro a lucratividade da empresa produtora do bem cujo processo foi beneficiado pela evoluo tecnolgica. 29 30. A oferta e o preo de outros bens Bens substitutos na produo: bens produzidos com aproximadamente os mesmos recursos. Ex.: o milho e a soja. Bens complementares na produo: apresentam alterao na produo em virtude da variao de preo de outro bem. Ex.: carne e couro 30 31. A oferta e as expectativas O produtor, na sua deciso de produo atual, tambm leva em considerao as alteraes esperadas de preos. Ex.: se um criador de gado acredita que haver um aumento no preo da carne no futuro, provvel que retenha o fornecimento atual de gado para o abate, a fim aproveitar preos mais altos posteriormente. 31 32. A oferta e as condies climticas Relativamente a alguns produtos, especialmente os agrcolas, as condies climticas exercem grande influncia. Ex.: uma fazenda na qual se produza caf poder sofrer uma grande reduo na produo desse bem caso ocorra uma geada. Se isso acontecer, a oferta de caf por parte desse produtor dever diminuir. 32 33. Oferta de mercado A oferta de mercado determinada pela soma horizontal das quantidades ofertadas pelos produtores individuais a cada preo. A oferta total depende do nmero de produtores existentes no mercado. 33 34. Escala de oferta de mercado Preo ($/camisa) Quantidade ofertada (camisas/ms) Produtor A Produtor B Produtor C Mercado (A+B+C) 100,00 400 600 400 1.400 80,00 300 500 300 1.100 60,00 200 400 200 800 40,00 100 300 100 500 34 35. Equilbrio de mercado Um preo que faz que a quantidade demandada seja igual a quantidade ofertada chamado de Preo de Equilbrio ou Preo de Mercado; a quantidade correspondente chamada Quantidade de equilbrio; Esse preo emerge espontaneamente em um mercado competitivo, em que a oferta e a demanda se confrontam; 35 36. Equilbrio de mercado 36Imagem da internet 37. Elasticidade a alterao percentual em uma varivel, dada uma variao percentual em outra, coeteris paribus; sinnimo de sensibilidade, resposta, reao ou impacto de uma varivel, em face de mudanas em outras variveis. 37 38. 4 tipos de elasticidade I - elasticidade-preo da demanda; II elasticidade-renda; III elasticidade-preo cruzada da demanda; IV elasticidade-preo da oferta. 38 39. Elasticidade-preo da demanda Uma alta elasticidade-preo implica numa grande resposta da quantidade demandada s variaes no preo (bens elsticos). Ex.: Bens suprfluos e se h muitos bens substitutos; Uma baixa elasticidade-preo significa uma pequena resposta da quantidade demandada s variaes de preo (bens inelsticos). Ex.: Se o bem for essencial ou necessrio e se existem poucos substitutos; 39 40. Elasticidade-renda da demanda Mede como a quantidade demandada varia quando a renda dos consumidores varia; Os bens normais tem elasticidade-renda positiva; Os bens inferiores tem elasticidade-renda negativa; Bens e servios necessrios tendem a ser inelsticos quanto renda; Bens e servios suprfluos tendem a ser elsticos quanto renda. 40 41. Elasticidade-preo cruzada da demanda a variao percentual da quantidade demanda do bem A, dada uma variao percentual no preo do bem B, coeteris paribus; A elasticidade-preo cruzada pode ser negativa ou positiva; Quando ela positiva, os bens A e B so substitutos; Quando ela negativa, os bens A e B so complementares. Ex. sapatos e meias ou impressa e cartucho. 41 42. Elasticidade-preo da oferta sempre positiva; A oferta elstica quando a quantidade ofertada do bem reage substancialmente a uma variao em seu preo; A oferta inelstica se a quantidade ofertada do bem reage pouco a uma variao em seus preos; Na maioria dos mercados, um determinante chave da elasticidade da oferta perodo de tempo considerado; No longo prazo, a quantidade ofertada pode alterar-se substancialmente em resposta s variaes no preo. 42 43. ESTRUTURAS DE MERCADO 43 44. Mercado o conjunto de pontos de contato (ou o evento de reunir ou colocar juntos) entre vendedores de um bem (produto final ou insumo) ou prestadores de servio e os potenciais compradores desse bem ou os usurios de tal servio, de modo a serem estabelecidas as condies contratuais de venda e compra ou da prestao e uso do servio, bem como concretizados os negcios resultantes do acordo. (Vasconcelos, Pinho, Gremaud et al., 2006) 44 45. Principais estruturas de mercado Concorrncia perfeita; Monoplio; Oligoplio; Concorrncia monopolstica; 45 46. Concorrncia perfeita Grande nmero de empresas produtoras; Semelhanas nos produtos vendidos (padronizao/mercado homogneo); No existem barreiras a entrada ou sada; As empresas so tomadoras de preo; Mercado transparente. No facilmente encontrado no mundo real Ex.: mercado de produtos agrcolas 46 47. Monoplio Existe apenas uma empresa no mercado, dominando completamente a oferta do setor; No existem produtos substitutos; Existem barreiras entrada; Poder de mercado. O monopolista tem capacidade de influir nos preos e no abastecimento do mercado; 47 48. Oligoplio Existem poucos grandes vendedores; A empresa oligopolista pode tanto produzir produtos padronizados como produtos diferenciados; H controle sobre o preo. Formao de cartel; A essncia do comportamento oligopolstico que cada firma sabe que uma mudana em seu comportamento ter efeitos perceptveis nas vendas e lucros dos seus concorrentes. 48 49. Concorrncia monopolstica Muitas empresas concorrendo pelos mesmos consumidores; H diferenciao de produtos, com cada empresa oferecendo um produto ligeiramente diferente dos demais; H livre entrada e sada do mercado; H certo controle de preo, dependendo da diferenciao do produto. 49 50. Referncias FONTES, R.; RIBEIRO, H.; AMORIM, A.; SANTOS, G. Economia. Um enfoque bsico e simplificado. So Paulo: Atlas, 2010. PASSOS, C. R. M.; NOGAMI, O. Princpios de Economia. 6.ed. Ver. So Paulo: Cengage Learning, 2012; VASCONCELLOS, M. A. S.; PINHO, D. B.; GREMAUD. A. P. Manual de introduo economia. So Paulo: Saraiva, 2006. 50