aula geologia do petroleo campos

89
GEOLGIA DO PETRÓLEO (Conceitos fundamentais para um sistema petrolífero) Prof. Victor Hugo Santos LENEP / UENF

Upload: gilson-nascimento

Post on 03-Jul-2015

1.387 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

GEOLGIA DO PETRÓLEO

(Conceitos fundamentais para um sistema petrolífero)

Prof. Victor Hugo Santos

LENEP / UENF

Page 2: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

1 - O QUE É GEOLOGIA DE PETRÓLEO?

2- ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES

3 – ESTRUTURAS SEDIMENATRES VS SISTEMAS DEPOSICIONAIS

4 - CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE

PETRÓLEO

1ª) Rocha Geradora

2ª) Rocha Reservatório

3ª) Rocha Selante (capeadora)

4ª) Armadilha (trap)

5ª) Migração

6ª) Sincronismo (timing)

ELEMENTOS DE GEOLGIA DE PETRÓLEO

(Conceitos fundamentais para um sistema petrolífero)

Page 3: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

GEOLOGIA DO PETRÓLEO

• É a ciência que explica o porque da ocorrência do hidrocarboneto em

determinada localidade.

• A linha temática "Geologia do Petróleo" oferece ao aluno a oportunidade de

desenvolver projetos voltados para a exploração e desenvolvimento E&P.

• Estimula a prática da integração de dados de superfície e sub-superfície.

• Inclui estudos sedimentológicos, estratigráficos, de geologia estrutural

(tectônicos), geoestatística, petrologia sedimentar, bioestratigrafia e

paleoecologia.

Page 4: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Sedimentação e Estratigrafia

Formação de Bacias;

Tectônica e sedimentação;

Traps estruturais para acumulações petrolíferas

Localizar principais Armadilhas, condutos, em um campo petrolífero;

Feições estruturais de bacias brasileiras intracontinentais e marginais;

IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS DA

GEOLOGIA DO PETRÓLEO NO SISTAMA PETROLÍFERO

Page 5: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES

• BACIAS SEDIMENTARES As bacias sedimentares (indispensáveis

para o processo de formação do petróleo) são depressões na crosta

terrestre, para onde são carreados e acumulados os detritos

(sedimentos) de rochas mais antigas, substâncias químicas e

matéria orgânica, de origem animal e vegetal.

• Vinculada aos processos termodinâmicos relacionados com

movimentação das placas tectônicas.

• Bacias Sedimentares são o produto da compensação

(subsidência/soerguimento) de situações de desequilíbrio

(mecânicas/termais) na distribuição de massa na litosfera.

Page 6: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

• Petróleo só pode ser encontrado em condições bem específicas de formação, em

Bacias Sedimentares. Abaixo mapa mundial de Bacias Sedimentares:

DISTRIBUIÇÃO DO PETRÓLEO: ESPAÇO E TEMPO

Fonte: http://www.glossary.oilfield.slb.com/DisplayImage.cfm?ID=15

Bacias Onshore

Bacias Offshore

Page 7: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

GEOLOGIA ESTRUTURAL

IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS

Formação de Bacias – Tipos - Gênese

Page 8: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

1.Placa Africana

2.Placa da Antártida

3.Placa Australiana

4.Placa Euroasiática

5.Placa do Pacífico (rodeada pelo

Círculo de Fogo do Pacífico)

6.Placa Norte-americana

7.Placa Sul-americana

TECTÔNICA DE PLACASUma placa tectônica é uma porção de litosfera

limitada por zonas de convergência e/ou zonas

de subducção. Atualmente, a Terra tem sete

placas tectônicas principais e 16 sub-placas de

menores dimensões.

Placas menores

1.Placa da Anatólia

2.Placa Arábica

3.Placa Caribeana

4.Placa da Carolina

5.Placa de Cocos

6.Placa Helénica

7.Placa Indiana

8.Placa Indo-australiana

9.Placa Iraniana

10.Placa Juan de Fuca

11.Placa de Nazca

12.Placa das Filipinas

13.Placa da Somália

14.Placa de Scotia

15.Placa de Sunda

16.Placa de Tonga

Page 9: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Tectônica de placas - DINÂMICA DA TERRA

Page 10: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Exemplos de composição média de rochas ígneas consolidadas a partir

de magmas graníticos andesíticos e basálticos (valores em % em peso)

Crosta oceânica

Vs

Crosta Continental

Page 11: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

DINÂMICA DA TERRA

Page 12: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

A crosta oceânica (B), mais pesada, se afunda debaixo da crosta continental (A)

mais leve. Este processo provoca o dobramento da crosta continental (1), fusão da

placa gerando magmas (2) que produzem erupções vulcânicas (3). O movimento

relativo de ambas placas da origem a terremotos superficiais e profundos (4).

MOVIMENTOS DE TECTÔNICA DE PLACAS CONVERGENTES

(Zonas de subducção)

Page 13: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

As placas divergentes (A) se separam como conseqüência da ascensão de

material (C) procedente do manto (B), formando nova crosta nas dorsais

oceânicas (D) o rift continentais.

MOVIMENTOS DE TECTÔNICA DE PLACAS DIVERGENTES

(Zonas de Dorsais oceânicas)

Page 14: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Formação de Bacias e a importância da geologia estrutural Um exemplo da plat.

Sulamericana e Africana

Fase Rifte (quebra dos continentes) 130 a 115 milhões de anos

Estágio 1 - Início da quebra do continente, por meio de falhas

geológicas (fraturas com movimento), com freqüentes derrames de

lavas

Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando depressões

que formam profundos lagos. O ambiente com pouco oxigênio

preservou a matéria orgânica nos sedimentos.

Fase transicional -115 e 112 milhões de anos

Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e formação de

um grande golfo com águas muito salinas. Grandes depósitos de sal,

chamados evaporitos, foram formados por precipitação.

Fase Oeanização -112 milhões de anos - Atual

Estágio 4 - Um novo oceano foi gerado, ainda raso e quente, com

grande atividade de organismos (algas, conchas e corais). Início de

geração das rochas do fundo oceânico e os dois novos continentes

se separam progressivamente.

Estágio 5 - Oceano bem desenvolvido e profundo abriga os

sedimentos vindos do continente.

ESTAGIO 1

ESTAGIO 2

ESTAGIO 3

ESTAGIO 4

ESTAGIO 5

http://www.drm.rj.gov.br/item.asp?chave=137

Page 15: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Fase Rifte (quebra dos continentes) 130 a 115 milhões

de anos

Estágio 1 - Início da quebra do continente, por meio de

falhas geológicas (fraturas com movimento), com

freqüentes derrames de lavas

Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando

depressões que formam profundos lagos. O ambiente

com pouco oxigênio preservou a matéria orgânica nos

sedimentos.

Fase transicional -115 e 112 milhões de anos

Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e

formação de um grande golfo com águas muito

salinas. Grandes depósitos de sal, chamados

evaporitos, foram formados por precipitação.

Fase Margem passiva -112 milhões de anos - Atual

Estágio 4 - Um novo oceano foi gerado, ainda raso e

quente, com grande atividade de organismos (algas,

conchas e corais). Início de geração das rochas do

fundo oceânico e os dois novos continentes se

separam progressivamente.

Estágio 5 - Oceano bem desenvolvido e profundo

abriga os sedimentos vindos do continente.

FASE PASSIVA

Tectônica e sedimentação

FASE RIFT

FASE TRANSICIONAL

Page 16: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Traps estruturais para acumulações petrolíferas

Localizar principais Armadilhas, condutos etc, em um campo petrolífero;

IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS DA GEOLOGIA ESTRUTURAL

In: Structural style nad the habitat of hydrocarbons in the North sea

Stewart et al., 1992

Page 17: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Principais processos que contribuem para a formação dos grupos mais

importantes de rochas sedimentares e o ciclo sedimentar.

Page 18: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Tabela 3.1: Tabela de classificação dos principais ambientes deposicionais com os sistemas e subsistemas correspondentes. (modificado por Galloway & Hobday, 1983).

Ambiente deposicional

Sistema deposicional Subsistema deposicional

Leques aluviais

Rios entrelaçados Fluvial

Rios meandrantes

Desértico

Lacustre

Continental

Glacial

Planície deltaica

Frente deltaica Deltaico

Prodelta

Praial

Estuarino ou lagunar

Transicional

De planície de maré

Plataforma continental Nerítico

Recifes orgânicos

Talude continental Marinho

Oceânico Fundo oceânico

Classificação dos ambientes típicos das rochas geradoras,

reservatório e selantes do sistema petrolífero

www.uc.pt/fossil/pags/sedime.dwt

ESTRUTURAS SEDIMENTARES VS SISTEMAS DEPOSICIONAIS

Page 19: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

ESTRUTURAS SEDIMENTARES

1. Fatores condicionantes do ambiente

de sedimentação

2. Meio de deposição

3. Energia das correntes e ondas

4. Assembléia de estruturas sedimentares

5. Chave para a interpretação ambiental

da rocha que se estuda para

exploração de hidrocarboneto

Page 20: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

ONDE E COMO ESTUDAR AS ESTRUTURAS

SEDIMENTARES?

Afloramentos – Escarpas, pedreiras, barrancos de rios,

cortes de estradas

Testemunhos – longitudinais e transversais

Amostras de mão

Lâminas em microscópio ou Lupa

Page 21: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS
Page 22: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

é o ramo da geologia que estuda as seqüências de camadas de

rochas, buscando determinar os processos e eventos que as

formaram. A estratigrafia inclui dois subcampos, a litoestratigrafia e

bioestratigrafia. A primeira se baseia na análise das propriedades

físicas e químicas das rochas; a segunda, no estudo das evidências

fósseis gravadas nas rochas. A partir das descobertas nessas duas

áreas, criou-se uma escala de tempo geológico, que serve de

referencial temporal não só à geologia como também à paleontologia.

Unidades estratigráficas correspondem à caracterização

hierarquizada de unidades geológicas com base em características

litológicas, físico-químicas e/ou cronológicas

O QUE É ESTRATIGRAFIA

Page 23: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

“Conjunto de estratos que constituem uma unidade, por estar

composto predominantemente por um certo tipo litológico ou de

uma combinação de tipos litológicos, ou por possuir outras características

litológicas importantes em comum, que sirvam para agrupar os estratos”.

É a única unidade litoestratigráfica formais de divisão de uma coluna

estratigráfica completa;

Não há um limite para determinação de uma formação, que pode varias de

métricas e kilométricas;

A Formação como unidade fundamental

Page 24: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Definição de Unidades Formais

“Formações”

Page 25: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Unidades litoestratigráficas de intervalos diferentes

As normais internacionais de nomenclaturas estabelecem a

possibilidade (não obrigação) de poder agrupar as formações em lotes

de dois ou mais, sendo consecutivas, que apresentam litofácies, em

seu conjunto, diferentes de outros possíveis conjuntos;

Sepergrupo Grupo Subgrupo

Formações

Membros

Este termo se aplica a estratos cuja a espessura pode variar desde centímetro a

poucos metros com características litológicas muito peculiares, facilmente

diferenciaveis (ex. níveis carbonosos, capa de óxido de ferro, intercalações

carbonáticas, etc)

Page 26: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Bacia do Espirito Santos

Page 27: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM

CAMPO DE PETRÓLEO

BACIA SEDIMENTAR

1ª) Rocha Geradora

2ª) Rocha Reservatório

3ª) Rocha Selante (capeadora)

4ª) Armadilha (trap)

5ª) Migração

6ª) Sincronismo (timing)

Page 28: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

MATÉRIA ORGÂNICA

•folhelhos, argilitos, calcáreos

Sem Ela não há petróleo!

Principais parâmetros p/ classificação: Plantas terrestres

- quantidade de MO (COT)

- qualidade da MO (tipos de MO)

-temperatura Plantas Marinhas

-Maturação (reações bioquímicas e químicas)

QUEROGÊNIO (modificações devido à temperatura e à pressão)

PETRÓLEO OU GÁS

Rocha Geradora

Page 29: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Querogênio é a parte

insolúvel da matéria orgânica

modificada por ações

geológicas. De acordo com o

tempo geológico.

Page 30: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS
Page 31: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Rocha GeradoraObservações importantes para se considerar uma rocha geradora:

Teores médio de MO:

Folhelhos - Iguais ou superiores a 1% de carbono orgânico

Calcários – entre 0,2 e 0,4%

Qualidade da Matéria Orgânica

Amorfa ou Tipo I Subcoloidal, algas microscópicas e bactérias

“MO ADEQUADA PARA A GERAÇÃO DE HC”

Leptinítica ou Tipo II - esporos e polens, cutículas vegetais,algas,

dinoflagelados,acritarcas, etc

Lenhosa - Tipo III - Vitrinita e Inertinita

Temperatura adequada para a geração (maturação adequada)

Page 32: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Tipos de Querogênio

Querogênio tipo I –

correspondendo por sua composição ao

melhor tipo de matéria orgânica para a

geração de hidrocarbonetos líquidos e

gasosos;

Querogênio tipo II – mas aindaadequado à formação de grandes volumes

de hidrocarbonetos;

Querogênio tipo III - compatívela geração de gás, mesmo assim com um

potencial de geração bem inferior aos do

tipo I e II.

Querogênio tipo IV - engloba matériaorgânica oxidada, não possuindo qualquer

potencial de geração de óleo ou gás.

hidrogênio oxigênio

hidrogênio

oxigênio

Page 33: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Matéria orgânica amorfa ou Tipo I

Matéria orgânica sem forma própria, parecendo fragmentos de

esponja. Normalmente é derivada de matéria orgânica

sapropelítica. Quando de sua deposição tem elevado valor de

H/C, normalmente superior a 1,5. Nesta condição, quando

submetida à luz ultra-violeta incidente apresenta intensa

fluorescência variando do amarelo esverdeado ao amarelo

alaranjado;

Rocha Geradora

Page 34: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Quando de sua „deposição tem um valor inicial de H/C ao redor de

1,0 a 1,5. A fluorescência é menos intensa que a amorfa, com

coloração alaranjada, quando submetida à luz ultra-violeta

incidente

Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II

Pólen e espóros

Dinoflagelados

Rocha Geradora

Page 35: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Acritarcas Quitinozoários

Foraminíferos

Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II

Page 36: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Radiolárias

Diatomáceas

silicoflagelados

Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II

Rocha Geradora

Page 37: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Matéria Orgânica Lenhosa ou Tipo III

O grupo da vitrinita se distingue por apresentar ainda algum valor

residual para a relação atômica H/C, podendo gerar

hidrocarbonetos gasosos, enquanto que a inertinita apresenta uma

relação H/C nula, sendo uma matéria orgânica inerte, não gerando

nenhum hidrocarboneto. A vitrinita tem sido utilizada para a medida

da paleotemperatura máxima a que esteve submetida à matéria

orgânica, a exemplo do que se realiza na pesquisa do carvão;

Rocha Geradora

Page 38: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

AL

L

L

H

H

Matéria Orgânica de rochas sedimentares

observadas ao Microscópico

(A) Amorfa ou Tipo I

(H) Herbácea ou Tipo II

(L) Lenhosa ou Tipo III

Rocha Geradora

Page 39: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Rocha GeradoraMaturação da matéria orgânica

A transformação de querogênio em petróleo, conforme já

assinalado, se deve, principalmente a fenômenos termoquímicos;

“Refere-se à paleotemperatura máxima a qual determinada

rocha foi submetida durante sua história geológica”

Rochas imaturas – as condições termoquímica foram

inadequadas à geração de quantidades significativas de petróleo

(metano de origem bioquímica);

Rochas maturas – as condições termoquímicas foram adequadas

à geração de quantidades sustâncias de petróleo;

Rochas senis – a paleotemperatura máxima foi excessiva, tendo

destruido petróleo liquido eventualmente gerado (somente produz

metano);

Page 40: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Rocha GeradoraMétodos para determinar o grau de maturação da matéria orgânica

1. Índice de Alteração Térmica (IAT) – Coloração da matéria

orgânica principalmente pólens e esporos, quanto mais escuros

maior a temp. máxima alcaçada;

Amarelo claro Laranja Marron claro Marron escuro Negro

IMATURA MATURA SENIL

2. Reflectância da vitrinita (Ro%) – O brilho dessas partículas é

proporcional à paleotemperatura máxima a qual fora

submetidas;

(Ro%) < 0,6 topo da zona matura ou limite superior zona imatura

(Ro%) >0,6% e < 1,35% Zona Matura

(Ro%) = 1,35 topo da zona senil

3. PIRÓLISE ROCK-EVAL - cuja interpretação fornece resultados

para se avaliar a qualidade da rocha, se geradora ou não e

sua potencialidade de geração;

Page 41: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS
Page 42: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Rocha GeradoraMétodos para determinar o grau de maturação da matéria orgânica

Temperatura entre 250 a 390º

Page 43: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

ROCHA RESERVATÓRIO

Page 44: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM

CAMPO DE PETRÓLEO

BACIA SEDIMENTAR

1ª) Rocha Geradora

2ª) Rocha Reservatório

3ª) Rocha Selante (capeadora)

4ª) Armadilha (trap)

5ª) Migração

6ª) Sincronismo (timing)

Page 45: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Definição R.Reservatório

Principais tipos de Reservatório

Principais Parâmetros

Diagênese vs Qualidade do Reservatório

ROCHA RESERVATÓRIO

Page 46: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Toda rocha com adequadas características permo-

porosas onde se acumulam os HC após a geração

e a migração.

PODEM SER:

• 59 % ARENÍTICOS

• 40 % CALCARENITOS E DOLOMITOS

• 1 % OUTROS (Rochas Fraturadas)

DEFINIÇÃO DE ROCHA RESERVATÓRIO

Page 47: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Eólicos(melhores)

Fluviais

Turbidíticos

Deltaicos

1) Areníticos

Page 48: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

2) Rochas Carbonáticas• Recifes bioconstituídos/detríticos

• oncolíticos

• fraturados

Page 49: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS
Page 50: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS
Page 51: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Melhores Reservatórios Crabonáticos

• Grain Stone não tem matriz

(Dunhan) não contém lama

• Calcarenitos espáticos

oolíticos

• Ooesparito (Folk)

Page 52: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

3) Outras

• Folhelhos calcíferos

• Ígneas, metamórficas sob condições especiais de fraturas

interconectadas

Ex.: Basalto vesicular fraturado do Campo de Badejo, xisto

fraturado do Campo de Carmópolis e tb CGL)

Page 53: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Porosidade e permeabilidade

A porosidade, representada pela letra grega () – Fí, é definida como a

percentagem (em volume) de vazios de uma rocha. Na maioria dos

reservatórios a porosidade varia de 10 a 20%.

A porosidade absoluta corresponde ao volume total de vazios, enquanto

a porosidade efetiva se refere apenas aos poros conectados entre si.

-de 0 a 5% = Insignificante

-de 5 a 10% = pobre

-de 10 a 15 = regular

-de 15 a 20 = boa

-> 20 = muito boa

Principais Parâmetros

Page 54: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

• Porosidade Primária:

É a que se desenvolve durante a deposição, controlada por:

ambiente deposicional, seleção e natureza das partículas.

• Porosidade Secundária:

Desenvolve-se após a deposição da rocha, controlada por:

compactação, dissolução, cimentação, precipitação, i.e,

pela diagênese e fraturamento.

Page 55: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Porosidade em R. Carbonáticas

É função de:

• Conteúdo fóssil

• Fraturas

• Dissolução,

• Teor de Dolomitização

• Recristalização

• Teor de Argila

• Planos de Acamamento

Page 56: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Porosidades Médias de R. Produtores

• 10 a 35% (para óleo)

• 5 a 35% (para gás)

• Raramente 3% (Reserv. Fraturados da FM Lagoa Feia)

Page 57: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Permeabilidade (k) é a propriedade de transmitir fluidos, onde

normalmente é expressa em Darcy (D) ou milidarcys (md). (1 darcy = 1

x 10-12.m2). A permeabilidade é usada para calcular taxas de fluxo

através da lei de Darcy.

<1md Baixa

1 – 10 Regular

10 – 100 Boa

100 – 1000 Muito boa

> 1000 Excelente

vazão Q é determinada e a viscosidade (µ)

conhecida. Os manômetros fornecem a diferencial de

pressão (∆P). A área (A) e o comprimento (L).

Page 58: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

OS PROCESSOS DIAGENÉTICOS MAIS IMPORTANTES SÃO:

cimentação dissolução

A cimentação quando em pequenas proporções pode serfavorável, uma vez que previne a produção de grãos deareia junto com o óleo. Quando em elevada proporção, acimentação pode obliterar completamente a porosidadeoriginal, reduzindo a permeabilidade a praticamente zero. Cimentos mais comuns em arenitos:

Calcita, o quartzo e as argilas autigênicas (caolinita, ilita emontmorilonita).

Em rochas carbonáticas os efeitos da diagênese são mais

importantes, uma vez que a calcita é menos estável do que o

quartzo.

Page 59: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Diagênese vs Qualidade do R.

A diagênese também pode alterar completamente as característicaspermoporosas originais de uma rocha reservatório.

DIAGÊNESE DE ARENITOS DA FORMAÇÃO PIRAMBÓIA NO CENTRO-

LESTE PAULISTA

Maria Rita CAETANO-CHANG & WU Fu Tai / São Paulo, UNESP, Geociências, v. 22, N. Especial, p. 33-39, 2003

http://jasper.rc.unesp.br/revistageociencias/22_especial/3.PDF#search=%22diag%C3%AAnese%20reservat%C3%B3rio%22

Page 60: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Intensa infiltração mecânica de argila. Observar as finas palhetas de argila

dispostas tangencialmente à superfície dos grãos detríticos. Nicóis cruzados.

Altura da foto: 2,0 mm

Page 61: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM

CAMPO DE PETRÓLEO

BACIA SEDIMENTAR

1ª) Rocha Geradora

2ª) Rocha Reservatório

3ª) Rocha Selante (capeadora)

4ª) Armadilha (trap)

5ª) Migração

6ª) Sincronismo (timing)

Page 62: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Definição de Rocha selante

-Atendidas as condições de geração, migração e reservatório,

- acumulação do petróleo, alguma barreira se interponha no seu caminho.

- baixa permeabilidade.

- plasticidade

- A eficiência selante de um rocha não depende só de sua espessura mas também de sua extensão.

Page 63: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Classes de Rochas Selantes

• Duas Importantes classes de rochas selantes são :

os folhelhos mais comuns

evaporitos (sal) mais eficientes

Mas outros tipos de rochas também podem funcionar como

tal.

Page 64: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Dinâmica da AcumulaçãoExpulso da rocha geradora e fluindo pelos poros das rochas

reservatório, o petróleo tende a chegar à superfície, só não o

fazendo se houver, sobre a rocha porosa, uma camada

impermeável. Esta camada, que pode ser a própria geradora do

petróleo, é de fundamental importância. A ela dá-se o nome de

rocha capeadora.

Page 65: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Ilustração de dois tipos de reservatórios, um associado com uma

estrutura capeadora do tipo convexo (anticlinal) e outro com um

deslocamento linear (falha geológica).

Page 66: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

1000

2000

4000

6000

Fundo do mar

Janela de sal

SAL (selo)

3000

SAL (selo)

Rochas geradoras

Campo A Campo B Campo DCampo C

Pro

f. (

m)

Rochas sedimentares pós-sal

Dinâmica do Sistema Petrolífero do Pré-Sal

Page 67: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

2200

3000

5000

7000

Pro

f. (

m)

Fundo do mar

Topo do sal

SAL (selo)

Reservatório

Rochas geradoras

Rochas sedimentares pós-sal

Campo A Campo B Campo C

Dinâmica do Sistema Petrolífero do Pré-Sal

Page 68: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Folhelho

Page 69: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Folhelho Siltoso

Page 70: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Evaporitos (halita)

Page 71: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Relação: Trapa x R.Selante

Para que seja possível a formação de uma jazida petrolífera, é fundamental que a formação da trapa seja contemporânea ou anteceda a geração e migração do petróleo.

Page 72: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM

CAMPO DE PETRÓLEO

BACIA SEDIMENTAR

1ª) Rocha Geradora

2ª) Rocha Reservatório

3ª) Rocha Selante (capeadora)

4ª) Armadilha (trap)

5ª) Migração

6ª) Sincronismo (timing)

Page 73: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

MARAVILHA

Tipos de Trapas Estruturais

Page 74: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Definição de Trapa• São situações geológicas em que o arranjo espacial de rochas

reservatório e selante possibilita a acumulação de petróleo.

Tipos de Trapas Estruturais:

As trapas estruturais são aquelas cuja geometria é o resultado de atividade tectônica, estando relacionadas a falhas, dobras ou diápiros.

i) Dobras (anticlinais)

ii) Associadas a falhas

iii) Associadas ao Diapirismo

iv) Combinada Falha/Dobra

v) Inconformidade

Tipos de Trapas estratigráficas:

São aquelas resultantes devariações litológicas, podendo serde origem deposicional (ex: recifes,lentes de arenitos, etc).

i) Deposicionais (ou Primárias)

ii) Associadas a Inconformidades

iii) Diagenéticas (ou Secundárias)

MISTAS ou COMBINADAS

Page 75: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Mais exemplos de Trapas Estruturais

Page 76: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Mais exemplos de Trapas Estruturais

Page 77: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM

CAMPO DE PETRÓLEO

BACIA SEDIMENTAR

1ª) Rocha Geradora

2ª) Rocha Reservatório

3ª) Rocha Selante (capeadora)

4ª) Armadilha (trap)

5ª) Migração

6ª) Sincronismo (timing)

Page 78: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Migração

•Migração Primária;

•Migração Secundária;

•Migração Terciária

Page 79: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

O processo de expulsão do petróleo das rochas geradoras,

fator essencial para a formação das acumulações comerciais,

é denominado de migração primária.

Migração Primária

FORMAÇÃO DE HC

PRGRESSIVA COMPRESSÃO

AUMENTO DE PRESSÃO

Formação de microfraturas e o deslocamento

de fases discretas de hidrocarbonetos

GRADIENTE DE PRESSÃO(geradora e camadas adjacentes)

Page 80: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Migração Primária• Ex: Formação La Luna, Bacia de Maracaibo, Venezuela

Page 81: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Migração: esquema

Page 82: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Curiosidades sobre Migração Secundária

• Distâncias horizontais de migração muito longas têm sido

documentadas em algumas bacias. Na Bacia de Alberta,

Canadá, houve migração de óleo de mais de 400 Km.

• Em outros casos, a direção dominante de migração é

vertical, acompanhando falhas ou sistemas de fraturas, tais

como algumas acumulações do Mar do Norte.

Page 83: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS
Page 84: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Migração Terciária

• Migração Terciária

– Formada por rearrumação estrutural (surgimento de novas

falhas) e porosidades criada por diagênese.

Page 85: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM

CAMPO DE PETRÓLEO

BACIA SEDIMENTAR

1ª) Rocha Geradora

2ª) Rocha Reservatório

3ª) Rocha Selante (capeadora)

4ª) Armadilha (trap)

5ª) Migração

6ª) Sincronismo (timing)

Page 86: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Relações Temporais e Considerações Finais

Dentre as condições para a geração de petróleo, destaca-se a

grande importância da sincronia nos eventos que estão

correlacionados. (Timing)

É importante que quando um óleo passe a ser expulso da rocha

geradora ele encontre um reservatório selado para ser

abrigado.

Caso não encontre uma boa armadilha esse óleo pode migrar

até a superfície, caracterizando exsudações.

Caso seja trapeado a uma profundidade grande (o que implica

em alta temperatura), este óleo pode se transformar todo em

gás.

Caso seja trapeado a uma baixa profundidade (o que implica

em baixa temperatura), a matéria orgânica pode não vir a

maturar.

Page 87: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Relações Temporais• Uma das melhores maneiras de se representar a seqüência de

eventos de um sistema petrolífero é através de uma carta de

eventos (The Petroleum System, Magoon & Dow, 1994).

Page 88: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS
Page 89: Aula Geologia Do Petroleo CAMPOS

Geólogo Geólogo é como a Ilha de Caras: a gente sabe que

existe, mas poucos privilegiados conhecem.

Parece que se trata de uma espécie meio

alienígena, que usa um dialeto todo especial.

Conseguem ver, nas pedras, coisas que os demais

mortais nem sonham - isso, antes

de tomar umas cervejas. Depois, então...

São tão bons em inventar histórias que acabam por

acreditar nelas e, com suas mentiras, convencem os

homens do dinheiro a gastar milhões só pra abrir

buracos. O mais incrível

é que acabam achando ouro, petróleo, pedras

preciosas e minérios simplesmente manipulando uns

poucos lápis de cor.

Vivem em bando nos acostamentos das estradas,

batendo em pedras indefesas com martelos

especiais, que só eles sabem onde comprar.

Vivem tirando fotos de pedras e lugares que só eles

podem explicar o que significam.

São pais corujas e maridos desligados.

Geólogos gostam de cozinhar; geólogas, não.

Costumam ser personagens desonestos nos filmes e

novelas, mas isso é pura inveja dos roteiristas.

P.S.: vocês identificaram alguém dentro destas

descrições??