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RECICLE A INFORMAO: PASSE ESTE JORNAL A OUTRO LEITOR

Tiragem Certicada pela

.com/ Jornal VerdadeCaros Leitores.Ajudem-nos a recordar as verdades nas palavras que o nosso primeiro Presidente, Samora Machel, proferia. Diga-nos que frase (ou frases) de Samora marcaram-lhe mais. Escreva-nos para o email averdademz@ gmail.com, por SMS para 82 11 15, no nosso Mural do facebook ou venha escreve-la no Mural do Povo, defronte da nossa sede.

Jornal Gratuito

Sexta-Feira 27 de Janeiro de 2012 Venda Proibida Edio N 170 Ano 4 Director: Erik Charas

Depois da tempestade, mais uma vez, no veio a bonanaFoto: Antnio Zefanias

CIDADO REPORTERReporte @Verdade

MURAL DO POVO - Carta aberta ao Sr. David Simango

Caro presidente do municpio: ser que o senhor nasceu em Maputo? Ser que o senhor vive em Maputo? Ser que o edil desta urbe consegue orgulhar-se dela? Eu nasci em Loureno Marques e moro em Maputo. E esta cidade faz-me pensar em um lugar desgovernado, abandonado, sem ningum que se ocupe minimamente de seja o que for. Ser que o senhor pago para ser edil ou faz isso benevolamente? A Frelimo j habituou o povo moambicano a colocar nos postos-chave da nossa sociedade, pessoas sem nenhuma competncia para o cargo. Mas essas tm o direito de demitir-se quando constatam que no so capazes. O maputense est farto dos seus buracos, da sua marginal degradada, das suas barreiras-ninho de bandidagem, do seu mercado estrela, dos seus passeios cheios de viaturas, a ausncia de sanitrios pblicos, de obras inacabadas, do lixo que no acaba, enm, estamos cansados!!! At do seu cinismo, do seu sorriso, dos seus culos de sol durante as entrevistas (voc aprendeu com o

MC Roger?). quanto tempo ainda vamos ter que suportar isto? Brincadeira tem hora... incompetncia tem limites!!! Caros muncipes, reitam um pouco! Caro Sr. David Simango, deixe Maputo voltar a ser a cidade que foi para o bem-estar de quem vive aqui e para o prazer dos olhos de quem a visita. Maputo - J. de Aquino

electricar a parte que falta onde ja residimos. A resposta foi: Vem ai o "projecto" e nunca se fez ao menos para um levantamento, o que estaria por detras disto? O que assistimos e que o Municipio acaba por manifestar o seu interesse pessoal onde e sujeito a pagar postes, cabos, e altos valores de contratos! Pelo que apelamos a intervencao de quem de e direito.

MURAL DO POVO - Mau servico EDM

MURAL DO POVO - paguem melhor salrios

Socorro!!! A EDM presta mal os seus servicos. Somos moradores do quarteirao "15" do Bairro Nkobe, Municipio da Matola. Desde que nos parcelaram na era do saudoso Tembe e a EDM deu inicio a um projecto de electricacao onde montou um P.T., poste, cabos, em 2004, isto numa area que ainda sao terrenos reservados aos trabalhadores da Presidencia. Deixando parte das residencias nas escuras. De la ate setembro ultimo somam 6 cartas abaixo assinadas conforme manda a lei, que ja metemos a solicitar a continuidade do trabalho de modo a

So chamados seguranas da ptria mas o salrio que ganhamos uma m..., neste pas s h corruptos! Paguem bem aos policias, militares, mdicos, e outros funcionrios do Estado.

MURAL DO POVO - Agente Polcia reclama

Venho por este meio informar que o governo nos escraviza. Ns policias trabalhamos duro, nal do ms ganhamos m..., trabalhamos 24/24, no temos direito a nada, somos escravizados pelo Estado, at quando? Sou da PRM, e estou farto.

MURO DA VERDADE - Av. Mrtires da Machava, 905Publicidade

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27 Janeiro 2012MaputoSexta 27 Mxima 26C Mnima 25C Sbado 28 Mxima 26C Mnima 24C Domingo 29 Mxima 27C Mnima 24C Segunda 30 Mxima 27C Mnima 26C Tera 31 Mxima 27C Mnima 25C

Em duas semanas duas tempestades e 25 mortosAs chuvas e os ventos fortes que tm fustigado, nas ltimas duas semanas, por inuncia da passagem das tempestades tropicais Dando, a sul, e Funso, na zona centro e extremo sul do pas, j vitimaram mortalmente 25 pessoas, incluindo crianas. Estes dados foram divulgados na vspera do fecho da edio do @Verdade. Porm, tudo indica que o nmero de vtimas ainda ir crescer.Texto: Redaco/Rdio Moambique/AIM Foto: Tiago Porfrio

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NACIONALpor

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Os dados foram revelados, nesta tera feira, pelo Conselho Tcnico de Gesto de Calamidades, em Maputo. A provncia da Zambzia figura como a mais afectada do pas. No sul de Moambique, em Gaza, mais de 700 casas foram destrudas pela tempestade tropical Dando. Outras 5393 ficaram parcialmente danificadas. 1400 pessoas, em situao de emergncia, foram abrigadas no centro de acolhimento de Chkw

ne e Matutune. No distrito de Boane as autoridades estavam em alerta e a monitorar o caudal do rio Umbelzi, que j havia originado o desabamento do tabuleiro de uma ponte sobre o rio. Entretanto o distrito est com problemas de abastecimento de gua potvel devido ao rompimento da conduta que transporta o precioso lquido para a regio. Nos ltimos dias o abastecimento de gua potvel tem sido garantido por oito carros tanques que o governo local possui. No distrito de Magude as populaes estavam a deixar o centro de acolhimento de emergncia devido descida do nvel das guas nas suas zonas de residncia. Pelo menos 700 hectares de culturas diversas esto submersos, e dados como perdidos, no distrito da Moamba. Segundo a administradora do distrito, o sistema de abastecimento de gua potvel tambm foi afectado pelas inundaes da semana finda, e as motobombas ficaram submersas o que impossibilita o bombeamento de gua potvel. Uma via de acesso ao distrito continua submersa assim como a ponte que liga o distrito atravs da barragem de Corumana. Entretanto, espera-se para breve o retorno normalidade pois a chuva parou e o caudal do rio est a baixar.

mento da EN1, impossibilitando a ligao entre a provncia de Maputo e as restantes provncias de Moambique.

Inicia retirada coerciva das zonas de riscoAs populaes que vivem nas zonas de risco de inundaes ao longo do Vale do Limpopo, na provncia de Gaza, sul de Moambique, comearam a ser retiradas coercivamente. A operao iniciou no ltimo domingo (22) e decorre nos distritos de Guij e Chkw. A medida visa fundamentalmente evitar a perda de vidas humanas devido s inundaes decorrentes das descargas da barragem de Massingir, que nesta altura afectam, com alguma gravidade, as regies de Macarretane e Chilembene. Nestes locais ainda h pessoas que se recusam a abandonar as suas casas, alegadamente por temerem que larpios retirem os seus bens. Segundo o delegado do Instituto de Gesto de calamidades (INGC), na provncia de Gaza, Manuel Machaieie, nos ltimos dias, j foram evacuadas coercivamente mais de 100 famlias. A fonte frisou que algumas populaes retiradas das zonas de risco se dirigem s casas que elas possuem nas zonas altas, resultado do trabalho de reassentamento efectuado no ano passado, em zonas seguras. No posto administrativo de Macarretane, o rio invadiu uma srie de campos de cana-de-acar da empresa Agro-Sul, machambas de pequenos e grandes agricultores daquela regio. Enquanto isso, pelo menos trs pessoas estavam desaparecidas no distrito de Guij depois de terem sido arrastadas pelas guas do Rio Limpopo. Trata-se de uma mulher e duas menores que, no ltimo domingo, foram surpreendidas pela corrente de gua quando tentavam atravessar um canal. As vtimas saam da machamba para casa. Machaieie disse que os corpos ainda no foram localizados devido s fortes correntes de gua que se registam na zona do incidente.

Escolas destrudas e estradas cortadas em CuambaNo Niassa no h registos de mortes provocadas pelas chuvas, mas quatro postos administrativos, em igual nmero de distritos, esto isolados das respectivas sedes distritais em consequncia das chuvas que originaram o corte de vias de acesso. No municpio de Cuamba, quinze es-

para quem parte da cidade de Pemba, e provocou um corte na zona de Muepali. A nica via de comunicao terrestre

ao trfego rodovirio, nas proximidades do posto administrativo de Doa, devido acumulao de gua na estrada Mudamba-Mutarara, no quilmetro 100. Outra estrada que tambm estava

Restabelecido Trfego Rodovirio na EN1Entretanto, na passada tera-feira (24) foi restabelecido o trfego rodovirio na Estrada Nacional Nmero Um (EN1), no posto administrativo 3 de Fevereiro, no distrito da Manhia, provncia de Maputo, sul de Moambique. O trnsito havia sido interrompido naquela regio, no passado sbado (21), devido aos danos provocados na EN1, pela fria das guas, resultantes das chuvas torrenciais que afectaram a regio sul de Moambique, bem como as vizinhas Swazilndia e frica do Sul. No sbado, as guas arrastaram consigo um troo de 60 metros de compri-

colas de construo precria ficaram completamente destrudas na sequncia da intensa chuva que tem cado na provncia do Niassa. Segundo a Rdio Moambique, a destruio destes estabelecimentos de ensino deixou ao relento cerca de 2.500 alunos que naquele local estavam abrigados. Para garantir o seu acolhimento foram reactivados os centros de emergncia naquela regio. Agravou-se ainda o estado, habitualmente mau, das estradas que ligam Lichinga a Cuamba e Cuamba a Muetetere. Relativamente campanha agrria, apesar de alguns campos terem ficado parcialmente inundados, at ao momento as culturas ainda so aproveitveis.

para os residentes desses distritos se deslocarem capital da provncia, ou para o resto do pas, a estrada de Bilibiza. Segundo o director provincial de Obras Pblicas, a reparao daquele troo s dever acontecer aps o trmino do perodo de chuvas no pas. Igualmente, est isolada a sede do posto administrativo de Namugilia no distrito de Chiure, a sul de Cabo Delgado, devido ao transbordo das guas de um rio.

intransitvel a R602, no troo Mpende-Mucumbura, no distrito de Mago.

Provncia de Maputo ainda sofre das inundaesAs descargas da barragem dos Pequenos Libombos, na provncia de Maputo, at a manh de quarta-feira colocavam em risco a transitabilidade da via alternativa que liga os distritos de Boa-

Distrito de Mutarara isoladoNa provncia de Tete, na sequncia das enxurradas das ltimas semanas, o distrito de Mutarara estava sem comunicao por via terrestre com o resto da provncia. Segundo o director provincial das Obras Pblicas e Habitao, citado pela Rdio Moambique, o corte verificou-se na regio de Singel, onde as guas do rio Ngoma galgaram a estrada, provocando a eroso da mesma e originando a intransitabilidade em cerca de dois quilmetros da estrada. Ainda segundo a fonte, naquela regio, uma outra estrada estava interrompida

Chuvas interrompem trfego rodovirio em Cabo DelgadoAt ao fecho da nossa edio continuava interrompido o trfego rodovirio na estrada que liga os distritos de Metugi e Quissanga, na provncia nortenha de Cabo Delgado. Segundo a Rdio Moambique, a chuva que tem cado naquela regio aumentou o caudal do rio Montepuez que galgou um troo da estrada de terra batida, um atalho para aqueles distritos

Caro leitor conte-nos como foi afectado, ou a sua famlia pelas chuvas e ventos fortes. Envie-nos um SMS para 821111, tweet para @verdademz ou email: [email protected].

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O Fundo Monetrio Internacional (FMI) alerta para a urgncia de adopo de medidas para tornar o crescimento econmico deMoambique mais inclusivo, o que passa pela priorizao de investimentos em sectores de impacto na reduo da pobreza.

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Quelimane e Maganja debaixo dos escombrosTexto: Redaco/Dirio da Zambzia Foto: Antnio Zefanias

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Um adgio popular reza que depois da tempestade vem a bonana. Porm, em Quelimane e na Maganja da Costa o fim da tempestade s deixa contar os destroos. 12 pessoas morreram e 9500 ficaram sem casas...No distrito da Maganja da Costa nove mil pessoas ficaram desalojadas. A populao total daquele distrito, estimada em 12 mil habitantes, foi literalmente fustigada pela fria das guas. Os nmeros, esses, indicam que apenas trs mil pessoas, a quarta parte da populao local, escapou da fria da tempestade tropical Funso. Em Quelimane, o rosto da provncia da Zambzia, 22 bairros foram gravemente afectados pelas chuvas e ventos fortes que varreram a urbe. Embora os dados em relao aos afectados no sejam precisos, sabe-se que pelo menos 500 pessoas daquele municpio ficaram sem tecto. Efectivamente, na periferia de Quelimane a maior parte das casas construda com base em material precrio e cede sempre que a chuva forte. Joo Alimo, de 73 anos de idade, perdeu tudo. Vive l para os lados de Sococo. Tinha uma casa de material precrio (paus, fios e barro), numa zona onde sempre que chove se formam poas de gua. Nesta idade no se afigura fcil Alimo voltar a erguer a casa. O corpo j no tem foras, diz quem sempre viveu do que a terra d. O ancio vive com a famlia, duas netas e uma bisneta, na zona da Sococo. Alis, morava, porque no lugar onde tinha a casa s ficaram destroos. Porm, encontrou guarida na Escola do Cololo. Aqui, no meio de outros desalojados, Alimo lembra-se com nostalgia da farinha de milho que tinha no seu celeiro. Tudo a chuva levou, diz medida que recorda: no comi nada chefe, estou aqui porque na minha casa caram duas paredes. Questionado sobre o que ter perdido, Alimo no foi capaz de enumerar e nem de quantificar o valor, mas numa coisa foi claro: Perdi tudo, disse. Sorte diferente teve Juleca Andicene. Ou seja, a casa no desabou, mas tornou-se inabitvel. Por isso, mudou-se de armas e bagagens para a escola que fica muito prximo da sua residncia. A gua chegava-nos aqui, diz colocando a mo na cintura. Tal como Alimo, Juleca ainda no meteu nenhum produto no estmago. Hoje ainda no comemos, diz ao mesmo tempo que aponta para o lugar onde pernoita, a sala 7 da Escola de Cololo. Testemunhos repetem-se pelos bairros de Quelimane. Por exemplo, em Manhaua A e B, Nhanhubua A e B e Minkadjune, o cenrio de cortar a respirao. Estes quelimanenses, na sua maioria extremamente pobres, passaram as ltimas noites ao relento e precisam urgentemente de abrigo e comida. Vrias estradas esto intransitveis no municpio, nomeadamente a avenida Paulo Samuel Kankhomba, a estrada que passa pela escola primria de Cololo, as vias de acesso aos bairro de Murrque, Manhaua, Minkadjune e tambm que do acesso zona do Pequeno Brasil assim como o troo que leva ao Mercado das Bananeiras.

Caro leitor na prxima vez que estiver numa situao de emergncia envie-nos um SMS para 821111, tweet para @verdademz ou email: [email protected].

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27 Janeiro 2012BeiraSexta 27 Mxima 31C Mnima 23C Sbado 28 Mxima 30C Mnima 23C Domingo 29 Mxima 30C Mnima 21C Segunda 30 Mxima 29C Mnima 23C Tera 31 Mxima 29C Mnima 24C

NACIONAL NampulaComentepor

Uma nova (esquisita) doutrina de salvaoNa emergente congregao religiosa Misso da Igreja Apostlica em Comunho do Esprito Santo (MIACES) em Nampula, os crentes so submetidos a diversos tipos de torturas fsicas e psicolgicas, supostamente para redimi-los de pecados e garantirem a salvao eterna. Bofetadas, murros, pontaps, acusaes de se estar possudo pelos espritos maus, alm de se despir a roupa, substituram a tradicional orao. Alguns devotos j comearam a ficar agastados com a situao e denunciam aquelas prticas.Texto & Foto: Redaco

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Alguns crentes da MIACES em Nampula que se sentem injustiados queixam-se da sua congregao religiosa, acusando-a de, em lugar de oraes, estar a submet-los a torturas, ameaas, acusaes de possurem espritos maus, alm de lhes despir a roupa durante os cultos diante de crianas e outros devotos com o pretexto de os redimir dos pecados cometidos no dia-a-dia. As torturas que tm sido praticadas desde Setembro ltimo so protagonizadas por um grupo de supostos profetas constitudo por 15 a 20 pessoas, escolhidos por dois pastores, nomeadamente Abacar Ali, de 37 anos de idade, natural do distrito de Monapo, provncia de Nampula, e Crisanto Aleixo Bulassi, de 45 anos de idade, de Mueda, Cabo Delgado.

assistir a algumas coisas estranhas perpetradas pelo pastor distrital. Os pastores diziam sempre que os crentes eram pecadores e que deviam confessar todos os seus pecados, desde a nascena at aos dias de hoje, diz e acrescenta que, ao invs de confessar os pecados, so interrogados sobre a sua vida pessoal. Fui agredido e quase perdi os sentidos, por duas vezes, por tais profetas, conta. Antnio conta ainda que, depois da confisso, todo aquele que tiver uma ideia contrria levado para o distrito de Monapo, onde se localiza a sede provincial, para ser submetido a sesses de pancadaria e outras torturas psicolgicas. Feliciano Gabriel Joaquim, evangelista e crente h 16 anos, acusa a igreja de lhe ter torturado violentamente, alegadamente porque se recusara a confessar os seus pecados cometidos desde o nascimento at aquela data. Espancaram-me, rasgaram o meu vesturio e empurram-me para fora da igreja, diz e acrescenta ter-lhe sido dito pelos pastores e profetas que

Deus decretou a sua morte, esperando-se alguns dias para isso acontecer. Jorge Alfredo Pacuneta, de 22 anos de idade, maestro dos jovens, a frequentar a igreja h quatro anos, conta que o grupo de profetas lhe partiu o antebrao quando tentava proteger-se das agresses. Num domingo, dia de culto, quando fui igreja para rezar, fui surpreendido por aquele grupo e acusaram-me de ser pecador, levaram-me, fizeram-me girar, deram-me bofetadas, socos e rasgaram a minha camisa e as calas. Alis, estou com o brao assim porque o torceram, mas no fui ao hospital por ter f em Deus mas continua a doer-me, afirma, acrescentando que ficou com dores durante sete dias, e ter abandonado a igreja provisoriamente por medo de ser agredido novamente. Mena Chale comeou a frequentar aquela congregao religiosa em 2004. Assistiu evoluo da igreja e, presentemente, faz parte do grupo de profetas. Quando cheguei igreja provincial para ser ordenada profeta, disse que no

Histrias de quem foi espancadoSelemane Antnio, nascido em 1972, crente da MIACES desde 1996, ano da fundao da igreja, e um dos membros que ajudou a construir as instalaes da congregao. Antnio afirma que depois de a igreja ser construda, comeou-se a

tinha capacidade de ter vises. Na verdade, neguei porque descobri os princpios do mal para os quais estavam a ser levadas as pessoas , conta. Lcia da Silva, me de oito filhos, crente desde 2000, e ocupa a funo de secretria dos jovens. Ela conta que todos os domingos na igreja era acusada pelos profetas e pastores de ser desobediente e que os seus descendentes so ladres, da que devia jejuar todos os dias. Como forma de ser perdoada, Lcia devia dormir diariamente na igreja e ficar quase sem comer, o que se tornava difcil, uma vez que se encontrava a amamentar uma criana menor de cinco meses. Os profetas obrigavam-me a no comer para obter a salvao eterna. Batiam-me violentamente e faziam-me girar at ficar tonta, conta. Um mau ambiente instalou-se entre os pastores, profetas e crentes na Misso Igreja Apostlica Comunho em Esprito Santo em Nampula. Os devotos querem que o perdo dos pecados no seja feito por via de agresses. Genita

Mrio uma das mulheres que mais torturas sofreu naquela igreja. Alm de agresses fsicas, tiraram-lhe a roupa, tendo ficado somente com as vestes interiores durante um dos cultos dominicais.

suas viaturas, uma das quais os crentes exigem supostamente por ter sido comprado com o resultado das contribuies dos irmos da igreja.

E o pastor fundador?O pastor fundador da Misso da Igreja Apostlica em Comunho do Esprito Santo (MIACES), Paulo Quembo, reside na cidade de Chimoio, provncia de Manica. Em contacto telefnico, disse que no tinha nenhum conhecimento sobre o caso de encerramento de igrejas e, muito menos, das agresses fsicas como meio de perdo dos pecados cometidos por crentes da sua igreja na provncia de Nampula. Em nenhuma passagem da Bblia se diz que os crentes ou pecadores devem ser agredidos, que lhes tirem a roupa, e muito menos que sejam expulsos. O que fazem isso precisam de ser investigados, disse. Quembo afirma que quando se detecta um crente com um problema espiritual levado diante de outros crentes para um aconselhamento e depois fazem-se oraes.

O que dizem os pastoresA nossa reportagem foi ao encontro dos dois pastores da Misso da Igreja Apostlica em Comunho do Esprito Santo. Abacar Ali nega as acusaes. No temos nenhum problema, mas o que sei que h desentendimento entre as partes, porque a direco quer construir naquele espao uma escola comunitria que ser financiada por alguns parceiros da igreja, diz. Quando tentmos insistir para percebermos o que est a acontecer, nomeadamente as agresses corporais para o perdo dos pecados, o pastor distrital no admitiu mais conversa, tendo-nos expulsado da sua residncia. Em relao ao pastor Crisanto Aleixo Bulassi, foi impossvel falar com ele, pois encontrava-se a resolver problemas das

esteja em cima de todos os acontecimentos seguindo-nos em twitter.com/verdademz

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O Millenium Chalenge Acount - Moambique garante que as obras em curso na barragem de Nacala, provncia de Nampula, norte de Moambique, devero ficar concludas at o segundo semestre de 2013. Aps a concluso, aquela infra-estrutura ter a capacidade de armazenamento triplicada.

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Livro de Reclamaes dVerdadeO acto de apresentar as suas inquietaes no Livro de Reclamaes constitui uma forma de participao dos cidados na defesa dos seus direitos de cidadania. Em Moambique, assistimos de forma abusiva recusa ou omisso, em muitos estabelecimentos comerciais e em instituies pblicas, da apresentao do LIVRO DE RECLAMAES aos clientes, mesmo quando solicitado. Na ausncia de uma autoridade fiscalizadora dos Direitos dos consumidores, tommos a iniciativa de abrir um espao para onde o povo possa enviar as suas preocupaes e ns, o jornal @Verdade, tommos a responsabilidade de acompanhar devidamente o tratamento que dado s mesmas.

ReclamaoDepois do mau tempo que se fez sentir na semana passada, o quarteiro 85 do bairro Khongolote, no municpio da Matola, ficou s escuras. Isto deveu-se ao corte de cabos de transporte de energia. Como resultado, a maior parte dos contadores Credelec e electrodomsticos ficou danificada. Contactmos a EDM, e esta disse que os electrodomsticos ficaram danificados devido s oscilaes da corrente elctrica. No sei porque que a EDM no resolve este problema, que j tem barba branca. Casos deste gnero remontam a vrios anos. Ajudem-nos.Contactada, a empresa Electricidade de Moambique (EDM), atravs do seu porta-voz, Celestino Sitoe, assumiu que a linha do bairro Khongolote no est em boas condies. Segundo o nosso interlocutor, esforos esto a ser feitos no sentido de se substituir os actuais postes e cabos, por estes serem antigos. Neste momento a prioridade , de acordo com o referido porta-voz, expandir a rede, o que d a impresso de que a empresa no est interessada em responder s preocupaes dos consumidores alimentados pela linha que se encontra obsoleta. um trabalho complexo. Por exemplo, estudos feitos at agora indicam que os custos de reabilitao daquela linha so mais elevados do que os da substituio. A rede ser substituda e no reabilitada, garantiu. Enquanto tal no acontece, Sitoe apela aos consumidores a no manterem os electrodomsticos ligados sempre que fizer mau tempo. Dirijam-se empresa sempre que detectarem qualquer degradao dos cabos ou de outro material, no assistam silenciosamente.

Nota da Redaco: verdade que os clientes so as pessoas mais indicadas para reportar os problemas relacionados com as redes de distribui-

o de energia elctrica pois so os primeiros a sofrerem os danos sempre que se verificam oscilaes ou cortes da corrente como consequncia de tais anomalias.

Mas no menos verdade que, dentro da Electricidade de Moambique existem figuras (que ganham salrios chorudos, bom que se diga) criadas para responder por

esta rea, denominados Supervisores de Linha (?), que, ao invs de se fazerem ao terreno, contentam-se com os relatrios que so enviados pelos seus subordinados.

O povo j faz muito, necessrio que a EDM crie mecanismos (se que ainda no o fez) ou faa funcionar os j existentes de forma a detectar essas anomalias a tempo de as sanar.

As reclamaes apresentadas neste espao so publicadas sem edio prvia, e da exclusiva responsabilidade dos seus autores. O Jornal @VERDADE no controla ou gere as informaes, produtos ou servios dos contedos fornecidos por terceiros, logo no pode ser responsabilizado por erros de qualquer natureza, ou dados incorrectos, provenientes dos leitores, incluindo as suas polticas e prticas de privacidade.

Escreva a sua Reclamao de forma legvel, concisa e objectiva, descrevendo com pormenor os factos. Envie: por carta Av. Mrtires da Machava 905 - Maputo; por Email [email protected]; por mensagem de texto SMS para os nmeros 8415152 ou 821115. A identificao correcta do remetente, assim como das partes envolvidas permitir-nos- que possamos encaminhar melhor o assunto entidade competente.

Populao de Chidzolomondo socorre-se de farelo, mangas e tubrculos para sobreviverTexto: Redaco/Dirio de Moambique Foto: Arquivo

da est por vir, porque as mangas esto a acabar e o farelo tem sido disputado por muitos. O cidado Mavute Linguissone considerou que as mangas esto a ajudar muito as pessoas. Quando acabarem vamos sofrer muito aqui no distrito, observou o nosso entrevistado, para quem a fome poder atingir mais regies, porque os elefantes esto a agravar a situao de escassez de alimentos, destruindo celeiros. A cidad Lavonessi Stonad confirmou que as mulheres j carregam consigo farelo para moer por falta de milho e outros cereais, tais como a mapira. Esta fome est apertar-nos muito e no sabemos como que faremos daqui para diante, afirmou. Domingas Baslio queixou-se igualmente da fome. Disse no saber como que vai alimentar os seus filhos. Explicou que foi a escassez de chuvas, resultando da a fraca produo agrcola. Os interlocutores pedem, no entanto, sementes para poder lan-las terra, j que as chuvas comearam a cair na regio de Chidzolomondo, depois de terem comido o que tinham guardado por falta de alimentos.

O chefe do posto administrativo de Chidzolomondo, Armando Martinho Malua, confirmou que a seca e os elefantes so a causa principal da fome. Os camponeses no aproveitaram quase nada da campanha passada, pois as chuvas no caram com regularidade e, como se isso no bastasse, os elefantes destruram as culturas, tanto nas machambas como nos celeiros, relatou. Segundo ele, o farelo, as mangas e tubrculos esto a ajudar sobremaneira os habitantes de Chidzolomondo, justificando que, se no fosse isso, a situao seria mais grave. Acrescentou que os camponeses ficaram todo o ms de Dezembro, at quase meados de Janeiro, sem chuva, facto que pode comprometer a campanha agrcola deste ano.

anotou o lder do terceiro escalo, que se identificou por Daniel Jossias. Quando a gua da Escola Secundria fecha, ficamos sem gua, por isso temos problemas srios. Aquele cidado disse que a energia elctrica faz muita falta naquele posto administrativo, tendo em conta que o nmero de habitantes tende sempre a subir anualmente. Sobre a corrente elctrica que os habitantes solicitam, o nosso entrevistado disse que de facto a sede do posto administrativo no possui candeeiros de iluminao pblica. Porm, a fonte garantiu que, num futuro breve, as pessoas desfrutaro da energia no posto administrativo de Chidzolomondo, atravs de cabo, para a sede do distrito de Macanga e outras regies. S passam cabos por cima das pessoas para a sede do distrito de Macanga. S vemos os fios por cima das nossas cabeas, mas sem iluminao aqui, lamentou Airosse. A falta de gua potvel foi confirmada pelo chefe do posto administrativo de Chidzolomondo, explicando que existem 75 bombas, 15 das quais se encontram inoperacionais devido a uma avaria grossa.

Farelo, mangas e tubrculos esto a servir de alternativa escassez de alimentos no posto administrativo de Chidzolomondo, regio do distrito de Macanga, na provncia de Tete, com 34 630 habitantes. Joo Junta trabalhador duma moageira a escassos metros da Escola Secundria de Chidzolomondo. Ele disse que nos ltimos tempos as pessoas vo moer o farelo misturado com um pouco de milho como forma de aumentar a quantidade da farinha para matar

a fome. Eu estou tambm a passar fome e estou a sentir por aquelas mulheres que trazem o farelo para moer. As mangas tambm esto a servir de alternativa, relatou Junta, antevendo que os prximos tempos sero mais complicados para os habitantes, dado o facto de a chuva ter demorado a cair. Zimbengue Mindion outro cidado entrevistado pela nossa Reportagem. Tambm se queixou da fome e referiu que o pior ain-

gua e energiaOutro problema enfrentado pela populao daquela regio a escassez de gua potvel, sendo que alternativa o rio Chiritse, mesmo reconhecendo que traz consigo consequncias negativas sade humana, pois as pessoas podem contrair diarreias e clera. O mesmo disputado por animais selvagens, da o perigo de as pessoas consumirem a gua, conforme

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ACOMPANHE AS NOTCIAS TODOS OS DIAS EMCABO DELGADO Reconduzidos justia desinformadores de MuituaOs 11 indivduos que, h duas semanas, foram detidos pela Polcia por indcios de serem os desinformadores contra doenas diarreicas, na localidade de Muitua, posto administrativo de Murrebu, distrito de Mecfi, provocando distrbios e vandalismo, recolheram de novo aos calabouos, desta feita por ordens da Procuradoria Provincial da Repblica, depois de terem sido libertos pelo Ministrio Pblico a nvel da cidade de Pemba. Trata-se de residentes daquela aldeia, que dista menos de 25 quilmetros da capital provincial, que em face da ecloso de uma epidemia de diarreias, ainda no confirmada que seja clera, mas que j fez duas vtimas, organizaram-se para vandalizar a casa do secretrio da localidade e o lder tradicional local. A aco levou interveno da Polcia, a partir de Pemba, que foi repor a ordem e tranquilidade, detendo os indiciados, que dois dias depois foram devolvidos liberdade por ordens da Procuradoria da Cidade de Pemba, alegadamente por falta de provas. Soube-se que, depois do seu regresso aldeia, o grupo foi proferir ameaas s autoridades locais, por haverem sido postos em liberdade, justificando que tal era sinal de que o que havia acontecido no configurava nenhum crime. Em Cabo Delgado, e de forma cclica, a ecloso da clera sempre associada a uma hipottica aco de dirigentes, sobretudo de base comunitria e tradicional, que so acusados de trazerem a doena para as respectivas aldeias, uma atitude baseada, normalmente, na descrena dos mesmos com base em lutas intestinas pela direco do poder autctone. /RM.

verdade.co.mzNAMPULA Mais de 24 mil crianas nos centros de acolhimentoreconhecer que a insero no mercado de emprego actualmente complexa. Ainda no contexto da criana em situao difcil, o sector da Aco Social em Nampula tem promovido a educao pr-escolar, nos distritos e centros infantis, de forma a preparar os petizes para o ensino bsico, uma iniciativa no mbito da qual foi assistida j uma mdia de seis mil. Em relao criana de/na rua, problema que no entendimento do nosso entrevistado bastante complexo, principalmente nas cidades de Nampula e Nacala-Porto, o sector criou espao de encontro entre a sua instituio e os petizes, na perspectiva de estabelecimento de uma confiana mtua, com vista a entender as reais causas que os levam rua. /Notcias.

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NIASSA Assaltantes armados ferem trs pessoas em LichingaSeis indivduos munidos duma pistola e armas brancas, entre as quais catanas, feriram gravemente, na noite de Sbado, trs pessoas residentes no bairro 23 de Setembro (vulgarmente conhecido por Changanane) e na Praa dos Heris Moambicanos, em Lichinga, capital provincial do Niassa. As vtimas so Issufo Mustafa (e a sua esposa, no identificada) e Romeu Romo. Os dois homens, por sinal amigos, so vendedores no mercado central de Lichinga, sendo o primeiro residente em Changanane e o segundo na zona da Praa dos Heris Moambicanos. Tanto num caso como noutro, os crimes foram praticados nas respectivas residncias. Interpelado, Domingo, no Hospital Provincial de Lichinga, onde se encontra internado, mas j fora de perigo, Issufo Mustafa, de 35 anos, disse que, do grupo de seis assaltantes, todos mascarados, dois introduziram-se no interior da sua casa, onde com recurso a instrumentos contundentes lhe desferiram golpes em vrias partes do corpo, incluindo na cabea. Para alm de mim, os criminosos feriram tambm a minha esposa. Era cerca da meia-noite de Sbado. Exigiram-me dinheiro, acabei entregando os 1.500 meticais de que dispunha na altura, contou. A esposa, depois de tratada, regressou casa. Mustafa referiu que, depois do assalto, fez um telefonema para o seu amigo Romeu Romo, para dar conta da ocorrncia, longe de saber que os malfeitores iriam justamente a seguir casa deste. /O Planalto.

Pouco mais de 24 mil crianas em situao difcil esto ser atendidas desde Janeiro ltimo nos 14 centros de acolhimento, infantrios e comits comunitrios criados ao nvel da provncia de Nampula. Muitas destas crianas beneficiaram de material escolar, actividades vocacionais, para alm de formao que culminou com o enquadramento de pelo menos 10 no mercado de emprego formal, nomeadamente no processo de ensino e aprendizagem e nos servios municipais. O director provincial da Mulher e Aco Social de Nampula, Loureno Buene, referiu que nos centros de acolhimento onde as crianas so assistidas possvel criar uma linha de formao em que os petizes tm a oportunidade de projectar o seu futuro, apesar de

TETE CRIANA DE RUA: Centro de acolhimento para crianas de/na ruaUm centro destinado acomodao das crianas recolhidas nas diversas ruas dos municpios da cidade de Tete e da vila de Moatize ser edificado no primeiro trimestre do presente ano nos arredores da capital provincial. De acordo com a directora provincial da Mulher e Aco Social, em Tete, Pscoa Sumbana Ferro, o referido centro vai ser edificado pela Arco-ris, uma instituio religiosa. As crianas recolhidas nas ruas e acomodadas no centro a ser edificado vo ser integradas no Ensino Primrio onde vo ter a oportunidade de aprender. Estamos a tratar estes menores de igual modo com outras porque, de facto, ainda so crianas que, apesar de estarem a viver nas ruas da cidade sem cuidados de pessoas adultas, precisam de um bom encaminhamento para o seu futuro melhor e prspero, disse a directora provincial da Mulher e Aco Social em Tete. Pscoa Ferro explicou que o centro projectado vai ter, numa primeira fase, uma capacidade para albergar cerca de 70 crianas, capacidade que com o evoluir dos tempos vai aumentar, facto que vai depender da disponibilidade de mais recursos a serem dispensados por pessoas de boa vontade com o objectivo de proporcionar aos beneficirios outras actividades vocacionais para alm do ensino geral. Para alm das crianas a serem albergadas no centro, a directora provincial da Mulher e Aco Social disse existirem outras que foram integradas em famlias substitutas. No entanto, revelou haver algumas famlias que no lugar de integrarem os menores, sobretudo aqueles com idade para o seu bom enquadramento na sociedade, utilizam-nos como mo-de-obra barata. /Notcias.

SOFALA A pedido da populao: PRM transfere agentes inoperantesTodos os agentes da Polcia da Repblica de Moambique (PRM) afectos ao posto administrativo de Muxngue, no distrito de Chibabava, em Sofala, foram h dias transferidos para outros locais a pedido da populao que os acusa de inoperncia e de alegado envolvimento com os malfeitores. A medida, que abrangeu o respectivo comandante, vem igualmente responder ao descontentamento da populao face alegada soltura de alguns bandidos que se encontravam presos, os quais eram apontados pela populao como sendo os mentores da instabilidade que ali se vive. O chefe da seco de imprensa no Comando Provincial da PRM, Mateus Mazive, confirmou o facto, esclarecendo que a retirada dos agentes se deveu apenas inoperncia e no alegada ligao com os malfeitores. Em substituio daqueles, foram colocados outros agentes, os quais, segundo Mazive, j esto a trabalhar no sentido de garantir que a ligao polcia-comunidade volte a ser uma realidade, dada a importncia que tem na manuteno da ordem, segurana e tranquilidade pblicas. Fazendo a reavaliao da situao criminal durante o ano passado, Mateus Mazive disse que foram registados 1573 casos criminais contra 2440 ocorridos em 2010, o que representa uma reduo em 867 casos. Em relao ao roubo de bens, a corporao registou 917 casos contra os 1443 ocorridos no ano anterior. No tocante a crimes que incidiram sobre pessoas, ocorreram 600 casos contra 917 registados em igual perodo do ano anterior. /Notcias.

ZAMBZIA Quelimane pede celeridade na edificao do Hospital CentralAcelerar os procedimentos tcnicos e financeiros para o incio das obras de construo do futuro Hospital Central de Quelimane, esteve no topo da agenda nas conversaes que o primeiro-ministro, Aires Ali, e o novo chefe da edilidade da cidade de Quelimane, Manuel de Arajo, mantiveram h dias na capital provincial da Zambzia. O projecto da construo da referida unidade hospitalar j est a ganhar forma depois de, nos meados do ano transacto, uma equipa tcnica do Ministrio da Sade (MISAU) ter procedido apresentao do respectivo projecto ao governo provincial e a vrios segmentos da sociedade civil. A infra-estrutura sanitria a ser edificada vai ter a capacidade para mais de 600 camas para internamento e inclui todos os servios e especialidades e residncias para mdicos. A futura unidade hospitalar vai reduzir, em grande medida, as distncias que os pacientes, para o tratamento de algumas enfermidades, eram obrigados a percorrer at as unidades sanitrias de referncia de diversos pontos do pas, nomeadamente das cidades da Beira, Nampula e Maputo, bem assim de alguns pases vizinhos, com todas as implicaes que tal facto representa para os parcos oramentos das famlias. O presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane disse Imprensa sada do encontro que se tratou de uma curta reunio de trabalho com o objectivo de apresentar ao primeiro-ministro a importncia e necessidade da construo do hospital. Manuel de Arajo entende que o Governo est sensibilizado quanto necessidade e urgncia da implantao efectiva do futuro Hospital Central de Quelimane. /Notcias.

MANICA Animais bravios matam 22 pessoas em ManicaPelo menos 22 pessoas morreram por ataques de animais bravios, no ano passado, na provncia de Manica. Outras 82 pessoas contraram ferimentos, disse o secretrio permanente provincial de Manica, Antnio Mapure. Dezanove destes ataques foram de serpentes. Vinte e um animais problemticos foram, imediatamente, abatidos. Em Guro, norte da provncia, onde o Governo local decidiu fomentar a criao de gatos e gado suno, para combater serpentes, teve apenas um caso de morte por ataque daqueles rpteis. Deste modo, o governo provincial considera que os gatos e sunos esto a dar conta do recado, em Guro, da a necessidade de expanso da iniciativa para outros distritos, para assegurar que no ocorram mais casos de mortes e ferimentos por ataques destes animais. Uma outra medida consiste na capacitao de fiscais e caadores comunitrios, em matria de abate de animais problemticos. Alm disso, esto tambm em curso aces que visam a potenciao de fiscais em meios de trabalho. A questo, segundo a fonte, foi tambm passada em revista na primeira sesso ordinria do governo provincial de Manica, alargada aos administradores distritais, a qual teve o seu trmino na quinta-feira finda. /Dirio de Moambique.

INHAMBANE As intercalares j comeam a mexer com os partidos polticosA comisso poltica do Movimento Democrtico de Moambique (MDM), reunida este fim-de-semana passado na cidade de Inhambane, provncia com o mesmo nome, aprovou o nome de Fernando Nhaca para candidato desta formao poltica s eleies intercalares de 18 de Abril prximo. O candidato recm-eleito diz ter aceitado o desafio do partido por entender que chegada a hora de resgatar a dignidade de Inhambane e diz existirem condies para ganhar o escrutnio, porque as pessoas esto cansadas da m governao da Frelimo. O candidato do MDM diz ainda que, em face do nervosismo que paira no seio dos camaradas, o partido Frelimo tem estado a instigar a polcia para aces de terror contra os membros do MDM, o que, na sua opinio, mostra que a vitria possvel no dia 18 de Abril. Nos prximos dias, o candidato do MDM vai lanar-se ao terreno para aprimorar ainda mais o seu manifesto eleitoral de modo que o mesmo seja reflexo dos anseios do povo de Inhambane. Entretanto, o partido Frelimo ainda no avanou o nome do candidato que vai entrar na corrida eleitoral ao lado de Fernando Nhaca, do Movimento Democrtico de Moambique. A Renamo j assegurou que no vai concorrer nos prximos pleitos intercalares. /O Pas.

GAZA Temporal destri milhares de cajueiros em MandlakazePouco mais de trs mil cajueiros foram deitados abaixo pela fria do temporal Dando que fustigou a regio do distrito de Mandalakaze, colocando, assim, centenas de produtores numa situao de total desespero e frustrao, pelo facto de a comercializao da castanha de caju, que j havia iniciado semanas antes da intemprie, constituir uma importante fonte de rendimento das famlias. Com efeito, de acordo com informaes fornecidas por Emlia Mapsanganhe, administradora daquele distrito, pese embora o facto de se ter registado um ligeiro atraso na florao dos cajueiros na presente temporada, o cenrio de altas temperaturas que se viria registar posteriormente proporcionou um ambiente favorvel ao bom desenvolvimento vegetativo do caju. Alguns comerciantes, segundo a fonte, j estavam a comprar quantidades considerveis da castanha colocada no mercado pelos camponeses, facto que perspectivava uma campanha de comercializao bastante promissora. Entretanto, na ltima temporada, o distrito de Mandlakaze arrecadou acima de seis mil toneladas de castanha e, para a poca presente, havia sido definida uma meta de pelo menos cinco mil toneladas. O drama provocado pela tempestade Dando no poupou, igualmente, milhares de plantas de mafurreiras, mangueiras e culturas como a mandioqueira. O distrito possui duas unidades de processamento da castanha de caju, contudo, no laboram por razes no muito claras desde 2010. Os postos administrativos de Macucua, Chalala, Chibonzane e Mazucane, so os que detm, em Mandlakaze, o maior parque cajucola. /Notcias. de apontar a pessoa que geralmente fica com o dinheiro. Neste momento decorrem trabalhos de investigao de modo a neutralizar os trs fugitivos e conduzi-los s celas para responderem pelos seus actos. /Notcias.

MAPUTO

Distrito de Boane: Gatunos assaltam casa de padresSete indivduos esto desde domingo passado encarcerados nas celas do comando da Polcia da Repblica de Moambique (PRM), na sede distrital de Boane, provncia do Maputo, indiciados de roubo de diversos bens e dinheiro, numa casa de padres. Trata-se de F. Faina ( de 23 anos), M. Matimbe (28), S. Manuel (34), C. Guideme (27), E. Augusto (25), J. Gimo (25) e B. Machava (28) que na noite de sbado 21, e com recurso a instrumentos contundentes assaltaram as instalaes onde funciona uma escola de teologia da Igreja Catlica e residncias de padres, denominada Sagrados Coraes. Os supostos ladres conseguiram tirar daquele local oito computadores portteis, duas mquinas de filmar, dois projectores, um monitor, quatro

telemveis, 44 mil meticais, dois mil e quinhentos euros, para alm de peas de vesturio. Soube-se que eram no total dez indivduos que participaram no roubo e, para lograrem os seus intentos, eles introduziram-se

nas instalaes, molestaram os presentes e desferiram golpes a dois dos quatro padres. Um dos padres que declinou identificar-se disse que os meliantes tinham muita informao sobre a casa Sagrados Coraes porque foram a tempo

27 Janeiro 2012

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.com/JornalVerdadeJornal @VerdadeA luta pelo acesso a informao continua cidado, vizinha do jornal quer impedir continuidade do MURAL do POVO, at chamou policia municipal Jaime Navingo nao se espantem, tudo que e importante para o povo, e acompanhado pelas controvrsias por parte das autoridades... mesmo para o governo. s que nao podemos jogar a toalha no cho porque nao somos frangotes. 20/1 s 16:36 Stela Da Cristina Lhatswayo djelous d kker coisa... E o k m rexta saber: o qu??? 20/1 s 16:39 Arlindo Alberto Mondlane que viva o mural.... 20/1 s 16:41 Ginoca Ramos Mas qual o problema? No gosta de ouvir as verdades? Azar o dela, sempre em frente Jornal Jornal @Verdade. 20/1 s 16:41 Gosto 3 Bertino Gove Gente burra pah. 20/1 s 16:47 Anli Muarabo Juntar Cultura a Informao bem nice, ouvi dizer que faz lembrar o Jornal do Povo, quanto a senhora deve ser uma questo d frustrao, lamentvel falta de viso. 20/1 s 16:51 Lidia Danubio boa osvaldo gostei 20/1 s 16:54 Mauro Brito que isso, a senhora deve ser uma dessas integrantes do p... mas como pode uma cidada estar contra o jornal do povo, onde ela tem expressividade e liberdade da palavra 20/1 s 16:59 Thanya Poderosa Nao tem +nada p se preocupar... 20/1 s 17:00 Lidia Danubio ela diz k o jornal lhe encomoda vem-se pode 20/1 s 17:04 Janet Gunter eh simplesmente pedir que ela ofereca blackberrys a todos os leitores sem acesso a internet. depois tiram o mural do povo. acham justo? 20/1 s 17:05 Manguena Stiquinho Se fiz a pergunta pq anda muita gente por a q se diz moambicana, mas q no fundo no fundo no se identifica com os problemas do povo.Temos muitos monhs, chineses, paquistaneses, brancos e mto mais que portam nacionalidade moambicana mas que nunca esto connosco na guerra do chapa, nas greves contra a subida do custo d vida, nunca os v na tropa, na polcia. So estes que esto contra o mural A VOZ DO VERDADEIRO POVO MOAMBICANO 20/1 s 17:06 Gosto 4 Stela Da Cristina Lhatswayo A ENCOMODADA QUE SE RETIRE - a ta a vulgar exprexao!!! Lol 20/1 s 17:14 Gosto 2 Holote Ciso Prontos... Alguem tinha k dar as caras pra opor se da VERDADE... 20/1 s 17:19 Francisco Morais Sr. Maguenha, baralhouse ainda mais .... (isto sem querer fugir do tema, mas o que parece que cada vez que existe um assunto controverso, a estratgia fazer com que o povo se distraia puxando o assunto do estrangeiros e botando a culpa neles)... quer dizer ento que quem no vai pra rua para as guerras dos chapas ??? para a Tropa? e para a Policia?? vive bem e no maior luxo ?? cuidado amigo, isso no Democracia!! .... qual o argumento desta senhora ? a bem d@ Verdade, acho que deviam publicar ... mesmo no fazendo muito sentido a no existencia do mural, pois um simples meio de informao ... 20/1 s 17:41 Beles Cumbe a loucura das pessoas 20/1 s 17:54 Ahad Samad como terminou essa discussao? 20/1 s 17:55 Sandro Jorge Resqucios do colonialismo..! 20/1 s 18:08 Antonio Simbine Essa cidad sofre de alguma doena mental. 20/1 s 18:09 De-Deus Guibango xtava demorar surgir alguem da oposiao pa! nem vergonha na cara essa sra tem! 20/1 s 18:21 Daniela Almeida Vaz Caro Manguenha, acho o seu comentrio desprovido de qualquer racionalidade, a moambicaneidade de cada um no se traduz na cr ou estrato social. Ser que os nossos (sim, nossos, porque embora seja branca, sou moambicana) dirigentes, que na maioria dos casos so de raa negra (elemento que para si determinante) percebem ou esto connosco na guerra do chapa, nas greves contra a subida do custo d vida? ser que no est a ser atacado o alvo errado? 20/1 s 18:32 Gosto 7 Nivel Morto Fda Esperana Esperana, a cena ta quente deste lado. 20/1 s 19:02 Bruno Florencio foquem-se no assunto please!!! se a Sra. fosse negra, queria ver quais os comentarios dalguns aqui... quanto ao que interessa, provavelmente o muro eh dela e ninguem lhe pediu autorizacao para o usar!!! como nao sabemos o contexto eh errado estar a fazer julgamentos 20/1 s 19:17 Gosto 4 Teofilo Fonseca Porfavor! se o muro e dela, vamos fazer um quadro e botamos o povo a escrever. A voz do povo nao se cala....! 20/1 s 19:46 Gonalo Nuno Ribeiro Primeiro no sabemos os motivos. A noticia d a entender que a senhora em questo no quer o jornal do povo por ser o jornal do povo. No acredito que assim seja. At porque se assim fosse ela era contra todos os jornais do povo e no s contra este em particular. Mesmo que no haja nenhum motivo, ou que seja um motivo infundado ou idiota eu costumo dizer que h gente para tudo. Todos ns j tivemos um vizinho

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1.793 pessoas alcanadas 56 pessoas que falam sobre isto 15 pessoas gostam disto. 1 partilha Ahad Samad pk sera? quale e a razao dela? 20/1 s 16:17 Marechal Manhiceto No comment! 20/1 s 16:17 Black-cash Granapreta xta maluka exa senhora 20/1 s 16:17 Denise Tavares Manganhela Quais sao os argumentos da sra? 20/1 s 16:18 Gosto 1 Katyta Thembo mas porque??. o que lhe incomadoooo...ihhh deixa o Mural do povo em paz faxavor 20/1 s 16:20 Lyllah Machaieie Interessa-me saber quais os seus argumentos... 20/1 s 16:22 Gosto 1 Manguena Stiquinho Qual mesmo a nacionalidade dela? Peo resposta 20/1 s 16:23 Gosto 2 Alexandra Cabral Ela no tem cara de quem tenha gostado de ser fotografada. Pediram autorizao para publicar a imagem? Se chama a polcia pelo mural, que vos far pela exposio da imagem dela??? 20/1 s 16:23 Gosto 2 Rui Jorge Neves l estamos ns a prguntar pelas nacionalidades, mau hbito nosso aqui na terra, no compreendo pk, cor de pele no implica no ser cidado moambicano n? a senhora uma estupida maz e estupidez no tem nacionalidade 20/1 s 16:27 Gosto 20 Lidia Danubio essa senhora nao ten noo do k esta a dizer sera k ela nao faz parte do povo? 20/1 s 16:29 Francisco Morais pronto .. s demorou seis comentrios para entrar a questo da nacionalidade ... Sr. Manguena ?? interessa par ao caso ?? a mania de que os estrangeiros que so os culpados? .. o Sr. Manguena militante do partido Frelimo??? peo resposta ! 20/1 s 16:30 Gosto 6 Osvaldo Matsimbe Xia!! essa Sra, esta bem pah.. ela deve saber ler, e isso lhe incomoda sabendo k vizinha da redao do jornal mas pode consumir a informao por ser ignorante. 20/1 s 16:30 Gosto 2

estpido que se chateia por coisas que mais ningum se chateia. Portanto sem saber o que se passa de facto no me pronuncio. Pode a senhora ter razo, no a ter ou ser algum com algum problema. O que me chateia que nestes comentrios o racismo e a xenofobia voltaram a dar de si. E se esta senhora merece o beneficio da duvida as pessoas que postarmos comentrios xenfobos so sem dvida idiotas. Eu sou um tuga muito orgulhoso da sua ptria que est h muitos anos c e que adora o pas e as pessoas. Mas fico triste ao ver que muita gente com formao continua a usar o racismo, a xenofobia e o fantasma do colonialismo para justificarem o injustificvel. Eu nasci numa pequena cidade do norte de Portugal onde nunca vi racismo. As pessoas de outras cores e nacionalidades sempre se integraram com a maior das naturalidades. Vi o que era racismo pela primeira fez aqui em Moambique. De negros para brancos, de brancos para negros, de moambicanos lusodescendentes para lusos radicados, de cooperantes nrdicos para trabalhadores latinos. Ser que Madiba no ensinou nada a ningum? Queiram ou no todos os comentadores racistas ou xenfobos, tenham eles a cor que tiverem ou o passaporte que possurem, para mim sero sempre uns idiotas que no merecem considerao nem respeito, como Adolf Hitler seu mentor. Tenho ditto 20/1 s 19:59 Gosto 3 Dercio Falcao Esse gajo s souber k tens pic dele. hehehe capaz d mandar t dar um stock d xambokos ate saires faisca nas nadikas 20/1 s 20:26 Mario Pereira O sol quando nasce nasce para todos ... ricos e pobres... amarelos , castanhos, brancos. 20/1 s 21:36 Gosto 2 Frum Maputo Qual a razo da queixa? Gostariamos de compreender antes de fazer qualquer julgamento. 20/1 s 21:41 Gosto 2 Dila Mendes afinal de quem o muro? 20/1 s 22:09 Bruno Florencio john... so vos digo uma coisa... NO MEU MURO PINTA E ESCREVE, QUEM EU QUISER!!! venham la com esses papos de colonialismo e outras merdas 20/1 s 23:01 Gosto 1 Pott Fraga Pott Fraga E ? 20/1 s 23:11

Alex Cardoso Sr. Manguena, no se esquea dos muitos estrangeiros que vestem a camisola (e com muito mais garra do que muitos nacionais!). preciso cuidado com estes estrangeirismos dos problemas da nossa casa. Isso varrer a poeira para debaixo do tapete! 21/1 s 1:08 Gosto 3 Oscar Chatinho Oscar Mau habito, este comportamneto devia ter deixado alen fronteira...n queremos voltar a viver reprimidos da nossa liberdade! 21/1 s 5:58 Oscar Chatinho Oscar Sr.Manguena Stiquinho,eu dou toda razao cuanto o teu ponto de vista, sao habitos extremamente estranhos. 21/1 s 6:22 Pott Fraga Pott Fraga isso deve ser daquelas pessoas que chamam a policia quando a musica esta alta s porque no foram convidadas para a festa na rua delas, para a proxima o conselho de redaco do Jornal@verdade (jornal arroba a verdade, em Portugues) j sabe que tem de avisar se for levar a cabo qualquer iniciativa publica nalgum muro da rua, tm de ves em quando de levar umas bananinhas ou manguinhas sra, sei l uma perazita goiabinha, e convem convidar a sra a ter uma coluna de opinio, e deiem-se por muita sorte de a sra no ser minha bisav Bila porque seno iam corridos da rua :) e s paravam aqui no cais do sodre ;) e no sei como o policia no vos deteve a todos, a fazerem m visinhansa aonde que j se viu, ainda por cima terem a ousadia de se alvorarem com a verdade arrobada do silencio das nossas mentes cumplices :) como que podem, fazerem isso a essa sra, gente mal educada em todo o lado :) m vizinhana 21/1 s 6:47 Gosto 1 Juju Fernando sra ve se toma vergonha nessa cara e para com actitudes insanas... o seu caso e pior do eu imaginava e caso de pedir convenio medico 21/1 s 9:11 Gosto 1 Bruno Florencio Bom dia pessoal ! Vamos la ser serios... Proponho uma vaquinha para se mandar fazer murais como devem ser os jornais do povo, e coloca-los em locais estrategicos e PUBLICOS (paragens de chapa por ex...) aqueles que falaram mais contribuiem mais... E se me derem a morada da sra eu mesmo vou la pedir uma contribuicao!! 21/1 s 10:02 Gosto 2 Miguel Ferrao Pessoal, Desculpem mas fiquei confuso, estamos a discutir o MURAL ou a nacionalidade de pessoas? Ser que no viram que @Verdade incomoda mais pessoas assim ??? Ser que no percebem que puxando o assunto dos estrangeiros se ganha pontos ??? Que pena Moambique estar a ficar assim ... Lamento que uma pessoa seja Julgada pela nacionalidade ou cor , e no apenas pelos actos. No percebo porque em vez de se perguntar a Nacionalidade,

no se pergunta o Motivo da Senhora ter a atitude que teve. Ser que ela reagiu a algo que desconhece? Ou est a preocupada com o Ambiente? Com a preservao do Muro e da esttica? Se assim for acho que teria cruzadas mais importante por toda a cidade, em vez de se focar num Mural que representa um passo em frente na liberdade... Ou ser que isso que a preocupa, e foi mandada por uma fora divina apenas porque acha que ainda est no tempo da outra senhora. Seja como for a Liberdade de uma pessoa termina onde a de outra pessoa comea. Apenas de no gostar e de partilhar os comentrios menos felizes de alguns, respeito da mesma forma que gosto de ser respeitado. Quando a Senhora, talvez o acto dela at tenha sido bom, pois mais uma vez abriu uma discusso ... E quanto ao Mural espero que volte, E que deixei @Verdade continuar a ser a porta para informao, deixei o pessoal mudar o Jornalismo que sem ofender, sem mentir mostra o bom e o mau. Fora JORNAL @Verdade.21/1 s 11:21 Gosto 1 Pott Fraga Pott Fraga As pessoas no podem ser muito intrazigentes com assuntos de caracac devem de ser mais exigentes con sigo propios, a sra devia de ter direito ao contraditorio, eu queria ver uma coluna dela num feat com uma dama xpto dai que agora no sei o nome mas que malha o pau neles com a verdade dada de to acertiva, mas enfim, a vida assim cheia de contradies e motivaes, que jogar o jogo dos pies por conta das iloses, no vale a pena falar por falar atoa e malhar no ceguinho para justificar a distraao para com o buraco.21/1 s 18:32 Jose Ferreira Cuidado, pois pintar nos muros exige licena do Conselho Municipal, e depois vem aqueles verdinhos parasitas e levam MULTAS.... HAHAHAHA Domingo s 19:16 Pott Fraga Pott Fraga Txi, at no teu muro ? puxa que pena l vai o tempo da revoluo, eu sou do tempo e do sitio em que escrever no muro era uma obra de arte ou um grito de liberdade Segunda-feira s 9:05 Rui Jorge Neves regresso a este post depois do meu ultimo comentrio l em cima e noto que alguns ignorantes tentaram alterar o rumo d discusso... Sr. Manguenha e Senhor Oscar Chatinho evoluam intelectualmente e depois usem tecnologias como facebook e essas coisas assim pk edjoooo fica feia essa demonstrao de ignorancia pah... no se envergonhem mais faz favor Segunda-feira s 10:51 Lopinho de Lopinho Essa vizinha, pela idade, no esta a entender a verdade Segunda-feira s 14:30 Stela Da Cristina Lhatswayo he he he he he he ja nem sei o k apoiamos pa... Segunda-feira s 15:00

Ariel Sonto E$a cidada deve actualizar os conceitos d liberdad d impresa e de expre$ao. Pork ela ta preocupada cm o mural? Ja k n cnseguiram fazer o jornal n xegar ao povo em parceria cm os... das alfandegas agora tentam impedir o mural pelos policias municipais. Ate kndo e$es dsmandos? 20/1 s 23:24 Leila Lukcs Salvado Essa senhora mesmo uma chata. E ainda por cima leva os lichies do vosso quintal ! 21/1 s 0:59 Gosto 1

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27 Janeiro 2012

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RADARpor

Foi preciso o protesto colectivo e vigoroso para, agora, se dizer que, afinal, os residentes tinham e tm razo. At a qualidade da gua m. Torna-se necessrio fazer um dia a histria das Bucias e dos Filemos moambicanos http://oficinadesociologia.blogspot.com

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Editorial

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Boqueiro da VerdadeA par dos 50 anos da fundao da Frente de Libertao de Moambique, Frelimo, o governo deve tambm promover as celebraes dos 20 anos dos Acordos Gerais de Paz, so dois factos que merecem a nossa celebrao como povo e como nao. Um povo no se pode esquecer nem ignorar a sua histria!, Jos Belmiro in Facebook Este pas precisa de se reconciliar com a sua histria e mais do que vencidos e vencedores, o facto que o Acordo Geral de Paz permitiu a paz de que hoje todos desfrutamos... pena que as mentes de muitos esto armadas e manipuladas, Idem Mais do que lamentar a interrupo de circulao na N1, acho que nos devemos envergonhar...est ali exposta a nossa incompetncia como povo no seu todo, esto ali expostas de forma clara as nossas fragilidades. Um pas no pode ter apenas uma via para se ligar do Norte a Sul..., Ibidem Tenho c para mim que os 20 anos do Acordo Geral de Paz sero propositadamente ignorados porque (para alguns quadrados vermelhos) o acto representou uma derrota para os encarnados..., Homer Wolf in Facebook A serem verdade as palavras do Ministro em relao de ciente gesto nanceira e cumprimento escrupuloso do contrato-programa por parte do CNJ, d para provisoriamente insinuar que este elenco de facto incompetente, da colher as consequentes sanes, por si s previsveis no contrato-programa, Egdio Guilherme Vaz Raposo in Facebook Comea a estranhar o facto de o Ministro Caetano vir a terreiro misturar alhos com bugalhos, aproveitando ele tambm a ocasio para lanar recadinhos ao colega Chang, Ministro das Finanas quando as regras de desembolso so claras, partilhadas por todos. A nal, o problema de Petersburgo tambm do Ministrio da Juventude ou estar o Cda Chang a vingar-se do Sr Pedrito?, Idem (...) que o nosso Presidente uma pessoa sem d nem piedade para com as crianas. Em nenhum momento vimo-lo a visitar um centro infantil, brincar com as crianas ou coisa parecida, como acontece com os outros Presidentes deste Mundo em dias como Natal, ano novo, Dia da Criana, dia em que ele completa anos como hoje. Ele s est nos negcios! Num dia em que ele faz anos (e no poucos, 69), em vez de car na Presidncia a receber presentes, no seria bonito se ele passasse um dia (ou mesmo horas) num centro infantil qualquer de Maputo, conversando e brincando com crianas ou que admitisse no seu Palcio a entrada de umas centenas delas, de preferncia carenciadas para com ele passar o almoo?, Ibidem Quem ganhou em Quelimane no foi o MDM, mas sim Manuel Arajo. Ele j tinha esse projecto h dois anos, por isso ele comeou a investir naquela cidade. O MDM s aproveitou aquele penalty (renncias), Antnio Muchanga Em relao s intercalares de Inhambane, que aconteceram naturalmente, ainda vamos decidir se vamos ou no participar, Idem (...) Que fosse aprovado um decreto que proibisse a permanncia de estrangeiros improdutivos, que no trazem nenhuma mais-valia ao PAS, que permanecem meses e at anos no Pas sem fazer nada, que se crie uma espcie de GREEN CARD(como l na Europa, donde vm), justi cando a permanncia dos mesmos no Pais, Mucuchele Chaincomo in Dilogos sobre Moambique A cerca de 7 quilmetros de Cateme foi montado um posto avanado da Fora de Interveno Rpida (FIR) fortemente armado. A logstica da fora garantida pela Vale. Esta companhia garante transporte, alimentao, gua e outras condies que possam deixar os agentes bem motivados e prontos a intervir. Jornal SAVANA

O que esconde a lamaNum pas onde quase todos os dias se assiste a uma permanente e crescente crispao da cultura de responsabilizao, as prticas enviesadas e atitudes sem nenhuma rstia de sentimento ou quaisquer entranhas de humanidade (protagonizadas pelos que deveriam dar o exemplo) tm vindo a tornarse no po nosso de cada dia. Ininterruptamente, o desleixo e a negligncia, que assolam as pessoas que se encontram em frente das instituies cujo objectivo primrio servir o pblico, prosseguem em lume brando, fazendo adormecer os moambicanos que (sobre)vivem sob a tirania da sua pobreza reduzindo-os, assim, a meros objectos descartveis. A chuva que caiu na semana finda, deixando a cidade de Maputo, por sinal a capital do pas, submersa, alm de pr a nu o deficitrio sistema de saneamento, revelou a insensibilidade da empresa guas de Moambique (AdM) e, por tabela, dos que velam pela sade pblica dos moambicanos empobrecidos. Ou seja, de h uns dias a esta parte os muncipes de Maputo vem as torneiras das suas casas a jorrarem gua turva e, em alguns casos, expelindo um cheiro nauseabundo, mas ningum diz ABSOLUTAMENTE NADA. Mas na hora de cortar o fornecimento do precioso lquido os funcionrios so extremamente diligentes, agem sem contemplao e com uma eficincia tal que nenhum prevaricador consegue escapar das suas garras. Hoje, quando a gua pela cor e pelo cheiro, no pode ser tratada de forma insuspeita pelos consumidores, a diligncia foi parar ao picador de papel, relegada ao sto do esquecimento pela ausncia de carcter de quem hibernou eternamente no mesmo sto o respeito pelo prximo. Apenas trs dias depois, quando as pessoas comearam a questionar, veio uma justificao: as descargas na frica do Sul arrastaram lama ao centro de tratamento de Umbeluzi e, por via disso, passou a jorrar gua turva nas torneiras de Maputo e arredores. Fazendo f de que o lquido prprio para consumo como a AdM assegura porque cargas de gua a informao veio bem depois de as pessoas, na sua continuada aflio, se terem limitado a us-la para todos os fins? De que epidemia estaramos a falar hoje se a gua escondesse doenas? Certamente que estaramos a contar as vtimas. Que, neste caso, seriam pai, me, filhos, tios, primos e avs, menos o pessoal da AdM. Portanto, essa informao to tardiamente veiculada ainda assim no chegou ao conhecimento de todos uma demonstrao grotesca de falta de compaixo com os moambicanos que se autoflagelam at medula para pagar a factura de gua e as demais. A frica do Sul, sempre que achou conveniente, fez as suas descargas sem que isso afectasse a gua das nossas torneiras. Porm, no dois dias em que a cidade de Maputo ficou alagada estranhamente a lama veio arrastada do pas vizinho. H muitas coincidncias nesta histria. O melhor mesmo ferver a lama da frica do Sul. Alis, a gua...

OBITURIO: Etta James 1938 2012 74 anosA cantora Etta James morreu no dia 20, aos 73 anos de idade. Ela sofria de leucemia terminal e estava ao lado do seu marido Artis Mills e dos seus filhos quando perdeu a vida, segundo o empresrio e amigo de longa data da artista, Lupe De Leon. Nascida em 25 de Janeiro de 1938 em Los Angeles, a artista foi diagnosticada com a doena em 2010, e sofria ainda de demncia e hepatite C. Ela morreu num hospital de Riverside, na Califrnia. Etta James, cujo nome verdadeiro era Jamesetta Hawkins, comeou a sua carreira em 1954 e, no ano seguinte, colocou a cano The wallflower (roll with me, Henry) no topo das paradas de R&B. Ao longo dos anos, lanou msicas como Dance with me, Henry, Tell mama, and Id rather go blind, mas o seu maior sucesso At last, que pertence ao disco do mesmo nome, lanado em 1960. A artista, cuja sonoridade andava entre o soul, o blues e o jazz, teve uma vida turbulenta. Nunca conheceu o seu pai, mas descrevia a sua me como ausente e uma viciada em drogas. Foi criada por Lula e Jesse Rogers, que eram donos da casa onde a sua me chegou a morar. Ela frequentava a igreja graas dupla, e a sua voz costumava destacar-se dentro do coral. O R&B fez com que Etta James se afastasse da igreja. Com 15 anos, James foi a Los Angeles com o msico Johnny Otis, que morreu no dia 17 de Janeiro, para gravar Dance with me, Henry em 1955. Em 1967, registou aquele que considerado um dos melhores lbuns de soul de todos os tempos, Tell mama, uma fuso de rock e msica gospel com arranjos de sopro, ritmos de funk e refres com marca de coral de igreja. Uma das faixas do disco, Security, entrou para o top 40 de singles em 1968. Entretanto, o seu sucesso caminhou lado a lado com os seus demnios pessoais. A sua relao com as drogas, que comeou em 1960, durou muitos anos e levou-a a uma existncia angustiante, destruindo a sua habilidade de cantar e quase acabando com a sua carreira. Etta James entrou para o Hall da fama do rock em 1993, tendo ganho, dentre vrios, um Grammy em 2003 na categoria de melhor lbum contemporneo de blues por Lets roll. Tambm em 2003, levou um Grammy pelo conjunto da obra e uma estrela na calada da fama de Hollywood. Com o deteriorar do seu estado de sade, a artista passou a ter cuidados mdicos em casa em 2011. Ela sofria de demncia, problemas nos rins e leucemia, que, no final do ano passado, foi caracterizada como terminal pelo seu mdico. O seu ltimo lbum, The dreamer, foi lanado em Novembro de 2011 e trouxe a sua interpretao para canes como Welcome to the jungle, do Guns N Roses e Misty blues, de Bob Montgomery.

SEMFOROVERMELHO Corte da EN1No ltimo sbado, o pas esteve literalmente dividido. Tal deveu-se ao corte da Estrada Nacional Nmero Um, concretamente no Posto Administrativo 3 de Fevereiro, causado pela subida dos nveis de gua do rio Incomti. Esta situao veio levantar uma questo pertinente: Como que um pas to grande como o nosso no possui vias alternativas? No podemos ficar refns da EN1 para sempre. Ademais, sabendo que por aquela zona passa o leito de um rio, porque que no se construiu uma ponte para permitir a passagem da gua sem prejudicar a normal circulao de pessoas e bens? Enfim, so coisas de Moambique.

AMARELO Oportunismo da LAMDevido ao corte da Estrada Nacional Nmero Um, o que prejudicou muita gente que queria viajar, a nossa companhia area de bandeira, Linhas Areas de Moambique, no perdeu a oportunidade e foi l solidarizar-se com as pessoas (cujas agendas foram) afectadas. Para tal, aquela empresa reforou a sua oferta de voos entre Maputo e Inhambane, como se isso fosse aliviar o seu sofrimento. Se elas tivessem condies no teriam ficado espera dessa oportunidade para viajar de avio. Se viajam de autocarros porque no tm dinheiro!

VERDE Construo de aeroporto em GazaFinalmente Gaza vai estar em p de igualdade com as restantes provncias do pas. A empresa Aeroportos de Moambique anunciou que o incio das obras de construo do aeroporto de Xai-Xai est previsto para este ano e que as mesmas esto oradas em cerca de 370 milhes de meticais. H muito que Gaza necessitava de um empreendimento do gnero pois s assim deixaria de ser uma provncia isolada por via area. Depois de concluda, a infra-estrutura ter capacidade para acolher voos domsticos e internacionais.

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Jornal registado no GABINFO, sob o nmero 014/GABINFO-DEC/2008; Propriedade: Charas Lda; Director: Erik Charas; Director-Adjunto: Adrito Caldeira; Chefe de Redaco: Rui Lamarques; Redaco: Hlder Xavier (correspondente em Nampula), Hermnio Jos, Inocncio Albino, Victor Bulande; Fotografia: Miguel Mangueze, Lusa, Istockphoto; Paginao e Grafismo: Avelino Pedro, Danbio Mondlane, Hermenegildo Sadoque, Nuno Teixeira; Revisor: Agy Aly; Director de Distribuio: Srgio Labistour, Carlos Mavume (Sub Chefe), Sania Taj (Coordenadora); Internet: Francisco Chuquela; Periodicidade: Semanal; Impresso: Lowveld Media, Stinkhoutsingel 12 Nelspruit 1200.

27 Janeiro 2012

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Escreva-nos para o endereo Av. Mrtires da Machava 905, Maputo; para o email [email protected] ou para os nmeros de SMS 821115. Partilhe as suas opinies com @Verdade, no facebook.com/jornal.averdade ou atravs do twitter.com/verdademzAceitamos que nos contactem usando pseudnimos ou sob anonimato - mediante solicitao expressa - porm, indicando o nome completo do remetente e o seu endereo fsico. A redaco reserva-se o direito de publicar ou editar as cartas, sms ou email ou mensagens recebidas.

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VOZESpor

SmS 821115

@Verdade da ManhiaMovimento solidrio do FBDavid Gabriel Nhassengo [email protected] Egdio Guilherme Vaz Raposo [email protected]

@Verdade ConvidadaPrivatizao da histria de MoambiqueHoje inicio uma srie de reflexes em torno dos ditos 50 anos da Frelimo. Para j, no concordo que sejam os 50 anos da Frelimo nem 50 anos do Partido Frelimo. Depois, acho ser confiana demais, que at roa a falta de respeito para com as instituies do Estado e do povo moambicano em geral o Partido Frelimo pretender lanar o incio das comemoraes dos seus 50 anos justamente no dia 3 de Fevereiro, feriado nacional, dia do Estado. Abuso de confiana como esse jamais se viu. Se j 3 de Fevereiro feriado do Estado e 3 de Fevereiro o Dia dos Heris Nacionais, dia em que se evoca a Unidade Nacional, no se percebe como um partido poltico no Poder vai us-lo para custa do Estado lanar o seu dia. Se havia dvidas da excessiva frelimizao do Estado (partidarizao do Estado), este evento vai tratar de dissipar. A Frelimo como movimento de libertao surgiu em 1962, com a unio de todas as foras polticas na altura existentes etc., etc. No dia 7 de Fevereiro de 1977, no Clube Militar, cidade de Maputo, surgiu o Partido Marxista-leninista, o Partido Frelimo. Esse partido faz no dia 7 de Fevereiro de 2012, 35 anos. De onde que tiraram os 50 anos? A isso chamo de privatizao da Histria de Moambique. Nada pior pode acontecer a um povo inteiro que o aambarcamento de toda a sua memria colectiva; todo o seu passado histrico em benefcio de um partido poltico. preciso colocar na cabea de todo o moambicano uma coisa: a Histria de Moambique no comea com o Partido Frelimo; Moambique no um apndice histrico do Partido Frelimo. O Partido Frelimo tem a sua prpria trajectria histrica que no deve ser confundida com a Histria de Moambique. O hbito de contrabandear factos histricos recorrendo ignorncia e falta da cultura jurdica deve acabar, ou no mnimo denunciado. Arrepia-me o roubo flagrante que se pretende encetar ao povo moambicano. justo SIM comemorar a passagem dos 50 anos, para recordarmos a gesta libertria; a Unidade Nacional e os desafios de hoje e do futuro. Os dez anos de Luta de Libertao Nacional so parte da Histria de Moambique e NUNCA propriedade privada do partido Frelimo. Impe-se desta forma o resgate desse perodo histrico das mos do Partido Frelimo para devolv-lo ao legtimo povo moambicano. A ter que se comemorar a passagem dos 50 anos desde que os moambicanos encetaram a derradeira batalha pela sua libertao do jugo colonial, essas comemoraes DEVEM SER DO ESTADO MOAMBICANO e nunca do Partido Frelimo. E desta forma, a festa dever ser de todos os Moambicanos, sem distino da cor ou credo poltico partidrio; porque sim, O PARTIDO FRELIMO TEM 35 ANOS DE IDADE e nunca 50. Quem tem 50 anos a heroicidade do povo moambicano que em 1962 se uniu em torno de uma Frente e no partido poltico, para lutar contra o colonialismo portugus.

A chuva que assolou semana passada as cidades de Maputo e Matola bem como o resto do pas semeou luto, dor e agravou ainda mais a condio de pobreza com que muitas famlias se debatem. Ou seja, muitas famlias se soterraram na penria serenas e aos prantos vendo as suas casas invadidas pela fora das guas, culturas submersas e meios de sustento destrudos. Todavia, superfcie galgavam os problemas de escoamento das guas, ao que parece longe de serem resolvidos atendendo que se debatem desde Janeiro de 2010. semelhana de h dois anos, as imagens que passaram nas televises foram chocantes: gente que dormia em cima das mesas e outra que nem isso conseguia para se contentar. Outra indignada e no pouca, desesperada. As imagens, excessivamente desumanas, comoveram e mobilizaram um grupo de jovens moambicanos da maior rede social do planeta, o Facebook, que decidiu unir-se em prol de uma causa: ajudar a quem mais precisa vtimas das enxurradas nas cidades de Maputo e Matola, numa primeira fase. O grupo com designao de Movimento Solidrio do FB que agora encerra a fase de constituio e com o plano j desenhado para seguir a aco (social) teve

uma adeso explosiva naquela rede social, a primeira do gnero no pas e conta desde j (at ao fecho desta coluna) com 452 membros (entre Deputados, Jornalistas, Artistas Culturais, Dirigentes, Funcionrios Pblicos, Economistas, Estudantes, Docentes, Empresrios at aos mais annimos). A iniciativa de louvar. E se depender da vontade, da pujana e entrega dos seus membros, ser um sucesso absoluto e a diferena ser efectivamente feita em prol do bem-estar do prximo. importante referir que o movimento j conta fora do Facebook com o aval, a parceira e o apoio de vrias instituies de carcter solidrio, social e comercial com especial destaque para a Cruz Vermelha de Moambique, Rdio Moambique, Jornal @Verdade, Canal de Moambique, Shoppings e Escolas. Como se percebe, qualquer um pode fazer parte do grupo independentemente de estar ou no cadastrado no Facebook. Para os cadastrados, aderir ao grupo fcil bastando pesquisar Movimento Solidrio do FB e solicitar a sua aderncia ou faz-lo a um amigo que j faz parte do mesmo. No fim da presente coluna podem ser encontrados os contactos para os que no possuem conta. importante referir que para aju-

dar no preciso exactamente ser-se membro do grupo (embora haja mais-valia se fizer parte) pois foram colocadas em vrios pontos pblicos das Cidades de Maputo e Matola como Escolas, Lojas e Centros Comerciais, caixas com a designao e representao do Movimento Solidrio do FB onde se pode efectuar o depsito dos produtos que, ao critrio do solidrio, ajudaro e minimizaro a situao precria das vtimas das enxurradas. A ideia de se criar este movimento esteve sob alada de Amelina Nhanchungue que admiravelmente conseguiu unir jovens de todos os segmentos religiosos, sociais e polticos. Gente que nunca se podia imaginar que convergiria em prol de uma causa e dividiria o mesmo espao: um parntesis. Os responsveis do grupo podem ser contactados atravs dos seguintes e-mails: anhachungue@ hotmail.comolga.joao2006@ hotmail.com,edgarmundulai@ gmail.com e [email protected]. PS: Mesmo a fechar a coluna, o grupo j discutia a criao de um movimento satlite na capital da Zambzia, Quelimane, de Manuel de Arajo, com o mesmo propsito naquele ponto de pas fustigado semana finda pelo ciclone tropical Funso

SELO D

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O MNo jornal Notcias, a 14 de Janeiro de 2012, o jornalista Pedro Nacuo escreve uma coluna de opinio sobre um crime ocorrido em Pemba, Cabo Delgado: uma mulher que entrou num espao reservado aos ritos de iniciao de rapazes, foi punida por ordem do responsvel pela cerimnia, que ordenou uma violao colectiva. Ela foi sexualmente violada por 17 homens. A polcia inicialmente tentou intervir, chegando a deter os violadores, mas foi avisada para no se imiscuir no assunto. No se conhece o desfecho do caso. No artigo, Pedro Nacuo defende como merecida a punio decretada pelo lder espiritual e concretizada pelos seus soldados: Ningum moral e tradicionalmente condenou a punio aplicada senhora, ainda que severa, porque as instituies so compostas por pessoas que sabem de que se trata. Este caso lembra a violao colectiva de uma jovem, ordenada por um conselho tribal numa zona rural do Paquisto, em 2002. S que o desfecho no Paquisto foi o oprbrio nacional e internacional, e o julgamento e condenao dos violadores e dos membros do conselho tribal envolvidos. Enquanto neste caso, o jornalista moambicano defende a impunidade! Contrariando a ideologia e valores conservadores, sexistas e talibanescos do jornalista, as autoridades moambicanas tm que intervir. Para que a justia seja reposta e para que no seja v e intil (e at hipcrita!) a aprovao de tantos instrumentos legais que protegem os direitos de cidadania de todas/os ns, mulheres, homens e crianas. E para mostrar que estamos de verdade num Estado de direito. Menos do que isso ceder lei arbitrria decidida e aplicada por lderes locais, indo contra das leis que consideram a violao como crime. Lembre-se que Pedro Nacuo foi premiado em 2011 na categoria de imprensa escrita na 13 edio do Prmio Sade para Jornalistas, promovido pelo Ministrio da Sade, em parceria com o Sindicato Nacional de Jornalistas e a Organizao das Naes Unidas. Assim, assombroso que um jornalista premiado por escrever sobre sade justifique que a mulher violada tenha sido maltratada pelos enfermeiros do hospital aonde foi levada. Este senhor recebe um prmio do Ministrio da Sade mas est a promover condutas indignas da profisso mdica, nomeadamente, rir de um estupro colectivo e culpabilizar a vtima: Ficou, infelizmente, a histria de rir: no hospital, os enfermeiros, no sendo Lkus(*), s puseram-se a trat-la, como o fariam a uma pessoa que deliberadamente se meteu debaixo de um carro para que fosse pisada. Para finalizar, exigimos que a justia cumpra as leis do Estado, sancionando os agressores (os violadores e o lder que os guiou) e mandando, assim, uma mensagem forte a quem quer decidir por si os limites da legalidade no pas. Solicitamos que o jornal Notcias publique esta nota como direito de resposta para repor princpios fundamentais dos direitos humanos, que norteiam a nossa jovem democracia. Assinam: WLSA Moambique - Mulher e Lei na frica Austral LAMBDA - Associao de Defesa das Minorias Sexuais Frum Mulher AMMCJ - Associao Moambicana das Mulheres de Carreira Jurdica AMCS - Associao das Mulheres na Comunicao Social FORCOM - Frum das Rdios Comunitrias

Q 2012 Entrmos recentemente para o novo ano (civil), o 2012. Mais do que festas e festanas, que sempre foram tradio em Moambique e um pouco por todo o mundo, um momento de reflexo das prticas (boas e/ou erradas) que marcaram o(s) ano(s) transacto(s). Um novo ano equipara-se a uma criana recm-nascida, que deve ser revestida de valores que a conduzam a um crescimento so, e procurar, sempre que possvel e oportuno, afast-la de prticas nocivas. O ano transacto foi marcado por clivagens poltico-partidrias que no importa aqui referir, em que uns ameaavam retornar guerra no caso de o ritmo das coisas continuar o mesmo; e outros consideravam que o promotor de tais discursos no passava de um palhao desnorteado e inimigo da paz. Esperamos que, nesse novo ano, os lderes no recorram a discursos belicistas e divisionistas, que de certa forma podero retrair o investimento estrangeiro, que tanta falta faz em Moambique, nem to-pouco a discursos do tipo ns que libertmos o Pas, por isso temos o direito de ser ricos. Estes pronunciamentos consubstanciam aquilo que a Constituio considera no art. 38 e 39, de actos contrrios Constituio e ordem constitucional. Espero que o novo ano ensine os membros e simpatizantes do partido no poder que o facto de um indivduo ser da oposio no significa ser inimigo do Pas, mas sim v as coisas sob um outro ponto de vista diferente em torno do mesmo objecto Moambique. Um indivduo pode no pertencer a nenhum partido poltico, mas participar na vida poltica do Pas, contribuindo, qui, para o seu desenvolvimento. Isso constitui um dever constitucional consagrado no art.45 alnea e) que estabelece: Todo o cidado tem o dever de servir a comunidade nacional, pondo ao seu servio as suas capacidades fsicas e intelectuais e o artigo 39 acrescenta, que ningum deve ser discriminado em virtude da sua opo poltica. A adeso a um partido poltico um direito fundamental com dignidade constitucional e constitui o corolrio do pluralismo poltico, enquanto princpio estruturante do Estado moambicano. Tal acto equipara-se adeso a uma confisso religiosa, que, de igual modo, constitui o pluralismo religioso, e que ningum deve ser discriminado por optar por esta ou aquela religio. que nos dias que correm, quando um indivduo faz um discurso denunciando factos verdadeiros conotado como membro da oposio. E o ser da oposio mesmo entre amigos sinnimo de segregao. Espero que o novo ano ensine os nossos dignos representantes do povo (Deputados), a conhecer o papel que os levou Magna Casa; porque tudo indica que muitos deles, e principalmente os da maior bancada parlamentar, no sabem porque foram eleitos e ocupam aqueles cargos. A maior parte dos seus discursos ou confundem-se com os do Governo ou centram-se no culto de personalidade (lambebotismo) ao Presidente da Repblica ou ao PARTIDO. comum ouvir entre os Deputados, agradeo, a minha bancada, a bancada x, e ao presidente do Partido x pela sua sbia direco. No distrito x ou y construmos 3 poos, a populao j no sofre de falta de gua. Afinal, quem diria isso um Deputado ou um Ministro, visto fazer ele parte do executivo? Esses discursos em pouco ou nada interessam ao Povo. Ao Deputado cabe-lhe o papel de fiscalizador as aces do Governo, apresentando as preocupaes daqueles que os elegeram. O art. 173 alnea e) consagra: so poderes do deputado: fazer perguntas e interpelaes ao governo. Ao invs de os dignos Deputados fazerem uso desse poder que a CRM lhes confere, ficam bajulando o executivo. Esses no so os deputados de que o Pas precisa. Queremos Deputados que falam das verdadeiras preocupaes do Povo e no bajuladores, preocupados apenas em garantir um novo mandato. Queremos saudar a cultura de dilogo demonstrada pelo nosso chefe do Estado ao aproximar-se do lder da oposio para in loco ouvir as suas preocupaes; tudo isso no interesse superior da nao para salvaguardar a paz enquanto bem supremo. Pese embora em alguns crculos de opinio digam que foi pressionado pelos seus correligionrios. Mas quanto a ns importa mais o acto to nobre que o Presidente praticou a bem da paz e da nao moambicana. Obrigado senhor Presidente! Continue com esse gesto noutros domnios da governao do Pas. Isso uma mera reflexo de um cidado sem referncia, que no pertence a um ou outro partido poltico, preocupado com o status quo das coisas no nosso Pas, e que espera que os erros do passado sirvam de lio para o presente, e que o 2012 no seja o ano de as pessoas se apontarem o dedo, mas de reconciliar e juntas trabalhar em prol da nossa Prola do ndico. E mais no disse. Elvino Dias e Mutola Escova

Nota: (*) Lku: homem que no passou pelos ritos de iniciao

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27 Janeiro 2012

Somlia: Regresso depois do infernoEm carros puxados por burros, carregados com os seus pertences, somalis regressam, decorridos quatro anos, aos destrudos bairros desta cidade, que estiveram sob controlo do grupo islmico Al Shabaab. Agora que grande parte da capital foi recuperada pelas foras do governo, apoiadas pela Unio Africana, os moradores sentem-se encorajados para retornar s suas casas aps a surpreendente retirada dos extremistas em Agosto do ano passado.Texto e Foto: Abdurrahman Warsameh/IPS

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MUNDOpor

O ministro do Interior lbio, Fauzi Abdelali, desmentiu que o ataque de segunda-feira contra a cidade de Bani Walid tenhasido efectuado por apoiantes do lder deposto Muammar Kadhafi, garantindo que foi originado por problemas internos.

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no sabe como poder pagar a reconstruo. O Governo Federal de Transio Somali, financiado pela Organizao das Naes Unidas (ONU) e por pases doadores, no conseguiu apoiar economicamente os moradores para que reconstruam as suas casas. E as agncias de ajuda internacionais continuam ocupadas dando assistncia aos refugiados por causa da fome. Os desafios de segurana persistem. Centenas de minas terrestres sem explodir, colocadas pelo Al Shabaab, permanecem espalhadas em todas as reas abandonadas pelos rebeldes islmicos. Funcionrios do governo alertaram os cidados para a presena de explosivos, que j mataram vrios civis e feriram dezenas. Os que regressam tambm dizem que os prprios soldados governamentais so uma ameaa. Soldados so acusados de assassinatos, violaes, roubos e saques. O governo imps o estado de emergncia nas reas antes ocupadas pelos islmicos, enquanto os tribunais militares j julgaram e condenaram vrios soldados por

violaes e saques. Alguns foram condenados morte por assassinarem civis, e outros receberam penas de priso. Nas ltimas semanas os abusos diminuram. Enquanto isso, escolas e mercados comeam lentamente a reabrir em Mogadscio, enquanto o governo municipal faz reparaes na principal avenida da cidade. A iluminao voltou a alguns distritos, as ruas foram limpas e o lixo recolhido. Contudo, os demais servios ainda esto ausentes. Apenas companhias privadas fornecem gua e electricidade para os moradores que podem pagar. Os hospitais nas reas abandonadas pelos islmicos esto destrudos ou fechados. Dahir Kulmiye e a sua famlia de cinco membros voltaram sua casa parcialmente destruda em Hodan, pouco depois de os rebeldes abandonarem a cidade, em Agosto. Ele disse que a falta de gua e electricidade o maior problema, enquanto as empresas pblicas, destrudas durante duas dcadas de guerra civil, tentam reiniciar os seus servios. A falta de gua potvel outro grande problema para

ns desde que regressmos, h um ms. A companhia de energia restaurou a electricidade em muitas casas, e esperamos que chegue at a nossa em breve, afirmou Kulmiye IPS, acrescentando que os seus filhos no tiveram outra opo a no ser ir para uma escola distante de casa porque as mais prximas esto em reforma. Mohamed Hallane contou que a sua famlia queria regressar sua antiga casa, no distrito de Hawlwadag, no sul da capital, antes reduto do Al Shabaab. Mas a residncia foi destruda por morteiros e precisa de grande reforma para que se possam mudar. Fui ver a minha casa. As reas esto seguras, mas quase todas as casas no nosso bairro apresentam marcas de projcteis, e h buracos feitos por balas por todo o lado, descreveu Hallane IPS. Enquanto os somalis tentam reconstruir as suas vidas, tambm encontram tempo para desfrutar de momentos de lazer. Pela primeira vez em anos puderam visitar as praias de Mogadscio. Centenas de pessoas foram praia de Lido no final de semana do Natal.

Apesar de ainda ocorrerem incidentes, h uma crescente sensao de segurana. Os residentes iniciaram um lento processo de reconstruo das suas casas e das suas vidas, embora no haja dados oficiais de quantos voltaram para as reas antes ocupadas pelo Al Shabaab. Muitos tiveram que passar anos em condies de misria em abrigos improvisados nos arredores da cidade.

Maryan Guled viveu com o seu marido e cinco filhos no acampamento de Elasha, arredores de Mogadscio, desde 2008. Agora puderam regressar ao seu antigo bairro no distrito de Hodan, mas encontraram a sua casa completamente destruda aps os confrontos pelo controlo da cidade. A famlia fora obrigada a abandonar a casa depois de uma rajada de tiros ter matado a irm de Guled.

As coisas comearam a ir mal quando, surpreendentemente, o nosso bairro se transformou, em 2008, no palco de bombardeios indiscriminados e tiroteios. A minha irm e muitos dos meus vizinhos, que estavam bem prximos, morreram diante dos meus olhos. Tivemos de fugir sem nada alm das nossas vidas, contou Guled, enquanto varria o quintal da sua arruinada casa. Ela disse que

100 dias de Occupy London. Quando um protesto pacfico incomoda muita genteLembrem-se: a definio legal de ocupar` significa entrar em guerra/conito. o que se pode ler num cartaz pendurado na parede da tenda principal, no meio do acampamento. No The Occupied Times, o jornal feito e distribudo pelo movimento, pode ler-se na capa: Juiz decide contra o Occupy London. A deciso do tribunal j pblica e os manifestantes vo ter de sair pelo seu prprio p. Caso contrrio, sairo fora.Texto: jornal Ionline Foto: LUSA

A equipa legal do movimento tem