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1 Fernando Henrique Portugal Lucas Higor Zanon Zandonadi Rhuann Rossi Wickson Lacerda TRABALHO SOBRE A BACIA DO ESPÍRITO SANTO São Mateus 2014

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    Fernando Henrique Portugal Lucas

    Higor Zanon Zandonadi

    Rhuann Rossi

    Wickson Lacerda

    TRABALHO SOBRE A BACIA DO ESPRITO SANTO

    So Mateus

    2014

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    TRABALHO SOBRE A BACIA DO ESPRITO SANTO

    Trabalho apresentado disciplina

    de Geologia de Petrleo, do curso

    de Engenharia de Petrleo, daUniversidade Federal do Esprito

    Santo.

    So Mateus

    2014

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    Sumrio

    1. Introduao.................................................................................... 32. Histrico do setor de petrleo e gs natural do Estado do

    Esprito Santo.............................................................................. 4

    3. Bacia Esprito Santo-Mucuri........................................................ 53.1 Pr-Sal.................................................................................. 9

    4. Implicao Econmica................................................................ 105. PetroCity...................................................................................... 116. Royalties...................................................................................... 127. Leilo da ANP amplia investimentos no ES no setor

    de petrleo................................................................................... 137.1 Blocos Terrestres................................................................... 137.2 Blocos Martimos.................................................................... 13

    8. Estudo de Caso............................................................................ 148.1 Avaliao de diferenas composicionais do petrleo Fazenda Alegree a produo de lubrificantes naftnicos..................................... 148.2 Amostras estudadas e resultados da anlises...................... 148.3 Caracterizao petrolgica e geoqumica dos argilominerais

    esmectticos do Campo de Fazenda Alegre, Bacia doEspirito Santo....................................................................... 158.3.1 Objetivos Gerais......................................................... 168.3.2 Concluses................................................................. 16

    8.4 Estimativa do tempo de resposta para um derrame de petrleoproveniente das instalaes offshore do Esprito Santo..... 16

    9. Concluso................................................................................. 1810. Referncia Bibliogrfica............................................................. 19

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    1. Introduo

    Este trabalho foi baseado na pesquisa sobre a Bacia do Esprito Santo,

    passando pela histria petrolfera de explorao nessa bacia ao longo dos

    anos, desde o inicio da explorao at os dias atuais de plena expanso.

    Mostraremos tambm as implicaes econmicas dessa bacia para o estado,

    mostrando que essencial para a economia do Esprito Santo h vrias

    dcadas, se tornando um dos pilares para a boa manuteno do estado. E por

    ltimos falamos sobre estudos de caso na bacia. O contedo citado, est

    melhor desenvolvido de forma clara e objetiva nas pginas subseqentes.

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    2. Histrico do setor de petrleo e gs natural do Estado do Esprito Santo

    As pesquisas para a explorao de petrleo e gs no Esprito Santo tiveramincio em 1957, no norte do Estado. A primeira descoberta de petrleo paraexplorao comercial somente veio a ocorrer no fim da dcada seguinte, nomunicpio litorneo de So Mateus, com a produo comeando em 1973.

    Um marco para o desenvolvimento da indstria de gs natural no Estado foia descoberta em 1988 de gs no associado ao petrleo na foz do Rio Doce,onde mais tarde entraram em produo os campos de Pera e Cango. No fimde 1993, o governo do Estado assinou com a Petrobras Distribuidora contrato

    de concesso para a distribuio do gs natural em seu territrio, de acordocom a nova legislao sobre o assunto.

    A partir da dcada de 1990 se deram diversas descobertas de campos paraexplorao e produo. Em 1996, foi descoberto o campo de Fazenda Alegre,com o maior volume de petrleo registrado no Estado, alm do campo deCango, o primeiro de gs localizado no mar capixaba com reserva comercial.No ano seguinte, foi descoberto o campo martimo de Pero, com a maiorreserva de gs natural do Estado.

    No incio deste sculo, em 2001, houve a descoberta do campo martimo deJubarte, que iniciou a produo em 2002, ano tambm da descoberta docampo de Cachalote. Em 2003, foram os campos martimos do Parque dasBaleias, denominados Baleia Franca, An, Azul e Jubarte, que iniciaram aproduo de leo leve em 2006. Em 2005, ocorreu a descoberta do campoterrestre de Inhambu e do campo martimo de Canapu.

    Em 2006, houve a inaugurao de diversos empreendimentos deinfraestrutura, como a Estao de Fazenda Alegre, o Terminal Norte Capixaba,a Unidade de Tratamento de Gs de Cacimbas e a Plataforma de Pero.

    Ocorreu tambm o lanamento do Plano de Antecipao da Produo de Gs(Plangs), favorecendo os projetos de produo e de logstica de gs naturalnas Bacias do Esprito Santo, Santos e Campos. Ainda em 2006, foidescoberto petrleo leve pr-sal no campo de Caxaru.

    No ano seguinte, entrou em operao o gasoduto Cacimbas-Vitria, assimcomo o navio-plataforma FPSO Cidade de Vitria, no campo de Golfinho.Nesse perodo, a Unidade de Negcios do Esprito Santo (UN-ES), ultrapassoua produo de petrleo de 150 mil b/d e superou o volume de 2 milhes dem/dia na entrega de gs ao mercado capixaba.

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    O Estado foi palco de um marco histrico no setor de petrleo e de gsnatural em 2 de setembro de 2008, quando ocorreu o incio da produonacional na regio do pr-sal. Posteriormente, foram confirmadas duas novasdescobertas nos reservatrios do pr-sal, com reservas estimadas entre 1,5bilho e 2 bilhes de barris de petrleo leve e gs natural no Parque dasBaleias.

    Em virtude da queda da demanda de gs natural provocada pela criseinternacional, a Petrobras suspendeu em agosto de 2009 a produo doscampos de gs no associado de Pero e Cango, ambos pertencentes Bacia do Esprito Santo. No mesmo ms, a Shell iniciou a produo de petrleoe gs no Parque das Conchas, na regio sul do Esprito Santo, com o FPSOEsprito Santo, cuja capacidade de processamento de 100 mil barris depetrleo e 1,42 milho de m de gs natural por dia. Alm disso, a embarcao

    pode armazenar cerca de 1,5 milho de barris de petrleo para carregamentoat a costa por navios petroleiros.

    Em 2010, o relatrio de reservas provadas divulgado pela Petrobras incluiuna contabilizao reservas provadas no pr-sal da Bacia do Esprito Santo naordem de 182 milhes de barris equivalentes de petrleo (bep).

    3. Bacia Esprito Santo-Mucuri

    As bacias de Mucuri e Esprito Santo ocupam uma rea explorvel de18.000 km2 em sua parte terrestre, ao longo dos litorais sul do Estado da Bahiae centro-norte do Estado do Esprito Santo, e estendem-se ainda para aplataforma continental, onde cerca de 200.000 km2 encontram-se sob lminadgua de at 3.000 m.

    O limite sul, com a Bacia de Campos, a feio geolgica conhecidacomo Alto de Vitria, enquanto o limite norte, com a bacia de Cumuruxatiba,corresponde ao limite norte do Complexo Vulcnico de Abrolhos, que em terracorresponde regio de embasamento raso do Alto de Alcobaa.

    A evoluo tectono-sedimentar pode ser associada a trs

    megasseqncias ou fases principais. A fase sinrifte (Formao Cricar), deidade Neocomiano/Aptiano, composta por rochas sedimentares depositadasem ambiente continental, registrando-se rochas vulcnicas, representadas pelaFormao Cabinas, que repousam discordantemente sobre o embasamentopr-cambriano, na base da coluna sedimentar ou intercaladas com sedimentossinrifte.

    A megasseqncia transicional (Formao Mariricu), de idade aptiana, composta por sedimentos siliciclsticos (Membro Mucuri) e evaporitos (Membro

    Itanas), que marcam as primeiras incurses marinhas na bacia. Esta

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    seqncia relaciona-se ao estgio final da fase rifte, durante o processo deseparao dos continentes.

    A megasseqncia ps-rifte ou marinha caracterizada por umaseqncia marinha de idade albiana, composta por rochas siliciclsticas e

    carbonticas do Grupo Barra Nova, recoberta por uma seqncia siliciclsticamarinha transgressiva (Formao Urucutuca) de idade cenomaniana a eocena,seguida por uma seqncia marinha regressiva (formaes Rio Doce eCaravelas), do Meso/Eoceno ao Recente. Durante a fase de subsidncia termala evoluo da bacia intensamente influenciada pela tectnica salfera.

    O Complexo Vulcnico de Abrolhos caracterizado por rochasvulcnicas extrusivas e intrusivas recobrindo sedimentos tercirios e cretcicosdas bacias de Mucuri e Esprito Santo. A seqncia vulcanoclstica inclui tiposlitolgicos distintos como tufos, basaltos, hialoclastitos, brechas, diabsio egabro, apresentando idades entre 64 e 32 Ma.

    Bacoccoli (1982) e Sobreira (1996) propem modelos geolgicos em queas vulcnicas de Abrolhos so alimentadas por dipiros do manto e intrusesgneas locais, com focos vulcnicos na plataforma continental da Bacia doEsprito Santo, enquanto Parsons et al. (2001) interpretam que as rochasvulcnicas so extrusivas e com fonte distante da rea de ocorrncia.

    Diques gneos e evidncias de estruturas afetando a seo sedimentardo Tercirio Superior so reportadas por Sobreira (1997). Na zona de charneirada bacia so notadas reativaes de falhas associadas fase sinrifte doCretceo Inferior, algumas das quais apresentam movimentaes at oTercirio Superior. Na regio entre as bacias de Mucuri e Esprito Santo,peculiar estilo de tectnica de sal condicionado pela sobrecarga dasvulcnicas de Abrolhos formando frentes de empurres com vergncia nadireo do continente.

    Numa primeira fase de halocinese, ocorreu a formao de falhasextensionais normais com mergulho predominante para leste, semelhana

    das falhas da Bacia de Campos.Numa segunda fase de halocinese, a barreira formada pela extruso e

    intruso de lavas baslticas e rochas gneas na regio de Abrolhos resultounum obstculo para o fluxo de sal na direo da bacia profunda, resultando namobilizao de evaporitos e folhelhos em direo contrria (oeste), associada afalhas de empurro com vergncia na direo do continente, e formao defeies compressionais.

    No terceiro estgio, ocorreu a formao de dipiros de sal penetrantes

    nas camadas sedimentares mais jovens, alguns dos quais afetam o Tercirio

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    Superior e Quaternrio. Experimentos de modelagem fsica reproduzem combastante fidelidade esse tipo de estruturao.

    Com o objetivo de caracterizar os tipos de leo conhecido na BaciaTerrestre do Esprito Santo quanto a origem, bem como avaliar o estagio de

    alterao dos mesmos, foram analisados geoquimicamente 62 amostras deleo, coletadas de poos produtores, previamente selecionados. Os dadosdescritos a seguir:

    TIPO A

    Oleo leve, muito maturo, gerado a partir da matria orgnica depositadaem ambiente de lagos salgados de modo geral no biodegradados. Esse tipode leo ocorre preferencialmente nos reservatrios turbiditicos cretacico-terciarios dos Paleocanyons de Fazenda Cedro e Regncia, e nos

    reservatrios albianos da Plataforma de Regncia.

    TIPO B

    Oleo gerado a partir da matria orgnica depositada em ambientes delagos salgados, termicamente menos evoludo que o leo do tipo A ecomumente submetido a avanado estagio de biodegradao.

    A ocorrncia desse tipo de leo restrita aos reservatrios Alagoas, decampos da Plataforma de So Mateus, Rio Mariricu, Rio Preto, Rio Preto Oestee Crrego das Pedras.

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    TIPO C

    leo misto gerado a partir de matria orgnica depositada em ambientede gua salgada, com influencia de matria de origem continental de guadoce

    Esse leo caracteriza-se, principalmente, por valores de razo isotpicade carbono mais negativa que -26%

    A ocorrncia do leo tipo C restrita aos reservatrios Alagoas,

    constituindo trapas estratigrficas observadas especialmente na Plataforma deSo Mateus ( Campos Mariricu, Mariricu Oeste, Rio So Mateus, CrregoCedro e Crrego Grande) e secundariamente no Paleoncanyon de FazendaCedro ( Campo de Campo Grande).

    As acumulaes de Crrego Cedro Norte e Crrego Grande formatambm interpretadas como leo misto, mesmo apresentando de at -25,6. Os leos destas acumulaes encontram-se extremamente

    biodegradados, o que justificaria estes valores.

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    3.1 Pr-Sal

    A rea total do pr-sal est estimada pelo Governo Federal em 149.046

    km, e se distribui pelas bacias de Santos, de Campos e do Esprito Santo.Dessa rea, 6,97% esto localizados na plataforma continental do EspritoSanto, correspondentes a 10.386 km. No Esprito Santo, as reas concedidasno pr-sal tota- lizam 3.187 km, correspondendo a 30,9% do total do Estado, eesto localizadas ao norte da Bacia de Campos.

    A Petrobras, como concessionria na regio denominada Parque dasBaleias no Esprito Santo, confirmou descobertas no pr-sal, cuja produoatingir 200 mil b/d em 2012, estimando suas reservas nesses campos do pr-sal em at 2 bilhes de barris. As reservas capixabas atuais nos campos dops-sal so de 1,2 bilho de barris.

    Considerando ainda que o Parque das Baleias corresponde a 16,5% darea total do pr-sal do Esprito Santo, as reservas totais provveis na rea dopr-sal no Estado podem chegar a 12 bilhes de barris, dos quais cerca de 8bilhes esto localizados em blocos ainda no concedidos. Para essesvolumes, e seguindo os mesmos critrios de precificao adotados pelo Rio deJaneiro, o Estado capixaba poder vir a obter participaes governamentaistotais nas reas no concedidas, pela legislao vigente, de seu pr-sal da

    ordem de R$ 3,3 bilhes ao ano.

    O Estado iniciou, em setembro de 2008, a primeira extrao de petrleona camada pr-sal do Brasil no Campo de Jubarte. A UN-ES, da Petrobras, foiresponsvel por iniciar o primeiro teste de longa durao na camada pr-sal.

    A unidade produz petrleo no Campo de Jubarte desde dezembro de 2006,em um reservatrio localizado acima da camada de sal, por meio da plataformaP-34. De acordo com a Petrobras, o fato dessa plataforma se situar prxima dopoo exploratrio descobridor de petrleo no pr-sal, abaixo do Campo de

    Jubarte, em lmina d`gua de 1.375 metros, possibilitou a antecipao daproduo da camada pr-sal no Esprito Santo.

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    4 IMPLICAO ECONMICA

    No Esprito Santo a explorao dos blocos comprados pela gigantenorueguesa Stat Oil vai acelerar a reduo dos territrios dapesca artesanal,impedindo o acesso de pescadores s rotas do pescado, afetando diretamenteo trabalho e a segurana alimentar de dezenas de milhares de homens emulheres que vivem da pesca e dos mariscos, alm de ameaar diretamenteuma rea de excepcional valor na costa capixaba, o recife de Abrolhos, rea daBaleia Jubarte.

    Em solo, uma gigantesca infraestrutura est sendo construda, ao longo da

    costa capixaba, com recursos pblicos do PAC, do BNDES, atraindo grandemo de obra, voltil, temporria, precarizada, afetando pequenas e mdiascomunidades com problemas como prostituio e violncia.

    So vrios terminais de gs e leo, alm de dutos cruzando todo o Estado,o estaleiro Jurong; em Aracruz-ES, as siderrgicas como aSamarcoe o portoem Anchieta, os terminais de logstica e administrativos na regiometropolitana de Vitria, a fbrica de fertilizante em Linhares.

    O petrleo aciona as demais corporaes de uma economia cada vez mais

    primarizada, focada na explorao de recursos in natura ou, no mximo, naproduo de semielaborados. No Esprito Santo, o boompetroleiro aciona umalgica perversa: mais petrleo, mais ferro, mais ao, mais fertilizante qumicopara o eucalipto e a cana-de-acar, mais greenwashing (lavagem verde) deum ambientalismo empresarial e compensatrio, como doProjeto Tamar,um

    claro marketing verde da Petrobras.

    A corrupo outro elemento intrnseco ao setor petroleiro, haja vista aquantidade de polticos, prefeitos, vereadores, gestores pblicos processadospelo Ministrio Pblico e literalmente encarcerados pela Polcia Federal por

    desvio de royalties e cobrana de propinas.

    A localizao geogrfica privilegiada do Estado, aliada s suas vastasreservas de hidrocarbonetos, concedem ao Esprito Santo uma vocao naturalpara o desenvolvimento do setor de petrleo e gs natural e para umaconsequente expanso dessa cadeia produtiva. As perspectivas decrescimento em torno da explorao da atividade movimentam negcios egeram investimentos, surgindo boas oportunidades para os investidores.

    Indstria naval - A crescente demanda brasileira, impulsionada pela

    descoberta do potencial da camada pr-sal, gera boas oportunidades denegcios no campo da construo naval, e o Estado do Esprito Santo

    http://www.ihu.unisinos.br/noticias/512179-pescadores-em-luta-contra-a-propria-agoniahttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/512179-pescadores-em-luta-contra-a-propria-agoniahttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/512179-pescadores-em-luta-contra-a-propria-agoniahttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/503751-entre-a-terra-e-o-marhttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/503751-entre-a-terra-e-o-marhttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/503751-entre-a-terra-e-o-marhttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/503751-entre-a-terra-e-o-marhttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/512179-pescadores-em-luta-contra-a-propria-agonia
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    concentra excelentes condies para a implantao de empreendimentosnesse setor.

    Indstria de fertilizantes - O Esprito Santo possui grande potencial parahospedar uma fbrica de fertilizantes nitrogenados. H uma crescente

    demanda brasileira pelo insumo e o Estado, alm de ser um grande produtorde gs natural, matria-prima importante na produo de fertilizantes,apresenta uma boa malha logstica para a sua distribuio.

    Usinas termeltricas - A previso de expanso da produo de gs naturalcapixaba nos prximos anos, aliada boa integrao do Estado malhadutoviria brasileira de gs natural, torna o Esprito Santo uma regio bastanteatraente para a instalao de usinas termeltricas.

    Acredita-se que a qualidade da infraeestrutura porturia dever favorecer a

    instalao de terminais de regaseificao e liquefao de gs natural noEstado. Nos ltimos anos, o Esprito Santo tem acompanhado a instalao deUnidades de Processamento de Gs Natural, como a de Cacimbas, localizadano municpio de Linhares ao norte do Estado, e a de Anchieta, localizada naregio de Ubu, atualmente o principal polo de atrao de investimentos noEstado.

    5 PetroCity

    O prncipe saudita Khaled bin Alwaleed est de olho nos investimentos a

    partir do petrleo vindo do pr-sal brasileiro. Por isso, considerou o terminalporturio PetroCity, que ser implantado em So Mateus, seu investimentoprioritrio.

    O empreendimento voltado para apoio s operaes offshore de petrleo egs, incluindo o pr-sal, ter 12 beros e demandar R$ 480 milhes naprimeira fase, com entrada em operao at o final de 2016. Mas no total,Khaled far uma injeo de recursos que pode chegar a R$ 2,115 bilhes noEstado, pois tambm apostar em um estaleiro no local.

    Em tima localizao, o PetroCity fica perto da maior rea de produo e nomeio da costa do Brasil, em uma regio de muita demanda por conta do pr-sal, mas que no era atendida de forma especializada.

    A construo do porto da Petrocity em Urussuquara, So Mateus, devealavancar a economia local, mas vista com preocupao por moradores, jque pode trazer impactos ambientais e reduzir a qualidade de vida na cidade.

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    6 Royalties

    A indstria de petrleo no Esprito Santo possibilita o pagamento deroyalties relativos explorao de petrleo e gs natural aos municpios nosquais esto localizados os campos produtores e as instalaes das empresas.As cidades capixabas so beneficiadas via impostos e pelo recebimento deroyalties, que so uma compensao financeira exigida dos concessionrios daexplorao e produo de petrleo e gs natural. Alm delas, os recursos socreditados ao governo do Estado, proprietrios de terras, Ministrio da Marinhae Ministrio da Cincia e Tecnologia.

    Os valores devem ser aplicados na viabilizao de projetos e de programasdestinados a fomentar o desenvolvimento scio-econmico do Estado, comvistas ao desenvolvimento sustentvel, inclusive aps o ciclo do petrleo. Parabeneficiar os 68 municpios capixabas que no recebem royalties petrolferos, oGoverno do Estado criou o Fundo para Reduo das Desigualdades Regionais,o primeiro projeto desta natureza aprovado no Pas. Os recursos soprovenientes do repasse de 30% dos royalties creditados no cofre pblicoestadual.

    Em vigor desde junho de 2006, a distribuio do dinheiro do Fundo leva emconsiderao a populao, o percentual de repasses do ICMS e a condio de

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    no ser grande recebedor de royalties. Os municpios que tm participaoacima de 10% no ICMS e mais de 2% dos royalties no tm acesso aosrecursos.

    Vale destacar que os recursos s podem ser gastos em saneamento bsico,destinao final de resduos slidos, universalizao do Ensino Fundamental eatendimento educao infantil, atendimento sade, construo dehabitao para populao de baixa renda, drenagem e pavimentao da viasurbanas e construo de centros integrados de assistncia social.

    7 Leilo da ANP amplia investimentos no ES no setor de petrleo

    A 11 rodada de licitaes de blocos exploratrios de petrleo e gs, queest sendo realizada no Rio de Janeiro pela Agncia Nacional do Petrleo, GsNatural e Bicombustveis (ANP), mostrou o forte potencial do Esprito Santo na

    atrao de investimentos no setor para os prximos anos. Os 12 blocosofertados no Estado (seis em mar e seis em terra) arrecadaram mais de R$500 milhes e devero receber mais de R$ 1 bilho de investimento dasempresas vencedoras.

    A rea total ofertada em terra foi de 178,72 km distribudos em blocos comrea mdia de 30 km. Em mar, sero 4.320 km divididos em seis blocos com,em mdia, 720 km cada.

    Os seis blocos em terra foram arrematados por duas empresas, Petrobras ea mineira Cowan. A estatal arrematou trs blocos sozinha e outros trs emparceria com a Cowan, sendo 50% de participao para cada uma e a empresamineira como operadora. Foram R$14,16 milhes pagos em bnus.

    No mar, foram leiloados outros seis blocos, sendo que nenhum foiarrematado sozinho. A estatal norueguesa Statoil levou todos os blocos dabacia, em parceria coma Petrobras e outras empresas.

    7.1 Blocos terrestres

    A poro terrestre da bacia atrativa para empresas de petrleo e gs

    de pequeno e mdio porte. Est localizada prximo aos centros consumidorescom infraestrutura de transportes, energia, habitao, comunicao, recursoshumanos e facilidades de produo j instaladas (oleoduto/gasoduto).

    7.1Blocos martimos

    Os seis blocos martimos includos na rodada esto em setorconsiderado de nova fronteira e esto prximos de reas arrematadas naTerceira, Sexta, Stima e Nona Rodadas de Licitaes da ANP.

    A poro martima da bacia classificada como de elevado potencialpetrolfero. As empresas que atuam na poro martima da bacia so

    Petrobras, Perenco e Repsol.

    http://www.sedes.es.gov.br/index.php/noticias/494-leilao-da-anp-amplia-investimentos-no-es-no-setor-de-petroleohttp://www.sedes.es.gov.br/index.php/noticias/494-leilao-da-anp-amplia-investimentos-no-es-no-setor-de-petroleo
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    De acordo com o secretrio de Estado de Desenvolvimento, Nery De Rossi,as instalaes porturias que o Esprito Santo ter nos prximos anos serode grande importncia para o desenvolvimento do setor

    8 ESTUDOS DE CASO

    8.1 AVALIAO DE DIFERENAS COMPOSICIONAIS DO PETRLEOFAZENDA ALEGRE E A PRODUO DE LUBRIFICANTESNAFTNICOS

    Sonia Maria Badar Mangueira Iorio

    Jos Roberto Cerqueira

    Bol. tc. Petrobras, Rio de Janeiro, 45 (3/4): 255-266, jul./dez., 2002

    Descreve-se, aqui, um procedimento capaz de identificar contaminaesdo petrleo Fazenda Alegre pelo petrleo Esprito Santo e de quantificar opercentual de contaminao. Relacionou-se a presena do petrleo EspritoSanto com alteraes nas propriedades dos gasleos. Foram analisadasamostras de petrleo de todos os poos que compem o petrleo FazendaAlegre para verificar se algum destes influenciava negativamente naspropriedades consideradas crticas para um leo lubrificante naftnico.

    8.2 AMOSTRAS ESTUDADAS E RESULTADOS DAS ANLISES

    Influncia dos 23 Poos Produtores na Qualidade do Petrleo FazendaAlegre

    Foram analisadas 23 amostras dos poos de Fazenda Alegre, recebidasem 15/08/2001. As anlises realizadas foram ponto de fluidez e densidade, etiveram por objetivo conhecer se existiam diferenas significativas entre ospetrleos dos poos.

    Como mostrado na figura 3, para a maioria dos poos analisados osvalores de ponto de fluidez so considerados iguais, e a variao observada foide 3 C (repetibilidade do mtodo). Apenas para um dos poos foi superior a 6C (reprodutibilidade do mtodo). Com relao densidade ( API), a diferenade at 1 API para petrleos considerada aceitvel e, neste caso, a maioriados poos apresentou diferena muito abaixo deste valor.

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    Constatou-se que no houve diferena significativa entre os poos quecompuseram a mistura de Fazenda Alegre at setembro de 2001.

    8.3 CARACTERIZAO PETROLGICA E GEOQUMICA DOS

    ARGILOMINERAIS ESMECTTICOS DO CAMPO DE FAZENDAALEGRE, BACIA DO ESPRITO SANTO

    Vanius Silveira Drozinski

    A importncia do estudo de argilominerais vem sendo fundamental naindustria do petrleo ao longo dos anos. Os argilominerais influenciamfortemente a porosidade, a permeabilidade e os padres de fluxo de fluidos nosreservatrios de hidrocarbonetos. Alm disso, as argilas podem mascarar a

    resistividade nos perfis eltricos, utilizados para a avaliao de reservatriosem subsuperfcie.

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    8.3.1 Objetivos Gerais

    Os principais objetivos deste estudo envolvem a caracterizaopetrolgica, geoqumica e paragentica dos argilominerais do grupo dasesmectitas e das fases diagenticas associadas nos reservatrios turbidticos

    do Campo de Fazenda Alegre, visando compreender a sua origem e condiesde evoluo, bem como definir a sua distribuio e influncia na qualidade dosreservatrios.

    8.3.2 Concluses

    Os reservatrios de FAL so predominantemente subarcseos mdios agrossos, moderadamente e pobremente selecionados, originalmente muitoricos em minerais detrticos pesados.

    Os principais processos diagenticos dos arenitos de Fazenda Alegreso dissoluo, compactao mecnica, cimentao por esmectita, caulinita, K-feldspato, dolomita, titnio, pirita, gipisita e calcita. Ocorrem ainda emquantidades desprezveis cristais de isolados de quartzo e apatita.

    Ainda que limitada, a compactao mecnica foi mais importante que acimentao na reduo de porosidade dos reservatrios de FAL.

    Os arenitos sofreram trs eventos de lixiviao, sendo que o primeiroresponsvel pela formao das caulinitas, o segundo pela formao das

    esmectitas, e o terceiro por sua dissoluo parcial. Embora parte do materialdissolvido tenha se reprecipitado, o balano entre porosidade de dissoluo degros, material reprecipitado no espao intergranular e ocupando espaointragranular, mostra que a dissoluo teve um papel importante na qualidadedos reservatrios de Fazenda Alegre.

    8.4 ESTIMATIVA DO TEMPO DE RESPOSTA PARA UM DERRAME DEPETRLEO PROVENIENTE DAS INSTALAES offshore DOESPRITO SANTO

    BARROS, M. B., SARMENTO, R.As atividades de explorao e produo de petrleo e gs na costa e

    territrio do ES prometem aquecer a economia do estado trazendoinvestimentos e gerando emprego e renda. Inerente a este tipo de atividadeexiste possibilidade de ocorrncia de acidentes, que podem acontecer apesardos complexos sistemas de segurana que so implantados nas instalaesoffshore, tais como blowouts, rompimento de tubulaes, falhas estruturais nasplataformas e coliso de navios. No caso de um derramamento de leoalcanar a zona costeira capixaba, os danos so catastrficos, por se tratar de

    uma regio constituda por sistemas ecolgicos importantes, mas tambm pelofato da zona costeira concentrar uma parcela significativa da populao, sendo

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    utilizada para diversos fins: pesca, turismo, lazer e terminais porturios. Sendoassim, o objetivo desta pesquisa disponibilizar informaes que venhamcontribuir para elaborao de planos de Contingncia para as atividades deexplorao offshore do ES, estimando o Tempo de Resposta para um possvelacidente ocorrido no litoral capixaba, proveniente das instalaes offshore,considerando a fora do vento como a nica forante da mancha de leo. Estaestimativa foi realizada atravs de um modelo de trajetria de derrame.

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    9 Concluso

    Conclumos com este trabalho que, alm de conhecer melhor a histria da

    nossa bacia esprito-santense, devemos nos preocupar com suaexplorao, seu futuro, sua economia, entre outros aspectos, importantedisponibilizar informaes que venham a contribuir para elaborao deplanos de Contingncia para as atividades de explorao offshore do ES.Estimar o tempo de resposta para um possvel acidente ocorrido no litoralcapixaba, proveniente das instalaes offshore, considerando a fora dovento como a nica forante da mancha de leo. Entre outras preocupaessempre recorrentes nessa rea.

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    10 Referncia Bibliogrfica

    A INDSTRIA DO PETRLEO E O CASO DO ESPRITO SANTO. Autor:

    Adriano Pires. CLASSIFICAO E ALTERAO DE LEOS NA BACIA DO ESPRITO

    SANTO. Petrobras-Cenpes, Diviso de Explorao/Setor de geoqumica.

    www.anpgovr.

    www2.petrobras.com.br/boletim/Boletim_45_3/1.pdf

    gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/10/noticias/dinheiro/1466234-principe-saudita-esta-de-olho-nos-investimentos-a-partir-do-petroleo-vindo-do-pre-sal-brasileiro.html