bandagem elÁstica funcional para tratamento de...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia
ANA CAROLINE ARSENIOS
TÂNIA CRISTINA DE SOUZA DINI
BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL PARA TRATAMENTO DE LOMBALGIA EM TRABALHADORES:
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Bragança Paulista 2015
ANA CAROLINE ARSENIOS – R.A. 001201102054 TÂNIA CRISTINA DE SOUZA DINI – R.A. 001201102123
BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL PARA TRATAMENTO DE LOMBALGIA EM TRABALHADORES:
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientadora Metodológica: Profa. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa Orientadora Temática: Profa. Valquiria Oliveira Lopes Coorientador: Prof. Eduardo Henrique de Oliveira
Bragança Paulista 2015
ANA CAROLINE ARSENIOS TÂNIA CRISTINA DE SOUZA DINI
BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL PARA TRATAMENTO DE LOMBALGIA EM TRABALHADORES:
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Data de aprovação: ___/___/___
Banca examinadora: _______________________________________________________________ Profa. Esp. Valquiria Oliveira Lopes (Orientadora Temática)
Universidade São Francisco
_______________________________________________________________
Prof. Me. Claudio Fusaro (Professor Convidado)
Universidade São Francisco
_______________________________________________________________
Profa. Ms. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)
Universidade São Francisco
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................... 5
2 OBJETIVOS .................................................................... 9
2.1 Objetivo geral .................................................................... 9
2.2 Objetivos específicos ........................................................ 9
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................... 10
4 ARTIGO CIENTÍFICO .......................................................... 13
5 ANEXOS ............................................................................. 27
5
1 INTRODUÇÃO
As disfunções osteomusculares relacionadas ao trabalho são muito comuns e
correspondem a um conjunto de afecções relacionadas às atividades laborais que
acometem músculos, fáscias musculares, tendões, ligamentos, articulações, nervos,
sistema circulatório e tegumentar (1). Essas desordens geram sintomas álgicos e
ocorrem predominantemente na região lombar, pescoço e membros superiores.
A estrutura da coluna vertebral forma o alicerce do corpo, sendo constituída de
33 vértebras, agrupadas em cinco divisões: 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas,
5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais e 4 vértebras coccígeas. As vértebras sacrais e
coccígeas são fundidas formando uma única estrutura. A coluna é sustentada por discos,
ligamentos e músculos, e apresenta curvas distintas, conhecidas como lordoses cervical
e lombar e as cifoses torácica e sacro-coccígea. O acometimento destas estruturas e/ou
exacerbação destes desvios de forma anormal, sobrecarregam a coluna vertebral, levam
a um aumento da fadiga do trabalhador que podem evoluir para dor e incapacidade
funcional, e ao longo do tempo gerar e/ou agravar lesões (2,3).
As lesões e incapacidades decorrentes do comprometimento dos tecidos de
origem muscular, ligamentar e ósseo, são: fadiga da musculatura paravertebral,
distensão muscular, torção da coluna, instabilidade articular, hérnia de disco,
hipercifose, hiperlordose, escoliose, osteofitose. Essas lesões podem ocorrer pela
postura incorreta durante o trabalho associado à permanência por um longo período de
tempo em posturas estáticas, carregamento de peso e/ou levantamento de grandes cargas
da forma errada (5).
A postura é definida como a posição do corpo dentro de um espaço e a
disposição relativa de todos os segmentos corporais, na qual estabelece uma relação
direta com a força da gravidade de forma estática ou dinâmica (7). De acordo com o
posicionamento corporal, a postura pode ser classificada como adequada ou inadequada.
Uma forma adequada é quando exige a mínima sobrecarga de estruturas ósseas,
musculares e articulares, com um menor gasto energético, enquanto a forma inadequada
produz maior sobrecarga nas estruturas de sustentação e um equilíbrio menos eficiente
do corpo sobre suas bases de apoio (8).
6
A permanência na postura sentada leva ao aumento da pressão no disco
intervertebral, ocorre o achatamento do arco lombar e estiramento de todas as estruturas
da parte posterior da coluna, como ligamentos, articulações e nervos (4).
O trabalhador que permanece em seu posto de trabalho por longos períodos em
posição estática corre o risco de obter várias afecções osteomusculares, dentre elas
citamos a lombalgia, que se refere à dor lombar que acomete principalmente as regiões
de L3 – L4, L4 – L5 e L5 – S1, sendo considerada a principal causa de absenteísmo ao
trabalho, ultrapassando o câncer, o acidente vascular encefálico e a síndrome de
imunodeficiência adquirida como causa de incapacidade total ou parcial nos indivíduos
na faixa etária produtiva (4,5,6).
A dor lombar é uma das alterações musculoesqueléticas mais comuns em
indivíduos economicamente ativos, afetando 70% a 80% da população adultos jovens
em algum momento da vida. Dados do INSS do ano de 2006 apresentaram 2,32 milhões
de benefícios por incapacidade de trabalhadores com carteira assinada diagnosticados
com lombalgia. (12, 13,14, 15,16,17)
A dor pode ser causada de forma intrínseca quando está relacionada às
condições congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, neoplasias e desvios
posturais, ou de forma extrínseca decorrente do desequilíbrio entre a carga funcional e a
capacidade funcional, ou seja, ao esforço requerido para atividade laboral (4,9).
A dor resultante do acometimento de estruturas musculoesqueléticas profundas,
é normalmente descrita como tensão exagerada, sendo frequentemente referida em
estruturas distantes daquela comprometida (1).
A intervenção no quadro álgico abrange diversas técnicas e recursos
fisioterapêuticos que poderão ser utilizados para a melhora da dor e quando tratados os
primeiros sintomas, que normalmente, estão associados à lombalgia: espasmo, fraqueza
muscular, diminuição da amplitude de movimento, há tendência de uma recuperação
relativamente rápida e recorrência dos sintomas dolorosos (10,11).
Porém, mais de 50% dos indivíduos com episódio agudo de lombalgia pode
apresentar novos episódios dentro de um curto período de tempo. A persistência da dor
deve-se às anormalidades vasculares e a neuromodulação central da dor, da lesão
tecidual que gera estímulos nociceptivos contínuos, os quais alcançam a medula
espinhal, ativando os neurônios do corno posterior, prolongando a sensação de dor após
o estímulo cessar (4).
7
A lombalgia afeta principalmente indivíduos ativos profissionalmente, sendo
associada a diversos fatores, tanto individuais (peso, postura inadequada e fraqueza
muscular) quanto ocupacionais (sobrecarga excessiva, deslocamento de peso de forma
inadequada, permanência em posições estáticas por longos períodos de tempo e
sedentarismo). Faz-se necessário um diagnóstico correto e rápido para que possa ser
tratado corretamente, a história pessoal é de extrema importância para delimitar o início,
o tipo de dor, localização, irradiação e os fatores que desencadeiam a dor e os que
melhoram a mesma, não devendo esquecer o histórico familiar. (12, 13,14, 15, 16,
17,18)
Existem diversas técnicas para auxilio da diminuição da dor e as mais
comumente utilizadas no ambiente laboral são os alongamentos realizados no ambiente
de trabalho de forma ativa, ginástica laboral, quick massage, análise e orientação
ergonômica referente ao posicionamento e postura do trabalhador, adequação do
ambiente e do mobiliário, pausas e/ou rodízios durante os períodos de trabalho, e o uso
da bandagem elástica funcional (BEF) como tratamento complementar (1).
A utilização de bandagens teve seu início juntamente aos primeiros relatos
antigos, achados arqueológicos, escritas e imagens que datam épocas anteriores a Cristo.
Pergaminhos e livros dos escribas antigos contem imagens de métodos terapêuticos
rudimentares daquilo que seria hoje a bandagem funcional. Com a evolução dos
materiais ao longo dos tempos novos produtos surgiram por volta da década de 70
temos o início dos estudos em reabilitação contando com o desenvolvimento mais
aprofundado deste recurso (19).
O uso da BEF é recomendado tanto após a lesão quanto durante o processo de
reabilitação, já que atua em mecanismos que corrigem a função muscular fortalecendo
os músculos debilitados, melhora a circulação sanguínea e linfática, diminui a dor por
supressão neurológica e favorece a propriocepção, além de aumentar a excitação dos
mecanorreceptores cutâneos. Sua variabilidade está no tipo de bandagem, além de ser
elástica, fina, porosa não tem medicamentos em sua composição, pode ser utilizada
durante alguns dias, não restringe os movimentos e as articulações e permite ao paciente
a livre amplitude de movimento e a função total do segmento a ser tratado (1,4).
A BEF foi criada pelo japonês quiroprata Dr. Kenzo Kase em 1973, em Tokio,
Japão. Baseada na cinesiologia, partindo do pressuposto que os tecidos como fáscias,
ligamentos, tendões e músculos podem se beneficiar do contato do material que deve ser
8
aderido a pele - a fita “tape”. A princípio eram utilizados outros métodos de
enfaixamento como o uso de esparadrapos e formas rígidas de proteção (20). Por meio
de estudos foi desenvolvido um material elástico que adere a pele, o que hoje chamamos
de bandagem elástica funcional. Suas características são: produzidas 100% em algodão,
fabricadas com material hipoalergênico, seu adesivo é termoativo, não possuem
qualquer princípio ativo e são à prova d’água. Sua capacidade de extensão é de 140% de
seu comprimento original, aderida ao papel com um pré-estiramento de 10 – 25%,
dependendo do fabricante. Preconiza-se o uso da bandagem entre 2 a 5 dias após sua
aplicação na forma longitudinal (19, 21, 22).
A BEF não é utilizada como a única forma de tratamento, mas como um
componente adicional para o tratamento das disfunções osteomusculares. Os efeitos
fisiológicos que a bandagem elástica promove ocorrem através de estímulos mecânicos
e sensoriais duradouros de forma constante na epiderme, alcançando os receptores
sensoriais e nociceptivos (23, 24, 25). Estimula ainda as vias aferentes rápidas e mais
grossas que bloqueiam a transmissão da informação de dor pelas vias mais delgadas -
Teoria da Comporta da dor: inibe ou facilita a contração muscular, exercendo controle
de tônus. Corrige o posicionamento das articulações através de estímulos
proprioceptivos (19, 21).
Para o tratamento da dor e de patologias do sistema nervoso central e periféricos,
a BEF é um dos recursos utilizados, atuando diretamente nos efeitos neurofisiológicos
proporcionados por sua estrutura. O uso de técnicas de facilitação ou inibição muscular
são as mais comuns para tratamento da lombalgia, uma dá apoio e assistência imitando
o movimento normal das estruturas, mantendo sua amplitude de movimento, e a outra
diminui a inflamação através de estímulos sensoriais e limita a contração muscular
hiperativa. Com a aplicação da técnica ocorre o efeito analgésico devido a ação
exterocetiva da bandagem, ou seja, o efeito decorrente de seu contato com a pele. Este
contato proporciona o estimulo nos receptores cutâneos, provocando a despolarização
dos impulsos nervosos ao longo da fibra aferente até o sistema nervoso central (12, 13,
14).
A partir do conhecimento fisiológico e biomecânico da lombalgia em
trabalhadores e os efeitos do uso da BEF para diminuição e/ou controle de quadros
álgicos, estima-se que a BEF como tratamento complementar da lombalgia em
trabalhadores se mostre eficaz, contribuindo para resultados satisfatórios no tratamento
(25).
9
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Contribuir com o conhecimento teórico sobre a bandagem elástica funcional no
tratamento da lombalgia em trabalhadores.
2.2 Objetivos Específicos
Verificar publicações existentes do uso da bandagem elástica funcional em
trabalhadores;
Verificar a eficácia da bandagem elástica funcional em trabalhadores;
Identificar as principais ferramentas utilizadas para avaliar lombalgia, e qual
dessas ferramentas é mais apropriada para aplicar em trabalhadores.
10
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Yeng L, Teixeira M, Romano M. et al. Distúrbios osteo-musculares relacionados
ao trabalho. Rev. Med., 2001; 80(2):422-42.
2. Alter MJ. Ciência da Flexibilidade 2ª edição. ArtMed Editora, São Paulo, 2001;
Cap 18: 256-272.
3. Rasch PJ. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 1991.
4. Imamura ST, Kazuyama HS, Imamura M. Lombalgia. Rev. Med., edição
especial PT 2, 2001.
5. Jayson MIV. Why does acute back pain become chronic? Spine, 1997; 22:1053-
6.
6. Gerr F, Mani L. Work-Related Low BackPain. Primary Care, 2000; 27(4) 865-
872.
7. Junior EM, Milton H, Goldenfum MA, Siena C. Lombalgia Ocupacional. Rev.
Assoc. Med. Bras., 2010.
8. Hall CM, Brody LT. Exercício terapêutico: na busca da função. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
9. Colné P, Frelut ML, Peres G, Thoumie P. Postural control in obese adolescents
assessed by limits of stability and gait initiation. Gait Posture, 2008; 28(1): 164-
9.
10. Deliberato PCP. Fisioterapia Preventiva: fundamentos e aplicações. São Paulo
Manole, 2002.
11. Von Korff M. Studying the natural history of back pain. Spine, 1994; 19
(suppl), 20415-20465.
12. Issy AM, Sakata RK. Dor musculo-esquelética. Revista Brasileira de Medicina –
Especial Clínica Geral, 2005; V 67:3-11.
13. Deyo RA, Cherkin D, Conrad D, Volinn EC. Cost, controversy, crisis: low back
pain and the health of the public. Annual Review Public Health, 1991; V 12:
141-56.
14. Cecin HA, Molinar MHC, Lopes MAB, Morickochi M, Freire M, Bichuetti
JAN. Dor lombar e trabalho: um estudo sobre a prevalência de lombalgia e
11
lombociatalgia em diferentes grupos ocupacionais. Revista Brasileira
Reumatologia, 1991; 31: 50-6, 1991.
15. De Vitta A. A lombalgia e suas relações com o tipo de ocupação com a idade e o
sexo. Revista Brasileira de Fisioterapia, 1996; 1: 67-72.
16. Nachemson A. Back pain: delimiting the problem in the next millennium. Int J
Law Psychiatry, 1999; 22: 473-90.
17. Andrade SC, Araújo AGR, Vilar MJ. “Escola de coluna”: revisão histórica e sua
aplicação na lombalgia crônica. Revista Brasileira de Reumatologia, 2005; V
45(4):225-8.
18. Jorge RM, Jorge DM. Simulação em lombalgia: diagnóstico e prevalência. Acta
Ortopédica Brasileira, 2011; 19(4):181-83.
19. Weinstein SM, Herring AS, Cole AJ. Rehabilitation of patient with spinal pain.
In: De Lisa J. A., Gans B. M. Rehabilitation Medicine, Principles and Practice,
Philadelphia J. b. Lippcott Raven, 1998; p. 1423-1451.
20. Oliveira LR, Mejia DM. O efeito da bandagem funcional elástica na dor lombar.
Portal biocursos 2015; Artigo disponível:
http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/32/75_O_efeito_da_bandagem_func
ional_elYstica_na_dor_lombar.pdf
21. Iglesias JG, Peñas CF, Cleland J, et al. Short-Term Effects of Cervical Kinesio
Taping on Pain and Cervical Range of Motion in Patients ith Acute Whiplash
Injury: A Randomized Clinical Trial. Journal of orthopaedic & sports physical
therapy, 2009; volume 39, number 7.
22. Santos JCC, Giorgetti MJSG, Torello EM et al. A influência da Kinesio Taping
no tratamento da subluxação de ombro no Acidente Vascular Cerebral. Revista
Neurociências, 2010.
23. Halseth T, McChesney JW, DeBeliso M, et al. The effects of Kinesio Taping on
proprioception at the ankle. Journal of Sports Science and Medicine, 2004; 3:1-
7.
24. Oliveira VMA, Batista LSP, Pitangui ACR et al. Efeito do Kinesio Taping na
dor e discinesia escapular em atletas com síndrome do impacto do ombro.
Revista Dor. São Paulo, 2013; 14(1):27-30.
25. Jorge EM, Vieira, J.H, Sandoval RA. Kinesiology Taping Nas Lombalgias De
Trabalhadores Que Atuam Na Posição Sentada, 2012; Trances 4(3):181-206.
26. Hwang-Bo G, Lee JH. Effects of kinesio taping in a physical therapist with acute
low back pain due to patient handling: a case report. International Journal of
Occupational Medicine and Environmental Health, 2011; 24(3): 320-23.
12
27. Paoloni M, Bernetti A, Fratocchi G, Mangone M, Parinello L, Cooper MD, et al.
Kinesio taping applied to lumbar muscles influences clinical and
electromyographic characterist in chronic low back pain patients. Eur J.
Physioterapy Rehabilitation Medicine, 2011; 47:237-44.
28. Eardley S, Brien S, Little P, Prescott P, Lewith G. Professional kinesiology
practice for chronic low back pain: single blind, randomized controlled piloty
study. Forsch Komplementmed, 2013; 20:180-88.
29. Alonso AC, Santos LR, Baron C, Ayama S, Junior GBV. O efeito do uso da
bandagem functional no tratamento da dor lombar em costureiras: estudo piloto.
Centro de pesquisa avançadas em qualidade de vida, 2015; 7:1-8.
30. Parreira PCS, Costa LC, Takahashi R, Junior LCH, Junior MA, Silva TM et al.
Kinesio taping to generate skin convolutions is not better than sham taping for
people with chronic non-specific low back pain: a randomized trial. Journal of
Physioterapy; 2014. 60:90-96.
31. Sánchez AMC, Palomo ICL, Peñarrocha GAM, Sánchez MF, Labraca NS,
Morales MA. Kinesio taping reduces disability and pain slightly in chronic non-
specific low back pain: a randomised trial. Journal of Physioterapy, 2012;
58:89-95.
13
4 ARTIGO CIENTIFICO
Bandagem Elástica Funcional para tratamento da lombalgia em
trabalhadores: revisão bibliográfica
Elastic Bandage Functional for treatment of low back pain in workers : review
Ana Caroline Arsenios, graduando pela Universidade São Francisco, Bragança Paulista,
São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]
Tânia Cristina de Souza Dini, graduando pela Universidade São Francisco, Bragança
Paulista, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]
Valquiria Oliveira Lopes, docente da Universidade São Francisco, Bragança Paulista,
São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]
Resumo
Introdução: As disfunções osteomusculares relacionadas ao trabalho são muito comuns
e acometem muitos trabalhadores, dentre elas é muito comum a lombalgia. Existem
diversas técnicas para auxilio no tratamento da dor, dentre elas o uso da bandagem
elástica funcional (BEF) é recomendado. Objetivo: contribuir com o conhecimento
teórico sobre a BEF no tratamento da lombalgia em trabalhadores. Metodologia:
revisão sistemática onde foram selecionados artigos publicados no período entre 2010 à
2014, a partir das bases de dados PubMed, SciELO, Lilacs e Google. Resultados: todos
os artigos selecionados apresentaram diminuição no quadro álgico e melhora da
funcionalidade da coluna lombar. Discussão: após pesquisa nos bancos de dados e
seleção dos artigos foram avaliados o total de 7 artigos científicos que correspondem ao
tema abordado. A maioria dos artigos demonstra a utilização da Escala Visual
Analógica, Roland Morris Disability Questionnaire e Oswestry Disability Index como
ferramentas de avaliação e diversas técnicas de aplicação da BEF, dentre elas as mais
utilizadas foram a técnica em “I”, “Y”, “abertura de espaço”, aplicadas em um ou mais
músculos, numa variação de uma a dez sessões, com ou sem intervalo entre as sessões,
atuando na diminuição da dor e melhora da funcionalidade da coluna lombar.
Conclusão: conclui-se que a grande maioria dos artigos avaliados apresentaram
resultados significativos na diminuição do quadro álgico após o uso da técnica nos
indivíduos tratados.
Descritores: bandagem, bandagem elástica funcional, tape, lombalgia e trabalhadores.
Abstract
Introduction: musculoskeletal disorders related to work are very common and affect
many workers, among them is very common low back pain. There are several
techniques to aid in pain management, among them the use of functional elastic bandage
(BEF) is recommended. Objective: To contribute to the theoretical understanding of the
BEF in the treatment of low back pain in workers. Methodology: systematic review
which were selected articles published between 2010 to 2014 from the databases
PubMed, SciELO, Lilacs and Google. Results: all selected articles showed a decrease in
14
pain symptoms and improvement in lumbar spine functionality. Discussion: After
search the databases and select the articles were assessed a total of 7 scientific articles
that correspond to the topic discussed. Most of the articles demonstrates the use of the
Visual Analogue Scale, Roland Morris Disability Questionnaire and Oswestry
Disability Index as evaluation tools and various application techniques of BEF, among
which the most used were the technique in "I", "Y", " open space ", applied in one or
more muscles in a range of one to ten sessions, with or without interval between
sessions, acting in decreased pain and improved functionality of the lumbar spine.
Conclusion: it was concluded that the vast majority of reviewed articles showed
significant results in the reduction of pain symptoms after using the technique in treated
individuals.
Keywords: bandage, functional elastic bandage, tape, lumbago and workers.
Introdução
Acometimentos no sistema osteomuscular são muito comuns e representam um
conjunto de afecções laborais (1). Gerando sintomas álgicos que ocorrem
predominantemente na região lombar, pescoço e membros superiores.
A estrutura da coluna vertebral forma o alicerce do corpo, sendo constituída de
33 vértebras, é sustentada por discos, ligamentos e músculos, e apresenta curvas
distintas, conhecidas como lordoses cervical e lombar e as cifoses torácica e sacro-
coccígea. O acometimento destas estruturas e/ou exacerbação destes desvios de forma
anormal, sobrecarregam a coluna vertebral, levam a um aumento da fadiga do
trabalhador que podem evoluir para dor e incapacidade funcional, e ao longo do tempo
gerar e/ou agravar lesões (2,3).
O trabalhador que permanece em seu posto de trabalho por longos períodos em
posição estática corre o risco de obter várias afecções osteomusculares, dentre elas
citamos a lombalgia, que se refere à dor lombar que acomete principalmente as regiões
de L3 – L4, L4 – L5 e L5 – S1, sendo considerada a principal causa de absenteísmo ao
trabalho (4,5,6).
As lesões e incapacidades decorrentes do comprometimento dos tecidos de
origem muscular, ligamentar e ósseo, são: fadiga da musculatura paravertebral,
distensão muscular, torção da coluna, instabilidade articular, hérnia de disco,
hipercifose, hiperlordose, escoliose, osteofitose. Essas lesões podem ocorrer pela
postura incorreta durante o trabalho associado à permanência por um longo período de
tempo em posturas estáticas, carregamento de peso e/ou levantamento de grandes cargas
da forma errada (5).
15
A postura é definida como a posição do corpo dentro de um espaço e a
disposição relativa de todos os segmentos corporais (7). De acordo com o
posicionamento corporal, a postura pode ser classificada como adequada ou inadequada.
Uma forma adequada é quando exige a mínima sobrecarga de estruturas ósseas,
musculares e articulares, com um menor gasto energético, enquanto a forma inadequada
produz maior sobrecarga nas estruturas de sustentação e um equilíbrio menos eficiente
do corpo sobre suas bases de apoio (8).
A permanência na postura sentada leva ao aumento da pressão no disco
intervertebral, ocorre o achatamento do arco lombar e estiramento de todas as estruturas
da parte posterior da coluna, como ligamentos, articulações e nervos (4).
A dor pode ser causada de forma intrínseca está relacionada às condições
congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, neoplasias e desvios posturais, ou
de forma extrínseca decorrente do desequilíbrio entre a carga funcional e a capacidade
funcional, ou seja, ao esforço requerido para atividade laboral (4,9).
A intervenção no quadro álgico abrange diversas técnicas e recursos
fisioterapêuticos que poderão ser utilizados para a melhora da dor e quando tratados os
primeiros sintomas, que normalmente, estão associados à lombalgia: espasmo, fraqueza
muscular, diminuição da amplitude de movimento, há tendência de uma recuperação
relativamente rápida e recorrência dos sintomas dolorosos (10,11).
A persistência da dor deve-se às anormalidades vasculares e a neuromodulação
central da dor, da lesão tecidual que gera estímulos nociceptivos contínuos, os quais
alcançam a medula espinhal, ativando os neurônios do corno posterior, prolongando a
sensação de dor após o estímulo cessar (4).
A lombalgia afeta principalmente indivíduos ativos profissionalmente, sendo
associada a diversos fatores, tanto individuais (peso, postura inadequada e fraqueza
muscular) quanto ocupacionais (sobrecarga excessiva, deslocamento de peso de forma
inadequada, permanência em posições estáticas por longos períodos de tempo e
sedentarismo). Quando a lombalgia está diretamente relacionada ao âmbito laboral
algumas correções são necessárias, analisar o posto de trabalho, questionar a realização
da ginástica laboral e realização de pausas para descanso, após realizar as adequações,
avaliar o trabalhador e verificado a necessidade de realizar um tratamento para a
lombalgia analisa-se quais recursos poderão ser utilizadas. Sendo uma das alterações
musculoesqueléticas mais comuns, afetando 70% a 80% da população adultos jovens
em algum momento da vida, sendo uma das razões mais comuns para absenteísmo por
16
incapacidade total ou parcial. Dados do INSS do ano de 2006 apresentaram 2,32
milhões de benefícios por incapacidade de trabalhadores com carteira assinada
diagnosticados com lombalgia (12, 13, 14, 15, 16, 17, 18).
Existem diversas técnicas para auxilio da diminuição da dor, dentre elas citamos
a utilização da bandagem, conhecidas na atualidade como bandagem elástica funcional
(BEF). (1,19). Seu uso é recomendado tanto após a lesão quanto durante o processo de
reabilitação. Sua variabilidade está no tipo de bandagem, além de ser elástica, fina,
porosa não tem medicamentos em sua composição, pode ser utilizada durante alguns
dias, não restringe os movimentos e as articulações e permite ao paciente a livre
amplitude de movimento e a função total do segmento a ser tratado (1,4).
Foi criada pelo japonês quiroprata Dr. Kenzo Kase em 1973, em Tokio, Japão.
Baseada na cinesiologia, partindo do pressuposto que os tecidos como fáscias,
ligamentos, tendões e músculos podem se beneficiar do contato do material que deve ser
aderido a pele - a fita “tape” (20). Por meio de estudos foi desenvolvido um material
elástico que adere a pele. Suas características são: produzidas 100% em algodão,
fabricadas com material hipoalergênico, seu adesivo é termoativo, não possuem
qualquer princípio ativo e são à prova d’água. Sua capacidade de extensão é de 140% de
seu comprimento original, aderida ao papel com um pré-estiramento de 10 – 25%,
dependendo do fabricante. Preconiza-se o uso da bandagem entre 2 a 5 dias após sua
aplicação na forma longitudinal (19, 21, 22). Os efeitos fisiológicos que a bandagem
elástica promove ocorrem através de estímulos mecânicos e sensoriais duradouros de
forma constante na epiderme, alcançando os receptores sensoriais e nociceptivos (23,
24, 25). Estimula ainda as vias aferentes rápidas e mais grossas que bloqueiam a
transmissão da informação de dor pelas vias mais delgadas - Teoria da Comporta da
dor: inibe ou facilita a contração muscular, exercendo controle de tônus. Corrige o
posicionamento das articulações através de estímulos proprioceptivos (19, 21).
A partir do conhecimento fisiológico e biomecânico da lombalgia em
trabalhadores e os efeitos do uso da BEF para diminuição e/ou controle de quadros
álgicos, estima-se que a BEF como tratamento complementar da lombalgia em
trabalhadores se mostre eficaz, contribuindo para resultados satisfatórios no tratamento
(25).
O presente artigo tem como objetivo geral contribuir com o conhecimento
teórico sobre a BEF no tratamento da lombalgia em trabalhadores.
17
Materiais e Métodos
Trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem quantitativa descritiva.
Para a realização deste estudo foram consultados artigos publicados entre 2010 a
2014 em português e inglês, encontrados nas bases de dados PubMed, SciELO,
Lilacs e Google Acadêmico, com os seguintes descritores: bandagem elástica;
kinesio; taping; kinesio taping; kinesio taping na dor lombar; lombalgia; low back
pain.
Foi realizada a primeira seleção dos artigos onde todos selecionados
deveriam ter relação com o tema da revisão por meio da leitura do título e resumo
que permitissem o acesso na íntegra para avaliação (disponibilização do material de
forma aberta). Os artigos repetidos em bases de dados diferentes foram contatos e
selecionados uma única vez.
Uma segunda seleção foi realizada após a leitura completa dos artigos.
Foram excluídos os artigos que não tinham sido publicados em revistas ou
periódicos, que não constituíssem as características do tema abordado, revisão
sistemática, monografias de graduação ou projetos de pesquisa. O processo de
seleção dos artigos pode ser verificado na Figura 1.
18
Figura 1. Fluxograma da metodologia de seleção dos artigos
Pesquisas nos bancos de
dados: PubMed, Lilacs,
Scielo, Google Acadêmico.
Total: 158 artigos.
Leitura dos títulos e
resumos
Tipos de estudos
Excluídos
8 artigos
Incluídos
7 artigos
Trabalhos de
Graduação;
Revisões
Bibliográficas;
Estudos
pilotos;
Relato de
casos;
Ensaios
clínicos;
Projetos de
pesquisa;
Primeira seleção:
Relação com o
tema?
Não
Sim
Acesso na
integra?
Não
Sim
Segunda
seleção
Excluídos
Segunda seleção
15 artigos
Analise do artigo
19
Resultados
Após a pesquisa nos bancos de dados citados anteriormente foram encontrados o total
de 158 artigos. Na primeira seleção foram selecionados 15 artigos para a leitura mais
detalhada e completa. Na segunda seleção foram excluídos 8 artigos que não se
encaixaram nos critérios de inclusão, restando 7 artigos para a realização deste estudo.
Segue a síntese dos artigos utilizados na Tabela 1.
20
Tabela 1. Resultado dos artigos selecionados
Principais resultados dos artigos
Autor Tipos de Estudo Amostra Ferramentas de Analise Método Resultado
Jorge EM, Vieira JH,
Sandoval RA. (25) Ensaio Clínico
21 voluntários com idade entre 22 e 34 anos que trabalham
sentados por mais de 04
horas/diária
EVA, ODI
Ansmnese , ferramentas de análise aplicados
antes e três dias após. Grupos: GC (grupo
controle); GAM (grupo ativação muscular) ; GA (grupo analgesia)
A tecnica utilizada foi em “I”.
A aplicação de KT se mostrou eficaz na diminuição do quadro álgico e uma
diminuição de escores no questionário de
funcionalidade da coluna lombar.
Hwang-Bo G, Lee JH
(26) Estudo de caso
Paciente 36 anos,
fisioterapeuta há 8 anos. EVA, ODI KT técnica em "I" durante 3 dias.
Os scores das ferramentas de análise
melhoraram gradualmente, atestando a
diminuição da dor.
Paoloni, et al. (27) Estudo controlado
randomizado
39 voluntários entre 30-80
anos de ambos os sexos
EVA, RMDQ, CLBP - relatady
disability
Grupos: KT com exercício ou somente KT ou
exercício sozinho, durante 4 semanas. Técnica em "I" aplicada de T12 à L5.
Os grupos apresentaram uma diminuição
significativa da dor após o tratamento.
Eardley, et al. (28) Estudo controlado
randomizado 70 voluntários entre 18-65
anos EVA, RMDQ, Short Form Health
Grupos: A - tratamento verdadeiro ou B - tratamento placebo ou C - tratamento tardio.
Grupo A e B apresentaram melhora
significativa, porém A mostrou-se melhor
que B.
Alonso, et al. (29) Ensaio Clínico 5 costureiras com média 39,6
anos de idade.
Avaliação constituiu de dados
pessoais, antropométricos
profissional
RMDQ EVA
Teste de terceiro dedo-chão.
10 sessões de aplicação da KT, mantidas por 3
dias, totalizando 4 semanas de tratamento.
Técnica em “Y” Foi avaliado pré e pós tratamento.
Em relação a dor houve melhora
significante após o tratamento.
Na comparação da flexão de tronco houve uma melhora significante.
Na comparação do questionário RMDQ
houve uma melhora significante após o tratamento.
Parreira, et al. (30) Ensaio controlado
randomizado 148 voluntários
RMDQ, Global Perceived Effect Scale
Grupos: Experimental recebeu KT com tensão
entre 10-15% ou Controle recebeu KT sem tensão, ambos receberam 8 sessões durante 4
semanas.
Em relação a RMDQ não houve diferença
significante entre os grupos após 4
semanas.
Sánchez, et al. (31) Ensaio controlado
randomizado 60 voluntários
ODI, RMDQ, EVA, Escala
cinesiofobica, Teste de resistência
muscular McQuade
Kt sobre a coluna lombar durante 1 semana. Em uma semana, o grupo experimental apresentou melhora significativamente.
Tabela 1. EVA – Escala Visual Analógica, RMDQ – Roland Morris Questionnaire, ODI- Oswestry Disability Index, KT – Kinesio Taping.
21
Discussão
A Escala Visual Analógica (EVA) foi utilizada em 5 dos 7 estudos abordados
nesta pesquisa para mensurar o nível de dor lombar dos voluntários, pois trata-se de um
instrumento fidedigno e considerado referência para mensuração de quadros álgicos de
qualquer origem. Tratando-se da técnica escolhida para a realização desta pesquisa,
estudos mostram que a intervenção da BEF para a diminuição da dor atinge seu pico
máximo de analgesia entre 24 a 48 horas após a aplicação, o que justifica o método de
avaliação e aplicação da EVA nestes estudos que ocorre antes da intervenção e três dias
após. Além disso, a EVA é um questionário de fácil e rápida aplicação, o que facilita
sua utilização em avaliações de dor que envolvem trabalhadores dentro de seu ambiente
de trabalho. (25,26,27,28,29,31)
Os questionários Oswestry Disability Index (ODI) e Roland Morris Disability
(RMDQ) foram utilizados na maioria dos estudos, onde através de ambos avaliamos o
nível de incapacidade funcional da coluna lombar e o que isto influencia nas atividades
laborais e, consequentemente, nas AVD’s de cada indivíduo. Os artigos selecionados
utilizam, no mínimo, dois questionários destes citados, o que determina uma
mensuração mais fidedigna e completa da avaliação e dos resultados.
(25,26,27,28,29,30,31)
Em relação a dor e a funcionalidade da coluna lombar, é perceptível que são
inversamente proporcionais de acordo com a maioria dos resultados, onde os indivíduos
tratados com a BEF obtiveram diminuição da dor e uma melhora da funcionalidade e
execução das tarefas diárias. Porém, nos estudos dos autores Eardley e Jorge os grupos
placebos apresentaram diminuição insignificante da dor. Nos grupos placebos a técnica
é realizada de maneira a não produzir um efeito desejado e/ou esperado, porém, pode
ativar áreas do cérebro responsáveis pelo circuito analgésico, aumentando o fluxo
sanguíneo em regiões ricas em receptores de opióides, podendo promover uma
diminuição da dor. (25,28,30)
Em relação a metodologia e manuseio das técnicas de aplicação utilizadas nos
artigos selecionados, cada estudo utilizou uma técnica diferente, dentre elas as técnicas
em “I”, “Y”, “abertura de espaço”, aplicadas em um ou mais músculos, numa variação
de uma a dez sessões, com ou sem intervalo entre as sessões. Todas as técnicas
utilizadas nos artigos selecionados mostraram resultados eficazes e significativos na
diminuição da dor, e uma melhora no score dos questionários de incapacidade da coluna
lombar. (25,26,27,28,29,30,31)
22
Sabe-se que uma grande parte da população de trabalhadores de diversas áreas,
dentre elas os trabalhadores que exercem suas tarefas a maior parte do tempo na posição
sentada, em pé ou, quando envolve carregamento de cargas, sofrem com quadros de
lombalgias, numa variação de dor leve à intensa. A permanência em posturas estáticas
durante grande parte do tempo da jornada de trabalho, ou a execução de movimentos de
flexão, extensão, rotação e inclinação da coluna de forma inadequada, podem gerar uma
sobrecarga em todas as estruturas da coluna vertebral, e como resposta disso os quadros
de lombalgia associados ou não a patologias. A dor lombar acomete grande parte dos
trabalhadores trazendo consequências negativas para sua vida, influenciando na
qualidade de vida, gerando uma diminuição da funcionalidade e/ou incapacidade na
execução tanto das tarefas laborais quanto das AVDs, abalando o indivíduo fisicamente,
psicologicamente e economicamente. A partir disso, a Fisioterapia propõe técnicas e
tratamentos que, além de diminuir o quadro álgico, colabora para uma melhora da
dinâmica e biomecânica corporal do indivíduo, trazendo mais conforto e comodidade
para o trabalhador na execução de suas tarefas laborais, e consequentemente,
contribuindo para uma boa qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho.
(1,7)
Existem diversas e inúmeras intervenções fisioterapêuticas como tratamento da
lombalgia em trabalhadores, dentre elas, a BEF mostrou uma eficácia na diminuição do
quadro álgico, consequentemente, melhorando a funcionalidade e dinâmica da coluna
lombar, além de ser um tratamento relativamente econômico, bem aceito para qualquer
tipo de população e não possui efeitos colaterais quando comparado ao uso de
medicamentos analgésicos e antiinflamatórios, desde que, aplicado de maneira correta
por um profissional apto e especializado na técnica. (14)
A partir dos resultados apresentados nos estudos selecionados, acredita-se que o
uso da BEF para diminuição da dor lombar em trabalhadores obtenha uma influência
significativamente positiva no tratamento, demandando de um bom prognóstico das
disfunções e/ou lesões que acometem esse tipo de população, conforme 3 dos 7 estudos
apresentados, a BEF quando utilizada como tratamento específico para diminuição da
dor e melhora da funcionalidade da coluna lombar em trabalhadores contribuiu para
uma melhora significativa. (25,26,29)
Além disso, ressaltamos a importância de avaliar, utilizar ferramentas e testes
que possam enriquecer a avaliação, para que a intervenção se mostre realmente eficiente
para o objetivo proposto e de acordo com a necessidade do trabalhador. A técnica da
23
BEF associada a um tratamento fisioterapêutico elaborado, envolvendo, uma análise
ergonômica e modificações e/ou adaptações do ambiente de trabalho, orientações sobre
a postura estática e dinâmica de forma correta e adequada, mudança de maus hábitos
adquiridos na realização das tarefas, realizar pausas e intervalos durante a jornada de
trabalho, prática de exercícios físicos, ginástica laboral, Quick Massage e uma boa
organização no trabalho, são fatores importantes para um melhor prognóstico no
tratamento da dor e das disfunções osteomusculares relacionadas ao trabalho. (1)
Conclusão
A BEF é uma técnica muito conhecida na área ortopédica e desportiva, que concentram
a maior parte dos trabalhos publicados sobre o tema.
Este estudo identificou possibilidades da intervenção da BEF abrangendo a área de
saúde ocupacional, no qual nos mostrou eficiente para trabalhadores com lombalgia.
No entanto, é necessário a realização de novos estudos e pesquisas sobre o uso da BEF
na lombalgia em trabalhadores, sendo importante que os estudos relatem a descrição
exata da técnica, ferramentas de avaliação, metodologia utilizada, cálculo amostral
maior e identificação da amostra para resultados mais fidedignos, comprovando a
eficácia da técnica. Sugerimos, pesquisas que envolvam uma avaliação da durabilidade
do efeito analgésico da BEF após a aplicação, e a associação da intervenção com um
programa ergonômico elaborado para o tipo de trabalhador avaliado e tratado, para
melhores resultados.
Agradecimentos
Agradecemos aos Professores envolvidos para a realização desde estudo, Profa.
Valquiria Oliveira Lopes como orientadora desta pesquisa, Prof. Eduardo Henrique de
Oliveira como co-orientador, Profa. Grazielle Aurelina Fraga como orientadora
metodológica, Prof. Claudio Fusaro como professor convidado da banca e Profa.
Patricia Teixeira Costa como coordenadora do Curso de Fisioterapia. Agradecemos a
todos os professores que se fizeram presentes em nossa vida acadêmica durante 4 anos e
meio e que contribuíram para nossa formação acrescentando conhecimentos e
experiências de vida como fisioterapeutas. Aos amigos, colegas e alunos companheiros
de turma. Aos familiares que estiveram presentes nos apoiando e incentivando todos os
dias, nossos sinceros agradecimentos.
24
Referências
1. Yeng L, Teixeira M, Romano M. et al. Distúrbios osteo-musculares relacionados
ao trabalho. Rev. Med., 2001; 80(2):422-42.
2. Alter MJ. Ciência da Flexibilidade 2ª edição. ArtMed Editora, São Paulo, 2001;
Cap 18: 256-272.
3. Rasch PJ. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 1991.
4. Imamura ST, Kazuyama HS, Imamura M. Lombalgia. Rev. Med., edição
especial PT 2, 2001.
5. Jayson MIV. Why does acute back pain become chronic? Spine, 1997; 22:1053-
6.
6. Gerr F, Mani L. Work-Related Low BackPain. Primary Care, 2000; 27(4) 865-
872.
7. Junior EM, Milton H, Goldenfum MA, Siena C. Lombalgia Ocupacional. Rev.
Assoc. Med. Bras., 2010.
8. Hall CM, Brody LT. Exercício terapêutico: na busca da função. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
9. Colné P, Frelut ML, Peres G, Thoumie P. Postural control in obese adolescents
assessed by limits of stability and gait initiation. Gait Posture, 2008; 28(1): 164-
9.
10. Deliberato PCP. Fisioterapia Preventiva: fundamentos e aplicações. São Paulo
Manole, 2002.
11. Von Korff M. Studying the natural history of back pain. Spine, 1994; 19
(suppl), 20415-20465.
12. Issy AM, Sakata RK. Dor musculo-esquelética. Revista Brasileira de Medicina –
Especial Clínica Geral, 2005; V 67:3-11.
13. Deyo RA, Cherkin D, Conrad D, Volinn EC. Cost, controversy, crisis: low back
pain and the health of the public. Annual Review Public Health, 1991; V 12:
141-56.
14. Cecin HA, Molinar MHC, Lopes MAB, Morickochi M, Freire M, Bichuetti
JAN. Dor lombar e trabalho: um estudo sobre a prevalência de lombalgia e
lombociatalgia em diferentes grupos ocupacionais. Revista Brasileira
Reumatologia, 1991; 31: 50-6, 1991.
25
15. De Vitta A. A lombalgia e suas relações com o tipo de ocupação com a idade e o
sexo. Revista Brasileira de Fisioterapia, 1996; 1: 67-72.
16. Nachemson A. Back pain: delimiting the problem in the next millennium. Int J
Law Psychiatry, 1999; 22: 473-90.
17. Andrade SC, Araújo AGR, Vilar MJ. “Escola de coluna”: revisão histórica e sua
aplicação na lombalgia crônica. Revista Brasileira de Reumatologia, 2005; V
45(4):225-8.
18. Jorge RM, Jorge DM. Simulação em lombalgia: diagnóstico e prevalência. Acta
Ortopédica Brasileira, 2011; 19(4):181-83.
19. Weinstein SM, Herring AS, Cole AJ. Rehabilitation of patient with spinal pain.
In: De Lisa J. A., Gans B. M. Rehabilitation Medicine, Principles and Practice,
Philadelphia J. b. Lippcott Raven, 1998; p. 1423-1451.
20. Oliveira LR, Mejia DM. O efeito da bandagem funcional elástica na dor lombar.
Portal biocursos 2015; Artigo disponível:
http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/32/75_O_efeito_da_bandagem_func
ional_elYstica_na_dor_lombar.pdf
21. Iglesias JG, Peñas CF, Cleland J, et al. Short-Term Effects of Cervical Kinesio
Taping on Pain and Cervical Range of Motion in Patients ith Acute Whiplash
Injury: A Randomized Clinical Trial. Journal of orthopaedic & sports physical
therapy, 2009; volume 39, number 7.
22. Santos JCC, Giorgetti MJSG, Torello EM et al. A influência da Kinesio Taping
no tratamento da subluxação de ombro no Acidente Vascular Cerebral. Revista
Neurociências, 2010.
23. Halseth T, McChesney JW, DeBeliso M, et al. The effects of Kinesio Taping on
proprioception at the ankle. Journal of Sports Science and Medicine, 2004; 3:1-
7.
24. Oliveira VMA, Batista LSP, Pitangui ACR et al. Efeito do Kinesio Taping na
dor e discinesia escapular em atletas com síndrome do impacto do ombro.
Revista Dor. São Paulo, 2013; 14(1):27-30.
25. Jorge EM, Vieira, J.H, Sandoval RA. Kinesiology Taping Nas Lombalgias De
Trabalhadores Que Atuam Na Posição Sentada, 2012; Trances 4(3):181-206.
26. Hwang-Bo G, Lee JH. Effects of kinesio taping in a physical therapist with acute
low back pain due to patient handling: a case report. International Journal of
Occupational Medicine and Environmental Health, 2011; 24(3): 320-23.
27. Paoloni M, Bernetti A, Fratocchi G, Mangone M, Parinello L, Cooper MD, et al.
Kinesio taping applied to lumbar muscles influences clinical and
26
electromyographic characterist in chronic low back pain patients. Eur J.
Physioterapy Rehabilitation Medicine, 2011; 47:237-44.
28. Eardley S, Brien S, Little P, Prescott P, Lewith G. Professional kinesiology
practice for chronic low back pain: single blind, randomized controlled piloty
study. Forsch Komplementmed, 2013; 20:180-88.
29. Alonso AC, Santos LR, Baron C, Ayama S, Junior GBV. O efeito do uso da
bandagem functional no tratamento da dor lombar em costureiras: estudo piloto.
Centro de pesquisa avançadas em qualidade de vida, 2015; 7:1-8.
30. Parreira PCS, Costa LC, Takahashi R, Junior LCH, Junior MA, Silva TM et al.
Kinesio taping to generate skin convolutions is not better than sham taping for
people with chronic non-specific low back pain: a randomized trial. Journal of
Physioterapy; 2014. 60:90-96.
31. Sánchez AMC, Palomo ICL, Peñarrocha GAM, Sánchez MF, Labraca NS,
Morales MA. Kinesio taping reduces disability and pain slightly in chronic non-
specific low back pain: a randomised trial. Journal of Physioterapy, 2012;
58:89-95.
27
5. ANEXOS
Revista Fisioterapia em Movimento
Processo de Submissão
Os manuscritos deverão ser submetidos à Revista Fisioterapia em Movimento por meio do
site na seção submissão de artigos. Todos os artigos devem ser inéditos e não podem ter sido
submetidos para avaliação simultânea em outros periódicos. É obrigatório anexar uma
declaração assinada por todos os autores quanto à exclusividade do artigo, na qual constará
endereço completo, telefone, fax e e-mail. Na carta de pedido de publicação, é obrigatório
transferir os direitos autorais para a Revista Fisioterapia em Movimento. Afirmações, opiniões
e conceitos expressados nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores.
A Revista Fisioterapia em Movimento está alinhada com as normas de qualificação de
manuscritos estabelecidas pela OMS e pelo International Committee of Medical Journal
Editors (ICMJE). Somente serão aceitos os artigos de ensaios clínicos cadastrados em um dos
Registros de Ensaios Clínicos recomendados pela OMS e ICMJE. Trabalhos contendo
resultados de estudos humanos e/ou animais somente serão aceitos para publicação se estiver
claro que todos os princípios de ética foram utilizados na investigação (enviar cópia do
parecer do comitê de ética). Esses trabalhos devem obrigatoriamente incluir a afirmação de ter
sido o protocolo de pesquisa aprovado por um comitê de ética institucional (reporte-se à
Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde, que trata do Código de Ética da Pesquisa
envolvendo Seres Humanos). Para experimentos com animais, considere as diretrizes
internacionais Pain, publicada em: PAIN, 16: 109-110, 1983.
A Revista Fisioterapia em Movimento recebe artigos das seguintes categorias:
Artigos Originais: oriundos de resultado de pesquisa de natureza empírica, experimental ou
conceitual, sua estrutura deve conter: Introdução, Materiais e Métodos, Resultados,
Discussão, Conclusão, Referências. O texto deve ser elaborado com, no máximo, 6.000
palavras e conter até 5 ilustrações.
28
Artigos de Revisão: oriundos de estudos com delineamento definido e baseado em pesquisa
bibliográfica consistente com análise crítica e considerações que possam contribuir com o
estado da arte (máximo de 8.000 palavras e 5 ilustrações).
• Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows, fonte Times New Roman,
tamanho 12, com espaçamento entre linhas de 1,5. O número máximo permitido de autores
por artigo é seis (6).
• As ilustrações (figuras, gráficos, quadros e tabelas) devem ser limitadas ao número máximo
de cinco (5), inseridas no corpo do texto, identificadas e numeradas consecutivamente em
algarismos arábicos. A arte final, figuras e gráficos devem estar em formato tiff. Envio de
ilustrações com baixa resolução (menos de 300 DPIs) pode acarretar atraso na aceitação e
publicação do artigo.
• Os trabalhos podem ser encaminhados em português ou inglês, entretanto, uma vez aceito
para publicação, o artigo deverá ser traduzido para a língua inglesa.
• Abreviações oficiais poderão ser empregadas somente após uma primeira menção completa.
Deve ser priorizada a linguagem científica para os manuscritos científicos.
• Deverão constar, no final dos trabalhos, o endereço completo de todos os autores, afiliação,
telefone, fax e e-mail (atualizar sempre que necessário) para encaminhamento de
correspondência pela comissão editorial.
Outras considerações:
• Sugere-se acessar um artigo já publicado para verificar a formatação dos artigos publicados
pela revista;
• Todos os artigos devem ser inéditos e não podem ter sido submetidos para avaliação
simultânea em outros periódicos (anexar carta assinada por todos os autores, na qual será
declarado tratar-se de artigo inédito, transferindo os direitos autorais e assumindo a
responsabilidade sobre aprovação em comitê de ética, quando for o caso);
29
• Afirmações, opiniões e conceitos expressados nos artigos são de responsabilidade exclusiva
dos autores;
• Todos os artigos serão submetidos ao Conselho Científico da revista e, caso pertinente, à
área da Fisioterapia para avaliação dos pares;
• Não serão publicadas fotos coloridas, a não ser em caso de absoluta necessidade e a critério
do Conselho Científico.
No preparo do original, deverá ser observada a seguinte estrutura:
CABEÇALHO
Título do artigo em português (inicial maiúsculo, restante minúsculas – exceto nomes
próprios), negrito, fonte Times New Roman, tamanho 14, parágrafo centralizado, subtítulo em
letras minúsculas (exceto nomes próprios). Título do artigo em inglês, logo abaixo do título
em português, (inicial maiúsculo, restante minúsculas – exceto nomes próprios), em itálico,
fonte Times New Roman, tamanho 12, parágrafo centralizado. O título deve conter no
máximo 12 palavras, sendo suficientemente específico e descritivo.
APRESENTAÇÃO DOS AUTORES DO TRABALHO
Nome completo, afiliação institucional (nome da instituição para a qual trabalha), vínculo (se
é docente, professor ou está vinculado a alguma linha de pesquisa), cidade, estado, país e e-
mail.
RESUMO ESTRUTURADO/STRUCTURED ABSTRACT
O resumo estruturado deve contemplar os tópicos apresentados na publicação. Exemplo:
Introdução, Desenvolvimento, Materiais e Métodos, Discussão, Resultados, Considerações
Finais. Deve conter no mínimo 100 e no máximo 250 palavras, em português/inglês, fonte
Times New Roman, tamanho 11, espaçamento simples e parágrafo justificado. Na última
linha deverão ser indicados os descritores (palavras-chave/keywords). Para padronizar os
descritores, solicitamos utilizar os Thesaurus da área de Saúde (DeCS). O número de
30
descritores desejado é de no mínimo 3 e no máximo 5, os quais devem ser representativos do
conteúdo do trabalho.
CORPO DO TEXTO
• Introdução: deve apontar o propósito do estudo, de maneira concisa, e descrever quais os
avanços alcançados com a pesquisa. A introdução não deve incluir dados ou conclusões do
trabalho em questão.
• Materiais e métodos: deve ofertar, de forma resumida e objetiva, informações que permitam
ser o estudo replicado por outros pesquisadores. Referenciar as técnicas padronizadas.
• Resultados: devem oferecer uma descrição sintética das novas descobertas, com pouco
parecer pessoal.
• Discussão: interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos existentes,
principalmente os indicados anteriormente na introdução. Esta parte deve ser apresentada
separadamente dos resultados.
• Conclusão ou Considerações finais: devem limitar-se ao propósito das novas descobertas,
relacionando-as ao conhecimento já existente. Utilizar apenas citações indispensáveis para
embasar o estudo.
• Agradecimentos: sintéticos e concisos, quando houver.
• Referências: devem ser numeradas consecutivamente na ordem em que aparecem no texto.
• Citações: devem ser apresentadas no texto por números arábicos entre parênteses.
“O caso apresentado é exceção quando comparado a relatos da prevalência das lesões
hemangiomatosas no sexo feminino (6, 7)”.
“Segundo Levy (3), há mitos a respeito da recuperação dos idosos”.
31
REFERÊNCIAS
Todas as instruções estão de acordo com o Comitê Internacional de Editores de Revistas
Médicas (Vancouver), incluindo as referências. As informações encontram- se disponíveis
no site do ICMJE. Recomenda-se fortemente o número mínimo de 30 referências para artigos
originais e 40 para artigos de revisão. As referências deverão originar-se de periódicos com
classificação Qualis equivalente ou acima da desta revista.
ARTIGOS EM REVISTA
- Até seis autores
Naylor CD, Williams JI, Guyatt G. Structured abstracts of proposal for clinical and
epidemiological studies. J Clin Epidemiol. 1991;44:731-7.
- Mais de seis autores: listar os seis primeiros autores seguidos de et al.
Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al. Childhood
leukaemia in Europe after Chernobyl: 5 year follow-up. Br J Cancer. 1996;73:1006-12.
- Suplemento de número
Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women ´s psychological reactions to breast cancer.
Semin Oncol.1996;23(1 Suppl 2):89-97.
- Artigos em formato eletrônico
Al-Balkhi K. Orthodontic treatment planning: do orthodontists treat to cephalometric norms. J
Contemp Dent Pract. [serial on the internet] 2003 [cited 2003 Nov. 4]. Available from: URL:
www.thejcdp.com.
LIVROS E MONOGRAFIAS
- Livro
32
Berkovitz BKB, Holland GR, Moxham BJ. Color atlas & textbook of oral anatomy.
Chicago:Year Book Medical Publishers; 1978.
- Capítulo de livro
Israel HA. Synovial fluid analysis. In: Merril RG, editor. Disorders of the temporomandibular
joint I: diagnosis and arthroscopy. Philadelphia: Saunders; 1989. p. 85-92.
- Editor, compilador como autor
Norman IJ, Redfern SJ, editors. Mental health care for elderly people. New York: Churchill
Livingstone; 1996.
- Livros/Monografias em CD-ROM
CDI, clinical dermatology illustrated [monograph on CD- ROM], Reeves JRT, Maibach H.
CMEA Multimedia Group, producers. 2 nd ed. Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995.
- Anais de congressos, conferências congêneres
Damante JH, Lara VS, Ferreira Jr O, Giglio FPM. Valor das informações clínicas e
radiográficas no diagnóstico final. Anais X Congresso Brasileiro de Estomatologia; 1-5 de
julho 2002; Curitiba, Brasil. Curitiba, SOBE; 2002.
>Bengtsson S, Solheim BG. Enforcement of data protection, privacy and security in medical
informatics. In: Lun KC, Degoulet P, Piemme TE, Rienhoff O, editors. MEDINFO 92.
Proceedings of the 7th World Congress of Medical Informatics;1992 Sept 6-10; Geneva,
Switzerland. Amsterdam:North-Holland; 1992. p. 1561-5.
TRABALHOS ACADÊMICOS (teses e dissertações)
Kaplan SJ. Post-hospital home health care: the elderly´s access and utilization [dissertation].
St. Louis: Washington Univ.; 1995.