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Director: Nuno Moura Ano XXXIII, Nº 527 Montalegre, 04.12.2017 Quinzenário E-mail:[email protected] 1,00 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Banda de Parafita no IV Concurso de Bandas Em política não vale tudo Barroso da Fonte (BF) teve como fonte de inspiração a ida do Presidente da Câmara a Paris onde insultou tudo e todos, a começar pela RTP. A dada altura escreve BF: "Este relato estampado na 1ª pagina do Planalto Barrosão, ilustrado com uma expressiva foto a cores, constitui aquele grito de guerra que OA proferiu no seu discurso de posse, quando invocou «a faca e o alguidar». Nem ele terá medido a gravidade dessa afirmação, proferida na altura da matança dos porcos. O parágrafo atrás transcrito em itálico é ameaçador. E o Ministério Público deverá estar atento a esta linguagem imprópria de uma sociedade democrática. P3 Politica municipal vista de fora Também o Dr Manuel Ramos se refere, na sua crónica, a Orlando Alves e, em particular, à entrevista concedida ao LusoJornal. “A entrevista de Orlando Alves ao LusoJornal é importante por, para lá do programa “Sexta às 9”, revelar novos dados para compreender o que se passou no dia das eleições com o voto dos emigrantes. Ficou provado que os emigrantes, de acordo com a lei atual, não podiam votar. Também foi dado destaque à gravidade do acto de Ricardo Moura por, em dia de reflexão eleitoral, não poder receber emigrantes nem pagar-lhes um jantar”, disse. P5 O Projecto Gerês-Xurês Com um orçamento de cerca de dois milhões de euros e duração prevista até 31 de dezembro de 2019, o projeto conta com a participação, na qualidade de beneficiários, das seguintes entidades: Direção Geral de Património Natural (Conselheria de Ambiente da Xunta da Galiza), Agência de Turismo da Galiza, Deputación de Ourense, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte, Turismo do Porto e Norte de Portugal, ADERE – Peneda Gerês e ARDAL bem como dos municípios de Melgaço, Ponte da Barca, Terras de Bouro, Montalegre e Arcos de Valdevez. P7 MEMÓRIAS DA MONTANHA “As histórias evocativas do Natal não têm necessariamente de aludir o Menino Jesus, o Pai Natal, os Reis Magos… O Natal é tempo de sonhos para quem os pode ter. A história de hoje descrita em época natalícia fala da idade da inocência. Aos meus estimados leitores e pessoas amigas desejo-lhes um Feliz Natal". P9 A Humanidade do Padre "O estatuto do padre mudou. Já não tem a autoridade de outros tempos. Ainda é ouvido, mas depois cada um faz o quer e deixa o padre a falar sozinho. No meio deste relativismo, o padre sente-se um pouco perdido e com um trabalho muito mais dificultado, o que não deixa de ser um grande desafio. Mas, por outro lado, muitas pessoas ainda procuram o padre, porque vivem num turbilhão de dúvidas, incertezas, angústias, dificuldades, vazio existencial e desnorte moral e espiritual, que a sociedade atual oferece, e a voz do padre ainda é valorizada". P11 Os Pobos Promiscuos Recuperado um texto escrito por José Carlos Santos Silva, de Vilarelho, aldeia raiana de Chaves que tem uma associação cultural que promove iniciativas condizentes com a sua vivência histórica. Ele dá-nos a conhecer o que eram os Povos Promíscuos e sua relação com o Couto Mixto de Rubiás. P12 A evolução da televisão nos Estados Unidos P13 Presidente da Câmara foi às castanhas a Paris Orlando Alves foi a Paris para degustar umas castanhas assadas e para “agradecer” aos emigrantes os votos que lhe deram vitória robusta. Mas não só. Foi a Paris para através do Comunicação social insultar o ex-director do Notícias de Barroso, Carvalho de Moura, insultar a RTP que comprou “um programa vergonhoso”, “programa de faca e alguidar” (imaginem!), retratou os cidadãos que acompanham CM como “malta mal educada e maldizente” e acusou o PSD de comprar os jornalistas da RTP. Temos Presidente! Tudo somado nota-se que o desnorte é grande. Porque será? P7 JOÃO MIGUEL, DE PEIRESES, APARECEU MORTO EM SUA CASA P2 Feira do Fumeiro e do Presunto de Barroso Em reunião com os expositores, Domingos Moura, director técnico do Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega, informou que a autarquia irá assumir, na sua totalidade, o abate dos suinos. Trata-se de mais um investimento de 60 mil euros, verba que se junta aos 100 mil aplicados na organização do evento. A organização é da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã e da Câmara de Montalegre que nesta reunião revelaram informações com o objetivo de aperfeiçoar edições anteriores e, também, divulgar e fazer cumprir a nova legislação A Banda de Música de Parafita participou no IV Concurso das Bandas Filarmónicas de Braga. Os resultados não foram os desejados mas não se deve esquecer que o Minho tem as melhores Bandas de Música do país, por isso que a participação num concurso desta natureza é de relevar, engrandeceu a instituição e o concelho de Montalegre.

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Director: Nuno Moura

Ano XXXIII, Nº 527Montalegre, 04.12.2017

Quinzenário

E-mail:[email protected]

1,00 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Banda de Parafita no IV Concurso de Bandas

Em política não vale tudo

Barroso da Fonte (BF) teve como fonte de inspiração a ida do Presidente da Câmara a Paris onde insultou tudo e todos, a começar pela RTP. A dada altura escreve BF: "Este relato estampado na 1ª pagina do Planalto Barrosão, ilustrado com uma expressiva foto a cores, constitui aquele grito de guerra que OA proferiu no seu discurso de posse, quando invocou «a faca e o alguidar». Nem ele terá medido a gravidade dessa afirmação, proferida na altura da matança dos porcos. O parágrafo atrás transcrito em itálico é ameaçador. E o Ministério Público deverá estar atento a esta linguagem imprópria de uma sociedade democrática.

P3

Politica municipal vista de fora

Também o Dr Manuel Ramos se refere, na sua crónica, a Orlando Alves e, em particular, à entrevista concedida ao LusoJornal. “A entrevista de Orlando Alves ao LusoJornal é importante por, para lá do programa “Sexta às 9”, revelar novos dados para compreender o que se passou no dia das eleições com o voto dos emigrantes. Ficou provado que os emigrantes, de acordo com a lei atual, não podiam votar. Também foi dado destaque à gravidade do acto de Ricardo Moura por, em dia de reflexão eleitoral, não poder receber emigrantes nem pagar-lhes um jantar”, disse.

P5

O Projecto Gerês-Xurês

Com um orçamento de cerca de dois milhões de euros e duração prevista até 31 de dezembro de 2019, o projeto conta com a participação, na qualidade de beneficiários, das seguintes entidades: Direção Geral de Património Natural (Conselheria de Ambiente da Xunta da Galiza), Agência de Turismo da Galiza, Deputación de Ourense, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte, Turismo do Porto e Norte de Portugal, ADERE – Peneda Gerês e ARDAL bem como dos municípios de Melgaço, Ponte da Barca, Terras de Bouro, Montalegre e Arcos de Valdevez.

P7

MEMÓRIAS DA MONTANHA

“As histórias evocativas do Natal não têm necessariamente de aludir o Menino Jesus, o Pai Natal, os Reis Magos… O Natal é tempo de sonhos para quem os pode ter. A história de hoje descrita em época natalícia fala da idade da inocência. Aos meus estimados leitores e pessoas amigas desejo-lhes um Feliz Natal".

P9

A Humanidade do Padre

"O estatuto do padre mudou. Já não tem a autoridade de outros tempos. Ainda é ouvido, mas depois cada um faz o quer e deixa o padre a falar sozinho. No meio deste relativismo, o padre sente-se um pouco perdido e com um trabalho muito mais dificultado, o que não deixa de ser um grande desafio. Mas, por outro lado, muitas pessoas ainda procuram o padre, porque vivem num turbilhão de dúvidas, incertezas, angústias, dificuldades, vazio existencial e desnorte moral e espiritual, que a sociedade atual oferece, e a voz do padre ainda é valorizada".

P11

Os Pobos Promiscuos

Recuperado um texto escrito por José Carlos Santos Silva, de Vilarelho, aldeia raiana de Chaves que tem uma associação cultural que promove iniciativas condizentes com a sua vivência histórica. Ele dá-nos a conhecer o que eram os Povos Promíscuos e sua relação com o Couto Mixto de Rubiás.

P12

A evolução da televisão nos Estados UnidosP13

Presidente da Câmara foi às castanhas a ParisOrlando Alves foi a Paris para degustar umas castanhas

assadas e para “agradecer” aos emigrantes os votos que lhe deram vitória robusta. Mas não só. Foi a Paris para através do Comunicação social insultar o ex-director do Notícias de Barroso, Carvalho de Moura, insultar a RTP que comprou “um programa vergonhoso”, “programa de faca e alguidar” (imaginem!), retratou os cidadãos que acompanham CM como “malta mal educada e maldizente” e acusou o PSD de comprar os jornalistas da RTP.

Temos Presidente! Tudo somado nota-se que o desnorte é grande. Porque será?

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JOÃO MIGUEL, DE PEIRESES,

APARECEU MORTO EM SUA CASA

P2

Feira do Fumeiro e do Presunto de BarrosoEm reunião com os expositores, Domingos Moura, director técnico do Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega, informou que a autarquia irá assumir, na sua totalidade, o abate dos suinos. Trata-se de mais um investimento de 60 mil euros, verba que se junta aos 100 mil aplicados na organização do evento.A organização é da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã e da Câmara de Montalegre que nesta reunião revelaram informações com o objetivo de aperfeiçoar edições anteriores e, também, divulgar e fazer cumprir a nova legislação

A Banda de Música de Parafita participou no IV Concurso das Bandas Filarmónicas de Braga. Os resultados não foram

os desejados mas não se deve esquecer que o Minho tem as melhores Bandas de Música do país, por isso que a participação

num concurso desta natureza é de relevar, engrandeceu a instituição e o concelho de Montalegre.

04 de Dezembro de 20172 BarrosoNoticias de

CHÃMorte do João Miguel

Notícia de última hora, chegada à redacção, dá-nos a saber que ontem, dia 3, por volta do meio dia, apareceu morto em sua casa o João Miguel Batista Pereira, natural e residente em Peireses, freguesia da Chã.

O corpo inanimado foi encontrado pela sua filha com quem ele vivia.

João Manuel, de 57 anos, era divorciado, pai de três filhos, dois dos quais também a residir em Peirezes. Cidadão exemplar, era respeitado por toda a gente. Muito dado às celebrações da Igreja, apoiava no que podia o seu pároco, inclusive no ensino da catequese.

Acerca da sua morte, muitas versões se ouvem dentre os seus vizinhos, mas até à data presente, o suicídio é a hipótese de que mais se ouve falar, ainda que com surpresas de todos, muitos dos quais não descartem outras versões.

O corpo foi para autópsia e só depois do relatório desta se poderão extrair conclusões mais objectivas.

Este jornal lamenta o sucedido e solidariza-se com a família a quem apresenta sentidas condolências.

GRALHAS«Semear hábitos» na Serra do Larouco

A serra do Larouco voltou a receber uma ação de reflorestação. Um ano depois da primeira iniciativa, a participação voluntária, a amizade, a consciência ambiental e de proteção da natureza voltaram a deixar uma marca verde num dos emblemas do concelho. Foram plantados cerca de 400 exemplares de árvores autóctones numa ação que reuniu várias entidades e associações da região bem como da vizinha Espanha. Um movimento organizado por “Mauro Fernandes Events”, em conjunto com a associação ambiental Celtiberus e o projeto Raízes. No final ficou a certeza da multiplicação destas iniciativas no sentido de continuar a consciencializar a população.

MONTALEGRECOOP Barroso solidária com as vítimas dos incêndios

Os agricultores da Cooperativa Agrícola do Barroso entregaram ao exército português, várias toneladas de batata e produtos agrícolas recolhidos no concelho, para ajudar a alimentar os animais dos agricultores cujas explorações foram afetadas pelos incêndios.

Concerto de Natal 2017

Com o auditório municipal de Montalegre completamente lotado, os Harlem Gospel Choir protagonizaram um concerto de Natal inesquecível para toda a família barrosã. Trata-se de um dos coros gospel mais proeminentes dos Estados Unidos. Composto por 40 cantores e músicos, o grupo apresentou-se, nesta tourné, com nove cantores e dois músicos (teclados e bateria). Durante este ano apresentam uma homenagem a uma das cantoras mais conhecidas da atualidade, Beyoncé. Um espetáculo oferecido pelo município, com entrada livre, que deliciou o público.

Fundado por Allen Bailey em 1986, o grupo de Harlem nasceu depois de um momento de inspiração obtido ao assistir a uma cerimónia de homenagem a Martin Luther King e desde aí tem vindo a acumular um impressionante currículo. O Harlem Gospel Choir já atuou ao lado ou em frente de alguns dos maiores nomes do planeta: de Nelson Mandela ao Papa João Paulo II, de Paul McCartney a Jimmy Cliff e Diana Ross. A Portugal, o grupo trouxe já espetáculos de homenagem a gigantes da música como Michael Jackson, Stevie Wonder, Whitney Houston ou Adele, músicos de méritos mais do que reconhecidos que nas experientes vozes deste grupo se tornam também autores de hinos universais capazes de capturar o espírito de uma época muito especial. O convite é, mais uma vez, para uma alegre celebração e dirige-se a toda a família. A banda sonora, essa será de luxo e entregue com o inimitável estilo do Harlem Gospel Choir. Incm-montalegre

PISÕESPainéis solares na barragem

A EDP testou com sucesso uma nova forma de produção de energia. Durante um ano instalou uma plataforma fotovoltaica sobre a água na albufeira do

Alto Rabagão.Os resultados superaram 5% as expetativas para

esta experiência-piloto inédita na Europa, resultados que levam a empresa a decidir apostar nesta união de sol e água, de energia solar e hídrica.

PAREDES DO RIO XVI Festa do Porco Bísaro

A Associação Social e Cultural de Paredes do Rio promove mais uma edição da "Festa do porco Bísaro". Acontece dia 10. As inscrições estão abertas.

SALTOCentro de abate licenciada

A oficia da Auto Albano, situada na Zona Industrial de Salto, renovou o licenciamento do Centro de Abate de Carros junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional – Norte (CCDR-N) e ministério do ambiente a quem incumbe a fiscalização da unidade. A Auto Albano é uma oficina de chapa pintura e mecânica e, segundo nos foi dado saber, é a única oficina legalizada para o abate de sucatas no concelho de Montalegre.

COVELO DO GERÊSIncêndio

Um incêndio deflagrou na igreja da aldeia de Covelo do Gerês, provocando danos no altar e na cobertura, disse à agência Lusa o comandante dos bombeiros de Salto.

Hernâni Carvalho, comandante dos Bombeiros de Salto, explicou que o incêndio deflagrou no altar da igreja, alastrando-se depois à cobertura.

O comandante disse também que os prejuízos provocados pelo fogo “são avultados”, explicando que o “altar antigo ficou destruído”, que se “perderam algumas peças de arte sacra” e ainda se verificaram danos consideráveis na cobertura.

O alerta foi dado às 21:48 e para o local foram mobilizados 18 bombeiros e seis viaturas.

O comandante referiu ainda que os bombeiros, depois de chegarem ao local, conseguiram dominar o fogo em “cerca de 10 minutos”, procedendo de seguida aos trabalhos de consolidação.

Quanto às causas do fogo, Hernâni Carvalho disse que a GNR irá ao local recolher indícios e proceder à investigação.

CHAVESVisita ao Património Cultural de Calvão

O Fórum Galaico Transmontano - Circulo de Estudos e Divulgação vai no dia 09/12/2017 a Calvão onde os associados e convidados serão recebidos no Santuário de Nossa Senhora da Aparecida. Segue-se uma vista ao Património Cultural de Calvão, e, depois, pelas 13:00h - Almoço de confraternização no referido Santuário de Nossa Senhora da Aparecida.

BOTICASBoticas Parque - Natureza e Biodiversidade

A Associação Celtiberus tem vindo a organizar várias iniciativas de reflorestação e educação ambiental de forma a promover uma mentalidade ecológica junto de toda população. Este trabalho tem vindo a dar frutos, culminando numa iniciativa que pensamos ser de elevada importância, pela dimensão , pelo apoio, pela mensagem transmitida e pela união de varias instituições.

Neste sentido, queremos agradecer a todos os intervenientes, destacando nesta iniciativa o trabalho da Autarquia Município de Boticas pela forma como se prontificou a ajudar, o apoio da Quercus – ANCN na divulgação e no apoio técnico, da Iberdrolaque contribui com algumas árvores e certamente contribuirá com mais em iniciativas futuras.

Contamos também com a presença do agrupamento de escuteiros de Boticas e dos agrupamentos de Escolas de Boticas e Ribeira de Pena. Desta forma conseguimos chegar aos alunos de forma a incutir princípios de preservação da natureza nos mais novos.

Estiveram presentes várias empresas privadas de animação turística, com isto conseguimos alertar a todos os agentes que da natureza tiram partido para o dever em ajudar a preservar. Estes devem dar o seu

contribuindo para estas iniciativas.Juntaram-se a nós muitos colaboradores e várias

famílias, algumas delas oriundas de longe que não se importaram de fazer vários quilómetros para colaborar.

Não faltou a degustação dos produtos da região muitos deles oferecidos pelas empresas locais, no caso dos produtos de panificação (Padaria e Pastelaria Carreira da Lebre, Lda e o mel Iberiensis Lda.

Em resumo, podemos dizer que foi um dia fantástico, produtivo e educativo.

MF in facebook

Apresentada "Grande Rota Peneda-Gerês" Decorreu na sede do Ecomuseu de Barroso, em

Montalegre, a sessão de apresentação da "Grande Rota Peneda-Gerês". Trata-se de um percurso pedestre com mais de 200 quilómetros de extensão que irá passar pelos cinco concelhos que integram o Parque Nacional da Peneda-Gerês. O trajeto, para já ainda provisório, dividido em 18 etapas, ligará a Inverneira da Ameijoeira (Melgaço) a Tourém (Montalegre), a partir de 2018. Um terço do percurso, uma parte significativa, está incluído no concelho barrosão.

Esta sessão teve como intuito ouvir sugestões e debater eventuais mudanças do traçado com as entidades e populações envolvidas.

Programa Porta 65 jovem

Arranca esta segunda-feira (dia 4), pelas 10h00, mais um programa Porta 65 Jovem, uma iniciativa que visa “regular os incentivos aos jovens arrendatários”, apoiando financeiramente o “arrendamento de habitações para residência, atribuindo uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal”.

Limpezas das áreas envolventes das habitaçõesProprietários privados têm prazo até 15 de março/18

O Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, reconheceu num debate na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) que há "imenso trabalho para fazer" em matéria de incêndios, defendendo que isso passa desde logo por "aproximar a prevenção do combate" para "fazer prevalecer nas populações um sentimento e uma cultura de segurança que não tem havido até hoje".

Os proprietários privados têm "até 15 de março" para limpar as áreas envolventes às casas isoladas, aldeias e estradas e, se não o fizeram, os municípios terão "até ao final de maio" para proceder a essa limpeza.

"Para isso, queremos que, até 15 de março próximo, os proprietários privados tenham todas as áreas envolventes às aldeias, às casas isoladas, aos parques empresariais e mesmo na envolvente às estradas os seus espaços limpos de vegetação facilmente consumível pelo fogo, como os eucaliptos, os pinheiros, as giestas e as acácias", disse o secretário de Estado

173 – DIAMANTINA D'ASSUNÇÃO FERREIRA DA SILVA ESCALEIRA, de 85 anos, viúva de Domingos Fernandes Escaleira, natural e residente em Donões, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 17 de Novembro.176 – MARIA COELHO DA SILVA, de 91 anos, casado com Augusto Rodrigues dos Santos, natural de Vilar de Perdizes (S. Miguel), e residente, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 24 de Novembro. 178 – BATISTA AFONSO DE MIRANDA, de 101 anos, solteiro, natural e residente em Vila da Ponte, faleceu no dia 04 de Dezembro.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos no ano de 2017 até à presente data.

CORTEJO CELESTIAL

04 de Dezembro de 2017 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Quem semeia ventos colhe tempestades

LusoJornal dá voz aos emigrantes de Barroso e faz bem*

Fundado em Setembro de 2004, o LusoJornal foi o único semanário franco-português de informação, durante 13 anos. Recentemente passou a diário. Como se diz no estatuto editorial «é um projeto inovador porque fala apenas dos Portugueses de França e das outras Comunidades lusófonas neste país, assim como das relações entre os nossos países e a França». Nesse editorial se diz que «não damos notícias de Portugal, nem de França, não cobrimos os assuntos que os outros media cobrem, mas falamos de assuntos que precisamente quase ninguém fala, nem os jornais de Portugal, nem os jornais franceses. Especialista sobretudo de matérias relacionadas com Comunidades e com Emigração. Nas nossas páginas pode ler-se a história da emigração portuguesa em França nos últimos anos. Tal como os nossos leitores, compreendemos as duas línguas e saltamos de uma para a outra sem qualquer problema. Onde muitos vêm um problema, nós vemos um potencial enorme».

O LusoJornal tem dezenas colaboradores, na sua maior parte luso-franceses e uma espécie de correspondentes, por quase toda a França. É editado por LusoJornal para CCIFP Editions SAS que é uma empresa da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa. Esta é representada por Carlos Vinhas Pereira que é também o diretor da publicação. Tem a sede na «7 avenue de la porte de Vamves - 75014 Paris». Como sucede em todos os órgãos de informação Portuguesa, «os autores dos artigos de opinião tomam a responsabilidade das ideias e afirmações que veiculam». E cada vez tem mais interesse este jornal Luso-

francês porque, sem deixar de ser acessível online, é impresso em papel e, por isso, também pode ser adquirido nos quiosques ou por assinatura, para quem não usa a Internet.

Embora eu tenha cinco irmãos que constituíram família e fizeram as suas vidas em França, apenas conheci este jornal há cerca de um mês, e passei a consultá-lo online. Aí pude ler cerca de uma dúzia de referências ao «folhetim» provocado pelo programa «Sexta às 9» da RTP e da responsabilidade editorial da Jornalista Sandra Felgueiras. Aí pude ler e reler, a réplica do reeleito Presidente da Câmara de Montalegre, Prof. Orlando Alves, os comunicados do PS contra Sandra Felgueiras e contra a RTP, e todo o estendal de impropérios, de infâmias e ameaças ao candidato vencido, o Prof. Carvalho de Moura.

Foi nessa longa entrevista, coordenada por Carlos Pereira, director do LusoJornal, que Orlando Alves (OA) anunciou que já havia movido um processo judicial contra o seu opositor nas eleições de 1 de Outubro, o candidato do PSD. Foi lá que teceu rasgados elogios àqueles que o reelegeram e aos quais foi agradecer a Paris. Desse lauto banquete em honra de S. Martinho, escreve e mostra esclarecedora primeira página, o órgão oficioso do PS, relato encimado pelo título: «Orlando Alves celebra S. Martinho Junto dos Emigrantes». Nem aí, o autor dessa manchete, que não teve coragem de assinar, modera a ira, a fúria e o ódio contra o adversário político. Permite perceber-se que Orlando Alves se deslocou, oficialmente, a Paris, para agradecer aos emigrantes e para, perante aquela plateia, vergastar sem dó nem piedade no «frustrado candidato» da oposição.

Nesse ambiente desenquadrado da Festa de S. Martinho, OA descarregou toda essa carga energética contra o PSD e contra o seu candidato. Tudo isto por causa de uma reportagem que a RTP exibiu em horário nobre, num programa de referência e com a assinatura de Sandra Felgueiras, uma jornalista de alto gabarito, devidamente habilitada com a carteira profissional nº 4845, bem como

a equipa de profissionais que com ela trabalha honestamente. Afirmar que Carvalho de Moura «comprou» esse programa, é muito grave porque mexe com a honorabilidade dos jornalistas e da RTP, empresa pública de informação. Esta afirmação exige provas.

Ninguém culpa os emigrantes, mas quem os alicia.

Orlando Alves, desde 6 de Outubro, data em que a RTP exibiu a tal reportagem no «Sexta às 9», vem dizendo à boca cheia que foi Carvalho de Moura quem encomendou a reportagem. Nem sequer se fica pela condicional. E foi essa a mensagem que o levou a Paris, incendiando 600 convidados do emigrante Barrosão, Augusto Caselas, natural de Travassos do Rio, proprietário da empresa de sucesso APTL, que terá pago o jantar.

Caselas tem o direito de convidar quem quiser. É louvável que os Barrosões convivam, sinal de que se dão bem. É uma grande lição para quem julga que eles não percebem isso. Ora o Presidente eleito deve ser «de todos os Barrosões». E não apenas daqueles que votaram nele. Possivelmente viajou para Paris, à custa do orçamento municipal de todos. Ali atacou a oposição e o seu líder, na ausência dos ofendidos. E, no calor do ambiente, 600 pessoas, bem comidas e bem bebidas, dizem e ouvem coisas, inadvertidamente. Ora apenas cerca de 52% dos eleitores foram às urnas. Os 48% que não votaram, mais aqueles que votaram na coligação «A força da Mudança» somam cerca de 65%. dos habitantes de Barroso. Esses dois terços de Barrosões, certamente, repudiam esta crispação que, pelos vistos, promete prolongar-se pelos próximos 4 anos de mandato.

«Comprar» e «vender» não rimam em democracia.

O jornal socialista Planalto Barrosão, nº 27 de 15 de Novembro, em toda a primeira página revela, em texto e imagem, o relato daquilo que se passou em Paris. Veja-se: «Foi possível aprender a enorme revolta em todos, sentida por se

verem insultados pelo candidato derrotado do PSD que deles se serviu para branquear a enorme derrota com que os barrosões mais uma vez o despacharam. Montalegre, ridicularizada pelo mundo inteiro no programa que o frustrado candidato “comprou” é algo que muito lhes dói e jamais irão esquecer. Expor assim a nossa terra ao enxovalho, em todo o Portugal profundo, não tem perdão e lá virá o dia em que o “castigo” será ainda muito maior».

Este relato estampado na 1ª pagina do Planalto Barrosão, ilustrado com uma expressiva foto a cores, constitui aquele grito de guerra que OA proferiu no seu discurso de posse, quando invocou «a faca e o alguidar». Nem ele terá medido a gravidade dessa afirmação, proferida na altura da matança dos porcos. O parágrafo atrás transcrito em itálico é ameaçador. E o Ministério Público deverá estar atento a esta linguagem imprópria de uma sociedade democrática. E se o conteúdo transcrito em itálico é grave, como há-de classificar-se quando confrontado com um segundo petardo, na 3ª página, da mesma data? Eis o que aí se escreve:

«Carvalho de Moura enxovalhou Montalegre e ofendeu os emigrantes. É grande a revolta dos emigrantes que se consideram insultados por Carvalho de Moura só por virem votar, como sempre fizeram, nos Homens que querem à frente dos destinos da sua terra. Alguns estarão, até, a mobilizar-se no sentido de levarem o derrotado do PSD ao banco dos réus. E outra coisa, na verdade, não merece. Até que isso aconteça, perdura na memória a tristeza de um programa vergonhoso, bem à imagem de que o vendeu, onde os emigrantes foram insultados e se deu ao país uma imagem de Montalegre e dos seus autarcas. O ridículo de alguém que é passado querer construir o futuro dos Barrosões e a forma indigna como conduziu a campanha onde, através da turma mal educada e maldizente de que se rodeou, insultou tudo e todos ficará para a história democrática do nosso concelho. Não haverá homens grandes em terras pequenas, mas com gente tão pequenina no pensar e no agir,

como aquela que Carvalho de Moura retrata, as terras pequenas nunca, nunca chegarão a ser grandes. Ora, sendo Montalegre e todo o Barroso uma terra grande e digna, fica a saber a pouco a estrondosa derrota que os Barrosões lhe deram. Merecia ser corrido a zero votos. António Barroso».

“Branco é, galinha o põe”

As notícias aqui transcritas do órgão oficioso do PS são insultuosas para: a RTP, para Sandra Felgueiras e colaboradores do programa «Sexta às 9» e para o líder da coligação «Força da Mudança».

Se estas afirmações passarem em claro, são ofendidos e descredibilizados todos os órgãos de informação, privados e públicos. Porque, mesmo em política, não pode valer tudo: as acusações «comprou» e «vendeu» são formas verbais usadas no pretérito perfeito, nos dois textos acima mencionados, e cheiram a corrupção ao mais alto grau. O 1º texto do referido jornal do PS não é assinado. O 2º vem assinado com um nome que ninguém conhece. Melhor: consta lá um que não corresponde a este pseudónimo. E, se esse verdadeiro que lá consta, souber da tramoia em que está a ser usado, certamente que vai exigir responsabilidades abusivas. Face aos insultos e à gravidade do contexto em que essas formas verbais são citadas em órgão público, só uma adivinha poderá pairar, até que a tal cobardia seja esclarecida: «branco é, galinha o põe».

Barroso da Fonte – CP: 3632

*Nota importante:«Artigo 6° (Titulo Profissional)

:1. Ninguém pode exercer a

profissão de jornalista sem estar habilitada com o respetivo título.

2. Nenhum órgão de comunicação social, empresa jornalística ou de comunicação social pode admitir ou manter ao seu serviço como jornalista que não se encontre habilitado com o respetivo titulo. In Estatuto do Jornalista».

MAPC

04 de Dezembro de 20174 BarrosoNoticias de

Banda de Parafita no IV Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga

A Banda de Parafita foi uma das Bandas que participou no IV Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga que teve lugar no dia 26 Novembro, no Auditório do Espaço Vita - Rua de São Domingos, Braga

O Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga tem por fim contribuir para o reforço da visibilidade e da importância destas instituições no meio social, cultural e artístico do nosso país. Os prémios (para as 6 primeiras classificadas) incluem valores monetários, instrumentos, gravação de CD e mais importante que isso contratos para participação nas festas de São João de Braga 2018.

O concurso teve a participação de 15 bandas filarmónicas que levaram até Braga cerca de mil músicos durante os dias do evento.

Organizado pelo Município

de Braga, contou com a colaboração da Associação de Festas de São João de Braga e do Conservatório de Música

Calouste Gulbenkian, Braga, e os apoios da Afinaudio e Sons do Clássico.

"Foi com uns dignos 74,3 pontos em 100 possíveis que culminou a participação da Banda de Música de Parafita

no IV Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga. Com pontuações tão próximas entre o 6.º e o 13.º lugar, a

diferença fez-se em pequenos pormenores”, diz José Alves, engenheiro de profissão e um dos principais elementos da Banda.

Parabéns à Associação Recreativa e Musical Amigos da

Branca (ARMAB) pela vitória e também aos nossos "vizinhos" e colegas a representar o distrito de Vila Real, a

Banda Musical de Loivos pela excelente prestação e acesso aos lugares com os prémios principais.

Parabéns de igual modo à Banda de Música de Parafita que teve uma participação honrosa

num conjunto de Bandas de reconhecida qualidade. O concelho ficou engrandecido e

por isso um tributo de gratidão lhe é devido. Bme hajam!

A Banda de Música de Parafita agradece a todos pelo trabalho e apoio que deram antes, durante e depois da exibição.

De 1 a 3 de dezembro, já passado, inserido no projeto "+Turismo + Sabor", implemen-tado pela ACISAT, o concelho de Montalegre apresentou três restaurantes no roteiro do fim de semana gastronómico.

Este projeto + Turismo + Sabor – Alto Tâmega com Sa-bor tem como objetivo central a criação, no Alto Tâmega, de uma rede colaborativa nos se-tores do Turismo e Agroalimen-tar, orientada para o reforço da competitividade do tecido empresarial e da imagem da

região. O projeto pretende, também, contribuir para o in-centivo à inovação e à inter-nacionalização dos setores em causa com base na coopera-ção.

O projeto é desenvolvido em parceria pela Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT) e pela Associação de Desenvolvimento Regional do Alto Tâmega (ADRAT), em co-laboração com a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e a Escola Profissional de Cha-ves. Entre outros focos, tem em

vista valorizar a excelência dos produtos agroalimentares da re-gião e reforçar a imagem do seu turismo, criando sinergias entre ambos os setores. Desta forma, pretende-se contribuir para ge-rar novas formas de trabalho e novos produtos e, assim, con-correr para a afirmação do Alto Tâmega e para a dinamização da economia regional. Deste modo, é possível evidenciar os seguintes objetivos específicos:

- Potenciar a articulação entre setores complementares, no sentido da definição e cria-

ção de Clusters regionais; - Promover a cooperação

empresarial; - Contribuir para a redu-

ção de riscos e custos para as empresas, através da realização de investimento de utilidade comum;

. Afirmar a excelência dos produtos regionais e do destino Alto Tâmega, através de uma marca única e forte;

- Aumentar o potencial de exportação da região e orientar as suas empresas para merca-dos mais dinâmicos;

- Aumentar a valorização

das atividades económicas da

região, particularmente nos se-

tores do Turismo e Agroalimen-

tar.

Restaurantes aderentes do

concelho de Montalegre:

- Tasca do Açougue

- Restaurante Costa

- Restaurante Foz do Raba-

gão

Fim de Semana Gastronómico

É já um caso patológico a merecer atenções dos especia-listas em matéria de psicologia. O sr. Presidente da Câmara de Montalegre deslocou-se a Pa-ris não para levar a mensagem aos emigrantes de que estavam criadas condições para eles in-vestirem nas suas terras e no seu país, não para anunciar uma qualquer iniciativa que perespectivasse criação de em-

prego e de riqueza para o nosso pobre rincão. Não, foi a Paris para ganhar visibilidade que na sua terra está com dificuldades em manter e, para além de ba-nalidades em que é useiro, in-sultou o ex-director do Notícias de Barroso, Carvalho de Mou-ra, insultou a RTP que comprou “um programa vergonhoso”, “programa de faca e alguidar” (imaginem!), retratou os cida-

dãos que acompanham CM como “malta mal educada e maldizente” e acusou o PSD de comprar os jornalistas da RTP.

Tudo somado nota-se que o desnorte é grande. Porque será?

Nestas parangonas de mui-to baixo nível que vomitam ódio e rancor parece haver ma-téria criminal, o que se está a averiguar.

O Notícias de Barroso, tam-

bém atacado na sua honorabili-dade, desmente OA no que diz “jornal onde (CM) faz política do mais baixo que há, contra mim, e eu não tenho onde ri-postar”....Orlando Alves que é acusado de mentiroso, aqui também não diz a verdade. O NB não ignora o direito de res-posta que está consagrado na lei e que nós somos obrigados a respeitar e sempre respeitamos.

No que toca ao PSD Mon-

talegre, a quem cabe tomar

decisão sobre tudo isto, de mo-

mento, segundo nos foi dado

saber, aguarda com toda a sere-

nidade a evolução do processo

em sede da justiça.

Veremos os próximos capí-

tulos.

Presidente da Câmara foi a Paris insultar Carvalho de Moura, a equipa que o

acompanha, a RTP e o PSD de Montalegre

04 de Dezembro de 2017 5BarrosoNoticias de

Foi no final de um dia do mês de novembro. Estava a ver o meu email pela última vez, preparado para ir dormir, quando chegou ao meu conhecimento a entrevista do Presidente ao LusoJornal. A curiosidade era tanta, que só me deitei depois de a ler de fio a pavio. Eu já sabia que Orlando Alves quando fala à imprensa costuma dar argoladas e, por isso, estava curioso por saber onde é que iria aparecer a primeira incongruência ou calinada. Enquanto o Presidente, mal preparado, andar a falar em tudo o que é órgão de comunicação, não me faltarão crónicas para o Notícias de Barroso, a mim e aos outros cronistas.

A entrevista é deveras importante e, não tendo até ao momento sido objeto de análise, eu proponho-me fazê-la, até porque o jornal não é de fácil acesso e o assunto é do interesse de todos. Em resumo, são postos em destaque vários assuntos: (1) o Presidente revela o que pensa verdadeiramente do Notícias de Barroso; (2) foi na entrevista que pela primeira vez o Presidente revelou que pôs Carvalho de Moura em tribunal; (3) foi provado que os emigrantes podem votar, nos seus consulados, nas presidenciais portuguesas e nas legislativas, mas não podem votar nas eleições autárquicas em Portugal; e, por último, (5) foram apresentados na entrevista novos dados que provam a “gravidade” do acto de Ricardo Moura, que foi ao aeroporto receber emigrantes para votarem em si.

Começo por aquilo que é menos relevante, mas significativo: Orlando Alves acaba por revelar o impacto local que têm os artigos noticiosos e de opinião do Notícias de Barroso sobre política quando assevera que o jornal “malha forte e feio” nele e que a Câmara não tem como ripostar à altura. Sabendo nós que o PS Montalegre dispõe de um jornal e de uma rádio, não deixa de ser curioso a importância que localmente tem o jornal NB, que floresce sem qualquer

apoio da Câmara. Isso é devido à tenacidade de Carvalho de Moura e aos artigos de opinião dos seus colaboradores.

É também nessa entrevista feita em Paris, no escritório de

um empresário de sucesso (o Presidente foi lá a um magusto e ainda há pouco lá tinha estado e não faltará muito para lá ir de novo), que o Presidente revela pela primeira vez que, por causa do programa televisivo SEXTA ÁS 9, pôs em tribunal Carvalho de Moura e o seu Jornal. De

novo ficamos surpreendidos, tanto com a mesquinhez do Presidente, pois não é costume alguém pôr em tribunal um opositor político por tal facto (“achincalhar o concelho”), mas também por ele não pôr em tribunal a RTP, que foi o veículo de transmissão da informação.

Nesse programa televisivo, acerca do qual já escrevi e muito gostei, foi dado destaque a um facto contemporâneo e que muito tem escandalizado os Barrosões: a vinda de emigrantes votar num só partido, há já

cerca de 20 anos, e que é fruto de organização meticulosa e financiamento ignoto. Gostei em particular de o programa ter dado a ambos os contendores a mesma oportunidade de

palavra e de tempo; em segundo lugar, de ver sistematicamente contraditada por factos a argumentação falaciosa do PS. Deste último facto resultou que tanto Orlando Alves como Ricardo Moura tivessem sido desbaratados, pelo que o “achincalho” de que ambos

falam foi deles, por culpa própria, e não do concelho.

Mas o mais importante ainda está por dizer e resume-se nisto: da interação entre jornalista e entrevistado fica claro que os emigrantes não podiam vir votar nas eleições autárquicas porque assim é a lei em vigor, razão pela qual o PSD quer modificá-la. De facto, os emigrantes podem votar nos seus consulados nas presidenciais portuguesas e nas legislativas; também podem votar em França nas autárquicas francesas, mas não podem vir

votar a Portugal nas autárquicas porque não são cá residentes. Quer se concorde ou não, é assim a lei.

No entanto, nas últimas autárquicas, vieram cerca

de 1600 emigrantes só para Montalegre. Pois vieram, mas foi ilegalmente: estão recenseados em Montalegre porque “prestaram falsas declarações” quando disseram que eram residentes em Portugal e não em França. Orlando Alves sabe disso, eis porque tentou

a escapatória, defendendo o argumento de que quem veio votar eram trabalhadores sazonais; que em França há muita precaridade e, portanto, os que vieram votar não eram emigrantes de Montalegre, mas montalegrenses sazonais. No entanto, a mentira tem a perna curta e logo foi refutado pelo jornalista, asseverando que quem veio votar foram emigrantes e eles (Orlando Alves e Ricardo Moura) devem conhecê-los bem. Esta é também a minha convicção e

a de toda a gente. Não temos a menor dúvida.

A meio da entrevista, a conversa acaba por se fixar na pessoa de Ricardo Moura, presidente da junta de Meixedo e Padornelos, para o afundar moralmente. Concretamente, é posto em relevo o facto de, em véspera de eleições e em dia de reflexão e proibição de fazer política, Ricardo Moura ser apanhado no aeroporto do Porto a receber os emigrantes (que no dia seguinte aparecem a votar em Padornelos) e de lhes “ter oferecido um jantar”. Este último dado é uma novidade desta entrevista e não surge no SEXTA ÀS 9, nem o ouvi a mais ninguém; também não ouvi à oposição local a necessidade de explorar este campo, bem fértil. Tais faltas de Ricardo Moura são qualificadas pelo entrevistador como “erros de palmatória” e “falta grave”. Orlando Alves, concordando, solicitou que, quer fosse verdade ou mentira, fosse investigado.

No entanto, para mim, o mais grave não é os emigrantes virem votar ilegalmente. Não deixa de este facto se revestir de gravidade, mas mais grave é toda a manipulação, organização e financiamento ignoto que está por trás disto há já muitos anos. Tem sido falado e investigado no seio do PSD local pelo menos há mais de 15 anos, impotente em combater o fenómeno, pelo que o convite à RTP para abordar o assunto era um desejo antigo.

A certo passo da entrevista Orlando volta a repetir que não houve financiamento e que cada viajante pagou a sua viagem, mas o dono do autocarro asseverou ao SEXTA ÀS 9 que “a viagem é paga por uma pessoa externa à viagem, mas não digo quem é”. São as contradições do Presidente, apanhado em flagrante, e a sua má estratégia por vir remexer num acontecimento que quase já estava esquecido. Mas, pelos vistos, ainda vai ser falado durante muito tempo e presumo que lhe trará sequelas políticas e pessoais bem pesadas.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

Análise da entrevista de Orlando Alves ao LusoJornal

“A entrevista de Orlando Alves ao LusoJornal é importante por, para lá do programa “Sexta às 9”, revelar novos dados para compreender o que se passou no dia das eleições com

o voto dos emigrantes. Ficou provado que os emigrantes, de acordo com a lei atual, não podiam votar. Também foi dado destaque à gravidade do acto de Ricardo Moura por, em

dia de reflexão eleitoral, não poder receber emigrantes nem pagar-lhes um jantar”.

“A meio da entrevista de Orlando Alves ao LusoJornal a conversa acaba por se fixar na pessoa de Ricardo Moura, presidente da junta de Meixedo e Padornelos, para o afundar moralmente”.

04 de Dezembro de 20176 BarrosoNoticias de

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 107 – Fantasmas

Fazem parte de qualquer cultura e, em todos os casos, vão acompanhando cada

um de nós desde os primeiros tempos. Espíritos malignos, assombrações, fantasmas…

Toda uma panóplia de seres mais ou menos tangíveis que vão percorrendo o

imaginário colectivo e enriquecendo o conjunto de receios de cada um. Preenchem-

nos o íntimo e vão deixando calafrios ao longo de todo o tempo que lhes permitimos

que nos visitem. Assim eles vão insistindo e preenchendo e espaço que a nossa alma

tem reservado para o medo. Medo esse que não é mais do que um mecanismo de

suporte ao instinto de sobrevivência. Mas então porque é que cultivamos o medo de

visitar cemitérios durante a noite? Permanecer em casas com reputação de estarem

assombradas…? Nada disso tem a ver com sobrevivência. Tudo isso é folclore, criado

para nos distrair da verdadeira essência dos fantasmas. Porque, sim, os fantasmas

existem e estão entre nós. Mas não são corpos etéreos ou sobrenaturais. Não são

espíritos malignos nem algo com qualquer outra dimensão metafísica. São somente

as nossas falhas ou más acções que constituem um passado que sempre volta para

nos assombrar quando as defesas estão em baixo.

João Nuno Gusmão

Seguro público ( ADSE ) para todos

O governo liderado por António Costa achou por bem alargar a possibilidade de acesso à ADSE aos filhos com menos de 30 anos de actuais beneficiários do sistema assim como, mediante o pagamento da mesma taxa de 3,5% aplicada aos actuais beneficiários, a cônjuges de funcionários públicos e a trabalhadores em entidades públicas empresariais.

É bizarro que num país em que existe um SNS estatal e universal, seja o próprio Estado a oferecer paralelamente aos seus funcionários e pensionistas um subsistema de saúde exclusivo que se traduz na garantia de uma considerável liberdade de escolha que continua a ser negada ao resto da população.

Para quem nos governa e para quem apoia parlamentarmente este Governo, a ADSE é um benefício para os funcionários públicos que deve ser alargado e reforçado mas que deve simultaneamente continuar vedado aos restantes cidadãos portugueses, presumivelmente pertencentes a uma casta inferior que não merece a liberdade de escolha e pode ser sacrificada no altar ideológico do SNS.

Curiosamente esta gritante situação discriminatória não parece também levantar quaisquer problemas no âmbito do enquadramento constitucional português, não tendo até ao momento sido vislumbrado pelas instâncias competentes qualquer conflito com o amplamente celebrado princípio da igualdade.

RR

IN MEMORIAM...

Após o acto de posse do Ten. Horácio de Assis Gonçalves, em 2 de Julho 1934, como governador civil de Vila Real, os convidados posaram para a posteridade.

Montalegre teve lá os seus dignos representantes que os barrosões de mais idade facilmente reconhecem na imagem facultada ao Notícias de Barroso pelo Eng Enes Gonçalves, gentileza que a direcção agradece.

04 de Dezembro de 2017 7BarrosoNoticias de

O programa de apresentação do projeto europeu de dinamização da reserva da biosfera transfronteiriça Gerês-Xurés, financiado pelo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP), foi apresentado no Pazo de Vilamarín, em Ourense. O projeto visa promover os territórios de Portugal e de Espanha em conjunto para atrair mais turismo à região e, com isso, incentivar a criação e a valorização de empresas que sustentem a população aí residente.

O projeto nasce com o objetivo de fortalecer a

identidade desta reserva da biosfera transfronteiriça através do seu desenvolvimento económico e turístico sustentável e da proteção e conservação do seu património natural e cultural. O território da reserva da biosfera transfronteiriça Gerês-Xurés, abrange as áreas correspondentes ao Parque Nacional da Peneda-Gerês, no Norte de Portugal, e o Parque Natural da Baixa Limia-Serra do Xúres, na Galiza. A reserva tem uma superfície de 259.496ha, das quais 62.916ha (24%) correspondem a território galego e 196.580ha (76%) a território português. Com um total de cerca de 79 mil habitantes (10 mil na Galiza e 69 mil na região Norte) partilha, em toda a sua extensão,

fenómenos demográficos similares como a dispersão, o envelhecimento da população e o despovoamento, fatores que tornam imprescindíveis intervenções específicas como as que se contempla neste projeto.

Projecto de dois milhões

Com um orçamento de cerca de dois milhões de euros e duração prevista até 31 de dezembro de 2019, o projeto conta com a participação, na qualidade de beneficiários, das seguintes entidades: Direção Geral de Património Natural (Conselheria de Ambiente da Xunta da Galiza),

Agência de Turismo da Galiza, Deputación de Ourense, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte, Turismo do Porto e Norte de Portugal, ADERE – Peneda Gerês e ARDAL bem como dos municípios de Melgaço, Ponte da Barca, Terras de Bouro, Montalegre e Arcos de Valdevez.

Falamos de um investimento que espera conseguir melhorar a qualidade de vida da população local, aumentar a atratividade turística, económica e demográfica do território em questão, melhorar a qualidade dos serviços e produtos endógenos comercializados, melhorar o conhecimento

sobre a reserva da biosfera transfronteiriça Gerês-Xurés por parte da comunidade local (a nível regional, nacional e internacional), melhorar o estado de conservação e proteção do rico e vasto património natural e cultural associado à reserva, melhorar as condições de acessibilidade, sinalização e ambientais deste espaço classificado e, ainda, contribuir para a harmonização dos instrumentos de planeamento e ordenamento territorial que atualmente regulam este território.

O evento de apresentação assume o formato de conferência-debate, contando com a presença da vice-

presidente da CCDR-N - Ester Gomes da Silva, do presidente da deputación de Ourense - José Manuel Baltar Blanco, do vice-presidente do TPNP - Jorge Magalhães e, em representação do coordenador do projeto, da diretora geral de Património Natural da Xunta da Galiza - Ana María Díaz López.

O evento encerra com as Jornadas Gastronómicas Gêres-Xurés Dinâmico, dinamizadas pelo chef Martín Álvarez e organizadas pela Agência de Turismo da Galiza, no final das quais se poderá degustar uma seleção de produtos do território galego da reserva da biosfera transfronteiriça Gerês-Xurés.

Prazo até fim de 2019

Os carvalhais e os urzais, os lobos e as cabras montesas e as estruturas megalíticas ocupam o PNPG e o Parque Natural Baixa Limia – Serra do Xurés, mas os 260 mil hectares que se estendem por Portugal e Espanha formam apenas uma Reserva Mundial da Biosfera, classificada como tal pela UNESCO, em 2009. Com este projeto, os municípios, a cargo dos parques e outras instituições envolvidas, pretendem reforçar a identidade da reserva, com a promoção da mesma para fins turísticos e a valorização da economia local. A ideia, defende Ester Gomes da Silva, vice-presidente da CCDR do Norte, uma das instituições

lusas que integra o projeto, a par da Adere Peneda-Gerês e do Turismo do Porto e Norte de Portugal, «é, por um lado, preservar e conservar aquele património cultural e natural, mas, por outro, é promover o desenvolvimento socio-económico, com um turismo que se pretende sustentável, mas que garanta a manutenção de pessoas na região».

Com implementação prevista até 31 de dezembro de 2019 e financiamento oriundo do Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal, a iniciativa prevê a atribuição de 900 mil euros à zona portuguesa da Reserva e os restantes 1,1 milhões à zona espanhola, visando não só promover a reserva aos visitantes, mas

também aos habitantes e às escolas de ambos os lados da fronteira.

Junto dos turistas, o projeto vai desenvolver ações como a atualização de conteúdos nas Portas do Parque do Baixa Limia e a elaboração de um «calendário único de atividades desportivas e culturais» para a reserva, que podem eventualmente incluir geocaching e "visitas teatralizadas" ao Couto Misto, microestado independente até 1868, perto de Tourém (Montalegre), no limite do PNPG. Prevê-se, também, a melhoria de algumas das rotas

transfronteiriças e a valorização do megalitismo nas Serras do Xurés e no Planalto de Castro Laboreiro. Entre as medidas para sensibilizar os cerca de 70.000 habitantes dos cinco municípios da Peneda-Gerês – Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre – e os cerca de 10.000 do parque da Serra do Xurés para o património da zona, contam-se o levantamento do património etnográfico do território, com recurso a entrevistas à população local para fazer a história da Reserva da Biosfera, ações de formação, que incluem a organização de uma jornada sobre o património cultural material e imaterial.

O Projecto “Gerês-Xurés" apresentado em Ourense

BarrosoNoticias de

8 04 de Dezembro de 2017

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BarrosoNoticias de

904 de Dezembro de 2017

A imagem do contrabandista da minha aldeia permanece viva nas memórias da infância. Na terra ninguém lhe conhecia o nome. Todos lhe chamavam Tó Cãozinho – a sua alcunha. Imaginava que seria por se fazer acompanhar de um cão, embora nunca o mirasse na sua companhia.

Não consigo precisar a idade. Quando o conheci teria cerca de 40 anos. Alto, esguio, de semblante tisnado pelos raios solares. Minguado de carnes conquanto musculado. Já mal recordo o seu traje usual. Lembro-me da inseparável gorra preta e das alpercatas com a base de corda usadas em tempo seco. Facultavam-lhe as caminhadas por brenhas e sendas. Todavia, a principal finalidade, creio eu, seria para lhe facilitarem uma fuga rápida quando perseguido pelos guardas. Segundo as conversas que chegavam aos meus ouvidos era bem aceite na terra.

Durante a infância não conheci outro contrabandista. Vinha do outro lado da serra, da raia de Espanha, periodicamente à minha aldeia. Deslocava-se usualmente a pé. Dormia onde a noite o encontrava. Tinha reserva assegurada nos palheiros e nas cabanas em redor que lhe atenuavam o frio gélido dos invernos serranos.

No Verão, quantas vezes a copa de uma árvore foi o tecto do seu quarto de dormir.

Surpreendia-me a vida livre desse peregrino. Os quilómetros que palmilhava e as privações que superava para sobreviver. Todavia, nunca vi algum sinal de tristeza ou de

revolta espelhado no rosto.Trazia os produtos

adquiridos em Espanha numa saca de serapilheira. A porta da casa de meus pais era paragem obrigatória, esperançado que a minha mãe lhe comprasse alguns alfinetes, ou um corte de bombazina. Porém, o produto com venda assegurada para minha inquietação, era um fármaco de sabor desagradável que não estava à venda em Portugal. Creio tratar-se de um composto vitamínico. Mal

não fazia, porque o médico da aldeia recomendava-o. Recomendava-o… porque certamente nunca o provou. Pela minha parte era um tormento diário nos dias seguintes à chegada do contrabandista. Apesar dessa contrariedade e das reviravoltas que o meu estômago ensaiava cada vez que ingeria uma colher desse xarope, manifestava simpatia pelo Tó Cãozinho. Ele retribuía

narrando-me aventuras da sua vida atribulada.

XXX

– Se não tomares o xarope ficas pequenino como o pai do Luís Benfica – dizia-me a minha mãe.

O pai desse meu colega da Escola Primária era o habitante mais baixo da aldeia.

– E se tomar, fico alto como o Tó Cãozinho? – Perguntava.

A minha mãe abanava

afirmativamente a cabeça. Perante argumento tão convincente nem ensaiava uma alternativa.

Numa ocasião, perguntei ao contrabandista se em criança tomou muito xarope igual ao que vendia. Respondeu-me com uma sonora gargalhada. Não fiquei muito convencido com a resposta. Como nada acrescentou, considerei-a uma resposta afirmativa.

Chegado à porta de casa,

poisava o saco de serapilheira e detinha-se o tempo necessário para comercializar o produto. De seguida partia ao encontro do próximo cliente. Algumas vezes, enquanto conversava, olhava apreensivo para todos os lados. Parecia recear a vinda de alguém. Quando estava mais sereno, descrevia-me episódios deliciosos da sua vida que ainda hoje recordo.

Certo dia – contou-me – durante a Guerra Civil um espanhol perseguido

pelas tropas franquistas veio acolher-se na sua aldeia raiana. Os aldeões tinham receio de lhe prestarem ajuda porque sendo descobertos eram também aprisionados pelos guardas-republicanos. O contrabandista não se atemorizou, indicou-lhe para esconderijo uma cabana fora da aldeia. Durante a noite levava-lhe o que conseguia angariar para lhe mitigar a fome. Passado algum tempo,

os guardas começaram a rondar a aldeia. Vinham em perseguição do espanhol. Capturado seria enviado para Espanha. Teria a morte certificada. Quando os avistou, pediu a um conterrâneo para ir avisar o perseguido enquanto ele persuadiu os guardas dizendo-lhes que enxergara um estranho numa moita na extremidade oposta da aldeia. Os guardas correram de imediato para lá, mas, depressa se aperceberam do logro. O Tó Cãozinho também teve de fugir para não ser aprisionado. Esta e outras histórias permitiram-me determinar o carácter do contrabandista e admiti-lo no lote dos meus heróis das “histórias em quadradinhos” (1).

XXX

Permanecia na aldeia um ou dois dias. Depois, partia para outra jornada.

Durante algumas semanas mantinha-se afastado. Quando o período era maior e o meu estômago folgava de alegria, pensava que não voltaria mais. Porém, regressava sempre. Ao vê-lo aparecer no extremo da rua, curvado, com o saco de serapilheira às costas, sabia que algo iria mudar nos dias seguintes: a minha dieta alimentar seria acrescida com uma colher do tal xarope amargo que fazia crescer.

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)

João Soares Tavares escreve segundo o anterior acordo ortográfico

Notas:

(1) Era assim designada a banda desenhada pela pequenada da aldeia.

MEMÓRIAS DA MONTANHA (1ª parte)

As histórias evocativas do Natal não têm necessariamente de aludir o Menino Jesus, o Pai Natal, os Reis Magos… O Natal é tempo de sonhos para quem os pode ter. A história de hoje descrita em época natalícia fala da idade da inocência.

Aos meus estimados leitores e pessoas amigas desejo-lhes um Feliz Natal.

João Soares Tavares

João Soares Tavares

Os palheiros e cabanas da aldeia eram geralmente o lugar de pernoita do contrabandista. (Aguarela original do genérico do documentário cinematográfico “Memórias da Montanha”,

realizado pelo autor desta história)

04 de Dezembro de 201710 BarrosoNoticias de

SEDE DO JORNAL

O jornal Notícias de Barroso tem, a partir deste mês de junho, a sua sede definitiva na Praça de França, Edifício Cabrilho, n.º 396,

Loja 4-A, situada portanto nas torres da Condalton e com entrada pela Porta 1, a seguir ao Oculista e à loja das flores.

A sede estará aberta desde as 10,00 horas às 12,00 horas (meio dia) para pagamento das assinaturas, publicidade e outros serviços.

Fora desse horário, em casos de urgência, poderão os srs. Assinantes servir-se dos contactos indicados no Jornal.

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A todos os assinantes que pretendam aderir a esta forma de pagamento solicitamos que nos informem do valor da transferência e do

nome da pessoa que recebe o jornal, logo após o depósito bancário, seja por e-mail, telefone ou carta. Isto porque o talão emitido pelo

Banco não traz a indicação do nome do assinante.

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Para aqueles que têm necessidades de prestação de serviços, para alguma orientação, juntamos uma resenha da N/tabela de preços:

EXTRATOS de 1 só prédio …................................... 35,00 euros

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1 página inteira a cores................ 200,00 “

“ “ a p/b ….............. 160,00 “

BarrosoNoticias de

EXTRATO

Certifico para efeito de publicação que, por escritura outorgada em 27-10-2017, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Df! Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 24 e seguintes do livro 986-A, José Augusto Branco, casado, advogado, com escritório nesta vila de Montalegre, na Rua Dr. António J. Morais Caldas, n° 1, 10-M, na qualidade de procurador de MARIA GONÇALVES ALVES BARRADAS e marido VASCO BARRADAS PIÇARRA, casados em comunhão geral, naturais ela da freguesia de Covelães, deste concelho e ele da freguesia de Ervedal, concelho de Avis e residentes na Rua D. João de Castro, n09, 2° dtO,Damaia, Amadora, declarou:

Que os seus representados são donos, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis situados na Freguesia de Sezelhe e Covelães, concelho de Montalegre:

UM: Prédio rústico situado em PORTELA DE BOISENDE, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Aníbal Barroso Alves, sul com José Joaquim Alves, nascente com caminho público e do poente com estrada camarária, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 589.

DOIS: Prédio rústico situado em CIMA DAS PEREIRAS, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de duzentos e noventa metros quadrados, a confrontar do norte e sul com Ermelinda Gonçalves Rafael, nascente com José Maria Gonçalves Branco e do poente com Américo Ramos Alves, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 184.

Que estes prédios estavam inscritos na matriz antes de mil novecentos e noventa e sete sob os artigos 734 e 2188 e encontram-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e noventa e dois, ano em que os adquiriram, por partilha meramente verbal de seus pais e sogros Olímpia Gonçalves Ramos e Dommgos Alves, residentes que foram no indicado lugar de Covelães.

Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído os indicados prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado e sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, continua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Está conforme.

Cartório Notarial de Montalegre, 27 de outubro de 2017.Conta:Artigos: ,20°.4.5) ..... 23,00 €São Vinte e três euros.Regi'bda ,oh o n°

Notícias de Barroso, n.º 526, de 18 de Novembro de 2017

A geração que se segue

Um jovem muito arrogante, que assistia a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já madurão, perto dele, porque era impossível a alguém da velha geração entender a nova geração.

"Vocês cresceram num mundo diferente, um mundo quase primitivo!", disse o estudante alto e claro, de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.

“Nós, os jovens de hoje, crescemos com a internet, o telemóvel, televisão, aviões a jacto, viagens espaciais, homens a caminhar na Lua, as nossas aeronaves a visitar Marte. Nós temos energia nuclear, carros eléctricos e a hidrogénio, computadores com grande capacidade de processamento e ....," - fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja.

O senhor aproveitou o intervalo para interromper a liturgia do estudante na sua ladainha e disse:

Você tem razão, meu filho. Nós não tivemos essas coisas todas quando éramos jovens porque estávamos ocupados a inventá-las. E você, um bosta de merda arrogante dos dias de hoje, o que está fazendo para a

próxima geração?Foi por todos aplaudido de

pé.

Um alentejano com resposta inteligente

Um Lisboeta, trabalhando no duro, suado, fato e gravata, vê um alentejano deitado numa rede, a gozar uma sesta na maior folga.

O Lisboeta não resiste e diz-lhe:

Ó amigo, você sabe que a preguiça é um dos sete pecados capitais?

E o Alentejano, sem se mexer, responde:

E a inveja também.

A pressa é má conselheira

Entra um senhor desesperado na farmácia e grita: - Rápido, rápido, dê-me algo para a diarreia! É muito urgente! O dono da farmácia, que era novo no negócio, fica muito nervoso e dá-lhe um remédio errado: um remédio para os nervos.

O senhor, com muita pressa, pega no remédio e vai-se embora. Horas depois, chega novamente o mesmo sujeito que estava com diarreia e o farmacêutico, preocupado, diz-lhe:

- As minhas desculpas, senhor. Creio que, por engano meu, lhe dei um medicamento para os nervos, em vez de um para a diarreia. Como é que se sente? O senhor respondeu-lhe: - Cagado... mas tou tranquilo.

Curiosidades

Sabe o leitor o que é o “560”?

É a numeração inicial dos produtos portugueses no Código de Barras.

Todos os produtos de fabrico português têm um código de barras cujos primeiros números são 560.

Limites do concelho de Montalegre

Concelhos vizinhos de Montalegre: a Norte - Lobios, Muiños, Calvos de Randin, Baltar, Cualedro, Oímbra (Provincia de Ourense, Galiza, Espanha);

A Este - Chaves e Boticas (Distrito de Vila Real - Trás-os-Montes);

A Sul – Boticas (Distrito de Vila Real) e Cabeceiras de Basto (Distrito de Braga - Minho);

A Oeste - Vieira do Minho e Terras de Bouro (Distrito de Braga - Minho).

ATÃO BÁ!

04 de Dezembro de 2017 11BarrosoNoticias de

Durante este mês de novembro, decorreu a Semana dos Seminários. Já é do conhecimento geral o número muito baixo de seminaristas na maioria, senão na totalidade, das dioceses portuguesas, por muitas e variadas razões que não vamos aqui escalpelizar. Espero que as paróquias se comprometam e se preocupem decisivamente com esta necessidade da Igreja.

Durante a referida semana, fiz um balanço da minha ainda pequena caminhada sacerdotal (está quase na maioridade), pensei nas lições que a vida já me vai dando, e refleti um pouco sobre a condição sacerdotal, embalado pela apresentação de um livro, Senhor Bispo, o Pároco Fugiu, realizada pelo Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada e pelo cronista João Miguel Tavares, livro da autoria de Jean Mercier.

Que pensamentos me invadiram? O estatuto do padre mudou. Já não tem a autoridade de outros tempos. Ainda é ouvido, mas depois cada um faz o quer e deixa o padre a falar sozinho. No meio deste relativismo, o padre sente-se um pouco perdido e com um trabalho muito mais dificultado, o que não deixa

de ser um grande desafio. Mas, por outro lado, muitas pessoas ainda procuram o padre, porque vivem num turbilhão de dúvidas, incertezas, angústias, dificuldades, vazio existencial e desnorte moral e espiritual, que a sociedade atual oferece, e a voz do padre ainda é valorizada.

Temos uma formação vincadamente humana, intelectual, moral e espiritual, centrada na liturgia e na pregação, mas quando chegamos às paróquias percebemos que temos de ter alguma plasticina, moldada pelo engenho e pela carolice de cada um: ser secretário, burocrata, empreiteiro, cozinheiro, dono de casa, sacristão, maestro, assistente disto ou daquilo. Como se isto não chegasse, ultimamente ainda lhe arranjaram o cargo chique de ser presidente de centros paroquiais. Muitos párocos aceitam, porque assim também mandam as regras, dá poder e visibilidade social, mas acho que os padres não são ordenados para serem presidentes de centros paroquiais, para o qual não tiveram nenhuma formação. É um cargo com alguma exigência. No meio desta azáfama toda, pergunta-se: o padre ainda terá tempo para ser padre? É ordenado para ser padre e depois é quase tudo menos padre. Certamente que deve dar o seu contributo no campo social e no serviço às instituições, mas não deve ser o padre a liderar. Há leigos com formação neste campo, que perfeitamente podem ocupar o cargo. O trabalho de «funcionário» das paróquias e da Igreja, infelizmente, traz muito prejuízo para a vida espiritual e para a disponibilidade que o

padre deve ter para os outros como padre. Duvido que agendas sobrecarregadas, com muitas atividades, reuniões e ações, façam dos padres bons padres. Há um excesso de preocupação pelo fazer e não pelo ser e estar, que é o fundamental da vida de um padre. Até o povo já se habituou a comentar que «o senhor padre tem muito que fazer e, coitado, anda tão cansado». Se assim é, alguma coisa não está bem na vida do padre atual.

Ser padre exige alguma prudência, equilíbrio e humildade, para não se cair no vedetismo, que é sempre uma

tentação. O padre indica, deve apelar sempre e ser ponte para algo muito maior do que ele: Jesus Cristo. Na Igreja, o centro das atenções é Jesus Cristo e não o padre. Mete-me alguma confusão e impressão ver padres armados em vedetas e nas paróquias grupos de pessoas alinhados com certos padres e com outros não, ou multidões dominicais com uns padres e desertos com outros. São sinais evidentes de grande superficialidade e imaturidade cristã. O padre que é vedeta, com agenda e objetivos pessoais, é um mau padre, e uma comunidade que se centra muito no estilo do

padre, é uma má comunidade. Uns têm mais talentos do que outros e alguns serão mais apelativos do que outros, mas uma boa comunidade cristã e um bom cristão centra-se em Cristo e não no padre que tem.

Mas o que mais refleti, durante a semana, foi o encontro com a minha pobreza e a minha fragilidade no exercício do sacerdócio. Julgamos que vamos ser sempre jovens e que vamos ter sempre novidade, criatividade e frescura espiritual e pastoral para dar e vender, mas não é bem assim. O encanto por ser padre e servir Cristo e

a Igreja não se perdeu, mas vive-se na fragilidade da nossa humanidade. Construímos a imagem de que o padre é quase o senhor todo perfeito, um anjo de Deus na terra, sem defeitos, sem dificuldades, sem problemas, sem angústias e sem dúvidas. Não tem dramas, nem complexos, muito menos vícios e manias. Tem bons conselhos para tudo e todos, possivelmente viverá sempre uma vida espiritual elevada, nunca perde o equilíbrio e nunca precisa de ajuda, está capacitado para ter uma performance quase perfeita. O padre é encarado como um ser extraordinário que

vive quase incólume ao que os outros experimentam. Um padre sem humanidade. Lamento, mas este padre não existe. Aquela imagem faz até com o padre se sinta pressionado e passe algum tempo a esconder os seus medos, as suas fragilidades e as suas angústias, porque o padre tem de ser sempre imperturbável, forte e certinho, não pode ser fraco ou manifestar fraqueza. Nada mais ilusório e desumano. O padre também falha, erra, engana-se, chora, sofre, ri, cora, irrita-se, treme e distrai-se, adoece.

Há que assumir a nossa humanidade. As comunidades cristãs têm se habituar a gostar do padre que têm, um ser humano com as suas virtudes e os seus defeitos. E o padre não ter medo de mostrar o que é e o que vive, confessando-se de vez em quando à comunidade, para também ser ajudado e não viver no drama de alimentar falsas imagens e recusar a sua humanidade, na unicidade e especificidade de cada um.

E, por favor, façam-me um obséquio: não me falem mal dos padres velhos por serem velhos. Quem não vai para velho? As comunidades cristãs, e a Igreja em geral, não podem querer só a parte melhor das pessoas, o seu tempo de maior vigor e criatividade, e depois quererem facilmente arrumá-las, como se já não tivessem qualquer valor. Os critérios da Igreja não são a produtividade e a eficácia, mas o amor e o serviço. As pessoas devem ser sempre amadas e respeitadas, acolhidas na sua mais pura humanidade, independente do que fazem e produzem. A igreja, primeiro que tudo, tem de ser uma casa de humanidade.

A Humanidade do Padre

Pe Vítor Pereira

BOTICASIgreja Românica de Covas de Barroso

O Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, o Diretor Regional de Cultura do Norte, António da Ponte, e o Diretor da Fundação Iberdrola, Ramón Sánchez, assinaram esta terça-feira, dia 21 de novembro, uma adenda ao Protocolo de Cooperação no âmbito do Plano Românico-Atlântico 2015-2018.

O protocolo prevê uma

intervenção de conservação e restauro na Igreja Românica de Covas do Barroso, um edifício datado do século XIII e que constitui um importante monumento histórico de arte românica no património nacional.

“Gostamos de preservar aquilo que é nosso, o nosso património e a nossa história. Esta intervenção vai permitir destacar

os traços originais do imóvel, em particular do interior da igreja e, em simultâneo, valorizar ainda mais a nossa riqueza cultural”, referiu Fernando Queiroga aquando da assinatura do protocolo.

Uma parte da comparticipação financeira inerente ao restauro da igreja decorre no âmbito das relações estabelecidas com a Iberdrola na sequência do projeto do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (construção das barragens do Alto Tâmega).

O Plano de Restauro do Românico Atlântico é um projeto levado a cabo pelo Ministério da Cultura de Portugal, a Junta de Castilla y Léon e a Fundação Iberdrola, que contempla o restauro e manutenção do património de arte românica existente em Portugal e Espanha, nomeadamente, nos monumentos situados nas áreas envolventes dos rios Tâmega e Douro.

Além da recuperação do património cultural, natural e social da região, o plano visa ainda ajudar a dinamizar a atividade socioeconómica e potenciar os laços transfronteiriços entre os dois países.

No seguimento da atribuição do diploma e galardão de “Município Amigo do Desporto 2017”, que decorreu no passado mês de setembro, em São João da Madeira, a Câmara Municipal de Boticas, representada pelo Vice-Presidente, Guilherme Pires, recebeu a bandeira de “Município Amigo do Desporto 2017”, na Gala Anual que decorreu no âmbito do XVIII Congresso Nacional de Gestão de Desporto da Associação Portuguesa de Gestão de Desporto (APOGESD), no passado dia 23 de novembro, em Viseu.

Em 2017 foram 60 os municípios que conquistaram este título, sendo que Boticas é, a par de Montalegre, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real, um dos quatro municípios distinguidos, a nível distrital.

O Programa “Município Amigo do Desporto”, desenvolvido pela APOGESD e pela Cidade Social, visa a disponibilização de informação e partilha de boas práticas relativas à qualidade de intervenção dos municípios

portugueses em áreas como o desporto, juventude e educação e assume-se, também, como uma rede de partilha que privilegia a monitorização, o reconhecimento e a divulgação de boas práticas, partindo dos projetos e ações implementados em cada concelho aderente.

Recorde-se que foi a primeira

vez que Boticas foi reconhecida com tal distinção, que teve como áreas de avaliação a organização de eventos desportivos, infraestruturas, parcerias, realidade desportiva, entre outras.

Município estuda com a AGROS formas de promoção e comercialização dos produtos locais

As comunidades cristãs têm se habituar a gostar do padre que têm, um ser humano com as suas virtudes e os seus

defeitos. E o padre não ter medo de mostrar o que é e o que vive, confessando-se de vez em quando à comunidade, para

também ser ajudado e não viver no drama de alimentar falsas imagens e recusar a sua humanidade, na unicidade e

especificidade de cada um.

04 de Dezembro de 201712 BarrosoNoticias de

O Centro Cultural de Vila-relho da Raia comemorou, em 2014, os 150 anos do Tratado Internacional de Limites, atra-vés do XIX Passeio Raiano.

Este facto histórico que pôs fim ao Couto Misto de Rubiás e aos Povos Promíscuos, veio alterar o quotidiano das gentes raianas dos concelhos de Cha-ves e Montalegre, principal-mente o privilégio de viver no estrangeiro sem cruzar a fron-teira.

Apesar do Tratado já em vi-gor, estas comunidades agríco-las, auto-sustentáveis, alheias ao poder pré-estabelecido e com hábitos tipicamente me-dievais, de difícil acesso, conti-nuaram arredadas das decisões de Lisboa e Madrid e fora do controlo estatal. A situação al-terava-se, quando se tratava de tributos e contribuições e a ce-lebração de atos oficiais, como casamentos, batizados, registos e óbitos, etc. Foram décadas de adaptação a esta nova realida-de, cujas resistências e prejuí-zos se foram diluindo ao longo dos tempos. No entanto, em Cambedo da Raia, já de nacio-nalidade portuguesa há mais de 40 anos, no início do século passado houve quem praticasse actos oficiais na Galiza, como o registo dos filhos, conforme a conveniência. Passado déca-das, por qualquer motivo eram obrigados a registar-se no seu país, e a sua idade voltava a co-meçar do zero.

As delimitações nunca fo-ram pacíficas e as negociações que se verteram e concluíram neste tratado foram as mais difí-ceis entre os dois estados, devi-do ao pormenor, mas essencial-mente ao caráter e aspereza das gentes da nossa região, quando estão a ser lesadas.

As delimitações de frontei-ras vêm de há muito tempo. Já no sec. XIII, reinava D. Afonso III e em Castela Afonso X, se fa-lava dos limites fronteiriços por causa do “Couto Misto de Ru-biás”. Mas a primeira aborda-gem séria, entre os dois reinos, surgiu em 1803, com resulta-dos nulos. Num despacho de 24 de abril de 1845, de Madrid, pode ler-se: “É incompreensível a grande subsistência de seme-lhantes privilégios e degradan-te, … a existência de três luga-res miseráveis, regendo-se por

leis absolutas, sem sujeição a

nenhuma autoridade … São o

abrigo de todos os desertores e

criminosos do país, … refúgio

de contrabandistas …” (citado

pelo prof. Eliseu Seara). Vol-

tam à mesa das negociações,

em 1855, tendo a Espanha

proposto que a totalidade do

“Couto” seja espanhola porque

está dentro do território galego.

Portugal não aceitou. Um ano

depois foi proposta a divisão

do “Couto” pelas duas partes.

Madrid rejeitou.

Já em 1856, foi discutido

em Soutelinho da Raia, entre

“os comissários Bourman e

Couvreur os problemas da ex-

tinção do Couto Misto, trazen-

do a debate o assunto fronteiri-

ço dos Povos Promíscuos”.

Numa das muitas discus-

sões preliminares, em 17 de

Setembro de 1856, os pleni-

potenciários dos dois reinos

propuseram, a distribuição das

três localidades (Soutelinho da

Raia, Cambedo e Lamadarcos),

a um ou outro reino, seria em

função do maior número de

fogos se situarem de um ou de

outro lado da raia, deixando

um espaço de 50 metros sem

qualquer construção. Nesse

sentido, “Lama de Arcos (52 e

25 fogos, portugueses e espa-

nhóis, respectivamente) e Sou-

telinho (80 e 12) passariam a

pertencer a Portugal, enquanto

Cambedo (13 e 25), a única

que no tombo do século XVI,

não estaria dividida pela fron-

teira, era só portuguesa, passa-

ria agora para Espanha”.

As negociações entre os

dois reinos tinham como finali-

dade, segundo eles, acabar ou

tentar minorar a problemática

do contrabando e dos fugidos

às exigências das autoridades

da Nação. Mas, na nossa opi-

nião, o problema essencial, era

acabar com o “Couto Misto”.

Após várias sessões, dis-

cussões e muitos desentendi-

mentos da Comissão Mista de

Demarcação de Limites, só em

29 de Setembro de 1864, no

reinado de D. Luís, rei de Portu-

gal e D. Isabel, rainha de Espa-

nha, através do Tratado dos Li-

mites de Lisboa, se extinguiu o

“Couto Misto”, passando para

o domínio espanhol e, em tro-

ca, definitiva, Espanha “cede”

(metade já era português) os

denominados “POBOS PRO-

MÍSCUOS” de Soutelinho da

Raia, Cambedo e Lamadarcos.

No artº 10º do Tratado lê-se,

“O povo promíscuo de Souteli-

nho pertencerá a Portugal de-

marcando-se-lhe em território

de Espanha uma zona de 90 a

100 metros de largo contígua

à povoação”. Vasconcelos e

Sá, citado por Paula Godinho,

diz-nos que a parte espanhola

de Soutelinho, em 1859, além

de não ter termo algum, dos 12

fogos que tinha, só um é que

era daquela nação, os restantes

eram portugueses que se de-

dicavam ao contrabando. Tal

como antes, a população con-

tinuou a ver na proximidade da

raia, uma oportunidade de ne-

gócio e sobrevivência.

“PROMÍSCUOS” porque,

durante muitos anos, “promis-

cuamente” viveram no mesmo

povo, como um todo, dentro

da mesma aldeia, devido à

linha divisória que separava

os dois países atravessava ter-

renos, ruas e casas, originan-

do situações desagradáveis e

anómalas para o regime. Esta

linha criada pelo sistema ou

pelos próprios populares, ao

longo dos séculos, longe do

controlo estatal, foram cons-

truindo as suas casas clandesti-

namente do outro lado da raia,

por interesses diversos, como

aconteceu em Cambêdo e Sou-

telinho da Raia. Numa casa,

em Soutelinho, a linha passava

na cozinha. Contam também

que se podia estar em Portugal

à lareira e em Espanha a comer.

Vasconcelos e Sá, em 1861, em

Soutelinho, presenciou: “num

pequeno largo em que há casas

situadas em terreno português,

estarem os contrabandistas a

comprar cereais para introdu-

zir neste reino, quando isto

não era permitido, e estarem os

empregados fiscais, mesmo ao

pé deles, sem poderem dizer

a mais insignificante palavra”.

Caricaturando pode-se afirmar

que se entrava numa casa em

Portugal e se saía por outra

para Espanha (excelentes con-

dições naturais para se contra-

bandear …).

Paula Godinho refere que

o termo “promíscuo” tem atri-

buto negativo nas línguas ibé-

ricas. E não está claro quan-

do começou a ser utilizado,

pois nos textos antigos surgem

como “místigos”. A designa-

ção de “Pobos Promíscuos” é

a utilizada nos textos do Trata-do e proveniente de um olhar exterior, distante da realidade local…

No entanto, os responsá-veis das negociações, de Lisboa e Madrid, viam nos aldeões e nestes povoados, sitos nos con-fins de Trás-os-Montes, como pouco civilizados e esta situa-ção anómala um atentado aos bons costumes de um Estado..

A troca dos povos promís-cuos pelos coutos mistos, pre-judicou o reino de Portugal, pois os espanhóis ficaram com os três povos do Couto Misto, (anteriormente independentes dos dois reinos), terra arável e fértil, e os portugueses com três metades, mais pedras e algum monte. Paula Godinho, citan-do Barreiros, refere que são inúmeras as irregularidades da nova demarcação da raia que prejudicaram claramente a população portuguesa do con-celho de Chaves, como acon-teceu em S. Vicente e Segirei, onde houve rixas e todos os marcos arrancados. O Tratado pôs fim aos conflitos seculares, por imposição da Lei, mas não, ao descontentamento e falta de proveito e primazia das popu-lações portuguesas.

Tal como “hoje”, os gran-des centros de decisão de Lis-boa e Madrid, além de desco-nhecerem o meio, continuam a não ouvir e consultar as au-toridades e populações locais, talvez pela nossa rudeza ou por nos situarmos nos confins de ambos os “reinos”.

A existência da “ROTA DOS POBOS PROMÍSCUOS” que liga os três povoados, tem todo o interesse, não só pela atividade desportiva mas essen-cialmente pelo interesse histó-rico e cultural.

José Carlos Santos Silva

Bibliografia- “Tratado dos Limites de

Lisboa”, 29Set1864- “SIGILLUM MILITUM

CHRISTI” Blog-Vasconcelos e Sá, 1861,

publicado por J. B. Barreiros- Seara, Eliseu“O Couto

Misto de Rubiás” – Rev. Aquae Flaviae, nº 28 de Dezembro de 2002 pag 41

- Mañá, Luís Garcia – “O Couto Misto”, 2000

Os Povos Promíscuos

Soutelinho da Raia, Cambedo e Lamadarcos

04 de Dezembro de 2017 13BarrosoNoticias de

A crítica é unâmime e diz que é «a melhor queijaria de Paris». Chama-se Fromagerie Cantin e está na rue du Champs de Mars, a dois passos da Tour Eiffel.

«Costumo dizer que nasci dentro de um Camembert» diz Marie-Anne Cantin, a proprietária da loja. «Mas no fundo, estou a mentir quando digo isto, porque eu nasci em

abril e os meus pais criaram esta casa em setembro de 1950, no ano em que nasci».

Com 20 anos, Marie-Anne Cantin jurava a pés juntos que não queria ter a profissão dos pais, mas «finalmente caí na marmita», confessa ao LusoJornal. Em 1982, instalou a queijaria familiar na rue du Champs de Mars, com o

marido, Antoine Ferreira Dias.Antoine Ferreira Dias é

natural de Paços de Ferreira. Os seus pais emigraram em 1960. «Primeiro veio o meu pai e depois a minha mãe, mas a seguir à Revolução, em 1974, eles regressaram a Portugal e eu decidi fazer a minha vida aqui», disse Dias.

Na família de Antoine Ferreira Dias é-se marceneiro de

geração em geração. «É natural porque Paços de Ferreira é a capital do móvel» lembra. Em jovem nunca pensou trabalhar com queijos, mas a vida fez com que em 1968, também ele caisse na marmita! «E acabou por ser uma paixão», confessa.

Fonte: Lusojornal

A Melhor Queijaria de Paris é de um português

Domingos Dias

A televisão começou a ser transmitida em Portugal no ano de 1957, com apenas um canal, a RTP. Eu vi-a pela primeira vez no Café Sport em Chaves em 1958. Foi o sr. Carlos Sopas, natural de Montalegre, e residente em Chaves, que me convidou para ir com ele ao café. A imagem era pouco nítida, mas a voz da fadista Amália Rodrigues soava bem. Era eu estudante da filha do sr. Sopas, Maria de Lurdes, em Curalha. Foi ela que me preparou para o exame da 4.ª classe, e quem recomendou para eu continuar a estudar. Quando foi para fazer o exame de admissão à Escola Industrial e Comercial de Chaves, quis ela que eu ficasse uns dias em casa dos pais, para me preparar para o referido exame.

Como os meus pais não tinham televisão, pois naquele tempo nem eletricidade havia em Curalha, só passei a ver os programas televisivos regularmente quando fui para Lisboa em 1962. Quando cheguei aos Estados Unidos da América a 30 de Outubro de 1966, encontrei uma televisão a preto e branco, com meia dúzia de canais. Já naquele tempo transmitia muito anúncios. Mas a transmissão televisiva era gratuita. Bastava ter uma antena no telhado da casa.

Nos últimos 50 anos, a

televisão teve uma grand evolução. Primeiro, nos anos de 1970, passou a ser colorida, tornando-se num grande negócio para os fabricantes, pois a maioria das pessoas deitou fora a televisão a preto e branco. Nos anos de 1980, foi comercializada a transmissão por cabo, sendo a imagem mais nítida. Desta maneira teve inicio mais um grande negócio, pois os espetadores começaram a pagar uma quantia mensal para verem os programas em mais canais. Hoje existem cerca de 200 canais televisivos digitais. O custo é cerca de cem dólares por mês, mas quando adicionam um pacote com internet e telefone, passa a custar cerca de duzentos dólares mensais. Há quem pague trezentos quando inclui mais canais de desporto e de outros entretenimentos.

Com a evolução da televisão chegaram os debates politicos, muitas noticias de crimes, de gruerras, de tragédias causadas pela natureza, como tempestades, incêndios, etc. Últimamente têm sido transmitidos muitos escandâlos sexuais. Os jornalistas passaram a ser investigadores de todos os tipos de crimes e escândalos. Nos primeiros vinte ou trinta anos, os locutores passaram de um para dois, os quais se limitavam básicamente a dar as notícias. Atualmente são quatro ou cinco em cada noticiário, e insistem em querer fazer a parte de policias, advogados, juízes e até de politicos máximos, analisando, especulando e criticando. Exageram muito e confundem os ouvintes. No meio disto tudo, quero acrescentar que a televisão tem sido em muitos aspetos positivos um bom meio

de comunicação. Um dos grandes beneficios para os emigrantes espalhados por todo o mundo, é poderem ver os canais televisivos portugueses.

Como não podia deixar de ser, nesta altura do ano, a televisão transmite muitos anúncios de produtos próprios para consumo durante a época de Natal. Os comerciantes aproveitam a tradição da oferta de muitos presentes, nestes tempos de muito consumismo, para fazerem o máximo de vendas. Os centros comerciais passam a ter um grande movimento. As pessoas, principalmente as cristãs, preparam-se com uma grande variedade de comidas e bebidas para celebrar. Desta importante celebração, faz também parte os enfeites das árvores de Natal, dos presépios, das casas residenciais e comerciais e de algumas ruas. Os imigrantes portugueses celebram com os mesmos costumes como se estivessem nas suas terras em Portugal, incluindo ir à missa.

As estatisticas obtidas através da internet, dizem que há 280 milhões de cristãos, fazendo parte 72 milhões de católicos. A população dos Estados Unidos atual é de 325 milhões, sendo 86% cristãos.

Para terminar o ano corrente e entrar no Ano Novo, serão transmitidas nas TVs muitas e grandes festas realizadas nos Estados Unidos e por todo o mundo.

Aproveito para desejar a todos os leitores do Noticias de Barroso, um Feliz e Santo Natal, e um Ano Novo com muita saúde, alegria e prosperidade.

A Evolução da Televisão e as Festas de NATAL e ANO NOVO

BarrosoNoticias de

14 04 de Dezembro de 2017

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245

Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442SEPNA – DGR Chaves 276 340 210

Informações úteis

Jornal de referência de Montalegre e das terras de BarrosoJornal que tem um grupo de colaboradores, de diferentes ideologias, que publicam trabalhos de grande qualidade Jornal que tem uma notável audiência em todo o concelho e nas comunidades de emigrantes espalhadas pelo mundo com desataque para as de França, Estados Unidos e Reino Unido;Jornal que tem sido porta voz dos anseios, das realizações (e também misérias), do património cultural do «País Barrosão» Jornal que espalha por todo o mundo o nome dos ilustres barrosões e das potencialidades do concelho e da região de Barroso.

Apesar de tudo isso, o NOTÍCIAS DE BARROSO deverá ser Caso Único em Portugal:

Não recebe um tostão de publicidade da Câmara Municipal de Montalegre

Sendo certo que a publicidade deve ser distribuida equitativamente pelos orgãos de comunicação social, Montalegre que é o «reino da ilegalidade» tem tido na Câmara Municipal socialistas que descriminam, que só vêem os da família, os do partido. Não praticam a democracia.

Tal como o seu Presidente afirmou em debate público no Auditório Municipal: «Quando tiver necessidade de meter pessoal na Câmara vou aos quadros do meu partido e seleciono ali os melhores». Prometeu solenemente e cumpriu e cumpre.

O Presidente Orlando Alves não é presidente de todos os barrosões do concelho de Montalegre. É somente presidente dos socialistas, não de todos, de Montalegre.

Na Câmara de Montalegre não se pratica a democracia.

O NOTÍCIAS DE BARROSO apresenta publicamente esta NOTA de revolta (já comunicada à ERC) e pretende que no concelho, na região e no País inteiro, se saiba que em Montalegre não há democracia, não há direito de expressão, não há liberdade.

Que as pessoas têm medo de dar a cara, de se mostrar como são e pretendem ser. O medo das ameaças e da vingança por parte da Câmara paira em muita gente de Barroso.

MONTALEGRE é o «Reino da ilegalidade e do Medo»

O Governo (a ERC tem em stand bye denúncia formal a denunciar esta monstruosidade) já tarda em tomar as medidas adequadas contra o procedimento anti-democrático da Câmara de Montalegre.

Cumpra-se a lei, é o que se pede e exige.

BarrosoNoticias de

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BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

São Martinho eficaz

Não foi um grande jogo de futebol, venceu a equipa mais eficaz no ataque e a que menos falhou defensivamente.

Na primeira parte o Montalegre apresentou-se muito concentrado a defender, a tentar sair rápido na frente e aproveitar a velocidade de Iuri Gomes e Price Bonkat. A equipa barrosã não consegue importunar a baliza de Bruno Pinto, também por mérito da equipa da casa, a saber fechar bem os espaços… Só aos 21 minutos é que o São Martinho consegue fazer o primeiro disparo perigoso à baliza barrosã, porém o tiro de Daniel sai ligeiramente ao lado do poste direito…O jogo volta à monotonia e ao equilíbrio, só a fechar o primeiro tempo alguma animação, aos 42 minutos a bola anda a rondar a baliza de Guedes e Bruno Morais despacha para canto… No minuto seguinte, o Ganês James remata forte para grande defesa de Tiago Guedes para canto… Ao intervalo 0-0. Na etapa complementar, não foi tão eficaz no processo defensivo a equipa transmontana que viu a bola passar perto do alvo aos 48 minutos. No minuto seguinte, canto

na esquerda, muita passividade da defensiva do Montalegre e Babo, mais lesto, remata para o fundo das redes. Os barrosões acusam o golo, perdem-se no campo e Chiquinho está perto do segundo tento, depois de disparo forte e de primeira, ao qual corresponde Tiago Guedes com uma enorme defesa. O Montalegre tenta chegar ao empate e Tavares remata ao lado do alvo…Depois é Paulo Roberto que ameaça a baliza do São Martinho, todavia Bruno defende bem. O Montalegre adianta as tropas e deixa espaços atrás, com apenas três a defender no processo ofensivo, e Luther King atira ao poste, podia ter sido o 2-0…Mesmo sem fazer uma grande exibição, o Montalegre podia ter empatado a contenda, aos 83 minutos Aliu obriga Bruno a defesa apertada e Paulo Roberto falha a recarga, tudo acontece de mau aos barrosões…Aos 86 minutos volta a brilhar o guardião da casa, a mostrar excelente momento de forma…O jogo terminava com 1-0, um jogo pobre em termos técnicos, com muitos passes falhados a demonstrar intranquilidade de uma e outra equipa. Arbitragem positiva do trio de Braga. No final do encontro o novo treinador do São Martinho, Agostinho Bento, diz que “a vitória é justa, dominámos durante 75 minutos,

fomos superiores ao Montalegre…” O técnico do Montalegre, José Manuel Viage, considera que “ este campeonato é duro, extremamente difícil ,temos de somar pontos para sair desta situação.”Este jogo fica marcado pela estreia do novo atleta do Montalegre, Zack, ex-Merelinense.

Montalegre perde frente ao líder

Jogo bem disputado, duas boas equipas, vitória justa do Vizela porém a equipa barrosã lutou até ao fim por um resultado positivo.

O Vizela demonstrou no Dr. Diogo Vaz Pereira que é a melhor equipa da prova, defensivamente forte e no ataque com homens muito rápidos. Entrou melhor na primeira parte o conjunto do Vizela, logo aos quatro minutos Aziz obriga Tiago Guedes a defesa apertada. Os barrosões reagem bem e Aliu Ronaldo ameaça a baliza de Albergaria. O Montalegre mostrava boa organização defensiva e o Vizela sentia dificuldades em conseguir ligar o seu jogo, trocava muito a bola sem, no entanto, conseguir chegar com perigo. Numa transição rápida, à passagem da meia hora, Aziz aparece em boa posição na zona

de finalização, todavia o disparo sai por cima. Três minutos depois Paredes chega ao golo, num remate colocado e indefensável, um lance que surge numa pequena hesitação da defesa transmontana, depois de um lançamento lateral. Aos 40 minutos, Paredes volta a criar muito perigo mas Tiago Guedes fecha bem o ângulo da baliza e evita o 0-2. A fechar a primeira parte Paulo Roberto atira à barra da baliza do Vizela, livre bem cobrado pelo avançado brasileiro, estava batido o guardião Albergaria…O Montalegre pode queixar-se de falta de sorte, dos árbitros e das muitas lesões que assolam o plantel no final deste ano civil. Ao intervalo 0-1. Volta a entrar melhor na etapa complementar o conjunto do Vizela, logo aos 30 segundos, jogada bem desenhada que termina com remate de Pinto. Depois o líder da prova atira duas bolas à barra, quase de forma consecutiva, aos 51 e 52 minutos. Viage introduz em campo Baba e Iuri Gomes para dar maior frescura, centímetros e rapidez ao ataque. Aos 67 minutos o Montalegre constrói uma grande jogada de ataque, a finalização foi de Iuri Gomes mas a bola sai ligeiramente ao lado do poste esquerdo. Dez minutos depois Aliu obriga Albergaria a excelente intervenção, chegou a gritar-se golo. ..Responde

a equipa forasteira por Lamela que atira ao poste. O Montalegre arriscou tudo nos últimos instantes, com o intuito de conseguir um resultado positivo. Este jogo podia e merecia mais golos, foram quatro as bolas que esbarraram nos ferros…O treinador do Montalegre, José Manuel Viage, diz que “defrontou a melhor equipa da prova, o empate não ficava mal mas aceitamos o resultado final”. Já o treinador do Vizela, Carlos Cunha, diz que se “assistiu a um grande jogo de futebol, muito competitivo, emotivo entre duas boas equipas, se tivéssemos empatado tínhamos que aceitar o resultado ….”

Nuno Carvalho

Outras Notícias

Rui Valente, até aqui treinador do Vilar de Perdizes, deixa de o cargo, talvez por causa dos últimos resultados nada favoráveis ao Vilar. Os responsáveis aceitaram a decisão e auguraram os melhores sucessos profissionais e pessoais a Rui Valente e prometeram resolver a falta de treinador a muito breve prazo.

DESPORTO

A Albufeira do Alto Rabagão está classificada como de àguas públicas - Dec.-Lei nº. 107/2009 - em que o respectivo armazenamento de águas tem como fins principais o abastecimento público.

No entanto, nas suas margens as lixeiras nasceram como cogumelos e as entidades oficiais que deveriam fiscalizar certamente ignoram tal facto.

Também em Solveira há quem não respeite o que é a limpeza e o direito que todos temos de respeitar a natureza. As imagens da estrada que liga esta freguesia a Santo André dizem tudo. E o jornal tem obrigação de denunciar.