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BRUNA OSTROWSKI CARVALHO
ACOLHIMENTO DE ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
DURANTE A ADMISSÃO HOSPITALAR
Itajaí (SC)
2017
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM
SAÚDE E GESTÃO DO TRABALHO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: SAÚDE DA FAMÍLIA
BRUNA OSTROWSKI CARVALHO
ACOLHIMENTO DE ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
DURANTE A ADMISSÃO HOSPITALAR
Dissertação submetida à Universidade do Vale do Itajaí
como parte dos requisitos para a obtenção do grau de
Mestre em Saúde e Gestão do Trabalho
Orientador: Prof. Drª. Marina Menezes
Itajaí (SC)
Julho de 2017
C253a
Carvalho, Bruna Ostrowski, 1984-
Acolhimento de acompanhantes de crianças hospitalizadas durante
a admissão hospitalar [manuscrito] / Bruna Ostrowski Carvalho. -
Itajaí, SC. 2017.
112 f. ; il. ; tab.
Referências: p. 94-106.
Cópia de computador (Printout(s)).
Dissertação submetida à Universidade do Vale do Itajaí como parte dos
requisitos para a obtenção do grau de Mestre em Saúde e Gestão do
Trabalho.
“Orientadora: Prof. Drª. Marina Menezes”
1. Cuidados - acolhimento. 2. Acompanhante. 3. Hospital. I. Universidade
do Vale do Itajaí. II. Título.
CDU: 616-083
ACOLHIMENTO DE ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
DURANTE A ADMISSÃO HOSPITALAR
Bruna Ostrowski Carvalho
Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de Mestre em Saúde e
Gestão do Trabalho, Área de Concentração Saúde da Família e aprovada em sua forma
final pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do
Trabalho da Universidade do Vale do Itajaí’.
_______________________________________________
Stella Maris Brum, Doutora
Coordenador do Programa Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho
Apresentado perante a Banca Examinadora composta pelos Professores:
___________________________________________________
Prof. Drª. Marina Menezes (Universidade do Vale do Itajaí)
Presidente orientador
___________________________________________________________
Prof. Drª. Fabíola Hermes Chesani (Universidade do Vale do Itajaí)
Membro
__________________________________________________________________
Prof. Drª. Ana Claudia Nunes de Souza Wanderbroocke (Universidade Tuiuti do
Paraná)
Membro
____________________________________
Itajaí (SC), 28, Julho de 2017
Dedicatória
À minha mãe Sirlei, por sempre ter lutado
pela concretização dos meus sonhos.
AGRADECIMENTOS
À minha Orientadora Prof. ª Doutora Marina Menezes, por aceitar estar ao meu
lado nesta jornada, compartilhando generosamente seu conhecimento comigo. Obrigada
pelo incentivo, paciência, confiança e pelo carinho em nossas orientações. Muito
Obrigada!
À minha mãe, Sirlei, por ser minha melhor amiga, companheira, minha maior
incentivadora e realizadora dos meus sonhos. Gratidão!
Ao meu namorado, Julio, por aceitar este desafio comigo com tanto amor e
paciência, me incentivando nos momentos em que precisei de consolo e forças para
continuar e por vibrar comigo a cada conquista. Seu apoio foi fundamental para a
realização desse sonho;
Ao meu irmão, Igor, por ser meu ombro amigo e companheiro. Obrigada pelas
palavras de incentivo e por me mostrar que a vida pode ser leve;
Ao meu pai, Edson, que me ensina todos os dias a ser uma pessoa melhor.
Obrigada por me mostrar que sou capaz de tudo que desejar;
À minha tia, Marlei, minha amiga e incentivadora. Obrigada por todo apoio e
carinho;
À turma 13, por dividirem esta caminhada comigo, com incentivo, carinho e
parceria;
Aos docentes do Mestrado em Saúde e Gestão do Trabalho, pelo conhecimento
compartilhado;
À toda equipe de saúde, funcionários e colaboradores do hospital onde a pesquisa
foi realizada, por permitirem que este estudo se concretizasse;
Aos participantes da pesquisa, pela disponibilidade e sensibilização com o
estudo.
A todos vocês, meu sincero agradecimento! Vocês foram essenciais para a
realização deste sonho!
EPÍGRAFE
“Se queres a mudança, sê a mudança que queres fazer.”
Gandhi
ACOLHIMENTO DE ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
DURANTE A ADMISSÃO HOSPITALAR
Bruna Ostrowski Carvalho
Julho/2017
Orientador: Marina Menezes, Doutora.
Área de Concentração: Saúde da Família.
Número de Páginas: 113.
RESUMO: A presença de um acompanhante em tempo integral durante a hospitalização
da criança consolidou-se no país, a partir da criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) no ano de 1990. Com a inclusão da família no ambiente hospitalar,
sentiu-se a necessidade de humanizar o atendimento e neste sentido em 2003 foi a lançada
a Política Nacional de Humanização, que tem como uma de suas principais diretrizes o
acolhimento dos usuários. O acolhimento visa o atendimento com resolutividade e
responsabilização, assumindo uma postura acolhedora, capaz de escutar e ouvir o usuário
em suas necessidades. Utilizando o método qualitativo, a presente pesquisa teve como
objetivo compreender como é realizado o acolhimento de acompanhantes de crianças
hospitalizadas na admissão hospitalar. A coleta dos dados foi realizada em um hospital
pediátrico situado na região Sul do Brasil, com 12 acompanhantes de crianças
hospitalizadas. Os dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada realizada
com os acompanhantes e também por meio de observações participante, registradas e
implementadas por anotações em diário de campo. Para a análise dos dados utilizou-se a
Teoria Bioecológica do Desenvolvimento e foi realizada através da análise do conteúdo
das entrevistas. Os resultados demonstraram que os acompanhantes consideram o
acolhimento realizado na instituição rápido e tranquilo, porém a apontaram a falta de
informação, a demora no repasse das informações e o não esclarecimento de dúvidas,
como fatores que dificultaram a acolhida. A experiência de acompanhar uma criança
hospitalizada foi considerada pelos acompanhantes como geradora de sentimentos de
incapacidade, tristeza, ansiedade, solidão e impaciência, sendo que o melhor momento do
processo de hospitalização é a recuperação da criança e o retorno para casa. Na opinião
dos acompanhantes, a recepção ideal incluiria aspectos relacionados a comunicação,
cuidados com a criança, tempo de atendimento, repasse de informações e ambiência.
Considera-se importante a implantação de estratégias que contemplem as necessidades
apontadas pelos acompanhantes para a efetivação do acolhimento no ambiente hospitalar,
contribuindo para que o hospital deixe de ser considerado um contexto hostil.
Palavras-chave: Acolhimento. Acompanhante. Hospital.
ACOLHIMENTO DE ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
DURANTE A ADMISSÃO HOSPITALAR
Bruna Ostrowski Carvalho
July /2017
Advisor: Marina Menezes, Doctor.
Area of Concentration: Family Health.
Number of Pages: 113.
ABSTRACT: The presence of a full-time companion during the hospitalization of the
child was consolidated in the country, since the creation of the Statute of the Child and
Adolescent (ECA) in the year 1990. With the inclusion of the family in the hospital
environment, the need to humanize care and in this sense in 2003 was launched the
National Humanization Policy, which has as one of its main guidelines the reception of
users. The reception is aimed at service with resolve and accountability, assuming a
welcoming posture, able to listen and listen to the user in their needs. Using the qualitative
method, the present research had as objective to understand how is carried out the
reception of companions of hospitalized children in hospital admission. Data collection
was performed in a pediatric hospital located in the southern region of Brazil, with 12
hospitalized children. The data were collected through a semi-structured interview with
the companions and also by systematic observations recorded and implemented by field
journal annotations. For the analysis of the data was used the Bioecological Theory of
Development and was performed through the analysis of the content of the interviews.
The results showed that the companions consider the reception at the institution quick and
quiet, but they pointed out the lack of information, the delay in passing on the information
and the lack of clarification of doubts, as factors that made it difficult to receive. The
experience of accompanying a hospitalized child was considered by the as generating
feelings of incapacity, sadness, anxiety, loneliness and impatience, and the best moment
of the hospitalization process is the recovery of the child and return home. In the opinion
of the companions, the ideal reception would include aspects related to communication,
child care, time of service, transfer of information and ambience. It is considered
important to implement strategies that take into account the needs pointed out by the
companions in order to ensure that the hospital is hosted and that the hospital is no longer
considered a hostile context.
Keywords: User embracement. Family. Caregivers. Hospital.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Ecologia do desenvolvimento da criança hospitalizada.................................. 31
Figura 2. Modelo PPCT.................................................................................................. 84
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Caracterização dos participantes.................................................................................. 40
Tabela 2. Categorias de análise.................................................................................................... 42
Tabela 3. Diretrizes para construção de protocolo de acolhimento para acompanhantes........... 85
LISTA DE ABREVIATURAS
ANIVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CEP – Comitê de Ética em Pesquisa
CFP – Conselho Federal de Psicologia
CONANDA – Conselho Nacional dos Direitos da criança e do Adolescente
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
GTH – Grupos de Trabalho de Humanização
PNH – Política Nacional de Humanização
PNHAH – Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
PPCT – Processo, Pessoa, Contexto e Tempo
SUS – Sistema Único de Saúde
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UTIP – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 15
1.1. Objetivos............................................................................................... 20
1.1.1 Objetivo Geral.................................................................................. 20
1.1.2 Objetivos Específicos....................................................................... 20
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................ 20
2.1 Revisão Bibliográfica............................................................................. 20
2.1.1 Acolhimento........................................................................................ 20
2.1.2 A família da Criança Hospitalizada.................................................... 24
2.1.3 Modelo Bioecológico do desenvolvimento humano........................... 28
2.2 Materiais e Métodos.................................................................................... 32
2.2.1 Tipo de Pesquisa.................................................................................. 32
2.2.2 Local da Pesquisa................................................................................ 33
2.2.3 Participantes da Pesquisa.................................................................... 34
2.2.4 Instrumentos para a coleta dos dados ................................................. 35
2.2.5 Coleta dos dados.................................................................................. 36
2.2.6 Considerações Éticas........................................................................... 37
2.2.7 Análise dos dados................................................................................ 38
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 39
3.1 Apresentação dos Resultados................................................................... 39
3.1.1 Caracterização do Participantes.......................................................... 39
3.1.2 Apresentação das categorias de Análise.............................................. 41
3.1.3 Definição da Categorias de Análise.................................................... 42
3.2 Apresentação das Categorias de Análise................................................... 43
3.2.1 Admissão............................................................................................. 43
3.2.1.1 Recepção dos acompanhantes pela equipe de saúde..................... 44
3.2.1.2 Experiência de hospitalização....................................................... 49
3.2.1.3 Percepção do acompanhante sobre a admissão............................. 50
3.2.1.4 Identificação do profissional de saúde.......................................... 57
3.2.1.5 Informação sobre o funcionamento do hospital............................ 58
3.2.1.6 Informações a respeito do papel como acompanhante.................. 62
3.2.1.7 Cuidados prestados pela equipe à criança .................................... 66
3.2.2 Acolhimento........................................................................................ 68
3.2.2.1 Relacionamento com a equipe........................................................ 69
3.2.2.2 Vivenciando a experiência de acompanhar uma criança
hospitalizada.................................................................................
70
3.2.2.3 A recepção idealizada pelos acompanhantes................................ 78
3.2.2.4 Análise PPCT – Processo, pessoa, contexto e tempo: o Modelo
Bioecológico do Desenvolvimento dos Acompanhantes durante
a hospitalização da criança...........................................................
81
3.2.2.5 Diretriz para um protocolo de acolhimento de acompanhantes de
crianças hospitalizadas................................................................
84
4. CONCLUSÃO............................................................................................. 89
5. REFERÊNCIAS.......................................................................................... 94
6. APÊNDICES............................................................................................... 107
Apêndice A – Roteiro de Entrevista............................................................. 107
Apêndice B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...................... 108
7. ANEXOS...................................................................................................... 113
Anexo A – Protocolo de Observação............................................................ 113
15
1 INTRODUÇÃO
A hospitalização na infância caracteriza-se como uma experiência que algumas
crianças e suas famílias vivenciam em decorrência de doenças agudas ou crônicas. As
doenças agudas são descritas como aquelas que têm curta duração e exigem condutas
pontuais, como o uso de medicamentos para a remissão de seus sintomas, já as doenças
crônicas possuem curso prolongado e muitas vezes progressivo, exigindo intervenção
terapêutica e controle clínico (GABARRA, 2005; MENEZES, 2010).
Somente até o mês de Julho do ano de 2017, 705.477 crianças foram internadas
no Brasil, sendo que destas, 86.486 encontravam-se na região sul1. Trata-se de um número
significativo de crianças e famílias que passaram pelo processo de inserção no ambiente
hospitalar, sendo admitidos nas instituições, submetendo-se a regras, normas,
procedimentos, recomendações e restrições com variados graus de complexidade, que
nem sempre estão voltados às necessidades e possibilidades dos usuários destes serviços.
A internação exige que a criança se afaste de seu ambiente familiar, seja exposta
a procedimentos invasivos e permaneça em um leito hospitalar, tendo sua rotina alterada
(BROERING, 2014; HOSTERT; MOTTA; ENUMO, 2015; MELO et al., 2010). Alguns
fatores como a idade, as condições físicas e psicológicas, o tempo de internação, o
tratamento recebido pela equipe, experiências anteriores de hospitalização e a presença
de um familiar, podem facilitar o processo de adaptação da criança à rotina hospitalar
(CREPALDI; VARELLA, 2000; CRUZ et al., 2006; JANSEN et al., 2010; LIMA et al.,
1999; QUIRINO, 2010).
A presença de um acompanhante durante o período de hospitalização da criança,
além de facilitar na adaptação a este ambiente não familiar a ela e à reabilitação, favorece
a manutenção dos vínculos afetivos que proporcionam a sensação de segurança e auxiliam
no desenvolvimento de comportamentos de colaboração com a equipe de saúde
(BARROS, 2003; JANSEN et al., 2010; MELO et al., 2010; QUIRINO, 2010;
VASQUES et al., 2011).
Para algumas crianças, a hospitalização representa a primeira experiência de
dormir em outro local que não a casa da família, ou a primeira experiência relacionada ao
1 Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxuf.def. Acesso em: 30 de Agosto, 2017.
16
manejo e controle da dor física, do sofrimento psíquico por separar-se da família, amigos
e escola (BARROS, 2003).
Numa perspectiva Bioecológica, compreende-se que as relações entre o indivíduo
e os contextos representam os elementos que favorecem o desenvolvimento através da
crescente capacidade de descobrir, sustentar ou modificar suas propriedades
(BRONFENBRENNER,1996). Contudo, não se limita apenas às interações diretas entre
os indivíduos ou entre o ambiente e os aspectos físicos, pois outros ambientes e contatos
indiretos também estão envolvidos nestas inter-relações (POLONIA; DESSEN; SILVA,
2005).
Segundo Bronfenbrenner (1996), essa transição para um novo ambiente, tem mais
chances de promover o desenvolvimento da criança, quando ela está acompanhada de
pessoas com as quais conviveu em ambientes anteriores. Neste sentido, a adaptação à
nova experiência pode ser facilitada com a presença de um familiar, que terá o papel de
facilitador e apoiador, tornando a internação da criança mais segura (NOVAES;
PORTUGAL, 2004).
A importância da presença de um acompanhante durante a internação da criança
tem sido evidenciada em estudos brasileiros como os de Crepaldi e Varella (2000), Cruz
et al. (2006), Jansen et al. (2010), Lima et al. (1999), Melo et al. (2010) e Rangel e Garcia
(2012), que citam a presença de um familiar durante a permanência da criança no hospital
como fator importante para que as consequências da hospitalização sejam minimizadas.
Entre as consequências da hospitalização é possível citar comportamentos de regressão,
ansiedade geral e de separação dos familiares e amigos, problemas de alimentação e de
sono, agressividade e depressão (BARROS, 2003).
Para Costa Junior (2005) a doença pode constituir-se uma situação adversa ao
desenvolvimento da criança, sendo necessário que medidas sejam tomadas através de um
planejamento de oportunidades fornecidas pelo ambiente, cujo objetivo seja promover
saúde para que o curso evolutivo do desenvolvimento não seja afetado em grandes
proporções (MENEZES, 2010). Nesse sentido, a presença da família no hospital
representa uma dessas oportunidades, entretanto, durante muito tempo as famílias não
foram bem-vindas nas instituições hospitalares.
Os efeitos positivos da presença de um acompanhante durante a internação infantil
começou a ser evidenciada na década de 50 do século XX, a partir dos estudos de Sptiz e
Bowlby, que demonstravam as consequências do afastamento entre mãe e filho
(CREPALDI, 1999). A partir destes estudos, surge um movimento para a permanência de
17
um acompanhante em tempo integral durante a hospitalização, demonstrando seus
benefícios para a recuperação da criança (CREPALDI, 1999; CREPALDI; VARELLA,
2000).
Nos anos 80, algumas instituições iniciaram programas que incluíam a presença
da mãe junto à criança, e os estudos eram focados nos conflitos decorrentes da relação da
equipe com a mãe (CREPALDI; VARELLA, 2000, GOMES et al., 2010; MENEZES,
2010). Mas, foi a partir de 1990, visando um atendimento integral à criança, que os
acompanhantes passaram a ser incluídos efetivamente na rotina hospitalar, recebendo
informações e participando dos procedimentos (MENEZES, 2010).
No Brasil, esta prática se efetivou com a criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), através da Lei Nº 8.069 de julho de 1990, que tornou obrigatória a
presença de um familiar em tempo integral com a criança durante sua hospitalização
(BRASIL, 1990). Desde então, as instituições hospitalares vem tentando adequar sua
estrutura física e sua equipe para receber a família no ambiente hospitalar. Isto significa
que o cuidado deve perpassar o aspecto biológico e tecnicista, até então adotado pela
equipe de saúde e tornar-se integral. No entanto, para que seja possível um atendimento
integral à criança, a família também necessita ser amparada e cuidada, tendo suas
necessidades e fragilidades consideradas (DUTRA DE SOUZA et al., 2011).
O familiar cuidador também é afetado pela doença da criança e também possui
limitações, podendo apresentar sensação de incapacidade, dependência, insegurança e
descontrole, necessitando de atenção e orientação (BROERING, 2014; BROERING;
CREPALDI, 2011; XAVIER et al., 2014). A família, além de ter que conviver com a
doença da criança, precisa enfrentar a falta de informação sobre o diagnóstico,
possibilidade de doença grave ou crônica, afastamento de casa e dos demais familiares,
procedimentos invasivos e dolorosos e a falta de humanização dos profissionais e serviços
de saúde (MELO et al., 2010).
Diante da necessidade de tornar as práticas hospitalares mais humanizadas, no ano
de 2000 o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Humanização da Assistência
Hospitalar (PNHAH) com o objetivo de aprimorar as relações entre usuários e
profissionais de saúde, dos profissionais entre si e do hospital com a comunidade, visando
à melhoria da qualidade e à eficácia dos serviços prestados pelas instituições hospitalares
(BRASIL, 2000).
No ano de 2003, o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
(PNHAH) transformou-se em política a fim de transpassar diversas ações e instâncias
18
gestoras do Sistema único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2004). A Política Nacional de
Humanização (PNH) tem como objetivo promover transformações na forma de cuidar e
de fazer gestão (NAVARRO; PENA, 2013). Fundamenta-se nos princípios da
transversalidade, indissociabilidade entre atenção e gestão, protagonismo,
corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos (BRASIL, 2004a).
Segundo o Ministério da Saúde, “humanizar é, então, ofertar atendimento de
qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos
ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais” (BRASIL, 2004a,
p.6). Neste sentido, incluir a família no processo de hospitalização, além de promover um
contexto de desenvolvimento à criança e sua família, pode favorecer uma experiência
mais positiva durante a passagem pelo hospital, além de configurar-se como uma das
formas de humanizar a assistência à criança.
Na perspectiva da assistência humanizada, acolher significa comprometer-se em
atender ás necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde, assumindo uma
postura ética que implica na escuta das queixas dos usuários, reconhecendo seu
protagonismo no processo de saúde e adoecimento e na responsabilização pela resolução
de seus problemas através do compartilhamento de saberes (BRASIL, 2004b).
Com intuito de contribuir para que as ações de saúde propostas pela Política
Nacional de Humanização se ampliem, este estudo teve como objetivo compreender
como acontece o acolhimento dos acompanhantes de crianças hospitalizadas no momento
da admissão hospitalar. Segundo Crepaldi e Varella (2000), a admissão hospitalar inicia
com a consulta médica, passa pela decisão de que a criança deve ser internada e resulta
no encaminhamento para a enfermaria, processo que gera grande ansiedade nos pais, pois
nem sempre são incluídos neste processo. Na admissão são repassadas orientações sobre
procedimentos, regras e funcionamento da enfermaria, assim como as primeiras
informações sobre o estado de saúde da criança (CREPALDI; RABUSKE; GABARRA,
2006).
Diante da importância que o momento da admissão tem para que a família da
criança sinta-se segura e acolhida para enfrentar a experiência da hospitalização, torna-se
relevante conhecer como ocorre sua inserção no ambiente hospitalar, já que grande parte
dos estudos sobre a permanência da família no hospital abordam os sentimentos da
criança frente à hospitalização, as ações de cuidado desenvolvidas tanto pela equipe
quanto pelo acompanhante bem como a relação e a comunicação estabelecida entre ambos
(CACH-CASTAÑEDA et al., 2015; COLLET; ROCHA, 2004; COMMODARI, 2010;
19
DUTRA DE SOUZA et al., 2011; GABARRA; CREPALDI, 2011; HASAN TEHRANI
et al., 2012; MELO et al., 2010; MELO et al., 2014; OLIVEIRA; ANGELO, 2000;
PONTE et al., 2015; QUIRINO et al., 2010; RANGEL; GARCIA, 2012; SALMANI et
al., 2014; STRASBURG et al., 2011; TORQUATO et al., 2013).
Ainda nesse sentido, estudos que abordam o fenômeno do acolhimento da família
do paciente são escassos (GIBAUT et al., 2013; MAESTRI et al., 2012; OLIVEIRA et
al, 2010; PROCHNOW et al., 2009; SANTOS et al., 2012; SCHENEIDER et al., 2008),
reiterando a importância da abordagem deste tema. Cabe salientar que, no que diz respeito
ao acolhimento durante a admissão hospitalar, existe uma lacuna na produção de estudos,
fato evidenciado na revisão de literatura do presente estudo.
Diante deste cenário, meu interesse em pesquisar questões relacionadas à criança
hospitalizada e sua família surgiu ainda enquanto acadêmica do curso de Psicologia da
UNIVALI, onde tive a oportunidade de realizar estágios supervisionados em hospital
geral e pediátrico, bem como desenvolver meu Trabalho de Conclusão de Curso neste
ambiente. Com este trabalho, investiguei os aspectos negativos e positivos da
hospitalização infantil e dentre os aspectos que podem ser considerados positivos e,
portanto, promotores do desenvolvimento da criança, durante a hospitalização, está a
presença de um acompanhante. Desta forma, ao ingressar no Mestrado, meu objetivo foi
contribuir para a ampliação dos estudos voltados a temas relacionados à assistência
hospitalar de crianças e suas famílias e desta forma, o tema do acolhimento surgiu como
um importante aspecto a ser analisado com vistas a ampliar a qualidade do atendimento
prestado a esta população.
Assim, o presente estudo pretende contribuir para a construção de diretrizes para
o acolhimento de familiares de crianças na admissão hospitalar a partir da perspectiva da
Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, que considera as múltiplas interações
da pessoa com o ambiente. Acredita-se, desta forma, que os resultados obtidos através
deste estudo, possam contribuir para a sensibilização e implementação de práticas
humanizadas e que priorizem o desenvolvimento de crianças e familiares acompanhantes
durante o processo de hospitalização.
20
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Compreender a percepção dos acompanhantes de crianças hospitalizadas sobre o
acolhimento na admissão hospitalar e sugerir diretrizes para a efetivação deste processo.
1.1.2 Objetivos Específicos
• Descrever como os acompanhantes são recebidos pela equipe de saúde.
• Identificar como os acompanhantes percebem o processo de admissão hospitalar.
• Verificar como o acompanhante considera o seu papel durante a internação da
criança.
• Descrever o Modelo Bioecológico de desenvolvimento humano (processo,
pessoa, contexto e tempo) dos acompanhantes durante a hospitalização.
• Construir diretrizes de um protocolo de acolhimento para a admissão hospitalar
dos acompanhantes das crianças, a partir do Modelo Bioecológico de
desenvolvimento humano.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Acolhimento
Frente as transformações econômicas e políticas ocorridas no Brasil durante a
década de 80, as lutas sociais pela saúde ganharam força e deram origem ao movimento
sanitário, que buscava a substituição do modelo de saúde privatista por um modelo
assistencial (SILVA, ALVES 2008; SOUSA, 2014). O marco da luta pela reforma do
sistema de saúde brasileiro foi a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que ocorreu em 1986.
Nela, a saúde passa a ser considerada um direito de cidadania e a ideia de um sistema
único de saúde pública sob o controle do Estado, torna-se hegemônica (BUENO,
MERHY, 1997). Junto com os movimentos sociais, a 8ª Conferência também foi
responsável por incluir no processo constituinte, a discussão dos princípios da Reforma
Sanitária (BUENO, MERHY, 1997).
21
Com a proclamação da Constituição Federal brasileira, em outubro de 1988, a
saúde passou a ser considerada direito de todos e dever do estado e o Sistema Único de
Saúde (SUS) é promulgado, com caráter público, universal e descentralizado (PAIVA;
TEIXEIRA, 2014). Com a criação do SUS, a saúde deixou de ser dividida entre pública
e previdenciária e o sistema de saúde brasileiro pôde ser reorganizado para prestar
atendimento igualitário para toda a população.
O SUS foi regulamentado apenas 3 anos depois, pela Lei Nº 8.080 de 19 de
Setembro de 1990 e está pautado nos princípios doutrinários da universalidade, equidade
e integralidade. O princípio da universalidade garante que todo cidadão tenha direito ao
acesso aos serviços públicos de saúde. A equidade assegura que todos serão atendidos
nos serviços de saúde públicos sem privilégios e de acordo com suas necessidades. Já o
princípio da integralidade considera o homem como ser integral e que deve ser atendido
por um sistema de saúde integral com ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde (BRASIL, 1990).
Durante o processo de construção do SUS, o tema da humanização sempre foi
uma preocupação, geralmente ligado a busca da melhoria de qualidade da atenção aos
usuários e trabalhadores da saúde (SOUSA, MENDES, 2009). Neste sentido, buscando a
integralidade dos serviços de saúde, no ano de 1999 o Ministério da Saúde, lança o
Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). A PNHAH
nasceu como uma estratégia do Ministério da Saúde para aprimorar as relações entre
profissional de saúde e usuário, dos profissionais entre si, e do hospital com a
comunidade, visando o bom funcionamento do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2001).
Devido a importância que a PNHAH teve para o aprimoramento das relações e
visando expansão do conceito de humanização, o Ministério da Saúde, através do
Programa Humaniza SUS, propõem que a humanização seja eixo norteador das práticas
de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS (CARVALHO, et.al., 2008). Assim,
no ano de 2003, a PNHAH deixa de ter status de programa e passa a ter a importância de
política, passando a ser denominada de Política Nacional de Humanização (PNH), que
visa produzir mudanças na forma de gerir e cuidar (BRASIL, 2013). Segundo a Política
Nacional de Humanização (PNH), humanizar significa incluir trabalhadores, usuários e
gestores nos processos de gestão e cuidado, com o objetivo de estimular a produção de
novas formas de organização do trabalho e produção de cuidado (BRASIL, 2013).
A Política Nacional de Humanização (PNH) é pautada nos princípios da
transversalidade, indissociabilidade entre atenção e gestão e protagonismo,
22
corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos. A transversalidade possibilita
que a PNH se faça presente em todas as políticas e programas do SUS e que a produção
de saúde aconteça na troca de saberes entre os especialistas e o cidadão atendido. O
princípio da indissociabilidade entre atenção e gestão diz respeito a corresponsabilização
do usuário pelo seu cuidado e de sua rede sociofamiliar. O protagonismo,
corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos têm como objetivo estimular
todos os sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde a participarem ativamente
deste processo (BRASIL, 2013).
Além dos princípios supracitados, a Política Nacional de Humanização (PNH),
adota algumas diretrizes que são norteadoras de seu trabalho. São elas: acolhimento,
gestão participativa e cogestão, ambiência, clínica ampliada e compartilhada, valorização
do trabalhador, defesa dos direitos dos usuários. No contexto hospitalar, dentre as
diretrizes estabelecidas, estão a criação de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH),
garantia de visita aberta através da presença de um acompanhante e de sua rede social,
mecanismos de recepção e acolhimento, mecanismos de escuta, equipe multiprofissional
e plano de educação permanente para trabalhadores (Brasil, 2004a).
Dentre as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde, o acolhimento é
considerado a diretriz de maior relevância da Política Nacional de Humanização e implica
em prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização incluindo o usuário
no processo de produção da saúde (BRASIL, 2004b). Dispensar atenção, desenvolver
relações de aproximação de forma humanizada, desenvolver a autonomia, escutar,
valorizar as queixas e identificar as necessidades tanto individuais quanto coletivas dos
usuários (MEDEIROS, et.al, 2010). A prática do acolhimento, envolve ainda a
identificação das necessidades de saúde do usuário, derivadas de questões não só
biológicas, mas também sociais, mentais e ambientais, sendo capaz de adequar o serviço
ao perfil do indivíduo (GUEDES, HENRIQUES, LIMA, 2013).
O acolhimento pode facilitar a promoção da assistência integral em saúde,
promovendo qualidade e humanização dos serviços, através da responsabilização dos
profissionais pela saúde dos usuários, qualificação da equipe e desenvolvimento de uma
postura acolhedora que possibilite ao usuário estabelecer uma relação de vínculo com o
serviço (SILVA, ALVES, 2008). Considerado uma ferramenta capaz de promover o
vínculo entre profissionais e usuários, o acolhimento contribui para a universalização do
acesso, fortalece o trabalho multiprofissional e intersetorial, qualifica a assistência à
23
saúde, humaniza as práticas, além de estimular ações de combate ao preconceito
(GARUZI, et.al., 2014).
No que diz respeito ao âmbito hospitalar, as ações de acolhimento ao usuário não
podem ser restritas ao paciente, mas devem abranger também seu acompanhante. O
acompanhante é um represente da rede social da pessoa que acompanha o usuário durante
sua permanência nos ambientes de assistência à saúde (BRASIL, 2007). Neste sentido, o
acolhimento dos acompanhantes de pacientes hospitalizados adquire significativa
importância, já que o acompanhante também é afetado pela hospitalização. A
hospitalização é um momento de vulnerabilidade física e emocional na vida do paciente
e seu acompanhante (PROCHNOW et al., 2009), que precisam ter suas necessidades
compreendidas para que possam vivenciar a experiência de hospitalização de forma mais
humanizada. Quando sentem-se seguros, confortáveis e amparados, o paciente e sua
família mantém sua autonomia e tem a oportunidade de expressar suas necessidades
(SCHENEIDER et al., 2008).
Estudo realizado por Prochnow et al. (2009), com o objetivo de compreender
como o acolhimento é experienciado pelos acompanhantes de pacientes hospitalizados,
refere que os acompanhantes sentem-se acolhidos quando são esclarecidos sobre as
normas e rotinas da instituição e ao recebem refeições. O esclarecimento de normas e
rotinas da instituição são formas de humanizar o cuidado às famílias de pacientes
hospitalizados e requer disponibilidade da equipe de saúde. Segundo Camelo, et.al.
(2000), a equipe é acolhedora quando demonstra atitudes de aproximação ao cliente,
cumprimento, individualização, concentração no atendimento e demonstração de
envolvimento ou sentimento em relação aos problemas do cliente.
Quando a hospitalização ocorre com crianças, a família tende a vivenciar de forma
mais intensa a passagem pelo hospital, sendo necessário a promoção de ações que
acolham o familiar com o objetivo de minimizar os fatores estressantes associados à
hospitalização. O primeiro contato da família com a instituição, possibilita que a equipe
de saúde crie vínculos com a família e favoreça todo o processo de hospitalização da
criança, já que a família será a referência da criança no ambiente hospitalar. Segundo
Crepaldi e Varella (2000) a recepção e o acolhimento do acompanhante são ações
importantes e que não podem ser negligenciadas pela equipe de saúde, pois representam
o momento que inicia a sua integração na assistência hospitalar (CREPALDI;
VARELLA, 2000). Assim, proporcionar um ambiente acolhedor e uma equipe confiável
e responsável, desde o momento da entrada do usuário ao serviço de saúde até o momento
24
de sua saída, são fatores que contribuem para que o acolhimento aconteça nos
estabelecimentos de saúde (SILVA, ALVEZ, 2008).
2.1.2 A família da criança hospitalizada
A inserção da família como acompanhante de crianças durante a hospitalização se
deu de forma gradativa. Os primeiros hospitais pediátricos surgiram no século XIX e não
permitiam a presença da família durante a internação da criança por considerar que os
pais poderiam transmitir infecções (GOMES et al., 2010; LIMA et al., 1999). Após a
Segunda Guerra Mundial, são registrados vários avanços na área médica, dentre eles a
criação do antibiótico, que reduz o risco de infecção e faz com que o afastamento da
família do hospital seja repensando (LIMA et al., 1999).
Na década de 50 do século XX, a partir dos estudos de Bowlby e Spitz, sobre as
consequências geradas pelo afastamento das crianças de suas mães, surgiram pesquisas
que demonstravam as vantagens da permanência da família junto à criança hospitalizada
para a manutenção de sua saúde mental e física (CREPALDI, 1999; CREPALDI;
VARELLA, 2000). Neste sentido, no ano de 1959 é publicado na Inglaterra, o Relatório
Platt que recomendava a concessão de visitas abertas, assim como permanência e
participação dos pais nos cuidados à criança hospitalizada (COLLET; ROCHA, 2004;
GOMES et al., 2010; IMORI et al., 1997).
No Brasil, a inserção da família exercendo o papel de acompanhante no contexto
hospitalar, principalmente em unidades pediátricas, é um fato recente. Nos anos 80,
iniciaram os primeiros movimentos visando a humanização dos cuidados à criança, com
a introdução do Programa Mãe Participante em algumas instituições hospitalares do país
(GOMES et al., 2010; RANGEL; GARCIA, 2012). Estes programas preconizavam que
os pais, além de acompanhar, participassem da assistência à criança, o que acabou
gerando conflitos com a equipe, que considerava que as ações de cuidado eram de sua
competência (CREPALDI; RABUSKE; GABARRA, 2006).
Apenas no ano de 1990, com a promulgação da Lei Nº 8.069, que regulamenta o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi que os acompanhantes passaram a ser
efetivamente aceitos nas instituições hospitalares (COLLET; ROCHA, 2004; GOMES et
al., 2010). Conforme o Artigo 12 da referida Lei “os estabelecimentos de atendimento à
saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários,
25
deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou
responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente” (BRASIL, 2016). Além
do artigo Nº 12 do ECA, o 4º Item da Resolução Nº 41/95 do Conselho Nacional do
Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), estabelece os direitos da criança e
do adolescente hospitalizados e aborda o direito à permanência de um dos pais ou
responsáveis durante o período de hospitalização da criança ou adolescente (BRASIL,
1995). Segundo Crepaldi, Rabuske e Gabarra (2006, p.17-18) “essas foram importantes
conquistas na construção de práticas de promoção do desenvolvimento da criança, do
adolescente e da família nas instituições de assistência pediátrica hospitalar”.
Segundo Litchteneker e Ferrari, (2005), em estudo realizado com a equipe de
enfermagem de um hospital no estado do Paraná, os acompanhantes facilitam o trabalho
da equipe, pois colaboram para a recuperação da criança, dando apoio psicológico,
ajudam a criança a se adaptar ao ambiente hospitalar, atendendo as necessidades de
carinho, conforto e segurança, diminuindo o tempo de internação. Ainda no mesmo
estudo, a equipe considera que a presença de um acompanhante é uma forma de
humanizar o cuidado à criança.
Estudo realizado com crianças hospitalizadas e mães, em um hospital no Chile,
Barrera et.al., (1993), concluiu que crianças que permaneceram acompanhadas tiveram o
tempo de internação reduzido, houve melhora no estado nutricional, diminuição dos
problemas de comportamento, redução da infecção hospitalar e da taxa de retorno ao
hospital em comparação à crianças que permaneceram desacompanhadas.
Na hospitalização de crianças, diversos estudos apontam a mãe como a principal
acompanhante da criança (ARAYA et al., 2012; BARRERA et.al., 1993; BEZERRA;
FRAGA, 1996; COLLET, ROCHA, 2004; CREPALDI; VARELLA, 2000; GABARRA;
CREPALDI, 2011; GOMES, OLIVEIRA, 2012; LIMA et.al., 1999; MELO et al., 2010;
OLIVEIRA, COLLET, 1999; OLIVEIRA, ANGELO, 2000; SABATÉS; BORBA, 2005;
SANTOS, 2012; SANTOS et al., 2011; SILVA et al., 2009; SCHULTZ, SABATÉS,
2010; SIQUEIRA et.al., 2002; SÖDERBÄCK, CHRISTENSSON, 2008;VASQUES et
al., 2011; ZOMBINI, 2011).
Albuquerque (2011) menciona em sua pesquisa, realizada na cidade do Rio de
Janeiro em Unidade de Internação Pediátrica de uma instituição de assistência pública,
que em razão do vínculo estabelecido entre mãe e filho e pelo fato da mãe ser a principal
cuidadora da criança desde o momento de sua concepção, esta sente-se responsável pelo
26
acompanhamento da criança quando ela necessita de hospitalização e acaba não
permitindo que outros membros da família desempenhem este papel.
Em um estudo sobre a comunicação entre médico, paciente pediátrico e família,
realizada com crianças diagnosticadas com doenças crônicas e internadas em unidades de
internação de um hospital infantil no sul do Brasil, Gabarra e Crepaldi (2011), citam que
a mãe desempenha o papel de informante principal, repassando informações sobre a
doença, tratamento, orientações sobre comportamento, autocuidados e sobre os riscos a
serem evitados. Além desses aspectos, a mãe é considerada mediadora, codificadora e
aquela que é capaz de simplificar e explicar para a criança a linguagem técnica utilizada
pelos profissionais de saúde.
Mesmo a mãe constituindo-se como a principal figura presente durante a
passagem da criança pelo hospital, o pai da criança, primos, tias, avós e amigos, também
são citados como acompanhantes da criança (ALBUQUERQUE, 2011; CREPALDI;
VARELLA, 2011). Moura e Ribeiro (2004), em seu estudo sobre a presença do pai no
contexto hospitalar, realizado na Unidade Pediátrica de um hospital da cidade de Porto
Alegre, concluem que a presença masculina ainda é permeada por preconceitos, tanto por
parte da equipe quanto por parte dos próprios pais e familiares. Segundo as autoras, a
presença do pai é percebida em alguns casos como constrangedora para as outras mães
acompanhantes e a equipe de saúde considera os cuidados realizados pelos pais como de
menor qualidade (MOURA; RIBEIRO, 2004). Hoffmann (2012) ressalta ainda que a
presença masculina é menor em hospitais onde a internação acontece em enfermarias
coletivas, que necessitam que o mesmo espaço seja compartilhado com acompanhantes
do sexo feminino. Questões culturais também são apontadas como impedimento para a
permanência dos pais junto ao filho hospitalizado (SÖDERBÄCK, CHRISTENSSON,
2008).
Tanto os pais quanto os demais familiares que se disponibilizam a acompanhar a
criança durante o período de internação, deparam-se com dificuldades ao adentrarem o
ambiente hospitalar. Infraestrutura, alimentação, ruídos, dificuldade para dormir e
repousar, falta de atividades de lazer, acomodações desconfortáveis, ter que conviver com
normas e rotinas, preconceitos, falta de informações, falta de recursos materiais e
humanos, falta de espaços infantis/lúdicos para as crianças, abandono do
trabalho/emprego são as principais dificuldades mencionadas pelos acompanhantes
(ALBUQUERQUE, 2011; BEZERRA, FRAGA, 1996; CREPALDI; VARELLA, 2000;
27
GOMES et al., 2014; MELO et al., 2010; MORAIS et al., 2015; SABATÉS; BORBA,
2005; SILVA et al., 2009; TORQUATO et al., 2013; XAVIER et al., 2014).
Além das dificuldades, os familiares vivenciam sentimentos de ansiedade, medo,
culpa, tristeza, insegurança, angústia, solidão, tensão, cansaço, sobrecarga, preocupação
com os demais membros da família e com a casa (FRANCO; AGUILAR, 2007;
MILANESI et al., 2006; OLIVEIRA; ANGELO, 2000; GOMES, OLIVEIRA, 2012;
SIQUEIRA et.al., 2002; COMMODARI, 2010 SANTOS et al., 2011; SHIELDS, 2001).
Em revisão da literatura realizada por Andrade et al. (2015), constatou-se que
durante a internação da criança os familiares apresentam necessidades relacionadas a si
mesmos, à equipe de saúde e à instituição. Neste sentido, Santos (2012) em sua pesquisa
sobre as necessidades dos pais de crianças hospitalizadas, realizada com pais de crianças
internadas no serviço de pediatria de três instituições portuguesas, concluiu que estes
apresentam necessidade de confiar, sentir que confiam em si mesmos, necessidade de
informação, suporte e orientação, recursos físicos e humanos, necessidades relativas à
criança e a outros membros da família.
O sofrimento vivenciado pelo familiar acompanhante pode ser minimizado
quando ele acompanha a evolução do estado de saúde da criança, participa do cuidado,
certifica-se do comprometimento dos profissionais, estabelece uma boa comunicação
com a equipe e a linguagem utilizada para repassar as informações é acessível (GOMES
et al., 2014; SHIELDS, 2001). Fatores como o vínculo estabelecido com a equipe, outros
cuidadores, amigos e vizinhos, a comunicação com os profissionais de saúde, as normas
e as rotinas da instituição, podem influenciar na forma como acontecerá a integração do
acompanhante ao tratamento ofertado a criança (PYLÓ et al., 2015).
A inserção da família no ambiente hospitalar também trouxe novos desafios para
os profissionais de saúde, que precisaram reorganizar sua rotina de trabalho para incluir
o familiar/acompanhante. Isso fez com a equipe encontrasse dificuldades para realizar o
trabalho, como a falta de conhecimento do acompanhante sobre os procedimentos,
interferência durante a realização dos procedimentos, presença de objetos em excesso,
questionamentos, solicitação de atenção, falta de higiene com a criança e com o ambiente,
bem como dificuldades em cumprir as rotinas (COLLET et.al., 2004; LITCHTENEKER;
FERRARI, 2005; SOUZA et.al., 2009).
Mesmo que a inserção do familiar no ambiente de trabalho da equipe de saúde
tenha sido considerado um fator que dificultou a realização do trabalho, estudos
demonstraram que outros fatores como a infraestrutura do hospital, as condições de
28
trabalho, insatisfação profissional, superlotação das unidades e as tensões oriundas das
exigências do dia a dia também podem interferir no relacionamento com o familiar e na
execução do trabalho (VERNIER, DALL’AGNOL, 2004; LITCHTENEKER;
FERRARI, 2005; SOUSA et.al, 2009).
Todas estas dificuldades enfrentadas pelos profissionais, geram resistências à
presença do acompanhante e fazem com que a equipe passe a omitir informações, delegar
funções aos acompanhantes que seriam de responsabilidade do profissional, não incluir a
família nas decisões e considerar a família um agente do trabalho e não como alguém que
também precisa ser incluída nos cuidados e ter suas necessidades atendidas (LIMA et.al.,
1999; COLLET, ROCHA, 2004; QUIRINO, et. al., 2010; MARQUES et.al, 2014).
Neste sentido, a fim de tornar a passagem do familiar/acompanhante pelo hospital
menos dolorosa e cansativa, é preciso que a equipe esteja atenta ao fato de que o cuidado
deve perpassar o aspecto biológico da doença e considerar o cuidado à criança como
integral, incluindo as necessidade da sua rede de apoio. Apesar da equipe reconhecer a
importância do cuidado integral, ainda encontra dificuldades para realizar ações que
incluam efetivamente a família nos cuidados (COLLET et.al., 2004; QUIRINO et.al.,
2010; MARQUES, et.al. 2014). Assim, além de permitir a presença de um acompanhante,
as instituições precisam adequar sua rotina e possibilitar condições para a permanência
do familiar no ambiente hospitalar, o que implica em humanizar a assistência à criança e
sua família.
2.1.3 Modelo Bioecológico do desenvolvimento humano
Para compreender como é realizado o acolhimento dos acompanhantes de crianças
hospitalizadas, além de levar em consideração os aspectos individuais dos envolvidos, é
necessário considerar o contexto em que o acolhimento acontece. Para isso, o presente
estudo tem como pressuposto epistemológico, o Modelo Bioecológico do
Desenvolvimento Humano proposto por Urie Bonfenbrenner. Este surge após a
reformulação do Modelo Ecológico, que considera o ambiente como principal promotor
do desenvolvimento, dando menor ênfase aos processos individuais. Com a reformulação,
o modelo passa a se chamar Bioecológico e considerar que além do ambiente, as
características biopsicológicas da pessoa influenciam seu desenvolvimento (MARTINS;
SZYMANSKI, 2004). “O desenvolvimento humano se estabelece de maneira continua e
recíproca, no interjogo entre aspectos biológicos, psicológicos e ambientais” (POLONIA;
DESSEN; SILVA, 2005, p.74). Esta teoria permite que a investigação não fique restrita
29
apenas a pessoa e aos ambientes imediatos, mas leve em consideração as interações e
transições com ambientes mais distantes, dos quais a pessoa não participa diretamente
(POLLETTO; KOLLER, 2008).
No Modelo Bioecológico de desenvolvimento, Bronfenbrenner propõe que o
desenvolvimento está relacionado a quatro núcleos interligados: Processo, Pessoa,
Contexto e Tempo. Assim, o desenvolvimento deixa de ser resultado de processos
individuais para se tornar resultado de processos que envolvem o contexto, a pessoa e o
tempo (VEIGA, 2009). O processo envolve a interação do indivíduo em desenvolvimento
com pessoas, objetos e símbolos no ambiente imediato. Essas interações são chamadas
de processos proximais e sua eficácia no desenvolvimento depende de sua estrutura e
conteúdo, sem deixar de levar em consideração as características da pessoa em
desenvolvimento (POLONIA; DESSEN; SILVA, 2005).
A pessoa é produto e produtora de desenvolvimento, pois possui características
biopsicossociais e características construídas pela interação com o ambiente, que
influenciam os processos proximais. O contexto é composto por diferentes níveis inter-
relacionados que englobam desde o ambiente imediato até o mais distante. O tempo, diz
respeito às mudanças que ocorrem na vida da pessoa, no ambiente e na sociedade em
geral, ao longo da vida e que influenciam o desenvolvimento do indivíduo.
Esses núcleos são responsáveis pelo desenvolvimento e fazem parte de sistemas
interdependentes, desde os mais próximos aos mais distantes, que compõem o ambiente
do indivíduo. O primeiro nível é denominado microssistema, e é constituído por padrões
de atividades, papéis e relações interpessoais estabelecidos pelo indivíduo nos ambientes
em que ele está inserido e desenvolve relações face a face, ou seja, imediatas, como a
família, a vizinhança ou a creche (DESSEN; COSTA JUNIOR, 2005, p.79). As primeiras
relações face a face da criança acontecem com os membros de sua família, com quem
acabam estabelecendo uma relação de confiança, desta forma, a permanência de um
familiar durante o período de hospitalização pode facilitar as novas relações que serão
estabelecidas pela criança. O segundo nível compreende o mesossistema, que diz respeito
às relações entre diversos microssistemas dos quais a pessoa tem participação ativa.
O mesosistema se amplia toda vez que a pessoa adentra um novo ambiente
(BRONFENBRENNER, 1996, p. 21). Para a criança hospitalizada e seu acompanhante,
as interações realizadas no hospital, serão influenciadas pelo ambiente e outros
microssistemas, como a família que permaneceu em casa, o trabalho do acompanhante, a
creche da criança, entre outros. Já o exossistema é composto por um ou mais ambientes,
30
onde o indivíduo não participa ativamente das relações face a face, porém o que acontece
nestes ambientes influencia em seu desenvolvimento (POLONIA; DESSEN; SILVA,
2005). Para a criança, o trabalho dos pais, a rede de apoio social e a comunidade em que
a família está inserida, são exossistemas importantes para seu desenvolvimento
(POLLETO; KOLLER, 2008). É possível perceber que o que acontece com a família tem
forte influência sobre o desenvolvimento da criança, sendo assim, em uma situação como
a hospitalização, as relações estabelecidas pelos acompanhantes das crianças, podem
auxiliar ou interferir em seu desenvolvimento.
O quarto sistema é denominado macrossistema, que diz respeito ao sistema de
valores, crenças, cultura, entre outros, que influenciam o desenvolvimento do indivíduo
(POLONIA; DESSEN; SILVA, 2005). O macrossistema dos acompanhantes das crianças
em situação de hospitalização irá influenciar a maneira como eles reagirão à experiência
de permanecer no hospital acompanhando uma criança. As crenças e valores, assim como
a cultura e a sociedade em que estão inseridos, irão influenciar a maneira como os
acompanhantes reagirão ao evento de hospitalização, sua relação com a equipe e o manejo
das situações que surgirem. No último sistema está presente o tempo, e é chamado de
cronossistema. Este sistema diz respeito ao curso de vida do indivíduo que atravessa o
tempo histórico (BROERING, 2014). A hospitalização é um evento que acarreta mudança
na vida dos envolvidos, assim como modifica a forma como elas irão interagir com os
ambientes em que estão inseridas.
Neste contexto, quando a hospitalização acontece na vida da criança, uma
transição ecológica ocorre na vida dos envolvidos. “A transição ecológica acontece
quando há uma mudança de posição da pessoa no ambiente ecológico em razão da
modificação de papel, ambiente ou ambos” (BRONFENBRENNER, 1996, p. 22). Na
hospitalização ocorre a mudança de papéis dos envolvidos, principalmente do paciente,
que passa a desempenhar um papel passivo que antes era dinâmico e ativo (BROERING,
2014). Pode-se dizer que os acompanhantes também sofrem uma transição ecológica, no
momento em que precisam deixar suas casas e empregos para deslocarem-se ao hospital
e desempenharem papéis, que muitas vezes também os colocam em situação de
passividade.
Segundo Broering (2014), com a hospitalização o microssistema dos envolvidos
muda, deixando de ser a casa para se tornar o hospital, que antes fazia parte do exo ou
mesossistema, sendo que essa mudança modifica todo o microssistema anterior. A fim de
demonstrar como isso ocorre, Novaes e Portugal (2004), após uma releitura da obra de
31
Bronfenbrenner, apresentam na Figura 1 como o hospital torna-se o microssistema da
criança e sua família.
Figura 1. Ecologia do desenvolvimento da criança hospitalizada
Fonte: Novaes e Portugal (2004).
Considerando que um microssistema influencia o outro e que as primeiras relações
da criança dentro de um microssistema são com sua família, os significados e respostas
das crianças sofrerão influências do sistema familiar no qual a criança vive e está inserida.
Portanto, um novo ambiente ecológico como o hospital, por exemplo, possibilitaria
compreender as influências que existem entre os microssistemas criança, família e equipe
de saúde.
A hospitalização da criança faz com que família necessite reorganizar sua
dinâmica, além de exigir que revisem e reavaliem periodicamente os diversos papéis que
desempenham dentro da família (NASCIMENTO et al., 2006). Assim, estudar como a
família é recebida pelos profissionais na instituição hospitalar faz-se importante à medida
que a forma como são recebidos e orientados poderá influenciar a criança e suas reações
diante do processo de hospitalização.
32
2.2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.2.1 TIPO DE PESQUISA
Por ter como objetivo compreender a percepção que os acompanhantes de crianças
hospitalizadas possuem sobre o acolhimento realizado durante a admissão hospitalar,
através da categorização e análise do conteúdo das narrativas dos entrevistados, o estudo
configurou-se como sendo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa.
A pesquisa descritiva exploratória tem como objetivo proporcionar uma nova
visão a respeito do objeto a ser estudado (GIL, 2002). A pesquisa qualitativa possui a
capacidade de trazer à tona fatos novos, de explorar profundamente o significado e de
estar na perspectiva do sujeito (SERAPIONI, 2000). No caso da presente pesquisa,
possibilitará saber como as percepções sobre saúde e doença, podem influenciar na
interação de crianças hospitalizadas e suas famílias com os cuidados em saúde
(MENEZES, 2010).
O principal objetivo da pesquisa qualitativa “é explorar a profundidade dos
sentimentos e crenças que as pessoas detêm e aprender como estes sentimentos podem
influenciar comportamentos” (FONTENELLE, 2008, p. 25). Segundo Minayo e
Guerriero (2014, p. 1105), a pesquisa qualitativa tem como objetivo “compreender o
sentido ou a lógica interna que os sujeitos atribuem a suas ações, representações,
sentimentos, opiniões e crenças”. Através do estudo qualitativo é possível compreender
como diferentes indivíduos vivenciam a mesma experiência, influenciados por suas
histórias pessoais, sua personalidade e pelo meio em que estão inseridos (MINAYO,
2012).
Turato (2005) cita algumas características do método qualitativo, dentre elas o
interesse do pesquisador pelo significado do fenômeno pesquisado, o ambiente natural
como campo de pesquisa e o fato do pesquisador ser o instrumento de pesquisa. Ainda,
segundo a mesma autora, o método qualitativo é caracterizado “como aquele que quer
entender como o objeto de estudo acontece ou se manifesta; e não aquele que almeja o
produto, isto é, os resultados finais matematicamente trabalhados” (p. 509).
33
2.2.2 LOCAL DA PESQUISA
A pesquisa foi desenvolvida em um hospital pediátrico em uma cidade da Região
Sul do Brasil. O hospital presta atendimento de média complexidade a crianças de 0 a 14
anos, 11 meses e 29 dias, residentes na região citada e demais localidades próximas. Por
não realizar exames de alta complexidade, quando existe a necessidade de atendimentos
desta natureza, os pacientes são encaminhados para outros hospitais próximos. Possui 93
leitos, sendo que destes, 63 são destinados à pacientes do Sistema único de Saúde (SUS)
e 17 para atendimento de convênios e particular. Dispõe de uma Unidade de Terapia
Intensiva Pediátrica (UTIP), com 8 leitos, sendo 6 pediátricos e 2 neonatais, dispondo de
mais alguns leitos para observação e recuperação pós-anestésica.
Além das unidades citadas, a instituição possui sala de recepção, pronto-socorro,
com salas de triagem, emergência, observação, curativos e pequenos procedimentos, 1
sala de raio-X, 1 sala de imobilização com gesso, 3 consultórios, 1 centro cirúrgico,
farmácia hospitalar, laboratório de análises clínicas, central de materiais e esterilização,
rouparia, 3 quartos para plantão e descanso, copa e cozinha. O hospital dispõe de Serviço
de Psicologia, Assistência Social, Nutrição, Infecção Hospitalar, Fonoaudiologia e
Fisioterapia. Conta com um corpo médico que presta atendimento em todas as
especialidades pediátricas, e está distribuído desta forma: 7 médicos compõem o quadro
clínico da UTI e 13 médicos, o quadro clínico do Pronto Socorro2. O hospital também
conta com acadêmicos para a realização de estágios curriculares, da universidade a qual
é vinculado e também de outras instituições. O quadro administrativo da instituição é
composto pelas Gerências Clínica Técnica, de Enfermagem, Serviço de Apoio,
Administrativa e Financeira, Conselho Administrativo e Direção Hospitalar.
A rotina de atendimento realizada diariamente na unidade pesquisada inicia às 8
horas da manhã, quando o café da manhã é servido. Após o café da manhã, acontece a
higienização das crianças, realizada pela equipe de enfermagem ou pelos próprios
acompanhantes, se assim desejarem3. Ao término da higienização, iniciam-se as rotinas
de enfermagem, a visita do médico e atividades realizadas pelos acadêmicos dos cursos
de Medicina, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Psicologia e Nutrição. No final
da manhã, o almoço é servido também nos quartos. No período da tarde, a partir das 14
horas inicia-se nova rotina de enfermagem, com administração de medicação e
2 Dados referentes ao ano de 2016 (Serviço de Recursos Humanos – RH da instituição). 3 Informação obtida através da Observação Participante.
34
verificação dos sinais vitais da criança. O horário de visitas tem início às 14 horas e 30
minutos, estendendo-se até as 15 horas e 30 minutos, durante esse período é servido o
lanche da tarde. O jantar é servido nos quartos às 18 horas e neste horário também tem
início o segundo horário de visita, que acontece até as 18 horas e 45 minutos. A troca de
acompanhantes acontece diariamente em três horários: no período da manhã das 7 horas
e 30 minutos até às 8 horas e 30 minutos, a tarde das 14 horas e 30 minutos até as 15
horas e 30 minutos e a noite a partir das 18 horas até às 19 horas. No período da noite,
acontecem as rotinas de enfermagem e às 20 horas é servido o lanche da noite. Às 22
horas a exibição de programas televisivos é suspensa. A equipe realiza troca de plantão
às 7 horas, 13 horas e 19 horas.
O hospital disponibiliza ao acompanhante um armário que se encontra na recepção
para que possa guardar seus pertences, e um banheiro, ambos localizados fora do quarto.
Além disso, a instituição fornece aos acompanhantes, três refeições diárias, que incluem:
café da manhã, servido a partir das 7 horas e 30 minutos, almoço, servido a partir das 11
horas e 30 minutos e jantar, servido a partir das 18 horas e 30 minutos. A instituição conta
com uma brinquedoteca, destinada ao lazer das crianças. Neste espaço, durante duas
manhãs por semana, são realizadas atividades supervisionadas por um profissional da área
da Pedagogia, que presta serviço voluntário na instituição.
2.2.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Participaram da pesquisa 12 acompanhantes de crianças hospitalizadas (pais ou
responsáveis que acompanhavam a criança durante o período de hospitalização). Os
acompanhantes encontravam-se junto às crianças internadas na Clínica Médica, que
atende a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as pessoas contatadas
aceitaram participar da pesquisa, sendo que o número de acompanhantes foi definido
considerando-se que se trata de um estudo qualitativo, cuja saturação de dados ocorre, na
maioria das vezes, na 12ª entrevista, o que indica a regularidade ou recorrência dos dados
(GUEST; BUNCE; JOHNSON, 2006).
Os critérios de inclusão utilizados foram: estar acompanhando a criança por pelo
menos 24 horas na Clínica Médica, ter participado do momento de admissão da criança
no hospital e não possuir limitação física ou mental que impossibilitasse o participante de
responder a entrevista. Para isso, foi realizada consulta aos prontuários das crianças
internadas, para a seleção dos participantes que atendessem aos critérios de inclusão.
Foram excluídos da pesquisa os acompanhantes de crianças que se encontravam
35
internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Clínica Cirúrgica.
2.2.4 INSTRUMENTOS PARA A COLETA DOS DADOS
A coleta dos dados ocorreu através de dois instrumentos: observação participante
e entrevista semiestruturada, descritas a seguir.
A) Observação Participante
A observação participante pode ser definida como um processo em que o
pesquisador assume o papel de observador de uma situação social, tendo como finalidade
realizar uma investigação científica (MINAYO, 2014). A observação teve como objetivo
conhecer a rotina da unidade pesquisada, a dinâmica das interações entre a equipe e os
usuários e familiarizar a pesquisadora com o contexto. O registro das observações foi
realizado em Protocolo de Observação (MENEZES, 2010) (ANEXO A) e como auxilio,
o diário de campo foi utilizado.
No Protocolo de Observação, foram registradas informações sobre a duração, o
tipo de interação, a situação observada, descrição do ambiente, sujeitos presente, eventos
comportamentais, ambientais e sociais e as impressões da pesquisadora sobre os eventos
observados foram registrados.
Além do Protocolo de Observação, o diário de campo também foi utilizado para
o registro das observações. Segundo Minayo (2014), o diário de campo deve conter
impressões pessoais, resultados de conversas informais, registro de contradições entre
comportamento e fala, manifestações do interlocutor quanto aos pontos investigados e
demais aspectos considerados relevantes para a pesquisa. O diário de campo constitui-se
em uma importante ferramenta para análise dos dados, pois contém fontes legítimas de
informação (MINAYO, 2012). Neste sentido, os registros no diário de campo foram
realizadas durante todo o período de coleta de dados e contém as percepções da
pesquisadora a respeito do contexto estudado.
B) Entrevista Semi-estruturada
Após a observação, a entrevista semi-estruturada foi utilizada para dar
continuidade à coleta dos dados. A entrevista é uma conversa realizada pelo entrevistador
com objetivo de coletar informações e abordar temas referentes ao objeto de pesquisa
(MINAYO, 2014). Com as questões previamente definidas, o entrevistador as apresenta
ao informante em tom semelhante ao de uma conversa informal, intervindo, através de
perguntas adicionais, quando a questão não ficar clara ou para ajudar o entrevistado a
36
focar no tema (BONI; QUARESMA, 2005). Segundo as autoras citadas, “estes tipos de
entrevista colaboram muito na investigação dos aspectos afetivos e valorativos dos
informantes que determinam significados pessoais de suas atitudes e comportamentos”
(BONI; QUARESMA, 2005, p. 75).
A entrevista possibilitou coletar informações sobre como é realizado o
acolhimento dos familiares durante a internação da criança, como e por quem as
informações a respeito de normas, regras e cuidados são repassadas, bem como o papel
desempenhado pelos acompanhantes, através da percepção dos familiares
acompanhantes. Foi guiada pelo Roteiro de Entrevista (APÊNDICE A) e ocorreu após
contato com os acompanhantes. Os acompanhantes foram abordados nos quartos em que
as crianças encontravam-se internadas, esclarecidos a respeito dos objetivos da pesquisa
e convidados a responder a entrevista. Os sujeitos que aceitaram participar da pesquisa
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B). A entrevista
foi realizada individualmente e o local de sua realização foi o quarto onde a criança
encontrava-se internada, devido a indisponibilidade do acompanhante em deixar a criança
sozinha. Cabe salientar, que os acompanhantes entrevistados foram abordados em
momentos em que se encontravam sozinhos no quarto, para não comprometer o sigilo da
entrevista.
2.2.5 COLETA DE DADOS
Após a autorização da instituição (APÊNDICE C) e a aprovação do Comitê de
Ética em Pesquisa, foi possível iniciar a coleta dos dados. A coleta dos dados teve início
com a observação participante. As observações da presente pesquisa ocorreram durante
os meses de Agosto de 2016 a Outubro de 2016, no período matutino, vespertino e
noturno, com intuito de contemplar as trocas de turnos da equipe de saúde. O tempo médio
de duração das observações foi de 5 horas diárias e incluíram finais de semana e feriados.
Através da observação foi possível obter informações sobre o processo de
admissão da criança e seu acompanhante e conhecer a rotina do Pronto Socorro e Unidade
de internação que atende usuários o Sistema Único de Saúde (SUS). Para tanto, a
pesquisadora acompanhou consultas médicas, procedimentos, e o encaminhamento para
internação de alguns pacientes, mediante consentimento prévio da equipe de saúde e dos
usuários, que foram abordados e esclarecidos a respeito do objetivo da observação. O
diário de campo foi utilizado como auxilio para o registro dos eventos observados, com
objetivo de relatar as ações e comportamentos sem um objetivo pré determinado,
37
contendo também a visão da pesquisadora sobre os fatos. A observação encerrou-se no
momento em que se identificou a redundância das informações e os objetivos da
observação foram atingidos.
Após a realização da observação participante, iniciou-se a consulta aos
prontuários, com o objetivo de considerar os critérios de inclusão dos participantes. Caso
o acompanhante atendesse aos critérios de inclusão, a pesquisadora dirigia-se até o quarto
da criança, onde o acompanhante permanecia, para então apresentar a pesquisa e seus
respectivos objetivos. Quando o participante se dispunha a participar da pesquisa, era
entregue ao mesmo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B) em
duas vias para que fosse assinado pelo acompanhante. Com a permissão concedida pelo
acompanhante, a entrevista era realizada em um espaço próximo ao Posto de Enfermagem
da Clínica Médica. Quando os acompanhantes manifestavam o desejo de não se afastarem
das crianças, a entrevista era realizada no quarto onde a criança encontrava-se internada.
Cada entrevista teve em média duração de 30 minutos e todas as entrevistas foram
gravadas em gravador de áudio e transcritas posteriormente para análise.
2.2.6 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
A presente pesquisa foi realizada em conformidade com a Resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde que garante aos participantes da pesquisa que os dados
coletados serão utilizados apenas para os fins da presente pesquisa. Os participantes foram
esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa e seu caráter científico, também foram
fornecidas informações a respeito do direito à desistência a qualquer momento e sigilo
dos dados de identificação. Os participantes também foram informados sobre os
benefícios e possíveis riscos de sua participação na pesquisa, sobre como irá ocorrer a
devolutiva dos resultados obtidos com a pesquisa, as formas de contato com as
pesquisadoras, o seguimento do Código de Ética Profissional do Psicólogo, por parte das
pesquisadoras e a garantia da divulgação dos resultados através da produção de artigo
científico em periódicos especializados e apresentação oral à instituição.
Foi assegurado aos participantes, que em caso de necessidade de atendimento
psicológico durante a realização da pesquisa, os mesmo seriam acolhidos pela
pesquisadora, que possuem domínio de técnicas de manejo de situações emocionais
reconhecidas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) como práticas do profissional
de Psicologia e encaminhados ao serviço de Psicologia do Hospital.
38
Ainda com o objetivo de preservar o sigilo das informações e dos participantes,
as atribuições dos profissionais de saúde da instituição e locais de atuação não foram
mencionados e todos foram descritos no gênero feminino.
A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI através do parecer Nº. 1.633.013, CAAE
57951816.80000.0120 em 04 de Agosto de 2016.
2.2.7 ANÁLISE DOS DADOS
Após a fase de coleta de dados, o processamento dos dados foi realizado através
da análise dos conteúdos que emergiram das entrevistas, com o objetivo de compreender
como acontece o acolhimento de acompanhantes de crianças durante a admissão
hospitalar. Segundo Bardin (2011), a análise de conteúdo pode ser definida como um
conjunto de técnicas de análise das comunicações, que visa obter, através de
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção e recepção destas mensagens.
Após a transcrição das entrevistas a análise de conteúdo seguiu as etapas propostas
por Bardin (2011): 1) pré-análise; 2) exploração do material e 3) tratamento dos
resultados, inferência e interpretação. Na fase de pré-análise, o conteúdo das entrevistas
foi organizado em um quadro e uma leitura geral foi realizada, com o objetivo de criar
familiaridade com o conteúdo das entrevistas. Após leituras exaustivas do material, que
incluiu os dados obtidos através da Observação Participante e do Diário de campo, foram
realizados recortes do conteúdo do material, ou seja, resumo dos parágrafos e
identificação das palavras-chaves, formando unidades de registro, que possibilitaram
criar uma primeira categorização dos conteúdos. Desta forma, o conteúdo das entrevistas
foi agrupado em temas com relação entre si e após a aglutinação destes temas foi possível
criar as categorias de análise. Com a definição das categorias, seguiu-se a terceira etapa,
onde o conteúdo das categorias foi analisado de acordo com o referencial teórico
proposto.
94
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