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n.º 57 janeiro a março de 2015 CAMPANHA “INSTANTES” VISITE WWW.ESQUECI-ME.PT DEMÊNCIA DE CORPOS DE LEWY CONHECER MELHOR ESTA DOENÇA

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de

2015

CAMPANHA “INSTANTES”Visite www.esqueci-me.pt

DEMÊNCIA DE CORPOS DE LEWYconhecer melhor esta doença

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DESTAQUES

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Desafios e estratégias na comunicação com o doente idoso

Ações de Formação e Workshops para cuidadores formais e informais

Saiba mais sobre esta forma de Demência

ficha técnica n.º 57 janeiro a março de 2015

“como tem passado nos Últimos dias?”

formaçÃo açÕes aGendadas

se essa preocupaçÃo...

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Este boletim foi inteiramente escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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noVos protocolos

Benefícios para associados

conhecer melhor a demÊncia de corpos de lewY

ser cuidador

Saiba mais sobre o Sundowning

Candidaturas ao Programa Apoio na Incontinência 2015

proGrama apoio na incontinÊncia

a importancia de ViVer instantesVisite www.esqueci-me.pt e envie um instante!

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Será que tem a doença dos esquecimentos?

propriedade e edição: Alzheimer Portugal

Associação Portuguesa de Familiares

e Amigos de Doentes de Alzheimer

periodicidade: Trimestral

direção: Maria do Rosário Zincke dos Reis

redação: Tatiana Nunes

design e edição: Marketividade, lda. impressão, papel e acabamento: PUBLIREP, Publicidade e

Representações, Lda. Depósito Legal: 356366/13

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NEDITORIAL

CONVOCATÓRIAConvocam-se os Senhores Associados da ALZHEIMER PORTUGAL – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMILIARES E AMIGOS DE DOENTES DE ALZHEIMER para a Assembleia Geral Extraordinária que terá lugar no dia 10 de Janeiro de 2015, nas suas instalações sitas na Av. Ceuta Norte, Lote 2, loja 2, Quinta do Loureiro, em Lisboa.

A Assembleia reunirá, em primeira convocatória, pelas 14 horas e 30 minutos e, em segunda convocatória, às 15 horas, com qualquer número de associados, tendo como pontos da Ordem de Trabalhos o seguinte:1. Apresentação, discussão e votação de proposta da Direção Nacional para alteração das condições dos contratos de crédito ao

investimento com as referências 029-36.100046-5 e 029-36-100050-7, existentes entre a Alzheimer Portugal e a Caixa Económica Montepio Geral, tendo em vista a prorrogação dos prazos para 15 (quinze) anos e a redução do spread estimada em 0,5%.

2. Apresentação, discussão e votação de proposta da Direção Nacional para alteração das condições do contrato de crédito relativo à Linha de Crédito de Apoio à Economia Social II, com a referência 029-36.100065-5, existente entre a Alzheimer Portugal e a Caixa Económica Montepio Geral, com vista a prorrogar o prazo para 120 (cento e vinte ) meses e o período de carência para 36 (trinta e seis ) meses, com manutenção do spread.

Lisboa, 22 de dezembro de 2014A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

No início de um novo ano, há sempre, em cada um de nós, a tendência para imaginar o preenchimento de todas as páginas em branco da nossa nova agen-da com um projeto ousado e gratificante.Mas a realidade circundante e as nos-sas próprias capacidades encarregam--se muitas vezes – para não dizer quase sempre – de reduzir as expectativas a dimensões menos ambiciosas.Também com as organizações assim acon-tece e a Alzheimer Portugal não é imune à tentação de sonhar alto na sua busca de uma melhor proteção para as pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências afins, bem como para os seus cuidadores.Só que também neste caso a realidade se impôs.A verificação de que os apoios externos se têm vindo a reduzir e de que a nossa capacidade de intervenção tem limites e constrangimentos cada dia mais acentua-dos determinou a aprovação de um Plano de Ação para 2015 centrado na garantia da sustentabilidade do trabalho que vem sendo desenvolvido e no reforço da sua qualidade, por forma a permitir manter o papel de instituição de referência que tem sido reconhecido à Alzheimer Portugal na defesa da dignidade da pessoa com demência, na valorização e preservação das suas capacidades remanescentes e no apoio, informação e formação aos cui-dadores, como base indispensável a uma forma de cuidar humanizada e próxima.

Leonor GuimarãesVice-Presidente da Direção Nacional

da Alzheimer Portugal

Com efeito, sozinha, a Alzheimer Portugal, por maior que seja o seu empenhamento e a dedicação de todos os seus traba-lhadores, nunca poderá corresponder à enormidade dos desafios que hoje se co-locam perante as situações de demência existentes no nosso País e que ameaçam crescer exponencialmente nas próximas décadas a não se verificar uma rápida resposta da medicina a este flagelo.Porém, o reconhecimento das nossas limitações, quer a nível pessoal, quer or-ganizacional, nunca nos deve desanimar.Antes, neste caso específico da Alzhei-mer Portugal, deve levar a uma recen-tragem dos esforços na valorização, divulgação e sustentação do que já conseguiu e na sensibilização de toda a sociedade em geral e dos decisores polí-ticos em especial para a necessidade de uma atuação conjugada e planificada de todos os sectores nacionais envolvidos na problemática das demências.Essa sensibilização deverá levar tam-bém ao efetivo reconhecimento do papel que as instituições particulares sem fins lucrativos estão a assumir na proteção das pessoas com demência, em substi-tuição e não apenas como complemento da ação do Estado.O reconhecimento desse papel tem de passar pela dignificação das pessoas que trabalham com aquele tipo de uten-tes, pela exigência de formação adequa-da e pela correspondente valorização do

seu trabalho, o que só poderá acontecer com uma nova visão dos acordos que vinculam aquelas instituições ao Estado.Em 2015, a Alzheimer Portugal não vai parar. Consciente das dificuldades, não entrará em projetos audaciosos e teme-rários, mas não baixará os braços na luta pela dignificação das pessoas com demência, nem deixará de trabalhar pelo incremento da qualidade das respostas que lhes são destinadas.Mas para a continuação da sua ação, a Alzheimer Portugal precisa, acima de tudo, dos seus associados, da sua par-ticipação, do seu envolvimento e da sua presença nos momentos de tomada de decisões que ditam o presente e o futuro desta Associação.É da efetiva participação dos associados que emana a força da Alzheimer Portu-gal e a sua consequente capacidade de intervenção.Que ela não falte neste novo ano!

(Maria da Conceição Salema Corte Real)

O Plano de Ação e Orçamento para 2015 foram aprovados em Assembleia Geral Ordináriano passado dia 29 de novembro de 2014.

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SE ESSA PREOCUPAÇÃO...

Por um lado, esquecimentos e distra-ções toda a gente tem. Até as crianças, sobretudo em determinadas fases do crescimento (o nosso cérebro vai ama-durecendo e só atinge a maturidade completa lá pelos 24 anos de idade...). Por outro lado, às vezes é como se tives-se uma “branca”, há um hiato de que não se lembra mesmo nada, não consegue preencher esse período, nem encontrar referências. Às vezes sente também que lhe acontece não prestar a devida aten-ção a determinados assuntos ou tarefas que costuma desempenhar por rotina, e com os quais nunca teve qualquer pro-blema. Mas, de repente, deixou de per-ceber como costumava fazer.É verdade que tem tido ultimamente muitas e grandes preocupações: no em-prego as coisas não estão bem e a espo-sa anda doente, sem que se saiba o que

...que sente de há uns tempos para cá tem a ver com alguns sintomas ou sinais que nota em si e que o levam a pensar se tem a doença dos esquecimentos, isto é, a doença de Alzheimer, vamos tentar ajudar na orientação que pode aceitar, caso queira esclarecer melhor, e dentro do possível, as dúvidas que vão surgindo.

tem. O crédito que pediu ao Banco, tam-bém não sabe como há-de pagar porque teve que acudir a umas despesas com o carro da filha. Por isso, não é de admirar que não consiga trazer a tensão contro-lada. E deprime-se com mais facilidade do que seria de esperar.Saiba que há procedimentos que pode fazer para tirar essas dúvidas e que são simples, implicando só ter que tirar al-gum tempo.A primeira coisa a fazer é ir ao seu médi-co de família, ou ao médico de recurso, e pedir-lhe orientação. Ele vai querer ver exames recentes (importa saber se tem aumento das gorduras e do açúcar no san-gue: colesterol, triglicéridos e glucose; e se a função cardíaca está bem, por exemplo) e, dependendo da sua idade e do seu his-torial pessoal e familiar, vai eventualmente pedir-lhe mais um ou outro exame.

Depois vai ajudá-lo a corrigir o que está mal e voltar a avaliar. Se calhar, neste meio tempo já recuperou um pouco das suas queixas iniciais.Mas se continua a sentir sintomas que o inquietam, ou se não lhe sai da cabeça a imagem da avó que foi ficando cada vez mais limitada até ficar mesmo demencia-da e ter tido que ir para um Lar, é impor-tante que tire as dúvidas e parta para a certeza. Mas como?Saiba que, mesmo que conseguisse um diagnóstico de certeza, nós não dispo-mos ainda de meios para tratar, e muito menos curar, a maior parte das demên-cias (aliás, tirando algumas exceções, nós a maior parte das doenças não cura-mos, tratamos só, porque não sabemos mais até à data).Portanto, depois de avaliar os seus exames e de proceder a uma consulta mais minuciosa, que pode logo incluir alguns testes (de memória, de atenção e de avaliação das suas capacidades no dia-a-dia, por exemplo), pode justifi-car-se pedir-lhe mais exames. As cau-sas para as suas queixas podem ser muito variadas. Por exemplo, um me-dicamento que ande a tomar (para as dores, ou para a ansiedade…), ou uma doença hormonal, como da tiroide, ou uma anemia…

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Olívia Robusto LeitãoMédica Psiquiatra

Membro da Comissão Científicada Alzheimer Portugal

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Já deve ter ouvido falar na TAC, que quer dizer tomografia axial computoriza-da, e é uma espécie de radiografia mais completa ao cérebro. É normal pedir-se este exame, que não custa nada a fa-zer numa qualquer clínica particular ou oficial. Depois vai-lhe pedir, muito pro-vavelmente, mais testes. Não se assus-te, vai achar piada, são divertidos e vão ajudar a perceber melhor a que nível se situam as suas dificuldades de memória, de raciocínio, de cálculo, etc, e como pode corrigi-las. E, mais importante do que tudo o resto, alguns destes testes, de lápis e papel, com figuras desenha-das e outras para copiar, conseguem prever, com 10 anos e mais de antece-dência, se a pessoa corre o risco de vir a ter demência.Por fim, se for encaminhado para um cen-tro mais especializado vão muito prova-velmente propor-lhe que faça um exame que consiste numa punção lombar para extração de líquido cefalo-raquidiano (um líquido que circula num canal da coluna vertebral). Esse líquido dá uma ideia da quantidade e da qualidade de determina-das proteínas existentes no nosso cére-bro (a beta amiloide e a tau), que se pensa serem causadoras de demência, embora não haja certezas absolutas.Este exame, a punção lombar, exige ser feito em centros ultra-especializados, (Genomed em Lisboa e o Laboratório de Neuroquímica, FMUC em Coimbra) por ter alguns riscos. A pessoa deve ser pre-viamente bem esclarecida, e dar o seu consentimento, por escrito, só depois de sentir que está bem informada e de que é isso que quer. Estamos aqui a falar de pessoas, como é o seu caso, que estão na plena posse das suas faculdades.

Saiba que, mesmo fazendo este exame, não vai por ora ter benefício de cura, porque ela não existe. Dependendo do resultado da análise, pode no entanto vir a ser inserido, mais facilmente, em futu-ros ensaios clínicos.Não sendo um teste preditivo em abso-luto, deve, mesmo assim, revestir-se de alguma delicadeza, e ser complementado por um estreito apoio à pessoa, para que não se sinta desamparada nas suas dúvi-das, inseguranças e medos. Deve envol-ver técnicos conselheiros especialmente treinados para avaliar previamente a ca-pacidade que a pessoa tem de lidar com os resultados, e também para a acompa-nhar daí para a frente, de forma a prevenir eventuais comportamentos de risco.Dito isto, voltamos à sua preocupação inicial. Ao que pode e deve fazer, caso se tenham confirmado algumas falhas, que agora só o tempo irá esclarecer.Pode e deve corrigir o que está mal, por exemplo a tensão arterial, os diabetes, o colesterol, toda medicação em curso, seja para o que for, os seus hábitos diários ou semanais (andar mais a pé, estar com amigos, dar um passeio, ver uma expo-sição, ler livros de humor, fazer exercícios de distração como sudoku, ou outros de que goste). Não se isole, nem fique a sós com os seus pensamentos. Embora não tenha que andar a contar a sua vida, saia, o seu corpo e o seu cérebro agradecem.Pode iniciar apoio com um psicólogo ou com um orientador da sua religião, por exemplo. Encontra também já alguma literatura especializada nas bibliotecas municipais, dê uma espreitadela…E se quiser, passe a um dos cafés memória, não precisa de se identificar, pode sem-pre dizer que vai para ajudar um amigo.

Saiba ainda que, para este e para todos os efeitos, pode determinar aquilo que quer no futuro, caso se veja numa situa-ção em que não possa decidir (um aci-dente, uma doença). Chama-se a von-tade antecipada (numa tradução mais infeliz, também há quem diga testamen-to vital) e pode ser feito num qualquer notário, e alterado sempre que queira.Com tudo isto vai ter que tomar mais atenção e mais cuidado, o que só traz benefícios.Gostaria de lhe poder dizer que tem este ou aquele medicamento para tomar e tratar-se ou curar-se, no caso de ser uma doença da memória, mas a verdade é que, decorridos mais de 20 anos de investiga-ção que consome rios de dinheiro e bata-lhões de especialistas (nunca houve tanto investimento), não se chegou a resultados que acendam ao menos uma luzinha. E isto, sobretudo para quem está na área, não deixa de ser muito estranho mesmo.

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DEMÊNCIA DE CORPOS DE LEWYConheCer melhor esta doença

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A Demência de Corpos de Lewy (D.C.L.) é hoje reconhecida como uma entidade clínica independente, que cursa com de-mência, e que é muito mais frequente do que se pensava outrora, constituindo um diagnóstico diferencial importante quando o médico avalia um doente com alterações demenciais.Considerada inicialmente como uma mistura atípica de Doença de Parkinson (D.P.) e Doença de Alzheimer (D.A.), evo-luiu para uma entidade clínica distinta, considerada como segunda causa de demência, contribuindo para cerca de 15 a 20% de todos os casos. A desig-nação corpos de Lewy resulta do nome do cientista que primeiro os descreveu.Friedrich H. Lewy nasceu em Berlim em 1885, foi neurologista e trabalhou em Munique no Laboratório dirigido por Alois Alzheimer. Foi em 1912 que des-creveu as inclusões neuronais (corpos de Lewy) em células nervosas do cére-bro de doentes que sofriam de Paralisia Agitante (antiga designação da doença que hoje chamamos Doença de Parkin-

son). Em 1933, Lewy foi viver e trabalhar para os Estados Unidos onde veio a fa-lecer em 1950.Os corpos de Lewy são compostos principalmente por neurofilamentos al-terados e contendo proteínas, principal-mente alfa-sinucleina, mas também ubi-quitina e outras.Parece que os corpos de Lewy são re-sultado de uma atividade celular de bus-ca e sequestro de protofibrilhas tóxicas de alfa-sinucleína, em agregados menos tóxicos para o organismo.Os corpos de Lewy foram inicialmente associados à doença de Parkinson e nesta doença encontram-se sobretudo localizados no tronco cerebral, e em menos quantidade no córtex, mas por vezes estão difusamente espalhados não só no tronco cerebral mas também no diencéfalo, estruturas límbicas e cór-tex cerebral. Nesta última distribuição, e com uma constelação sintomatológica diferente, deu-se-lhe o nome de doença de corpos de Lewy difusa, em oposição à doença de Parkinson que tinha uma

distribuição mais restrita. A forma difusa é hoje designada por Demência de Cor-pos de Lewy.Resumindo, nestas doenças com corpos de Lewy, existe a Doença de Parkinson (com sintomas predominantemente mo-tores), a Demência da Doença de Par-kinson (com demência que ocorre numa fase tardia da evolução da Doença de Parkinson), e a Demência de Corpos de Lewy (em que os sintomas motores e a demência ocorrem numa grande proxi-midade temporal).E, para “complicar”, em muitos destes doentes encontra-se associada patolo-gia típica da D.A., isto é, presença de tranças neurofibrilhares nos neurónios e placas neuríticas (com amilóide) no es-paço intercelular, o que pode tornar de início os sintomas parecidos.Na D. C. Lewy, como em qualquer doen-ça, os sintomas iniciais são discretos e podem sugerir outros diagnósticos. No entanto, com a progressão, é possível encontrar um conjunto de sintomas, uns mais evidentes que outros, mas que no

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conjunto definem os aspe-tos mais típicos da doença. Os sintomas centrais são: 1. Declínio cognitivo, com alterações das capacidades executivas e visuo-espa-ciais, alterações da atenção e alterações da memória, 2. Flutuação da cognição, em especial da atenção, 3. Alu-cinações visuais frequentes e precoces no decurso da doença, 4. Alterações mo-toras de tipo parkinsónico.Para além destes, outros aspetos têm relevância: 5. A sensibilidade exagera-da (por vezes grave) a medicamentos neurolépticos, 6. Quedas frequentes, 7. “Desmaios” frequentes, 8. Alterações de sono R.E.M. (abreviatura da expressão inglesa rapid eye movements).Nos doentes com D.C.L. (Declínio Cog-nitivo Ligeiro), as alterações cognitivas são diferentes das da D.A. As alterações de memória não são tão evidentes, mas em contrapartida os doentes têm mais dificuldade em programar e executar ta-refas e mais dificuldade em reconhecer espaços e objetos.Por outro lado, chama a atenção o facto de o doente ter “dias melhor e dias pior” ou até parecer mais atento e colaboran-te numa hora e piorar na hora a seguir; esta flutuação dos sintomas perturba por vezes os cuidadores, admirados por melhorias e piorias dos seus doentes de um dia para o outro.Outro aspeto intrigante e perturbador é o facto de os doentes terem alucinações visuais e por isso serem encontrados a “apanhar objetos” que ninguém vê ou de perguntarem quem é “a menina que está ao fundo do quarto” ou “o homem de chapéu”. Estas alucinações, muito per-feitas, fazem com que o doente “veja” figuras que os cuidadores não veem e é necessário que estes conheçam esta sintomatologia para melhor entenderem a situação. Podem existir outros tipos de alucinações e são também frequen-tes delírios sistematizados que levam o doente a acreditar, por exemplo, que é sistematicamente roubado, que os personagens da TV estão a ver o que se passa no quarto, ou que um familiar foi substituído por um sósia e que não é esse familiar que acompanha ou vive com o doente (Síndrome de Capgras).Muito frequentes e precoces existem alterações motoras que lembram a D.P.

Os doentes parecem mais parados, mais lentos nos movimentos, mais fixos na postura, por vezes com um andar mais lento, mais curvados para a frente e dando pequenos passos e arrastando os pés. Também se desequilibram com mais facilidade.Devido a essa lentificação e desequilí-brio dão quedas com mais facilidade. Mas também podem ter quedas por bai-xa da tensão arterial.Nestes doentes existe uma má regula-ção do sistema nervoso vegetativo que dificulta manter uma pressão arterial constante e que pode baixar quando o doente está sentado muito tempo ou quando se põe de pé, e que se traduz por tonturas, dores de cabeça e pescoço ou mal-estar cefálico. Também se pode manifestar por dificuldades urinárias (uri-nar muitas vezes, “pressa” em urinar ou mesmo incontinência), ou ainda por epi-sódios de sudação excessiva, ficando o doente todo suado.Os doentes com D.C.L. têm uma sen-sibilidade exagerada a medicamentos que designamos no seu conjunto por neurolépticos. São usados para modifi-car o comportamento dos doentes e nas demências para tratar sintomas psicoló-gicos e comportamentais. Mas no caso dos doentes com D.C.L. , entre outros efeitos por vezes muito graves, pioram muito os sintomas parkinsónicos. Devem por isso ser evitados nestes doentes.As perturbações do sono também são referidas e, por vezes, são tão precoces que precedem a instalação de outros sintomas. Referimo-nos a um sono mui-to agitado com sonhos, acompanhados de movimentos, e que a pessoa parece viver intensamente. Por isso são desig-nadas por perturbações de sono R.E.M. (que é uma fase do sono em que ocorrem os sonhos). Outras alterações frequentes são a confusão ao acordar, a excessiva

Leitura sugerida:Dementia with Lewy Bodies and Parkinson’s Disease Dementia (2006) ed.by John O’brien, Ian McKeith, David Ames, Edmond Chiu, published by Tay-lor and Francis

sonolência diurna, a insónia e os pesadelos.A Demência de Corpos de Lewy tem pois relações próximas com a Doen-ça de Parkinson, por um lado, e com a Doença de Alzheimer por outro. Aliás, durante bastante tempo questionou-se se aquela seria apenas uma variante de D.A. ou uma entidade independente. Hoje em dia, parece claro que as al-

terações patológicas das duas doenças podem coexistir, modificando o quadro sintomatológico característico e assim dificultando o diagnóstico clínico.É pois necessário e relevante recorrer a outros sintomas secundários, como as alterações do sono REM ou a sensibilida-de exagerada no contacto com neurolép-ticos, ou utilizar outros exames, como por exemplo estudar os transportadores do-paminérgicos nos núcleos da base, para permitir um diagnóstico diferencial, que afaste o diagnóstico de D. de Alzheimer.O diagnóstico é sempre importante para melhor compreender as alterações do doente e para melhor o cuidar. Tem ain-da interesse para estabelecer um prog-nóstico e para evitar fármacos que o possam prejudicar.Estes doentes parecem beneficiar, tal como os doentes de Alzheimer, com os medicamentos anticolinesterásicos, em especial com a Rivastigmina.No entanto, não deixa de ser um de-safio muito grande para os médicos o tratamento farmacológico dos diversos aspetos da doença: as alterações cog-nitivas, as alterações motoras, os sin-tomas comportamentais e a disfunção neurovegetativa.Também nesta demência as interven-ções não farmacológicas têm certamen-te muita utilidade.

Celso Pontes, Médico neurologistaCoordenador da Comissão Científica

da Alzheimer Portugal

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Vários fatores contribuem para o es-tereótipo do idoso dependente, frágil, inadequado fisicamente e incompetente mentalmente. Na comunicação entre o idoso e os profissionais de saúde estes preconceitos impedem o desenvolvi-mento de uma relação de confiança e o conforto necessário à abordagem de receios, dúvidas e preocupações1. Muitos idosos referem como causa para a sua insatisfação com os cuidados de saúde a qualidade da comunicação que estabelecem com diferentes profissio-nais de saúde e com as informações ob-tidas quando os procuram. Ao mesmo tempo uma comunicação eficaz entre o clínico e o individuo de idade avançada aumenta a adesão deste aos procedi-mentos terapêuticos e permite a moni-torização do processo individual e único de adaptação ao envelhecimento.A difícil tarefa de gerir o tempo de con-sulta pode conduzir a uma atitude dema-siado diretiva e controladora do clínico quando lida com idosos, evitando temas mais delicados ou difíceis e facultando pouco espaço para abordar questões psicossociais3,4. Assim a atenção dedi-

cada ao rastreio, tratamento e monitori-zação de patologias cuja prevalência vai aumentando com a idade tende a sobre-por-se ao tempo dedicado à caracteriza-ção do relacionamento familiar ou à ava-liação da sexualidade, espiritualidade ou suporte social. Fontes de stress que podem fragilizar para a depressão asso-ciada às perdas afetivas, profissionais e económicas que se acumulam nesta fase da vida podem deste modo passar despercebidas e agravar processos de-menciais ou outras patologias orgânicas.Por outro lado perdas sensoriais como a hipoacusia e redução da acuidade vi-sual contribuem para uma sensação de vulnerabilidade na pessoa idosa e inter-ferem com a comunicação exigindo uma abordagem ajustada a estas possíveis limitações.4

Nos últimos anos a reconhecida im-portância da comunicação não só na satisfação com os cuidados de saúde mas também nos resultados objetivos expressos em indicadores de saúde clínicos e laboratoriais levou ao desen-volvimento de estratégias e perícias es-pecíficas no modo de comunicar com o

doente idoso. Com o objetivo de gerir eficazmente o tempo disponível cons-truindo uma relação de respeito, reco-lher e partilhar informação relevante e viabilizar o melhor plano terapêutico, diversas competências são hoje propos-tas a alunos e profissionais de saúde que lidam e cuidam de idosos. A título de exemplo uma das regras mais importantes é conseguir comunicar aber-tamente, obtendo a privacidade de uma entrevista a sós com o idoso. A presença de uma terceira pessoa se sentida como confortável e necessária não deve impe-dir um momento em privado de modo a permitir a expressão de receios ou preo-cupações e a deteção de situações de violência ou abuso que surgem com fre-quência crescente nesta fase da vida.

“Como tem passado?”

É fundamental compreender se o ido-so está disponível para o diálogo física e psicologicamente, sem dores ou so-nolento. Quando existirem indícios de

“COMO TEM PASSADO NOS ÚLTIMOS DIAS?”desafios e estratégias na ComuniCação Com o doente idoso

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Margarida Figueiredo Braga1,Sílvia Gonçalves1,2

Dep. Neurociências Clínicase Saúde Mental, FMUP1

Centro Hospitalare Universitário de Coimbra2

(1) Williams SL, Haskard KB, DiMatteo MR. The therapeutic effects of the physician--older patient relationship: effective communication with vulnerable older pa-tients. Clin Interv Aging. 2007;2:453-467.

(2) Adelman RD, Greene MG, Ory MG. Communication between older pa-tients and their physicians. Clin Ge-riatr Med. 2000;16:1-24.

deterioração cognitiva e perdas de me-mória pode ser útil recordar de modo respeitoso as circunstâncias do encon-tro anterior.Iniciar a entrevista com uma questão aberta e ouvir atentamente sem inter-romper permite estabelecer o ritmo mais pausado e confirmar a disponibilidade do clínico. As incoerências do discurso ou a desorientação têm de ser regista-das e avaliadas em detalhe, assumindo no decorrer da consulta que vão existir pausas, hesitações e eventualmente al-guma desorganização no modo como a informação vai ser partilhada.

“Tenho algumas perguntas para lhe colocar acerca da sua saúde, gostava de o conhecer melhor…”

Uma comunicação eficiente vai permitir uma avaliação multidimensional - física, mental e funcional, enquadrando o idoso na realidade familiar e social em que vive e monitorizando a sua autonomia.A capacidade de ouvir atentamente e responder às emoções expressas na interação com o idoso reforça a relação empática e cria as bases para a decisão partilhada sobre a terapêutica. Nesse sentido podem ser usadas perguntas abertas para que o idoso se exprima num modo narrativo enquanto para con-duzir o diálogo e obter informação es-pecífica as perguntas fechadas são mais úteis4. Os resumos e as clarificações por outro lado ajudam o idoso a manter o foco de atenção e perceber que o clínico compreendeu o que lhe foi dito, transmi-tindo preocupação.Paralelamente evitar correções quando o idoso confabula ou fornece informa-ção imprecisa demonstra aceitação e respeito, contribuindo para uma pos-tura de compreensão e uma relação de cuidado.5

Podemos concluir que o desenvolvi-mento de competências de comunica-ção permite ao clínico responder à sin-gularidade do idoso como pessoa e não apenas à sua condição física, reforçan-do sentimentos de utilidade, competên-cia e autonomia6.

(3) Williams K, Kemper S, Hummert ML. Enhancing communication with ol-der adults: overcoming elderspeak. J Psychosoc Nurs Ment Health Serv. 2005;43:12-16.

(4) Miller L. Effective communica-tion with older people. Nurs Stand. 2002;17:45-50.

(5) Weitzman PF, Weitzman EA. Promo-ting communication with older adults: protocols for resolving interpersonal conflicts and for enhancing interac-tions with doctors. Clin Psychol Rev. 2003; 23:523-535.

(6) Mota Cardoso et al. Manual de Com-petências Clínicas de Comunicação. Ed FMUP 2012.

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Workshops para o Público em Geral:16 de janeiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Prevenção de Quedas e Adaptações em Casa”

16 de janeiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Ocupação”

19 de janeiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Respostas Sociais”

20 de janeiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Aspetos Jurídicos”

20 de janeiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Testamento Vital”

12 de fevereiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Fisioterapia”

13 de fevereiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Relações Interpessoais”

SEDE - LISBOA:

FORMAÇÃO açÕes agendadasCOMO LIDAR COM A DOENçA DE ALzHEIMER?

Com a formação ministrada pela Alzheimer Portugal conse-guirá obter conhecimentos específicos que lhe permitirão a prestação de cuidados adequados à pessoa com Demência, tendo em conta as suas reais necessidades e especificidades.

Um dos objetivos primordiais da Alzheimer Portugal consiste em promover a preparação de todos os que prestam cuidados às Pessoas com Demência. Pretendemos, assim, contribuir para que os cuidadores obtenham o máximo de eficácia no desem-penho das suas funções, minimizando o desgaste físico e psico-lógico e proporcionando bem-estar às Pessoas com Demência.A Alzheimer Portugal é reconhecida como Entidade Formadora pela DGERT (Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), desde 2006. Apresentamos-lhe a agenda provisória até março de 2015.Para consultar o calendário atualizado das atividades de forma-ção visite www.alzheimerportugal.org ou contacte a Sede ou Delegação mais próxima de si.Para frequentar as Ações de Formação e os Workshops é obri-gatório efetuar a inscrição e o respetivo pagamento.

Workshops para Público em Geral:14 de janeiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Como lidar com as alterações do comportamento”

28 de janeiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer –A estimulação na pessoa com doença de Alzheimer - Ocupação”

11 de março de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Estratégias para o Dia-a-Dia”

Ações de Formação para Cuidadores Formais Nível 5 – Técnicos Superiores:4, 11, 18 e 25 de fevereiro de 2015 • “Cuidar da Pessoa com Doença de Alzheimer”

13 de fevereiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Comunicação e Assertividade na D. A.”

24 de fevereiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – abordagem centrada na pessoa”

24 de fevereiro de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – estratégias para maior bem-estar”

5 de março de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Nutrição”

6 de março de 2015• “Lidar com a Doença de Alzheimer – Luto”

9 de março de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Aspetos Jurídicos”

9 de março de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Testamento Vital”

Workshops para Cuidadores Formais Nível 1 - Auxiliares de Ação Direta - e Nível 5 – Técnicos Superiores: 6 de março de 2015 • “Competências Pessoais, Trabalho em Equipa”

Workshops para Cuidadores Nível 5 – Técnicos Superiores: 13 de março de 2015 • “Lidar com a Doença de Alzheimer – Estimulação Cognitiva na Demência”

Um local de encontro para partilha de experiências e suporte mútuo.

Lisboa - Centro ColomboLocal: Restaurante Portugália– Centro Comercial Colombo, LisboaHorário: das 09h00 às 11h00Data: 1.º sábado de cada mês

Lisboa - ChiadoLocal: Cafetaria do Museu de S. Roque, Largo Trindade Coelho, LisboaHorário: das 10h00 às 12h00Data: 2.º sábado de cada mês

CascaisLocal: Restaurante Portugália – Centro Comercial Cascais Shopping, CascaisHorário: das 09h00 às 11h00Data: 3.º sábado de cada mês

Lisboa- Santa ClaraLocal: Espaço Santa Casa, Campo de Santa Clara, n.º 160, LisboaHorário: das 15h00 às 17h00Data: 4.º sábado de cada mês

Viana do CasteloLocal: Restaurante “O Camelo”- Estação Viana ShoppingHorário: das 9h00 às 11h00Data: 4.º sábado de cada mês

PortoLocal: Espaço Atmosfera M,Rua Júlio Dinis, n.º 158-160Horário: das 10h00 às 12h00Data: 2.º sábado de cada mês

Campo MaiorLocal: Centro Internacional de Pós- -Graduação Comendador Rui NabeiroHorário: das 10h00 às 12h00Data: 2.º sábado de cada mês

DELEGAçÃO NORTE:

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Porque é que algumas pessoas com De-mência ficam particularmente inquietas no final da tarde e princípio da noite? Saiba mais sobre este fenómeno, conhe-cido por sundowning (Comportamento agitado ao anoitecer).

O QUE É O SUNDOWNING?As pessoas com Demência podem ficar mais confusas, inquietas ou inseguras ao final da tarde ou início da noite. Esta situação pode piorar após uma mudança ou alteração da rotina da pessoa. Pode tornar-se mais exigente, inquieta, pertur-bada, desconfiada, desorientada e até ver, ouvir ou acreditar em coisas que não são reais, especialmente à noite.As capacidades de atenção e concen-tração podem tornar-se ainda mais limi-tadas e algumas pessoas podem tornar--se mais impulsivas e responder às suas próprias ideias de realidade, situação que pode colocá-las em risco.

O QUE É QUE PROVOCAO SUNDOWNING?Ainda não há certezas sobre o que pro-voca o sundowning, embora pareça re-sultar das alterações que estão a ocorrer no cérebro. As pessoas com Demência cansam-se mais facilmente e podem tornar-se mais inquietas e difíceis de controlar quando estão fatigadas.O sundowning pode relacionar-se com a falta de estimulação sensorial, depois de escurecer. À noite, existem menos pistas no ambiente, devido às luzes apagadas e à ausência de ruídos das atividades das rotinas diurnas. Uma pessoa que experiencia o sundowning pode estar com fome, desconfortável, com dor ou querer ir à casa de banho e só conseguir expressar estas necessi-dades através da inquietação. À medida que a Demência progride e que a pessoa apresenta uma menor compreensão do que está a acontecer à sua volta, pode tornar-se mais inquieta na tentativa de restaurar a sensação de familiaridade ou segurança.Muitas famílias e cuidadores referem que no final do dia a pessoa fica mais ansiosa para “ir para casa” ou para “en-contrar a mãe”, o que pode indicar a necessidade de segurança e proteção. A pessoa pode estar a tentar encontrar um ambiente que lhe seja familiar, parti-cularmente um lugar que lhe era familiar numa fase anterior da sua vida.

SER CUIDADORsundowning

Por onde começarDiscuta as suas preocupações sobre as alterações do comportamento da pes-soa com o médico. Este será capaz de verificar se existe uma doença física ou desconforto presente e pode fornecer al-guns conselhos. Às vezes, mudar a do-sagem ou a altura em que a medicação é administrada pode ajudar a aliviar os sintomas. O médico também poderá in-formá-lo se a medicação está a provocar efeitos secundários indesejáveis.

O que pode tentarSe a fadiga da pessoa está a tornar o sundowning pior, descansar ao início da tarde pode ajudar. Mantenha a pessoa ativa durante a manhã e incentive-a a descansar após o almoço;Ao início da noite, pode ser útil a pessoa realizar algumas atividades que lhe sejam familiares (que tenha aprendido numa fase anterior da sua vida), como por exemplo fechar as cortinas (como forma de evitar a confusão provocada pelas sombras que se podem refletir dentro de casa a partir do exterior), beber um aperitivo, ajudar na preparação do jantar ou pôr a mesa;Nunca contenha fisicamente a pessoa. Deixe-a passear pelos locais onde esteja em segurança. Fazer uma caminhada ao ar livre pode ajudar a reduzir a inquietação;Algumas pessoas ficam contentes com um animal de peluche, um animal de estimação, ouvir melodias familiares ou com a oportunidade para um passatem-po favorito;

Considere o efeito das luzes e ruídos da televisão e rádio. Estes estão a contribuir para a confusão e inquietação?Tente não organizar o banho ou duche para o final da tarde, se estas forem ati-vidades perturbadoras para a pessoa. A exceção pode ser feita para as pessoas que ficam mais calmas após tomarem um banho quente, antes de irem dormir.As luzes de presença ou um rádio a to-car baixinho podem ajudar a pessoa a dormir;Para algumas pessoas, um leite morno, uma massagem nas costas ou uma mú-sica podem ter um efeito calmante;Algumas pessoas podem precisar de medicação. Será necessário avaliar esta situação com o médico, pois a toma de medicação para dormir poderá favorecer a incontinência;Proceda de modo a que você mesmo também consiga descansar.

Baseado em Care of Alzheimer’s Patients (Cuidar de Pacientes com Alzheimer), de Lisa Gwyther

Quem pode ajudar?Discuta com o médico as suas preocu-pações sobre as alterações do compor-tamento e o impacto que estas têm em si.Ligue para linha de apoio “Informar Mais” da Alzheimer Portugal, 213 610 465, de segunda a sexta-feira, entre as 10h e as 13h e entre as 14h e as 17h.

Adaptado de Alzheimer Australia

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NUTRIÇÃOBenefíCios do Consumo de Cenoura

Associação Portuguesa dos Nutricionistas

A cenoura tem vindo a ser conotada como o hortícola que “engorda”. No en-tanto, ao contrário do que é dito, apesar do seu conteúdo em hidratos de car-bono ser ligeiramente superior aos res-tantes hortícolas, o seu valor energético também é baixo. 100g de cenoura forne-cem cerca de 19 Kcal.A sua cor laranja deve-se à presença de carotenos que são percursores da vitamina A e são importantes no cres-cimento e funcionamento do sistema imunitário e dos órgãos reprodutores, formação de ossos e dentes e processo da visão. De uma forma geral, todos os hortofrutícolas de cor amarela ou laranja como por exemplo a meloa, limão, pa-paia, pêssego, ananás, manga, dióspi-ro, laranja, abóbora, cenoura, são ricos em β-caroteno, vitamina C, ácido fólico e potássio, responsáveis por reforçar o

sistema imunológico e a cicatrização, melhorar a visão e manter a pele jovem.A cenoura é ainda fonte de vitamina E, com uma acção antioxidante, que con-tribui para a recuperação dos tecidos, para a protecção dos glóbulos verme-lhos e anticorpos, e ainda de ácido fóli-co, vitamina fundamental para o sistema imunitário, nervoso e cardiovascular. O seu teor em fibra é ainda responsável pelo aumento da motilidade intestinal, aumento da saciedade e diminuição do colesterol do sangue.Acrescente cenoura às suas confec-ções, adicionando cor, sabor e vitaminas e minerais indispensáveis à saúde.

GRUPOS DE SUPORTEUma oportunidade de encontro de familiares e amigos de pessoas com Demência, cuidadores que vivem problemas idênticos e que, em co-mum, os podem analisar, trocando impressões e experiências, dando e recebendo sugestões.

SEDE - LISBOAPrimeiro sábado de cada mês, às 14h00, e terceiro ou quarto sábado de cada mês, às 10h00, no Centro de Dia Prof. Dr. Carlos Garcia, em Lisboa.

CASA DO ALECRIM - ALAPRAIASegunda quarta-feira de cada mês, às 18h30, na Casa do Alecrim, em Alapraia, Cascais.

NÚCLEO RIBATEJOÚltima quinta-feira de cada mês, às 18h00, no Núcleo do Ribatejo da Al-zheimer Portugal, em Almeirim.

DELEGAçÃO NORTEÚltima quarta-feira de cada mês às 14h00, no Hospital S. João, no Porto.

NÚCLEO AVEIROPrimeira sexta-feira de cada mês às 17h30, no Centro de Saúde de Aveiro.

DELEGAçÃO CENTROÚltima quinta-feira de cada mês, às 17h30, na sala de Formação da Dele-gação Centro da Alzheimer Portugal, em Pombal.

GABINETE DE COIMBRASegunda quinta-feira de cada mês, às 18h30, no espaço do Fórum da Asso-ciação ABCD de São Romão.

DELEGAçÃO DA MADEIRAÚltimo sábado de cada mês, às 16h00, na Delegação da Madeira da Alzheimer Portugal, no Funchal.

Para mais informações e para con-firmar a sua presença, contacte a Sede ou respetiva Delegação.

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Para assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e alertar os portugueses para as causas, efeitos e formas de re-dução do risco de Demência, que afe-ta cerca de 182.000 pessoas no nosso país, a Alzheimer Portugal lançou a cam-panha “Instantes”, com criatividade da Ogilvy Portugal.A nova campanha pretende alertar os cidadãos para a problemática das de-mências, demonstrando a importância de vivermos e relembrarmos os momen-tos mais importantes das nossas vidas, antes que estes desapareçam. Incenti-vando as pessoas a enviar imagens de momentos marcantes para a sua rede de contactos, pretende-se que cada um desperte a sua consciência para o que realmente é a Doença de Alzheimer, a forma mais comum de Demência.Utilizando de modo inédito a aplicação para smartphones, Snapchat, que per-mite enviar e receber mensagens que ficam visíveis apenas alguns segundos, a Alzheimer Portugal pretende que, de forma muito visual, os utilizadores ex-perienciem a sensação por que uma pessoa com Doença de Alzheimer pas-

A IMPORTâNCIA DE VIVER “INSTANTES”noVa CamPanha de ComuniCação

Visite www.esqueci-me.pt e envie um instante! Ajude! Antes que se esqueça!

sa todos os dias. Através da conta de Snapchat ‘Por.instantes’, são enviados diariamente para os seguidores fotogra-fias de momentos especiais, que ficam visíveis para quem as recebe apenas du-rante 5 segundos.Adicionalmente à conta de Snapchat, foi criado o site www.esqueci-me.pt, que permite enviar imagens e mensagens temporárias através do login do Face-book, para que todas as pessoas pos-sam partilhar por breves segundos os seus “instantes” com amigos e familia-res. Através do site é ainda possível que cada um se junte à causa da Alzheimer Portugal com um donativo no valor que desejar.A campanha “Instantes” vem reforçar a missão da Alzheimer Portugal de contri-buir para um melhor conhecimento das causas, efeitos e formas de prevenção da doença de Alzheimer, alertando para a existência da mesma.

Visite o site da campanha “Instantes” e torne-se seguidor no Snapchat em:www.esqueci-me.ptSnapchat: Por.instantes

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BENEFÍCIOS PARA ASSOCIADOSNOVOs PROTOCOLOs

ACTIVECARE – Cuidadosativos, LdaDesconto de 10% na prestação de servi-ços de apoio domiciliário até 12h diárias. Desconto de 5% de serviços de apoio domiciliário permanente (24horas) e con-sultas de serviços especializados.Morada: Rua Arquitecto Cassiano Barbosa, n.º 72E, 4100-009 PortoTel.: 220 965 776 | 917 411 986E-mail: [email protected] Site: www.activecare.pt/

Anjos da VidaDesconto de 5% na prestação dos se-guintes serviços: Pacote Verde: 8 horas diárias de acompanhamento, higiene pessoal, habitacional, confeção de ali-mentos, ajuda na alimentação, medi-cação, e eventuais saídas ao exterior. Pacote Verde: 10 a 12 horas noturnas no acompanhamento ao idoso. Pacote Lilás (regime interno): 24 horas na casa do idoso de 2.ª feira a 6ª feira.Morada: Praça da República, n.º 151, R/C Loja G15, 4420-294 S. Cosme - GondomarTel.: 223 206 397 | 967 213 342Email: [email protected]: http://anjosdavida.pt/

Centro Social ParoquialSão Romão de CarnaxideLar, Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Apoio ao De-pendente com tabela de preços em vi-gor para funcionários e voluntários do Centro Social Paroquial São Romão de Carnaxide.Morada: Rua 25 de Abril. n.º 5,2790-161 CarnaxideTel.: 214 246 110Email: [email protected]: http://csp-carnaxide.wix.com/

Centro Social do Vale do HomemDesconto de 10% na prestação dos ser-viços de lar e de apoio domiciliário.Morada: Rua Francisco Sá Carneiro, 4730-263 Lanhas - Vila VerdeTel.: 253 070 260E-mail: [email protected]: www.csvh.pt/

Crescer a NorteDesconto de 10% em consultas sazonais de Psicologia Clínica, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Neuropsicologia e Pedopsiquiatria e 20% de desconto em consultas frequentes de Psicologia Clíni-ca, Terapia da Fala, Terapia Ocupacio-nal, Neuropsicologia e Pedopsiquiatria.Morada: Rua Dom José de Lencastren.º 155, 4630-292, Marco de CanavesesTel.: 255 535 780 | 255 535 782E-mail: [email protected]: https://www.facebook.com/cresceranorte

Cuidar do CuidadorDesconto de 5% (sobre a tabela de preços em vigor) na prestação de todos os serviços.Morada: R. da Bouça n.º 4, 4710-053 Braga

Farmácia Costa CabralDesconto de 15% na aquisição de medi-camentos, dermocosmética e de outros produtos comercializados pela farmácia Costa Cabral. Estão excluídos do pre-sente protocolo, os medicamentos com PVP superior a 69 euros, os produtos de autocontrolo da diabetes, leites e papas. Os descontos constantes deste proto-colo não são acumuláveis com quais-quer descontos, promoções e ofertas. Os descontos realizados sobre o preço dos medicamentos são calculados uni-tariamente e incidem exclusivamente so-bre a parte do preço dos medicamentos não comparticipada.Morada: Rua de Costa cabral, n.º 1832 4200-216 Porto | Tel.: 225 020 780Email: [email protected] Site: http://www.farmaciacostacabral.com/direct/

IntensestimuloDesconto de 5% em diária na Residên-cia Sénior da Sé; Desconto de 10% na joia de aquisição vitalícia do quarto na Residência Sénior da Sé; Desconto de 10% em alojamento na Residência Sé-nior da Sé; Pack avaliação + 1º ciclo de intervenção parcial; Na realização de 2º ciclo de reabilitação intensivos, equiva-lentes a 8 semanas, oferta de mais 1 se-mana de intervenção.

Morada: Rua Afonso Henriques, n.º 104, 4715-278 Braga Tel.: 927 716 234 | 253 277 039

InovcareDesconto de 15% na prestação de Apoio domiciliário pontual (até 6 horas). Desconto de 20% em Apoio Domiciliário permanente (serviços de 7 a 24 horas), nos seguintes serviços: Higiene pessoal e conforto; Serviços Domésticos; Con-feção de Refeições; Lavandaria e engo-madoria; Assistência Medicamentosa; Companhia; Acompanhamento ao exte-rior (e.g. consultas, passeios); Serviços de Enfermagem, Fisioterapia, Podologia, Psicologia; Babysitting; Petsitting.Morada: R. Professor Mota Pinto n.º 42F sala 131, 4100-353 Porto | Tel.: 910 663 847Email: [email protected] | Site: http://www.inovcare.pt/ | Facebook: https://www.facebook.com/inovcare

Loja SénioRDesconto de 10% na prestação do servi-ço sociocultural – old siting; Desconto de 10% em camas articuladas, produtos de oxigeno terapia e scooters; Desconto de 5% em colchões - gama conforto.Morada: Rua das Macieiras, 201, 4445-502 Ermesinde | Tel.: 910 007 899E-mail: [email protected]: www.facebook.com/lojaseniorcom

Raízes & AfetosConsultas de Psicologia Clínica e Tera-pia Ocupacional (25% desconto para a pessoa com demência e 15% para os cuidadores e família direta do utente). Ajudas técnicas - Equipamento ortopédi-cos e Consumíveis (2,5% desconto para a pessoa com demência e 1,5% para os cuidadores e família direta do utente).Morada: Rua do Conhecimento n.º 10, Soutelo, 4730-575 Vila VerdeTel.: 253 320 016 | 965 518 156E-mail: [email protected] Facebook: https://www.facebook.com/RaizeseAfetos

Triplo-On Soluções Auditivas Unipessoal, Lda.Desconto de 10% na prestação de servi-ços de apoio domiciliário até 12h diáriasDesconto de 5% de serviços de apoio domiciliário permanente (24h) e consul-tas de serviços especializadosMorada: Rua Santa Catarina, n.º 286, 1.º Esq, Sala 5, 4000-443 PortoTel.: 220 993 365 | 911 705 028Email: [email protected] Site: www.triploon.wix.com/triploon

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CRITÉRIOS DE INCLUSãO• Ter diagnóstico de Doença de Alzhei-

mer ou de outra forma de Demência;• Ter situação de incontinência compro-

vada por médico assistente;• Ter rendimentos baixos;• Ser associado, com as quotas pagas;• Preencher a respetiva ficha de candi-

datura e apresentar os comprovativos requeridos;

• Estar entre os primeiros candidatos que cumpram os anteriores critérios (o número de beneficiários é determina-do pela verba angariada na Venda de Natal da Alzheimer Portugal e outros projetos pontuais).

As candidaturas estão sujeitas a avalia-ção, realizada pelo Gabinete de Apoio Psicossocial da Alzheimer Portugal.

COMO PODE ADERIREnvie, até 15/03/2015, a Ficha de Can-didatura devidamente preenchida e as-sinada, para a Sede ou Delegação da sua área de residência. Distritos abran-gidos pela Delegação Norte: Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Braga. Distritos abrangidos pela Dele-gação Centro: Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu, Castelo Branco, Aveiro. Distritos abrangidos pela Sede: Lisboa, Setúbal,

O Programa “Apoio na Incontinência” é um projeto integrado no “Plano de Ajuda” da Alzheimer Portugal e tem sido financiado pela verba angariada na Venda de Natal da Associação e outros projetos pontuais.

CANDIDATURA AO PROGRAMA“aPoio na inContinÊnCia” 2015

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Portalegre, Faro, Beja, Évora. Distrito abrangido pelo Núcleo do Ribatejo: Santarém.

1. Envie, juntamente com a ficha de candidatura, os seguintes documentos, mesmo que já os tenha apresentado em anos anteriores: Documento comprova-tivo de rendimento por cada elemento do agregado familiar: Declaração de IRS, entregue no ano de 2014, referente aos rendimentos do ano de 2013; ou fotocó-pia do talão anual, recebido em Janeiro de 2014, da Pensão ou Declaração deta-lhada emitida pela Segurança Social, que faça referência à situação actual de cada elemento do agregado familiar. Se auferir de algum rendimento, o valor deverá es-tar patente na declaração enviada.

2. Para os utentes cujo rendimento mensal (a nível individual) ultrapasse os 505€ (*), requisita-se uma declaração, emitida pela Repartição de Finanças, com o intuito de confirmar a ausência de entrega da Decla-ração de IRS do ano de 2013. (*) Salário Mínimo Nacional referente ao ano de 2014.

3. Cópia dos recibos das despesas fixas referentes ao mês anterior à candidatu-ra, como, por exemplo, a renda da casa ou prestação de habitação e facturas de

água, luz, gás, telefone fixo. Pode ainda juntar recibos das despesas de saúde, em caso de medicação específica;

4. Declaração do médico assistente em relação ao estado de saúde e, neste caso, atestando a situação de incontinência;

5. Declaração emitida pela Junta de Fre-guesia da área de residência que venha comprovar a composição do agregado familiar, indicado no ponto 3.1. da ficha de candidatura.

6. Cópia de B.I. ou Cartão do Cidadão de cada um dos elementos que compõem o agregado familiar.

AVALIAçãOTodos os processos serão analisados de acordo com a sua ordem de che-gada. Apenas serão contempladas as candidaturas que cheguem à Alzheimer Portugal na data referida (15/03/2015), não devendo ser considerada a data dos correios, mas sim a data de entrada na Associação. Quanto às respostas, serão emitidas assim que nos sejam enviados todos os dados necessários para essa mesma análise. As respostas a todas as candidaturas serão enviadas por escrito, para a morada do associado.

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INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS“a fauna e a flora reaViVam a memÓria”

Terapia Assistida por Animais (TAA) e Horticultura Terapêutica

As pessoas com Demência confrontam-se diariamente com a perda, pelo que o envolvimento em atividades onde experien-ciem sucesso parece ser essencial à sua qualidade de vida e bem-estar, motivo pelo qual o Centro de Dia da Casa do Ale-crim implementou, com o apoio da Câmara Municipal de Cas-cais, o projeto “A fauna e a flora reavivam a memória”.A Terapia Assistida por Animais (TAA) (“a fauna”) constitui uma in-tervenção terapêutica que resulta da interação entre o animal e a pessoa, fundamentando-se os seus benefícios em casos de pes-soas com Demência (Cevizci, et al., 2013). Semanalmente, a Casa do Alecrim recebe uma das três cadelas treinadas para o efeito: a Cuca (atividades de bola), a Pipa (escovagem do pelo) ou a Maggie (caminhadas). As sessões proporcionam diversas oportunidades aos participantes: chamar o cão, dar festas e biscoitos, atirar e re-ceber a bola, escovar o pelo, sentir o batimento cardíaco, passear com a trela, dar ordens e comentar o comportamento do cão. Ao longo das 20 sessões foi notório o aumento de comportamentos sociais espontâneos (o sorriso, o riso, o contacto ocular, o toque e a verbalização), a diminuição da agitação psicomotora, o aumento do envolvimento ativo com o ambiente, a melhoria da função mo-tora e a evocação de vivências pessoais relacionadas com animais.A Horticultura Terapêutica (“a flora”) proporciona oportunida-des de envolvimento estimulantes e significativas à pessoa com Demência (Jarrott et al., 2002), que a acolhe como uma

A peça Memorando – Um retrato de saudade, que estreou a 9 de Outubro no Teatro Turim em Lisboa, vai estar no Teatro da Malaposta em 30 e 31 de Janeiro e 1, 6, 7 e 8 de Fevereiro (6.ª feira e sábado às 21h30 e Domingo às 16h00).Escrita e encenada por Laura Tomaz, a peça “aborda uma doente com Alzheimer na fase intermédia e o seu dilema diário de lidar com as questões da dificuldade de reconhecimento de rotinas, pessoas, alucinações, repetições...”.Elisabete Pedreira interpreta magistralmente a personagem, levando-nos a esta realida-de com momentos comoventes e inquietantes. São 45 minutos intensos e reveladores.As autoras doaram à Alzheimer Portugal 1€ por cada bilhete vendido, o que muito agradecemos, assim como agradecemos o facto de com tanta seriedade terem levado à cena um problema que cada vez mais atinge a sociedade.

Referências Bibliográficas:Cevizci, S., Sen, H. M., Güneş, F., & Karaahmet, E. (2013). Ani-mal Assisted Therapy and Activities in Alzheimer’s Disease.Jarrott, S. E., Kwack, H. R., & Relf, D. (2002). An observational assessment of a dementia-specific horticultural therapy pro-gram. HortTechnology, 12 (3), 403-410.

Elena Pimentel, Terapeuta Ocupacional

VAMOS AO TEATRO!

ocupação produtiva ou de lazer, consoante as suas experiên-cias de vida. Nas últimas 20 sessões, o grupo envolveu-se em variadas tarefas: colocar terra em vasos, semear, transplantar plantas para o vaso, podar, desfolhar e sentir o odor de ervas aromáticas, regar, e, fundamentalmente, selecionar uma planta para ser levada para a Casa do Alecrim, onde deverá ser cuidada consoante as indi-cações. Os benefícios desta atividade incluem o aumento de iniciativa e interação es-pontânea com o ambiente, a criação de hábitos e rotinas, a partilha de vivências asso-ciadas à agricultura/ jardina-gem/ culinária, a diminuição da agitação psicomotora, e, principalmente, o aumento do sentido de autoeficácia, evidente após a concretiza-ção do produto final.A oportunidade de contacto regular com animais e plan-tas permite, para além do supracitado, que estas pes-soas readquiram um papel extremamente significativo e frequentemente já perdi-do, o de cuidador de outro ser vivo.

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Realizou-se nos passados dias 15 e 16 de Dezembro, em Lisboa, por iniciativa da Direção Geral de Saúde, o II Seminá-rio sobre a Estruturação do Plano Nacio-nal de Intervenção em Demências.Este Seminário vem na sequência da-quele que se realizou em Maio de 2013, intitulado “Estruturação do Plano Nacio-nal de Intervenção em Perturbações De-menciais”, com a participação e coor-denação científica do Professor Joel de Ménard, Presidente da Comissão de Redação do Plano Alzheimer Francês 2008-2012 e da Fundação para a Doen-ça de Alzheimer e outras Demências.Foi mais uma reunião de especialistas nacionais na área das demências, quer a nível da intervenção quer a nível da in-vestigação, e que contou também com a participação de peritos britânicos.Os principais objetivos definidos pela Direcção Geral de Saúde, mais especi-ficamente pela Coordenação do Plano Nacional para a Saúde Mental, foram:1. Estabelecer ponto de situação sobre a estruturação do plano nacional de in-tervenção em perturbações demenciais;2. Divulgar boas práticas de cuidados de saúde mental a pessoas mais velhas;3. Promover o debate sobre a concerta-ção de estratégias conjuntas na presta-ção de cuidados de saúde e sociais;4. Apresentar a Estratégia Britânica so-bre Demências e projetos relevantes.A Alzheimer Portugal, representada pelo seu Presidente, teve oportunidade de apresentar o trabalho que desen-volve bem como a sua opinião sobre o que deverá ser e contemplar, em tra-ços gerais, um Plano Nacional para as Demências.Desde 2006 que a Alzheimer Portugal, em sintonia com o movimento europeu sobre as demências, tem vindo a de-fender a criação de um Plano Nacional para as demências que abarque, de for-ma sistemática e integrada, três áreas fundamentais: Cuidados, Investigação e Direitos, distinguindo-se os seguintes eixos de ctuação:I. Melhoria da qualidade de vida das Pessoas com Demência e dos seus cui-dadores, abrangendo-se aqui as ques-tões que se prendem com a intervenção farmacológica e não farmacológica, com os apoios sociais e com os equipamen-tos, através da criação e implementação de políticas de saúde e de enquadra-mento social específicas.

II. Investigação so-bre as causas, pre-venção e diagnós-tico da Doença de Alzheimer e recolha de dados epidemio-lógicos.III. Criação de qua-dro jurídico defini-dor dos Direitos das Pessoas em situação de inca-pacidade, incluindo o enquadramento legal dos cuidados, da intervenção e da investigação.IV. Definição, a par-tir do conhecimento dos meios atuais e das necessidades reais das pessoas com demência e dos cuidadores, da rede de apoios e cuidados de saúde, devida-mente articulada, definindo as compe-tências públicas e da sociedade civil e os respetivos financiamentos.

FICARAM COMO CONCLUSõES:1. O Plano será necessariamente traça-do em grandes linhas orientadoras, não podendo ser algo de muito detalhado, isto para dar espaço às especificidades das diferentes áreas geográficas, rurais e urbanas, do litoral ou do interior, do norte ou do sul, e dos vários contextos reais onde já se prestam cuidados espe-cíficos às pessoas com demência.2. Há que aproveitar e adaptar as es-truturas que existem, promover a boa articulação entre as respostas já no ter-reno, promover boas práticas e apostar fortemente na formação de profissionais e familiares.O facto de se equacionar um Plano a ser estruturado no âmbito da Saúde Mental significa o reconhecimento do forte im-pacto das demências na saúde mental e não significa, nem desconhecimento quanto à natureza neurológica da maior parte das demências, nem a necessida-de de se ter em conta os outros impac-tos, nomeadamente a nível social, eco-nómico, ético e jurídico.A este último nível, ficou registada a preocupação do Instituto da Segurança Social quanto à inadequação das formas de suprimento da incapacidade vigentes em Portugal às exigências atuais, prin-cipalmente nas situações de falta ou

inadequação de familiares para assumi-rem a representação legal das pessoas em situação de incapacidade, face à inexistência de tutores profissionais ou da impossibilidade de exercício da tu-tela por pessoas coletivas, bem como à igualmente inexistente legislação sobre a gestão de património das pessoas em situação de incapacidade.A experiência britânica, tendo sido muito inspiradora, deixou claro que sem finan-ciamento não é possível implementar um Plano.Não foi apresentado qualquer cronogra-ma nem definição dos passos seguintes para a estruturação do Plano Nacional para as Demências.Apesar de não nos parecer estar para breve a concretização de políticas pú-blicas específicas para as pessoas com demência e seus cuidadores, como se impunha que até já tivesse acontecido face ao aumento cada vez mais acele-rado do número de pessoas afetadas por algum tipo de demência (de acordo com os dados mais recentes da Alzhei-mer Europe, estima-se que existam em Portugal cerca de 182.000 de pessoas com demência, sendo cerca de 130.000 com doença de Alzheimer1), a Alzheimer Portugal congratula-se com a realização deste Seminário e fica na expectativa dos próximos acontecimentos.

MAIS UM PASSO EM FRENTEPara o Plano naCional Para as demÊnCias?

(1) http://www.alzheimer-europe.org/Policy-in-Practice2/Country-compa-risons/The-prevalence-of-dementia--in-Europe/Portugal

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Como filha e cuidadora de uma doente de Alzheimer, revivi e revi-me, emocio-nada, em muitas das si-tuações aqui narradas, nos momentos de ternura, de humor, de tristeza e solidão que definem o percurso deste homem, desde os tempos em que, embora já atingido pela doença, ainda tinha autonomia... Eis uma forma diferente - e como-vente - de falar sobre um doente de Alzheimer.

Manuela Morais,Associação Alzheimer Portugal

À venda em várias livrarias e em www.alzheimerportugal.org Valor: 10.00€ (12.50€ com portes de envio) Os direitos de autor revertem na íntegra para a Alzheimer Por-tugal, pelo que deixamos o nosso profundo agradecimento ao Dr. Sebastião Alves.

“O COlECiOnAdOR dE AMnéSiAS”

nOVOS GABinETES nO RiBATEJO

O Núcleo do Ribatejo da Alzheimer Portugal tem em fun-cionamento três novos gabinetes de apoio psicossocial em Ferreira do Zêzere, Mação e Rio Maior, tendo como prin-cipal objetivo aproximar o apoio e os recursos disponíveis na área das demências à população do concelho. Todos os Gabinetes oferecem à população local:• Atendimentos psicológicos e psicopedagógicos acerca

da doença e das estratégias para melhor cuidar/lidar com a pessoa com Demência;

• Apoio Psicológico Individual;• GAM - Grupo Ajuda Mútua para cuidadores informais/

familiares;• Atividades Terapêuticas Individualizadas (Estimulação

Cognitiva Individual) ou em grupo (Grupos de Memória) para pessoas com Demência ligeira ou moderada.

• Atendimentos Sociais presenciais, telefónicos e por email;

• Acesso a Programas de Apoio Social da Associação;• Acesso a programa de cedência de Ajudas Técnicas;• Ações de Sensibilização, Workshops e Formação dirigida

a Cuidadores Formais (Auxiliares de Ação Direta e Técni-cos) e a Cuidadores Informais (familiares).

Para marcações contacte o respetivo gabinete:

Gabinete de Apoio Psicossocial de Ferreira do zêzereC.M. Ferreira do Zêzere, Sala da Assembleia Municipal, Edifício Paços do Concelho, Praça Dias Ferreira, 38,2240-341 Ferreira do ZêzereTel.: 249 360 150

Gabinete de Apoio Psicossocial de MaçãoC.M. Mação, Gabinete de Apoio à Pessoa Idosa, Câmara Municipal de Mação (Antiga Escola Secundária), Rua 5 de Outubro, n.º 25, 6120-752 MaçãoTel.: 241 571 541

Gabinete de Apoio Psicossocial de Rio MaiorC.M. Rio Maior, Rua Professor Manuel José Ferreira, n.º 33B(antiga escola primária), 2040-270 Rio MaiorTel.: 243 999 315

LIVROS

Estará brevemente disponível a 3.ª Edição em português do Manual do Cuidador.

“A reedição deste manual é o sinal evidente da necessidade crescente de comunicar e apoiar os cuidadores dos doentes de Alzheimer, ajudando-os nessa nobre e difícil tarefa que exige amor e saber.Os seus objetivos são claros. Desdramatizar a função, partilhar conselhos e sugestões de atuação, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos doentes mas, também, dos familiares e profissionais que garantem, diariamente, o seu bem-estar.” Paula Guimarães

Contacte-nos para o email [email protected] ou pelo telefone 213 610 460.

MAnUAl dO CUidAdOR

NOTÍCIASalzheimer Portugal

ALZHEIMER EUROPE PuBliCaçÕes

Como tem vindo a acontecer todos os anos, a Alzheimer Europe edita publicações referentes ao trabalho que vai desenvolvendo na sua missão de recolher, sistematizar e divulgar informação sobre temas de interesse para o movimento europeu sobre as demências.

dEMEnTiA in EUROpE YEARBOOk 2014Um relatório comparativo que inclui informação de 30 países euro-peus, incluindo Portugal, e que realça as principais semelhanças e diferenças no processo a seguir para obter diagnóstico, apoio e cuidados, bem como as principais lacunas e desafios com que as pessoas com demência e os seus familiares se deparam.

EThiCAl dilEMMAS FACEd BY CARERSAnd pEOplE wiTh dEMEnTiAEsta publicação, numa linguagem simples e acessível, transmi-te, de forma bem estruturada que segue o percurso da demên-cia e com recurso a situações concretas e testemunhos, quais os principais dilemas éticos que se levantam a quem convive e cuida de pessoas com demência.

Em breve estas publicações estarão disponíveis online em: http://www.alzheimer-europe.org/Publications/Dementia-in--Europe-Yearbooks

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SEDE av. de ceuta norte, lote 15, piso 3, quinta do loureiro, 1300-125 lisboa,tel.: 213 610 460 / 8fax.: 213 610 469 e-mail: [email protected]

Centro de Dia Prof. Doutor Carlos Garcia av. de ceuta norte, lote 1, loja 1 e 2, quinta do loureiro, 1350-410 lisboa,tel.: 213 609 300

Lar e Centro de Dia “Casa do Alecrim” rua Joaquim miguel serra moura, n.º 256alapraia, 2765-029 estoril,tel: 214 525 145 e-mail: [email protected]

deleGaçÃo do norteCentro de Dia “Memória de Mim”rua do farol nascente n.º 47a r/c 4455-301 lavra,tel.: 229 260 912 | 226 066 863 e-mail: [email protected]

deleGaçÃo centroCentro de Dia do Marquês urb. casal Galego - rua raul testa fortunato n.º 17, 3100-523 pombal,tel.: 236 219 469e-mail: [email protected]

Gabinete de CoimbraBairro são José n.º 13, 3030 coimbra,tel.: 239 716 374 e-mail: [email protected]

deleGaçÃo da madeiraavenida do colégio militar,complexo habitacional da nazaré, cave do Bloco 21 - sala e, 9000-135 funchal,tel.: 291 772 021e-mail: [email protected]

nÚcleo de aVeiroSanta Casa da Misericórdia de Aveirocomplexo social da quinta da moita oliveirinha, 3810 aveiro, tel.: 234 940 480

nÚcleo do riBateJorua dom Gonçalo da silveira n.º 31 - a 2080-114 almeirim, tel.: 243 000 087 e-mail: [email protected]

Gabinete de Ferreira do Zêzerec.m. ferreira do Zêzere, sala da assembleia municipal, edifício paços do concelho, praça dias ferreira, 38, 2240-341 ferreira do Zêzeretel.: 249 360 150

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oeirasGabinete Cuidar Melhor Oeirascentro Juventude de oeirasrua monsenhor ferreira de melo,2780-141 nova oeiras, tel.: 210 157 092e-mail: [email protected]

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sintraGabinete Cuidar Melhor Sintraserviço de segurança e saúde no trabalho c.m. sintra, rua dr. Álvaro Vasconcelos, n.º 45, portela de sintra, 2710-420 sintra tel.: 210 157 092e-mail: [email protected]

Viana do castelorua João martins Viana, n.º 1054900-746 Viana do castelotel.: 258 845 419e-mail: [email protected]

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Gabinete de Maçãoc.m. mação, Gabinete de apoio à pessoa idosa, câmara municipal de mação (antiga escola secundária),rua 5 de outubro, n.º 25, 6120-752 maçãotel.: 241 571 541

Gabinete de Rio Maiorc.m. rio maior, (antiga escola primária)rua professor manuel José ferreira, n.º 33 B, 2040-270 rio maiortel.: 243 999 315

Gabinete de Santarémedifício da ex-escola prática de cavalaria, praça do município, 2005-245 santarémtel.: 243 000 087

GABINETES DE APOIO:

aZeitÃo“Gabinete Alzheimer Casa dos Avós” conforto dos avós residência Geriátrica rua da salmoura, n.º 9 a 9B Brejos de azeitão, tel.: 212 889 120

BeJa Gabinete Alémemória campus instituto politécnico de Bejarua pedro soares, 7800-295 Beja,tel.: 962 334 787 | 966 880 540 | 967 444 730(a partir das 18h30)e-mail: [email protected]

caBeceiras de Bastocasa da Juventude, associativismo, artes, ofícios e das Geraçõespraça arcipreste francisco Xavier de almeida Barreto, 1.º piso, 4860-355 cabeceiras de Basto,tel.: 936 260 325 | 969 795 595

campo maiorGabinete Alzheimer.m@ior largo dr. alberto santos, 7073-025 campo maior, tel.: 268 680 200 e-mail: [email protected]

cascaisGabinete Cuidar Melhor Cascaiscentro de convívio do poço novo da Junta de freguesia de cascais, rua do poço novo, 85 a, 2750-467 cascais,tel.: 210 157 092e-mail: [email protected]

faferua combatentes da Grande Guerra, n.º 174, 4820-250 fafe,tel.: 253 700 690 | 936 260 325 | 969 795 595