cap.23-integraç_o e controle (i)-sistema end_crino

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23.1 Sistema endócrino O sistema endócrino ó íorn do pclo con' iu nLo dc elândulâs endócrinâs,asqLrâis sãores- ponsálcis pch sccrcçÌo dc subsÌâncias denorni nadàs. gcncìicâÌncntc. hormônios- As glânduÌas cnda)criÌ{s (do grego cr./os. dcntro, c kryros, secreção) são assiÌn chaìnadâs por.Ìuc Ìânç.ìrn âsecreçâo (hoÌnônios) difetrììente no srDgrc ou na heüìolirfa, no que se distingueìÌ d{s gÌân dula! exócrinas(do Sfego exos. fora). quc ÌaD çanr !ua! iecreçõespara forâ .lo coìp ou nâs cavidddes de ófgàos oco!. O tcììÌo "hoÍrìônio" lìì introdÌrzidona lin gü{gem cicnliiic.ì cìì 1905 peÌo isioÌogisia ìn- glês Emcí StâÌÌiúg, coìn base no Ìernro gfego norDor. !ue signìfìcâ "pôr enr nìolinreÌto. esti muÌâÌ". De fàto. os honìônios estiìÌuhnr dì\'er sâs 1ìrÌìções e atividadcsdo organìsnr) rninral. Nos vcícbÍâdos. por exernplo, o crescimenio coryorrl é cstnnuìrdo po. uÌÌì hormônio prodÌr- zido peh gìànduh hipóí1se. suuadasob o encé' la1o.ReÂções de susto ou de r:ìivâ sãodesenca- deâdas pela Ìibcrrção do horÌÌìônio âdrenalìm. prod!7ido peiâs gìândulas adÌenaìs, ÌocaÌjzadâs sobrcos rnrs.(Fig. 21.Ì) C'ì fi r!,rú r! h,,:!L(ìi ,! ^s gÌânduÌas endócrnras scìnprc lìbcünr os hornÌôniosno sarguc ()u nr hcnìolinfâ). por orde eìes .Ìtingenì todas âs cólulâs do coÌ' po. Câda hoflìôÌio âtü.ì àpcnâs sobÌe rlguns Ììpos de células.denonìhrìdâs célulâs-âlvo. As células-aÌ\'o de determìnado hor ìnônio poSsuenì, nr neÌÌÌbrâna ou no cilopÌasnrâ,proletu.ìs de nominadasroccptores hormonâis, càpâzes de se conìbiÌrar especificfuÌreÌrte conì as nÌolécu- Ìas do hormôÌio. É.ìpenas quando r combina- ção coretr ocorrc que as céÌLrÌas-ah'o exibem a resposh caractcristica da rção horÌnonal. (Fig.23 2) FiSUrd 23.1 A descÒrgÒ dô hormônioodrênolino no sqng!ê ioz com qle!m orimo r@io vÌgorosomênie o lmo slluqçôo de medo ou susto. Ente oulroseÍeitos, o odrenolinooceero os boÍmentoscodiÕ.os, ôumeito o tônusmusc! ore eêvo o tëoÍ dê Õçú.oÍ nô songuê, preporondoo onimol porci oloco. ou tugn.

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Page 1: Cap.23-Integraç_o e Controle (i)-Sistema End_crino

23.1 Sistema endócrino

O sistema endócrino ó íorn do pclo con'

iu nLo dc elândulâs endócrinâs, as qLrâis são res-ponsálcis pch sccrcçÌo dc subsÌâncias denorninadàs. gcncìicâÌncntc. hormônios- As glânduÌascnda)criÌ{s (do grego cr./os. dcntro, c kryros,secreção) são assiÌn chaìnadâs por.Ìuc Ìânç.ìrn

âsecreçâo (hoÌnônios) difetrììente no srDgrcou na heüìolirfa, no que se distingueìÌ d{s gÌândula! exócrinas (do Sfego exos. fora). quc ÌaD

çanr !ua! iecreções para forâ .lo coìp ou nâscavidddes de ófgàos oco!.

O tcììÌo "hoÍrìônio" lìì introdÌrzido na lingü{gem cicnliiic.ì cìì 1905 peÌo isioÌogisia ìn-glês Emcí StâÌÌiúg, coìn base no Ìernro gfegonorDor. !ue signìfìcâ "pôr enr nìolinreÌto. estimuÌâÌ". De fàto. os honìônios estiìÌuhnr dì\'ersâs 1ìrÌìções e atividadcs do organìsnr) rninral.Nos vcícbÍâdos. por exernplo, o crescimeniocoryorrl é cstnnuìrdo po. uÌÌì hormônio prodÌr-zido peh gìànduh hipóí1se. suuada sob o encé'la1o. ReÂções de susto ou de r:ìivâ são desenca-deâdas pela Ìibcrrção do horÌÌìônio âdrenalìm.prod!7ido peiâs gìândulas adÌenaìs, ÌocaÌjzadâssobrc os rnrs. (Fig. 21.Ì)

C'ì f i r ! , rú r ! h, , : !L( ì i , !

^s gÌânduÌas endócrnras scìnprc lìbcünr

os hornÌônios no sarguc ()u nr hcnìol infâ).por orde eìes .Ìtingenì todas âs cólulâs do coÌ'po. Câda hoflìôÌio âtü.ì àpcnâs sobÌe rlgunsÌìpos de células. denonìhrìdâs célulâs-âlvo. Ascélulas-aÌ\'o de determìnado hor ìnônio poSsuenì,nr neÌÌÌbrâna ou no cilopÌasnrâ, proletu.ìs denominadas roccptores hormonâis, càpâzes dese conìbiÌrar especificfuÌreÌrte conì as nÌolécu-Ìas do hormôÌ io. É. ìpenas quando r combina-

ção coretr ocorrc que as céÌLrÌas-ah'o exibema resposh caractcr ist ica da rção horÌnonal .(Fig.23 2)

FiSUrd 23.1 A descÒrgÒ dô hormônio odrênolino nosqng!ê ioz com qle!m orimo r@io vÌgorosomênie olmo slluqçôo de medo ou susto. Ente oulros eÍeitos, oodrenolino oceero os boÍmentos codiÕ.os, ôumeitoo tônus musc! ore eêvo o tëoÍ dê Õçú.oÍ nô songuê,preporondo o onimol porci oloco. ou tugn.

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Fìguro 23.2 Os reépirres hohonois pre*ntì* nõ membrono dos élulos podem *r <omporodos o Íechodu-,que * obrem openos com um tipô dê <hove: um hormónio êsp€c,Íico E3Ìê, oo 5e encoiroi no recepkrr, provocomodonços no metobolismo do célulo. Àdireito, *trutue qurmico dôs hômpnios resrdté,o.o, du',ào p"loslesliculos, e erlÍodiol, produzido pelos oúrios.

Como uma glânduÍa êndócrina "sâbe" quanto de hormónio deve liberarno sangue? Essa p6rgunta já vem sendo respondida polos cientistas. AÍêgulação da secÍeçâo dê diversos hormônios é feita poÍ um mecanismoconhecjdo como Íêêd-óecft negalivo,

A expressão inglêsa feed-back llêduzida coíno '?etíoalimentaoão',) éusada parâ indicaí a r€gulaçáo de uma glándula pêto seu pÍoprio pfooutollr,al. O íeed-back é nêgativo porque o aumento do produlo finat inibe aatividade da glândula.

Regufação da tiÍêotrofin a por feect-backUm exemplo de feêd-bâck nêgativo é o conlrolê exercido p€ta hipóÍise

sobÍê a glândula tireóide. A hipófise produz um hormônio Íótico, a tiÌeo.trcÍine, que estimula a tirêóide a liberar os hormônios liÍoxina ê triiodoliro-nina. Quando esses hormônios atingem determinada concenÍação no san-gu6, passam a inibir a píodução de tireotrofina pela hipóÍjse.

Quândo a laxa de tireotroÍina no sanguê diminui, diminuem também aslaxas de tiroxina e lriiodotironina no sangue, Desíaz-ss, assim, o eíeito ini-bitório sobre a hipóíise, que aumenla a produção de tireotrofina, reinician-do o ciclo regulâlório,

Regülãção hormonaldo níveldê cálcio no sangueOulro exêmplo de feed-back negativo no sistêma endócrino é a regüla-

ção da produção dos hormônios calcltonlna e peralormônio, respectiva-mente, pelas glândulas liÍeóide e paratireóades. Esses dois hormônios sãorosponsáveis pela mânulonção dos níveis normais de cálcio na ciÍculação,em loÍno de 9 a 11 mg po. 100 mí dê sangue.

Elevação no nível de cálcio no sânguê estimuta a tireóide a secrêtarcalcilonina. Essê hormônio promove a deposição de cálcio nos ossos e aeliminação ds cálcio nâ urina, além de inibiÍ a absorção dêsse minerâl pelointesi ino. Com isso. a taxa dê câlcio no sangue dimtnui,

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Ouando a taxa de cálcio se lorna rnenor que 10 mg por lOO mf dêsangue, a sêcfêção de calci lonina é inibida e as qlândulâs parâl i reóidessão esiimuladas â sêcrêlar o paraiormônio. Esse hormônio tem efeito in-verso ao da ca ci loninâ: l iberâ cálcio dos ossos para o sangue, est mula aâbsorção de cálcio pelo inlesl ino ê dim nui sua ei iminaAáo pelos r ins.

Dsssa Íorma, a calc ton na € o pâraìormônio mantêm um nív€l adêqua-do de cálcio no sangue, condiçâo essêncial para o bom funcionamenlo dascélu as. (Fig. O23.1- i)

Figuro O23.1-l A lireóidê ê qs poroihei-des oiuom edr conÌunio poro o mqnltençõodos nírek nonais de.ól.iô nô $onsue.

23.2 Sistema endócrino humano

Aespécie humanâ, comoos outros veÍebra,dos, possuì diversâs glânduÌas endócnnas. algumas deÌas responsáveis peÌa prodüção de DìaisiÌe um tipo de hormônio. (Fig.23.1) (Tâb. 23.1)

Hipotálamo

O hipotálâmo se locâlizâ nâ bâse do encéfalo. sob umaregião enceláÌica denominâdâ 1álâIno. A fünção endócrina do hipoúlâmo está âcargo dâs célulâs neurossecretoÌas, que sãoneurônios especializados na produção e nâ Ìibe-ração de hornônios.

Hipófise

A hipófrse, também châúada pituitáúâ. éuma gìândulapouco maior quê um grão de erajÌhâ, bcalizada sob o encéfàÌo, Ìigâdâ âo hipotálaÌno. E constiÌuída poÌ duas pârtes distjntas: aâdeno-hipóffs€ e a nêuto-hipófise. Figurô 23.3 Principois glôidulos enddrinds humonos.

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HipoÉlomo

Hipôffe

,l. t ; : .

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PARATìREOIDES

PANCREAS

H POUSË

Ì RÓIDE

ADRENAI

Estimulo o contÍoçõo dor musuldrurcsdo úbó ê dos glôndulos momóias.

P@mM o dbso'çõo de óguo pelos ins.

Eíimulo o dsclmênro qêÍol do corpo,dËb o mèbbolilnô do; @l!los.

Estimu o o prcduçôo e o 3eÍêçõo de leil€.

Estimulo os bliculos mrionos, nos tumeos,e a êspemoiôgêíêe, nos mo.hos.

Erlmulo o coÍpo omorelo e o mlaçôo, noshms, e 6.élu05 inre6Ícìais, nos mocho!.

Esrimúlo o tireóidê o $.relor Fus hÒmônios

Etimuôôseruçòo de glcodioidB pêd

Estlmulo e íoôtém o! prdesos mêlllhó i6.

Boixo o nivêl dê cóklo no sonsuê e inibê olihomçõodecôlciod6 osss.

Ehvo o nivê d€ cólcÌô ío ún!@ e stimu ao libêroçôo de ólcio dos os!;.

Boirc $o hÌo no lonoue: Btlnulo ôomozenomenio de s io; pê o Íigodo;e!Ímulo o sínièe dô prcrêínos.

Estimu o o quêbÍo dê gli@gânio nô figodo

supÍinê o lÌbsoçõo de inslino eg @gon.

Aunalo o oçú@r no ionguel coue vo$_Míri9ôo no pãlê, mu.osose rins,

!@leÍo 6 boímênros coÍdid@s; cous rcs_coBiÌiçôo gônëro itudd no @Ao.

AÍeh o rebbo ismo dê corboidrcils,oumentÕ o oçú.or no longue,

Prcm@ o Hb5oqõo de ,adio e o sccçôo

Estìmu o o espsmotogêm*, déêMlve emdnúm ôs $rÕcr€res s*uois súdóios

Es[muld o (Bc]m6nb do nu(os lierlnd,deeMh€ ê monlén os corccteres s*uois

PMm o @irinúoçõo de.rusimênb do

E5lú úvoMdõ no ircci@diono

ErÍógÌrcs rc $ngue

Prcqesle@o ôu hsbsleÍdo;

Ni€l de polú$lo no songuê

Hdmôíiohlioloesì,mu onre;

l_lormônio Ío í@b.6umulo'ìh,

Hdmônio 6lrcllo€itimulmie j

Eíc!|os

ovaRtos

P NEAT

Tobelo 23.1 Principdk glôndulos êndó.rinds humonos e seus

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A adeno-hipófise, também chamada loboanterior dâ hipóffse. tem origem a paÍir de cé-lulas epidérmicas que migraraÌn do teto da bocado embrião para a base do ercéfalo: sua origemé.portanto.epìtelial. Jáaneuro hipófise,ouloboposterior dâ hipófise, é uma extensão do hipo-tálêmo. e tem, portanto, oÍigem nervosã.

A hiúfise pÍrdu e ÌibeÌìì diveÌsos hoÌmônios,entre clcs âÌguns que reguìam a atividade de outrâs gÌâÌduÌas endócrinas do coÌ?o. (Fig. 23.4)

NeuÍo-hipófisc

O Ìobo posterior dâ hìpófise libem dois hor-ÌÌìônìos principais, âìnbos pÌoduzidos peÌlìs célulâs neurossecretoÍìs do hipotáÌâmo: â ocitocina(ou oxitocnÌa) e o ho.mônio ântidiurético. esteúÌtimo tânbém .onhecido como vasopressiÌìâ ouÁDH (sigì.ì do inglês, â,tdiuretic homone).

l l r L.r ìx

O temo "ocitocina' deriva do grego okys.quc significâ Ìápìdo". A denoninaçâo se deve aLìm dos efeitos nafcantes da ocitocina; aceleraras contrâções uterinâs que levâm âo prío. EmÌnuìtos câsos, osmódicos âplicâm sorc contendoocilocinâ nâ partuÌienle parâ âpressar a expülsãodo bebê. Ourro efeito da ocitocina é prolnoler oaleitanÌenro. Esse hormônio causa a conÍação daìÌulculatura lisa das glândulas maÌnárias, o que

rìsuro 23.4 O tìioôrÕlo-o e o gldidulo l-ipóÍ.e sdoe!r'e romplle'êo.:ôrqdos. Os hormonios herodospelo neuro hipôÍiiê 5òo produzdos peos ce uos reuro$ecrer,Òros do hiporoÕmo lo o odeno-h póÍse prodLz seLs p'opr os homô. o . mos q sec eçóo dese .tombém esló sob conirolê hÌpoidômico.

Ìeva à expuÌsão do leitê. O estímulo para a pro-JJ\âo dc mJ 5 oLi t ' \ ' rna e r propÍ,d \Jccio Jwbebi. \o. hoÌer. . : ' unçio dd ocIoci1d e dinL-desconhecidâ. (Fig. 23.5)

Fisuro 23.5 A @ito<ino, liberodo peo reu-ro-hipóflse, lnduz nos mulhercs as conho-ções uleinosque lêvdh oo porioerombêmo secreçõo de lêiie pêos glônduLos momôrios, quondo o crionçÒ sugô o sêiô.

!

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HPOÌÁLAMO

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HonÌlô nio inl id nLrélico íADH ou ur(TÌes\iDx)

O hoÌmônio antidiuÉtico (ADH) atua sobreos rins, aunentândo a Íetenção de águâ pelo coÍ-po, com conseqüente aumento da pressão aÍteÍial. Por produzir elevação dâ pÍessão nos vasossangüíÌÌeos, o ADH é tamÉÌn denominado vaso-pressina.

Se â neum-hipófise pÌlduz menos ADH queo noÌmal, â pessoa elimina grande volune de uÍi'na, sente muita sede e cone risco de desidratação.Esse quâdÌo clínico, prodüzido pela deficiência deADH, é denominado diâbete insípido. que nãodeve ser coníundido com o diabete melito, queseÍá estudado mais âdìânte, neste capínío.

Tanto a ocìtocina quanto o ADH são sinteti-zâdos no hipotáÌamo, mìgrândo paÌa a neurohipófise âtrâvés dos âxônios dâs céluÌâs neuros-secretoÍâs. Esses hormônios permanecem esto-cados nâs extsemidades dos neurônios secreto-Íes até que um estímulo provoque sua liberaçãopara o sangue.

Ad€no-hiPlófise

A âdeno-hipófise produz diversos hoÌmô-nios, cujâ secreção depende de fatores de secÌe-ção produzidos pelo hipotálaino. (Fig. 23.6)

Honrìônìo do cÍelcimento

Um impoÍante homônio da adeno-hipófiseé o hormônio do crescim€nto, ou somâtotrofr-nâ, cujo efeito é prcmoveÍ o crescimento corpo-ral. A soÌnatotrofina age pela estimulação geralda síntese de Foteínâs nas células, o que levâ âocÍescimento generatizado de todos os tecìdos.Além disso, essê horÌnônio induz cólulas do fígado a produziÍ as somâtomedinas, proteínasque circuÌâm peÌo sângue e estimuÌam o cÌescimento dos ossos e dâs caÍtilagens.

Na espécie humana, as vaÌiações pessoâis naprodução de somatotrofinâ se Ìefletem fortemen-te no crescimento. GÌande quantidade de soma-totrofina na fâse jovem da vida faz coÍn que apessoâ âdquim âltâ estatura. A defìciênciâ dessehomônio, por outlo Ìâdo, faz a pessoâ ter bâìxa

A prodüção de somatotrofina dimìnui dÌasticamente após a puberdâde, quando teÌmjna afase de crescimento. Às vezes, porem. a produ-ção de somatotrofina é retonada na fase aduÌtaem decorrência de üÍná disfunção da hipófise.Nesse câso, â pessoâ não cresce em altuÍ4 masos ossos dâs mãos, dos pés e da cab€ça aumen-Ìam de taÌnanho (doença conhecida como âcro-mesalia).

Figurc 23.ó Píncipois hohônios hipoÍiúrios e ô3orgoos eDre os quoE oDõm.

iÉÍtê

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CriaDçâs com deficiénciâ de hormónio docrescimeDlo Iêm çido ÌrâÌâdâs com suce$o poimeio de injeçóes desse hormônio. AIé poucolempo atrás. o hormónio do cÍe\cimenÌo usâdone\\e lipode u?LaIÌ|enloera exrrâJdo dâ hipófisede cad.ileres humanos. uma vez que â somâlolrofinade ânìmais náo Ìem âtividade no organis.mo hurÌaÍìo. Hojejá se pode obter hormónjo docrescimenlo humano produzido por bac!eria: quereceberâJn genes hu mano\ por técnicas de Enge-nharia Cenétjcâ. Mâjore! in fomações sobre En .genhaÍü Genéricâ podem sÊr obtjda5 no !olume3 desÍa coleçAo, Biologia das populações.

holactina

A prolâclim. outÍo hormôn'o produ/idopelâ adeno hiúfise. tem imponanLe papelnaes-timuìâçáo dâ produçào de leite pelaç mulheÍesdurânre â fâle pcis paío. mas sua Íltrçào nos ho-mens ainda é desconhecidâ.

EndoÍìolfinâs

A adeno-hìpdfise píodu7 um pepÍdio châmado B-lipotroÍina. que orìgina âì endomorfi-nâ3. \ub\tància\ que inibem recefloíe\ de doÍ ecujo efeito é semelhante ao da morÍina sinté.icâ.Acredjtâ-se que o maioí ou menoÍ sucesso do\allelas em coneí gÍândes disÌáncia5 \€ de\e. palciaÌnente, à sua câpacidade de produzir e libeÉrendomorfinas quândo o cansaço e a dor muscuÌaÍ atingem níveis cÍíticos.

Homônio eÍimulônte de neìânóciÌo

CeÍos vertebndos possuem, na hipófise.uma Íegião deÍominadâ lobo intermediário.que secreta o hoÌmônio estimulântc de mela.trócito. Esse hormônio regúa a atividâde das cé-lulas pìgmenÌâdas da pele de ânimais como o camaleào. por e\emplo. peÍmitindo que eìes mLìdem de cor. Umâ pequenâ quântidade desse hoÍ-monio ê secretâdapela hipófi\€ humânâepârecÉaumenLar a produçdo de melânina pelas célula!da pel€. (Fig.23.7)

Alem de prod u zir hormôn ios com efeir oç direro\ sobre o orgarusmo Ícomo o hormônio docÍescimenro. a prolacúna etc.ì. â âdeno-bipofiçe\ecreta os chamadoç hormônios lfólìcos (do

tos, tombém chomodo de intèmedino, é prcdozidopelo lobo inremedióío do h;Élie. Em onimoiscomoo comoleôo, e$e homônio è eponrwl pelo rcpidomudonço dê coioroçòo do corpo.

grego t ofoq nütÍir, alimentar), cujo efeito é es-timulâÌ e controÌar o funcionaÌÍento de outrasglânduÌâs endócrinâs.

Os pÍincipâis horÌnôrios tÍóficos âdeno-hipofisárìos são:

a) hormônio tireohófico (TSH) ou tirói-de estimulanle, qÌre regula a atividade da glân-dulâ tircóide;

b) hormôÍio adrcnocorticoffifrco (ACTïI),que rËgula a atividade da Í€gião rìais extema (cór-tex) da glândula supra-rcnâl;

c) hormônio foÍculo-êsÍimulante (FSH),que atuâ sobÍe as gônadas Ìnâscülinâs e femini-nâs (tesÍculos € ováÌios);

d) hormônio lutetuizânte (LH), que atuasobre gônadas mascúinas e ferninjnas (testícu-los e ováÌìos).

Tiróide

A tüeóide localizâ-se no pescoço,logo abai-xo das cartilagens da gÌote, sobre a porção inicial da traquéiâ. Os dois pÍincipais hormônios ti-reoidianos são a liroxina e a triiodoüÌoninâ,que contêm, respectivamente, quâho e três áto-mos de iodo em suas molécuÌâs. Àmbos são de-rivados do âminoácido úosinâ-

Os hormônios iodâdos da tireóide contÍolamâ arividade metabólicâ de praticamente todâs ascélulas do corpo. Na presençâ desses hormônios,â respimção celülâr de todas âs céÌülas aumenta,com âuÌnento gêÍâÌ da atividade do orgânismo.

Outro horÌnôúio tireoidiâno impoÍtante é acâlcitonina, que atua dimìnuindo a quaÌtidadede cálcio no sangue. (Fig.23.8)

447

Figuro 23.7 O homônio ertimulddor dc melonóci

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Tkoxino (TJ

NÉI{. ì

-aH

Figu.q 23.8 Aslôndulo reó]de l<oizo+e no pescoço, ogo oboixo do p"." d. odõo. Os principoi5 hormò-nios rireoidioros sõo a iiroxino e o lriiodôinôiÌno, os quqis conlÊm o elêmenlo iodo (l) em suo composiçõo.

Hitotire.jJl!no

Hipotireoidismo é a redução dâ âtividade dagÌânduÌa lireóide. A queda na tâxâ de hormôniosúeoidianos em circulação no sangüe câüsa desa-rivâção generâÌizada do metabol;sìÌo. A pessoacom hipotireoidismo tende n engordâÌ, â ser pou-co ativa e a apresentu a pele fijâ e Ìessecada.

Qlando o hipoúeoidismo se mânifestr nâ in-1ânciâ, pode câus!Ì prejuízos êo desenvolvimentodos ossos e do sistemâ nervoso. Se não for rapidâmente tratadâ, pelâ âdminisaâção de hormônio tireoidiano. a criançâ corì hipotireoidismo pode.ìpresentar um quidro de Íetardamento físico ementaì. conhe.ido como cÌetinismo.

llicio erdôrÌlN or rnrincirl

A falta de iodo na alimenlâção humana podelevaÌ a úreóide a aumentar muito de tâmanìo.formando no pescoço um inchâço, chânâdo bó-cio ou papo. A hipeúrofiâ dâ glânduÌa é um meca smo de conrpeDsrção que peÌmiÌe absoNero máximo possível de iodo dâ diela pobre nesse

No Brasil. a adição obdgâtónâ de iodo aosal de cozìnha comerciaLizado fêz com que o bó-cio deixasse de ser uma enfemidâde endênica,isto é, que atingia cronicamentc certâ paÌcela dapopulaçào de rcgiões do intenoÌ. CaÌcuÌa-se queexistâìì em djversos pâíses pobÌes do mundocerci de 200 ìÌilhões de pessoas afetadas pelobócio endêmico ou cârencixÌ. (Fis.23.9)

448

Hltcrrir.fnljiìro I hft o exorúlnì r0

Hipertireoidismo é o aumento exageÌadodâ âtividâde da tireóide. com âumento generaÌi-zado dr âtivìdade corpoÌâÌ. O indivíduo â1ètâdopelo hipertireoidismo é mrgro, âgi1âdo e Ìemgìànde apetite. Pode apÌesentâÍ, 1âmbém, cresci-nento anormal da tireóide (bócio) e oÌhos aÌÌe-grlâdos, sâltados das órbitas, condição conheci-da como exoftalmià. Esse quâdro clínico geroua denoììinâção bócio exoftálmico. trsâdâ pâÌâcasos extrenos dessâ disfünção glandulâr.

Paratireóides

A espécie humânâ possuj quatro glând!ÌâspaÌatireóides, que fìcarÌ âderidas ì pdte posterior da tireóide. As pârâtireóides produzem o pa-râtormônio, rcsponsável pelo aumento do nívelde cálcio no sangue.

I

riguro 23.9 Pescoço de pêssoo côm bócio, rêsullddodo cor€rcio de iodo no dieto.

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Delr.iên. jr'li trraror Drônr)

A del lL ièn, :d de pJÍdro-m,inin cau' ! d mlnui \àu d0 qudnÍ id iJc de cJcro io .JIgue. o queIa, , r . celuIJ, TuscI 'are\ e\quel( t icr \ (on!r -ÌeÌn-se convuÌsjvâmente. caso â pcssoa aferâdâoÔ| esr del : r ièn. iJ i r io .erd | |dJJJ. conr rdn r ., inrJcao dr t r l ormorio , ru de cal . ro. poJe

ocoffer Ìe1ânia musculaÍ e moÌte,

Pâncreas

O pâncÌcas apresentâ lânro funções exócÌinas como eüdócruìas, sendo por ìsso considerÈJu umd e, indulr mi. tâ, 'u ânft(r ina r , lo grcCnJrnpl ì ; J, ' i . . e Í4no.. ,e. recio. . A mâior t , r reda. c j ìurJ. prnrÍed| |cd, Ìem tunçdu c\ô. nJ.. o ìsr i Ìu i do pequend. bor,J, chamdda. J( ino,. lue eì iminJm 5Lco pân(rcJr ico no dLrodenu At-ae enJúcnnd do pancrci , e consrr tu ida polrenrend, dr oequeno. aglômerJdo. celulae. Jenomìnâdos ilhotâs dê Langcrhans.

As ilhotas de LaDgeÌhans âprcsenram doistipos de célulâsi céÌulâs betâ, que consrìrueÌncerctì de 7070 de cada iÌhoÌâ e produzem o hor,nóniu iflsulinâ. c célulâ\ alÍâ. re.pun.J\ei. pet"

pÌodrìção do homônio glucâgon. (Fig. 23.10)

lnÍr l inr

A ìnsuln é um hormónio de narurezâ pro-tóica cuìa molécula apresenla 5l aminoácìdos.Scu principâl efeito é 1ãcilitâÌ I absorção de gÌi.cosc peÌos músctrbs esqueléticos epelas célulasdo tecido gordÌrroso, aléIn de promover a forma-

Figuru 23.10 Pônirèos humdno e deblhe de umo ilhoto de LongèÍhon5.

ção e a estocagem degÌjcogênio no fígrdo. A in-sulina. portanlo, diminui a concentrâção da gÌi-cose que crcula no sangüe.

DiâbcÌe meÌiro

A insulinâ está relícionâdâ coÌn o disúÍbiohormonâÌ conhecìdo por diabete melito. pessoâsdiâbéticls têm ta\a elevadade glicose no sângue.âo ponto de esse açúcaf ser excretado na urìnâ.

Se â pcssoa produz poucâ insulina. suas céÌuÌas tomrm se pouco permeáveis àglicose e polisso deg.adaÌn gordurff e pÌoreínâs para oblereneÍgiâ. Coln isso. a pessoa dìâbéticapode em,ìgrecer e tornar-se lrâca. Oulro sinrona do diabe-tc meìito é a produção de grande volume de uri-n,ìi ulna vez que â presençâ de muiÌa glicose nauriDâ inicialdiminui a reabsorção de água pctos

Ex isten dois lipos de diabete meÌiro: o tipo I.conhecido como diabete ìuvenil, e o tipo II. co-úecido como diabete tardio. O diàbete juvenildesenvoÌve-se mtes dos trinta anos de idade e sedeve à morte dc grande quanridâde dc células betâdo pâncreas, o que rcsul1â na defìciônciâ da pro-dução de insulìnâ. Esse tipo de dìab€te âfeta c€rcade ì0% dos diabélicos, qüe necessìÌân1 recebeÌ;njeções de ìnsulinâ diârÌtuÌenre.

No diâbcte tipo II, que se desenvolve gerâlmente após os trinta anos deidâde, a pessoa apíesentâ nír'€js pmticamente noÌnìâis de irÌsuÌinâ nosangue. mas sotre redução do Dúmero de receptores de insuÌina presentes nâs células alvo, demodo que elâs não conseguem se coìÌbinarcomàs quantidâdes necessárias do hoÌnìônio. sendopouco eslirnuladas por ele.

cÌucdgon

O glucagon Ìem efeiro inverso ao da iÍsuli.nd. âumenrand. o n^el de ts l icose no,anBue.Esse honnônio atua esrimuÌândo a translbrmrçaú dc Êì i r . 'dènio em ts l rcose n, , f r !Joo e a , inrese de glicose a partir de ourros nutrientes.

ConrhÌe ú taìx de glicorc no srnlLÌe

O nr\el normJl Je glrco'e no .angÌre. , hJ-n:ìdo norÍnogli(cmiâ. .irui ,c em rorno Jr o0mg de 8ì ico,e pnr 100 'n l de

'JnSL,e '0.4 mB.Jn{). Esse vaìor é Ìnanrido pelâ interação entr€insuÌinâ e glucagon.

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Após umâ refeição, a concentrâção de gÌico'se no sangüe âumenta! como resultado dâ absoÌ,

ção de açúcrìÌ pelas célülâs intestinais. O aulnen-to no níveÌ sangüínco de glicose esrimula as cé-lulas beÌa dâs ilhotâs de Lângerhans a secrera-Ìeln insuÌinâ. Sob â âção desse hoÌmônio. ês cé-Ìulas absorvem mais glicose e a concenaâçãodesse açúcar no sangue diminui.

Se uma pessoa fìcâr seÍn se iliìnentar pormujtas hoÌas, â concentrâção dc glicose em seusansue di ln inuì . Quando o nível dc gl icoseatinge ìÌenos de 0,7 mg/m{. âs célulâs âlfâ disiiholâs de Langerhans são estimlrlâdâs â secretar glucagon. Sob a âção dcsse hormônio. o fí,gado passâ a converter elicogênio em glicose,ìiberando esse âçúcâr ni coÌrente sangüíneê.(Fis.23.11)

Adrenais

As glâÌdulas âdrenâis ou suprâ-renais,locaÌizâdas üma sobre cada rim, são consituídâspordois tecidos secÌeroÌes basÌanÌe dislinlos. Umdeles foÌma a paÍe externa dâ gÌândulâ, o cór-tex, enquanto o ouiro forma sua porção mais in

\ l rd] L| | i r i

A neduÌâ âdrenal produz dois hormôniosprincÌpais:a âdÌenãlinâ (ou epinefrinâ) e ano-radrenâlirÌâ (ou norepinefrina). Esses doi! hor-mônìos são quinicânente semôÌhantes. produ-zìdos â pflLir de modificâções bioquímicas noaminoácido tirosina.

Quando umê pessoâ vive uma siruâção de estresse Gusto. srtuaçõ€s de grande emoçno eb.). osiÍemânervoso estimuÌâ a meduÌa adrenaÌ I libemr êdrenaljna no sanguc. Sob ê âção desse hormônio, os vasos sangüíncos da peÌe se conh âcm ea pessoafica pálidaj o sangue pâssâ â se concentrar nos múscuÌos e nos órgãos intemos. prepa-rândo o organismo pâra uma respostn vigorcsa. AadÍenaÌinâ tâmbérn produz tâqujcardia (aumenrodo rìlÌno cârdíaco), âumento da pressão âÍerìaÌ emaior excitabilidâde do sìstemâ ncrvoso. Eslas aÌ-terações meÌabóÌicâs pemitem que o organismodê xma respostâ Ìápida à situâção dê emergênciâ.

A noÌadrcnalina é Ìiberada em doses mâis oümenos constantes peÌâmedula adrenâÌ, ìndependentemente da lìberação de adrenaÌina. Suâpnncipal função é mênter â pressão sângüíneâ emníveis normais. (Fis. 23.l2)

Figuro 23.1I Reguloçõo do.on.êihoçôo de slicose nosongue. Anormogiicemio é monfido pêlo Õçõo combi.tdo do\ honónios ponc€ó i.os inluliT e slJ.oson

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tisuro 23.1 2 Às glôndulos odrenois leolizom'sè so-bre os rins. No <órlq dos ôdrenois sõo produzidos osslicocorticóides e os mìnêrôlocort'icóides e no mêdulosõo prcdúzidos os homônios Òdrenoliio e norodrê

CórÌ* r{lÌrnxl

Os hormônios produzidos peÌo cóÍex aúe-nâl são esteróides, isto é, derìvados do colesterole conhecidos genericâmente como corticosterói-des. Os principâis são os glicocoÌticóides e osminerâlocorticóides.

CÌÌr(ortì.rltrlc.

Os glicocoúicóides atuâm na produção degljcose â pârtir de proteínas e gorduras. Esse pro-cesso aumentâ a quantidade de gljcose disporí-vel para ser üsadâ como combustível em casosde resposta â Ltma situação estressânte.

O principal glicocoÍtjcóide é o cortisol, taÍnbéÌn conhqcido como hidrocortisona.-AÌém deseus ôfeitos no metâbolismo daglicose, a hidÌocortisona diminui a penneabilidade dos câpilâ-res sângüíneos. Por câusâ dessas pÌoprìedades, âhidrocoÍisona é usadâ clinicâmente para reduzirinÍlamações pÌovocadas porprocessos aÌérgicos,entre outras coisas. Deve se evitar o uso prolon,gado de hiúocoíisonâ, pois essa substância iema propriedade de deprjmir o sisrema de defesâcorÌroral. tornando o organismo mais suscetível

ItlirìtrìÌonrrlÍit1a

Os minerâlocorticóides regulan o balançode águâ e de sais no org;isÍno. A âldosterona,

Ê're\empìo. é um hormonio que e\nmutã ! rcab-sì\io de sr5 pelos rin5. l,\o cau5a Íerençáo deâpuâ. com con.eqüen e aumenro dr pre(áo \ungüíneâ. A liberação de aldosterona é conrÌoÌâdapoÍ substâncias prodüzidas peto fígado e petosrin' em re\po5ra d vâriacóe\ na concenÍ'â(;o de

E.L.rr onr.i(n. homrôr oi rihu ji c doerÇis

E.rado' de dêpres,âo emociondl todemuruar sobre o hipo'dlJmo. ta, /endo-o c.r imutaías glânduÌâs adrenâis Com isso. a pressão san.rüinea se eleva c ! ' merâbot i ,mo getut do coÊpo e alre 'Jdo Je modú a permir i r que o oÍpâni ,mo enncnre d \ r tuâ(ro de e\rrese. A pel5içrènciâ Je rr ì , i rucc;opode

'esuìrarem doen

ça,. Pre$âo \ãng rne, ele\add. pr exemptopredr,póe o orrrnr im!ì i drve^, \ | lpos dr

Hôjc 'e,abe que â persr.réncia de nÀ ei , etevâdos de cortisol no sangìe! como ocoÌÌe no es-rrc ' ìe crõnico. depr ime o s i ' rema imunitâr io, ,que toÌna o orgânismo mâis susceÌível â infec-ções e contribui pâÍâ o apaÌecimenro de úÌceras,hipeítensão, arterioscterose e, possiveÌmente.

Gônadas

As gôìradâs, denominadas testículos. nosnìâchos, e ovários, nâs fêmeas, produzem hor-mônios esteróides que afetam o cÌescimento edesenvoÌvimento do corpo. Os honnônios pÍo-duzidos por essâs glândülas. châÌnados generi-camente hormônios sexuâis, conlrolam o cicÌoreprodutÌvo e o compoÌtamenro sexuaì.

Ì.(.ÍÈ 1rL

O principal hormônio pÌoduzido pelos tesrí-cuÌos é a testosteronâ. Esse hormônio começa aserpÍoduzjdo, em pequena quanridâde. aindanaÍàse embrionáÌia, e é sua presença oü não, no iní-cio do desenvolvimento, que faz com que o em-bdão desenvolva sexo mascuÌino ou feminìno. ApâÍir dâ puberdade. os testículos pâssam a pro-duzir grand€ quantidade de resÌosterona! o quedetemina o impulso sexuâl e o âparelimento dascancterísticas sexuais secundárias Ínâsculinas,tais como bârbâ, distribuição de pêÌos corporaisiìpìcamente nssculina, voz grave erc.

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l-ìr6!cno e progesÌerona

Os ovários produzem dois hormôniosprincipais: estrógetro e progesaeronâ. O estrógeno estimulâ o impulso sexuâÌ e o apêrecimento dos câracteres sexuais secundáriosfèmininos. taìs corìo o desenvolvimento deseios e a distribuição de pêlos corporâis tipi

A progest€ronâ pÌepâÌâ o orgânisrno feminino para umâ eventuaÌ grâvidez. O efeito maismarcante desse hormônio é estimulaÍ a prolifeÍação de vâsos sangüíneos e tecidos m mucosauterina, cÌjândo condições paÌa â fixação e o desenvolvimento do embdão.

Os hormônios sexuaìs gonadars, bem comoos hormônios hipofisários que os controlâm, se-rão estudados com mais detalhe no capíluÌo 27.

Os animais ÌnveÍt€brados possuem hoÍmõnios que reguìam diveÍsas at iv idâdes f is io ógicas, tais como o balanço hídr ico e a reproduçãoA Hydra, un pequeno celenterado de água doce, possui um hoÍrnônioque esÌ imula o crescimênlo ê a íormaçáo dê brotos assexuadarnenÌê,mâs inibe a ÍeproduQão sexuada. Os anelídeos do gêneÍo Ner 'els, poÍouÍo lado, pÍoduzem um hormôôio quê êsl mula a produção de ovosmas inibe o crescimenlo.

Em artrópodos já Íoram idenlilicãdos diversos hoímônjos que fegulama muda do exoesquelelo, o balanço hídíico, a mudança de cor elc. Destes,os mais esludados têm sido os hormônios que controlam a lroca do exoes-quelelo nos insetos,

A muda do exoesqueleio, chamada ecdise, é induzìda pelo hoÍnìônioesteróide êcdisona, produzido pelas glândulas pÍotoÍácicas Ouando aquanlidade de ecdisona na hemolinÍa aumenla, as células epìdéímicas sãoinduzidas a fâbricar urn novo exoesqueleto

O t ipo de exoesquelelo que vai ser procluzido pela ação da êcdiso_nâ, porém, depende da quani idade, na hemolinfa, do hormônìo iuve-ni l , secrelado por um paf dê glândulas local izadas al Íás dos gângl ios

Sê a concentração de hormônio iuveni l na hemolinfa é elevada, as'células epidérmicas respondem à ação da ecdisona pÍoduzindo umêxoesqueleto de larva, se a concêntração de hofmônio juveni l foÍ bâi-xa, a ecdisona induz a íormação de um êxoesquelelo de adul to(Fig. O23.2-1)

Substânciâs sintéticâs com eÍeilos análogos aos do hoÍmônio juvonilvêm sendo alualmente empÍegadas como insêticidas. Ao se.em absorvi_das pelas IaÍvas ou ninías dê insetos, essas subslâncias impedem queelas se tÍansÍoímem em adullos, bloqueando, consêqüentemente, a re-

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Gônglio

NEURO.HORT\4ÕNIO

ECDISONA ÌOJWENII

Fisurc O23.2-l Nôs insêlos, q troco do qesqodêto é cônhôlôdo por tés homônios. O nelro-hormônio íemverdel prodlzdo nos sônslios cercbrck e src|odo pêlos corpos co.dÍoco5 induz os slôndulos prctorócicos q

'ec'elorem ecdnono l€m 'oel. que irduz o producaode u- novo qoesqueleto. O hormóíio iu'ên1(M o?ull

secretodo pelos corpos olodos, inibeo Íormoçôo dos coroctêrkrkôsde odultoj no suo presenco o in*ro mudoporo um norceíddiolotuol. A boixo concenircçõo de hormônìo iuvèn;lÍoz com quê ô loryo ingrcs*no*irdiode pupo. o quol se tonsÍôrmor o er oouito

"õryryY@:

Texto odoptodo do livro Descobedos ocidentdis en Ciênctot de RoysicnM. Roberts, lÍoduçõo de And'é Oliwiro l'4oíos; rwisõo recnico de Osvol-do Pe'soo Júnior, Popúus Ediiom, Cqmp;nos, SP, 1993.

Em 1889, em Estrâsburgo, então naAlemanha, Joseph von l\rering ê Oscar À,íinkowskirêmoveram o pâncreas de um cão a fim de obter inÍoímaçõês a respeito do papel desseórgão no procêsso da digestão. Nodia seguinte, um assisÌente do laboratório noiou grandenúmero de moscas voândo sobre a urina do cão recém-operado. Analisando a urinâ doanimal, os pesquisadores encontraram nela excesso dê glicose, um dos sintomas dadoençaênlão conhecida como diâbete. Von l\rering e l\,,linkowski haviam encontrado a primeirâ êvi-dência experimental da rêlação enÌre o pâncreas e o diabele.

Diversas tentativas de isolâmênto da secreção pancreática foram infrutíferas. Em1921, Frederick G. Banting, um jovem médico canadense, e Charles H. Best, um ostudan-.le de medicina, que trabalhavâm no laboratório do professorJohn J. R. Macleod, na Univêrsidade de Toronto, conseguiram produzir extratos de pâncreas quê, injetados em cãesdiabéticos, normalizavam no sangue dessos animais o nível de glicose e aboliam sua etFminação na uina, além de mêlhorar as condições gerais dos animais doêntes.

O professor Macleod interessou-sê pelos resultados e passou a participar ativâmen-te do projêto, apeÍfeiçoando os procedimêntos paÍa a extração da secreção pancreática epadíonização desua dosagem. Ele sugerìu o nomê dê insulina para o princípioativo, quan-do ficou dêmonstradq que sua píodução ocorriâ em agrupamentos isolados dê célulaspancreáticâs, conhocidos como ilhotas de Langerhans.

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Em menos de um ano, extratos purificados dê pâncÍeas bovinojá eram testados comsucesso em pessoas diabéticas. Um dos primêiros indivíduos a receber o tÍatamento cominjeçõesde insuìina Íoium colega de classê dê Banting, que serviu de cobaia humana paraos testes de padronìzação desse hormônio. Em 1923, Banting e Macleod receberam oPrêmio Nobel de Medicina e Fisiologia pela descoberta do hormónio insulina.

tr Ari.,iuoa'"

IICHA ì

l. Qual é a denoìninâção gcnóricâ das substâncias secrelndas peÌas gÌândulàs endócrinâsÌOnde são liberadas essas secreçõesl

2. O que significa dizer que uma célula é "alvo" de um hormônio?

Com relação ao h;polÍlamo, responda:â) Onde se ìocaÌiza?b) Como sc denominam as célu1as hipotâlànicâs Ìesponsáleìs pela produção de hoflnônios:)

Con rchção à hìpófìse. respoÌda:a) Onde se k,câÌjzâ?b) Qualéaorigenr cnb onáÌiadoÌobo poslerior dr hipó1ìse (neuro hipófisc)?CiLe dois

hoÌmôrios ìiberados poresse lobo hipofisárnr.c) QuâÌ é â oÍigem embfjoníírir do lobo anterior da hipófisc (âdc!o hipóf1se)l Cìte !Ìês

hoÍnônios Ìiberados por esse-lobo hipolìsárìo.

5. Lrpr i ' tu. re 'um dimerì ,e o. e ì r r ' ̂ , l ] ' ( i ro. in:r .

6. ExpÌÌque resuìnjdameìÍe os eieilos do hormônio antidiurótico e o quâdro clínico cdusado por suâ deficìência no ory.ìnismo.

7. De que fom.ì a soìÌâbtÌolìnâ age para pÌomove. o crcscimento coÌ?oral?

8. O que é acromegalial

9. Explique resumidameìúc os cÍèitos do hormônio prolactnrâ.

10. Poì qtre dcleÌÍninâdos hormônìos prcdüzidos pcÌâ âdeno-hipófise são denorÌi!âdos hor-nìônìos lÌófìcos? Cite dois desses hormônios e os ÌocaÌs oììde atuam.

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A. TESTES

Bloco 1. Hipófs€

r. G- Oswâldo Cruz-SP) Os châÍndos hormônios1róficos da hipóÍise são âqueles qLre eslimulamlã) o derenvolvimento e a função de outrâs glân-

b) a pÌodDção e eliminação de homônios pan-

c) o crescimento do jndìvíduo.d) o desenvolvimerto dâs gônadâs.

2. (Osec-SP) O hoÌmônio que age sobre a nlscula-tuía uÈrina, faciÌjtando a expuÌsão do f€to na horaqo paÍo, cnÌìna-se:â) ocitocina. d) ACTH.b) vúopresìla. e) HEc.c) FSH.

3. (OÌnec-sP) A vasolressina ou homônio dti-djuético, responsável, quando €m deficiênciâ,pelo diab€te insÍpido. é liberadâ pela(o):â) paÍ€ endóqina do !â!creas-b) medula adrenaÌ.c) cóÍex da supHenal.d) adeno-hipófise.e) neurc-hiÉfise.

4. (Unicãp'PE) A hipofüção da neuo-hiÉfise de-

a) diabete insípido.

c) tetaniâ fisiolósicâ.d) bócio exoftálmico.e) cretinismo bioÌógico.

Bloco 2. Tireóide, parstire6id€s e pâncreas

s. (UFRS) Um indivíduo apresenta mixedema (peleseca, quedâ de cabelos e unhâs quebrâdiçâ, ecrelinismo (rctaÌdamento mental) em conseqüên'cia da hipofmção:a) dàs púatireóides.

c) dã hipófise.

6. (UiB-DF) A oconência de atatia e falia de apeli'te num ser hümâno, bem como a presençs de di'Ìaiação na âÌturâ da garg3nta (bócio), pode.ão in'dicü que o mesmo está com hìpotunção da gÌân-dulal

b) pâratireóide.c) tireóide.d) pâncreâs.e) NeÍhuma dessd.

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10. (UFCEI O diabete insÍpido e o diabele mellto re-sultâm, respectivamente. de deficiêncìa:â) do lobo posldior dâ hipófise e do pâncreas-b) do pânc.eas e do lobo postelio! da hìpófise.c) do cónex dã adnâl e do pâncreas.d) do pânc.eas e do cóllex da adEnaÌ.

Bloco 3. AdÌenais e gônâdâs

rr. €GV-SP) Um einal em câtiveiÌo quedo rctÌ-rado da gaioÌa apresentâ âcele.ação dos batimen-tos cardíacos. E3tâ reâção deve-se À ljberlção deumâ substânciâ sec.eiada:

(F. C. M. SmtoeSP) Numa experiência desaDlu-se a gÌândula paratìEóide de um gato. O gato passou então a sofFr aÌterações no metaboÌismo do:a) sódìo. c) poússio. e) feÍo.b) cáÌcio. d) iodo.

(F. Objetivo-SP) A insulina, hômônio pmdEi-do pelâs ilhotas de Iángerhes, reeula o netabo-lismo dos glúcides, pèmitindo a sua queima nôstecidos. dsim como o se! armâenamento peÌosmúsculos e ígâdo. Que sÌândulâ endócrinâ pro

a) Hipófise.b) TiÌeóide.

(UFRN) O esqDema âbaixo rcpresenta as convei-sões de glicose em giicogênio, e vìce ve6a, pro-movidas pelos hormônios A e B.A e B sío respectivamente:

un(ose -

unco8eúroB

a) glDcagon e insuÌì!â.b) ìnsulina e ocìtocìm.c) insulina e glucagon.d) glucegon e homônio antidiurético.e) ocitocinâ e hormônio útidìurético.

â) pela rileóide.

8.

9.

b) pela supú-renar. e) leÌa hipófBe.c) pela paÌati.eóide.

12. (UFRS) Se analìsarmos o sesue de lru ?esoaem sitnação de emergência ou perigo, ou nummomento de Ìaìva ou susto, podercnos identifi-cd o aumênto do homônìo:

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B. QUESTÕES DISCURSIVAS

13. (Fuvest SP)a) Qual o papel do hmôrio mtidiuÉtico (ADH)

no nosso orSdismo?b) Quâr a ghndula responsável p€lâ seeção des

14. (Esal-MG) Um indivíduo que apresenla aìteraçõ€s na piodução de ADH eliminâ gÍandes qua!tidades de uriM muito diluída e, loi consegüDte.ingere gr.ndes qlantidades de água- ExpÌique oienômeno e dê o none do quaúo patoÌógico des

15. (Unìcamp SP) A adição de ìodo âo sal de cozinha foi estabelecida lor lei golemâmeútal após aanálise da prlncipaÌ causa da elevãdâ incidêNia

de pessoas com bócio (também conhecido comopalo ou papeira) no país. Expüque, do ponto deüsta fisioÌógico. por que esta medida deu bong

1ó. (FúyesrSP) "O pâncreas desempeúa tunçõesendóúiMs e exócrinas." Exllíque o significado

17. (Unicam! SP) En 1920. F. Bantìng e C. Best. naUdversidade de Torolto, obúveram a curâ decães que âpresentâvam altos !Íveis de glicose nosogue, LÍalando os com o ext.ãto dè umâ 8lândulâ. Indiqre o hormônio e â glârdlla envolvìdos no trâtameDto dos cães.

18. (E. E. Mauá-SP) Onde é lroduzida a lrogestero-na na mulher? QuaÌ sua funçio?

Explique as diferençar enlre bócio erdêmico, bó-cio exoltrími.o, úixedema e cretinisno.

Você é capü de pÌ€ver as conseqüências, pda oesqueleto, do excosso dè produção do Paratonnô-nio (hiperpamlireoidismo)?

3. Faça unÌa tâbela quo rcúna todos os hoÌmônrosestudados. seu local de prcd!ção e um reslNo deseu efeito íÕ orgÀnismo.

2.

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