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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 1

4    INSTALAÇÕES

Considerando  que  os  suínos  há  pouco  tempo  viviam  em  estado  selvagem,  e  após  a

domesticação, modificações contínuas no modelo de exploração foram implementadas, as instalações

assumem  papel  importante  para  o  sucesso  da  atividade.    Além  da  funcionalidade  e    das  questões

sanitárias,  conforto  e  bem­estar  animal  são  quesitos  fundamentais  ao  se  planejar  instalações  para

suínos. Uma das características marcantes da suinocultura nacional, no que se refere às edificações, é

a  total  falta  de  uniformidade  e  consenso  tecnológico.    Para  isso  contribui  o  modelo  tecnológico

estrangeiro, seja da suinocultura de subsistência trazido pelos imigrantes ou da industrial instituída a

partir da década de 70. Com a inserção de técnicos nos campos etológico, do bem­estar animal e da

biosseguridade,  alguns  conceitos  estão  sendo  revistos.  Esse  advento,  associado  à  sustentabilidade

ambiental, já mostra seus resultados nos materiais, dimensionamento e equipamentos.

4.1. METAS

A intenção de implantar uma unidade criatória deve ser negociada entre as partes interessada

e  técnica.  Para  isso devem ser  estabelecidas metas  (Quadro 01),  pois delas sairão as definições de

dimensionamento das edificações.

4.2. REGULAMENTAÇÃO

De posse do projeto, é fundamental submetê­lo à apreciação do órgão fiscalizador ambiental

(FEPAM­RS; FATMA­SC).

4.3. ESCOLHA DO LOCAL

O  local para  a construção do sistema de produção deve ser escolhido com cautela,  sempre

procurando explorar ao máximo os recursos naturais sem deixar de atender as necessidades básicas

do animal em suas diversas fases de vida.  Para tanto, observar os seguintes aspectos:

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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 2

Quadro 01 ­ Parâmetros de orientação suinícolaParâmetro Ideal InterferênciaIntervalo desmame – 1º serviço (dias) <7,0 >7,0Porcas cobertas até 7 dias, % >90,0 <85,0Idade 1a cobertura, dias 200 >220Peso 1a cobertura, kg >115 <110Taxa de parição, % >88,0 <85,0Idade 1º parto, dias 314 >334Retornos, % <8 >8Abortos, % <2 >2Reposição de fêmeas, % <40 >45Peso ao nascer (Kg) >1,4 <1,3Nascidos/parto, NP >12,0 <11,5Nascidos/vivos/parto, NVP >11,5 <11,0Nascidos/mortos/parto, NMP <0,3 >0,5Nascidos/mumificados/parto, NmuP <0,2 >0,8Peso ao desmame (21 dias) >6,0 <5,7Idade ao desmame (dias) >21 >28Desmamados/parto, DP >10,5 <9,5Partos/porca/ano, PPA >2,3 <2,1Desmamados/porca/ano, DPA >24,0 < 3,0Leitegadas < 8 leitões, % <10 >18Mortalidade pré­desmame, % <5,0 >7,0Dias não produtivos <45,0 >55,0Mortalidade de fêmeas, % <3,0 >5,0Ração/porca/ano, t 1,0 >1,2GMD – Maternidade (g) >220 <200Peso à saída de creche/63dias >23,0 <22,0GMD – Creche/42 dias (g) >400 <380Mortes na creche, % <0,5 >1,0Peso de abate/150 dias (Kg) >105 <95GMD Nascimento ao abate (g) >640 <600Conversão alimentar do rebanho <2,8 >3,0

4.3.1. Solo

O solo deve ser bem drenado, tanto a superfície quanto o subsolo, garantindo boas condições

em diferentes situações climáticas, evitando a ocorrência de encharcamentos.  Atenção deve ser dada

quanto à presença de lençóis freáticos superficiais que podem ser contaminados por eventuais falhas

no sistema de tratamento dos efluentes.

4.3.2. Água

A água é necessária, em quantidade e qualidade (quadro 02) reconhecidas para o sistema de

produção,  tanto  para  atender  o  consumo  dos  animais,  quanto  para  limpeza  das  instalações. Evitar

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águas  de  lagos,  rios  ou  açudes,  usando  sempre  água  potável,  submetida  periodicamente  à  análise

química e microbiológica.

Quadro 02 ­ Normas de potabilidade da água (características físico­químicas) pH 6,5­8,5Dureza total, mg/L >180Nitratos (NO3), mg/L < 50Nitritos (NO2, mg/L < 0,1Ferro (Fe) mg/L 0,2Fonte : Mémento de l’éleveur du porc (1989)

A  tabela  01  mostra  os  consumos  médios  por  cada  categoria  animal.  Para  facilitar  o

dimensionamento,  usar  a  relação:  0,025  m3/dia/matriz  (0,015  m3  ingestão  e  0,010  m3  para

higienização) em ciclo completo. Garantir reservas para, no mínimo, dois dias.

Tabela 01 ­ Estimativa do consumo de água dia (a vontade)Categoria Peso corporal (kg) Litros água

Leitões até 55 dias 5­30 2.855­95 30­50 896­156 50­85 12

157­230 85­10 20Leitoas 150 16

Fêmeas gestação 180 22Fêmeas Lactação 180 27

Machos 180 20Fonte:Thulin e Brum, 1991; In ABRAVES, 1995

4.3.3. Fonte Energética

É  impossível  conduzir  um  sistema  intensivo  de  produção  sem  energia  elétrica.  Observar  a

situação da rede e o histórico de quedas. Dar preferência a redes trifásicas.

4.3.4. Isolamento

Ao planejar a instalação, observar o seu isolamento, visando profilaxia, problemas sanitários

e fontes de estresse para os animais, uma vez que os suínos são extremamente sensíveis a excessos

sonoros e de trânsito.

4.3.5. Fatores Climáticos

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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 4

Levar  em  conta  os  limites  climáticos  da  região  (temperatura  e  pluviometria),  caso  não  os

conheça,  o  técnico  deve  buscá­los  em  estações  meteorológicas  e  usá­los  como  referencial  para

projetar as edificações.

4.3.6. Ventos Dominantes

Ventos dominantes devem ser levados em conta, e se necessário, o uso de barreiras naturais

como quebra ventos, devem ser implantadas junto com as obras físicas. A intensidade e a direção dos

ventos, em diferentes épocas do ano, precisam ser conhecidas para orientar a instalação de modo a

tirar  vantagens  no  verão  e  protegê­la  no  inverno.  Em  locais  onde  predomina  o  clima  frio,  a

maternidade precisa estar protegida por cortinas ou janelões, nas demais fases, só há necessidade de

proteção contra ventos predominantes usando cortinas.

4.3.7. Insolação

Os  prédios  devem  ter  orientação  leste­oeste,  determinado  pela  movimentação  solar  e  não

pela  bússola.  Os  suínos  apresentam  dificuldades  para  dissipar  o  calor,  portanto  é  preciso  evitar  a

insolação interna das instalações, o que causa grande desconforto ao animal.

4.3.8. Umidade Relativa do Ar

A umidade relativa do ar, normalmente não se constitui em um problema no desempenho dos

suínos,  a  não  ser  quando  associadas  a  altas  temperaturas.    Umidade  relativa  superior  a  85%,  em

ambientes com  temperaturas elevadas,  conduz a aumentos da freqüência respiratória e temperatura

retal.

4.3.9. Possibilidade de Expansão

O planejamento de um sistema de produção de suínos é, via de regra, modulado. Portanto, é

preciso levar em conta a possibilidade de expansão do empreendimento como um todo, quer dizer,

não somente as instalações destinadas à produção, mas toda a infra­estrutura necessária.

4.3.10. Modelo Profilático

O mais tradicional e usual é o conhecido como “sistema todos dentro todos fora” (all in all

out).    O  manejo,  dentro  desse  sistema,  possibilita  um  despovoamento  temporário  (vazio sanitário)

para  higiene  e  profilaxia.    É  necessário,  portanto,  estabelecer  um  cronograma  de  utilização  das

instalações que permita sua aplicabilidade.

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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 5

4.4. DIMENSIONAMENTO

O  dimensionamento  das  edificações  suinícolas,  leva  em  conta  parâmetros

reprodutivos/produtivos,  espaço  útil  por  animal  e  setorização  (maternidade,  creche,  crescimento,

etc.).  Para  tornar  o  processo  de  fácil  compreensão,  os  dimensionamentos  exemplificados  a  seguir,

levam em conta os seguintes parâmetros:  matrizes produtivas (MP = 114); partos/porca/ano (PPA =

2,2);  desmamados/porca/parto  (DPP  =  9,5);  mortalidade  na  creche  (3%);  vazio  sanitário  (7  dias);

reposição (40%); machos (5%); idade de desmame (21 dias);

Algumas considerações quanto à construção dos prédios

No caso da cobertura ser de telha de barro, o pé­direito do prédio deve ter no mínimo 2,80 m

de altura, já quando coberto com telha de fibrocimento, a altura mínima do pé­direito deverá ser de

3,5 m.

Para melhor ventilação natural, é recomendada a construção de prédios com, no máximo, 12

m de largura.

Recomenda­se a criação em prédio único, quando o número de matrizes for no máximo 60.

Os sistemas de produção em prédio único devem obedecer à seqüência abaixo:

Gestação>lactação>creche>crescimento/terminação

4.4.1. Maternidade

A  temperatura  de  conforto  da  porca  e  do  leitão  é  diferente,  por  isso  é  necessário  que  se

construa  a  maternidade  com  dois  ambientes  distintos.   O abrigo escamoteador  com fonte de calor

suplementar é amplamente difundido. A maternidade deve ainda, no caso de invernos rigorosos, ser

fechada  com  cortinas  ou  janelões,  para  se  conseguir  o  controle  do  ambiente  interno.  A  tabela  02

mostra o efeito de diferentes temperaturas na maternidade, e seus efeitos nos leitões e porcas.

Tabela 02  ­ Diferentes  temperaturas na maternidade,  peso médio dos leitões aos 28 dias, consumomédio de ração por porca e perda de peso na lactação.

Temperatura, °C Peso desmame, kg  Consumo porca, kg/dia  Perda peso porca, kg18 7,8 6,5 3,125 6,9 6,1 7,9

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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 6

30 6,4 4,2 24,2Fonte: Tribble et al., 1988

As opções para o manejo das matrizes,  são as celas parideiras ou a baia convencional, esta

última devendo ser dotada de proteção contra esmagamento de leitões nas suas laterais.

Quadro 02 ­ Coeficientes técnicos para projetos de maternidade para suínos:­ Cela Parideira:Área da cela parideira Superior a 3,96 m2

Espaço para a porca 0,60 m larg. x 2,20 m comprimento

Espaço para os leitões 0,60 m larg. de cada lado x 2,20 mcomprimento

Altura das divisórias 0,40 a 0,50 m­ Baia convencional (individual)Área mínima do piso 6 m2 (2,0 x 3,0 m)Altura do protetor contra esmagamento 0,20 mDistância da parede do protetor 0,12 m­ EscamoteadorÁrea mínima do piso 0,80 m2

Fonte de calor (lâmpada incandescente) 100 W inverno e 60 W verãoAltura 0,80 m (mínima)Temperatura interna Entre 28º C e 30° C­ Largura do corredor de serviço 1,00 m (mínimo)­ Percentagem de aberturas em relação asparedes laterais Superior a 20%

­ Pé direito: Com forro 2,80 mTelha de barro 2,80 m a 3,00 mTelha fibrocimento 3,20 m a 3,50 m

­ Temperatura da sala Entre 16° C e 20º C­ Volume de ar por porca(altura x comprimento x largura da    saladividido pelo nº de porcas)

25 m3 (mínimo)

­ N° máximo de celas por sala 8 ­ 10Fonte: EMBRAPA/CNPSA, 1993

4.4.1.1. Cálculo

NLM = MP x TU (PP + LA  +  VS) x PPA = 114 x 35 (7 + 21 +7) x 2,2 = 24,05 ≅ 24

NLM: Número de Lugares na MaternidadeMP: Matrizes ProdutivasTU: Tempo de UtilizaçãoPP: Pré­PartoLA: LactaçãoVS: Vazio Sanitário

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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 7

Após obter­se o NLM (no caso 24) se estabelece a área de acordo com o tipo de instalação:

cela parideira ou baia convencional.   Após se define o número de salas, que poderão ser 3, com 8

lugares cada.

4.4.2. Creche

Após o desmame, os leitões vão para a área da instalação chamada creche, onde permanecem

até 65 dias ou 24 kg de peso vivo.   A creche também pode ser dotada de cortinas que facilitem o

manejo  da  ventilação.    Nesta  fase,  também  há  necessidade  de  aquecimento  suplementar  para  os

leitões,  devendo  ser  previsto  no  projeto.  As  baias  podem  ser  ao  nível  do  piso  ou  então  elevadas.

Estas  são  as  mais  adequadas,  e  devem  ser  providas  de  uma  área  limpa,  com  piso  compacto  de

madeira ou cimento, e uma área suja com piso vazado, podendo ser de cimento, ferro ou plástico.  A

área vazada deve ocupar metade da baia.

4.4.2.1. Cálculo

LC = MP x TU (TO + VS) x PPA x DPP =  114 x 49 (42 + 7) x 2,2 x 10,5 = 353,52 ≅ 354

Onde:

LC: Lugares na Creche

TO: Tempo de Ocupação

DPP: Desmamados Porca Parto

Um leitão ocupa 0,30 m2 de área útil na creche.  Então:

354 LC x 0,30 = 106,2 m2 ≅ 107 m2

Número de animais por baia: ideal são 10 animais

10 x 0,30 m2 = 3,0 m2

107 m2 área total ÷ 3,0 = 35,66 ≅ 36 baias

Recomenda­se a construção de 4 salas com 9 baias.  Observe que o total de baias da creche

foi aumentado em 2,85%, como forma de atrelar número de celas/sala na maternidade com baias/sala

na creche.

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Quadro 03 ­ Coeficientes técnicos para construções de creche­ Área/leitão, m2

  Piso totalmente compacto 0,45  Piso totalmente ripado 0,30  Piso parcialmente ripado 0,35­ Pé­direito, m  Com forro 2,80 m  Telha de barro 2,80 m a 3,00 m  Telha de fibrocimento 3,20 m a 3,50 m­ Fonte de calor, W  Lâmpada incandescente 150  Resistência elétrica para piso 200  a 600­ Altura das paredes das baias, m 0,5  a 0,7­ Declividade do piso 5%­ Número de animais por baia 10 a 18 (1 ou 2 leitegadas)­ Número máximo de baias por edificação 8 a 10­Volume de ar por leitão, m3 >1,50

Fonte: EMBRAPA/CNPSA, 1993

4.4.3. Crescimento e Terminação

As  instalações  destinadas  aos  animais  nas  fases  de  crescimento  e  terminação,  podem  ter  o

piso totalmente compacto ou 1/3 vazado.  A declividade da baia deve estar entre 3 e 5%, e a calha

coletora deve estar do lado de fora do galpão.

Quadro 04 ­ Coeficientes técnicos para projetos de baias de crescimentoe terminação.

­ Número de animais por baia 10 a 18 (1 ou 2 leitegadas)­ Área recomendada/animal, m2

  Crescimento 0,75  Terminação 1,00­ Pé­direito, m  Telha de barro 2,80 (mínimo)  Telha de fibrocimento 3,50 (mínimo)­ Altura das paredes divisórias, m 0,9 a 1,1­ Declividade piso, %s 3 a 5­ Bebedouros Mínimo 2 por baia­ Lotação máxima por prédio 500 animais­ Largura da edificação 12,00 m (máxima)

Fonte: EMBRAPA/CNPSA, 1993

4.4.3.1. Cálculo

LCT = MP x TU (TO + VS) x DPA ­ MC = 114 x 87 (80 + 7) x 23,1 ­ 3% = 608,93 ≅ 609365 365

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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 9

LCT: Lugares Crescimento/Terminação

MC: Mortalidade Creche

Apesar das exigências de espaço linear diferirem para as fases de crescimento e terminação, é

convencional proceder um cálculo unitário,  utilizando 0,88 m2/animal.   Durante o manejo,  faz­se a

adequação de lotação por baia.

Um animal ocupa 0,88 m2 de área útil, então:

609 LCT x 0,88 m2 = 535,92 m2 ≅ 536 m2

Número  de  animais  por  baia:  vários  trabalhos  desenvolvidos  no  país,  mostraram  que  a

lotação tem amplitude de 10 a 30, sendo que 10 foi o número com melhores resultados. Sugere­se

dimensionar para 10 animais/baia.  Então:

10 x 0,88 m2 = 8,80 ≅ 9,0 m2   /­ 536 m2 ÷ 9,0 m2 = 59,55 ≅ 60 baias

4.4.4. Gestação/Pré­cobrição/Machos

As  fêmeas podem  ficar  alojadas  durante  a  gestação  em  baias  individuais e/ou coletivas.   O

prédio pode ser aberto, devendo somente ser provido de cortinas para controle dos ventos. Nas

baias  individuais  é  recomendado  piso  compacto,  ao  passo  que  nas  baias  de  gestação  coletivas,

recomenda­se que 1/3 do piso seja ripado, o mesmo valendo para as baias destinada aos cachaços e

para as fêmeas de reposição.

Quadro 05 ­ Orientação de edificações  para as fases de gestação, pré­cobrição e machos.­ Área recomendada para baias, m2

  Gestação individual (cela) 1,32  Gestação coletiva (baia) 3  Macho (baia) 6­ Número de animais por baia  Gestação coletiva 4 a 6  Reposição/pré­cobrição 4 a 6­Altura das paredes divisórias/laterais Entre fêmeas 0,90m; Entre machos 1,10m­ Área de piquete por fêmea 200 m2  (mínimo)­ Número mínimo de bebedouros 1 para cada 4 animais­ Declividade do piso 3% a 5%­ Pé­direito (mínimo)  Telha de barro 2,80 m  Telha de fibrocimento 3,50 m

Fonte: EMBRAPA/CNPSA, 1993

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PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 10

É convencional dimensionar gestação e pré­cobrição em cálculo unitário, estabelecendo um

tempo de pré­cobertura médio de 7 dias.

4.4.4.1. Cálculo

LGPC = MP x TU (PC + TO + VS) x PPA = 114 x 121 (7 + 107 + 7) x 2,2 = 83,14 x (+10%)# ≅ 92

Onde:

LGPC: Lugares Gestação/Pré­Cobertura # correção para retornos

PC: Pré­Cobertura

De posse do LGPC se define o modelo (individual ou coletivo), e com os coeficientes

técnicos (Quadro 04), faz­se o dimensionamento.

4.4.5. Reposição

Anualmente, são renovadas (devido a problemas reprodutivos, senilidades e patologias

gerais) 40% do efetivo de fêmeas reprodutivas.

A nulípara que vai servir de reposição deve receber acompanhamento reprodutivo com 80 kg

de peso vivo e 160 dias. Por isso, deve­se prover espaço específico para o manejo dessa categoria.

LR = (%R x MP) x TU (TO + VS) x (30%+) = 45,6 x 57 (50 + 7) x (30%+) = 9,26 ≅ 10 lugares

Sugere­se a construção de duas baias de reposição com capacidade para 5 animais cada.

Onde:

LR: Lugares Reposição

%R: Percentagem Reposição

30%: Índice de Leitoas Descartadas

4.4.6. Machos

A relação fêmea/macho deve ser de 20:1, então:

114 x 5% = 5,7 ≅ 6 baias

Devem ser construídas, em local estratégico, 6 baias (veja coeficientes no Quadro 4) para

cachaços no galpão de gestação e pré­cobrição.

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Page 11: CAP4_instal

PA LOVATTO, Suinocultura geral, Capítulo 04 Instalações 11

4.5. EQUIPAMENTOS

4.5.1. Comedouros

A alimentação participa, em média, com mais 70% do custo de produção de suínos no Brasil.

Diante dessa constatação,  fica claro que o  resultado da atividade está relacionado com a eficiência

alimentar.    Esta  depende  de  diferentes  variáveis,  sendo  os  comedouros  uma  delas.  Normalmente

animais  em  reprodução,  excetuando  porcas  em  lactação,  recebem  dietas  restritas.    Essa  forma  de

arraçoamento  é  de  fácil  manejo,  já  que  as  quantidades  ofertadas  estão  abaixo  da  capacidade  de

ingestão voluntária.   Animais em baias coletivas recebem a ração, normalmente, no chão.   Animais

em boxes individuais recebem na calha bebedouro.

Animais destinados ao abate, têm, normalmente, alimento “ad libitum”.  Esse fato determina

que os comedouros sejam funcionais.  Como no caso das instalações, não existem equipamentos no

mercado capazes de atender, com eficácia, o processo de arraçoamento. É importante que eles sejam

semi­automáticos  e/ou  automáticos,  e  que  respeitem  as  dimensões  recomendadas  por  categoria

animal. É usual na suinocultura européia e americana a utilização de ração pastosa e/ou líquida. Para

se alcançar sucesso, o investimento na automação é alto, não suportável para a maioria das unidades

criatórias nacionais.

4.5.2. Bebedouros

Existem diferentes tipos de bebedouros a disposição, desde os mais simples até aqueles com

vazão controlada.  A tabela 03 estabelece os condicionantes básicos para os diferentes tipos.

Tabela 03 ­ Modelo, número e altura recomendados para bebedourosModelo Bebedouros Altura, cm

Fase TA  NP  NV Anim/Beb/máx. Beb/baia TA NP NVL. Lactentes x Leitegada 1 5Creche x  X 10 2 15 15 ­ 3025 ­ 50 kg   X  x 12 2 46 ­ 61 1250 ­ 100 kg x  X  x 15 2 61 ­ 76 25Porcas Lactantes x  X 1 1 15 ­ 45  76 ­ 91Porcas Gestação x  X 15 2 45 76 ­ 91Cachaços x  X 15 2 45 76 ­ 91TA (Taça); NP (Nípple); NV (Nível)

Fonte: MWPS, 1988; EMBRAPA/CNPSA, 1994; Bodman, 1994. In ABRAVES, 1995.

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