caracterização de proteínas

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Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo Caracterização de Proteínas Disciplina: Bioquímica I Docente: Profa. Dra. Fernanda Canduri Aula modificada de: Profa. Dra. Célia R. Carlini - PUCRS

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Slide sobre Caracterização de proteias

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  • Instituto de Qumica de So Carlos IQSC

    Universidade de So Paulo

    Caracterizao de Protenas

    Disciplina: Bioqumica I

    Docente: Profa. Dra. Fernanda Canduri

    Aula modificada de: Profa. Dra. Clia R. Carlini - PUCRS

  • ELETROFORESE Eletroforese

    1. pH / tampo

    2. Suporte

    - papel : corrente alta (calor)

    uso para peptdeos e aminocidos

    - agarose : cidos nuclicos

    Imunoeletroforese

    Protenas nativas

    - poliacrilamida : protenas

    ac. nucleicos

    no desnaturante ou nativa

    desnaturante e redutor

    peso molecular

    composio de subunidades

    focalizao isoeltrica: pI

    bidimensional

    Condies que determinam a separao

  • Realizado sem fervura das amostras

    Pode ter SDS no gel de separao

    Protenas analisadas na sua conformao nativa

    possvel observar a presena de oligomerizao

    Gel de eletroforese nativo

    Eletroforese

  • Eletroforese desnaturante

    A eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) permite visualizar a composio de protenas de uma amostra. um mtodo complementar para a purificao de protenas.

    Fornece informaes sobre a massa molecular e composio de subunidades da protena em meio desnaturante e redutor.

    A poliacrilamida um polmero que forma um gel de malha porosa que funciona como uma peneira, deixando passar atravs de seus poros as molculas pequenas e retendo

    as grandes.

  • H3C-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2- dodecil sulfato de sdio

    Desnaturao de protenas por SDS

    a desnaturao uniformiza a forma das protenas, que poderia influenciar na migrao atravs dos poros da poliacrilamida;

    mascara a carga natural das protenas no pH da corrida, fazendo com que todas molculas migrem para o ando;

    facilita o efeito de redutores, rompendo pontes dissulfeto intra- e inter-cadeias

    A poro hidrocarboneto do

    detergente interage com as

    regies hidrofbicas da protena,

    dispondo o grupo sulfato

    carregado na superfcie, em

    contato com o meio aquoso. A

    repulso entre os grupos sulfato

    desestabiliza os laos no

    covalentes que mantm a

    estrutura 3D da protena,

    desnaturando-a.

    Efeito do SDS

  • A B

    C

    C

    C

    A

    A

    B

    B

    SDS (dodecil sulfato de sdio

    +

    2-mercaptoetanol

    Efeitos do SDS

    desnaturao uniformiza a forma das protenas;

    mascara a carga natural das protenas no pH da corrida, fazendo

    com que todas molculas migrem

    para o ando;

    facilita o efeito de redutores

  • Eletroforese em Gel de Poliacrilamida (PAGE)

    cuba vertical para mini-gel (10 X 8 cm)

    As partes superior e inferior do gel fazem contato com recipientes de tampo, onde esto

    os eletrodos que estabelecero o campo eltrico (~100V) durante a corrida (1 a 2h).

    catodo

    anodo

    tampo

    Poos para

    as amostras

    amostra

    Placas

    de vidro

    1 mm

    gel

  • SDS-PAGE das protenas da bactria

    Salmonella tiphymurium

    Direo da

    migrao

    Cada linha (banda) corada no gel

    representa uma protena

  • Determinao da massa molecular de protenas

    Curva de calibrao de SDS-PAGE a 15%

    Mobilidade relativa (Rf)

    Massa m

    ole

    cula

    r (k

    D)

    Mobilidade relativa =

    distncia percorrida pela banda X

    distncia percorrida pelo marcador da corrida

    97.4

    87.0

    45.0

    29.0

    21.0

    12.5

    6.5

    (-)

    (+)

    Peso molecular ou massa molecular relativa: Mr, relao da massa da molcula para um duodcimo da massa do carbono 12. (adimensional) Massa molecular: m, expressa em dltons (Da) (duodcimo da massa do carbono 12) 1 kDa = 1.000 Da Ex.: uma molcula tem Mr = 18.000 ou m = 18.000 Da (18 kDa)

  • migrao atravs de um gradiente de pH

    protenas focalizam nos seus pIs

    Anflitos: Misturas de compostos poliaminados/policarboxilados

    Gel no tamponado polimerizado com anflitos

    1 corrida: anflitos criam gradiente

    2 corrida: amostras so aplicadas

    Aps a corrida: pedaos do gel so analisados quanto ao seu pH.

    3.0

    4.0

    5.0

    6.0

    pH

    + Marcadores de pI conhecidos

    _

    Aplicaes: - Determinao do pI

    - Isoformas da mesma protena: - glicosilao - fosforilao - mutaes pontuais

    Eletroforese focalizao isoeltrica

  • 1a.dimenso: focalizao isoeltrica

    2a.dimenso: SDS-PAGE (perpendicular a 1a.)

    MM x 103

    Eletroforese Bidimensional

    -

    P I pI

    +

    3

    3.5

    4

    4.5

    5

    5.5

    Origem

    5 4 3 2 6 7 8 9 10

  • PROTEOMA

    anlise simultnea de at 5.000 protenas

    permite comparao de todas as protenas expressas por uma clula em dois momentos diferentes:

    anlise do efeito de hormnios,

    anlise do efeito de drogas;

    estados fisiolgicos (desenvolvimento);

    condies patolgicas diversas (vrus, bactrias,etc.)

    Eletroforese 2D de protenas totais (proteoma) de Escherichia coli

    Protenas com mesmo pI

    Protenas com a

    mesma massa

  • aminocido

    Para determinar a estrutura primria de uma protena,

    necessrio primeiro conhecer a composio (nmero

    e tipos) de seus aminocidos.

    A posio do pico no cromatograma identifica o aminocido e

    a rea do pico quantifica o aminocido.

    A protena pura tratada com

    HCl 6N fervente para quebrar

    (hidrlise) as ligaes peptdicas.

    A mistura resultante submetida

    a mtodos cromatogrficos (fase

    reversa, troca inica) para separar

    os diferentes aminocidos. Tempo de reteno (min)

    flu

    ore

    sc

    ncia

    Sequenciamento de protenas

  • Existem vrios mtodos para se determinar a sequncia de aminocidos de

    uma protena.

    Os dois mtodos atualmente mais utilizados:

    a) Mtodo de Edman: reao do aminocido N-terminal da protena com

    fenil-isotiocianato .

    A protena modificada submetida a hidrlise cida liberando o aminocido

    N-terminal modificado, e este identificado por cromatografia. Segue-se

    novo ciclo de reao com o prximo aminocido na protena, que se tornou

    o novo N-terminal.

    b) Espectrometria de massa: determinao das massas de fragmentos

    correspondendo a aminocidos, retirados sequencialmente da protena.

    Sequenciamento de protenas

  • Quando uma protena possui mais de 20-30 resduos de aminocidos, no

    possvel sequenci-la diretamente pelo mtodo de degradao de Edman.

    Para obter a sequncia completa de uma protena, necessrio sequenciar vrios peptdeos

    da mesma protena, obtidos por diferentes tipos de quebra da cadeia, at haver sobreposio

    de suas sequncias.

    Protena

    Total 150 a.a

    sequncia obtida a partir da protena intacta

    30 aa

    Diferentes mtodos so utilizados para obter-se diferentes peptdeos da protena:

    A) enzimas proteolticas, como tripsina (quebra em resduos de Lys ou Arg) e quimotripsina

    (quebra em resduos de Phe);

    B) tratamento com brometo de cianognio (quebra em Met).

    protena

    inteira

    peptdeos

    mtodo A

    peptdeos

    mtodo B

  • Sequenciamento de novo de protenas por espectrometria

    de massas

    hlio ou argnio

    A ligao peptdica se

    quebra formando

    fragmentos tpicos,

    como os ons b e y

    mostrados na figura

    acima, que tero

    massas diferentes de

    acordo com o radical R

    de cada aminocido.

    MS/MS ou MS2 um

    sistema em que

    dois espectrmetros

    de massa so

    utilizados em

    sequncia, separados

    por uma cmara de

    coliso

  • Espectro MS/MS do peptdeo

    GLSDGEWQQVLNVWGK

    AA Codes Mono. AA Codes Mono.

    Gly G 57.021464 Asp D 115.02694

    Ala A 71.037114 Gln Q 128.05858

    Ser S 87.032029 Lys K 128.09496

    Pro P 97.052764 Glu E 129.04259

    Val V 99.068414 Met M 131.04048

    Thr T 101.04768 His H 137.05891

    Cys C 103.00919 Phe F 147.06841

    Leu L 113.08406 Arg R 156.10111

    Ile I 113.08406 CMC 161.01467

    Asn N 114.04293 Tyr Y 163.06333

    - - - Trp W 186.07931

    Analisa-se o espectro

    buscando diferenas de

    m/z equivalentes a um

    resduo de aminocido,

    que permitem conhecer

    a sequncia dos

    peptdeos

  • Dicroismo circular

    O CD pode ser empregado na obteno de detalhes

    estruturais de diferentes tipos de compostos:

    Protenas; Carboidratos; cidos nuclicos; Frmacos;

    considerado o mtodo de escolha para determinao

    rpida do contedo de estrutura 2dria de peptdeos e

    protenas;

    O CD um mtodo altamente sensvel, capaz de distinguir

    conformaes de hlice , folhas e alas.

    A preciso do mtodo varia em funo do tipo de

    estrutura secundria apresentada pela protena:

    97% para hlices; 75% para folhas ; 50% para voltas; 89% para outros tipos

  • A faixa de varredura do CD e propriedades derivadas:

    UV distante, 190-250nm O cromforo a ligao peptdica: a intensidade do sinal ser

    dependente dos ngulos torsionais e .

    O espectro ser a soma das contribuies das curvas de CD de cada um dos tipos de estrutura 2daria existentes no sistema, consideradas

    suas abundncias relativas;

    A tcnica no tem resoluo para identificar os resduos especficos; Requer em geral 20-200L de soluo contendo de 1mg/mL a 50g/mL da protena em estudo, em qualquer tampo que no absorva

    nesta regio do espectro.

    Luz circularmente polarizada

    Dicrosmo Circular a medida da absorbncia diferencial entre as duas

    rotaes de luz circularmente polarizada por uma molcula assimtrica.

  • Neste caso, o que est sendo absorvido uma radiao eletromagntica na regio de

    radiofrequncias;

    Esta absoro, contudo, ser uma funo do tipo de ncleos atmicos na molcula em estudo;

    1H, o istopo mais abundante; 13C, enquanto o istopo mais abundante o 12C; 15N, enquanto o istopo mais abundante o 14N; 31P, enquanto o istopo mais abundante o 30P.

    Ressonncia Magntica Nuclear - RMN

    Por que aplicar RMN a protenas?

    Identificao de estados enovelados e no-

    enovelados (assim como transies e fatores que os

    governam);

    Medida de constantes de afinidade;

    Avaliar o efeito de mutaes na estrutura ou

    protenas homlogas e dinmica de protenas;

    Determinao de estruturas 2 e 3;

    Caracterizao da flexibilidade e dinmica proteicas.

  • Cristalografia de raios X

    A tcnica se baseia no uso de raios X para obter um

    mapa da densidade eletrnica de uma determinada

    molcula em ambiente cristalino:

    uso de Radiao sncrotron; ou Gerador de raios X em laboratrio.

    A partir do mapa de densidade eletrnica inicia-se o

    preenchimento desta por tomos, relacionados

    molcula de interesse, capazes de produzirem a

    densidade obtida:

  • Protena p53 um supressor de tumor

    A resoluo da estrutura da protena por RMN ou por

    cristalografia de difrao de raios X permite a anlise das

    interaes intra e intermoleculares.