cefet mg 100 anos
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CEFET-MG 100 Anos
Carlos Augusto Guerra CarneiroFernanda Araújo Fernandes
Leônidas de Oliveira LeiteLuciene Debortoli Dueli
Resumo: Este trabalho mostra a história e os acontecimentos que marcaram a trajetória centenária do CEFET-MG, desde a criação da Escola de Aprendizes e Artífices. Tomamos como referências vários artigos que juntos deixam claro como foi importante para a sociedade a criação do CEFET-MG.
Palavras-chave: Aprendiz. Artífices. Oficinas. Decreto. Curso. Engenharia. Técnico. Superior. CEFET-MG.
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Carlos Augusto Guerra CarneiroFernanda Araújo FernandesLeônidas de Oliveira Leite
Luciene Debortoli Dueli
CEFET-MG 100 ANOS.
Introdução a Engenharia da Computação.
1º sem/2010.
Maurílio Alves Martins da Costa
Faculdade de Engenharia da Computação/CEFET-MG
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SUMÁRIO:
Agradecimento ---------------------------------------------------------------------------------------- 03
Resumo ------------------------------------------------------------------------------------------------- 04
Escola de Aprendizes e Artífices ----------------------------------------------------------------- 05
Liceu Industrial de Minas Gerais e Escola Técnica de Belo Horizonte ----------------- 12
Escola Técnica Federal de Belo Horizonte ---------------------------------------------------- 14
Centro Federal de Educação Tecnológica De Minas Gerais - CEFET-MG ----------- 15
Após 100 anos ---------------------------------------------------------------------------------------- 19
Conclusão ---------------------------------------------------------------------------------------------- 20
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------- 21
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Agradecimentos.
Agradecemos em primeiro lugar a Deus pela determinação que encontramos durante a elaboração do nosso trabalho, também ao professor James William Goodwin Junior pelo seu apoio em nossa pesquisa que foi de grande ajuda, ao professor Maurílio Alves Martins da Costa que nos propôs a oportunidade de conhecer mais a história do CEFET-MG e a professora Micheline Lage pela sua disposição de nos auxiliar na construção deste artigo.
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Resumo.
Este artigo tem por finalidade descrever a história de uma das instituições
pioneiras na área da educação nacional – o Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), ao longo de sua vigência centenária. O
documento explicita, a partir de 1910, características, objetivos e personagens
fundamentais em cada uma das fases às quais a instituição foi submetida desde sua
origem via decreto do presidente Nilo Peçanha, fundando a EEA (Escola de
Aprendizes e Artífices) para atender crianças e jovens de baixa renda; até atingir o
que é hoje, uma instituição pública reconhecida por sua excelência em ensino
médio, técnico e superior, fornecendo mão-de-obra qualificada e desenvolvendo
inúmeras pesquisas. Além disso, o artigo busca mostrar os mecanismos de
desenvolvimento, a forma como recursos foram angariados e utilizados e a
valorização da instituição, traduzida em conquistas científicas e premiações.
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1. EEA – Escola de Aprendizes e Artífices.
Diante do crescimento da população de baixa renda das cidades, o então
Presidente Nilo Peçanha, preocupado com a formação dos cidadãos da Pátria, criou
a Escolas de Aprendizes de Artífices, de ensino primário profissional gratuito em 19
estados da República pelo Decreto nº 7.566 em 23 de setembro de 1909. A faixa
etária visada nesse projeto era de 12 a 16 anos. Como em Belo Horizonte ainda não
havia uma demanda industrial, o foco de aprendizagem estava em trabalhos
artesanais manufatureiros como serralheria, sapataria, ourivesarias, marcenaria e
carpintaria.
As escolas eram subordinadas ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio
como relata o Decreto abaixo (FIG 1.1 e FIG 1.2):
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FIG. 1.2FIG. 1.1
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Em Minas Gerais a Escola de Aprendiz de Artífices foi inaugurada em 08 de
setembro de 1910.
Conforme Perreira (2008, p.273. Fonte: Fonseca, 19621, p.483) citamos os diretores
da EAA-MG entre 1910 a 1941.
Dr. Augusto Candido Ferreira Leal.
Mandato: 8 de setembro de 1910 a 24 de abril de 1915.
Dr. Claudino Pereira da Fonseca Neto.
Mandato: 24 de abril de 1915 a 9 de agosto de 1917.
Dr. Augusto Barbosa Carneiro de Farias.
Mandato: 9 de agosto de 1917 a 26 de novembro de 1938.
Engenheiro Hermano Lott Junior.
Mandato: 26 de novembro de 1938 a 27 de julho de 1941.
A primeira sede da instituição localizava na Avenida Afonso Pena, 1533 na
área nobre da cidade (FIG. 2).
FIG. 4 – Sede da Escola de Aprendizes e Artífices
FIG. 2 – 1º prédio da Escola de Aprendizes e Artífices
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A escola iniciou-se com apenas 20 alunos matriculados, as atividades
desenvolvidas a principio foram o curso primário, o de desenho e as oficinas de
trabalhos manuais. O curso de desenho era obrigatório em todas as disciplinas
oferecidas pela escola, baseava-se em superposição de figuras repetidas por series,
não bastava apenas fabricar uma mesa ou uma jóia, era preciso saber desenhá-la e
projetá-la.
Segundo PEREIRA, Bernadetth Maria. (2007, P. 316), “O ensino na EAA-
MG expressou uma conotação de classe ao referisse às camadas
desfavorecidas da sociedade. Desta forma, as diferenciações sociais
existentes naquele momento histórico direcionaram o ensino na EAA-MG
para as camadas chamadas populares, enquanto o ensino secundário e
superior foi direcionado para a educação das elites.”
FIG. 3 – Oficinas da Escola de Aprendizes e Artífices
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Devido às deficiências de estrutura para suportar os alunos na escola, em
1918 pela Lei n°118 foi cedido um terreno pela Câmara Municipal para o Ministério
da Agricultura, Indústria e Comercio para construir a própria sede da EAA-MG.
Em 1923 foi inaugurada a escola na Avenida São Francisco (atual Olegário
Maciel) ao lado da Praça Raul Soares, na época era uma região periférica, longe da
linha dos bondes. (FIG. 4).
Em 1926 a merenda escolar é instituída, ampliando a permanência dos
alunos na instituição.
A Escola oferecia as seguintes oficinas: carpintaria, marcenaria, máquina de
beneficiar madeira, ourivesaria, latoaria, forja e serralheria.
O caráter disciplinador não só da EAA-MG, como de todas as escolas
profissionalizantes no Brasil adotava um regime militar, reinando o total respeito aos
níveis hierárquicos. Um claro exemplo disso estava explícito nos uniformes dos
alunos (FIG.5).
[Digite uma citação do
FIG.4 – Nova sede da EEA (1923)
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FIG. 5 – Modelo de Uniforme dos alunos
11
2. Liceu Industrial de Minas Gerais e Escola Técnica de Belo Horizonte.
Com a industrialização, a escola tornou-se técnica, pela grande demanda de
técnicos no mercado de trabalho, pois precisavam de profissionais qualificados
assumindo funções na área de coordenação e supervisão.
Logo em 18 de agosto de 1941 a escola foi nomeada Liceu Industrial de Minas
Gerais. Não tardou e em 30 de janeiro de 1942 pelo Decreto 4.127 altera o nome
para Escola Técnica de Belo Horizonte em grau médio de ensino.
“Segundo PEREIRA, Bernadetth Maria. (2007, p.297) De 1943 a 1958, na nossa Escolinha, grande foi o número de alunos que lá se formaram, não só dando um grande reforço nas indústrias e empresas como lecionando na própria Escola. Como destaque, cito alguns alunos que passaram pela Escola em épocas diferentes.
Ex-alunos que se tornaram professores:
Professor Helio José Muzzi de Queiroz – Diretor geral do CEFET;Professor Edgar FantiniProfessor José Cristovan Veloso - Chefe de Oficina;Professor Coracy de Alencar - Chefe de Oficina;Professor Romeu Bazzoli - Prefeito da Escola;Professor Carlos Alexandrino dos Santos - Diretor geral do CEFET;Professor Roberto Oberdá - Chefe de Oficina;Professor Newton Spindola - Coordenador em vários anos;Professor Arilton Lorenzine;Professor Heli Murilo Cláudio – Radialista.”
Em 1943 o prefeito Juscelino Kubitscheck ordenou que demolisse a sede da
própria instituição para a expansão e urbanização da Região da Praça Raul Soares
e no mesmo local foi construído o conjunto habitacional JK projetado por Niemeyer.
Um terreno foi cedido para própria sede em uma área subordinada na Avenida
Amazonas, Vila Suíça, região da Gameleira (atual sede do Campus I CEFET-MG),
uma troca entre Prefeitura e Governo Federal.
Até que fosse construída a sede, a instituição ficou em um local provisório, na
Avenida Augusto de Lima, 2109, Barro Preto. O edifício era o antigo Abrigo de
Menores, de Helena Antipoff, que foi transferido para o Barreiro. (FIG. 6).
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Só em 1958 a instituição passou para seu terreno próprio situado na Avenida
Amazonas, 5253. O edifício foi inaugurado com grande festa, que contou com a
presença do presidente Juscelino Kubitscheck.
FIG. 6 – Fachada Sede provisória, localizada na Av. Augusto de Lima.
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3. Escola Técnica Federal de Minas Gerais.
Em 16 de fevereiro de 1959 pela Lei 3.552 foi concedido à instituição a
autonomia didática, técnica, financeira e administrativa e houve alteração da
denominação para Escola Técnica Federal de Minas Gerais.
No dia 18 abril de 1969 o Decreto 547 autorizou a criação de cursos de curta
duração de Engenharia de Operação. Esta foi criada para atender as demandas
vindas da industrialização, competia com os cursos de bacharelado em engenharia,
porém era caracterizado como curso técnico de nível superior, a criação desta
modalidade devia pela demanda rápida de profissional com maior qualificação,
atendendo a expansão do mercado que vinha crescendo gradativamente nos
setores ferroviários, hidrelétricos, edificações e de serviços públicos.
Conforme Santos, (s.d), entre 1969 e 1973 ocorreu o “Milagre Econômico”, que
consistiu em um rápido crescimento da economia do país. Para Santos (s. d., citado
por CEFET-MG (2007a, p.45)), o período foi de um grande desenvolvimento, era de
se esperar que as profissões tecnólogos fossem de um grande impulso para o
desenvolvimento da indústria. No país foram implantados modelos de dependência
da tecnologia e do capital estrangeiro, que recebiam incentivos do MEC/USAID, que
influenciavam os currículos universitários com base nas visões positivistas as quais
tem como premissa a comprovação de algo a partir do método científico.
De acordo com Santos (s.d.), em 1972 a Escola Técnica Federal de Minas
Gerais, implantou seus primeiros cursos superiores, Engenharia de Operação nas
modalidades Mecânica e Elétrica, através do Decreto no 70.366/72. O curso tinha
duração de três anos e ênfase na prática, procurando atender as necessidades das
industrias, visando o desenvolvimento destas. Em contrapartida, o curso não
alcançou o prestígio pretendido em todo país. Seus egressos encontraram
dificuldades de serem absorvidos pelo mercado de trabalho na área de atuação.
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4. Centro Federal de Educação Tecnológica De Minas Gerais - CEFET-MG.
Segundo RIOS, Sara Bambirra Santos (s.d, p. 9), “Em 30 de junho 1978, por meio da Lei no 6.545, A Escola Técnica Federal de Minas Gerais transformou-se em Centro Federal Tecnológica, CEFET-MG, tendo como objetivo:
I - ministrar ensino em grau superior:
a) de graduação e pós-graduação, visando à formação de profissionais em engenharia industrial e tecnólogos;
b) de licenciatura plena e curta, com vistas à formação de professores e especialistas para as disciplinas especializadas no ensino de 2º grau e dos cursos de formação de tecnólogos;
II - ministrar ensino de 2º grau, com vistas à formação de auxiliares e técnicos industriais;
III - promover cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização, objetivando a atualização profissional na área técnica industrial;
IV - realizar pesquisas na área técnica industrial, estimulando atividades criadoras e estendendo seus benefícios à comunidade mediante cursos e serviços. (BRASIL, 1978).”
No mesmo ano, 1978, o Curso de Engenharia de Operação do CEFET-MG foi
extinto pelo Ministério da Educação, através da Resolução 5/77, alegado que a
denominação do curso geraria confusões e desfalque para os serviços prestados.
Em seu lugar surgiu o curso de Engenharia Industrial, com cinco anos de duração,
aproveitando algumas características do curso extinto na preparação do futuro
engenheiro para atuar no mercado.
Desse modo, o engenheiro industrial estaria apto à supervisão industrial e a
execução de encargos relacionados à produção. Este profissional se caracteriza,
predominantemente, pela prática já que atua tanto em cargos de condução de
processos industriais quanto em postos de supervisão e gerência.
Em 1981 houve a criação dos Cursos para Formação de Professores da Parte
de Formação Especial do Currículo do Ensino Médio, na sede e no interior, e em
outros estados. Várias edições foram ofertadas em convênios com as Secretarias de
Estado da Educação de Minas Gerais e de outros Estados
Em 21 de novembro de 1983, o Ministério da Educação e Cultura reconhece o
Curso de Engenharia Mecânica do CEFET-MG pela Portaria nº 457/83. O curso se
estrutura com grande ênfase na parte prática, com uma metodologia atenta à
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formação global do aluno, com vínculo ao mercado de trabalho e com estágio
supervisionado de um semestre letivo, sob acompanhamento da Empresa e Escola.
Em 1987 foi Criada a Unidade Descentralizada do CEFET-MG em
Leopoldina, hoje Campus III.
Em 1991 criou o Mestrado em Educação Tecnológica.
Em 1992 foi criada a Unidade Descentralizada Araxá, atual Campus IV,
inicialmente foram oferecidos os cursos técnico-industriais de Eletrônica, Mecânica e
Mineração.
Em 29 de dezembro de 1994, a Portaria 1.835 do Ministério da Educação
(MEC) reconhece o Curso de Licenciatura Plena para Formação de Professores da
Parte de Formação Especial do Currículo do Ensino Médio.
A Criação da Unidade Descentralizada Divinópolis, atual Campus V
aconteceu em 1994 como o objetivo de habilitar cursos técnicos em nível médio, a
principio foram oferecidos Eletromecânica e Vestuário, com tudo, as primeiras
turmas foram iniciadas em 1996.
Em 1995 foi criado o Curso Superior de Tecnologia em Normalização e
Qualidade Industrial.
Em 1998 foi criado o Programa Especial de Formação Pedagógica de
Docentes, que habilita o portador de diploma de Ensino Superior, excluindo as
licenciaturas, a ministrar aulas das disciplinas que integram as 4 últimas séries do
Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da Educação Profissional em Nível Médio,
com habilitação que envolve uma disciplina acadêmica ou uma área técnica. As
habilitações relativas às áreas técnicas devem pertencer às seguintes áreas:
Construção Civil, Indústria, Informática, Meio Ambiente, Química, Transporte e
Turismo e Hospitalidade. No caso das disciplinas acadêmicas serão oferecidas as
seguintes habilitações da área científica: Física, Química, Matemática e Biologia.
O Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes tem por objetivo
precípuo a formação de docentes para o exercício didático-pedagógico das
disciplinas técnicas na Educação Profissional.
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O Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes dá direito à
certificação equivalente à da Licenciatura Plena.
No mesmo ano houve a criação do Centro Técnico – CET, em Timóteo.
Em 1999 criou os Cursos Superiores de Tecnologia em Radiologia e de
Engenharia de Produção Civil.
O Curso de Engenharia de Produção Civil iniciou em 1999. Porém, somente
em 29 de dezembro de 2004, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) reconheceu
o curso através da Portaria no 4.374.
O Campus IX - Nepomuceno foi implantado, em 2001, a partir de Convênio
entre o CEFET-MG, MEC/FNDE e a Fundação Monsenhor Luiz de Gonzaga. Esta
última mantenedora do CEPROSUL – Centro de Educação Profissional do Sul de
Minas, escola criada em 2002 através do PROEP. O CEFET-MG nos termos do
convênio absorveu a gestão do CEPROSUL, com 05 (cinco) turmas em
funcionamento.
O CEFET-MG inaugurou outros três cursos de Engenharia. O curso de
Engenharia de Controle e Automação na UNED-Leopoldina, que foi implementado
em 18 de fevereiro de 2004, com a Portaria 056/04.
O curso de Engenharia de Automação Industrial do CEFET-MG, UNED-
Araxá, foi criado por meio da resolução CD 085/85 de 05 de julho de 2005, e
definido com base na Portaria 1694, de 05 de Dezembro de 1994, do Ministério da
Educação e do Desporto. O terceiro e mais novo curso de Engenharia do CEFET-
MG é o de Engenharia da Computação, que começou a ser ofertado no primeiro
semestre de 2007.
A partir de 2005, o CEFET-MG iniciou a implantação dos Cursos Técnicos
Integrados. Em 2006 os cursos técnicos na modalidade Concomitância Externa no
turno diurno foram substituídos pela modalidade integrada. Em 2008 concluiu o
processo de implantação dos Cursos Técnicos Integrados ao Nível Médio, com a
finalização dos cursos das turmas remanescentes da concomitância interna, isto é,
daquelas turmas de dupla matrícula, que davam a opção ao aluno de cursar apenas
o Ensino Médio. Com isso, o CEFET-MG definiu seu modelo institucional na oferta e
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na forma de ingresso para os Cursos Técnicos de Nível Médio: Modalidade
Integrada no Período Diurno e Modalidades Concomitância Externa, Subsequente e
Profissional Integrada à Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos - PROEJA, no Turno Noturno.
Em 2005 foi criado os Mestrados em Educação Tecnológica e em Modelagem
Matemática e Computacional.
O Centro Técnico – CET, em Timóteo tornou-se Unidade Descentralizada do
CEFET-MG em 2006, oferecendo os cursos técnicos de Química, Informática
Industrial, Mecânica, Metalurgia e Edificações, na modalidade Concomitância
Externas. Na modalidade Integrada são ofertados os cursos de Informática
Industrial, Química e Mecânica. Na modalidade EJA - Educação de Jovens e
Adultos- é oferecido o curso técnico Edificações. A Unidade de Timóteo também
oferece o curso superior de Tecnólogo em Normalização e Qualidade Industrial.
Ainda no mesmo ano criou a Unidade Descentralizada do CEFET-MG em
Varginha, atual Campus VII, oferece os cursos de Edificações, na modalidade
Educação de Jovens e Adultos (EJA), e Informática Industrial e Mecatrônica, na
modalidade Integrada.
Em 2006 foi criado o Grupo de Pesquisa NEMHE – Núcleo de Estudos de
Memória, História e Espaço, sendo responsável por pesquisa interdisciplinar que
desenvolve projetos nas áreas da história, da memória e da museologia sobre a
ciência, a técnica e a educação profissional, o grupo está ligado à Diretoria de
Pesquisa e Pós-Graduação do CEFET-MG e é composto por professores
pesquisadores e estudantes de diferentes cursos do mesmo e de outras instituições
de ensino e pesquisa de Minas Gerais. Os objetivos são estudar e preservar a
memória e o patrimônio da educação profissional, produzir conhecimento histórico
sobre educação profissional, investigar as interações sociais que marcam a
construção dos discursos científicos, criar e organizar espaços museais destinados a
exposições temporárias, itinerantes, virtuais e permanentes sobre ciência, técnicas e
profissões, constituir-se em espaço de formação, interlocução e aprimoramento de
pesquisadores. Para o desenvolvimento das pesquisas contamos com o apoio
financeiro do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
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Tecnológico), da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas
Gerais )e do CEFET-MG.
Em 2007, Luísa Lima Castro, ex-aluna do Curso Técnico de Química do
CEFET-MG, classificou-se em 1º lugar geral no Exame Nacional do Ensino Médio –
ENEM, com 100% de aproveitamento.
Em 30 de janeiro de 2008 foi inaugurada a sede própria do Centro Técnico –
CET, unidade conveniada ao CEFET-MG, em Itabirito, sendo responsável com os
aspectos didático-pedagógicos e a certificação dos profissionais. No mesmo ano o
CEFET-MG fez convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina para a
implantação do Curso de Letras com Habilitação em Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS, na modalidade ensino a distância e abre na UNED de Timóteo o curso
superior de Engenharia de Computação, o primeiro curso superior desta unidade.
Em 2009, aprovação, via CAPES, do curso de mestrado em Engenharia de
Materiais, possibilitando a Instituição atingir sete programas de pós-graduação e
confirmando o elevado crescimento e a consolidação deste nível de ensino no
CEFET-MG.
Em dezembro do mesmo ano o professor Roniere Menezes, coordenador de
Língua Portuguesa do CEFET-MG, recebeu menção honrosa no Grande Premio
UFMG de Teses de 2009 pela sua contribuição para o desenvolvimento da pesquisa
no campo de estudo em que está inserida.
Em março de 2010 o Departamento de Linguagem e Tecnologia do CEFET-
MG e o Department of Management and Engeneering da Hochschule Karlsruhe,
promoveu o I Curso de Documentação Tecnológica (DT) no Campus II, com o
objetivo de introduzir noções de produção textual conforme os gêneros empregados
na documentação tecnológica e familiarizar os recursos multimídia utilizada na
criação do mesmo.
No dia 10 de maio o CEFET-MG e a Prefeitura de Timóteo assinaram um
acordo de intenções para a instalação do novo Campus VII em um terreno doado
pelo município. A nova instalação localiza no centro da cidade onde funcionava a
antiga Secretaria de Obras do Município.
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Também no mesmo mês nos dias 10 e 11 o CEFET-MG realizou a I Mostra
de Graduação 2010, o evento aconteceu no campus II e apresentou aos estudantes
de ensino médio e vestibulandos os cursos superiores oferecidos pela instituição, os
alunos tiveram a oportunidade de conhecer os laboratórios e participar de mini
palestras sobre a grade curricular dos cursos.
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1. Após 100 anos.
O CEFET-MG hoje é uma Instituição Pública de Ensino Superior no âmbito da
Educação Tecnológica, que abrange os níveis médio, superior e de pós-graduação.
Atualmente são oferecidos 71 cursos, todos gratuitos e com a qualidade de uma
instituição pública federal. Destes, 34 no ensino técnico, 15 na graduação, 15
especializações e sete mestrados.
A Instituição atualmente possui mais de 15 mil alunos e 1.300 servidores.
Distribuído em dez campus espalhados por Minas Gerais, sendo Belo Horizonte
(campus I, II e VI), Leopoldina (Campus III), Araxá (Campus IV), Divinópolis
(Campus V), Timóteo (Campus VII), Varginha (Campus VIII), Nepomuceno (Campus
IX) e Curvelo (Campus X).
21
2. Conclusão.
A realização deste trabalho acadêmico, viabilizado por uma pesquisa
minuciosa sobre o tema, levantou e resgatou aspectos históricos do Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Ao longo de sua centenária
trajetória, pudemos observar que o CEFET-MG viveu (e ainda vive) constante
processo de mudança e ampliação, desde a estrutura física até a multiplicidade
de cursos técnicos e superiores. Outro fato interessante observado ao longo da
confecção do documento é o impacto que o CEFET-MG teve diante da
sociedade à proporção na qual foi se modificando. Uma instituição que nascera
por causa nobre, onde seus precursores não tinham uma clara visão da
relevância não só educacional, como também econômica, que a mesma veio a
possuir. Se nos primórdios a Escola de Aprendizes e Artífices tinha a exclusiva
preocupação de evitar que jovens carentes se entregassem ao mundo do crime e
das drogas, hoje o CEFET-MG fornece educação de alto nível aos egressos,
independente de sua idade ou classe social, qualificando mão-de-obra, além de
contribuir cientificamente com pesquisas e aplicações. O CEFET-MG é uma
nítida prova de que, quando há investimento em educação, a mesma se
desenvolve transformando o presente e construindo o futuro de uma nação.
22
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