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Centro Universitário de Caratinga Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Mestrado Acadêmico
DISSERTAÇÃO
Linha de Pesquisa – Desempenho Funcional Humano
ESTUDO DA EFICÁCIA DA ACUPUNTURA SISTÊMICA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO EM 150 MULHERES DE VITÓRIA-ES
Por
Rúbia Mara Gomes da Silva
Orientador
Prof. Dr. Marcus Vinícius de Mello Pinto
Co-Orientador Profa. Dra. Lamara Laguardia Valente Rocha
Caratinga 2010
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ESTUDO DA EFICÁCIA DA ACUPUNTURA SISTÊMICA NO TRATAMENTO DA
DEPRESSÃO EM 150 MULHERES DE VITÓRIA-ES
Rúbia Mara Gomes da Silva
Dissertação apresentada ao Centro Universitário de Caratinga, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, para obtenção do Título de Mestre.
Marcus Vinícius de Mello Pinto - Orientador
Lamara Laguardia Valente Rocha - Co-Orientadora
CARATINGA
2010
Centro Universitário de Caratinga
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Mestrado Acadêmico
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RÚBIA MARA GOMES DA SILVA
ESTUDO DA EFICÁCIA DA ACUPUNTURA SISTÊMICA NO TRATAMENTO DA
DEPRESSÃO EM 150 MULHERES DE VITÓRIA-ES
Dissertação apresentada ao Centro Universitário de Caratinga, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, para obtenção do Título de Mestre.
___________________________________ _____________________________ Prof. Dr. Marcus Vinícius de Mello Pinto Prof. Dr. Amédis Germano dos Santos (Orientador) _____________________________________ Prof. Dr. Mário Baraúna.
Dissertação apresentada em: _____/_____/______
Parecer da Banca:
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DEDICATÓRIA Este trabalho é dedicado ao meu esposo Glicério do Nascimento Pinto Júnior, estamos sempre
juntos, nas horas difíceis que ficamos mais fortes.
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Agradecimentos
Agradeço a todos os professores da minha vida, sei que sem eles não poderia estar aqui. Meu querido orientador e amigo que sempre me acolheu nas horas mais difíceis muito obrigada. Mas nas horas de felicidade, como esta, também sempre do meu lado. Lamara Laguardia Valente Rocha, sempre sábia, suas palavras fazem a diferença. Eugênio Ribeiro Gomes, seu apoio foi fundamental. Familiares e amigos, Revanir Gomes da Silva, Guiomar Aparecida Silva, Rosemary Aparecida Gomes da silva, Wesley Gomes da Silva, Raíssa Gomes da silva, Thiago Anildo Pereira, Raerine Gomes da Silva, Ádan Lúcio Gonçalves Pereira Penha, Sra Selma Cevidanes e Sr.Glicério do Nascimento Pinto: a turma do meu coração.
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GOMES SILVA, RÚBIA MARA. Centro Universitário de Caratinga. Agosto 2010. Estudo da Eficácia da Acupuntura Sistêmica na depressão em 150 mulheres de Vitória-ES.Orientador: Professor D.Sc. Marcus Vinícius de Mello Pinto; Co-Orientadores: Professora D.Sc. Lamara Laguárdia Valente Rocha
RESUMO No último século, com a necessidade de uma maior rapidez das atividades diárias, houve uma elevação da prevalência das doenças crônicas não-transmissíveis, as quais desenvolvem-se de forma silenciosa, de origem multifatorial e influenciam diretamente a qualidade de vida do indivíduo. Este grupo de enfermidades compreende transtornos psicológicos e psiquiátricos, como a depressão. Esta patologia é recorrente podendo apresentar prejuízos físicos, emocionais e mentais, pelo estado alterado das emoções no qual a pessoa se sente num nível anormal de tristeza. As causas de depressão podem variar, influenciando o início e a persistência dos episódios depressivos. No final do século XIX, surgiram as escalas de avaliação dos sintomas de depressão. O Inventário de Depressão de Beck é apontado como um método auto-avaliativo muito utilizado no meio clínico e de pesquisa. O tratamento desta patologia se baseia em ansiolíticos, fármacos anti-depressivos inibindo o sistema nervoso central, hormônios, psicoterapias e acupuntura. Os efeitos da acupuntura sobre atividade cerebral têm sido demonstrados através de exames neurológicos, e seus resultados no tratamento de transtornos depressivos também têm sido evidenciados. O objetivo deste trabalho é analisar a influência da acupuntura sistêmica no tratamento de mulheres diagnosticadas com depressão. É um trabalho prospectivo, randomizado, feito com 150 pacientes, adultos, entre 35 e 50 anos, do sexo feminino e, após avaliadas por um médico psiquiatra, foram encaminhadas para a Clínica Escola do Instituto Superior de Ciências da Saúde na cidade de Vitória-ES, para receberem tratamento de acupuntura, durante o primeiro semestre de 2010. Foram tratadas com um protocolo de combinação de pontos segundo Ross (2000), de acupuntura realizados em 3 sessões semanais, sendo um total de 30 sessões cada paciente. Foram utilizadas agulhas de acupuntura descartáveis de 0,25 (diâmetro) x 30mm (comprimento), em aço inox; álcool 70%; algodão hidrófilo, descarpack e luvas descartáveis. Foram excluídas todas as pacientes impossibilitadas de ir ao local de avaliação e tratamento. Depois de avaliadas por um indivíduo treinado, todas as pacientes foram submetidas ao “Inventário de depressão de beck” (IDB). Os resultados obtidos após o tratamento mostraram uma melhora significativa no quadro de depressão, mas conclui-se que necessita de maiores estudos para entender a verdadeira atuação da acupuntura perante a doença
Descritores: Acupuntura, Depressão, Cognição
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GOMES SILVA, RÚBIA MARA. Centro Universitário de Caratinga. agosto 2010. Estudo da Eficácia da Acupuntura Sistêmica na depressão em 150 mulheres de Vitória-ES. Adviser: Prof. D.Sc. Marcus Vinícius de Mello Pinto; Co-Adviser: Prof. D.Sc. Lamara Laguárdia Valente Rocha
ABSTRACT
The last century has been marked by the need for speed in the daily activities of life. Therefore the income of prevalence chronicle non-communicable diseases has increased. Those diseases are developed in a silent way, have got multifactorial sources and act straight on the personal quality of life. The depression is one of the examples of psychological and psychiatrist illness. This pathology is recurrent and involves physical, emotional and mental damages, considering the abnormal status of emotions and high level of sadness. The causes of depression vary including social factors that influence on the beginning and continuity of depressing episodes. At the end of XIX century were created the scales of evaluation of depression symptoms. The Beck Depression Inventory (BDI) is pointed as a depression self-evaluation method used for clinic and research. The treatment of this pathology is based on ansiolitics, pharmacists, non-depressives, hormones, psychotherapies and acupuncture. The effects of acupuncture on brain activity have been demonstrated throughout neurologic exams, and the results of depression treatment have also been shown. The objective of this work is to analyze the influence of the systemic acupuncture on treatment on diagnosis of women depressed. It’s a prospective work, random, done with 150 patients, adults, age from 35 to 50 years old, female. After evaluated the patients were taken to Clínica Escola do Instituto Superior de Ciências da Saúde in the city of Vitória-ES, to receive acupuncture treatment, during the first semester of 2010. They were treated with a combination of acupuncture points according to Ross (2000), managed three times a week in a total of 30 sessions on each patient. It were used disposable acupuncture needles of 0,25 mm (diameter) x 30mm (length), made of inox; 70% alcohol; hygrophilous cotton; descarpack and disposable gloves. After being evaluated by trained personal, all the patients were under the Beck Depression Inventory . The results of t the treatment have shown considerable changing in depression status, although it´s needed bigger studies to understand the real acting of acupuncture on the disease. Keywords: Acupuncture, Depression, Cognition
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………........……..................09
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................................10
2.1. Depressão....................................................................................................................10
2.2. História da Depressão........................................................................................11
2.3. Classificação da Depressão.................................................................................12
2.4. Etiopatogenia da Depressão.......................................................................................14
2.5. Método Avaliativo – Inventário de Depressão de Beck.............................................16
2.6. Tratamento.......................................................................................................17
2.7. Acupuntura.......................................................................................................19
3. OBJETIVO E HIPÓTESES ..............................................................................................23
4. METODOLOGIA DE TRABALHO................................................................................24
4.1. Seleção dos Pacientes........................................................................................25
4.1.1. Critérios de Inclusão................................................................................25
4.1.2. Critérios de Exclusão..............................................................................25
4.2. Método de Tratamento......................................................................................25
5. ANÁLISE ESTATÍSTICA:................................................................................................32
6. RESULTADOS...............................................................................................................33
7. DISSCURSSÃO..............................................................................................................34
8. CONCLUSÃO ...............................................................................................................36
9. REFERÊNCIAS .............................................................................................................37
10. ANEXOS......................................................................................................................40
10.1. Anexo A..................................................................................................43
10.2. Anexo B....................................................................................................43
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1 - Introdução
O Brasil passou, no último século, por um aumento das doenças crônicas não
transmissíveis. Houve uma mudança no perfil de morbidade da população, o envelhecimento
populacional também aumentou, elevando, assim, a prevalência de tais enfermidades. (ROSA,
2007).Diabetes, patologias cardiovasculares, psiquiátricas e psicológicas fazem parte do grupo
das doenças não transmissíveis. Muitas vezes, desenvolvendo-se de forma silenciosa e
apresentam grande recorrência. (SOUZA, 2007).
Por ter uma variação de sinais e sintomas muito alta entre os pacientes, há uma certa
dificuldade de diagnóstico e tratamento. Este é o caso da depressão. (BALDESSIN, 2002).
A depressão é uma condição médica comum, crônica e associada à limitação
funcional. Sua causa ainda não é bem definida, variando de causas biológicas, genéticas e
psicosociais. (PADOOVANI, 2005).
Em reunião realizada no Rio de Janeiro em novembro de 2003, com representantes do
Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde, Organização Mundial da
Saúde e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, foi dito que
este conjunto de doenças é responsável por 60% das mortes e incapacidade em todo o mundo,
numa escala progressiva, podendo chegar a 73% de todas as mortes em 2020. Em 2001, no
Brasil, foram responsáveis por 62% de todas as mortes e 39% de todas as hospitalizações
registradas no Sistema Único de Saúde (OPAS/OMS, 2004).
Entender os transtornos depressivos e sua associação e correlação com outras
patologias é importante para fomentar e criar políticas públicas de saúde em gerir qualidade e
condição de vida para a população, fortalecendo e concretizando a interdisciplinaridade dos
profissionais da área de saúde e promovendo uma intensa integração entre ensino, pesquisa e
extensão. Oferecendo, dessa forma, um ciclo completo de inter-relacionamento nas atividades
multiprofissionais. (DEL PORTO, 2000).
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2. Revisão Bibliográfica_____________________________________________________
2.1 – Depressão
No último século, com os avanços tecnológicos, e a necessidade de uma maior rapidez
das atividades de vida diárias, houve uma elevação da prevalência das doenças crônicas não-
transmissíveis. (ROSA, 2007). Essas doenças influenciam diretamente no trabalho, nas
atividades de vida diária, ou seja, na qualidade de vida do indivíduo, pelo alto grau de stress
do paciente. (SOUZA, 2007).
As doenças crônicas não-transmissíveis, muitas vezes, desenvolvem-se de forma
silenciosa e têm origem multifatorial. Além do mais, não é raro que as mesmas se apresentem
interligadas, não podendo ser estabelecida uma abordagem única e padronizada. (ROSA,
2007). O grupo dessas doenças compreende enfermidades cardiovasculares, diabetes, câncer,
doenças respiratórias crônicas, transtornos psicológicos e psiquiátricos, sendo que os fatores
de risco são comuns e demandam por assistência continuada de serviços e ônus progressivos.
(DEL PORTO, 2000).
A depressão, é uma doença crônica não transmissível e recorrente, de caráter
psicológico podendo apresentar prejuízos psiquiátricos, físicos, emocionais e mentais, pelo
estado alterado das emoções no qual a pessoa se sente num estado anormal de tristeza. Ocorre
ainda, limitação do bem-estar, o que compromete a qualidade de vida. Há a possibilidade de
variáveis psicológicas iniciarem o desenvolvimento de sintomas físicos, como no caso de uma
tensão muscular resultante de uma resposta mal adaptada ao estresse psicológico.
(BALDESSIN, 2002; ROSA, 2007; SOUZA, 2007).
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2.2 – História da Depressão
A primeira descrição de um quadro de possível depressão foi feita na Grécia por
Hipócrates que usava os termos “mania” e ”melancolia” quando havia perturbações mentais.
Nesta época, depressão, melancolia e psicose eram consideradas a mesma patologia. Os
sintomas de aversão à comida, falta de ânimo, insônia, irritabilidade e inquietação estavam
presentes na maioria dos pacientes psiquiátricos, e se durassem muito tempo, tal estado seria
próprio da melancolia. (JACOMINO, 2006).
A história do Rey Saul, no Antigo Testamento, descreve uma síndrome depressiva,
assim como a história do suicídio de Ajax, na Ilíada, de Homero Cerca de 400 a.C. Por volta
do ano 30, Aulus Comelius Celsus descreveu a melancolia em alguns estudos. Foi assim
utilizado por outros autores, incluindo Arateus, Galeno e Alexandre de Talles, no século VI.
Moses Maimonides, no século XII, que considerou a melancolia como uma entidade
patológica distinta.(SOUZA, 1999).
No Iluminismo, o escocês Willian Cullen sugeriu que na melancolia ocorreria uma
alteração de função nervosa, e fez a descrição mais detalhada das doenças mentais da época.
As partes do encéfalo estariam em um estado desigual de “excitação” e “colapso”.(DUARTE,
2007).
No século XIX houve uma atualização dos conceitos de doença psiquiátrica, que se
aproximam dos utilizados atualmente. Em 1685, Bonet descreveu uma doença mental à qual
chamou de maníaco-melancholicus.(KAPLAN, 1997).
O médico francês Dr.Philipe Pinel deu início a um tratamento mais humano na Europa
durante o ano de 1793. Apartir daí, com a classificação das doenças psiquiátricas de Pinel foi
facilitado o entendimento e abordagem dos pacientes em hospitais e clínicas. (BLAY, 2000).
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O Dr. Aubrey Lewis foi o primeiro a diferenciar depressão e psicose, tornando-se um
marco para definição e orientação no tratamento da depressão. Já que a psicose tem como
predominância do delírio nos relatos do dia a dia, feito pelos pacientes. Em 1864, Jules Falret
descreveu uma condição chamada de folie circulaire, na qual os pacientes experimentam
humores alternados de depressão e mania. (SOUZA, 1999)
Emil Kraepelin, em 1899 descreveu uma psicose maníaco-depressiva que continha a
maioria dos critérios usados atualmente pelos psiquiatras, para o estabelecimento do
diagnóstico de Transtorno bipolar. (JACOMINO, 2006).
Por fim, os transtornos psicológicos foram amplamente estudados pelo Dr. Sigmund
Freud, em seu artigo Luto e melancolia descreveu várias semelhanças entre a melancolia e o
luto, onde a perda de interesse pelo mundo externo, e como semelhança o fato de no luto a
perda ser real e na melancolia o objeto foi perdido como objeto de amor. (ACHUTTI, 2004).
2.3 – Classificação da Depressão A depressão tem sido classificada de diferentes formas. Atualmente, há duas
classificações: a da escola européia, contida no CID-10 (Classificação Internacional de
Doenças em sua décima edição – capítulo V), e a da Associação Americana de Psiquiatria,
denominada DSM-IV (Manual de Diagnóstico e de Estatística das Perturbações Mentais).
De acordo com o CID-10, no episódio depressivo o indivíduo sofre de perda de interesse
e prazer e energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída.
Cansaço marcante após esforços leves é comum, concentração e atenção reduzidas, auto-
estima e autoconfiança reduzidas, idéias de culpa e inutilidade, visões desoladas e
pessimistas do futuro, idéias ou atos autolesivos ou suicídio, sono perturbado, apetite
diminuído. (SANTOS, 2009)
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Em alguns casos, ansiedade, angústia e agitação motora são mais proeminentes do que a
depressão. A mudança do humor pode ser mascarada por irritabilidade, consumo excessivo
de alcool, exacerbação de sintomas fóbicos ou obsessivos preexistentes ou por preocupações
hipocondríacas. Para o diagnóstico, o CID-10 requer uma duração de pelo menos duas
semanas, mas períodos mais curtos podem ser razoáveis se os sintomas são usualmente
graves e de início rápido. (CID-10, 1993).
Ainda assim, é uma morbidade de difícil mensuração, especialmente em estudos
epidemiológicos, porque os sintomas traduzem diferentes tipos de sentimento, que variam
bastante em intensidade. (BALDESSIN, 2002).
Utiliza-se o termo depressão, caso sensações de infelicidade tornam-se mais
duradouras e intensas, o que pode prejudicar a capacidade das atividades de vida diárias de
uma pessoa, no trabalho e vida pessoal. (PADOVANI, 2005).
A depressão tem como característica vários sintomas (o mesmo paciente não
apresentará todos esses sintomas) como Síndrome do pânico; transtorno obsessivo
compulsivo; anorexia nervosa; tristeza, com o humor muito deprimido; chorar muito ou não
conseguir chorar; dificuldade de concentração nos estudos ou mesmo ao ler uma revista;
sentimento de fracasso; alterações do apetite, diminuindo ou aumentando; alterações no
sono, o paciente fica totalmente insone ou muito sonolento; perda de interesse pela vida;
sensação de cansaço; pessimismo; não conseguir terminar algo que iniciou; desanimo para as
atividades diárias; ansiedade (impaciência, inquietação) associada ao quadro depressivo;
sensação de opressão no peito; sensação de desconforto no rítmo cardíaco, sem causa física
comprovada pelo cardiologista; constipação intestinal; dificuldades digestivas; boca
ressecada; perda da libido (perda do desejo sexual); cefaléia (dor de cabeça), sem motivo
físico; pensamentos de suicídio; raramente ocorrerão todos os sintomas juntos no mesmo
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paciente, porém, na maioria das vezes, acompanhadas de sintomas do sistema cognitivo,
somático e comportamental. (PADOVANI, 2005; ROSA,2007).
Os pacientes com depressão apresentam um reduzido funcionamento físico e mental,
como os pacientes que apresentam doenças crônicas como diabetes. (SMITH, 2008).
2.4- Etiopatogenia da Depressão A depressão pode ter iníco em qualquer idade, porém, estatisticamente tem idade
média de aparecimento de 25 anos. Alguns episódios de depressão podem se mesclar com
períodos de anos sem sintomas. Em muitos casos ocorrem episódios cada vez mais freqüente
com o aumento da idade. (DEL PORTO, 2000).
De 10% a 15% da população sofre de depressão. Das pessoas acometidas por
depressão a quantidade de mulheres é 2 vezes maior do que em homens. Este transtorno
intenso está associado com alta mortalidade. Até 15% dos indivíduos com forte depressão
morrem por suicídio, sendo que 20% dos indivíduos que apresentam alguma alteração da
saúde (por exemplo, diabetes, infarto do miocárdio, câncer, acidente vascular cerebral)
desenvolvem depressão ao longo do tempo. O tratamento da alteração da saúde é mais
complexo e o prognóstico é menos favorável se houver um transtorno depressivo (SOUZA,
1999; SMITH, 2008).
As causas de depressão podem variar desde fatores psicossociais, como condições
adversas que podem influenciar o início e a persistência dos episódios depressivos, fatores
genéticos e biológicos. Neste sentido, tem-se buscado identificar as condições que estariam
associadas à depressão, não só as causas, mas também os fatores de proteção. (GOLDEN,
2008; ROSA, 2007).
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Os episódios depressivos, muitas vezes, surgem após algum evento stressor
psicossocial severo, como luto, divórcio ou desemprego. Estudos sugerem que eventos
psicossociais (eventos estressores) podem desempenhar um papel mais importante na
precipitação do primeiro ou segundo episódio de transtorno depressivo e têm menos
importância para o início dos episódios mais tarde. Entre esses eventos, podemos encontrar
também as mudanças nas condições de trabalho ou no início de um novo tipo de trabalho,
doença de um ente querido, de conflitos familiares graves, as mudanças no círculo de amigos
ou mudança de cidade. (BLAY, 2000).
Alguns estudos demonstram a hipótese de hereditariedade ter sua importância na causa
da depressão, filhos de pais deprimidos têm maior risco de desenvolver depressão. (DUARTE,
2007).
Não é conhecida exatamente a causa biológica da depressão. Nota-se o desequilíbrio
de determinadas substâncias, tais como neurotransmissores e hormônios. As alterações
bioquímicas do cérebro que são observadas na depressão são variadas e ainda não se tem
definido o papel exato. Genericamente se observa desequilíbrio de certos neuromediadores
como serotonina, noradrenalina, dopamina, acetilcolina, e o sistema do ácido gama-
aminobutírico. (BALDESSIN, 2002).
Para entender melhor essa doença, e agir de forma adequada, antes de tudo é preciso
compreender de que forma se que dão certas relações, suas peculiaridades biofisiológicas e
psicossociais. Muitas vezes, o indivíduo, traz alterações morfofisiológicas que podem,
quando associadas a fatores ambientais referentes ao estilo de vida, propiciar a gênese de
novas patologias e aumentar a fragilidade do mesmo. Se não bem-conhecidas e estudadas
pelos profissionais de saúde, podem ser erroneamente interpretadas como peculiares do stress
e abordadas de forma não coerente. (MOUNTZ et al, 1995).
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2.5– Método Avaliativo – Inventário de Depressão de Beck
No final do século XIX, surgiram as escalas de avaliação dos sintomas de depressão,
sendo que na década de 1950, houve uma proliferação de instrumentos desse tipo a partir do
avanço da psicofarmacologia. (PADOVANI, 2005).
De acordo com a variedade e a complexibilidade dos sinais e sintomas, as escalas e
formas de avaliação, de certa forma, privilegiam determinadas categorias de sintomas, em
detrimento de outras. Então, ao escolher uma determinada escala, é necessário identificar
qual categoria será abordada na escala em questão, de acordo com a porcentagem de
contribuição de cada uma dessas categorias de sintomas ao escore máximo possível.
(PADOVANI, 2005).
O Inventário de Depressão de Beck (IDB) é apontado por Gorenstain e Andrade
(2000) como um método auto-avaliativo de depressão muito utilizado no meio clínico e de
pesquisa. Esta escala, valoriza principalmente a categoria de sintomas cognitivos,
responsável por cerca de 52% dos itens. Estaca-se ainda a avaliação para depressão de
Hamilton, que prioriza os sintomas vegetativos/somáticos (28%), os sintomas cognitivos
(28%), e os ansiosos (16%), a escala de Montgomery-Asberg, a qual concentra-se na
avaliação do humor(30%), dos sintomas vegetativos/somático (30%) e dos sintomas ansiosos
(10%). (GANDINI, 2007).
O IDB é a escala mais utilizada e considerada mais práticas pelos profissionais da
saúde e estudiosos. Consiste de 21 itens referente a tristeza, pessimismo, sensação de fracasso,
falta de satisfação, sensação de culpa, sensação de punição, idéias suicidas, crises de choro,
irritabilidade, retração social, indecisão, distúrbio do sono, diminuição da libido,
autodepreciação, auto-acusações, distorção da imagem corporal, inibição para o trabalho,
fadiga, perda de apetite, perda de peso, preocupação somática. Cada um desses 21 itens
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contém quatro respostas, que é escolhida e marcada pelo paciente, sendo que essas respostas
variam em intensidade de 0 a 3, e são somados após respondido o IDB, sendo que o resultado
distinguirá o nível de depressão. Para isso, se tem os seguintes pontos de corte: menor que 10
= sem depressão ou depressão mínima; de 10 a 18 = depressão, de leve a moderada; de 19 a
29 = depressão de moderada a grave; de 30 a 63 = depressão grave. (DUARTE; 2000).
2.6 Tratamento
O tratamento desta patologia se baseia em ansiolíticos, fármacos antidepressivos que
inibi o sistema nervoso central e ainda hormônios, psicoterapias e acupuntura.
(BALDESSIN, 2002). Subseqüente a isto, existem uma série de intervenções psicológicas,
terapias cognitivas e orientações. Há indicativos que na Austrália preferem as terapias
complementares para esta doença, sendo que 49% da população australiana já consultaram
algum terapeuta de técnicas complementares. Nos Estado Unidos os pacientes que sofrem de
depressão, utilizam a acupuntura para tratamento. (SMITH, 2008).
A intervenção terapêutica deve ser realizada com o paciente e não para o paciente,
portanto, deverá ser disponibilizada ao paciente informações concernentes à depressão bem
como às opções terapêuticas, sendo abordado e entendido de forma globalizada levando em
consideração o ser humano como um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas, e
sociais. (SOUZA, 1999).
A motivação, grau da depressão, ambiente estável e o estilo de vida são fatores que
podem influenciar o sucesso do tratamento. Sendo que um paciente clínico deprimido ajuda
menos quando em tratamento de alguma patologia de base ou secundária a doença, existindo
maior prejuízo funcional. (SOUZA,1999; JACOMINO, 2006).
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A ajuda recebida por familiares e amigos, contribui para um melhor senso de controle
pessoal influenciando positivamente no bem-estar psicológico. Com a presença de suporte
social adequado, é esperado que as pessoas sintam-se amadas e seguras para lidar com
problemas de saúde e tenham elevada auto-estima. As redes sociais formadas por familiares e
amigos influenciam significativamente nos efeitos da depressão. Pessoas que não têm este tipo
de suporte tendem a ter maior dificuldade para lidar com estas situações do que as pessoas que
têm o suporte social. Este atributo cresce de importância, sobretudo quando se observam as
distintas formas de como as pessoas estão enfrentando as situações da vida, ou como elas
reagem ante os estímulos estressantes e lidam com situações adversas. (ROSA, 2007).
Para os sujeitos em que seus valores e crenças são mediados por práticas religiosas, as
estratégias de enfrentamento são mais utilizadas, influenciando positivamente no acesso a
redes de suporte social. (PADOVANI, 2006).
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2.7 – Acupuntura
Juntamente com a medicina ocidental, oficialmente reconhecida no Brasil, coexistem
outras práticas de diagnóstico, cuidados e prevenção relacionados à saúde. A tendência na
literatura, ao fazer referências a essas práticas, usam o termo medicina complementar e
alternativa. O Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa dos Estados Unidos,
diz que a medicina complementar é o conjunto de diversos sistemas, práticas e produtos
médicos e de atenção à saúde que não se consideram atualmente parte da medicina
convencional. Podendo ainda ser definida como intervenções que não são discutidas durante a
graduação e que geralmente não estão disponíveis, facilmente na literatura, nos hospitais ou
que não estão em conformidade com os padrões da comunidade terapêutica ocidental. (NETO,
2009).
Nos Estados Unidos, tem demonstrado sistematicamente o uso de medicina alternativa
no cuidado à saúde. Os tipos de terapias alternativas utilizadas variam de um país para outro.
As formas mais comuns incluem: fitoterapia brasileira ou chinesa, massoterapia, homeopatia,
oração a Deus, grupos de auto-ajuda, remédios populares, programas de dietas, acupuntura,
quiropraxia, exercícios físicos e respiratórios, entre outros. O que é convencional num lugar,
não o é, necessariamente, em outro. (NETO, 2009).
Desde o ano de 2002, a Organização Mundial de Saúde procura incentivar a utilização
das práticas alternativas nos seus países membros por meio do documento conhecido como
WHO Traditional Medicine - definitions. Esse informe aponta diversas razões, como baixo
custo e elevada efetividade, pelas quais as práticas da medicina tradicional, incluindo-se a
acupuntura, devem ser utilizadas por seus países membros. (SANTOS, 2009).
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A Organização Mundial de Saúde, reconhece que a acupuntura poderia servir como
tratamento principal ou complementar para as mais diversas patologias, além de apresentar
uma influência profunda sobre os problemas físicos e emocionais. (ACHUTTI, 2004).
A acupuntura tem origem na China, sendo uma técnica que surgiu como modo de
prevenção, mas utilizada no oriente como método curativo, na maioria das vezes. Isso devido
a cultura dos grandes centros. A teoria da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) diz que o
estado da saúde depende do equilíbrio de energia do corpo, seus feitos ocorrem mediante a
inserção de agulhas finas em várias partes do corpo para corrigir o desequilíbrio de energia.
Existem vários métodos de aplicação de agulha como a acupuntura clássica, acupuntura
auricular, crânio puntura, entre outras. A MTC se baseia nas idéias filosóficas do yin e yang e
dos 5 elementos, estas teorias constituem a base para a explicação das enfermidades e dos
funcionamentos fisiológicos. Uma explicação ocidentalizada inclui seus efeitos no sistema
nervoso central e o uso em pontos gatilhos. (SMITH, 2008).
Os efeitos da acupuntura sobre atividade cerebral têm sido demonstrados através de
eletroencefalografia, de potenciais evocados, ressonância magnética, e seus resultados no
tratamento de transtornos depressivos também têm sido evidenciados, e que o conceito de
pontos-sensíveis ou dolorosos têm uma relação estreita com o conceito dos pontos de
acupuntura. (YAMAMURA, 2001).
Os estudos da neurociência relacionam os efeitos da acupuntura com estímulos
neuronais, ativação de mecanismos opióides endógenos e de neuropeptídeos estimulando
estruturas cerebrais específicas. (SZABO, 2006).
Para a ciência convencional a acupuntura exerce seu efeito mediante mecanismos
neurológicos, neuro-humorais e psicológicos. Com relação a depressão, existe evidências,
apartir de experimentos com animais, que utilizaram eletroacupuntura, e foi demonstrado que
aumento da síntese e liberação de serotonina (5-HT) e norepinefrina (NE).(SMITH, 2008).
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A base teórico-filosófica do tratamento através da acupuntura é no reequilíbrio
energético dos meridianos, que são canais que conduzem a energia vital (Qi) pelo nosso
organismo, propiciando equilíbrio bioquímico, físico (biológico) e mental. A acupuntura pode
promover a diminuição drástica dos sintomas álgicos nos casos de dores crônicas,
promovendo o restabelecimento precoce das atividades. Uma técnica milenar com resultados
que comprova o aumento da produção de endorfinas, responsáveis pela sensação de bem estar.
Tem sido utilizada para tratar diversas condições dolorosas. Seus efeitos neurobiológicos, que
também interferem sobre os neurotransmissores relacionados com a dor e a depressão,
qualificam o método como adequado para o tratamento desta patologia. (SZABÓ ,2001;
ROSS, 2006).
Existe um consenso entre os autores em relação a causa da depressão de acordo com a
Medicina Chinesa, todos concordam que pode ser explicada através da teoria dos 5 elementos
(MACIOCIA, 2007).
Na teoria dos 5 elementos, os portadores de transtornos depressivos possuem distúrbio
energético no fígado, baço-pâncreas e rim. Já que segundo esta teoria o fígado é responsável
pelas emoções, sendo considerado o pai das emoções ; o baço-pâncreas é responsável pela
memória e fome, e o rim revela o estado geral de energia do indivíduo em especial da energia
ancestral (também genética) e como a mesma esta sendo utilizada. (AUTEROCHE,1992;
ROSS, 2006).
Para Yamamura (2001) e Maciocia (2007), no caso da depressão há uma alteração
energética caracterizada por um excesso do fígado e uma deficiência de rins e baço,
principalmente. Através desta lei também se observa que o ciclo de dominação fígado,
coração, rim, pulmão, necessita de tratamento simultâneo.
De acordo com estudos e pesquisas para comprovar a eficácia, a arte da acupuntura
visa através da sua técnica, estimular os pontos reflexos que tenham a propriedade de
22
restabelecer o equilíbrio alcançando assim, resultados terapêuticos e diminuindo o quadro
álgico para uma melhor qualidade de vida e retorno às atividades diárias. (SZABO, 2001).
O resultado do tratamento depende de vários detalhes, que varia entre procedimento
invasivos e não-invasivos como o ângulo de inserção e profundidade das agulhas; o método
de estimulação como, por exemplo, o uso de eletroestimulação (que consiste de corrente
elétrica pulsátil ou contínua por meio das agulhas), laser nos pontos de acupuntura, acupressão
(pressão digital nos pontos de acupuntura). È possível que estes diferentes estímulos podem
atuar na efetividade do resultado, a investigação sobre isto é escassa. (MACICIOCIA, 2007)
A acupuntura é um procedimento que não dispõe de efeitos adiversos, caso feito por
profissional competente e bem treinado.
Desta forma, encontrar alternativas de tratamento que minimizem e resolvam os
sintomas da depressão é de suma importância para os sistemas de saúde.
23
3 – Objetivos e Hipóteses
3.1 - Objetivo Geral: Analisar a influência da acupuntura sistêmica no tratamento de mulheres diagnosticadas com depressão. Objetivo Específico:
-Avaliar o efeito da acupuntura no tratamento da depressão -Realizar um levantamento dos pacientes com depressão -Analisar os resultados -Obter esclarecimentos sobre a atuação da acupuntura na doença citada
3.2 Hipótese: pacientes com depressão submetidas ao tratamento de acupuntura terão uma melhora considerável na qualidade de vida.
24
4- Metodologia do Trabalho
É um estudo experimental controlado, feito com 150 pacientes, adultos, entre 35 e 50
anos, do sexo feminino, as quais depois de avaliadas por um médico psiquiatra foram
encaminhadas para a Clínica Escola do Instituto Superior de Ciências da Saúde na cidade de
Vitória-ES, para receberem tratamento de acupuntura, durante o primeiro semestre de 2010.
Foram tratados com um protocolo de combinação de pontos segundo Ross (2000), de
acupuntura sistêmica, realizados em 3 sessões semanais, sendo um total de 30 sessões cada
paciente.
Foi utilizado agulhas de acupuntura descartáveis de 0,25mm (diâmetro) x 30mm
(comprimento), em aço inox; álcool 70%; algodão hidrófilo, descarpack e luvas descartáveis.
Após avaliadas por um indivíduo treinado, todas as pacientes foram submetidas ao
Inventário de Depressão de Beck (IDB). (ANEXO A).
Foi aplicado o IDB (Beck et al., 1961), sendo utilizada a versão validada em português
(GORENSTEIN E ANDRADE, 1996).
O IDB foi respondido antes do tratamento, e foram selecionadas somente as pacientes
que obtiverem resultado de 20 pontos, e as que tinham condições de de chegar ao local de
tratamento.
Todos os voluntários assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, de
acordo com o Comitê de Ética em Pesquisa da UNEC. Todas as pacientes foram informadas
sobre o tratamento, e a metodologia foi aprovada pelo Comitê de Ética do Centro
Universitário de Caratinga- UNEC.
25
4.1- Seleção dos pacientes
4.1.1- Critério de inclusão:
Mulheres com idade de 35 a 50 anos, com diagnóstico clínico de depressão, expedido
previamente por médico psiquiátrico. Todas apresentando sinais e sintomas da patologia em
questão e confirmada pelo Inventário de Depressão de Beck aplicado pelo médico preparado.
Todas as pacientes, obrigatoriamente, passaram por uma avaliação clínica criteriosa, por um
médico psiquiátrico e um psicólogo para evitar variáveis na pesquisa. Não poderia haver uso
de fármacos específicos para depressão ou de efeitos secundários para a própria.
4.1.2 – Critérios de exclusão:
Alterações psiquiátricas graves, ou que alcançaram uma pontuação maior ou menor
que 20 no IDB, uos de medicamentos para depressão ou que interfere na doença, tratamento
com acupuntura sistêmica com até um ano antes do começo do estudo, para que não haja
dúvidas sobre os efeitos, pois o efeito é acumulativo.
4.2- Método de tratamento
Foram realizadas 30 sessões de acupuntura sistêmica, três vezes por semana, com
duração de 20 minutos cada uma e sempre pelo mesmo fisioterapeuta acupunturista. Usou-se
agulhas próprias para acupuntura, flexíveis, novas e descartáveis, com 0,25mm de espessura e
0,30 mm de comprimento.
Devido a localização dos pontos selecionados, as pacientes ficaram em decúbito dorsal
durante os vinte minutos do procedimento, com os cuidados necessários para prevenir
26
acometimentos de todas as estruturas anatômicas, de forma que elas se encontrassem mais
relaxadas possíveis.
Em todos os atendimentos as pacientes eram submetidas ao tratamento de acupuntura.
Os pontos selecionados eram esterilizados por álcool 70%, e posteriormente eram
introduzidas as agulhas em cada ponto de acordo com as informações de atlas gráfico de
acupuntura. O terapeuta utilizou de luvas de procedimento descartáveis ao aplicar e retirar as
agulhas. Após todas as agulhas introduzidas, o paciente permaneceu deitado na maca por um
período de 20 minutos para que se pudesse proceder ao efeito da acupuntura. Após esse
período, as agulhas eram retiradas e a paciente liberada para retornar as suas atividades do dia.
Os pontos de acupuntura foram selecionados e punturados bilateralmente a partir de
indicações bibliográficas de acordo com a sintomatologia da depressão, pois não há um
padrão ouro para este tratamento. Foi usado o mesmo grupo de pontos para todas as mulheres.
O tratamento deve ser: IG4, C7, VG20, B20, B23, B62, ID3, B52, B22, R3, Yintang
A forma de puntura e as funções dos pontos foram definidos apartir do Atlas Gráfico
de Acupuntura - Um manual ilustrado dos pontos de acupuntura (seirin), que define a
profundidade e graus de inclinação da agulha, como segue.
Fonte: Atlas gráfico de acupuntura: um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
27
IG4, localizado nas costas da mão, ao lado do ponto médio do segundo osso metacárpico,
mo músculo abdutor do polegar, deve ser punturado perpendicularmente de 0,5 a 0,8 tsun de
profundidade, liberta o calor e a superfície, descongestiona e ativa os cinco órgãos sensoriais;
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
C7, na extremidade cubital da prega distal do punho, na depressão entre o lado radial do
tendão do músculo flexor cubital do punho, no bordo proximal do osso pisiforme, de 0,3 a 0,5
tsun de profundidade, perpendicular, protege e acalma o coração, pacifica o espírito e melhora
as depressões;
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
VG 20, na linha média dorsal, 5,5 tsun acima do ponto intermédio da linha capilar
posterior, a puntura deve ser subcutânea de 0,5 a 0,8 de profundidade, acalma o fígado e
dispersa o vento, pacifica o espírito e pacifica os espasmos ;
28
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
B20, ao nível da depressão inferior da apófise espinhosa de T11, 1,5 tsun lateral em
relação á linha média dorsal, puntura de 0,5 a 0,8 tsun oblíqua internamente, fortalece o baço e
aumenta a clareza;
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
B23, ao nível da depressão inferior da apófise espinhosa de L1, 1,5 tsun lateral em relação
à linha média dorsal, 0,5 a 1 tsun perpendicular, regula o triplo aquecedor, fortalece o baço;
29
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
B62, na depressão distal ao maléolo externo, 0,3 a 0,5 tsun perpendicular, relaxa os
tendões e alivia a dor;
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
ID3, com o punho do paciente ligeiramente fechado, na extremidade cubital da prega
proximal da articulação metacarpofalangica, na linha divisória entre a carne vermelha e a
branca, 0,3 a 0,5 tsun perpendicular, liberta o calor e promove a calma geral;
30
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
B52, ao nível da depressão inferior da apófise espinhosa de L2, 3 tsun lateral em relação a
linha média dorsal, 0,5 e 0,8 tsun oblíqua internamente, protege os rins e firma a essência,
liberta a dispersa a umidades e o calor;
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
B22, ao nível da depressão inferior da apófise espinhosa de L1, 1,5 tsun lateral em relação
á linha média dorsal, 0,5 a 1 tsun perpendicular, regula o triplo aquecedor e fortalece o baço;
31
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
R3, na depressão entre a protuberância do maléolo interno e o tendão de Aquiles, 0,5 tsun
obliquamente, tonifica o yin, fortalece os ossos e o fígado.
Fonte:Atlas gráfico de acupuntura:um manual ilustrado dos pontos de acupuntura
Yintang, entre as sobrancelhas, 0,3-0,5 cun subcutânea. Elimina as energias perversas,
o vento e o calor, interrompe a dor, acalma o Shen e clareia a mente, Abre o nariz.
As agulhas foram retiradas no final de vinte minutos e as pacientes questionadas sobre
qualquer sensação incômoda.
Todas as pacientes foram submetidas ao IDB, após os 30 dias de tratamento para
analisar e comparar os dados do IDB aplicado inicialmente.
32
5- ANÁLISE ESTATÍSTICA___________________________________________
Das 150 pacientes com diagnóstico de depressão, cadastradas para o trabalho, houve a
evasão de 10 mulheres, por motivos pessoais e religiosos. As 140 restantes participaram do
estudo até o final, sendo aplicado o Inventário de Beck, antes de iniciar a primeira sessão de
acupuntura e após a última.
Os dados colhidos foram analisados com a utilização da estatística descritiva, por meio
do programa Microsoft Excel e SPSS (Statistical Package for Social). Foram analisadas como
variáveis quantitativas o resultado da aplicação do Inventário de Beck, antes e após o
tratamento com acupuntura, através do teste t de student.
33
6- Resultados_________________________________________________________
Pode-se observar através da comparação dos resultados do IDB realizado antes do
tratamento da acupuntura e do IDB após os trinta dias de tratamento de acupuntura, que houve
uma diminuição significante do score.
.
20%
70%
10%
Score Mantida
Score Reduzida
Desistência
Gráfico representando desistências da pesquisa, alterações do Inventário de Beck e pacientes sem alterações do IDB pós acupuntura.
Todas as 150 mulheres estudas apresentaram um escore de 20 no IDB, durante o período
pré-tratamento de acupuntura, o que denota depressão moderada à grave. Após o período de
trinta dias de tratamento foi obtida uma média de score 10, o que quantifica uma melhora da
depressão moderada. De acordo com o gráfico, observamos que 20% das mulheres tratadas
mantiveram seus sinais e sintomas mantendo também a pontuação do IDB em 20, sendo que
70% das pacientes alcançaram melhoras e diminuição da pontuação do IDB. Apenas 10% das
pacientes desistiram.
34
7- Discussão______________________________________________________________
A depressão sempre foi no meio clínico, uma doença de difícil diagnóstico e
tratamento, sendo durante muito tempo confundida com outras patologias, mascarando assim
suas características clínicas.
Desde os primórdios a acupuntura é utilizada como tratamento para desequilíbrios
emocionais, com resultados satisfatórios, porém de características empíricas e sem
profundidade científica, devido uma falta de padronização do tratamento.
Há uma escassez de ensaios clínicos controlados para avaliar a função da acupuntura
no tratamento da depressão, e o objetivo desse estudo foi analisar os efeitos da acupuntura.
Uma grande parte da população sofre desse mal, o que aumenta o probabilidade de
aparecimento de outras doenças e dificulta o tratamento de enfermidades
secundárias.(OKADA, 2006).
Infelizmente a cultura ocidental não favorece a prática de procedimentos relacionados
à saúde, que previnem patologias. As doenças crônicas não-transmissíveis, são doenças que
podem ser evitadas em caso feito uma prevenção cuidadosa. (VALDÉS, 2001).
As práticas não usualmente utilizadas no meio clínico, conhecidas como práticas
complementares, muitas vezes, são confundidas com religiões, isso também dificulta a
credibilidade do população.
Neste estudo, 10% das participantes desistiram do tratamento, alegando ter medo de
agulha e achar que este método de tratamento era contra os princípios religiosos que
praticavam.
As relações familiares e psicosociais parecem ter forte influência no resultados dos
tratamentos, pois neste estudo 20% das mulheres que tinham relatos freqüentes de problemas
familiares ou insatisfação não obteve melhoras nos sintomas da depressão.
35
Os resultados deste trabalho mostrou que apesar de ser milenar, a acupuntura deve ser
mais bem explorada e conhecida. Os resultados foram significantes, mas o tratamento pode
ser por mais tempo, pois esta prática tem como objetivo a cura ou prevenção.
36
8. Conclusão______________________________________________________________
Esta pesquisa nos leva a perceber que a acupuntura necessita de mais estudos
experimentais sobre seu efeito na depressão, pois um padrão ouro de tratamento ainda é
escasso, o que dificulta a aceitação desta prática no meio científico e de alguns terapeutas.
Tal técnica oriental demonstrou resultados favoráveis para o tratamento depressivo,
mas ainda é pouco conhecida, e deve ser utilizada a longo prazo para esta enfermidade, pois
os pacientes tendem a ter patologias associadas, o que requer maiores cuidados.
As dissociações de conhecimentos e a dificuldade de conciliação entre medicina
chinesa e ocidental impedem muitas vezes a amplificação das pesquisas clinicas sobre o efeito
da acupuntura na maioria das patologias, acrescido ao ceticismo de pesquisadores ocidentais
quanto à novas possibilidades de tratamento.
A necessidade de maiores experimentações clinicas a respeito do efeito neurogênico
da acupuntura em pacientes com o diagnóstico de depressão, basea-se no interesse de
implementação da técnica em grande escala no tratamento de tais transtornos, servindo como
um recurso terapêutico de baixo custo, sem nenhuma possibilidade de efeitos colaterais, o que
será de grande aplicabilidade em casos de depressões persistentes e doentes com
hipersensibilidade ao principio ativo de antidepressivos e ansiolíticos.
A quantidade de pesquisas realizadas ainda é muito aquém da demanda encontrada
em todo o mundo, visto que foi considerada a patologia do século XXI, visto que a acupuntura
é apenas uma das inúmeras técnicas que podem e devem ser pesquisadas para que se possa
solucionar de vez esse mal que afeta a humanidade.
37
9- Referências Bibliográficas AUTEROCHE, B.; NAVAILH .P. O diagnóstico na medicina chinesa. Andrei, 1992. BLAY, S.; BICKEL, H.; COOPER, B. Características clínicas, fatores de risco e curso da
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ambulatório de geriatria. Cadernos de Saúde Pública.v. 23. P.691-700 . março, 2007 LIAN, Yu-Lin; CHEN, Chun-Yang; HAMMES, Michael; KOLSTER, Bernard C. .Atlas
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GANDINI,Rita de Cássia;MARTINS, Maria do Carmo Fernandes;RIBEIRO,Marjorie e Paula;SANTOS,Daniela Torres Gonçalves. Inventário de Depressão de Beck – BDI:
validação fatorial para mulheres com câncer. Psico-USF, v. 12, n. 1, p. 23-31, jan./jun. 2007
40
10-Anexos
Anexo A
Inventário de Depressão de Beck Este questionário consiste em 21 grupos de afirmações. Depois de ler cuidadosamente cada grupo, faça um círculo em torno do número (0, 1, 2 ou 3) diante da afirmação, em cada grupo, que descreve melhor a maneira como você tem se sentido nesta semana, incluindo hoje. 1. 0 Não me sinto triste. 1 Eu me sinto triste. 2 Estou sempre triste e não consigo sair disso. 3 Estou tão triste ou infeliz que não consigo suportar. 2. 0 Não estou especialmente desanimado quanto ao futuro. 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro. 2 Acho que nada tenho a esperar. 3 Acho o futuro sem esperança e tenho a impressão de que as coisas não podem melhorar. 3. 0 Não me sinto um fracasso. 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum. 2 Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que posso ver é um monte de fracassos. 3 Acho que, como pessoa, sou um completo fracasso. 4. 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes. 1 Não sinto mais prazer nas coisas como antes. 2 Não encontro um prazer real em mais nada. 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo. 5. 0 Não me sinto especialmente culpado. 1 Eu me sinto culpado às vezes. 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo. 3 Eu me sinto sempre culpado. 6. 0 Não acho que esteja sendo punido. 1 Acho que posso ser punido. 2 Creio que vou ser punido. 3 Acho que estou sendo punido. 7. 0 Não me sinto decepcionado comigo mesmo. 1 Estou decepcionado comigo mesmo. 2 Estou enojado de mim. 3 Eu me odeio. 8. 0 Não me sinto de qualquer modo pior que os outros. 1 Sou crítico em relação a mim devido a minhas fraquezas ou meus erros.
41
2 Eu me culpo sempre por minhas falhas. 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece. 9. 0 Não tenho quaisquer idéias de me matar. 1 Tenho idéias de me matar, mas não as executaria. 2 Gostaria de me matar. 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade. 10. 0 Não choro mais que o habitual. 1 Choro mais agora do que costumava. 2 Agora, choro o tempo todo. 3 Costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo mesmo que o queira. 11. 0 Não sou mais irritado agora do que já fui. 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava. 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo. 3 Absolutamente não me irrito com as coisas que costumavam me irritar. 12. 0 Não perdi o interesse nas outras pessoas. 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas. 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas. 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas. 13. 0 Tomo decisões mais ou menos tão bem como em outra época. 1 Adio minhas decisões mais do que costumava. 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes. 3 Não consigo mais tomar decisões. 14. 0 Não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser. 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos. 2 Sinto que há mudanças permanentes em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos. 3 Considero-me feio. 15. 0 Posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes. 1 Preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa. 2 Tenho de me esforçar muito até fazer qualquer coisa. 3 Não consigo fazer nenhum trabalho. 16. 0 Durmo tão bem quanto de hábito. 1 Não durmo tão bem quanto costumava. 2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de hábito e tenho dificuldade para voltar a dormir. 3 Acordo várias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir. 17. 0 Não fico mais cansado que de hábito. 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava.
42
2 Sinto-me cansado ao fazer quase qualquer coisa. 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa. 18. 0 Meu apetite não está pior do que de hábito. 1 Meu apetite não é tão bom quanto costumava ser. 2 Meu apetite está muito pior agora. 3 Não tenho mais nenhum apetite. 19. 0 Não perdi muito peso, se é que perdi algum ultimamente. 1 Perdi mais de 2,5 Kg. 2 Perdi mais de 5,0 Kg. 3 Perdi mais de 7,5 Kg. Estou deliberadamente tentando perder peso, comendo menos: SIM ( ) NÃO ( ) 20. 0 Não me preocupo mais que o de hábito com minha saúde. 1 Preocupo-me com problemas físicos como dores e aflições ou perturbações no estômago ou prisão de ventre. 2 Estou muito preocupado com problemas físicos e é difícil pensar em outra coisa que não isso. 3 Estou tão preocupado com meus problemas físicos que não consigo pensar em outra coisa. 21. 0 Não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual. 1 Estou menos interessado por sexo que costumava. 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente. 3 Perdi completamente o interesse por sexo.
43
ANEXO B CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA
Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão COMITE DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP/UNEC
E-Mail: [email protected] Telefone: (33) 3329- 4555
Comitê de Ética e Pesquisa - UNEC
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Pelo presente instrumento que atende as exigências legais o(a) Senhor(a) ___________________________________________________________________________,
residente e domiciliado ________________________________________________________, bairro
______________________________, cidade _________________________________ telefone para contato ______________________ portador(a) da cédula de identidade de
número ____________________________________, expedido por ____________________, após leitura minuciosa da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PACIENTE, devidamente explicada em seus mínimos detalhes, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será
submetido, não restando quaisquer dúvidas a respeito do exposto, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em concordância em participar da
pesquisa proposta: ESTUDO DA EFICÁCIA DA ACUPUNTURA SISTÊMICA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO EM 150 MULHERES DE VITÓRIA-ES
Fica claro que o participante ou seu representante legal pode a qualquer momento retirar o seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e deixar de participar do estudo alvo da pesquisa e ciente que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional.Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do pesquisador principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento. Por estarem entendidos e conformados, assinam o presente termo. Caratinga, _____ de ___________________ de 2010.
______________________________________
Assinatura participante ou responsável