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CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON FREITAS COSTAS MARINALVA ANGELICA SILVA BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS NA FADIGA MUSCULAR EM PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO REVISÃO DE LITERATURA GUANAMBI BA 2021

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Page 1: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

CENTRO UNIVERSITÁRIO FG – UNIFG

FISIOTERAPIA

DENILSON FREITAS COSTAS

MARINALVA ANGELICA SILVA

BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS NA FADIGA MUSCULAR EM

PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO – REVISÃO DE

LITERATURA

GUANAMBI – BA

2021

Page 2: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

DENILSON FREITAS COSTAS

MARINALVA ANGELICA SILVA

BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS NA FADIGA MUSCULAR EM

PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO – REVISÃO DE

LITERATURA

Artigo científico apresentado ao curso

Fisioterapia do Centro Universitário FG –

UNIFG como requisito de avaliação da

disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso

II.

Orientadora: Sabrina Rocha Boaventura

GUANAMBI – BA

2021

Page 3: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

3

Endereço para correspondência: Av. Tiradentes, nº 471, Bairro: Vila Nova – Guanambi, Bahia. CEP: 46430-

000

Endereço eletrônico: [email protected]

BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS NA FADIGA MUSCULAR EM

PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO – REVISÃO E

LITERATURA

Denilson Freitas Costa¹ Marinalva Angelica Silva² Sabrina Macedo Rocha Boaventura³

¹ Graduando do curso de Fisioterapia – UniFG

² Graduanda do curso de Fisioterapia – UniFG

³ Docente do curso de Fisioterapia – UniFG

Resumo

Introdução: Os lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica

do sistema imunológico que afeta vários órgãos e sistema do corpo humano, acarretando graves

problemas de saúde e evoluindo com manifestações clínicas polimórficas, onde caracteriza-se

por períodos de exacerbação e remissão, em que a fadiga muscular está presente em 80% dos

portadores até mesmo em fase de remissão, então o tratamento deve ser multifatorial. A

fisioterapia pode trabalhar a funcionalidade desses pacientes, atuando diretamente na fadiga

muscular gerando gasto energético através dos exercícios aeróbicos de baixa ou moderada

intensidade com longa duração, que irão causar alterações metabólicas Objetivos: Ratificar os

benefícios dos exercícios aeróbicos na fadiga muscular de pacientes portadores de lúpus

eritematoso sistêmico. Metodologia: Revisão integrativa de literatura por meio de pesquisa de

artigos indexados nas bases de dados Scielo, Pubmed e Google acadêmico, entre os anos 2000

e 2020 utilizando os seguintes descritores: Lúpus eritematoso sistêmico, fadiga muscular,

fisioterapia usando associação dos operadores boleanos AND e OR. Conclusão: Vários estudos

enfatizam os benefícios do exercício aeróbico na fadiga, condicionamento físico e psicológico,

sem exacerbar os sintomas da doença, porém é necessário que haja mais estudos práticos para

que sejam mais aplicados os treinos de exercícios e que haja uma conscientização do paciente

sobre a importância dos mesmos.

Palavras-chave: Exercícios Aeróbicos, Fadiga Muscular, Fisioterapia, Lúpus Eritematoso

Sistêmico

Abstract

Introduction: Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is a chronic inflammatory disease of

immunological system that affects several organs and systems of the human body entailing

Page 4: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

4

Endereço para correspondência: Av. Tiradentes, nº 471, Bairro: Vila Nova – Guanambi, Bahia. CEP: 46430-

000

Endereço eletrônico: [email protected]

serious health problems and evolving into polymorphic clinical manifestations where is

characterized by periods of exacerbation and remission, where the muscle fatigue is present in

about 80% of carriers even at the phase of remission, so the treatment must be multifactorial.

The physiotherapy can work the functionalities of those patients could act directly over the

muscle fatigue generating energy output through the aerobic exercises of low or moderate

intensity of long life that will cause metabolic alterations. Objectives: ratifying benefit of the

aerobics exercises on muscle fatigue of patients with SLE. Methodology: review of literature

by means of indexed articles' researches in databases Scielo, Pubmed and Academic Google

between the years of 2000 and 2020. using the following descriptors: systemic lupus

erythematosus, muscle fatigue, physiotherapy using the association of Boolean operators and

OR. Conclusion: Several studies emphasize the benefits of aerobic exercise in fatigue, physical

and psychological conditioning, without exacerbating the symptoms of the disease, but it is

necessary that there are more practical studies to apply more exercise training and that there

is an awareness of the patient about the importance of them.

Keywords: Aerobics Exercise, Muscle Fatigue, Physiotherapy, Systemic Lupus Erythematosus

(SLE)

1. Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário - UniFG

2. Graduando do curso de Fisioterapia do Centro Universitário - UniFG

3. Graduanda do curso de Fisioterapia do Centro Universitário - UniFG

Page 5: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

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INTRODUÇÃO

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica do sistema

imunológico que afeta vários órgãos e sistemas do corpo humano, acarretando graves

problemas de saúde, evoluindo com manifestações clínicas polimórficas, onde caracteriza-se

por períodos de exacerbação e remissão. Além disso, consoante às investigações de Cavicchia

et al., 2013, o LES é uma doença de etiologia desconhecida, que ao mesmo tempo, envolve

fatores genéticos, hormonais, ambientais e imunológicos, que acabam desencadeando a doença.

O LES é uma patologia rara e que pode afetar ambos os sexos, independentemente de cor e

raça, porém, a incidência é maior no sexo feminino na idade reprodutiva entre os 15 e 40 anos

de idade, numa proporção de nove a dez mulheres para um homem.

O LES é uma desregulação do sistema imunológico que durante o período de

exacerbação pode afetar vários órgãos, no entanto, os mais acometidos são os rins, as

articulações e a pele, podendo afetar também o coração e o pulmão, situação na qual o paciente

apresenta sintomas bastante limitantes, como falta de ar, perda de peso e fadiga muscular, este

último sintoma está presente em 80% dos portadores de LES (SBR, 2018).

No tratamento da LES, Perandini et al (2014) ressalta os benefícios dos exercícios

aeróbicos usados na fisioterapia; neste caso, o profissional pode trabalhar a funcionalidade

desses pacientes, portadores de LES, atuando diretamente na fadiga muscular, o que é uma

manifestação com alto índice de permanência na vida destes, mesmo que ativos, e então com

os gastos energéticos através dos exercícios de baixa ou moderada intensidade com longa

duração irão causar alterações metabólicas no volume e quantidade de mitocôndrias nas fibras

musculares, aumentando o ATP nos níveis séricos de citocinas, e, até mesmo nos sintomas

psicológicos dos pacientes, como ansiedade e depressão.

Os exercícios aeróbicos podem ser aplicados através de esteira rolante, bicicleta

ergométrica e caminhada, pois, segundo Peres, et al. (2006), a caminhada é a principal atividade

aeróbia recomendada a um paciente sedentário portador de LES, já que, traz benefícios à saúde

e evita fatores lesionais. Os sinais vitais devem ser verificados antes e após a prática. Em um

estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo e da Santa Casa de Misericórdia de

São Paulo com mulheres entre 18 e 55 anos de idade foi observado em um programa de

caminhada realizado três vezes por semana com duração de 12 semanas uma grande melhora

na capacidade aeróbia, no limiar anaeróbio ventilatório, na tolerância ao exercício e no pulso

de oxigênio.

Page 6: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

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Em um outro momento, um estudo piloto, realizado na Universidade de Harvard por Robb-

Nicholson et al., (1989) com grupo de 23 pacientes com LES abordando o condicionamento

físico, mostra que os exercícios aeróbicos são benéficos para pacientes com lúpus, obtendo

melhora significativa de 19% na capacidade aeróbica, aumento do consumo máximo de

oxigênio, diminuição da fadiga e melhora dos aspectos psicológicos.

É de extrema importância manter a qualidade de vida dos portadores de lúpus

eritematoso sistêmico e, para isto, é necessária ampla discussão sobre os fatores associados a

este tema, como os benefícios dos exercícios aeróbicos. Todavia, a quantidade de estudos

relacionados às vantagens dos exercícios aeróbicos em pacientes com lúpus é bem escassa na

literatura. Neste sentido, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão literária sobre os

benefícios dos exercícios aeróbicos na fadiga muscular em pacientes com Lúpus Eritematoso

Sistêmico.

Metodologia

O estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura sobre os benefícios dos

exercícios aeróbicos na fadiga muscular em pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico

(LES). Foram realizadas buscas nas bases de dados Scielo, Pubmed e Google acadêmico,

utilizando palavras-chaves como Lúpus Eritematoso Sistêmico/ systemic lupus erythematosus/

Fadiga/ fatigue/ Fisioterapia/ physiotherapy e Exercícios Aeróbicos/ aerobic exercises. Para

associação utilizou-se os operadores boleanos AND e OR.

Os artigos selecionados estavam escritos na língua portuguesa e inglesa, publicados

entre os anos de 2000 a 2020, sendo priorizados como critério de inclusão artigos que

abordassem os benefícios de exercícios aeróbicos em portadores de lúpus eritematoso

sistêmico, e como critério de exclusão artigos que estavam relacionados ao tratamento

medicamentoso.

Resultados

Foram encontrados 30 artigos, no entanto destes 23 foram excluídos por não possuir

aplicação específica de exercícios aeróbicos em pacientes portadores de LES, então os 07

artigos mais relevantes durante o levantamento de dados, diante o tema apresentado, estão

expostos no quadro a seguir.

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Quadro 1. Resumo dos principais artigos encontrados relacionados aos benefícios dos

exercícios aeróbicos na fadiga muscular em pacientes com lúpus.

Autor Amostras Variáveis

avaliadas

Instrumento de

avaliação

Principais

achados

PEREIRA;

DUARTE

(2010)

104 pacientes com

LES, com idade

entre 25 e 63 anos

Fadiga,

qualidade de

vida

Fatigue Severity

Scale (Escala da

Intensidade da

Fadiga, FSS)

WHOQOL - Bref

Os resultados

concluíram que os

doentes com

maior atividade

lúpica apresentam

valores mais

elevados de

fadiga,

morbilidade

psicológica e pior

qualidade de vida

REIS e

COSTA

(2010)

95 Mulheres com

LES, com idade

entre 20 e 49 anos.

Qualidade de

vida das

pessoas com

lúpus (físico,

psicológico,

nível de

independência,

relações sociais,

ambiental e

espiritua)

O World Health

Organization

Quality of Life

Group

(WHOQOL),

Teste ANOVA

Para a

comparação da

QV das mulheres

com LES em

todos os domínios

do instrumento

WHOQOL-100

com os níveis de

atividade da

doença, aplicou-

se o teste

ANOVA, com

95% de

confiabilidade.

Constatou-se

diferença

significativa (P <

0,05) em três

domínios: físico,

psicológico e

ambiental.

Verificou-se que

as mulheres

adultas com LES

em atividade

intensa

apresentaram pior

percepção de QV

do que as

mulheres adultas

com LES sem

atividade

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6

CARVALHO,

et al. (2005)

60 mulheres com

LES, com idade

entre 18 e 55 anos

Fadiga, O

consumo

máximo de

oxigênio

(VO 2max) limiar

anaeróbio V O 2

Avaliaram o nível

de fadiga pela

escala de Krupp,

teste

ergoespirométrico

Houve alterações

significativas na

tolerância máxima

ao exercício, na

capacidade

aeróbia através do

VO2 máx. e na

capacidade

pulmonar através

da

ergoespirometria

CLARKE-

JENSEN, et

al. (2004)

6 pacientes,

mulheres com

idade média de 47

anos, entre 39-54

anos, com LES a

um tempo entre 2-

34 anos.

Mudanças na

atividade da

doença, dor e

fadiga,

capacidade

aeróbica,

função física

SLEIDAI, SF-36,

teste de esforço

máximo de

acordo com

protocolo de

Naughton,

questionário de

avaliação de

saúde modificado,

MHAO

Individualmente

não houve

agravamento no

SLEDAI, nem

alterações clínicas

relevantes no

grupo.

Não mostram

agravo na fadiga,

ao contrário

quatro pacientes

apresentaram

redução de fadiga

após o tratamento

e três melhoraram

o score de dor,

seis melhoraram

em VO 2max, em

tempo de

exercício apenas

um não melhorou

em MHAO.

Todos

melhoraram score

de validade e

vitalidade.

MARTINEZ-

ROSALES, et

al. (2020)

58 mulheres com

LES

Marcadores de

estresse

inflamatório e

oxidativo,

estresse

psicológico,

qualidade do

sono, fadiga,

sintomas

depressivos e

qualidade de

vida

Monitor de

frequência

cardíaca, escala

de estresse

percebido, índice

de qualidade de

sono de

Pittsburgh,

inventário

multidimensional

da fadiga,

inventário de

Sugere que

aumentos na CRP

e MPO estão

relacionados à

diminuição de

regularidade e a

fadiga física,

parecendo estar

relacionado com

hrv em mulheres

com LES. O

treino aeróbico

Page 9: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

7

depressão de

Beck, SF-36

não produziu

efeito alteração

nos parâmetros

derivados de

HRV. Mas é

necessário

maiores amostras

para concretizar o

entendimento

sobre HRV para

ajudar na

monitorização da

inflamação nesta

população e sua

resposta.

LIMA e

OLIVEIRA

(2006)

17 pacientes, de

sexo feminino,

entre 16 e 50 anos,

com LES e tempo

de doença ≥ 12

meses

Atividade da

doença, função

pulmonar,

capacidade

submáxima ao

exercício.

SLEDAI, teste de

caminhada de 6

minutos (TC6),

incentivo verbal

para 9 pacientes

Na avaliação da

função pulmonar

não houve

diferença

significativa, já

no teste de

caminhada o

resultado foi

menor do que o

esperado e não foi

observada

diferença

significativa entre

o grupo

estimulado

verbalmente e o

não estimulado.

Concluindo que

pacientes com

LES apresentam

os valores

inferiores do que o

esperado no teste

de esforço

submáximo.

ALVES, et al.

(2012)

1 mulher, 51 anos,

portadora de LES

Condição física,

fadiga e

qualidade de

vida

Exame físico,

Fatigue Severity

Scale (FSS),

Escala visual

analógica (EVA),

SLEDAI, SF-36

Os exercícios

ativos

proporcionaram

melhora na

amplitude de

movimento

articular, e

significativa

melhora na fadiga

muscular. A

Page 10: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

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cinesioterapia e os

recursos

eletroterapêuticos,

obtiveram efeito e

impacto positivo.

DISCUSSÃO

Freire et al (2011) e Cavicchia et al (2013) afirmam que o Lúpus Eritematoso Sistêmico

(LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica de origem autoimune, ela afeta vários

órgãos e sistema do corpo, como o coração, pulmão, a pele, as articulações, os rins e o sistema

nervoso central, acarretando graves problemas de saúde e evoluindo com manifestações clínicas

polimórficas. Ela, ainda, caracteriza-se por períodos clínicos de exacerbações e remissões e pela

presença de autoanticorpos e complexos antígeno-anticorpo. Apesar de ser uma doença de

etiologia desconhecida, acredita-se que diferentes fatores, em conjunto, podem desencadear o

LES, entre os quais se destacam os fatores genéticos e fatores ambientais, onde os fatores

genéticos são demonstrados pela maior prevalência de LES em parentes de primeiro e segundo

grau, e os fatores ambientais pelos raios ultravioletas, infecções virais, substâncias químicas,

hormônios sexuais e fatores emocionais.

A interação entre esses múltiplos fatores está associada à perda do controle

imunorregulatório, com perda da tolerância imunológica, desenvolvimento de auto

anticorpos, deficiência na remoção de imunocomplexos, ativação do sistema de

complemento e de outros processos inflamatórios que levam à lesão celular e/ou

tissular (FREIRE et al., 2011, p 75).

Em conformidade às análises realizadas por Jezus e Camargo (2010) e SBR (2018), esta

doença autoimune é caracterizada por uma inflamação generalizada do tecido conjuntivo e dos

vasos sanguíneos, que ocorre devido ao desequilíbrio na produção dos anticorpos onde os

mesmos acabam reagindo com as próprias células de defesa do organismo, desta forma,

entende-se que os sintomas apresentados pela pessoa durante o período de exacerbação da

doença está diretamente ligado ao tipo de auto anticorpo que ela tem, ademais, cada pessoa com

LES tende a ter manifestações clínicas (sintomas) específicas e muito pessoais. As

manifestações clínicas incluem o comprometimento cutâneo (vasculites, rash cutâneo,

Page 11: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

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hiperemia), emagrecimento, febre, cefaleias, alopecia, astenia, mialgia, entre outros, além disso,

podem-se apresentar comprometimento em vísceras, como fígado e pâncreas.

De acordo com estudos realizados por Pereira e Duarte (2010), existem três tipos de

lúpus, o discóide, o sistêmico e o induzido por drogas. O discóide, é caracterizado por manchas

avermelhadas, em forma de borboletas ou mordida de lobo, que localiza na pele da face do

paciente, e em alguns casos, no pescoço, peito, tronco, membros superiores e inferiores. Já o

sistêmico afeta principalmente os órgãos internos caracterizado por fases de exacerbação e

remissão.

Vargas, Romano (2009), SBR (2018) afirmam que os pacientes com LES apresentam,

ainda, uma série de manifestações clínicas como artrite, erupções cutâneas, eritema malar, mal-

estar, febre baixa, fadiga, perda de peso e falta de apetite; as quais podem anteceder outras

alterações por semanas ou meses. Notou-se também que as alterações mais frequentes em

pacientes portadores de lúpus ocorrem nas articulações e na pele; por consequência, ao longo

da evolução da doença, as lesões na pele ocorrem em cerca de 80% dos casos, elas se

caracterizam como manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz conhecidas

como asa de borboleta, lesões discóides e vasculite (inflamação de pequenos vasos causando

manchas vermelhas ou vinhosas, dolorosas em pontas dos dedos das mãos ou dos pés), e

fotossensibilidade (sensibilidade desproporcional à luz solar). Outra observação, foi o

comprometimento articular, este, por sua vez, afeta 90% das pessoas com LES causando dor

ou inchaço nas articulações das mãos, punhos, joelhos e pés, e que tendem a ser bastante

dolorosas, ocorrendo de forma intermitente.

Corroborando com o estudo citado, Jesuz e Camargo (2010); Nogueira et al (2009)

enfatizam que as manifestações musculoesqueléticas acometem de forma frequente pacientes

com LES, e, em 10% dos casos incluem a artralgia e a poliartrite crônica, sendo que na fase

aguda a artrite vem acompanhada geralmente de manifestações sistêmicas. A fadiga, mal-estar,

dor e fraqueza muscular são queixas frequentes de portadores de lúpus durante todo o período

de evolução da doença, causando graves problemas de saúde e limitações na vida dessas pessoas

com LES.

Para Peres et al (2006), a fadiga é um dos sintomas mais comuns e incapacitantes de

doentes com LES, afetando mais de 80% das pessoas com a patologia. A fadiga nesses padrões

de pacientes pode estar relacionada com a diminuição das capacidades funcionais do doente,

Page 12: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

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ou seja, o estado de redução da capacidade para trabalhar após um período de atividade mental

ou física. Na maioria das situações, a causa exata da fadiga nos pacientes com lúpus é

desconhecida, porém, vários fatores podem ser contribuintes para desenvolver a fadiga, como

a falta de condicionamento físico, depressão, má qualidade do sono, atividade da doença,

associação com fibromialgia ou a combinação dos cinco.

Outro fator que pode contribuir para a fadiga é o declínio da forma física e da força

muscular nos indivíduos que se tornam inativos. Os níveis de forma física aeróbia dos

pacientes com LES correspondem a apenas 65% dos esperados em sujeitos de controle

saudáveis e de idades semelhantes (Tench et al., 2000).

Pereira e Duarte (2010) relatam que 81% dos doentes relatavam fadiga anormal e 60%

baixa qualidade de sono, e que pacientes com LES em atividade, possuem exacerbação na

escala de SLEIDAI, onde a fadiga apresentava-se elevada, afetando a qualidade do sono e a

mobilidade psicológica maior, então, além da influência que a atividade da doença tem sobre a

fadiga, a depressão, a dor e o apoio social também assumem um papel importantíssimo dentro

do quadro, pois os efeitos dos fatores psicossociais assumem um papel amortecedor no

ajustamento à doença crónica.

O tratamento de LES precisa ser multifatorial devido a todas as possibilidades de

acometimentos que o LES pode causar, por isso, os pacientes que são submetidos ao tratamento

fisioterapêutico, medicamentoso e psicológico, normalmente, apontam quadro mais estável. É

importante ter um tratamento medicamentoso, educação do paciente e da família, apoio

psicológico, dieta balanceada para evitar a atividade da doença, além da proteção contra a luz

solar e irradiações e atividade física. Para tanto, a fisioterapia, segundo Martinez, et al (2004),

tem papel importante nesse tratamento, visto que, pode atuar na melhora psicológica, na

atividade inflamatória por meio de exercícios físicos adequados a cada perfil de paciente, pois

é importante a individualidade para que o resultado seja proveitoso para o paciente.

Outros pesquisadores como Nogueira et al (2019) Alves et al (2012) e Barr (2013)

mostram que dentro das habilidades fisioterapêuticas pode-se utilizar da cinesioterapia para o

controle da dor dos pacientes com LES, pois, este exercício aumenta a circulação devido o

movimento muscular e articular atuarem como uma bomba, contribuindo mecanicamente para

o retorno venoso. Pode-se utilizar também o fortalecimento e resistência, que irão

complementar na função de melhorar o retorno venoso e aumentar a potência da musculatura,

Page 13: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

11

além de contribuir para o aumento da ADM e do estímulo da produção de líquido sinovial.

Aparelhos de eletrotermofototerapia, como a Estimulação elétrica Nervosa Transcutânea

(TENS), que é um aparelho utilizado para algias crônicas por meio de impulsos transcutâneos

podendo bloquear impulsos nervosos de transmissão aferente como os A-delta e C e

responsáveis por informações nocioceptivas, podem, ainda, desempenhar efeito sobre o sistema

nervoso autônomo utilizando mecanismos periféricos ou centrais. A cinesioterapia aeróbica e

relaxamento geram resultados significativos na fadiga, assim como são importantes no dia a dia

do paciente, para prevenir dor, perda de força e resistência e a ativação da doença.

Martinez, et al (2006) defende a grande importância da fisioterapia no tratamento do

paciente com LES, haja vista, a manutenção de sua funcionalidade e habilidade nas atividades,

por meio de tratamento não farmacológico, e isto depende de fatores como força muscular,

flexibilidade e função cardiorrespiratória. A fisioterapia deve ser aplicada para prevenir crises

na atividade da doença, sempre respeitando o período de repouso necessário. O paciente com

acometimento sistêmico, fadiga fácil e persistente e outros achados clínicos alterados, deve

manter repouso absoluto, logo após, relativo de acordo com o paciente, sempre evoluindo

gradualmente.

Para David e Lloyd (2001), os tratamentos com programas de exercício para LES

necessitam frisar em resistência e força, usando exercícios aeróbicos de baixo impacto, através

da manutenção da ADM e, quando não houver necrose avascular presente, o fortalecimento

isotônico e isométricos da musculatura adjacente às maiores articulações devem ser

estimulados, pois o descondicionamento dos músculos periféricos é a causa mais comum da

diminuição da capacidade aeróbica.

Os exercícios aeróbicos, segundo Perandini et al; (2014), são classificados por esforços

de baixa intensidade e moderada, com longa duração utilizando vias bioenergéticas que

dependem de oxigênio, onde a eficácia de realizar os exercícios aeróbios está relacionada à

obtenção, transporte e utilização do oxigênio para a produção de energia, buscando atender à

solicitação energética imposta pela atividade. Os carboidratos contribuem para a transferência

de energia, porém podem levar à fadiga e então o substrato primordial é a gordura. Já é

observado uma redução nos níveis séricos e plasmáticos de citocinas, após período de

tratamento em pacientes com doenças crônicas, caracterizando o exercício aeróbico também

com ação anti-inflamatória, podendo assim atuar nas citocinas de pacientes com LES em

remissão da doença.

Page 14: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

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Prentice (2014) afirma que, além das citocinas, as principais alterações metabólicas que

ocorrem em resposta ao treinamento aeróbico compõem-se do aumento no volume e quantidade

de mitocôndrias nas fibras musculares, aumento da capacidade de produção de ATP, esta é

produzida a partir de glicose sanguínea ou glicogênio no tecido muscular e esse glicogênio pode

mais tarde ser convertido em energia para as necessidades do corpo.

O estudo de Clarke-Jenssen et al. (2005), mostrou por meio dos dados obtidos e

analisados que os exercícios aeróbicos não agravam a atividade da doença em nenhum

momento durante a prática dos exercícios e ainda traz benefícios sobre a fadiga e função física

sem a exacerbação dos sintomas, com atividade em baixa e moderada atividade, relata que este

estudo e os estudos que se encontram na literatura abordam uma amostra com atividade baixa

e moderada da doença, então mais estudos devem ser realizados, para comprovação dos

benefícios em pacientes portadores de LES com a doença em atividade intensa.

Complementado o que se afirma acima, Tech et al (2003) aponta que os exercícios

aeróbios são seguros e que aplicados à população portadora de LES irão atuar na melhora dos

sintomas de fadiga e depressão, do controle autonômico do coração, função endotelial,

capacidade aeróbica e qualidade de vida, e redução da inflamação, inclusive na fadiga, que pode

estar relacionada a diminuição ou ausência de condicionamento físico, baixa qualidade de sono,

alterações emocionais como a depressão, atividade da doença ou até mesmo a todos esses

fatores em conjunto, trazendo uma melhoria global quando comparado a treinamento de

relaxamento ou nenhuma intervenção.

Já, Alves et al. (2012) observou que os pacientes que realizam tratamento

fisioterapêutico associado ao tratamento farmacológico e orientações médicas focadas em sua

prevenção e reabilitação conseguem manter o quadro estável da doença por um período maior,

além de apresentar os sintomas de forma amena, o que, consequentemente, diminuem os riscos

de agudização da patologia, preservando normais as funções corporais e uma boa qualidade de

vida.

Alves et al. (2012) ainda comprova que a cinesioterapia aeróbica e técnicas de

relaxamento é extremamente relevante para os portadores de LES, por meio da obtenção de

resultados positivos na limitação da realização de exercícios físicos, que é presente em pacientes

portadores de LES, redução de edema, da dor, da cefaleia lúpica, dos sinais de inflamação, além

da redução da dor na articulação, dor e fraqueza muscular, aumento da capacidade psicomotora,

Page 15: CENTRO UNIVERSITÁRIO FG UNIFG FISIOTERAPIA DENILSON

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qualidade de vida, atividade clínica da doença e principalmente na fadiga, em que inicialmente

a paciente apresentava fadiga grave, segundo o Fatigue Severity Scale e ao final do tratamento

apresentou fadiga moderada, tratamento este composto por cinesioterapia geral e respiratória,

hidroterapia, TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea), drenagem linfática, exercícios

de coordenação, equilíbrio e redução da marcha.

O estudo de Carvalho et al. (2005), por sua vez, conseguiu demonstrar como um

programa de exercício supervisionado melhora não só a capacidade aeróbica, mas também a

capacidade funcional, a tolerância ao exercício, o pulso de oxigênio, fadiga, depressão e

qualidade de vida em doentes com LES. Neste aspecto, Martínez-Rosales et al. (2020) ressalta

a importância de observar que as melhorias da fadiga têm sido descritas no LES,

independentemente das mudanças nos níveis de aptidão física, e que a fadiga possui

características diversas, que podem ser melhoradas diferentes mecanismos periféricos e

centrais.

Lima e Oliveira (2006) ressaltam a viabilidade da realização de uma adaptação

cardiopulmonar no sentido de reduzir os efeitos inerentes da própria patologia de base e,

portanto, melhorar a qualidade de vida. É de extrema importância salientar que pacientes

portadores de LES possuem além da capacidade funcional diminuída, também apresentam

baixa autoestima e níveis elevados de depressão, relacionando e influenciando diretamente no

seu condicionamento físico, como mostra o artigo de Reis e Gorete (2010). Neste estudo, no

qual avaliaram a qualidade de vida destes pacientes, ficou nítido uma preocupação maior dos

pacientes com o equilíbrio psicológico para que pudessem ser mais independentes, mesmo em

períodos de crise, fases em que necessitam de ajuda dos familiares e amigos para a realização

de suas atividades cotidianas.

CONCLUSÃO

Diversos fatores afetam direta e indiretamente a fadiga muscular dos pacientes com

LES, desde dores comumente presentes até os sintomas psicológicos como depressão e

ansiedade, favorecendo o sedentarismo e diminuído condicionamento físico, impedindo o

paciente buscar por uma vida mais ativa e uma melhor condição física.

A fadiga é encontrada na grande maioria dos pacientes portadores de LES e mesmo com

o acompanhamento clínico em dia, a falta dos exercícios aeróbicos impede que o músculo seja

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trabalhado e oxigenado adequadamente, favorecendo a desmotivação e o cansaço constante

desse paciente.

Pode-se concluir que o LES necessita de um tratamento multifatorial e a associação do

controle clínico com os exercícios aplicados de forma personalizada. Vários estudos enfatizam

os benefícios do exercício aeróbico no condicionamento físico e funcional, dor, condição

clínica, depressão, ansiedade, função cardiorrespiratória e qualidade de vida, sem exacerbar os

sintomas da doença, porém é necessário que haja mais estudos práticos a fim de otimizar a

conscientização do paciente sobre a importância destes.

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