Chernobyl – Fronteira ambiental

Texto locucionado para acompanhar o vídeo:

Foi no dia 26 de abril de 1986. Uma falha no resfriamento causou a explosão do reator nuclear, em Chernobyl, mas as autoridades levaram 30 horas para orientar a população a sair, tarde demais: o então governo soviético admitiu 15 mil mortes, mas, pelas contas de organizações não governamentais foram pelo menos 80 mil vítimas.

A exposição de material nuclear ao meio ambiente libera substâncias radioativas no ar e no solo. Essas substâncias contaminam plantas, rios, os animais e as pessoas em volta. Os dois elementos mais perigosos são o iodo radioativo e o césio, subprodutos da fissão nuclear do urânio. Em Chernobyl, o césio contaminou em cadeia: o solo, a vegetação que extraía nutrientes deste solo, o gado que se alimentava desta vegetação e, por fim, as pessoas que tomaram o leite de vacas contaminadas.

A elevada radioatividade nuclear em Chernobyl, na Ucrânia, tornou impossível a sobrevivência dos seres vivos, tornando-se uma verdadeira fronteira ambiental, onde qualquer forma de vida simplesmente não tem passaporte para entrar.

O posto mais próximo da velha usina que civis são autorizados a chegar desde 1986 fica a apenas 200 metros do chamado sarcófago, uma gigantesca cobertura de pedra e concreto que selou o reator número quatro de Chernobyl para sempre. Após 25 anos, a radiação no local está acima de 250 microrroentgens, o sistema que mede a radioatividade nuclear: 10 vezes mais do que o normal para os seres vivos. Por isso, só é possível ficar no local, no máximo, por 15 minutos.

Após mais de três décadas, Chernobyl continua uma fronteira ambiental intransponível.

Debate?

Mas afinal, o que é uma fronteira ambiental?

Quem são os responsáveis pela criação deste tipo de fronteiras ambientais?

Será que existem outras fronteiras ambientais semelhantes a Chernobyl?

O que podemos fazer para evitar o surgimento de mais fronteiras ambientais deste tipo ?

Que mais tipos de fronteiras existem?