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Cidades: o que há de novo? A cidade, seus habitantes, o lugar. A observação de algumas intervenções urbanas mostra o que é necessário para estabelecer uma relação harmoniosa entre esse três personagens Texto original de Jorge Wilheim Estação ferrometroviária de Canary Wharf, de Norman Foster, na região revitalizada das Docklands de Londres Na escala urbana é importante distinguir espaço e lugar. O primeiro se define por suas dimensões, seus parâmetros, sua circulação e inserção no resto da cidade e pelas funções a que deve responder. Para que um espaço seja considerado um lugar, no entanto, deverá ele ter condições de ser escolhido por alguém como espaço preferencial. Quem o adota e usa pode ser um indivíduo, um casal, um grupo afim, uma "tribo" ou comunidade, uma torcida, uma multidão. É o usuário quem define um espaço como lugar. Cidade "boa" é aquela que oferece suficiente número e qualidade de espaços para que todos os cidadãos possam escolher os lugares em que se encontrem. O lugar, seja qual for o objetivo, será sempre um ponto de encontro, ou seja, um espaço que acolha um encontro. Mas, na era da informação, com a maximização da comunicação eletrônica entre pessoas, qual a necessidade de um lugar de encontros? Não será suficiente o encontro cibernético? Levando ao extremo, qual a necessidade de uma cidade? Há apenas 13 anos a internet nos fornece uma explosão de dados que podem ser contextualizados e agrupados para constituir uma informação. Para transformar informação em conhecimento, entretanto, é preciso mais: a intuição, o estoque de

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Cidades: o que há de novo?

A cidade, seus habitantes, o lugar. A observação de algumas intervenções urbanas

mostra o que

é necessário para estabelecer uma relação harmoniosa entre esse três personagens

Texto original de Jorge Wilheim

Estação ferrometroviária de Canary Wharf, de Norman Foster, na região

revitalizada das Docklands de Londres

Na escala urbana é importante distinguir espaço e lugar. O primeiro se define por

suas dimensões, seus parâmetros, sua circulação e inserção no resto da cidade e

pelas funções a que deve responder. Para que um espaço seja considerado um

lugar, no entanto, deverá ele ter condições de ser escolhido por alguém como

espaço preferencial. Quem o adota e usa pode ser um indivíduo, um casal, um

grupo afim, uma "tribo" ou comunidade, uma torcida, uma multidão. É o usuário

quem define um espaço como lugar.

Cidade "boa" é aquela que oferece suficiente número e qualidade de espaços para

que todos os cidadãos possam escolher os lugares em que se encontrem. O lugar,

seja qual for o objetivo, será sempre um ponto de encontro, ou seja, um espaço

que acolha um encontro.

Mas, na era da informação, com a maximização da comunicação eletrônica entre

pessoas, qual a necessidade de um lugar de encontros? Não será suficiente o

encontro cibernético? Levando ao extremo, qual a necessidade de uma cidade? Há

apenas 13 anos a internet nos fornece uma explosão de dados que podem ser

contextualizados e agrupados para constituir uma informação. Para transformar

informação em conhecimento, entretanto, é preciso mais: a intuição, o estoque de

conhecimentos prévios, a perspectiva da busca, a experiência pessoal. E mesmo

construindo o conhecimento, ainda não teremos alcançado a sabedoria...

Não é dado a todos alcançar a sabedoria, mas do conhecimento ninguém pode

prescindir. Para alcançá-lo exige-se toda a riqueza fornecida ao indivíduo pela

vida societária, a experiência vivida, o mundo de relações pessoais, a vivência de

emoções sem as quais o saber intuitivo não surge. Em outras palavras, para

enfrentar a batalha pelo conhecimento não poderemos nos limitar às horas frente

ao computador, mas sim, deveremos aumentar a intensidade dos contatos

humanos, pessoais e ricos em experiência e diversidade. Encontros, portanto...

No alto e acima, o emblemático Guggenheim de Bilbao, de Frank Gehry. A

cidade do País

Basco, Espanha, recebeu investimentos do Estado que resultaram em nova

atração urbana, promoveram atividades e empregos.

Debrucemo-nos sobre o fenômeno da urbanização: em 1975 apenas 38% da

população global vivia em aglomerações urbanas. Essa urbanização aumentou

para 47% em 1948 e é estimada em 55% para 2015 e 61% em 2025. Enquanto em

1975 havia apenas cem cidades com mais de um milhão de habitantes, estima-se a

existência de 527 cidades dessa categoria em 2015. Quanto às megacidades, com

mais de dez milhões de habitantes, enquanto havia apenas duas em 1960 e 14 em

1975, haverá 26 no ano 2015, segundo estimativas da ONU. No Brasil, 81,2% da

população de cerca de 170 milhões de pessoas vive em cidades pequenas, médias

e grandes. A população de suas 27 regiões metropolitanas, freqüentemente

decorrentes da conurbação de diversas cidades, alcança 40% da população

brasileira, correspondendo a cerca de 69 milhões de pessoas.

Na era da informação, tudo é mobilidade e consumo, até mesmo nos

relacionamentos pessoais afetivos. Disso decorre, como aspecto negativo, uma

superficialidade e impaciência passíveis de aumentar o individualismo e agravar a

sensação de solidão e desamparo, sublinhando a conveniência de ensejar espaços

onde pessoas possam readquirir, com vagar necessário, as condições para

encontros interpessoais.

Por isso os urbanistas do mundo têm sido instados a participar ativamente da

solução de problemas que afligem a gestão urbana, sendo chamados para

responder a um novo leque de exigências: soluções para acolher o crescimento

rápido da população urbana, redesenho de setores industriais e portuários

superados, pontos de encontro fortemente marcados pelo exacerbado aumento de

consumo, espaços de conexão de transporte, exigência de espaços públicos em

cidades de crescente privatização do espaço e espaços para fazer frente ao

aumento de público para atividades esportivas, culturais e de lazer, além dos

problemas habitacionais que ultrapassam a mera, porém necessária, criação de

moradias.

Alguns dos desenhos urbanos mais bem-sucedidos equacionaram a relação entre

pedestres e veículos seja criando vias expressas elevadas ou subterrâneas,

enfrentando o grande aumento de automóveis circulando pelas cidades, seja

inventando as estruturas físicas que carregam veículos destinados a transporte de

massa sobre trilhos, seja, ainda, para propiciar espaços ampliados e seguros para

os pedestres. Outros, no entanto, tiveram abrangência maior. Alguns exemplos da

última década se destacam, podendo ser agrupados em projetos de revitalização

de áreas centrais; projetos de revitalização e nova função de zonas portuárias,

ferroviárias e industriais; instalações olímpicas; projetos de melhorias urbano-

paisagísticas; novos bairros e cidades novas.

A reforma do bairro de Bercy (Paris, 1992) objetivou revitalizar o leste parisiense,

na proximidade do Sena. Em 51 ha, dos quais 41 ha pertenciam ao Estado,

distribuíram-se um estádio coberto poliesportivo, 2.200 habitações, áreas

comerciais em boa parte dedicadas a especialidades vinícolas tradicionais da

região e os equipamentos sociais correspondentes, como creches, biblioteca, casa

de idosos e oficinas para artistas. Ao longo do rio foi criado o vasto Parque de

Bercy. O conjunto situa-se ao lado do interessante edifício do Ministério de

Finanças, que se projeta sobre o Sena.

Na outra margem do rio, construíram-se a Biblioteca de França, de Dominique

Perrault, e diversos prédios residenciais. Embora o novo bairro ostente um prédio

de Frank Gehry, o Centro Cultural Americano (hoje transformado em

cinemateca), nada nele se destaca do ponto de vista de desenho urbano e a

Biblioteca não se transformou até agora em centro comunitário. Bem mais

interessante é a criação parisiense da Promenade Plantée, da Place de la

Repúblique ao Parc Vincennes, com sua variedade de soluções espaciais e

ambientais, ou mesmo a simples utilização dada aos cais sobre o Sena,

periodicamente transformados em praias.

Dois exemplos em que fortes investimentos não trouxeram o resultado esperado:

a Biblioteca de França,

de Dominique Perrault (no alto), não se tornou um centro comunitário da região

de Bercy, em Paris.

Tampouco Atenas lucrou com a renovação de seu conjunto olímpico feita por

Santiago Calatrava

Outro foi o processo de implantação do projeto das Docklands de Londres, a

partir de 1985. A iniciativa pública de produzir um concurso por etapas objetivava

criar um bairro denso, com edifícios de escritórios e institucionais servindo de

âncoras, em área portuária desativada. Cogitava-se uma operação de parceria com

setores privados, contudo seriam consideráveis os investimentos públicos em

transporte, especialmente metrô, e infra-estrutura.

De acordo com Eduardo Rojas, em Volver al Centro (BID, 2004), para cada

milhão de dólares investidos pelo Estado, o setor privado investiu 4,4 milhões.

Obedecendo a uma orientação inicial liberal, a iniciativa não tinha um projeto

rígido e custou a deslanchar. Quando o Estado implantou a extensão do metrô que

une Docklands à City em onze minutos e iniciou uma linha de trem,

empreendedores decidiram "acreditar" na iniciativa e começaram a investir. É o

caso da empresa Olympia & York, que implantou o setor de Canary Wharf. O

projeto inicial de Skidmore, Owings and Merrill, foi revisto. Seu edifício

principal de 50 pavimentos foi projetado por Cesar Pelli e a importante estação

ferrometroviária por Norman Foster. O restante foi projetado e construído por

empresas privadas. Percebe-se a importância de ancorar novas urbanizações com

edifícios projetados por arquitetos famosos por sua qualidade e originalidade.

Em 2001, depois de 20 anos de implantação freqüentemente interrompida, já há

em Docklands 24 mil habitações e cinco mil empresas, tendo sido gerados (ou

deslocados) 80 mil empregos. Hoje, considera-se que a revitalização foi bem-

sucedida.

A capital de Catalunha prepara uma intencional mudança de escala urbana,

com edifícios de maior densidade e altura, como a Torre Agbar, desenhada

por Jean Nouvel. A cidade teve toda a frente marítima redesenhada e o

sistema viário, pela construção da Avenida Diagonal, foi prolongado até o

mar.

Considero, contudo, mais exemplar o caso de Bilbao, no País Basco, Espanha. O

Estado, a partir de 1988, tomou para si o projeto de revitalização de toda a cidade.

Em sete anos construiu 41 km de linhas de metrô já em operação em 1995 e

realizou um concurso para a principal das 40 estações, vencido por Cesar Pelli.

Localizou e negociou a implantação, em uma área de 31 ha, do Palácio de

Congressos e Música, de Soriano e Palácios, e do excelente Museu Guggenheim,

de Frank Gehry, separados por vasto parque ao longo do rio Nervión, sobre o qual

construiu-se a bela ponte projetada por Santiago Calatrava, ao lado do Museu.

Em resumo: um metrô, uma ponte e três edifícios emblemáticos, de grande

qualidade arquitetônica, resultaram em nova atração urbana, promoveram

atividades e empregos, atraindo, por outro lado, considerável turismo, função

inteiramente nova nessa cidade basca.

Bem-sucedido foi também o projeto de revitalização de Puerto Madero, em

Buenos Aires, com concepção arquitetônica de A. Garay, entre outros arquitetos.

Iniciado em 1991, o plano interveio em uma série de armazéns portuários e suas

áreas adjacentes, assim como incorporou à cidade uma vasta área de reserva

natural no Rio da Prata. O projeto objetivava implantar residências, escritórios,

lojas e restaurantes, assim como instalações hoteleiras e destinadas ao lazer.

A implantação começou pelo novo uso dado aos armazéns, hoje ocupados

basicamente por restaurantes e bares no térreo e escritórios nos andares

superiores. No entanto, hotéis e edifícios institucionais já foram construídos do

outro lado das bacias. A proximidade do centro da cidade garantiu o êxito do

empreendimento, típico de cidades que possuem uma frente "aberta" para o mar

(no caso, o vasto rio), ensejando ganhar áreas novas próximas ao centro, seja

mediante aterros, como no Rio de Janeiro, seja reciclando funções portuárias,

como em Puerto Madero.

Detalhe do Estádio Olímpico de Barcelona, projeto de Arata Isozaki

A realização de megaeventos como os Jogos Olímpicos tem produzido

transformações de efeitos diversos e desenhos urbanos por vezes de boa

qualidade. Enquanto Munique e Tóquio podem ostentar a belíssima arquitetura do

estádio projetado por Frei Otto e das piscinas criadas por Kenzo Tange, outras

cidades que sediaram competições olímpicas não obtiveram grandes sucessos

urbanísticos e nem em desenhos urbanos à altura dos investimentos realizados.

Foi o caso de Atlanta e de Los Angeles, nos Estados Unidos, de Sidney, na

Austrália, e mesmo de Atenas.

Digno de nota, nesse campo, é o caso de Barcelona. A realização das Olimpíadas

de 1988 e do Fórum Internacional das Culturas - Barcelona 2004 foram eventos

mundiais que catalisaram reformas urbanas e atualização de desenhos urbanos.

Toda a frente marítima foi redesenhada e adquiriu nova função, com o

deslocamento do porto comercial. O sistema viário, pela construção da Avenida

Diagonal, foi prolongado até o mar, construindo-se um novo centro de feiras,

exposições e congressos. Algumas edificações existentes foram adequadas, como,

por exemplo, o estádio. Outras, como o ginásio poliesportivo de Montjuich, obra

de A. Isozaki, foram construídas. Ainda por ocasião das Olimpíadas, a cidade

recebeu um novo sistema viário periférico e implantaram-se inúmeras praças,

sempre bem desenhadas e dotadas de obras de arte expressivas.

A expansão urbana produzida pelo Fórum das Culturas resultará em uma

intencional mudança de escala urbana, com edifícios de maior densidade e altura,

em uma tentativa de dar nova linguagem à desejável proximidade de atividades

que garantem o dinamismo da vida urbana ao nível do pedestre. As obras já

projetadas e em construção, criadas por arquitetos como Jean Nouvel, Dominique

Perrault, Herzog e De Meuron, entre outros, colocam um ponto de interrogação

sobre o resultado final dessa mudança de escala urbana.

A capital de Catalunha prepara uma intencional mudança de escala urbana,

com edifícios de maior densidade e altura, como a Torre Agbar, desenhada

por Jean Nouvel. A cidade teve toda a frente marítima redesenhada e o

sistema viário, pela construção da Avenida Diagonal, foi prolongado até o

mar.

Outros exemplos, de escala menor, poderiam ser mencionados, como o Battersea

Park, em Londres, ou a ambiciosa renovação da zona portuária - com corajosa

demolição de viadutos - em processo de execução em Boston, nos Estados

Unidos. Há ainda os desenhos urbanos do novo cais de Amsterdam e o feito em

Havana, mais modesto, além do centro de Yerba Buena, em Los Angeles, os

inúmeros desenhos de pedestrianização de vias, notadamente na Inglaterra, e os

projetos de Joan Busquets para Rotterdam e outras cidades européias.

No Brasil, em que pese não possuirmos grande tradição em desenho urbano, além

dos já históricos exemplos do aterro de Botafogo, de Roberto Burle-Marx, e da

Pampulha, de Oscar Niemeyer e Burle-Marx, é preciso apontar os bons projetos

que foram implantados mais recentemente por iniciativa pública em diversas

cidades. Um exemplo é o desenho urbano da Avenida Paulista - primeira via

paulistana a ser realmente projetada, feito em 1973 por Rosa Kliass, Cauduro &

Martino e Esther Stiller.

Há também o Vale do Anhangabaú, projeto desenvolvido entre 1981e 1992 por

Jorge Wilheim, Rosa Kliass e Jamil Kfoury, devolvendo ao pedestre o usufruto do

vasto centro de São Paulo. Mais recentemente, entre 1999 e 2002, houve a

revitalização da área denominada Feliz Lusitânia, em Belém, idealizada por Paulo

Chaves e sua equipe da Secretaria de Cultura, com participação de Rosa Kliass. O

projeto Feliz Lusitânia abrange o vasto espaço contíguo em que se situam

numerosos edifícios históricos da capital do Pará. Além dessas, há a renovação do

Centro de Recife, a criação da Rua da Cidadania e da 24 Horas, em Curitiba, e a

intervenção na Praça do Patriarca, em São Paulo, com projeto de Paulo Mendes

da Rocha.

Acima, área do projeto Feliz Lusitânia, em Belém, idealizado por Paulo Chaves e

sua equipe da Secretaria de

Cultura, com participação de Rosa Kliass. A região abrange numerosos edifícios

históricos da capital do Pará.

Abaixo, vista do mercado Ver-o-Peso, também em Belém, revigorado a partir de

projeto do carioca Flávio Ferreira

Nesses exemplos - que certamente não constituem uma resenha completa do que

se tem feito na última década - cabe assinalar a fusão que na prática ocorre entre

questões ambientais e urbanismo ao nível do desenho urbano. Sempre considerei

que o meio ambiente é a dimensão física do planejamento urbano, não sendo

conveniente a separação entre eles, nem na atividade de criação, nem nas

instituições que desenvolvem políticas públicas. Nos exemplos, mencionados por

sua qualidade e importância social, o trabalho de paisagistas se integra no desenho

urbano ao dos urbanistas.

Na questão da paisagem urbana, afetando o próprio desenho urbano, há que

salientar a ocorrência de projetos arquitetônicos especiais, seja por sua função e

dimensões, seja por sua qualidade estética, ou ainda por sua estratégica

localização urbana. O prestígio de arquitetos de justificado renome mundial tem

distribuído obras singulares pelas cidades do mundo, como ícones implantados

com a intenção de atrair a atenção do mundo para suas cidades. Embora nem

sempre tenham resultado em sucesso, eles marcam a paisagem, atraem turismo e

curiosidade e podem, em certas circunstâncias, resultar em uma multiplicação de

obras de boa qualidade.

O aumento de desenhos urbanos em nossas cidades aponta na direção de uma

considerável melhora da paisagem urbana, exigindo-se cada vez mais que aos

espaços urbanos se confira a qualidade e o carinho reservados aos lugares de

nossos pontos de encontro favoritos.

Dois momentos da renovação do Centro de São Paulo: acima, a Praça do

Patriarca, com

cobertura desenhada por Paulo Mendes da Rocha. No alto, o Vale do

Anhangabaú, refeito

pelo projeto desenvolvido entre 1981 e 1992 por Jorge Wilheim, Rosa

Kliass e Jamil

Kfoury. A intervenção devolveu ao pedestre o usufruto do vasto Centro de

São Paulo

Jorge Wilheim, arquiteto e urbanista, é autor do Parque Anhembi e co-autor da

reurbanização do Vale do Anhangabaú, em São Paulo, além de cerca de 20 planos

urbanos, entre os quais os de Curitiba, Joinville, SC, Campinas, SP, Goiânia, São

José dos Campos, SP, Natal, São Paulo, e Nova Lima, MG. É também autor de

nove livros sobre cidades e vida urbana; ocupou cinco cargos públicos municipais

e estaduais nos campos do planejamento e do meio ambiente. Foi secretário-geral

adjunto da Conferência Habitat 2 da ONU. Conferencista internacional, ocupou a

Cadeira Rio Branco na Universidade da California-Berkeley