cimeira 'an,uaf 'da s!,dec dos - marxists internet archive · 2018. 12. 7. · cimeira...

1
Cimeira ' An,uaf ' da S!,Dec I , ' o Presidente Samora Machel, durante a Clmeira dos Chef.sde Estado e de Govemo dos palses membros da' SADCC, reallzada na passada em Arusha, na Republica: da Tanzania; pronunclou um discurso ' que fol ' bastante aplaudldo na slilla de conferenc1as internaclonals. , 'N,arare, o · pollUco" 0' eltadlsta. 0 o · intelectual acad6mtco que assumlu . as . suas a souba ansinar e aprender de todos, fol merecedor da palavras pronunciad as por quem com ala convlvau ' de perto. No seu. dlscurso, 0 Chefe do Estado ' mO«(amblcano prestou ' uma homenagem ' ao Presldente Julius Kaml¥rage Nyerere ,que; .bravemeQta, I e nurna, atituda Yolunt!!rl!' delxara ·da .dlriglt os destlnos ·da nactlo tanzanlana. Este ·· dlscurso, que pu lcamos na integra, segundo 'fomos informados, por uma ·fonte tanzanlana. sera traduzldo em swahili e posterlormente edltado·numa .brochura ' que sera distrlbuld. por toda a Tanzania. Senh"r •. Majestade. . Senhores Chefes, de ' EstSdo e de Governo. Distintoa DeleQadOs. CMOS Convidad()$. I, , n<\lizar,:iio duma burocracia P8SSda' e divorciada ds realidade conereta. Eats · espirito cOntinuars a' presidir nova etapa que iniciamos. . gam. a chantagem contra os palses indepandentes da regiao. aste 0 regime que, beneficiando de cumplici- dades. fazendo ,da Africa do Sui um campo de coneentra«iio, ecentuando a sua' polftica' de discri- minalfElo racial" transformou a imensa maioria 'da popUl8(:80 em estrangei ra na sua prOpria. terra. ' . Povo tanzaniano exemplo .<fe soHda. riedad-e qu e, oompreendendo que a lut·a doutroc; povos era a' sua prOpria Iuta. ofereceu 04r-es..sal aam. 0 porto da 'paz. para cent ra 0 colonia- lismo, 0 raciSMO a expI Ora«80. Mwa- liffiu acendeu no monte mais alto de Afr ica. 0 KilitnaltJaro. 0 facho que inoendiou os 'COta¢es des patriotas Mais . uma vez. em s% ,' tanzanJano, os nosSoe ' nove . paiees , representando . os povos IIvres ·' da .: Africa' Austral :, se enc.mtram par- , analisar · II ', aplicaOiio da esirategla ,da 'nossa· independAncia ecooomica e 'dE6envolvimento. ' Em ' Arusha;palcode 'tantes :acon. tecimento!)' .historicos , da' Africa·e ', da nossa regiAo em : particular. sentimos -0 abrac;:o fraterno e milltante: do'Pavo tam'.al'!!ano, nobre '9 ,generoso, \ rata. gu;'rja . tradicional .da , Iipertsc;:ao ' :do su '1 ntinante afrieano• . o Sec1'etariado, em especial 0 Secretario Exec¢ivo. , a cujo dinamis- , mo e competencia se dave 0 funcia- namen10 ·eficaz . da organizac;:iio, sabe- rao . recolher ' os, ensinamentos frutuo- 60S d.aexperieneia destes,cinco anos e incorpora-i9s, correctainente , no '<!e- semiolvlmento futliro da , cooperaQao regional. , .' Senhor PreslCfente. Sua Majestade. ExcelOllcias, N YGfere acumpannoo i1 . noun gue rr:'! • compte- e"dllu 8 non_vl/Orla. 'f: esl8 d"'onslo {' yeo nos . .t co"'a.enaia do sIgnificad.o pro'undo cia solldal1e- ' dllde mUtts' nlP. II '0 '''grado · cia ... ' Nas n'as da ·· cida<le, reencontr6rnos as .::aloros28 boas-vindas da' popula· 0 sorriso alegre das crianc;:as; a bp. :eza e simpatia ' da 'mulher, a deter- ' dos , trabalhadores que, ' no dia· ·dia, 0 seu futuro. r:oi esta . tradicional hospltalidade doOs nossos Irmaoe da Tanzania, asta atmosfera fammar· que, oomosempre, possibilitou que os nossos · trabalhos chegassem bom termo. I Constitui uma honra· paramlm, . para a minha delegac;:ao e' para ' 0 . meu ,. Pale.usa" da palavra no· final · desta , r6uniao, para agfa<Mcer. em · noma dos meus colegas.este . calor e !lOs- pitalidade com qua 0 Povo e ' 0 Go- verno da Republica ' Unida · da 'Tanza- nia dir'gidos palo nO$SO grande Os . sueessos alcanc;:ao'JS ' na ' coope· rac;:ao .-regional sAo importantes vito- rias dos Estados e da ' firma: determinayao ·dos nossos povo· ·em consolidarem a sua indeP'endAncia politica, atrawsda emancipac;:lio eco- n6mica. - Aquilo que hoje e conhecido como Africa ' Austral. nasoeu. da clareza - estrategica dos dirigentes doe primei· ros paises Independentes da regiiio daque spmos parte. Foi a clarividen· cia . politioa dos JuliLJs . e Kenneth' Kaund, a, a frente dos . selis Partidos e Governos. que concebeu a neoessldade de uma estraita coop9f'ac;:Ao COlI\(' factor de consolklavao .das was independ4n- oias 'e como base de k'berta«Ao da .' Austral. ' Trabalhando intimamente oOm os movlmentos de Iiberta«60, estes pai- este regime que. encore/ado. por algullas potencias ,imperialistas, . dd continuidade a ocupaC;:80 colonial da NamIbia, continuando impunemente com 0 seu cortejo de massacr96 .e prlsOes. desafi8ndo as pertinentes resolu,;:5es de toda a Comunidade Internacional. Sao estes Binda algunS do& proble- mas que. enfrentamos. . 5abemo&, . por 6m, Mwalimu •. que os pOV<lS da Africa Austral continuarAo a cont ar' com 0 seu conselho' e a sua sabe<ior.ja _ na ' solut;:Ao . destes graves probkmlas com que se defrontam, mas cada um de n6s ·val sentir a falta da ,sua participac;:ao actlva.: Dei- Xllfemoe de beneficiaf das sUIJS ' Judi- cioses e oportunas.. intervenc;:Oes , da o Povo souba .honrar .... ' dfgnlOear .. 0 ,Plpe ... fe .Julius Nyerere, na ·8us.luaa Para·Nye - rete, a Ordem' Eduardo , MOndlene . dQf' 1.' Grav.recebkta , em 7 de ' Setembr o I de 1983, . em ! Mafluto amigo, ' camarada e . irmAo, Julius &68, independentes criarem 0 ,embriao ,,(fo -seu .. ·verbo. , da .elar.za Kambarage . Nyerere, nos, reoebeu. do ' que, viria . e; ser conhecklo . como , do ; seu , pensamento, da · ironi-a Parses. da·L1m a ds Frentil; As inde- rante a que !'lOS , habituou. Senoor Presidiinle. pendencias' de. Mo«arnbique e Fatar Nyerere , e' 1alar' da' Uber- Sua Majestade. deram icOrpo ,.Q esta est-rategta' e alte- !Sfllm ,a correlayao de fort;: as da que n6s 'vemos 'partir do . nosso seio. nossa ·r egiiio. '. 60 poHtIco que soube o relat6rio .de actividades que apro- .Foi merile do Pres!dante Julius ' 1-aztlr , da sua pAtria 'o sant1Jar io' d06 vamos nesta &assso, sint-etiza a :evo- Kambarage Nyerere, Presidente da' .movjmentos de . Iioertat;:ao, ,que fez · 0 lu«ao positiva da nossa organiza«ao Linlta da Frente, de caracterizar esta regional. primefra' forma de cooper,aoao politic a Nele encontf3moS a quanti fioaQao ·como ba&e8da na aC«80, no ooniacto dos resultados e beneficios . ja alcan- <fireoto. na dis·cussao democratiea. 4<ad05 atraWs dos esforcos conjuntos na unidade edificada ern torno da de par 08 recursos da ragiao ai) ser- identidade dos problemas que vivelT1<ls. vic;; o dos nassos povos. . A for:ma superi oOr como sempre dirl- o e import§ncia pro- giu a Linha ' da Frente foi garantiada g rassivos daSADGe nos . seus .cinco nossa coesoo, deu prestigio e projec' prlmeiros anos de ' vida, testemunham c;;ao internaciona'i a nossa regi§o e a des ideais e objecti- IT1<lbilizou a comunidade internaoional I/OS consagrados na Decf.ar8(:ao de ' . ryo apoio a justa luta dos POV06 ainda LU6 aka. - oprimidos. Hoje. a SAOCC e modelo de ,coope- A Linha da Frente tornou-s.e no r aC;;ilo regional. A organizaC;80conhece " interlocutor rundamental para a paz -' uma nova etapa de crescirnento•. truto em Africa e errr especial na nossa da un i ao das nossaa vontades, dos reg:ao. talentos, da determinaC80 em veneer. . Com Mwalim'll. vlvemos OS moment conseguido atram do los' mals diffceis e duros da luta aprofundamento permanente do conhe- contra 0 coloni·alismo e contre. , CS clmento da realidade e da consOli($a- regimes minorJtari06 e racistas da "SO cada vel' maior da unidade que ' Africa Mstral. contra · 0 desenho nos move. desestabilizador do ' Imperialismo na A fase actual da SADCC oaract iM'l' no.ssa regiao. . za'se pela capacidade cre8cente Nwallmu compreendeu com programar . em basee solid as e resli8- didaJe que a Ilbert8(:iio des povos tas 0 nosso crescimento a me(lio e parte da Iiberta«80 do pt'azo e reflect-e-se na deflnit;Ao lteu proprio pais. Que a seguranca de estrategi-as de desenvoMmento e aos' palses ' da Linhb da Frerit-e. eacioriais a serem enun- ameaC;;ada pelos · regimes minoritarios c iadas ;>r6xima anual ds Rodes- ia e Africa do Sui. 6 a em Harare. . , seguran<;a da Tanzania. e (;Om base nelils que tra«aretTlos Foi . ainda 0 Presidente NyeriH'!I com maier conhecimento e certeza que. no ambito dos Paises da Linha na vitoria, as perspectIVas de da Frante, deu forQa e dinamismo mento e programas concretos de tra. a in!ciativn do saudoso Presidente balho na regiiio. Seretse Khama de criar a SADGe. Esta nl)V8 etapa surge no momento Quando . estamos para entrar na em que os principais pareairos in\er- nova , do processo de emanci- naciona)s, mcetram dispostos a paQ80 .poUtica e economica da nossa . reforc;;ar a sua participaQ80 nes pro- rSgiau, nao sem magoa e pr.ofunda gramas de trabaiho com a SADCC. tristeza que tames 0 nosso Mwalimu como resultado da confianQa que '8 pela. ultinia .vez . nest a nossa reuniao noSSIJ serjedade' e determinac;:Ao Ins- Cimeira. Queremos assinalar ' que a piram. . Africa atravessa um momento parti- e: disSo tt'Stemunhaa Inlciativa, dos cu1an:neme decisivo na sua luta pela p:alses nOrdlc06. que visa 'eslreitar as emariclpaQIio eoon6mlca. anfrentando rel8if6esentre a regiAo n6rdica auro- 0 egolsmo. a chantagem e a pressiio pela e a SADCC. e abrir novos hori· resultant-es da ordem econOmica desl- Uln'\>9S . na prcb\emstica da coopera-gual e injusta. . «Ila Norte-Suf. . Particularmente, na Africa Austral. De. igual modo, a de a zooa mals conturbada <10 nosso de At'nblto ' Continente, 0 regime, do "apartheid .. , de lC'm9 :tI, ;nsere-se nil mesma · . repreeentando as forr;as mais . retro· dln Amica. " , . gradas do Imperlalismo, prossegue i afrlcanos. que lIumlnou ' a . luta ' doe nossas pows. Eata cldade d. Aruaha entrou na HIst6ria do no880 Continenle e com partic.rlar imp0rt4ncla, na Historia da Africa Austral. Fol Nyerere, com a Decl ar avao de Aruatla. quem instituiu 8S b8S96 da modems S<lCiedade tan- mniaoa, .promovendo os ideais de Igualdade. "uta contra a expioraQAo do Homem pelo Homem, de respeito peIa vida humans. lanvando com coragem e clarlvidmlcia, . na nossa regi Ao. as &ementes do aoalall6mo, do U/amaa. . NYel"el'8 6 parte Integrante- da his- 'tarla de cada urn dos n06SOS pal sas. E urn her6i vivo, figura de dlmen- . sao universal, &qUele que fez de ooUhuru na umola • 0 lema constanta e consequente da sua Ylda. Foi em volta da rlgUr. de Nyerere que os naclonallstaa tanzanlanos se na luta pela lndependan- cIa : do Tanganyka, Fol SOb a inspira· de Nyerere que Be fundi ram dols pafse6, Tanganyka e Z8nzibar, e nas- ceu no espii'it6 dB unid8de afrlcana, a · Reptlbllca Uttlda da Tenzania. de que hote ·tanto 69 '9I'9UIham tOdO$ ' os afrfcanos.. o Povo ta/U!8rtlano. sob a direct;:Ao Nyerere, tvm hOle uma identid8de e uma personalidllde bem marcadas no .concerto das 0 que 0 torna eslimado e reepeitado.P.Or. tados os ' pov.os do Mundo. -A Tanzania conetftui um eX9mllio de pars : e.fricano. Iiberto de her8nQa colonial, contiant. n. SUes pr6pria9 forvas,· segura do camInho que esco· lheo Sent10r Presidente. Sua A mEUMO, Y8J1guarda cia luta de libertat;:!io do Povo moc;:.ambicano. constltuiuoSe em Capl- taJ de um javern Tanganyk'a, que alnda estancava 0 sangue .dae ,feridas cr6nicas do coloniaii&mo @lernAo e bll!taoico. o ,Tanganyka eI'a entao uma $001 >&scoles. S9ITI hospitals. &em es- tradas. sam mi ·nimas pMa 0 progresso econ6mico a ' soclal. No·.Tanganyka, que nos com o calo-r da soIidariedade militanle. que connosco . divldia 0 pouco que tinna, grassava alnda· a doenc.a. a mis6rla. o anal-fabetismo. Cada 'um de · n6e nunca se eentlu aqui um refugiado. urn 'estrafl' geiro ,em terra a1hela .. Sob a dlrecc;;ao da ,TANU e do: Presldente Nyerere, o Tanganyl<a soube t9SUmir-se como nossa ,segunda Patr,i&' 0, apoio' a ooS86 luta nao conh-e- ·ceu ' barreir ae. Ele exprimiu-se 'no campo pamlco. onde os Orgoos par- tidSfios, 0 G1)IIerno e 0 Poyo nos t-ransmit iram a riQueze da :sua eX?&' e profundldade, das suas reUex5es. msnifesto\l-Se no cam- po diplomAtico, estando pres-ente em cada trincheira para ·denunciar. com eorag. em •. 0 ' cotonialismo portugues e ,a cumpHcid8<le . do il11periali6mo. Ele no campo material, «om enormes sacrlflcios, 0 Povo tanzaniano apoiou cctm 0 seu dioo3iro, com' as suas infra-estruturas. com hospit-ais, com os poucos recur· sos d9 que <liepunha. Ele materiaii- zou-se, no plano milltar, fapultando- "",os armamento. trelno, campos mili- tares. . Quando ' em Moc;:amb-ique 'alamos de Nyerere, recordamo-nos de nOme5 que s1:-o marcos d.a nossa hist6ria. A evoca«1la d{l nem" de Julius Nye- lembra-n I.r """, 0 campo mliltar onde 'f''' fl ' "I ' g uerrilhei- ros que . desor,;;.;4.. um . u:a arma- da; ,Iembra-nos TUtu u u, onda .:OS nos- crian<;as aprend,am a ' nova vida que ..stavaroos a edificar; lembrs·nos Bagamoyo, 0 nosso centro educacio- nal que preparava os quadros para a vitOria qUe sablamos certa; tembra-nos Mtwara. 0 nosso hospital da retaguar- ds, onde curavamos os nossos feridos de guerra e formavamos os novos q uadr06 da SaUde. 0 nome. de Nye- rere r9corda-nos. com mul la emo9iio. Nashlngwea. 0 labof'alOrio da nossa luta. 0 c ampo onde treinlwamos .. os noss'os melhores. sotdades'e ,orlde; no trabalho se conetrule 0 Homem Novo. Oada · t anzan iano· se fdentiflcou c om a . nossa luta, aQeitou 'sacrlf iciO$ para enfr-entat: ' as ' agr-ess6es ' do ' inimigo colOl)ialista, .acorreu em masapaya' dar ' 008: nossos eombatentes o sSinguanec essario pata"Wncerem a .' fTl<lfW. ' Com .0' . Pr esiO&nte' Nyer&re v lY&Jnos momentos <lU9 nunca - se' apagario da ·· nessa· .memOria. . Permitain-me, Exce/tncias. ; que .fe· coroe · os :dlas em que,ep6si o .assas- slnato · do . PNleidente . Eduardo Chi· v8rnb0 ( Mondlane '. esequeme ' traioao de al,guns «n&mbros' d'a · Dil"eCQao · da FREUMO. 0 Presidente ': N:terere _ me recebeu ,para Ionga , , . . minudosa- mente conhecer a sltuaQao da. nossa luta. As suas :judiciosas .obsetVaifOes e 0& ' seus :oonaeIIlOs ElXP.9fienies. dos PO, y 5 foram 'impoilantes contrlbui«&$; para , amor ao Cpovo, a totlll a estralegia que nos coilduziu . is a causa da liberdade, sao 'e serAo vilOria. ' . recordados nesta Africa qua Recordo tamb6m, com ' emot;:ao e tao profundamente ' amas e. que tanto reeonhecimento. as ' palavrasde asll- te respeita e admlra. . mulo e encorajamanto que nos ' souba OpOoio canta a hist6ria do mestre dar em todos os moment os ,diflceis. , qUe en&inou ao c:.mpontis a pa: :, vra Nyerere acompanhou a nossa .. guer- · .arado e com 0 aprendBu ra e compreendeu a nOSSa vitor, ia. a terra. Sempre que ouvi- t: asta dlmens!\o que nos deu ' a mos esta hi8tOria. recordamos-te como cOJlsciencia do significado prOfundo , 0 intelectual academico, como 0 mes- da , solldariedade mllitante eo ' valor t .... que sempre souba sar aluno do sagrado da Iibert8«So africana. seu . pOw. E tu foste capazde 0 fazer Depois da vltOria sabre 0 colonia- sem ,-paternal>ismo ou demagogia. lisnio que nos -oprimla. a Tanzania ,' Em todas as circunstancias da tua continua a ser a retaguardasegura. vida. t6m-la caracterizado a franque- o incondicional ' na luta peJo , za. e. abertura de esplrito. a desenvolvlmento econ6mico e contra do, teu humor. a 10rma directa com a agrE!S68o imperialista e dos regimes qlie ericaras os problemas. 0 optimis- minoritari06. mp com que p-erspectivas 0 futuro. Todo este processo reflecte as con- 'E asta a tua fOrma de seres profun- vicc;:oes pessoais mais profuooas. a dament.e afri-cano, de cultlvar 0 valor coerencia de aCC;:Bo, e coragitm e a de 'sar africano, de &eres profunda- combatividade, a lucidez pOIi ,tica e ,0 mente orgulhoeo por te saberes grande emor a causa da liberdade. . africano. da paz. da justica e do progresso ' . Poucos ,como tu sabem enearM 0 que carac-te'iza·m a vida e a dIna do pr6prio pais, a epopeia do nc s':> nesso querido Irmao, do nosso cama. ' continents a a hist6ria universal C 'Jm rada de armas. 0 Presidente ' Julius . os olhos de Africa, Kambarage Nyerere. ' Admiramos a tua )uven!uc ' l!, Obrigado Mwalimu! Obrigado por tua capacidacte r8lfolu::;onar'g d'l, aqulo qUe contigo aprendemos, obri- inspirado nas tuas pr6prias ra ' .• 5. gado pela escola que e para tod08 . permanentemante te renov: reG e a n6s a !ua vida! . . , 'cada momento saberes ident [car as Obrigado Pow da Tanzanial Obri- eills, .as novas Ideiasportadorasdo gado por terss dado a Africa tim ' . progresso. filho tao , brilhante, ' um hometn· que-· Ao -renOnciares 'volumariame,1te ao tao r>ro-fundamente soube assumir da cargo de Presidents da Republ ica Africa, .as. suas . ra. i2eS, 0 seu pre6enie ' UAid,a. da Tanzania, tu das a ma i o" e persomficar os seus anseios. . pr'QVa . eonfiarn;:a na obra de QU<3 Senhot Presidente. foste erqultecto, prove de conf;anca Sua Majestade. . homens qUe crlaete. . 0, ventre fecondo da mulher lanza· Ouerido.Mwalimu, 'nlana. que. t'9 .,g erou e a tantos Hus- tr es . fBhos . deste nobre pavo. a serle· . , '. diKfe e 0 carinoo c om qUe a mil. As ' p:alavras .I1Ao bastam .para exprl· tanzaniana soube edUoar. esta gera- mlr . ·a dlmensAo grandlosa' de tudo Q80 na no amor a Patria. quai'lto, tv. cepresentas ' paI'e :os: nossos na dedicac;;io it causa naclonal, povos, para a ' e para 0 · Mund.o. e ,maior: garantia de oontinuidade d Todases palavres' que te' poderlamos tua .. :obra revolucioilatia. Os teus S{)- diriglr, ficam ·aquem da' tua'vida 1 8 da nhos. · que sao os · nasses sonhos. tua ,obra. . se/'fto 0 amanh4 certo da nossa vida. A tua s·abedona. 0 .teu exempJo de ' . eeragem ., firmeza nos momentos mais difieeis. a int-eligtlneia que ·sem- pre 'MYelaste. o . Mtntido profundO 'de unid8de qUe te g Ui aste. 0 t£iil , A tua partida deixa-nos, porem, um vazio, porque·,tu es um sfmholo a um , sfmbolo ,nao Be sU'bstitui. A geralj:llo hist6ri.ca . que os fundamentol · da'libertac;:ao,>afrlcana, de que t-u foste destacado e i-Iustre exemplo ent r eg." contigo. 0 te8temunho aos que devem continuar 0 teu c ombate. N6s temos a felicidade de ainda consewar entre n6s. e fazemos votos <Ie que por muitos an06. um teu com- p8,nheiro das primeiras '8 difioei s heras da indej)6'ndencia da nosaa reg,iao, 0 Presldente Dr. K-enneth Da- vid' Kaunda. E1&' permanece no seio da nossa o rganizac;:ao , como 0 portador desse patrim6nio que sao as experibncias e a histOria da genese do combatl! que conduziu a nessa libert'8t;:Ao. ' - . .. Com os teus enainamentos, com a que nos lega a tua fertll ' co'lviv4ncia, ,aoui· te deixamos 0 ri05SO empenho ' de, fllils· arduas tare- alnda temos a' nOssa frent-e. continuarmoo no eaminho . qUe come: «aste a ·trllhar. Pross-egui remos com -nossa militancia. os de unidade, cooperat;:A-o paz , progresso, que sentpfe te 'inspiraram, o teu ' nOme, Mwai tmu, cont ir: UBrA a ser cantado pel as nossaos · continOaraa. sil r avocado nas dan«as do nosso povo, sera perpetuado nas obras dos poet as e escrltores. . 0 teu nome. Mwallmll. lIumlnara 'f6 'alamedas das cidades do futuro e vi'var.i. na I'l'1eIll6ria dos · povos. E•. quando um nome entra na mmoria dbs po\rO$, p'otque os povos · nascem, vivem, mas , nunca mOrtem. o' ' tau nome permanecera &terno o teu - nome. Presidente Nyerere, )8 ssta escnto · nas p Agl nas 6a Hfet6ria.. Por estes t az6es aqul mencionadas · e palos distlntos co!egas que 'me pre- cederalli. 'tenh o a honra 0 grato pr, azer de anu nelar que est·a reuniilo Ci m£'l ra decidiu atribuir !l 0 no8" ...o ' querido Mwllli mu a Med alha da · s,ADGe, 'pelos seus mentes e alto pela sua contrJbulcllo . a SADCC, Asante sana. Rais. " DEisejamos- te longa· vld ' Po-r, tii MWaiimu. o suoesso da· nossa organizac;:iio corr. · sua polltica glob'!l de deses- baseia-se f)(' praQlT)atismo da oosSa . tablliza«ao, promovendo 0 terrorismo. actua«Ac1 e na recusa de instftuclo- a ' agressao, ' a ocupac;:oo, a sabota- O. cA:pendre da Unldade&. conSiruido em 14 de Abril de '07 5 _em Nalhlngwaa. Ne Imagem. viani-ie Nyerere, Kaunda e Samora, . como r ill,. fgura. ckeslacedal da lata de IIbertl9io african. como Aash:d Kawawa • Marcel no dos Santos A LUTA CONTINUAl Muito Obrigado. ... 12 de Agosto de 1985 . ptglna Ir'l

Upload: others

Post on 01-Jan-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Cimeira 'An,uaf 'da S!,Dec dos - Marxists Internet Archive · 2018. 12. 7. · Cimeira 'An,uaf 'da S!,Dec I , ' o Presidente Samora Machel, durante a Clmeira dos Chef.sde Estado e

Cimeira 'An,uaf 'da S!,Dec I , '

o Presidente Samora Machel, durante a Clmeira dos Chef.sde Estado e de Govemo dos palses membros da' SADCC, reallzada na passada sexta~felr8 em Arusha, na Republica: Unld~ da Tanzania; pronunclou um discurso ' que fol ' bastante aplaudldo na slilla de conferenc1as internaclonals. ,

'N,arare, o · pollUco" 0 ' eltadlsta. 0 home~, o · intelectual acad6mtco que assumlu . as . suas rai~es a souba ansinar e aprender de todos, fol merecedor da palavras pronunciadas por quem com ala convlvau ' de perto.

No seu. dlscurso, 0 Chefe do Estado ' mO«(amblcano prestou ' uma homenagem ' ao Presldente Julius Kaml¥rage Nyerere ,que; . bravemeQta, I e nurna, atituda Yolunt!!rl!' delxara ·da .dlriglt os destlnos ·da nactlo tanzanlana.

Este ·· dlscurso, que pu lcamos na integra, segundo 'fomos informados, por uma ·fonte tanzanlana. sera traduzldo em swahili e posterlormente edltado·numa

. brochura ' que sera distrlbuld. por toda a Tanzania.

Senh"r Pre&ident~ • . Su~ Majestade. . Senhores Chefes, de ' EstSdo

e de Governo. Distintoa DeleQadOs. CMOS Convidad()$.

I, ,

n<\lizar,:iio duma burocracia P8SSda' e divorciada ds realidade conereta.

Eats · espirito cOntinuars a ' presidir ~ nova etapa que iniciamos. .

gam. a chantagem contra os palses indepandentes da regiao. ~ aste 0 regime que, beneficiando de cumplici­dades. fazendo ,da Africa do Sui um g-igan~sco campo de coneentra«iio, ecentuando a sua' polftica' de discri­minalfElo racial" transformou a imensa maioria 'da popUl8(:80 em estrangeira na sua prOpria. terra. ' .

Povo tanzaniano exemplo .<fe soHda. riedad-e que, oompreendendo que a lut·a doutroc; povos era a' sua prOpria I uta. ofereceu 04r-es..salaam. 0 porto da 'paz. para e~al centra 0 colonia­lismo, 0 raciSMO a expIOra«80. Mwa­liffiu acendeu no monte mais alto de Afr ica. 0 KilitnaltJaro. 0 facho que inoendiou os 'COta¢es des patriotas

Mais . uma vez. em s%,' tanzanJano, os nosSoe ' nove . paiees , representando . os povos IIvres ·' da .: Africa' Austral:, se enc.mtram par- , analisar · II ', aplicaOiio da esirategla ,da 'nossa · independAncia ecooomica e 'dE6envolvimento. '

Em ' Arusha;palcode ' tantes :acon. tecimento!) ' . historicos , da' Africa·e ',da nossa regiAo em : particular. sentimos -0 abrac;:o fraterno e milltante: do'Pavo tam'.al'!!ano, nobre '9 ,generoso, \ rata. gu;'rja . tradicional .da , Iipertsc;:ao ' :do su '1 ntinante afrieano • .

o Sec1'etariado, em especial 0 Secretario Exec¢ivo. , a cujo dinamis- , mo e competencia se dave 0 funcia­namen10 ·eficaz . da organizac;:iio, sabe­rao . recolher ' os, ensinamentos frutuo-60S d.aexperieneia destes,cinco anos e incorpora-i9s, correctainente , no '<!e­semiolvlmento futliro da , cooperaQao regional. , .'

Senhor PreslCfente. Sua Majestade. ExcelOllcias,

NYGfere acumpannoo i1 . noun guerr:'! • compte­

e"dllu 8 non_vl/Orla. ' f: esl8 d"'onslo {' yeo nos de~ . .t co"'a.enaia do sIgnificad.o pro'undo cia solldal1e­'dllde mUtts'nlP. II '0 ~alor '''grado· cia libert~lo ~

' :.:~~ ... '

Nas n'as da ·· cida<le, reencontr6rnos as .::aloros28 boas-vindas da' popula· c~o, 0 sorriso alegre das crianc;:as; a bp. :eza e simpatia 'da 'mulher, a deter­m : na~ao ' dos , trabalhadores que, ' no dia· ·dia, constr~m·' 0 seu futuro.

r:oi esta . tradicional hospltalidade doOs nossos Irmaoe da ~ Tanzania, asta atmosfera fammar· que, oomosempre, possibilitou que os nossos · trabalhos chegassem ~ bom termo. I

Constitui uma honra·paramlm,. para a minha delegac;:ao e ' para ' 0 . meu ,. Pale.usa" da palavra no· final · desta , r6uniao, para agfa<Mcer. em· noma dos meus colegas.este . calor e !lOs­pitalidade com qua 0 Povo e ' 0 Go­verno da Republica ' Unida · da 'Tanza­nia dir'gidos palo nO$SO grande

Os . sueessos alcanc;:ao'JS ' na ' coope· rac;:ao . -regional sAo importantes vito­rias dos ,no~os Estados e da ' firma: determinayao ·dos nossos povo· ·em consolidarem a sua indeP'endAncia politica, atrawsda emancipac;:lio eco­n6mica. - Aquilo que hoje e conhecido como Africa ' Austral. nasoeu. da clareza ­estrategica dos dirigentes doe primei· ros paises Independentes da regiiio daque spmos parte. Foi a clarividen· cia . politioa dos Presid~ntes JuliLJs Ny~rere . e Kenneth' Kaund,a, a frente dos . selis Partidos e Governos. que concebeu a neoessldade de uma estraita coop9f'ac;:Ao COlI\(' factor de consolklavao .das was independ4n­oias 'e como base de k'berta«Ao da .' ~rica Austral. '

Trabalhando intimamente oOm os movlmentos de Iiberta«60, estes pai-

~ este regime que. encore/ado. por algullas potencias ,imperialistas, . dd continuidade a ocupaC;:80 colonial da NamIbia, continuando impunemente com 0 seu cortejo de massacr96 .e prlsOes. desafi8ndo as pertinentes resolu,;:5es de toda a Comunidade Internacional.

Sao estes Binda algunS do& proble-mas que . enfrentamos. .

5abemo&, . por6m, Mwalimu •. que os pOV<lS da Africa Austral continuarAo a contar' com 0 seu conselho' e a sua sabe<ior.ja _ na ' solut;:Ao . destes graves probkmlas com que se defrontam, mas cada um de n6s ·val sentir a falta da ,sua participac;:ao actlva.: Dei­Xllfemoe de beneficiaf das sUIJS ' Judi­cioses e oportunas .. intervenc;:Oes, da

o Povo ~ambicano souba .honrar .... 'dfgnlOear .. 0 ,Plpe ... fe .Julius Nyerere,na·8us.luaa ,crellberla~io. Para·Nye ­rete, a Ordem' Eduardo , MOndlene .dQf' 1.' Grav.recebkta , em 7 de ' Setembro I de 1983,. em! Mafluto

amigo, ' camarada e . irmAo, Julius &68, independentes criarem 0 ,embriao ~Ancla ,,(fo -seu .. ·verbo. ,da .elar.za Kambarage . Nyerere, nos, reoebeu. do ' que, viria . e ; ser conhecklo . como , do ; seu ,pensamento, da · ironi-a ~ revlgo· ·

Parses. da·L1m a ds Frentil; As inde- rante a que !'lOS , habituou. Senoor Presidiinle. pendencias' de. Mo«arnbique e Ango~3 Fatar d~ Nyerere , e' 1alar' da' Uber-Sua Majestade. deram icOrpo ,.Q esta est-rategta' e alte- ~Ao · da ·Afdca. I E ·,o · fundador \ da: OUA Ex~eI~ncias. !Sfllm ,a correlayao de fort;:as da que n6s ' vemos 'partir do . nosso seio.

nossa ·regiiio. '. 60 monument~ : poHtIco que soube o relat6rio .de actividades que apro- .Foi merile do Pres!dante Julius ' 1-aztlr , da sua pAtria 'o sant1Jario' d06

vamos nesta &assso, sint-etiza a :evo- Kambarage Nyerere, Presidente da' . movjmentos de . Iioertat;:ao, ,que fez · 0 lu«ao positiva da nossa organiza«ao Linlta da Frente, de caracterizar esta regional. primefra' forma de cooper,aoao politic a

Nele encontf3moS a quantifioaQao ·como ba&e8da na aC«80, no ooniacto dos resultados e beneficios .ja alcan- <fireoto. na dis·cussao democratiea. 4<ad05 atraWs dos esforcos conjuntos na unidade edificada ern torno da de par 08 recursos da ragiao ai) ser- identidade dos problemas que vivelT1<ls. vic;;o dos nassos povos. . A for:ma superioOr como sempre dirl-

o cr~scimento e import§ncia pro- giu a Linha 'da Frente foi garantiada grassivos daSADGe nos . seus . cinco nossa coesoo, deu prestigio e projec' prlmeiros anos de' vida, testemunham c;;ao internaciona'i a nossa regi§o e a correc~ez.a des ideais e objecti- IT1<lbilizou a comunidade internaoional I/OS consagrados na Decf.ar8(:ao de ' . ryo apoio a justa luta dos POV06 ainda LU6aka. - oprimidos.

Hoje. a SAOCC e modelo de ,coope- A Linha da Frente tornou-s.e no raC;;ilo regional. A organizaC;80conhece " interlocutor rundamental para a paz -' uma nova etapa de crescirnento •. truto em Africa e errr especial na nossa da uniao das nossaa vontades, dos reg:ao. talentos, da determinaC80 em veneer. . Com Mwalim'll. vlvemos OS moment

T~mo-Io conseguido atram do los' mals diffceis e duros da luta aprofundamento permanente do conhe- contra 0 coloni·alismo e contre. , CS clmento da realidade e da consOli($a- regimes minorJtari06 e racistas da "SO cada vel' maior da unidade que ' Africa Mstral. contra · 0 desenho nos move. desestabilizador do ' Imperialismo na

A fase actual da SADCC oaractiM'l' no.ssa regiao. . za'se pela capacidade cre8cente d~ Nwallmu compreendeu com pr~J' programar . em basee solid as e resli8- didaJe que a Ilbert8(:iio des povos tas 0 nosso crescimento a me(lio qprimldc~ e parte da Iiberta«80 do pt'azo e reflect-e-se na deflnit;Ao lteu proprio pais. Que a seguranca de estrategi-as de desenvoMmento e aos' palses ' da Linhb da Frerit-e. coop~~iio eacioriais a serem enun- ameaC;;ada pelos · regimes minoritarios c iadas r~ ;>r6xima Cortfer~ncia anual ds Rodes-ia e Africa do Sui. 6 a em Harare. . , seguran<;a da Tanzania.

e (;Om base nelils que tra«aretTlos Foi . ainda 0 Presidente NyeriH'!I com maier conhecimento e certeza que. no ambito dos Paises da Linha na vitoria, as perspectIVas de crescl~ da Frante, deu forQa e dinamismo mento e programas concretos de tra. a in!ciativn do saudoso Presidente balho na regiiio. Seretse Khama de criar a SADGe.

Esta nl)V8 etapa surge no momento Quando . estamos para entrar na em que os principais pareairos .· in\er- nova , et~a. do processo de emanci-naciona)s, ~ mcetram dispostos a paQ80 .poUtica e economica da nossa . reforc;;ar a sua participaQ80 nes pro- rSgiau, nao ~. sem magoa e pr.ofunda gramas de trabaiho com a SADCC. tristeza que tames 0 nosso Mwalimu como resultado da confianQa que '8 pela. ultinia .vez . nest a nossa reuniao noSSIJ serjedade' e determinac;:Ao Ins- Cimeira. Queremos assinalar ' que a piram. . Africa atravessa um momento parti-

e: disSo tt'Stemunhaa Inlciativa, dos cu1an:neme decisivo na sua luta pela p:alses nOrdlc06. que visa 'eslreitar as emariclpaQIio eoon6mlca. anfrentando rel8if6esentre a regiAo n6rdica auro- 0 egolsmo. a chantagem e a pressiio pela e a SADCC. e abrir novos hori· resultant-es da ordem econOmica desl­Uln'\>9S . na prcb\emstica da coopera-gual e injusta. . «Ila Norte-Suf. . Particularmente, na Africa Austral.

De. igual modo, a · ~repar8«ao de a zooa mals conturbada <10 nosso prog·am~ de cooper~~ono ' At'nblto ' Continente, 0 regime, do "apartheid .. , de lC'm9 :tI, ;nsere-se nil mesma · . repreeentando as forr;as mais . retro· dlnAmica. " , . gradas do Imperlalismo, prossegue

i

afrlcanos. que lIumlnou ' a . luta ' doe nossas pows.

Eata cldade d. Aruaha entrou na HIst6ria do no880 Continenle e com partic.rlar imp0rt4ncla, na Historia da Africa Austral. Fol Nyerere, com a Declaravao de Aruatla. quem instituiu 8S b8S96 da modems S<lCiedade tan­mniaoa, . promovendo os ideais de Igualdade. Just~. auto-suflel~ncia.de "uta contra a expioraQAo do Homem pelo Homem, de respeito peIa vida humans. lanvando com coragem e clarlvidmlcia, . na nossa regiAo. as &ementes do aoalall6mo, do U/amaa.

. NYel"el'8 6 parte Integrante- da his­'tarla de cada urn dos n06SOS palsas.

E urn her6i vivo, figura de dlmen- . sao universal, &qUele que fez de ooUhuru na umola • 0 lema constanta e consequente da sua Ylda.

Foi em volta da rlgUr. de Nyerere que os naclonallstaa tanzanlanos se o~ganizaram na luta pela lndependan­cIa :do Tanganyka, Fol SOb a inspira· t;:~ de Nyerere que Be fundi ram dols pafse6, Tanganyka e Z8nzibar, e nas­ceu no espii'it6 dB unid8de afrlcana, a · Reptlbllca Uttlda da Tenzania. de que hote · tanto 69 '9I'9UIham tOdO$ ' os afrfcanos..

o Povo ta/U!8rtlano. sob a direct;:Ao ~ Nyerere, tvm hOle uma identid8de e uma personalidllde bem marcadas no .concerto das ~~, 0 que 0 torna eslimado e reepeitado.P.Or. tados os' pov.os do Mundo.

-A Tanzania conetftui um eX9mllio de pars : e.fricano. Iiberto de her8nQa colonial, contiant. n. SUes pr6pria9 forvas,· segura do camInho que esco· lheo

Sent10r Presidente. Sua

A mEUMO, Y8J1guarda cia luta de libertat;:!io do Povo moc;:.ambicano. constltuiuoSe em Dar~aam. Capl­taJ de um javern Tanganyk'a, que alnda estancava 0 sangue .dae ,feridas cr6nicas do coloniaii&mo @lernAo e bll!taoico.

o ,Tanganyka eI'a entao uma ~rra $001 >&scoles. S9ITI hospitals. &em es­tradas. sam intr~uru mi·nimas pMa 0 progresso econ6mico a ' soclal. No·.Tanganyka, que nos ~uecia com o calo-r da soIidariedade militanle. que connosco . divldia 0 pouco que tinna, grassava alnda· a doenc.a. a mis6rla. o anal-fabetismo.

Cada 'um de · n6e nunca se eentlu aqui um si~ refugiado. urn 'estrafl' geiro ,em terra a1hela .. Sob a dlrecc;;ao da ,TANU e do : Presldente Nyerere, o Tanganyl<a soube t9SUmir-se como nossa ,segunda Patr,i&'

0 , apoio' a ooS86 luta nao conh-e­·ceu ' barreirae. Ele exprimiu-se 'no campo pamlco. onde os Orgoos par­tidSfios, 0 G1)IIerno e 0 Poyo nos t-ransmit iram a riQueze da :sua eX?&' r~noia' e ~ profundldade, das suas

reUex5es. EI~ · msnifesto\l-Se no cam­po diplomAtico, estando pres-ente em cada trincheira para ·denunciar. com eorag.em • . 0 ' cotonialismo portugues e

,a cumpHcid8<le .do il11periali6mo. Ele , ~noretiz?u-se·. no campo material,

.()nd~ . «om enormes sacrlflcios, 0 Povo tanzaniano apoiou cctm 0 seu dioo3iro, com' as suas infra-estruturas. com hospit-ais, com os poucos recur· sos d9 que <liepunha. Ele materiaii­zou-se, no plano milltar, fapultando­"",os armamento. trelno, campos mili-tares. .

Quando ' em Moc;:amb-ique 'alamos de Nyerere, recordamo-nos de nOme5 que s1:-o marcos d.a nossa hist6ria. A evoca«1la d{l nem" de Julius Nye­r~r!! lembra-n I.r """, 0 campo mliltar onde 'f''' fl ' "I ' guerrilhei­ros que . desor,;;.;4.. um . u:a arma­da; ,Iembra-nos TUtu u u, onda .:OS nos­sa~ crian<;as aprend,am a ' nova vida que ..stavaroos a edificar; lembrs·nos Bagamoyo, 0 nosso centro educacio­nal que preparava os quadros para a vitOria qUe sablamos certa; tembra-nos Mtwara. 0 nosso hospital da retaguar­ds, onde curavamos os nossos feridos de guerra e formavamos os novos

quadr06 da SaUde. 0 nome. de Nye­rere r9corda-nos. com mulla emo9iio. Nashlngwea. 0 labof'alOrio da nossa luta. 0 c ampo onde treinlwamos .. os noss'os melhores. sotdades'e ,orlde; no trabalho quotid~ano.· se conetrule 0 Homem Novo.

Oada · tanzaniano· se fdentiflcou com a . nossa luta, aQeitou 'sacrlf iciO$ para enfr-entat: ' as ' agr-ess6es ' do ' inimigo colOl)ialista, .acorreu em masapaya' dar ' 008: nossos eombatentes .' f~os o sSinguanecessario pata " Wncerem a .'fTl<lfW. '

Com .0' . PresiO&nte' Nyer&re vlY&Jnos momentos <lU9 nunca - se' apagario da·· nessa· .memOria. .

Permitain-me, Exce/tncias. ; que .fe· coroe ·os:dlas em que,ep6sio .assas­slnato · do . PNleidente . Eduardo Chi· v8rnb0( Mondlane '. esequeme ' traioao de al,guns «n&mbros' d'a · Dil"eCQao · da FREUMO. 0 Presidente ': N:terere _ me recebeu ,para Ionga , , . . minudosa­mente conhecer a sltuaQao da. nossa luta. As suas :judiciosas .obsetVaifOes e 0& ' seus :oonaeIIlOs '·ElXP.9fienies.

dos PO,y 5 foram 'impoilantes contrlbui«&$ ; para , amor aoCpovo, a t(J~ totlll dedica~ao a estralegia que nos coilduziu . is a causa da liberdade, sao 'e serAo vilOria. ' . ~mpre recordados nesta Africa qua

Recordo tamb6m, com ' emot;:ao e tao profundamente 'amas e . que tanto reeonhecimento. as ' palavrasde asll- te respeita e admlra. . mulo e encorajamanto que nos ' souba OpOoio canta a hist6ria do mestre dar em todos os moment os ,diflceis. , qUe en&inou ao c:.mpontis a pa: :, vra

Nyerere acompanhou a nossa .. guer- · .arado e com 0 campon~s aprendBu ra e compreendeu a nOSSa vitor,ia. atraOalh~r a terra. Sempre que ouvi-

t: asta dlmens!\o que nos deu ' a mos esta hi8tOria. recordamos-te como cOJlsciencia do significado prOfundo , 0 intelectual academico, como 0 mes-da , solldariedade mllitante eo ' valor t .... que sempre souba sar aluno do sagrado da Iibert8«So africana. seu .pOw. E tu foste capazde 0 fazer

Depois da vltOria sabre 0 colonia- sem ,-paternal>ismo ou demagogia. lisnio que nos -oprimla. a Tanzania ,' Em todas as circunstancias da tua continua a ser a retaguardasegura. vida. t6m-la caracterizado a franque-o '8~iado incondicional ' na luta peJo ,za. e. abertura de esplrito. a eh~gancia desenvolvlmento econ6mico e contra do, teu humor. a 10rma directa com a agrE!S68o imperialista e dos regimes qlie ericaras os problemas. 0 optimis-minoritari06. mp com que p-erspectivas 0 futuro.

Todo este processo reflecte as con- ' E asta a tua fOrma de seres profun-vicc;:oes pessoais mais profuooas. a dament.e afri-cano, de cultlvar 0 valor coerencia de aCC;:Bo, e coragitm e a de 'sar africano, de &eres profunda-combatividade, a lucidez pOIi,tica e ,0 mente orgulhoeo por te saberes grande emor a causa da liberdade. . africano. da paz. da justica e do progresso ' . Poucos ,como tu sabem enearM 0 que carac-te'iza·m a vida e a dIna do pr6prio pais, a epopeia do nc s':> nesso querido Irmao, do nosso cama. ' continents a a hist6ria universal C'Jm rada de armas. 0 Presidente ' Julius . os olhos de Africa, Kambarage Nyerere. ' Admiramos a tua )uven!uc 'l!, ( ~' 1

Obrigado Mwalimu! Obrigado por tua capacidacte r8lfolu::;onar'g d 'l, aqulo qUe contigo aprendemos, obri- inspirado nas tuas pr6prias ra ' . • 5. gado pela escola que e para tod08 . permanentemante te renov: reG e a n6s a !ua vida! . . , 'cada momento saberes ident [car as

Obrigado Pow da Tanzanial Obri- eills, .as novas Ideiasportadorasdo gado por terss dado a Africa tim ' . progresso. filho tao , brilhante, ' um hometn· que-· Ao -renOnciares 'volumariame,1te ao tao r>ro-fundamente soube assumir da cargo de Presidents da Republ ica Africa, .as. suas . ra.i2eS, 0 seu pre6enie ' UAid,a. da Tanzania, tu das a maio" e persomficar os seus anseios. . pr'QVa . ~e . eonfiarn;:a na obra de QU<3

Senhot Presidente. foste erqultecto, prove de conf;anca Sua Majestade. . n~ homens qUe crlaete. . Excel~noias. 0 , ventre fecondo da mulher lanza·

Ouerido.Mwalimu, 'nlana. que . t'9 .,gerou e a tantos Hus­tres . fBhos . deste nobre pavo. a serle·

. , '. diKfe e 0 carinoo com qUe a mil. As ' p:alavras .I1Ao bastam . para exprl· tanzaniana soube edUoar. esta gera-

mlr . ·a dlmensAo grandlosa ' de tudo Q80 na mod~ia, no amor a Patria. quai'lto, tv. cepresentas 'paI'e :os: nossos na dedicac;;io it causa naclonal, s~o povos, para a ' Afri~ e para 0 ·Mund.o. e ,maior: garantia de oontinuidade d Todases palavres' que te' poderlamos tua .. :obra revolucioilatia. Os teus S{)-

diriglr, ficam ·aquem da' tua 'vida 1 8 da nhos. · que sao os · nasses sonhos. tua ,obra. . se/'fto 0 amanh4 certo da nossa vida.

A tua s·abedona. 0 .teu exempJo de ' . eeragem ., firmeza nos momentos mais difieeis. a int-eligtlneia que ·sem­pre 'MYelaste. o . Mtntido profundO 'de unid8de po~ qUe te gUiaste. 0 t£iil

, A tua partida deixa-nos, porem, um vazio, porque·,tu es um sfmholo a um

, sfmbolo ,nao Be sU'bstitui. A geralj:llo hi st6ri.ca . que I,a~ou' os fundamentol

· da'libertac;:ao,>afrlcana, de que t-u foste destacado e i-Iustre exemplo entreg." contigo. 0 te8temunho aos que devem continuar 0 teu c ombate.

N6s temos a fel icidade de ainda consewar entre n6s. e fazemos votos <Ie que por muitos an06. um teu com­p8,nheiro das primeiras '8 difioeis heras da indej)6'ndencia da nosaa reg,iao, 0 Presldente Dr. K-enneth Da­vid' Kaunda.

E1&' permanece no seio da nossa o rganizac;:ao , como 0 portador desse in~stimavel patrim6nio que sao as experibncias e a histOria da genese do combatl! que conduziu a nessa libert'8t;:Ao. ' - . .. Com os teus enainamentos, com a ~xperil!ncia que nos lega a tua fertll

' co'lviv4ncia, ,aoui· te deixamos 0

ri05SO empenho ' de, fllils· arduas tare­~a$ qu~ alnda temos a' nOssa frent-e. continuarmoo no eaminho . qUe come: «aste a ·trllhar. Pross-eguiremos com ~ -nossa militancia. os objectl~ de unidade, cooperat;:A-o paz, progresso, que sentpfe te 'inspiraram,

o teu 'nOme, Mwaitmu, contir: UBrA a ser cantado pelas nossaos criant;:~ .

· continOaraa. silr avocado nas dan«as do nosso povo, sera perpetuado nas obras dos poetas e escrltores. . 0 teu nome. Mwallmll. lIumlnara 'f6

'alamedas das cidades do futuro e vi'var.i. na I'l'1eIll6ria dos · povos.

E • . quando um nome entra na me· moria dbs po\rO$, p'otque os povos

· nascem, vivem, mas , nunca mOrtem. o' ' tau nome permanecera &terno o teu - nome. Presidente Nyerere, )8 ssta escnto · nas pAglnas 6a Hfet6ria..

Por estes taz6es aqul mencionadas · e palos distlntos co!egas que 'me pre­cederalli. 'tenho a honra ~ 0 grato pr,azer de anunelar que est·a reuniilo Cim£'lra decidiu atribuir !l0 no8"...o

' querido Mwlllimu a Medalha da · s,ADGe, 'pelos seus mentes e alto reco~llecimerito pela sua contrJbulcllo

..· a SADCC,

Asante sana. Rais. "DEisejamos-te longa·vld 'Po-r, tii MWaiimu.

o suoesso da· nossa organizac;:iio corr.· sua polltica glob'!l de deses-baseia-se f)(' praQlT)atismo da oosSa . tablliza«ao, promovendo 0 terrorismo. actua«Ac1 e na recusa de instftuclo- a ' agressao, ' a ocupac;:oo, a sabota-

O. cA:pendre da Unldade&. conSiruido em 14 de Abril de '075 _em Nalhlngwaa. Ne Imagem. viani-ie Nyerere, Kaunda e Samora, . ~m como rill,. fgura. ckeslacedal da lata de IIbertl9io african. como Aash:d Kawawa • Marcel no dos Santos

A LUTA CONTINUAl Muito Obrigado.

... 12 de Agosto de 1985 .ptglna Ir'l