classificações bibliográficas

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Classificaçõe s Bibliográfica s POR IGOR FALCE DIAS DE LIMA SOB ORIENTAÇÃO DA PROFª JOICE 2014.2

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Aula a respeito dos esquemas de classificação bibliográfica, realizada pelo monitor da disciplina de Representação da Informação e do Conhecimento, Igor Falce, na Universidade Federal Fluminense no curso de Biblioteconomia e Documentação.

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Page 1: Classificações bibliográficas

Classificações Bibliográficas

POR IGOR FALCE DIAS DE LIMA

SOB ORIENTAÇÃO DA PROFª JOICE 2014.2

Page 2: Classificações bibliográficas

Classificação

Ação inerente ao ser humano;

Processo mental;

Realizada com propósitos pré-estabelecidos;

Processo x Produto;

Page 3: Classificações bibliográficas

Classifique os filmes abaixo:

Page 4: Classificações bibliográficas

Possibilidades:

País de Origem

Gênero

Faixa etária

QUAL CRITÉRIO SEGUIR?QUAL O PROPÓSITO?QUAL O OBJETIVO?QUAIS AS NECESSIDADES?

Page 5: Classificações bibliográficas

Classificações Bibliográficas

Objetivo: servir de base à organização e localização de documentos em unidades de informação;

Classificações Filosóficas

os autores de sistemas de classificação bibliográfica tem procurado inspiração e modelo nas classificações filosóficas (FONSECA, 1976).

Classificação do Conhecimento

x

Conhecimento Registrado

Page 6: Classificações bibliográficas

Esquema de classificação bibliográfica;

“permite classificar os materiais bibliográficos qualquer que seja o domínio que abarcam e os assuntos que tratam” (GUARIDO, 2008, p.5);

Classificações Utilitaristas

Ranganathan categoriza as classificações bibliográficas acordo como a forma de apresentação dos assuntos e estrutura;

Teoria descritiva e teoria dinâmica.

Classificações Bibliográficas

Page 7: Classificações bibliográficas

Teoria Descritiva

caracteriza-se por “enumerar todos os assuntos - do passado, do presente e do futuro antecipado” (RANGANATHAN, 1967 apud Campos, 2001, p. 34)

verifica-se que nos esquemas pertencentes a esta teoria, os assuntos dos documentos que existem e que virão a existir são determinados a priori da criação de tais esquemas.

Page 8: Classificações bibliográficas

Teoria Descritiva

Esquemas Enumerativos - Classificação da Library of Congress (1901) e a Classificação Internacional de Rider (1961);

Esquemas Quase Enumerativos - Classificação Decimal de Dewey (1876), a Classificação Expansiva de Cutter (1891) e a Classificação de Assuntos de Brown (1906);

Esquemas Quase Facetados - a Classificação Decimal Universal (1905) e a Classificação Bibliográfica de Bliss (1935).

Page 9: Classificações bibliográficas

Teoria Descritiva

Esquemas Enumerativos

Esquemas Quase Enumerativos

Esquemas Quase Facetados

Tabela principal

-Tabela principal;- Tabela de auxiliares ou isolados comuns.

- Tabela principal;- Tabelas auxiliares

especiais; - Orientação para a

elaboração da notação.

Page 10: Classificações bibliográficas

Teoria Dinâmica

busca garantir a adequada inclusão de novos assuntos que venham surgir com a dinâmica do conhecimento, nela os esquemas de classificação são elaborados com mecanismos que possibilitam a constante inovação do conhecimento;

Isto é possível, porque neste sistema os assuntos não estão prontos e devem ser construídos no momento da análise do documento (CAMPOS, 2001).

Page 11: Classificações bibliográficas

Teoria Dinâmica

Para Ranganathan, o único esquema que possui as características que se enquadram na Teoria Dinâmica deve ser estruturado com base na Teoria Classificação Facetada;

Classificação de Dois Pontos.

Page 12: Classificações bibliográficas

Classificação Decimal de Dewey

Melvil Dewey (1851-1931);

Assistente de biblioteca do

Amherst College em Massachusetts;

a necessidade de criar um sistema de classificação bibliográfica através de um arranjo intelectual dos livros nas estantes;

notações de acordo com os assuntos – Aplicação nos livros.

Page 13: Classificações bibliográficas

Fonte: Biblioteconomia para concursos

Classificação Decimal de Dewey

Page 14: Classificações bibliográficas

Tabela 1 - Subdivisões padrão ou Standard;

Tabela 2 - Áreas geográficas, períodos históricos e pessoas;

Tabela 3 - Subdivisões para Artes, literatura individual e formas literárias específicas;

Tabela 4 - Subdivisões de línguas individuais e famílias de línguas;

Tabela 5 - Grupos raciais, étnicos e nacionais;

Tabela 6 - Linguagem;

Classificação Decimal de Dewey

Page 15: Classificações bibliográficas

Classificação Expansiva De Cutter

Charles Ammi Cutter (1837-1903);

Bibliotecário erudito norte-americano do

Ateneu de Boston;

Iniciou em 1880, sob influência da CDD,

a implantação de um sistema de classificação

próprio para a organização dos documentos da

biblioteca onde trabalhava, cujo acervo era de

aproximadamente 170.000 volumes.

Page 16: Classificações bibliográficas

Classificação Expansiva De Cutter

Cutter Expansive Classification;

considerava que seu esquema era ajustável à expansão dos conhecimentos humanos;

Page 17: Classificações bibliográficas

Notação Classes

A Obras Gerais

B Filosofia, Religião

C Cristianismo, Judaísmo

D Ciências Históricas

E Bibliografia

F História

G Geografia, Viagens

H Ciências Sociais

I Sociologia

J Administração Pública, Governo

K Legislação

L Ciências

M História Natural

N Botânica

O Zoologia

P Vertebrados

Q Medicina

R Artes Aplicadas, Tecnologia

S Construções, Engenharia

T Ofícios, Manufaturas

U Arte, Ciências Militares

V Atletismo

W Belas Artes

X Linguagem

Y Literatura

Z Arte Do Livro, Bibliografia, Biblioteconomia

Page 18: Classificações bibliográficas

Classificação Decimal Universal

concebida por Paul Otlet (1868-1944) e Henri La Fontaine (1854-1943), advogados belgas e ativistas da paz;

resolveram elaborar um “índice universal do saber registrado” através da construção de um arranjo sistemático;

Na época, as bibliotecas norte-americanas adotavam a CDD, já em sua 5ª edição.

Page 19: Classificações bibliográficas

Primeira Conferência Internacional de Bibliografia;

Instituto Internacional de Bibliografia;

“É importante apontar que Dewey, ao elaborar seu sistema, objetivou a criação de uma classificação bibliotecária, cujo propósito era a organização de livros, em contrapartida, o sistema de Otlet e La Fontaine foi o primeiro originalmente voltado para uma classificação bibliográfica, pautada na organização da informação.” (PINHO, 2006)

Classificação Decimal Universal

Page 20: Classificações bibliográficas

0 Generalidades

1 Filosofia

2 Religião

3 Ciências Sociais

4 (Vaga)

5 Ciências Puras

6 Ciências Aplicadas

7 Artes

8 Literatura e Língua

9 História e Geografia

• A CDU contém, além da tabela principal, tabelas auxiliares comuns e especiais compostas por sinais gráficos que tem como função proporcionar maior especificidade aos assuntos. Esta, portanto, é a característica mais marcante da CDU que a singulariza e a difere da CDD.

Classificação Decimal Universal

Page 21: Classificações bibliográficas

Classificação de assuntos de Brown

James Duff Brown (1816-1914);

Bibliotecário escocês, famoso por criar

um sistema de classificação geral na Inglaterra.

Brown introduziu o livre acesso às estantes nas bibliotecas públicas inglesas, tendo a Biblioteca Pública de Clerkenwell como sua primeira experiência.

A partir de então, decidiu construir um esquema simples, lógico e prático que viesse ao encontro das necessidades das bibliotecas britânicas de todos os tipos e tamanhos.

Page 22: Classificações bibliográficas

Quinn-Brown System;

o sistema proposto por Brown funcionou como uma tentativa de suprir a falta de flexibilidade do Sistema de Dewey;

Não teve a mesma aceitação e sua utilização ficou restrita às bibliotecas públicas inglesas de pequeno e médio porte.

Classificação de assuntos de Brown

Page 23: Classificações bibliográficas

RelaçãoÁreas do

conhecimentoLetras

Matéria e Força Ciências Físicas -B –C –D

Vida

Ciências Biológicas

Etnologia – Medicina

Biologia

-E –F

-G –H

-I

InteligênciaFilosofia e Religião

Ciência Políticas e Sociais

-J –K

-L

Registro

Língua e Literatura

Formas literárias

História e Geografia

Biografia

-M

-N

-O –P –Q –R –S –T –U –V

-X

Classificação de assuntos de Brown

Page 24: Classificações bibliográficas

Classificação de Dois Pontos

Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972)

Bacharel e Mestre em Matemática formado

pela Universidade de Madras;

Estudou as práticas biblioteconômicas na Universidade de Londres;

Aplicabilidade dos sistemas de classificação já existentes e verificou as limitações de cada um, considerando-os muito rígidos para abranger todos os aspectos de um assunto. (ARANALDE, 2009)

Page 25: Classificações bibliográficas

“percebeu a necessidade de elaborar esquemas de classificação que pudessem acompanhar as mudanças e a evolução do conhecimento” (CAMPOS, 2001, p. 28).

Dinamicidade e atualidade;

Teoria da Classificação Facetada, que tem como primeiro esquema representante a Colon Classification ou Classificação de Dois Pontos, também desenvolvida pelo indiano.

Classificação de Dois Pontos

Page 26: Classificações bibliográficas

A CC é utilizada por inúmeras bibliotecas da Índia, porém limita-se a tal país;

Seu estudo, todavia, é considerado essencial e importante devido à influência que exerceu sobre os estudiosos e classificacionistas, principalmente os membros do Classification Research Group da Inglaterra, que defendem a utilização das classificações facetadas.

Classificação de Dois Pontos

Page 27: Classificações bibliográficas

estrutura facetada com síntese notacional;

método hipotético-dedutivo em três planos de trabalho: o ideacional, o verbal e o notacional;

Ranganathan considera que o conhecimento apresenta um caráter multidimensional, no qual as inter-relações de cada conceito alastram-se em muitas direções.

Classificação de Dois Pontos

Page 28: Classificações bibliográficas

Índice Classes Índice Classes

A Ciências Naturais MZ Humanidades e Ciências Sociais

AZ Ciências Matemáticas N Belas Artes

B Matemática NX Literatura e Língua

BZ Ciências Físicas O Literatura

C Física P Linguística

D Engenharia Q Religião

E Química R Filosofia

F Tecnologia S Psicologia

G Geologia T Educação

HX Mineração U Geografia

I Botânica V História

J Agricultura W Ciências Políticas

K Zoologia X Economia

KZ Zootecnia Y Sociologia

L Medicina YZ Serviço Social

LX Farmacologia Z Direito

M Artes Úteis    

Page 29: Classificações bibliográficas

Classificação Internacional De Rider

Fremont Rider (1885-1962);

bibliotecário americano da Universidade de Wesleyan, em Middletown, Connecticut.

Considerado um discípulo de Dewey, foi membro da Comissão Consultiva da CDD por vários anos, exercendo funções de conselheiro.

Rider questionava a expansão excessiva das subclasses da CDD, argumentando, ela distanciava-se do objetivo de organizar e recuperar documentos de forma eficiente, racional e com êxito.

Page 30: Classificações bibliográficas

Rider’s International Classification for the Arrangement of Books on the Shelves of General Libraries;

A CIR é uma classificação geral de caráter enumerativo criada com o objetivo de oferecer símbolos de classificação curtos e por meio de letra;

Classificação Internacional De Rider

Princípio da Proporcionalidade

ePrincípio da subdivisão

Page 31: Classificações bibliográficas

Dúvidas?

Page 32: Classificações bibliográficas